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Revista Budo 7

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Revista Budo

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Matérias e Entrevistas28 - 46 - Dirigentes unem-se em apoio a Aurélio Miguel 63 - Sarah desmente Rosicléia expondo realidade104 - A Força do voto consciente111 - Judoca paraense disputará Mundial de Sumô116 - Treinos Grand Masters espalhando-se pelo Brasil130 - Fiasco da CBJ Rati� ca incompetência do Brasil 148 - Amapá mantém excelente aproveitamento na temporada 2012153 - Sociedade Morgenau revela talentos no Paraná

Competições e Eventos20 - Homogeneidade marcou o Paulista Sub 15 e Sub 17 34 - Brasileiro Sub 1558 - Paulista Sub11 e Sub 23 54 - Brasileiro da Região V re� ete crescimento técnico da base66 - Paulista de Judô da FUP 72 - Copa Paraná/Nutry entre os principais torneios abertos do País80 -FPJ realiza melhor edição do Paulista Grand Master e Kata87 - UNIP é Campeã Universitária Paulista90 - Copa Minas Surpreende112 - Campeonato da Colossus Reúne principais clubes paulistas122 - Registro sedia Paulistas Sub 13 e Sub 20132 - Maringá Sedia Campeonato Paranaense136 - Associação de judô Mauá realiza Festival e Torneio Estudantil140- XVI Torneio do Floresta Atlético Clube 143 - FPJ Inova promovendo exames de inverno150 - III Torneio infantil Nobuo Ogawa 156 - Copa Antonio Tenório agita o Judô Tocantinense158 - VI Campeonato Paulista Masters bate novos recordes

Seções Fixas 03 - Editorial & Expediente ± Karatê-dô Tradicional terá na Budô a sua principal mídia 40 - Kodanshas do Brasil ± O rlando Satoro Hirakawa O judô é uma arte64 - Aspectos Pedagógicos ± O J udô como Esporte de Participação, Bem-Estar e Convivência Social 119 - Psicologia do Esporte Treinamento Mental nas Artes Marciais

Sumário

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08

40

Com gestão ágil e transparente Karatê-dô Tradicional cresce nacionalmente

Brasil obtém melhor resultado olímpico da história

Orlando Satoro Hirakawa O judô é uma arte

A REVISTA DE JUDÔ E ARTES MARCIAIS DO BRASIL A REVISTA DE JUDÔ E ARTES MARCIAIS DO BRASIL

#07

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EDITORIAL

Após o encerramento dos Jogos Olím-picos de Londres, o judô assumiu de� ni-tivamente a condição de modalidade que soma, assim como o vôlei, o maior número de medalhas olímpicas para o Brasil, já que agora totalizamos 19.

Com um ouro e três bronzes, o judô foi também junto com o vôlei, a modalidade que conquistou o maior número de meda-lhas para o Brasil em Londres.

Certamente o cenário deverá ser ainda mais favorável para o judô nos contextos da midia e marketing, já que o desempe-nho dos judocas verde-amarelos rati� cou a tradição do nosso País nos tatamis.

Agora é correr atrás e trabalhar duro neste próximo ciclo olímpico, que antece-derá os jogos que serão realizados no Rio de Janeiro, para superarmos no Brasil o ex-celente resultado obtido em Londres.

Esta edição da Budô é um marco para toda a nossa equipe, já que após uma longa e minuciosa negociação conseguimos efe-tivar parceria com a Confederação Brasi-leira de Karatê-dô Tradicional (CBKT), que hoje é presidida por Gilberto Gaert-

Karatê-dô Tradicional Terá na Budô a sua Principal Mídia

EditorEditor e diretorPaulo Roberto Pinto de [email protected]

Diretora ExecutivaDaniela [email protected]

Conselho EditorialMauzler PaulinettiLuiz Fernandes Araújo JúniorRui Marçal

Direção de ArteArtur Mendes de Oliveira

ColunistasAnderson Dias de LimaMatheus Luiz

PesquisaCelso de Almeida Leite

ColaboradoresMário Manzatti – SPWalter Reyes Boehl – RS

RevisãoNilton Tuna Matheus

Fotografi aMarcelo Kura – CapaPaco Lozano - EuropaMarcelo Lopes – São PauloEverton Monteiro – São PauloWalter Reyes – Rio Grande do SulPaulo Fischer – São PauloPaulo Pinto - BrasilCristiane Ishizava – São PauloFernando Sales – Rio de Janeiro

Departamento ComercialDaniela Mendes de [email protected]

Assinaturawww.revistabudo.com.br/assine

Impressão e AcabamentoGráfi ca Kaygangue – Palmas (PR)

A Revista Budô é uma publicação trimestral da Global Sports Editora.Administração, publicidade e correspondência Rua Henrique Júlio Berger, 855 – 102Caçador (SC) - 49500-000 - Fone 49 3563-7333Distribuição Dirigida Tiragem desta edição 10.000 exemplaresOpiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas não são de responsabilidade do editor.Direitos Reservados © 2012 - Global Soccer Editora Impressa no Brasil - Printed in [email protected]

A REVISTA DE JUDÔ E ARTES MARCIAIS DO BRASIL A REVISTA DE JUDÔ E ARTES MARCIAIS DO BRASIL

ner, um dirigente que está à frente de seu tempo e trabalha para projetar sua modali-dade a um patamar jamais imaginado por seus dirigentes e praticantes.

O Karatê-dô Tradicional tem suas ra-ízes em Gichin Funakoshi, fundador do karatê shotokan, contemporâneo de Jigo-ro Kano, fundador do judô, e de Morihei Ueshiba, fundador do aikidô.

Além de criadores e fundadores de suas modalidades, estes três mestres são os pilares das artes marciais mais populares praticadas no Japão e no Ocidente.

Para atingir nosso objetivo inicial, que era ter na Budô a elite brasileira de cada arte marcial japonesa, falta agora trazer-mos representantes da arte criada por Mo-rihei Ueshiba, o aikidô.

Com isso estaremos completando o ciclo inicial de nosso projeto, que previa tornar a Budô a principal mídia destas três modalidades criadas no Japão, para depois darmos início a um novo ciclo editorial na difusão das demais modalidades de luta.

O Editor

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#07

Foto Paco Lozano/Budô

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Com as quatro medalhas obtidas em Londres, os judocas brasi-leiros escreveram nova página na história do esporte verde-ama-relo e colocaram o judô em primeiro lugar entre as modalidades

que conquistaram maior número de medalhas olímpicas.

Obtém Melhor Resultado Olímpico da História

Obtém Melhor Resultado Obtém Melhor Resultado Obtém Melhor Resultado Obtém Melhor Resultado Obtém Melhor Resultado Obtém Melhor Resultado

Iniciamos os Jogos Olímpicos de 2012 com o pé direito, já que, correndo por fora e sem avisar, Felipe Kitadai mordeu o bronze. Sua conquista deu o primeiro pódio para o Brasil e ga-rantiu a primeira medalha brasileira em Londres.

Estreante em Olimpíadas, Felipe Kitadai conquistou a meda-lha de bronze na categoria ligeiro (60 kg) ao derrotar o italiano Elio Verde. Com muita emoção, o paulista conseguiu a vitória no golden score, com um yuko.

A luta começou lenta, com os dois atletas se estudando muito e tentando estabelecer as pegadas. Kitadai tinha di� culdade para encaixar os golpes e levou um shido a 3 minutos do � m da luta. Na sequência, o italiano deu um susto e quase derrubou o brasileiro.

Com a pontuação zerada no placar, os 5 minutos de luta ter-minaram sem um vencedor. Assim como no primeiro combate da repescagem, contra o sul-coreano Gwang-Hyeon Choi, a decisão � cou para o golden score. Kitadai entrou determinado para os 3 minutos � nais e, de cara, aplicou um belo golpe para anotar um yuko e vencer a disputa do terceiro lugar.

Após receber a medalha, Kitadai lembrou ao que se apegou quando a coisa � cou feia na � nal. “Nos momentos mais difíceis, lembrava que estava vivendo meu sonho, que sempre foi estar em uma Olimpíada. Eu pegava força nos anéis olímpicos espalhados por todo lado. Quando estava em desvantagem, pensava que nin-guém poderia me tirar essa medalha. Eu queria muito.”

Sarah Menezes conquista primeiro ouro do judô feminino

Quando saiu do Brasil rumo a Londres, Sarah Menezes carrega-va expectativas desproporcionais para seu tamanho. Lutadora mais leve da seleção de judô, a peso-ligeiro, de apenas 1,52 m e 48 kg, era a grande esperança de primeira � nal olímpica do Brasil entre mulhe-res na história da modalidade. A piauiense, porém, foi além: com a vitória sobre a romena Alina Dumitru, campeã dos Jogos de Pequim 2008, Sarah entrou para a história como a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro no judô nas Olimpíadas.

Por Paulo PintoFonte Globo Esporte

Fotos Paco Lozano/Budô

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A luta começou com muito estudo. As duas mediam a distância na briga por pegada. Sarah foi a primeira a tentar uma entrada, bem defendida por Dumitru, que aparentava sen-tir o braço direito. A romena começou a girar mais para tentar evitar que a brasileira a ata-casse. Restando pouco menos de 4 minutos, Sarah quase conseguiu uma queda. Dumitru defendeu, mas a brasileira atacou no solo, che-gando perto de encaixar uma chave de braço. Uma vez que percebeu que o caminho era por ali, a piauiense atacou novamente o braço, e conseguiu um shido contra a romena.

Ciente de que poderia perder a luta com nova advertência, Dumitru passou a ser mais incisiva e foi com tudo para um golpe de koshi, que quase encaixou. Na sequência, a romena assustou com ashi-waza, mas Sarah contragolpeou e conseguiu um yuko, abrindo 1 a 0 de vantagem. Os últimos 18 segundos prenunciavam extrema tensão, mas Sarah ata-cou e conseguiu um wazari para assegurar o ouro. A piauiense ainda foi para o estrangula-mento antes de o cronômetro zerar. Com um wazari e um yuko, Sarah Menezes escreveu seu nome na história como a primeira judoca campeã olímpica do Brasil.

Após a conquista, Sarah falou sobre a � -nal. “Lembrei muito do Aurélio Miguel, que teve uma campanha parecida, mais tática do que cheia de ippons. Foi uma competição dura e o nervosismo foi saindo aos poucos. A luta mais fácil foi a � nal, contra a Dumitru. Eu estava con� ante, � z boas lutas com ela”, completou a piauiense, que agora tem vanta-gem de 4 a 2 no confronto com a romena.

Um ouro carregado de significados especiais

O ouro de Sarah veio carregado de signi-� cados especiais. Foi o primeiro ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, já no primeiro dia o� cial de disputas; foi o primeiro ouro do judô brasileiro em 20 anos, desde que Rogério Sampaio, atleta peso-meio-leve, foi

campeão olímpico em Barcelona 1992; foi a 16ª medalha do judô em Olimpíadas, tornando a modalidade, provisoriamente, a mais vence-dora entre todas do Brasil na história dos jogos.

Leandro Cunha é eliminado na primeira luta

Maior esperança de medalha do judô no segundo dia dos jogos, o meio-leve Leandro Cunha, que é duas vezes vice-campeão mun-dial, caiu diante do polonês Pawel Zagrodnik, logo em sua estreia, por yuko.

O duelo começou com uma briga intensa pela pegada. Zagrodnik tentou as primeiras entradas, que foram muito bem defendidas pelo paulista. Com pouco mais de 1 minuto, o brasileiro recebeu um shido e buscou mais o combate. Restando 2m42s, Coxinha quase conseguiu uma queda e, logo depois, num momento de desatenção, sofreu golpe belíssi-

mo, que chegou a ser marcado como ippon. Após revisão em vídeo e conversa entre os ár-bitros, a pontuação foi mudada para um yuko.

Com vantagem no placar, o polonês pas-sou a puxar o brasileiro para baixo para travar a luta. Com o passar do tempo, Cunha foi � cando mais desesperado para pontuar, mas Zagrodnik se defendia muito bem, com óti-ma postura. O europeu ainda recebeu um shi-do antes do � nal, mas não foi su� ciente para igualar o placar.

Coxinha saiu do tatami e deu um abra-ço em Jun Shinohara. Quinto do ranking mundial, ele deu crédito ao adversário, apenas 33º colocado no Mundial de Paris, em 2011. “Senti que ele estava esperando meus golpes, mas se o esperasse, os dois seriam punidos. Quando tentava entrar no golpe, ele quebra-va. Agora é corrigir os erros e trabalhar mais quatro anos. Acabei não me encontrando na luta. Foi mérito dele, que me estudou bastante e acabou me anulando.”

Érika perde e Brasil fecha segundo dia em branco

Érika Miranda perdeu logo na primeira luta do meio-leve, e deu adeus à disputa de me-dalhas nos Jogos de Londres 2012. A judoca brasiliense, que teve folga na primeira rodada da competição, foi superada pela sul-coreana Kyung-Ok Kim, por ippon no golden score. Érika saiu chorando, e pediu desculpas.

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Aos 25 anos, a judoca fazia sua primeira participação em Olimpíadas, depois de um frustrante corte antes de Pequim 2008. Ke-tleyn Quadros entrou em seu lugar e con-quistou um bronze, primeira medalha indi-vidual feminina do esporte brasileiro.

Rafaela Silva é desclassificada por

catada de pernas

A carioca começou muito focada e logo arriscou um ippon-seoi-nage, bem defen-dido por Karakas. A briga pela pegada era intensa e, com 3m40s, a húngara recebeu o primeiro shido. A europeia passou a arriscar seu uchi-mata, mas foi em vão. Faltando 3 minutos para o � m, Rafaela conseguiu um wazari ao desequilibrar a adversária e catar suas pernas para derrubá-la. Entretanto, após a revisão em vídeo, a pontuação não só foi revogada, como a brasileira foi desclassi-� cada por golpe ilegal.

Rafaela Silva não aguentou. Desabou no tatami, aos prantos. Karakas ofereceu sua mão e tentou ajudá-la a levantar, mas a bra-sileira não parou de chorar. Inconsolável, ela precisou ser carregada pela técnica Rosicleia Campos à área técnica. Ela não passou pela zona mista.

Bruno Mendonça é derrotado e Brasil fecha

o dia sem pódio

O atleta santista foi eliminado pelo ho-landês Dex Elmont, por yuko, e deu adeus à disputa pela medalha entre os pesos-leves (até 73 kg).

O brasileiro começou movimentando para a esquerda e se esforçando para matar a pegada de manga de Elmont. O holan-dês tentou a primeira entrada, sem sucesso, e Mendonça tentou desenvolver o jogo de solo, logo interrompido pelo árbitro. O san-tista fazia uma boa luta estratégica, mas so-freu a primeira advertência (shido) a 2m52s do � m. Menos de 1 minuto depois, Men-donça levou seu segundo shido, que somou um yuko para o adversário.

Elmont movimentava-se demais, e bus-cava encaixar entradas na sua frente, sem dar chance ao brasileiro. Restando cerca de 1m30s, Mendonça quase conseguiu um es-trangulamento, mas o holandês se defendeu bem nas duas situações. Elmont logo voltou

a atacar com entradas em falso. O árbitro só puniu o europeu faltando 13s, mas não foi su� ciente para igualar o placar. Vitória de Elmont, atual vice-campeão mundial.

Guilheiro perde na repescagem

Líder do ranking mundial do meio-mé-dio (até 81 kg), Leandro Guilheiro não se recuperou da derrota para o americano Tra-vis Stevens nas quartas de � nal e deu adeus à disputa pelo bronze nas Olimpíadas de Londres ao perder para o japonês Takahiro Nakai, na repescagem.

Assim, o paulista, bronze nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008, que era a maior esperança de medalha do Brasil, dei-xou a competição sem medalha pela primei-ra vez em sua carreira.

O combate começou em alta velocida-de e Nakai logo imprimiu um ritmo forte. A torcida gritava “Guilheiro, Guilheiro”. O brasileiro tentou a técnica de sacrifício duas vezes e teve de se defender dos contragolpes. Restando 3m40s, Guilheiro levou um shido por pisar intencionalmente fora do shiai-jô.

Com 3m08s, veio a segunda punição a Guilheiro, por falta de combatividade, e o acúmulo de advertências somando um yuko a favor do japonês. Nakai passou a controlar o brasileiro com o braço esquerdo, impedin-do que � zesse a pegada para encaixar seus golpes. O tempo passava e o japonês só cres-cia na luta. Ao � nal, vitória de Nakai, que seguiu na disputa do bronze.

Mariana Silva é eliminada na estreia

Mariana Silva não resistiu à adversária favorita na primeira luta do meio-médio (até 63 kg). A brasileira mostrou vontade e boa movimentação, mas acabou derrotada pela chinesa Lili Xu, sexta do ranking mun-dial, por wazari. Decepcionada, Mariana saiu dos tatamis chorando.

Apesar do favoritismo da chinesa, Ma-riana tinha esperança. O duelo entre as ju-docas estava empatado. A brasileira perdeu em 2010, na Copa do Mundo de São Paulo, e ganhou neste ano, no Grand Prix de Dus-seldorf, na Alemanha.

Mariana Silva não perdeu tempo em partir para o ataque contra Xu. As duas tro-cavam muitos toques embaixo e a brasileira não deixava a chinesa descansar. Xu, porém, também se mostrava ativa, sobretudo na pe-gada. Apesar da vontade exibida por Maria-na, ela recebeu seu primeiro shido ao pisar fora do tatami, tentando escapar de um gol-pe, ação que os árbitros interpretaram como intencional.

Assim, Xu acabou surpreendendo a bra-sileira com um belo golpe a cerca de 2 mi-nutos do � m, obtendo um wazari. Mariana seguiu pressionando, e Xu passou a travar o combate. A 50s do � m, recebeu um shido. Mesmo com postura defensiva pelo restante do combate, Xu não recebeu mais advertên-cias e conquistou a vitória.

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Nervosa, Maria Portela é eli-minada na estreia

Maria Portela entrou nos tatamis e fez exatamente o que não deveria fazer: � car pa-rada. Em 3 minutos, levou wazari e ippon da colombiana Yuri Alvear. Saiu sem entender o porquê. Não da derrota, mas de sua atitude na estreia dos Jogos Olímpicos de Londres. E chorou. Um choro incontrolável, com soluços.

Portela saiu em desvantagem no combate ao arriscar um seoi-nage e sofrer um contra-golpe, que resultou num wazari para Alvear. A gaúcha teve de abrir o jogo para buscar a virada e acabou sofrendo um ippon poucos se-gundos depois, com o hiza-guruma de Alvear.

Após se recuperar, Portela falou sobre a luta. “Ela é uma adversária conhecida, eu é que demorei muito para entrar na luta. Fiquei muito parada. Ela é bem mais alta e acabou acertando. Não sei se eu estava muito nervo-sa, não sei o que aconteceu. É um sentimento de decepção. Decepcionei-me comigo. Treino muito, amo muito o que faço, lutei muito para estar aqui”, disse a judoca, da categoria médio (até 70 kg).

Camilo perde para Ilíadis

Depois de uma derrota para o sul-corea-no Song Dae-Nam, o paulista Tiago Camilo perdeu o bronze da categoria médio (-80 kg), por yuko, para o grego Ilias Iliadis, líder do ranking.

O punho direito, em riste, desta vez só

conseguiu tocar o chão, para escorar o corpo. Camilo sentou-se de cócoras, arrumou a fai-xa e recebeu um abraço do adversário. Ruía ali um sonho recarregado em doses: 12 anos depois da prata, quatro depois do bronze.

Tiago Camilo tentava tornar-se o maior medalhista olímpico do judô brasileiro e o único judoca a subir ao pódio em três cate-gorias diferentes. O quinto dia do judô, em Londres, foi mais um dia de choro para o País. Um choro discreto, mas doído.

Inconformado com o resultado, Camilo falou sobre a decepção. “É um momento de muita tristeza. Batalhei muito para chegar nessas Olimpíadas e tinha muita chance de ir para a � nal. É uma situação em que � co meio abalado.”

Mayra supera dores e conquista bronze

A gaúcha número 1 do mundo no meio--pesado bateu a holandesa Marhinde Verkerk por ippon, e faturou a terceira medalha do judô brasileiro em Londres. Tudo isso após uma angustiante e incontestável derrota para sua maior rival, a americana Kayla Harrison.

Na semi� nal Mayra perdeu para Kayla e viu o sonho do ouro ir embora. Levantou-se com o braço esquerdo machucado. Quase de-sistiu, mas não havia tempo para lamentações. Precisava voltar ao tatami e lutar pelo bron-ze. “Saí daquela luta contra a americana com agonia, com muita, mas muita vontade de chorar, sentia uma coisa ruim dentro de mim.

E ela ainda tinha estalado meu braço intei-ro. Aí veio o Aurélio Miguel, falando ‘é outra competição e não vai sair daqui sem nada’. Depois o Leandro Guilheiro falou: ‘Levanta a cabeça, vamos levar essa medalha’.”

O choro parou ali. Mayra absorveu as pa-lavras de Aurélio, ouro em 1988 e bronze em 1996, e de Leandro, bronze em 2004 e 2008. E se lembrou de tudo que passou nos últimos quatro anos, desde aqueles Jogos de Pequim, quando, aos 17 anos, perdeu na primeira luta. A Londres, levou uma prata e um bronze em mundiais, mais a liderança do ranking. Mas o braço latejava, e a única chance de minimizar a dor seria sendo rápida. Teria de calar uma torcida barulhenta gritando “Holanda”.

A holandesa tentou as primeiras entra-das. Mayra, porém, estava focada. Defendeu as entradas e, restando 3m36s, conseguiu um ko-soto-gari que derrubou a holandesa e lhe valeu o ippon da vitória. Recuperada, Mayra a� rmou que tudo havia valido a pena. “Todas as batalhas, todas as dores, tudo de que tive de abrir mão, tudo isso valeu a pena por este momento.”

Foi com dor física e na alma que veio a recompensa: um bronze e um sorriso com bri-lho dourado. Do choro contido ao sorriso. Do sorriso ao pódio.

Algoz da brasileira, Kayla Harrison foi campeã depois de derrotar a sensação britâ-nica Gemma Gibbons, apenas a número 100 do ranking mundial. A inglesa surpreendeu o Complexo Excel ao eliminar a campeã mun-dial Audrey Tcheumeo, da França, que termi-

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nou com o bronze. Porém, na � nal, caiu diante da americana, � cou com a prata e foi aplaudida de pé pelos torcedores.

Após ter recebido a medalha, Kayla Harrison destacou que Mayra foi, de longe, a adversária mais difícil na cami-nhada até o ouro olímpico.

Luciano Corrêa perde para holandês

Foi um repeteco, de novo com � nal infeliz. Luciano Corrêa despediu-se das Olimpíadas de Londres 2012 ao ser derrotado pelo holandês Henk Grol. Algoz do brasileiro em Pequim 2008, Grol, segundo colocado no ranking mundial do meio-pesado (-100 kg), era franco favorito no combate e pas-sou adiante com um wazari, graças ao acúmulo de punições a Corrêa.

Ao sair de cena em Londres, Lu-ciano não chorou. Apenas lamentou. “Ser eliminado nos Jogos Olímpicos é bastante difícil. Ser eliminado duas vezes pela mesma pessoa é mais difícil ainda. O momento agora é de tranqui-lidade, pôr a cabeça no lugar e � car ao lado das pessoas que me amam.”

Luciano destacou ainda que os campeões sabem reerguer-se na derro-ta. “Todo o meu treinamento era para lutar pela medalha. Mas o grande cam-peão sabe levantar-se na derrota. Vou sofrer bastante no momento em que pensar na luta, mas terei bastante tem-po para digerir essa derrota.”

Suelen Altheman resiste bravamente, mas perde

bronze

A primeira disputa por meda-lha do Brasil no último dia em Londres não terminou em festa. Maria Suelen Altheman resistiu o quan-to pôde no combate com a heptacampeã mundial Wen Tong, mas sofreu imobilização a 44s do � m e perdeu o bronze do peso pesado (+78 kg).

A adversária de Altheman era uma gigante da categoria: a chinesa Wen Tong, que apenas momentos antes vira uma invencibilidade de cinco

nou com o bronze. Porém, na � nal, caiu diante da americana, � cou com a prata e foi aplaudida de pé pelos torcedores.

Após ter recebido a medalha, Kayla Harrison destacou que Mayra foi, de longe, a adversária mais difícil na cami-nhada até o ouro olímpico.

Luciano Corrêa perde para holandês

Foi um repeteco, de novo com � nal infeliz. Luciano Corrêa despediu-se das Olimpíadas de Londres 2012 ao ser derrotado pelo holandês Henk Grol. Algoz do brasileiro em Pequim 2008, Grol, segundo colocado no ranking mundial do meio-pesado (-100 kg), era franco favorito no combate e pas-sou adiante com um wazari, graças ao acúmulo de punições a Corrêa.

Ao sair de cena em Londres, Lu-ciano não chorou. Apenas lamentou. “Ser eliminado nos Jogos Olímpicos é bastante difícil. Ser eliminado duas vezes pela mesma pessoa é mais difícil ainda. O momento agora é de tranqui-lidade, pôr a cabeça no lugar e � car ao lado das pessoas que me amam.”

Luciano destacou ainda que os campeões sabem reerguer-se na derro-ta. “Todo o meu treinamento era para lutar pela medalha. Mas o grande cam-peão sabe levantar-se na derrota. Vou sofrer bastante no momento em que pensar na luta, mas terei bastante tem-po para digerir essa derrota.”

Suelen Altheman resiste bravamente, mas perde

A primeira disputa por meda-lha do Brasil no último dia em Londres não terminou em festa. Maria Suelen Altheman resistiu o quan-to pôde no combate com a heptacampeã mundial Wen Tong, mas sofreu imobilização a 44s do � m e perdeu o bronze do peso pesado (+78

A adversária de Altheman era uma gigante da categoria: a chinesa Wen Tong, que apenas momentos antes vira uma invencibilidade de cinco

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anos cair nas semi� nais, frente à cubana Idalys Ortiz. Sete vezes campeã mundial e medalhista de ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008, Tong chegou a ser suspensa por dois anos em 2010, por uso de doping no Mundial de 2009, mas a punição foi retirada pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) por erro de procedimento, após pedido da amostra B.

Altheman não se intimidou com o currí-culo da adversária e partiu para cima. A chine-sa se jogava, tentando levar a luta para o chão, em que é especialista. A brasileira, todavia, não arriscava nada.

Tong continuou entrando em sua frente e Altheman sofreu seu primeiro shido restando 2m50s. Suelen, porém, não conseguia encon-trar espaços, e a chinesa começou a assustar com suas entradas. A 44s do � nal, o golpe decisivo: Tong pegou o braço da brasileira, encaixou uma chave e a paulista bateu.

Após o combate, Suelen assumiu o erro. “Foi uma falha minha. Estou muito chateada. Não tem como explicar o que estou sentindo. Perdi nas quartas, mas a chinesa era favorita e perdeu nas semi� nais também. Apesar da mi-nha derrota, acho que não foi tão ruim.”

Baby conquista bronze e Brasil quebra recorde de medalhas

Foi na última luta no golden score, e pelas mãos de um gigante, Rafael Silva (+100 kg), que o Brasil fechou a conta. O sul-mato-gros-sense de 25 anos, que começou a lutar apenas aos 15, abocanhou a quarta medalha do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos de Londres, recorde em uma mesma edição.

Rafael Silva venceu Kim Sung-Min, da Coreia do Sul, para assegurar a medalha his-tórica, a primeira do País em sua categoria. O feito veio com doses extras de tensão: Rafael Silva foi ao golden score em suas quatro últi-mas lutas.

A luta começou estudada, com ambos os judocas trocando toques embaixo, sem arris-car entradas, por mais de um minuto. Kim tentou a primeira queda, com um seoi-nage, mas nem tirou o brasileiro do chão. Baby gi-rava, tentava um toque aqui, outro ali, para desestabilizar o sul-coreano. Seu o-soto-gari, e� caz nas primeiras lutas do dia, foi bem de-fendido pelo adversário. O tempo passava, e nenhum dos dois pontuava, nem levava pu-nições. O primeiro shido, para ambos, veio apenas restando 1m35s.

Kim passou a ser mais ativo, tentando provar aos árbitros que estava lutando. O o--soto-gari de Baby foi novamente bloqueado. Na tentativa de um contragolpe, o sul-corea-no desequilibrou o brasileiro, que girou para não cair. Em seguida, os papéis se inverteram: Rafael derrubou, e Kim girou, como um gato. Mais alguns segundos de tentativas frustradas e Baby voltou ao golden score, pela quarta luta consecutiva.

O brasileiro quase encaixou um o-soto--gari a 2m30s do � m, mas Kim se defendeu novamente. O sul-coreano não queria luta. O árbitro central interrompeu faltando 1m47s para o encerramento, chamou os auxiliares e pediu para os judocas ajeitarem os judogis. Era o sinal de que viria a punição. Após se-gundos de tensão, a con� rmação: shido para Kim, o que garantiu o bronze inédito para os

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pesos-pesados do Brasil.Após a conquista, Baby a� rmou que todo

o esforço valeu. “Estou morto. Foram quatro golden scores, mas é muito grati� cante. Estou colhendo os frutos de um trabalho de quatro anos”, disse Baby.

A última esperança do Brasil medalhar es-tava em um gigante de 2,03 m e, hoje, 168 kg. Apenas o francês Teddy Riner é mais alto: um centímetro. Favoritíssimo, foi ele quem subiu ao mais alto degrau no pódio em Londres, ven-cendo o russo Alexander Mikhaylin, na � nal.

Com quatro medalhas, a seleção brasilei-ra de 2012 superou os desempenhos de Los Angeles 1984 (uma prata e dois bronzes) e Pequim 2008 (três bronzes) para tornar-se a mais vitoriosa em Olimpíadas.

O judô do Brasil manteve a escrita e con-tinua sendo a única modalidade do País que conquistou medalhas nas oito últimas Olim-píadas de maneira consecutiva (Los Angeles 1984, Seul 1988, Barcelona 1992, Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012).

Quadro de MedalhasPAÍSES OURO PRATA BRONZE TOTAL

1 RÚSSIA 3 1 1 5

2 FRANÇA 2 0 5 7

3 COREIA DO SUL 2 0 1 3

4 JAPÃO 1 3 3 7

5 CUBA 1 2 0 3

6 BRASIL 1 0 3 4

7 ESTADOS UNIDOS 1 0 1 2

8 COREIA DO NORTE 1 0 0 1

ESLOVÊNIA 1 0 0 1

GEÓRGIA 1 0 0 1

11 ALEMANHA 0 2 2 4

12 ROMÊNIA 0 2 0 2

13 CHINA 0 1 1 2

GRÃ-BRETANHA 0 1 1 2

HUNGRIA 0 1 1 2

MONGÓLIA 0 1 1 2

17 HOLANDA 0 0 2 2

18 BÉLGICA 0 0 1 1

CANADÁ 0 0 1 1

COLÔMBIA 0 0 1 1

GRÉCIA 0 0 1 1

ITÁLIA 0 0 1 1

UZBEQUISTÃO 0 0 1 1

24 AFEGANISTÃO 0 0 0 0

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Page 16: Revista Budo 7

Sarah Gabrielle Cabral de MenezesNascimento: 26/3/90 ± Teresina (PI)Altura: 1,54m - Peso: 48kg - Categoria: Ligeiro (48kg)Clube: Academia de Judô Expedito Falcão (PI)Sensei: Expedito FalcãoTokui-waza: Ippon-seoi-nage e Ko-uchi-gari Kumi-kata: DestraRanking Mundial: 3ª Colocada (2ª Colocada com descartes)Participação Olímpica: 2008 (48kg - Sem colocação) # 2012 (48kg - Ouro)Principais conquistas: Campeã Olímpica Londres 2012 # 3ª colocada no Mundial Sênior de Paris (2011) # 3ª colocada no Mundial Sênior de Tóquio (2010) # Bicampeã Mundial Sub 20 (2008/2009) # Vice-campeã do Grand Slam do Rio de Janeiro (2011) # 3ª colocada World Masters (2011/2012) # 3ª colocada nos Jogos Pan-Americano de Guadalajara (2011)

Mayra Aguiar da Silva Nascimento: 3/8/91 - Porto Alegre (RS)Altura: 1,77m - Peso: 78kg - Categoria Meio-pesado (78kg)Clube: Sogipa (RS)Senseis: Cid Corrêa Rodrigues - Antônio Carlos PereiraTokui-waza: Uchi-mata e O-soto-gari Kumi-kata: CanhotaRanking Mundial: 1ª ColocadaParticipação Olímpica: 2008 (70kg - Sem colocação) # 2012 (78kg - Bronze)Principais conquistas: Bronze Olímpico Londres 2012 # Vice-campeã no Mundial Sênior de Tóquio (10) # 3ª colocada no Mundial Sênior de Paris (11) # Campeã no Mundial Sub 20 de Agadir (10) # Campeã do Grand Slam do Rio de Janeiro (11) # Campeã do Grand Slam de Paris (2012) # Campeã do World Masters (2012) # Prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro (2007)

Felipe Eidji Kitadai Nascimento: 28/7/89 - São Paulo (SP)Altura: 1,64m - Peso: 60kg - Categoria: Ligeiro (60kg)Clube: Sogipa/RSSenseis: Dante Kanayama (SP) ± Alexandre Garcia (SP) ± Hatiro Ogawa (SP)Tokui-waza: O-uchi-gari e Tai-otoshi Kumi-kata: DestroRanking Mundial: 14º Colocado (11º Colocado com descartes)Participação Olímpica: Londres 2012 (60kg - Bronze)Principais conquistas: Bronze Olímpico Londres 2012 # Campeão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011) # Vice-campeão no Mundial por Equipes de Paris (2011) # Campeão da Copa do Mundo de Roma (2010) # Ouro nos Jogos da Lusofonia (2009)

Rafael Carlos da Silva Nascimento: 11/5/87 - Campo Grande (MS)Altura: 2,03m - Peso: 150kg - Categoria: Pesado (+100kg)Clube: Esporte Clube Pinheiros (SP)Senseis: Marcos Omori (PR) ± Alexandre Garcia (SP) ± Hatiro Ogawa (SP)Tokui-waza: O-soto-gari Kumi-kata: DestroRanking Mundial: 3º ColocadoParticipação Olímpica: Londres 2012 (+100kg - Bronze)Principais conquistas: Bronze Olímpico Londres 2012 # Vice-campeão no Mundial por Equipes de Paris (2011) # Vice-campeão Mundial por Equipes de Antalya (2010) # Vice-campeão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011) # Campeão do World Masters (2012) # Vice--campeão do Grand Slam de Paris (2012) # Campeão da Copa do Mundo de Budapeste (2011)

Sarah Gabrielle Cabral de MenezesNascimento: 26/3/90 ± Teresina (PI)Altura: 1,54m - Peso: 48kg - Categoria: Ligeiro (48kg)Clube: Academia de Judô Expedito Falcão (PI)Sensei: Expedito FalcãoTokui-waza: Ippon-seoi-nage e Ko-uchi-gari Kumi-kata: DestraRanking Mundial: 3ª Colocada (2ª Colocada com descartes)Participação Olímpica: 2008 (48kg - Sem colocação) # 2012 (48kg - Ouro)Principais conquistas: Campeã Olímpica Londres 2012 # 3ª colocada no Mundial Sênior de Paris (2011) # 3ª colocada no Mundial Sênior de Tóquio (2010) # Bicampeã Mundial Sub 20 (2008/2009) # Vice-campeã do Grand Slam do Rio de Janeiro (2011) # 3ª colocada World Masters (2011/2012) # 3ª colocada nos Jogos Pan-Americano de Guadalajara (2011)

Mayra Aguiar da Silva Nascimento: 3/8/91 - Porto Alegre (RS)Altura: 1,77m - Peso: 78kg - Categoria Meio-pesado (78kg)Clube: Sogipa (RS)Senseis: Cid Corrêa Rodrigues - Antônio Carlos PereiraTokui-waza: Uchi-mata e O-soto-gari Kumi-kata: CanhotaRanking Mundial: 1ª ColocadaParticipação Olímpica: 2008 (70kg - Sem colocação) # 2012 (78kg - Bronze)Principais conquistas: Bronze Olímpico Londres 2012 # Vice-campeã no Mundial Sênior de Tóquio (10) # 3ª colocada no Mundial Sênior de Paris (11) # Campeã no Mundial Sub 20 de Agadir (10) # Campeã do Grand Slam do Rio de Janeiro (11) # Campeã do Grand Slam de Paris (2012) # Campeã do World Masters (2012) # Prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro (2007)

Felipe Eidji Kitadai Nascimento: 28/7/89 - São Paulo (SP)Altura: 1,64m - Peso: 60kg - Categoria: Ligeiro (60kg)Clube: Sogipa/RSSenseis: Dante Kanayama (SP) ± Alexandre Garcia (SP) ± Hatiro Ogawa (SP)Tokui-waza: O-uchi-gari e Tai-otoshi Kumi-kata: DestroRanking Mundial: 14º Colocado (11º Colocado com descartes)Participação Olímpica: Londres 2012 (60kg - Bronze)Principais conquistas: Bronze Olímpico Londres 2012 # Campeão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011) # Vice-campeão no Mundial por Equipes de Paris (2011) # Campeão da Copa do Mundo de Roma (2010) # Ouro nos Jogos da Lusofonia (2009)

Rafael Carlos da Silva Nascimento: 11/5/87 - Campo Grande (MS)Altura: 2,03m - Peso: 150kg - Categoria: Pesado (+100kg)Clube: Esporte Clube Pinheiros (SP)Senseis: Marcos Omori (PR) ± Alexandre Garcia (SP) ± Hatiro Ogawa (SP)Tokui-waza: O-soto-gari Kumi-kata: DestroRanking Mundial: 3º ColocadoParticipação Olímpica: Londres 2012 (+100kg - Bronze)Principais conquistas: Bronze Olímpico Londres 2012 # Vice-campeão no Mundial por Equipes de Paris (2011) # Vice-campeão Mundial por Equipes de Antalya (2010) # Vice-campeão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011) # Campeão do World Masters (2012) # Vice--campeão do Grand Slam de Paris (2012) # Campeão da Copa do Mundo de Budapeste (2011)

Perfil dos medalhistas

16

Page 17: Revista Budo 7

17

Page 18: Revista Budo 7

Medalhistas em LondresMasculino

-60 Kg

1º Arsen Galstyan - RUS

2º Hiroaki Hiraoka - JPN

3º Felipe Kitadai - BRA

3º Rishod Sobirov - UZB

-66 Kg

1º Lasha Shavdatuashvili - GEO

2º Miklos Ungvari - HUN

3º Jun-Ho Cho - KOR

3º Masashi Ebinuma - JPN

-73 Kg

1º Mansur Isaev - RUS

2º Riki Nakaya - JPN

3º Ugo Legrand - FRA

3º Nyam-Ochir Sainjargal - MGL

-81 Kg

1º Jae-Bum Kim - KOR

2º Ole Bischof - GER

3º Ivan Nifontov - RUS

3º Antoine Valois-Fortier - CAN

-90 Kg

1º Dae-Nam Song - KOR

2º Asley Gonzalez - CUB

3º Ilias Iliadis - GRE

3º Masashi Nishiyama - JPN

-100 Kg

1º Tagir Khaibulaev - RUS

2º Tuvshinbayar Naidan - MGL

3º Henk Grol - NED

3º Dimitri Peters - GER

+100 Kg

1º Teddy Riner - FRA

2º Alexander Mikhaylin - RUS

3º Rafael Silva - BRA

3º Andreas Toelzer - GER

Feminino

-48 Kg

1º Sarah Menezes - BRA

2º Alina Dumitru - ROU

3º Eva Csernoviczki - HUN

3º Charline Van Snick - BEL

-52 Kg

1º Kum Ae Na - PRK

2º Yanet Bermoy Acosta - CUB

3º Rosalba Forcitini - ITA

3º Priscilla Gneto - FRA

-57 Kg

1º Kaori Matsumoto - JPN

2º Corina Caprioriu - ROU

3º Marti Malloy - USA

3º Automne Pavia - FRA

-63 Kg

1º Urska Zolnir - SLO

2º Lili Xu - CHN

3º Gevrise Emane - JPN

3º Yoshie Ueno - JPN

-70 Kg

1º Lucie Decosse - FRA

2º Kerstin Thiele - GER

3º Yuri Alvear - COL

3º Edith Boch - NED

-78 Kg

1º Kayla Harrison - USA

2ºGemma Gibbons - GBR

3º Mayra Aguiar - BRA

3º Audrey Tcheumeo – FRA

+78 Kg

1º Idalys Ortiz - CUB

2º Mika Sugimoto - JPN

3º Karina Bryant - GBR

3º Wen Tong - CHN

18

Page 19: Revista Budo 7

19

2012 – Meio século do Mestre Tanaka no Brasil

Presidente de Honra – Yasutaka TanakaPresidente – Gilberto Gaertner

Vice-presidente e Diretor Técnico – Sérgio BastosVice-presidente – Hiroyasu Inoki

Diretor Secretário – João Cruz Erbano FilhoDiretor Administrativo Financeiro – Rui Francisco Martins Marçal

Diretor de Arbitragem – José Humberto de SouzaDiretor de Graduações – Ugo Arrigoni Neto

Diretor de Eventos – Alfredo AiresDiretor Jurídico – Antonio Sérgio Palú FilhoDiretor Médico – Admar Moraes de Souza

Diretor de Projetos Sócioeducativos - Guilherme CarolloCoordenador de Seleções - Nelson Santi

Consultor Técnico - Tasuke Watanabe

Rua Iapó, 1225 - Curitiba (PR) - CEP 80215-223 - Fone 55 41 3027-7007 - www.cbkt.org - [email protected]

Acre - Rio BrancoFabio Marconso de Holanda [email protected]

Alagoas - MaceióDrausio [email protected]

Bahia - Salvador Nelson Gó[email protected]

Ceará – FortalezaFrancisco Maciel [email protected]

Distrito Federal – BrasíliaJackson Pereira da [email protected]

Espírito Santo – VitóriaCarlos José de Oliveira [email protected]

Goiás – Rio VerdeJoão Mendes [email protected]

Maranhão – São LuizMárcio Jorge Bastos Costa

Minas Gerais – Juiz de ForaRousimar Ferreira [email protected]

Mato Grosso – CuiabáAdairce [email protected]

Para – BelemTakeriko [email protected]

Santa Catarina – BlumenauAdemar Rulenski

[email protected]

Piauí – TeresinaJosé Cirone dos [email protected]

Paraná – CuritibaAntonio Carlos [email protected]

Rio de Janeiro – Rio de JaneiroEduardo [email protected]

Rio Grande do Norte – NatalAlexsandro Jobson M. de [email protected]

Rio Grande do SulPorto AlegrePaulo Cesar Rodrigues [email protected]

São Paulo – São PauloTatsuhiko [email protected]

PernambucoJaboatão dos GuararapesAry Spencer Chaves de [email protected]

Filiada a International Traditional Karate Federation – ITKF

Page 20: Revista Budo 7

Paulista Sub 15 e Sub 17

Santos (SP) - A Federação Paulista de Judô realizou o Campeonato Paulista das classes pré--juvenil e juvenil e a tônica em ambas as catego-rias foi a paridade técnica dos judocas da base.

A competição, que se realizou no excelente ginásio de esportes do SESC ± Santos, teve a participação de 532 judocas que, além das me-dalhas e do título paulista, brigaram por uma vaga nas seleções que representarão o Estado de São Paulo no Campeonato Brasileiro destas categorias.

A disputa, que reuniu 155 clubes, asso-ciações e academias vindas das 16 delegacias regionais do Estado de São Paulo, foi realizada em oito áreas e contou com a atuação de 48 árbitros pertencentes ao quadro de ofi cias de arbitragem da FPJ.

Homogeneidade marcou o

rias foi a paridade técnica dos judocas da base. rias foi a paridade técnica dos judocas da base. A competição, que se realizou no excelente

ginásio de esportes do SESC ± Santos, teve a participação de 532 judocas que, além das me-dalhas e do título paulista, brigaram por uma vaga nas seleções que representarão o Estado de São Paulo no Campeonato Brasileiro destas categorias.

A disputa, que reuniu 155 clubes, asso-ciações e academias vindas das 16 delegacias regionais do Estado de São Paulo, foi realizada em oito áreas e contou com a atuação de 48 árbitros pertencentes ao quadro de ofi cias de arbitragem da FPJ.

Na abertura da competição, Francisco de Carvalho, presidente da FPJ, destacou a importância de manter permanentemente o vínculo entre a competição e os preceitos cria-dos por Jigoro Kano, e destacou a presença de dirigentes e proeminentes judocas q u e foram a Santos prestigiar a com-petição, entre os quais destaca-mos Matheus Sugizaki, ex--vice-presidente da FPJ.

No pré-juvenil, o São João Tênis Clube se impôs na liderança conquistando qua-

Fornecedor ofi cial FPJ

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Page 21: Revista Budo 7

Por Camila NascimentoFotos Márcio Rodrigues/FOTOCOM.NET

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Page 22: Revista Budo 7

tro medalhas de ouro. As equipes Palmeiras/Mogi e ADPM-REG. S. J. C. conquistaram dois ouros cada uma, mas a equipe alviverde ficou na segunda colocação geral por ter obti-do três medalhas de prata, enquanto a equipe de São José dos Campos fez apenas um vice--campeão.

A categoria juvenil foi marcada literal-mente pela paridade técnica, já que, dos 16 primeiros lugares em disputa, apenas o Centro Olímpico e o SESI ± SP obtiveram dois ouros.

Ao todo 14 clubes e associações subiram no degrau mais alto do pódio no juvenil, e é justamente esta homogeneidade e paridade técnica das equipes paulistas que coloca o Es-tado de São Paulo no topo do judô nacional.

Francisco de Carvalho Filho, presidente da FPJ, lembrou que os atletas destas catego-rias ainda têm um longo caminho a percorrer. “Nesta faixa etária os judocas ainda têm muito a melhorar, já que a meta é buscar sempre a excelência técnica. Alguns atletas despontam nesta faixa etária, mas perdem o foco. Se es-quecem de que o alto rendimento demanda uma dedicação enorme, seja no trabalho técni-co, seja no preparo físico. A conquista do título paulista tem de ser um marco para cada um destes judocas, e deve representar o início de uma nova fase no trabalho que deverá ser de-senvolvido daqui por diante.”

Alessandro Puglia, coordenador técnico da FPJ, afirmou que São Paulo vai disputar o Campeonato Brasileiro destas categorias com equipes extremamente competitivas. “O nível técnico da competição surpreendeu e mostrou uma geração talentosa e bastante determinada. Vamos ao Espírito Santo e ao Rio Grande do Sul, disputar o brasileiro sub-17 e sub-15 com equipes muito fortes e extremamente compe-titivas. Estes indicadores revelam o excelente trabalho que os professores paulistas desenvol-vem em parceria com a FPJ.”

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Page 23: Revista Budo 7

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Page 24: Revista Budo 7

Feminino Sub 15

Super-ligeiro

1º- Jessica Carvalho - São João T. C.

2º- Yohana Dhara - Assoc. Judô Trajano

3º- Talila Santana - Judô Pissarra

3º- Andressa Freitas - Palmeiras/Mogi

Ligeiro

1º- Larissa Cincinato - A. D. E.S Equilibrium

2º- Luana Raissa - ADC G. Motors S. Jose C.

3º- Maria Jasmim Pinheiro - Hebraica

3º- Mariana de Lima - Hombu Budokan

Meio-leve

1º- Gabrielly Rodrigues - Assoc. Tucuruvi

2º- Gabrielle da Silva - Palmeiras/Mogi

3º- Catarina de Oliveira – Soc. Harmonia de T.

3º- Francislaine da Silva - Branco Zanol

Leve

1º- Gabriela Silva - Palmeiras/Mogi

2º- Gabriele C. Soares - São João T. C.

3º- Nathalia E. Silva - Assoc. Pessoa

3º- Thamiris A. Neris - Seduc - Praia Grande

Meio-médio

1º- Gabriela Alves - Adpm-Reg. S. J. C.

2º- Lia Almeida Ito - Palmeiras/Mogi

3º- Mariana M. Minakawa - Hebraica

3º- Bruna H. Moreira - Assoc. Masters

Médio

1º- Sabrina Tavares - Assoc. Guairense

2º- Franciele S. Lima - São João T. C.

3º- Daise M. Locatelli - Assoc. Divinolândia

3º- Agnes Fernandes - Palmeiras/Mogi

Meio-pesado

1º- Pamella B. Palma - Hombu Budokan

2º- Lais A. dos Santos - Judô Ichikawa

3º- Gabriela V. Máximo - SESI - SP

3º- Meire E. Cornélio - Santana Pedreira

Pesado

1º- Beatriz Rodrigues - Budokan Peruíbe

2º- Giovana Oliveira - Carlos Fossati

3º- Erika T. Pereira - Hebraica

3º- Sarah G. Chaves - Kiai Kam

Sub 17

Super-ligeiro

1º- Karen de Souza - C. Camp. Reg. Natação

2º- Andrielle da Costa - T. C. S Jose Campos

3º- Gabriele dos Santos - Rogério Sampaio

3º- Tatiane Mai Koide - Assoc. Itapevense

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Page 25: Revista Budo 7

Ligeiro

1º- Franciele Costa - T. C. S Jose Campos

2º- Jhenifer Ernandes - Seduc - Praia Grande

3º- Andressa de Farias - A.D.E.S Equilibrium

3º- Bianca Paiva - Concórdia\Acad. Omega

Meio-leve

1º- Rafaela Morais - Centro Olímpico

2º- Vitoria B. Camargo - Budokan Peruíbe

3º- Larissa G. dos Santos - Corinthians

3º- Nathalia Carnio - Seduc - Praia Grande

Leve

1º- Sabrina Araujo - Seduc - Praia Grande

2º- Anne K. de Macedo - São João T. C.

