Upload
revista-business-portugal
View
226
Download
7
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Â
Citation preview
PAIXÃO PELA PERFEIÇÃO É o lema vivido nos restaurantes e bares do Hotel Cascais Miragem, implementado sob o comando de Jorge Sequeira, Diretor de comidas e bebidas e pela sua equipa dedicada em manter o elevado nível de serviço e qualidade já reconhecidos, através das experiências dos nossos clientes.
Restaurante Oásis, novidades à mesa
Para lhe permitir construir e manter uma boa relação com os seus clientes e colegas de trabalho. Criámos um menu business adequado a estas ocasiões e facilitámos o acesso ao parque de estacionamento do Hotel, para que sem demora passe ao restaurante e usufrua de um serviço diferenciado num ambiente distinto, no sentido de promover o sucesso dos seus almoços de negócios. O business menu tem o valor de € 22,50 inclui entrada, prato quente de peixe ou carne, buffet de sobremesa, um copo de vinho, água mineral e café. Serviço limitado ao máximo de 8 pessoas por reserva. O sucesso dos seus negócios ganha um novo sabor.
Brunch Miragem Num conceito Buffet ligeiro para as famílias, composto por uma variada seleção de saladas, pratos frios e as já famosas verrines do Chefe, disponível também pratos elaborados de peixe e carne, as deliciosas sobremesas e uma seleção de sumos. Com as melhores vistas da Baía de Cascais, o Brunch Miragem estará disponível no Restaurante Oásis todos os Domingos das 12h30 às 15h00, exceto em datas de eventos especiais.
www.grupojosecristovao.com
Especial São Valentim Miragem Sabemos que uma ocasião especial merece um local de inspiração e um serviço de excelência. Assim sendo preparamos diferentes opções para celebrar o dia dos namorados. Desenhámos um menu especial e temático para esta ocasião, bem como diferentes ofertas que incluem refeições e alojamento, proporcionando estilos diferentes para desfrutar de uma experiência memorável durante todo o mês de Fevereiro.
Bar Cristóvão Colombo, os descobrimentos continuam…
Nomeado em honra do famoso descobridor, o Bar Cristóvão Colombo disponibiliza uma prestigiada carta de champanhes, grandes referências de charutos e exóticos cocktails, bem como uma extensa seleção de vinhos e de bebidas nacionais e estrangeiras. Um leque de variadas propostas que convidam à descoberta. Diariamente, das 16h00 às 19h00, o Bar Cristóvão Colombo é também o ponto de encontro para o Chá das 5. O momento para saborear um fantástico chá junto a lareira e vistas sobre o Atlântico. Deixe- se seduzir pelas délicatesses do Chefe Elias e desfrute desta experiencia.
Restaurante Gourmet recebeu mais uma nomeação Desta vez para um prémio da “World Luxury Restaurant Awards”. Este prémio visa destacar características especiais dos restaurantes, pelo reconhecimento internacional do elevado nível de qualidade dos alimentos e os padrões de serviço. O Restaurante Gourmet tem como conceito a cozinha de autor com forte inspiração na cozinha do mundo, mas realçando a notoriedade da gastronomia Portuguesa. Venha descobrir os sabores da nova carta Outono / Inverno.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
5
EDITORIAL
Editorial
Chegamos a 2016
CLUSTER DA SAÚDE32 - Health Cluster Portugal36 - PROHS42 - AMPIF
SUPLEMENTO ESPECIAL48 - Município de Vale de Cambra54 - Indasa62 - Fertiprado
O novo ano chegou e continuamos com o espírito de missão que nos move desde 2012, trazer às nossas páginas
um país vencedor e de êxito. Em prol de potenciar o empreendedorismo, fazemos questão de dar a conhecer as
empresas nacionais que têm ganho revelo e se têm demonstrado verdadeiros casos de sucesso. São exemplo as
empresas portuguesas que figuram no nosso especial dedicado ao último Roteiro Para uma Economia Dinâmica,
promovido pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Já na área da saúde, damos destaque ao cluster português que tem como missão a promoção e o exercício
de iniciativas e actividades com o propósito à consolidação de um pólo nacional de competitividade, inovação e
tecnologia de vocação internacional. As empresas nacionais na valência da prestação de cuidados médicos têm
conseguido marcar a sua posição nos mercados estrangeiros e isso é merecedor de destaque na sua Revista
Business Portugal.
E para que aproveite da melhor forma os seus tempos livres, damos-lhe ainda a conhecer o Alto Minho. Conhecido
pela beleza das suas paisagens, tem sido um dos destinos turísticos de eleição em Portugal nos últimos anos.
Aliados à beleza paisagística e à tradição de bem receber, estão inúmeros municípios distribuídos pelos concelhos
que integram a zona minhota, e que fazem desta região um lugar único.
Continuamos a nossa viagem pela Madeira. Considerada por alguns como um lugar pequeno, esta ideia pode
muito bem e de forma muito rápida ser contrariada pela sua beleza natural e características próprias.
Estas são apenas algumas das razões pela que a primeira edição de 2016 é de leitura obrigatória.
Diana Ferreira não segue o acordo ortográfico
FICHA TÉCNICA
Diretor
Fernando Silva
EDITORA
Diana Ferreira
REDAÇÃO
Lardyanne Guimarães
Rita Carreira
Vera Pinho
PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN
Tiago Rodrigues
SECRETARIADO
Paula Assunção
GESTÃO DE COMUNICAÇÃO
Fernando Lopes
Filipe Amorim
Isabel Brandão
José Machado
José Alberto
Luís Silva
Manuel Fernando
Paulo Padilha
Pedro Paninho
Rui Diogo
EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE
Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.2
4400-134 - Mafamude
CONTACTOS
Tlf: 223 754 806 (Geral)
A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS
DISTRIBUIÇÃO
Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID
Depósito Legal: 374969/14
Edição de janeiro
Por Diana Ferreira
alguns destaques da edição de janeiro
06 - governo regional da madeira
FACILITY SERVICES68 - APFS70 - Duo Higiene72 - Biomex
MARCO DE CANAVESES76 - BebéBrinquedo77 - Junta de Freguesia de Alpendorada
COIMBRA79 - U.F. de Santa Clara e Castelo Viegas80 - J.F. de Santo António dos Olivais
16 - município de viana do castelo
REVISTA BUSINESS PORTUGALO MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
6
o m
elho
r de
stin
o in
sula
r
Situada no oceano atlântico, e tendo como vizinho mais próximo
o arquipélago espanhol as Canárias, a Madeira tem um clima
primaveril que permite desfrutar durante o ano todo a areia
dourada da Ilha do Porto Santo.
Quando se fala nesta ilha portuguesa, a segunda região mais rica do país
está-se de forma muito inata a associar a ela o fim de ano. Um centro de
atenções que na passagem do ano de 2006 para 2007 chegou mesmo a
ser considerado o maior espetáculo pirotécnico do mundo.
A festa maravilhosa que se proporciona nessa altura é atração e despertar
de curiosidade para muitas pessoas.
Considerada por alguns como um lugar pequeno, esta ideia pode muito
bem e de forma muito rápida ser contrariada pela sua beleza natural e
características próprias.
A viagem nas emblemáticas cestas e o teleférico são aventuras que quem
visita este local não pode disperdiçar a expriência.
Para, além disto, existem outras coisas que motivam a visita à Madeira. O
vinho licoroso, conhecido como Vinho da Madeira; as flores (que também
elas permitem organizar uma festa anual em torno da beleza das suas
cores); as paisagens com montanhas abruptas; vales verdejantes e floridos.
Outro ponto turístico importante é o Museu do Cristiano Ronaldo. Uma
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
7
figura pública que é sempre muito a imagem da Terra
que o viu nascer.
Reconhecedores do seu valor, este destino concorre no
ano de 2013 ao World Travel Awards (WTA) na categoria
de Leading Island Destination, na região Europa. E é
dessa forma que mais uma vez vêem reconhecida a
sua Terra ao saírem deste concurso de forma vitoriosa.
Com este resultado a Madeira volta a ficar
automaticamente inscrita. No ano de 2014 vence
repetidamente a nível europeu, mas em 2015 o que
conseguem alcançar é o primeiro lugar na categoria
europeia e mundial.
Todas estas coisas são razão mais que justificativa para
que veja as páginas que se seguem
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
8
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, sublinhou em entrevista, que a Região Autónoma tem condições
para se tornar um dos melhores destinos turísticos do mundo. Na sua ótica, a defesa da natureza, a concertação com os agentes
turísticos, um bom cartaz de animação e uma boa promoção farão da região “um dos melhores destinos turístico do mundo”, tendo já
sido considerada “o melhor destino insular do Mundo-2015”.
Governo Regional da Madeira
Um destino turístico de excelência
O arquipélago da Madeira é um autêntico oásis no meio do Atlântico, com
falésias imponentes, praias rochosas e montanhas verdejantes envoltas
em bruma. Este destino inesquecível possui um convidativo clima e uma
esplêndida beleza natural. De facto, o turismo faz parte do ADN da Madeira
e representa um vector estratégico para o desenvolvimento da Região Autónoma.
Para perceber melhor as dinâmicas que gravitam em torno desta magnífica região,
a Revista Business Portugal foi ao encontro de Miguel Albuquerque, presidente do
Governo Regional da Madeira, que defendeu o reforço da imagem da Madeira
como um destino turístico de excelência, no qual a qualidade de serviço e a oferta
diversificada, quer a nível cultural, ambiental, paisagística ou gastronómica, assumem
grande preponderância.
“A Madeira nunca será uma terra de turismo de massas, será uma terra que terá de
preservar o seu equilíbrio ecológico e patrimonial e ter um turismo que proporcione
rendimento aos empresários e à economia”, afirmou o líder do Governo Regional,
reiterando a importância da melhoria da qualidade e, por consequência a subida dos
proveitos hoteleiros, do RevPar e dos efeitos multiplicadores do turismo na economia.
Miguel Albuquerque salientou que se verifica um crescimento exponencial do turismo
em termos mundiais, um crescimento que a Madeira também tem vindo a sentir, a par
de uma grande mudança de paradigma. “O turismo madeirense tem vindo a beneficiar
de uma evolução no seu público-alvo, atraindo cada vez mais visitantes de diversas
faixas etárias e estratos sociais”.
Hoje, a Madeira é um destino de natureza, tranquilidade e segurança, bem-estar,
de riqueza patrimonial e urbana, cultura e lazer, mar e um destino verdadeiramente
hospitaleiro. As ofertas turísticas estão muito ligadas à natureza com segmentos muito
interessantes que vão desde o mergulho, montain bike, bodyboard, surf, trail, passeios
a pé, observação de aves, canyoning, escalada e parapente.
No plano cultural, a Madeira oferece excelentes museus como o Museu de Arte
Contemporânea na Casa das Mudas e um descentralizado calendário cultural, para que
os turistas possam circular na ilha e poder usufruir de um conjunto muito abrangente
e heterogéneo de ofertas.
Desenvolvimento sustentável
Miguel Albuquerque realçou que o grande objetivo do Governo Regional da Madeira
passa pela promoção do desenvolvimento sustentável da região, por isso deu nota do
projecto para a criação do Brava Valley. Assim se designará a área tecnológica que o
presidente do Governo Regional anunciou para a Ribeira Brava, evidenciando ainda que
serão criados incentivos fiscais para as empresas tecnológicas que decidirem investir
naquele concelho da ilha da Madeira, até porque na sua ótica “o posicionamento
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
9
geográfico não é impeditivo para a Madeira exportar produtos competitivos”.
O líder do Governo Regional defendeu que a Região Autónoma tem que
encontrar caminhos para diversificar a economia e obter receita fiscal, porque tem
responsabilidades que paga através dos seus impostos, designadamente, “um Sistema
Regional de Saúde que custa mais de 336 milhões de euros por ano e um Sistema
Regional de Educação que custa mais de 340 milhões de euros por ano aos cofres da
Região Autónoma da Madeira”, disse.
E acrescentou que, neste momento, é impreterível garantir que todas as actividades
desenvolvidas são sustentáveis e bem enquadradas, no sentido de criar mais-valias
para a nossa economia, destacando o vinho da Madeira, lembrando que, uma das
empresas do sector, exporta 62 por cento da sua produção para o Japão, “um dos
mercados mais difíceis de penetrar”.
Miguel Albuquerque defendeu que a Madeira tem que apostar em áreas muito
concretas e o mar é sem dúvida uma delas: “Neste momento, estamos a avançar
em duas áreas que são marcantes ao nível do nosso país. Temos uma das principais
empresas de aquacultura que faz a exportação para o mercado continental. Dentro
de dois ou três anos, queremos alcançar uma produção de peixe de aquacultura no
mar na ordem das 3 mil toneladas. Por outro lado, o registo de navios tem crescido
exponencialmente e é o terceiro registo a nível europeu”, referiu, adiantando que é
necessário diversificar as actividades para além do turismo.
O caminho da renovação
Miguel Albuquerque está na liderança do Governo Regional há sensivelmente dez
meses. Na altura da sua candidatura defendia que eram necessárias políticas para
um tempo novo. Desde então, considera que muito mudou, a começar pelo clima
político, isto porque defende que governar democraticamente é decidir tendo presente
o interesse dos cidadãos num quadro de responsabilidade, transparência e confiança.
“A Região Autónoma da Madeira entrou num novo ciclo com a dignificação das
instituições políticas e representativas como símbolos qualitativos da autonomia. Este
novo relacionamento faz com que o poder executivo, mensalmente e sempre que
solicitado, preste contas da sua governação na Casa da Democracia, a Assembleia
Legislativa da Madeira”, advogou, acrescentando que há também um clima de
transparência nas contas públicas, até porque “nós publicamos trimestralmente a
evolução das contas da região”.
O líder do Governo Regional salientou ainda que houve uma mudança no clima de
relacionamento entre as instituições da região e as instituições do Estado, sendo que
foram estabelecidos pontes de diálogo para resolver um conjunto de problemas como
a aprovação do Centro Internacional de Negócios, a estruturação da dívida regional e
o desbloqueamento do Fundo de Coesão Social. Por outro lado, houve uma aposta
muito incisiva nas novas gerações, concentrando as políticas em áreas importantes
para a Região Autónoma como o turismo, as novas tecnologias, o ensino, a formação,
ou seja, áreas com verdadeiro potencial de crescimento e desenvolvimento.
Balanço positivo
Volvidos cerca de dez meses da sua tomada de posse como presidente do Governo
Regional da Madeira, Miguel Albuquerque traçou um balanço positivo da sua actuação e
das políticas e apostas que foram preconizadas, nas mais diversas áreas de intervenção.
Desde logo, o presidente do Governo Regional destacou a área do turismo, na qual
se deu a concentração de toda a promoção turística da região numa só entidade:
Associação de Promoção da Madeira, bem como a duplicação do orçamento afecto à
promoção da Madeira (8,4 milhões de euros), com o intuito de reforçar a notoriedade
miguel albuquerquePresidente
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
10
do destino, e o reforço da promoção nos mercados estratégicos.
Miguel Albuquerque destacou também a realização da RFM Madeira Experience que
levou o que de melhor a Madeira tem ao Chiado, em Lisboa. Um evento que teve
grande sucesso e visibilidade, proporcionando aos mais curiosos algumas experiências
típicas da ilha, onde não faltaram as descidas nos carros de cesto, as flores e a
degustação de produtos tão emblemáticos como o bolo do caco, a fruta, a poncha e
o vinho da Madeira.
Paralelamente, a Festa do Vinho da Madeira, o Festival Colombo, a Madeira Nature
Festival e a Festa da Flor foram eventos que atraíram milhares de visitantes e que são
uma referência para a região.
“O Porto do Funchal encerrou o ano de 2015 com mais de 300 escalas e 500 mil
passageiros, os proveitos na hotelaria cresceram 10,6 por cento até Setembro, o
RevPar tem crescido consecutivamente e a Madeira foi considerado o melhor destino
insular do mundo”, salientou.
No plano económico, o Governo Regional lançou quatro sistemas de incentivos em
apenas seis meses e aprovou um sistema de certificação energética dos edifícios
e regulamentos de desempenho energético para habitação, comércio e serviços.
Por outro lado, aprovou o projecto Brava Valley e desenvolveu um quadro legal para
a criação de incentivos fiscais com vista à fixação de empresas tecnológicas e de
investigação na região. Miguel Albuquerque salientou ainda o desenvolvimento de
quatro oficinas do empreendedor pelo Centro de Empresas e Inovação da Madeira e a
aposta numa maior aproximação ao tecido empresarial.
Na esfera cultural, destaca-se a transferência do Museu de Arte Contemporânea da
Madeira para o Centro das Artes – Casa das Mudas, na Calheta, a reafectação do
espaço da Quinta Magnólia com um programa de requalificação, os festivais culturais
da Madeira que conquistaram mais público, afirmando a identidade cultural da região,
a transferência do Museu CR7 para a Praça do Mar e a celebração de três contratos-
programa, no valor de 138 mil euros para o apoio a instituições culturais.
No que concerne às políticas sociais, o Governo Regional encetou o combate à
pobreza, apoiando famílias desfavorecidas, num total de 13 milhões de euros,
desenvolveu o Programa de Emergência Alimentar através da celebração de 12
acordos de cooperação com diversas instituições, num total de 1,3 milhões de euros e
apoiou pessoas em situação de sem-abrigo através de um protocolo com a Associação
Protectora dos Pobres no valor de 500 mil euros. “No plano social, aprovamos
também o II Plano Regional Contra a Violência Doméstica 2015-2019, assegurámos
e apoiámos 61 instituições de solidariedade social através da celebração de 118
acordos de cooperação, reforçámos a comparticipação financeira às instituições
que asseguram o apoio domiciliário às populações mais idosas e dependentes e
garantimos a intervenção local através do financiamento das 39 Casas do Povo da
região”, destacou.
Miguel Albuquerque salientou ainda a promoção e gestão de 13 medidas activas de
emprego num investimento total de 18 milhões de euros, a implementação de novas
medidas de combate ao desemprego de longa duração, e a criação de 600 postos
de trabalho.
O financiamento das Associações de Bombeiros Voluntários da Região Autónoma da
Madeira através de contratos-programa no valor de 1,7 milhões de euros, a conclusão
do novo quartel dos Bombeiros Voluntários do Porto Santo, uma obra na ordem dos
2,5 milhões de euros, a aprovação do Plano Regional de Emergência de Proteção
Civil, a aquisição e manutenção de equipamentos das Associações Humanitárias de
Bombeiros Voluntários, Municipais e Delegação da Madeira da Cruz Vermelha, foram
outras das políticas perpetradas pelo Governo Regional no âmbito da Protecção Civil.
No que concerne à habitação, importa referir a recuperação e beneficiação dos
espaços exteriores do Bairro da Nazaré, o financiamento das obras de conservação e
requalificação de habitações degradadas de 50 famílias carenciadas, a promoção de
programas de subarrendamento e de apoio social a desempregados, a promoção do
mercado social de arrendamento e do programa Reabilitar para Arrendar – Habitação
Acessível.
No capítulo da educação, evidenciam-se a aprovação do regulamento de bolsas de
estudo para o ensino superior, a criação do Instituto para a Qualificação, a reorganização
da rede escolar, a atribuição de 5,6 milhões para a construção de uma nova Escola
Básica e Secundária do Porto Santo, o apoio de 25,8 milhões de euros para a rede
de estabelecimentos de ensino privado e intervenção no plano de recursos humanos
docentes.
Objetivos e projetos para o futuro
Para além de consolidar todas as áreas da economia, Miguel Albuquerque pretende
criar na Madeira uma retoma da economia. Para que isso aconteça, a aposta passa
pelo aproveitamento das grandes valências da Universidade da Madeira e do MITI
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
11
para que a região se assuma como um centro de produção tecnológica intelectual
avançada. Simultaneamente, “queremos apostar em indústrias com capacidade
exportadora como o vinho da Madeira, a introdução das frutas tropicais como produto
gourmet e na indústria da aquacultura, aproveitando todos os apoios, porque neste
capítulo, o meu desiderato passa pela exportação de mais de três mil toneladas de
peixe, daqui a três anos”, avança o Presidente do Governo Regional.
Para a prossecução dos objetivos e projetos delineados, os fundos europeus do
Portugal 2020 assumem grande importância salientou Miguel Albuquerque, adiantando:
“Vamos aplicar cerca de 113 milhões de euros na revitalização empresarial, onde
se incluem alguns projectos muito interessantes que dizem respeito à revitalização e
reestruturação de unidades hoteleiras e o PRODERAM, onde temos 170 milhões de
euros para investir”.
Miguel Albuquerque defende ainda um modelo fiscal competitivo e eficiente, atraente
para os investidores e empreendedores que desenvolvam actividades que gerem
emprego, actividades de valor acrescentado e mais-valias para um crescimento
económico desejável”, explica, traçando como objectivo que as contribuições e
impostos dessas empresas fiquem na região.
“A nossa estrutura económica é diferente da do continente, muito devido à
descontinuidade territorial e à ultraperificidade”, sustenta o governante madeirense,
exemplificando: “Temos uma economia de serviços, assente no turismo e no Centro
Internacional de Negócios”.
A Madeira é um território insular, de pequena dimensão, e sem condições para criar
economias de escala. “Nunca poderemos apostar, por exemplo, na indústria pesada
como acontece nos territórios continentalizados”, observa, dizendo que o diagnóstico
“está feito” e um dos instrumentos que a região tem para a captação de investimento,
é a criação de uma “atratividade fiscal diferenciada”.
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
12
A Associação de Promoção da Região Autónoma da Madeira tem como objetivo promover e divulgar o destino Madeira no exterior,
junto dos consumidores finais mas tambem junto do trade. A sua missão é criar oportunidades para os seus associados, com particular
incidência em novos e diferenciados fluxos turísticos, através do investimento em relações públicas, apoio a eventos, congressos e
incentivos, ações promocionais e parcerias.
Associação de Promoção da Região Autónoma da Madeira
uma marca e um destino que oferecem experiências únicas
Criada em 2004, a Associação de Promoção
da Região Autónoma da Madeira tem três
sócios fundadores: o Turismo de Portugal, o
Governo Regional da Madeira e a Associação
Comercial e Industrial do Funchal. Dos atuais cerca de
140 associado fazem parte hotéis, agências de viagem,
rent-a-car, organismos oficiais e empresas de animação
turística.
Até julho de 2015 esta associação apenas promovia o
destino Madeira nos mercados europeus. No entanto,
por decisão dos sócios fundadores, desde agosto de
2015, a associação passou a ser responsável pela
promoção em todos os mercados emissores para a
Madeira. De grosso modo, a sua esfera de ação passou
a incluir o importante mercado nacional, que ainda é o
terceiro maior mercado, mas também um conjunto de
outros mercados como o Brasil, Estados Unidos da
América, Rússia, Polónia, mercados emergentes, que
não estavam à sua responsabilidade.
De acordo com Roberto Santa Clara, diretor executivo,
é portanto uma associação em reorganização e a vinda
destes mercados, abrange também a responsabilidade
de toda a promoção, incluindo a promoção nas
redes sociais, a gestão das redes sociais do destino
e a participação em feiras. “A nossa participação em
feiras resumia-se aos mercados europeus enquanto
componente comercial, agora compete-nos toda a
organização da presença em feiras, o que implica uma
logística diferente e mais desafiante”, revela.
Por outro lado, esta é uma associação em crescimento,
isto porque com a alteração de competências surgiu
uma nova dotação orçamental, ou seja, em agosto de
2015, a associação passou de um orçamento anual
via orçamento retificativo de 4,2 milhões de euros para
8,4 milhões, ordem de grandeza que se mantem para
2016. Neste contexto, também a equipa de trabalho foi
reformulada, incluindo alguns funcionários da direção roberto santa claraDiretor Executivo
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
13
Regional do Turismo. “Fizemos recrutamento seletivo no mercado, por isso hoje esta é
uma associação preparada para enfrentar os desafios, em crescimento e a qual tenho
o prazer de liderar”, destaca.
Roberto Santa Clara entende assume que tem o melhor trabalho do mundo, porque
compete-lhe gerir uma equipa cuja função é promover aquele que foi recentemente
nomeado como “O melhor destino insular do Mundo pela World Travel Awards, eu
faço-o com uma enorme alegria e prazer”, refere, acrescentando que se trata de uma
grande responsabilidade, isto porque os sócios fundadores (Governo Regional e ACIF)
decidiram que a associação era a entidade competente para fazer a promoção de
uma forma centralizada, concretizando assim um desejo antigo do trade madeirense.
“Existe uma estreita colaboração com a Direção Regional do Turismo, bem como com
o Turismo de Portugal”, explica.
Um projeto ambicioso
Roberto Santa Clara salienta que este é um projeto ambicioso, com apenas sete
meses, contudo mostra-se bastante satisfeito com os resultados, nomeadamente com
uma execução orçamental perto dos 100 por cento em 2015 , “o que significa que a
equipa fez de facto um esforço notável para o conseguir”.
Dos associados, a associação tem sentido um grande apoio e uma grande adesão
à forma como foi organizada a sua estrutura que assenta em três importantes áreas,
concretamente, o reforço da área comercial, ou seja, a associação está orientada numa
lógica de acompanhamento aos mercados, portanto tem accounts por mercado, o que
lhe permite um acompanhamento mais próximo no mercado. Por outro lado, foi criada
uma área de planeamento estratégico e gestão de performance que não existia, mas
que pretende ser um barómetro da atividade e um órgão pensador. De igual forma, foi
criada uma área de gestão de conteúdos. “Hoje em dia, estamos a fazer importantes
investimentos na área do digital, uma vertente que requer uma criação de conteúdos
permanente e uma rigorosa gestão de conteúdos”, evidencia. O director executivo
espera que, dentro de quatro a cinco meses, esta estrutura possa estar estabilizada e a
desenvolver um trabalho mais profícuo e estruturado para o futuro.
Reativar a marca Madeira
Uma das grandes linhas de orientação que serão reforçadas no plano de atividades
de 2016 tem como intuito reativar a marca Madeira. Na ótica de Roberto Santa Clara,
é urgente reativar a marca Madeira, posicionando-a como uma marca e como um
destino que oferece experiências únicas ao longo de todo o ano. “O conceito de ser
genuíno, de ser único, de ter um clima fantástico, que permite usufruir de experiências
e vivências 365 dias por ano é o que nós queremos explorar, isso só pode ser feito
com o reforço da marca Madeira”, ressalva o diretor executivo.
Fruto de circunstâncias passadas, não houve condições para que a marca Madeira
tivesse presente de forma muito ativa em vários mercados emissores, nomeadamente
no mercado nacional, onde a sua presença decaiu um pouco.
Para conseguir concretizar esta reativação da marca, Roberto Santa Clara entende que
é necessário trabalhar várias áreas, designadamente uma forte presença nas redes
sociais e na cooperação com a distribuição, quer seja ela através de companhias
aéreas, quer seja por operadores.
Por outro lado, é muito importante explorar alguns ativos dos quais a região é
detentora, por isso mesmo, a Associação de Promoção da Região Autónoma da
Madeira estabeleceu uma parceria com Cristiano Ronaldo, futebolista de renome
mundial oriundo do arquipélago, para que o jogador promova a região junto dos seus
seguidores. Esta parceria tem registado resultados únicos: “Cada post atinge cerca de
um milhão de visualizações. Nas primeiras três colocações, conseguimos atingir cerca
de 15 milhões de visualizações. É uma parceria que muito nos honra e que temos
vindo a trabalhar”, refere.
