relatório de controle ambiental e plano de controle ambiental

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estudo ambiental referente ao licenciamento da área de empréstimo de materiais - mineração

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  • Rua Duque de Caxias, n 209 - Bairro Americano - Lajeado/RS - CEP 95900-000

    Fone/Fax 0**51 3710.5400 - CREA/RS 81.208 - CRQV 057107093 - CRBio3 408-01-03

    ESTUDO AMBIENTAL REFERENTE AO

    LICENCIAMENTO DA REA DE EMPRSTIMO

    DE MATERIAIS MINERAO

    rea de Emprstimo de Materiais Jazida de Argila JR 03

    Tamanho da rea: 20,20 hectares

    Localidade: Estrada Capo do Almoo, 3 Distrito, Pelotas/RS

    Fevereiro/2013

  • Consrcio MAC TARDELLI Diagnstico Ambiental - DA, Plano de Controle Ambiental PCA e Projeto de Recuperao de rea Degradada - PRAD rea de Emprstimo de Materiais - Jazida JR 03 20,20 ha Estrada Capo do Almoo, 3 distrito LOTE 09 Trecho Pelotas/RS

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ............................................................................................................................... 5

    2 IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR .................................................................................... 6

    IDENTIFICAO DA ATIVIDADE/ EMPREENDIMENTO ................................................................. 6

    MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO AO IBAMA.................................................................................. 6

    SITUAO............................................................................................................................................... 6

    3 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO .......................................................................... 7

    3.1 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 7

    3.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 7

    3.3 LOCALIZAO GEOGRFICA ............................................................................................. 7

    3.4 ESTRUTURAS A CONSTRUIR ............................................................................................... 8

    3.5 MQUINAS E EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 8

    3.6 PESSOAL ................................................................................................................................ 9

    3.7 DESCRIO DO PLANO DE LAVRA ................................................................................... 10

    4 DIAGNSTICO AMBIENTAL DA ............................................................................................ 12

    4.1 CLIMA ................................................................................................................................. 12

    4.1.1 TEMPERATURA .................................................................................................................... 14

    4.1.2 PRECIPITAES .................................................................................................................. 15

    4.2 GEOLOGIA .............................................................................................................................. 16

    4.2.1 SUTE GRANTICA PINHEIRO MACHADO ............................................................................ 17

    4.2.2 SUTE GRANTICA DOM FELICIANO .................................................................................... 18

    4.2.3 DEPSITOS RECENTES DO SISTEMA LAGUNAS-BARREIRAS .............................................. 18

    4.2.3.1 DEPSITOS DO PERODO PLEISTOCNICO ..................................................................................... 18

    4.2.3.2 DEPSITOS DO PERODO HOLOCNICO .......................................................................................... 19

    4.3 GEOMORFOLOGIA .................................................................................................................... 20

    4.3.1 DOMINIOS MORFOESTRUTURAIS DOS DEPSITOS SEDIMENTARES................................. 21

    4.3.1.1 REGIO GEOMORFOLGICA PLANCIE LITORNEA INTERNA .................................................... 22

    4.3.2 DOMINIOS MORFOESCULTIRAL DOS EMBASAMENTOS DOS ESTILOS COMPLEXOS ........ 23

    4.3.2.1 REGIO GEOMORFOLGICA PLANALTO SUL-RIOGRANDENSE ................................................... 24

    4.4 SOLO ..................................................................................................................................... 26

    4.4.1 ARGISSOLO .......................................................................................................................... 26

    4.4.2 PLANOSSOLOS ..................................................................................................................... 27

    4.4.3 SOLO LOCAL ........................................................................................................................ 27

    4.5 RECURSOS HDRICOS ........................................................................................................ 28

    4.5.1 CARACTERSTICAS DAS BACIAS DA REGIO HIDROGRFICA DO LITORAL, QUE ESTO

    INSERIDAS NA REA DE INFLUNCIA DA REA DE EXTRAO DE ARGILA (JR 03) ........................... 30

    4.6 FLORA.................................................................................................................................. 31

    4.6.1 METODOLOGIA .................................................................................................................... 31

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    4.6.2 DESCRIO DAS FLORESTAS ORIGINAIS ............................................................................ 31

    4.6.2.1 REAS DE FORMAES PIONEIRAS VEGETAO COM INFLUNCIA FLUVIAL E/OU

    LACUSTRE 31

    4.6.3 CARACTERIZAO DA REA EM ESTUDO EM RELAO VEGETAO ........................... 32

    4.6.4 IDENTIFICAO DAS ESPCIES RARAS, ENDMICAS, AMEAADAS DE EXTINO E

    IMUNES AO CORTE ............................................................................................................................... 33

    4.7 FAUNA ................................................................................................................................. 33

    4.7.1 METODOLOGIA E ESFORO AMOSTRAL............................................................................. 33

    4.7.1.1 TRANSECTOS .................................................................................................................................... 33

    4.7.1.2 IDENTIFICAO DE VESTGIOS ....................................................................................................... 34

    4.7.1.3 BUSCA ATIVA ................................................................................................................................... 35

    4.7.1.4 STIOS DE VOCALIZAO DE ANUROS ........................................................................................... 35

    4.7.1.5 CONSULTA BIBLIOGRFICA ............................................................................................................ 36

    4.7.1.6 CARACTERIZAO DA FAUNA LOCAL ........................................................................................... 36

    4.7.1.7 ESPCIES DA FAUNA AMEAADAS DE EXTINO COM MAIOR POTENCIAL DE OCORRNCIA

    NA REGIO DO EMPREENDIMENTO ................................................................................................................... 42

    4.7.1.8 PREVISO DE IMPACTOS A FAUNA LOCAL .................................................................................... 43

    4.8 RELATRIO FOTOGRFICO ........................................................................................................ 44

    5 PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PCA ............................................................................ 50

    5.1 REVEGETAO DOS TALUDES ................................................................................................... 50

    5.2 EXTRAO ORDENADA ............................................................................................................ 50

    5.3 CONTROLE DE EROSO ............................................................................................................ 50

    5.4 MANUTENO DE MQUINAS E EQUIPAMENTOS .......................................................... 51

    5.5 IMPLANTAO E MANUTENO DE BACIA DE SEDIMENTAO E BARRAMENTO ........................ 51

    5.6 CONTROLE DE POEIRAS ............................................................................................................ 51

    5.7 ARMAZENAMENTO DO SOLO FRTIL .......................................................................................... 51

    5.8 RESIDUOS A SEREM GERADOS NA REA DE EXTRAO ............................................... 52

    5.9 VEGETAO ........................................................................................................................... 52

    5.10 SITIOS DE NIDIFICAO ............................................................................................................ 53

    6 PLANO DE RECUPERAO DA REA DEGRADADA - PRAD ................................................ 54

    7 DOCUMENTAO EM ANEXO ................................................................................................. 57

    8 EQUIPE TCNICA ....................................................................................................................... 58

    8.1 RESPONSVEIS TCNICAS DO PROJETO ...................................................................................... 58

    9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................... 59

    NDICE DE TABELAS

    TABELA 1 TIPOS, CAPACIDADE E QUANTIDADES DE MQUINAS E EQUIPAMENTOS. ........................................... 9

    TABELA 2 QUANTIDADE DE TRABALHADORES QUE PODERO CIRCULAR NA REA DE EXTRAO. ..................... 9

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    TABELA 3- LISTA DE ESPCIES DA HERPETOFAUNA REGISTRADA NA REA ANALISADA OU DE COMUM OCORRNCIA

    PARA A METADE SUL DO ESTADO, CONFORME O TIPO DE REGISTRO (A=AUDITIVO, V=VISUAL E

    B=BIBLIOGRAFIA). ........................................................................................................................... 36

    TABELA 4 - LISTA DE ESPCIES DA AVIFAUNA REGISTRADA NA REA ANALISADA OU DE COMUM OCORRNCIA

    PARA A METADE SUL DO ESTADO, CONFORME O TIPO DE REGISTRO (A=AUDITIVO, V=VISUAL E

    B=BIBLIOGRAFIA). ........................................................................................................................... 38

    TABELA 5 - LISTA DE ESPCIES DA MASTOFAUNA REGISTRADA NA REA ANALISADA OU DE COMUM OCORRNCIA

    PARA A METADE SUL DO ESTADO, CONFORME O TIPO DE REGISTRO (B=BIBLIOGRAFIA, P=PEGADAS E

    V=VISUAL). ..................................................................................................................................... 41

    TABELA 6 CRONOGRAMA DE IMPLANTAO DAS MEDIDAS AMBIENTAIS. ..................................................... 56

    NDICE DE FIGURAS

    FIGURA 1 - LOCALIZAO DO MUNICPIO DE PELOTAS NO RIO GRANDE DO SUL. ............................................... 8

    FIGURA 2 - MAPAS DE SAZONALIDADE DAS CHUVAS NO RS E MDIA ANUAL. EXTRADO DO ATLAS ELICO DO RIO

    GRANDE DO SUL. (HTTP://WWW.SEMC.RS.GOV.BR/ATLAS). ................................................................... 15

    FIGURA 3 - REGIES HIDROGRFICAS DO RIO GRANDE DO SUL. EXTRADO DE

    HTTP://WWW.FEPAM.RS.GOV.BR/QUALIDADE/BACIAS_HIDRO.ASP, FONTE: DRH-SEMA/RS. ................... 29

    FIGURA 4 - BACIAS HIDROGRFICAS DA REGIO HIDROGRFICA DO LITORAL. EXTRADO DE

    HTTP://WWW.FEPAM.RS.GOV.BR/QUALIDADE/BACIAS_HIDRO.ASP, FONTE: DRH-SEMA/RS. ................... 30

    FIGURA 5 - LOCALIZAO DOS TRANSECTOS PERCORRIDOS (EM VERMELHO), E A REA TOTAL DA JAZIDA JR03, KM

    499+ 260 (EM AMARELO). ................................................................................................................. 34