3º- Paola Marques - Centro Olímpico

3º- Geovana Lima - Seduc - Praia Grande

Meio-médio

1º- Joice Machado - E. C. Pinheiros

2º- Jeniffer Braz - E. C. Pinheiros

3º- Yasmim Siqueira - Judô Nery

3º- Thayra Resende - Palmeiras/Mogi

Médio

1º- Ello Anny dos Santos - Judô de Bastos

2º- Karol P. Gimenez – Grêmio Barretos

3º- Alana Uraguti - Paineiras do Morumby

3º- Karoline Gonzalez - Rogério Sampaio

Meio-pesado

1º- Lais H. Miranda - SESI - SP

2º- Nayara Herrera - Seduc - Praia Grande

3º- Sabrina Balduino - Judô Fernandópolis

3º- Mariana Santiago – A. D. São Caetano

Pesado

1º- Loraine C. Dias - Rio Preto A. C.

2º- Natalia Barletta - Bragança Judô

3º- Valeria Falcão - Budokan Peruíbe

3º- Agatha Martins - Seduc - Praia Grande

Masculino Sub 15

Super-ligeiro

1º- Sergio Seda Filho - Esportiva Guarujá

2º- João dos Santos - Marcos Mercadante

3º- Michael Saiki - Judô Terazaki

3º- João C. Alves - Palmeiras/Mogi

Ligeiro

1º- Mike Silva Pinheiro - São João T. C.

2º- Gabriel Ap. Santos – Assoc. Pessoa

3º- Jonathan R. Martins - Rio Preto A. C.

3º- Christian Capelas – S. - Praia Grande

25

Page 26: Revista Budo 7

Meio-leve

1º- Haniel G. Simas - São João T. C.

2º- Igor Mendes – ADPM - Reg. S. J. C.

3º- Alex Tetsu - Assoc. Vila Sonia

3º- Michael Marcelino - T. C. S Jose Campos

Leve

1º- Bruno C. Watanabe - São João T. C.

2º- Renan Torres - Rio Preto A. C.

3º- Eric Arcas - Assoc. Pessoa

3º- Matheus Tavares – Assoc. Bushido

Meio-médio

1º- Jéferson Santos - ADPM - Reg. S. J .C.

2º- Matheus Barboza - Assoc. Tupã

3º- Vitor Batalha - Seduc - Praia Grande

3º- Igor Maximiano - Santana Pedreira

Médio

1º- André Takahashi - Palmeiras/Mogi

2º- Felipe Ishizawa - Ateneu Mansor

3º- Victor L. Pereira - Judô Belarmino

3º- Marcelo H. Salles - Judô Terazaki

Meio-pesado

1º- Leonardo Rodrigues - Yamazaki de S. J.

2º- Igor Morishigue - Palmeiras/Mogi

3º- Eduardo dos Santos - Judô Belarmino

3º- Vinicius Novato - Branco Zanol

Pesado

1º- Vinicius Y. Sacamoto - Judô na Faixa

2º- Lucas A. S. Pedro - Judô de Piquete

3º- Willian Santos - Okinawa do Ipiranga

3º- Lucas A. Martins - Budokan Peruíbe

Sub 17

Super-ligeiro

1º- Kainan Santos - Esportiva Guarujá

2º- Caio Andreoli - E. C. Pinheiros

3º- Douglas de Sena - Assoc. Guairense

3º- Nykson R. Carneiro - Palmeiras/Mogi

Ligeiro

1º- Lucas Siqueira - T. C. S. Jose Campos

2º- Caio H. dos Santos - Assoc. Bushido

3º- Eduardo Moreira - Assoc. Sekai

3º- Vinicius Damásio - Santana Pedreira

Meio-leve

1º- Pedro Macedo - Judô Trajano

2º- David Dias - E. C. Pinheiros

3º- Mateus Oliveira - Seduc - Praia Grande

3º- Gabriel Rocha - C. Concórdia\Omega

Leve

1º- Paulo H. Morais - Centro Olímpico

2º- Luan Fernandes - Assoc. Vila Carrão

3º- Michel Santos – ADPM -Reg. S .J. C.

3º- Aleksander Nicolai - Palmeiras/Mogi

Meio-médio

1º- Dayvis Santos - C. Concórdia\Omega

2º- Luis E. Oseias - Judô de Divinolândia

3º- Iago Muniz - Calasans Camargo

3º- Guilherme Guimarães – J. S. Francisco

Médio

1º- Victor L. Correia - SESI - SP

2º- Caíque Bento - São João T. C.

3º- Wendel G. Ribeiro - Judô Bastos

3º- Rafael V. Faria - Budokan Peruíbe

Meio-pesado

1º- Euler Gonçalves - Judô Araçatuba

2º- Luiz dos Santos - Centro Olímpico

3º- Marcos E. Eisencraft - Hebraica

3º- Leonardo Ribeiro - Aurélio Miguel

Pesado

1º- Cleber Machado – S. Pindamonhangaba

2º- João M. Cesarino - Palmeiras/Mogi

3º- Raul de Almeida - Assoc. Carlos Fossati

3º- Pedro R. M. Dias Jr - Pirituba F C

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Page 28: Revista Budo 7

Com gestão ágil e transparente

Karatê-dô Tradicional cresce nacionalmente

Quando começou no karatê?Comecei em 1969, em Curitiba, e meu sensei é Takuo Arai. Ao longo do tempo tenho de agradecer também a vários mestres que contribuíram para minha formação, como os senseis Okuda, Nishiyama, Tanaka, Inoki e Watanabe.

Como foi seu desempenho como competidor e como profes-sor de karatê?Tive destacada atuação em nível estadual como competidor, mas atuei pouco em nível nacional. Como professor, tive a felicidade de poder contribuir para a formação de muitas pessoas e ótimos atletas. Entre os inúmeros atletas que foram meus alunos desde a infância posso destacar a Giordana de Souza (primeira brasileira campeã mundial individual), o Ricardo Buzzi (primeiro brasileiro campeão mundial individual e hoje tetracampeão), o Vinícius Pinto (tricampeão mundial), o Nelson Santi (vice-campeão mun-dial e campeão pan-americano), a Ramoci Leuchtenberger (vice--campeã mundial) o Celso Ogasawara e a Walquirya Fernandes (campeões pan-americanos), entre outros.

Quando iniciou sua trajetória de dirigente?Iniciei em 1992, como diretor técnico da federação paranaense, depois fui eleito presidente, permanecendo por duas gestões. Durante o período da presidência na FPRKT estruturamos a federação estadual e implantamos um projeto social de grande

Predestinado Gilberto Gaertner iniciou sua trajetória no Karatê-dô Tradicional aos 13 anos, e após 42 anos na pratica e gestão da modalidade

assumiu seu maior desafi o, a presidência da CBKT - Confederação Brasileira de Karatê-dô Tradicional. Pragmático, visionário e inovador são alguns adjetivos que podem ser atribuídos a este dirigente que, ao

contrário do que estamos acostumados a ver no Brasil, vislumbra desenvolver o Tradicional gerando uma autonomia administrativa

que promova o crescimento da base ao topo de sua modalidade.

Com gestão ágil e transparenteTradicional aos 13 anos, e após 42 anos na pratica e gestão da modalidade

Brasileira de Karatê-dô Tradicional. Pragmático, visionário e inovador são alguns adjetivos que podem ser atribuídos a este dirigente que, ao

Com gestão ágil

sucesso, que foi o Karatê Piá no Esporte, que chegou a atender a quase 30 mil crianças em 250 municípios do Estado do Para-ná. Em nível nacional atuei por mais de dez anos como diretor técnico, período em que o Brasil obteve expressivos resultados em eventos internacionais.

Quando assumiu efetivamente a CBKT? A eleição foi efetuada em março e a posse o� cial realizada em maio de 2010.

Por que assumiu um desa� o dessa magnitude?Inicialmente, por termos � cado com o encargo de organizar o XV Campeonato Mundial no Brasil e, mais especi� camente, em Curitiba. Também por uma necessidade natural de renovação da gestão, pois o professor Oswaldo Mendonça Jr., que me ante-cedeu, já estava no cargo há muitos anos e todos sabem que a presidência consome muito tempo e é bastante desgastante.

O que tinha em mente quando projetou e se lançou ao cargo de presidente da CBKT?Cabe ressaltar, primeiro, o ótimo trabalho realizado pelos pre-sidentes que me antecederam, Luiz Alberto Kuster e Oswaldo Mendonça Jr. O Kuster e o Oswaldo, com muito trabalho, estru-turaram e construíram as bases da organização. Nossa gestão é uma continuidade natural. Falo em nome de uma dedicada equipe

Com gestão ágil

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

e Arquivo CBKT

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Page 29: Revista Budo 7

“Nosso trabalho visa, dentro das possibilida-

des e do contexto atu-al, a manter as bases

dos ensinamentos dos mestres Funakoshi e

Nishiyama.”

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Page 30: Revista Budo 7

de trabalho, que visa a modernizar o processo de gerenciamento, reestruturar e normatizar a CBKT em todos os níveis, melhorar a quali� cação técnica dos instrutores e dos atletas, fortalecer a representatividade do Brasil no cenário internacional e aumentar o número de � liados. Quais foram as principais metas desta empreitada?Nosso primeiro grande desa� o foi sediar o Campeonato Mun-dial de 2010, o qual foi realizado em parceria com a PUC-PR e a FKTPR. Foram dois anos de trabalho e mais de 250 pessoas envolvidas no processo. A participação e apoio do Prof. Robert Burnett, Pró Reitor da PUCPR foi decisiva para a realização do campeonato. O esforço valeu a pena, pois nossos objetivos foram plenamente atingidos, mostramos nossa capacidade organiza-cional e contribuímos para que o primeiro mundial após a morte no mestre Nishiyama agregasse todas as lideranças mundiais e reforçasse a ITKF. Nosso País mostrou capacidade de realização e organização e a CBKT passou a ocupar um importante papel político dentro da ITKF. Outro aspecto importante foi a trans-missão do evento em nível nacional e internacional pela SporTV, que teve como comentaristas os professores Ugo Arrigoni Neto e Oswaldo Mendonça Jr.

E no âmbito administrativo? Este foi nosso segundo desa� o, a reestruturação da CBKT e as normatizações em todos os setores, para que todos possam falar a mesma linguagem dentro da instituição. Esta meta está em curso e as etapas iniciais já foram cumpridas. Um objetivo que está bem adiantado é o nosso sistema de gestão. Hoje, todos os procedi-mentos competitivos são efetivados via web, desde as inscrições e os pagamentos até a geração e conferência das chaves. Os controles � nanceiros e de cadastro também estão integrados a um mesmo sistema de gerenciamento, o que facilita muito o controle

e a geração de relatórios técnicos, administrativos e � nanceiros. Outras metas importantes, que estão em fase de incubação para serem implantadas em 2013, são o Curso Nacional de Capacita-ção de Instrutores e o Programa Nacional de Projetos Socioedu-cativos. Outras metas importantes são a pro� ssionalização na área de captação de recursos, a busca de parcerias e a construção de um centro de treinamento que possa sediar eventos e otimizar a preparação das nossas seleções.

Você vê a necessidade de alguma modernização no karatê tradicional em nível global?Creio que a gestão da ITKF tem a mesma necessidade que temos na CBKT, a pro� ssionalização da administração e um sistema e� ciente de captação de recursos. Cabe lembrar que o trabalho de todos nas duas instituições é voluntário e, portanto, sofre limita-ções.

Qual foi sua maior realização até hoje, à frente da CBKT? Sem dúvida a realização do campeonato mundial no Brasil, que foi um dos mais bem organizados dentro da história do karatê tradicional. Cabe lembrar que foi um trabalho de uma grande equipe, envolvendo a CBKT e a PUC-PR. Outro aspecto de grande importância está sendo a transparência na gestão � nancei-ra e o bom nível na organização dos eventos. A arrecadação com-partilhada entre CBKT e federações estaduais, tanto nas anuida-des quanto na organização dos eventos, é outro ponto de destaque, pois com isto as federações estaduais vão gerando recursos para seu fortalecimento. Outro destaque é o aumento signi� cativo de participantes em todos os eventos.

Quais são os professores que o auxiliam na condução da CBKT?Destaco nosso presidente de honra e mentor, o mestre Tanaka, e também os mestres Inoki, Watanabe e Arai. Temos ainda os mestres Machida e Sasaki. No campo operacional, destaco, entre outros, os professores João Cruz Erbano Filho, diretor secretário; Sérgio Bastos, vice-presidente e diretor técnico; José Humberto de Souza, diretor de arbitragem; Ugo Arrigoni Neto, diretor de graduações; Alfredo Aires, diretor de eventos; Rui Marçal, diretor administrativo-� nanceiro; Antônio Sérgio Palu Filho, diretor jurídico; Nelson Santi, coordenador de seleções; Luiz Watana-be, treinador da seleção; Guilherme Carollo, diretor de Projetos

No ITKF Masters Course em Curitiba - 2010, Gaertner, Jorgensen, Arrigoni, Shirai, Ishyama, Inoki e Watanabe

Gaertner com os professores Kwiecienske (Polônia) Jorgensen (USA) Nedev (Macedônia) no Masters Course da ITKF - Polônia em 2011

Jorgensen, Robert e Luciano Ducci prefeito de Curitiba em 2010 na apresentação de projetos na prefeitura municipal

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“Nossa intenção é que os gestores das federações estejam motivados, trabalhem de forma democrática e possam ter

representatividade efetiva em seus Estados. Precisamos de dirigentes que trabalhem sintonizados com a confede-

ração e que efetivamente contribuam.”

Sócioeducativos e Robert Burnett, consultor administrativo. Tam-bém cabe destacar a participação efetiva e apoio dos presidentes das federações estaduais, que em sua grande maioria têm tido participação ativa no processo de desenvolvimento da CBKT. Em sua análise, o karatê-dô tradicional mantém a essência criada por Gichin Funakoshi?Mestre Funakoshi ensinava um karatê com base educativa, ética e � losó� ca. Era um lutador, mas também um � lósofo, um educador e um cavalheiro. Nosso trabalho visa, dentro das possibilidades e do contexto atual, a manter as bases dos ensinamentos dos mestres Funakoshi e Nishiyama. Cabe ressaltar que o karatê-dô tradicional é uma técnica de autodefesa, que tem como objetivo central o desenvolvimento humano. Por ter um caráter educati-vo, é essencial que mantenha viva sua técnica e sua base ético--� losó� ca, acrescidas do conhecimento cientí� co atual, advindo principalmente das ciências do esporte e das neurociências.

Por que vocês criaram o shihan-kai?O shihan-kai é um conselho composto por professores seniores e tem a � nalidade de indicar o caminho a ser seguido pelo karatê--dô tradicional brasileiro, de acordo com os ensinamentos origi-nais do mestre Nishiyama. Este conselho visa também a preservar a essência e a identidade da escola de karatê tradicional desenvol-vida no Brasil. Tem função consultiva, e não executiva.

Quais professores compõem o conselho?É composto por quatro professores japoneses e quatro brasileiros. O mestre Tanaka (9º dan), mestres Inoki, Watanabe e Arai (todos 8º dan), mestres Ugo Arrigoni Neto, Oswaldo Mendonça Jr, Gilberto Gaertner e Sérgio Bastos (todos 7º dan).

Quais são os principais mestres do tradicional do mundo, na atualidade?É importante ressaltar que o mais antigo é o nosso mestre Tanaka, seguido pelos mestres Shirai (Itália), Kawasoe (Inglaterra), Inoki

e Watanabe (Brasil) e Ishiyama (Venezuela). Também têm grande expressão os mestres Jorgensen (Canadá), Fusaro (USA), Kwieciński (Polônia), Yorga (Iugoslávia) e Contarelli (Itália), entre outros.

Em quais países o tradicional tem forte presença?Além do Brasil, nos Estados Unidos, Canadá, Itália, Polônia, Romênia, Inglaterra, Rússia e Venezuela, entre outros.

Onde está sediada a federação mundial e quem é o presiden-te da entidade?Em Los Angeles, nos Estados Unidos, e o atual presidente é o professor Richard Jorgensen.

O Brasil possui alguma forma de liderança no contexto internacional?Sim, hoje nosso país tem hegemonia na América do Sul e voz ati-va no cenário internacional, tanto em nível pan-americano quanto mundial. Sediamos anualmente um evento da ITKF e temos participação nas tomadas de decisão.

Qual ou quais são os maiores desa� os que tem pela frente?O maior desa� o, sempre que se apresenta uma proposta nova, é a mudança de cultura. Nossa proposta é democrática, com todas as informações acessíveis a todos via site (www.cbkt.org), inclusive um processo de arrecadação compartilhada entre a CBKT e as federa-ções estaduais. Mas este processo provoca desacomodação e mais trabalho. Nossa intenção é que os gestores das federações estejam motivados, trabalhem de forma democrática e possam ter represen-tatividade efetiva em seus Estados. Fazem parte dos nossos planos os dirigentes que trabalhem sintonizados com a confederação e que efetivamente contribuam, fazendo o tradicional se desenvolver de forma consistente e progressiva em seus Estados.

O tradicional vive um momento de crescimento?Sem dúvida, estamos crescendo. Tivemos aumento signi� cativo no

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número de participações, tanto nos campeonatos quanto nos cursos de capacitação. Em números concretos, o brasileirão de 2011 teve um aumento de 25% na participação em relação a 2010, e o de 2012 já conta com 10% a mais que o de 2011. Os cursos de 2012, o ITKF Masters Course 2012 (internacional) e o Goshin (nacional), também tiveram um aumento na participação em torno de 20% em relação a 2011. Temos recebido ainda muitos pedidos de novas � liações na maioria dos Estados, e algumas federações que estavam afastadas retornaram. Estes dados sinalizam que estamos crescendo na busca de quali� cação técnica e na participação competitiva e despertando o interesse de praticantes que não estão � liados. A CBKT tem potencial para crescer muito mais e de forma consis-tente, pois tecnicamente possuímos em nossos quadros as melhores referências do karatê brasileiro e inúmeros destaques internacionais.

Como está a relação entre a CBKT e a JKA?Absolutamente cordial, como também é com outras organizações. Mantemos o foco no nosso trabalho, que é o que nos interessa. A CBKT está aberta inclusive a discutir a proposta original da vinda da JKA para o Brasil na década de 1990, que era de integrar o de-partamento de estilos da CBKT, representando o estilo shotokan.

Sua gestão efetivou alguma forma de mudança no tradicio-nal em nível de País? Estamos em processo, mas creio que a democratização da infor-mação, a valorização do contexto ético e cientí� co, a organização

geral e a transparência na gestão � nanceira já estão bem evidenciadas. Temos ainda muito que caminhar, construir e melhorar, mas só vamos atingir nossos objetivos com a estreita colaboração das federações estaduais e de todos os nossos � liados.

O que os � liados da CBKT podem esperar para um futuro próximo?Além do Curso de Capacitação de Instrutores, que vai estruturar as áreas técnica, cientí� ca, arbitragem e didático-pedagógica, além da implantação nacional de programas socioeducativos em larga escala, pretendemos aprimorar nossas competições e para 2013 já teremos novidades. Estamos também identi� cando parceiros para o desenvolvimento de uma linha de kimonos, hakamas e acessórios de proteção exclusivos para o tradicional, além

de patrocinadores para nossas seleções.

Dirigentes do Tradicional em reunião com Beto Richa, Governador do Paraná, secretários de estado, o tetra campeão mundial Ricardo Buzzi e o professor Robert Burnett

Gaertner, Richard Jorgensen, presidente da ITKF e prof. Robert Burnett reitor da PUC-SC Gaertner com Fernando Obregon, presidente da federação Pan-Americana e Ugo Arrigoni Neto, membro da comissão técnica da pan-americana, durante o campeonato pan-americano 2011, realizado em Santiago do Chile

Perfi l do dirigente

Nome: Gilberto Gaertner Cargo: Presidente da Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional ± CBKTLocal e data de nascimento: Curitiba em 11 de dezembro de 1956Graduação atual: 7º DanFormação: Formado em psicologia com diversas especializações e mestrado. É doutorando em “Estudos da criança com enfoque em educação física, lazer e recreação”.Atividade pro� ssional: Ministra aulas de karatê e yoga na Academia Bodhidharma ± Curitiba (PR). Atua como psicólogo clínico. É consultor em psicologia do trabalho e é professor na Universidade Positivo. Outro foco de sua atuação pro� ssional é a psicologia do esporte, área em que faz acompanhamento de atletas de várias modalidades esportivas. Nesta área trabalha também no Clube Atlético Paranaense.

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Depois de uma luta ferrenha com a equipe do Estado do Rio de Janeiro, a seleção paulista sagrou-se campeã geral do Campeonato Bra-sileiro Sub-15.

A competição realizou-se no Ginásio de Esportes da UNISC, em Santa Cruz do Sul (RS), e reuniu 265 atletas de 26 Estados.

A equipe bandeirante viajou para o Rio Grande do Sul com 16 atletas, comissão téc-nica formada pelos técnicos Paulino Namie e Jeff erson Santos, tendo como chefe da delega-ção Paulo Mulfharth.

Com quatro ouros, São Paulo foi campeão geral no feminino, com as medalhas conquis-tadas por Gabriele Soares, 44 kg; Gabriela Clemente, 48 kg; Gabriela Costa, 53 kg; e Be-atriz Souza, +64 kg. No masculino São Paulo apresentou desempenho muito abaixo do es-perado, com uma única medalha de ouro con-quistada por Bruno Watanabe, 48 kg.

Com as duas medalhas de ouro de Ke-vin Morais, 36 kg, e Lucas Pinheiro, 53 kg, o Estado do Rio de janeiro foi campeão do masculino. A equipe fl uminense ainda fatu-rou mais um ouro com Natália Lopes, 58 kg, que fez uma excelente fi nal contra a forte Mayra Lima, do Rio Grande do Norte.

Rio de Janeiro e São Paulo Por Paulo PintoFotos Revista Budô

Dominam Brasileiro Sub 15

geral no feminino, com as medalhas conquis-tadas por Gabriele Soares, 44 kg; Gabriela tadas por Gabriele Soares, 44 kg; Gabriela Clemente, 48 kg; Gabriela Costa, 53 kg; e Be-atriz Souza, +64 kg. No masculino São Paulo apresentou desempenho muito abaixo do es-perado, com uma única medalha de ouro con-quistada por Bruno Watanabe, 48 kg.

Com as duas medalhas de ouro de Ke-vin Morais, 36 kg, e Lucas Pinheiro, 53 kg, o Estado do Rio de janeiro foi campeão do masculino. A equipe fl uminense ainda fatu-rou mais um ouro com Natália Lopes, 58 kg, que fez uma excelente fi nal contra a forte Mayra Lima, do Rio Grande do Norte.

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A seleção paulista fez 11 pódios, obtendo cinco medalhas de ouro, uma de prata e cinco de bronze, que garantiram a primeira coloca-ção geral. O Estado do Rio de Janeiro foi o se-gundo colocado, conquistando oito medalhas, sendo três ouros, duas pratas e três bronzes. O Paraná ficou na terceira colocação geral com dois ouros e dois bronzes.

Para Paulo Pi, chefe da delegação paulista, este resultado mostrou que é preciso redire-cionar o trabalho no masculino. “No feminino mantivemos a tradicional hegemonia e, bem mais além das medalhas obtidas por nossas quatro campeãs, ficou claro que o feminino está mantendo o nível a que estamos acostumados a apresentar. Já o masculino pecou, exagerou nos erros, e com isso ficamos em terceiro lu-gar. Acho que temos de trabalhar muito para melhorar o índice técnico dos nossos meninos. Sabemos que todos os Estados têm São Paulo como referência e tentam equiparar-se. Se não trabalharmos de forma mais contundente, as coisas poderão complicar-se, mas tenho certe-za de que toda a nossa diretoria esta focada na manutenção da hegemonia paulista no cenário nacional.”

Soraia Morelli, chefe da delegação flumi-nense, avaliou o desempenho de toda a equipe positivamente. “Fomos campeões no masculino e vice-campeões no feminino, e a minha avalia-ção é extremamente positiva. Estou muito feliz porque viemos com patrocínio forte da Capemi-sa, que acreditou e investiu em nosso trabalho, e graças a Deus em nossa bagagem estamos levan-do a resposta de todo este apoio. Sem contar que a conquista do campeonato no masculino e do vice no feminino é muito importante para uma seleção de base. Superamos todas as expectativas e por pouco não levamos também o primeiro lu-gar no feminino, mas faz parte. Agora é continu-ar trabalhando e investindo mais nessa categoria, porque é justamente na base que está o futuro do nosso judô.”

Para José Luís Lemanczuk Júnior, chefe da delegação paranaense, o idealismo dos professo-res está dando bons frutos. “Poderíamos ter ido melhor, já que todos chegaram muito bem pre-parados fisicamente e tecnicamente, mas alguns atletas se encolheram em virtude de estar estre-ando ou por nervosismo mesmo. A terceira clas-sificação geral é muito importante para o Paraná, e mostra que o trabalho feito pelos professores está no caminho certo. Penso que a dedicação desses professores, que muitas vezes trabalham motivados apenas pelo próprio idealismo, está dando bons frutos.” O dirigente finalizou men-cionando o trabalho desenvolvido pela Socieda-de Morgenau. “Várias equipes estão destacando--se no Paraná, mas quero cumprimentar o Clube Morgenau pelo excelente resultado obtido no sub-15, do qual participou com três atletas fa-zendo duas medalhas de ouro e uma de bronze. Poucas equipes apresentam um resultado tão ex-pressivo no Brasil, e isso tem de ser destacado.”

Gabriela Soares

Paulo Pi técnico paulista Soraia Morelli

José Luís Lemanczuk JúniorLucas Pinheiro

Natália Lopes

Gabriela Costa

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Outra fera do sub-15 foi Bruno Watana-be, o campeão do 48 kg, que é aluno do sensei Paulo Pi, do São João Tênis Clube. Aos 14 anos o judoca paulista tem em seu currículo o bicampeonato brasileiro e o vice-campeonato pan-americano conquistado em 2011. Ágil, determinado e dono de excelente técnica, Bru-no tem no seoi-nage sua técnica preferida, e é com ele que pretende conquistar este ano, o pan-americano de sua categoria.

Beatriz Souza, a campeã do +64 kg, atleta da Associação Budokan de Peruíbe (SP), fez sua terceira participação em campeonatos bra-sileiros e conquistou o bicampeonato. Em 2010 ficou com o bronze da categoria e em 2011 foi campeã. Com a boa estatura somada a muita força e técnica apurada, Beatriz consegue con-duzir suas adversárias com certa facilidade e cos-tuma finalizar todas as lutas. Seu golpe preferi-do é o uchi-mata, e a meta principal da judoca caiçara é o ouro pan-americano, torneio em que no ano passado conquistou a medalha de prata.

O Campeonato Brasileiro Sub-15 apre-sentou momentos emocionantes e ippons in-críveis, protagonizados por judocas que estão surgindo e redesenhando o mapa geográfico da modalidade em todo o País.

Entre campeões e medalhistas, vimos atletas tecnicamente fortes, outros com muita pegada e determinação, porém, o que impres-sionou de verdade foi o surgimento de alguns talentos. Judocas que assimilaram verdadeira-mente a técnica que lhes foi passada e sobra-ram nos tatamis.

Entre aqueles que se destacaram em Santa Cruz do Sul (RS), está Ariel Alencar, 58 kg, de Goiânia (GO), aluno do sensei Joseph Gui-lherme, que apesar de ter no tsuri-komi-goshi seu tokui-waza, utiliza grande variedade de técnicas e flutua diante dos adversários com estilo, fazendo a galera lembrar o judô deste-mido e arrojado da velha escola.

Outra grande surpresa foi Gabriela Cle-mente, 48 kg, que com muita personalidade, técnica e uma tranquilidade acima do normal para esta categoria superou suas adversárias e chegou ao tricampeonato brasileiro. Seu tokui--waza é o sode-tsuri-komi-goshi, mas levou o ouro jogando sua adversária da final de uchi--mata. Aluna do sensei Paulino Namie, do Pal-meiras/Mogi, aos 14 anos Gabriela tem como principal meta nesta temporada a conquista do pan-americano.

Brasileiro mostra os talentos da categoriaFechamos os destaques da categoria sub-

15 com Luanh Saboya, 64 kg, um atleta for-tíssimo, extremamente técnico e determinado. Luanh destaca-se entre os ícones de sua gera-ção e promete dar muita alegria ao judô pa-ranaense. Pertencente à Sociedade Morgenau de Curitiba, o bicampeão brasileiro contou que o ouro foi fruto de muito trabalho e dedica-ção. “Tenho 13 anos e esta foi minha terceira participação em campeonatos brasileiros. No primeiro fui bronze, no segundo, campeão e, felizmente, este ano a história se repetiu. Em 2010 fui campeão pan-americano e em 2011 não disputei o brasileiro. Agora vou preparar--me para conquistar o ouro no pan, mas minha grande meta é o preparo para 2016. Minha técnica preferida é o harai-goshi e a conquista do brasileiro é fruto de muito trabalho e dedi-cação. Agradeço a atenção e dedicação de meu técnico, Alan Vieira, que também é meu pai.”

Gabriela Clemente

Ariel Alencar

Bruno Watanabe

Beatriz Souza

Luanh Saboya

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CLASSIFICAÇÃO FINAL

Masculino

36kg

1º Kevin Morais (RJ)

2º Sergio Escudeiro (SP)

3º Irailson Júnior (AP)

4º Luis Felipe Santos (MS)

40kg

1º Ítalo Carvalho (MA)

2º Artur Assis (PE)

3º Julio Koda (PB)

3º Mike Pinheiro (SP)

44kg

1º Vinícius Farias (MS)

2º Michel Mancilha (MG)

3º Ian Pires (MT)

3º Daniel Santos (PB)

48kg

1º Bruno Watanabe (SP)

2º Pedro Valim (RJ)

3º Luan Nogueira (PA)

3º Pedro Peixoto (MG)

53kg

1º Lucas Pinheiro (RJ)

2º Carlos Camillis (RS)

3º Mateus Rios (MA)

3º Lucas Amarantes (ES)

58kg

1º Ariel Alencar (GO)

2º Alexandre Meneghini (RS)

3º André Takahashi (SP)

3º Fabrício Frazão (MA)

64 kg

1º Luanh Saboya (PR)

2º Gabriel Andrade (DF)

3º Leonardo Rodrigues (SP)

3º Mateus Monte (RJ)

+64 kg

1º Gabriel Barros (RS)

2º Marcel França (BA)

3º João Gonçalves (SC)

3º Rodrigo Vasconcelos (PR)

Marcelo França, vice-presidente da CBJ premia seu filho Marcel França vice-campeão +64kg, e mais novo membro da família de campeões que já teve campeões como Maicon França, Marcelle França e Marcelo França Júnior, que hoje é técnico.

Ariel Alencar, campeão do 58kg, com seu sensei Joseph Guilherme

Professor Ronildo Nobre com a fera amapaense Irailson Júnior

O bicampeão mundial João Derly premiando Sergio Escudeiro, vice--campeão do 36kg

Louise Santos, a paraense vice-campeã do 4okg, com os senseis Ro-sangela Ribeiro e Alam Saraiva

Gabriela Clemente, a campeã do 48kg com seu sensei Paulino Namie

Antonio Viana, presidente da FAJ com Irailson Júnior, bronze do 36kg

Time carioca em Santa Cruz do SulEquipe paulista

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Feminino

36kg

1º Amanda Lima (PE)

2º Bianca Rosa (MS)

3º Juliana Rodrigues (ES)

3º Jéssica Silva (SP)

40kg

1º Natasha Ferreira (PR)

2º Louise Santos (PA)

3º Camila Rodrigues (SC)

4º Larissa Pimenta (SP)

44kg

1º Gabriele Soares (SP)

2º Miriam Lima (MS)

3º Liane Lima (RJ)

3º Marissa Rosa (ES)

48 kg

1º Gabriela Clemente (SP)

2º Adriele Santos (MA)

3º Samila Coelho (AP)

3º Gabriela Baptista (RS)

53kg

1º Gabriela Costa (SP)

2º Giulia Melo (RJ)

3º Giovana Specht (RS)

3º Vitória Andrade (MS)

58kg

1º Natália Lopes (RJ)

2º Mayra Lima (RN)

3º Camila Deusdiante (PR)

3º Giovana Alves (DF)

64 kg

1º Emmanuelle Costa (SC)

2º Brenda Barbosa (MA)

3º Bárbara Santos (DF)

3º Isabela Perroni (MG)

+64 kg

1º Beatriz Souza (SP)

2º Vitória Silva (BA)

3º Bruna Vaz da Rosa (RS)

3º Giovana Trota (RJ)

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De que forma começou no judô?Na adolescência, quando já vivia aqui no Vale do Paraíba, soube que aos sábados o professor Yoshio Kihara vinha dar aulas na fábrica da Kanebo, e por meio dos meus amigos que trabalhavam na empresa consegui fazer parte daquele grupo. Na verdade as aulas eram apenas para os funcionários da indústria, mas de tanto insistir eles abriam mão e comecei a treinar em 1963, quando ainda tinha 16 anos.

Está se referindo ao sensei Kihara, do Parque D. Pedro?Sim, ele mesmo. O Yoshio Kihara, que foi professor de Miguel Suganuma, Mário Matsuda, Sato, e muitos outros grandes judo-cas. Ele foi o precursor do kata no Brasil.

Como era o seu professor?Foi um exemplo em tudo, e hoje acho que ele foi o mestre dos mestres. Embora não conversasse muito, ele transmitia a essência do judô. Posteriormente, após conhecer um pouco mais da sua obra, pude compreender que ele era verdadeiramente um mestre na arte do judô. Sua principal virtude era a serenidade.

O que fazia antes do judô?Trabalhei numa ofi cina de funilaria.

Como seus pais viram esta mudança para o judô?Meu pai não fez objeção, mas minha mãe fi cou muito contrariada. Depois fi quei sabendo que teve um irmão judoca no Japão, que fraturou a costela, perfurou o pulmão e veio a falecer. Acho que ela fi cou traumatizada e me proibiu, mas fui desobediente e continuei treinando.

Chegou a competir?Sim, mas era um atleta medíocre. Para ajudar, logo no início lesio-

Nascido em Presidente Venceslau (SP), em 19 de maio de 1946, Orlando Sator Hirakawa começou nos tatamis na adolescência, com uma das maiores lendas do judô verde-amarelo, Yoshio Kihara, o mestre dos

mestres do judô brasileiro. Tido como um dos maiores formadores de atle-tas do Brasil nas últimas décadas, nesta entrevista o sensei Hirakawa, que

hoje é 7º dan, conta um pouco de sua história e fala sobre sua expectativa com o judô.

O Judô é uma Arte!

nei o joelho esquerdo e tive de cuidar dele, e acabei mudando de destro para canhoto. Porém, meu sensei não dava muita bola para competição, e não valorizava os torneios e títulos da forma como se faz hoje. Falava sempre que judô não era apenas ser campeão. Valorizava a formação do caráter e educação. Com isso, nunca cobicei títulos. Meu desejo era apenas vestir o kimono e praticar judô.

Qual é seu tokui-waza?É o uchi-mata.

Quanto tempo demorou em se tornar faixa preta?Dezoito anos.

De que forma passou de judoca a professor?Foi uma coisa bastante interessante. Fui para os Jogos Regionais representando São José, e quando voltei para a loja em que traba-lhava o gerente me dispensou. Naquela época eu era sócio atleta do Tênis Clube e fui até lá, mas não treinei e o delegado regional perguntou por que não ia treinar. Expliquei que estava triste por ter perdido o emprego. Prontamente ele perguntou se eu queria dar aulas de judô, e isso aconteceu em 1974. Comecei a dar aulas e, de um simples balconista que nem tinha concluído o segundo grau, tornei-me sensei de judô. Foi uma reviravolta enorme em minha vida.

Em todo este período quais alunos se destacaram mais?O Carlos Bortole (Dedão), que permaneceu um bom tempo na seleção brasileira; Marco Antônio da Costa (Rato); Leandro Cunha (Coxinha), o vice-campeão mundial que vai represen-tar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres; Milton Minoru Takahashi, um atleta excelente, que teria ido para a seleção se não

Por Paulo Roberto PintoFotos Revista Budô e arquivoKODANSHAS DO BRASIL

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tivesse optado pelos estudos; Rogério Kenji, que também optou pelos estudos e parou; Elessandro de Lima; Carlos Yamazaki; Giovani da Cunha e Aristides Lemes da Cunha, irmãos do Co-xinha; Felipe César; Fernando e Makoto Hirakawa, meus fi lhos, que conquistaram títulos estaduais e nacionais. Da nova geração, a Jéssica Couto Lima, que está na seleção juvenil; Ryanne Couto Lima, que já foi campeã da Copa São Paulo; a Júlia, que também foi campeã paulista e da Copa São Paulo; Guilherme, irmão da Júlia, que está despontando agora. Por último, o Fúlvio Miyata, um judoca excepcional, que foi bronze no mundial e hoje dá aula no projeto social do Flávio Canto, e que faz parte da comissão técnica da CBJ.

Quais destes judocas foram acima da média?O Rato, que quase esteve nas Olimpíadas, mas infelizmente sofreu uma fatalidade e fraturou a coluna cervical. Outros dois alunos de expressão foram Milton Minoru Takahashi e Rogério Kenji.

Mas, entre todos eles, qual foi o mais técnico?Foi o Milton Minoru Takahashi. Ele era do peso meio-leve e seu tokui-waza era seoi-nage.

Sua escola é eminentemente formadora de competidores?Não temos esta prioridade, porque sou da escola antiga que prioriza formar bons cidadãos. Mas, se pudermos educar e formar campeões, aí fi ca ainda melhor. Temos de educar e preparar para a vida, mas a competição tem um apelo fortíssimo, que não pode ser desprezado.

Tecnicamente falando, em sua visão, quais são as principais escolas, hoje?As escolas dos professores Massao Shinohara, Paulo Duarte e Uichiro Umakakeba.

Qual foi o judoca mais técnico que conheceu?É difícil responder a esta pergunta, pela diversidade de estilos e técnicas que compõem o judô. Sem dúvida um deles foi o Milton Minoru Takahashi. Porém, um dos mais técnicos que conheci foi o Fúlvio Miyata. Vou citar um judoca que já não está mais entre nós: o Ricardo Sampaio. Ele era uma fera do judô. Vi o Ricardo lutar muitas vezes e ele sempre me surpreendia. Sua principal característi-ca era a serenidade. Era um judoca na acepção da palavra,

e até hoje estudo sua técnica preferida, o seoi-otoshi. O Ricardo fl utuava nos tatamis.

Qual é o pensamento de Jigoro Kano que mais toca o senhor?É o bem-estar mútuo. Costumo dizer que ele trabalhou no sen-tido do “um por todos e todos por um”, trabalhar sempre para o coletivo, que é o principal objetivo do judô.

Qual é a característica imprescindível em um judoca de verdade?Ter comportamento exemplar.

O que mudou no judô dos anos 60 para cá?Todos os professores que conheço falam muito sobre as mu-danças das regras e sobre o comportamento dos atletas durante a competição. Penso que as regras foram mudadas para atender às necessidades de mercado, e, da mesma forma que ocorre em outros segmentos da atividade humana, a mudança é sempre

necessária. Acho que as mudanças do judô foram inevitáveis, e fi nalmente agora está tudo voltando a ser

como antes. Estamos fazendo judô original, e isso é muito bom. Principalmente para

nós, que ensinamos o judô autêntico, que busca jogar, cair e perseguir o

ippon, independentemente da técnica usada.

Qual foi o maior judoca que conheceu até hoje?Um grande exemplo atual para mim é o professor Massao Shinohara.

Em nível de shiai-jo, o senhor é um homem feliz?

Sim, totalmente feliz e realizado.

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A técnica é imprescindível. Se força ganhasse campeonato, eu teria uma academia de musculação de Primeiro Mundo.

Quem vencerá a briga entre o judô arte e o judô força?O judô fundamentado na arte e na técnica sempre vencerá. Aliás, acima de tudo o judô é uma arte, e não apenas uma modalidade de luta.

Mas o senhor não acha que ultimamente o judô força tem vencido?Ele pode até levar alguma vantagem até chegar o cansaço, mais depois eu ainda creio que o judô técnico suplante a força. Cos-tumo dizer que quem tem técnica tem força. Nem sempre quem tem força tem técnica, mas se aliar uma coisa à outra, certamente é melhor ainda.

Nossa análise é que tecnicamente o judô encolhe a cada ano. O senhor concorda?Infelizmente a tendência é essa. Lamentavelmente alguns atletas não dão valor para o estudo das técnicas, e preferem malhar para ter mais força. A técnica é imprescindível e, se força ganhasse campeonato, eu teria uma academia de musculação de Primeiro Mundo. Costumo dizer que até jegue é forte.

Qual é o judoca brasileiro que merece maior respeito?Em questão de feitos e perseverança, é o Aurélio Miguel.

E do Japão?Não quero puxar pelo coração, mas é o Yasuhiro Yamashita. Ele esteve no Brasil e naquela época dificilmente eu batia palmas para alguém, mas quando vi aquele moço lutando e aplicando golpes, realmente me impressionei. Na apresentação ele falou que não poderia usar seu tokui-waza, mas aí ele aplicou um tai-otoshi tão perfeito que toda a plateia levantou e o aplaudiu de pé. Ele é realmente um fenômeno do judô moderno.

O senhor prega o judô formação, mas já o vi várias vezes extasiado nas competições e percebo que também é apaixo-nado pela competição. Estou certo?Eu gosto tanto do judô que, por mim, já teria largado tudo no fi-nal de 85, quando conheci a Bíblia e tive um encontro com Deus, mas esta paixão pelo judô é um mistério. Agradeço a Deus pelos dois filhos maravilhosos que tenho. Além de muito educados, são realmente um presentão de Deus na minha vida. Mas o judô foi mesmo sempre uma grande paixão.

Qual é a sua religião?Sou evangélico da Assembleia de Deus. E desde 85, quanto mais eu queria largar o judô, mais apareciam talentos como Fúlvio, De-dão e Rato. É um paradoxo porque quanto mais quero largar, mais estou dentro dele. Tanto é que às vezes, conversando com o Chico, noto que ele quer a gente perto dele, mas aí tenho de conversar com Deus e ver se é isso mesmo que eu quero e se é isso que Deus quer, porque por mim teria parado em 85, e já estamos em 2012.

Em sua análise, quem é o kodansha dos kodanshas do Brasil, hoje?Para se chegar a kodansha é uma longa caminhada. Para ser o ko-dansha dos kodanshas é preciso muito mais que isso, e em minha opinião este mérito é do sensei Massao Shinohara.

O senhor faz kata? Sim, fazia, mas tive de parar por causa do joelho. Estava me aprimorando no ju-no-kata e, quando já estava ficando bom, as circunstâncias me levaram a abandonar tudo.

Como vê a categoria grand master?É simplesmente o máximo. Em 1999 encontrei meu filho Fer-nando, quando eu estava disputando um campeonato brasileiro máster, aqui mesmo em São Jose dos Campos, e ele fez a seguinte observação: “Pai, esse campeonato é um barato, porque vocês se matam lá dentro e aqui fora ficam cuidando um do outro”. Acho válido e de suma importância, pois acima de tudo reflete muito do espírito do judô. É uma competição mais humanizada, em que o respeito pelo adversário é fator preponderante.

Falando nisso, por que não citou o Jacaré entre seus alunos?O Jacaré é um caso à parte. É uma pessoa excepcional e chegou aqui quando já era formado no judô. Por isso não citei seu nome,

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mas estou sempre lembrando dele que, aliás, é campeão máster por nossa academia. Hoje pertence à Associação Hirakawa, e temos um grande carinho por ele. O Jacaré é um caso à parte porque normalmente não aceitamos atletas formados em outra academia, mas, como já disse, ele é um caso à parte.

E por que existe esse preconceito?Não é preconceito. Geralmente, de primeira mão eles não aguen-tam a gente. Mas ele aguentou porque gosta muito do judô, é apaixonado pelo judô. Às vezes ele desaparece, mas depois volta.É uma excelente pessoa.

Ele é bom judoca também?É muito bom. Aprendeu muita coisa aqui, se cuida bastante e é muito forte.

Vi que mantém um shinai no dojô, ele ainda é usado?Não, porque dificilmente estou na academia, mas os conceitos mudaram muito e ele está ali mais para manter respeito.

Com referência à educação complementar do dojô, infeliz-mente até isso acabou, certo?Mudou totalmente, mas dou razão para os pais. Em contrapartida, tanto eu quanto meus filhos ficamos muito felizes quando vemos que os pais confiam em nós. Principalmente quando viajamos e levamos as crianças conosco. Creio que os pais têm toda razão em ter zelo e cuidado, e nossa obrigação enquanto professores é zelar por tudo que diz respeito ao crescimento dos nossos alunos dentro e fora dos tatamis.

Qual é seu maior sonho em relação ao judô?Construir um centro de treinamento com oito áreas e arquibancada.

Mas vocês já têm o terreno?Temos um grande amigo médico que possui quase 1 milhão de metros quadrados e ele já nos disponibilizou a área.

O que poderia ser feito para melhorarmos o judô ainda mais?Esperava essa pergunta. Penso que o principal é deixarmos nossa individualidade um pouco de lado e trabalharmos pelo

desenvolvimento coletivo da nossa modalidade. A ascensão do Coxinha, do Fúlvio e de outros atletas da Associação Hirakawa nos deu muita alegria, já que uma pequena parcela do sucesso deles deve-se ao nosso trabalho. Mas foram eles que correram atrás e conquistaram os resultados. Isso significa que nosso trabalho frutificou, e hoje eles são atletas internacionais ou professores que estão fazendo sua própria história. Enquanto isso, nós estamos focados nos atletas que estão começando conosco, como a Jéssica Couto Lima, que está na seleção juvenil e vai disputar os Jogos Sul-Americanos, bem como em nosso projeto do centro de treinamento, pois acreditamos que isso será muito importante para o desenvolvimento do judô de nossa região.

Como unir mais o judô brasileiro?Quando os presidentes das federações começarem a entender que nossos adversários estão fora do Brasil, e os professores se unirem em busca de crescimento técnico, o Brasil vai trazer mais meda-lhas. Temos de orientar o trabalho, e não ficar analisando tudo de forma individual e possessiva.

O senhor vai a Londres acompanhar o Leandro Cunha?Gostaria muito de poder acompanhá-lo, porque já ouvi muitas vezes que, quando acompanho meus alunos, o desempenho deles é outro. Mas, infelizmente, a CBJ tem outras prioridades. Sei que ele tem uma bagagem enorme, mas acho que quanto maior for o apoio, mais o atleta se sente seguro.

Quando os presidentes das federações entenderem que nossos adversários estão fora do Brasil, e os professores se unirem na busca do crescimento técnico, o Brasil certamente trará mais medalhas.

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Qual é a principal característica de um campeão?A inspiração. Quando o atleta está inspirado, é outra coisa e pa-rece que tudo dá certo. É o que o Rogério Sampaio disse: “Aquela manhã eu acordei inspirado para ganhar a medalha”. A inspiração vem do âmago do ser. É como digo para os meus alunos: é um dia da caça e outro do caçador.

A construção de um centro de treinamento é sua maior meta hoje?Na verdade nunca almejei ter uma academia de judô e criar uma escola. Queria apenas aprender e treinar por prazer de aplicar os golpes, cair e levantar. Hoje entendo que tudo isso me foi ofertado e que a construção de um centro de treinamento permitiria que um número infinitamente maior de crianças conhecesse e cres-cesse no judô, e é por isso que estamos com esta determinação. E tenho certeza de que vamos atingir este objetivo.

Como aconteceu sua ida para a igreja?Esta é uma longa história, mas para simplificar afirmo que fui tocado por Deus e depois conheci a Bíblia, e nela há uma mensa-gem lindíssima, que gostaria de passar para nossos amigos judocas. É no capítulo 3, versículo 19 (da carta do apóstolo Paulo aos efésios), que diz assim: “Conhecer o amor de Cristo que excede todo o entendimento para que sejais cheio da plenitude de Deus, aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundante além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera. A essa glória na igreja por Jesus Cristo em todas as gerações para todo sempre”, amém.

