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suMÁrio EXPEDIENTE

IndaiatubaRua Francisco Lanzi Tancler, nº 361

Distrito Industrial - Indaiatuba/SPFone: (19) 3935-8981

e-mail: [email protected]

Diretor TitularJosé Augusto Rodrigues Gonçalves

Vice-DiretoresMurilo Bertoldo

Gilberto Neto Marianno

Gerente RegionalEliana Mattos

Direção Editorial e ComercialAgência Cativa Comunicação

Rua Jornalista José Miguél Bósio, nº 296Casa 1 - Sala 2 - Centro - Rafard/SP

CEP 13370-000 - Fone: (19) [email protected]

www.cativacomunicacao.com.br

Editor ResponsávelTúlio Ricardo Darros dos Santos

MTB 63932/SP

RedaçãoSamuel Peressin

ColaboraçãoAdriana Brumer Lourencini

Projeto Gráfi coAnderson Venancio

Túlio Darros

ImpressãoGrafpress Artes Gráfi cas

CirculaçãoEmpresas associadas, órgãos públicos,

regionais e mailing vip

CidadesBoituva, Capivari, Cerquilho, Elias Fausto,

Indaiatuba, Itu, Jumirim, Mombuca, Monte Mor, Porto Feliz, Rafard, Salto, Tietê

PeriodicidadeTrimestral

06 oportunidadE Agência de Fomento Paulista oferece fi nanciamen-to com prazo de até 10 anos para pequenas e médias empresas

08 dEbatE Aperfeiçoamento energético é tema de palestras no Ciesp

10 balanço Anos de progresso em benefício da indústria

13 data Robiel: 25 anos ajudando a transportar o futuro

14 nEgócios O Paraguai além do “paraíso de compras”

19 dEbatE Convidada pelo Ciesp, consultora do NJE abre I Jornada Empresarial da ACIC

20 Mão dE obra Casa cheia

22 dEstaquE Com discurso de continuidade, nova diretoria toma posse

24 EconoMia Fiesp lança campanha “Energia a Preço Justo”

26 nJE Sem idade para começar

30 Exportação Indaiatuba é 17ª em ranking do Ciesp sobre as exportações em 39 regiões do Estado no primeiro semestre de 2011

27 sEnai Formando pessoas, desenvolvendo o Brasil

28 sustEntabilidadE Indaiatuba é sede do ciclo de fóruns Sesi/Ciesp sobre sustentabilidade

25 sEsi Trabalhador valorizado, rendimento dobrado

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Editorial

Para escrever este editorial, meu último como diretor titular do Ciesp, recorro a uma frase do escritor norte-americano Robert Collier que diz: “Sucesso é a soma de pequenos esforços, repetidos o tempo todo”.

De 2004 para cá, quando assumimos a diretoria da Regional de Indaia-tuba, vivemos intensamente cada instante. Com o esforço constante de todos - cada um contribuindo a seu modo - perseguimos diariamente o crescimento e fortalecimento da entidade.

Enquanto trabalhamos em prol dos interesses da indústria, também de-senvolvemos ações sociais, ambientais e culturais. Somado ao trabalho conduzido pelo presidente do Ciesp, Paulo Skaf, garantimos mais repre-sentatividade e força à entidade no cenário político.

Com dedicação, conseguimos elevar de cerca de 150 para 250 o número de empresas associadas e, de quebra, melhorar o atendimento prestado a elas. Promovemos cerca de 600 eventos, entre palestras, workshops e semi-nários, e recebemos quase 30 mil pessoas em nossa sede. Presenciamos mi-lhões de reais serem movimentados em aproximadamente 13 mil reuniões durante três edições da “Rodada de Negócios”. Demos um novo impulso ao Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE). Realizamos obras, entre elas a reforma de nossa sede e a construção do Sesi de Salto.

Viajamos a países da América, Ásia e Europa em missões empresariais. Trouxemos empresários do Senegal para conhecer indústrias da região. Por todo o trabalho que foi feito, ganhamos destaque junto ao comando do Ciesp, em São Paulo, figurando como uma das principais regionais da entidade. Pelos próximos quatro anos, sob o comando de José Augusto Rodrigues Gonçalves, o Ciesp estará em boas mãos e seguirá nos trilhos do sucesso.

Completo meu segundo mandato com a sensação de dever cumprido. Mas não me desligo totalmente da entidade, continuarei por perto. Ape-nas dividirei meus esforços, repetidos o tempo todo, entre todas as regio-nais do Ciesp. A convite do presidente Skaf, assumo a vice-presidência da entidade.

A todos que contribuíram conosco nesses sete anos, o nosso muito obri-gado. E, agora, neste novo desafio, continuamos contando com vocês. Boa leitura e um forte abraço!

Ignácio de Moraes JuniorCiesp

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Enquanto trabalhamos em prol dos interesses

da indústria, também

desenvolvemos ações sociais, ambientais e

culturais

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Para pequenos e médios empresá-rios que desejam ampliar seus negó-cios, a Agência de Fomento Paulista – Nossa Caixa Desenvolvimento, que trabalha em parceria com o Ciesp, sur-ge como um boa opção, oferecendo linhas especiais de financiamento com prazo de até 10 anos.

Mantida pelo governo do estado de São Paulo, a instituição financeira tem como objetivo incentivar o cres-cimento de empresas com faturamen-to anual entre R$ 240 mil e R$ 100 milhões. Conheça algumas das linhas de crédito da Agência de Fomento Paulista (pelo site www.nossacaixade-senvolvimento.com.br é possível fazer simulações de financiamentos).

Financiamento ao Investimento Paulista (FIP): para projetos de im-plantação, ampliação, modernização da capacidade produtiva, desenvolvi-mento tecnológico, meio ambiente e eficiência energética. Participação de até 100% do valor dos itens financiá-veis, com taxa de 0,65% ao mês (corri-gido pelo IPC-Fipe). Prazo de até 120 meses, incluindo a carência (24 meses,

no máximo).BNDES Progeren (capital de giro):

para pequenas empresas com fatura-mento até R$ 16 milhões e para mé-dias empresas com rendimentos en-tre R$ 16 milhões e R$ 300 milhões. Restrito a setores determinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Taxa

a partir de 13,5% ao ano, com carên-cia de até 12 meses e prazo de até 36 meses.

BNDES Finame PSI: para aquisi-ção de máquinas e equipamentos na-cionais novos. Participação máxima de 90%, com taxa de 6,5% ao ano e carência de até 24 meses. Prazo de até 72 meses.

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Agência de Fomento Paulista oferece financiamentos com prazo de até 10 anos para pequenas e médias empresas

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Disposto a minimizar problemas de fornecimento de energia elétrica nas empresas, o Ciesp, Regional de Indaia-tuba, promoveu duas palestras com empresas especializadas na otimização e qualificação da eletricidade. Os even-tos foram gratuitos e ocorreram em 13 e 27 de julho, no auditório do Ciesp.

As palestras fazem parte das ações da Regional de Indaiatuba para so-lucionar problemas enfrentados por empresas associadas, como quedas e oscilações de energia que prejudicam o funcionamento normal dos equipa-mentos e, consequentemente, com-prometem as atividades de produção e atendimento.

Responsável pelo fornecimento de energia elétrica, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) também já foi contatada pelo Ciesp com o propósito de resolver eventuais deficiências em seu fornecimento.

PalestrasEm ambas as palestras, as empresas

convidadas (Somatec Blocking e Efi-cien Energia) apresentaram aparelho

que promete reduzir de 5% a 15% o consumo de energia. Além disso, os equipamentos E1 Enerkeeper (Eficien Energia) e Retentor Eletromagnético (Somatec Blocking) trabalham com a proposta de aumentar a vida útil de aparelhos e lâmpadas e, ao mesmo tem-po, contribuir com a preservação do meio ambiente, refletindo diretamente no efeito estufa. Isso porque, com a re-dução no consumo de energia, o nível da emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera diminui.