    FIGURA 6 CHARCO LOCALIZADO DENTRO DA JAZIDA JR03.......................................................................... 35

    FIGURA 7 - EXEMPLAR DE ANDORINHA-MORENA (ALOPOCHELIDON FUCATA) ................................................... 44

    FIGURA 8 - EXEMPLARES DE TESOURINHA (TYRANUS SAVANA). ....................................................................... 44

    FIGURA 9 - EXEMPLAR DE JOO-DE-BARRO (FURNARIUS RUFUS). ................................................................... 45

    FIGURA 10 - EXEMPLAR DE CANRIO-DA-TERRA-VERDADEIRO (SICALIS FLAVEOLA). ........................................ 45

    FIGURA 11 - QUATRO EXEMPLARES DE ANDORINHA-DO-BARRANCO (RIPARIA RIPARIA). .................................... 46

    FIGURA 12 - EXEMPLAR DE TICO-TICO (ZONOTRICHIA CAPENSIS). ................................................................... 46

    FIGURA 13 - EXEMPLAR DE ASA-DE-TELHA (AGELAIOIDES BADIUS). ................................................................ 47

    FIGURA 14 - EXEMPLAR DE BEM-TE-VI (PYTANGUS SULPHURATUS). ............................................................... 47

    FIGURA 15 - DOIS EXEMPLARES DE NOIVINHA (XOLMIS IRUPERO). .................................................................. 48

    FIGURA 16 - DOIS EXEMPLARES DE SUIRIRI (TYRANNUS MELANCHOLICUS). ....................................................... 48

    FIGURA 17- DOIS EXEMPLARES DE CARDEAL (PAROARIA CORONATA). ............................................................. 49

    FIGURA 18 - REGISTRO DE UM MORCEGO ENCONTRADO MORTO (TADARIDA BRASILIENSIS). ................................ 49

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    1 INTRODUO

    CONSRCIO MAC TARDELLI, inscrita no CNPJ n 16.586.384/0001-06,

    estabelecida na Rod. BR 116, s/n, km 492,5 bairro Sexto Distrito, no municpio de

    Pelotas/RS, vem apresentar os Estudos Ambientais (DA+PCA+PRAD) para a

    solicitao de Licena de Operao para a atividade de REA DE EMPRSTIMO

    DE MATERIAIS Jazida de Argila, em uma rea de 20,20 ha, localizado na Estrada

    Capo do Almoo, 3 Distrito, no municpio de Pelotas/RS.

    Os estudos ambientais necessrios ao licenciamento da rea de

    Emprstimo (DA/PCA+PRAD) esto sendo apresentados em funo da necessidade

    de utilizao de materiais na execuo da duplicao da Rodovia BR 116/RS, trecho

    Guaba Pelotas. A duplicao da rodovia est licenciada sob responsabilidade do

    Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), atravs da LI n

    875/2012, concedida em 07 de Agosto de 212.

    A apresentao do mesmo ocorre de forma ordenada e clara, procurando

    dar maior enfoque s reas que sofrero maior modificao ambiental, sempre

    delineado pela legislao ambiental vigente, baseado no atual Termo de Referncia

    para DA/PCA/PRAD, fornecido pelo IBAMA, Superintendncia no Estado do Rio

    Grande do Sul.

    Este Projeto foi elaborado pela empresa Geoambiental Consultoria e

    Licenciamento Ltda, com base em informaes colhidas em vistorias de campo,

    levantamento planialtimtrico, relatrio fotogrfico e consultas bibliogrficas,

    possibilitando ao seu corpo tcnico prever quais os impactos e as respectivas

    magnitudes que o empreendimento ter sobre o meio ambiente, bem como propor

    as medidas mitigadoras e de recuperao a serem executadas.

    Eventuais alteraes que os tcnicos julgarem necessrios no transcorrer do

    processo de licenciamento ser juntado retificaes para ajustes ao projeto

    apresentado.

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    2 IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR

    NOME / RAZO SOCIAL*: CONSRCIO MAC TARDELLI

    End.: rua/av *: Rod. BR 116 n *: s/n

    Bairro *: Sexto distrito CEP *: 96.110-000 Municpio *: Pelotas/RS

    Telefone *: (51) 9282-8819 FAX *: 3710-5400 e-mail: [email protected] CNPJ (CGC/MF n.) *: 16.586.384/0001-06 CGC/TE n. *:

    CPF/CIC n. *:

    Contato - Nome *: Rafael Debastiani

    End. P/ correspondncia: rua / av *: Rod. BR 116 n *: s/n

    Bairro *: Sexto distrito CEP *: 96.110-000 Municpio *: Pelotas/RS

    Telefone p/ contato*: (51) 9282-8819 FAX: (51) 3710-5400

    e-mail: [email protected]

    Em caso de alterao da razo social de documento solicitado anteriormente (licena, declarao, etc.), informar a antiga razo social. Razo social anterior:

    IDENTIFICAO DA ATIVIDADE/ EMPREENDIMENTO

    Atividade *: EMPRSTIMO DE MATERIAIS- JAZIDA DE ARGILA JR 3

    Localidade: (Linha, Picada, etc.): Estrada Capo do Almoo, 3 Distrito, Pelotas/RS

    Distrito: Municpio: Pelotas/RS

    Coordenadas geogrficas * (Lat/Long) no Sistema Geodsico, SAD-69

    Lat. () - 3 1 3 2 3 5 , 5

    Long

    () - 5 2 1 2 5 9 , 6

    Responsvel pela leitura no GPS

    Nome: Fabiane de Almeida Profisso: Geloga Telefone: (51) 3710-5400

    MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO AO IBAMA

    SITUAO

    Tipo de documento a ser solicitado: LP Licena Prvia LI Licena de Instalao LO Licena de Operao

    primeira solicitao deste tipo de documento renovao ou alterao do(a) :

    n /

    (informar tipo do documento)

    processo FEPAM n /

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    3 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO

    3.1 OBJETIVOS

    O presente Projeto foi elaborado com vistas operao da rea de

    emprstimo de materiais para execuo dos servios necessrios a duplicao da

    rodovia BR 116 - Lote 9, compreendido entre o Km 489,00 e o Km 511+760. A

    construo do Lote 9 da rodovia em questo de responsabilidade da contratada. A

    obra de duplicao da BR 116 est licenciada sob responsabilidade do

    Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), atravs da LI n

    875/2012, concedida em 07 de Agosto de 2012. O volume estimado de material a

    ser retirado da rea de extrao de 484.200,00 m.

    3.2 JUSTIFICATIVA

    A determinao da rea de extrao mineral localizada na Estrada Capo do

    Almoo, 3 Distrito, Pelotas/RS se deve a viabilidade ambiental e locacional, bem

    como qualidade do material a ser utilizado na pavimentao da rodovia.

    Os impactos ambientais gerados durante a operao da atividade de extrao

    mineral de argila, que fornecer material mineral para as obras de duplicao da

    rodovia BR 116, sero minimizados, e/ou mesmo evitados, pois neste estudo so

    apresentadas aes capazes de garantir que o empreendimento seja acompanhado

    de um conjunto de medidas mitigadoras e compensatrias que minimizem os

    impactos previstos. A jazida em questo (JR-03) encontra-se indicada no projeto de

    duplicao da Rodovia, em consonncia com o Projeto Bsico Ambiental aprovado

    durante o licenciamento da Rodovia e os materiais extrados somente sero

    utilizados no mbito das obras de duplicao da Rodovia BR 116.

    3.3 LOCALIZAO GEOGRFICA

    O acesso rea feito, pela BR 116, sentido So Loureno do Sul

    Pelotas, seguindo-se por cerca de 33,86 km, a partir do trevo de acesso principal de

    So Loureno do Sul. Aps percorrer os 33,86 km, dobra-se esquerda em entrada

    no pavimentada por onde segue-se por 2,35km quando chega-se rea alvo de

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    licenciamento a esquerda da estrada, que localiza-se no municpio de Pelotas/RS

    (Figura 1).

    Figura 1 - Localizao do municpio de Pelotas no Rio Grande do Sul.

    3.4 ESTRUTURAS A CONSTRUIR

    Execuo de servios de limpeza do terreno (onde necessrio) com remoo da

    camada vegetal superficial, nas vias de acesso e nas vias internas, com posterior

    armazenamento para utilizao do material na recuperao da rea.

    A rea de preservao permanente existente na poro sudoeste da rea de

    extrao ser devidamente identificada em campo com a implantao de marcos

    fixos e barramento com pedras para evitar qualquer tipo de interveno na mesma e

    tambm o assoreamento do recurso hdrico existente.

    3.5 MQUINAS E EQUIPAMENTOS

    A Tabela 1 mostra os tipos e a quantidade de mquinas e equipamentos

    previstos para a operao da rea de extrao. No sero efetuadas atividades de

    manuteno na rea de extrao, sendo as mesmas efetuadas junto ao Canteiro de

    Obras.