Orlando Sator HirakawaAssociação Hirakawa de Judô – Fundada em 8 de dezembro de 1979 São José dos Campos (SP)Data e local de nascimento: 19 de maio de 1946 - Presidente Venceslau (SP)Pais: Matsunosuke Hirakawa e Yuki Hirakawa, nascidos em Sagaken, JapãoFormação: Formado em Educação Física em 1978 pela Universidade de Taubaté (SP)Sensei: Yoshio KiharaEsposa: Izabel Borges HirakawaFilhos: Fernando e Makoto Hirakawa, ambos faixas pretas 4º dan e professores de judôGraduações1º Dan 16 de janeiro de 19802º Dan 22 de novembro de 19813º Dan 3 de abril de 19854º Dan 15 de março de 19915º Dan 24 de janeiro 19956º Dan 30 de março de 20007º Dan 15 de dezembro de 2004

Carlos Anderson de Bortole (Dedão), Marco Antônio da Costa (Rato), Milton Minoru Takahashi, Carlos Kira Yamazaki, Felipe Fernandes (Zóião), Jorge Nozawa e Marcelo Cerqueira.

Ricardo Rebechi, Marco Antônio da Costa (Rato), Eduardo Correa da Silva (Pacheco), Fernando Hirakawa e Sensei Hirakawa. Ajoe-lhados Aristides Cunha, Milton Minoru Takahashi, Luiz Cerqueira (Mudinho) e Carlos José (Zezinho)

Alexandre Katsuragi (Xexéu), Fúlvio Miyata, Márcio Belarmino e Makoto Hirakawa durante um voo para o Pan-Americano Nikkey, realizado no Peru

Senseis Hirakawa, Amadeu, Coimbra, Sogabe, Artine e Mário Okamoto

Bonenkai da academia na década de 90, onde figuram: sensei Hirakawa, Leandro Cunha (Coxinha) e Giovanni Cunha.

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São Paulo (SP) – Mais de 30 dirigentes de entidades esportivas de praticamente todas as modalidades de luta e artes mar-ciais estiveram reunidos, na noite de 17 de julho, na zona Sul da capital paulista, para demonstrar a confiança e o apoio à reelei-ção do vereador Aurélio Miguel.

Presidentes e dirigentes de federações e confederações foram unânimes em res-saltar a consistência do trabalho de Auré-lio em seus dois primeiros mandatos e, por conhecê-lo bem e há muito tempo, desta-caram a confiabilidade e a competência do campeão olímpico de judô em seu trabalho político.

Falando aos dirigentes, Aurélio Mi-guel destacou a importância da união das artes marciais em torno de seu nome. “Sou um esportista que está político”, disse Au-rélio. “Este é um meio difícil no qual, ao

em Apoio a Aurélio MiguelDirigentes Esportivos Unem-se

contrário dos tatamis, não podemos lutar sozinhos. Em meus dois primeiros manda-tos tive vitórias importantes, mas também acumulei frustrações. Mas estou pronto para a guerra e vou mostrar a este País que sou um filho teu que não foge à luta”, exal-tou. “E a força de vocês é muito importan-te para mim.”

“Esse encontro não é somente em apoio a uma candidatura, ele enfatiza uma história de comprometimento existente há mais de 20 anos, enfrentando todas as difi-culdades possíveis, mas sempre juntos para o crescimento e o engrandecimento dos esportes de luta e artes marciais em nossa cidade e Estado”, disse Mauzler Paulinet-ti, presidente do Sindicato das Entidades de Administração do Desporto no Estado de São Paulo. “Temos de buscar espaço, apoio público e o devido respeito advindo

das culturas orientais que nos transmiti-ram seus ensinamentos e filosofia de vida”, completou Mauzler.

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

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Depoimentos dosdirigentes esportivos

Roberto Godoy – Presidente da Associa-ção de Jiu-Jitsu Pró Esportivo.O Aurélio já era uma das pessoas que eu mais admirava nos tatamis e hoje o ad-miro ainda mais, pelo trabalho que de-senvolve pelo esporte e pelos munícipes da cidade de São Paulo. Agora é a hora de mostrarmos nosso comprometimento com a causa do esporte e apoiar quem nos apoia continuamente. A permanência dele na Câmara Municipal vai depender de nossa união e nossa força, e este é o único caminho que nos levará à vitória.

Yeo Jun Kin – Presidente da Federação de TKD do Estado de São Paulo.Aurélio é um homem de caráter, com propostas concretas para o esporte. Ele conhece as dificuldades que os esportistas têm, pois nunca se esqueceu de onde veio. É uma pessoa excepcional, admirável, e está de parabéns por defender as coisas certas e apoiar o esporte paulista. Como taekwondista e em nome da Fetesp dou total apoio à reeleição do Aurélio Miguel.

Francisco de Carvalho Filho – Presiden-te da Federação Paulista de Judô.O Aurélio é um ídolo para nós, e sua ma-nutenção na Câmara Municipal é muito importante para o judô, para as modali-dades de luta e para o esporte como um todo. Ele é um ídolo do judô e do es-porte. Logicamente, todo ídolo representa sua modalidade numa esfera que você não consegue atingir.

Elísio Cardoso Macambiro – Confedera-ção Brasileira MMA. O Aurélio é a voz dos esportes de com-bate no Brasil e é o maior representante do esporte na política na cidade de São Paulo. O trabalho que desenvolve propor-cionou um avanço significativo das polí-ticas públicas com relação ao esporte. Sem contar o apoio imprescindível que ele dá ao esporte.

Gabriel Amorim – Presidente da Asso-ciação de Kung Fu TFKF.Eu acredito no Aurélio Miguel e o apoio porque acima de tudo ele é um esportista

com disciplina e exerce a política com trans-parência e honestidade. É de políticos com este perfil que o esporte e o Brasil carecem.

Ademar Tsutomu Morimoto – Presidente da organização Kyokushin Oyama.A parceria que construímos com o vereador Aurélio Miguel é essencial para o desenvol-vimento da nossa modalidade. Numa mo-dalidade amadora e não olímpica, como a nossa, todo apoio é fundamental. Penso que sua manutenção no cargo é essencial para nós e para o esporte paulistano.

Rubens Pereira – Presidente da Federa-ção Paulista de Judô Máster. A permanência do Aurélio é essencial para a manutenção do crescimento do esporte de nossa cidade e até de nos-so Estado, já que a maioria das seleções que representam o Estado de São Paulo é formada por atletas da capital, e a força de seu trabalho repercute nacionalmen-te. Falo de toda e qualquer modalidade esportiva, não apenas do judô. Este é o momento de retribuirmos com compro-metimento todo o apoio que nos dedica. Sua reeleição depende exclusivamente de nós, e temos de fazer a nossa parte.

Paulo Buitoni – Supervisor geral do projeto revelação esportiva do instituto Eder Jofre.O Aurélio Miguel é o vereador de to-das as entidades esportivas de São Paulo. É ele que apoia e viabiliza a ajuda que as modalidades esportivas recebem. No campo social ele está na liderança das periferias, dando assistência social e aju-dando o povo paulistano. Além de toda a inclusão social que promove por meio do esporte, ele luta pela infraestrutura na construção de casas populares e zela pela saúde. Ele trabalha pelo crescimento so-cial e cultural de nossa cidade.

Otávio de Almeida – Presidente da Fe-deração Paulista de Jiu-Jitsu.O vereador Aurélio Miguel é o único parlamentar que ostenta a bandeira do esporte. Ele é o único que luta por nos-sa causa, e temos de mantê-lo no cargo. Vejo tudo que está sendo dito contra ele como mais uma luta que teremos de ven-cer. Vamos reelegê-lo e sairemos vitorio-sos desse confronto.

Marjo Couto – Presidenta da Feplam.O Aurélio é um exemplo de luta e ba-

Norberto Serrano Jr. Mauzler Paulinetti

Mauzler Paulinette

Osvaldo de Oliveira

Roberto Godoi

José Carlos Gomes de Oliveira47

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talha dentro do esporte como um todo, e não apenas das artes marciais. Sem contar que é uma pessoa íntegra, um exemplo de político e atleta. Acima de tudo é um grande amigo, e estamos comprometidos com sua reeleição.

Norberto Serrano – Presidente da Con-federação Brasileira de Scientific Hapki-do System.Acho que ele é o nosso representante na política partidária. Precisamos ter alguém cuidando dos nossos intereses e lutando por nossa causa, e na prática ele é o único político que apoia as modalidades de luta e o esporte como um todo.

José Carlos Gomes de Oliveira – Vice--presidente da Federação Paulista de Karatê.A permanência do vereador Aurélio Mi-guel na Câmara de Vereadores é extrema-mente importante para o karatê e para o esporte como um todo. Além de ele ter sido um grande atleta, que deixou um exemplo para todos os esportistas, hoje ele luta pela manutenção das políticas que desenvolvem o esporte. Ele está sem-pre presente nos eventos e é um exemplo até mesmo para a criançada do karatê, do taekwondo ou do jiu-jitsu. É uma lideran-

ça e temos de apoiá-lo neste momento tão importante.

Vagner Irineu – Vice-presidente da Fede-ração Paulista de Kung Fu e Wushu Tra-dicionalO Aurélio agrega qualidade, seriedade e respeito ao nosso trabalho. Sua reeleição significa a vitória do esporte contra todos os políticos que não entendem a importân-cia do esporte no desenvolvimento social do nosso País.

Isao Kagohara – Presidente da Confede-ração Brasileira de Sumô.Para toda a comunidade de esportistas é muito importante ter um representante na vereança. Alguém que apoie a nossa causa e lute por nossos interesses, e por tudo que conquistamos graças ao seu apoio até hoje, temos certeza de que ele é o nosso repre-sentante.

João Roberto Trindade – Presidente da Federação Paulista de Luta Olímpica. A manutenção do vereador Aurélio Mi-guel na Câmara Municipal representa todo o apoio que o esporte possui. Ele é um dos pouquíssimos vereadores que se preocupam com o esporte. O Aurélio é o único parlamentar que ajuda efetivamente

as entidades esportivas.

Edilson Moraes – Confederação Brasilei-ra de Artes Marciais Chinesas e Kung Fu. O Aurélio Miguel faz a diferença repre-sentando os interesses das artes marciais na Câmara Municipal. Nós necessitáva-mos deste apoio para continuarmos cres-cendo, e estamos juntos com ele nessa em-preitada. Temos certeza de que nos estará representando nos próximos quatro anos.

Osvaldo Messias – Presidente da CBKI.O Aurélio Miguel tem dado todo apoio possível ao esporte, porque ele é um dos pouquíssimos vereadores que se preocu-pam com o esporte. O resto diz que traba-lha pelo esporte, mas ninguém faz absolu-

Osvaldo de Oliveira Ademar Tsutomo Rubens Pereira

Francisco de Carvalho, Aurélio Miguel e Mauzler Paulinetti

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tamente nada. O Aurélio trabalha e ajuda efetivamente todas as entidades esportivas, inclusive a nossa.

Marcelo Calegari – Coordenador da dire-toria de Muay Thay da Feplam.Na verdade acho que o Aurélio impulsio-na tudo em nível do esporte em São Paulo. Pela representatividade que possui como pessoa e como campeão olímpico, ele tem um perfil político de que o Brasil precisa. Por isso estamos comprometidos com sua manutenção no cargo que ocupa.

Weber Santos – Sindicato dos Profissio-nais de Educação Física.Primeiramente temos de pensar na questão do esporte. Precisamos de um esportista na Câmara Municipal, como precisamos também de alguém nos representando nas câmaras legislativas estadual e federal. Mas a permanência do Aurélio no cargo repre-senta a continuidade de programas volta-dos para a área esportiva, como o auxilio às crianças carentes na área esportiva, aos campeonatos das artes marciais e o auxilio à educação física. Enquanto representante dos profissionais de educação física, penso que a manutenção dele no cargo é funda-mental para o crescimento esportivo de nossa cidade, para quem sabe um dia no futuro São Paulo voltar a ser uma referência no de-senvolvimento da base do segmento esportivo.

Além dos dirigentes cita-dos acima, estiveram pre-sentes no encontro Ulisses Isobe, Federação Paulista de Karatê Kyokushin; Sifu

Wagner Irineu, União Ton Lon Kung Fu do Brasil; Antônio Takahama, Federa-ção Paulista de Karatê Kyokushin; José Adauto da Silva, Taekwondo; Ivon Dedé, Federação Paulista de Karatê; Mônica Oliveira, CBKI; Luciano Carli, Federa-ção Paulista de Taekwondo; João Gentil, diretor técnico da Liga Nacional de Ta-ekwondo; Marcel Jofre, Instituto Eder Jofre; e Oswaldo Espósito, Seadesp.

Francisco de Carvalho, Aurélio Miguel e Mauzler Paulinetti Aurélio Miguel e Roberto Godoi Aurélio Miguel e Yeo Jun Kim

Weber, Aurélio e Luciano

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Curitiba (PR) - A Federação Parana-ense de Judô (FPrJ) realizou o Campeona-to Brasileiro de Judô da Região V, certame classifi catório para a fi nal dos campeona-tos brasileiros de todas as classes.

A Região V envolve os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Para-ná e São Paulo, e ao todo 400 atletas dis-putaram medalhas e vagas das categorias sub-13, sub-15, sub-17, sub-20 e sênior masculino e feminino.

A FPrJ não mediu esforços para re-alizar um evento grandioso, e mobilizou grande parte do contingente das cinco delegacias regionais do Estado. A coorde-

REFLETE CRESCIMENTOTécnico da base

nação da arbitragem fi cou a cargo do pro-fessor Sílvio Acácio de Borges, que contou com uma equipe de 35 árbitros proceden-tes dos quatro Estados que compõem a Região V.

Nas quatro áreas montadas no ginásio de esportes do Centro Esportivo Bagozzi, no bairro Portão, região nobre da capital paranaense, vimos uma geração de judo-cas que busca fi rmar-se e conquistar espa-ço na elite do judô verde e amarelo.

A equipe paulista fi cou na primeira colocação em nove das dez categorias em disputa, mas foi no sub-15 feminino que o time bandeirante passeou, conquistan-

do as oito medalhas de ouro em disputa. Um resultado inimaginável, se levarmos em conta que a Região V é uma das mais competitivas do judô brasileiro.

O Rio Grande do Sul faturou o pri-meiro lugar do sênior masculino, conquis-tando cinco ouros, duas pratas e quatro bronzes. Este resultado mostra a matu-ridade atingida pelo judô gaúcho, após a excelente gestão do ex-presidente Carlos Eurico Pereira, que lamentavelmente dei-xou o cargo no início do ano.

Se tradicionalmente gaúchos e pau-listas disputam as primeiras colocações da Região V, paranaenses e catarinenses bri-

Brasileiro da Região V

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

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Marcos da Veiga, Francisco de Carvalho e Luiz Iwaashita João Derly, Francisco de Carvalho, Makoto Iamanouchi e Liogi Suzuki Francisco de Souza

Francisco de Carvalho e João Derly Helder Faggion, Luiz Iwashita, Yoshihiro Okano e Liogi Suzuki

Árbitros da Competição 51

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gam pela terceira colocação da região mais difícil do judô tupiniquim.

Nesta briga o Paraná saiu vencedor, superando os catarinenses em todas as categorias do masculino, além de vencer no sub-15 e sub-13, feminino. Já os ca-tarinenses superaram os paranaenses nas categorias sênior, sub-20 e sub-17 do fe-minino.

Paulistas e gaúchos fornecem gran-de parte dos atletas que estão a serviço das várias equipes que formam a seleção brasileira nas mais diversas classes e cate-gorias de peso, mas o resultado concreto da disputa na Região V é que estes quatro Estados estão formando judocas cada vez mais técnicos e competitivos.

Se na base São Paulo nadou a braça-das e faturou quase todas as medalhas, no topo os sul-rio-grandenses sobraram no masculino e viram os paulistas arrasarem no feminino. E o quadro se repete, quando a briga é pela terceira colocação. O Para-ná impõe-se diante de Santa Catarina e emerge como segunda força da Região Sul.

Das 80 medalhas de ouro em disputa, os paulistas conquistaram 41, enquanto os gaúchos fi caram com 18. Para muitos este é apenas o resultado prático de uma competição regional, mas para aqueles que

vivem o judô no dia a dia, a distribuição de medalhas desta competição refl ete o empenho de técnicos, atletas, dirigentes e todos aqueles que buscam espaço nos cenários nacional e internacional da mo-dalidade.

As medalhas conquistadas pelas equi-pes do Paraná e Santa Catarina foram subtraídas de São Paulo, a maior potência do judô nacional, e do Rio Grande do Sul, uma das principais forças do Brasil, hoje. Isso mostra que no Paraná e em Santa Catarina o judô cresce técnica e organi-zacionalmente, e é desta competitividade que precisamos para promover a renova-ção e o desenvolvimento que o judô na-cional anseia e do qual carece.

Dobradinha paulista no sub-13

Na categoria sub-13 masculino, São Paulo fi -cou à frente com quatro ouros, uma prata e um bronze. Surpreen-dendo a todos, o Paraná fi cou na segunda coloca-ção com dois

ouros, quatro pratas e três bronzes. Os gaúchos fi caram na terceira co-

locação com um ouro, três pratas e um bronze. Em quarto lugar, os catarinenses somaram um ouro e três bronzes.

No feminino, a disputa foi mais acir-rada, já que gaúchos e paulistas faturaram três ouros, mas os judocas do Sudeste fi -caram à frente porque somaram quatro pratas e um bronze, enquanto os gaúchos conquistaram duas pratas e três bronzes.

Com uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze, os paranaenses fi caram na terceira colocação, enquanto Santa Catarina fi cou na quarta posição, com um ouro e três bronzes.

São Paulo passeia no sub-15 feminino

No sub-15 feminino, o time bandei-rante arrebentou, conquistando todas as oito medalhas de ouro em disputa. Um

Estados estão formando judocas cada vez

Se na base São Paulo nadou a braça-das e faturou quase todas as medalhas, no topo os sul-rio-grandenses sobraram no masculino e viram os paulistas arrasarem no feminino. E o quadro se repete, quando a briga é pela terceira colocação. O Para-ná impõe-se diante de Santa Catarina e emerge como segunda força da Região

Das 80 medalhas de ouro em disputa, os paulistas conquistaram 41, enquanto os gaúchos fi caram com 18. Para muitos este é apenas o resultado prático de uma competição regional, mas para aqueles que

ção e o desenvolvimento que o judô na-cional anseia e do qual carece.

Dobradinha paulista no sub-13

Na categoria sub-13 masculino, São Paulo fi -cou à frente com quatro ouros, uma prata e um bronze. Surpreen-dendo a todos, o Paraná fi cou na segunda coloca-ção com dois

São Paulo passeia no sub-15 feminino

No sub-15 feminino, o time bandei-rante arrebentou, conquistando todas as oito medalhas de ouro em disputa. Um

Helder Faggion e Luiz Iwashita Francisco de Carvalho e Liogi Suzuki João Rocha

Paulo Pi comprimenta Beatriz Souza após mais uma vitória

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resultado surpreendente, que ratifi ca a pu-jança e a capacidade dos professores e téc-nicos paulistas de revelar novos talentos.

Mais uma vez, as meninas paranaen-ses surpreenderam e fi caram na segunda colocação geral, com quatro medalhas de prata e três de bronze. As gaúchas fi caram na terceira colocação, com três pratas e dois bronzes. As catarinenses fi caram em quarto lugar, com uma prata e dois bron-zes.

No masculino, os paulistas mantive-ram a supremacia, conquistando quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Os gaú-chos chegaram à segunda colocação com dois ouros, duas pratas e um bronze.

O time paranaense fi cou em tercei-ro, com um ouro, quatro pratas e quatro bronzes. Os catarinenses fi caram na últi-ma colocação, somando duas medalhas: uma de ouro e uma de bronze.

Paulistas faturam tudo no sub-17

São Paulo também chegou à frente no juvenil, mas foi no feminino desta ca-tegoria que o time catarinense apresentou melhor desempenho.

No feminino, as paulistas fi zeram cin-co ouros, três pratas e dois bronzes, en-

quanto as vice-líderes catarinenses soma-ram três ouros, duas pratas e três bronzes. Paranaenses e gaúchas dividiram a tercei-ra colocação, somando duas pratas e dois bronzes cada Estado.

No masculino, a escrita se manteve, e os paulistas fi caram na primeira colocação, tendo o Rio Grande do Sul na vice-lide-rança. O Paraná fi cou em terceiro lugar e os catarinenses mantiveram a quarta co-locação.

São Paulo somou quatro ouros, cinco pratas e dois bronzes. Os gaúchos fi zeram três ouros e quatro bronzes. Os paranaen-ses faturaram um ouro, uma prata e três bronzes, enquanto Santa Catarina somou duas pratas e quatro bronzes.

Outra dobradinha paulista no sub-20

No júnior, o quadro se manteve o mes-mo, com os paulistas fazendo dobradinha no feminino e no masculino. Mas Santa Catarina surpreendeu de novo no femini-no, no qual conquistou a segunda colocação geral, superando gaúchas e paranaenses.

resultado surpreendente, que ratifi ca a pu-jança e a capacidade dos professores e téc-nicos paulistas de revelar novos talentos.

Mais uma vez, as meninas paranaen-ses surpreenderam e fi caram na segunda colocação geral, com quatro medalhas de prata e três de bronze. As gaúchas fi caram na terceira colocação, com três pratas e dois bronzes. As catarinenses fi caram em quarto lugar, com uma prata e dois bron-zes.

No masculino, os paulistas mantive-ram a supremacia, conquistando quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Os gaú-chos chegaram à segunda colocação com dois ouros, duas pratas e um bronze.

João Rocha

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Com apenas seis pódios, as paulistas chegaram à frente somando três ouros, duas pratas e um bronze, enquanto as ca-tarinenses atropelaram suas adversárias e conquistaram oito pódios. Igualaram-se às paulistas com três ouros, mas fizeram apenas uma medalha de prata e quatro de bronze. Uma conquista extremamente importante para o judô catarinense, que exibiu uma categoria feminina bastante forte e determinada na vitória.

As gaúchas somaram dois ouros, uma prata e um bronze, que garantiram a tercei-ra colocação geral. Com quatro pratas e um bronze, ao Paraná restou a quarta colocação.

No masculino, os paulistas conquista-ram três ouros, uma prata e dois bronzes; já o Paraná somou dois ouros, duas pratas e três bronzes, que lhe asseguraram a se-gunda colocação.

Santa Catarina conquistou dois ouros, duas pratas e um bronze, que lhe garan-tiram a terceira colocação, e aos gaúchos restaram um ouro, três pratas, quatro bronzes e a quarta colocação.

Gaúchos arrasaram no sênior masculino,

enquanto as paulistas deram show no feminino

Finalmente, no sênior masculino os gaúchos justificaram a tradição que detêm na modalidade, conquistando cinco ouros, duas pratas e quatro bronzes. São Paulo levou dois ouros e três pratas e se garantiu na segunda colocação.

Os paranaenses conquistaram um ouro, duas pratas e três bronzes, garan-tindo a terceira colocação, enquanto os catarinenses faturaram uma prata e quatro

bronzes e ficaram em quarto lugar.No feminino, as paulistas atropela-

ram as adversárias e ficaram na primeira colocação. Ao todo foram cinco ouros e um bronze, que garantiram a São Paulo o topo do pódio.

Santa Catarina ficou na vice-lide-rança, com um ouro, quatro pratas e três bronzes. O Paraná ficou em terceiro lugar com uma medalha de ouro, duas de pra-ta e duas de bronze. Com um ouro, duas pratas e um bronze, as gaúchas ficaram na

quarta colocação geral do sênior. Numa análise geral, São Paulo mos-

trou a velha supremacia, porém, gaúchos, catarinenses e paranaenses venderam muito mais caro cada medalha arrebatada por São Paulo. Em algumas categorias a vitória foi decidida por um ou dois bron-zes, e na arena do Centro Esportivo Ba-gozzi vimos judocas determinados, com muita pegada e excelente qualidade. Este quadro nos dá certeza de que quem ven-ceu de fato foi o judô brasileiro.

Prof. Cidão comemora as medalhas do Centro Olímpico

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Após o encerramento da competição, Luiz Iwashita, presidente da FPrJ, disse estar satisfeito com a qualidade do evento. “Nossa preocupação era atender às múltiplas necessidades que um evento dessa magnitude demanda. Com exceção do pequeno atraso na abertura, tudo correu dentro do que havia sido planejado. Recebemos aqui os melhores atletas que estão emergindo em toda a Região V. Contamos com a presença de nossos colegas Fran-cisco de Carvalho e Roberto David da Graça, presidentes de São Paulo e de Santa Catarina, que abrilhantaram nossa competição, e esperamos poder realizar futuras edições deste importante evento nacional.”

Francisco de Carvalho Filho, presidente da FPJ destacou a organização da competição. “Fiquei bas-tante impressionado e feliz pela organização apresentadas pela Federação Paranaense de Judô nesta com-petição. Sem dúvida alguma, podemos afirmar que esta foi a melhor edição do campeonato brasileiro da Região V. Sentimos a falta do Maduro, nosso colega gaúcho que não pôde vivenciar conosco um evento com tamanha qualidade e importância para nossos Estados. Parabenizo toda a equipe técnica do Paraná pela qualidade apresentada neste certame.”

Moisés Penso, chefe da delegação de Santa Catarina, destacou que a equipe apresentou o desempenho esperado. “Nossa equipe esteve dentro daquilo que tínhamos programado. Fomos bem principalmente no feminino, em que classificamos oito atletas, enquanto no masculino classificamos quatro. A coisa foi mais ou dentro daquilo que a gente esperava, e toda a equipe está de parabéns.”

Para José Luiz Lemanczuk Júnior, chefe da delegação paranaense, sua equipe apresentou enorme evo-lução. “Comparando esta equipe com a do ano passado, tivemos uma melhora bastante significativa. Prin-cipalmente nas categorias menores, sub-13, sub-15 e sub-17, nas quais a melhora foi muito maior. Houve uma renovação enorme, que já proporcionou um resultado acima do esperado. Conquistamos 62 duas medalhas, sendo 36 no masculino e 26 no feminino. Classificamos nove judocas para os campeonatos brasileiros e, para nós, estes números foram surpreendentes.”

Para Luiz Bayard, chefe da delegação gaúcha, sua equipe apresentou bom desempenho. “Acredito que o Rio Grande do Sul tenha tido um bom desempenho. Este ano dividimos nossa equipe técnica de forma diferente. Foi montada uma comissão permanente de técnicos, que vem trabalhando com essa gurizada, diferente do que vinha ocorrendo em anos anteriores. Fizemos uma boa competição, tivemos um número significativo de medalhas de ouro e fizemos um número grande de finais também. De forma geral, tivemos um desempenho, no mínimo, razoável.”

Paulo Pi, chefe da delegação paulista, destacou a qualidade técnica dos judocas de seu Estado. “Fe-lizmente, houve uma grande evolução técnica no judô brasileiro como um todo. São Paulo sempre veio para esta competição como franco favorito, mas nos últimos anos vimos o Rio Grande do Sul e Paraná conquistando espaço, o que torna tudo muito mais interessante para Região V. O que posso afirmar é que os atletas de São Paulo retomaram a velha superioridade técnica. Estamos retomando aquele judô técnico que foi sempre o grande diferencial de São Paulo. Estamos acostumados a ver os atletas treinarem para não cair, e aqui vimos nossos judocas em pé, determinados na busca do ippon. Acho que finalmente estamos mudando nossos conceitos e voltando a fazer um judô técnico, e isso é muito bom.”

O bicampeão mundial João Derly foi a Curitiba ver a nova geração em ação e gostou do que viu. “Penso que a Região V é a mais importante do País pelo simples fato de São Paulo fazer parte dela. O judô paulista dominou e ainda domina o judô nacional, mas os Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul também cresceram muito tecnicamente, e isso faz com que o nível técnico seja muito bom.” Derly ainda destacou a necessidade de renovar a cada temporada. “Temos a enorme necessidade e responsabilidade de renovar, e isso começa pela base, é claro, para depois chegar até a seleção principal. Aqui pudemos ver grandes talentos que em breve despontarão nos tatamis e defenderão as cores do Brasil.”

Técnicos e dirigentes avaliam a competição

55

Page 56: Revista Budo 7

Sub 13 Masculino

-28 Kg

1º- Felipe Jerônimo - SP

2º- Pedro Souza - PR

3º- Amauri Santos - SC

-31 Kg

1º- Guilherme Goetz - RS

2º- João Darmieli - PR

3º- Lucas Lopes - PR

-34 Kg

1º- Renan Moron - PR

2º- Isaac Neper Santos - SP

3º- Lucca Ferreira - SC

-38 Kg

1º- Matheus Mercadante - SP

2º- Pedro Tietz - RS

3º- Lucas Lemanczuk - PR

-42 Kg

1º- William Lima - SP

2º- Victor Silva - PR

3º- Germano Bianchini - SC

-47 Kg

1º- Pietro Muhlfarth - SP

2º- Everton Ramos - PR

3º- Lucas Braga - RS

-52 Kg

1º- Giovanni Mangini - PR

2º- Guilherme Biscardi - RS

3º- Guilherme Guimarães - SP

+52 Kg

1º- Vinícius Pozzebon - SC

2º- Henrique Borba - RS

3º- Breno Sedrez - PR

Sub 13 Feminino

-28 Kg

1º- Natalia Freitas - RS

2º- Giuliana Monteiro - SP

3º- Marina Kawazoe - PR

-31 Kg

1º- Maria Heloisa Costa - SP

2º- Eduarda Araujo - RS

3º- Laura Moura - PR

-34 Kg

1º- Jackeline Monteiro - SP

2º- Ana Perin - PR

3º- Jordana Espinoza - RS

-38 Kg

1º- Gabrielle Gonzaga - RS

2º- Catarina Silva - SP

3º- Maria Santos - SC

-42 Kg

1º- Thaís Gonçalves - PR

2º- Tainá Silva - SP

3º- Samiele Drum - RS

-47 Kg

1º- Nicole Franzoi - RS

2º- Eduarda Silva - PR

3º- Ana Santos - SP

-52 Kg

1º- Souza Sandy - SP

2º- Angélica Brenda - RS

3º- Neis Paloma - SC

+52 Kg

1º- Maysa Dutra - SC

2º- Millena Silva - SP

3º- Bianca Santos - RS

Sub-15 Masculino

-36 Kg

1º- Igor Machado - RS

2º- João Paulo Correia - SP

3º- Breno Kawazoe - PR

-40 Kg

1º- Mike Pinheiro - SP

2º- Herus Ditzel Neto - PR

3º- Daniel Passos - RS

-44 Kg

1º- Bruno Watanabe - SP

2º- Leonardo Neder - PR

3º- Luis Rossetim - SC

-48 Kg

1º- Marcos Pereira - SC

2º- Matheus Gue - RS

3º- Eric Gonçalves - SP

-53 Kg

1º- Vitor Silva - SP

2º- Gabriel Silingovschi - PR

3º- Obner Junior - PR

-58 Kg

1º- Marcelo Souza - SP

2º- Alexandre Pericles - RS

3º- James Camargo - PR

-64 Kg

1º- Luanh Saboya - PR

2º- Matheus Campos - PR

3º- Luiz Soares - SP

+64 Kg

1º- Gabriel Cunha - RS

2º- Vinicius Sacamoto - SP

3º- Rodrigo Vasconcellos - PR

Sub 15 - Feminino

-36 Kg

1º- Andressa Anjos - SP

2º- Viviane Silvério - SC

-40 Kg

1º- Larissa Pimenta - SP

2º- Natasha Ferreira - PR

3º- Camila Rodrigues - SC

-44 Kg

1º- Ryanne Lima - SP

2º- Mariana Batista - PR

3º- Thalia Petry - RS

-48 Kg

1º- Gabriela Clemente - SP

2º- Gabriela Baptista - RS

3º- Lais Carvalho - PR

-53 Kg

1º- Gabriela Costa - SP

2º- Giovana Specht - RS

3º- Ellen Vorpagel - PR

-58 Kg

1º- Agnes Motta - SP

2º- Giovanna Pernoncini - RS

3º- Camilla Deusdiante - PR

-64 Kg

1º- Gabriela Fontes - SP

2º- Ana Alexia Camargo - PR

3º- Ana Hachmann - SC

+64 Kg

1º- Beatriz Souza - SP

2º- Letícia Capote - PR

3º- Bruna Vaz Da Rosa - RS

Sub 17 - Masculino

-50 Kg

1º- Daniel Cargnin - RS

2º- Victor Kaminari - PR

3º- Caio Fornari - SP

3º- Leonardo Moraes - SP

-55 Kg

1º- Turt Lucas - SP

2º- Freitas Rafael - SP

3º- Eduardo Krug - RS

3º- Matheus Pio - SC

-60 Kg

1º- Gustavo Cacao - RS

2º- Maxwel Silva - SP

3º- Caio Ogawa - PR

3º- Eduardo Ramis - RS

-66 Kg

1º- Gabriel Killes - RS

2º- Paulo Morais - SP

3º- David K Torchatto - SC

3º- Andre Lucas Josefi - PR

-73 Kg

1º- Gabriel Miara - PR

2º- Deiwid Hoffer - SC

3º- Felipe Maia - RS

3º- Luis Filipe Cunha - SP

-81 Kg

1º- Victor Correia - SP

2º- Caíque Santos - SP

3º- Conrado Oliveira - PR

3º- Juliano Linkoski - SC

-90 Kg

1º- Igor Pereira Euler - SP

2º- Luiz Santos - SP

3º- Rafael Martins - SC

+90 Kg

1º- Raul Soares - SP

2º- Heric Pereira - SC

3º- Nathan Martini - RS

Sub 17 - Feminino

-40 Kg

1º- Karen Bianca Souza - SP

2º- Fernanda Jacoboski - PR

Logo Nutry Classificação Final Logos Yama

Page 57: Revista Budo 7

3º- Kelli Correa - SC

-44 Kg

1º- Gabrieli Muller - SC

2º- Mayara Machado - SC

3º- Andressa Ferreira - SP

-48 Kg

1º- Rafaela Morais - SP

2º- Larissa Graziele Santos - SP

3º- Ana Flavia Ferreira - PR

-52 Kg

1º- Nicole Espindola - SC

2º- Victória Castilho - SP

3º- Barbara Zavaschi - SC

3º- Eliane Barbosa - RS

-57 Kg

1º- Jennifer Carneiro - SP

2º- Bianca Braga - RS

3º- Polyana Toniolli - SC

3º- Tainá Gonçalves - SP

-63 Kg

1º- Aline Silva - SC

2º- Alana Uraguti - SP

3º- Yanka Pascoalino - SP

-70 Kg

1º- Lais Souza - SP

2º- Julia Vaz - RS

3º- Fabienne Wimpissinger - SC

3º- Thayna Miranda - RS

+70 Kg

1º- Loraine Silva - SP

2º- Monica Sarnovski - PR

3º- Carina Amaro – SC

Sub-20 - Masculino

-55 Kg

1º- Vitor Torrente - SP

2º- Guilherme Locio - RS

3º- Felipe Soares - PR

-60 Kg

1º- Alessandro Machado - RS

2º- Ariel Azzi - RS

3º- Cayman Toniolli - SC

3º- Juliano Carvalho - SP

-66 Kg

1º- Bruno Martins - SP

2º- Evandro Rosa - RS

3º- Eduardo Bruxel - RS

3º- Igor Bueno - PR

-73º Kg

1º- Lucas Lessa - PR

2º- Luiz Duarte - SP

3º- Leonardo Machado - RS

-81 Kg

1º- João Pires - PR

2º- Alison Silva - SC

3º- Gabriel Ramis - RS

-90 Kg

1º- Gabriel Souza - SP

2º- Fernando Ogata - PR

3º- Igor Niederauer - RS

-100 Kg

1º- Gabriel Amaral - SC

2º- Bruno Ogata - PR

3º- Vinícius Vilela - SP

+100 Kg

1º- Thiago Vieira - SC

2º- Matheus Lima - PR

3º- Henry Oliveira - PR

Sub 20 - Feminino

-44 Kg

1º- Tawany Silva - SP

2º- Gabrieli Muller - SC

-48 Kg

1º- Luana Mendes - SP

2º- Juliana Kachenski - PR

3º- Karyne Lemes - SC

-52 Kg

1º- Nicole Espindola - SC

2º- Carolina Batista - SP

3º- Bruna Nesi - PR

-57 Kg

1º- Alexia Tais Castilhos - RS

2º- Mariana Braga - RS

3º- Gilmara Prudêncio - SP

3º- Kamila Lemos - SC

-63 Kg

1º- Manoella Braga - RS

2º- Laísa Oliveira - SP

3º- Aline Silva - SC

-70 Kg

1º- Nikelli Rossi - SC

2º- Lorhanna Saboya - PR

3º- Victoria Araujo - RS

-78 Kg

1º- Ariane Silva - SC

2º- Mychellen Silva - PR

+78 Kg

1º- Sibilla Facholli - SP

2º- Camilla Pedroso - PR

3º- Bruna Freitas - SC

Sênior - Masculino

-55 Kg

1º- Guilherme Locio - RS

2º- Adriano Cruz - SP

3º- Alexandre Lima - SC

-60 Kg

1º- Diego Santos - RS

2º- Alessandro Machado - RS

3º- Guilherme Goes - RS

3º- Robson Hirata - SC

-66 Kg

1º- Ilden Ribeiro Jr - SP

2º- Paulo Cota - SC

3º- Evandro Rosa - RS

3º- Jorge Alex - RS

-73 Kg

1º- Carlos Roque - SP

2º- João Luis Vargas Jr - RS

3º- Eduardo Russo - PR

-81 Kg

1º- Guilherme Luna - RS

2º- João Pires - PR

3º- Lucas Pascal - RS

3º- Alison Silva - SC

-90 Kg

1º- Eduardo Santos - RS

2º- Rubens Filho - SP

3º- Jorge Alex Ruas - PR

-100 Kg

1º- Brunno Ferreira - PR

2º- Matheus Silva - SP

3º- Felipe Brito - PR

+100 Kg

1º- Walter Costa - RS

2º- Rafael Brito - PR

3º- Leonardo Porto - SC

Sênior - Feminino

-44 Kg

1º- Tawany Silva - SP

2º- Patrícia Marques - SC

3º- Renata Inamassu - PR

-48 Kg

1º- Marilene Alves - SC

2º- Mayara Gomes - RS

3º- Luana Mendes - SP

-52 Kg

1º- Janaira Silva - RS

2º- Suellen Senna - PR

3º- Reigiane Silva - SC

-57 Kg

1º- Camila Minakawa - SP

2º- Alexia Tais Castilhos - RS

3º- Ana Heymanns - SC

-63 Kg

1º- Dayana Neves - SP

2º- Glenda Lopes - PR

3º- Paula Leboute - RS

-70 Kg

1º- Nadia Merli - SP

2º- Ariana Alberti - SC

3º- Lorhanna Saboya - PR

3º- Rosangela Morais - SC

-78 Kg

1º- Talita Morais - SP

2º- Luciana Mazetto - SC

+78 Kg

1º- Mayara Oishi - PR

2º- Angelita Sassi - SC

Page 58: Revista Budo 7

A cidade de Santos sediou mais um grande evento do calendário esportivo da Federação Paulista de Judô (FPJ). A pre-sença de ex-atletas olímpicos e da seleção brasileira de judô transformou o Paulista de Aspirantes e o Sub-23, numa festa gla-morosa do judô bandeirante.

Entre as feras dos tatamis que com-pareceram ao ginásio do SESC Santos para prestigiar a competição destacamos o campeão olímpico Rogério Sampaio, do vice-campeão olímpico Carlos Honorato, Andréia Berti, Priscila Marques, Fabiane Hukuda, Daniele Zangrando e da notável Priscila Marques. Maria Suelen Altheman, atleta da atual seleção olímpica, também marcou presença na festa.

A mesa de honra foi formada por au-toridades esportivas e políticas, entre as quais João Paulo Papa, prefeito de Santos, Francisco de Carvalho Filho, presidente da FPJ, Paulo Roberto Paes Musa, secretário de Esportes de Santos, e delegados de vá-rias regionais do Estado de São Paulo.

Durante a abertura do certame foram entregues os kits com kimonos Adidas para os integrantes do Centro de Excelên-cia Esportiva Projeto Futuro do núcleo da cidade de Santos, da parceria entre a Se-

Promovem Festa Glamorosa em Santos

Aspirantes e Sub-23

Por Paulo PintoFotos Marcelo Lopes/Judô ao Vivo

Fornecedor ofi cial FPJ

58

Page 59: Revista Budo 7

cretaria de Esportes e Lazer do Estado de São Paulo e FPJ.

Palmeiras destacou-se

no Aspirantes Nas oito áreas montadas no SESC vi-

mos um judô extremamente técnico e com-petitivo. Anualmente as categorias menores têm por tradição revelar os jovens talentos que surgem em todas as regiões do Estado, e mais uma vez a história se repetiu.

As 19 medalhas de ouro em disputa nesta categoria foram conquistadas por 15 clubes e associações. O Palmeiras/Mogi foi a única equipe que conquistou dois ouros no feminino e no masculino. Com os qua-tro ouros conquistados o Palmeiras/Mogi tornou-se campeão geral do Campeonato Paulista de Aspirantes.

Com dois ouros e dois bronzes, o São João Tênis Clube ficou na segunda coloca-ção geral, enquanto a Associação Marcos Mercadante de Judô e a Associação Mo-acyr de Judô ficaram na terceira colocação geral, com um ouro, uma de prata e um bronze cada uma.

Subiram ao degrau mais alto do pódio atletas das seguintes agremiações: Associa-ção Hirakawa de Judô, Associação Marcos Mercadante de Judô, Associação de Judô Nery, Associação Moacyr de Judô, Palmei-ra/Mogi, Sport Club Corinthians Paulista, Associação Aurélio Miguel de Esportes, São João Tênis Clube, Associação Kiai Kam, Associação de Judô Caieiras, As-sociação Registrense de Judô, SEDUC ± Praia Grande, Associação de Judô Fer-nandópolis, Academia Calazans Camargo, Liga de Judô do Litoral.

59

Page 60: Revista Budo 7

Pinheiros e São Caetano destacam-se no sub-23 Se o equilíbrio imperou no Aspirantes,

no sub-23 o Esporte Clube Pinheiros e a Associação Desportiva São Caetano domi-naram no feminino e no masculino, respec-tivamente. A equipe da capital somou cinco ouros, enquanto a representação de São Ca-etano do Sul ficou com quatro ouros.

Quatro dos oito pódios do feminino foram conquistados pelo Clube Pinheiros, enquanto as demais medalhas de ouro fo-ram conquistadas por: Associação Guai-rense de Judô, Clube Paineiras do Morum-by, Associação Desportiva São Caetano e Tênis Clube de São José dos Campos.

No masculino, a Associação Despor-tiva São Caetano levou três ouros, e as de-mais primeiras colocações foram conquis-tadas pelo Esporte Clube Pinheiros, Clube Internacional de Regatas, Associação Mata Sugizaki e Palmeiras/Mogi, que faturou a primeira colocação no super-ligeiro e no meio-médio.

Desta forma, o Clube Pinheiros ficou na primeira colocação geral, a Associação de Judô São Caetano ficou em segundo lu-gar e o Palmeiras/ Mogi ficou em terceiro.

Para Francisco de Carvalho, presi-dente da FPJ, o Aspirantes revelou vários talentos para os próximos ciclos olímpicos. “Tivemos dois finais de semanas seguidos em Santos, quando o SESC nos propor-

60

Page 61: Revista Budo 7

cionou realizar dois grandes eventos. Pre-senciamos o surgimento de grandes atletas nas categorias sub-11, sub-15 e sub-17. Certamente nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, veremos alguns dos judocas que aqui estiveram na semana passada bri-gando por medalhas no sub-15 e sub-17. Mas coroamos os eventos realizados em Santos com a disputa da categoria Aspi-rantes, que mostrou judocas extremamente talentosos. Temos certeza de que muitos dos atletas que aqui estiveram marcarão presença na seleção brasileira em vários ciclos olímpicos.”

61

Page 62: Revista Budo 7

Classificação Final AspiranteFeminino Sub 11

Super-ligeiro

1º - Sarah Vieira Souza - A. Marcos Mercadante Judô

2º - Letícia Gallo Andreazi - Birigui Perola Clube

3º - Jessica Alves Santos - Desportiva Judô na Faixa

3º - Giovanna de Oliveira - Clube Concórdia/Omega

Ligeiro

1º - Julia Fernandes da Silva - A. Hirakawa de Judô

2º - Laysla Isabele Silva - A. Marcos Mercadante Judô

3º - Fernanda Costa Rodrigues - A. Bras. Hebraica SP

3º - Gabriela Vitoria Thomazolli - Aurélio Miguel Esp.

Meio-leve

1º - Larissa Morales – Associação de Judô Nery

2º - Ester Joana de Lima - A. Judô e K. S. Lourenço

3º - Ana Beatriz S. de Paula - A. Guairense de Judô

3º - Beatriz Camargo Sebastião - A. Amaro de Judô

Leve

1º - Layna Alves Fontes - Associação Moacyr de Judô

2º - Lilithy Souza Zerbinato - Clube Rodoviário de Judô

3º - Ana Laura M. Bertolazzi - A. Cult Esp. Rec. de Tupã

3º - Franciele Manda Watanabe - São João Tênis Clube

Meio-médio

1º - Kailany de Carlis Sales - Palmeiras/Mogi

2º - Tatiane Barreto Hespanhol - Osasco/Yanaguimori

3º - Francyne Pedroso Cesar - A. de Judô Yama Arashi

3º - Letícia Correia Amparo - Aliança de Judô e Artes

Médio

1º - Larissa Makiko Kohatsu – S. C. Corinthians Paulista

2º - Beatriz Pedrosa Rocha - A. Yamazaki Judô de S. J.

3º - Maria Eduarda P. M. Diniz - ADPM-Reg. S. J. C.

3º - Nauana A. das Dores - A J Cerejeira Votuporanga

Meio-pesado

Classificação Final Sub 23Feminino

Super-ligeiro

1º- Isamara Pereira Silva - A. Guairense de Judo

2º- Leticia Ribeiro B. Silva - ADPM-Reg.S. J. C.

3º- Amélia Rosa Souza - Semclatur de Lins

3º- Jhennifer S. Ferreira - Seduc - Praia Grande

Ligeiro

1º- Catiere Toledo Moya - Esporte Clube Pinheiros

2º- Nathalia Carnio - Seduc - Praia Grande

3º- Luana Barbosa Mendes - Tênis Clube S. J. C

3º- Carolina Pereira Martins - A. Rogério Sampaio

Meio-leve

1º- Milena Cristina Mendes - Clube Paineiras

2º- Lívia Emi Yamashita - A. de Judo Vila Sonia

3º- Renata Zyman de Mello - A. Bras. Hebraica

3º- Priscylla Crystine Santos - A. Bushido

Leve

1º- Flavia R. Gomes - Esporte Clube Pinheiros

2º- Tamara dos Santos - Tênis Clube S. J. C

3º- Gilmara C. Prudêncio - Seduc - Praia Grande

3º- Flavia Rodrigues Cruz - Ateneu Barão de Mauá

Meio-médio

1º- Amanda Simões Pires - A. D. São Caetano

2º- Dione Silva Barbosa - Esporte Clube Pinheiros

3º- Fernanda N. Carvalho - Tênis Clube S. J. C

3º- Keyla Raquel Dias - A. Kiai Kam

1º - Esther Izidoro S. Fonseca - Palmeiras/Mogi

2º - Bianca Freitas G. Martins - A. C. B. E. Nipo Bras.

3º - Ana Clara B. Viana - A. Junqueiropolense de Judô

3º - Anna Clara Barbosa - A. Registrense de Judô

Pesado

1º - Maysa Del Prette - A. Aurélio Miguel de Esportes

2º - Alanys Barros Cruz - Associação Moacyr de Judô

3º - Daniela Ap. Silva Santos - A. Bras. Hebraica de SP

3º - Mariana Cristina Rocha - Secr. Esp. Lazer Valinhos

Super- pesado

1º - Victoria Pereira da Silva - São João Tênis Clube

2º - Beatriz de Vilas Boas - Floresta Atlético Clube

3º - Letícia Estewart Brandão - A. Pessoa de Judô

3º - Luciana Moreira Eugenio - A. Batataiense de Judô

Masculino Sub 11

Super Ligeiro

1º - João Ricardo Martins - Palmeiras/Mogi

2º - Paulo Daniel Brito - A. Itapevense de Judô

3º - Jose Leonardo Luna - Proj. Olímpico Judô de Guara

3º - Samuel Machado da Silva – A. Clube

Ligeiro

1º - Gustavo Brait de Lima - São João Tênis Clube

2º - Lucas do Lago Ramos - Clube Atlético Tremembé

3º - Gabriel dos Santos Costa - Clube Atlético Tremembé

3º - Gustavo Faria - Associação de Judô Kenshin

Meio-leve

1º - Gabriel Bondezan de Freitas - Palmeiras/Mogi

2º - Pablo Calderari - Tênis Clube Vargem G. do Sul

3º - Erick Germani dos Santos - A. Judô Belarmino

3º - João Vitor de Carvalho - A. Judô Trajano Center

Leve

1º - Ryan Carrijo - Associação Kiai Kam

2º - Iago De Carvalho Benedito - ADPM-Reg. S. J. C.