Ainda na lógica de reposicionar a marca, o diretor executivo da associação entende
ser essencial reequacionar os promotores de venda para o destino, daí a importância
da grande aposta preconizada em ações que têm a ver com programas educacionais
para o destino Madeira, quer seja junto dos agentes de viagens, junto dos call centers
das companhias. “Ter a marca Madeira no top of mind, quer do consumidor final, quer
dos intermediários, quer do sector é um vetor que vamos trabalhar muito durante 2015
e 2016”, revela.
Um destino de eleição e excelência
O conjunto de oferta que a Madeira tem para oferecer, desde logo a natureza e mar,
o binómio mais conhecido, mas que se complementa de uma excelente forma com
a gastronomia, cultura, e com um conjunto de microprodutos fazem da Madeira um
destino único.
Se pensarmos que a Madeira está em média a três horas do centro da Europa e que
tem desde logo um caracter de proximidade ao mercado de emissores, que é uma
vantagem competitiva. Ao pensarmos que é um destino que pode ser usufruído ao
longo do ano inteiro, o que constitui um fator relevante para companhias aéreas e
operadores que ao colocarem as suas operações em marcha percebem que aqui têm
ocupação para as suas aeronaves o ano inteiro. Se juntarmos a isso os microclimas, à
oferta do mar e da natureza e a própria diversidade de micro-produtos é impressionante
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
14
a constante renovação de atividades turísticas que têm aparecido na região, quer sejam
ligadas ao mar, cannoying, birdwatching, ou seja, “um conjunto de oferta que felizmente
que proporciona desde um short break ao mercado nacional de 3 ou 4 dias a estadias
mais longas para o norte da Europa”.
Crescimento assinalável
À semelhança de todo o sector no mercado nacional, a região tem registado um ano
muito bom, tudo aponta para que 2015 venha a ser o melhor ano de sempre do
turismo na Madeira. “Estamos a crescer cerca de 5,6 em hóspedes, 4, 8 por cento em
dormidas, e ainda mais importante, cerca de 8 por cento em proveitos totais do sector.
Neste momento, temos uma taxa de ocupação de camas na ordem dos 66 por cento,
a mais alta do país. O revpar (revenue per available room), ou seja, receita por quarto
disponível cresce acima de 10 por cento. Era uma ambição antiga do sector, mais do
que crescer em volume, crescer em valor e felizmente este ano temos conjugado esse
crescimento.”
Objetivos e projetos para o futuro
Questionado acerca da forma como gostaria de ver a associação, Roberto Santa
Clara gostava de consolidar este projeto de fusão de toda a promoção da Madeira
e que os associados revissem na associação um importante instrumento para o
desenvolvimento para o seu negócio. Por outro lado, pretende que a Madeira possa
potenciar de forma estrutural as suas oportunidades para garantir um crescimento
sustentado nos próximos cinco ou dez anos, sendo certo que um micro destino como
este terá sempre flutuações na sua performance.
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
15
A par do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na Madeira, o diretor executivo
gostava que a associação contribuísse para a redução da sazonalidade no Porto Santo.
“No verão, o Porto Santo apresenta uma panóplia de operações que já vão desde Itália,
França, Alemanha, Reino Unido e achamos que progressivamente existem condições
para reduzir a sazonalidade do Porto Santo, ocupando os shoulders, contribuindo para
o aparecimento de operações de inverno. Pela primeira vez, este inverno, vamos ter
duas operações da Escandinávia no Porto Santo, o que representa uma inovação
importante para a dinamização económica”, esclarece.
Por último, Roberto Santa Clara gostava também que, nos próximos anos, a associação
desenvolvesse um trabalho de algum reposicionamento da Madeira enquanto um
destino de glamour, inspiracional. “Gostava de criar condições para que a Madeira
recuperasse o posicionamento único, em termos de destino inspiracional, através do
qual o incremento dos proveitos do sector crescesse sustentadamente”.
No que concerne a objetivos a curto prazo, o diretor executivo da associação salienta
a recuperação do mercado nacional, a criação de condições para consolidar a marca
Madeira e trabalhar a médio prazo, pensando mais além. “Gostava que esta passagem
que promoção nos permitisse, dentro de um ano apresentar uma proposta de valor em
termos de comunicação e trabalhar numa unificação da imagem da Madeira”, revela.
A finalizar, Roberto Santa Clara evidenciou “por outro lado, outro grande desafio é
começar a medir o retorno dos nossos investimentos, daí termos criado uma área de
gestão de performance, para ter uma real noção do custo benefício de cada ação que
levamos ao mercado”, remata Roberto Santa Clara.
O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO
REVISTA BUSINESS PORTUGALALTO MINHO
16
o al
to m
inho
O Alto Minho, conhecido pela beleza das suas paisagens, tem sido
um dos destinos turísticos de eleição em Portugal nos últimos
anos. Aliados à beleza paisagística e à tradição de bem receber,
estão inúmeros municípios distribuídos pelos concelhos que
integram a zona minhota, e que fazem desta região um lugar único.
Todo o território merece uma visita, desde patrimónios históricos às
inúmeras actividades que o Alto Minho tem para oferecer.
Se for adepto da adrenalina e da diversão, pode disfrutar de actividades
como BTT, slide, rapel, escalada, paintball, kart cross, entre outras. Tudo
usufruindo sempre do património natural e cultural desta região.
O Alto Minho é sem dúvida o espaço ideal para relaxar, e nada melhor
REVISTA BUSINESS PORTUGALALTO MINHO
17
do que as Águas Termais de Monção, onde pode desfrutar de momentos
únicos com vista para o rio Minho.
Outra atração turística é o coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês
em Ponte da Barca. Tendo sido considerado uma reserva natural, é Hoje
um destino de eleição que tem apaixonado quem por lá passa, não só
pelas belíssimas paisagens mas também pela gastronomia.
Concelhos como Viana do Castelo, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Vila
Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Monção, dão-se cada vez mais a
conhecer e existem centenas de actividades e de municípios culturais que
merecem uma visita!
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
18
Viana do Castelo é a cidade atlântica mais a norte de Portugal. A presença de rio, monte e mar tornam Viana do Castelo uma cidade
munida de uma paisagem invulgar, única e de excelência.
Município de viana do castelo
a cidade náutica
Viana do Castelo é a cidade atlântica mais a norte de Portugal. Para quem não
conhece Viana do Castelo, que características advêm desta localização e que
fazem desta uma cidade única no país?
A nossa cidade foi de facto abençoada pela natureza que lhe colocou aos pés o
oceano atlântico, à cabeceira o monte de Santa Luzia e no regaço o rio Lima. Esta
configuração aconchegou, ao longo dos séculos, um centro histórico único que foi
crescendo em direção a norte e a nascente atá à atualidade com um grande equilíbrio.
A presença de rio, monte e mar tornam Viana do Castelo uma cidade munida
de uma paisagem invulgar, única e de excelência. Estamos a falar de uma
verdadeira ‘Cidade náutica’?
Desde a sua fundação, o Município de Viana do Castelo esteve ligado à pesca, à
construção naval, ao comércio com o norte da Europa e do Brasil e, mais recentemente,
aos desportos náuticos. Podemos afirmar que Viana do Castelo tem o seu ritmo de
desenvolvimento acertado pela importância do seu porto de mar e das atividades
ligadas à economia do mar. Nestes últimos anos, aprofundamos esta temática com
o projeto do centro de mar que é hoje uma referência nacional no domínio da
democratização dos desportos náuticos nas escolas.
No que concerne ao turismo, que lugares são de passagem obrigatória em
Viana do Castelo?
O monte de Santa Luzia é, sem dúvida, o seu local mais icónico, seguindo-se a Praça
da República, o centro histórico e o vasto conjunto monumental da arquitetura moderna
com a presença de obras de Siza Vieira, Fernando Távora, Souto Moura, Carrilho da
Graça, Paula Santos, etc. Mas não podemos esquecer o navio museu Gil Eannes e o
fabuloso Museu do Traje com a exuberância da cor e alegria do traje à vianesa.josé maria costaPresidente
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
19
Falemos agora um pouco de um dos pontos mais fortes de Viana, o mar. O
Centro de Mar, a funcionar no Navio Gil Eannes há cerca de um ano é uma
forte aposta do Município, que conta já com 50 mil visitas. Como tem corrido
esta aposta?
Foi uma aposta ganha pela comunidade vianense que, há 18 anos, se uniu para
comprar da sucata um navio que tinha uma história com a alma marinheira e que muito
dizia à cidade pelo apoio à frota bacalhoeira e pela tradição e saber da construção
naval de Viana do Castelo. Hoje, o navio está quase recuperado na totalidade e
musealizado, prestando um inestimável serviço à cultura costeira e à memória dos
bravos pescadores. A Fundação que gere o navio orgulha-se hoje de ser um dos
museus mais visitados do país e em especial por estrangeiros.
O Centro de Mar e o projeto ‘Náutica nas Escolas’ foram distinguidas com
o Prémio Athletice Mare 2015, uma das categorias dos Prémios Excellens
Mares. Qual o significado deste galardão para o Município?
Foi muito gratificante pois é o reconhecimento do que uma grande equipa municipal,
apoiada pelos clubes náuticos e pelos agrupamentos escolares, está a fazer para uma
nova abordagem dos jovens aos temas do mar. Temos cerca de 2000 alunos a praticar
desportos como a vela, remo, canoagem e surf integrados nos curriculuns escolares.
Este prémio é um estímulo a continuarmos a trabalhar com mais afinco nesta área.
A propósito do mesmo, gostaria que nos falasse um pouco sobre este projecto
que tem decorrido nas escolas de Viana do Castelo.
Este trabalho com as escolas foi inspirado numa visita que efetuamos à cidade francesa
de Brest, depois de termos sido apoiados na conceção desta ideia do Centro de
Mar pela equipa da SAER, liderada pelo saudoso Prof. Dr. Hernâni Lopes. Depois
envolvemos os clubes náuticos que, com o seu entusiasmo, nos apoiaram a desafiar
também as escolas do concelho. Hoje temos uma aposta sustentada de trabalho com
um grande envolvimento e entusiasmo das nossas escolas.
O mar tem uma forte importância, nomeadamente na economia local? É
possível falarmos de ‘Economia do Mar’?
É possível e já está a dar frutos em Viana do Castelo, com empresas ligadas ao setor do
turismo náutico que estão a desenvolver diversos projetos, com empresários a iniciar
novos empreendimentos turísticos associados ao mar e a grande adesão de provas
internacionais e nacionais ligadas ao remo, vela, surf, canoagem, bodyboard. Viana do
Castelo é, neste momento, uma cidade atlântica, o que muito nos satisfaz. Para além
destas atividades ainda temos construção e reparação naval e pescas como atividades
relevantes na nossa economia local.
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
20
Daí que nasça também uma aposta nos desportos náuticos, correcto? De
que desportos estamos a falar? Como tem sido a aceitação por parte dos
praticantes?
A nossa aposta tem sido essencialmente na vela, remo, canoagem e surf, que tem mais
tradição pelo excelente trabalho que os clubes têm desenvolvido ao longo das últimas
dezenas de anos. Construímos novos centros náuticos, melhorando as condições de
formação e de apoio ao projeto da náutica das escolas. Esta aposta tem resultado num
crescente aumento de praticantes e de pais que se vão associando a estes projetos.
A par desta aposta terá lugar em Viana do Castelo o WRSC & IRSC 2016. O que
representa para a cidade receber esta prova mundial?
Representa o reconhecimento das Federações Nacionais e Internacionais da
capacidade organizativa das instituições da cidade e uma oportunidade para darmos a
conhecer a centenas de praticantes de outras partes do globo as nossas instalações e
a beleza da nossa cidade. Estou certo que este trabalho dará frutos nas novas gerações
de atletas das nossas escolas.
Estão projectados outros eventos de referência?
Gostaríamos de concluir o projeto da Marina Atlântica que é um dos pilares do centro
de mar. Estamos a trabalhar para isso com a administração portuária e acredito
que vamos conseguir brevemente consolidar esta aposta. Viana do Castelo tem
condições fabulosas para acolher embarcações e tem serviços de apoio que podem
complementar esta aposta.
Podemos afirmar que Viana do Castelo é parte integrante do Cluster do Mar
nacional?
Penso que esse reconhecimento tem sido feito com a contínua forma como temos
sido distinguidos por diversas entidades públicas e associativas.
Mas nem só de mar vive Viana do Castelo. A par do investimento empresarial,
que programas têm sido levados a cabo pelo Executivo para a promoção à
implementação de novas empresas?
O acolhimento empresarial e a aposta na economia e emprego tem sido uma constante
deste executivo. Fruto do trabalho persistente, temos acolhido novos investimentos
industriais e muitas empresas internacionais sediadas no concelho têm ampliado as
suas instalações, o que muito nos orgulha. Temos exemplos disso mesmo, desde o
cluster eólico ao setor automóvel.
Como têm sido aceites estes incentivos?
A política de incentivos do município tem sido bem aceite e os empresários verificam
que há um bom ambiente favorável à instalação de empresas. Temos sido referenciados
por muitos empresários como um bom exemplo no apoio à instalação industrial.
E no que diz respeito à reabilitação urbana da cidade?
A reabilitação urbana iniciou-se de uma forma mais coerente na cidade em 2013 com
um conjunto de iniciativas como a constituição de uma Área de Reabilitação Urbana e
um projeto de parceria com a CIP e AEVC denominada “Fazer acontecer a regeneração
urbana”. Estes projetos motivaram proprietários e investidores, que têm apostado neste
setor de atividade de forma crescente.
Por onde passa o futuro de Viana do Castelo em Portugal e além-mar?
O futuro passa pela qualificação dos nossos recursos humanos, o recurso mais valioso
que temos, e pela continuidade das nossas políticas públicas de apoio aos setores em
que temos mais competências e conhecimento.
Casa Manuel Espregueira e Oliveira
vila rosa
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
22
Situado nas margens do rio Lima e com mais de metade do seu território no coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, Ponte da
Barca é um concelho de referência, no distrito de Viana do Castelo. A cumprir o seu último mandato, o presidente da Câmara Municipal,
António Vassalo Abreu, esteve à conversa com a Revista Business Portugal, onde falou sobre as suas gentes e sobre as perspetivas
futuras deste “concelho fantástico, com cor, sabor e tradição”.
Câmara Municipal de Ponte da Barca
Um paraíso no coração do Alto Minho
Ponte da Barca é paisagem, património, natureza e gastronomia. Visitar Ponte
da Barca é estar em contacto com a história, um património incomensurável,
respirar cultura e deixar-se fascinar pelos encantos naturais que exuberam
numa região que é considerada o coração do território do Parque Nacional
da Peneda-Gerês, considerado pela UNESCO Reserva Natural da Biosfera. É um dos
cinco municípios com esta distinção e este pequeno, grande pormenor por si diferencia
Ponte da Barca”, começa por explicar António Vassalo Abreu, líder do executivo
municipal de Ponte da Barca há três mandatos consecutivos.
Com uma localização geográfica ímpar, (a 50 minutos dos aeroportos do Porto e de
Vigo, a 40 minutos da Estação do TGV em Celanova, na Galiza,) aliada a todo um
património arquitetónico rico, o concelho possui outras características únicas, como
a gastronomia, a qualidade do turismo de habitação ou o artesanato, como destaca
António Vassalo Abreu.
Para o autarca, Ponte da Barca é realmente um concelho que tem tudo, salientando
as excelentes condições para quem gosta de fazer caminhadas, aproveitando para dar
a conhecer o 12 x Ponte da Barca, um programa de trilhos pedestres interpretativos
do território, que pretende sensibilizar os participantes para a necessidade de proteger António Vassalo abreuPresidente
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
23
e valorizar o património cultural, histórico e natural. “O próprio município organiza
caminhadas, uma vez por mês, em 12 trilhos diferentes”, destaca o edil, lembrado
ainda a excelência da ciclovia e ecovia nas margens do rio Lima.
“Para além do Parque Nacional Peneda Gerês, das albufeiras de Touvedo e do Lindoso,
temos um excelente património arquitetónico e histórico, como a zona histórica da
vila, a igreja românica de Bravães, cujo portal é um dos principais a nível nacional,
os Mosteiros Românicos de S. Martinho de Crasto e de Vila Nova de Muia, o velho
castelo roqueiro afonsino no Lindoso, reconstruído por D. Dinis, em 1278, a ponte
romana do rio Vade, as gravuras rupestres da Serra Amarela, tudo pontos obrigatórios
de paragem”, por isso há mil e um motivos para visitar Ponte da Barca.
Turismo: uma alavanca para a região
Para este que é o seu terceiro mandato à frente dos destinos de Ponte da Barca,
António Vassalo Abreu assumiu como prioridade alavancar a região como destino
turístico por excelência. Ciente de que a componente turística tem vindo a afirmar-se
como uma das principais fontes de riqueza e um vetor estratégico de desenvolvimento
socioeconómico, o autarca barquense entende que as excelentes condições existem,
mas é incontornável potenciá-las, e é esse trabalho que tem vindo a encetar de uma
forma constante.
Com uma vasta panóplia de excelentes casas de turismo rural e de habitação, o
turismo tem dinamizado a economia local e tem colocado grande foco na região,
cujo investimento em infraestruturas hoteleiras tem sido notável. “Nos últimos dois
anos, foram licenciadas cerca de 50 casas de turismo rural e de habitação, dois hotéis
quatro estrelas e outro que será inaugurado em maio”, advogou António Vassalo
Abreu, salientando ainda o Parque de Campismo de Entre Ambos-os-Rios, que foi
recentemente considerado o segundo melhor parque de campismo da Europa.
Sabores e saberes de Ponte da Barca
Um dos motivos para uma visita obrigatória a Ponte da Barca é, sem dúvida, a
riqueza da sua gastronomia, daí que a Câmara Municipal promova seis domingos
gastronómicos durante o ano. “Em fevereiro será o cozido à portuguesa, março será
dedicado à lampreia, em abril à posta barrosã, em julho teremos o cabrito à Serra
Amarela, em outubro faremos um novo prato que é o Naco à Terras da Nóbrega,
uma iguaria pensada em parceria com a Associação Portuguesa de Hotelaria e alguns
cozinheiros de Ponte da Barca, e por último, em novembro será o Sarrabulho”, destaca
o autarca, lembrando que também a doçaria regional faz as delícias dos visitantes,
desde as rabanadas de mel ao afamado bolo de mel e o bolo Magalhães, fazendo
alusão ao filho da terra Fernão Magalhães.
Ponte da Barca é também um equilíbrio entre tradição e contemporaneidade. E se
falarmos de tradição, não podemos esquecer a realização do Pai Velho, no Lindoso,
um dos três resistentes entrudos do nosso país. “Uma tradição que tem vindo a ser
mantida com muito esforço pelas associações, ficando desde já o convite para uma
visita”, apelou, destacando ainda a hospitalidade e o saber receber das gentes de
Ponte da Barca.
Dinâmica autárquica em Ponte da Barca
À frente dos destinos de Ponte da Barca desde 2005, António Vassalo Abreu considera
que o balanço do trabalho desenvolvido deverá ser feito pelos barquenses,.No entanto,
não deixa de dizer que está de consciência tranquila quanto às políticas implementadas
e às apostas preconizadas. “Penso que dei o meu melhor e que Ponte da Barca está
melhor. Costumo dizer que o slogan antes da minha vinda para a Câmara Municipal
era “um paraíso escondido” e o que eu fiz foi tentar mostra-lo a toda a gente. O atual
slogan é “Paixão pela Natureza” que é onde está a nossa grande riqueza”, revelou.
Ainda assim, o edil não se escusou a dizer que os últimos anos foram extremamente
difíceis para as autarquias: “O anterior governo foi mau demais para o poder local, basta
olhar para o atual quadro comunitário para se ver que o poder local foi abandonado”,
lamenta, salientando que, apesar disso, muito trabalho foi desenvolvido em Ponte da
Barca.
A intervenção do Município contemplou as acessibilidades, o apoio à infância e terceira
idade, a construção de três novos centros escolares, equipamentos desportivos,
nomeadamente, um estádio relvado. A par disso foi edificado o Centro Interpretativo
Fernão Magalhães, a primeira loja interativa de turismo do Minho e a única loja do
cidadão do distrito de Viana do Castelo. “Temos uma biblioteca municipal e uma casa
da cultura excelentes, um quartel da GNR novo, criámos as portas do Parque Nacional
Peneda-Gerês e procedemos à recuperação do Castelo do Lindoso incluindo um
núcleo expositivo permanente”, sublinha.
António Vassalo Abreu em discurso direto
“Ponte da Barca tem sido prejudicada ao longo dos anos em mais de 1,5 milhões de
euros por ano nas transferências do Estado. Por incrível que pareça quando foi feito o
último estudo para a designação dos territórios com baixa densidade, Ponte da Barca
não estava incluído, porque nesta região produz-se 6,5 por cento da energia hídrica
do país. Espero que este governo venha a rever esta situação, porque com mais 1,5
milhões de euros por ano, só a aproveitar os fundos comunitários, imagine-se o que
não poderia ter sido feito em Ponte da Barca”.
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA
24
Em pleno coração do Minho, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. A
Revista Business Portugal esteve à conversa com Victor Mendes, o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima.
Município de Ponte de Lima
Ponte de Lima ConVida
Tecido Empresarial
Quando questionado sobre que estratégias estão a ser implementadas e quais os
apoios que o município tem usado para desenvolver o tecido empresarial da região,
Victor Mendes expõe que “Ponte de Lima tem vindo a adotar, de há uns largos anos
a esta parte, uma estratégia de desenvolvimento que assenta na valorização dos seus
recursos endógenos” e que, “os resultados têm sido excecionais”.
A forte aposta de Ponte de Lima, vai de encontro aos “setores tradicionais, o respeito
pela indústria extrativa local, como por exemplo, o granito, o acolhimento empresarial
ciente das dificuldades e necessidades do tecido empresarial, o estímulo aos setores
mais inovadores e tecnologicamente mais avançados e a aposta nas empresas mais
ecológicas são algumas das linhas orientadoras de crescimento económico”, salienta
o presidente da Câmara.
O desenvolvimento socioeconómico comprovado ao longo dos últimos anos afeiçoou
em grande parte o tecido empresarial e social, como sendo o principal motor de
subsistência dos limarenses. Ponte de Lima é, na atualidade, um concelho voltado
para o futuro, não descurando as suas raízes patrimoniais, culturais, arquitetónicas e
ambientais, e assenta numa estratégia de aproveitamento das suas potencialidades.
Apoio Social
Victor Mendes salienta o apoio social como um aspeto de grande importância para
o seu município, visto que todos os dias, tentam responder às carências específicas
dos grupos populacionais mais vulneráveis ou em situação de risco. Nesse sentido, o
serviço de ação social desenvolve uma estratégia dirigida à articulação e mobilização
de toda a população e das instituições, com o objetivo de erradicar a pobreza e a
exclusão social, promovendo assim, o desenvolvimento social da região de Ponte de
Lima.
As áreas de intervenção que Victor Mendes mais dá relevância são “a Habitação
Social, o Projeto Ponte Amiga, a Rede Social, a participação no Núcleo Executivo
do Rendimento Social de Inserção, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, a Victor MendesPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA
25
prevenção das toxicodependências e o apoio aos cidadãos com deficiência”.
Património e Cultura
A aposta na defesa do meio ambiente por parte do município de Ponte de Lima alia-se
com o ambiente rural e com a beleza natural, dádivas que esta região continua a querer
preservar de uma forma sustentada.
O concelho de Ponte de Lima reúne todas as condições de ruralidade e ambiente
circundante que o “transformam num local paradisíaco para os turistas que procuram
uma forma diferente de passar as suas férias, num constante contacto com a natureza,
com as gentes e com o meio rural de que tanto nos orgulhamos”, salienta o presidente
da Câmara Municipal de Ponte de Lima.
Sobre este tema, importa referir que, no âmbito do Prémio Europeu de Turismo e
Ambiente, o município de Ponte de Lima foi incluído na lista dos oito melhores destinos
europeus, o que certamente deixa Portugal e principalmente os limarenses orgulhosos,
no sentido de captar a atenção sobre o património nacional para além-fronteiras. O
que por sua vez, envolve mais investimentos, movimentando toda a economia local
e nacional.
Este concelho é especialmente rico em tradições, lendas, estórias e essencialmente de
história, sendo que se denota facilmente através das associações culturais, os grupos
etnográficos, as bandas de música, os grupos de folclore, o artesanato, as romarias, a
gastronomia, bem como noutras áreas, tais como, a pintura, a escultura, a literatura e
o design, obtendo um leque muito basto no sentido da produção cultural, que importa
cada vez divulgar e sobretudo preservar.
Educação e Desporto
No concelho de Ponte de Lima, a educação é uma das maiores apostas do município,
asseverando no desenvolvimento da população, particularmente das crianças e jovens
do concelho, “visto serem eles o futuro do município”, salienta Victor Mendes.
A Câmara Municipal de Ponte de Lima tem investido também no auxílio às famílias
mais carenciadas, apoiando-as na alimentação, nos livros e no material escolar.
É ainda de destacar que o leque de estruturas de ensino que o concelho reúne vai
desde o pré-escolar até ao ensino superior, passando também a oferta formativa pelo
ensino profissional.
Ao nível do ensino superior, a ênfase vai para a Escola Superior Agrária de Ponte de
Lima do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, para a extensão de Ponte de Lima da
Universidade Fernando Pessoa e para a Universidade Aberta, através do CLA - Centro
Local de Aprendizagem de Ponte de Lima.
O desporto é também um foco importante para Ponte de Lima, destacando-se os
vários polidesportivos ao ar livre, que possibilitam a prática de exercício físico.
A qualidade do futebol das equipas de competição, bem como dos escalões de
formação também saíram favorecidas, visto que “os relvados sintéticos vieram melhorar
a qualidade desta prática desportiva”.
As áreas cobertas, como os pavilhões, permitem “uma excelente cobertura em
determinados pontos da área de abrangência dos centros educativos, onde é possível
a prática de andebol, basquetebol, voleibol, hóquei em patins, karaté, judo, kung-fu ou
ballet”, revela Victor Mendes.
Em Ponte de Lima é possível também encontrar piscinas ao ar livre, assim como
piscinas cobertas, sendo as últimas procuradas para a aprendizagem da natação.
Ligado às atividades de contacto com a natureza “não esquecemos a oferta do golfe,
das ecovias, dos trilhos pedestres e da canoagem”.
Turismo
Ponte de Lima é riquíssima em Turismo de Habitação, da casta Loureiro que distingue
o vinho verde e do arroz de sarrabulho, soberbamente apreciado em todos os lugares
do mundo.
Dignos de registo são também a Área de Paisagem Protegida, o Festival Internacional
de Jardins, a Feira do Cavalo ou mesmo o Caminho Português de Santiago, “como
polos de atração turística cada vez mais virados para o estrangeiro”.