De acordo com a Eficien Energia, hoje, cada kWh economizado por uma indústria custa, em média, três vezes menos que um kWh novo gerado. Ain-da segundo a empresa, para cada kWh reduzido por uma indústria, 0,4kg de CO2 deixa de ser gerado.

Outros trabalhosPor meio de seu Departamento

de Infraestrutura, o Ciesp procura identificar as demandas energéti-cas das indústrias associadas para atender, simultaneamente, suas ne-cessidades de suporte em diferentes aspectos. Entre eles: na qualidade e modicidade tarifária da energia elé-trica, em intervenções na revisão e atualização do marco regulatório vigente e no apoio ao desenvolvi-mento da infraestrutura física e ope-racional das empresas, além do estí-mulo à formação e ao treinamento dos seus colaboradores, promoven-do sua integração com as universida-des na busca do crescimento de sua competitividade.

dEbatE

Aperfeiçoamento energético é tema de palestras no Ciesp

Durante eventos, em julho, aparelhos que reduzem o consumo de energia e contribuem com a preservação do meio ambiente foram apresentados

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Grupo da Somatec Blocking que ministrou palestra no Ciesp

Profi ssionais da Efi cien Energia (acima)

expuseram o aparelho E1 Enerkeeper

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Depois de sete anos à frente do Ciesp, Re-gional de Indaiatuba, Ignácio de Moraes Ju-nior encerrou, em setembro, seu ciclo de dois mandatos como diretor titular da entidade (2004/2007 e 2007/2011) com uma certeza: os deveres não apenas foram cumpridos, mas extrapolados. Afinal, mais do que atuar em prol dos interesses da indústria, a Regional de Indaiatuba participou ativamente de ações sociais, ambientais e culturais, alcançando nú-meros que impressionam, como o plantio de 13 mil árvores e a arrecadação de cerca de 25 mil peças de roupa.

“Trabalhos sociais, ambientais e culturais também estão entre as funções da indústria. E nós somos os representantes da indústria. En-

tão, é natural essa nossa atuação em diversas áreas” diz Ignácio.

Segundo o ex-diretor, o século XXI trou-xe uma nova cara à entidade. “O Ciesp é a re-presentação da indústria, um dos setores que move o país. Com o Paulo Skaf [presidente do Ciesp], conosco aqui, em Indaiatuba, e outras regionais, a entidade conseguiu resgatar a im-portância da indústria no cenário brasileiro. Nós conseguimos dar mais representativida-de, mais força ao Ciesp nas decisões políticas.”

ResultadosA sede do Ciesp, que passou por reforma

completa e ganhou novo paisagismo, recebeu aproximadamente 30 mil pessoas ao longo

dos últimos sete anos. Mas esse é apenas um dos muitos números positivos conquistados desde 2004.

Cerca de 600 eventos, entre palestras, workshops e seminários, foram promovidos. Em três edições da “Rodada de Negócios”, realizadas em parceria com a Prefeitura de In-daiatuba, ocorreram aproximadamente 13 mil reuniões entre empresários, resultando em mi-lhões de reais investidos em contratos.

“Os números, que são significativos, mos-tram que as pessoas estão dispostas a aprender. Esse é o caminho certo para o crescimento” diz o ex-diretor, que completa: “Nossas Roda-das de Negócios foram as maiores do estado. E olha que há outras grandes regionais, como

Anos de progresso em benefício da indústriaçbalanco

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Anos de progresso em benefício da indústriaIgnácio de Moraes Junior encerra ciclo

de sete anos como diretor titular do Ciesp e deixa legado de conquistas

e crescimento. Agora, a convite do presidente Paulo Skaf, ele ocupa a

vice-presidência da entidade

Conseguimos dar mais

representatividade, mais força ao

Ciesp nas decisões políticas

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Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e as quatro de São Paulo. Foi muito bom”.

Com a promoção de atividades téc-nicas em várias áreas (recursos humanos, segurança do trabalho, meio ambiente, comércio exterior e usinagem), a formação de grupos de empresários para debater pro-blemas que afetam as empresas (como no caso do Distrito Industrial de Indaiatuba, com discussões sobre segurança, energia elétrica e transporte público), o apoio a eventos (1ª e 2ª Feira da Indústria e Co-mércio de Salto (Ficat), por exemplo), a participação ativa na ComEmprego de Indaiatuba, debatendo mensalmente ques-tões referentes às indústrias da cidade e à

mão de obra, e o fortalecimento do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE), o Ciesp contribuiu e estimulou o desenvolvimento industrial na região.

Em busca de parcerias, a entidade, repre-sentada por seu ex-diretor titular, rompeu as fronteiras nacionais e participou de missões empresariais na China, Espanha, Portugal, Arábia Saudita, Chile e Paraguai, e trouxe um grupo de empresários do Senegal para conhe-cer as indústrias regionais. “Para o pequeno e médio empresário, essa troca de experiências propiciada pelas missões é fundamental. O empresariado brasileiro tem uma mentalidade muito fechada, muito restrita ao que é divul-gado por nossa mídia ocidental. A intenção

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foi mostrar que existe um mundo além do Atlântico, novos horizontes, novas possibili-dades”, explica Ignácio.

Refl exo positivo do trabalho da Regional de Indaiatuba é evidenciado pelo crescimento no número de empresas associadas de 2004 a 2011, que saltou da faixa de 150 para 250, um aumento superior a 60%.

Trabalho socialDurante os últimos sete anos, a responsa-

bilidade social foi uma das grandes bandeiras levantadas pelo Ciesp. Além de passar a fazer parte de alguns Conselhos de Indaiatuba, como Conselho Municipal Antidrogas (Co-mad), Conselho Municipal para Assuntos da Pessoa com Defi ciência (Comdefi ) e Conse-lho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), a entidade orga-nizou diversas campanhas de arrecadação de leite, alimentos e agasalhos.

Em parceria com o Jornal Zen, foram re-alizadas seis campanhas do agasalho e arreca-dadas cerca de 25 mil peças de roupa, todas doadas a unidades do Fundo Social de Solida-riedade (Funssol) de Indaiatuba e cidades da região.

Na época das enchentes em Santa Cata-rina, Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco e Piauí, a Regional também arrecadou alimen-tos, roupas e produtos de higiene pessoal para ajudar as vítimas dos desastres naturais.

Por meio de uma parceria com o Núcleo de Atenção a Prevenção e Tratamento para Dependentes de Substâncias Psicoativas, o Ciesp oferece, em sua sede, plantão de aten-dimento para indústrias que têm funcionários com problemas de dependência química e al-coólica.

Meio ambiente e culturaDe alguns anos para cá, enquanto o deba-

te sobre sustentabilidade ganha proporções maiores, o Ciesp tem promovido ações volta-das à preservação do meio ambiente.

Membro do Comitê das Bacias Hidrográ-fi cas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e do Conselho de Meio Ambiente de Indaiatuba, a Regional, em comemoração aos

80 anos do Ciesp, em 2008, realizou o plan-tio de mil mudas de árvore em cada uma das 13 cidades de sua abrangência (Boituva, Ca-pivari, Cerquilho, Elias Fausto, Itu, Jumirim, Mombuca, Monte Mor, Porto Feliz, Rafard,

Salto e Tietê, além de Indaiatuba), totalizan-do 13 mil mudas plantadas.

A entidade também promoveu diversas campanhas em parceria com a Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, para a conscientização de empresá-rios sobre a importância do plantio de árvores em suas fábricas.