3º - Marcelo Arantes Prates - Liga de Judô do Litoral

3º - Felipe Breitenbach Lima - São João Tênis Clube

Meio-médio

1º - Guilherme Andrade – Associação Judô Caieiras

2º - Rafael Casagrande - Tênis Clube Vargem G. do Sul

3º - Rafael Kendi Kano - Clube R. Suzano Judô Teraz

3º - Antonio Martins Gomes - A. Amigos Judô de Itapira

Médio

1º - Brenno Oliveira Silva - A. Registrense de Judô

2º - Felipe Alves Gonçalves - A. de Judô de Piquete

3º - Arthur Gonçalves de Souza - A. Moacyr de Judô

3º - Lucas Seccani Gouvea - A. Akatsuki de Judô

Meio Pesado

1º - Gustavo Santos Gomes - Seduc - Praia Grande

2º - Luigi Henrique Bellucci - Clube Rec. Suzano Judô

3º - Caíque Souza Dante - A. Guairense de Judô

3º - Julio Rafael Pierobon - Marcos Mercadante Judô

Pesado

1º - Otavio Zaguini - Associação de Judô Fernandópolis

2º - Lucas Gabriel Rihs - Associação Mercival de Judô

3º - Kurtis Gabriel Brandino - A. Desportiva São Caetano

3º - João Victor M. Rodrigues - Associação Judô Nery

Super-pesado

1º - Michel Angelo Silva - Academia Calasans Camargo

2º - Lucas do N. Boareto - Clube de Judô São Francisco

3º - Victor Hugo Boiago - A. De Judô Fernandópolis

3º - Diogo Squiapati Flores - Judô Arashiro

Extra-pesado

1º - Jair Kawahira Rocha - Liga de Judô do Litoral

2º - Bernardo Cabrera Rosa - A. de Judô Araçatuba

3º - Victor Ruan Novaes - A J Cerejeira Votuporanga

3º - Everton Silva Santos - Amigos Judô de Itapira

Médio

1º- Nadia B. Merli - Esporte Clube Pinheiros

2º- Anne C. Barbosa - Esporte Clube Pinheiros

3º- Isabelle Chiara Vieira - A D Ateneu Mansor

3º- Adriana Leite de Souza - A. Rogério Sampaio

Meio-pesado

1º- Talita Liborio Morais - Tênis Clube S. J. C

2º- Rubiana L. Cury - Esporte Clube Pinheiros

3º- Barbara Solano Lopes - A. Rogério Sampaio

3º- Pâmela Vitorio Ventura - Associação Kiai Kam

Pesado

1º- Kawanne T. Martins - Esporte Clube Pinheiros

2º- Gabriella Lopes – S. J. E. L. Pindamonhangaba

3º- Agatha Martins Silva - Seduc - Praia Grande

3º- Julia Cristina Bueno – Associação Kiai Kam

Masculino

Super-ligeiro

1º- Vitor Oliveira Torrente - Palmeiras/Mogi

2º- Gabriel Moreira Alves - Palmeiras/Mogi

3º- Adriano Rodrigues da Cruz - Ateneu Barão de Mauá

3º- Carlos Henrique Oliveira - A. D.C Santana Pedreira

Ligeiro

1º- Phelipe André Pelin - Esporte Clube Pinheiros

2º- Raphael Minoru Miaque - Tenis Clube S. J. C

3º- Eric Gomes Takabatake - Esporte Clube Pinheiros

3º- Felipe Versolato Vieira - A. Rogério Sampaio

Meio-leve

1º- Lucas N. Bernardo - Clube Inter. de Regatas

2º- Saulo de Oliveira Silva - Clube Paineiras

3º- Matheus de Andrade - A. Guairense de Judô

3º- Danilo Borges Ferrante - A. Clube

Leve

1º- Eduardo Katsuhiro Barbosa - A. D. São Caetano

2º- Andrey Del Rosso Pirolo - SESI - SP

3º- Willian Roberto Pereira - Clube Paineiras

3º- Adriano Toshio Miwa - A. Desp. Centro Olímpico

Meio-médio

1º- Lincoln Duarte Alfenas - Palmeiras/Mogi

2º- Leandro Santos Ferrante - A D Ateneu Mansor

3º- Ricardo Abreu Serrao - Esporte Clube Pinheiros

3º- Murilo Trevizan - Academia Edinho Company

Médio

1º- Eduardo Lopes Gonçalves - A. D. São Caetano

2º- Caio Perondi de Melo - A. Rogério Sampaio

3º- Gabriel Gouveia Souza - Esporte Clube Pinheiros

3º- Elias Maklouf Samed - A. Desp. Centro Olímpico

Meio-pesado

1º- Rafael Augusto Buzacarine - A. D. São Caetano

2º- Raphael Ribeiro Warzee - SESI - SP

3º- Vinicius dos Santos Vilela - Semclatur de Lins

3º- Jonas Facho - A. A. D. Mesc. São Bernardo

Pesado

1º- Fernando E. Sanchez - A. de Judo Mata Sugizaki

2º- Daniel Placido de Souza - SESI - SP

3º- Ariovaldo da Silva Maciel - A. de Judo Mata Sugizaki

3º- Caique de Almeida - Palmeiras/Mogi

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REALIDADESarah Desmente Rosicléia e Mostra a

São Paulo - Apesar da tentativa de toda a comissão técnica e do presidente da Confe-deração Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wan-derley Teixeira, de enaltecer a infraestrutura do esporte no Brasil, a atleta Sarah Menezes, que ganhou o primeiro ouro da história do judô feminino brasileiro nos Jogos Olímpicos de Londres, criticou as condições de treino para praticantes da modalidade no Brasil.

Em entrevista coletiva realizada em Gua-rulhos após o desembarque da seleção, Sarah deixou escapar que ainda faltam condições para os atletas que querem seguir carreira no judô. “Com a medalha as coisas vão melhorar ainda mais, vou montar uma estrutura na mi-nha cidade (Teresina). No Brasil, deveria haver alguma estrutura em todos os Estados, para que atletas não precisem largar suas famílias”, a� rmou.

A a� rmação saiu pouco tempo depois de a própria técnica da seleção feminina, Rosicleia Campos, dizer que “não existe mais extremos no judô brasileiro”. “Hoje, em todos os Esta-dos, a gente tem um aporte de estrutura. Essa estrutura que a seleção tem todos os Estados têm. A gente tem um trabalho de base fantás-tico. A equipe júnior está viajando pela Europa, por exemplo. A Sarah é um exemplo dessa in-fraestrutura”, defendeu.

A quem Rosicleia tenta enganar com suas a� rmações vazias de verdade e realismo? O que ela quis dizer sobre extremos? Será que ela quer convencer todo o Brasil de que em Estados como Roraima e Rondônia, que são presididos por Seloi Totti e Paulo César de Oliveira, e servem apenas para apoiar a política ditatorial imposta pela CBJ, existe judô?

Quando Rosicleia diz que em todos os Es-tados existe um aporte de estrutura, esqueceu--se de citar Estados que apoiam e endossam a política sectarista e persecutória desenvolvida por Paulo Wanderley Teixeira.

Inacreditavelmente, a técnica brasileira teve a coragem de a� rmar que a CBJ desenvolve um

Por Paulo PintoFotos Cristiane Ishizava,

Elaine Mizuno eMarcelo Lopes

trabalho de base fantástico. Esta a� rmação ex-põe a prepotência e a arrogância das pessoas que vivem dentro da bolha criada pela CBJ.

Rosicleia parece viver num mundo irreal, pois, na verdade, a CBJ não faz absolutamente nada pela base. Levar os melhores atletas do Brasil para competir no exterior não é fomen-tar ou investir na base. Muito ao contrário, o que a CBJ faz é sugar e tirar proveito do tra-balho desenvolvido pelos melhores clubes e as-sociações do Brasil, bem como dos professores que se matam para formar atletas a troco de absolutamente nada, já que nem lembrados eles são.

Por último, a técnica brasileira, que no mesmo dia havia chamado o povo brasileiro de ignorante e a� rmado que nosso País não tem passado, destacou que nossa equipe júnior está viajando pela Europa. Mas, com as dezenas de milhões de reais que são investidos anualmente na CBJ pelo governo federal e pela iniciativa privada, isso não representa absolutamente nada.

Investir na base é investir nos Estados de forma clara e homogênea, cobrar resultados técnicos das federações e premiar aqueles que fomentem verdadeiramente o crescimento do judô. Infelizmente, tudo que a CBJ oferece aos Estados é usado como moeda de troca. Hoje temos uma � lha de presidente estadual ocu-pando um alto cargo na CBJ, enquanto para os Estados que não apoiam Paulo Wanderley o pouco que é dado vem na base do fórceps e da ameaça. Uma prova disso é ver em quais Estados os eventos nacionais e internacionais se realizam.

Se continuar no cargo por mais um ciclo olímpico, após a próxima Olimpíada, muito provavelmente Rosicleia a� rmará que todos os judocas brasileiros foram formados nos centros de treinamento da CBJ instalados Brasil afora.

Falando em centro de treinamento, em quantas anda o CT que a CBJ a� rmou que iria construir no terreno cedido pelo governo de Salvador (BA).

Após ouro inédito, a valente e destemida Sarah Menezes fala a verdade, critica a estrutura do judô no Brasil, ridiculariza e

expõe o despreparo emocional de Rosicleia Campos. Fonte Site TerraPor Paulo Pinto

Foto Paco Lozano/Budô

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O Judô como Esporte de Participação, Bem Estar e Convivência Social

Ao escrever sobre o tema Judô infantil: repensando a competição, na edição de nú-mero 5 desta revista, abordamos um tema polêmico e pouco discutido em nosso meio, ao menos de forma sistemática e científica.

Ao desenvolvermos o texto, analisando a prática e o ensino do judô na atual realidade brasileira, identificamos e apontamos outros tópicos que julgamos importantes e merece-riam um aprofundamento em textos futuros. Desta forma, um dos temas que ficamos de abordar foi o judô como esporte de partici-pação, bem-estar e convivência social.

Parece-nos evidente que a vertente com-petitiva do judô tem grande predominância no espaço cultural que a modalidade ocupa, no que diz respeito ao rol dos elementos motivadores da sua prática na atual realidade brasileira. Entretanto, um ponto que julga-mos importante a ser repensado é que esta não é a única vertente que o judô assume perante infinitas possibilidades de manifes-tação que ele contém. São meios bem enfa-tizados e implícitos, dentro dos princípios e propósitos elaborados pelo seu idealizador, professor Jigoro Kano.

Incluindo a própria atuação profissional que advém do trabalho com o judô, não é preciso refletir muito para perceber que, sen-do professor ou treinador da modalidade, precisamos de alunos ou atletas para garantir nosso sustento e ter uma remuneração con-digna, em qualquer setor no qual possamos atuar, seja em academias seja em clubes, co-légios, prefeituras e outros. Dentre vários, este é mais um motivo significativo que nos faz crer que pensar única e exclusivamente na vertente do judô competitivo é limitar-se profissionalmente em relação às possibilida-des que a prática pode proporcionar-nos.

Para compreender melhor o raciocínio que queremos propor, faz-se importante refletir sobre a diferença entre participação esportiva e competição esportiva de alto desempenho e dela tomar consciência. Para uma melhor divisão em termos de estudos e otimização nas ações públicas ou privadas no campo desportivo em nosso País, a lei federal 9.615/98 resolveu denominar a pri-meira situação de Esporte de Participação e a segunda, de Esporte de Alto Rendimento.

Pensando nas conquistas do Esporte de

Artigo desenvolvido peloNEPEF - Grupo de estudos na área de lutas

e formação profissional em educação física da Unesp – Rio Claro (SP)Aspectos pedAgógicos do Judô

alto Rendimento, é inegável o prestígio que ele proporciona aos vitoriosos, divulgando o nome das academias, clubes e outras en-tidades, promovendo a ascensão e inserção profissional no mercado de trabalho dos técnicos e demais profissionais envolvidos no processo de preparação dos atletas cam-peões. Certamente, tais elementos são parte importante no processo de predominância da vertente competitiva do judô.

Entretanto, ao olhar por outro ângulo, no reverso da moeda, vemos que os títulos

e as competições importantes, que dão sta-tus ao atleta, não mudam numericamente. Sempre haverá apenas um campeão estadual, um campeão nacional e um atleta principal da seleção brasileira por categoria. Este nú-mero é inflexível e imutável, pois, a não ser que novas ligas e federações sejam criadas, o que não vem ao caso, são competições ou torneios excludentes, selecionando-se o me-lhor. Desta forma, selecionar os melhores e treiná-los adequadamente incide sobre a necessidade de escolher apenas um por ca-

Randori - grupo osteoporose

Ushiro Ukemi

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Por Camila NascimentoFotos Márcio Rodrigues/FOTOCOM.NET

tegoria, o que implica um número restrito de atletas em condições de estar lutando por este espaço tão limitado.

Com a evolução geral de todas as vari-áveis que envolvem o atual cenário do Es-porte de Alto Rendimento, em tal nível de competição, praticamente fecharam-se as possibilidades de participação dos chamados atletas amadores.

A prática do judô no Brasil, por estar culturalmente bastante ligada às academias de judô, entidades associativas com foco na prática da modalidade, e nas chamadas esco-linhas esportivas, de iniciativa pública, resul-ta na dificuldade em manter um atleta adulto de alto rendimento. Devido às dificuldades financeiras e demais particularidades ine-rentes às necessidades de um trabalho alta-mente seletivo e especializado, observamos que o alto nível de rendimento fica restrito praticamente a alguns clubes, inclusive com pagamento de salários aos atletas que com-põem as suas equipes de competição. Resul-tado disso é que às academias ou escolinhas sobram as disputas das medalhas e títulos entre as crianças e adolescentes. Entretanto, a lógica continua a mesma: haverá apenas um campeão ou título por categoria. Esta lógica é evidente, mas, ao aprofundarmos a reflexão, pensamos ser importante conside-rar dois fatores:

• Ascriançaseadolescentesquesedestacam entre os vencedores são altamente estimulados, pois as conquistas retroalimen-tam seu interesse pelo esporte.

• Aquelesquenãosedestacamentreos campeões ± aliás, a grande maioria ± ten-dem a ter um estímulo menos evidenciado, o que irá diminuir o interesse pela prática, se o fim do processo for apenas a competição.

A fórmula é simples: se o investimento se destina a um aspecto único ± no caso, a competição ±, os resultados competitivos determinam o interesse ou não pela conti-nuidade na modalidade. Daí, talvez, a grande rotatividade observada nas faixas etárias de crianças e adolescentes dentro da prática do judô.

Voltando a pensar no mercado de traba-lho e na manutenção financeira dos profes-sores e das academias, podemos considerar a prática do judô também pelo seu lado de Es-porte de Participação. Dentro dessa propos-ta, consideramos a importância de um olhar menos restritivo e mais abrangente dentro do trabalho do ensino e da prática do judô.

No campo do Esporte de Participação, o profissional do ensino e da prática do judô deve considerar os diferentes personagens da vida cotidiana, não apenas o competidor ou, ainda, o campeão.

Nesse mesmo aspecto, as entidades dire-tivas do judô podem criar mecanismos que estimulem a prática do judô em suas amplas dimensões, e não só na sua vertente compe-titiva.

Um ponto que apresentamos como sig-nificativo no sentido de repensar o direcio-namento do trabalho do ensino e da prática do judô estaria vinculado à saúde e ao bem--estar dos praticantes.

Neste sentido, podemos citar as propos-tas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) e do projeto de promoção de saúde para mulheres portadoras de osteopenia e/ou osteoporose do município de Tucuruí (Pará) descrito por Borba Pinheiro e colaboradores (2010).

Os núcleos de Apoio à Saúde da Família foram criados por meio da Portaria 154, de janeiro 2008, que faz a seguinte referência à Política Nacional de Promoção da Saúde:

“A Política Nacional de Promoção da Saúde ± PT nº 687/GM, de 30 de março de 2006 ±, compreende que as Práticas Cor-porais são expressões individuais e coletivas do movimento corporal advindo do conhe-cimento e da experiência em torno do jogo, da dança, do esporte, da luta, da ginástica. São possibilidades de organização, escolhas nos modos de relacionar-se com o corpo e de movimentar-se, que sejam compreendi-das como benéficas à saúde.” (Brasil, 2008, grifo nosso.)

Bem, o interessante da referência acima sobre os NASFs está no fato de ela incluir as lutas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim sendo, torna-se possível o fi-nanciamento da própria Secretaria da Saúde para atividades de assistência à saúde da fa-mília que possam conter, por exemplo, o judô como uma de suas práticas alternativas.

Entretanto, ficam aqui alguns questio-namentos:

• Dentro dessa visão predominan-temente esportivista que observamos no campo de trabalho de ensino e da prática do judô na atualidade, estariam os profissio-nais capacitados tecnicamente para trabalhar nestesegmento?• Temos condições deadaptar o judô para trabalhar nesta vertente?

• O judô não deve preocupar-secom essa fatia do mercado?

Apesar das questões acima, vemos pro-fissionais que já começam a trabalhar com o judô focando a saúde e o bem-estar como objetivo, abrindo assim novas possibilidades de atuação profissional para o ensino e a prá-tica da modalidade.

Borba Pinheiro, em 2010, apresentou a proposta de trabalhar com judô para um grupo de senhoras com baixa densidade

mineral óssea ou osteoporose, que nunca tinham praticado a modalidade e que, me-diante adaptações das atividades específi-cas, levou essas mulheres a se interessarem e praticarem o esporte. Como resultado, ele conseguiu, em uma associação com medica-mentos ± prescrito por médicos ±, melhora significativa na absorção mineral óssea das praticantes, amenizando o quadro de oste-oporose e, consequentemente, melhorando a sua qualidade de vida.

O interessante dos estudos de Borba Pi-nheiro é que, apesar de a atividade de mus-culação ter obtido um resultado ligeiramente melhor que o do judô, este teve uma aceitação muito mais estimulante e, em alguns segmen-tos ósseos, como no quadril, por exemplo, a absorção de cálcio superou a da primeira.

Este trabalho foi pioneiro no Brasil e no mundo, pois alguns trabalhos com judocas idosos buscando saúde, dos quais temos co-nhecimento, estão sendo realizados no Japão, porém, são feitos com ex-atletas e ex-prati-cantes que envelheceram na modalidade.

O resultado deste trabalho rendeu ao professor Cláudio Joaquim Borba (3° dan) vários artigos nacionais e internacionais so-bre o assunto, além de uma dissertação de mestrado e doutorado, na Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro.

Novas vertentes sempre se apresentam e, quanto mais nos abrirmos para elas, mais pos-sibilidades de amplitude da prática de judô podem surgir, lembrando que Jigoro Kano sempre identificou a prática do judô como atividade que busca essencialmente o benefí-cio mútuo, ou seja, uma prática de inclusão e de bem-estar da comunidade envolvida.

Referências Bibliográficas

• BorbaPinheiro,C.J. ;CARVALHO,M.C.G.deA.;SILVA,N.S.L.da;DRIGO,A.J.;Bezerra,J.C.P.;DANTAS,E.H.M.Bonedensity,balanceandqualityof life of postmenopausal women taking alendronate parti-cipatingindifferentphysicalactivityprograms.TherapeuticAdvances in Musculoskeletal Disease, v. 2, p. 175-185, 2010.

• BRASIL,D.O.U.-LeiFederalnº9.615/98de 24 de março de 1998 ± Institui normas gerais sobre o desporto e dá outras providências, 1998.

• BRASIL,MinistériodaSaúde.PortariaMi-nisterial de Saúde nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Diário Oficial da União. Brasília, 2008. (Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Portaria_N_154_GMMS.pdf. Acessado em 20 de junho de 2011.)

Artigo elaborado peloNEPEF - Grupo de Estudos na Área de

LutaseFormaçãoProfissionalemEducaçãoFísica da Unesp ± Rio Claro ± SP

Alexandre Janota Digo ± Dr.AndersonDiasdeLima–Esp.

Reinaldo Naia Cavazani ± Mdo.

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Judô dos JuespJudô dos JuespJudô dos JuespEspelha Nova Fase da Fupe

Realizado fora da capital, torneio teve

estrutura profi ssional e vai enviar atletas

ao exteriorO torneio de Judô dos Juesp 2012, re-

alizado no dia 16 de junho, gerou bons resultados não apenas nos tatamis. A or-ganização apresentada pelo campeonato é considerada fundamental no processo de reestruturação da Fupe.

Cidade-sede

Pela primeira vez, a competição foi disputada em Ribeirão Preto, durante a Expo Enaf (Encontro Nacional da Ati-vidade Física), evento que reúne cerca de 20 mil pessoas a cada edição. “Ribeirão é uma cidade universitária e sentimos fal-ta que o esporte universitário seja mais competitivo. Esperamos ter jogado uma semente para esse fortalecimento”, disse Peterson Campos, responsável pela sede da Fupe no município interiorano.

Segundo Aurélio Miguel, presidente da entidade, a organização de campeo-natos fora da capital paulista é essencial para a aproximação da federação com um número maior de atletas e univer-sidades. “A descentralização das ativida-

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Por Camila Nascimento

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também por grandes clubes, como São Caetano e Pinheiros, ou até pela seleção brasileira.”

“Sem dúvida que esta opção está sen-do estudada. Nossa intenção é oferecer oportunidades a todos que queiram par-ticipar, sempre de uma forma equili-brada. Até o � m da temporada 2012 deveremos ter novidades para o próximo ano”, comen-tou Aurélio Miguel. “A proposta é que aos pou-cos possamos ser reco-nhecidos pela excelência técnica e administrativa no meio universitário. Um bom trabalho realizado é credencial para novas parce-rias institucionais e comerciais. É isto que buscamos.”

Estágio na Alemanha

Além da premiação habitual, com medalhas e troféus, o judô dos JUESP deu aos vencedores bolsas da marca Dragão, apoiadora do evento, que também sorteou um kimono entre todos os participan-tes. Entretanto, um dos principais prêmios do campeonato não de-pendia apenas de resultados, mas também do bom desempenho técni-co: um período de treinos no Centro de Esportes de Colônia, na Alemanha.

Eleita por Mauro Junqueira ± inte-grante da seleção nacional na década

des sempre esteve entre as prioridades de nossa gestão. Logo que assumimos, em janeiro passado, deixamos claro que buscaríamos a expansão para o interior e litoral. Quanto mais eventos realizar-mos em novos polos universitários, mais integração teremos entre as instituições de ensino superior do Estado”.

Estrutura

Para comportar as lutas dos cerca de 100 atletas presentes em pouco menos de quatro horas de campeonato, a Fupe providenciou uma estrutura pro� ssional, com o apoio da Federação Paulista de Judô (FPJ). Em uma zona exclusiva dos JUESP na Expo ENAF, foram monta-das quatro arenas para a realização de embates simultâneos, área de pesagem e apresentação dos atletas e arquibanca-da. Além disso, o torneio contou com a atuação de 25 árbitros federados, equipe médica e a presença de nomes impor-tantes da modalidade.

Edson Minakawa, diretor de judô da Fupe, mestre 6º dan e eleito o melhor árbitro do mundo em 2009, disse que a estrutura montada ajudou os atletas a lutarem em excelente nível técnico e que uma das propostas para a próxima edição é dar oportunidade a mais judo-cas. “Uma das ideias para 2013 é criar uma categoria de aspirantes, para atrair aqueles que possam ter-se sentido in-timidados pela presença de atletas que não lutam apenas no universitário, mas

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de 70 e campeão pan-americano, sul-ame-ricano, brasileiro e paulista, entre outros ±, a dupla ganhadora foi Dione Barbosa, ven-cedora da categoria meio-médio, e Eduardo Barbosa, medalha de ouro no peso leve, am-bos da Unip. Os judocas deverão embarcar para o estágio em dezembro.

Um dos principais nomes do judô nacional, Aurélio Miguel comentou a oportunidade que será concedida aos jovens atletas. “O intercâmbio esportivo é um dos principais caminhos para o fortalecimento no aspecto competitivo dos atletas de alto rendimento. Em 1984, após ser cortado das Olimpíadas de Los Angeles, tive a chance de conhecer os campeonatos realizados na Europa. Fo-ram três meses de aprendizado, competindo e treinando com atletas de estilos variados. Esta fase foi uma das mais importantes no meu crescimento como atleta.”

Surpresos com a escolha, os dois judocas comemoraram o fato de poderem treinar com atletas que têm um estilo diferente do brasileiro. “É incrível, principalmente por ser na Alemanha, que luta um judô mais baseado na força”, analisou Dione. “É uma oportunidade única. Espero aprender o má-ximo possível”, comentou Eduardo.

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Veja abaixo a classifi cação fi nal do Judô:

FemininoLigeiro – até 48 kg

1º. Catierê Toledo Moya (Unip)

2º. Joyce Carolline Segalla (Unip)

3º. Natália Melo Maciel (Uni Sant’anna)

3º. Águeda Silva (Uni Sant’anna)

Meio-leve – até 52 kg

1º. Eleudis de Souza Valentim (Unip)

2º. Andressa Correa Fernandes (Unip)

3º. Milena Cristina Mendes (Uni Sant’anna)

3º. Renata Zyman De Mello Pati (FMU)

Leve – até 57 kg

1º. Flávia Rodrigues Gomes (Unip)

2º. Taís Borges (Uni Sant’anna)

3º. Alessandra R. Fernandes (Mackenzie)

3º. Gilmara Cristina Prudêncio (Unip)

Meio-médio – até 63 kg

1º. Dione S. Barbosa de Lima (Unip)

2º. Fabiana Oliveira Santos (Uni Sant’anna)

3º. Cinthia Toshimi Ogata (Ufscar)

3º. Jéssica Baptista Santos (Uni Sant’anna)

Médio – até 70 kg

1º. Gláucia Lima (Uni Sant’anna)

2º. Danielli Yuri Barbosa (Unip)

3º. Ághata Dalbem Pascoalino (Unip)

3º. Amanda Alves Pereira (Unip)

Meio-pesado – até 78 kg

1º. Samanta de A. B. Soares (Unip)

2º. Samarita Beraldo Santagnello (Unorp)

3º. Katia Cristina Martins (Uni Sant’anna)

3º. Rubiana Lopes Cury (EEFE-USP)

Pesado – acima de 78 kg

1º. Aline Puglia (Unip)

2º. Paloma Paulino da Silva Rocha (Unip)

3º. Steffani Marques Lupetti (Uni Sant’anna)

3º. Sibilla M.J.D. Faccholli (Unip)

MasculinoLigeiro – até 60 kg

1º. Phelipe André Pelin (Unip)

2º. Mike Massahiro Chibaba (Unip)

3º. Vítor Delgado (Uni Sant’anna)

3º. Ivan Sabino (Uni Sant’anna)

Meio-leve – até 66 kg

1º. Charles Koshino Chibana (Unip)

2º. Renan da Silva Pereira (Uni Sant’anna)

3º. Saulo de Oliveira Silva (Uni Sant’anna)

3º. Lincoln Messias M. dos Santos (Uni Sant’anna)

Leve – até 73 kg

1º. Eduardo Katsuhiro Barbosa (Unip)

2º. Yuri Gomes Takabatake (Unip)

3º. Emerson A. Macedo (Anhembi Morumbi)

3º. Adriano Toshio Miwa (EEFE-USP)

Meio-médio – até 81 kg

1º. Lincoln Alfenas (Uni Sant’anna)

2º. Hiran Gasparini (Medicina Paulista)

3º. Leandro dos Santos Ferrante (Unip)

3º. José Carlos Moraes Júnior (Unip)

Médio – até 90 kg

1º. Rafael Lins de Magalhães (Unip)

2º. Caio Perondi de Melo (Unip)

3º. Henrique A. M. da Silva (Unip)

3º. Marco Aurélio Guimarães (Unirp)

Meio-pesado – até 100 kg

1º. Jonas Inocêncio (Uni Sant’anna)

2º. Rafael Augusto Buzacarini (Unip)

3º. Victor Guerra Martins (Medicina Ribeirão)

3º. Pedro Henrique Soares Marqu (Ufscar)

Pesado – acima de 100 kg

1º. Eduardo Carmo (Uni Sant’anna)

2º. Enricke Martins (Unaerp)

3º. Daniel Plácido de Souza (Unip)

3º. Jelton Monção Pantano (Unorp)

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COPA PARANÁ/NUTRYentre os Principais Torneios Abertos do País

Curitiba (PR) - A Federação Para-naense de Judô realizou a segunda edi-ção da Copa Paraná/Nutry de Judô no dia 23 de junho, no Centro Esportivo Bagozzi (CEB), na capital paranaense.

A competição, que reuniu mais de 400 atletas oriundos de São Paulo, San-ta Catarina, Rio Grande do Sul e Pa-raná, contou com disputas da categoria sub-11 até o sênior.

Os trabalhos foram comandados por Rodrigo Marcelo Tonietto, coordenador técnico da Região 5, e contaram com a participação e o apoio de todos os de-legados das cinco regiões do Estado do Paraná.

Em função dos Jogos Olímpicos, todos os calendários estaduais de 2012 foram sacri� cados, e a Copa Paraná acabou coincidindo com várias compe-tições fortes realizada simultaneamente em Minas Gerais e São Paulo, Estados que tradicionalmente prestigiam os eventos de federação coirmã.

Porém, apesar da menor presença que na edição anterior, a competição atendeu ao principal objetivo, que é fomentar o intercâmbio nas categorias menores.

Luis Hisashi Iwashita, presidente da FPrJ, avaliou positivamente o inter-

Professor Francisco de Souza Professor Vitor César Moreira

Por Paulo PintoFotos Revista Budôe Daiane Nogoceke

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Page 73: Revista Budo 7

Por Matheus LuizFotos Revista Budô

câmbio obtido neste evento. “Apesar da presença de um número menor de par-ticipantes em relação à edição anterior, considero que o intercâmbio promovido com outros estados tenha sido satisfa-tório.”

O dirigente paranaense destacou o nível técnico da disputa. “Um dos pontos mais positivos da Copa Paraná/Nutry 2012 foi o nível técnico apresen-tado pelos participantes. Tenho certeza de que a realização desta competição vai somar tecnicamente desde a base ao rendimento do nosso Estado.”

Iwashita cobrou maior empenho e comprometimento de técnicos e atletas paranaenses. “Penso que não adianta � carmos apenas cobrando a realização de competições da FPrJ, o Paraná como um todo tem de melhorar em relação aos demais Estados que nos cercam. Não temos um rendimento à altura da aos demais Estados que nos cercam. Não temos um rendimento à altura da Não temos um rendimento à altura da

tradição que o Paraná possui, e isso pas-sa diretamente pelo comprometimento de todos com um treinamento focado em resultados”, disse o dirigente.

O presidente paranaense prometeu trabalhar intensamente no sentido de adequar o calendário de 2013 aos even-tos dos Estados que apoiam as iniciati-vas do Paraná. “Tivemos um número de atletas bem abaixo daquilo que planeja-mos, mas vamos trabalhar de forma mais clara e objetiva, no sentido de coadunar esta competição com os calendários de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catari-na e Rio Grande do Sul. Temos qualida-de e organização para atrair as melhores escolas do Sul e Sudeste, e nesse sen-tido vamos trabalhar em conjunto com nossos colegas dirigentes, trabalhando inclusive para trazer equipes do Estado do Rio de Janeiro, que indubitavelmente possui uma das melhores escolas de judô do Brasil.”

Sensei Luiz Iwashita

Os delegados regionais Marcos Roberto da Veiga, Helder Fagion com Edilson Robold coordenador estadual de arbi-tragem e Luiz iwashita presidente da FPrJ

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O torneio

No período da manhã rolaram as disputadas das categorias sub-11, sub-13 e sub-17, e o destaque do sub-13 foi a categoria leve do masculino, na qual a alteração do chaveamento acabou in-terferindo no resultado � nal da disputa. Na briga do peso médio feminino, � aís Gonçalves, atual campeã do brasileiro da Região 5, � cou com a vitória e se cre-denciou como forte candidata ao título do campeonato paranaense que será re-alizado em julho, na cidade de Maringá.

No período da tarde realizaram-se as disputas do sub-15, sub-20, sênior e absoluto, a grande sensação da compe-tição.

No masculino pré-juvenil a Aca-demia Nintai conseguiu três medalhas de ouro, com os atletas Rafael Valeton, Matheus Campos e Leonardo Neder, que venceram nas categorias super--ligeiro, meio-pesado e meio-leve, res-pectivamente.

Lutando na categoria sênior, o judo-ca máster Maurício Neder foi o grande campeão do meio-médio, derrotando todos os adversários por ippon. Na � nal contra o atleta Carlos Silva, do Clube Santa Mônica, Neder jogou em menos de 30 segundos. Junto com os � lhos Leonardo Neder, campeão pré-juvenil no meio-leve, e Guilherme Neder, cam-peão juvenil do ligeiro, o grande judoca máster garantiu três ouros para sua es-cola, a Academia Nintai.

Ainda pelo sênior masculino, desta-camos a Academia Concórdia, de San-ta Catarina, que conquistou dois ouros com Diego Cássio, campeão da catego-ria leve, e Richard Costa, campeão no médio.

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Um caso curioso nessa competição � cou por conta do judoca Marlon Kurosawa, que antes da luta reclamou que seu oponente estava com um kimono menor, não permitido pelas regras da FIJ, o que di� cultaria a luta contra qualquer oponente. Mesmo com a confusão Marlon sagrou-se campeão do ligeiro.

Já o absoluto foi conquistado pelo judoca catarinense Diego Cassol, que, superando adversários fortíssimos como Bernardo Dalagassa e Ronaldo Camargo, conquistou a primeira colocação.

Quadro de Medalhas FemininoPos. Entidade Ouro Prata Bronze1º JUDÔTONIETTO 7 4 12º JUVENTUS 6 1 03º LEMANCZUK 5 6 14º ARAUCARIA 4 2 05º MORGENAU 3 1 06º IWASHITA 2 2 37º CSSEX 2 1 18º BOM JESUS 2 0 19º SANTA MONICA 2 0 0

10º CURITIBANO 1 1 010º FFR 1 1 0

Quadro de Medalhas MasculinoPos. Entidade Ouro Prata Bronze1º NINTAI 9 2 22º LEMANCZUK 8 10 73º C.C.C. 4 1 44º SOGIPA/RS 4 0 05º BOM JESUS 3 5 136º LARANJEIRAS 2 3 57º IWASHITA 2 3 38º FFR 2 2 09º CONCORDIA/SC 2 0 0

10º CSSEX 1 2 0

Quadro de Medalhas MasculinoPos. Entidade Ouro Prata Bronze1º LEMANCZUK 13 16 82º NINTAI 9 2 23º JUDÔTONIETTO 7 5 54º JUVENTUS 7 2 05º BOM JESUS 5 5 146º IWASHITA 4 5 67º C.C.C. 4 3 58º ARAUCARIA 4 2 49º MORGENAU 4 1 1

10º SOGIPA/RS 4 0 0

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Infantil

Feminino

Super-ligeiro - 28kg

1º Fabíola Oganauskas - Bom Jesus

2º Victoria Alcântara - Sagrada Família

3º Amanda Correia - Laranjeiras

Ligeiro - 30kg

1º Nicole Marçallo - Bom Jesus

2º Ana A K Langner - Lemanczuk

3º Maria E M Silva - Lemanczuk

4º Maria E R Feres - Curitibano

5º Nicoly Bornancin - Morgenau

Meio-leve - 33kg

1º Sofi a G. Santana - Curitibano

Leve - 36kg

1º Hevelyn Amado - Tonietto

2º Larissa C R Silva - Lemanczuk

Meio-médio - 40kg

1º Leticia V F Lima - Cssex

2º Ana C. Josviak - Lemanczuk

3º Lívia G Schmidtke - Schmidtke

Médio - 45kg

1º Luiza R Laska - Lemanczuk

2º Giovana Levinski - Morgenau

Meio-pesado - 50kg

1º Mylena Lima - Laranjeiras

Pesado + 50kg

1º Ana C G Medeiros - Juventus

2º Isabella Scarpetta - Tonietto

Masculino

Super-ligeiro - 28kg

1º Frederico Kemczensk - Lemanczuk

2º Pedro C Capriotti - Lemanczuk

3º Michel Brik - Lemanczuk

3º Thales H B Alves - Kussumoto

Ligeiro - 30kg

1º Alvaro L C Vianna - Lemanczuk

2º Luigi L. Silva - Kussumoto

3º Bruno C D Turkot - Bom Jesus

3º Tom Z Fonseca - Lemanczuk

Meio-leve - 33kg

1º Juliano V M Chaves - Sogipa/RS

2º Jorge A C Neto - Laranjeiras

3º Enzo Hayami - Bom Jesus

3º Victor Ancantara - Sagrada Família

Leve - 36kg

1º Igor Machado Silva - Sogipa/Rs

2º Pedro P. Arrais - Bom Jesus

3º Luigi Cini - Bom Jesus

3º Tiago A K Mancini - Bom Jesus

Meio-médio - 40kg

1º Bruno L Menon - Lemanczuk

2º Lucas F. Silva - Iwashita

3º Saul D P Lima - CSF/Palmeira

3º Eryck Erlich - Fujiyama

Médio - 45kg

1º Matheus P Amarante - Lemanczuk

2º Pedro K G Capote - Cssex

3º Lucas de S. Lima - Tonietto

3º Gabriel H.P. Mitihiro - C.C.C.

Meio-pesado, -50kg

1º Raisson Czelusniak - CSF/Palmeira

2º Pedro P G Rosa - C.C.C.

Pesado + 50kg

1º Peter F V Junior - Cssex

2º Luiz G F Oliveira - Lemanczuk

3º Pedro E T Storion - Lemanczuk

Infanto-juvenil

Feminino

Super-ligeiro - 28kg

1º Beatriz Godin - Apajudan/SC

2º Sabrina Gomyde - Curitibano

Ligeiro - 31kg

1º Carolina Deusdiante - Araucária

2º Arissa Fujisaki - IMK

Meio-leve - 34kg

1º Sara V T Santos – Tonietto

2º Giovana Russo - Lemanczuk

3º Ana P Correia - Laranjeiras

Leve - 38kg

Copa Paraná Nutry de Judô 2012

76

Page 77: Revista Budo 7

1º Ana C. F. Perin - Santa Monica

Meio-médio - 42kg

1º Beatriz Oliveira - Lemanczuk

Médio - 47kg

1º Thais P Gonçalves - Tonietto

2º Giovanna G Ribeiro - C. C. C.

3º Bianca F. Bueno - CSF/Palmeira

3º Maria C. Ogasawara - Iwashita

Meio-pesado - 52kg

1º Monica Tortato - Lemanczuk

2º Vitoria L. Sabioni - IMK

Pesado + 52kg

1º Juliana M Gomes - Iwashita

2º Alexia C. Alves - Kussumoto

Masculino

Super-ligeiro - 28kg

1º Felipe C. Staub - Bom Jesus

Ligeiro, -31kg

1º Felipe H. Suemitsu - Nintai

2º Lucas Luis Lopes - Kussumoto

3º Luca T. Sassaki - Bom Jesus

3º lan Brink - Lemanczuk

Meio-leve - 34kg

1º Guilherme S. Goetz - Sogipa/RS

2º Renan S. Moron - Lemanczuk

3º Matheus I. Almeida - Grêmio Pisa

3º Victor H C Ursi - Bom Jesus

Leve, -38kg

1º Bruno Lammel Lucas - Sogipa/RS

2º Lucas H. Lemanczuk - Lemanczuk

3º Thiago A. Bernardi - Bom Jesus

3º Leandro G. Alves - Tonietto

Meio-médio - 42kg

1º Bruno K. Langner - Lemanczuk

2º Francisco S. Guimarães - Lemanczuk

3º Bruno S. Castanheira - Bom Jesus

3º Rafael R. Cesar - C.C.C.

Médio - 47kg

1º Victor M. Silva - Lemanczuk

2º João V. Rodrigues - Lemanczuk

3º Fabio A. Rocha - Bom Jesus

3º Rafael Seifeld - Sagrada Família

Meio-pesado - 52kg

1º Giovanni Mangini - Morgenau

2º Lucas Fragoso - Kussumoto

3º Jose A. Filho - Bom Jesus

3º Eduardo Josviak - Lemanczuk

Pesado, +52kg

1º Rossol Suwidan - Nintai

2º Gustavo D M Doki - Bom Jesus

3º Bruno W. Cardoso - C.C.C.

3º Vitor H L Sabioni - Imk

Pré-Juvenil

Feminino

Ligeiro - 40kg

1º Estefhany Curopos - Araucária

Meio-leve - 44kg

1º Natasha P. Ferreira - Morgenau

2º Ana C. Kemczenski - Lemanczuk

3º Mariana B. Batista - Iwashita

3º Maria E. Moraes - FFR

Leve - 48kg

1º Lais P. Carvalho - Juventus

2º Emily C. Rabelo - Iwashita

3º Naiara Alice Silva - Laranjeiras

Meio-médio - 53kg

1º Nayra N. Maschio - Santa Monica

Médio - 58kg

1º Camilla Deusdiante - Araucária

2º Juliana Santos - FFR

3º Kelly K. Oliveira - Schmidtke

Meio-pesado - 64kg

1º Haydee B Z Soares - Juventus

2º Fabiele C Bergamin - Iwashita

Pesado + 64kg

1º Larissa F. Lima - Cssex

2º Ana A. de Camargo - Tonietto

3º Luana Porto - Kussumoto

Masculino

Super-ligeiro - 36kg

Pódio associações feminino

Pódio associações masculino

77

Page 78: Revista Budo 7

1º Rafael T. Valeton - Nintai

2º Marco J. Teles - Nintai

3º Leonardo Silva - Bom Jesus

Ligeiro - 40kg

1º Herus D. Neto - Bom Jesus

2º.Rafael A. Fernandes - Lemanczuk

Meio-leve - 44kg

1º Leonardo M. Neder - Nintai

2º Arthur M. Dallagassa - Nintai

3º Bernardo C. Rocha - Nintai

3º Luis P. Teixeira - FFR

Leve - 48kg

1º Gabriel B F Costa - Lemanczuk

2º Haroldo F Neto - FFR

3º Luiz H A Nisio - Bom Jesus

3º Joao V Volff - Laranjeiras

Meio-médio - 53kg

1º Gabriel S. Adriano - Lemanczuk

2º Adrian G. Bonat - Lemanczuk

3º Wesley G. Rodrigues - Iwashita

3º Gabriel R. Hobold - Fujiyama

Médio - 58kg

1º Lucas Akio Ogawa - C.C.C.

2º Kenzo Fujisaki - Imk

3º Luiz C. Neto - Morgenau

3º Gabriel T. Lustosa - C.C.C.

Meio-pesado - 64kg

1º Matheus M. Campos - Nintai

2º Roberto I. Winter - Kussumoto

3º Jhonatan S. Souza - Araucária

Pesado + 64kg

1º Alan Gatto Pimpão - Iwashita

2º Lucas P. Bueno - FFR

3º Samuel H. Pereira - Iwashita

3º Matheus G. Setti - Bom Jesus

Juvenil

Feminino

Ligeiro - 44kg

1º Thais T. S. Kondo - Lemanczuk

2º Luana E. Lima - Guarapuava

3º Jessica M. Gomes - Iwashita

Meio-leve - 48kg

1º Ana F A Ferreira - Tonietto

Leve - 52kg

1º Leticia C. Oliveira - Lemanczuk

2º Juliana C. Kachenski - Tonietto

3º Raquel P. Lima - Cssex

4º Luana E. Feitosa - Iwashita

Meio-médio - 57kg

1º Bruna S. Nesi - Tonietto

2º Martinelli R. Lima - Araucária

3º Amanda S. Lima - Tonietto

Médio - 63kg

1º Fernanda Steven - FFR

2º Jessica Darmiani - Araucária

3º Isabely C R Gomes - C.C.C.

4º Sonieli Lascoski - Laranjeiras

Meio-pesado - 70kg

1º Viviane L Y Donomai - Juventus

Pesado + 70kg

1º Ingrid L. Melo - Iwashita

Masculino

Super-ligeiro - 50kg

1º Victor K Kaminari - Bom Jesus

2º Samuel M Lopes - Juventus

Ligeiro - 55kg

1º Guilherme M Neder - Nintai

2º Lucas O. Mattos - Apajudan/SC

3º Christopher Vieira - Tonietto

3º Matheus Ribeiro - Nintai

Meio-leve - 60kg

1º Caio H. Ogawa - C.C.C.

2º Lucas D. Feroldi - Laranjeiras

3º Renan F. Bueno - CSF/Palmeira

3º Lucas L. Carvalho - FFR

Leve - 66kg

1º Bruno Rodrigues - Laranjeiras

2º Gabriel P. Freitas - Santa Monica

3º Joao F. Martins - C.C.C.

Meio-médio - 73kg

1º Andre Josefi - Laranjeiras

2º Eduardo Gondro - Bom Jesus

3º Jadison R. Morais - Araucária

3º Alexandre S. Jardim - Tonietto

Médio, -81kg

1º Conrado C Oliveira - Juventus

2º Humberto B. Neto - Lemanczuk

3º Carlos H S P Silva - Araucária

3º Bruno E. Terres - Laranjeiras

Meio-pesado - 90kg

1º Jose L Lara Neto - FFR

2º Matheus Lima - Tonietto

3º Raphael H B Marinho - C.C.C.

Pesado + 90kg

1º Matheus B Sebastião - FFR

Sênior

Feminino

Ligeiro - 48kg

1º Ana F. Ferreira - Tonietto

2º Thais T. Kondo - Lemanczuk

78

Page 79: Revista Budo 7

3º Paula Nunes - Bom Jesus

3º Fernanda Couto - Araucária

Meio-leve - 52kg

1º Kelly Reis - Juventus

2º Juliana Kachenski - Tonietto

3º Joceli P. Lima - CSF/Palmeira

Leve - 57kg

1º Bruna S. Nesi - Tonietto

2º Vanessa P. Lins - Cssex

3º Andressa Oliveira - Iwashita

3º Andreia Becker - Schmidtke

Meio-médio - 63kg

1º Mariana L. Miara - Morgenau

2º Joice F. Silva - C.C.C.

Médio - 70kg

1º Lorhanna Saboya - Morgenau

2º Viviane L. Donomai - Juventus

Meio-pesado - 78kg

1º Mychellen Silva - Araucária

2º Gleidihele Eduardo - Godar

Pesado + 78kg

1º Tatiana S V Xisto - Juventus

2º Sionara Moraes - Pinhãoense

Masculino

Super-ligeiro - 55kg

1º Matheus Ribeiro - Nintai

2º Guilherme A. Silva - Cssex

3º Lucas F. Lamour - Iwashita

Ligeiro - 60kg

1º Marlon S. Kurosawa - C.C.C.

2º Guilherme Coelho - Iwashita

3º Murilo H. Santos - Kussumoto

3º Douglas Josefi - Laranjeiras

Meio-leve - 66kg

1º João Fialho - Nintai

2º Daniel Bonetto - Lemanczuk

3º Victor Levandoski - Tonietto

3º Julio C. Bertoldo - Laranjeiras

Leve - 73kg

1º Diego Cassol - Concórdia/SC

2º Jean Moreira - Bom Jesus

3º Renato A Oliveira - Fujiyama

3º Ronaldo C Camargo - Lemanczuk

Meio-médio - 81kg

1º Mauricio Neder - Nintai

2º Carlos E Silva - Santa Monica

3º Rodrigo J A Moura - Lemanczuk

3º Nil W Cardoso - Laranjeiras

Médio - 90kg

1º Richard Pierre - Concórdia/SC

2º Bráulio Lima - Laranjeiras

3º Francisco Alvarenga - Santa Monica

3º Washington da Cruz - C.C.C.

Meio-pesado - 100kg

1º Bruno Ogata - C.C.C.

2º Rafael Myamoto - Bom Jesus

3º Otavio M. Camargo - Comando 5bda

3º Bruno A. Oliveira - Sagrada Família

Pesado + 100kg

1º Brunno K A Ferreira - Iwashita

2º Yargo Oliveira - Iwashita

3º Vanderlei L. Ribas - Araucária

3º Gilson J Nogueira - Laranjeiras

Absoluto – Masculino

1º Diego Cassol – FMC-SC

2º Bernardo Dalagassa - Nintai

3º Ronaldo Camargo - Lemanczuk

3º Guilherme Coelho - Iwashita

5º Renato A A De Oliveira - Fujiyama

5º Bruno H S Tambosi - Tonietto

79

Page 80: Revista Budo 7

FPJ Realiza Melhor Edição doPaulista Grand Master e Kata

O Campeonato Paulista Grand Master e Kata, realizado no dia 9 de junho na ci-dade de Amparo (SP), contou com a par-ticipação de 101 associações, que inscreve-ram 76 duplas de kata e 253 competidores no shiai. As disputas ocorreram nas seis áreas montadas no ginásio do Floresta Atlético Clube, onde 38 árbitros atuaram ao longo da competição.

A realização do Paulista Grand Master já é uma tradição em Amparo, segundo José Fernando da Silva, dirigente do Flo-resta Atlético Clube. “Mais uma vez esta-mos tendo a honra de sediar e promover a principal competição do judô máster paulista em nosso clube. Esperamos dar continuidade e a esta parceria com a FPJ, que já se tornou uma tradição para a nossa cidade.”