Do variado programa Ponte de Lima ConVida realizam-se na Expolima os seguintes
eventos: Concurso de Saltos Internacional, Festa do Vinho Verde e dos Produtos
Regionais, Feira do Cavalo, Feira de Caça, Pesca e Lazer, Feira do Livro, 84º Encontro
Internacional da F.I.C.C. – Ponte de Lima, Campeonato do Mundo de Horseball, Feira
dos Petiscos e do Artesanato e as Feiras Novas.
Para além disso, Ponte de Lima aposta fortemente no Turismo Natural sendo também
reconhecida “como a vila mais florida de Portugal”. O respeito e a manutenção dos
espaços verdes reflete-se na harmonia que os caracteriza. Na vila e arredores, existe
um conjunto notável de jardins que convidam a longos passeios, à descoberta de
paisagens encantadoras e o esplendor de respirar o ar mais puro da região, um fator
essencial para a preservação da vida.
Para o futuro, Victor Mendes mantém, sobretudo, “o desejo de colocar Ponte de Lima
no mapa”, motivando assim, a expansão e dinamização da vila, da região do Alto
Minho e naturalmente, de todo o território nacional.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
26
Imóvel classificado no âmbito do Património Cultural e com estatuto de Imóvel de Interesse Público, o Castelo de Cerveira e as suas
edificações há muito que aguardam por uma dinâmica digna, incansavelmente solicitada ao Estado pelos executivos e população local,
de forma a evitar uma progressiva degradação e a perda de uma parte da nossa história.
MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE CERVEIRA
O ABANDONO DA POUSADA D.DINIS E DO CASTELO DE CERVEIRA
Um grande símbolo da época medieval ergue-
se junto ao rio Minho, em Vila Nova de
Cerveira, demarcando um novo paradigma na
história dos cerveirenses e, sobretudo, da sua
identidade. Datado do século XIV, o Castelo de Cerveira
é, atualmente, um dos ex-libris mais visitados por
turistas que se deixam encantar pela sua particularidade
arquitetónica e pela beleza da paisagem que dele se
desfruta.
No entanto, esta estrutura defensiva é revestida de uma
história presente algo intermitente. Estávamos no final
da década de 70, quando as edificações do seu interior
foram adquiridas pelo Estado junto de particulares e
da autarquia, transformando-as numa Pousada de
conceito histórico. Sob gestão da Pousadas de Portugal
e, posteriormente, concessionada ao Grupo Pestana, a
Pousada, constituída por restaurante, bar e 29 quartos,
era muito requisitada.
Por uma razão estrategicamente empresarial, em 2008,
o Grupo Pestana abandona a exploração e devolve
aquela infraestrutura ao seu proprietário, o Estado.
Atualmente, e volvidos quase oito anos, o impasse
fernando nogueiraPresidente
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
27
mantém-se, apesar das inúmeras diligências encetadas
pelos executivos cerveirenses junto da Direção-Geral do
Tesouro e das Finanças para uma resolução urgente.
A beleza e a história estão a dar lugar à degradação do
Castelo e das suas muralhas, e a atos de vandalismo que
têm delapidado o que resta do seu recheio. A autarquia
mantém-se empenhada no sentido de sensibilizar a
tutela para uma rápida solução em prol da salvaguarda e
valorização deste precioso património.
É imperioso atribuir uma perspetiva de futuro a
elementos do passado que não podem ser esquecidos.
O Castelo tem de ser devolvido à economia local e aos
Cerveirenses para lhe ser conferido o esplendor e a
dignidade que merece, para que este vestuto símbolo da
identidade local integre o roteiro que Cerveira, ‘Vila das
Artes’ tem para oferecer aos milhares que nos visitam.
Apesar destes constrangimentos de âmbito burocrático,
o município tem desenvolvido os todos esforços
necessários para dotar aquele espaço de condições de
limpeza e de segurança para se consolidar como ponto
de visita obrigatória. Venha vi(m)ver Cerveira!
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
28
MUNICÍPIO DE monção
onde vale a pena viver e investir
Gostaríamos que o presidente Augusto Domingues
fizesse uma breve contextualização da conjuntura
socioeconómica atual do concelho.
O concelho de Monção situa-se no noroeste peninsular,
sendo presentemente um dos centros urbanos com
maior relevância na relação entre a Galiza e a Região
Norte, assumindo-se como um espaço de crescimento
demográfico e económico. O nosso relacionamento
com a Galiza, que vem de tempos muito recuados,
tem sido fulcral no desenvolvimento da nossa terra.
A presença de nuestros hermanos é fundamental nos
negócios, na dinamização da hotelaria e comércio e
na criação de emprego. Sentimos um claro interesse
dos empresários em conhecerem melhor o nosso
concelho e concretizarem investimentos estruturantes.
Estão presentes empresas conhecidas a nível nacional
e internacional. Algo impensável há alguns anos.
Trabalhamos para dar qualidade de vida às populações
e contrariar alguns indicadores menos positivos como
o índice de envelhecimento. Estamos otimistas quanto
ao futuro. Estudos confirmam essa realidade e os
monçanenses sentem, todos os dias, a dinâmica de
centralidade que o nosso município vai ganhando.
Quais são os principais setores de atividade de
Monção?
Durante décadas, Monção viveu do comércio e
agricultura com particular destaque para a produção
de vinho Alvarinho. Também do contrabando que viria
a ‘apagar-se’ com a abertura das fronteiras. Nos últimos
anos, assistiu-se à expansão urbanística do casco
urbano e ao desenvolvimento empresarial, através da
fixação de empresas no Pólo Empresarial da Lagoa,
que permitiu atrair mais pessoas ao nosso concelho.
Paralelamente, Monção focou-se na promoção do vinho
Alvarinho e abriu-se ao turismo com investimentos
públicos da autarquia e apostas fortes dos privados.
Criamos espaços culturais e recreativos, melhoramos as
nossas zonas ribeirinhas e incentivamos a componente
turística ligada ao ambiente. A Ecopista do Rio Minho
e os percursos pedestres são dois exemplos. Os
privados, sempre presentes, acompanharam o esforço
da autarquia com a abertura de espaços comerciais
diferenciadores, novas unidades de hotelaria e apostas
consolidadas no turismo rural. Crescemos imenso na
oferta de alojamento e restauração. Queremos manter
esse ritmo, continuando a seduzir os empresários
porque temos consciência que o emprego é vital numa
sociedade.
Atualmente, que estratégias estão a ser
implementadas e quais os apoios que o município
tem usado para desenvolver o tecido empresarial
da região?
A fixação de incentivos para atrair empresários e para
manter a população no seu local de origem, garantindo-
lhe qualidade de vida, bem-estar e empregabilidade, é
um argumento de peso na estratégia de desenvolvimento
promovida pelo município. Temos dito que Monção é
um concelho barato para quem reside e para quem
quer investir. Aponto quatro exemplos de atratividade
empresarial: proximidade à Galiza, nomeadamente ao
aeroporto e porto de mar de Vigo, comercialização de
lotes a preços favoráveis, taxas, licenças e tarifas em
valores reduzidos, e ausência de derrama às empresas.
Realço ainda a valorização do Pólo Empresarial da
Lagoa através da instalação da rede de fibra ótica e
pórtico identificativo na principal entrada do parque e
a construção do Minho Park Monção, investimento
participado pela Associação Industrial do Minho (90 por
cento) e pela Câmara Municipal de Monção (10 por
cento), o maior de sempre na região do Vale do Minho
e o segundo no distrito de Viana do Castelo depois da
‘Enercon’.
Qual o número de habitantes do concelho e de
que forma é que o município tem promovido a
fixação da população para o seu município? Quais
os apoios prestados à população mais carenciada
(idosos e desempregados)?
De acordo com os Censos 2011, residem em Monção
19.179 pessoas, das quais 8.693 são homens e 2.482
são menores de 18 anos. Nos Censos de 2011, foram
ainda contabilizadas 7.483 famílias, 13.338 alojamentos
e 11.718 edifícios. Somos o concelho mais populoso
do Vale do Minho e o quarto do distrito de Viana do
Castelo. A fixação da população é um desafio mas
penso que as medidas implementadas têm permitido
minimizar essa realidade vigente nas localidades do
interior. O emprego. Sempre o emprego. Objetivo
número um: criar condições para os empresários se
instalarem. Objetivo número dois: apoiar quem está
instalado. Abordei anteriormente as medidas nesse
sentido. Outras ações concretas relacionam-se com a
devolução de 20 por cento do IRS aos munícipes do
total que o município recebe do estado, valor mínimo do
IMI, acrescido da redução da taxa mediante o número
de dependentes, isenção de taxas para a reconstrução
de imóveis degradados, oferta de serviços de
arqueologia nos centros históricos e tarifas especiais de
água para famílias numerosas. Em relação à população
mais idosa, promovemos várias ações durante o ano
quer através do serviço social quer através do Banco
Local do Voluntariado. Além disso, comparticipamos a
compra de medicamentos, garantindo apoio aos mais
desfavoráveis financeiramente. Neste concelho, ninguém
deixa de tomar os remédios porque não tem dinheiro
para os comprar.
Que ofertas culturais existem em Monção e que
iniciativas turísticas estão presentes na região de
forma a promover esta região em Portugal e além-
fronteiras?
Monção dispõe de várias estruturas dedicadas à
promoção da cultura e da nossa identidade coletiva:
Biblioteca Municipal, Arquivo Municipal, Museu do
Alvarinho, Cine Teatro João Verde, Centro Cultural do
Vale do Mouro, Centro Interpretativo do Castro de S.
Caetano, Casa Museu de Monção. Estes equipamentos,
sendo complementados pelo amuralhado que circunda
a vila, piscina municipal, parque desportivo municipal,
balneário termal e os nossos lugares de montanha e
fluviais, fazem de Monção um território com enorme
potencial de atração junto dos visitantes. Para reforçar a
vinda de pessoas, encetamos várias iniciativas durante o
ano. Umas organizadas pela autarquia, outras promovidas
pelas nossas associações e coletividades que, registe-
se, tem feito um esforço notável na promoção do nosso
concelho. Falo-vos do Rali à Lampreia, do Corpo de
augusto dominguesPresidente
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
29
Deus/Festa da Coca, da Feira do Alvarinho, do Folk
Monção, do Festival do Cordeiro à Moda de Monção,
e de um conjunto variado de manifestações realizadas
nas nossas freguesias. Este ano, em finais de abril e
princípios de maio, temos um Colóquio Internacional de
Arquitetura Popular dedicado a Santo António de Vale
de Poldros e, em 11 e 12 junho, o Ponte de Mouro
Medieval.
Que projetos serão adotados pelo município,
tendo em vista o futuro e dinâmica do concelho
de Monção?
Em execução, temos a requalificação da Torre de
Menagem de Lapela, o antigo balneário termal, a
beneficiação da EN 202 e parte da EM 304, e a antiga
estação da CP que terá uma nova vida como Casa da
Música e sede da Banda Musical de Monção. Na forja,
continuação da modernização da rede de saneamento
básico, abastecimento de água e acessibilidades entre
freguesias, nova candidatura do edifício do Souto
D`El Rei para Museu Municipal, a Casa da Juventude
com espaço de trabalho partilhado, e requalificação
urbanística do centro histórico. Estes são os projetos
mais estruturantes para Monção, aos quais juntamos
o mais importante de todos: Minho Park Monção. Em
estreita colaboração com a Associação Industrial do
Minho, vamos proceder à conclusão deste condomínio
empresarial de cerca de 60 hectares que permitirá
acolher todo o género de empresas.
Um concelho bom para residir e investir
O concelho de Monção, localizado no centro da euro-
região Galiza e Norte de Portugal, possui caraterísticas
ímpares que fazem deste território um local bom para
residentes, com medidas focadas na proteção social, e
para empresários, com incentivos relevantes na hora de
investir. Os residentes dispõem de um leque variado de
vantagens, contando-se, entre estas, o Imposto Municipal
de Imóveis na taxa mínima legal (0,3 por cento), que
desce ainda mais segundo o número de dependentes, a
devolução de 20 por cento do IRS a que o município tem
direito, e taxas e tarifas em valores reduzidos. A política
de apoio aos munícipes passa também pela isenção
de taxas para a reconstrução de imóveis degradados,
oferta de serviços de arqueologia nos centros históricos
e tarifas especiais de água para famílias numerosas. Em
relação aos mais idosos, o município comparticipa a
compra dos medicamentos, garantindo apoio aos mais
desfavorecidos financeiramente. A criação de emprego
e fixação dos jovens na sua terra é, desde sempre, o
grande objetivo do atual executivo. Toda a estratégia
municipal assenta neste pressuposto crucial para o
desenvolvimento da sociedade monçanense. Cada ideia,
cada projeto, cada investimento assenta na efetivação
desse desafio. Nesse sentido, a autarquia tem encetado
diversas ações em distintas direções, evidenciando
argumentos e medidas atrativas junto dos empresários.
O resultado tem sido positivo com interesse manifesto
de investidores e a celebração de contratos para
instalação de novas unidades industriais no concelho.
As medidas relacionam-se com taxas, tarifas e licenças
a preços reduzidos, a ausência de derrama (Monção
não tem imposto sobre o lucro tributável das empresas)
e as condições criadas no Pólo Empresarial da Lagoa
com acessos funcionais, lotes infraestruturados a valores
favoráveis e instalação de rede de fibra ótica. Outra razão
de atratividade prende-se com a proximidade à Galiza.
A cidade de Vigo, servida por aeroporto e porto de mar,
está à distância de trinta quilómetros. Em Salvaterra de
Miño, localidade do outro lado do rio Minho, vai nascer
uma plataforma logística de grande dimensão. Neste
capítulo, referência ainda para a criação do Gabinete
de Apoio à Criação de Emprego, Empreendedorismo e
Captação de Emprego (GACEECI), ajudando os cidadãos
a ‘arranjar’ emprego e esclarecendo os empresários
sobre as vantagens de investirem em Monção. Fruto
desta estratégia de desenvolvimento, sustentada numa
vocação empresarial empenhada sem descurar aspetos
de identidade cultural, social e etnográfica, o concelho de
Monção tem assumido, com naturalidade, a centralidade
desta região, seduzindo grandes empresas nacionais
e internacionais. A presente realidade será incentivada
nos próximos tempos com a funcionalidade do Minho
Park Monção. Com uma extensão total próxima dos 90
hectares, decorrem os trabalhos referentes à primeira
fase, compreendendo 56 hectares de terreno que
irão receber 80 lotes para unidades empresariais (54
empresas, 15 serviços e 11 armazéns) e 889 lugares
de estacionamento (765 ligeiros e 124 pesados).
Participado pela Associação Industrial do Minho (90
por cento) e pela Câmara Municipal de Monção (10 por
cento), o presente investimento, o maior de sempre na
região do Vale do Minho e o segundo no distrito depois
da ‘Enercon’, abrange as freguesias de Pinheiros, Lara,
Mazedo e Troporiz, devendo criar mais de um milhar de
postos de trabalho no prazo decinco anos.
Além deste acolhimento empresarial, o Minho Park
Monção será ainda dotado de um conjunto de
áreas destinadas ao desporto e lazer, espaços de
investigação, incubadora de empresas e serviços sociais
e educacionais. Monção tem tudo para agradar. Venha
conhecer este concelho com uma heroína no brasão,
Deu-la-Deu Martins, e um dos melhores vinhos brancos
na mesa, Alvarinho.
XXXIX Rali à lampreia no dia 28 de fevereiro
O município de Monção promove nos dias 27 e
28 de fevereiro, o ‘Fim de Semana Gastronómico’,
distinguindo a Lampreia do Rio Minho, um dos pratos
mais característicos da gastronomia local juntamente
com o Cordeiro à Moda de Monção, com a realização
do XXXIX Rali à Lampreia, prova de perícia automóvel na
Praça Deu-la-Deu Martins, centro histórico da localidade.
Neste fim de semana, perto de uma trintena de
restaurantes do concelho juntam-se à iniciativa
automobilística promovida pela Câmara Municipal de
Monção e Sport Clube do Porto, apresentando nos
respetivos cardápios diversas formas de confecionar
aquele afamado ciclóstomo que apura os sentidos dos
amantes da boa gastronomia. Com a presença previsível
de meia centena de participantes, as provas de perícia
automóvel realizam-se no domingo, pelas 11 horas e 16
horas. Na hora do almoço, os restaurantes estão de portas
abertas para receber visitantes e munícipes em mais
uma jornada de promoção da Lampreia do Rio Minho.
Este repasto tradicional, confecionado com recurso a
segredos culinários passados de geração em geração,
será acompanhado pela saborosa doçaria tradicional
da região (barriguinhas de freira, roscas, papudos) e
acompanhado pelos produtos vínicos da Sub-Região de
Monção e Melgaço que, entre outros, oferece o notável
Alvarinho, vinho que fica bem em qualquer mesa do
mundo. Como é habitual, este acontecimento promete
encher as ruas do centro histórico da localidade e fazer
as delícias dos participantes que têm a possibilidade de
articular a aventura da perícia automóvel com o prazer
de degustar uma saborosa lampreia do rio Minho. O
Rali à Lampreia é um dos pontos altos da promoção
daquele produto gastronómico no âmbito da iniciativa
‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’,
organizada pela ADRIMINHO, Turismo do Porto e Norte
de Portugal e os municípios do Vale do Minho para
animar a restauração nos meses de fevereiro e março.
Com esta iniciativa, pretende-se a divulgação de um dos
principais atrativos culinários da região que, em conjunto
com a realização de atividades culturais, festivas, lúdicas
e desportivas, transforma, nestes dois meses, o território
constituído pelos seis municípios num espaço apelativo
e convidativo para os visitantes.
Nesta iniciativa de promoção da Lampreia do Rio Minho,
quem visitar a Terra de Deu-la-Deu Martins, Alvarinho e
Termas poderá usufruir de um programa complementar
que engloba visitas ao património natural e construído
do concelho e atividades diversas de desporto e lazer.
ALTO MINHO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
30
clus
ter
da sa
úde
O número de novas empresas criadas em Portugal recentemente
tem despertado o espírito inovador e empreendedor dos
portugueses, sendo que este está mais forte do que nunca.
A saúde, enquanto motor da economia e do desenvolvimento,
gera também emprego, sendo que este é sempre muito bem qualificado.
Os empreendedores nacionais têm apostado fortemente na utilização
de novas tecnologias e desenvolvido projetos já vencedores à escala
internacional, captando assim a atenção de vários investidores, e estando
estes, cada vez mais atentos ao que é desenvolvido em Portugal.
Nos últimos anos, os portugueses têm feito um esforço extraordinário de
forma a garantir a oferta de condições e infraestruturas necessárias para
colocar em marcha esses projetos, do qual foi espelho a recente escolha,
por parte da União Europeia, de Lisboa como ‘Cidade Empreendedora
Europeia de 2015’.
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
31Meia pg 185x135.indd 3 23/12/15 14:56
Todos estes projetos e muitos outros permitem ao paciente envolver-se mais
e de forma mais autónoma no que diz respeito à sua saúde, facilitando o
seu acesso à informação para uma tomada de decisão mais firme, visando
o apoio das tecnologias para um tratamento eficaz e consequentemente
um estilo de vida mais saudável. Considerando-se, sem qualquer dúvida,
Portugal como um país competitivo na área da investigação, conceção,
desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços
associados à saúde.
Neste aspeto, o setor da saúde tem ganho muito com estas iniciativas,
sendo que o foco de todas as empresas que trazemos até ao leitor têm um
fator em comum, que passa por construir uma saúde positiva para todos.
Neste sentido, na edição de janeiro trazemos-lhe, caro leitor, variadíssimos
artigos relacionados com a saúde em Portugal, que está muito bem, e
claro, recomenda-se!
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
32
Eva Morena, natural do Brasil, trabalha na área da saúde desde os 15 anos. É formada em Medicina Alternativa (Naturopatia, Massoterapia
e terapias complementares), mas foi na prática da terapia do Biótipo que encontrou a realização profissional.
Clínica eva morena
Tratamentos naturais para o corpo e para a mente
A gerente deste espaço, quando chegou a
Portugal avistou uma realidade que a fez
questionar, então ficara muitas perguntas
que estavam sem resposta, como: “O que
leva uma pessoa ao suicídio?” ou “Que motivos terá
uma pessoa a tirar a sua própria vida?”, estas questões
foram chaves para aplicar a terapia do Biótipo. Pois,
através do biótipo serão caracterizadas quatro formas
que rege o ser humano, “e o que é que faz com que
uma pessoa mude de atitude e de comportamento?”,
a resposta é dada por Eva Morena, “uma alteração
no biótipo faz com que uma pessoa mude de atitude
e comportamento, que poderá alterar e mudar a vida
e a rotina de um ser humano”. A proprietária deste
espaço, Clínica Eva Morena que nasceu há meio ano no
coração da cidade do Porto. Deste modo, começará a
estudar profundamente e a explorar conhecimentos que
tem observado, que “todo o ser humano, quando tem
uma mudança no biótipo, é porque vive muitas e várias
emoções pela vida, emoções boas, más, deceções,
angustias, tristezas, e vai ficando registado no nosso “eu”
como um corpo estranho e nós, humanamente falando,
somos uma máquina perfeita. Essas alterações são um
conjunto de todas as emoções condicionadas em nós
próprios, que querem sair do nosso corpo e o corpo não
sabe como as expulsar e começamos a ter sintomas
estranhos, mais conhecidos como depressão”, alude
Eva Morena.
Através da análise de um questionário simples que é
dado aos pacientes é possível saber qual o tipo de
biótipo intrínseco relacionado a cada ser humano e se
tem síndrome de suicida ou não. Quando uma pessoa
tem algum resultado indefinido, através da massoterapia,
é possível reequilibrar os seus pontos de equilíbrio,
como por exemplo, pelo modo como escreve e tipo de
letra é também possível identificar o tipo de desequilíbrio
emocional em que a pessoa se encontra.
O seu foco principal de atuação é desenrolado no
tratamento da síndrome do pânico, depressão, terapia
cognitiva, anti-stress e em traumas inerentes à causa do
paciente. A potencialidade do nosso projeto tem como
eva morenaAdministradora
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
33
objetivo principal a análise de viabilidade da implantação dos serviços únicos de Eva
Morena em Portugal, onde tem o seu foco inicial no tratamento e na recuperação
do indivíduo, resgatando e promovendo o seu equilíbrio físico, mental e social, e, por
consequência, maximizando a sua qualidade e vida.
Serviços Disponibilizados
Para além de disponibilizarem uma panóplia de serviços adjacentes ao bem servir
os seus clientes. Como a leitura do Biótipo, a análise do estado clínico do paciente,
a desintoxicação de toxinas prejudiciais à saúde por meio do equipamento detox.
Ainda disponibilizam tratamentos ligados, à Massoterapia, à Iridologia, fazem o
acompanhamento Naturopático, reforçado com o acompanhamento psicológico.
No desenvolvimento de todos os tratamentos da Clínica Eva Morena, são utilizados os
recursos da natureza e do próprio corpo humano, recorrendo à Medicina Alternativa,
com resultados confirmados, já sendo capazes de tratar de um número alargado de
doenças e problemas de saúde.
Eva Morena pensa nos seus clientes com amor “colocando-os num mar de rosas”,
a proprietária refere ainda que “cuido dos meus utentes sem que eles percebam que
estão em tratamento para que não seja um tratamento invasivo para o corpo e para
a mente”.
Desenvolvimento do seu trabalho em Portugal
Eva Morena já trabalha em Portugal há cerca de sete anos, e ao longo destes anos já
trabalhou com imensos utentes, sendo que a nossa interlocutora refere que “90 por
cento dos meus utentes são jovens, com uma taxa síndrome de suicídio entre os 9 a
79 por cento e isso é muito preocupante”. Mas apesar dessa taxa elevada, Eva Morena
chegou à conclusão de que conseguia desenvolver um excelente trabalho para que
os seus pacientes tivessem um resultado extraordinário. “Não posso deixar as pessoas
dependentes de nada, eles têm que estar livres.”
Num espaço com 11 colaboradores, a maior realização de Eva Morena, “foi que os
meus pacientes chegassem a mim, pelo meu trabalho e não por indicação de colegas
médicos como era o caso no Brasil”, muito fruto do seu trabalho desenvolvido no
nosso País.
Eva Morena vai mais longe, quando refere que “quando cheguei a Portugal, eu senti
que estava em casa e realmente é estranho por eu ser brasileira. Mas na facto, sinto-
me brasileira de nacionalidade e portuguesa de coração” e salienta ainda que “todas
as minhas realizações pessoais aconteceram aqui”.
Planos para o futuro
Eva Morena acredita que a sua história já está escrita e está agendada no universo.
Assume-se como uma mulher 100% feliz, porque as suas metas profissionais já se
encontram definidas desde o início do ano. A sua missão passa por servir e cuidar das
pessoas, independentemente da situação em que elas se encontram.
A partir de janeiro do próximo ano a equipa desta clínica vai receber formação para
realmente poderem falar “a voz da Eva Morena, pensar, estar e ser a Eva”.
Para finalizar, Eva Morena indica que “toda a sociedade precisa de dar a oportunidade
de conhecer algo novo, o que é diferente e o que há por trás da Clínica Eva Morena”
e quer marcar a vida das pessoas de forma sempre muito positiva para que estes
alcancem também a felicidade plena.
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
34
A Revista Business Portugal esteve à conversa com Joaquim Cunha, diretor executivo da Health Cluster Portugal que foi “constituído
em abril de 2008 e surge através de um conjunto de personalidades que se foi apercebendo que tínhamos em Portugal, no que toca à
saúde, duas histórias de sucesso”.
Health Cluster Portugal
from knowledge to market!
Uma dessas histórias tem a ver com a ciência, onde, “fomos capazes
nas últimas três décadas de criar um ecossistema que é competitivo
à escala global, como o comprova a avaliação e o reconhecimento dos
nossos cientistas e das nossas instituições de ciência pelos seus pares
internacionais”. Outra história de sucesso é o próprio SNS (Sistema Nacional de
Saúde), que de facto tem “um conjunto de indicadores interessantes e, nos rankings
internacionais, está genericamente muito bem posicionado”, refere.
Pareceu assim oportuno juntar, a estas duas histórias de sucesso, uma terceira, a da
valorização deste conhecimento, isto é, a dimensão empresarial “transformando-o em
valor, ou seja, em produtos e serviços competitivos nos mercados mais exigentes. É à
escala global que temos que ser competitivos” salienta o diretor executivo da Health
Cluster Portugal.
A saúde é, também, importante motor da economia e do desenvolvimento, criando
emprego “e normalmente é emprego muito qualificado”, e gerando riqueza. E foi esta
a visão que o Health Cluster sempre procurou - e procura ter – olhando a saúde pelo
seu lado mais positivo.
O Health Cluster Portugal tem como objeto principal “a promoção e o exercício
de iniciativas e atividades vocacionadas à consolidação de um polo nacional de
competitividade, inovação e tecnologia de vocação internacional”, tendo presentes
requisitos de qualidade e profissionalismo, passando também por promover e
incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, universidades e entidades
públicas, tendo em linha de conta o aumento do respetivo volume de negócios, das
exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da
saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde.