Do meio ambiente para a cultura, o Ciesp passou a apoiar projetos culturais, como o de-senvolvido pela comunidade suíça em Helve-tia (Indaiatuba).

MelhoriasAntes de concluir seu segundo manda-

to, Ignácio teve tempo para garantir a futura ampliação do prédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a reforma das instalações do Serviço Social da Indústria (Sesi), ambos de Indaiatuba. Isso sem contar a construção do Sesi de Salto e a troca do carro do Ciesp.

FuturoPor todo o trabalho feito ao longo de

quase uma década, Ignácio não tem dúvi-das ao afi rmar: “Em sete anos, fi zemos da Regional de Indaiatuba uma das melhores do Ciesp”. E, como é natural, quem planta e cultiva um dia colhe. Marcadas pelo cresci-mento e sucesso, as duas gestões de Ignácio como diretor titular do Ciesp lhe renderam uma responsabilidade maior. A convite do presidente Paulo Skaf, ele assumiu, em 26 de setembro, a vice-presidência da entidade. “É um desafi o grande, afi nal, cuidar de uma regional é uma coisa, cuidar de 43, é outra. Mas, fi co feliz, é um reconhecimento ao nos-so trabalho.”

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“Trabalhos sociais, ambientais e culturais também estão entre as funções da indústria.

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A Robiel, presente em seis estados bra-sileiros (Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), sendo sua unidade paulista em Indaiatuba, completou em 9 de setembro 25 anos de fun-dação.

São quase três décadas produzindo peças de veículos movidos a óleo diesel, com foco em caminhões, e assim contribuindo, a sua maneira, para transportar o futuro do país. Afinal, os equipamentos desenvolvidos pela Robiel são elementos fundamentais para o funcionamento dos caminhões. Estes, por sua vez, são responsáveis por mais de 60% do transporte de cargas (tudo aquilo que se pro-duz e consome) no Brasil.

As peças de injeção de combustível pro-duzidas pela Robiel, que também possui dis-tribuidores em mais de dez países da América e parceiros na Europa e na Ásia, têm como destino oficinas de reparação de veículos pesados, montadoras e sistemistas (fornece-doras de equipamentos para empresas auto-motoras).

Em um processo natural de aprimora-mento, os anos renderam à Robiel preocu-pações que vão além da linha de produção. “Assim como em todas as empresas, nosso principal patrimônio são nossos colabora-dores”, explica um dos diretores da empresa, Álvaro Ronaldo Acássio. “A Robiel vem tra-balhando forte para proporcionar a eles um ambiente agradável para se desenvolverem.

Acreditamos que, incentivando a troca de in-formações e a participação ativa de todos na busca por melhorias da empresa, cria-se uma atmosfera muito mais desafiadora. O resulta-do final são produtos com cada vez mais qua-lidade e o cumprimento de prazos e metas.”

InovaçãoEm 25 anos no mercado, a empresa sem-

pre trabalhou com uma filosofia de inovação, buscando desenvolver produtos que atendam as necessidades específicas de cada cliente. Neste ano, quando comemora uma marca

especial, a Robiel inova mais uma vez. A em-presa lançou, em setembro, sua nova página na internet (www.robiel.com.br).

Segundo a Robiel, o site foi totalmente desenvolvido com foco na comodidade dos clientes e vendedores e traz ao mercado não só informações sobre seus produtos, mas conteúdo didático sobre serviços de injeção a diesel. O objetivo, de acordo com a empre-sa, “é disponibilizar aos reparadores dicas de diagnóstico e reparação de veículos, aumen-tando a qualidade dos serviços realizados dentro das oficinas de todo o Brasil”.

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Robiel: 25 anos ajudando a transportar o futuroEmpresa está presente em seis estados brasileiros, tem distribuidores em mais de 10 países da América e também possui parceiros na Europa e na Ásia

Que o futuro reserve à empresa mais

25 prósperos anos

”Ignácio de Moraes Junior, vice-presidente do Ciesp

O Ciesp orgulha-se em tê-la em nosso quadro de

associados há 12 anos

”José Augusto Rodrigues Gonçalves,

diretor titular da Regional de Indaiatuba

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Com unidade em Indaiatuba, empresa oferece qualidade para o Brasil e o mundo há 25 anos

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Muitos brasileiros veem o Paraguai apenas como o “paraíso das compras” na América do Sul. Porém, mais do que país dos bons preços, a nação vizinha, que registrou impressionantes 15% de cresci-mento em 2010, é um potencial campo industrial para empresas estrangeiras.

Desde 2000, com seu sistema de ma-quila, inspirado no modelo adotado pelo México durante sua crise econômica dos anos 90, o Paraguai passou a receber investidores estrangeiros atraídos pelo imposto mínimo (taxa total de 1%) e mão de obra barata, além de outros be-nefícios, como a isenção de tributos para importação de matérias-primas, máqui-nas (novas e usadas), peças, ferramentas e insumos.

Regulamentada em lei e considerada prioridade pelo governo paraguaio para o desenvolvimento industrial do país, a maquila é um regime de investimento que permite a empresas produzir bens e serviços para exportação. As companhias podem se instalar em qualquer parte do território paraguaio. Não há restrição quanto ao tipo da empresa e seu setor de atuação.

O sistema de maquila permite que uma companhia brasileira, por exemplo, abra uma filial no Paraguai, denominada “maquiladora”, para produzir e depois exportar seus produtos. Outra opção às indústrias estrangeiras é contratar os ser-viços de uma empresa maquiladora para-guaia para produzir com sua marca.

A atuação das maquiladoras no mer-cado local, no entanto, é limitada: ape-nas 10% da produção finalizada no Pa-

raguai podem circular no país. Os 90% restantes devem ser exportados. E se o destino dessas mercadorias for países do Mercosul, a tarifa de exportação é zero.

Boa oportunidadeNo início de setembro, ainda no car-

go de diretor titular do Ciesp, Regional de Indaiatuba, Ignácio de Moraes Junior participou de um congresso no Paraguai que, entre outros assuntos, divulgou o sistema de maquila. Segundo ele, para os

empresários brasileiros que querem fugir dos custos altos e faturar mais, cruzar a fronteira aparece como “uma boa opor-tunidade”.

Quem regulamenta e fiscaliza o regi-me de maquila é o Conselho Nacional das Indústrias Maquiladoras de Exporta-ção (Cnime). No site da entidade (www.maquila.gov.py), os interessados em aderir ao sistema do governo paraguaio encontram mais informações sobre os passos a serem seguidos.

nEgócios

O Paraguai além do “paraíso de compras”

Com baixíssimos impostos, regime de maquila é aposta do governo paraguaio para atrair novas empresas ao país

Segundo Ignácio de Moraes Junior, Paraguai é boa opção para empresas em busca de crescimento

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A consultora em gestão de pessoas Ra-quel Kussama, que entre suas atividades também assessora o Núcleo de Jovens Em-preendedores (NJE) do Ciesp, Regional de Indaiatuba, foi a palestrante da abertura da I Jornada Empresarial da Associação Co-mercial e Industrial de Capivari (Acic), em 25 de julho.

Raquel, a convite do Ciesp, abriu a primeira das quatro noites de palestras do evento, realizado na sede da Acic, no cen-tro de Capivari. Por cerca de uma hora e meia, ela falou aos participantes sobre o tema: “Ser empresário – A responsabilida-de do empresário em tornar o seu negócio competitivo no mercado, com a falta de qualificação da mão de obra”.