O secretário de esportes amparense, Maurício Toniollo, após dar boas vindas a todos os presentes, enfatizou que Am-paro está de portas abertas para o judô. “Temos orgulho de sediar um evento tão importante quanto o Campeonato Pau-

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

Fornecedor ofi cial FPJ

80

Page 81: Revista Budo 7

lista Grand Master e nossa administração sempre manterá Amparo de portas aber-tas para competições desta relevância”, disse o secretário de Esportes amparense.

O evento ainda foi marcado pelo discur-so de abertura do presidente da Federação Paulista de Judô, Francisco de Carvalho, que destacou a importância da competi-ção no preparo técnico dos judocas que disputarão o mundial desta categoria. “Este ano o Brasil sediará o campeonato mundial e esta já é a segunda competição máster que estamos realizando em São Paulo. Gostaríamos de promover o bra-sileiro máster, que sempre se realizou em São Paulo, mas infelizmente este ano foi

Francisco de Carvalho e Ademir Nora Nelson Fausto Dell’aquila Jr. e Alessandro Puglia

81

Page 82: Revista Budo 7

transferido para Salvador (BA). Mesmo assim quero assumir o compromisso de realizar no segundo semestre uma com-petição máster aberta, buscando oferecer o maior preparo possível aos atletas de todo o País que disputarão o campeonato mundial.”

Sobre o Campeonato Brasileiro Grand Masters, o evento que se realizaria em São Paulo (SP) nos dias 30 de junho e 1º de julho foi transferido para os dias 1º e 2 de setembro em Salvador (BA). O anúncio foi publicado pela Confederação Brasilei-ra de Judô, por meio de seu site, no dia 14 de maio de 2012, a 45 dias da competição. A postura dos dirigentes da CBJ mostrou a falta de respeito e compromisso para com os atletas máster, que já se haviam programado, comprado as passagens e fei-to as reservas nos hotéis. Muitos judocas mostraram indignação diante deste fato, e protestaram pela internet, cobrando uma posição sobre quem irá arcar com o preju-ízo deste ato inconsequente.

Após a cerimônia de abertura tiveram início as competições do nage-no-kata, ju-no-kata, katame-no-kata e kime-no--kata, nas quais os judocas competiram nas classes yudan e dangai, no masculino, feminino e mista. Destacamos no nage--no-kata, na classe yudan masculino, a du-pla Wagner Tadashi Uchida e Paulo Ro-berto Alves Pereira, atletas do Palmeiras/Mogi, que alcançaram a maior pontuação na competição, 928 pontos, e subiram ao lugar mais alto do pódio, seguidos por Roger Tsuyoshi Uchida e Eduardo Ma-esta, da A.E. Piracicaba, com 888 pontos, que ficaram com a medalha de prata, e da dupla Elvis Nobuyoshi Tashiro e Gabriel Pinto Nunes, da SEJEL Cotia, que com

José Jantália

82

Page 83: Revista Budo 7

852 pontos ficou com o terceiro lugar. Na sequência, as disputas do shiai mos-

traram quais são os judocas mais fortes da categoria máster desta temporada, entre eles o campeão do M3 pesado, e vice--presidente da Associação Grand Masters & Kodanshas de Judô do Brasil, Nelson Fausto Dell’Aquilla, que avaliou o torneio. “Tivemos em Amparo uma competição ágil, enxuta e muito bem organizada. Sem exagero algum, dou nota 10 para a toda a equipe técnica da FPJ.” E ainda salientou que o paulista iniciou oficialmente o pre-paro para o mundial. “Tivemos em mar-ço a Copa São Paulo, que proporcionou uma competição máster já no começo da temporada, porém o paulista iniciou ofi-cialmente a corrida para o mundial que acontecerá em Salvador.”

O veterano Affonso Carvalho, bron-ze no M3 leve, destacou o fair play da competição. “Tudo ocorreu muito bem e ninguém se machucou. Quem perdeu tem como fazer uma reavaliação no trei-namento e preparar-se melhor. Tivemos aqui várias gerações de atletas que, acima de tudo, lutaram com muito respeito. E o clima de amizade dominou a competição.”

Ao término do evento, o diretor técni-co da FPJ, Alessandro Puglia, destacou a competição como a melhor edição do Paulista Grand Master. “Para todos nós é sempre um grande prazer realizar uma competição máster, que tradicionalmente reúne professores e judocas de destaque. O certame de hoje ocorreu em tempo recorde e felizmente tudo correu dentro daquilo que foi planejado. Posso afirmar que esta foi a melhor edição do paulista máster.”

83

Page 84: Revista Budo 7

Nage-No-KataClasse: Yudan Masculino

Clas Dupla Assoc. Assoc Pontos

1 Tori Wagner Tadashi Uchida Palmeiras/Mogi Uke Paulo Roberto Alves Pereira Palmeiras/Mogi 928

2 Tori Roger Tsuyoshi Uchida A.E.Piracicaba Uke Eduardo Maesta A.E.Piracicaba 888

3 Tori Elvis Nobuyoshi Tashiro Sejel Cotia Uke Gabriel Pinto Nunes Sejel Cotia 852

4 Tori Nelson Eishin Ueti Judo Americana Uke Leonardo Luis Vendrame Judo Americana 823

5 Tori Fabiano Rodrigo de Barros Braganca Judo Clube Uke Anderson Luiz Neves Da Silva Braganca J.C. 771

6 Tori Anderson Cassio dos Santos Mesc São Bernardo Uke Guilherme Paes Leme Loureiro Mesc São Bernardo 720

7 Tori George Erwin T A. Oliveira Projeto Budo Uke Marcus Vinicius S. Flora G,E.S.Parnaiba 701

8 Tori Frankilin Everson Martins Silva Projeto Budo Uke Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo 677

9 Tori Cassio Serafi m Alto da Lapa Uke Alexandre Megiorin Roma Alto da Lapa 660

10 Tori Cassio Luis Baroni C.C.Piracicaba Uke Eduardo Vilata Aguiar C.C. Piracicaba 617

Classe: Yudan Feminino

1 Tori Grace Da Silva Tenis Clube S.J.Campos Uke Ana Caroline V.S.Brás Tenis Clube S. J. Campos 751

2 Tori Maria Emilia Jesus de Cillo Projeto Budo Uke Aline Trevisan Pereira Projeto Budo 673

3 Tori Isadora Mendes Seixas Colegio Jean Piaget Uke Michelle R. Nascimento Colegio Jean Piaget 640

4 Tori Karina Beraldo de Oliveira Judo Americana Uke Isabela Moura Cardoso Judo Americana 597

5 Tori Camila Roberta Fiorin C. Campo Piracicaba Uke Aline Hammerschimidt Edinho Company 589

Classe: Yudan Misto

1 Tori Fabiano Rodrigo De Barros Bragança J.C. Uke Ana Caroline V.S.Brás Tensi C. S.J.Campos 790

2 Tori Grace da Silva Tenis Clube S.J.Campos Uke Anderson Luis Neves da Silva Braganca J.C. 757

3 Tori Maria Emilia Jesus de Cillo Projeto Budo Uke Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo 709

4 Tori Eloy Pereira da Costa Rogerio Sampaio Uke Michelle R. Nascimento Colegio Jean Piaget 642

5 Tori George Erwin T A. Oliveira Projeto Budo Uke Aline Trevisan Pereira Projeto Budo 596

6 Tori Cassio Luis Baroni C. C. Piracicaba Uke Aline Hammerschimidt Edinho Company 580

7 Tori Rodrigo Bredariol Achilles Colegio Jean Piaget Uke Isadora Mendes Seixas Colegio Jean Piaget 569

Classe: Dangai Masculino

1 Tori Gabryel Castilho Zavataro Projeto Budo Uke Guilherme Bearari Dias Gomes Projeto Budo 458

2 Tori Gustavo Ferreira Pontes Judo Caieiras Uke Felipe Gimenes Moyano Judo Caieiras 575

3 Tori Roberto Augusto de Macedo Messias Uke Taluan Nogueira Messias 647

4 Tori Vinicius F.F.Bustamante Rojeto Budo Uke Guilhrme Xavier da S.Viana Projeto Budo 573

Classe: Dangai Feminino

1 Tori Gabriela Ferreira de Lima Gremio Lit Barretos Uke Karol Priscila B.S.Gimenes Gremio Lit Barretos 588

2 Tori Fernanda dos Santos Lino Secr.Mun.E.L.Frco Morato Uke Angela Cerqueira Secr.Mun.E.L.Frco Morato 554

3 Tori Valeria Alhambra Rochetti Projeto Budo Uke Regiane Silva de Miranda Projeto Budo 298

4 Tori Leticia Fabre de Lima Projeto Budo Uke Lais Parolo Projeto Budo 243

Classe: Dangai Misto

1 Tori Eduardo Gaudencio Adriano Alto Da Lapa Uke Thalita Marçal Viana Alto Da Lapa 618

2 Tori Leticia Fabre de Lima Projeto Budo Uke Guilherme Bearari Dias Gomes Projeto Budo 559

3 Tori Valeria Alhambra Rochetti Projeto Budo Uke Guilherme Xavier da S.Viana Projeto Budo 504

4 Tori Vinicius F.F. Bustamante Projeto Budo Uke Lais Parolo Projeto Budo 504

5 Tori Gabryel Castilho Zavataro Projeto Budo Uke Regiane Silva de Miranda Projeto Budo 485

Ju-No-KataClasse: Yudan Masculino

1 Tori Wagner Tadashi Uchida Palmeiras/Mogi Uke Paulo Roberto Alves Ferreira Palmeiras/Mogi 458

2 Tori Elvis Nobuyoshi Tashiro Sejel Cotia Uke Gabriel Pinto Nunes Sejel Cotia 430

3 Tori Leonardo Yamada Suzano Terazaki Uke Caio Kanayama Assoc. Kanayama 412

CLASSIFICAÇÃO KATAFornecedor ofi cial FPJ

84

Page 85: Revista Budo 7

4 Tori Cassio Serafim Alto da Lapa Uke Alexandre Megiorin Roma Alto da Lapa 369

5 Tori Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo Uke Frankilin Everson Martins Silva Projeto Budo 290

6 Tori George Erwin T A. Oliveira Projeto Budo Uke Marcus Vinicius S.Flora G.E.Santana Parnaiba 115

Classe: Yudan Feminino

1 Tori Grace da Silva Tenis Clube S J Campos Uke Ana Caroline V. S. Braz Tenis Clube S J Campos 385

2 Tori Maria Emilia Jesus de Cillo Projeto Budo Uke Aline Trevisan Pereira Projeto Budo 351

Classe: Yudan Misto

1 Tori Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo Uke Aline Trevisan Pereira Projeto Budo 336

Classe: Dangai Masculino

1 Tori Vinicius F.F.Bustamante Projeto Budo Uke Guilherme X.da S.Viana Projeto Budo 311

2 Tori Gabryel Castilho Zavataro Projeto Budo Uke Guilherme Bearari Dias Gomes Projeto Budo 291

3 Tori Gustavo Cabral de Queiroz Judo Torres Uke Klinsman Dias da Silva Palmeiras/Mogi 268

Classe: Dangai Feminino

1 Tori Fernanda J.Sawaya Oliveira Kanayama Uke Maria Cristina Ramadan Kanayama 366

2 Tori Gabriela Ferreira de Lima Gremio Lit Barretos Uke Karol Priscila B.S.Gimenes Gremio Lit Barretos 365

3 Tori Valeria Alhambra Rochetti Projeto Budo Uke Regiane Silva de Miranda Projeto Budo 350

4 Tori Leticia Fabre de Lima Projeto Budo Uke Lais Parolo Projeto Budo 348

Classe: Dangai Misto

1 Tori Vinicius F.F. Bustamante Projeto Budo Uke Lais Parolo Projeto Budo 352

2 Tori Eduardo Gaudencio Adriano Alto Da Lapa Uke Thalita Marçal Vianna Alto da Lapa 352

3 Tori Valeria Alhambra Rochetti Projeto Budo Uke Guilherme X da S. Viana Projeto Budo 339

4 Tori Leticia Fabre de Lima Projeto Budo Uke Guilherme Bearari Dias Gomes Projeto Budo 322

5 Tori Gabryel Castilho Zavataro Projeto Budo Uke Regiane Silva de Miranda Projeto Budo 314

Katame-No-KataClasse: Yudan Masculino

1 Tori Eduardo Maestá A.E.Piracicaba Uke Roger Tsuyoshi Uchida A.E.Piracicaba 465

2 Tori Elvis Nobuyoshi Tashiro Sejel Cotia Uke Gabriel Pinto Nunes Sejel Cotia 458

3 Tori Nelson Eishin Ueti Judo Americana Uke Leonardo Luis Vendrame Judo Americana 442

4 Tori George Erwin T A. Oliveira Projeto Budo Uke Marcus Vinicius S.Flora G.E.Santana Parnaiba 382

5 Tori Fabiano Rodrigo de Barros Braganca Judo Clube Uke Anderson Luiz Neves da Silva Tenis Clube S.J.C 376

6 Tori Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo Uke Frankilin Everson Martins Silva Projeto Budo 364

Classe: Yudan Misto

1 Tori Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo Uke Aline Trevisan Pereira Projeto Budo 367

Classe: Dangai Masculino

1 Tori Vinicius F.F.Bustamante Projeto Budo Uke Guilherme X.da S.Viana Projeto Budo 320

2 Tori Guilherme Bearari Dias Gomes Projeto Budo Uke Gabryel Castilho Zavataro Projeto Budo 293

Classe: Dangai Feminino

1 Tori Valeria Alhambra Rochetti Projeto Budo Uke Regiane Silva de Miranda Projeto Budo 245

Classe: Dangai Misto

1 Tori Lais Parolo Projeto Budo Uke Guilherme X.da S.Viana Projeto Budo 367

2 Tori Vinicius F.F.Bustamante Projeto Budo Uke Regiane Silva de Miranda Projeto Budo 364

3 Tori Valéria Alhambra Rochetti Projeto Budo Uke Guilherme Bearari Dias Gomes Projeto Budo 330

Kime-No-KataClasse: Yudan Masculino

1 Tori Marcus Michelini E.C.Sirio Uke Diogo Rocha Colela E.C.Sirio 534

2 Tori Nelson Eishin Ueti Judo Americana Uke Leonardo Luis Vendrame Judo Americana 511

3 Tori Wagner Tadashi Uchida Palmeiras/Mogi Uke Paulo Roberto Alves Ferreira Palmeiras/Mogi 490

4 Tori Elvis Nobuyoshi Tashiro Sejel Cotia Uke Gabriel Pinto Nunes Sejel Cotia 456

5 Tori Marcus Vinicius S.Flora G.E.Santana Parnaiba Uke George Erwin T . A. Oliveira Projeto Budo 317

6 Tori Matheus de Cillo Arantes Projeto Budo Uke Aline Trevisan Pereira Projeto Budo 193

85

Page 86: Revista Budo 7

Masculino

Master 1

Ligeiro

1º Cristian Cezario

2º Tiago Bartolomeu

3 º Ryudy Kubo

3º Marcelo Mitsuru Maeda

Meio Leve

1º Tony Hiroyasu Chibana

2º Filipe Yoshio Chagas Terada

3º Fernando da Silva Izidro

Leve

1º Jefferson Takeshi Redondo

2º Rodrigo da Silva Braiani

3º Ronaldo Eugenio Gomes

3º Guilherme Ramos

Meio Médio

1º Marcelo Costa Camargo

2º Joaquim Silvestre Peixoto

3º Michael Reyne Mendes

3º Danilo Simoes de Andrade

Médio

1º Yuri Marcondes Lisbao

2º Luis Fernando Martins Silva

3º Fabio Moreira

3º Robson Foriato Jota

Meio Pesado

1º Daniel Lopes

2º Carlos Eduardo Modesto da Silva

3º Rafael Facanali Godoy

3º Antonio Carlos Vido Jr.

Pesado

1º Gustavo Cesar Marini

2º Leandro Said da Costa

3º Leonardo Augusto P. Arashiro

3º Willian Tadashi Akutagawa

Master 2

Ligeiro

1º Caio Kanayama

2º Rubens da Costa Lino Filho

3º Dener Aparecido de Andrade

3º Ronaldo Dias Ribeiro

Meio Leve

1º Lucas Alexandre de Oliveira

2º Vlamir Ferreira Dias

3º Carlos Eduardo Araujo

3º Edson Marques de Souza

Leve

1º Bahjet Rached K.Said El Hayek

2º Ronaldo Andrade Rocha

3º Charles Rodrigo Cruz

3º Marcelo Nery Fontes

Meio Médio

1º Anderson Cassio dos Santos

2º Pedro Rogério de Lima Fagundes

3º Alex Sandro Russo da Silva

3º Icaro Augusto Villa Menezes

Médio

1º Peterson de Mello

2º Marciel Martins de Souza

3º Marcelo Porfi rio da Silva

3º Paulo Afonso

Meio Pesado

1º Alexandre Aparecido dos Santos

2º Marcio Aldo Mathias Cavinatti

3º Pedro Pereira dos Santos Neto

3º Joao Sergio G. Oliveira

Pesado

1º Junior Aparecido Ribeiro

2º Ricardo Aguiar Simoes

3º Kleber Aparecido Tome

3º Aarao Costa

Master 3

Ligeiro

1º Ivan Mariano de Viveiros

2º Joao Donizetti de Oliveira

Meio Leve

1º Fabio Dilermando Lenci

2º Vagner da Cunha Sandes

3º Edson Yukio Assakawa

3º Leandro Ulysses Souto Borges

Leve

1º Marcelo Shimada

2º Igor Takashi Abe Pezzoli

3º Amilcar Key Kimura

3º Affonso Jorge N. de Carvalho

Meio Médio

1º Osvaldo Castellanos Souza

2º Rogerio Shinobe

3º Newton Eiriyo Miyasato

3º Alessandro Fabiano de Oliveira

Médio

1º Vagner Valentim Pereira

2º Marcelo Antonio Correia da Silva

3º Gerson Neves Pereira

3º Armindo Felix Rosa

Meio Pesado

1º Carlos Alberto Koloszuk

2º Uatila Ferreira dos Santos

3º Mario Roberto de M.Silva

3º Jean Gabriel Antunes

Pesado

1º Nelson Fausto Dell’aquila Jr.

2º Marcelo Zanetti Denardi

3º Sergio Roberto Taiar

3º Joao Carlos Felipe

Master 4

Ligeiro

1º Sidnei de Andrade Peres

Meio Leve

1º Paulo Ricardo Castelanos Souza

2º Jorge Mizuguti Yamamoto

3º Mitsuo Luiz Tengan

3º Sergio Kazuo Noda

Leve

1º Osmar Alves dos Santos

2º Luiz Carlos Eugenio Brigida

3º Edgar Shizuo Yoshioka

3º Carlos Roberto Peres

Meio Médio

1º Alessandro Pongolino

2º Franco Valério Ribeiro Gatto

3º Ademar Dias Baeta Filho

3º Luiz Paulo Rouanet

Médio

1º Jefferson Brito Delgado

2º Sergio Aparecido Coltre

3º Ediwaldo Antonio Fazzolari

3º Mauricio Rogerio Gonçalves

Meio Pesado

1º Jose Iasbech Morais da Silva

2º Acacio Valdemar Lorenção Jr.

3º Marcos Magri Benador

3º Marcos Roberto G. Pizzato

Pesado

1º Edson Shigueo Sakai

2º Luiz Fernando Reis Bacellar

3º Adilson Galhardo

3º Jose Osvaldo Felix

Master 5

Ligeiro

1º Sumio Tsujimoto

2º Luiz Carlos Moreira

3º Oscalino Faria de Almeida

Meio Leve

1º Mario Tiosun Genka

2º Julio Kawakami

3º Renato Lima de Mauro

Leve

1º Nelson Hirotoshi Onmura

2º Pedro Luiz Fernandes

3º Carlos Alberto de O.Ardito

3º Demetrio Karabourniotis

Meio Médio

1º Wagner Antonio Vettorazzi

2º Helio Guengi Itto

3º Joao Jose da Silva Velloza

3º Yasuo Vicente Kanashiro

Médio

1º Reinaldo Seiko Tuha

2º Wilson Marques da Cruz

3º Marco Antonio Duarte Perota

3º Lucimar Rocha

Meio Pesado

1º Benedito Sérgio de Oliveira

2º Erasmo Luis Firmino

3º Joao Carlos Alves de Souza

3º Normando D. de Andrade

Pesado

1º Edson Santana

2º Tarcisio Alves de Siqueira Jr

Master 6

Ligeiro

1º Sergio Honda

Leve

1º Jiro Aoyama

2º Jose Raimundo da Silva

Meio Médio

1º Carlos Hugo R. Gaitan

2º Mario Francisco da Silva

3º Irahy Tedesco

3º Kiichi Watanabe

Médio

1º Jairo Baptista de Arruda

2º Cezar Taglieri Serafi m

3º Antonio Conceiçao Vasques

4º Manoel de Almeida Soares

Meio Pesado

1º Samuel Lopes Bastos

2º Teofi lo Coimbra Rojas

3º Luiz Robles Santalla

Pesado

1º Jose Vicente Mendes

2º Jorge Fernandes Ribas

3º Peterson Antunes de Campos

Feminino

Master 1

Meio Leve

1º Suzana Nakabayashi Moriya

2º Miriam H.Rabello E.Damin

Leve

1º Vanessa Cardoso Zanatto

2º Leticia Ap. dos Santos Silva

3º Akimi Adachi

3º Angélika Marques Borsari

Meio Médio

1º Vanessa Cristina Billard

Médio

1º Silmara Vedoveli

Meio Pesado

1º Fernanda Rojas Pelegrini

2º Ana Carolina Pereira da Silva

Pesado

1º Gabriela Lima Garcia

2º Roseane de Souza

Master 2

Meio Leve

1º Narandra Nakamura de Oliveira

Leve

1º Naiara Valerio Oliveira Morita

Meio Médio

1º Andrea Moraes da Silva

Pesado

1º Fernanda Gomes Oliveira

2º Viviane Domingues R. da Silva

Master 3

Meio Leve

1º Edneia Carvalho do S.Teixeira

2º Debora Shinoda

Meio Médio

1º Rosangela de Oliveira

Médio

1º Fatima Belboni de Camargo

2º Monica Theilicke da Costa

3º Marisa Mitiko Takahashi

Pesado

1º Rogéria Conzendey da Silva

CLASSIFICAÇÃO SHIAIFornecedor ofi cial FPJ

Page 87: Revista Budo 7

Ribeirão Preto (SP) - O torneio de judô dos Jogos Universitários do Estado de São Paulo 2012 foi realizado no dia 16 de junho, na cidade de Ribeirão Preto. A competição, que contou com a participa-ção aproximada de 100 atletas represen-tando 16 instituições de ensino.

Com a maior delegação do certame, a Unip, que possui parceria no judô com o Esporte Clube Pinheiros, dominou a com-petição e subiu ao pódio em todas as cate-gorias. Ao todo, a Atlética da Unip con-quistou 25 medalhas e somou 82 pontos.

Com 17 medalhas e 30 pontos, a UniSant’Anna fi cou na segunda coloca-ção geral, enquanto a terceira colocada foi a Unorp (Centro Universitário do Norte Paulista), de São José do Rio Preto, que conquistou duas medalhas e somou 4 pon-tos.

O poderio do time da Unip pôde ser facilmente medido pelo número expressivo de ouros conquistados no certame. Dos 14 ouros em disputa, a Universidade Paulista faturou seis medalhas no feminino e qua-tro no masculino, totalizando dez ouros.

Unip é CampeãUniversitária Paulista

Por Paulo PintoFotos Cristiane Ishizava/Budô

Os campeões da Unip

As campeãs da Unip foram Catierê Toledo Moya, 48 kg; Eleudis de Souza Valentim, 52 kg; Flávia Rodrigues Gomes, 57 kg; Dione Barbosa de Lima, 63 kg; Sa-manta de A. Soares, 78 kg; e Aline Puglia, +78 kg. Os campeões da Unip foram Phe-lipe Andre Pelin, 60 kg; Charles Koshino Chibana, 66 kg; Eduardo Katsuhiro Bar-bosa, 73 kg; e Rafael Lins de Magalhães, 90 kg.

Dirigente exalta parceria

Pedro Ventura, coordenador do depar-tamento de esportes da Unip, destacou a força da parceria. “Devido à parceria que desenvolvemos com o Esporte Clube Pi-nheiros, nossa equipe é muito boa. Con-tamos também com o apoio de alguns ju-docas da A. D. São Caetano, que reforçam ainda mais o nosso trabalho.”

O dirigente falou sobre as conquistas da temporada. “O Clube Pinheiros é a

No pódio Pedro Ventura coordenador de esportes da Unip com o troféu de campeãoDione Barbosa e Eduardo Barbosa sendo premiados por Mirian Minakawa e Mauro Junqueira como os destaques da competição

Page 88: Revista Budo 7

principal força do judô brasileiro, e com isso nossa equipe tem obtido resultados cada vez mais expressivos. Fomos campe-ões gerais do masculino e do feminino na Liga do Desporto Universitário de Lutas, evento nacional organizado pela Confede-ração Brasileira do Desporto Universitário - CBDU, e agora ficamos em primeiro no campeonato da FUPE. Isso é reflexo do excelente trabalho desenvolvido pelo nosso treinador Mauro Oliveira, que conta com a colaboração de Mário Tsutsui, nosso auxi-liar técnico.”

Pedro lembrou que os objetivos da competição foram atingidos. “Felizmente nossos atletas lutaram muito bem, e com isso atingimos o principal objetivo traçado para esta competição, que era classificar o maior número possível de atletas para as Olimpíadas Universitárias - JUBs 2012. Dos 14 atletas que São Paulo levará para os JUBs desta temporada, dez serão da Unip.”

Apoio é fundamental no rendimento do time

Pedro Ventura falou sobre o trabalho desenvolvido por sua equipe. “A competi-ção teve boa organização e contou com o apoio da FPJ. Entretanto, tivemos grande dificuldade logística, pois a FUPE marcou o torneio em Ribeirão Preto com a pesa-gem para as 10 h. Mesmo com esta difi-culdade a UNIP conseguiu se organizar e com isso nossos atletas tiveram a melhor condição possível para lutar, já que busca-mos sempre oferecer a melhor estrutura aos nossos atletas. No caso específico desta competição, sabíamos que o intervalo entre a pesagem oficial e o início das lutas seria muito grande. Viajamos de ônibus leito su-perluxo saindo de São Paulo de madruga-da. Após a pesagem, descansamos e fomos almoçar em um bom restaurante próximo

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Page 89: Revista Budo 7

ao campus da Unip de Ribeirão Preto. Du-rante as lutas servimos lanches, água e fru-tas a todos os nossos atletas, que lutaram descansados e muito bem alimentados. Na volta jantamos na estrada e fizemos uma confraternização pelo excelente resultado obtido. Aproveito para agradecer os res-ponsáveis pela chefia do campo da Unip/Ribeirão Preto pelo suporte oferecido.”

Estágio na Alemanha

Além dos campeões de todas as cate-gorias, o torneio de Judô dos Juesp 2012 premiou o atleta que mais se destacou na competição, em cada naipe, com um está-gio no Centro de Esportes de Colônia, na Alemanha.

O destaque no feminino foi Dione Bar-bosa, atleta do Clube Pinheiros, campeã da categoria meio-médio. No masculino o vencedor foi Eduardo Katsuhiro Barbosa, atleta da A. D. São Caetano, vencedor da categoria leve, ambos atletas da Unip.

Surpresos com a escolha, os judocas comemoraram o fato de poderem treinar com atletas que têm um estilo diferente do brasileiro. “É incrível, principalmente por ser na Alemanha, que luta um judô mais baseado na força”, analisou Dione. “É uma oportunidade única. Espero aproveitar muito e aprender o máximo possível”, co-mentou Eduardo.

Instituição Pont. Ouro Prata Bronze

1º. Unip 82 10 8 8

2º. U. Sant’anna 39 4 3 10

3º. Unorp 4 0 1 1

4º. Med. Paulista 3 0 1 0

4º. Unaerp 3 0 1 0

6º. EEFE-USP 2 0 0 2

6º. Ufscar 2 0 0 2

8º. Anh. Morumbi 1 0 0 1

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Page 90: Revista Budo 7

Belo Horizonte (BH) - Nos dias 14 e 15 de julho, o Minas Tênis Clube realizou a VIII Copa Minas de Judô, evento que, de-vido à qualidade e ao profi ssionalismo apre-sentados, foi o divisor de águas dos torneios abertos no Brasil.

Além do recorde de participantes, do sucesso obtido no treinamento de cam-po e da qualidade técnica da competição, que reuniu as maiores forças do judô verde e amarelo, a VIII Copa Minas ratifi cou a importância de realizar competições abertas que promovam intercâmbio e fomentem o desenvolvimento técnico de todas as cate-gorias.

Devido à data escolhida pelos dirigen-tes minastenistas, as disputas contaram com os fi nalistas de quase todos os campeonatos brasileiros realizados nesta temporada, e o que se viu nos tatamis foi um nível técnico extremamente forte.

Tudo esteve dentro do planejado e fun-cionou perfeitamente. Os horários foram cumpridos à risca e o planejamento das

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

COPA MINAS

PELO EXCELENTE NÍVEL TÉCNICOSurpreende

lutas obedeceu impecavelmente ao organo-grama traçado pelos dirigentes. Nossa ava-liação é que esta foi a melhor competição aberta realizada até hoje no Brasil.

Na contagem geral, a Belo Dente/Mi-nas fi cou no primeiro lugar geral, conquis-tando 323 pontos, mas, como anfi triã do evento, não levou o título de campeão, con-forme prevê o regulamento da competição. Assim, o Palmeiras, segundo colocado no quadro geral de pontuação, foi o campeão, com 202 pontos, enquanto o Judô Futuro foi vice-campeão com 112 pontos e SESI--SP foi o terceiro colocado, totalizando 111 pontos.

Ao todo, 1.354 atletas vindos de 98 agremiações de 21 Estados disputaram medalhas das categorias infanto-juvenil, pré-juvenil, juvenil, júnior e sênior. Mas o ponto alto desta edição foi a enorme pre-sença dos clubes mineiros, que fi nalmente entenderam a importância do intercâmbio técnico oferecido nesta competição, bem como a presença dos maiores clubes e asso-ciações do País.

Carlos Henrique Teixeira

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Page 91: Revista Budo 7

Gustavo Ferrari, Francisco de Carvaloe Luiz Algusto Martins

Gustavo Ferrari, Francisco de Carvaloe Luiz Algusto Martins

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Destacamos algumas das principais agremiações presentes no evento: Associa-ção Bushidô Pais e Amigos (SP), Asso-ciação Esportiva Recreativa Usipa (MG), Associação de Judô Arrais (DF), Sogipa (RS), Clube Paineiras do Morumby (SP), Academia Matsunaga (MG), Associação Desportiva Moura (MS), Associação de Judô Mauá (SP), Judô Comunitário de Betim (MG), Palmeiras/Mogi - Socieda-de Esportiva Palmeiras (SP), Judô Fragoso (RJ), Associação de Judô Iwashita (PR), Praia Clube Uberlândia (MG), Judô Inhu-mas (GO), Judô Clube Cachoeiro (ES), Academia Águia Branca (MG), Associa-ção A Hebraica (SP), Projeto Avança Judô (MG), CRES - Varginha (MG), Espaço Marques Guiness (DF), Associação Harai--Goshi (GO), Associação Benefi cente Judô Arte (BA), Associação Atlética Judô Futu-ro (MS), Associação Judô & Movimento Aracaju (SE), Kiai Associação Canoense de Judô (RS), Centro de Excelência Esportiva Projeto Futuro (SP), Associação Pessoa de Judô (SP), Clube de Judô Poços de Caldas

(MG), Judô Clube Salgueiro (MG) e SE-SI-SP (Bauru).

Estranhamente, nenhuma das princi-pais equipes cariocas marcou presença nesta edição da Copa Minas, que tradicional-mente atrai grande participação de times fl uminenses. Segundo Sérgio Cota, chefe do departamento de judô do Minas Tênis, até a data da competição foi alterada para possibilitar a vinda das equipes do Rio de Janeiro. “Não entendemos o que houve, já que após várias conversas que tivemos com alguns dirigentes cariocas achamos por bem alterar a data do nosso evento, que origi-nalmente colidia com competições daque-le Estado. Sentimos falta de equipes como Flamengo, Jequiá, Judô Vale Ouro e Flumi-nense, que já havia feito inscrição de mais de 30 atletas, e Instituto Reação, campeão do evento em 2011. Mas esperamos contar com a volta dos cariocas em nossas próxi-mas edições.”

A cerimônia de abertura teve a presen-ça de autoridades e dirigentes esportivos, entre os quais Luiz Augusto Martins Tei-

Homenagem a Luciano Correa

Na cerimônia de abertura a diretoria do departamento de judô do Minas Tênis Clu-be homenageou o atleta Luciano Correa, que iria defender o Brasil numa Olimpíada pela terceira vez. A entrega da premiação foi feita por Carlos Henrique Martins Tei-xeira, diretor de judô do clube. Após a homenagem o campeão mundial destacou o apoio recebido pelo clube. “Agradeço a torcida, o apoio e o carinho que há anos todos os minastenistas dedicam a mim. Quero deixar aqui meu agradecimento à diretoria do clube e a toda comissão técnica pela confi ança e o imprescindível apoio que sempre me foi ofertado.”

Destacamos algumas das principais agremiações presentes no evento: Associa-ção Bushidô Pais e Amigos (SP), Asso-ciação Esportiva Recreativa Usipa (MG), Associação de Judô Arrais (DF), Sogipa (RS), Clube Paineiras do Morumby (SP), Academia Matsunaga (MG), Associação Desportiva Moura (MS), Associação de Judô Mauá (SP), Judô Comunitário de Betim (MG), Palmeiras/Mogi - Socieda-de Esportiva Palmeiras (SP), Judô Fragoso (RJ), Associação de Judô Iwashita (PR), Praia Clube Uberlândia (MG), Judô Inhu-mas (GO), Judô Clube Cachoeiro (ES), Academia Águia Branca (MG), Associa-ção A Hebraica (SP), Projeto Avança Judô (MG), CRES - Varginha (MG), Espaço Marques Guiness (DF), Associação Harai--Goshi (GO), Associação Benefi cente Judô Arte (BA), Associação Atlética Judô Futu-ro (MS), Associação Judô & Movimento Aracaju (SE), Kiai Associação Canoense de Judô (RS), Centro de Excelência Esportiva Projeto Futuro (SP), Associação Pessoa de Judô (SP), Clube de Judô Poços de Caldas

agremiações presentes no evento: Associa-ção Bushidô Pais e Amigos (SP), Asso-ciação Esportiva Recreativa Usipa (MG), Associação de Judô Arrais (DF), Sogipa (RS), Clube Paineiras do Morumby (SP), Academia Matsunaga (MG), Associação Desportiva Moura (MS), Associação de Judô Mauá (SP), Judô Comunitário de Betim (MG), Palmeiras/Mogi - Socieda-de Esportiva Palmeiras (SP), Judô Fragoso (RJ), Associação de Judô Iwashita (PR), Praia Clube Uberlândia (MG), Judô Inhu-mas (GO), Judô Clube Cachoeiro (ES), Academia Águia Branca (MG), Associa-ção A Hebraica (SP), Projeto Avança Judô (MG), CRES - Varginha (MG), Espaço Marques Guiness (DF), Associação Harai--Goshi (GO), Associação Benefi cente Judô Arte (BA), Associação Atlética Judô Futu-ro (MS), Associação Judô & Movimento Aracaju (SE), Kiai Associação Canoense de Judô (RS), Centro de Excelência Esportiva Projeto Futuro (SP), Associação Pessoa de Judô (SP), Clube de Judô Poços de Caldas

Professores Wilson Paulo, Hitler Curi, Nédio Henrique, Luiz Augusto e Luciano Corrêa Hatiro Ogawa e José Jantália Alessandro Nascimento e Edson Puglia

Carlos Henrique, Francisco de Carvalho e Sérgio CotaLucas Lisboa, Eduardo Pinho e Carlos Henrique Teixeira

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Page 93: Revista Budo 7

xeira, presidente da FMJ; Carlos Henrique Martins Teixeira, diretor de judô do MTC; Eduardo Nascimento e Lucas Correa Reis, vice-presidentes da FMJ; Francisco de Carvalho Filho, presidente da FPJ; Luiz Eduardo da Motta Pinho, presidente da Federação Paraense de Judô; Luiz Fernan-des de Araújo Júnior, vice-presidente da Fegoju, Pedro Paulo Correa, coordenador da CBJ na Região III; Adalclever Ribei-ro, deputado federal; Hitler Fouad Curi, delegado geral de polícia e conselheiro do MTC; Camilo Ângelo Prates Almeida, defensor público; professor Albano Pinto Corrêa Neto; José Jantália, vice-presidente da FPJ; e Hatiro Ogawa, coordenador do centro de excelência do judô paulista.

A abertura contou também com a importante presença de medalhistas olím-picos e campeões mundiais, entre os quais Carlos Honorato, medalha de prata em Sidney-2000; Luciano Corrêa, campeão mundial no Rio de Janeiro- 2007; Ketleyn Quadros, bronze em Pequim-2008; e Jose-ph Guilherme, ex-atleta da seleção brasi-leira.

Em seu depoimento de abertura, Luiz Augusto Martins Teixeira, presidente da FMJ, deu boas vindas a todos. “Antes de tudo, quero dar boas-vindas a todos que vieram a Belo Horizonte e estão abrilhan-tando nosso evento com suas presenças. Atendendo aos pedidos de técnicos e pro-fessores que participam desta competição, a Copa Minas mudou e, segundo fui infor-mado pela diretoria do Minas Tênis Clube, deverá mudar ainda mais, visando a oferecer

cada vez maior dinâmica e aproveitamen-to a todos que dela participam. Tudo isso acontece devido à importante parceria entre os minastenistas e vocês, professores, téc-nicos e atletas, que anualmente prestigiam esta competição. Desejo que esta edição seja um marco, no sentido de promovermos jun-tos, em 2013, um evento ainda maior e me-lhor. A Federação Mineira de Judô faz um agradecimento especial a todos os árbitros que atuarão nos dois dias de disputa, já que sem a imprescindível participação de vocês não realizaríamos este certame.”

Palmeiras começa com vitória no infanto-juvenil

Com uma medalha de ouro, três de pra-ta e três de bronze, o Palmeiras/Mogi ini-ciou a corrida ao título na frente. A Hebrai-ca ficou em segundo lugar com três ouros e três bronzes. O Judô do Futuro ficou em terceiro lugar com dois ouros e dois bronzes.

No pré-juvenil o Verdão manteve a escrita

Mantendo a escrita de quase todas as competições e torneios em que a equipe alviverde compete, o Palmeiras/Mogi foi campeão geral do sub-15, com quatro ou-ros, uma prata e um bronze. A Harai-Goshi foi a vice-campeã geral, com dois ouros e dois bronzes. A Hebraica ficou na terceira colocação, com uma medalha de ouro, uma de prata e três de bronze.

Gêmeas palmeirenses são

destaque do infanto-juvenil

O pódio da categoria sub-13 contou com um atrativo bastante peculiar, já que a primeira e a segunda colocações do super-ligeiro foram conquistadas pelas gêmeas Giuliana Monteiro e Giovana Monteiro, atletas do Palmeiras/Mogi.

Após a conquista do ouro e da pra-ta, a duplinha alviverde explicou de que forma começaram nos tatamis. “Vimos uma luta de judô na televisão e gosta-mos muito, aí nós acabamos indo treinar no Palmeiras”, explicou Giuliana.

Sobre o trabalho do professor Pau-lino Namie, as duas foram enfáticas. “O treino do sensei Namie é muito bom, e ele não dá moleza. Faz a gente treinar forte”, afirmou Giovana.

Com referência ao nível da Copa Minas, ambas elogiaram a competição. “Pegamos algumas meninas bem fortes, que deram bastante trabalho. Nós duas fizemos semifinais duríssimas”, disse Giuliana, que destacou a qualidade de sua adversária da semifinal. “A luta da semifinal foi muito complicada, pois peguei uma atleta gaúcha que era bem forte, mas felizmente consegui jogá-la de ippon.”

Felizes, as palmeirenses falaram quais são seus golpes preferidos. “Meu tokui-waza é o ippon-seoi-nage”, disse Giovana. “Já o meu é o uchi-maki-ko-mi”, completou Giuliana.

A dupla palmeirense destacou que ambas estão classificadas para compe-tições nacionais. Enquanto a Giuliana vai disputar o brasileiro, a Giovanna disputará o sul-brasileiro. Nada demais, diriam os menos avisados, mas o que chama nossa atenção é que elas têm ape-nas 11 anos, e treinam judô há apenas 13 meses.

Socorro, Ketlyn e Fernanda Luiz Augusto, Eduardo Pinho e Francisco de Carvalho

Luiz Augusto, Edson Puglia e Francisco de CarvalhoFrancisco de Carvalho e Floriano de Almeida

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Page 94: Revista Budo 7

Minas Tênis écampeão do juvenil

A equipe anfitriã foi campeã geral do juvenil, conquistando quatro medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. O SESI-SP ficou na vice-liderança, com três ouros, duas pratas e dois bronzes. O Judô do Futuro manteve-se na terceira colocação, com um ouro, quatro pratas e três bronzes.

Minastenistas garantem primeiro lugar no júnior

O Minas Tênis subiu ao lugar mais alto do pódio da categoria júnior, conquistando sete medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. O Projeto Futuro ficou na vice--liderança, com dois ouros, quatro pratas e cinco bronzes. O Palmeiras/Mogi ficou em terceiro lugar, com duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze.

Carlos Henrique, Eduardo Pinho, Carlos Honorato e Luiz Fernandez

Chico com os professores do Centro de Excelência Barbosa, Umakakeba e Honorato

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Page 95: Revista Budo 7

Minas Tênis arrasa no sênior

Com nove medalhas de ouro, oito de prata e cinco de bronze, o Belodente/ Minas sobrou na categoria sênior. O Projeto Futuro fi cou na segunda colocação, com um ouro, duas pratas e cinco bronzes. O Palmeiras/Mogi fi cou em terceiro lugar, com duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

Dirigente destaca a importância do

trabalho na base

Após o encerramento do evento, Carlos Henrique Martins Teixeira, diretor de judô do Minas Tênis Clube, falou sobre a impor-tância do trabalho focado na base. “Penso que a Copa Minas é um grande evento, que contempla, sobretudo, a formação e a base.

Não compreendo um trabalho de judô ou qualquer outro esporte sem que se pense e se aprimore a base. Equivocadamente, hoje, apenas alguns dirigentes e clubes dão importância à base, que no caso específi co do judô é relegada pela CBJ, que concentra esforços e investimentos fundamentalmen-te na ponta. Se tivéssemos incentivo maior para a base e para a formação, teríamos um judô melhor. São Paulo é hoje o exemplo de lucidez na condução do judô, porque sua estrutura se concentra na atenção à formação e à base. Minas Gerais, seguin-do o vitorioso exemplo de São Paulo, está concentrando seus esforços também neste sentido, e já colhe frutos. A Copa Minas foi, então, em clima de confraternização, uma competição forte que reuniu a nata do judô brasileiro em dois dias de lutas. O Minas Tênis é a casa do esporte, e todos que quiserem se aprimorar tecnicamente, dentro dos princípios éticos e morais, serão

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Page 96: Revista Budo 7

Alfredo Hélio Arrais Braga – UNB (DF) Minha avaliação da competição foi ótima. Tudo muito organiza-do, com horários e todo crono-grama cumpridos à risca. Dou nota 10, e se pudesse daria 11. O nível técnico foi muito bom, com atletas que às vezes não conseguem sair de seus Estados,

mas que também são muito fortes. Certamente estaremos aqui em 2013.

Vinicius Fragoso – Judô Fragoso (RJ) O mais interessante da Copa Minas é que Belo Horizonte é muito bem localizada geograficamente. Fora isso, sabermos que aqui estão sempre clubes do alto rendimento, como Palmeiras/Mogi e Minas Tênis Clube. Mas o ponto forte desta competição é o intercâmbio técnico que ela proporciona para a base. A competição exige muito de nós, porque usa o sistema de repescagem e, com a grande quantidade de judocas inscritos, a disputa tende a arrastar-se por longas 12 horas diárias. Mas é justamente isso mesmo que buscamos. Temos aqui uma superestrutura que está atraindo quase o Brasil inteiro, já que este ano tivemos 21 Estados participando. Nos tatamis a garotada bateu um bolão, e todos os professores que aqui estiveram

foram tratados com muito respeito. Tudo foi muito bem pensado e resolvido, o que não dá margem a críticas ou reclamações. Tivemos efe-tivamente um evento perfeito. Realizo a Copa Fragoso de Judô, e de antemão quero convidar todos os leitores da Budô para participarem da edição de 2013, que se realizará no primeiro semestre.

Abdias Lima de Queiroz – Assoc. Queiroz (PI) Foi tudo sensacional, muitas equipes de ponta, quase todos os Estados brasileiros estavam aqui e a organização foi muito boa. Este modelo de competição aberta para todo País é muito interessante e necessária para o fortalecimento da base. Ouvia o pessoal falar bem

deste evento, mas nunca havia participado. Só mesmo estando aqui para dimensionarmos a qualidade da competição. O Minas Tênis Clube está de parabéns.

Pedro Paulo Correa – Clube Cachoeiro (ES) Tivemos aqui um grande evento, que superou todas as expectativas, e a minha avaliação geral foi ótima. A nata do judô brasileiro estava aqui e só isso justificaria nossa participação. Tudo foi show e dou nota máxima a esta edição da Copa Minas de Judô.

Pedro Ribeiro da Silva Judô Clube Salgueiro (MG) ± Esta foi a primeira vez em que partici-pei da Copa Minas. Em função dos pro-blemas políticos com a gestão anterior, eu estava impossibilitado de competir em nível federativo. Achei que o evento foi muito bem equacionado e dinâmico. Minha avaliação é totalmente positiva.

Avelino Antunes – Judô Com. de Betim (MG) Esta edição da Copa Minas apresentou um nível muito bom e foi superior à do ano passado. A organização foi impecável e, com isso, tudo ficou muito mais dinâmi-co e ágil.

Juarez Garcia Gomes Praia Clube de

Uberlândia (MG) O evento como um todo foi

excelente. O nível técnico estava al-tíssimo, com um número impressio-nante de atletas de ponta e clubes da elite do judô. Tivemos alguns probleminhas referentes à arbitra-gem, mas diante da grandeza e da

qualidade da competição temos de desconsiderá-los. O ponto alto foi a qualidade do intercâmbio oferecido à base. Muitos judocas fizeram aqui sua estreia em nível de Brasil, e certamente puderam avaliar seu judô e dimensionar o que terão pela frente.

Carlos Honorato – Centro de Excelência Santos (SP)

± A competição foi muito forte e tivemos a presença de muitos atletas das seleções, da base até o sênior. Vimos judocas bastante talentosos, que estão subindo e em breve estarão brilhando nos tatamis. A vinda dos judocas do Centro de

Excelência foi extramente importante, já que o pessoal que não está tão à frente sempre adquire um pouco mais de experiência. Para quem já tem uma bagagem maior, a competição somou no sentido de manter o ritmo para continuar no topo.

Depoimentos de técnicos e dirigentes

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Page 97: Revista Budo 7

Cristian Alderete – Academia Kiai (RS) Tivemos um campeonato muito bom, com excelente nível técnico e organização impecável. No geral foi tudo muito bom mesmo. A boa qualidade técnica proporcionou um intercâmbio para toda a categoria de base. A competição foi nota 10.

Daniel Rodrigues Pires Sogipa (RS) Voltamos este ano com uma delegação maior, mas já no ano passado nossos atletas tiveram um aproveitamento muito positivo, pois a competição apresentou um nível bastante elevado. Este ano programamos e priorizamos a Copa Minas em nosso calendário. Realmente foi um evento muito

bom, com atletas de alto nível. A participação da Sogipa foi boa e a gurizada correspondeu às nossas expectativas. Queríamos participar de um evento forte com um grande numero de lutas por categoria, e em função do sistema desta competição estes objetivos foram alcançados. Minha avaliação do evento é 100% positiva.

Carlos Roberto Teixeira de Oliveira SESI (DF) A Copa Minas agregou muita experiência para os nossos alu-nos, já que aqui puderam pegar nos kimonos de judocas vindos de vários Estados. A Copa Minas se supera a cada ano na questão técnica e organizacional,

e isso é muito bom para todos que vêm aqui.

Marco Antônio Barbosa Projeto Futuro (SP) Esta foi minha primeira experiência na Copa Minas, e minha análise é que o evento apresentou uma orga-nização impecável. Tudo começou e terminou no horário previsto. A dinâmica do evento foi impressio-nante e minha nota é 10.

Francisco de Carvalho Presidente da FPJ Estive em várias edições da Copa Minas, e esta foi a mais organizada e estruturada de todas. Nas competições de judô normalmente se vê um volume muito grande de gente dentro da área do shia-jo, e isso acaba tirando a visibilidade.