Joaquim Cunha relata que “entre os nossos associados contamos com as universidades
e os institutos de investigação, os hospitais, e as empresas farmacêuticas, do dispositivo
médico, das tecnologias de informação e dos meios auxiliares de diagnóstico, nacionais
e internacionais”. O diretor executivo sublinha que “não temos uma política agressiva
em termos da angariação de associados, é bem-vindo quem vier por bem!”. Importa
referir que os associados do Health Cluster Portugal começaram por ser 55 e são
hoje cerca de 160, assegurando uma elevada e cada vez maior representatividade da
cadeia de valor da saúde em Portugal.
A missão desta associação, segundo Joaquim Cunha, “passa por tornar Portugal
num país competitivo na área da investigação, conceção, desenvolvimento, fabrico e
comercialização de produtos e serviços associados à saúde, em nichos de mercado
e de tecnologia selecionados, tendo como alvo os mais exigentes e mais relevantes
mercados internacionais, num quadro de reconhecimento da excelência, do seu nível
tecnológico, e das suas competências e capacidades no domínio da inovação”.
Nesse sentido, a vocação do Health Cluster Portugal, passa por ser uma “plataforma
facilitadora” que assenta numa estrutura leve e desmaterializada que procura, através
de um conjunto coerente e persistente de iniciativas, para as quais recorre, sempre que
necessário, à subcontratação de especialistas internacionais de reconhecido mérito e
competência, criar as melhores condições e induzir as melhores práticas, tendo em
vista a prossecução dos seus objetivos.
joaquim cunhaDiretor Executivo
CLUSTER DA SAÚDE
Para chegar mais longe, a escolha de um parceiro de confiança é um passo fundamental. Um passo que vale por muitos e permite dar início a uma longa caminhada, rumo à otimização integrada e excelência da sua instituição.
Foi a pensar nisto que a Siemens lançou em Portugal uma equipa de consultoria totalmente dedicada e à disposição de prestadores e entidades gestoras de cuidados de saúde, com um portfolio de serviços de consultoria e soluções integradas, que proporcionam um incremento da diferenciação, eficiência e produtividade ao longo de todo o ciclo de prestação de cuidados de saúde, potenciando a diferenciação e sustentabilidade das organizações.
As nossas soluções podem ser as suas também. E passam, entre outras, pela avaliação do mercado e suporte na definição de linhas estratégicas de intervenção;
Siemens Healthcare Consulting
pela definição, planeamento e otimização de infraestruturas e modelos de operação; por modelos inovadores e disruptivos de planeamento, gestão e operação de unidades de prestação de cuidados de saúde, baseados em modelos de valorização de resultados clínicos; abordagens inovadoras e claramente diferenciadas na sua componente tecnológica, clínica e científica.
Para chegar ao topo da eficiência e qualidade em cuidados de saúde, conte com o parceiro de confiança Siemens Healthcare, que o acompanhará no seu desenvolvimento estratégico.
Para conhecer em detalhe as soluções que respondem aos desafios da sua unidade de saúde, contacte a Siemens Healthcare através do e-mail: [email protected]
Chegar ao topo exige a companhia de um parceiro de confiança.Com as soluções e serviços de Consultoria Siemens.
01
.20
16
© S
iem
ens
Hea
lth
care
, Lda
. | H
OO
D0
51
62
00
23
09
31
0
PaginaSimples_A4.indd 1 22/01/16 15:36
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
36
A Fundação D. Pedro IV é uma das Instituições Particulares de Solidariedade Social mais antigas e relevantes a nível nacional, quer
pelos serviços prestados quer pelo património que gere. Assumindo a missão que ditou a sua génese, coloca toda a sua experiência
e profissionalismo ao serviço dos seus utentes e da comunidade em geral, recorrendo às melhores práticas do sector e investindo em
soluções de futuro.
Fundação D. Pedro IV
Promover soluções na área social com sentido de futuro
Para conhecer a Fundação D. Pedro IV, a Revista
Business Portugal foi ao encontro de Vasco
Canto Moniz, presidente, que deu a conhecer
a história e dinâmica desta organização
prestigiada, de créditos firmados, com uma tradição de
intervenção como poucos se podem orgulhar de ter,
mas também uma grande protagonista do presente.
Criada em 1834 pelo Rei D. Pedro IV, a Fundação
começou por designar-se Sociedade Promotora das
Escolas da Primeira Infância. Em 1926, procedeu-se
a uma alteração estatutária passando, a Instituição, a
prestar serviços unicamente a crianças do sexo feminino
e com idades entre os 4 e os 12 anos. Em 1982, a sua
designação é alterada para SCAIL, tendo como objetivo
o desenvolvimento integral da criança numa ação
conjunta da família, da escola, da comunidade e do
Estado. Em 1991, é reconhecido que a Instituição pode
alargar o seu campo de ação social a outros estratos da
população que se encontrem em situação de carência
económica ou social e, em 1992, a instituição passa a
designar-se Fundação D. Pedro IV.
Com o propósito de dar expressão organizada ao dever
moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos,
a Fundação assume os desideratos de apoio a crianças
e jovens, apoio à integração social e comunitária,
proteção dos cidadãos na velhice e invalidez e em
todas as situações de falta ou diminuição de meios
de subsistência ou de capacidade para o trabalho,
mas também a promoção e proteção da saúde,
nomeadamente através da prestação de cuidados
de medicina preventiva, curativa e de reabilitação e
promoção da educação e da formação profissional. A
resolução de problemas habitacionais, a promoção de
iniciativas de carácter cultural e de ações concretas na
área social de cooperação com os países africanos de
língua oficial portuguesa, bem como a concessão de
bolsas e subsídios são outros objetivos assumidos. Num
plano secundário, a Fundação promove a valorização do
seu património e para a prossecução dos seus objetivos
a Fundação propõe-se a criar e ou manter infantários,
jardins de infância e actividades de tempos livres, criar e
manter serviços de apoio domiciliário, lares para idosos,
centros de dia e residências familiares, mas também
a promoção ou participação na criação de instituições
ou sociedades, cujo objetivo social seja a educação e
a formação profissional numa perspetiva de integração
social. A promoção da criação e a manutenção das
unidades orgânicas necessárias à proteção da saúde, a
promoção de iniciativas de caráter cultural e a promoção
de ações na área social com os países africanos de
língua oficial portuguesa são também desideratos da
instituição.
“Sendo uma das IPSS´s mais antigas e relevantes a
nível nacional, quer pelos serviços prestados quer pelo
património que gere, a Fundação D. Pedro IV assume
a missão para que foi criada colocando toda a sua
experiência e profissionalismo ao serviço dos seus
utentes e da comunidade em geral, recorrendo às
melhores práticas do setor e investindo em soluções
de futuro”, salienta Vasco Canto Moniz. Reconhecendo
a necessidade de promover o acesso à habitação que
evolua em função dos rendimentos e do ciclo de vida
da família, a Fundação D. Pedro IV com a vertente
de arrendamento social aciona as respostas sociais
fundamentais. A gestão do património de habitação
social, sob o regime de renda apoiada revela-se um
instrumento promotor da necessária justiça social.
Investigação e desenvolvimento
Em 2010, a Fundação D. Pedro IV construiu um vetor
de promoção da investigação sobre o envelhecimento,
um dos problemas sociais mais marcantes da sociedade
contemporânea, baseado num modelo de colaboração
com a academia universitária, designadamente no
domínio das ciências médicas, da saúde, sociais e
políticas. Neste contexto, coorganizou, no período
2010-2013, com a Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Nova de Lisboa, com o Instituto
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
37
de Ciências da Saúde da Universidade Católica
Portuguesa, e o Instituto Superior de Ciências Sociais
e Políticas da Universidade de Lisboa, três conferências
internacionais anuais dedicadas ao envelhecimento,
com contributos de conferencistas internacionais e
nacionais de renome, mas também de investigadores
e doutorandos, compilados em Livros de Atas. Por sua
vez, 2015, em igual ambiente de cooperação com a
comunidade científica, “coorganizámos, com o Instituto
do Envelhecimento, do Instituto de Ciências Sociais, da
Universidade de Lisboa, o ciclo de colóquios sobre o
Envelhecimento na Sociedade Portuguesa” dedicado
aos seguintes temas: ‘Envelhecimento e política de
reforma: que futuro para as pensões?’, ‘Envelhecimento
e política de natalidade: a economia contra as famílias?’,
e ‘Envelhecimento e política de cuidados: o dever de
cuidar entre o Estado, a sociedade civil e as famílias’.
Vasco Canto Moniz salientou ainda que, no âmbito do
protocolo de cooperação para o desenvolvimento de
projetos e programas inovadores de política de ação
social e de investigação na área do Direito da família,
menores, idosos e violência doméstica, a Fundação
promoveu, também em 2015, com a Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, a conferência ‘O idoso
dependente entre o Direito e a Psicologia, dedicada às
seguintes temáticas: A não autonomia; Os cuidados: o
superior interesse do idoso?’.
“Em 2016, pretendemos dar continuidade às sinergias
de cooperação com o Instituto de Ciências Sociais e
a Faculdade de Direito, da Universidade de Lisboa,
promovendo um novo Ciclo de Colóquios sobre o
Envelhecimento, bem como uma nova conferência na
área do Direito dos Idosos, resultado da concretização
de trabalho inovador e de relevância científica no âmbito
do envelhecimento”, adianta o Presidente, dando
ainda nota da cooperação com o Creating Health do
Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica
Portuguesa.
Na área de investigação, a Fundação D. Pedro IV faz
ainda questão de galardoar os que se destacaram com
um Prémio de Mérito, que visa distinguir a prática de
investigação científica nas diversas áreas de ação social
da Fundação D. Pedro IV, dos investigadores e alunos da
Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Nova de
Lisboa), do Instituto de Ciências da Saúde (Universidade
Católica Portuguesa), e do Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas (Universidade de Lisboa). “A atribuição
do Prémio de Mérito Fundação D. Pedro IV, na Faculdade
e Institutos parceiros das Conferências, continuará em
2016, motivando a contribuição científica de excelência
para a investigação na área do envelhecimento, um dos
principais problemas sociais das sociedades modernas”,
avança.
Um parceiro de excelência
A Fundação D. Pedro IV é uma das associadas do Health
Cluster Portugal, e Vasco Canto Moniz considera-o um
parceiro de excelência para os objetivos da Fundação
no contexto da investigação e desenvolvimento de
produtos e serviços associados à saúde. “Considerando
o equipamento Mansão de Santa Maria de Marvila
como um recurso para living lab (nomeadamente para
ensaios clínicos) face o elevado número de pessoas
com demências (aproximadamente 80 por cento),
pretendemos promover parcerias europeias para
projetos dedicados à saúde – nas áreas da saúde
mental, doenças crónicas e soluções tecnológicas para
um envelhecimento saudável e ativo”, consubstancia.
Horizontes da Fundação
Face aos desafios do futuro, e não se podendo
alhear do contexto e dificuldades que o país tem
vindo a atravessar, a Fundação é também capaz de
identificar as oportunidades potenciais que permitem
o desenvolvimento da sua missão, refletindo-se no
seu crescimento, também na investigação para o
desenvolvimento social na saúde. Assim, em 2016,
assume-se como linha estratégica, para dar continuidade
à acessibilidade das famílias aos serviços de que
carecem, o investimento social para a qualificação
da resposta social de Lar Residencial para pessoas
portadoras de deficiência no equipamento Mansão de
Santa Maria de Marvila.
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
38
A missão da PROHS é ser uma empresa global de referência na desinfeção e esterilização, fornecendo aos seus clientes soluções
diferenciadas que satisfaçam as suas necessidades da forma mais eficiente e sustentável, motivo pelo qual a PROHS aposta na
qualidade, segurança e inovação.
prohs
Qualidade, Segurança e Inovação
Com cerca de 50 anos de experiência e know-how, a PROHS fabrica
dispositivos médicos e equipamentos na área da esterilização e desinfeção,
para ambiente hospitalar e laboratorial, tendo como base os mais exigentes
requisitos do mercado. A panóplia de soluções apresentada, tanto no campo
da aplicação, quer pela tecnologia disponibilizada são ímpares num mercado cada vez
mais competitivo e exigente.
Abrangendo todas as necessidades de um serviço central de esterilização, a PROHS
destaca-se pela capacidade de projetar, planear e produzir centrais de esterilização
adaptadas às exigências de cada projeto, apostando na inovação, qualidade e
segurança. A capacidade produtiva da empresa permite, para além dos produtos
standard, apostar no desenvolvimento de soluções de equipamentos e dispositivos
diferenciadores. Num mundo pautado pelo crescimento da procura de soluções mais
exigentes e personalizadas, a PROHS cria vantagens e mais valias para os seus clientes
através da sua capacidade de adaptar e otimizar as soluções e dispositivos.
Os produtos são fabricados de acordo com as mais exigentes normas de segurança
e controlo de qualidade, por técnicos motivados, certificados e qualificados. Ao longo
das fases de produção, os produtos são submetidos a rigorosos testes e ensaios, de
acordo com as diretivas aplicáveis, de forma a garantir a sua qualidade e fiabilidade.
O constante investimento em I&D e as parcerias com os núcleos de desenvolvimento
de universidades de renome em Portugal, permitem à PROHS oferecer soluções
inovadoras nas áreas de esterilização, design, construção e processos produtivos,
tornando-se uma referência no setor.
Assistência técnica, manutenção e formação
Complementarmente, a PROHS presta o serviço de assistência técnica que se distingue
pela elevada especialização dos técnicos, por uma abrangência de todos os elementos
de uma central de esterilização e pela celeridade dos tempos de resposta.
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
39
A conclusão de uma venda e instalação do equipamento não é o encerramento do
ciclo, já que na área de atuação da PROHS, o serviço de pós-venda é essencial na
política de qualidade, no sentido de assegurar uma elevada performance e otimização
dos equipamentos. Com o objetivo de prestar um serviço completo e eficaz, a empresa
celebra contratos de assistência técnica preventiva com os seus clientes, de forma
a evitar avarias, permitindo que os equipamentos estejam sempre operacionais.
Complementarmente, a PROHS efetua validações periódicas aos equipamentos
comprovando o seu correto funcionamento, assim como a eficiência do serviço da
assistência técnica.
No mercado internacional, a PROHS tem por política realizar parcerias com os
distribuidores que possuem valências técnicas para poderem prestar um serviço de
manutenção e reparação no seu mercado. A empresa realiza formação teórica e prática
aos técnicos dos seus distribuidores, nas instalações da PROHS. Periodicamente, a
empresa desloca-se ao mercado do distribuidor para prestar suporte prático e teórico.
Na vanguarda das exigências do sector da saúde
A PROHS tem na qualidade, um dos seus valores centrais, por isso assume uma
atitude de vanguarda face às exigências do sector da saúde, traçando o seu caminho
de crescimento sustentado no cumprimento das mais exigentes normas europeias.
Assim sendo, a empresa é certificada pela norma NP EN ISO 9001:2008 – Sistema
de Gestão da Organização de Empresa e pela ISO 13485:2003 – Sistema de Gestão
da Qualidade de fabricantes de dispositivos médicos, laborando de acordo com todas
as normas de higiene e segurança no trabalho.
Os produtos produzidos e comercializados pela PROHS possuem marca CE, cumprindo
com as diretivas europeias em vigor.
Internacionalização
O início do século XXI trouxe consigo o desafio da internacionalização, repto que a
empresa tem recebido com entusiasmo e responsabilidade, estando atualmente
presente em mais de 40 países, nos cinco continentes, através da sua rede de
distribuidores.
Numa fase inicial, a PROHS apostou nos países pertencentes aos PALOP, sendo
Angola e Moçambique os mercados mais focados. A aposta foi reforçada a meio da
década, aquando da participação na MEDICA em Dusseldorf, a maior feira mundial
do sector da saúde, tendo sido a PROHS uma das primeiras empresa portuguesa
de dispositivos médicos a expor no certame germânico. Desde então, a presença na
exibição anual tem sido uma constante, permitindo gerar contactos em todo o mundo.
A sua participação na Arab Health no Dubai demonstra que a empresa continua
empenhada no seu processo de expansão externa, com o desiderato de se tornar
uma empresa com soluções globais, mas com capacidade de adaptação local.
O futuro internacional da PROHS passa pro fortalecer a imagem competitiva, rigorosa
e inovadora, alcançada nos últimos anos nos países onde marca presença. Procura
ainda com a base de canais que possuiu reforçar a notoriedade das suas soluções
nas área Laboratorial e Farmácia. Por outro lado, enfrenta com otimismo o desafio
de continuar a sua expansão geográfica de forma sustentável, tendo como objetivos
prioritários a consolidação da presença no Sudeste Asiático e no mercado Latino-
Americano.
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
40
A MEDSIMLAB é uma empresa que atua no mercado dos simuladores médicos de alta-fidelidade, através da comercialização dos
simuladores da marca CAE Healthcare eTruCorp sendo o distribuidor exclusivo das referidas marcas para Portugal, Angola, Moçambique
e Cabo Verde. A Revista Business Portugal conversou com Nuno Freitas, CEO, sobre este projeto já vencedor.
MEDSIMLAB
simulação médica de alta-fidelidade
Para os leitores que ainda não conhecem, gostaríamos que nos explicasse
como e quando surgiu a MEDSIMLAB?
A MEDSIMLAB nasceu em 2008 com quatro fundadores – dois médicos, um
farmacêutico e um gestor – exclusivamente focada na simulação médica de alta-
fidelidade que dava então os primeiros passos em Portugal. A Incubadora do
Instituto Pedro Nunes (IPN), da Universidade de Coimbra, acolheu-nos como ‘start-
up’ inovadora entre 2009 e 2013. Felizmente, crescemos porque nos mantivemos
focados na melhoria da segurança do doente através do treino avançado de
estudantes, profissionais e equipas de saúde – um treino experiencial com base
em simuladores biomédicos de modelação fisiológica que melhoram a performance
individual e de equipa com resultados clínicos úteis para os doentes. O erro em saúde
custa demasiado caro em vidas humanas. Como nascemos dentro da área dos
cuidados assistenciais aos doentes, valorizamos as boas práticas clínicas e o impacto
das mudanças graduais mas seguras que resultam do treino sistemático, deliberado
CLUSTER DA SAÚDE
e com feedback construtivo para os médicos, enfermeiros e restantes elementos das
equipas de saúde – os simuladores médicos são uma resposta tecnologicamente
avançada, sem risco para os doentes, multidisciplinar e com impacto comprovável para
os desafios atuais dos cuidados de saúde. De início tivemos que lutar bastante para
demonstrar a validade científica, clínica e educacional de uma abordagem disruptiva
do tradicional ensino “Mestre-Aprendiz” típico da saúde. O contacto direto com os
doentes é insubstituível, mas é desejável que as curvas de aprendizagem – sobretudo
de procedimentos clínicos complexos ou de alto-risco – sejam efetuadas com treino
sistemático e experiencial em simuladores médicos avançados. Hoje, felizmente, está
bem aceite o papel da simulação como ferramenta educacional imprescindível para
qualificar as instituições de saúde – todas as instituições de referência internacional em
todos os continentes detêm hoje o seu próprio Centro de Simulação Clínica (a Mayo
Clinic tem quatro centros). E, mais importante, está absolutamente validado o impacto
positivo nos cuidados efetivamente prestados aos doentes com mais qualidade e
segurança e melhor outcome clínico.
Atualmente a MEDSIMLAB é uma empresa de referência no mercado de
simuladores médicos de alta-fidelidade. Neste contexto, importa-nos saber
quais os principais produtos e serviços que têm ao dispor na área da educação
médica e da formação de profissionais de saúde.
A MEDSIMLAB detém soluções integradas para conceção, instalação e manutenção
de centros e salas de simulação biomédica em todas as áreas clínicas, desde o ensino
pré-graduado de medicina, enfermagem e tecnologias da saúde até contextos de
saúde muito específicos como hemodinâmica, cuidados intensivos, obstetrícia,
pediatria ou imagiologia de intervenção, por exemplo. Somos distribuidores dos
simuladores da marca líder mundial CAE Healthcare, com a qual desenvolvemos
igualmente projetos de I&D. Estes simuladores distinguem-se pelo realismo fisiológico,
sendo incomparáveis em termos científicos e médicos, conforme se comprova em
áreas tão exigentes como no ensino de ecografia, dos procedimentos endoscópicos,
do trauma e emergência, do parto, da infeção ou de bloco operatório. Temos sido
consultores de desenho hospitalar e de planos funcionais para centros formativos de
elevada diferenciação em saúde, incorporando as boas práticas da simulação médica
avançada. Além disso, as Faculdades de Medicina e Escolas de Enfermagem têm
confiado em nós para a formação dos docentes e operacionalização dos Centros de
Simulação, com base em simuladores biomédicos de diferentes características. Em
vários concursos internacionais – por exemplo, do Banco Mundial em 2013 ou da
EuropeAid em 2015 – temos sido também escolhidos para serviços formativos e de
assistência técnica mais extensos, introduzindo a componente de simulação básica e
avançada em currículos académicos e profissionais de medicina e enfermagem.
Quais os principais aspetos que diferenciam os produtos desta empresa?
A inovação tecnológica, a modelação fisiológica realista e a qualidade global dos
simuladores certificada internacionalmente são os nossos elementos diferenciadores.
Acrescentamos um serviço customizado para cada cliente, muito sólido em termos
científicos, educacionais, clínicos e técnicos. Por tudo isto nos tornámos market-leader
Nuno FreitasCEO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
41
Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator
Inovador, realista e versátil, assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare.
Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, este simulador de parto apresenta características únicas no que diz respeito à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo que os formandos monitorizem e façam a gestão de mãe e recém-nascido, sem intervenção de instrutores. Este simulador permite, a profissionais de saúde e estudantes, o treino e aperfeiçoamento de competências de cuidados pré-natais, diversos cenários de parto (como por exemplo, parto normal, cefálico ou pélvico, aplicação de Forceps, distócia do ombro, entre outros cenários) e cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.
Sectra Visualization Table
A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.
Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.
Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator
Inovador, realista e versátil! Assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare. A Fidelis Lucina é um simulador de parto com características únicas relativamente à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo aos formandos monitorizarem e fazerem a gestão da mãe e recém-nascido, sem ser precisa a intervenção de instrutores. Com a Fidelis Lucina, que foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, estudantes e profissionais de saúde podem aperfeiçoar e treinar as suas competências de cuidados pré-natais e diversos cenários de parto, como parto normal, cef+alico ou pélvico, aplicação de Forcep, distócia do ombro, e ainda cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.
Sectra Visualization Table
A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.
Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.
Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator
Inovador, realista e versátil, assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare.
Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, este simulador de parto apresenta características únicas no que diz respeito à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo que os formandos monitorizem e façam a gestão de mãe e recém-nascido, sem intervenção de instrutores. Este simulador permite, a profissionais de saúde e estudantes, o treino e aperfeiçoamento de competências de cuidados pré-natais, diversos cenários de parto (como por exemplo, parto normal, cefálico ou pélvico, aplicação de Forceps, distócia do ombro, entre outros cenários) e cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.
Sectra Visualization Table
A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.
Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.
Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator
Inovador, realista e versátil, assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare.
Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, este simulador de parto apresenta características únicas no que diz respeito à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo que os formandos monitorizem e façam a gestão de mãe e recém-nascido, sem intervenção de instrutores. Este simulador permite, a profissionais de saúde e estudantes, o treino e aperfeiçoamento de competências de cuidados pré-natais, diversos cenários de parto (como por exemplo, parto normal, cefálico ou pélvico, aplicação de Forceps, distócia do ombro, entre outros cenários) e cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.
Sectra Visualization Table
A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.
Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.
CLUSTER DA SAÚDE
em Portugal, desde 2012, no segmento da simulação médica de alta-fidelidade.
Quais as principais vantagens dos simuladores médicos de alta-fidelidade?
Os simuladores médicos têm vantagens significativas na educação médica e formação
contínua dos estudantes e profissionais de saúde:
1- Vantagem ética – treino sem risco para os doentes;
2- Vantagem clínica – modelação fisiológica realista que replica com fidedignidade
científica a anatomia, a fisiologia e a patologia de vários contextos clínicos;
3- Vantagem tecnológica – interface com dispositivos e tecnologias de saúde em uso
atual;
4- Vantagem educacional – treino experiencial repetitivo com feedback da performance,
validado como metodologia formativa preferencial;
5- Vantagem institucional – fomentam a melhoria interdisciplinar e boas práticas
assistenciais, com impacto positivo na qualidade em saúde;
Como caracteriza a equipa de profissionais da MEDSIMLAB?
Uma equipa de jovens inovadores dedicada exclusivamente ao mercado da simulação
avançada em saúde, altamente qualificada (nível 7), num cruzamento de competências
críticas em engenharia biomédica, medicina e ciências da educação em saúde. Em
2016, reforçaremos a nossa equipa com doutorados e peritos externos, participando
ativamente em projetos nacionais e internacionais de elevada exigência educacional
e técnica na área da simulação. Mantemos uma parceria ativa com o Departamento
de Engenharia Biomédica da Universidade de Coimbra, acolhendo estágios de
verão e preferindo engenheiros etagiários em novos recrutamentos com grande
potencial científico e capacidade inovadora. O IEFP de Coimbra tem sido um apoio
importantíssimo para o crescimento da nossa equipa e, em 2015, vimos aprovadas
duas2 candidaturas ao Centro 2020 que contribuirão decisivamente para a qualificação
e internacionalização da nossa empresa, continuando a aposta na forte diferenciação
científica e técnica dos nossos colaboradores.
Qual o balanço que fez do ano transato e como prevê o cenário para 2016?
Haverá novos projetos para concretizar?
Em 2015, consolidámos a nossa liderança em Portugal com projetos muito importantes
na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, no Centro Académico de
Medicina de Lisboa – que agrega o Hospital de Sta.Maria e a FMUL – e como consultores
do Grupo Luz Saúde. Na área internacional, foi um ano fantástico com contratos muito
importantes em Angola e Moçambique. A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
adquiriu, mesmo no final do ano, o mais recente e avançado simulador de parto a
nível mundial (simulador Lucina da CAE Healthcare) – foi o corolário feliz de um ano
muito desafiante. Em 2016, teremos em Portugal o Congresso Europeu de Simulação
em Saúde (SESAM 2016) – é uma oportunidade única! Lisboa não tem ainda um
Centro de Simulação Avançada e nós queremos mudar esta realidade, num projeto
sério e inovador, que crie valor educativo para os estudantes, profissionais e equipas
de saúde da área metropolitana de Lisboa. Ainda em 2016 vamos concretizar os
dois maiores projetos internacionais em que estamos totalmente empenhados como
“simulation experts” – um contrato com a agência europeia EuropeAid para formação
de instrutores de saúde em Angola e a conceção de um Centro de Simulação híbrido
de última geração em parceria internacional com a CAE.
Abordemos agora o Health Cluster Portugal. Qual a importância de estarem
associados ao cluster?
Somos membros ativos do Health Cluster Portugal desde 2010, com muito orgulho.
Trata-se de um setor estratégico para a afirmação internacional de Portugal, onde
podemos competir com os melhores em termos de conhecimento crítico e tecnologias
de saúde. O Health Cluster tem desenvolvido um trabalho muito positivo de unir diversos
atores – empresas, universidades, centros de I&D, incubadoras, prestadores de saúde
– na convergência de prioridades e ações concretas. No IPN, em Coimbra, que foi
já considerada a melhor incubadora de base tecnológica em termos internacionais,
sempre fomos desafiados para um trabalho colaborativo em termos regionais e
nacionais – o HCP é a plataforma nacional onde todos devemos participar para projetar
o melhor que fazemos na Saúde.