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    Tabela 1 Tipos, capacidade e quantidades de mquinas e equipamentos.

    Equipamentos Capacidade Quantidade

    EQUIPAMENTOS DIRETOS

    CAM. BASC. TRUCK 12 m 10,00

    CAM. BASC. TRUCK TRAADO 14m 10,00

    ESCAVADEIRA HIDR. 240C 2,00

    MOTONIVELADORA 215 HP - G 940 1,00

    TRATOR DE ESTEIRAS D6M-XL/OS 1,00

    3.6 PESSOAL

    A execuo das obras de melhoria de capacidade, incluindo a duplicao da

    rodovia BR 116, demandam uma grande concentrao populacional de

    trabalhadores das Construtoras responsveis por cada trecho, sendo que na rea

    em questo, circularo cerca de 27 trabalhadores efetuando a desfragmentao,

    carregamento e transporte do material da jazida para a obra de duplicao da BR

    116, conforme pode ser visto na Tabela 2, a seguir:

    Tabela 2 Quantidade de trabalhadores que podero circular na rea de extrao.

    Mo de obra Quantidade

    MOT. CAM. BASC. TRUCK 10,00

    MOT. CAM. BASC. TRUCK TRAADO

    10,00

    OPER. ESCAVADEIRA HIDR. 2,00

    OPER. MOTONIVELADORA 1,00

    OPER. TRATOR DE ESTEIRAS 1,00

    APONTADOR 1,00

    FEITOR DE PRODUO 1,00

    AJUDANTE 1,00

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    3.7 DESCRIO DO PLANO DE LAVRA

    A rea a ser licenciada corresponde a 20,20ha e a rea de extrao

    propriamente dita corresponde a 11,51ha, estando ambas delimitadas nas plantas

    em anexo. O volume previsto de material a ser retirado da frente de lavra de

    484.200,00 m.

    A extrao da rea em questo ser realizada a cu aberto, com a retirada

    da cobertura de solo vegetal, a 0,20 metros, conforme ocorrer o avano da lavra

    para evitar que o solo fique demasiadamente exposto ocorrendo processos erosivos.

    Durante a atividade de extrao os taludes devero possuir inclinao entre

    45 e 60 e altura mxima de 5 metros, caso esta altura seja ultrapassada o talude

    dever ser desmembrado em duas ou mais bancadas, respeitando a altura mxima

    referida anteriormente e deixando bermas de 4 metros de distncia entre as

    bancadas. Essas medidas fornecem estabilidade e segurana para operao das

    mquinas utilizadas neste processo.

    A camada de solo vegetal dever ser decapeada e armazenada em local

    adequado, na poro sul da frente de lavra, em pilhas de no mximo 1,8 metros de

    altura, evitando sua compactao para posterior uso na rea degradada. O local

    escolhido para depsito de material de bota espera encontra-se delimitado na planta

    planialtimtrica atual apresentada em anexo. Durante a recuperao, o solo frtil

    dever ser distribudo uniformemente pela praa minerada, para que esta receba

    subseqente plantio de vegetao rasteira.

    Para a sua configurao final, recomenda-se que o talude possua inclinao

    de face em torno de 30 com a base, para uma garantia de melhor estabilidade

    mecnica e tornando a rea apta ao uso agrcola e/ou agropecurio posteriormente

    s atividades de extrao. Este talude ser reconfigurado com a disposio de

    material proveniente de bota fora da rodovia, da limpeza e decapeamento da jazida.

    A extrao mineral na rea foi subdividida em dois setores, apresentados na

    planta planialtimtrica em anexo, sendo que cada um deles possui as suas

    particularidades que devem ser consideradas no momento da extrao.

    No setor 1 a lavra possui 6,78ha de rea que ir avanar de sul para norte

    por cerca de 290m com largura mdia de 190m, possuindo cota mxima de

    arrasamento de 37m.

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    No setor 2 a lavra possui 4,73ha de rea que ir avanar de norte para sul

    por cerca de 160 metros com largura mdia de 320m possuindo cota mxima de

    arrasamento 25m, e ir possuir trs bacias de sedimentao conforme delimitado na

    planta planialtimtrica em anexo.

    Ao trmino da extrao em um setor dever ser iniciada a recuperao do

    mesmo, sendo que a forma de recuperao dos setores este descrita

    detalhadamente do item Plano de Recuperao de rea Degradada.

    A nascente existente na poro sudoeste da rea ser preservada sendo

    respeitada uma rea de preservao permanente (APP) de 50m em seu entorno,

    conforme planta planialtimtrica atual em anexo. A lagoa existente no entorno,

    localizada na poro norte da rea ser preservada, sendo respeitada uma rea de

    preservao permanente (APP) de 100m em seu entorno, conforme preconiza a

    legislao ambiental vigente. A delimitao da APP da lagoa encontra-se

    apresentada na planta planialtimtrica atual em anexo. A rea de Preservao

    Permanente (APP) da nascente ser devidamente delimitada em campo com

    estacas pintadas e ainda nos limites desta rea sero dispostas pedras racho que

    funcionaro como barreira de proteo, evitando o assoreamento do recurso hdrico

    existente, bem como a interveno na APP. As bacias de sedimentao dispostas

    ao longo da rea em cotas topogrficas inferiores tambm auxiliaro a evitar o

    assoreamento do recurso hdrico.

    A extrao ser realizada de forma ordenada, respeitando a cota de

    arrasamento mxima estipulada para cada um dos setores de minerao.

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    4 DIAGNSTICO AMBIENTAL DA

    Este estudo visa caracterizar ambientalmente a rea atual de extrao de

    argila, apresentando dados tcnicos que possibilitem uma boa avaliao da rea.

    Ambientalmente, a rea de extrao no apresenta passivos ambientais, sendo

    utilizada atualmente para cultivo agrcola (soja).

    4.1 CLIMA

    Entende-se por clima o registro histrico e a descrio da mdia diria e

    sazonal de eventos climticos que ajudam a descrever uma regio. As estatsticas

    so extradas de vrias dcadas de observao (AYOADE, 2002 in EIA RIMA BR

    116).

    O extenso territrio brasileiro, a diversidade de formas de relevo, a altitude e

    dinmica das correntes e massas de ar possibilitam uma grande diversidade de

    climas no Brasil.

    Atravessado na regio norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trpico de

    Capricrnio, o Brasil est situado, na maior parte do territrio, nas zonas de latitudes

    baixas, chamadas de zonas intertropicais, nas quais prevalecem os climas quentes e

    midos com temperaturas mdias em torno de 20C.

    Na regio Sul do Brasil o clima subtropical representado pela classificao

    climtica de Kppen-Geiger como Cfa ou Cfb. O primeiro o subtropical com veres

    quentes, cuja temperatura do ms mais quente superior aos 22C, enquanto a

    segunda sigla corresponde ao clima subtropical com veres amenos. O Clima Cfa

    pertence s regies mais baixas, enquanto o clima Cfb corresponde s reas de

    maiores altitudes.

    A vegetao nas reas de clima subtropical diferente, varia conforme a

    altitude do local.

    Nas partes mais altas, ocorrem os bosques de araucrias. Nas plancies, h a

    predominncia de campos com vegetao rasteira de gramneas caracterizando o

    pampa.

    Na circulao atmosfrica do Rio Grande do Sul prevalecem os efeitos

    determinados pela dinmica entre o anticiclone subtropical Atlntico, os intermitentes

    deslocamentos de massas polares e a depresso baromtrica do nordeste da

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    Argentina. O anticiclone subtropical Atlntico um centro de altas presses cuja

    posio mdia anual prxima a 30 S, 25 W. A circulao atmosfrica, no sentido

    anti-horrio, resulta no predomnio de ventos de leste-nordeste sobre toda a rea do

    Brasil, situada abaixo, da latitude 10 S. A depresso baromtrica do nordeste da

    Argentina uma rea quase permanente de baixas presses, geralmente

    estacionria ao leste dos Andes, cuja posio anual mdia de aproximadamente

    29 S, 66 W. Esta depresso causada pelo bloqueio da circulao geral

    atmosfrica imposto pelos Andes e acentuada pelo intenso aquecimento das

    plancies de baixa altitude da regio (Atlas Elico do Rio Grande do Sul, disponvel

    em http://www.semc.rs.gov.br/atlas).

    Em relao aos ventos, pode-se dizer que so uma contnua movimentao

    da atmosfera, fruto da circulao de massas de ar provocadas pela energia solar e

    pela rotao terrestre. Dentre os mecanismos atuantes, tem-se o aquecimento

    desigual da superfcie terrestre, que ocorre em escala global (latitudes e ciclo dia-

    noite) e local (mar-terra, montanha-vale). Dessa forma as velocidades e direes dos

    ventos apresentam tendncias diurnas e sazonais dentro de um carter aleatrio. O

    gradiente de presso atmosfrica entre a depresso do nordeste da Argentina e o

    anticiclone subtropical Atlntico induz um escoamento persistente de leste-nordeste

    ao longo de toda a regio Sul do Brasil. Desse escoamento resultam ventos com

    velocidades mdias anuais entre 5.5 m/s a 6.5 m/s sobre a maior parte da regio.

    Segundo o Atlas Elico do Rio Grande do Sul, no que diz respeito rea de

    influncia do empreendimento, especificamente nas serras do centro e do oeste, as

    velocidades dos ventos se intensificam no perodo noturno, com picos ocorrendo

    entre as 22 horas at s 6 horas da manh. Essas velocidades se atenuam durante

    o dia, e principalmente nos meses de vero e outono.