Quem olha pela primeira vez acha que é uma bagunça, mas quem compete ou é do meio sabe exatamente o que está acontecendo, mas aqui tudo estava muito bem organizado e resolvido. São Paulo tem obrigação de prestigiar os eventos das federações coirmãs, principalmente daquelas que são ali-nhadas no mesmo objetivo, objetivo este que é formar atletas na base para que tenhamos um nível cada vez mais alto.

Luiz Augusto Martins Teixeira - Presidente da FMJ A Copa Minas 2012 apresentou números surpreendentes, e batemos um novo recorde em função de que este ano não tivemos o festival infantil. O número de atletas, Estados e associações inscritos, aumentou significativamente e isso ratifica a credibilidade que nosso evento conquistou. A princípio, acho que isso é

resultado da parceria que fazemos com todos os nossos filiados, que somaram esforços com a FMJ e o Minas Tênis Clube, na realização deste avento. Para nós é um orgulho imenso receber atletas de praticamente todos os Estados e, como dirigente máximo do judô mineiro, agradeço o empenho de todos que aqui estiveram, seja competindo, seja como membros de comissões técnicas e arbitrando. Espero que cada edição da Copa Minas seja melhor, que a cada ano haja maior intercâmbio e o número de participantes cresça ainda mais.

Alfredo Dornelles Técnico do MTC

Pela experiência que possuímos e pela vivência que somamos parti-cipando em grandes eventos, acho que fizemos uma competição com muita qualidade. A Copa São Paulo foi um megaevento, que teve suas virtudes e seus problemas, natu-ralmente, e uma de nossas metas

era justamente qualificar nosso torneio de forma a não cometer os mesmo erros. Acho que realizamos uma copa bem mais dinâmica, com um nível técnico muito bom, e contamos com a participação maciça de atletas de ponta em todas as categorias. O fluxo da com-petição foi muito bom, tudo foi rápido e ágil. Tenho certeza de que obtivemos um registro muito bom para o judô brasileiro.

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Floriano de Almeida Técnico do MTC Sem dúvida esta foi a edição com melhor nível técnico. Nosso obje-tivo é crescer a cada ano na qua-lidade técnica, esperando receber sempre atletas de nível melhor. A arbitragem também tem evoluído e acompanhado esta evolução técni-ca. Estou bastante satisfeito com o resultado e valeu o trabalho.

Bruno YamateAssociação de Judô Ya-mate (ES)Buscamos estar aqui todos os anos, e esta edição foi fantástica, surpreendendo pela qualidade técnica e organização. Acho que a cada ano a Copa Minas agrega mais qualidade e, consequente-mente, oferece maior retorno a

todos que vêm a Belo Horizonte.

Luiz Fernandes de Araújo Júnior Vice-presidente da Fegoju A Copa Minas Tênis de Judô é uma referência no Brasil em ter-mos de competição, com excelên-cia em organização e alto nível técnico. Outro fator fundamental é a oportunidade que os judo-cas, principalmente do Estado

de Goiás, têm de poder fazer intercâmbio com outros Estados, como Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Ilder Lima – Associação Judo & Movimento (SE) Gostei bastante, já que tivemos uma qualidade técnica excelente. Muitos atletas com nível de se-leção brasileira vieram fazer uma pré-competição, já que o brasi-leiro júnior ainda vai acontecer. A comissão organizadora está de parabéns porque foi um evento bastante organizado e bem estru-

turado. O judô necessita, e busca hoje, de eventos bem estrutura-dos e a Copa Minas foi um evento grandioso.

Hatiro Ogawa – Coordenador do Centro de Excelência (SP) Fiquei surpreso com o número de agremiações e Estados inscritos. Isso prova que Minas Gerais possui muito prestígio, e que todos querem estar próximos a Minas. Mobilizamos as três bases do Centro de Excelência do judô paulista ± Ibirapuera, Santos e Bastos ± , e mesmo para esses atletas que já são da elite do Estado de São Paulo esta competição promoveu um intercâmbio enorme. São 21 Estados e eles tiveram a oportunidade única de competir com judocas que jamais haviam participado do circuito nacional, já que os campeonatos brasileiros impedem uma participação mais ampla, pois que tudo é selecionado por região. Da mesma forma que a Copa Minas soma para São Paulo, ela agrega muita qualidade ao judô do Brasil.

Luiz Eduardo da Motta PinhoPresidente da FPAJUO evento foi muito bom e proporcionou grande intercâmbio para os nossos atletas. Viemos com 28 judocas do Pará e todos afirmaram que valeu a pena, já que o nível técnico está altíssimo. Colocamos a Copa Minas no ranking da Federação Paraense, e hoje damos uma importância muito grande a ela. São quase 1.400 atletas, 98 associações, 21 Estados e um intercâmbio melhor que este não existe. É isso que temos de buscar para o crescimento técnico dos nossos atletas. Este já é o quarto ano em que estamos participando e vimos um crescimento muito grande em nível competitivo e organizacional.

Edson Minakawa - A Hebraica (SP) Destaco a preocupação da comissão técnica da Copa Minas em atender às reivindicações feitas pe-los clubes. Ao atender integralmente às nossas sugestões, este ano eles priorizaram a competição e marcaram outra data para realizar o festival infantil e o campeonato por equipes. A reformulação da entrada dos atletas no shiai-jô também impôs nova dinâmica à competição. Fora isso, eles também foram muito felizes pela época e a data da competição, e o resultado foi excelente. Sentimo-nos hon-rados por estar aqui participando de uma competição com um padrão tão elevado.

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Marcos Perota – Asso-ciação Bushido (SP) Esta foi a nossa primeira participa-ção nesta competição, na qual tive-mos um evento extremamente forte. Para o aprendizado e crescimento dos atletas foi uma competição per-feita, com 100% de aproveitamento. Viemos com 15 atletas e valeu mui-

to a pena, já que a competição proporcionou grande intercâmbio técnico, e é justamente disso que estamos precisando para chegar aonde pretendemos.

Marinho EstevesTécnico do SESI (SP)Tivemos aqui uma competição bas-tante forte com a participação de muitos Estados brasileiros. A equi-pe minastenista está muito forte e todos os atletas do clube são extre-mamente competitivos. Além dos anfitriões, vieram as três equipes do

Centro de Excelência de São Paulo, e com isso vimos um campe-onato de altíssimo nível. A organização foi impecável e muito bem planejada. Gostei muito e dou nota 10.

Mário Lúcio da SilvaProjeto Avança Judô (MG) Esta foi uma das melhores competi-ções realizadas no Minas Tênis Clube, tanto na área técnica quanto na admi-nistrativa. Muitos atletas de alto nível e um trabalho excelente na arbitragem. Todos fizeram um ótimo trabalho e

minha avaliação do evento é nota 10.

Marcos Moura Associação Desportiva Moura (MS)

Valeu a pena vir a BH, já que o nível técnico foi altíssimo. São 98 clubes com aporte em quantidade e qualidade, num evento com a presença de 21 Estados. Valeu a pena também pelo aprendizado e o intercâmbio técnico. Esta foi nossa quarta vez na Copa Minas e se Deus quiser no ano que vem estaremos aqui de novo.

Alexandre Lee Clube Paineiras do Morumby (SP) Foi um excelente evento, que contou com os melhores judocas do País, e isso é muito bom para inte-gração e diversificação de adversários. Minha avaliação é que foi tudo exce-lente, nossos atletas aproveitaram mui-to, não só a competição, mas também o treinamento de campo. Houve uma

integração enorme com atletas do Brasil todo, e isso é fundamental.

Robert Marques Espaço Marques Guines (DF) A Copa Minas é uma competição di-ferenciada, que reúne atletas de vários Estados e sempre proporciona bons confrontos até para o alto nível, pro-piciando grande intercâmbio para a nova geração e para aqueles que estão buscando espaço nas seleções princi-pais. Sempre venho e trago meus atle-

tas, pois é uma competição diferente, que adota o sistema de repes-cagem antigo, e isso faz com que os atletas lutem mais e obtenham melhor resultado.

Alessandro Souza Nascimento – Judô Futuro (MS) ± A Copa Minas é uma grande competição, na qual marcamos presença todos os anos. Nesta edição a com-petição foi muito mais dinâmica e o nível técnico estava muito forte. Como acontece sempre, a organização do evento está de parabéns. Esperamos que no próximo ano possamos estar de volta, já que esta é uma das princi-pais competições do calendário anual do judô brasileiro. Valeu a pena porque uma experiência deste nível nos trás à realidade e faz com que todos treinem mais.

Joseph GuilhermeHarai-Goshi (GO)Só tenho elogios para o excelente nível técnico e para a organização da compe-tição. Espero ser convidado no próxi-mo ano, e voltar com uma equipe ainda maior.

Nelson Matsunaga Associação Matsunaga de Pouso Alegre (MG)Tivemos uma boa compe-tição, sem dúvida alguma, quem sabe poderíamos en-xugar alguma coisa para fi-car mais compacta e menos

extensa. Mas, com relação ao nível técnico e organização, foi tudo perfeito.

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Uishiro Umakakeba – Centro de Excelência Bastos (SP) Além de ser muito bem organizada, a Copa Minas está muito forte e repleta de atletas muito bem preparados. Achei que poderia classifi car mais atletas e estou tendo muitas difi culdades aqui. Surpreendeu-me positivamente, mas valeu a pena porque uma experiência deste nível nos trás à realidade e faz com que todos treinem mais.

Edson Puglia – Palmeiras/Mogi (SP) É uma satisfação enorme poder vir a Minas Gerais, rever os amigos minastenistas e dos demais Estados. Trouxemos uma equipe com 43 atletas do infanto ao sênior e conquistamos os títulos do infanto-juvenil, pré-juvenil, júnior e a classifi cação geral. Para nós é uma grande alegria, já que este resultado é fruto de muito trabalho e nos dá certeza de que estamos no caminho certo. Participamos desta competição desde 2007, mas este ano o nível foi fortíssimo. Os atletas puderam medir seu desempenho, enquanto nós, dirigentes e técnico, pudemos avaliar o nível de todas as equipes. Tudo foi fantástico e temos mais é que prestigiar, apoiar e parti-cipar de eventos como esse.

Sérgio Cota – Diretor do Departamento de Judô do MTC Estamos satisfeitíssimos porque atingimos nossos objetivos. A Copa Minas é um evento tradicional no calen-dário dos clubes brasileiros, tanto é que tivemos representantes de 21 Estados. Pela experiência oferecida nas edições anteriores, fi zemos algumas modifi cações, retirando do evento a competição por equipe e o festival infantil. Com isso, demos melhor qualidade à competição. Nossa proposta é evoluir a cada edição, fazendo com que todos fi quem satisfeitos. Este ano houve uma grande melhora no nível técnico e na arbitragem, e nossa avaliação é totalmente positiva, já que atingimos também nosso principal objetivo que é fomentar o desenvolvimento da base. Sentimos falta das equipes do Rio, acho que faltou um pouquinho de empenho dos dirigentes cariocas em conciliar o calendário, tanto é que mudamos a data da Copa Minas para fugir das datas

do calendário carioca. Mas aí eles criaram um novo evento e penso que, se não fosse isso, teríamos nos aproximado das 2 mil inscrições. Nossa maior surpresa foi com o treinamento de campo. Foi um sucesso enorme e praticamente todos os atletas que dele participaram fi caram para competição, e isso foi um ponto muito positivo.

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Classifi cação Final Infanto-juvenil - Sub13Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze

1º PALMEIRAS 67 4 3 3

2º HEBRAICA 39 3 0 3

3º JUDO FUTURO 26 2 0 2

4º KIAI 26 2 0 2

5º SESI SP 18 0 3 0

6º E. GUINESS 16 1 1 0

6º JUVENTUDE 16 1 0 2

8º MOURA 12 0 1 2

8º SESI DF 12 0 0 4

10º SESC GOIAS 10 1 0 0

10º SOGIPA 10 1 0 0

10º USIPA 10 1 0 0

Classifi cação Final Juvenil - Sub17 Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze

1º M.T.C 58 4 1 4

2º SESI SP 48 3 2 2

3º JUDO FUTURO 43 1 4 3

4º P.FUTURO 24 0 3 2

5º CRES 20 2 0 0

5º G N UNIAO 20 2 0 0

7º PALMEIRAS 19 1 1 1

8º PAINEIRAS 16 1 0 2

9º HARAI GOSHI 13 1 0 1

10º VALPARAISO 10 1 0 0

Classifi cação Final Sênior Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze

1º M. T. C 153 9 8 5

2º P.FUTURO 37 1 2 5

3º PALMEIRAS 32 2 1 2

4º HEBRAICA 13 1 0 1

5º AVENIDA TC 10 1 0 0

5º SOL 10 1 0 0

5º YAMATE 10 1 0 0

8º NAGASHIMA 9 0 0 3

8º BUSHIDO 9 0 1 1

10º PAINEIRAS 6 0 0 2

10º MOURA 6 0 1 0

10º AMERICANA 6 0 1 0

10º SANTA CRUZ 6 0 1 0

10º HARAI GOSHI 6 0 1 0

Classifi cação Final Sênior Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze

1º M. T. C 153 9 8 5

2º P.FUTURO 37 1 2 5

3º PALMEIRAS 32 2 1 2

4º HEBRAICA 13 1 0 1

5º AVENIDA TC 10 1 0 0

5º SOL 10 1 0 0

5º YAMATE 10 1 0 0

8º NAGASHIMA 9 0 0 3

8º BUSHIDO 9 0 1 1

10º PAINEIRAS 6 0 0 2

10º MOURA 6 0 1 0

10º AMERICANA 6 0 1 0

10º SANTA CRUZ 6 0 1 0

10º HARAI GOSHI 6 0 1 0

Classifi cação Final Júnior – Sub 20 Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze

1º M. T. C 85 7 2 1

2º P.FUTURO 85 7 2 1

3º PALMEIRAS 85 7 2 1

4º SESI SP 85 7 2 1

5º JUDO FUTURO 85 7 2 1

6º CORPO ARTE 85 7 2 1

7º CRES 85 7 2 1

8º HARAI GOSHI 85 7 2 1

9º PAINEIRAS 85 7 2 1

10º E.GUINESS 85 7 2 1

Classifi cação Final Pré-juvenil - Sub15 Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze

1º PALMEIRAS 49 4 1 1

2º HARAI GOSHI 26 2 0 2

3º HEBRAICA 25 1 1 3

4º VALPARAISO 22 1 2 0

5º M. T. C 21 0 2 3

6º KIAI 19 1 1 1

6º SESI SP 19 1 1 1

8º JUDO FUTURO 16 1 0 2

8º PESSOA 16 1 0 2

8º SOGIPA 16 1 1 0

11º E. GUINESS 15 0 2 1

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Col. Entidade Total Pontos Ouro Prata Bronze1º Minas T. C 323 20 14 13

2º PALMEIRAS 202 13 8 8

3º PROJETO FUTURO 120 3 9 12

4º JUDO FUTURO 112 4 5 14

5º SESI SP 111 6 7 3

6º HEBRAICA 77 5 1 7

7º HARAI GOSHI 66 3 3 6

8º KIAI 51 3 1 5

9º E. GUINESS 43 1 4 3

10º PAINEIRAS 42 3 0 4

11º CRES 39 3 0 3

12º CORPO ARTE 38 2 1 4

13º VALPARAISO 35 2 2 1

14º MOURA 33 0 3 5

15º SOGIPA 29 2 1 1

16º G N UNIAO 23 2 0 1

17º RIO PRETO AC 22 1 2 0

17º USIPA 22 1 1 2

19º CACHOEIRO 21 0 3 1

19º PRAIA CLUBE 21 0 1 5

21º JUVENTUDE 19 1 0 3

21º EQUILIBRIUM 19 1 1 1

23º BUSHIDO 18 0 2 2

23º JUDÔ & MOVIM 18 0 0 6

25º PESSOA 16 1 0 2

26º REN-SEI-KAN 15 0 2 1

26º SESI DF 15 0 0 5

28º ALIANÇA 13 1 0 1

28º AVENIDA TC 13 1 0 1

28º YAMATE 13 1 0 1

31º SESC GOIAS 10 1 0 0

31º SOL 10 1 0 0

33º AGUIA BRANCA 9 0 1 1

33º POÇOSDECAL 9 0 1 1

33º NAGASHIMA 9 0 0 3

33º M ANDRADE 9 0 0 3

33º DOM QUIXOTE 9 0 1 1

33º IFPA 9 0 1 1

39º SALGUEIRO 6 0 0 2

39º AMERICANA 6 0 1 0

39º ARRAIS 6 0 1 0

39º ASFAM 6 0 0 2

39º BRUNO AMORIM 6 0 0 2

39º SANTA CRUZ 6 0 1 0

39º VELEIRO 6 0 0 2

39º VILA VELHA 6 0 1 0

39º MESSIAS 6 0 1 0

48º SUL CAPIXABA 3 0 0 1

48º WAZA 3 0 0 1

48º SÃO CLEMENTE 3 0 0 1

48º QUEIROZ 3 0 0 1

48º NIPPON 3 0 0 1

48º MATSUNAGA 3 0 0 1

48º JUDÔ ARTE 3 0 0 1

48º JICUM 3 0 0 1

48º FRAGOSO 3 0 0 1

48º BODY TECH 3 0 0 1

48º AVANÇA JUDO 3 0 0 1

48º JUDOPAN 3 0 0 1

48º AGOST 3 0 0 1

Classifi cação Geral Final

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ELEIÇÕ

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ELEIÇÕ

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2012

DERLY Chega com Força Total

A FORÇA DO VOTO CONSCIENTE

Sou o João Derly, judoca decacampeão gaúcho, cinco vezes campeão continental, ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007 e bicampeão mundial em 2005 e 2007.

Nos últimos anos, além de me dedicar a colocar em prática tudo que aprendi com o esporte, também me empenhei na fundação e consolidação do Instituto Pódium, proje-to que leva o judô gratuitamente a mais de 250 crianças de baixa renda, sem nenhum investimento público. Tenho dedicado meu tempo e meus esforços a esse instituto, pois tenho a certeza de que podemos fazer muito mais para melhorar a nossa cidade e o nosso País.

DERLY DERLY Chega com Força TotalChega com Força Total

O gaúcho multicampeão de judô João Derly de Oliveira Nunes Júnior nasceu em 2 de junho de 1981 em Porto Alegre e, após uma das mais belas e

vitoriosas trajetórias nos tatamis, lança-se na política empunhando, é claro, a bandeira do esporte. Veja qual é a proposta do nosso bicampeão mundial.

É por isso que nestas eleições aceitei o desafi o de te representar na Câmara de Ve-readores, de lutar pelo desejo daqueles que acreditam, assim como eu, que é preciso fa-zer algo para que a nossa cidade se torne um lugar melhor. Sei que é possível ouvir a voz de cada cidadão na busca de novas soluções

Como escrevemos em nossa edição anterior, chegou o momento de votarmos com consciência, apoiando os candidatos que apoiam o esporte como um todo, e em especial aqueles que compreendem a importância do esporte na formação de uma sociedade mais desenvolvida, harmoniosa e justa.

Assim como fazem todos os segmentos da sociedade, vamos votar com olhos para o esporte, apoiando os candidatos que ajudam, que desenvolvem políticas que fomentam a prática esportiva e viabilizam o crescimento técnico de todas as modalidades.

para os velhos problemas.Aqui apresento um pouco das propostas

que defenderei como teu vereador. Quero construir com o teu apoio um mandato ino-vador, presente no dia a dia da cidade e que contribua para uma nova cultura política para a nossa Porto Alegre.

Propostas para o esporte:• Por uma nova legislação municipal para o esporte, que garanta os recursos necessários para a construção de equipamentos, quadras, ginásios e Praças da Juventude em toda a cidade.• Lutar pela Bolsa Atleta, dobrando a renda do município investida no esporte.• Valorização do profi ssional de educação física e da prática desportiva nas escolas.• Apoio à realização de eventos e campeonatos desportivos em nossa cidade.• Criação de ciclovia para a prática do ciclismo como lazer e meio de transporte.• Instalação de bicicletários nas estações de ônibus e Trensurb.

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ELEIÇÕ

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2012

Outro grande judoca que busca conquistar espaço na política par-tidária é o professor Calasans Camargo, de São José dos Campos (SP).

Candidato a vereador em São José dos Campos, sensei Calasans é mais um judoca extremamente capacitado que pretende trabalhar

pela estruturação e o desenvolvimento do desporto como um todo. Professor de educação física, kodansha 6° dan, Calasans ministra au-

las de judô há 31 anos, tendo formado dezenas de faixas pretas e pro-fessores.

Fundou a Academia Calasans Camargo em 1986, e é Delegado Re-gional da Federação Paulista de Judô, no Vale do Paraíba, desde 1991.

Há anos coordena projetos sociais com o judô junto ao Lions Clube. Sua plataforma de campanha é: Esporte e Educação para uma São José dos Campos melhor!

Por uma

SÃO JOSÉ Melhor

Mais Esporte, Educação e Saúde

para Taboão da SerraNascido em 16 de julho de 1958, em

Taboão da Serra, Nelson Hirotoshi Onmu-ra começou no judô aos 11 anos, e foi aluno da Associação de Judô Vila Sônia, uma das escolas mais fortes de São Paulo.

Como atleta, conquistou dezenas de títulos e até hoje, aos 54 anos, continua na briga por medalhas na categoria grand masters, na qual detém numerosos títulos e medalhas nacionais e continentais. Sua conquista mais importante foi a medalha de prata dos Jogos Pan-Americanos de 1987.

Onmura fala de sua origem nos tatamis. “Aprendi judô com o sensei Massao Shi-nohara, na Associação de Judô Vila Sônia. Comecei aos 11 anos e até hoje estou nos tatamis, dando aula, treinando e competin-do na categoria M5, -73 kg.”

O decacampeão brasileiro explica por-que decidiu lançar-se na política. “Sou professor de judô e creio que já dei aulas a milhares de jovens de Taboão da Serra. Mas ainda hoje vejo grande número de crianças em nosso município brincando nas ruas com esgoto a céu aberto, e eu acho que temos de mudar essas coisas. Por meio de programas educacionais e esportivos, po-deríamos mudar o futuro de muitos jovens que não têm um caminho a seguir.”

Onmura fala sobre sua proposta de tra-balho. “Como professor, eu não tenho como promover as mudanças necessárias, e é por isso resolvi entrar para a política e concorrer ao cargo de vereador. Quero entrar na bri-ga, pois sei que o esporte aqui em Taboão não tem representatividade na Câmara dos

Vereadores, e sem esta representatividade jamais teremos a força necessária para im-plantar os programas socioeducativos que podem realmente promover uma mudança.”

Professor de judô há 31 anos, Onmura promete apoio a todos os esportistas. “Nos-sa proposta está fundamentada no esporte, e pretendo trabalhar com todos os segmentos esportivos, bem como com a educação e a saúde que, em conjunto com a atividade es-portiva, formam o tripé de desenvolvimento de uma sociedade sadia e equilibrada.”

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Quando resolveu colocar um ponto fi nal em sua vitoriosa carreira esportiva, Aurélio Miguel tinha pouco mais de 36 anos e muita disposi-ção para seguir a luta. Campeão olímpico, entre tantas outras conquistas, Aurélio sempre teve uma atuação política no esporte. Paralelamen-te à vida de atleta, Aurélio construiu para si a imagem de um cidadão que luta por seus direi-tos e de seu segmento. Ao se insurgir contra os desmandos do autoritarismo dos dirigentes do judô, Aurélio frequentou uma escola prática de luta política. Ao sair-se vitorioso nesse emba-te, credenciou-se a uma carreira política para a qual recebera inúmeras convocações.

Eleito vereador na cidade de São Paulo, Aurélio Miguel está em seu segundo mandato. “A política é um mundo diferente do esporte. No judô, por exemplo, as decisões são do luta-dor. Mesmo que ele trabalhe com uma equipe e necessite de atletas para com eles treinar, no momento da luta ele está só para decidir. Na política, na Câmara paulistana, por exemplo, são 55 vereadores que decidem. A composição de interesses não é sempre muito fácil. Se no es-porte a vitória é sempre um objetivo a alcançar, na política são inúmeras as injunções, muitas as variáveis. Isso exige um confronto permanen-te entre aquilo que se pretende e aquilo que se pode alcançar. Há alegrias, mas muitas frustra-ções”, comentou.

Seu habitat natural é o esporte e, portanto, nada mais natural do que ter uma pre-ocupação especial com esse segmen-to. “Não dá para

Aurélio Miguel, Vereador paulistano em segundo mandato

Por Moacir Ciro Martins JúniorFotos Arquivo Pessoal

Aurélio Miguel, EL

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pensar exclusivamente no esporte. Mas é possível ser um porta-voz e defensor dos que constroem o cenário esportivo na capital de São Paulo. É o que tenho me esforçado para fazer como verea-dor”, explicou.

No seu trabalho cotidiano na Câma-ra Municipal de São Paulo, Aurélio tem destacado verbas para numerosas ativi-dades esportivas por meio de emendas ao orçamento, tais como programas de prática esportiva e eventos das mais variadas modalidades, auxílio a atletas, além de sua atividade como legislador. Por sua ação, as verbas aplicadas no es-porte pelo governo municipal de São Paulo têm aumentado anualmente. Foi dele a criação do programa Bolsa Atleta da Cidade de São Paulo, que tem como objetivo incentivar a permanência no esporte de atletas carentes, reforçando aquilo que existe nos níveis estadual e federal.

Preocupado com o surgimento de novos valores no esporte, mantém di-versos programas em seu Instituto Aurélio Miguel, entidade que reúne centenas de crianças e jovens em vários núcleos na cidade. Além disso, promove a Copa Revelação, evento poliesporti-vo que tem demonstrado elevado nível técnico e reunido milhares de compe-tidores. Anderson Varejão (basquete, NBA), Giovane Gavio (bicampeão olímpico de vôlei), Meg Montão (han-debol), Carlos Honorato (judoca vice--campeão olímpico), Eder Jofre (boxe, duas vezes campeão mundial) e Alex Welter (medalhista olímpico da vela)

são alguns dos padrinhos que prestigia-ram a última edição da Copa Revelação em 2011.

Aurélio tem também ciência da im-portância de preservar a memória dos grandes esportistas do País. Assim foi que ofereceu a José Roberto Guima-rães, técnico de vôlei três vezes campeão olímpico, o título de Cidadão Paulistano. Outro agraciado foi Amadeu Armenta-no Neto. Da mesma forma, anualmente, Aurélio Miguel reúne na Câmara Mu-nicipal atletas para comemorar o Dia do Judô, o Dia do Kung Fu e o Dia do Jiu--Jitsu. Nessas oportunidades são home-nageados os destaques do ano.

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Por Mais Esporte e Saúde para Mauá

Nascido em Guarulhos em 1950, ainda na infân-cia Francisco de Carvalho migrou com sua família para Mauá, onde foi morar numa região habitada eminente-mente por japoneses, e por infl uência dos amigos aca-bou praticando judô, modalidade esportiva que daria novo rumo a sua vida.

Desde cedo começou a participar de competições e, como a escola onde treinava fechou, acabou indo treinar fora de Mauá. Disputou vários campeonatos estaduais e nacionais, até que em 1967 foi campeão brasileiro.

Aos poucos foi-se envolvendo cada vez mais com o judô, até que passou a dar aulas e a cursar Educação Física, para posteriormente assumir cargos diretivos na modalidade. Com isso, atuou na Delegacia Regional do ABC, antes de assumir a presidência da Federação Pau-lista de Judô (FPJ), cargo que ocupa até hoje, fazendo uma das gestões mais dinâmicas e modernas da moda-lidade.

Ao mesmo tempo, Chico do Judô, como é mais co-nhecido, iniciou a trajetória na política partidária, tendo atuado em diversos cargos e assumido várias funções diretivas. Foi presidente da Comissão Municipal de Es-portes, secretário de Esportes, orientador pedagógico, vereador por quatro mandatos, e participou de várias funções dentro da área esportiva, embora não vives-se disso. Por infl uência de seu pai, que por toda a vida atuou neste segmento, sua atividade principal foi sem-pre a construção civil.

O experiente dirigente esportivo falou sobre a ne-cessidade de promover uma gestão esportiva consciente em Mauá. “Minha esposa Márcia e eu tivemos cinco fi lhos, que já estão encaminhados. Hoje tenho maior liberdade para dedicar-me à política e ao esporte. Acho que Mauá é carente de um projeto concreto para a área esportiva, mas não podemos transformar isso numa mo-eda de troca política, colocando leigos na gestão desta

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pasta. Já perdemos muita gente capacitada em nossa área, aqui em Mauá, por falta de projetos e políticas claras. Só teremos cres-cimento ordenado e definitivo quando pu-sermos gente do esporte à frente de tudo. Enquanto pensarmos que esporte, lazer e recreação são a mesma coisa, nada vai dar certo em nosso segmento. Assim como ocorre nas demais áreas, precisamos ter gente especializada e capacitada na gestão do esporte em Mauá.”

Chico destacou algumas de suas prin-cipais conquistas na vereança de Mauá. “Como vereador, cumpri quatro manda-tos consecutivos e dei minha contribuição para nossa cidade, apresentando proje-tos importantes, como o que provocou o rompimento de um contrato secular entre a Sabesp e a cidade de Mauá. Consegui-mos esta proeza por meio de um projeto de lei de iniciativa popular, e para tanto coletamos as assinaturas necessárias. Na verdade isso foi uma manifestação de nossa comunidade. O resultado de tudo foi que posteriormente o prefeito acabou criando uma companhia mista, que atualmente é a Sama, e até hoje é ela que faz a distribuição da água do nosso município. Este projeto foi extremamente importante, e é até agora o único projeto de lei do ABCD, feito com iniciativa popular.”

Chico do Judô falou sobre as priorida-des da cidade de Mauá, no campo esporti-vo. “Nos últimos anos nossa cidade conse-guiu imprimir alguns avanços, mas na área do esporte caiu tremendamente, a ponto de não termos mais condições de trazer ne-nhum campeonato importante para Mauá, já que as estruturas estão completamente abandonadas e os equipamentos esportivos foram totalmente detonados.”

Sobre as demais áreas, Chico foi en-

fático. “Todo candidato tem foco numa determinada área, mas um vereador não pode dar-se ao luxo de atuar num setor específico. Pode e deve trabalhar de forma global, avaliando os projetos que aparecem semanalmente na Câmara, provenientes de todas as áreas. Temos de tomar conheci-mento dos diferentes problemas da cidade, para podermos estabelecer as prioridades. Sonho, por exemplo, em fazer um ginásio em cada bairro, mas talvez isso não seja im-portante para a população de uma deter-minada região. A prioridade pode ser um posto de saúde, uma creche ou uma escola, e temos de ouvir a população para saber quais são os seus anseios. Não se consegue desenvolvimento em nenhum segmen-to se não houver educação e alimentação adequadas. Como um atleta pode correr, lutar judô ou jogar basquete, sem uma ali-mentação condizente? Como alguém pode desenvolver uma determinada atividade profissional com problema de saúde? As coisas são interligadas e para atingir um ní-vel competitivo, ou até mesmo desenvolver qualquer tipo de entretenimento e lazer, o primeiro passo é estar bem alimentado e gozando de plena saúde. E, estando na Câmara de Vereadores, nossa obrigação é fazer com que as coisas realmente funcio-nem e promover as mudanças de que nossa comunidade carece.”

Cargos recentes

Recentemente Chico do Judô trabalhou na Ouvidoria de Mauá. Ele foi o primeiro ouvidor e o primeiro secretário de Espor-tes da cidade, e é extremamente grato pelo cargo na ouvidoria. “Sou extremamente grato ao prefeito Cláudio Dias, porque nunca votei no PT, mas, mesmo assim, ele

me escolheu para ficar num cargo de mui-ta confiança. Éramos nós que ouvíamos as reclamações e queixas de sua administração. Nós não fizemos isso, mas poderíamos ter transformado nosso trabalho numa função extremamente política. E nunca utilizamos nosso cargo para fazer política, tratávamos de resolver os problemas que eram apresen-tados pela comunidade. Este período como ouvidor de Mauá me ofereceu grande co-nhecimento dos principais fatos que afligem nossa população. Com isso, pretendo agora desenvolver um grande trabalho na Câmara Municipal de Mauá, focado no desenvolvi-mento social de nossos munícipes.”

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ELEIÇÕ

ES

2012

2012

O Tetracampeão Paraolímpico

Antônio Tenório

Único atleta tetracampeão em Olim-píadas e Paraolimpíadas na história do es-porte brasileiro, esse é Antônio Tenório. A paixão pelo judô começou cedo por incen-tivo de seu pai, e aos 7 anos já se destacava em campeonatos no clube do Círculo dos Patrulheiros de São Bernardo do Campo (SP). Passou por várias academias ± Chá-cara 3 Irmãos, Clube Avenida, Vasco da Gama (Rio), São Paulo F. C., Gulo Judô – e recentemente mudou-se para São José do Rio Preto, trans-ferindo-se para a AD Ateneu Mansor em 2009.

Aos 13 anos, o judoca perdeu a visão do olho direi-

Nascido em 24 de outubro de 1970, em São Bernardo do Campo (SP), Antônio Tenório da Silva iniciou sua trajetória no judô ainda muito pequeno, e aos 7

anos já se destacava nos tatamis. Aos 13 anos perdeu a visão do olho direito, e aos 19 perdeu totalmente a visão. Mas, determinado e corajoso, Tenório seguiu fi rme em seu propósito nos tatamis e hoje, após ter conquistado quatro ouros

paraolímpicos, é um dos atletas defi cientes mais respeitados do mundo. Contu-do, para Tenório a luta está apenas começando, já que agora ele disputa uma

vaga na Câmara Municipal de São José do Rio Preto (SP), onde quer empunhar a bandeira do esporte.

to após ter sido atingido por uma semente de mamoneira vinda do estilingue de uma criança. Aos 19, recebeu outro golpe da vida com o diagnóstico de uma infl amação alérgica que resultou no deslocamento da retina de seu olho esquerdo e, consequen-temente, na cegueira completa. Mas não se abalou. Contrário à ideia de que os de-fi cientes são coitadinhos e grande defensor de seus direitos, lutou desde cedo contra as pedras no meio do caminho.

Além de uma infi nidade de títulos, Tenório é hoje o único atleta tetracam-peão paraolímpico no judô para defi cientes visuais. Aos 41 anos, ele explica o segredo de seu sucesso: “Sinto-me um gigante re-presentando meu País. E para atingir meus objetivos treino cerca de seis horas por dia”, afi rma.

Agora Tenório inicia uma nova dispu-ta para conquistar uma vaga na Câmara de Vereadores de São José do Rio Preto,

onde pretende lutar pelo desenvolvimento e a democratização dos recursos destinados ao desporto. “Sou um judoca, mas minha bandeira na Câmara será o desporto como um todo.”

Principais Títulos:

Ouro na Paraolimpíada de Atlanta ± 1996Ouro na Paraolimpíada de Sydney ± 2000Ouro na Paraolimpíada de Atenas ± 2004 Ouro na Paraolimpíada de Pequim - 2008 Bronze no mundial - Madrid – 1998Bronze no mundial - Brasil – 2001Vice-campeão mundial ± Roma 2002Campeão mundial ± 2006 - França Campeão da II Copa do Mundo de Judô – Brasil - 2005 Ouro no Parapan do Rio - 2007 Ouro no Campeonato Brasileiro Master de Judô - 2008

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MUNDIAL DE SUMÔ

Aos 17 anos, o paraense Luiz Eduar-do Pinho prepara-se para uma longa via-gem rumo a Hong Kong, quase do outro lado do planeta, para disputar o Campe-onato Mundial de Sumô Juvenil, nos dias 27 e 28 de outubro.

A vaga foi conquistada no dia 21 de julho, quando o lutador participou da seletiva, realizada no Bom Retiro, São Paulo.

Além da seletiva, Luiz Eduardo tam-bém disputou o 51° Campeonato Brasi-leiro de Sumô e o Torneio da Amizade, que envolveu Argentina, Paraguai e Ve-nezuela.

Para Luiz Eduardo, esta será uma experiência única. “Minha expectativa é a melhor possível, vou procurar empenhar--me ao máximo para conseguir um bom

Judoca Paraense Disputará

Luiz Eduardo Pinho conquistou a vaga para disputar o mundial na categoria júnior, no dia 21 de julho em São Paulo, quando disputou a seletiva. A competi-

ção será em Hong Kong, marcando sua estreia em mundiais

resultado. Essa é a minha primeira com-petição mundial, é uma experiência nova para mim, mas estou treinando bastante.”

Antes de viajar para Hong Kong, o atleta vai treinar uma semana em São Paulo, e pretende adquirir mais experiên-cia. “Essa semana em São Paulo será mui-to importante, pois vou poder treinar com os atletas mais experientes da modalidade, que já competiram em outros mundiais. Soube que as equipes mais difíceis são as da Rússia e do Japão, então já vou prepa-rado para isso”, disse Luiz.

Fonte Globo EsporteFoto Revista Budô

Luiz Eduardo Pinho Luiz com o pai Eduardo

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São Paulo (SP) - A Associação de Judô Colossus realizou seu tradicional campeonato aberto para todas as classes, aonde 937 judocas vindos de associações e clubes da capital e interior, competi-ram nas categorias mirim ao sênior.

O certame aconteceu no dia 28 de julho, nas dependências do Centro Edu-cacional da Mooca, Zona Leste de São Paulo, onde foram montadas 8 áreas de disputa.

A arbitragem foi dirigida pelo sen-sei Antonio José dos Santos, que contou com a importante atuação de 24 árbitros federados. Entres estes estavam grandes nomes da arbitragem paulistana, entre os quais destacamos os senseis Ulisses de Godoy, Alcides Camargo, Fernando da Cruz e Roberto Dutkiewcz.

Autoridades e personalidades espor-tivas prestigiaram a competição e parti-ciparam da mesa de honra formada para a abertura do evento. Entre estes des-tacamos Elisa Mito, esposa do querido

Reúne principais clubes paulistas

Por Paulo PintoFotos Marcelo Lopes/Budô

Campeonato da Associação de Judô Colossus

Amilton José dos Santos, Ulisses de Godoy e Roberto Dutkiewcz

Antonio Grecco, Ronald e Norma Salatéo e Elisa Mito Nelson Shigueki, Alcides Camargo e Elisa Mito

Nelson Shigueki e Rubes Pereira

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e saudoso sensei Shineiti Mito; Nelson Shigueki Koh, delegado regional da 7ª delegacia; Nelson Onmura; Alcides Ca-margo; professor Romildo; Antonio José dos Santos; Natália Pereira; Antonio Greco, Rubens Pereira, Ronald e Norma Salatéo.

Na abertura do certame os diretores da Associação de Judô Colossus pres-taram homenagem ao saudoso sensei Shineite Mito, um dos mais importan-tes professores paulistas. Além de ocu-par cargos diretivos na FPJ, onde por muitos anos foi vice-presidente, sensei Mito formou um numero expressivo de judocas e deixou uma marca de vitórias e conquistas no cenário judoístico pau-lista.

Bastante emocionado, Rubens Pe-reira, presidente da Associação Colossus falou sobe o grande amigo dos tatamis. “Parte de minha história foi escrita den-tro da Associação Mito de Judô e Karatê, ao lado do nosso querido amigo Shineite Mito. Temos o orgulho de poder pres-tar uma pequena homenagem a um dos maiores nomes do judô do nosso Estado e do Brasil.”

No encerramento da cerimônia de abertura Rubens Pereira agradeceu o apoio de recebido pela SELJ. “Quero fi-nalizar a abertura de nossa competição agradecendo o importante apoio presta-

Nelson Shigueki e Rubes Pereira

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do pelo Governo do Estado de São Paulo, que através da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo ± SELJ, viabilizou a realização desse evento. Temos aqui aproximadamente 1.000 crianças e não sabemos quantos judocas que aqui estão estarão representando nosso País nos próximos Jogos Olímpicos. Mas temos a certeza que es-tamos fomentando o crescimento do judô e promovendo eventos para a base. Isso só está sendo possível graças ao importante apoio prestado pelo Governo do Estado de São Paulo.”

No shiai-jô a disputa por medalhas foi fortíssima

Nos tatamis vimos uma nova geração motivada e determinada na vitó-ria, vindas de 46 associações e clubes de todo o Estado, mas o grande des-taque ficou para a Associação de Judô Moacyr, a campeã geral do torneio.

O Palmeiras/Mogi ficou na segunda colocação geral seguido pela As-sociação Desportiva da Policia Militar (ADPM) São José dos Campos.

A competição contou com a presença de excelentes atletas, entre es-tes vimos judocas que no primeiro semestre conquistaram os campeo-natos brasileiro de suas categorias, entre os quais destacamos as campeãs brasileiras sub 15, Gabriela Costa, 53kg e Gabriela Clemente, 48kg.

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Associações ParticipantesAssociação de Judô Santa Mônica

Associação de Judô Hinodê

Associação de Judô Colossus

Mito Associação de Judô e Karatê

Associação de Judô Moacyr

Núcleo Meikyo – SBC

Palmeiras/Mogi

Yanagmori/Osasco

Associação de Judô Piçarras

Judô Novo – Osasco

Associação de Judô Pessoa

São Paulo Futebol Clube

Clube Estrela de Guarulhos

Associação de Judô Taboão

P. M. Francisco Morato

P. M. Franco da Rocha

Amaro Judô Suzano

Associação de Judô Makoto

Associação de Judô Messias

Judô Guarulhos

Tarin de São Vicente

Associação de Judô Santa Isabel

ADPM – São José dos Santos

CAT Tremembé

ADES – Ass. Desportiva Santo André

SECIL

Associação de Judô Equilibrium

Judô Keishin

Ponte Preta – Campinas

Associação de Judô Nery

Projeto ADUCI

Projeto Arca de Noé

Associação de Judô Onmura

Academia Pereira

Flex – Boituva

Rogério Porsari

Judô Asahi

Judô Fernandes

Judô Torres

Associação Mario de Judô

Dom Bosco/Don Macário

Clube de Judô da Penha

Álvaro de Azevedo

Jardim São Paulo

Jardim Jaguaré

Projeto Piu

Classificação Geral Colossus1º Associação de Judô Moacyr

2º Palmeiras/Mogi

3º Associação Desportiva da Policia Militar (ADPM) São José

4º Clube Atlético Tremembé (CAT)

5º Associação de Judô Nery

6º Judô Pissarra

7º Associação Pessoa de Judô

8º Associação de Judô Taboão

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Proposta dos treinos

A proposta de treinos da GMJB en-volve muito mais que a preparação para o treinamento competitivo do atleta grand master. Ela foca também a troca de infor-mações, união, amizade e qualidade de vida e fomenta o judô como experiência de vida, resgatando guerreiros afastados do esporte, trazendo um incentivo a mais para que seus fi lhos sintam-se motivados para a prática da arte.

Dentro do programa de treino oferecido, é muito comum pedir aos participantes que abram suas mentes aos novos ensinamentos e experiências, adicionando ao aspecto com-petitivo a concentração no espírito do judô, na fi losofi a, no aprimoramento das técnicas e no aspecto humanístico, no espírito altruísta em relação aos alunos e parceiros de treino, buscando, acima de tudo, o benefício mútuo.

A liderança do grupo acredita que pou-cos campeões do shiai mundo a fora serão merecedores de aplausos e reconhecimento. No entanto, milhares de professores espa-

Por Assessoria GMJBFotos Arquivo

Treinos Grand Masters Espalhando-se Pelo Brasil

lhados pelos dojôs mundo a fora serão res-ponsáveis pela disseminação da fi losofi a do judô.

Durante as duas horas de treino, são fei-tos aquecimento, uchi-komi, trabalho espe-cífi co competitivo (kumi-kata, nage-komi) e handoris (treino livre). Nos últimos 30 mi-nutos é realizada uma sessão “como eu faço” ou “curso prático” sobre técnicas, arbitragem, fi losofi a, preparação física, nutrição, treina-mento infantil e todo e qualquer assunto que possa interessar aos grand masters. Essa ses-são é conduzida sempre por um judoca expe-riente, normalmente de alta graduação, que tenha grande vivência a compartilhar com as dezenas de judocas que desejam agregar mais conhecimento.

O Paraná sai na frente

No Paraná, foram organizados seis treinos no dojô da Sociedade Morgenau, conduzidos pelo sensei Alan Vieira, com o incentivo e acompanhamento de Rodrigo Guimarães Motta e Maurício Neder, dire-

tor de Propaganda e Marketing, delegado e facilitador do Paraná da GMJB, respectiva-mente.

Os treinos vêm consolidando-se a cada encontro, com a participação de novos atle-tas, que demonstram empolgação com os avanços e com a presença de judocas com bagagem competitiva, como o bicampeão mundial universitário Rogério Cherubim.

Em São Paulo os primeiros treinos fo-ram um sucesso

Em São Paulo realizaram-se dois treinos, o primeiro na Associação Atlética Acadêmi-ca Oswaldo Cruz (AAAOC), espaço cedido pela Atlética da Faculdade de Medicina da USP, por intermédio dos doutores Nelson e Daniel Dell´Aquila. O segundo treino foi feito no dojô do Centro de Aperfeiçoamen-to Técnico da Federação Paulista de Judô (CAT- FPJ), que contou com o apoio do presidente da FPJ, Francisco Carvalho Filho.

Os treinos foram comandados pelo sen-sei Luís Alberto dos Santos (6º dan), diretor de Cursos & Kata da GMJB e da FPJ, nos quais foi contabilizada a média de 42 pessoas por treino. Mais de 40% dos participantes do

Treinos Grand Masters

2º Treino Grand Masters ± S P ± C AT - FPJ

A Associação de Grand Masters & Kodanshas de Judô do Brasil (GMJB), com o apoio da Nutry e sua proposta “Eu quero viver bem”, vem organizando nos últimos meses treinos para os judocas da classe grand masters nos Estados do Paraná e São Paulo.

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segundo treino não haviam estado presentes no primeiro. Parte deles provavelmente não participou devido às competições dos filhos ou deles mesmos, que ocorreram simulta-neamente aos treinos. Segundo a diretoria da GMJB, sem atividades concomitantes, este número deve chegar a cerca de 60 a 80 atletas masters em São Paulo, em uma única sessão de treinamento.

Além da alta taxa de comparecimento dos atletas grand masters em São Paulo, o treinos contaram com a presença de atletas que fizeram parte da seleção brasileira de judô em diferentes épocas, como o sensei Su-mio Tsujimoto, sensei Milton Correa, sensei Nelson Onmura (Onmurão), sensei Carlos Bortole (Dedão), sensei Nelson Dell´Aquila e sensei Daniel Dell´Aquila, que contribuí-ram de forma positiva com suas experiências.

O ponto alto dos treinamentos em São Paulo têm sido os últimos 30 minutos, nos quais, no primeiro treino, o sensei Daniel Dell’Aquila fez demonstrações de seu tokui--waza, estratégia de kumi-kata e movimen-tação dirigida ao shiai em situações especí-ficas de adversários mais altos. No segundo treino o sensei Sumio Tsujimoto fez uma rápida explanação sobre a estratégia e par-ticularidades para a evolução técnica dos judocas, em aspecto amplo. Ele destacou a aplicação da filosofia do judô no dia a dia de suas aulas e a necessidade do autoconheci-mento espiritual e corporal, visando a enten-der a sua movimentação durante a aplicação das técnicas e a correções de falhas. Os judo-

3º. Treino ± P araná

4º Treino ± P araná

2º Treino ± Paraná

1º Treino - Ganhadores do Sorteio Canecas da GMJB

1º Treino Grand Masters - SP - AAAOC ± A ssociação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz

1º Treino - Marcelo Fugimoto, Daniel Dell’Aquila, Nelson Dell’ Aquila, Nelson Onmura, Igor Pezzoli, Affonso de Carvalho

5º Treino ± Paraná

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cas tiveram também a oportunidade de apren-der um pouco mais sobre as diversas variações do uchi-mata, demonstradas com perfeição pelo sensei Sumio Tsujimoto.

Os pioneiros

A GMJB não se intitula pioneira na organização dos treinos grand masters e nem pretende ser. A associação tem apenas o intuito de propiciar condições para que os treinos ocorram, promovendo a divulgação e organização das datas e locais, coordenando e viabilizando a iniciativa dos colaboradores e patrocinadores dos eventos, difundindo assim a classe grand master.

Nada disso seria possível sem a disponibi-lização dos locais, bem como a ativa presença, participação e disposição dos judocas grand masters aos treinamentos. Com o mesmo ob-jetivo de crescimento e bem estar geral mútuo da classe grand master, outros Estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, já organizam treinos desta natureza.

A GMJB ainda agradece a todos os en-volvidos, que aos poucos, porém com passos firmes, têm a certeza de estar próximos aos objetivos traçados para desenvolvimento deste projeto.

Agenda de treinos

No Paraná os treinos realizam-se semanalmente, aos sábados, no dojô da Socie-dade Morgenau, na cidade de Curitiba. Mais informações podem ser obtidas com os pro-fessores Alan Vieira, Maurício Neder ou Ro-drigo Motta.

Em São Paulo os treinos em conjunto ocorrem no segundo sábado de cada mês, no período da manhã, entre 10 h e 12 h, no Cen-tro de Aperfeiçoamento Técnico da FPJ.