Por onde passa o futuro da Medsimlab a par com o Health Cluster Portugal?
O nosso caminho futuro é claramente internacional, de acordo com as recomendações
do próprio Health Cluster Portugal, com aprofundamento do nosso foco estratégico na
simulação de alta-fidelidade na área biomédica, da aviação e militar. Queremos ser
reconhecidos como ‘Simulation Experts’, líderes de mercado em Portugal, Angola e
Moçambique. Temos projetos de I&D+I endógenos que vão abrir-nos outros mercados
competitivos. Cultivamos um ambiente intra-empresa de “start-up”, em busca
permanente de inovação e gaps de mercado, mas temos já a maturidade profissional
para responder aos desafios mais exigentes da simulação de alta-fidelidade.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
42
scientific toolbox consulting
Consultoria na saúde
Como e quando surgiu a Scientific Toolbox
ConsultingTM?
A Scientific ToolBox ConsultingTM surgiu em 2012
como uma empresa de prestação de serviços de
consultoria em investigação clínica, especializada em
gestão de dados e programação de dados clínicos.
Os fundadores tinham o conhecimento técnico e a
experiência necessários, partilhando a visão de que seria
possível criar uma empresa com elevado potencial de
exportação, direcionando o negócio desde início para o
mercado global. Desde então temos vindo a ter ótimos
desempenhos que se traduziram num crescimento
continuado. Lançámo-nos em novos desafios, que
levaram à integração das áreas de Medical Writing
e de Estatística, e de Desenho e Implementação de
Estudos Clínicos, de modo a complementar os serviços
disponibilizados, indo ao encontro da procura do
mercado.
A investigação clínica tem sido um tema em foco
nas últimas semanas. Qual o papel da Scientific
ToolBox na investigação?
Dando um pouco de contexto, a investigação clínica
é uma parte fulcral na criação de novas terapêuticas.
As empresas da área gastam milhões de euros todos
os anos com o objetivo de disponibilizar terapêuticas
inovadoras, mas, antes de as poderem comercializar,
é necessário que sejam testadas. Estes testes são
altamente regulamentados e controlados, seguindo um
conjunto de normas, que têm como principal objetivo
garantir a segurança das pessoas que neles participam.
Na Scientific ToolBox ajudamos estas empresas a
implementar estudos clínicos. Providenciamos suporte
e consultoria em várias fases dos projetos, desde a
idealização e desenho dos estudos até ao reporte
e publicação dos resultados obtidos, passando por
outras áreas tais como a interação com entidades
regulamentares, implementação no terreno, recolha dos
dados e análise estatística. Para além da investigação,
existe uma outra vertente, que é a dos estudos de
iniciativa do investigador. Tipicamente, estes estudos
são implementados por profissionais de saúde,
individualmente ou em grupos de investigação, e
têm como principal objetivo a melhoria contínua da
prática clínica, através da geração e disseminação de
conhecimento científico. Os estudos de iniciativa do
investigador são de extrema importância para a Scientific
ToolBox. Os profissionais de saúde adquirem um vasto
conhecimento lidando de perto com os doentes. Neste
contexto, é imperativo divulgar e aprofundar este
conhecimento, recorrendo a estudos clínicos, de forma
a potenciar a evolução contínua da medicina com base
em evidências. Tipicamente estes estudos têm uma
parca capacidade de financiamento e de recursos,
quando comparada com os estudos promovidos pela
indústria. Por isso, na Scientific ToolBox, consideramos
que é fulcral providenciar mecanismos para que estes
profissionais possam realizar investigação de qualidade
com resultados robustos. Tem sido muito gratificante
o reconhecimento que nos têm dado nesta área de
atuação.
Que mais valias é que podem advir dos vossos
serviços? E para que público-alvo é que estes se
destinam?
A principal mais valia dos nossos serviços é sem dúvida
a qualidade, sendo este é um valor basilar que guia o
dia a dia dos nossos colaboradores e que é evidente
em qualquer serviço prestado por nós. A segunda mais
valia dos nossos serviços é a otimização de recursos
e a redução da janela temporal até à obtenção de
resultados. Nos dias de hoje, a redução de custos
e o time-to-market são fatores essenciais para os
promotores. Temos recursos especializados em cada
uma das áreas de atuação, o que nos permite maior
eficiência nos processos. O público alvo dos nossos
serviços pode ser dividido em quatro classes diferentes:
empresas que desenvolvem tecnologias na área da
saúde, que apresentam diferentes necessidades ao
longo dos ciclos de vida de desenvolvimento e de
comercialização dos seus produtos; profissionais de
saúde ou grupos de investigação que pretendam
desenvolver estudos clínicos, e necessitem de suporte
na idealização, implementação, análise e publicação;
profissionais de saúde ou da indústria que procuram
desenvolver competências na área da investigação
clínica, através de formação especializada, de forma a
poderem, no futuro, vir a realizar os seus estudos ou
participar em outros estudos; empresas do nosso setor
de atuação que procuram complementar ou reforçar a
sua capacidade de resposta para algumas tipologias de
projetos. As CROs que providenciam outros serviços,
encontram na nossa equipa um complemento técnico,
que lhes permite uma maior diversificação da sua oferta.
As CROs que prestam os mesmos serviços, procuram-
nos para reforçar a sua capacidade de resposta
durante um período de tempo pré-definido, ou perante
necessidades técnicas específicas.
De que forma é que apostam na formação dos
vários profissionais de saúde?
Ao longo dos últimos anos, temos vindo a proporcionar
sessões de formação sobre diversas áreas de
investigação clínica. Temos recebido um ótimo feedback.
A nossa aposta na formação de profissionais de saúde
tem passado muito pela otimização dos conteúdos
formativos de acordo com o feedback que recebemos.
Um dos nossos focos reside no reconhecimento
das limitações de tempo inerentes ao dia a dia dos
profissionais de saúde, pelo que consideramos que é
muito importante que os formandos cumpram os seus
objetivos de aprendizagem, sentindo que o tempo
que investiram no seu desenvolvimento profissional foi
adequado e útil. Para atingir o objetivo, recorremos a
metodologias pedagógicas ativas, tanto para fomentar
uma aprendizagem baseada na experiência e reflexão,
como para proporcionar uma experiência formativa
dinâmica, atualizada e de alto valor. Os conteúdos
programáticos das nossas formações são ilustrados com
exemplos referentes a dados clínicos reais, de forma a
estabelecer um paralelo entre o ambiente formativo e a
prática de investigação clínica. A outra vertente em que
apostamos é na experiência profissional dos formadores,
e nas suas qualificações científicas e pedagógicas.
Temos vindo a trabalhar junto de empresas da indústria
CLUSTER DA SAÚDE
João Bissau e Sílvia sirgadoScientific Affairs Director e Managing Partner
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
43
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
publicidade-sctbx-curvas.pdf 1 22-01-2016 18:56:35
farmacêutica, que nos abordam com necessidades
formativas específicas. Temos flexibilidade para adaptar
os conteúdos das nossas formações ou desenvolver
formações. De modo a ir ao encontro das agendas
restritas dos profissionais de saúde, disponibilizamo-
nos a realizar as sessões em qualquer ponto do país,
como estratégia de promoção do acesso à formação
em investigação clínica.
Como caracteriza a equipa de profissionais da
Scientific Toolbox Consulting?
Pela experiência multidisciplinar, formação diferenciada
e pela motivação. Gostamos do que fazemos, e isso
reflete-se no entusiasmo com que acolhemos cada
projeto. Consideramos que é essencial estabelecer
relações de confiança com todos os stakeholders. Os
nossos clientes valorizam a apresentação de soluções
concretas e eficazes para os desafios que nos colocam.
Que valores estão intrínsecos ao bom
funcionamento da Scientific Toolbox Consulting?
Percecionamos cada colaborador como um indivíduo
distinto e reconhecemos os seus contributos.
Fomentamos as condições necessárias à evolução
individual de cada um, apoiando iniciativas que valorizem
tanto o colaborador como a empresa. Consideramos
que as competências técnicas são essenciais às
nossas funções, mas também apostamos em ações
de desenvolvimento de outras competências, como
a área comportamental, o que nos permite alavancar
uma cultura empresarial focada na comunicação e
na valorização de todos os elementos da equipa.
Assumimos com cada cliente o compromisso de
trabalhar para atingir os objetivos a que nos propomos,
pautando as nossas ações pela ética, dignidade,
honestidade e pelo respeito. Procuramos conhecer a
cadeia de valor, eliminar desperdícios, e assim prestar
serviços de elevada qualidade, atempadamente e de
forma competitiva. Apostar na qualidade e na melhoria
contínua, como forma de manter a excelência dos
serviços. Participamos no bem-estar da comunidade,
quer através do impacto positivo na qualidade de vida
dos colaboradores, quer em projetos de ação social, quer
em ações de responsabilidade ambiental. Temos vindo
a apoiar o desenvolvimento de alguns estudos clínicos
de iniciativa de investigador, que não têm qualquer tipo
de apoio financeiro, ajudando os seus promotores a
estruturar as ideias de modo a que se transformem em
projetos sólidos passíveis de financiamento.
O que vos distingue de outras empresas que
atuam no mesmo ramo que o vosso?
A Scientific ToolBox rege-se por padrões elevados de
exigência, rigor e qualidade, diferenciando-se também
por fatores como a flexibilidade e a competitividade.
Outro fator é o foco em serviços com elevado potencial
exportador. A nível local, destacamos a nossa motivação
para ajudar a transformar ideias inovadoras em estudos
clínicos sólidos, operacionalizáveis e com validade
científica.
E o futuro?
Em 2016 vamos continuar a apostar na angariação de
novos clientes a nível nacional, de forma a aumentar a
nossa quota de mercado. Vamos dar continuidade ao
desenvolvimento da área de desenho e implementação
de estudos clínicos, que iniciámos no segundo semestre
de 2015, e para a qual perspetivamos um crescimento
a médio prazo. Temos tido alguma solicitação para
desenvolver esta área, e consideramos que é o momento
certo para fazer esta apostaVamos também continuar
a apostar na exportação dos serviços, quer através da
consolidação da relação com os clientes atuais, quer
através da procura ativa de novos clientes internacionais.
Uma grande parte dos serviços que prestamos podem
ser realizados remotamente, o que é claramente uma
vantagem na angariação de novos projetosAinda a curto
prazo, vamos apostar numa estratégia mais abrangente
de divulgação das nossas formações. Em 2015,
mesmo sem promoção ativa , formámos cerca de 200
profissionais de saúde, pelo que esta será sem dúvida
uma área prioritária. Este ano queremos estabelecer
parcerias com associações de profissionais de saúde,
e estamos a analisar condições especiais para parcerias
com alguns núcleos de internos. Como projetos a longo
prazo, temos muitas ideias inovadoras e ambições, que
iremos implementar a seu tempo.
CLUSTER DA SAÚDE
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
44
A Associação Portuguesa de Medicina Farmacêutica (AMPIF) é uma associação que existe há aproximadamente 27 anos no mercado da
saúde. Nos últimos anos tem vindo a aumentar a sua viabilidade, visibilidade e ação. Para sabermos mais sobre este projeto estivemos
à conversa com o presidente Acílio Gala e a vice-presidente Ana Rita Lima.
associação portuguesa de medicina farmacêutica
a Medicina Farmacêutica em Portugal
Numa fase inicial começavamos por falar no
aparecimento da AMPIF e da sua missão.
A AMPIF foi fundada em 1989 e é uma organização
profissional e científica sem fins lucrativos, composta
por médicos que trabalham em Medicina Farmacêutica.
Os associados da AMPIF são responsáveis por
todas as atividades técnico-científicas exercidas
maioritariamente nos Departamentos Médicos das
empresas farmacêuticas. A AMPIF tem como missão, a
cooperação e desenvolvimento técnico e científico dos
seus associados, bem como a disponibilização destas
competências ao serviço das exigências técnica, ética e
deontológica da Indústria Farmacêutica.
Com a evolução que tem surgido quais são os
principais objetivos?
Os objetivos assentam em três eixos estratégicos. O
primeiro passa por reforçar e consolidar a estrutura
interna. Queremos ainda publicar o estudo levado a
cabo pela AMPIF, em parceria com a Universidade
de Aveiro, sobre as estruturas dos departamentos
médicos em Portugal entre 2012 e 2014, dando a
conhecer esta realidade à sociedade. O segundo pilar
passa por reforçar e consolidar as relações internas
em contexto nacional, fazendo chegar a sua posição
e ideias a todos os parceiros da saúde e responsáveis
políticos. O terceiro assenta no reforço e consolidação
das relações externas em contexto internacional. Neste
campo, queremos manter a parceria com a International
Federation of Associations of Pharmaceutical Physicians
(IFAPP), nas áreas de relações internacionais e da ética,
e trabalhar, com os parceiros nacionais relevantes.
Os profissionais da área têm presente a
importância de uma formação contínua?
A maioria dos profissionais de saúde que trabalham
em Medicina Farmacêutica, incluindo médicos, são
habitualmente sujeitos a um programa de formação nas
empresas farmacêuticas onde exercem as suas funções.
Além disto, tem necessidade de desenvolver-se através
de formação pós-graduada, que em Portugal tem sido
assegurada por algumas Universidades, pela autoridade
competente – INFARMED -, mas também por empresas
de formação. Mas vale a pena salientar que a Ordem
dos Médicos desenvolveu a competência em Medicina
Farmacêutica, existindo já vários médicos em Portugal
que obtiveram esta competência.
Como se defende o correto exercício da Medicina
Farmacêutica?
O desenvolvimento e comercialização de medicamentos
é uma área extremamente regulada. Existe legislação
extensa definida pelas autoridades competentes
europeias e nacionais, e códigos deontológicos,
também a nível europeu e nacional. As próprias
empresas farmacêuticas têm as suas políticas e
procedimentos, alicerçados na legislação em vigor e nos
diversos códigos. Esta regulamentação é um garante
do adequado exercício da Medicina Farmacêutica.
Além disso, a avaliação curricular dos profissionais que
trabalham nesta área, bem como a sua certificação
complementam o nível de preparação exigido para o
exercício desta competência.
A investigação na indústria farmacêutica tem
ganho importância em Portugal. O que tem
contribuído para este crescimento?
A investigação desenvolvida pela Indústria Farmacêutica,
na sua forma mais expressiva sob a forma de ensaios
clínicos, corresponde à maior parte da investigação
clínica que se faz em Portugal. Acreditamos que algumas
medidas estratégicas que foram implementadas no
plano legislativo nos últimos dois anos, como a nova
lei de investigação clínica de 2014, contribuíram para
criar condições para tornar a investigação clínica mais
competitiva.
Por onde passa o futuro da AMPIF?
Na sequência do estudo levado a cabo pela AMPIF sobre
as estruturas dos Departamentos Médicos em Portugal,
ficou patente que são diversas as competências
dos profissionais que aí trabalham. Falamos de
farmacêuticos, biólogos, enfermeiros, engenheiros
químicos, epidemiologistas, entre outros. Se não
representar a realidade, a AMPIF está a autolimitar-se.
É desejo revisitar os seus estatutos de modo que esta
associação represente não só os médicos, mas todos
os profissionais de saúde que trabalham em Medicina
Farmacêutica. Naturalmente que estará sempre no seu
ADN o desenvolvimento das competências desses
profissionais e a defesa dos princípios e interesses que
representam.
Acílio galaPresidente
ana rita limaVice-Presidente
CLUSTER DA SAÚDE
O Presidente da República concluiu, em
Vale de Cambra a sua oitava jornada do
Roteiro para uma Economia Dinâmica,
tendo presidido a uma cerimónia
de condecoração de 14 empresários que são
expressão do dinamismo da economia.
No seu discurso, Cavaco Silva referiu a escolha
destes dois setores, a cerâmica e a metalurgia
por serem setores muito expostos à concorrência
e responsáveis, também eles, por um importante
contributo para o valor acrescentado da indústria
naiconal, para as exportações, para o crescimento
e para o emprego. A maioria das empresas
destes setores atravessou extremas dificuldades
ao longo das últimas décadas. Muitas delas não
sobreviveram à concorrência global e à aceleração
tecnológica. Mas muitas outras, graças ao
engenho, à tenacidade e à determinação dos seus
empresários e trabalhadores, têm sido capazes
de se reinventar, de investir em novas ideias, de
ultrapassar as dificuldades, e de manter ou mesmo
de reforçar o emprego.
O setor da metalurgia e metalomecâmica foi o maior
exportador nacional em 2014, num total de 13.8
mil milhões de euros. Já a cerâmica representa
900 milhões.
Na cerimónia foram agraciados com o grau de
comendador da Ordem do Mérito Empresarial,
Classe do Mérito Industrial vários industriais de
ambos os setores, havendo ainda espaço para
o grau de Comendador da Ordem do Mérito
Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.
46
SUPLEMENTO ESPECIALROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA
47
SUPLEMENTO ESPECIALROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA
Foto
s de
Luí
s Ca
tarin
o, fo
tógr
afo
oficia
l da
Pres
idên
cia d
a Re
públ
ica
48
SUPLEMENTO ESPECIAL
presidente da república na imposição de comendas da ordem de mérito empresarial
Samuel delgado - solancis
Benjamim santos - indasa
Agostinho da Silva, Álvaro Gouveia e Fernando Sousa - cei
josé paulo silva- jpm
pedro Araújo - polisportjoão silva - adega cooperativa de távora
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA
presidente da república na imposição de comendas da ordem de mérito empresarial
49
SUPLEMENTO ESPECIAL
joão carlos novo - motofil
avelino gaspar - Lusiaves
joão paulo crespo - fertiprado
manuel tarré - gelpeixe
paulo dunões - kerion
paula roque - revigrés
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA
Foto
s de
Luí
s Ca
tarin
o, fo
tógr
afo
oficia
l da
Pres
idên
cia d
a Re
públ
ica
50
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
O concelho de Vale de Cambra foi eleito pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva para encerrar as comemorações dos
oito Roteiros dedicados à Economia Dinâmica. Em entrevista ao presidente do município, José Pinheiro fomos à descoberta das
potencialidades da região.
município de vale de cambra
Capital do aço inoxidável
Vale de Cambra tem-se destacado a nível nacional por ser um concelho
com uma taxa de desemprego residual, devido sobretudo aos postos de
trabalho existentes na indústria metalomecânica. O Presidente da República
terminou no concelho o périplo que fez pelo país ao longo de oito roteiros
dedicados a uma Economia Dinâmica. A cerimónia de encerramento condecorou 14
empresários que são expressão do dinamismo da economia. José Pinheiro presidente
do município de Vale de Cambra revela que “fiquei muito agradado com o desafio
que o Presidente da República nos lançou para acolhermos em Vale de Cambra a
cerimónia de encerramento dos roteiros, fazendo aqui uma cerimónia de condecoração
de personalidades ligadas à indústria, no fundo, é também um reconhecimento de Vale
de Cambra como pólo industrial, um concelho exportador líder da metalomecânica
nacional”, remata. Dos 14 empresários condecorados com a comenda da Ordem
do Mérito Empresarial, dois filhos da terra foram agraciados na vertente da Classe do
Mérito Industrial, demonstrando a importância da região no setor. Durante o ano de
2015, o Presidente da República já tinha visitado o concelho, nomeadamente a JPM
Indústria, regressou no final do ano a Vale de Cambra para a cerimónia de encerramento
e também para conhecer “uma empresa de referência no setor do aço inoxidável,
a Arsopi”, relata o interlocutor. A região assume uma enorme importância para a
economia nacional, no que diz respeito, à metalomecânica pesada e à indústria do aço
inoxidável, “numa vertente cada vez mais específica, o aço inoxidável é utilizado em
inúmeras construções, mas também nas indústrias alimentar e petroquímica. Foi , por
isso, muito gratificante o Presidente da República selecionar Vale de Cambra para fazer
o encerramento deste roteiro”, evidencia o autarca valecambrense. No entender de
José Pinheiro, “Vale de Cambra está inserida numa região com um potencial industrial
josé pinheiroPresidente
51
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
forte que é o Distrito de Aveiro, onde há criação de riqueza, emprego e inovação, onde
a economia industrial é diversificada”. Devido à orografia da região não é possível
a criação de uma grande zona industrial, mas o concelho tem quatro pólos, a zona
industrial de Lordelo/Codal, Rossio, Calvela e Algeriz e, futuramente, “estamos a apoiar
a construção de uma nova empresa, temos de fazer das dificuldades oportunidades”,
refere o autarca, acrescentando que “o município de Vale de Cambra tem procurado
apoiar os industriais deste concelho”. O papel do município passa também pela procura
de sinergias entre o tecido empresarial e as instituições ligadas à educação e formação,
através de iniciativas diversas, neste sentido, está a ser organizada “uma feira, em que
vamos envolver a comunidade escolar intitulada ´Aqui há futuro´, queremos transformar
aquilo que são oportunidades de emprego e formação no casamento perfeito, em que
se formem jovens para o mercado de trabalho, queremos combater o desemprego,
pretendemos ser um exemplo nessa matéria”, explica o entrevistado, revelando que
a autarquia está empenhada em que a “Escola Tecnológica possa evoluir e passe a
lecionar Cursos Técnico-Profissionais Superiores, estamos a tratar da homologação
com o Instituto Superior de Engenharia do Porto, ISEP. É o primeiro passo para permitir
fixar os jovens e dar mão de obra especializada às empresas”, adianta José Pinheiro.
Um dos esforços que a autarquia está a levar a cabo é criando condições para que os
trabalhadores do concelho possam também residir em Vale de Cambra, “40 por cento
dos nossos trabalhadores moram fora do concelho”, refere o autarca, salientando que
“queremos criar melhores condições” para os que querem viver em Vale de Cambra.
Novas apostas: Turismo e Cultura
A indústria metalomecânica é o principal motor do concelho, um setor consolidado
e que muito tem contribuído para a economia da região. A autarquia acredita que
agora é tempo de começar a investir em outros setores que possam, igualmente,
dinamizar o concelho. Atualmente já existem algumas unidades hoteleiras onde é
possível uma estadia usufruindo da natureza que envolve a região. O autarca José
Pinheiro esclarece que “estamos a apoiar a criação de postos de trabalho no turismo,
apostando no turismo de natureza que é um setor emergente, acompanhando a
tendência de crescimento do turismo no norte do país”. No que toca às infraestruturas,
o presidente da autarquia refere que o concelho tem “um Parque da Cidade que é uma
obra fantástica e que possibilita a prática de desportos e de lazer ao ar livre, tem as
piscinas cobertas e descobertas” às quais se associam as “paisagens magníficas, a boa
gastronomia, os espetáculos culturais” e outros eventos como “a Feira da Castanha e a
Feira Gastronómica”, que segundo o autarca têm cada vez mais afluência.
Futuro
Questionado sobre as perspetivas de futuro para a região, o presidente do Município
de Vale de Cambra refere que a curto prazo o objetivo é “retomar o projeto ´Ideias
com Vida´, que pretende dar oportunidades aos jovens para iniciarem um novo projeto.
O município quer dar condições aos jovens através da cedência de um espaço e
material. O objetivo é apoiar uma ideia que possa ser materializada em algo que possa
gerar riqueza”, explica José Pinheiro. Um dos projetos que também deve avançar é
destinado ao turismo e pessa pela “criação de um Centro Interpretativo na Serra da
Freita”, dedicado à natureza e história da região. Nas palavras do autarca é necessário
criar uma “vontade coletiva, o que nem sempre é fácil, mas é necessário refocar a
orientação, temos uma dinâmica que está em velocidade cruzeiro, a indústria e outra
que está adormecida, o turismo, área onde é preciso concentrar energias. Pretende-
se fazer algo diferenciador que possa reverter aquela que é a realidade do fluxo de
pessoas, invertendo as saídas do concelho captando pessoas que se fixem em Vale de
Cambra”, perspetiva o autarca. O futuro passa pois pelo reforço e acompanhamento
da indústria, fixação de população no concelho e a revitalização e dinamização do
turismo e da cultura.
52
Macieira de Cambra foi palco da última e oitava sessão no âmbito das jornadas do Roteiro para uma Economia Dinâmica. A cerimónia
realizou-se no moderno Centro Cultural instalado no centro da freguesia. Neste sentido fomos conhecer a localidade e a importância da
presença do Presidente da República, numa entrevista com o presidente da Junta de Freguesia, João Pedro Costa.
Freguesia de Macieira de Cambra
Trabalho em prol da população
Numa cerimónia que decorreu no Centro
Cultural de Macieira de Cambra, o Presidente
da República, Aníbal Cavaco Silva agraciou
14 empresários. Entre os condecorados
estão dois filhos da terra, José Paulo Silva, diretor
executivo da JPM Indústria e Pedro Araújo, presidente
da Polisport. Ambos foram agraciados com o grau de
comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe
do Mérito Industrial. O nosso entrevistado refere com
grande entusiasmo que “para a Junta de Freguesia e
para mim, enquanto presidente, foi um orgulho enorme
receber no Centro Cultural de Macieira de Cambra
o Presidente da República e a condecoração das
medalhas de mérito para os empresários do concelho e
não só”, refere o edil. O Presidente da República decidiu
destacar e condecorar empresários que são expressão
do dinamismo da economia e que têm contribuído para
o desenvolvimento do país, como sublinhou igualmente
o nosso entrevistado, “os condecorados são homens
com horizontes que têm feito muito pelo país e pela
terra, a quem se tem de dar o devido valor”. Quanto
à caracterização económica e geográfica da freguesia,
“Macieira de Cambra é um bom dormitório, a freguesia
tem 18 km2 e 4425 eleitores. Em termos económicos,
tem indústrias de madeira, mecânica e diversas
atividades que contribuem para os números reduzidos,
no que toca ao desemprego, em relação ao índice
nacional, temos um valor reduzido, as fábricas aqui
instaladas criam postos de trabalho e contribuem para a
riqueza da região e representam um grande potencial”,
destaca o nosso interlocutor.