A palestrante debateu questões ligadas à dificuldade de encontrar profissionais es-pecializados nos mais diversos segmentos e à falta de compromisso tanto do funcioná-rio com o crescimento da empresa quanto

do empresário com o seu próprio desenvol-vimento profissional. Raquel promoveu, ainda, uma dinâmica de grupo e ampliou a troca de experiências entre os participan-tes em busca de uma resposta: em que é possível melhorar para evoluir individual-mente e, consequentemente, coletivamen-te. Ou seja, dentro do ambiente de traba-lho. “Uma empresa não cresce sozinha e um funcionário não cresce sozinho. Um depende do outro e é preciso que estejam juntos”, explicou.

ElogiosO debate proposto por Raquel fez su-

cesso entre os participantes da palestra. “Pudemos refletir sobre a importância do diálogo entre patrão e funcionário. Saio daqui com uma nova visão sobre essa ques-tão”, disse o empresário do setor têxtil João Roberto Albiero.

Para a administradora de empresas Hil-da Barros, a dinâmica de grupo proposta por Raquel foi um diferencial do evento. “Diferente de ficar passando uma aposti-la ou exibindo slides, a dinâmica facilita bastante a assimilação do conteúdo. A pa-lestra está 100% aprovada. Desde o tema abordado até as experiências trocadas com os demais participantes, foi muito bom”, declarou.

NovidadeDurante a I Jornada Empresarial da Acic,

José Augusto Rodrigues Gonçalves viveu sua primeira experiência como diretor titular eleito do Ciesp. “A Regional de Indaiatuba abrange 13 cidades e Capivari e Rafard estão entre elas. Obviamente, atuaremos em todas as cidades. Esta é a primeira [ Jornada Empre-sarial] e virão muitas ainda. Quero, cada vez mais, estar presente para que, de modo geral, possamos identificar como o Ciesp pode ajudar”, disse Gonçalves, que ficará à frente da Regional de Indaiatuba pelo quadriênio 2011/2015.

Murilo Bertoldo (Rigitec), eleito 1º vice--diretor (2011/2015), Victor Semeghini, co-ordenador adjunto do NJE, e Eliana Mattos, gerente do Ciesp, também acompanharam a palestra ministrada por Raquel.

Nos demais dias do evento (26, 27 e 28), a I Jornada Empresarial recebeu os palestran-tes Leandro Rogério Scuziatto, vice-presi-dente da Acic, que abordou o pagamento de impostos, Carlos Lastória, professor do Ser-viço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Piracicaba, com o tema “Realida-des do terceiro milênio”, e Marisa Cury, su-pervisora regional do Centro de Integração Empresa Escola (Ciee) de Piracicaba, que deu dicas aos participantes sobre programas de estágios e seus regulamentos.

dEbatE

Convidada pelo Ciesp, consultora do NJE abre I Jornada Empresarial da Acic

Evento foi o primeiro com a participação de José Augusto Rodrigues Gonçalves como diretor titular eleito para o quadriênio 2011/2015

Murilo Bertoldo, Victor Semeghini, Raquel Kussama, Marinilson Stênico Franco (presidente da Acic) e José Augusto Rodrigues Gonçalves na abertura da I Jornada Empresarial da Acic

Participantes realizam atividades em grupo

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Mão dE obra

Mais de 130 pessoas, entre empresá-rios, profissionais da área de recursos hu-manos e autoridades, lotaram o auditório do Ciesp, Regional de Indaiatuba, para debater o futuro da mão de obra nas cida-des da região, em 24 de agosto. “Ver a casa cheia de pessoas interessadas em deba-ter um assunto de extrema importância, como é a falta de mão de obra, nos deixa muito contentes”, disse o 1º vice-diretor do Ciesp, Gilberto Neto Marianno (atu-almente 2º vice-diretor), que fez as honras da casa na abertura do seminário.

O grande público chamou atenção inclusive dos próprios participantes do evento. “Isso [auditório lotado] aconte-ce porque a falta de mão de obra afeta a maioria das empresas”, destacou o chefe de produção da CPIC (multinacional chinesa com filial em Capivari), Flávio

Piai. “Todos aqui procuram diretrizes que favoreçam as empresas e os funcionários. Para que as indústrias cresçam, é preciso haver profissionais qualificados no mer-cado.”

Promovido pelo Ciesp, Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (Se-nai) e Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE), ambos da Regional de Indaiatuba, em parceria com a Prefeitura de Indaia-tuba e outras entidades, o evento teve a participação do secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado, David Zaia. Ele foi um dos quatro palestrantes do evento, que recebeu, ainda, o professor e gerente regional do Senai, Ophir Figuei-redo Junior, o especialista em treinamen-to operacional de talentos humanos, da empresa Mann+Hummel Brasil, José Be-nedito da Silva, e a consultora em gestão de pessoas Raquel Kussama, que também assessora o NJE do Ciesp.

PalestrasOs participantes foram recebidos

com um café da manhã de boas vindas. Professor Ophir abriu o seminário com

a palestra “O desafio de formar a mão de obra para a indústria”. Logo em segui-da, Silva expôs o método adotado pela Mann+Hummel Brasil, unidade de In-daiatuba, para selecionar e capacitar seus profissionais. Raquel, a terceira a se apre-sentar, falou sobre “A realidade vivenciada pelo empresário: como enfrentar a falta de mão de obra qualificada”. Zaia finalizou as palestras expondo as ações e os programas desenvolvidos pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho para minimizar o problema da escassez de profissionais ca-

Casa cheiaCom a presença do secretário de Emprego do Estado, David Zaia (foto), mais de 130 pessoas lotaram auditório do Ciesp para discutir o futuro da mão de obra

Palestrantes, diretores e organizadores do Seminário que debateu o futuro da mão de obra na região

Mais de 130 empresários e representantes de empresas lotaram o auditório do Ciesp Indaiatuba para o seminário

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pacitados.De modo geral, os palestrantes con-

cordaram que a má qualidade da educa-ção básica é uma das grandes dificuldades enfrentadas na hora de qualificar pro-fissionais sem especialização. Contratar funcionários sem a qualificação desejada e capacitá-los no próprio local de trabalho foi sugerido pelos palestrantes como for-ma de, parcialmente, driblar o apagão da

mão de obra. Eles ainda defenderam que as empresas devem reconsiderar a forma como interagem com seus funcionários e trabalhar em parceria com escolas profis-sionalizantes, planejando com antecedên-cia ampliações no quadro de empregados. Após o término das apresentações, os par-ticipantes puderam fazer perguntas aos palestrantes e esclarecer dúvidas sobre os temas debatidos.

Relevância“Essa iniciativa [seminário] é im-

portantíssima. Hoje, o debate sobre o apagão da mão de obra é o tema mais importante do país”, ressaltou o prefei-to de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira (PMDB). De fato, conforme revela pes-quisa da Confederação Nacional da In-dústria (CNI), a discussão que trata da escassez de profissionais capacitados tem tamanha proporção.

Enquanto o mercado está pronto para crescer, com empresas dispostas a aumentar sua produção e, consequente-mente, ampliar seu quadro de funcioná-rios, os índices de desemprego no Brasil teimam a apresentar variações mínimas. O problema, em grande parte, vem da falta de mão de obra qualificada, como indica estudo divulgado em abril pela

CNI. Segundo a pesquisa, 69% das in-dústrias são afetadas pela escassez de profissionais especializados.

Boa iniciativaFrente a números como o revelado

pelo levantamento da CNI, amplos de-bates sobre a falta de mão de obra qua-lificada ganham crescente importância. “Cada vez mais temos de aproveitar ex-periências assim”, afirmou Zaia, que é deputado estadual (PPS) licenciado do cargo. “Temos de conscientizar os em-presários. Eles têm um papel importante na solução desse problema. Não iremos resolvê-lo apenas com ações do governo, a solução passa pela mobilização dos em-presários. Eventos como este, em que to-dos trocam experiências, são fundamen-tais para definirmos caminhos a serem seguidos.”