Outros treinos serão incorporados, fora do período mencionado acima, e serão divulgados com antecedência por meio dos sites www.gmjb.com.br e www.judo-grandmasters.com.br , ou pelo Facebook, na página da Associa-ção Grand Masters & Kodanshas de Judô do Brasil.

Em caso de mudança nos treinos, a co-municação será feita por intermédio dos sites acima e pelo Facebook. Não se esqueçam de curtir a Fan Page da GMJB.

Lembrem-se que os treinos organizados pela GMJB são um pequeno suplemento ao treinamento. Portanto, vocês devem frequen-tar semanalmente os treinos em suas acade-mias e, caso tenham dúvidas ou não saibam onde treinar, por favor, entrem em contato pelo e-mail [email protected].

br e teremos o prazer de apresentar suges-tões.

E por último, mas não menos importan-te: consultem seu cardiologista e nutricio-nista, mantendo assim o acompanhamento médico e nutricional em dia. Nosso corpo merece esse cuidado!

Nos vemos em breve nos treinos espa-lhados pelo País.

Grande abraço e bom treino a todos!

2º Treino - Cair para Levantar

2º Treino - Sensei Luís Alberto e Carlos Bortole (Dedão)

1º Treino - Trinca e Fugimoto

2º Treino - Sensei Sumio ± Apresentando “Como eu faço”

2º Treino - Milton Correa, Nelson Onmura, Sumio Tsujimo-to, Affonso de Carvalho, Mauricio Cataneo, Luís Alberto dos Santos

2º Treino - Dispensa apresentações ± S ó feras!

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A prática das artes marciais implica um nível elevado de controle motor, desenvolvi-mento de técnicas refinadas, gerenciamen-to emocional e uma vivência contínua com situações de enfrentamento. Isto exige uma força mental significativa para que a prática diária e as competições possam ter bons re-sultados.

Um dos maiores ícones do karatê, mestre Gichin Funakoshi, já ressaltava no início do século 20 que a mente é mais poderosa do que a técnica. Dentro da psicologia do es-porte, uma das técnicas mais utilizadas e com maior efetividade é o treinamento mental, que com certeza pode trazer ótimos resulta-dos, se utilizado sistematicamente nas artes marciais.

O treinamento mental tem várias facetas e denominações, a citar: visualização, prática mental, ensaio mental, mentalização, imagi-nação, ensaio cognitivo e simbólico e treina-mento imagético, entre outros. Está direta-mente relacionado aos processos atencionais, pois desenvolve a concentração na medida em que focaliza e mantém a atenção numa imagem mental.

Cruz e Viana (1996, p.634-635) susten-tam esta visão, afirmando que a técnica “é em si uma forma de concentração. Um atleta que consiga visualizar sem interrupções deter-minada ação está concentrado nessa tarefa”. Inferem, ainda, que o processo pode auxiliar na correção de falhas atencionais ou de con-centração, utilizando a mentalização de “situ-ações passadas, nas quais é frequente perder a concentração e, de seguida, imaginar-se a reconcentrar-se na tarefa e a permanecer atento ao que está a realizar”.

Epstein (1989, p.17) explica que a téc-nica de visualização ou de imaginação men-tal é bastante antiga, pois antes mesmo de chegar ao mundo esportivo ela fez parte do conhecimento tradicional curativo de muitas culturas:

A utilização médica de imagens é co-mum há seculos em muitas culturas de todo mundo, como no Tibete, Índia, África, entre os esquimós e os índios americanos, em al-guns casos durante milênios. Mais recente-mente, enquanto a psicoterapia freudiana se

Treinamento Mental nas Artes Marciais

espalhava pela maior parte da Europa (…) a tendência à utilizaçao de imagens passou praticamente despercebida. Ela foi praticada principalmente na França, Alemanha e Itália, por clínicos independentes, dos quais o mais famoso foi Carl Jung. Estes homens, com formação de médicos e psicólogos, usaram métodos de imagens mentais para tratar de doenças emocionais. As técnicas que eles de-senvolveram ganharam vários nomes: sonho acordado dirigido (Robert Desoille), ima-ginação ativa (Carl Jung), imagens efetivas direcionadas (Hanscarl Lener), psicossíntese (Roberto Assaglioli).

A visualização e a imaginação são a base do treinamento mental. O desenvolvimento destas capacidades possibilita ao atleta criar imagens mentalmente. A imaginação vívi-da de situações competitivas e/ou de gestos técnicos precisa tmbém ser mantida por um determinado tempo para ter efetividade.

O treinamento mental é uma técnica que requer bom foco de atenção e ótima ca-pacidade de concentração. Para Weinberg e Gould (2008, p. 314), ele é definido como “(...) uma forma de simulação. É semelhan-te a uma experiência sensorial real, mas toda experiência ocorre na mente”.

Reeve (2006, p. 138) descreve as simula-ções mentais e seu direcionamento indicando que elas “(...) concentram-se no planejamen-to e na resolução dos problemas. Esse tipo de esforço produz uma ação eficaz para o alcance da meta”. Tal pensamento também é compartilhada por Orlick (2009, p.111), quando sugere que a técnica “(...) permite li-dar eficazmente com problemas, desafios ou eventos em sua mente antes de confrontá-los na vida real”.

Brito (2009, pp. 36-37) afirma que “tudo se passa mentalmente antes de ser executado”. Complementa alegando que “em qualquer si-tuação desportiva jogamos sempre com ima-gens: as que idelizamos e as que vemos como resultado” e finaliza explicando que “são como dois filmes que podemos comparar e ajustar”. Assaglioli (s.d., p. 156) reforça a ideia de que “as imagens e os quadros mentais tendem a produzir as condições físicas e os atos externos que lhes correspondem”.

De acordo com Samulsky (2000, p. 78), o treinamento mental é “a imaginação de for-ma planejada, repetida e consciente das habi-lidades motoras e técnicas esportivas”. Con-sidera que sua orientação é voltada para dois objetivos dentro do campo esportivo “(...) aos movimentos e às situações”.

Cox (2009, p.294), por sua vez, o defi-ne como “um processo cognitivo eficaz para melhorar a aprendizagem e o rendimento de habilidades motoras”. Moran (1996, p.230), por outro lado, aborda os resultados do trei-namento afirmando que “há provas empíri-cas o suficiente para suportar a teoria de que treinamento mental pode melhorar a atenção e concentração isoladamente, assim como a performance como um todo”.

Discorrendo sobre a amplitude do pro-cesso de imaginação e sua importância, As-saglioli (n.d., p.156) relata que:

“A imaginação, no sentido preciso da função de evocar e criar imagens, é uma das mais importantes e espontaneamente ativas funções da psique humana, tanto nos seus aspectos ou níveis consciente e inconsciente. Portanto, é uma das funções que tem de ser controlada, quando excessiva ou dispersiva; que tem que ser treinada, quando fraca; e que tem de ser utilizada, em virtude da sua gran-de potência”.

Existem indicações de que a imaginação de gestos motores ativa os sistemas muscu-lares envolvidos, todavia, também regiões do cérebro semelhantes às utilizadas na exe-cução efetiva de movimentos. Weinberg e Gould (2008, p. 321) inferem que “quando você se imagina nitidamente realizando um movimento, usa caminhos neurais semelhan-tes aos utilizados no desempenho real do movimento”.

Ratey (2002, p. 169, 167, 321) indica que “os circuitos cerebrais usados para or-denar, pôr em sequência e em sincronia um ato mental são os mesmos usados para or-denar, pôr em sequência e em sincronia um ato físico”. E continua enfatizando que “toda a metade frontal do cérebro está dedicada a organizar a ação, física e mental”.

Na mesma direção, Orlick (2009) ob-serva que “(...) o cérebro humano não pode

Por Gilberto GaertnerPsicologia do EsPortE

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Page 120: Revista Budo 7

distinguir entre uma experiência imaginada e uma experiência real. Ambas são igualmente reais para o seu cérebro”. O autor ainda dis-corre sobre as regiões ativadas: “as mesmas áreas do cérebro se ativam, em uma experiên-cia ou atuação imaginada, ou em uma experi-ência e atuação real”.

Comentando pesquisas na área, Wein-berg e Gould (2008) relatam as ativações neurais que foram observadas por imagea-mento cerebral durante o treinamento men-tal de um gesto motor, que segue a seguinte ordem: (i) na fase de preparação o córtex pré-motor é ativado; (ii) no início do movi-mento, o córtex pré-frontal; e, (iii) durante o movimento, o cerebelo é finalmente ativado.

As evidências de que a visualização de gestos motores compartilham mecanismos neurais com as ações efetivas de controle mo-tor e ações reais são confirmada por Decety (1996) e Decety e Jeannerod (1995). Mulder (2007) complementa aduzindo que a visua-lização de gestos motores pode resultar nas mesmas mudanças plásticas no sistema mo-tor que a prática física real.

O treinamento mental na aprendizagem e aperfeiçoamento de gestos motores tam-bém foi avaliado por imageamento cerebral e revelou efetividade, segundo o estudo de Milton, Amall e Solodkin (2008). Lacourse et al. (2005) identificaram a ativação con-gruente de áreas motoras em nível cortical e subcortical nesses processos.

A utilização do treinamento mental na área de recuperação também está sendo estu-dada com bastante ênfase, o que sugere a efe-tiva ativação neuromotora em decorrência da aplicação da técnica. Munzert, Lorey e Zen-tgraf (2009) acreditam que o treinamento mental pode ser uma ferramenta terapêutica na área de recuperação motora e de fortaleci-mento muscular.

Em relação à utilização da técnica de treinamento mental na área psicoemocional, estudos indicam sua influência positiva em fatores importantes, tais como a confiança, o bem-estar, o gerenciamento do estresse e da ansiedade (Gould & Damarjian, 1996; Mills, 1995; Nideffer, 1985).

Além disso, o processo de treinamento mental pode recriar experiências vivenciadas anteriormente ou projetar ações e/ou even-tos futuros, utilizando memória operacional, memória de curto prazo e memória de longo prazo. Pode, ainda, utilizar os sentidos olfa-tivos, visuais, auditivos, táteis e somestésicos. Para sua potencialização pode, outrossim, lançar mão de aumento ou redução da ativa-ção e de estados emocionais positivos. É um processo mental, mas muito concreto, pois envolve pensamentos, sensações e imagens, o

corpo integralmente, o sistema nervoso autô-nomo e o sistema endócrino (Assaglioli, n.d.; Cox, 2008; Cruz & Viana, 1996; Murphy, 2004; Weinberg & Gould, 2008).

Michael Posner e Marcus Raichle (2001, pp. 99, 109) desenvolveram e avaliaram vários experimentos envolvendo cognição e imagi-nação. A partir de suas observações, concluí-ram que “quando construímos uma imagem, são realizadas séries de operações mentais se-melhantes às que ocorrem quando o estímulo é apresentado fisicamente”. Complementam pontuando que “existem semelhanças funda-mentais entre captar uma imagem e imaginar uma imagem”.

Existe uma numerosa gama de possibi-lidades de aplicação do treinamento mental. Para facilitar a percepção da amplitude e dis-criminações destas aplicabilidades, transcre-veu-se o quadro 1.

Diversos fatores podem influenciar a efetividade do processo de treinamento

mental, a citar as características da moda-lidade esportiva e das competições, o nível de habilidade do atleta e sua capacidade de mentalização.

Um dos aspectos mais enfatizados é a utilização conjugada da mentalização com as atividades motoras específicas, ou seja, fazer o treinamento mental e, na sequência, exe-cutar o gesto motor. Outros pontos a serem considerados na prática da mentalização são: clareza, nitidez e riqueza de detalhes inseri-das no processo; só trabalhar com referências positivas; controle sobre o conteúdo a ser mentalizado; bom desempenho; e correto ge-renciamento das emoções (Cox, 2009; Cruz & Viana, 1996; Dosil Diaz, 2008; Weinberg & Gould, 2008).

O direcionamento do treinamento men-tal pode ser feito de forma interna, externa ou integrada. A forma interna implica ter o atleta uma visão do gesto motor e/ou situ-ação a partir dos seus próprios olhos, sensa-

Dosil Diaz (2008)

Melhorar a concentração;Controlar as resposta fisiológicas de ativação;Aumentar a confiança;Adquirir atitudes positivas frente às adversidades;Melhorar as habilidades interpessoais;Enfrentamento da dor e de lesões.

Weinberg e Gould (2008)

Melhorar a concentração;Aumentar a motivação e desenvolver a confiança;Controlar as respostas emocionais;Adquirir, praticar e corrigir habilidades esportivas;Adquirir e praticar estratégias;Preparar-se para a competição;Enfrentar dores e lesões;Solucionar problemas.

Cruz e Viana (1996)

Controle atencional;Aprendizagem, aperfeiçoamento e manutenção de competên-cias motoras;Regulação da ativação e controle do estresse;Promoção da autoconfiança;Planejamento e avaliação de competições;Recuperação de lesões e controle da dor.

Murphy (2004)

Melhorar a concentração ;Aprendizado e retenção de habilidades esportivas;Nas rotinas pré performance;Elaboração de planejamento e estratégias;Redução da ansiedade e manejo do estresse;Ativação psicofisiológica;Fortalecer a motivação e a confiança;Reabilitação de lesões;Facilitador na construção de equipes.

Orlick (2009)

Aperfeiçoar a concentração;Criar vantagens mentais, físicas, técnicas e motivacionais;Imaginar o sucesso;Melhorar a técnica;Superar obstáculos.

Quadro 1. Finalidades do treinamento mental - Fonte: elaborado pelo autor.

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Page 121: Revista Budo 7

ções somestésicas etc. A forma externa, por sua vez, é configurada quando o atleta se vê a partir do viés de um espectador ou de uma filmagem. A forma integrada, por outro lado, ocorre quando o atleta que já tem um bom domínio da técnica consegue trabalhar interna e externamente alternada, sequencial ou conjugadamente. Sua aplicação mais fre-quente é feita no período pré-treinamento e pré-competição, durante treinamentos e competições e em seus respectivos interva-los (Cox, 2008; Cruz & Viana, 1996; Dosil Diaz, 2008; Weinberg & Gould, 2008).

A aplicação do treinamento mental no esporte já foi efetivada com sucesso tanto no aprendizado de habilidades motoras quanto no seu aperfeiçoamento em uma diversidade de modalidades esportivas.

Um dos pontos determinantes do trei-namento mental é o de trabalhar sempre com imagens positivas ± ressalte-se que o diretor do filme gerado internamente é o próprio praticante, assim como cabe tam-bém a ele manter sempre a positividade no trabalho, pois, se algo não der certo, ele de-verá reajustar o que for necessário. Neste ho-rizonte, Orlick (2009, pp. 116-117) discorre a respeito da importância do uso de imagens positivas e do incremento da concentração:

“As imagens positivas do desempenho fortalecem sua prontidão mental e confian-ça, pois centralizam você na sensação e no foco de sua melhor atuação. Elas o deixam completamente focalizado naquilo em que precisa se concentrar, geralmente a tarefa a ser executada ou a etapa seguinte. Elas ser-vem como um último lembrete sobre o ní-vel de concentração que você escolheu levar para esse jogo, corrida, série ou atuação. Elas distanciam sua concentração da preocupação ou da dúvida, impulsionam sua confiança, mantêm você concentrado em fazer o que veio fazer e libertam sua mente e seu corpo para agir”.

Orlick (2009, p. 117), ao fazer uma des-crição detalhada do valor da qualidade das imagens visualizadas pelos atletas, que é o diferencial qualitativo do processo, e da ne-cessidade de treinamento regular para alcan-çá-lo, deduziu que:

“Os melhores atletas do mundo têm ca-pacidades extremamente desenvolvidas de formação de imagens. Eles usam a criação de imagens diariamente para se prepararem para conseguir o que querem do treinamen-to, para aperfeiçoar habilidades nos treinos, para fazer correções técnicas, para superar obstáculos, para se imaginarem tendo su-cesso em competições e para fortalecerem a crença em sua capacidade de alcançar obje-

tivos finais. A criação de imagens refinadas, que atletas de grande sucesso, astronautas, músicos, cirurgiões e atores desenvolvem, frequentemente envolve a prática de senti-rem-se como se estivessem realmente viven-do a atuação e experimentando as sensações. Eles aperfeiçoaram essa habilidade mental pelo uso persistente e pela prática concen-trada”.

No karatê, por exemplo, o treinamento mental tem várias possibilidades de aplica-ção, entre elas:- Aprendizado motor dos gestos técnicos e deslocamentos;- Aperfeiçoamento, correções e refinamento dos gestos técnicos;- Aprendizado, correção e refinamento de katas;- Preparação para o kumitê;- Simulações de kumitê contra adversários específicos;- Preparação para competições;- Melhorar a capacidade de enfrentamento;- Simulação de situações estratégicas espe-cíficas em disputas individuais ou de equipe.

Portanto, o treinamento mental sugere que a intenção, a expectativa e a qualidade dos pensamentos podem influenciar na cog-nição e na motricidade, o que sugere que também afetam consideravelmente o com-portamento.

Referências bibliográficas

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Gilberto Gaertner éFaixa Preta 7º Dan de Karatê Tradicional

Professor de Psicologia na Universidade PositivoÉ doutorando em “Estudos da criança com enfoque

em educação física e recreação”Presidente da CBKT ± C onfederação Brasileira de

Karatê-dô TradicionalPsicólogo esportivo do Clube Atlético Paranaense

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Page 122: Revista Budo 7

Registro Sedia Registro Sedia Paulistas Sub-13 e Sub-20

Registro (SP) - A fase fi nal do cam-peonato paulista das classes sub-13 e sub-20 realizou-se no dia 23 de junho no Ginásio Poliesportivo Mário Covas, em Registro.

A competição desenrolou-se em sete áreas de disputa, e contou com a partici-pação de 583 atletas, vindos de 149 clu-bes e associações, e de 44 árbitros. Mais de 2 mil pessoas marcaram presença na arena esportiva registrense.

Realizado pela Federação Paulista de Judô (FPJ), o evento teve o apoio or-ganizacional da Associação Registrense de Judô (Arju) e a colaboração da Pre-feitura Municipal de Registro.

Diversas autoridades políticas e es-portivas participaram da solenidade de abertura, entre as quais Sandra Kennedy Viana, prefeita de Registro; Alessandro Panitz Puglia, coordenador técnico da FPJ; Akira Hanawa, delegado regional do Vale do Ribeira; Neusa Kobori, pre-sidente da Arju; Dante Kanayama, di-retor de arbitragem da FPJ; Jean Carlos Rodrigues, secretário municipal de Es-portes de Registro; Toshiaki Yamamura, presidente da Federação das Entidades Nikkeis do Vale do Ribeira; Kazuoki

Fornecedor ofi cial FPJ

Por Paulo PintoFotos Cristiane Ishizava,

Elaine Mizuno eMarcelo Lopes

Maria Cármen Botelho superintendente do consórcio intermunicipal de saúde do Vale do Ribeira (Com Saúde), recebendo home-nagem de Neuza Kobori

Sandra Kennedy Viana a prefeita de Registro em seu discurso de abertura

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Page 123: Revista Budo 7

Por Matheus Luiz

Fukuzawa, que representou o Bunkyo de Registro; Maria Carmem Amarante Botelho, superintendente do Consaúde; Marcelo Reis, professor e coordenador do projeto de taekwondo da prefeitura; além de diversos delegados regionais e kodanshas de todas as regiões do Esta-do.

A prefeita Sandra Kennedy Viana falou sobre a importância de Registro es-tar inserido na história esportiva do Es-tado de São Paulo. “Trazer competições como esta para a nossa cidade é sempre importante. Registro é amiga do espor-te, amiga do judô e, para ratifi car minha afi rmação, lembro que trabalhamos mui-to para que este ginásio pudesse estar pronto para receber a competição, uma vez que, quatro dias antes, ainda tínha-mos vários desabrigados pela enchente alojados aqui. Graças à determinação de toda a nossa a equipe, esse evento mara-vilhoso pôde ser realizado”, afi rmou.

Akira Hanawa, o delegado regional, agradeceu à FPJ por fazer da cidade de Registro a sede do campeonato paulista das classes sub-13 e sub-20, bem como a toda equipe de trabalho da Associação Registrense de Judô pelo apoio organi-zacional do evento.

Neusa Kobori enalteceu o apoio oferecido pela Prefeitura de Registro às secretarias de Esporte e Saúde, às equipe 192 e do SAMU, e fi nalizou homena-geando a prefeita Sandra Kennedy e a superin-tendente do C o n s a ú -de, Maria Carmem.

Akira Hanawa delegado regional da 14ª delegacia

José Jantália e Neuza Kobori

Page 124: Revista Budo 7

Após o juramento do atleta condu-zido pela judoca Daniele Kaori e o rei inicial comandado pelo sensei Rubens Nakazawa, foram iniciados os comba-tes. Na arbitragem o Vale do Ribeira também contou com os senseis Osmar Kato, Maurício Rochael e Edna Pioker de Lima.

Palmeiras/Mogi, Tucu-ruvi e Mogi das Cruzes destacam-se no sub-13

No infanto-juvenil feminino, o Pal-meiras/Mogi arrebatou cinco ouros e mostrou supremacia total, deixando a Hebraica, que somou um ouro e três

bronzes, em segundo lugar. Já a Associa-ção Mercadante ficou em terceiro, so-mando um ouro e um bronze, enquanto a Associação Esportiva Guarujá ficou em quarto lugar, com um ouro.

No masculino, a Associação Cultu-ral e Esportiva Tucuruvi e o Judô Clube Mogi das Cruzes ficaram na primeira colocação geral com uma medalha de ouro e uma de prata cada um. A As-sociação de Judô de Divinolândia e o Palmeiras/Mogi ficaram na terceira co-locação geral com um ouro e um bronze.

As demais medalhas de ouro do masculino foram conquistadas pela As-sociação Esportiva Guarujá, Unimes Santos, Círculo Militar e Ribeirão Pires Futebol Clube.

São Caetano e Esporte Clube Pinheiros são des-

taque do sub-20

No júnior feminino, a Associação Desportiva São Caetano conquistou dois ouros e ficou na primeira coloca-ção, enquanto o Seduc Praia Grande e a Associação Rogério Sampaio soma-ram um ouro e uma prata e ficaram na segunda colocação. Com um ouro e sete bronzes, o Esporte Clube Pinhei-ros fechou na quarta colocação.

Os demais ouros do júnior femini-no foram conquistados pelo São João Tênis Clube, Sertãozinho e Tênis Clu-be de São José dos Campos.

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Page 125: Revista Budo 7

No júnior masculino, o equilíbrio foi marcado pelo grande número de as-sociações e clubes que subiram ao pó-dio. Ao todo, 23 equipes medalharam nesta competição.

Porém, foi o Esporte Clube Pi-nheiros que levou a primeira colocação, com dois ouros, três pratas e um bron-ze. O Palmeiras/Mogi fi cou no segun-do lugar, com um ouro, uma prata e um bronze.

As demais medalhas de ouro foram conquistadas pela Associação Bushidô Pais e Amigos, Associação dos Funcio-nários da Robert Bosch do Brasil, Se-mclatur de Lins, São João Tênis Clube e Associação de Judô Hinodê.

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Page 126: Revista Budo 7

Dirigente faz avaliação técnica da disputa

Após o evento, Alessandro Puglia des-tacou a importância da competição nas ca-tegorias de base. “Mais uma vez a cidade de Registro sediou um certame do calendário paulista, e felizmente o fez com extrema competência. Realizamos aqui uma com-petição que representa o futuro do Brasil nos tatamis, com a disputa da categoria sub-13, a mais importante do judô brasilei-ro se pensarmos em longo prazo, já que se-rão estes judocas que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2020 e 2024.”

O dirigente destacou a qualidade téc-nica apresentada pelos judocas da categoria júnior. “Geralmente os atletas sub-20 estão praticamente prontos para enfrentar os de-safios do alto rendimento e vimos aqui uma geração muito forte, que promete dar mui-to trabalho aos atletas que já estão na ponta, brigando por vagas e medalhas.”

No encerramento do certame, a comis-são organizadora agradeceu a colaboração e o apoio das seguntes empresas e entida-des: Caixa Econômica Federal; Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal de Esportes; Consaúde, equipe da SAMU; equipe do 192; Bananas Nacional; Hotel Valle Sul; Valle Sul Express; Hotel Gran Valle; Lito Palace Hotel; Hotel Régis I; Hotel Régis II; Estoril Palace Hotel; LAF Hotel; K e K Hotel; Original Tatamis; Policia Militar do Estado de São Paulo; e Associação de Pais, Judocas, Professores e Amigos da Arju; bem como a todos os vo-luntários que direta ou indiretamente con-tribuíram para a concretização do sonho de centenas de crianças.

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Page 127: Revista Budo 7

Feminino Sub 13

Super-ligeiro

1º Giuliana Monteiro - Palmeiras/Mogi

2º Giovanna Monteiro - Palmeiras/Mogi

3º Manuela P. Lima – C. A. Tremembé

3º Carolina Barusso - Assoc. Judô Nery

Ligeiro

1º Ana Caroline Santos - Hebraica

2º Daniele Kaori Kurosawa - Assoc. Registrense

3º Luara Vitoria Cucco - Hombu Budokan

3º Jhenifer C. Guiradello - Assoc. Bastos

Meio-leve

1º Jasmine Martin - Assoc. Esp. Guarujá

2º Maria Heloísa Costa - Adpm-Reg. S. J. C.

3º Isis Carolina do Nascimento - Associação Tucuruvi

3º Maythe Del Rosso - Unimes-Univ. Santos

Leve

1º Catarina Barbara Silva - Palmeiras/Mogi

2º Laura Louise Nunes - ADREARMA

3º Luana do Valle - Assoc. Moacyr de Judô

3º Luara Walz Lucena - Budokan Peruíbe

Meio-médio

1º Tainá Oliveira da Silva - Palmeiras/Mogi

2º Bruna Silva Siqueira - Assoc. Pessoa de Judô

3º Maria Eduarda Rocha - Assoc. Yama Arashi

3º Nathalia Roveroni Silva - Assoc. Mercadante

Médio

1º Giseli da Silva Anjos - Palmeiras/Mogi

2º Gabriella Mantena - Palmeiras/Mogi

3º Mariana Bueno - Hebraica

3º Sabrina Soares - Seduc - Praia Grande

Meio-pesado

1º Sandy Vieira - Assoc. Mercadante

2º Luma Rosendo - Clube Int. de Regatas

3º Andressa Santos - Hebraica

3º Tifany Ap. Osorio - Adpm-Reg. S. J. C.

Pesado

1º Viviane Fernandes Motta - Palmeiras/Mogi

2º Millena Ribeiro - Budokan Peruíbe

3º Gabriela de Souza - Hebraica

3º Marina de Marco - Bosch Brasil

Masculino Sub 13

Super-ligeiro

1º Felipe Dias - Associação Divinolândia

2º Ithalo Gabriel Preza - Assoc. Esp. Guarujá

3º Robert Hitler - Associação Moacyr

3º Felipe Andre de Lima - Adpm-Reg.S .J. C.

Ligeiro

1º Nicolas Dias - Assoc. Esp. Guarujá

2º Jhonatan L. Justino - Assoc. Kiai Kam

3º Thomaz Naoto - Assoc. Vila Carrão

3º Gustavo de Almeida - Assoc. Spessoto

Meio-leve

1º João Vitor Souza - Unimes-Univ. Santos

2º Kauan Bandeira Tome - Judô Terazaki

3º Diogo Pedrosa – Associação Yamazaki

3º Guilherme de Oliveira - Palmeiras/Mogi

Leve

1º Renan Tsutsumi - Circulo Militar

2º Matheus Orpinelli - Assoc. Mercadante

3º Vitor Caldeira - Assoc. Tupã

3º Leonardo Alves - São João T. C.

Meio-médio

1º Willian de Sousa - Palmeiras/Mogi

2º Luccas Pereira - Assoc. Tucuruvi

3º Marcos F. Clovis - Assoc. Yamazaki

3º Felipe Galina - Assoc. Batataiense

Médio

1º Felipe Carvalho - Assoc. Tucuruvi

2º Matheus Julio - Judô Mogi das Cruzes

3º Rodrigo Breda - Assoc. Mercadante

3º Rafael Toshikazu - Budokan Peruíbe

Meio-pesado

1º Gustavo Borsoi - Judô Mogi das Cruzes

2º Guilherme dos Santos - C. Esp. de Ourinhos

3º Marcelo A. S. Gomes - Assoc. Belarmino

3º Vitor Hugo Rangel - Assoc. Divinolândia

Pesado

1º Heitor Terciotte - Ribeirão Pires F. C.

2º Fernando Nóbrega - Assoc. Kenshin

3º Ricardo de Oliveira - Assoc. Moacyr

Classificação Individual

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Page 128: Revista Budo 7

3º Victor Sousa - Assoc. Registrense de Judô

Feminino Sub 20

Super-ligeiro

1º Tawany Gianelo – Seduc/Praia Grande

2º Isamara Pereira - Assoc. Guairense

3º Bruna da Silva - Assoc. Tucuruvi

3º Leticia Ribeiro - Adpm-Reg. S. J. C.

Ligeiro

1º Agueda C. de Arruda - São João T. C.

2º Nathalia Orpinelli - Assoc. Mercadante

3º Gabriela S. Chibana - E. C. Pinheiros

3º Rafaela Ruiz - Centro Olímpico

Meio-leve

1º Tamires da Silva - Assoc. São Caetano

2º Gabrielle L. Dias - A. Rogério Sampaio

3º Joice Machado Braga - E. C. Pinheiros

3º Thais Borges - Sec. Pindamonhangaba

Leve

1º Flavia R. Gomes - E. C. Pinheiros

2º Gilmara Prudêncio – Seduc/Praia Grande

3º Jeniffer Braz - E. C. Pinheiros

3º Flavia Rodrigues - Ateneu Barão de Mauá

Meio-médio

1º Jessica B. Santos - Tênis Clube S J C

2º Munique Rivas Hadzic - SESI - SP

3º Yanka Dalbem - E. C. Pinheiros

3º Laisa de Souza - Assoc. Kiai Kam

Médio

1º Beatriz Santos - Assoc. Rogério Sampaio

2º Anne C. Nogueira - A. D. B. Sorocaba

3º Luana Gasparini - E. C. Pinheiros

3º Agatha D. Pascoalino - E. C. Pinheiros

Meio-pesado

1º Samanta Almeida – A D São Caetano

2º Pámela Pastorello - Assoc. Mercadante

3º Julia Dezem - Cia Athletica Campinas

3º Kelly Karine Diniz - Clube Itararé

Pesado

1º Sibilla M. Jacinto - Secr. Sertãozinho

2º Juliette dos Santos - Secr. Caraguatatuba

3º Kawanne Toledo - E. C. Pinheiros

3º Gabriella Lopes - Secr. Pindamonhangaba

Masculino Sub 20

Super-ligeiro

1º Leonardo B. Lopes - Assoc. Bushido

2º Vitor Oliveira Torrente - Palmeiras/Mogi

3º Luiz Claudio de Lima - Tênis Clube S J C

3º Weverton Luis Vicente - Edinho Company

Ligeiro

1º Diogo Fernandes - Palmeiras/Mogi

2º Nicolas Felipe Almeida - Adpm-Reg. S .J. C.

3º Mike Chibana - E. C. Pinheiros

3º Vitor Hugo Delgado - Palmeiras/Mogi

Meio-leve

1º Breno Alessi - Associação Hinode

2º Alexandre G. Batista - Assoc. Mercadante

3º Vitor Takabatake - A. A.D. São Bernardo

3º Bruno Pereira - Assoc. Rogério Sampaio

Leve

1º Caio Henrique Alves - São João T. C.

2º Yuri Gomes Takabatake - E. C. Pinheiros

3º Willian Roberto Pereira – Clube Paineiras

3º Igor Galvão – Associação Kiai Kam

Meio-médio

1º Ricardo de Abreu - E. C. Pinheiros

2º Anderson Primo – SESI - SP

3º Lucas Lauriano - A D Ateneu Mansor

3º Caio Ferreira - Grêmio Rec. Barueri

Médio

1º Henrique A. da Silva - E. C. Pinheiros

2º Gabriel Gouveia - E. C. Pinheiros

3º Kaio Gomes - A D Ateneu Mansor

3º Caio Perondi - SESI - SP

Meio-pesado

1º Vinicius dos Santos - Semclatur de Lins

2º Leandro Costa Leal - Assoc. Kiai Kam

3º Dario Augusto Alves - A D São Caetano

3º Pedro H. Soares - Fundesport - Araraquara

Pesado

1º Victor Luis da Silva - Bosch Brasil

2º Tiago Bastos Gabriel - Ateneu Barão de Mauá

3º Enricke Kanematsu - Sec. Ribeirão Preto

3º Matheus Rodrigues - Fundesport - Araraquara

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Page 129: Revista Budo 7

Por Matheus Luiz

Fukuzawa, que representou o Bunkyo de Registro; Maria Carmem Amarante Botelho, superintendente do Consaúde; Marcelo Reis, professor e coordenador do projeto de taekwondo da prefeitura; além de diversos delegados regionais e kodanshas de todas as regiões do Esta-do.

A prefeita Sandra Kennedy Viana falou sobre a importância de Registro es-tar inserido na história esportiva do Es-tado de São Paulo. “Trazer competições como esta para a nossa cidade é sempre importante. Registro é amiga do espor-te, amiga do judô e, para rati� car minha a� rmação, lembro que trabalhamos mui-to para que este ginásio pudesse estar pronto para receber a competição, uma vez que, quatro dias antes, ainda tínha-mos vários desabrigados pela enchente alojados aqui. Graças à determinação de toda a nossa a equipe, esse evento mara-vilhoso pôde ser realizado”, a� rmou.

Akira Hanawa, o delegado regional, agradeceu à FPJ por fazer da cidade de Registro a sede do campeonato paulista das classes sub-13 e sub-20, bem como a toda equipe de trabalho da Associação Registrense de Judô pelo apoio organi-zacional do evento.

Neusa Kobori enalteceu o apoio oferecido pela Prefeitura de Registro às secretarias de Esporte e Saúde, às equipe 192 e do SAMU, e � nalizou homena-geando a prefeita Sandra Kennedy e a superin-tendente do C o n s a ú -de, Maria Carmem.

Akira Hanawa delegado regional da 14ª delegacia

José Jantália e Neuza Kobori

123

Page 130: Revista Budo 7
Page 131: Revista Budo 7

Após toda a confusão gerada pela re-marcação das datas do Campeonato Bra-sileiro de Veteranos, como nós da Budô já havíamos previsto, a Confederação Brasi-leira de Judô (CBJ) expôs e ridicularizou o Brasil diante de toda a comunidade inter-nacional do judô, com o cancelamento do mundial da categoria grand masters que se realizaria em novembro, em Salvador (BA).

Com mais esta atitude absurda de Pau-lo Wanderley Teixeira, ficou explícito que a CBJ não dá a menor importância aos com-promissos que assume, e muito menos ao judô máster.

O desrespeito dos dirigentes brasilei-ros com os veteranos é tão acintoso, que a notícia sobre o cancelamento do mundial foi divulgada inicialmente no site da Fe-deração Internacional de Judô (FIJ), que, devido ao imbróglio causado pela Prefei-tura de Salvador e a CBJ, primeiro deu um ultimato para o Brasil resolver o problema, e depois transferiu definitivamente a com-petição para os Estados Unidos.

Tudo isso é fruto da ambição descabida de Paulo Wanderley, que ocupa simultane-amente os cargos de presidente da CBJ e da Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ), e com isso não consegue adminis-trar eficazmente nenhuma das duas enti-dades. Enquanto isso, seu staff, que está comprometido com o planejamento e a re-alização do calendário de eventos das duas entidades, se perde no meio do caminho.

No dia 14 de maio a CBJ remarcou a data do Brasileiro de Veteranos para os dias 1º e 2 de setembro, mesma data que havia reservado para a realização do Cam-peonato Sul-Americano desta categoria, que aconteceria no Rio Grande do Sul.

Na última semana de maio soubemos, em Santa Cruz do Sul (RS), que o cance-lamento do campeonato brasileiro ocorreu porque a Prefeitura de Salvador não cum-priu o acordo firmado com a CBJ, que pre-

Fiascoda CBJ RatifiCa

inCompetênCia do BRasil

via o patrocínio e o custeio da competição internacional. Foi quando noticiamos que muito provavelmente o IV World Grand Masters não se realizaria no Brasil. Mes-mo assim todos se calaram e, como sempre fazem, se acovardaram, aceitando de qua-tro mais esta situação ridícula e vexatória imposta pelo dirigente máximo do judô verde-amarelo.

A verdade é que Paulo Wanderley está acostumado a vender caro todo e qualquer evento que realiza, assim como faz com os grand slams, copas do mundo e os eventos nacionais que promove Brasil afora.

Entretanto, ele não previu que este seria um ano de eleição, o que dificultaria a liberação de verbas para a realização de megaeventos, e prova disso foi que o grand slam deste ano foi realizado na cidade de Niterói (RJ), já que seus “velhos parceiros” da Prefeitura do Rio de Janeiro não teriam como assumir os preços absurdos que a CBJ cobra para realizar este evento inter-nacional.

Em resumo, o que conta mesmo é que, em função da ambição descabida do presi-dente da CBJ, centenas e centenas de brasilei-ros que sonhavam disputar o Mundial Grand Masters 2012 em Salvador ficaram frustrados.

sanções da FiJ

Sabemos que Marius Vizer administra a FIJ como um negócio, e que toda esta trapalhada causada por Paulo Wander-ley certamente não ficará impune. Além de sanções administrativas e punitivas, o Brasil deverá pagar uma multa enorme à Federação Internacional de Judô pelo não cumprimento daquilo que foi acordado e assumido pelo Brasil.

Mesmo com a Prefeitura do Rio de Ja-neiro tendo pago uma verdadeira fortuna pela realização do mundial sênior 2013, imaginamos que a FIJ estará de sobreaviso, já que o Brasil se mostrou incapaz de rea-

lizar uma competição infinitamente mais fácil de ser executada.

Não podemos esquecer que a razão da não realização do mundial no Brasil foi dinheiro, ou seja, a CBJ fez uma péssima negociação e quem pagou a conta foram os judocas do Brasil e do mundo, que já se ha-viam organizado e até adquirido passagens para competir no Brasil.

Mas, como Paulo Wanderley não per-de tempo e goza de prestígio junto ao pre-sidente da FIJ, ardilosamente não permitiu que a entidade mundial noticiasse este fracasso dantesco de sua administração, fa-zendo com que a notícia fosse veiculada na mídia internacional na véspera da Olimpí-ada de Londres, quando ninguém se preo-cuparia com a realização de uma compe-tição para judocas veteranos. Tanto é que nenhum site ou mídia do Brasil publicou uma linha sequer sobre este engodo pro-duzido pela CBJ em concluio com a CPJ.

Prova disso é que o anúncio oficial da transferência da sede do Mundial Grand Masters foi feito no dia 24 de julho, quatro dias antes do início dos Jogos Olímpicos, quando Lance Nading, presidente da Fe-deração Norte-Americana de Judô, assu-miu oficialmente a realização desse evento junto à FIJ.

Com isso, o sonho de centenas de brasileiros que vislumbravam defender o Brasil neste mundial caiu definitivamente por terra, enquanto o presidente da CBJ se protegia do ônus e da vergonha deste fracasso internacional do Brasil atrás das cortinas do olimpismo.

Certamente as medalhas conquistadas pelos judocas brasileiros farão cortina de fumaça para este fiasco sem precedentes na história do judô mundial.

Que venham as medalhas olímpicas e todo o megainvestimento que farão em nossa modalidade, após Londres, pois, para espanto de todos os judocas de bem, após mais este enorme prejuízo que causou

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

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Page 132: Revista Budo 7

ao judô brasileiro, continental e mundial, Paulo Wanderley Teixeira ficou ainda mais fortalecido, já que mesmo discretamente ficou explícito que Marius Vizer - de olho nos recursos gerados e desviados do judô brasileiro para sua administração -, com-pactua e tenta encobrir as falcatruas de seu vice-presidente pan-americano.

FiJ promete indenizar todos que compraram passagens para

o Brasil

Em comunicado feito em seu site, na primeira quinzena de julho, a FIJ assumiu que devolveria o dinheiro de todos os ju-doca que adquiriram passagens para viajar ao Brasil. Andrei Bondor, executivo da FIJ, desculpou-se perante a comunidade, coisa que ninguém da CPJ ou da CBJ fez até o presente momento.

Entretanto, ninguém em sã consciên-cia esperaria tal atitude do presidente da CBJ, que, do alto de sua arrogãncia e pre-potência, jamais admitiria mais este fracas-so de sua administração.

Pan-americano também é cancelado

Mostrando total falta de sintonia, des-controle e desconhecimento dos fatos, a FIJ publicou em seu site que a Confedera-ção Pan-americana de Judô (CPJ) cance-lou a realização do Pan American Grand Master Championship 2012, que deveria realizar-se na Costa Rica, para concentrar toda a energia na realização do IV World Grand Masters, que seria no Brasil.

Porém, a realização de um pan-ameri-cano cabe única e exclusivamente ao país sede, e não à entidade continental. O que aconteceu, na verdade, é que a falta de ar-ticulação ± somada à incapacidade dos executivos da CPJ e CBJ, que são as mes-mas pessoas ± fez com que as competições continentais não ocorressem no primeiro semestre. E isso gerou um conflito de in-teresses no calendário, já que os judocas veteranos teriam um gasto enorme para participar das competições nacionais, con-tinentais, pan-americanas e do mundial, no segundo semestre.

A realidade é que a FIJ tentou ape-nas justificar a incompetência da CPJ em realizar o pan-americano, mas é como o próprio Jorge Armada, vice-presidente da CPJ, afirmou recentemente: a Confedera-

ção Pan-Americana de Judô é uma caixa vazia, de onde não se tira absolutamente nada, e seus executivos são um bando de bajuladores incompetentes.

Desestimulados, veteranos do Brasil prometem boicotar

mundial

Entrevistamos algumas dezenas de ju-docas veteranos que estavam bastante mo-tivados a participar do IV World Grand Masters, que aconteceria no Brasil. Pra-ticamente todos se sentiram traídos pela manobra irresponsável de Paulo Wander-ley, e ameaçaram boicotar a competição.

Se pararmos para fazer uma análise, o quadro é realmente funesto, pois os vete-ranos do Brasil iniciaram a temporada so-nhando com os estaduais da categoria, de-pois esperavam competir nos campeonatos brasileiro, sul-americano e pan-americano, para depois enfrentar as dificuldades do mundial. Mas, paradoxalmente, nenhuma destas competições se realizou.

Com exceção da Copa São Paulo, que inovou este ano e incluiu a categoria ve-teranos, e do Paulista Máster, nenhuma outra competição máster ocorreu em 2012. Além de maldoso, o que a CBJ fez foi real-mente vergonhoso.

Presidente paulista se predis-põe a realizar o brasileiro

Após a exposição de mais este escân-dalo protagonizado pelo presidente da Confederação Brasileira de Judô, ouvimos

Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô (FPJ), uma das poucas pessoas com coragem no Brasil para falar o que pensa a respeito dos atos e atitudes do mandatário do judô nacional. E o dirigente paulista assumiu a realização do Brasileiro de Veteranos.

“Soube por meio do site da FIJ que o Brasil não vai mais sediar o Campeonato Mundial Grand Masters, o que eu sin-to profundamente, já que em nosso País existe um contingente enorme de judocas que prestigiam esta categoria. Judocas que investem recursos e tempo em seu preparo para as competições nacionais e internacio-nais. Lamento profundamente por todos que se haviam preparado, adquirido passa-gens e feito reservas na capital baiana.”

O dirigente paulista não viu funda-mento nas alegações da FIJ. “Discordo da-quilo que foi colocado no site da FIJ, em que foi dito que o alto custo dos hotéis em Salvador estava inviabilizando a realização da competição. Mas e na Europa? Lá tudo é muito mais caro. Certamente existem outros motivos que impediram a realização da competição, mas não cabe especular.”

Francisco de Carvalho disse ainda que vai solicitar a realização do Brasileiro Grand Masters em São Paulo. “Na pró-xima semana vou solicitar a realização do Brasileiro Veteranos em São Paulo, que é justamente onde ele sempre foi feito. Já sobre o pan-americano, acho que esta competição caberia ao Rio Grande do Sul, já que eles têm enorme facilidade para re-alizar os grandes eventos da CBJ, e penso que isso é um facilitador para nossos ami-gos gaúchos.”

Paulo Wanderley presidente da CBJ

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Page 133: Revista Budo 7

Com apoio e organização da Dele-gacia Regional Noroeste, a Federação Paranaense de Judô (FPrJ) realizou o campeonato paranaense das classes infan-to-juvenil, júnior e sub-23.

A competição realizou-se no dia 7 de julho, nas dependências ginásio de es-portes do Parque do Japão em Maringá (PR), onde foram montadas quatro áreas ofi ciais.

Luiz Iwashita compôs a mesa gestora com as seguintes autoridades esportivas: Takashi Yokohama, Jorge Luiz Mene-guelli, Yoshihiro Okano, Helder Marcos Faggion, Celso Duarte, Roberto Nagaha-ma e Alexandre Miyaki.

Ao todo 361 atletas, vindos das cinco delegacias regionais do Estado, competi-ram e disputaram as vagas para o cam-peonato brasileiro das categorias sub-13, sub-20 e sub-23.

Para a realização deste evento a Fe-deração Paranaense de Judô convocou 29 árbitros, que atuaram sob a coordenação técnica de Edilson Hobold, faixa preta 5º dan, que além de membro do Conselho Nacional de Arbitragem é o coordenador estadual de arbitragem do Paraná.

Em seu discurso na abertura da com-petição Luiz Iwashita desejou boa sorte a todos os competidores e parabenizou Celso Duarte, delegado da Regional No-roeste, pelo empenho de sua equipe na realização do evento. “Mas uma vez esta-mos realizando uma competição em Ma-

MARINGÁ SEDIA CAMPEONATO PARANAENSE

ringá, um dos berços de nossa modalidade no Estado. Parabenizo o professor Celso Duarte, nosso anfi trião, pela qualidade que estamos tendo aqui. Quando cobra-mos qualidade e empenho, nos referimos também ao trabalho dos dirigentes e suas equipes, e hoje Maringá está dando exem-plo e provando que podemos promover competições com muita qualidade.”

No sub-13 Judô Tonietto e Lemanczuk são destaque

No sub-13 feminino, o Judô Tonietto fi cou na primeira colocação geral com três ouros, duas pratas e um bronze. Os de-

mais ouros foram conquistados pela As-sociação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Judô Kussumoto, Academia Bio Active, Judô Kawazoe e IMK.

Já no masculino a disputa foi bem mais acirrada e o Judô Lemanczuk Jú-nior conquistou a primeira colocação com duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. A Sociedade Morgenau fi cou em segundo lugar, com duas de ouro e duas de bronze.

Os demais ouros do masculino foram conquistados pela Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Judô Kus-sumoto, Associação Procopense de Judô e Ricardo Sant.

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

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Page 134: Revista Budo 7

No sub-20 Judô Toniettoe Canada Country Club

ficam em primeiro

No sub-20 feminino, o Judô Tonietto conquistou a primeira colocação geral com três ouros e dois bronzes. As demais meda-lhas de ouro foram conquistadas por Judô Lemanczuk Júnior, V. Bem-Fecam, So-ciedade Morgenau, Juventus e Associação Foz do Iguaçu de Judô.

No masculino, o Canada Country Club faturou a primeira colocação com três ouros e uma prata. A Sociedade Morgenau ficou em segundo lugar com dois ouros, uma pra-ta e um bronze. O Judô Kawazoe ficou na terceira colocação geral com uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze.

As duas medalhas de ouro restantes do masculino foram conquistadas por Judô Tonietto e Judô Nintai do Brasil.

Juventus e Canada dominam o sub-23

Na categoria sub 23 feminino, houve enorme paridade e, com as duas medalhas de ouro conquistadas, o Juventus foi cam-peão geral. As demais medalhas de ouro foram conquistadas por seis agremiações: Judô Lemanczuk Júnior, Pró Sport, V. Bem-Fecam, Sociedade Morgenau, Judô Tonietto e Judô Nintai do Brasil.

Já no masculino o Canada Country Club ficou na primeira colocação com duas medalhas de ouro e uma de bronze. O Judô Nintai do Brasil ficou em segundo lu-gar com um ouro, uma prata e três bronzes. O judô Tonietto ficou na terceira colocação com um ouro e uma prata. A Associação de Judô Iwashita e a A.C.M.F. ficaram em quarto lugar com uma de ouro e um bron-ze cada uma. O Juventus e o Bom Jesus ficaram com os dois ouros restantes desta categoria.

Araucária e AFIJ faturam Torneio Estímulo

A P. M. Araucária/SMEL conquis-tou a primeira colocação geral do Torneio

Prof. Celso Duarte, delegado da regional noroeste e anfitrião do evento com Helder Faggion delegado da regional norte

Vitor César Moreira coordenador de arbitragem da região oeste

Luiz Iwashita presidente da FPrJ

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Page 135: Revista Budo 7

Estímulo feminino com uma medalha de ouro e outra de bronze. Já no naipe mascu-lino a AFIJ ficou com a primeira colocação geral com os dois ouros conquistados.