    Ao longo do litoral, as brisas marinhas aumentam a velocidade dos ventos a

    partir das 11 horas at s 18 horas, ao longo da primavera e se estendem pelos

    meses de vero. Por causa da grande amplitude trmica anual essa situao se

    reverte nos meses mais frios do inverno, onde as menores velocidades so

    registradas no perodo das 14 horas at s 23 horas.

    Em relao sazonalidade dos ventos, na segunda metade do ano ocorrem

    ventos mais intensos em todas as regies do Estado, com pequena discrepncia

    dos picos entre os extremos leste e oeste do Estado. Em relao aos regimes

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    diurnos observa-se uma defasagem entre as reas litorneas e o interior: no litoral,

    as brisas marinhas favorecem ventos mais intensos no perodo da tarde at o

    anoitecer, enquanto que no interior os ventos so mais intensos no perodo noturno.

    A formao de geadas um fenmeno normal no Rio Grande do Sul, dada

    sua latitude e orografia. As geadas so observadas com mais frequncia nos

    municpios de Bento Gonalves, Caxias do Sul, Vacaria e So Francisco de Paula,

    com nmero de ocorrncias superior a 25 geadas por ano, devido altitude em que

    se encontram.

    A precipitao da neve, embora registrada em mais da metade do Estado,

    ocorre com mais frequncia em uma rea extremamente restrita. As regies mais

    susceptveis so apenas as situadas nos pontos mais elevados do Escudo e do

    Planalto Superior.

    Convm salientar que este fenmeno no ocorre regularmente, podendo

    passar-se vrios anos para que se observe qualquer ocorrncia.

    4.1.1 TEMPERATURA

    Com relao s temperaturas foram utilizados os dados disponveis no EIA-

    RIMA de duplicao da rodovia BR 116, o qual se baseou nas estaes

    meteorolgicas de Porto Alegre e Rio Grande, que se encontram nas duas

    extremidades do projeto. Os dados foram adquiridos no Instituto Nacional de

    Meteorologia (INMET) e so referentes ao ano de 2007, devido disponibilidade anual

    dos dados.

    No Estado, as temperaturas mdias anuais variam entre 15 C a 20 C, com

    mnimas de at -10 C e mximas de 40 C. Nos locais com altitudes acima de 1.100

    m, caem para aproximadamente 10 C. Apresentam grande variao sazonal, com

    veres quentes e invernos bastante rigorosos, com a ocorrncia de geada e

    precipitao eventual de neve.

    Conforme observado no Estudo de Impacto Ambiental para a Estao

    Meteorolgica de Porto Alegre, entre os meses de janeiro a abril, as temperaturas

    mdias dirias ficam em torno de 20 a 22 C, caindo no ms de maio para uma

    mdia de 15 C. De junho a agosto, meses mais frios, as temperaturas caem para

    cerca de 12 C, e aumentam gradativamente nos meses de setembro e outubro. O

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    ms de novembro registra as temperaturas mdias mais altas, acima de 24C,

    diminuindo em dezembro e seguindo as mdias dirias de 20 a 22C at maro.

    Para os dados da Estao Meteorolgica de Rio Grande as temperaturas

    mdias dirias, entre os meses de janeiro a maro, ficam em torno de 25C a 30C.

    No ms de abril a temperatura cai para 15C a 25C, e continua caindo entre os

    meses de maio a agosto para uma mdia diria variando de 10C a 25C, que o

    perodo mais frio do ano. A partir do ms de setembro, at novembro, as

    temperaturas sobem para uma mdia que varia de 20C a 25C, retornando em

    dezembro as mdias do incio do ano, em torno de 25C a 30C, sendo os meses

    mais quentes do ano.

    Vale ressaltar que em climas temperados, a temperatura varia regularmente

    durante todo o ano, com a definio ntida das quatro estaes do ano, possuindo

    uma grande amplitude trmica no decorrer do dia. A altitude e a influncia marinha

    tambm afetam sobremaneira a temperatura do ambiente.

    4.1.2 PRECIPITAES

    Como caracterstico do clima temperado subtropical do sul brasileiro, o Rio

    Grande do Sul apresenta uma tendncia de regimes pluviomtricos bem distribudos

    ao longo do ano, como pode ser visto na Figura 2, disponibilizada pela SEMC -

    Secretaria de Minas, Energia e Comunicao do Estado do Rio Grande do Sul.

    Figura 2 - Mapas de sazonalidade das chuvas no RS e mdia anual. Extrado do Atlas Elico do Rio Grande do Sul. (http://www.semc.rs.gov.br/atlas).

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    Quanto s caractersticas da regio do empreendimento, na Depresso

    Central, as taxas de pluviosidade variam entre 1.300 e 1.400 mm, enquanto no

    Planalto Meridional podem atingir 1.500 mm a 1.800 mm. Neste ltimo, constituem

    exceo s mdias anuais de So Francisco de Paula, superiores a 2.000 mm e de

    Soledade, com aproximadamente 2.000 mm, que so as reas de maior ndice

    pluviomtrico do Estado. Mdias anuais excepcionais foram registradas em So

    Francisco de Paula (3.396 mm) e em Soledade (3.002 mm), nos anos de 1928 e

    1941, respectivamente. As mnimas registraram-se em Vacaria, com valores de 761

    mm, em 1945 e de 843 mm, em 1962, e em Santa Cruz do Sul (859 mm) em 1962.

    Os meses de maior altura pluviomtrica mdia so os de setembro, outubro

    e janeiro, com ndices mdios superiores a 160 mm, 125 mm e 125 mm,

    respectivamente. Os ndices mensais excepcionais ocorridos foram de 656 mm, em

    Guapor, em maio de 1912, e de 652 mm, em Lagoa Vermelha, em Junho de 1916.

    Os meses de menor altura pluviomtrica mdia so os de novembro e maio, ambos

    com valores superiores a 60 mm. Os ndices mnimos mensais registrados foram os

    de Lagoa Vermelha, em abril de 1929, sem precipitao alguma e Taquari, em

    novembro de 1959, com 1,3 mm de precipitao.

    As alturas pluviomtricas anuais dividem-se pelas quatro estaes, com

    percentagens mdias de 22, 26, 28 e 24% na zona da Depresso Central e 23, 25,

    27 e 25% na zona do Planalto Meridional, respectivamente para vero, outono,

    inverno e primavera. Essas percentagens indicam boa distribuio de chuvas ao

    longo do ano, havendo apenas uma ligeira predominncia para as chuvas de

    inverno, o que leva a classificar o regime pluviomtrico regional como de inverno.

    4.2 GEOLOGIA

    Do ponto de vista geolgico regional a rea esta inserida no Escudo Sul-rio-

    grandense, que abrange uma rea de 65.000 km, compreendendo assemblias de

    rochas geradas desde o Arqueano at o Eopaleozico.

    Conforme Chemale Jr. (2000), as rochas mais antigas do Escudo

    Sulriograndense so Arqueanas, existentes em fragmentos ou lajes tectnicas nos

    cintures mais novos ou protlitos do Complexo Granulitico Santa Maria Chico (2.1

    Ga), localizado no Bloco Taquaremb. Aps os eventos Arquenos ocorrem

    ortognaisses e paragnaisses metamorfizados na fcies anfibolito formados e

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    deformados em orogenias e sequncias metavulcano-sedimentares em cintures

    Neoproterozico at o Eopaleozico. Estes cintures resultaram da coliso das

    placas do Kalahari e do Rio da Plata e da microplaca Encantadas, gerando

    assemblias petrotectnicas em dois grandes eventos orognicos Brasilianos, a

    orogenia So Gabriel (850-700Ma) e a orogenia Dom Feliciano (650-500Ma).

    4.2.1 SUTE GRANTICA PINHEIRO MACHADO

    As rochas grantico-gnissicas da Sute Grantico-Gnissicas Pinheiro

    Machado ocorrem na poro central do Cinturo Dom Feliciano, ocupando cerca de

    30% da rea total do Batlito de Pelotas (Philipp, 1998), caracterizando-se como a

    sute mais antiga desta rea. composta por granitides de composio

    granodiortica a monzograntica, com termos tonalticos, diorticos e quartzo-

    diorticos subordinados. Caracteriza-se por apresentar bancas leucocrticas e

    melanocrticas, interpretadas como bandamento metamrfico ou secundrio e

    primrio ou gneo. comum a ocorrncia de enclaves de composio diortica e

    xenlitos de quartzitos, rochas ccio-silicatadas, paragnaisses, ortognaisses e

    anfibolitos.

    Estruturalmente, o processo deformacional principal das rochas deste

    complexo atribudo a uma tectnica de empurro (Tangencial) com vergncia para

    W a NW, cuja trama e mineralogia resultante indica condies de fcies anfibolito

    inferior a mdio (Fernandes et al., 1992; Philipp, 1991). Estas rochas apresentam

    colorao acinzentada, textura equigranular hipidiomrfica mdia a grossa,

    localmente inequigranular, com pequenas propores de fenocristais (1 a 3 cm)

    esparsos de feldspato potssico. (Phillip et al., 2002).

    As rochas foram afetadas pelo evento transcorrente mais jovem e pela

    granitognese associada.