Opinião semelhante foi apresentado pelo secretário de Desenvolvimento de Indaiatuba, Edmundo José Duarte. Para ele, soluções à falta de profissionais es-pecializados só serão encontradas com muito diálogo. Daí a importância de ini-ciativas como a do Ciesp e do Senai em parceria com a Prefeitura de Indaiatuba. “Estamos no caminho certo em busca de soluções ao apagão de mão de obra”, disse.

Mais de 130 empresários e representantes de empresas lotaram o auditório do Ciesp Indaiatuba para o seminário

O Ministério do Trabalho e Em-prego prorrogou para 1º de janeiro de 2012 o prazo final para que as empre-sas se adaptem ao novo ponto eletrô-nico. A portaria 1.979 foi publicada no Diário Oficial da União em 3 de outubro, data em que o sistema entra-ria em vigor. Esta foi a quarta vez que o prazo é adiado.

Todas as empresas com mais de dez funcionários que já usam equipa-mento eletrônico para o controle da jornada de trabalho devem adotar ao

Registro Eletrônico de Ponto (REP), prevê a portaria 1.510/09. Inviolável (relógio e dados não podem ser edita-dos), o novo aparelho imprime com-provantes cada vez que o trabalhador bate o ponto, inclusive no horário de almoço.

No início deste ano, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que apenas 5% das empresas brasileiras (cerca de 350 mil) possuem ponto ele-trônico. As demais, segundo ele, têm ponto manual ou mecânico.

Inicialmente, o novo sistema deve-ria ter entrado em vigor em 26 agos-to de 2010. Prorrogado, o prazo foi estendido para 1º março deste ano. Depois, para 1º de setembro e, em seguida, adiado para 3 de outubro. Agora, a data é 1º de janeiro de 2012 e, segundo a portaria 1.979, este prazo é “improrrogável”.

De acordo com o Ministério, nos primeiros 90 dias após o uso obriga-tório do REP começar a valer, a fisca-lização terá caráter educativo.

Uso do ponto eletrônico é prorrogado para janeiroçadEquacão

Fotos: Túlio Darros / Agência Cativa

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Diplomação de Murilo Bertoldo (esq.) e José Augusto Rodrigues Gonçalves (dir.) pelo presidente do Ciesp, Paulo Skaf

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Liderada por José Augusto Rodri-gues Gonçalves, a nova diretoria do Ciesp, Regional de Indaiatuba, tomou posse para o quadriênio 2011/2015, em 27 de setembro, na sede da entidade, em São Paulo, prometendo dar sequência ao trabalho desenvolvido durante os sete anos da gestão Ignácio de Moraes Junior. Antes, na véspera (dia 26), no Theatro Municipal, também em São Paulo, com a presença de diversas autoridades, entre elas o prefeito da capital paulista, Gilber-to Kassab (PSD), e o governador do esta-do, Geraldo Alckmin (PSDB), ocorreu a solenidade de posse, quando os eleitos ao Ciesp e à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foram apre-sentados.

“O Ignácio fez um trabalho muito

bem feito, tanto é que hoje a Regional de Indaiatuba é uma das melhores do Ciesp. Então, nossa ideia é dar continuidade ao que já vinha sendo feito”, disse Gonçal-ves, que tem ao seu lado Murilo Ber-toldo, 1º vice-diretor, e Gilberto Neto Marianno, 2º vice-diretor. “Temos um excelente time. Estamos muito contentes com essa oportunidade”, revelou.

Segundo o diretor titular, fazem par-te da “continuidade ao trabalho” a bus-ca por novos associados ao Ciesp e uma interação mais intensa com as empresas que já são parceiras da entidade. “Somos a casa do empresário, principalmente do pequeno e médio empreendedor. Isso porque as grandes empresas, incluindo as multinacionais, já possuem uma es-trutura definida, não necessitando tanto

da orientação, do suporte que o Ciesp oferece. Vamos nos aproximar o máximo possível do empresariado regional. Esta-mos empenhados em melhorar, a cada dia, a vida do pequeno e médio empre-sário”, afirmou.

Boas mãos“A Regional de Indaiatuba, sem dúvi-

da, estará em boas mãos pelos próximos quatro anos”, garantiu Ignácio de Moraes Junior, que assumiu a vice-presidência do Ciesp e apoiou Gonçalves ao cargo de di-retor titular. “Ele me acompanhou em to-das as nossas missões empresariais, então, tudo o que eu vi, ele viu. Por isso o apoiei. O Gonçalves tem o mesmo viés de traba-lho que eu. Ele está muito bem preparado para manter o Ciesp crescendo.”

Com discurso de continuidade, nova diretoria toma posse

Duas cerimônias, em 26 e 27 de setembro, marcaram o início do quadriênio 2011/2015 para o Ciesp. Regional de Indaiatuba tem José Augusto Rodrigues Gonçalves como novo diretor titular

Ignácio de Moraes Junior é diplomado vice-presidente do Ciesp pelo presidente da entidade, Paulo Skaf

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Reduzir o custo da tarifa de energia elétri-ca. Esse é o objetivo da campanha “Energia a Preço Justo”, lançada em agosto pelo presiden-te da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Ciesp, Paulo Skaf. Para se juntar às entidades nessa ação em defesa dos interesses da sociedade brasileira, basta pre-encher o abaixo-assinado disponível no site www.fi esp.com.br/energiaprecojusto.

Skaf explica que a energia elétrica brasi-leira é uma das mais caras do mundo, quando tem tudo para ser a mais barata. Isso porque as empresas detentoras das concessões de energia cobram nas contas de luz uma tari-fa adicional referente à amortização de seus investimentos.

No Brasil, 77% de toda a energia produ-zida vem de usinas hidrelétricas, a fonte mais barata que existe. No entanto, como a cons-trução de usinais, sistemas de transmissão e distribuição demandam investimentos bi-lionários, o governo faz contratos de conces-são com empresas privadas para viabilizar as obras. Estas, por sua vez, têm 35 anos, no má-ximo, para recuperarem recursos próprios que foram investidos, conforme prevê a legislação.

O problema é que muitas dessas conces-sões têm, em média, cerca de 50 anos de vi-gência, ou seja, tempo mais do que sufi ciente para que as empresas recuperassem seus inves-timentos. Em 1995, venceram os contratos das usinas mais antigas do Brasil. Na época, as companhias já haviam recebido aproxima-damente R$ 144 bilhões (em valores de hoje). Sem processo de concorrência, as empresas tiveram suas concessões prorrogadas por mais

20 anos (até 2015). Embora a lei atual não permita novas

prorrogações de contrato e determine que sejam feitos leilões para futuros períodos de concessões, os brasileiros correm o risco de ver a legislação não ser cumprida e continuar pagando por uma das energias mais caras do mundo. É aí que entram em cena a Fiesp e o Ciesp. Com a campanha “Energia a Preço Justo”, as entidades defendem a realização de leilões para concessões que vencem a partir de 2015. Elas também cobram que seja adotado um modelo de licitação no qual vence a em-presa que oferecer a menor tarifa pela conta de luz.

De acordo com estudo da Fiesp, a renova-ção das concessões será responsável por gerar, em 30 anos, uma economia de R$ 918 bilhões a todos os consumidores brasileiros. Isso equi-vale a R$ 30 bilhões por ano. “Nossas famílias vão economizar na conta de luz, os produtos e serviços fi carão mais baratos e as pessoas vão consumir mais. Ao movimentar a economia, geramos mais empregos e todo mundo ganha”, diz Skaf.