No que diz respeito às valências existentes na freguesia,
o edifício sede da junta tem as portas abertas todos
os dias úteis, assegurando o serviço dos correios. O
presidente da Junta de Freguesia destaca o papel
que as instituições desempenham, “a freguesia,
felizmente, tem muitas instituições, a Fundação Luíz
Bernardo de Almeida, de cariz social, representa
neste momento a maior entidade empregadora, tem
cerca de 90 a 95 funcionários”, evidencia. A nível
desportivo e cultural, Macieira de Cambra tem várias
associações e instituições que trabalham em prol da
terra, promovendo atividades dinâmicas, importando
destacar “o Grupo Desportivo e Cultural Estrelas
Vermelhas, o Clube Desportivo e Cultural de Macieira
de Cambra, a Comissão de Festas Setembrinas, a
Conferência Vicentina de Macieira de Cambra,o Grupo
Coral de Santo Aleixo, o Grupo Etnográfico Terras de
Cambra, a Associação Académica de Cambra, o Clube
de Caça e Pesca Terras de Cambra, a Casa do Professor
de Vale de Cambra, o Grupo Desportivo e Cultural de
Algeriz, o Grupo Desportivo e Cultural os Ramilenses,
a Olca-Orquestra Ligeira de Cambra e a Focus, estão
todos de parabéns pelo trabalho que realizam”, refere
o presidente, João Pedro Costa. As festividades mais
importantes realizam-se em setembro e são conhecidas
como as festas setembrinas em honra de “Nosso Senhor
do Calvário e Nossa Senhora da Natividade, onde tem
lugar também a procissão das velas que atrai muita
gente à freguesia”, destaca o nosso interlocutor. Falando
do futuro, o presidente João Pedro Costa refere que
gostaria de terminar o mandato deixando a freguesia
dotada a 100 por cento de saneamento básico, trabalho
que está a ser feito em parceria com o Município de
Vale de Cambra, “estou convencido que parte dessas
obras se vão realizar”, explica, acrescentando ainda que
para “fixar a população é necessário criar condições em
vez de obstáculos, cativando os cidadãos e é isso que
queremos fazer”, conclui João Pedro Costa, presidente
da Junta de Freguesia de Macieira de Cambra.joão pedro costaPresidente
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
54
Os produtos da Kerion, que apostam na exclusividade, chegam já a 46 países. A França, principal mercado, conheceu um aumento de
30 por cento este ano e a exportação absorve cerca de 75 por cento da produção. O grande objetivo traçado por Paulo Dunões e Isabel
Dunões, gestores da empresa, é a entrada no mercado americano.
kerion
A nova expressão da cerâmica contemporânea
A Kerion recebeu a visita do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no
âmbito do “Roteiro para uma Economia Dinâmica”, cujo objetivo se centrou
em evidenciar empresas portuguesas na vanguarda da inovação e da
qualidade, impulsionadoras do crescimento económico e com expressão
no mercado internacional. A culminar esta jornada, Cavaco Silva condecorou 14
empresários, verdadeiros exemplos de inegável sucesso empresarial.
Paulo Dunões foi agraciado com o grau de comendador da Ordem do Mérito
Empresarial, Classe do Mérito Industrial, uma distinção que considerou ser bastante
gratificante e reconhecedora do perfil de inovação e qualidade assumidos pela Kerion
ao longo do seu percurso.
A Kerion desenvolve a sua atividade no setor da cerâmica, centrada na produção
e comercialização de pavimentos e revestimentos, tendo beneficiado de apoios
concedidos através do QREN SI Inovação, ao qual se candidatou em 2008 e que,
de acordo com os gestores da empresa, Paulo Dunões e Isabel Dunões, assumiu
um papel determinante para a concretização do projeto de desenvolvimento de
novos produtos estética e tecnologicamente inovadores, bem como para a sua
internacionalização. Atualmente, os produtos da Kerion estão presentes em 46 países,
nos cinco continentes, com especial relevância para o mercado europeu.
Uma história de sucesso
Paulo Dunões trabalha no sector da cerâmica, juntamente com a sua esposa e sócia,
Isabel Dunões, há cerca de 30 anos, fruto das iniciativas empresariais do seu sogro, o
isabel e paulo dunõesAdministradores
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
kerion.pt
Soluções de pastilha e mosaico hidráulicoem grés porcelânico
Aveiro - PORTUGALT +351 234 946 020
engenheiro Celso Albuquerque. Na verdade, o empresário com formação na área de
eletrónica e telecomunicações assumiu o desafio de entrar no sector da cerâmica e
conseguiu traçar um percurso de sucesso.
Assim sendo, a Kerion nasce fruto de três décadas de experiência na indústria
cerâmica e na produção de grés porcelanato, oferecendo aos seus clientes soluções
cerâmicas de acordo com uma lógica de inovação que faz a diferença. A Kerion surge
de uma herança cultural refinada e com os objetivos de traduzir as necessidades de
estilo, tecnologia e estética da modernidade, num sistema inovador e avant-garde,
apresentando verdadeiras soluções personalizadas numa cultura de viver. Através de
uma prospeção contínua sobre o produto, sobre o projeto e sobre o mercado, a Kerion
assume-se como a nova expressão da cerâmica contemporânea.
Detentora de um perfil moderno e inovador, a Kerion assume como objetivo
disponibilizar produtos e soluções que criem valor em termos estéticos e técnicos,
trabalhando de uma forma muito próxima com os seus clientes, na sua grande maioria
arquitetos e decoradores de interiores.
No que concerne às tipologias de produtos, a empresa disponibiliza as pastilhas de
grés porcelânico vidradas Kerion Mosaics, o neocim, inspirado na beleza dos antigos
mosaicos hidráulicos, aliando a beleza do passado à inovação da tecnologia atual, bem
como o grés porcelânico laminado, uma tecnologia para novas soluções de arquitetura,
decoração e renovação.
De acordo com Paulo Dunões, a Kerion está em 46 países, tendo exportado em 2014
cerca de 75 por cento da sua produção. “O nosso objetivo é passar dos 80 por cento,
mas por outro lado, estamos a ter um crescimento muito substancial no mercado
nacional, porque as nossas soluções são distintas das dos nossos concorrentes”,
sublinhou o empresário.
Neste momento, em termos de mercado externo, a França representa cerca de 30 por
cento do mercado de exportação da Kerion, seguindo-se a India. “O maior conjunto de
mercados para os quais exportamos os nossos produtos é a Europa, mas temos que
crescer para outros mercados. A nossa grande aposta em 2016 é direcionar a nossa
estratégia de internacionalização para o mercado americano, para o qual consideramos
estar preparados, por isso vamos marcar presença na feira Coverings em Chicago”,
adiantou.
O futuro da Kerion passa por continuar com a sua visão estratégica que se tem
revelado vencedora e assertiva, com o intuito de se posicionar para a entrada em
novos mercados, com os seus produtos inovadores e exclusivos.
56
Fundada em 1979, a Indasa é um dos principais fabricantes europeus de abrasivos flexíveis (lixas) da alta qualidade para o segmento
da repintura automóvel e indústria em geral, exportando 90 por cento da sua produção para mais de 100 países nos cinco continentes.
indasa
Qualidade e inovação são a chave do sucesso
A Indasa foi uma das empresas escolhidas pela Presidência da República
para figurar como exemplo no “Roteiro Para Uma Economia Dinâmica”.
Foi o perfil exportador, o forte investimento em curso e a solidez do projeto
da Indasa que permitiram que esta fosse uma das empresas selecionadas.
Assim, recebeu a visita do Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, no
dia 22 de Abril de 2014, na sua sede e instalações fabris, em Aveiro.
Na conclusão das jornadas do “Roteiro para uma Economia Dinâmica”, Cavaco Silva
presidiu a uma cerimónia de condecoração de 14 empresários que são a verdadeira
expressão do dinamismo da economia.
Benjamim Santos foi um dos empresários condecorados, tendo sido agraciado com o
grau de comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial, uma
distinção que o empresário considerou ser muito gratificante para si e para a empresa
cujos destinos lidera. “A visita do Presidente da República e a atribuição da comenda
foram extremamente gratificantes, porque se trata de um reconhecimento do mérito
da nossa empresa”, disse realçando o cuidado e a seriedade com que o Presidente
da República visitou a Indasa, tendo a perfeita noção do trabalho desenvolvido, dos
produtos e das marcas disponibilizadas pela empresa. “Sentimo-nos respeitados e
isso é muito importante. O Presidente da República teve uma postura respeitadora que
eu relevo e não esqueço”, disse salientando que, durante a visita, o Chefe de Estado
interessou-se por perceber o processo de desenvolvimento e inovação, assim como o
processo produtivo da unidade fabril e mostrou especial entusiasmo sobre a dinâmica
exportadora da Indasa.
Um rumo de crescimento sustentado
Fundada em 1979, a Indasa resulta da experiência e know-how adquiridos por
um grupo de profissionais do sector liderado por Benjamim Santos na indústria
das lixas, na qual trabalha desde 1970. A empresa nasceu alicerçada em quatro
pilares fundamentais: dirigir e concentrar a empresa para um nicho de mercado,
designadamente, a repintura automóvel, com marca própria, apostando em produtos
benjamim santosPresidente do Conselho de Administração
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
57
de alta qualidade e na exportação.
Foram estes os pressupostos que permitiram que hoje, a Indasa seja um dos líderes
mundiais na produção de abrasivos flexíveis de alta performance.
“Atualmente, a Indasa é uma empresa que exporta para mais de 100 países tendo
sete filiais distribuídas pelos cinco continentes. Em 1988, abrimos em Espanha, em
1989 em Inglaterra e França, em 1994 em Alemanha, em 1998 no Brasil, e em
1999 na Polónia e nos Estados Unidos”, adiantou Benjamim Santos, sublinhando que
a Indasa tem cerca de 390 pessoas no grupo e exporta mais de 90 por cento da sua
produção para mais de 100 países, através de uma rede de parceiros e distribuidores
que se encarregam de desenvolver o negócio e de servir as necessidades locais em
cada mercado.
A sua fábrica em Aveiro e o know-how acumulado ao longo de vários anos permitem
à empresa fornecer soluções adaptadas a cada mercado e sistemas de lixagem
inovadores e o plano de investimento contínuo transformou-a numa das mais
modernas da Europa. A excelência e boas práticas da Indasa no desenvolvimento,
produção e marketing de abrasivos flexíveis, permitiu à empresa receber um número
significativo de certificações internacionais.
A Indasa tem um universo de mais de 20 mil referências de produtos, isto porque
esta é uma área em constante evolução. Segundo Benjamim Santos, a investigação
e desenvolvimento interno da empresa e a colaboração com universidades, centros
de investigação e fornecedores continuam a ser fundamentais no desenvolvimento
de soluções de lixagem tecnologicamente avançadas, lembrando que no processo
de fabrico da empresa apenas são usadas as melhores matérias-primas disponíveis
no mercado.
A culminar a entrevista à Revista Business Portugal, Benjamim Santos deu nota de que
a Indasa está a finalizar um investimento de cerca 14 milhões de euros, com o objetivo
de reforçar a sua capacidade produtiva e a pensar no forte potencial de crescimento
de mercados como os Estados Unidos da América, Brasil, Índia, China e Médio Oriente.
Foto
de
Luís
Cata
rino,
fotó
graf
o ofi
cial d
a Pr
esid
ência
da
Repú
blica
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
58
Fundada em 1994, a JPM é uma empresa tecnologicamente evoluída que desenvolve a sua atividade ao nível da automação industrial
e metalomecânica. Ao longo do seu percurso, especializou-se na produção, instalação, manutenção e reparação de equipamentos e
unidades industriais. Na 8ª Jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, José Paulo Martins da Silva, presidente do conselho de
administração, foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem de Mérito Empresarial. Conversamos
com o mesmo a propósito de tão importante distinção.
jpm S.A.
Automação industrial e metalomecânica ao mais alto nível
A 8ª e última Jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica foi dedicada
aos setores da Cerâmica, Metalurgia e Metalomecânica. O Presidente da
República agraciou o responsável da JPM, José Paulo Martins da Silva com
o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito
Industrial. A título pessoal, como viu este reconhecimento?
Não estava à espera, mas é com muito orgulho que o recebo. Penso que será o
reconhecimento de 22 anos de trabalho como empresário, quase metade da minha
vida, durante os quais pus a maxima dedicação ao meu projeto para a JPM.
Devo este reconhecimento tambem à minha familia, sócios e colaboradores, sem eles
não teria sido possível esta distinção.
A Comenda atribuída valoriza igualmente toda uma equipa, como é que os
colaboradores da JPM reagiram?
Reagiram demonstrando uma satisfação pessoal por verem a distinção atribuída ao
principal responsável da JPM e também por sentirem terem a sua quota-parte de
responsabilidade no sucesso do projeto JPM.
O Roteiro da Presidência da República é uma iniciativa que destaca as
empresas inovadoras e de qualidade, que estão presentes no mercado externo,
josé paulo martins da silvaPresidente do Conselho de Administração
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
59
contribuindo para o crescimento económico. Sendo a JPM um exemplo, qual
tem sido a estratégia de crescimento e desenvolvimento adotada?
A estratégia de crescimento tem sido assente na qualidade do serviço prestado e
dos produtos colocados no mercado, associada a uma aposta clara nos mercados
internacionais, naturalmente para isto acontecer tivemos de fazer fortes investimentos
nas condições de trabalho, novas instalações, equipamentos industriais e também na
qualificação da nossa equipa.
Fundada em 1994, a JPM tem já uma forte presença a nível mundial,
neste momento quais são os vossos principais mercados? Qual tem sido a
estratégia adotada para vingar internacionalmente?
Os principais mercados são Europa, África e Médio Oriente. A estratégia passa pela
qualidade dos serviços prestados e dos equipamentos produzidos e instalados. A
par destas dimensões a JPM é uma empresa com uma cultura de bem servir os
seus clientes e neste sentido temos feito muitas apostas para que aspetos tais como
agilidade, rapidez e inovação sejam progressivamente mais fortes, por isto já estamos
presentes em mais de 45 países.
A inovação e a qualidade estão sempre presentes nos produtos e projetos da
JPM, tendo em conta que estamos no início do ano, quais as novidades que
têm previstas para 2016?
Em 2016 tencionamos entrar com os nossos produtos e serviços em novas
geografias e também apostar em reforçar a capacidade de desenvolvimento de novos
equipamentos para o mercado tradicional da JPM.
O agraciamento do Presidente da República deve constituir uma inspiração
para o futuro, neste contexto, quais são os projetos e desafios para os
próximos anos?
Um dos principais desafios é consolidar a presença internacional da JPM nos mercados
referidos e em simultâneo conferir uma estrutura de grupo no qual sejam alicerçadas
atividades económicas sinergéticas entre si.
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
62
Samuel Delgado é o homem que dirige os destinos da Solancis há 30 anos. Herdou o negócio de família que, neste momento, leva
o calcário português a todo o mundo. O Presidente da República resolveu distinguir o presidente do Conselho de Administração da
empresa com o grau de comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial.
Solancis
Tradição e inovação há 47 anos
A condecoração do Presidente da República surgiu no seguimento de
uma visita às instalações da Solancis, na Benedita, no dia 13 de outubro
de 2014. Questionado sobre a importância desta distinção, Samuel
Delgado entende que “este reconhecimento é o fruto do trabalho de 30
anos dedicado à indústria das pedras em que sou a segunda geração da família na
empresa, e sou a quarta geração no setor. Uma condecoração destas acontece uma
vez na vida, é a recompensa de 30 anos de trabalho e de toda uma equipa constituída
por 99 pessoas”, salienta. A empresa nasceu em 1969 pelas mãos do pai Manuel
Delgado, “aos 18 anos vim trabalhar para a Solancis e fiquei à frente da empresa aos
20 anos. Nessa altura, começámos logo a exportar obras para Paris, por exemplo,
fomos crescendo progressivamente e, em 1999/2000, já exportávamos cerca de
60 por cento, atualmente a exportação é praticamente 95 por cento”, revela Samuel
Delgado, presidente do Conselho de Administração da Solancis. O slogan da empresa
“Tradição e Tecnologia” demonstra que “aliamos a tradição e a tecnologia de ponta
para transformar um produto natural e único. Adicionamos valor e contribuímos para
divulgar o nome da nossa região e do nosso país. Hoje temos tecnologia feita em
Portugal que até os italianos, que foram os pioneiros neste setor, já andam a copiar.
Neste momento, já concorremos diretamente com os italianos em termos de projeto”,
esclarece o nosso interlocutor. A Solancis tem 12 pedreiras que ficam situadas no mais
importante repositório de formações calcárias existente em Portugal, o maciço calcário
estremenho. São 800 km2 de formações calcárias que se elevam no centro do país, a
cerca de 90 quilómetros de Lisboa e a 30 quilómetros do mar. Nelas são extraídos os
materiais “onde temos os geólogos que fazem o estudo das pedreiras, encaminham as
frentes, marcam as camadas e são separadas. Depois fazemos o stock dos materiais
e encaminhamos para a fábrica destinados aos projetos que promovemos ao longo do
ano”, explica o interlocutor. A inovação e a tecnologia permite hoje à Solancis “fazer
projetos que antes demoravam um ou dois anos”, revela Samuel Delgado. Através do
recurso a mão de obra especializada o trabalho de conceção está otimizado, garantindo
samuel delgadoCEO
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
63
uma matéria prima uniforme. Na Solancis opera em três “segmentos de mercado:
obras públicas, fachadas e interiores, na construção civil e, as boutiques, que são obras
com embutidos de jato de água, onde fazemos embutidos com duas ou três cores”,
revela Samuel Delgado. A empresa tem-se afirmado no mercado devido ao trabalho
pormenorizado e de proximidade “desenhamos uma fachada peça por peça em 3D.
Por exemplo, estamos agora a terminar uma obra em Paris que foi toda desenhada em
3D, executada e apresentada aqui na fábrica. Depois de aprovada pelo cliente segue
numerada e organizada para ser montada no local”, revela o empresário, destacando
que “o projeto feito à medida é a mais valia da Solancis”. A empresa trabalha neste
momento a partir da Benedita para todo o mundo com diversos parceiros, como revela
o nosso entrevistado, “temos projetos no Médio Oriente, que estão ainda na fase de
conceção. Temos parceiros em vários países desde construtoras aos aplicadores. É
uma forma de promover as pedras portuguesas, porque levamos o nome de Portugal
lá fora”. A Solancis conta neste momento com um vasto portefólio, em Portugal, obras
emblemáticas como o Aeroporto de Lisboa, o Centro Cultural de Belém ou a Marginal
de São Martinho do Porto foram projetadas por esta empresa. Em França, Inglaterra,
Espanha ou Polónia foram responsáveis pela construção de hóteis, avenidas, centros
culturais ou sedes de grandes grupos empresariais, “estamos presentes no Museu Petit
Palais e escadarias do Louvre, em Paris. Assim como em várias lojas das cadeias de
marcas Hermès e Louis Vuitton e em diversas residências privadas que construímos
nos EUA, África do Sul, Rússia, Médio Oriente”, adianta o interlocutor. A empresa
conseguiu atingir este patamar também devido à grande preocupação e respeito pelo
meio ambiente, “consciente de que só apostando na qualidade e sustentabilidade dos
produtos podemos continuar a ser uma empresa de referência, a Solancis controla
rigorosamente os processos produtivos, segundo normas nacionais e internacionais.
Num mercado cada vez mais competitivo, com consumidores cada vez mais exigentes,
as empresas têm de se diferenciar, não só pela qualidade dos produtos e serviços,
mas também pelas preocupações ambientais e de higiene e segurança, contribuindo
para o desenvolvimento sustentável do país. Isto só é possível identificando os aspetos
ambientais inerentes à atividade, minimizando os impactos negativos causados,
zelando pelas condições de segurança dos colaboradores”, explica o empresário. No
que diz respeito ao setor português, na sua globalidade, Samuel Delgado adianta que
as exportações, no ano passado, rondaram os “400 milhões de euros, é um setor
pequeno mas é uma mais-valia para a economia, pois utiliza produtos nacionais, o
único material que importa é o diamante e alguns equipamentos pesados para as
pedreiras. O setor utiliza 95 por cento da tecnologia nacional”. No caso específico da
empresa que dirige há 30 anos, Samuel Delgado revela que a empresa “terminou o
ano com um volume de vendas de 8,4 milhões de euros que, em comparação com
o ano anterior, representa um crescimento de 5 por cento”. Falando das perspetivas
de futuro e, tendo em conta a condecoração do Presidente da República que “foi uma
honra traz também confiança para o futuro, uma vez que é a distinção da figura mais
alto do Estado português, trazendo visibilidade, mas também mais responsabilidade”,
salienta o responsável da empresa. Deste modo, a meta que a Solancis tem “traçada
é nos próximos dez anos duplicar a faturação. O ano de 2015 já foi um bom ano se,
continuarmos assim, vamos conseguir atingir o objetivo. A partir do ano que vem,
vamos implementar novos processos que vão garantir uma maior capacidade de
resposta”, conclui o empresário.
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
64
No ano de 1990 nasce a Fertiprado, dedicada ao melhoramento de pastagens. Na propriedade da família, Herdade dos Esquerdos, tinha
João Paulo Crespo iniciado em 1984, um projecto de produção pecuária, baseado no melhoramento de pastagens, área de trabalho do
seu pai, engenheiro David Crespo, investigador do INIA desde os anos 60. Uma abordagem diferente da vocação da terra do Alentejo,
salientando o potencial do melhoramento das pastagens. João Paulo, iniciou-se como jovem agricultor, na Herdade dos Esquerdos,
em Vaiamonte, herdada do avô materno. Os ovinos e as pastagens foram o foco inicial, com uma equipa de duas pessoas. Deixou de
lado a formação universitária que nunca chegou a iniciar. A experiência de alguns anos de agricultor, a vontade de trabalhar e o acordo
da família, encorajaram o nascimento da Fertiprado. João Paulo Crespo foi agraciado como grau de Comendador da Ordem do Mérito
Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.
fertiprado
SEMEAR PARA COLHER
João Paulo Crespo (JPC) é diretor geral de um
conjunto de empresa familiares. A Fertiland
dedicada à produção de ovinos de leite na
Herdade dos Esquerdos, a Fertiprado em
diversas áreas no setor das sementes e a PECplus,
uma empresa dedicada ao desenvolvimento de
sistemas de gestão pecuária, com recurso a diversas
tecnologias, informáticas e de eletrónica. “Todas as
atividades integradas no campo, desde a genética das
plantas, à produção agrícola e pecuária, as tecnologias
de informação. Todas as nossas atividades se tocam e
geram sinergias técnicas e económicas” refere JPC. A
Fertiprado é a marca mais relevante e atua no setor das
sementes de pastagens e forragens. A investigação e
desenvolvimento em genética de plantas, a produção
de semente, a forte presença no mercado nacional e a
crescente importância de outros mercados tem marcado
a evolução da empresa. Na empresa familiar trabalha já
uma nova geração, o sobrinho Manuel Rovisco desde há
dez anos, e também o filho mais velho de JPC, David, há
dois anos em missão no Uruguai. Ao todo, a Fertiprado
integra 60 pessoas, uma equipa jovem e motivada que
assume responsabilidades e competências de liderança.
As sementes de pastagens e forragens para a
alimentação dos animais são o foco principal da empresa,
mas a marca Fertiprado tem hoje novos atributos no
melhoramento dos sistemas agrícolas, na promoção da
biodiversidade e na proteção e regeneração dos solos.
A importância dos sistemas agrícolas no sequestro
de carbono para mitigação das alterações climáticas
constitui também um desafio. Novas abordagens que
valorizam a marca numa agricultura em mudança.
Nascida no Alentejo, cedo se expandiu a outros pontos do
país. “Portugal tem uma grande diversidade de sistemas
de produção agro-pecuária. Agricultores em realidades
e necessidades diferentes, constituem um desafio para
a empresa. Fomos bem sucedidos e estimulados pela
satisfação dos clientes”, disse JPC. A internacionalização
começou em Espanha, mais tarde em Itália e em 2010
no Uruguai, países onde estão com empresas próprias.
Vende também noutros países europeus, através de uma
rede de parceiros regionais, desenvolvendo soluções de
acordo com as necessidades de cada região. Aposta
no melhoramento dos produtos e no desempenho
da equipa, criando laços de confiança com clientes
joão paulo crespoDiretor Geral
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
65
e parceiros. A diversidade de sistemas agrícolas de
cada região, obrigam a empresa a uma abordagem
cuidada das diferentes realidades. “Temos êxito quando
conseguimos servir melhor as necessidades dos
clientes. Só assim se consegue crescer” refere.
A empresa tem uma aposta crescente na I&D, com
diversos projetos próprios e em consórcio, na busca
de melhores soluções e de maior capacitação da
equipa técnica. O crescimento tem obrigado a diversas
mudanças na equipa, na delegação de competências
e responsabilidades, nos processos. “São os desafios
de uma empresa que quer crescer, também para
profissionais que querem crescer.
Com sede na Herdade dos Esquerdos, que é também o
seu principal pólo de desenvolvimento e demonstração,
no meio do Alentejo bastante envelhecido e com menos
gente. É a principal empregadora privada do concelho de
Monforte, uma região com baixa densidade e reduzida
atividade económica. A localização apresenta algumas
dificuldades mas também é positiva para a empresa.
Acredita nas vantagens de trabalhar no interior do país,
até pela qualidade de vida. Acha que o campo pode
gerar mais riqueza e criar mais emprego.
“A agricultura é a base da alimentação. Os alimentos
que escolhemos e compramos nas sempre cheias
prateleiras dos supermercados das grandes cidades,
quase desconhecedoras do campo, todos vieram da
agricultura, ou da pesca. Não há alimentação sem
agricultura e há cada vez mais gente no mundo para
alimentar. Para além disso, a agricultura tem que cuidar
bem o solo, a água, os recursos energéticos, produzir
alimentos a preço competitivo, pois os produtos
agrícolas estão à disposição nos mercados. Também
creio ser estratégico promover a produção local,
melhorando a autonomia alimentar do país, que é muito
baixa, impactos económicos e de maior garantia de
aprovisionamento, importante hoje e no futuro. Por isso,
a agricultura vai ser sempre muito importante. Como
todas as atividades, a agricultura é feita de ciclos, de
tendências, de oportunidades e desafios. Também de
riscos, previsíveis ou não. Portugal é um grande país,
com uma história extraordinária. Há 500 anos fomos
os primeiros a fazermo-nos ao mar. Fomos pioneiros no
contacto com civilizações desconhecidas, estabelecendo
ligações culturais e económicas. Cumprimos, nesse
tempo, uma missão importante na construção do
mundo de hoje. Foi a ambição, a coragem e o trabalho
que permitiram essa façanha. Na Fertiprado, também
trabalhamos com ambição, seja no país, nos projetos
mais distantes, no espaço e no tempo. Por isso foi com
muita satisfação e orgulho que recebi a condecoração
do Presidente da República. É um reconhecimento que
agradeço e que partilho com todos os que trabalham
connosco”, conclui.
investigação e desenvolvimento em genética de plantas
produção de ovinos de leite
comendador da ordem de mérito agrícola
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
66
O Grupo Motofil é líder na área de automação e robótica. Com um percurso de 35 anos no mercado, a empresa adotou uma estratégia
de crescimento consolidado na investigação e no desenvolvimento, numa perspetiva de inovação que permitiu tornar-se numa referência
do setor a nível mundial.
motofil
UMA EMPRESA QUE LEVA INOVAÇÃO AO MERCADO
“Somos uma empresa que tem marcado a diferença. O nosso
percurso de vida tem sido trabalhar todos os dias com novidades,
temos uma ambição sob o ponto de vista do desenvolvimento
industrial. Aqui a palavra de ordem é a inovação”, afirma o
empresário e também proprietário da empresa, João Carlos Novo. O interlocutor
acrescenta ainda que o grupo foi criado pelo seu pai, António Novo, que delegou, em
1998, a responsabilidade das empresas aos filhos “ele deu-nos, a mim e à minha irmã,
Paula Novo, a responsabilidade de gerir a empresa. Em 1998, mudámos o sentido da
empresa, passámos a ter uma empresa com uma mentalidade aberta, buscámos a
internacionalização e, na altura, não era fácil, foi preciso adotar um espírito de sacrifício
brutal, é preciso determinação e essa determinação está cá dentro, não se compra,
a determinação e os projetos estão na cabeça de cada um. Não há dinheiro que os
compre e é isso que transmitimos à nossa equipa”.