Após o encerramento do certame, Luiz Iwashita, presidente da FPrJ, avaliou o certame. “A competição foi muito bem sucedida e transcorreu dentro daquilo que havíamos planejado. Ao todo recebemos 361 atletas e levamos exatas dez horas para realizar a competição. Foi cansativo, mas temos de levar em conta que foram três se-letivas estaduais, e todas as disputas foram bem acirradas, pois estavam em jogo as va-gas para disputar as finais do campeonato brasileiro.”

O dirigente paranaense finalizou agra-decendo a colaboração de toda a equipe da Regional Noroeste. “Em nome de toda a diretoria da FPrJ agradeço ao professor Celso Duarte, delegado da Regional No-roeste, bem como a todos os professores da região que não mediram esforços na reali-zação deste grande evento.”

Para Celso Duarte, delegado da Re-gional Noroeste, o nível técnico da com-petição comprovou a evolução técnica dos judocas paranaenses. “O Paraná vem apre-sentando uma evolução técnica gradativa, e aqui pudemos constatar este crescimento. Mas ainda falta um pouco mais para po-dermos competir de igual para igual com Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.”

134

Page 136: Revista Budo 7

Sub 13 – Feminino

Super-ligeiro - 28kg

1º Mariana Kawazoe - Kawazoe

2º Sabrina Gomyde - Curitibano

Ligeiro - 31kg

1º Arissa Fujisaki - IMK

Meio-leve - 34kg

1º Sara V T Santos - Tonietto

2º Ana C F Perin - Santa Monica

3º Laura M Moura - Tonietto

3º Ana P Correia - Laranjeiras

Leve - 38kg

1º Bruna Bereza - Tonietto

2º Bianca D. Benck - Kawazoe

3º Shirlen Thais - Ricardo Sant

Super-ligeiro - 44kg

1º. Thais T S Kondo - Lemanczuk

2º. Fernanda Jacoboski - Guarapuava

3º. Jessica Santos - Guarapuava

3º. Luana E Lima - Guarapuava

Ligeiro - 48kg

1º. Ana F A Ferreira - Tonietto

2º. Paula Nunes - Bom Jesus

3º. Jessica Lopes - Tonietto

3º. Nicole Bezerra - ALJ

Meio-leve - 52kg

1º. Thais Oliveira - Tonietto

2º. Martinelli Lima - Araucária

3º. Juliana Kachenski - Tonietto

3º. Ketlin Fante - Juventus

Sub 23 – Feminino

Super-ligeiro - 44kg

1º - Thais Kondo - Lemanczuk

2º - Fernanda Jacoboski - Guarapuava

Ligeiro - 48kg

1º - Mirelly Santos - Pró Sport

2º - Paula Nunes - Bom Jesus

3º - Camila Almeida - V. Bem-Fecam

3º - Ana F. Ferreira - Tonietto

Meio-leve - 52kg

1º - Thais Oliveira - Tonietto

2º - Martinelli Lima - Araucária

3º - Juliana Kachenski - Tonietto

Leve - 57kg

1º - Jéssica Rocha - Juventus

2º - Ariane Pichoz- Guairaca

3º - Débora Ferreira- Smel Toledo

3º - Andressa Oliveira- Iwashita

Meio-médio - 63kg

1º - Glenda Lopes - V. Bem-Fecam

2º - Lidiane Silva - Guairaca

3º - Renata Correa - Tonietto

3º Asheley Uchoa – V. Bem-Fecam

Meio-médio - 42kg

1º Ana Santana - Bom Jesus

2º Thais Gonçalves - Tonietto

3º Beatriz C Oliveira - Lemanczuk

Médio - 47kg

1º Eduarda Darmieli - Tonietto

2º Gabrieli Lambrecht - Toledo

3º Annelyze Silva - Pinhãoense

3º Beatriz R. Pimenta - Hobby Sport

Meio-pesado - 52kg

1º Alexia C. Alves - Kussumoto

2º Bruna F Oliveira - Tonietto

3º Monica Tortato - Lemanczuk

3º Maria Zeferino - Hobby Sport

Leve - 57kg

1º. Bruna S. Nesi - Tonietto

2º. Jessica Rocha - Juventus

3º. Mariana Miara - Morgenau

3º. Natalia B. Silva - ALJ

Meio-médio - 63kg

1º Glenda Lopes - V. Bem-Fecam

2º Regina Aguirre - Laranjeiras

3º Fabiana C. Morita - Kawazoe

Médio - 70kg

1º Lorhanna Saboya - Morgenau

2º Mychaellen Silva - Araucaria

3º Viviane Donomai - Juventus

Meio-pesado -78kg

1º Alexia Lima - Juventus

3º - Fabiana C. Morita - Kawazoe

Médio - 70kg

1º - Lorhanna Saboya - Morgenau

2º - Rubia Stella Silva - ALJ

3º - Mychaellen Silva - Araucária

Meio-Pesado - 78kg

1º - Alexia Lima - Juventus

2º - Gleidihele Eduardo - Godar

3º - Mychellen Silva - Araucária

Pesado + 78kg

1º - Mayara Oishi - Nintai

2º - Dannielle Silva- A.M.C.F.

Sub 23 – Masculino

Super-ligeiro - 55kg

1º - Felipe Souza - Tonietto

2º - Christopher Vieira - Tonietto

3º - Guilherme M Neder - Nintai

3º - Daniel Bispo - Paranavaí

Ligeiro - 60kg

1º - Marlon Kurosawa - Canada C. C.

2º - Otavio Nishimura - Kawazoe

3º - Douglas Josefi - Laranjeiras

Pesado + 52kg

1º Laura R. Oliveira - Bio Active

2º Yohanna Ferrari - AFIJ

3º Jaqueline Carneiro - Guairaca

3º Millene M Silla - Guairaca

Sub 13 – Masculino

Super-ligeiro - 28kg

1º Felipe Staub - Bom Jesus

2º Pedro Souza - Paraná Clube

Ligeiro - 31kg

1º Ilan Brink - Lemanczuk

2º Lucas Lopes - Kussumoto

3º Felipe Suemitsu - Nintai

3º Guilherme Toro - Hobby Sport

Meio-leve - 34kg

2º Mychellen Silva - Araucária

3º Gleidihele Eduardo - Godar

3º Amanda P Batista - Yama

Pesado + 78kg

1º Monica Sarnovski - AFIJ

2º Camilla A. Pedroso - ALJ

3º Dannielle Silva - A.M.C.F.

3º Débora Souza - Cianortense

Sub 20 – Masculino

Super-ligeiro - 55kg

1º Felipe Souza - Tonietto

2º Tales Y O Kawazoe - Kawazoe

3º Vinicius Kawazoe - Kawazoe

3º Víctor K Kaminari - Bom Jesus

Ligeiro - 60kg

Meio-leve - 66kg

1º - Denis Nagahama- A.M.C.F.

2º - Igor Bueno Santos- Nintai

3º - Celso A Farias - Morgenau

3º - João Fialho - Nintai

Leve - 73kg

1º - Jean Moreira - Bom Jesus

2º - Andre Josefi - Laranjeiras

3º - Victor Luvizotto - Morgenau

3º - Yuri R. Dias - Nintai

Meio-médio - 81kg

1º - João Pires - Nintai

2º - Juan Silva - Pro Sport

3º - Mateus Alcarria - A.M.C.F.

3º - Carlos Silva - Santa Monica

Médio - 90kg

1º - Rodrigo N. Ribeiro - Juventus

2º - Douglas Ogawa - Hobby Sport

3º - Fernando Ogata – Canadá C.C.

3º - Vagner Mucci - Guairaca

Meio-pesado - 100kg

1º - Brunno Ferreira - Iwashita

1º Thiago Guidette - Kussumoto

2º Renan Moron - Lemanczuk

3º Victor H. Ursi - Bom Jesus

3º Roberto Werlang - Tonietto

Leve - 38kg

1º Kanji Ujita - Procopense

2º Gustavo A. Dias - Procopense

3º Guilherme Balabuch - Morgenau

3º Lucas Lemanczuk - Lemanczuk

Meio-médio - 42kg

1º Victor M. T. Silva - Lemanczuk

2º Raphael Cordeiro - Tonietto

3º Gustavo Campara - Morgenau

3º Daniel Schefer - Smel Toledo

Médio - 47kg

1º Marlon Kurosawa - Canada C. C.

2º Caio H. Ogawa - Canada C. C.

3º Douglas Josefi - Laranjeiras

3º Murilo H. Santos - Kussumoto

Meio-leve - 66kg

1º Eidi H Kawazoe - Kawazoe

2º Marcos V Silva - Ricardo Sant

3º Celso A Farias - Morgenau

3º João Fialho - Nintai

Leve - 73kg

1º Victor Luvizotto - Morgenau

2º Gabriel L Miara - Morgenau

3º Bernardo Dallagassa - Nintai

3º Lucas Lessa - Tonietto

Meio-médio - 81kg

2º - Felipe Brito - Morgenau

3º - Jean R Santos - Guairaca

Pesado + 100kg

1º - Bruno Ogata – Canada C.C.

2º - Bruno Marchiotto - Hobby Sport

3º - Henry Oliveira - Morgenau

3º.Yargo Oliveira - Iwashita

Sub 20/23 Estimulo – Feminino

Ligeiro - 48kg

1º - Yasminne Meireles - AFIJ

2º - Geovana Madureira - Guarapuava

3º - Fernanda S. Couto - Araucária

Leve - 57kg

1º - Andriele Santos - Grêmio Pisa

2º - Erica Souza - Smel Toledo

3º - Manoeli Hoffmann - Ricardo Sant

3º.Renata Souza - Semprebom

Meio-médio - 63kg

1º - Jacqueline Silva - Araucária

2º - Andressa Cintra - V. Bem-Fecam

3º - Isabely Gomes – Canada C.C.

1º Everton Ramos - Ricardo Sant

2º Eduardo Josviak - Lemanczuk

3º Rafael Seifert - Sagrada Família

3º João Rodrigues - Lemanczuk

Meio-pesado - 52kg

1º Giovanni Mangini - Morgenau

2º Jose A G C Filho - Bom Jesus

3º Lucas Souza - Smel Toledo

3º Victor H Vidotto - Nintai

Pesado + 52kg

1º Breno R. Sedrez - Morgenau

2º Rossol Suwidan - Nintai

3º Emerson Oliveira - Paranavaí

3º Lucio F. Carmo - Bio Active

1º João Pires - Nintai

2º Nil W Cardoso - Laranjeiras

3º Fernando Hortencio - Hobby Sport

3º Joao Cruz - Hobby Sport

Médio - 90kg

1º Fernando Ogata - Canada C. C.

2º Douglas Ogawa - Hobby Sport

3º Vagner Mucci - Guairaca

3º Victorio Neto - AFIJ

Meio-pesado - 100kg

1º Bruno Ogata - Canada C. C.

2º Jean R Santos - Guairaca

Pesado + 100kg

1º Henry Oliveira - Morgenau

2º Luiz Honesko - CSF/Palmeira

3º - Luciele Farias - V. Bem-Fecam

Pesado + 78kg

1º - Jaqueline O. - Cianortense

Sub 20/23 Estimulo – Masculino

Super-ligeiro - 55kg

1º - Amauri C Junior - AFIJ

2º - Roberto Silva - Cianortense

3º - Sadrak Almeida - Guarapuava

3º.Felipe Akamine - V.Bem-Fecam

Ligeiro - 60kg

1º - Marcelo Felizardo - Tonietto

2º - Bruno Iastremski - Guarapuava

3º - Douglas Kokubo - A.M.C.F.

3º - Leonardo Matos - Medianeirense

Meio-leve - 66kg

1º - Daniel Bonetto - Lemanczuk

2º - Julio Bertoldo - Laranjeiras

3º - Haone Souza Martins - ALJ

3º - Leonardo R. Alfi eri - ALJ

Leve - 73kg

1º - Felipe Liborio- AFIJ

2º - Willian M H Abe- Ricardo Sant

3º - Matheus Berger- Paranavaí

3º - Rodolfo Graça - Paranavaí

Meio-médio - 81kg

1º - Andre Salvadori - V. Bem-Fecam

2º - Vinicius T Silva - A.M.C.F.

Médio - 90kg

1º - Altamiro Junior - Juventus

2º - Paulo Mercedes - Cianortense

3º - Raphael Marinho – Canada C. C.

3º - Gabriel Batista - V. Bem-Fecam

Meio-pesado - 100kg

1º - Anderson Araujo - Guairaca

2º - Pedro Assmann - Semprebom

Pesado + 100kg

1º - Halef G. Cruz - ALJ

2º - Lucas Graça - Cianortense

3º - Higor Nogueira - Semprebom

3º - Talisson da Silva - Godar

Classificação Sub 13

Classificação Sub 20

Classificação Sub 23

135

Page 137: Revista Budo 7

Mauá (SP) - A Associação de Judô Mauá realizou o seu tradicional Fes-tival de Judô e o Torneio Estudantil de Judô, no dia 30 de junho, no giná-sio de esportes do Grêmio Esportivo Mauaense.

O evento reuniu 415 judocas pro-venientes de colégios, escolinhas de educação infantil, associações, aca-demias e ONGs da cidade de Mauá, e contou com a presença de mais de mil espectadores.

Para o sensei Kaor Okada, o evento atingiu todos os objetivos. “Este foi o primeiro evento organizado pela

Associação de Judô MauáRealiza Festival e Torneio Estudantil

Kaor Okada, Dr. Piero e Chico do judô136

Page 138: Revista Budo 7

Por Camila Nascimento

Com sempre Baby foi muito assediado pela garotada Hatiro Ogawa, Francisco de Carvalho, Dr. Piero, Baby e Kaor Okada

Sensei Kaor Okada sétimo Dan Sensei Hatiro e Baby

Márcio Okada137

Page 139: Revista Budo 7

Associação de Judô Mauá nesta tempo-rada, e felizmente alcançamos todos os objetivos traçados, e promovemos uma grande festa para as crianças de nossa cidade.” O kodansha 7º dan destacou a presença de judocas ilustres. “Nossa competição contou com a presença de convidados ilustres, entre os quais des-tacamos o professor Francisco de Car-valho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô; sensei Hatiro Ogawa, que é coordenador do Centro de Ex-celência do governo do Estado de São Paulo, administrado pela FPJ; dr. Pierro, candidato a vice-prefeito pelo PDT de Mauá; e do judoca olímpico Rafael Sil-va “Baby”, que representará o Brasil nas Olimpíadas de Londres.

Em seu depoimento na abertura da competição, Francisco de Carvalho en-fatizou a importância do judô no pro-cesso de formação das crianças. “Fico muito feliz cada vez que vejo um gi-násio repleto de crianças aguardando o momento de entrar no shia-jo e mos-trar parte daquilo que aprenderam com seu sensei, seja no dojô, na escolinha ou num projeto social. Porém, faço questão

Baby e Chico do judô

Page 140: Revista Budo 7

de enfatizar a importância do judô e de todos os seus princípios na formação integral das crianças e adolescentes que praticam a nossa modalidade.”

Outro convidado ilustre foi o judo-ca olímpico Rafael Silva, conhecido nos tatamis como Baby, que do alto de seus quase 2 metros participou de brinca-deiras com os jovens judocas, interagiu, premiou e falou a todos sobre a impor-tância de se preparar para a vida, seja estudando seja treinando com serieda-de. Falou de sua trajetória nos tatamis, e explicou que foi estudando muito e treinando duro que conseguiu preparar--se para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos em Londres.

O professor Márcio Okada finalizou agradecendo a presença e a participação de todos que lá estiveram. “Em nome da Associação de Judô Mauá agradeço a todas as entidades, professores, alu-nos, pais e amigos que engrandeceram a nossa competição. Desenvolvemos um grande esforço para realizar este evento, mas temos a certeza de estar colaboran-do na formação de todas estas crianças que aqui estão.”

139

Page 141: Revista Budo 7

Amparo (SP) - No dia 11 de junho realizou-se a 16ª edição do Torneio de Judô do Floresta Atlético Clube, um dos mais tradicionais torneios do inte-rior paulista.

Ao todo, 622 atletas pertencentes a 40 associações participaram do evento, que contou com a atuação de 45 árbitros da região.

Participaram da mesa gestora José Fernando da Silva, presidente da direto-ria executiva do Floresta Atlético Clube; Ana Maria Camargo, secretária muni-cipal de Esportes de Amparo; Celso de Almeida Leite, delegado da 15ª Dele-gacia Regional; Ademir Nora, presiden-te do conselho deliberativo do Floresta Atlético Clube; Joji Kimura, delegado da 10ª Delegacia Regional; Fábio Nora, professor de judô do Floresta Atlético

XVI TORNEIO DO FLORESTA ATLÉTICO CLUBEMostra a força da 15ª DelegaciaFLORESTA ATLÉTICO CLUBE

Mesa de honra composta por Fábio Nora, Joji Kimura, Ademir Nora, Celso de Almeida, José Fernando da Silva, Ana Maria Camargo e Maurício Toniollo

Por Paulo PintoFotos Revista Budô

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Page 142: Revista Budo 7

Clube; e Maurício Toniollo, assessor parlamentar de Amparo.

Para José Fernando da Silva, a reali-zação de mais uma edição do Torneio do Floresta A. C. ratificou o compromisso do clube com o judô paulista. “Estamos reali-zando mais uma vez uma competição para a base do judô de nossa região, o que mos-tra nosso compromisso com o desenvolvi-mento do judô do Estado de São Paulo.”

Ana Maria Camargo destacou a importância de promover o desenvolvi-mento social por meio do esporte. “Fico feliz por estar participando de um even-to que reuniu aproximadamente 700 crianças e jovens inseridos na prática esportiva. Vemos no esporte uma fonte inesgotável de sociabilização e cresci-mento para seus praticantes, e a cida-de de Amparo estará sempre de portas abertas para receber toda a comunida-de do judô paulista, que há mais de dez anos prestigia os eventos realizados no Clube Floresta.”

Ana Maria Camargo secretária municipal de esportes de Amparo Celso de Almeida

Os delegados regionais Joji Kimura, Celso de Almeida e Ademir Nora

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Após a competição Fábio Nora lem-brou a importãncia de os clubes promo-verem competições anualmente. “Temos tradição no judô paulista, mas esta tra-dição é fundamentada no empenho e no trabalho de pessoas como o professor Ademir Nora, que trabalha incansavel-mente na realização dos eventos de judô em nosso clube. Penso que todo clube deveria promover eventos como o nos-so, pois é justamente este intercâmbio técnico que fazemos que garante a São Paulo o lugar mais alto no pódio.”

Sensei Fábio destacou a grandeza da competição desta temprorada. “Não fo-mos felizes na data, mas era o que havia disponível. Contudo, perdemos apenas em número de atletas e associações para a competição realizada pelo Clube São João de Atibaia. Nossa competição foi a segunda maior entre as que se reali-zaram na 15ª Delegacia Regional, nesta temporada.”

Celso de Almeida Leite lembrou que o Torneio de Judô do Floresta é uma festa para a família. “Temos uma infinidade de eventos no calendário do judô paulista, mas esta competição é re-

alizada da mesma forma como os campeonatos do passado. Os familiares dos judocas sabem que vêm a Amparo para pas-sar o dia no clube, acompanhando a garotada, seja no festival seja na competição. Eu, particularmente, fico muito feliz por ver estas arquibancadas lotadas de pais, tios e avós, que vêm prestigiar e testemunhar o crescimento de seus filhos nos ta-tamis, e eu os parabenizo por isso.”

São João sobra nos tatamis

Após o festival que reuniu centenas de crianças, ocorreram os combates do shiai, nos quais o Clube São João de Atibaia saiu vitorioso, somando 20 ouros, quatro pratas e seis bronzes, que lhe garantiram 118 pontos e a primeira colocação geral.

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FPJ INOVA Promovendo Exames de Inverno

São Paulo (SP) - Atendendo a pedi-dos dos fi liados, a Federaçãoos Paulista de Judô inovou e realizou exames de fai-xa para candidatos do primeiro ao quin-to dan, conforme prevê o estatuto da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Os exames de inverno para os fai-xas pretas paulistas realizou-se no dia 14 de julho, nas dependências da Arena Olímpica de Judô, no complexo esporti-vo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibi-rapuera, zona central da capital paulista.

Diversos dirigentes e autoridades esportivos participaram da cerimônia de graduação de inverno do judô pau-lista, entre eles Mauzler Paulineti, as-

Fornecedor ofi cial FPJ

Francisco de Carvalho em seu discurso de abertura

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O Prof. Yoshihiro Okano

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sessor parlamentar do vereador Aurélio Miguel; Francisco Aguiar, delegado da 12ª Região; Odair Borges, membro da comissão de graduação da CBJ; Ales-sandro Puglia, vice-presidente da FPJ; Raul de Mello Senra, delegado da 4ª Região; Nelson Shigueki Koh, delegado da 7ª Região; Tsutomu Niitsuma, coor-denador geral dos exames de graduação; e Francisco de Carvalho, presidente da FPJ.

Além das autoridades esportivas es-taduais, o professor Yoshihiro Okano, 8º dan, que é de Londrina (PR), foi a São Paulo para atuar como representante da CBJ.

Como a CBJ não enviou os diplo-mas e seus respectivos registros para os aprovados, Yoshihiro Okano afirmou que a entidade fará o envio assim que receber a relação dos judocas aprovados pela banca examinadora.

Por sua vez, a diretoria da FPJ emi-tiu certificados da entidade, que foram entregues aos aprovados na cerimônia de graduação.

Em seu discurso de abertura, Fran-cisco de Carvalho, presidente da FPJ lembrou aos novos faixas pretas da res-ponsabilidade que passam a assumir como judocas graduados. “Lembro a to-dos que hoje serão aprovados a impor-tância e o que representa esta graduação. Um faixa preta de judô deve ser exem-plo de conduta e retidão. Quando todos iniciamos nossa caminhada nos tatamis, não tínhamos conhecimento do legado deixado pelo criador de nossa modali-

dade, mas no caminho que nos leva até a faixa preta ficamos conhecendo a am-plitide filosófica do judô. É por isso que peço a todos que daqui por diante ajam sempre fundamentados naquilo que aprederam com o sensei Kano, estando dentro ou fora dos tatamis.”

Comissão examinadora

O exame de graduação foi realizado

pela comissão de graduação do Estado de São Paulo, tendo como coordenador geral o professor Tsutomu Niitsuma, 8º dan. À frente da comissão de exames esteve o professor Dante Kanayama, 8º dan, e os membros das bancas exami-nadoras foram os professores Takeshi Niitsuma, 8º dan; Belmiro Boaventura, 7º dan; Hideshiko Aoki, 7º dan; Kenzo Matsura, 7º dan; Antônio Honorato de Jesus, 6º dan; Luís Alberto dos Santos,

Edson Minakawa

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6º dan; Hissato Yamamoto, 6º dan; Al-cides Camargo, 6º dan; Edison Minaka-wa, 6º dan; Rioti Uchida, 6º dan; Pedro Jovita Diniz, 6º dan; Fernando da Cruz, 6º dan; Eduardo Melato, 5º dan; Mário Miranda, 4º dan; Francisco Carlos Al-ves, 4º dan; e Marcus Michelini, 4º dan.

Alexandre Puglia, diretor técnico da FPJ, explicou por que a entidade con-feccionou diplomas para esta graduação. “Entendemos que toda cerimônia de graduação demanda a entrega de um documento comprobatório para o can-didato. Como a CBJ mudou os critéiros, e fará a entrega apenas após o candidato ser examinado e aprovado, a FPJ con-feccionou diplomas da entidade para que os aprovados pudessem ter algum documento referente à promoção de faixa. Tão logo a CBJ envie os diplomas, a FPJ estará fazendo entrega aos judocas promovidos.”

Maulzer Paulinette

Dante Kanayana e Raul Senra

Mauzler Paulinette e Alessandro PugliaFrancisco Aguiar e Odair Borges

Yoshihiro Okano e Francisco de Carvalho Francisco de Carvalho, Mauzler Paulinette e Alessandro Puglia

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Judocas aprovados PJAprovados para shodan - 1º dan

Alexandre Franceschi Iglesias

Alexandre Santos Coutinho

Allan Cristian Neri

Daniel Halegua

Daniel Telles de Menezes

Gerson Satoshi Oliveira Naki

Gustavo Ferreira Pontes

Helio Kazuo Muto

Itamar José da Dilva Lançoni

Jefferson Pereira Arakaki

Marcelo Valêncio

Rafael Stein Pereira

Roberto Minoru Ussui Gonzales

Werner Rogério Galhardo Alen

Aprovados para nidan - 2º dan

Diogo Rocha Colela

Fabiana Brossi Lopes

Aprovados para sandan - 3º dan

Caio Kanayama

Cláudio Henrique Silva Tateama

Patrícia Teodoro de Almeida Leite

Aprovados para yondan - 4º dan

Luís Antônio Klass de Moraes

Fornecedor ofi cial FPJ

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Amapá mantém excelente aproveitamento na temporada 2012

e I Copa Cidade de Registro por EquipesSantana (AP) - O judô amapaense man-

tém excelente padrão de rendimento e con-quistou resultados expressivos nos campeona-tos brasileiros desta temporada, ratifi cando a consistência do trabalho desenvolvido pelos professores amapaenses em parceria com a Federação Amapaense de Judô (FAJ).

O campeonato brasileiro sub-17 foi reali-zado nos dias 19 e 20 de maio em Guarapari (ES), e o Amapá fez sua estreia em compe-tições nacionais nesta temporada ganhando duas medalhas de bronze. Os dois terceiros lugares foram conquistados pelas atletas Anne Priscila Gomes e Lília Amaral dos Santos (CJRN).

Nos dias 26 e 27 de maio realizou-se em Santa Cruz do Sul (RS) o campeonato bra-sileiro da categoria sub-15, e mais uma vez o Amapá deixou sua marca no pódio.

Os judocas Samila Rebeca Coelho (AIFA) e Irailson Batista Júnior (CJRN) conquistaram medalhas de bronze em suas categorias.

Já nos dias 4 e 5 de agosto Manaus (AM) sediou o campeonato brasileiro sub-13, a clas-se mais jovem do judô nacional, e o Amapá manteve a escrita, conquistando dois bronzes.

Os judocas amapaenses Matheus Cardo-so de Melo (CJRN) e Rodrigo Vasconcelos dos Passos (EPAM) conquistaram o bronze de suas categorias.

Nos dias 18 e 19 de agosto aconteceu o campeonato brasileiro da classe sub-20, na ci-dade do Rio de Janeiro (RJ), e o Amapá levou 08 atletas para a competição. Esta foi a maior delegação de todos os brasileiros realizados na classe júnior.

A judoca Fernanda Maués 44kg, con-quistou o bronze de sua categoria, única medalha do judô amapaense na competição. Os judocas Felipe Carmona, Lilian Ama-ral, Gisele Chaves e Julio Vilhena, fi cam na

Mantendo a meta de crescimento e desenvolvimento da modalidade no Estado, os atletas da Federação Amapaense de Judô- FAJ conquistaram sete me-dalhas de bronze, nos quatro campeonatos brasileiros realizados nesta temporada.

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primeira rodada. Matheus Duarte e Pauliana Leão param na segunda rodada. Bruno Lima ficou em 5º lugar ao perder na semifinal, e na disputa de bronze.

Dessa forma, após a disputa de quatro classes do judô verde e amarelo desta tempo-rada, os amapaenses levaram na bagagem de volta sete medalhas de bronze para seu Es-tado.

Vale ressaltar que todos os atletas me-dalhistas foram beneficiados pelas passagens oferecidas pelo Programa de Apoio às Fede-rações (PAF) e tiveram suas despesas de hos-pedagem custeadas pelo governo do Estado do Amapá, por intermédio da Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel).

Para Antônio Viana, presidente da Fe-deração de Judô do Amapá, os resultados obtidos por seu Estado nesta temporada correspondem à ajuda que a modalidade tem recebido. “As medalhas conquistadas pelo Amapá nesta temporada refletem a ajuda que temos recebido da Sedel, bem como do Mi-nistério do Esporte, que por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) tem-nos propor-cionado a captação de recursos que estão im-pulsionando o judô no Amapá”, comemorou o dirigente amapaense.

Viana finalizou destacando a qualidade do trabalho desenvolvido por seus filiados. “Não posso deixar de destacar a seriedade e o comprometimento de nossos filiados, sem os quais o Amapá não estaria marcando presen-ça nos pódios. Professores, técnicos e atletas estão desenvolvendo um grande esforço na conquista de resultados e medalhas. Temos de pensar o esporte como um todo, e nesse sen-tido a gestão só atinge seus objetivos quando nela está inserida a participação de todos.”

Fernanda a pequena notável

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III Torneio infantil

Nobuo Ogawa e I Copa Cidade de Registro por Equipes

Registro (SP) - Para completar o fi m de semana de judô em Registro, no dia 24 de junho a Associação Registrense de Judô realizou o III Torneio Infantil No-buo Ogawa paras as classes sub-9 a sub-15, e a I Copa Cidade de Registro por equipes, para as classes sub-17 a sub-23.

O certame teve o apoio da 14ª De-legacia Regional do Vale do Ribeira e da Prefeitura Municipal de Registro.

A competição ocorreu em clima de confraternização e alegria, mas com combates de altíssimo nível, principal-mente no torneio por equipes, que con-tou com a participação de duas equipes comandadas pelo renomado sensei Paulo Duarte, do SESI Cubatão.

Além dos atletas das cidades de Re-

Por Paulo PintaFotos Revista Budô

Nice Ogawa recebe homenagem de Neuza Kobori Jean Carlos Rodrigues representando a autoridade Municiapl em seu discurso de abertura

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Maria Manzatti Jean Carlos Rodrigues

Sensei Paulo DuarteO jovem Breno Silva fazendo juramento

Akira Hanawa

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gistro, Jacupiranga, Juquiá, Ilha Compri-da, Sete Barras, Cananeia e Miracatu, o evento ainda contou com a presença da Associação Messias de Judô de São Paulo, Associação Chodokan de Ita-nhaém, Associação Budokan de Peruíbe, Associação Chodokan de Itariri e SESI Cubatão, reunindo cerca de 300 judocas, entre participantes do Torneio Nobuo Ogawa, Copa Cidade de Registro por equipes e festival para biribas, para judo-cas menores de 6 anos.

As agremiações mais bem coloca-das receberam o Troféu Nobuo Ogawa, sendo: Associação Budokan de Peruíbe (campeã); Associação Chodokan de Ita-riri (vice-campeã), Associação Chodokan de Itanhaém (3ª colocada), Associação Desportiva Cultural de Juquiá ± ADEJU (4ª colocada) e Projeto Judô para Todos de Pariquera-Açu (5ª colocada).

A equipe masculina da ARJU ficou na quarta

colocação dentre as oito equipes inscritas.

Já na I Copa de Cidade de Registro

por Equipes, no masculino os títulos de campeão e vice-campeão ficaram com a equipe o SESI A e SESI B; a ter-ceira colocação ficou com a Associação Budokan de Peruíbe. Além dos troféus e medalhas, essas equipes levaram para casa as quantias de 800, 500 e 200 reais, respectivamente.

No torneio por equipes feminino, a grande campeã, foi a Associação Regis-trense de Judô (ARJU); a vice-campeã foi a ADEJU de Juquiá e a terceira colo-cada foi a equipe de Ilha Comprida/Ma-fetoni. Além de troféus e medalhas, hou-ve premiação de 100 e 50 reais para as duas melhores equipes, respectivamente.

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Já no festival para crianças menores de 6 anos (biribas) todos os participantes receberam medalhas.

O delegado regional Akira Hanawa avaliou positivamente a realização do evento, principalmente pela participação de renomados atletas do SESI comanda-das pelo sensei Paulo Duarte. “Agradeço a presença da equipe de Cubatão, que veio abrilhantar o certame, dando opor-tunidade aos atletas de nossa região luta-rem com atletas de ponta e ainda apreciar

as técnicas por eles utilizadas. Este é um gesto de nobreza e humildade de umas das referências do judô no Brasil, e eu só tenho a agradecer”, declarou Hanawa.

Já para a presidente da ARJU, Neusa Kobori, o saldo positivo da realização foi a oportunidade de os atletas do Vale do Ribeira fazerem do evento um grande intercâmbio, por ser o primeiro torneio amistoso realizado na região em 2012 e, além de tudo, com a inovação de realizar um torneio por equipes.

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Sociedade Morgenau revela talentos no Paraná

Entrevistamos Alan Leandro Vieira, sensei e técnico que desenvolve um excelente trabalho na Sociedade Morgenau em Curitiba (PR)

e revela talentos por meio de um projeto social apoiado pelo clube

Nascido em 7 de junho de 1976 em Para-navaí (PR), Alan Vieira deu início à sua traje-tória como judoca aos 12 anos, na Sociedade Morgenau em Curitiba (PR). Ele nos conta a história do judô no clube, e como o projeto social que está sendo desenvolvido descobriu novos talentos, que já este ano vão disputar o Campeonato Pan-Americano Sub-15.

Segundo Alan, o judô na Sociedade Morgenau começou em 1978, com o sensei Clodair Cardozo Carreira, que permaneceu à frente do clube até 1999. “Nesse período o clube conquistou quatro campeonatos brasi-leiros. Eram tempos difíceis, em que tudo era muito complicado para nós, pois não tínha-mos as oportunidades que existem hoje. Para participar de um evento nacional, quando o convite chegava, pois era tudo feito por carta via correio, tínhamos de viajar dias de ônibus, já que avião era algo inimaginável, e não fazia parte da nossa realidade. Se hoje o apoio é pequeno, naquela época não existia nada, e era tudo tirado do nosso bolso. Em 1999 o sensei seguiu outro caminho com sua família e deixou outro professor em seu lugar, mas acabou não dando certo.”

Alan explicou que, em junho de 1999, foi realizada uma reunião entre todos os faixas pretas do clube e decidiu-se dar continuidade ao excelente trabalho realizado pelo sensei Clodair, e a partir daí o judô do clube con-quistou diversos títulos, entre eles dez ouros em campeonatos brasileiros, três pan-ameri-canos e sul-americanos, além de duas olim-píadas escolares, atletas que conquistaram seletivas nacionais e muitos outros títulos. “Passamos por um processo de mudanças

Por Camila NascimentoFotos Revista Budô

O técnico Alan Vieira recebe Luanh Saboya deixando o Shiai -jô apôs a conquista do brasileiro

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Por Camila NascimentoFotos Márcio Rodrigues/FOTOCOM.NET

no clube, e o judô hoje figura como uma das atividades mais importantes desenvolvidas na Sociedade Morgenau. O apoio que rece-bemos da diretoria nos dá a certeza de que estamos cada vez mais perto de atingir nossos objetivos.”

Com recursos da Sociedade Morgenau, o sensei Alan desenvolve um projeto social na Vila das Torres, em Curitiba (PR), que aten-de a cerca de 300 crianças e jovens de baixa renda e que, segundo ele, proporciona a essas crianças a prática de um judô de alto nível, além da descoberta de novos talentos. “Esta-mos ampliando nosso quadro de atletas com o desenvolvimento de um trabalho sério e comprometido, apresentado em forma de re-sultados como o do Brasileiro Sub-15, que foi totalmente construído dentro de nosso dojô.”

Ao mencionar o resultado do Campeo-nato Brasileiro Sub-15 realizado nos dias 26 e 27 de maio, em Santa Cruz (RS), o técnico destaca a participação dos seus atletas Na-tasha Ferreira, na categoria ligeiro (40 kg), e Luanh Saboya, no meio-pesado (64 kg), que conquistaram o ouro e a vaga para competir no Campeonato Pan-Americano Sub-15, e o atleta Rodrigo Vasconcellos, que ficou com o bronze no peso-pesado (+64 kg). “Os três treinam comigo, e não vieram prontos não, chegaram aqui com 5, 6 anos de idade, são pratas da casa, do Morgenau.” Alan destaca ainda que esperava por um resultado expres-sivo, pois realizou um trabalho de preparação dos atletas desde o início do ano. “Tinha total noção do potencial dos meus atletas. Treinamos muito para essa competição, e coloquei dia a dia na cabeça dos atletas que eles tinham condições de ganhar: bastava acreditar no trabalho, que ia dar certo. Nos-sa preparação foi muito forte e muito séria. Havia dias em que não aguentávamos mais, mas em momento algum nenhum dos atletas pensou em desistir do trabalho e eles saíram de casa sabendo que, mesmo que voltassem de Santa Cruz sem medalhas, poderiam ficar tranquilos, pois o dever foi cumprido. Houve dedicação, comprometimento e entrega por parte de todos.”

Em relação ao desempenho do Paraná no campeonato ± em que inscreveu sete ju-docas no feminino e oito no masculino, con-quistando duas medalhas de ouro e duas de bronze e que resultou na terceira colocação geral da competição ± , Alan diz que esperava mais de alguns atletas, porém, as medalhas não vieram. “Temos no Estado do Paraná bons técnicos e principalmente bons atletas, temos de nos reunir e avaliar o que realmen-te está acontecendo e quais as mudanças que deverão ser feitas para que esse quadro mude.

Vou entrar em contato com nosso presiden-te e nosso coordenador de rendimento para avaliarmos esse brasileiro e colocar em prá-tica nova estratégia já para o sub-13. Mas é isso, nosso resultado foi muito abaixo da ex-pectativa.”

O técnico paranaense ressaltou que as conquistas da sociedade estão somente co-meçando. “Já tenho objetivos traçados para minha equipe para os próximos três anos, e pretendemos ir muito mais longe. Nossa ideia é manter a equipe unida, um colaboran-do com o treinamento do outro, e os resul-tados obtidos serão sempre divididos entre o grupo todo. Somos uma família.”

Natasha Ferreira campeã brasileira do sub-15 40kg

Rodrigo, Natasha e Luanh

Natasha Ferreira Luanh Saboya

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Palmas (TO) – A 7º Fest SESC ± Copa Antônio Tenório de Judô agitou a modalidade no Tocantins. Promovida pelo SESC/TO com o apoio da Federação de Judô do Estado do Tocan-tins (FEJET), provavelmente o maior evento da modalidade já realizado no Estado, contou com a participação de 14 associações, sendo três de Goi-ás, uma de São Paulo, uma de Dianópolis, uma de Paraíso do Tocantins e outras oito de Palmas. Cerca de 240 judocas competiram na copa e mais 300 crianças participaram do festival infantil.

Pela segunda etapa seguida, o Judô Guerra/SESI foi campeão geral da competição, realizada na quadra poliesportiva do Centro de Atividades do SESC em Palmas, no dia 3 de junho de 2012. O evento foi prestigiado pela ilustre presença do judoca Antônio Tenório, tetracampeão paraolím-pico e único judoca do mundo a conquistar qua-tro medalhas de ouro em paraolimpíadas.

Outra homenagem marcou o evento: pelo empenho em 15 anos lutando pelo esporte no Estado, o presidente da Federação Tocantinense de Judô, por meio do deputado estadual Raimun-do Moreira, presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, outorgou a Tom Pacheco o título de Cidadão Tocantinense, recebido com muita emoção por parte do dirigente e orgulho por par-te dos demais atletas presentes.

O evento também contou com a presença do ex-atleta olímpico e tricampeão mundial máster Joseph Guilherme, que trouxe a equipe de Goiás para competir; do judoca Danilo Ferrante, con-vocado para representar a seleção brasileira adul-ta; e do sensei Hatiro Ogawa, técnico do Projeto Futuro do Ibirapuera/SP, que contribui com a se-

Agita o Judô Tocantinense Por Camila NascimentoFotos Renato Klein

Copa Antônio Tenório

leção brasileira formando atletas nas classes juve-nil, júnior e sênior. Representando o diretor téc-nico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), o sensei Hatiro Ogawa entregou aos senseis Luiz Sérgio Papa e Celso Galdino suas faixas pretas com a graduação de 5º dan.

As lutas começaram com o festival infantil, do qual participaram atletas de associações do Tocantins e de outros Estados, além do projeto Carrossel do SESC/Palmas-TO, que promove a inclusão social por meio do esporte entre crian-ças e jovens de 7 a 12 anos. Tenório deixou uma

Senseis Hatiro, Ton, Papa e Celso

Ton Pacheco e Antonio Tenório

Antonio Tenório entre as crianças do projeto Carrossel do SESC/TO

O deputado estadual Raimundo Moreira, presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, recebendo homenagem de Ton Pacheco, Presidente da FEJET156

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mensagem para essas crianças. “Se eles não se transformarem em gran-des campeões, se transformarão em grandes cidadãos.”

Sobre o apoio ao evento, o presidente Tom Pacheco destaca: “A federação fica muito feliz em apoiar uma ação tão positiva quanto essa do SESC/TO em nos ajudar a trazer atletas de outros Estados para conhecer um pouco mais do nosso esforço em desenvolver o judô no Tocantins”.

Foi um fim de semana em que Palmas respirou judô, e sem dúvida fez com que Olhynto Neto, secretário estadual de Esporte, também presente, passasse a acreditar nas chances de um tocantinense lutar por uma vaga na seleção que disputará as Olimpíadas do Rio em 2016.

QUADRO DE MEDALHAS

1º Judô Guerra/SESI/TO (19 ouros, 10 pratas, 11 bronzes)

2º Harai-goshi/GO (18 ouros, 1 prata, 5 bronzes)

3º SESC/TO (11 ouros, 5 pratas, 3 bronzes)

4º Eti-Sul/TO (8 ouros, 11 pratas, 6 bronzes)

5º Giacomini/TO (5 ouros, 5 pratas, 3 bronzes)

6º Projeto Futuro/SP (4 ouros, 2 pratas, 1 bronze)

7º Dom Bosco/TO

8º Palmas Judô/TO

9º Samurai de Dianópolis/TO

10º Blindados/TO

11º Judô Brasil de Paraíso/TO

12º SESC Faiçalville/TO

13º Academia Bodytech/GO

14º Ulbra/TO*Obs: A Ulbra foi punida com a perda de duas medalhas de ouro na contagem geral por não ter apresentado árbitros.

Hugo de Carvalho, presidente do SESC/TO, José Wilson Siqueira, governador do Tocan-tins, Antonio Tenório e sua assessora Iara, Marco Antonio, diretor geral do SESC/TO

Hugo de Carvalho presidente do SESC/TO

Grupo da Associação Japonesa do Estado do Tocantins, formado por 12 componentes que representando Nelson Nakamura, fazem homenagem ao sensei Hatiro Ogawa

Antonio Tenório entre as crianças do projeto Carrossel do SESC/TO

Ton homenageando Hatiro Ogawa

Marco Antonio, diretor geral do SESC/TO, Raimundo Moreira, presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Olyntho Neto e sua esposa, Ton Pacheco, Antonio Tenório e Hatiro

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São Paulo (SP) - A Federação Pau-lista de Judô Máster e Supermáster (FPJM) promoveu a sexta edição do Campeonato Paulista Máster, certame que tradicionalmente reúne excelentes judocas da categoria veteranos.

A competição realizou-se no dia 29 de julho, nas dependências do Centro Educacional da Mooca, zona Leste de São Paulo, desenvolveu-se em seis áreas e contou com a atuação de 24 árbitros.

Esta edição do Paulista Máster teve o importante apoio da Prefeitura Muni-cipal de São Paulo e contou com a parti-cipação recorde de 212 atletas, vindos de 21 associações.

Os trabalhos foram dirigidos por Rubens Pereira, presidente da FPJM, e a locução do evento fi cou a cargo do com-petente Antônio Greco.

Compuseram a mesa de honra Ru-biane Guarino Pereira, Nelson Onmura, Mauzler Paulinetti, Rubens Guarino, Antônio José dos Santos, Natália Pe-reira, Antônio Greco, Milton Correa e Rubens Pereira.

Bate novos recordes Por Paulo Pinto

Fotos Marcelo Lopes/Budô

VI Campeonato Paulista de Judô Masters

A REVISTA DE JUDÔ E ARTES MARCIAIS DO BRASIL A REVISTA DE JUDÔ E ARTES MARCIAIS DO BRASIL

Rubens Pereira, Nelson Onmura, Milton Correa e Mauzler Paulinetti Antonio Grecco e Cristian Cezário

Mauzler Paulinetti

Rubens Pereira Equipe de apoio da FPJMS

Rubens Pereira, Mauzler Paulinetti, Nelson Onmura e Antonio dos Santos

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Em seu discurso de abertura, Rubens Pereira destacou o compromisso de sua entidade com o judô grand master. “To-dos sabem do nosso compromisso com a categoria veteranos, na qual somos pioneiros e trabalhamos com afinco pelo desenvolvimento de um segmento que sempre ficou à margem de tudo. Penso que é justamente em nossa classe que estão os verdadeiros guerreiros dos ta-tamis, pois lutamos contra tudo, contra todos, e até mesmo contra nossas limita-ções físicas. Assumimos o compromisso de fomentar o crescimento do máster e mantemos nosso ideal, sendo discrimi-nados até por atletas veteranos.”

Durante o certame, Rubens Pereira explicou qual é, a seu ver, o verdadeiro espírito do judô grand masters. “Enten-do que uma competição em nossa classe deva ser acima de tudo uma festa e uma grande confraternização entre amigos, que têm objetivos que extrapolam as medalhas. Quando estamos no shiai-jo numa disputa máster, vemos nitidamen-te que nosso maior adversário é o tempo, e o simples fato de estarmos ali, experi-mentando toda a adrenalina criada pela competição, nos torna infinitamente maiores e quase invencíveis.”

Rubiane Guarino, Rubinho Pereira e Natália Pereira

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Nos tatamis vimos muitos ippons e um

nível fortíssimo

Nas seis áreas montadas no Centro Educacional da Mooca o que se viu foi uma categoria máster bastante afiada e uma quantidade enorme de ippons. Alguns judocas afirmaram que jamais haviam visto tantos ippons numa única competição máster.

Cristian Cesário, um dos ícones do máster paulista, disse que o nível da competição foi fortíssimo. “Não sei se o pessoal estava treinando forte para o mundial que aconteceria no Brasil, mas o nível apresentado foi bastante forte.”

Após evento dirigente avalia a competição e o

momento do máster

Rubens Pereira destacou que, mes-mo com maior número de competido-res, a disputa ocorreu em tempo recorde. “A sexta edição de nossa competição contou com a participação recorde de judocas, mas também foi realizada em tempo recorde. Tudo ocorreu dentro do previsto e tivemos um nível técnico altíssimo. Começamos por volta das 10 horas, e finalizamos os trabalhos às 15 horas.”

Rubão explicou que o número maior de áreas deu maior fluência à disputa. “Este ano trabalhamos com mais áreas e isso acelerou o ritmo da competição. Nossa proposta é dar cada vez maior di-nâmica aos nossos eventos.”

O dirigente paulistano reiterou sua determinação em projetar cada vez mais a classe veteranos. “Mesmo sendo des-

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respeitados e menosprezados por mui-tos dirigentes, nossa categoria está num crescente, e conta com o apoio de enti-dades e órgãos com muita credibilidade, como é o caso da Prefeitura de São Paulo e da Revista Budô, que sempre apoiam nossas ações. Sem contar, é claro, as cen-tenas de judocas e algumas das principais associações e clubes do Estado de São Paulo, que estão sempre prestigiando nossos eventos.”

Rubão destacou os novos rumos do máster. “Pretendemos promover mudan-ças profundas em nossa entidade e, con-sequentemente, em nossos eventos. No próximo ano daremos início a tudo isso, e juntos teremos um máster muito mais unido, consistente e fortalecido.”

O incansável dirigente do judô grand master falou sobre o cancelamento do mundial no Brasil. “Como vocês da Budô publicaram, este foi um fiasco gigantesco. O Brasil vai ter de carregar esta vergonha por muitos anos. Lamentavelmente, este fato revela o desrespeito e a desvaloriza-ção que nossa categoria recebe da CBJ e da CPJ. Neste episódio não podemos co-brar nada da FIJ, que também foi vítima da ambição e da irresponsabilidade de Paulo Wanderlei, presidente da CBJ e da CPJ, que infelizmente nivela a categoria máster por baixo.”

Apesar de tudo, Rubão vê o futuro com grande otimismo. “Tudo começou com as competições World Master, e

agora ninguém mais para nosso segmen-to. Essa gente não faz absolutamente nada por nós, e o pior é que não que-rem que outros façam. Temos certeza de que estamos no caminho certo, e vamos trabalhar para fazer as alianças que pro-porcionem o crescimento que todos os veteranos anseiam.”

O dirigente acenou com a possibili-dade de incluir o kata nas edições futuras. “Neste ano conseguimos desmembrar o Festival Colossus deste evento, e esta-mos pensando seriamente incluir o kata nos certames futuros. Muitos professo-res estão pedindo a inclusão do kata, e pretendemos trabalhar neste sentido.”

Rubens Pereira finalizou prometen-do inovações. “Estamos criando novos conceitos de disputa, que serão adotados a partir de 2013. Pretendemos reunir a nata do judô máster de todo o País, em eventos que proporcionem competições com excelente nível e muita confraterni-zação após as disputas.”

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