O primeiro passo para que o Brasil tenha “Energia a Preço Justo” deve ser dado pela própria população, preenchendo o abaixo--assinado da campanha. Engajada com mais essa ação, a Regional de Indaiatuba do Ciesp, por meio de seu diretor titular, José Augusto Rodrigues Gonçalves, tem orientado a to-dos que participem e divulguem a iniciativa, afi nal quanto maior o número de adeptos, maiores as chances de a energia elétrica fi car mais barata.

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Fiesp lança campanha “Energia a Preço Justo”Engajada com a ação, Regional de Indaiatuba tem orientado a todos que preencham abaixo-assinado disponível na internet

Nossas famílias vão economizar na conta de luz, os produtos e serviços fi carão mais baratos e as pessoas

vão consumir mais. Ao movimentar a

economia, geramos mais empregos e

todo mundo ganha

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Silva: bem-estar do trabalhador é fundamental

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É fato: funcionário da indústria que se sente valorizado pela empresa rende mais. Entra em cena, então, o Serviço Social da Indústria (Sesi) de Indaiatuba, que aparece entre as três melhores unidades da entidade no estado, em termos de resultados (núme-ro de comparecimentos, programas, ativida-des e metas financeiras), segundo o diretor da instituição, André Luís Martins da Silva. “Estando com sua qualidade de vida em dia, o trabalhador da indústria produz mais e melhor. E isso se estende para sua família”, diz.

A instituição possui, hoje, em média, 135 empresas conveniadas. São cerca de 15 mil usuários, entre funcionários da indús-tria, seus familiares e também pessoas da comunidade, que têm acesso a serviços nas áreas de educação, saúde, lazer e esporte, cultura e alimentação.

E não é a toa que a unidade de Indaia-tuba aparece entre as melhores do estado. Neste ano, o foco dos investimentos da instituição foi direcionado à capacitação do seu corpo docente (o Sesi tem 1,3 mil alunos nos ensinos fundamental e médio e oferece, ainda, diversos cursos a seus asso-ciados, como de nutrição e artesanato) e ao desenvolvimento da estrutura física de suas instalações. Foram construídos um ginásio poliesportivo, um campo de futebol society, uma quadra de tênis de saibro, uma cozinha didática para aulas e instalado aquecedor na piscina semiolímpica da instituição. “Esses investimentos vêm de encontro com a polí-tica de desenvolvimento de esportes e lazer para nossa comunidade beneficiária”, conta o diretor.

Atuação nas empresasO Sesi, explica Silva, funciona como

um grande catalisador dos interesses e ne-cessidades da indústria. “Com visitas às empresas, identificamos aquilo que esperam de nós e transformamos isso em resultados práticos.” De acordo com ele, a partir des-se contato direto com o setor industrial, a instituição está elaborando um plano de desenvolvimento específico aos anseios das empresas associadas. “Não adianta colocar-mos no mercado produtos e serviços que nós entendemos serem os melhores. Temos de fazer isso com base nas expectativas das indústrias”, destaca.

A instituição atua, ainda, como parcei-ra das indústrias, oferecendo apoio ativo na implantação e desenvolvimento de projetos e atividades que geram benefícios aos traba-lhadores, como a realização de Semanas In-ternas de Prevenção de Acidentes do Traba-lho (Sipats). Outro exemplo é o programa “Indústria Saudável”. Seis profissionais do Sesi, sendo um dentista e cinco auxiliares de enfermagem, visitam as empresas oferecen-do serviços de saúde gratuitamente.

No próximo ano, o programa Telecur-so, que já é desenvolvido dentro do Sesi, será levado às empresas, oferecendo alfa-betização intensiva e formação nos ensinos fundamental e médio. “Esperamos montar ao menos cinco tele-salas nas indústrias. As empresas vão disponibilizar o espaço e o Sesi fornecerá sua metodologia e seus professores. Assim, no próprio ambiente de trabalho, as indústrias conseguirão levar es-colaridade para o seu trabalhador, sem custo algum”, diz Silva.

Em 2012, a instituição também co-meçará a oferecer o programa “Ginástica na Empresa”. “São atividades de ginástica laboral oferecidas para as indústrias que queiram melhorar a qualidade de vida no trabalho”, explica o diretor, que completa: “2011 ainda não terminou, mas já dá para dizer que foi um ano de muito trabalho, de muitos resultados positivos, bem ao estilo do Sesi, sempre beneficiando o trabalhador da indústria, prestando serviços à comuni-dade e promovendo a cidadania”.

Trabalhador valorizado, rendimento dobrado

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Diretor do Sesi fala sobre a importância dos serviços oferecidos pela entidade para o melhor desempenho da indústria

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Sede do Sesi Indaiatuba atende cerca de 15 mil usuários

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Depois dos 20, antes dos 35, perto dos 50? Há uma idade ideal para entrar no mun-do dos negócios? O Núcleo de Jovens Em-preendedores (NJE), com encontros mensais no Ciesp, Regional de Indaiatuba, prova que não. Em um grupo de cerca de 20 pessoas, todas empresárias, a faixa etária, que vai dos 18 aos 60 anos, mostra que nunca é cedo ou tarde demais para se lançar no mercado em-presarial.

Todo começo de trabalho tem lá suas difi-culdades. E para quem passa a comandar uma empresa não é diferente. É aí que aparece o NJE. “Nosso objetivo é capacitar e formar li-deranças empresariais”, diz o coordenador ti-tular do Núcleo de Jovens Empreendedores, Daniel Jurado.

A cada ano um tema norteia as reuniões do grupo. Em 2011, a linha de pensamento trabalhada tem abordado o pensamento e planejamento estratégico, conforme explica a consultora do NJE, Raquel Kussama. “Pro-curamos evidenciar aos empresários o porquê eles devem administrar seus negócios estrate-gicamente. As lideranças precisam entender o que é gestão de negócio e ter visão adminis-trativa”, defende.

Durante as reuniões técnicas, que come-çaram em março e terminam em outubro (em novembro ocorre uma reunião de confrater-nização), a falta de mão de obra qualificada também tem sido debatida. “A escassez de profissionais especializados não afeta apenas

as empresas de Indaiatuba, mas do país todo”, ressalta Raquel. “É importante o empresário saber como enfrentar essa dificuldade dentro da sua empresa.”

Com muito diálogo entre os participan-tes, o NJE, segundo Raquel, entre outras conclusões, percebeu que falta comprome-timento aos trabalhadores. Para contornar o desinteresse, concluíram eles, é necessá-rio desenvolver práticas que aproximem o funcionário da empresa e, assim, o façam se comprometer com os resultados. Em outras palavras “vestir a camisa”. “Isso ajudará o empresário a manter sua mão de obra quali-ficada. A aproximação é uma ferramenta im-portante, já que, se o dono de empresa perder funcionários bem qualificados, para achar outros no mercado será difícil”, diz o coor-denador adjunto do NJE, Victor Semeghini.

VisitasNem só de conteúdo teórico é feito o

processo de aprendizagem. Longe do Ciesp, os participantes do NJE visitaram duas em-presas multinacionais neste ano – a alemã Basf, em Indaiatuba, e a americana PepsiCo, em Itu – e puderam acompanhar como as-

suntos debatidos pelo grupo são executados na prática dentro do ambiente de trabalho. Com um aspecto um pouco mais informal, almoços foram promovidos entre os jovens empreendedores. “Esses encontros fora do Ciesp proporcionaram a aquisição de novos integrantes ao grupo e uma aproximação maior não só em termos de negócios, mas pessoal entre os participantes”, conta Raquel.

Mensalmente, Raquel, Jurado e Semeghi-ni, além do também coordenador adjunto Marcos Joaquim Gaspar, se reúnem no Ciesp, em São Paulo, com diretores, coordenadores e consultores dos demais 27 NJEs espalhados pelo estado. Em agosto, eles participaram do Congresso Estadual do Núcleo de Jovens Em-preendedores, em Sorocaba. “Esse foi o evento mais importante do nosso calendário. Havia palestrantes de altíssimo nível”, lembra Jurado.