O grupo Motofil tem como missão fornecer soluções globais aos seus parceiros, afim
de que eles alcancem um aumento da produtividade, da performance e da eficácia.
O grupo é constituído por cinco principais empresas: Motofil Robotics S.A, fundada
em 1981, é uma das grandes fabricantes a nível Europeu no sector da robótica e da
automação industrial; A Motomig-Soldadura Lda, fundada em 2007, realiza a produção
de consumíveis para a soldadura, fio SG2, em bobines e tambores; A Motofil Cutting,
fundada em 2010, desenvolve, fabrica e comercializa equipamentos de corte de peças
metálicas a partir de chapas planas ou perfis tubulares; A Motofil Serviços, fundada em
2009, presta serviços na área do corte, soldadura e maquinação de peças; A Motofil
Aeronáutica, fundada em 2012, fornece a indústria aeroespacial com o fabrico de
ferramentas e estaleiros na área dos compósitos. O empresário João Carlos Novo
explica que sempre empregou no grupo o espírito de mudança, pois acredita que
uma empresa deve inovar sempre e aproveitar as oportunidades, sendo também
fundamental que haja uma equipa de trabalho determinada e ambiciosa no campo
da inovação. “Dentro da Motofil não falta determinação, no momento mais crítico da
económica mundial, estávamos a fazer quatro grandes investimentos, construímos a joão carlos novoPresidente do Conselho de Administração
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
67
Motofil Serviços que é uma das empresas que mais vai crescer nos próximos anos.
Constituímos a Motomig-Soldadura, a Motofil Cutting, a Motofil Aeronáutica, tudo partiu
do zero”, completa o empresário. O Grupo tem um quadro de pessoal com 230
trabalhadores, com a previsão de contratação de mais 70 colaboradores, até o final
de 2016.
O processo de internacionalização do Grupo foi um fator determinante para o seu
crescimento, pois permitiu ampliar oportunidades de negócio. Atualmente, o Brasil é
o mercado externo onde a empresa está mais presente. “Foi uma grande aposta feita
em 2009, em 2010 já estávamos como uma empresa própria que é a Motofil Brasil,
desde então até o ano 2014 estivémos sempre a crescer, com exceto este último
ano, face aos problemas que o país está a viver”, acrescenta João Carlos Novo. O
Grupo Motofil realiza exportação para diversos países, entre eles, Chile, Peru, México,
Índia, Estados Unidos da América, Marrocos, Polónia, França e Alemanha. “A Alemanha
é neste momento o principal mercado da Motofil, em 2015 foi o nosso mercado
de referência, depois temos exportações pontuais. Agora vamos abrir uma filial nos
Estados Unidos e uma na França, portanto, o projeto para 2016 é a Motofil USA e a
Motofil França”, completa o entrevistado.
Além do elevado nível de qualidade dos produtos e dos serviços desenvolvidos pelo
Grupo Motofil, o seu sucesso também pode ser explicado, sobretudo, pela gestão,
pelo empenho e pela visão empreendedora e estratégica de João Carlos Novo, um
homem com um forte sentido inovador que soube tomar as decisões necessárias
para impulsionar o crescimento das empresas. Pelo seu notório destaque no
meio empresarial português, foi atribuído, pelo Presidente da República, o grau de
Comendador da Ordem de Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial. Tal distinção
é conferida aqueles que tenham prestado, como empresários ou trabalhadores,
serviços relevantes no fomento ou na valorização das indústrias. “O distintivo foi um
estímulo e um ponto de partida para mais obrigações e novos projetos, fico muito
grato pelo reconhecimento do Presidente da República, pelo reconhecimento à minha
pessoa, ao meu pai, à minha irmã e a toda a minha família. Este reconhecimento
não é só para mim, é também para minha irmã que tem contribuído muito, é um
reconhecimento também de toda a equipa da Motofil. Eu sou o tutor deles, mas eles
são os homens e as mulheres que lutaram para que esse prémio fosse atribuído”,
finaliza João Carlos Novo.
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
68
João Silva, ex-professor de Educação Física e atual presidente da Cooperativa Agrícola do Távora há cerca de uma década, é a alma da
instituição que lidera com brio, e o grande impulsionador da expansão da Cooperativa aos mercados nacional e internacional.
cooperativa agrícola do távora
“Mudamos o paradigma da agricultura da região”
A cooperativa localiza-se na região demarcada
do Távora-Varosa, inserida entre a região do
Douro e do Dão, e completa já mais de 60
anos de existência.
João Silva afirma que “quando me candidatei à
presidência de direção encontrei uma equipa de grandes
técnicos, grandes profissionais e grandes colaboradores,
quer do ponto de vista administrativo, quer do ponto de
vista funcional, nas várias secções”. As características
inerentes a este processo foram a irreverência e de
algum conhecimento que o Comendador foi apanhando
ao longo dos anos e à medida do que foi necessário, foi
inovando e verificando que era esse o melhor caminho
a seguir.
A Adega Cooperativa do Távora era já uma estrutura
marcante na região pelo seu bom cumprimento de
regras, nomeadamente pelo pagamento aos agricultores,
atribuindo a estes, um papel central no setor primário.
“Todos os compromissos que fazemos com os nossos
associados estão sempre devidamente assegurados”,
afiança João Silva.
É de salientar o facto de João Silva ter sido agraciado
pelo presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com
o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial,
Classe do Mérito Agrícola, numa cerimónia realizada a
17 de dezembro do ano transato, no Centro Cultural de
Macieira de Cambra – Vale de Cambra.
Dadas as condições únicas de Moimenta da Beira,
visto que “possui solos graníticos, primários e pobres
em calcário, com altitudes elevadas, clima temperado
continental, entre outras, todo este conjunto de
fatores faz com que se traduza num lugar privilegiado
na produção de maçã e de vinho”. A aliança entre o
clima e o solo fazem desta região a mais apropriada,
para a produção de maçã, de onde se evidencia a tão
apreciada variedade ‘Bravo de Esmolfe’.
Relativamente aos vinhos brancos, a acidez natural, o
intenso aroma, e o carácter citrino, brilhante e fresco,
criam especial realce, de forma a podermos assegurar,
que é nesta região por excelência onde o vinho branco
encontra condições únicas para se elevar ao mais alto
patamar de qualidade. De igual modo, os vinhos tintos,
têm vindo a procurar essa delicadeza no aroma e
nobreza do corpo, alcançando um notável sabor com
o tempo.
O presidente da direção aponta que “nos últimos anos
mudamos o paradigma da agricultura da região, quer
do ponto de vista do vinho, quer do ponto de vista da
fruta”. A área dedicada à produção de vinho abarca
oito concelhos da região Douro-Sul, tendo em vista a
implantação dos nossos associados. Esta é também a
melhor região produtora de espumantes do país.
Os vinhos mais característicos da Cooperativa Agrícola do
Távora sediada em Moimenta da Beira estão distribuídos
pelos espumantes (Malvasia, Touriga Nacional e Touriga
Franca), pelo Terras do Demo (50 anos, Branco Seco,
Malvasia, Reserva, o Superior e o Touriga), o Aquilinu’s
(nas variantes de Branco e Rosé), o Fraga da Pena
(Branco e Tinto) e o Malhadinhas (Branco e Tinto).
As variedades mais representativas das maçãs
produzidas na região são as do grupo Golden (Golden
delicious, Belgolden, Lysgolden), que representam
quase 40 por cento do total. Depois segue-se o grupo
das Galas, que devido ás novas plantações dos últimos
anos atingiu uma representatividade de 30 por cento,
continuando a crescer. Depois seguem-se as variedades
do grupo das vermelhas com uma representatividade de
20%. Os restantes 10 por cento são constituídos por
variedades como a Bravo de Esmolfe e Reineta Parda.
A variedade Gala tem vindo a ter um grande incremento
e é neste momento a variedade mais plantada na região.
João Silva defende que “deve existir rotatividade” para
que não se criem rotinas e para dar espaço a que
outras pessoas com diferentes visões possam estar à
frente da estrutura. E conclui dizendo que “os valores da
ética, da honra e do compromisso devem ser sempre
valorizados”.
joão silvaPresidente
ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL
REVISTA BUSINESS PORTUGALFACILITY SERVICES
69
faci
lity
serv
icesD
e acordo com a Associação Portuguesa de Facility Management o termo traduz-
se como a gestão integrada dos locais e ambientes de trabalho. Definição que
surge na década de 1960 nos Estados Unidos da América, dava nome ao uso do
outsourcing nos serviços bancários responsáveis pelo processamento de cartões de
crédito e outros serviços. Hoje em dia já envolve uma série de atividades distintas dependendo
da área empresarial onde é inserida. A definição evoluiu com esta alteração e passou a ser um
conceito multidisciplinar que reúne todos os serviços que trabalham no sentido de melhorar a
eficiência das atividades primárias de uma empresa através da integração de pessoas, locais
e tecnologias.
Os serviços prestados pelas equipas de Facility Management são apelidados de Facility Services
cuja tradução literal é serviços de facilidades. Estes serviços dividem-se correntemente em
duas categorias que visam distinguir o tipo de trabalho que é necessário: são estes os hard
services (serviços rígidos) que englobam trabalhos mais técnicos e os soft services (serviços
macios) que incluem serviços mas correntes e menos complexos.
Em Portugal o principal target destes serviços são os condomínios e os serviços de limpezas.
Os facility services pretendem prestar apoio aos gestores de imóveis tendo disponíveis diversas
opções nesse sentido. Já várias empresas aderiram a este conceito e a profissão de Facility
Manager já é reconhecida mundialmente há mais de cinquenta anos.
70
A APFS- Associação Portuguesa de Facility Services, foi constituída em 1976 e, desde a sua génese, tem vindo a desenvolver um
trabalho significativo na defesa dos interesses dos seus membros e em prol da dignificação do setor.
Associação Portuguesa de Facility Services
40 anos na defesa dos interesses dos associados
Com 40 anos de história, a APFS assume-se
uma associação livre, de âmbito nacional,
sem fins lucrativos, que conglutina todas as
empresas que exercem atividades, no âmbito
da gestão e manutenção de edifícios, higiene e limpeza,
em edifícios, em equipamentos industriais e noutro tipo
de instalações, desinfeção, desratização e similares,
construção e manutenção de jardins, bem como da
prestação de serviços administrativos e de apoio às
empresas, nomeadamente receção, atendimento
telefónico e secretariado.
Atualmente com cerca de 40 associados, a APFS foi
constituída tendo como principal mote a consagração de
um contrato coletivo de trabalho, que viesse em parte,
colmatar “a ausência de legislação para regulamentar
o setor”, advoga, salientando a existência de empresas
que não cumprem as suas obrigações e praticam uma
concorrência desleal. Neste contexto, Fernando Sabino
exaltou a importância de uma regulamentação no sector
que permitisse uma maior dignificação e certificação
da profissão, bem como de uma maior capacidade
negocial perante os clientes.
Hoje, os objetivos da APFS são bastante mais vastos,
indo muito além da preocupação com a contratação
coletiva.
Vantagens dos associados
O sucesso das empresas depende, em grande parte,
do conhecimento que os empresários do setor têm do
contexto legal, técnico, económico e político em que
as suas atividades se desenvolvem. Nesta medida, a
qualidade de associado da APFS traz um conjunto de
vantagens, designadamente informação e consultoria
jurídica, conferências e outros eventos sobre temas
atuais e fatores críticos relacionados com o exercício
da atividade, intervenção junto dos parceiros sociais,
negociação de contratação coletiva, bem como a
formação profissional. Fernando Sabino adiantou ainda
que a associação tem também como grande objetivo
negociar protocolos relativamente a um conjunto de
serviços prestados às empresas suas associadas. “Foi
acordado no dia 13 de janeiro, um protocolo para a
prestação de serviços de Medicina do Trabalho entre a
Associação Portuguesa de Facility Services e a Medi-T.
Este protocolo é um bom contributo para a redução dos
custos operativos das empresas associadas.
Constrangimentos de uma atividade de mão de
obra intensiva
Sendo esta uma atividade de mão de obra intensiva,
qualquer alteração nos salários tem impacto em mais de
85% da estrutura de custos das empresas.
A APFS e os seus representantes entendem que a
decisão do aumento em quase cinco por cento da
Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG)
acarreta graves consequências para o setor, tendo
em conta que os clientes do setor privado dificilmente
irão aceitar um aumento de preços desta dimensão.
Fernando Sabino salientou que desta realidade deverão
resultar prejuízos para as empresas prestadoras, ao
suportarem o diferencial entre os 5 por cento e o valor
aceite pelo cliente, bem como a redução dos níveis de
serviço por parte dos clientes, de forma a compensar
o aumento de custos, o que implicará eliminação de
postos de trabalho, ou seja, mais despedimentos no
sector.
Por outro lado, os clientes da administração pública,
de uma forma geral, recusam-se a efetuar qualquer
alteração aos preços definidos nos contratos em vigor,
o que é ainda muito mais gravoso do que a situação do
setor privado.
Depois de um forte empenhamento da APFS junto da
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal,
disponibilizando muita informação e argumentação
sobre estas questões, “conseguiu-se que seja possível
um acordo em sede de concertação social”, revelou
Fernando Sabino, sublinhando a redução da TSU em
0,75 por cento e o alargamento da abrangência desta
medida.
“Em relação à repercussão do aumento da RMMG nos
contratos públicos em vigor, embora exista sensibilidade
do governo relativamente a este problema, não estamos
muito otimistas em relação ao resultado final do acordo”,
avançou o diretor executivo, mencionando que a APFS
lamenta que não se tenham em conta princípios básicos
nas relações comerciais, sendo a administração pública
o principal prevaricador desses princípios, pondo em
causa a sobrevivência de muitas empresas.
A terminar, Fernando Sabino garantiu que a APFS
continuará a envidar todos os esforços para, com a
imprescindível colaboração da CCP, conseguir que
a administração pública altere a sua posição fazendo
repercutir os aumentos da RMMG nos contratos em
vigor.
REVISTA BUSINESS PORTUGALFACILITY SERVICES
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
71
FACILITY SERVICES
No ano de 2011 é em Loures que surge a HigiaBlue. Uma empresa dedicada á comercialização de detergentes sob o comando de
Cristina Couto, proprietária, que trabalhou cerca de 10 anos numa empresa do ramo.
higiablue
Uma oportunidade agarrada com unhas e dentes até aos dias de hoje
Tendo adquirido o gosto pela área e muito
conhecimento no que diz respeito a esta
profissão. No entanto, não estando totalmente
satisfeita e por consequência não se sentindo
realizada, considerou ser a hora de mudar. Portadora
de uma persistência elevada ficou apenas à espera da
oportunidade financeira, que surgiu em 2011. “Se tiver
uma ideia, por mais que me digam que posso estar
errada, eu tenho de ir lá e perceber que fiz a escolha
errada, nunca me arrependo do que faço, mas só do
que não faço”, confessa.
Assim, é no ano de 2011 que nasce a HigiaBlue
situada no Núcleo Empresarial A8 Loures, na época
com dois colaboradores. A equipa de profissionais
neste momento constituida por cerca de 10 pessoas,
com uma larga e comprovada experiência na área da
higiene e desinfeção, que formam esta casa procuram
diariamente oferecer aos seus clientes uma relação
qualidade/preço inquestionável. Em simultâneo existe
um apoio técnico constante, que permite criar as
condições ideais para a consolidação de relações
comerciais duradouras.
No entanto, não é menos importante revelar que para se
manter esta relação com os clientes, também é preciso
diariamente dar-se provas de um profissionalismo ao
mais alto nível. A concorrência existe e está sempre
atenta.
Mas para que tudo isto seja possível, Cristina Couto
sabia desde cedo que teria de existir “muito empenho,
poucas horas de sono, motivação diária e acompanhar
a dinâmica do mercado, em suma muita dedicação e
trabalho”.
A irreverência de criar algo que ambicionava. É neste
sentido que assume hoje, “uma das situações que
diferencia a Higiablue da concorrência e para o qual
toda a equipa trabalha em conjunto, é conseguir
satisfazer os nossos clientes num espaço de 48 horas”,
para corresponder a esta exigência na qualidade e
diversificação dos produtos tem que existir uma procura
continua de novos parceiros de negócios. Os produtos
comercializados inicialmente foram os detergentes,
forma como começou o negócio. O papel, consumíveis
de limpeza, descartáveis e equipamentos, produtos
que foram sendo acrescentados. Mais recentemente e
tentando abraçar novos mercados, foi feita uma parceria
com uma empresa que comercializa desinfectantes
biocidas homologados pela DGAV (Direção Geral
Alimentação e Veterinária), de forma a conquistar
mercados emergentes, e assim aumentar a quota de
mercado. Associado à comercialização de detergentes
é disponibilizado a título de empréstimo e sempre que
se justifique os doseadores de lavagem automática de
loiça. Para ter acesso a este serviço tem que existir um
compromisso por parte dos clientes em consumirem os
produtos da marca Higiablue.
Cristina Couto afirma que ao longo destes últimos 5
anos, reconhece o trabalho e esforço realizado por
todos os colaboradores da HigiaBlue, assim como da
confiança demonstrada pelos clientes que fazem parte
desta jornada, de forma a contribuir para o crescimento
da empresa. O principal objetivo foi e continua a ser
abrir novos clientes todos os dias criando uma carteira
consolidada. No ano de 2015 e tendo o reconhecimento
deste trabalho de equipa, a empresa conseguiu um
acréscimo cerca de 20 por cento das suas vendas
relativamente a 2014. Considerando a conjuntura
económica do país nos últimos anos reconhece-se ser
um aumento significativo que aos poucos vai permitindo
ao projeto ganhar asas para sonhar mais além.
Até 2014 as vendas incidiram particularmente na zona
de Lisboa e arredores, no ano de 2015 surgiram novos
clientes ao longo de todo o país. Para 2016 o objetivo
principal continua a ser o aumento das vendas assim
como a expansão em termos de área geográfica.
Quanto ao compromisso que tem com os clientes, este
nunca é esquecido e por esse mesmo motivo permite
aos seus vendedores fazerem formações de forma a
melhorar a abordagem comercial e técnica sobre os
produtos comercializados, e assim existir uma melhoria
contínua no aconselhamento dos produtos de acordo
com as necessidades de cada cliente, de uma forma
personalizada. Não esquecendo o acompanhamento
pós venda com a entrega da documentação que a
Legislação exige, e formação sobre os produtos sempre
que necessário. Desta forma nasceu a missão da
HigiaBlue,
RESOLVEMOS | ASSISTIMOS |ACONSELHAMOS
Esta é uma empresa que quer estar sempre perto de si
e ajudá-lo em todos os momentos do crescimento do
seu negócio.
cristina coutoAdministradora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
72
A DuoHigiene é uma marca registada de comercialização de produtos de higiene, limpeza e todo o tipo de acessórios, sendo especializada
no aconselhamento técnico de serviços por profissionais qualificados e foi criada por Norberto Neves, diretor comercial e por José
Agostinho, diretor geral.
duo higiene
Garantia de um serviço de excelência!
Esta empresa especializada na comercialização
de todos os artigos de higiene e limpeza,
procura sempre imprimir a informalidade e uma
liderança horizontal.
“Asseguramos de forma rigorosa os nossos
compromissos e garantimos total conhecimento nesta
área”, refere Norberto Neves. Todos os produtos da
DuoHigiene são devidamente certificados e garantem a
qualidade profissional, com um serviço de excelência,
seja na entrega e eficácia dos produtos como também
no aconselhamento e apoio pós-venda. Aqui, é possível
encontrar as melhores soluções para responder às
necessidades de cada cliente individual, superando
todas as expectativas com um serviço rigoroso,
profissional e altamente especializado.
Política de Funcionamento
Esta empresa funciona em detrimento da política dos
três A’s, e essa política passa pelo Aconselhamento, que
é algo para o qual estão sempre disponíveis, fazendo
o aconselhamento de uma forma bastante proactiva,
no sentido de antecipar problemas que poderão surgir
‘à posteriori’, passando também pelo know how já
amplamente adquirido, adequando não só os produtos,
como também o equipamento e máquinas a cada local e,
“esta política, fazemo-la sempre de uma forma bastante
proactiva”, salienta Norberto Neves. Depois a outra
vertente desta política é o Acompanhamento, sendo
que a DuoHigiene mantém uma proximidade com os
seus clientes bastante grande e esse acompanhamento
é feito com regularidade, quando à última política, essa
assenta na base da Assistência, sendo que esta fase
também tem um acompanhamento feito com alguma
regularidade, até porque “a realidade está em constante
mutação”.
FACILITY SERVICES
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
73
O cliente é muito importante para a DuoHigiene, sendo
que José Agostinho, diretor geral refere que “não o
querem só para uma vez”, querem que o cliente se
mantenha fidelizado com esta empresa. José Agostinho
expõe que pretende que o cliente cresça com a
empresa e que a própria empresa também cresça com
os seus clientes.
Para isso, a DuoHigiene pretende ser uma empresa de
referência e reconhecida como a melhor opção para os
seus clientes e para os seus fornecedores, assegurando,
de forma criteriosa, os seus compromissos e dando
garantias de total conhecimento e prática na área no
aconselhamento técnico de serviços por profissionais
qualificados.
Todos a qualidade dos produtos comercializados pela
DuoHigiene tem um certificado de qualidade, o que lhes
garante um serviço de excelência no cumprimento de
todos os prazos estabelecidos.
A DuoHigiene é também distribuidora de todos os
equipamentos da marca Viper, fabricante desde 1996
de equipamentos industriais para limpeza.
Aposta na Formação
Esta empresa dá a todos os profissionais do ramo, uma
formação em termos de máquinas e matérias de limpeza
que estão a ser utilizados pelos seus operadores.
A formação permite dotar os profissionais de
conhecimentos especializados sobre a melhor utilização
das máquinas e uma aproveitação mais eficientes de
todos os produtos de limpeza. O objetivo da DuoHigiene
é o de rentabilizar e o de maximizar a operação das
máquinas de limpeza de forma a evitar desperdícios na
utilização dos seus consumíveis. “Com um conhecimento
especializado sobre o funcionamento das máquinas de
limpeza, o modo de manuseamento e a melhor forma
de utilizar os produtos de limpeza é possível agilizar os
procedimentos e atingir poupanças significativas para
a sua atividade, evitando desperdícios e garantindo a
melhor utilização dos equipamentos para prestar um
bom serviço ao mesmo tempo que previne avarias”,
salienta José Agostinho.
Reparação de Máquinas de Limpeza
A DuoHigiene tem também um serviço diferenciador das
restantes empresas que atuam neste setor, pois aqui,
também é possível fazer a reparação de máquinas de
limpeza, pois a ampla experiência destes profissionais
faz com que consigam fazer a reparação de máquinas
de limpeza de qualquer marca que exista no mercado.
Todo o serviço de assistência técnica é “rápido e
eficiente” para que a reparação de máquinas de limpeza
seja feita em tempo útil, de modo a não prejudicar
a atividade dos seus clientes e para que tenha a
disponibilidade de utilização das máquinas no mais curto
espaço de tempo possível.
Futuro
Quanto ao seu futuro, os dois diretores garantem que
querem “continuar a manter a ambição de ser uma
empresa de referência”, na sua área de atuação,
trabalhando focados na satisfação dos seus parceiros
e tendo em linha de conta a representação da melhor
opção para os seus clientes e para os seus fornecedores.
De salientar que a DuoHigiene já participou numa feira
da especialidade em Madrid e em maio deste ano vai
participar numa feira em Amsterdão.
FACILITY SERVICES
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
74
FACILITY SERVICES
A Biomex nasce em 2002 como resultado do trabalho e da mente empreendedora de Nuno Aleman, um homem inquieto que está
sempre á procura de novas formas de empreender.
biomex
UMA MARCA DE REFERÊNCIA
O empresário decidiu avançar com o projeto
depois de identificar que havia uma
necessidade de serviços específicos no
mercado da limpeza. “Inicio sozinho a
empresa, na altura até com uma falta de especialização
nesta área. Uma empresa de limpeza e de
impermeabilização de sofás, de tapetes e de alcatifas. e
também de limpeza de cortinados e de colchões e alguns
tratamentos antibacterianos”, acrescenta o empresário.
Nuno Aleman conta-nos que inicialmente contou com o
apoio financeiro de alguns dos seus familiares,. “Durante
um ou dois anos não se conseguia retirar rendimentos
desta atividade, pelo menos nos moldes que iniciamos,
mas fomos crescendo, realizamos trabalho para
particulares e para empresas, também estabelecemos
parcerias”, afirma o empresário.
Hoje, a empresa conta com 12 anos de mercado e
tornou-se uma marca de sucesso que atende todo o
território nacional, exceto as ilhas, com 17 funcionários
e dois eventuais que são, nomeadamente, um diretor de
qualidade e um diretor de manutenção que integram um
novo projeto da empresa. Com um crescimento que se
mantém ascendente a cada ano, Nuno Aleman fala com
satisfação dos resultados positivos que a empresa vem
conquistando ao longo destes anos “dá-me realmente
prazer sermos uma marca de referência, grande parte
das empresas que existem ou que estão a caminho de
existir, nos tomam como modelo. Dá-me prazer ver a
marca implementada”.
A Biomex é uma empresa especializada em limpeza
e no tratamento de estofos, de tapetes e de alcatifas.
Os seus funcionários adotam técnicas especificas e
profissionais para cada tipo de revestimento, de forma
a atender às necessidades dos mais variados serviços e
clientes. “Estamos sempre à frente do mercado, sempre
numa atualização dos nossos serviços e produtos. Essa
é a nossa diferenciação, precisamente, utilizamos os
melhores produtos químicos que a indústria nos oferece
e os nossos profissionais sabem aplicá-los”, acrescenta
Nuno Aleman.
O empresário explica ainda que todos os produtos
utilizados pela empresa, na execução dos serviços
prestados são importados dos Estados Unidos, pois
o mercado americano oferece produtos com maior
qualidade e maior eficácia, além disso a formação
de seus funcionários passa por técnicas americanas
que são modelos para o setor mundial da limpeza.
“Executámos aquilo que nos é proposto e resolvemos
situações que outras empresas não conseguem
resolver, nomeadamente, a remoção de nódoas de
café em alcatifas, nódoas de vinho tinto ou de óleo, e
inúmeras outras coisas. Isto têm haver com os produtos
que utilizamos e com sua aplicação. O que é possível
na nossa empresa porque somos apoiados por uma
empresa americana que trabalha nisto há mais de
40 anos e realmente tivemos alguma sorte, porque
aproveitamos o conhecimento deles e adaptamos à
Portugal, ao nosso mercado e tivemos sucesso até a
data”, afirma o empresário.
A Biomex também é pioneira no restauro de peles em
Portugal. “Desde 2006 fazemos o restauro de peles,
temos aqui estufa para pintar sofás, apostamos em
qualidade no interior da empresa, o que depois vai se
manifestar na satisfação dos clientes, pois marcámos a
diferença com o serviço que prestamos”, concluir Nuno
Aleman.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
75
A Mgaex Clean, uma empresa dedicada ao ramo das limpezas, foi criada por Luís Franco em outubro de 2013 em Odivelas. Este
administrador já tinha tido outras empresas em conjunto com outros sócios na área área de administração de condomínios. A área de
atuação da Mgaex Clean é, essencialmente, a Grande Lisboa.
mgaex clean
Aposta na Qualidade e Satisfação dos seus Clientes
O balanço que Luís Franco faz destes três anos
de atuação “tem sido muito positivo, apesar
de termos criado este negócio em fase de
crise, mas felizmente, todos os meses temos
vindo a crescer”, garante.