    Dados de U-Pb em zirco (TIMS) dos gnaisses Pinheiro Machado apontam

    idades de 6232 Ma a 6105 Ma (Babinski et al., 1997). Estes gnaisses podem

    representar raiz de um arco magmtico de idade entre 623 Ma a 609 Ma, com

    contribuio de crosta juvenil mais crosta paleoproterozica/arqueana ou serem

    inseridos em um ambiente sincolisional.

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    4.2.2 SUTE GRANTICA DOM FELICIANO

    O Cinturo Dom Feliciano tem sua orogenia vinculada instalao de um

    processo de subduco que produziu um ambiente tectnico peculiar, denominado

    arco magmtico. Em conjunto com a formao deste sistema, instalaram-se

    tambm, na crosta terrestre, uma srie de outros processos ligados ao ambiente

    magmtico e que deram origem a intruses granitides, o desenvolvimento de

    rochas supracrustais sedimentares, tpicos de ambiente de bacias back-arc, bacias

    molssicas nas pores externas do arco, preenchidas por sedimentos

    anquimetamrficos e rochas vulcnicas.

    Esta a sute mais jovem do batlito, ocupa cerca de 20% de sua rea e

    suas exposies se concentram na poro norte do mesmo.

    A regio de Pelotas encontra-se nos domnios do Cinturo Dom Feliciano,

    que limitado a oeste pelas zonas de Cisalhamento Canguu e Passo Marinheiro e

    a leste, coberto por rochas da Plancie Costeira.

    O embasamento do Cinturo Dom Feliciano formado pelo Complexo

    Metamrfico Vrzea do Capivarita, Complexo Arroio dos Ratos e Anortosito

    Capivarita. formado por rochas grantico-gnissico-migmatticas com intenso

    magmatismo Brasiliano (650-500 Ma) em uma crosta mais antiga Paleoproterozica.

    4.2.3 DEPSITOS RECENTES DO SISTEMA LAGUNAS-BARREIRAS

    A Plancie Costeira do Rio Grande do Sul se formou em dois perodos: o

    Pleistocnico, mais antigo e do qual fazem parte os sistemas lagunas-barreiras I, II e

    III e posteriormente o Holocnico, mais recente e compe o sistema laguna barreira

    IV.

    4.2.3.1 Depsitos do Perodo Pleistocnico

    O sistema laguna-barreira II resultou de um segundo evento transgressivo-

    regressivo pleistocnico. Litologicamente as fcies da plancie lagunar da barreia II

    (Q2pl2) apresentam colorao castanho-amareladas, bem arredondadas, envoltas

    em uma matriz sltico-argilosa de natureza diagentica, e com laminao plano-

    paralela. As fcies dos depstios praiais elicos (Q2pe2) caracterizam-se como

    areia quartzosa fina, bem selecionada, laminao plano-paralela e cruzada, areia

    mdia a fina, bem arredondada e selecionada, rara laminao plano paralela ou

    estratificao cruzada, sendo que esta ltima descrio caracterstica tambm de

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    fcies de depsitos elicos (Q2e2). As estruturas sedimentares primrias foram em

    grande parte destrudas pelos processos pedogenticos que afetaram

    profundamente estes sedimentos.

    A barreira III, conforme descrito por Tomazelli et. al (1982) e Tomazelli

    (1985) constituda por fcies arenosas de ambiente praial e marinho raso

    recobertas por depsitos elicos dispostas numa sucesso vertical. Os depsitos de

    plancie lagunar da barreira III (Q3pl3) so compostos por areia sltico-argilosa, mal

    selecionada, com laminao plano-paralela incipiente, concrees carbonticas e

    ferromagnesianas.

    As areias elicas de cobertura apresentam uma colorao avermelhada e

    um aspecto macio. Algumas vezes apresentam-se bioturbadas por razes, e

    comumente, intercalam nveis centmtricos de paleossolos. Em vrios locais ao

    longo da barreira III a remoo da cobertura vegetal por processos naturais ou

    antrpicos possibilitou a reativao dos processos elicos.

    4.2.3.2 Depsitos do Perodo Holocnico

    O mais recente sistema deposicional laguna barreira desenvolveu durante o

    Holoceno, como consequncia da ltima grande transgresso ps-glacial, onde o

    nvel do mar alcanou aproximadamente 3 a 4 cm acima do nvel do mar atual

    (Villwock & Tomazelli, 1989, 1998) possibilitando a sua formao.

    Os depsitos aluviais (Q4a) caracterizam-se por apresentar areia grossa a

    fina, cascalho e sedimentos sltico-argilosos em calhas de rio e plancie de

    inundao. Os depsitos de plancie lagunar (Q4pl) apresentam areia sltico-argilosa

    com laminao plano-paralela incipiente. Ainda, pode-se notar a presena de

    Turfeiras (Q4tf) que aprensentam turfas heterogneas intercaladas ou misturadas

    com areia, silte e argila, localmente com diatomito. Analisando-se a frao grossa

    destes sedimentos nota-se que nas fcies arenosas, quartzo e fragmentos de

    conchas de moluscos so constituintes essenciais, sendo que em pequenas

    quantidades, minerais pesados, mica, fragmentos de madeira, foraminferos,

    concrees ferruginosas e fragmentos de rocha. Nas fcies slticas e argilosas

    predominam os fragmentos de conchas e o quartzo, sendo os demais componentes

    em pequenas propores. Quanto aos argilo-minerais presentes nas fcies finas,

    ocorrem em abundncia, esmectitas e caulinitas.

  • Consrcio MAC TARDELLI Diagnstico Ambiental - DA, Plano de Controle Ambiental PCA e Projeto de Recuperao de rea Degradada - PRAD rea de Emprstimo de Materiais - Jazida JR 03 20,20 ha Estrada Capo do Almoo, 3 distrito LOTE 09 Trecho Pelotas/RS

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    20

    4.3 GEOMORFOLOGIA

    Geomorfologicamente, a regio abrangente faz parte do chamado cinturo

    orognico do Atlntico (Ross, 2006), o qual se estende desde a Regio Nordeste do

    Brasil at a poro sudeste do estado do Rio Grande do Sul. Neste trabalho ser

    descrito o cinturo orognico do Atlntico pertencente ao estado do Rio Grande do

    Sul.

    O cinturo orognico do Atlntico corresponde a uma estrutura geolgica

    bastante antiga, formada ao longo do Pr-Cambriano. Essa estrutura era constituda

    por cadeias montanhosas que, atualmente, encontram-se extremamente

    desgastadas, devido s vrias fases erosivas decorrentes. Contudo, possvel

    perceber facilmente, sua preservao at os dias atuais, as feies serranas dessa

    formao, o que faz desta rea um planalto formado em um cinturo orognico

    (Ross, 2006). A faixa orognica descrita, fora no passado uma bacia geossinclinal

    estreita e alongada, marginal s bordas da plataforma continental (crton). O

    material sedimentado nas bacias geossinclinais foi por diversas vezes dobrado em

    funo das presses do crton, resultado das movimentaes da crosta terrestre.

    Como resultado dessa movimentao crustal, os sedimentos dobrados foram

    metamorfizados e intrudidos, sofrendo at, em alguns casos, efuses vulcnicas.

    Esse cinturo orognico passou por trs fases de dobramentos, acompanhadas de

    metamorfismos e intruses alternadas por longos perodos, marcados por processos

    erosivos.

    Uma grande complexidade estrutural e litolgica compe o cinturo

    orognico do Atlntico, onde predominam rochas metamrficas de diferentes tipos e

    idades, como gnisses, migmatitos, quartzitos, filitos, dentre outros. Alm de rochas

    intrusivas, como granitos e sienitos.

    Nesta rea tambm se encontra a plancie da Lagoa dos Patos, como

    popularmente chamada. A Lagoa dos Patos , na verdade, uma extensa laguna,

    situada na plancie costeira do Rio Grande do Sul, estendendo-se na direo NE-

    SW, entre as latitudes 3030 e 3212S e entre as longitudes 05030e 052 32W.

    Com uma rea de aproximadamente 10.227 km2, considerada a maior laguna do

    tipo estrangulada do mundo. Conecta-se ao Oceano Atlntico na sua poro sul

    por meio de um nico canal estreito na cidade de Rio Grande, estado do Rio Grande

    do Sul.

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    Essa plancie estende-se por quase todo o litoral sul-rio-grandense

    prolongando-se at o Uruguai. Sua morfognese pode ser explicada por meio de

    processos deposicionais de origem marinha e lacustre. Predominam nessas reas

    os neossolos quartzarnicos.

    As Regies Geomorfolgicas, por sua vez, esto compartimentadas em

    Unidades Geomorfolgicas, as quais representam o terceiro txon. Os Domnios

    Morfoesculturais correspondem s formas de relevo resultantes da ao dos

    agentes endgenos e exgenos sobre o arcabouo geolgico. Vale ressaltar que as

    aes climticas pretritas, bem como as atuais, so fatores importantssimos para a

    classificao dos Domnios Morfoesculturais. Sendo assim, estes so classificados

    em trs tipos: Depsitos Sedimentares, Embasamentos em Estilos Complexos e

    Bacias e Coberturas Sedimentares. Na regio analisada para a extrao mineral e

    descrita no presente relatrio esto presentes os dois primeiros Domnios.