O NJE é aberto aos proprietários de to-das as empresas associadas ou não ao Ciesp. “Nós acreditamos que a formação de novas lideranças está muito ligada ao debate e à troca de experiências sobre facilidades e di-ficuldades que existem na administração de uma empresa. Nossas reuniões têm sido mui-to produtivas nesse sentido”, finaliza Raquel.

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Sem idade para começarExiste uma faixa etária mais indicada para se lançar no mundo empresarial? Capacitando e formando novas lideranças, o Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) prova que não

Daniel Jurado, Raquel Kussama e Victor Semeghini: trio tem como objetivo formar novas lideranças

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Referência em educação profissional, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Indaiatuba planeja fechar 2011 atuando em sua capacidade máxima. “Deve-mos formar três mil alunos neste ano”, diz o diretor da instituição, José Luiz Chagas Qui-rino.

São mais de 30 cursos oferecidos no Senai - em casos específicos, nas próprias empresas - que aumentam o número de profissionais qualificados no mercado e, consequentemen-te, oferecem melhores oportunidades de cres-cimento aos brasileiros. “Acreditamos que, pela educação, as pessoas conseguem crescer. Crescendo as pessoas, a indústria, que é um dos setores que move o país, também evolui. Ganha o Brasil”, destaca Quirino.

NovidadeEntre todas as unidades do Senai espalha-

das pelo estado de São Paulo, a de Indaiatuba foi uma das quatro escolhidas para receber um projeto inédito de consultoria empresarial na área de eficiência energética. “Temos técnicos especializados que vão até as empresas, fazem

um diagnóstico preliminar e elaboram um projeto que permite a empresa, por exemplo, reduzir o consumo de energia, escolher qual o modelo mais adequado de tarifação e melho-rar a instalação”, explica o diretor.

Em outubro, a instituição de ensino pas-sou a oferecer cursos para estudantes do pro-grama Via Rápida, da Secretaria de Desenvol-vimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) do Estado de São Paulo, amplian-do, assim, o número de vagas gratuitas.

2012O Senai inicia no próximo ano a reforma e

a ampliação de sua unidade. Um novo prédio de 3 mil metros quadrados será construído. Ao término das obras, previsto para 2014, a instituição deve aumentar em quase 70% o nú-mero de vagas, passando de 3 mil para 5 mil. Com isso, segundo Quirino, novos cursos, ba-seados na demanda das empresas da região, se-rão implantados. “Vamos implantar cursos de Caldeiraria, Injeção de Plásticos e aprimorar o de Mecânico de Usinagem”, revela.

A instituição também abrirá vagas específi-cas para atender alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Prona-tec), do Ministério da Educação (MEC). Além disso, dois novos cursos serão criados: um de Eletricista de Rede de Distribuição Elétrica, em parceria com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), e outro de Instalador de Aquece-dor Solar, em conjunto com a empresa Colsol.

“O ano está sendo muito positivo. Nossos resultados têm sido excelentes. Que, em 2012, isso se repita, pois, crescendo as pessoas, cresce o nosso país”, conclui Quirino.

Formando pessoas, desenvolvendo o Brasil

sEnaiCom construção de novo prédio, número de vagas deve crescer quase 70%, subindo de 3 mil para 5 mil. Cursos também serão ampliados

Quirino: educação é melhor caminho para o crescimento

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O Serviço Social da Indústria (Sesi) de In-daiatuba, em parceria com o Ciesp, promoveu em 22 de setembro, na Regional de Indaiatuba, o quarto ciclo de fóruns de 2011, com o tema “Sustentabilidade: a competência empresarial do futuro”. A série, que já está em sua 16ª edi-ção, foi criada em 2009 e tem como objetivo principal incentivar soluções simples e viáveis que agreguem valor econômico aos negócios, visando melhores resultados socioambientais. O evento foi composto por três apresentações: palestra e dois cases de empresas.

Na ocasião, ainda ocupando o cargo de di-retor titular da Regional de Indaiatuba, Ignácio de Moraes Junior fez uma breve explanação so-bre os resultados obtidos em suas duas gestões (2004/2007 e 2007/2011). Entre as benfeito-rias, foram citadas a recuperação e ampliação do espaço físico, pois “a casa da indústria deve ter a cara da indústria, não pode ser um ambiente deteriorado”, afi rmou ele. Após sete anos à frente da entidade, Ignácio deixa o posto para ocupar a vice-presidência do Ciesp São Paulo, a convite do atual presidente, Paulo Skaf. Seu sucessor na Regional é José Augusto Rodrigues Gonçalves, que tomou posse na última semana de setembro

e também acompanhou o evento.A abertura das atividades do fórum foi fei-

ta pelo diretor de Responsabilidade Social do Ciesp, Vitor Seravalli. Em sua palestra, ele abor-dou as principais questões relacionadas à vida sustentável. O crescimento populacional dese-quilibrado e a pobreza mundial foram citados por Seravalli como os principais fatores que afe-tam diretamente o modo de vida sustentável no planeta. “Cabe a todos os setores da sociedade assumir o papel de protagonistas das ações para tornar o meio ambiente propício para viver”, afi rmou, no início de sua palestra.

Referente aos recursos naturais explorados pelo homem, o diretor de Responsabilidade So-cial alertou: “A questão não é se vamos dispor deles no futuro, mas o que estamos fazendo com eles hoje. Uma empresa socialmente responsável sabe ouvir, e só por meio de exemplos é que con-seguirá convencer. Resiliência é a palavra chave”.

O expositor também chamou a atenção para a verdadeira compreensão sobre o assunto. “Muitos ainda não entenderam a competên-cia da sustentabilidade devido aos mitos cria-dos”, destacou. “Trata-se de valores intangíveis, como ética, qualidade de gestão e consideração ao ecossistema da comunidade onde a empresa opera. Não bastam competência e habilidade, é necessário atitude.”

Seravalli também falou sobre padrões cultu-rais de comportamento ambiental e a necessida-de de revisão do papel de cada um no que tange a proteção e a conservação da biodiversidade. Antes de fi nalizar, deixou sua defi nição de de-senvolvimento sustentável: “Satisfazer as neces-sidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades”.

Uma das empresas convidadas a apresentar suas práticas sustentáveis foi a Th yssenkrupp Bilstein Brasil, com o case “Fazer para acontecer: responsabilidade social compartilhada – uma parceria sustentável”, com exposição de Chris-tine Vidal Pereira de Souza, gerente de gestão de pessoas. A companhia desenvolve diversos

Indaiatuba é sede do ciclo de fóruns Sesi/Ciesp sobre sustentabilidade

Indústrias associadas expõem suas práticas de desenvolvimento sustentável na gestão de negócios

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Adriana Brumer Lourencini e também acompanhou o evento.A abertura das atividades do fórum foi fei-

ta pelo diretor de Responsabilidade Social do Ciesp, Vitor Seravalli. Em sua palestra, ele abor-dou as principais questões relacionadas à vida sustentável. O crescimento populacional dese-quilibrado e a pobreza mundial foram citados por Seravalli como os principais fatores que afe-tam diretamente o modo de vida sustentável no planeta. “Cabe a todos os setores da sociedade assumir o papel de protagonistas das ações para tornar o meio ambiente propício para viver”, afi rmou, no início de sua palestra.

Referente aos recursos naturais explorados pelo homem, o diretor de Responsabilidade So-cial alertou: “A questão não é se vamos dispor deles no futuro, mas o que estamos fazendo com eles hoje. Uma empresa socialmente responsável sabe ouvir, e só por meio de exemplos é que con-seguirá convencer. Resiliência é a palavra chave”.