A expectativa para este ano é bastante grande, tendo
em conta que existem muitos orçamentos que irão
ser analisados no princípio do ano relacionados com
os condomínios depois das reuniões de assembleia
anuais. “Temos perspetivas muito boas em relação
a novos clientes, queremos também manter os que
temos e queremos ainda alargar a nossa empresa,
não trabalhando somente a nível regional, mas
também a nível nacional”, refere Luís Franco. Para
isso, “concorremos já a algumas empresas que estão
espalhadas de norte a sul do país”. Tendo outras
delegações em outras áreas do país, a Mgaex Clean
poderá angariar outros potenciais clientes no sentido
de poder criar um “núcleo e, até mais tarde, criar uma
delegação ou uma filial”.
A ideia de Luís Franco para esta empresa passa por
alargar um pouco a marca e estender a sua panóplia
FACILITY SERVICES
de serviços, continuando a preservar a relação com
as limpezas, no sentido de fazer alguns acordos com
empresas ligadas à geriatria ao nível do apoio a lares
e apoio a residências, tendo em vista, que este é “um
setor que está muito em expansão em Portugal”.
A equipa da Mgaex Clean é composta por 27 técnicos
com mais de vinte anos de experiência profissional em
empresas de limpeza e serviços, e, muita da formação
neste ramo é dada pela empresa, visto que há pouca
oferta formativa neste ramo e é muito difícil encontrar
elementos para serviços mais específicos, pois não
existem no mercado ainda. As equipas são ainda
coordenadas por supervisores, que se deslocam aos
locais de trabalho esporadicamente em horário aleatório,
por decisão da Mgaex Clean ou sempre que solicitado
por clientes.
As palavras-chave que descrevem esta empresa são “o
profissionalismo, a ética, a responsabilidade e o esforço
para responder às expectativas dos nossos clientes”,
contribuindo assim para o conforto dos seus clientes e
pensando sempre no bem-estar do público em geral,
porque “quando se fala em limpezas, fala-se em saúde
pública obrigatoriamente”.
Os serviços da Mgaex Clean vão desde a limpeza
diária do condomínio, a movimentação dos caixotes do
lixo, desentupimento de condutas do lixo, tratamento
de pedras, tratamento anti graffiti, vitrificações,
enceramentos, tratamento de linóleos, tratamento de
madeiras e PVC’s, desengorduramentos, limpezas de
final de obras, fazem a limpeza das salas de cinema
antes e após cada sessão, entre outros. Luís Franco,
refere ainda que: “Onde há um local para limpar, nós
estamos presentes”. O administrador destaca que em
cada serviço que prestam, é fundamental saber que tipo
de produto e quais as dosagens que se devem de usar
consoante o material que vai ser limpo.
No futuro, Luís Franco refere que gostava de que a
empresa de desenvolvesse por ela própria, isto é,
“que funcionasse por secções e que cada secção
fosse independente e autossuficiente”. Este empresário
apela ainda que a que “não se coloquem todas as
empresas de limpeza no mesmo patamar”, e conclui o
seu discurso dizendo que “nós não vendemos preços,
oferecemos serviços”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
76
A Urbanwish é uma empresa que realiza a administração e a manutenção de condomínios, e para isto efetua reuniões, visitas regulares
e reparações pequenas das mais variadas ordens, como por exemplo, a manutenção de portas, de portões e de janelas das partes
comuns dos prédios.
urbanwish
APOSTA NA QUALIDADE E NÃO NA QUANTIDADE
A empresa teve inicio em 2013, como resultado do impulso empreendedor
de Lilian Saraiva, uma jovem apaixonada pelo setor que apreendeu dentro
casa, com os pais, as dinâmicas necessárias para uma administração de
condomínio equilibrada e eficiente. “A minha mãe me influenciou, porque
minha mãe sempre fez parte da administração do condomínio dela, já há 30 anos
que está no edifício como administradora”, afirma Lilian Saraiva. A empresária conta-
nos que, desde muito nova, escutava a mãe a falar que era preciso fazer o melhor
pelo prédio, porquê ele era a moradia deles. “Os meus pais sempre cuidaram bem
do prédio deles, sempre quiseram o melhor para o prédio. Decidi seguir nesta área,
porquê eu gosto disso, gosto mesmo de papéis, tudo que tem haver com condomínios
eu gosto, gosto de lidar com as pessoas, adoro nadar em papéis”, acrescenta Lilian
Saraiva. Antes de abrir a empresa, Liliane já tinha experiência na área administrativa
“eu trabalhava na parte administrativa em outra empresa que na altura fechou, eu
estava no fundo desemprego e foi uma oportunidade que surgiu para o arranque da
abertura da minha empresa, com o conhecimento que tinha e o apoio da minha mãe
que me incentivou a abrir o negócio, decidi transformar o projeto em realidade”.
Um dos diferenciais da Urbanwish, em relação as outras empresas do setor, é
o trabalho focado na recuperação dos prédios em todos os níveis, mas sobretudo
na saúde financeira deles. “Quando entro para um prédio é para angariar dinheiro
e recuperar o máximo possível ele. Eu trato os prédios como se fossem os meus
prédios, porque como eu sempre morei em prédios, sei o que é ter vizinhos e os
problemas que isso engloba”, afirma Liliana Saraiva. A empresária afirma ainda que
a maioria dos prédios não possuem uma boa situação financeira e que o seu papel
como administradora é recuperar estas receitas “infelizmente as pessoas acham que
podem usufruir do elevador, da escada, da limpeza, sem ter que pagar, mas as coisas
não funcionam assim e quando eu entro num prédio é para reverter esta lógica”.
Liliana Saraiva afirma que recuperar os prédios é um desafio que lhe estimula, pois, os
resultados são gratificantes “eu gosto de receber prédios que estão no fundo, dá-me
gozo recuperar o dinheiro e mostrar as pessoas que consigo recuperar este dinheiro”.
No que se refere a realização de contratos entre a Urbanwish e seus clientes, a
empresa assume uma postura de entendimento, sempre na procura de estabelecer o
melhor acordo em termos de valores e de resultados. “Por norma facilitamos em nível
dos contratos, por exemplo, temos agora um contrato para renovar que prometi que
em 10 meses apresentava resultados, quero melhorar aquele prédio, mesmo que as
mensalidades sejam mais baixas, no próximo ano podem voltar aos valores normais”,
coloca a empresária.
A empresa administra atualmente oito condomínios, sendo três deles de 89 frações
cada. “Gosto principalmente de ver que as pessoas também estão contentes com o
nosso serviço, felizmente temos tido uma resposta positiva, há uma confiança para
com os nossos clientes”, afirma Lilian Saraiva. A Urbanwish objetiva manter o espírito
familiar da empresa, tendo como meta a administração de no máximo 20 prédios, pois
acredita que dessa maneira é possível manter a qualidade do serviço prestado.
liliana saraivaAdministradora
FACILITY SERVICES
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
77
mar
co d
e can
aves
esConta a lenda que o nome da cidade de Marco de Canaveses teve origem através de
uma frase da rainha D. Mafalda que, certo dia, passava pelas obras de uma ponte
que tinha mandado contruir e, com sede, pediu água aos pedreiros que trabalhavam.
Como o acesso ao rio era difícil, um deles facultou-lhe uma cana para que D. Mafalda
bebesse diretamente do rio. Quando a rainha a devolveu disse “Guardai-a porque a cana é
boa às vezes.”Situado no Nordeste de Portugal, Marco de Canaveses é delimitado por dois
dos mais importantes rios de Portugal, o Douro e o Tâmega e neste momento conta com 10
500 habitantes. O território que é ocupado por Marco de Canaveses remonta a outras épocas
tendo sido encontrados vestígios importantes do período neolítico, especialmente alguns
monumentos funerários. No que remonta à ocupação romana, sobreviveram até aos dias de
hoje os vestígios de Tongobriga, uma povoação romana que deixaram na região termas, o
fórum, zonas habitacionais e uma necrópole.
Atualmente os monumentos que representam o conselho são a Igreja de Sta. Maria, a cidade
Romana de Tongobriga, o Convento de Alpendurada e o Santuário do Menino Jesus de
Praga. A economia é fortemente marcada pelo setor dos Serviços apesar da indústria têxtil
e da exploração da pedra desempenharem um papel importantíssimo no desenvolvimento
económico da região.
MARCO DE CANAVESES
REVISTA BUSINESS PORTUGALMARCO DE CANAVESES
A empresa Bebebrinquedo surgiu no verão de 2015 com o intuito de satisfazer a carência da população de Alpendorada e localidades
vizinhas no que diz respeito aos bens destinados a bebés e crianças. Henrique e Joana Monteiro são os mentores deste projeto.
bebebrinquedo
Brincadeiras, conforto e segurança
Qual a missão da vossa empresa para com a população de Alpendorada, onde
se encontram?
A missão da loja Bebebrinquedo é proporcionar qualidade e diversidade em todos os
produtos pensando no bem-estar e conforto e sobretudo na segurança dos nossos
bebés e crianças.
Que serviços e produtos disponibilizam aos vossos clientes?
A loja bebebrinquedo comercializa as áreas de puericultura onde abrange uma gama
de acessórios em várias etapas de crescimento do bebé como por exemplo na área
da higiene, alimentação, segurança, conforto. No vestuário incidimos no enxoval e
em moda até aos 36 meses de idade. No que diz respeito a brinquedos dispomos
de uma vasta gama de brinquedos abrangendo desde os zero meses até aos doze
anos, oferecendo uma maior oferta nos artigos didáticos para um maior e melhor
desenvolvimento pessoal e intelectual nestas faixas etárias. Temos também uma área
de organizações de festas e eventos, no qual prestamos o apoio e a colaboração
em festas de aniversário dos nossos clientes proporcionando decorações utilizando
a técnica de modelagem em balões, proporcionamos também dentro desta área
actividades socio culturais e de lazer para as crianças.
Pela sua experiência neste mercado tão específico, considera que o
empresário que trabalha na área infantil necessita ter uma sensibilidade
diferente?
A loja Bebebrinquedo ao trabalhar na área infantil para além de apostar num bom
atendimento ao publico aposta sobre tudo na sensibilidade visto que trabalhamos com
futuras mamãs que merecem um atendimento cuidado e especial pelo facto de se
encontrarem num estado emocional muito sensível.
O que vos diferencia das restantes empresas da área?
A diferença da nossa empresa com outra empresa do mesmo setor é apostar na
qualidade, na oferta e em especial no acolhimento ao cliente, proporcionando desta
forma totalmente gratuito a todos os clientes aulas de parentalidade e diversos
workshops destinados aos futuros pais e bebés.
Estamos perante uma empresa recente, que nasce num tempo de crise, a
Bebebrinquedos é também um exemplo de um empreendedorismo de jovens
empresários que acreditam num Portugal que dá certo?
Num contexto de crise que o desenvolvimento da economia atravessa cabe sobretudo
aos jovens portugueses o poder de impulsionar com ideias inovadoras para que
possamos ter uma visão diferente do empreendedorismo essencialmente local.
De que forma têm contribuído para o desenvolvimento de Alpendorada?
Com a abertura da loja é possível uma maior proximidade, qualidade de produto, que
são predominantes nos grandes centros urbanos.
Qual o número de parceiros em comercialização com a empresa?
Neste momento a empresa conta com cerca de mais de uma dezena de parceiros
representando marcas conceituadas em Portugal e Europa.
Quais a perspetivas para o futuro da Bebebrinquedo?
As perspetivas do crescimento da empresa Bebebrinquedo, é ,que possa satisfazer e
cativar um olhar atento da sociedade e criar mais postos de trabalho e expandir por
outras regiões do nosso país.
henrique e joana monteiroAdministradores
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
79
MARCO DE CANAVESES
Domingos Neves abraçou a liderança da Junta de Freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão com entusiasmo e determinação, convicto
que, juntamente com o seu Executivo será protagonista do ciclo de desenvolvimento da freguesia, oferecendo melhor qualidade de vida
aos habitantes e aos visitantes.
junta de freguesia de alpendorada
com as pessoas e para as pessoas
Alpendorada, Várzea e Torrão é uma freguesia do concelho de Marco
de Canaveses, com 16,82 quilómetros quadrados de área e 8 485
habitantes. Foi criada aquando da reorganização administrativa, resultando
da agregação das antigas freguesias de Alpendurada e Matos, Várzea do
Douro e Torrão. Em entrevista à Revista Business Portugal, Emília Monteiro, secretária
do executivo da Junta de Freguesia, revelou que esta união das freguesias foi feita
respeitando as suas identidades e harmonizando o território. As antigas juntas de
freguesia transformaram-se em delegações e funcionam numa lógica de proximidade
às populações.
Volvidos dois anos deste mandato de Domingos Neves, o balanço a traçar é claramente
positivo tendo em conta o trabalho desenvolvido em equipa por um executivo muito
dedicado.
A educação sempre se assumiu como uma das grandes preocupações, por isso
mesmo, Emília Monteiro adiantou que as crianças do ensino pré-primário e do básico
têm prolongamento de horário, assumido pela Junta, “dando oportunidade dos pais os
levarem à escola às 7h45 e ir buscá-los as 18h30 e as refeições são confecionadas
pelas nossas assistentes operacionais”, referiu, salientando a implementação de um
sistema rotativo, que permite que todas as funcionárias estejam aptas para desenvolver
todas as funções no seio da comunidade escolar.
Paralelamente, a junta de freguesia proporciona às crianças do ensino pré-primário
uma panóplia de atividades extracurriculares, desde a expressão musical, expressão
motora corporal, iniciação à língua inglesa e natação.
Na vertente social, tendo em conta a atual conjuntura socioeconomica do país, “criámos
um gabinete de acção social para dar resposta aos problemas prementes da nossa
comunidade. “Neste gabinete de acção social faz-se um atendimento permanente,
tendo em conta as necessidades auscultadas. O apoio traduz-se em alimentos,
medicamentos, transporte e consultas médicas às pessoas mais desfavorecidas”,
revela, acrescentando ainda a isenção do pagamento das refeições e prolongamento
nas escolas às famílias mais desfavorecidas.
O apoio à natalidade é outra das medidas assumidas. Os bebés que nascem na
freguesia são apoiados em produtos lácteos e fraldas, nalguns casos durante seis
meses.
Emília Monteiro deu ainda nota da criação da Comissão Social de Freguesias, no
seio da qual foi elaborado um diagnóstico social da freguesia, em parceria com as
instituições locais.
Outra das políticas implementadas pela Junta de Freguesia prende-se com o apoio às
associações e coletividades da freguesia, tendo em conta os seus planos de atividades
anuais.
Os objetivos para o futuro passam por continuar a harmonizar a freguesia, tendo em
conta, que ainda existem lacunas para colmatar. “É também nosso objetivo aproveitar
os fundos comunitários, mais especificamente, o programa Portugal 2020, para poder
reabilitar as zonas ribeirinhas, já que a nossa freguesia tem o privilégio de ser banhada
por dois rios, o Douro e o Tâmega, e uma paisagem única aliada ao seu património que
certamente apelará à visita de muitos turistas e contribuirá para uma melhor qualidade
de vida da nossa comunidade”, remata Emília Monteiro.
Domingos nevesPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGALCOIMBRA
80
coim
bra C
oimbra, a aclamada ‘cidade dos estudantes’ é composta por 143.396 habitantes
e com um território de 319,4 Km², dados do ano de 2011. O dia 4 de julho é o
feriado municipal em memória daa rainha Santa Isabel de Aragão, considerada a
padroeira da cidade. No que se refere a serviços prestados é mais propriamente
nas áreas da saúde e do ensino que se vê maior relevância. Coimbra é ainda considerada
a cidade universitária não só por todos os anos acolher um grande número de jovens que
vão para lá estudar, mas também por ter a Universidade de Coimbra, uma das maiores de
Portugal, fundadda em 1290 por D. Dinis. Este local de ensino foi diferenciado a 22 de junho
de 2013 ao ser declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. No ano de 2003
foi considerada Capital Nacional da Cultura. O facto de reunir um grande número de espaços
culturais permitiu-lhe este reconhecimento. Neste sentido pode-se falar de alguns espaços que
caracterizam tão bem esta cidade banhada pelo rio Mondego. O Portugal dos Pequeninos é
ainda hoje um referencial histórico e pedagógico de muitas gerações. A 8 de junho de 1940
inaugurou-se um parque lúdico-pedagógico destinado essencialmente à Criança. Um espaço
que pela particularidade de ser um “mundo” de miniaturas acaba por reunir crianças, jovens e
adultos. Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, que é um importante local por simbolizar a carismática
figura da Rainha Santa. Um ponto de curiosidade mais propriamente para os interessados de
história é Conimbriga. Pelo que conta
a lenda este sítio foi visto como um
castro quando os Romanos em 138
a.c. lá chegaram e se apoderraram
do local. Estes são exemplos de
locais que pode encontrar ao visitar
a cidade de Coimbra.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
81
COIMBRA
A Revista Business Portugal esteve à conversa com o Presidente da União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, José Simão.
união de freguesias de santa clara e castelo viegas
A ‘nossa’ História passa por aqui
Santa Clara, segundo nos revela José Simão,
“esteve sempre ligada a um ambiente
religioso e romântico”, estando ligada a sua
história também à Quinta das Lágrimas e à
vida de Inês de Castro ou à Fonte dos Amores, na qual,
segundo a lenda, a efémera Rainha recebia mensagens
de D. Pedro, está também ligada a Rainha Santa Isabel,
que mais tarde foi transladada para o Convento de Santa
Clara-a-Nova, um dos ex libris desta freguesia.
A origem de Castelo Viegas remonta a 1122, derivando
o seu nome de Castelo, alusiva a uma torre de defesa
medieval, situada num ponto estratégico desta freguesia,
da qual infelizmente já não existem vestígios e Viegas, de
Salvador Viegas, um senhor que doou a sua herdade ao
Mosteiro de S. Jorge de Milreu em 1159.
Esta União de Freguesias tem verificado um crescimento
significativo ao longo destes últimos anos, “destacando-
se as áreas comerciais, serviço de educação, social
e saúde, hotelaria e turismo, entre outros”, destaca o
Presidente da União de Freguesias de Santa Clara e
Castelo Viegas.
Na sua malha urbana, Santa Clara contém notáveis
arquiteturas patrimoniais religiosas, científicas e de lazer
turístico, como o Convento de Santa Clara-a-Velha,
Convento de S. Francisco (que está já pronto a inaugurar
como Centro de Convenção e Congressos), Santa
Clara-a-Nova onde está sepultada a Rainha Santa Isabel,
Capela da Senhora da Esperança, Capelas de N.S.
Conceição e N.S. da Graça. Nesta freguesia de Coimbra
está a Quinta das Lágrimas e Portugal dos Pequenitos.
“Portugal dos Pequenitos enriquece todo o património
nacional porque tem dentro de si, em ponto pequenino,
os mais emblemáticos monumentos nacionais e
também das nossas antigas colónias, parecendo até que
ainda não tiveram a independência. Da Torre de Belém
à Universidade de Coimbra, das casinhas tipicamente
portuguesas até ao Castelo de Guimarães, tudo está
miniaturizado no Portugal dos Pequenitos”. Com olhos
de ver cultura, este espaço está rodeado por colunas
que têm brasões de todas as cidades portuguesas em
pedra talhada. Dentro do Portugal dos Pequenitos, tem
toda a história de Portugal, tendo também um pavilhão
que destaca a antiga colónia portuguesa do Brasil. Pode
ainda visitar o Museu do Traje e o Museu de Marinha
dentro do Portugal dos Pequenitos, assim como admirar
o bule da artista Ana Vasconcelos, que é a última obra
adquirida pela Fundação Bissaya Barreto para aquele
espaço único em Portugal.
Nesta freguesia foram encontradas ossadas humanas
que se julga serem do primeiro homo sapiens que
pisou solo nacional. Estas ossadas estão actualmente no
Museu Santos Rocha na Figueira da Foz.
Em Santa Clara está instalado o Observatório
Astronómico, onde vários astrónomos e astrofísicos
fazem as suas pesquisas sobre o universo estrelar,
fotografando diariamente o astro rei que é o Sol. São
vários os cientistas da NASA que têm passado pelo
Observatório Astronómico de Coimbra em investigações.
Recentemente foi inaugurada a Cúpula Astronómica
Fundação Caloute Gulbenkian e um Planetário. Dentro
do Observatório poderá encontrar um museu valioso e
importante na descoberta do firmamento, assim como
raríssimas peças da sismografia mundial.
José Simão dá destaque a dois eventos que a região
acolhe, as festas da Rainha Santa e da Cidade de
Coimbra, com grande destaque para a Feira Popular,
que se realiza no Choupalinho em Santa Clara, durante
os meses de junho e julho.
No surgimento da união de freguesias, José Simão teve
a ideia de criar uma mascote de forma a ser mais simples
e divertido identificar a união de freguesias, deixando os
tradicionais brasões para actos mais oficiais. É que na
opinião de José Simão, a reforma administrativa não
acabou com nenhuma freguesia, o que foi extinto foram
muitos presidentes de junta.josé simãoPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
82
Santo António dos Olivais é uma freguesia do concelho de Coimbra, com cerca de 65 mil habitantes e foi criada a 25 de novembro de
1854. Nesta região é possível encontrar duas áreas distintas: a urbana e a suburbana.
junta de freguesia de santo antónio dos olivais
Mais de 160 anos a servir a comunidade
A sua urbanização é muito marcada pelo
casario das zonas residenciais que desde
muito cedo se terão começado a desenvolver.
Este desenvolvimento deve-se à presença
do antigo Mosteiro de Celas situado numa área erma
de Coimbra, onde a paisagem se caracterizava pela
existência de pinhais e olivais, permitindo assim que se
fizessem as construções ao seu redor.
Na atualidade, não é apenas junto a este mosteiro que
podemos encontrar bairros habitacionais. As zonas da
Solum, Vale das Flores, Tovim, Chão do Bispo, Quinta
de S. Jerónimo, Quinta da Portela, Boavista e Pinhal
de Marrocos, são exemplos do grande crescimento da
freguesia.
Picoto, Vale de Canas, Casal do Lobo, Cova do Ouro,
compõem o panorama suburbano da freguesia de
Santo António dos Olivais.
Desde muito cedo que a zona dos Olivais foi procurada
por monges, e, foi em Santo António dos Olivais que o
padroeiro desta freguesia trocou o nome de Fernando
por António, abdicando do rico hábito e da murça branca
de cónego regrante de Santo Agostinho pelas humildes
vestes franciscanas, e daqui partiu para o Mundo para
a evangelização.
Esta freguesia, “desde sempre foi muito marcada pela
religiosidade, aspeto presente não só nas celebrações
eucarísticas mas, sobretudo, em importantes festas e
romarias, realizadas em diversas épocas do ano, com
manuel oliveiraPresidente
COIMBRA
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
83
destaque para a romaria do Espírito Santo e as Festas
em honra de Santo António”, refere Manuel Oliveira,
Presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos
Olivais.
Como mais de 160 anos de existência, e, por forma
a que as memórias não se apaguem, procuramos
nas comemorações do aniversário, recriar a história
relembrando as figuras mais marcantes, na criação da
freguesia.
Foi assim em 2014 quando comemoramos 160 anos
realizando o “Encontro das Princesas” espectáculo
alusivo à infanta D. Sancha que viveu no Mosteiro de
Santa Maria de Celas, fundado no século XIII e está
classificado como Monumento Nacional. Em 2015 a
recriação histórica incidiu sobre a Vida e Obra de Santo
António, contando toda a sua passagem por Coimbra,
pelos Olivais e pelo Mundo.
Apoio Social
“Santo António dos Olivais, uma freguesia sempre
solidária”
Sendo este o lema da freguesia, esta está muito
focada para o apoio social e Manuel Oliveira salienta
“Temos várias valências de apoio, procuramos dar
sempre resposta ao cidadão que nos procura a solicitar
ajuda social, no caso de não ser da competência da
freguesia, a técnica de ação social depois de fazer a
avaliação, procura ajuda nas instituições parceiras até
encontrar soluções. Em Setembro de 2015 criámos
mais um reforço no apoio a quem precisa, um centro
social, denominado de Centro Social Partilha e Saber
Dr. Fausto Correia, onde são apoiadas as famílias ao
nível do vestuário, calçado, roupa de casa, móveis,
electrodomésticos, etc. Neste Centro, encontramos
ainda, uma sala de estudo acompanhado dirigida a
crianças em idade escolar, bem como, a adultos com
vontade de aprender a ler e a escrever. Manuel Oliveira
refere ainda que os atelieres diversos, onde a pintura,
tricô, as técnicas decorativas, a informática, e outras
artes, vão ajudando a combater o isolamento e a solidão
de alguns dos utentes.
O Presidente da Junta explica ainda que “em Santo
António dos Olivais, também existe a Comissão Social
de Freguesia, onde simultaneamente a Junta a Câmara
de Coimbra, e uma série de instituições parceiras,
sinalizam situações de carência com vista ao apoio às
famílias e ao combate à exclusão”. Tudo isto é que faz
da freguesia uma freguesia sempre solidária.
Obras e Infraestruturas
Manuel Oliveira, referindo que as pessoas e o seu bem-
estar é que são o factor principal, tem procurado fazer
obras que efetivamente beneficiam as populações.
Temos protocolo de delegação de competências da
Câmara para fazer as obras que são propostas pelo
executivo da freguesia de Santo António dos Olivais,
fazemos as obras que a população vêm há muitos
anos procurando que sejam concretizadas, quer a nível
desportivo, quer a nível de acessos.”
Património e Festividades
Para além do Mosteiro de Santa Maria de Celas, fazem
parte do riquíssimo e vasto património de Santo António
dos Olivais, a Igreja de Santo António dos Olivais, a
Capela de São Sebastião de estilo renascentista, a
Capela do Senhor dos Remédios, a Capela de Nossa
Senhora da Guadalupe, a Igreja de S. José, o Cruzeiro
dos Olivais e o Cruzeiro de Celas. Deste património
fazem parte também algumas fontes, como é o caso
da Fonte da Calçada do Gato de estilo barroco, a Fonte
da Cheira e a Fonte de Celas ou Fonte d’ El-Rei, que se
encontra na Rua Bernardo Albuquerque e foi construída
em 1761.
O Património Natural também tem grande destaque
nesta região, sendo que os pontos de visita obrigatória
são o Penedo da Meditação, a Mata de Vale de Canas e
a área circundante do rio Mondego.
As Romarias também são uma das maiores
características inerentes a esta região, sendo que as
festividades que mais se comemoram são: a Romaria
do Espírito Santo, que se realiza há mais de 100 anos,
a Feira das Coletividades, fazem-se também Rotas
Temáticas/Caminhadas pela Freguesia, as Marchas
Populares de Santo António, Festejos dos Santos
Populares, Mostra de Arte, a Feira de Artesanato, Serões
Culturais e Musicais em vários pontos da Freguesia e o
famoso cortejo de Carnaval.
COIMBRA