    4.3.1 DOMINIOS MORFOESTRUTURAIS DOS DEPSITOS SEDIMENTARES

    Os Domnios Morfoestruturais dos Depsitos Sedimentares abrange a rea

    objeto de licenciamento do presente relatrio, estendendo-se do municpio de Porto

    Alegre Pelotas, ao longo da rodovia BR-116/RS. Esse tipo de formao

    morfoescultural constitui-se de amplas e extensas plancies costeiras, alongada no

    sentido NE-SO, possuindo variaes no sentido N-S. Ao sul, estas reas se tornam

    mais largas, apresentando grandes formaes lagunares. So reas geralmente

    planas e arenosas, o que possibilita a formao de restingas, as quais isolam do mar

    alguns espelhos dgua, como lagos e lagunas. Possuem baixa altimetria,

    compreendida entre 1 a 25 metros, conforme a aproximao da linha da gua.

    Na poro norte da rea analisada, a drenagem do referido domnio fica a

    cargo dos rios dos Sinos, Camaqu e Jacu. Suas nascentes localizam-se nas reas

    planlticas a oeste desta regio. Dos trs cursos dgua, apenas o Rio dos Sinos

    possui a sua foz no mar. Os outros dois fazem parte de uma bacia endorrica e

    desguam na Laguna dos Patos. Na poro sul, a drenagem, tambm de

    caracterstica endorrica, fica a cargo de alguns arroios como Grande e do Padre.

    Nesta rea no h rios de grande porte, somente ao sul, na bacia da Lagoa Mirim.

    Os Depsitos Sedimentares abrangem estruturas litolgicas do Quaternrio,

    devido presena de depsitos aluvionares, detritos coluviais, mangorovitos, e

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    depsitos elicos subatuais, dentre outros, caracterizando reas-fontes mistas, ou

    seja, so materiais tanto marinhos quanto continentais. De acordo com o

    mapeamento geolgico (geolgico ou geomorfolgico) do RADAMBRASIL, esta rea

    pertence chamada Provncia Costeira.

    O referido Domnio comporta duas Regies Geomorfolgicas: Plancie

    Costeira Interna e Plancie Costeira Externa, sendo que a regio da jazida encontra-

    se sobre a regio geomorfolgica Interna mais precisamente sobre a unidade

    Geomorfolgica plancie aluvio-coluvionar.

    4.3.1.1 Regio Geomorfolgica Plancie Litornea Interna

    Essa regio localiza-se entre a Plancie Marinha, a leste e o Planalto Sul

    Rio-Grandense, a oeste. Nesta rea significativa a presena de lagos costeiros.

    Os depsitos de origem continental predominam na formao morfolgica

    local. Em trechos pequenos, s margens da Laguna dos Patos, perceptvel a

    existncia de dunas formadas por meio da ao elica. No local, predomina a

    vegetao Pioneira, j bastante alterada pela ao antrpica.

    justamente sobre essa Regio Geomorfolgica que se encontra assentada

    a maior parte da rodovia BR-116/RS, mais precisamente na Unidade

    Geomorfolgica Plancie Alvio- Coluvionar, descrita a seguir. A referida regio

    funciona como um divisor de relevos da unidade geomorfolgica denominada de

    Planalto Rebaixado, marcada pelas coxilhas e unidade geomorfolgica Planaltos

    Residuais Canguu Caapava do Sul, onde a altitude pode alcanar at 400 m.

    A Plancie Costeira Interna engloba duas Unidades Geomorfolgicas: a

    Plancie Lagunar e a Plancie Alvio-Coluvionar onde na ltima encontra-se a regio

    da jazida em questo.

    - Unidade Geomorfolgica Plancie Alvio-Coluvionar

    Caracteriza-se por uma superfcie plana, suavemente rampeada no sentido

    leste, em alguns trechos descontnuas, localizada entre a Plancie Lagunar, a leste,

    e os relevos das Regies Geomorfolgicas Planaltos das Araucrias e Sul Rio-

    Grandense a oeste. O seu posicionamento espacial possibilita enquadr-la, do ponto

    de vista de origem da deposio, como rea de transio entre influncias

    continental e marinha.

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    Nos locais onde predominam os modelados planos ou embaciados, ocorre

    uma influncia de deposio continental, resultante da convergncia de leques

    coluviais de espraiamento, cones de dejeo ou concentrao de depsitos de

    enxurradas nas partes terminais de rampas de pedimentos. Registra-se ainda, a

    ocorrncia de formas de topos planos ou baixos tabuleiros. Nas proximidades da

    Laguna dos Patos, encravada na Plancie Lagunar, existe uma rea alongada no

    sentido SO-NE, que corresponde coxilha das Lombas. Representa antigas dunas

    dissipadas, local em que se registrou uma dissecao do tipo homognea, com

    densidade de drenagem fina e mdia, levando a um aprofundamento de vale que

    varia entre 20 e 33 metros e 35 a 45 metros. A altitude da coxilha das Lombas varia

    de 40 a 150 metros e seu limite leste feito por degraus bem marcados, na direo

    SO-NE, que remetem, provavelmente, a paleofalsias.

    Os principais cursos dgua que drenam esta unidade, como o baixo curso

    do Rio Camaqu, arroio Grande, arroio Pelotas, arroio Contrabandista e Rio Piratini,

    desguam na Laguna dos Patos. Todos esses rios apresentam plancies fluviais ou

    correm encaixados em terraos fluviais.

    4.3.2 DOMINIOS MORFOESCULTIRAL DOS EMBASAMENTOS DOS ESTILOS

    COMPLEXOS

    Este domnio relaciona-se s localidades de exposio das rochas pr-

    cambrianas, em especial, que fazem parte da Provncia da Mantiqueira. Caracteriza-

    se por uma formao descontnua, representada por dois blocos distintos. O bloco

    nordeste limita-se a leste e sul, com o Domnio Morfoescultural dos Depsitos

    Sedimentares; a oeste, limita-se com o Domnio Morfoescultural das Bacias e

    Coberturas Sedimentares. O bloco centro-sul est em contato com o Domnio

    Morfoescultural dos Depsitos Sedimentares, a leste, com o Domnio Morfoescultural

    das Bacias e Coberturas Sedimentares, a norte, oeste e sudoeste, e estendendo-se

    em direo ao territrio uruguaio, a sul.

    A estrutura geolgica complexa desta rea est ntida no modelado do

    relevo, por meio de uma heterogeneidade de tipos dissecados, onde no se observa

    a predominncia de um tipo sobre o outro. Ocorrem relevos planlticos,

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    entrecortados por vrios relevos estruturais e residuais, como barras de relevo

    dobrado, marcas de enrugamento e estruturas falhadas.

    A altimetria varia entre 200 e 500 metros e as cotas mais elevadas

    configuram um compartimento geomorfolgico, onde o relevo se encontra pouco

    desgastado, conservando restos de superfcies pediplanadas desnudadas.

    As linhas de dreno nesta rea, na maioria dos casos, esto encaixadas e

    orientadas pelas tectnicas e estruturas regionais. A estrutura geolgica conduziu a

    um desgaste que, obedecendo s linhas estruturais, traduz-se por meio de sulcos e

    vales estruturais profundos. As linhas mestras de drenagem so dadas pelos rios

    Camaqu e Piratini, que desguam a leste na Laguna dos Patos. Os vales desses

    cursos so encaixados apresentando, em alguns trechos, canyons. Contudo, em

    outros trechos apresentam faixas de plancies aluviais.

    4.3.2.1 Regio Geomorfolgica Planalto Sul-Riograndense

    Essa Regio Geomorfolgica corresponde rea de abrangncia do Escudo

    Sul-Rio-Grandense. Apresenta-se em forma triangular a partir do centro do Rio

    Grande do Sul, rumo ao sul do territrio.

    Limita-se ao norte e a oeste pela Depresso Central Gacha e a leste pela

    Plancie Costeira Interna. Ao sul, a referida Regio Geomorfolgica, adentra em

    territrio uruguaio.

    A localizao dessa forma de relevo, o planalto, ocupando a poro centro-

    meridional do estado gacho, permitiu sua denominao de Sul Rio-Grandense.

    A complexidade da estrutura geolgica, dada principalmente pelas rochas

    pr-cambrianas do Complexo Canguu, se revela na paisagem atravs de um relevo

    intensamente dissecado. Tal relevo composto por topos convexos e vales

    profundos, que apresentam uma certa orientao SE-NO e SO-NE (foto 5.1-14). Ao

    lado disso, ocorrem reas menos dissecadas, em posio de topo, que constituem

    restos de superfcies pediplanas. Os solos locais so, predominantemente, do tipo

    Podzlico Vermelho-Amarelos e Litlicos, recobertos por uma cobertura vegetal

    campestre (Savana Arbrea Aberta, Parque e Gramneo-Lenhosa) e florestal

    (Floresta Estacional Semidecidual).

    O principal eixo de drenagem fica a cargo do Rio Camaqu, juntamente com

    seus afluentes, e resultam em um padro de drenagem subdendrtico quando

    instalados nesta regio geomorfolgica.

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    Na referida Regio registrou-se duas Unidades Geomorfolgicas: Planaltos

    Residuais Ganguu-Caapava do Sul e o Planalto Rebaixado Marginal o qual se

    encontra na regio da rea da jazida em questo.

    - Unidade Geomorfolgica Planalto Rebaixado Marginal

    Relevo de superfcie dissecada, com altitudes variando entre 100 e 200

    metros, chegando em alguns pontos a 450 metros. Localizado na poro centro-sul

    do Rio Grande do Sul, essa unidade limita-se com a Depresso Rio Jacu, a norte e

    noroeste; com a Depresso Rio Ibicu Rio Negro, a oeste e sudoeste; a leste com

    a Plancie Alvio-Coluvionar, adentrando ao sul no territrio uruguaio. O nome dessa

    unidade reflete sua posio rebaixada e s margens do Planalto Residual Canguu-

    Caapava do Sul.

    Formado por rochas do Pr-Cambriano, esse relevo encontra-se bastante

    dissecado, configurando colinas, interflvios tabulares e secundariamente cristas.

    So encontrados muitos mataces em encostas ngremes.

    O processo de dissecao ocorreu de forma indistinta na rea, no havendo

    assim uma forma predominante de eroso.

    Nos locais onde os topos so mais planos, formando interflvios tabulares,

    so encontrados afloramentos rochosos em forma de lajedos. Nesses locais so

    encontrados tambm pavimentos dentrticos.

    De modo geral, esse planalto drenado por rios que encontram-se

    encaixados, porm sem a gnese de vales. O rio Camaqu possui trechos

    superimpostos, onde formam plancies e terraos, sendo estes, separados por

    depresses alveolares. Nos trechos onde o talvegue do Camaqu est encaixado,

    seu leito assimtrico. Porm, nos trechos onde sua rea de drenagem mais

    ampla, formam-se meandros. A maioria de seus afluentes so drenagens

    encaixadas. Contudo, o arroio Boici, seu afluente de margem direita, nas

    proximidades da foz, forma terraos fluviais. O Camaqu possui uma drenagem de

    padro dentrtico e subdentrtico. Sua margem esquerda formada por rios que

    direcionam seus leitos para o sul (arroio dos Nobres, das Pedras, dos Vargas, dentre

    outros). J na margem direita, os rios so mais extensos e por isso apresentam uma

    drenagem dentrtica subparalela.

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    4.4 SOLO

    O levantamento e mapeamento de solos uma atividade importante no

    diagnstico de uma rea, uma vez que a pedosfera encontra-se em contato com a

    atmosfera, biosfera, hidrosfera e geosfera, podendo, ento, ser considerado uma

    excelente ferramenta na estratificao de ambientes (Resende et al., 1995).

    A composio qumica e a estrutura fsica do solo em cada lugar esto

    determinadas pelo tipo de material geolgico do qual se origina, pela cobertura

    vegetal, pelo tempo durante o qual o intemperismo agiu, pela topografia e por

    mudanas artificiais resultantes das atividades humanas.

    Os principais tipos de solos encontrados na rea de estudo, segundo o

    Sistema Brasileiro de Classificao dos Solos/EMBRAPA so os seguintes:

    argissolos, latossolos, neossolos, planossolos. Na rea estudada, os tipos de solos

    encontrados so os argissolos e os planossolos, conforme descritos abaixo.

    4.4.1 ARGISSOLO

    Compreende solos constitudos por material mineral, que tm como

    caractersticas diferenciais argila de atividade baixa e horizonte B textural (Bt),

    imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o hstico, sem

    apresentar, contudo, os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas

    classes dos Alissolos, Planossolos, Plintossolos ou Gleissolos (EMBRAPA, 1999).

    So de profundidade varivel, desde forte a imperfeitamente drenadas, de

    cores avermelhadas ou amareladas, e mais raramente, brunadas ou acinzentadas.

    Apresenta um incremento no teor de argila, com ou sem decrscimo, do horizonte B

    para baixo do perfil. A transio entre os horizontes A e Bt geralmente clara,

    abrupta ou gradual. So de forte a moderadamente cidos, com saturao por bases

    altas ou baixas, predominantemente caulinticos e com relao molecular Ki

    variando de 1,0 a 2,3, em correlao com baixa atividade das argilas.

    Nesta classe esto includos os solos que foram classificados pela

    EMBRAPA: Solos como, Podzlico Vermelho-Amarelo argila de atividade baixa,

    pequena parte de Terra Roxa Estruturada, de Terra Roxa Estruturada Similar, de

    Terra Bruna Estruturada e de Terra Bruna Estruturada Similar, todas com gradiente

    textural necessrio para B textural, em qualquer caso Eutrficos, Distrficos ou

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    licos, e mais recentemente o Podzlico Vermelho-Escuro, com B textural e o

    Podzlico Amarelo.

    Estes solos podem apresentar limitaes qumicas devido baixa fertilidade

    natural, forte acidez e alta saturao por alumnio, sendo tambm de alta

    suscetibilidade eroso e degradao. Podem ser usados com culturas anuais e

    campo nativo, preferencialmente com plantio direto e em rotao de culturas com

    plantas protetoras e recuperadoras do solo durante o inverno.

    4.4.2 PLANOSSOLOS

    Esta Classe inclui os solos que foram classificados como Planossolos,

    Solonetz- Solodizado e Hidromrficos Cinzentos, que apresentam mudana textural

    abrupta. Compreende solos minerais imperfeitamente ou mal drenados, com

    horizonte superficial ou subsuperficial eluvial, de textura mais leve, que contrasta

    abruptamente com o horizonte B imediatamente subjacente, adensado, geralmente

    de acentuada concentrao de argila, permeabilidade lenta ou muito lenta,

    constituindo, por vezes, um horizonte responsvel pela deteno de lenol dgua

    sobreposto (suspenso), de existncia peridica e presena varivel durante o ano

    (EMBRAPA, 1999).

    Caracterstica marcante desse solo a diferenciao acentuada dos

    horizontes A ou E, e o B, devido mudana textural abrupta entre os mesmos. Por

    causa da sazonalidade de excesso de umidade, ainda que por perodos curtos, as

    cores no horizonte B, e mesmo na parte inferior do horizonte sobrejacente, so

    predominantemente pouco vivas, tendendo a acinzentadas ou escurecidas, podendo

    ou no haver ocorrncias e at predomnio de cores neutras de reduo, com ou

    sem mosqueados, conforme especificado para o horizonte B plnico.

    So solos localizados em reas de relevo suave, ondulados ou planos e mal

    drenados. Normalmente aparecem nas margens dos rios e lagoas, como na

    Depresso Central e junto a Plancie Costeira (no Estado do Rio Grande do Sul).

    So solos aptos para o cultivo de arroz irrigado e, com sistemas de drenagem

    eficientes, tambm podem ser cultivados com milho, soja e pastagens.

    4.4.3 SOLO LOCAL

    Na rea objeto de licenciamento foram realizados 81 furos de sondagem

    para caracterizao dos perfis de solo e posterior confeco de uma malha amostral

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    de acordo com as caractersticas apresentadas. A descrio dos perfis e a malha

    amostral esto inseridas em anexo, no presente relatrio.

    Perfis de 43 furos so caracterizado por apresentar logo abaixo da camada

    vegetal um horizonte de cerca de 30cm de areia e posteriormente at a

    profundidade sondada apresentando solo argilo-siltoso. Os perfis 9 e 27 apresentam

    diretamente, aps a camada de solo vegetal, solo argilo-siltoso.

    Em 20 perfis so encontrados solos silticos, porm somente em nove destes

    perfis o solo siltico caracterizado como predominantemente.

    Dois perfis (11 e 53) so descritos como totalmente compostos por uma fina

    camada da solo vegetal e o restante como solo argilo-arenoso. Mais quatro perfis

    apresentam-se caracterizados como predominantemente compostos por solo argilo-

    arenoso e so encontrados em outros quatro perfis em menor quantidade.

    Sete perfis apresentam-se predominantemente compostos por solo siltico-

    arenosos, porm outros oitos perfis apresentam este mesmo tipo de solo porm em

    menor quantidade.

    O perfil 14 o nico a apresentar solo siltico-argiloso. No foi encontrado

    evidencias de rocha at a profundidade sondadas.

    4.5 RECURSOS HDRICOS

    A rea de influncia da rodovia BR 116 abrange a Regio Hidrogrfica do

    Guaba e a Regio Hidrogrfica Litornea, conforme pode se verificado na Figura 3,

    sendo dado um tratamento especial para a descrio das caractersticas e

    informaes da bacia da Regio Hidrogrfica Litornea, em virtude de ser nesta

    bacia que a rea onde ser efetuada a extrao mineral de argila encontra-se

    inserida.

    A Regio Hidrogrfica do Litoral ou das Bacias Litorneas est localizada na

    poro leste e sul do territrio rio-grandense e ocupa uma superfcie de

    aproximadamente 53.356,41 Km, correspondendo a 20,11 % da rea do Estado.

    Sua populao total est estimada em 1.231.293 habitantes, correspondendo a

    12,09 % da populao do Rio Grande do Sul, distribudos em 80 municpios, com

    uma densidade demogrfica em torno de 23,07 hab/Km.

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    Compem esta regio hidrogrfica seis bacias, conforme Figura 4:

    Tramanda, Litoral Mdio, Camaqu, Piratini- So Gonalo - Mangueira, Mampituba

    e Jaguaro. Destaca-se que a Resoluo 05/02, do Conselho Estadual de Recursos

    Hdricos, instituiu o Comit Gestor da Laguna dos Patos - CGLP como instrumento

    de articulao no gerenciamento das guas da mesma.

    Figura 3 - Regies hidrogrficas do Rio Grande do Sul. Extrado de http://www.fepam.rs.gov.br/qualidade/bacias_hidro.asp, Fonte: DRH-SEMA/RS.

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    Figura 4 - Bacias hidrogrficas da Regio hidrogrfica do litoral. Extrado de http://www.fepam.rs.gov.br/qualidade/bacias_hidro.asp, Fonte: DRH-SEMA/RS.

    4.5.1 CARACTERSTICAS DAS BACIAS DA REGIO HIDROGRFICA DO

    LITORAL, QUE ESTO INSERIDAS NA REA DE INFLUNCIA DA

    REA DE EXTRAO DE ARGILA (JR 03)

    A) BACIA HIDROGRFICA DO RIO CAMAQU

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Camaqu localiza-se na regio central do Rio

    Grande do Sul. Abrange as provncias geomorfolgicas do Escudo Sul-Rio-

    Grandense e da Plancie Costeira. Possui rea de 21.511,81 km e populao total

    estimada em 236.203 habitantes, abrangendo municpios como Arambar, Bag,

    Caapava do Sul, Dom Feliciano e Tapes.

    Os principais corpos de gua desta bacia so: o Rio Camaqu e os Arroios

    Sutil, da Sapata, Evaristo, dos Ladres, Maria Santa, do Abrnio, Pantanoso, Boici e

    Torrinhas. O Rio Camaqu tem suas nascentes a oeste da bacia, com

    desembocadura a leste na Laguna dos Patos. A vazo mdia mais prxima da foz

    de 304 m/s e rea de drenagem de 15.543 Km2, com precipitao mdia anual de

    1340 mm. Os principais usos da gua na bacia se destinam irrigao do arroz e ao

    abastecimento pblico (SEMA/RS, 2006 in EIA RIMA BR 116).

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    B) BACIA HIDROGRFICA DO PIRATINI-SO GONALO

    A bacia possui 31.160,23 km e est localizada no extremo sul do Estado,

    ocupando partes das regies fisiogrficas: Serra do Sudeste, Encosta do Sudeste,

    Litoral e Campanha. Limita-se ao norte com a bacia do Camaqu; ao sul com a

    Repblica Oriental do Uruguai; a oeste com a bacia do Negro; e a leste com o

    Oceano Atlntico. composta pelos Rios Piratini, Jaguaro e Canal de So Gonalo

    e os Arroios Turuu, Pelotas, Jaguaro, Candiota, Mau, Telho, Chasqueiro, Grande,

    Bretanha e Juncal. A vegetao caracterstica composta por Savanas, Estepes,

    Floresta Estacional Semidecidual e reas de Formaes Pioneiras (SEMA/RS, 2006

    in EIA RIMA BR 116).

    4.6 FLORA

    4.6.1 METODOLOGIA

    A avaliao ecolgica de determinada rea envolve a biodiversidade,

    representatividade regional, potencial econmico, estado de preservao, etc. Para

    tais levantamentos, desejvel a adoo de um mtodo expedito para a avaliao

    ecolgica.

    As etapas seguidas para a caracterizao da flora so as seguintes:

    Descrio sumria da vegetao original;

    Descrio da situao atual;

    Pesquisa cartogrfica e bibliogrfica.

    4.6.2 DESCRIO DAS FLORESTAS ORIGINAIS

    4.6.2.1 reas de formaes pioneiras vegetao com influncia fluvial e/ou

    lacustre

    Segundo LEITE & KLEIN (1990) a expresso formao pioneira usada

    para denominar o tipo de cobertura vegetal formado por espcies colonizadoras de

    ambientes novos, isto , de reas subtradas naturalmente a outros ecossistemas ou

    surgidos em funo da atuao recente ou atual dos agentes morfodinmicas e

    pedogenticos. As espcies chamadas pioneiras desempenham importante papel na

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    preparao do meio instalao subsequente de espcies mais exigentes ou menos

    adaptadas s condies de instabilidade ambiental.

    Como as Formaes Secundrias, as Formaes Pioneiras podem ser, em

    geral, classificadas quanto estrutura e fisionomia, em geral arbreas, arbustivas e

    herbceas, umas com e outras sem contingentes expressivos de palmceas.

    Quanto ao tipo de ambiente em que se desenvolvem, classificam-se, no Sul

    do Brasil, as Formaes Pioneiras em trs grupos: as de influncia marinha, as de

    influncia fluviomarinha e as de influncia fluvial (LEITE & KLEIN, 1990).

    De acordo com Rambo (1956) a rea objeto de licenciamento pode ser

    classificada como rea de Formaes Pioneiras de Influencia Fluvial, que so reas

    situadas em sua maioria, junto a Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, bem como ao

    longo de inmeros rios dispersos pela Depresso Central Gacha e Planalto da

    Campanha.

    Atualmente, apesar de se tratar de locais brejosos ou sujeitos a inundaes

    peridicas, com adversas condies a utilizao agrcola, a maior parte dos mesmos

    encontra-se drenado e transformado em lavouras de arroz.

    Nos remanescentes de vegetao, verifica-se que a mesma formada

    principalmente por gramneas, e, s vezes, capes formados por espcies

    arbustivas de mirtceas, melastomatceas e compostas lenhosas, sobrepujadas por

    jerivs e figueiras.

    4.6.3 CARACTERIZAO DA REA EM ESTUDO EM RELAO

    VEGETAO

    A cobertura vegetal atual em toda rea de influncia direta e indireta da

    duplicao da rodovia BR 116 encontra-se alterada, e em vrios pontos est

    descaracterizada com relao cobertura vegetal original.

    A deteriorao parcial da cobertura vegetal verificada na rea reflete os

    mltiplos usos da terra exercidos na regio. Tais usos tm origem antrpica e vem

    sendo praticados h dcadas e referem-se agricultura intensiva, com lavouras de

    vrias culturas, principalmente de arroz e soja, reflorestamento de eucalipto,

    alterando a topografia e a vegetao original do local.

    As reas florestais em melhor estado de conservao esto localizadas nas

    pores laterais compostas por vrios fragmentos de mata nativa, intercaladas por

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    reas de gramneas e herbceas, atualmente ocupadas para a agricultura e

    pecuria.

    A rea objeto de estudo desprovida de vegetao arbreo nativa,

    apresentando apenas alguns exemplares arbreos de Eucaliptus sp. no limite da

    poro nordeste da rea, que devero ser suprimidos em funo da atividade de

    minerao.

    No foi observada vegetao arbustiva, gramneas ou herbceas nativas,

    visto que o solo est sendo ocupado para o cultivo de soja (Glycine max (L.) Merr),

    conforme pode ser observado no mapa planialtimtrico e no relatrio fotogrfico,

    ambos apresentados em anexo.

    A rea de Preservao Permanente (APP) da nascente, localizada na

    poro sudoeste ser devidamente delimitada em campo com estacas pintadas e

    ainda nos limites desta rea sero dispostas pedras racho que funcionaro como

    barreira de proteo, evitando o assoreamento do recurso hdrico existente, bem

    como a interveno na APP.

    4.6.4 IDENTIFICAO DAS ESPCIES RARAS, ENDMICAS, AMEAADAS

    DE EXTINO E IMUNES AO CORTE

    No foram encontradas na rea alvo de licenciamento, espcies

    consideradas raras, endmicas e ameaadas de extino de acordo com a Portaria

    do IBAMA N. 37-N/92 e Decreto Estadual no 42.099/03, bem como as imunes ao

    corte, segundo a definio do Cdigo Florestal do RS (Lei n. 9.519/1992) e Lei

    Municipal de Pelotas/RS n 4.119/96.

    4.7 FAUNA

    4.7.1 METODOLOGIA E ESFORO AMOSTRAL

    4.7.1.1 Transectos

    Para a efetivao do presente trabalho realizou-se um estudo de campo

    baseado na observao direta in situ da fauna na gleba, onde atravs da

    metodologia de transectos (faixa amostral de uma comunidade com comprimento e

    largura varivel a serem definidos de acordo com o interesse do pesquisador).

    Para este trabalho, foi utilizado o transecto de linha (Figura 05). Caracterizada pelo

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    estabelecimento de faixas de comprimento conhecido ao longo da rea amostral

    acompanhada de caminhadas sazonais pelo percurso do transecto. Cada linha foi

    percorrida durante 8 minutos, em duas ocasies, uma no perodo da manh e outra

    no perodo da tarde, totalizando um esforo amostral de 288 minutos.

    Cada vestgio ou animal visualizado/ouvido foi devidamente identificado e

    registrado.

    Figura 5 - Localizao dos transectos percorridos (em vermelho), e a rea total da jazida JR03, Km 499+ 260 (em amarelo).

    4.7.1.2 Identificao de vestgios

    Neste caso, esta metodologia eficiente para identificao de mamferos,

    pois possuem hbitos noturnos e esquivos e sua visualizao se torna pouco

    frequente. Portanto esse grupo foi inventariado segundo a bibliografia a partir de

    observaes indiretas, sendo a maioria dos registros oriundos da identificao de

    vestgios como pegadas, tocas escavadas e fezes, que so indicativos bsicos da

    presena e utilizao do ambiente por determinados animais. O esforo amostral foi

    de 90 minutos.

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    4.7.1.3 Busca ativa

    Esta metodologia inclui a observao visual e auditiva de espcies, onde se

    avalia de maneira geral a situao atual da fauna nos ambientes existentes dentro e

    no entorno dos limites da gleba. Nestas procuras, foram revirados troncos podres e

    pedras, investigando os principais abrigos e ambientes utilizados pela fauna,

    segundo a literatura, totalizando um esforo amostral de 90 minutos.

    4.7.1.4 Stios de vocalizao de anuros

    As amostragens de anuros foram realizadas no perodo noturno. Verificou-se

    que nos limites do local de estudo h dois pontos de acmulo de gua (Figura 06), e

    no