O expositor também chamou a atenção para a verdadeira compreensão sobre o assunto. “Muitos ainda não entenderam a competên-cia da sustentabilidade devido aos mitos cria-dos”, destacou. “Trata-se de valores intangíveis, como ética, qualidade de gestão e consideração ao ecossistema da comunidade onde a empresa opera. Não bastam competência e habilidade, é

Seravalli também falou sobre padrões cultu-rais de comportamento ambiental e a necessida-de de revisão do papel de cada um no que tange a proteção e a conservação da biodiversidade. Antes de fi nalizar, deixou sua defi nição de de-senvolvimento sustentável: “Satisfazer as neces-sidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias

Uma das empresas convidadas a apresentar suas práticas sustentáveis foi a Th yssenkrupp Bilstein Brasil, com o case “Fazer para acontecer: responsabilidade social compartilhada – uma parceria sustentável”, com exposição de Chris-tine Vidal Pereira de Souza, gerente de gestão de pessoas. A companhia desenvolve diversos

Indaiatuba é sede do ciclo de fóruns Sesi/Ciesp sobre sustentabilidade

Indústrias associadas expõem suas práticas de desenvolvimento sustentável na gestão de negócios

Palestrantes do Fórum Sesi/Ciesp expuseram práti cas sustentáveis na indústria

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projetos na comunidade de Ibirité (MG), onde está sediada. Os funcionários participam ati-vamente, contribuindo com doação de sangue, arrecadação de alimentos e palestras. De acordo com Christine, o sucesso do empreendimento se deve às parcerias: “Buscamos ações de amplo alcance e baixo custo”, disse. Entre as diversas ações desenvolvidas pela empresa, há a campa-nha de doação de sangue, a carreta da saúde (que oferece atendimento médico gratuito) e o dia do voluntário.

O segundo case foi apresentado pelo consul-tor Pedro de Araújo, da EFIL Divisão Galvano. Autor do projeto “Crescimento e manutenção da produção galvânica com sustentabilidade” para a empresa ituana Termogal Tratamento de Superfícies, Araújo iniciou sua exposição falan-do sobre a água como o símbolo da vida susten-tável, muitas vezes mal utilizada e desperdiçada pela “inteligência predatória” humana.

A tecnologia implantada na Termogal re-move contaminantes e permite a reutilização da água e de parte dos principais metais. “Entre as modifi cações, tornamos viável o aproveitamento da água da chuva, o que resultou na economia de 54% do consumo da empresa em um ano”, expli-cou Araújo. “O pensamento de resistência à sus-tentabilidade existe devido ao investimento ser elevado e os resultados de longo prazo. Porém, o retorno está nos resíduos de fabricação e produ-tos antes descartados que podem ser convertidos em lucratividade. Na Termogal, por exemplo, foi investido apenas 4,7% do faturamento bruto na implantação do projeto. A compensação veio por meio da redução de 86% nos custos de pro-dução.”

Em todas as apresentações, os participantes tiveram espaço para perguntas. O evento contou com a participação de empresários, profi ssionais de RH e marketing e representantes de órgãos públicos. Destaque para as presenças do 2º vice-

-diretor da Regional de Indaiatuba, Gilberto Neto Marianno, do secretário de Desenvolvi-mento de Indaiatuba, Edmundo José Duarte, de Eduardo Nishida, do Sesi-SP, e de Claudia Saka, do Ciesp-SP.

O diretor do Sesi, André Luís Martins da Silva, se disse satisfeito com o sucesso dos ciclos de fóruns. “É um exercício de responsabilidade social”, comemorou. Ele também destacou a importância do programa “Alimente-se Bem”, desenvolvido pela entidade, que propõe a utili-zação integral dos alimentos, evitando o desper-dício e reduzindo despesas com alimentação.

Segundo Gonçalves, “a competitividade nas empresas vai estar cada vez mais relacionada à sustentabilidade. Em períodos nebulosos, é uma estratégia defensiva e, em tempos de crise pro-funda, pode determinar a sobrevivência do em-preendimento. Inovação é a palavra chave, fun-damental para reafi rmar os processos produtivos que sejam ambientalmente corretos”.

Novas atividades estão planejadas para 2012, priorizando a gestão ambiental, que hoje, como indicaram os palestrantes, é um diferen-cial de mercado.

projetos na comunidade de Ibirité (MG), onde está sediada. Os funcionários participam ati-vamente, contribuindo com doação de sangue, arrecadação de alimentos e palestras. De acordo com Christine, o sucesso do empreendimento se deve às parcerias: “Buscamos ações de amplo alcance e baixo custo”, disse. Entre as diversas ações desenvolvidas pela empresa, há a campa-nha de doação de sangue, a carreta da saúde (que oferece atendimento médico gratuito) e o dia do voluntário.

O segundo case foi apresentado pelo consul-tor Pedro de Araújo, da EFIL Divisão Galvano. Autor do projeto “Crescimento e manutenção da produção galvânica com sustentabilidade” para a empresa ituana Termogal Tratamento de Superfícies, Araújo iniciou sua exposição falan-do sobre a água como o símbolo da vida susten-tável, muitas vezes mal utilizada e desperdiçada pela “inteligência predatória” humana.

A tecnologia implantada na Termogal re-move contaminantes e permite a reutilização da água e de parte dos principais metais. “Entre as modifi cações, tornamos viável o aproveitamento da água da chuva, o que resultou na economia de 54% do consumo da empresa em um ano”, expli-cou Araújo. “O pensamento de resistência à sus-tentabilidade existe devido ao investimento ser elevado e os resultados de longo prazo. Porém, o retorno está nos resíduos de fabricação e produ-tos antes descartados que podem ser convertidos em lucratividade. Na Termogal, por exemplo, foi investido apenas 4,7% do faturamento bruto na implantação do projeto. A compensação veio por meio da redução de 86% nos custos de pro-dução.”

Em todas as apresentações, os participantes tiveram espaço para perguntas. O evento contou com a participação de empresários, profi ssionais de RH e marketing e representantes de órgãos públicos. Destaque para as presenças do 2º vice-

Duarte, Moraes, Seravalli, Marianno e Gonçalves durante o evento no Ciesp

Diretor de responsabilidade social do Ciesp, Vitor Seravalli abriu o Fórum de Sustentabilidade

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Revista Ciesp/Fiesp | outubro 2011

A Diretoria Regional do Ciesp) em In-daiatuba fechou o primeiro semestre de 2011 na 17ª posição no ranking sobre a participa-ção de 39 regiões paulistas nas exportações do estado de São Paulo. No período, a pauta exportadora estadual chegou a US$ 29,5 bi-lhões, responsável por 25% do montante ven-dido pelo Brasil ao mercado global.

O ranking foi elaborado pelo Departa-mento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) em conjunto com o Departamen-to de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp e da Fiesp, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC).

Os 13 municípios que compõem a Re-gional do Ciesp Indaiatuba registraram uma redução na remessa de produtos enviados ao exterior em 5,4%, na comparação entre o pri-meiro semestre de 2011 e o mesmo período de 2010. O volume caiu de US$ 638,6 milhões para US$ 603,9 milhões no acumulado de 2011.

A corrente de comércio da região dimi-nuiu 1% no período em análise, ao passar de US$ 1,46 bilhão para US$ 1,44 bilhão em 2011. As importações, por sua vez, aumenta-ram em 2,4%, dado que o montante cresceu de US$ 823,2 milhões para US$ 843,4 mi-lhões no período de análise.

Assim sendo, a balança comercial encer-rou o primeiro semestre de 2011 com aumen-to do seu saldo deficitário, passando de US$ 184,6 milhões para US$ 239,4 milhões nos

seis primeiros meses de 2011.

Real ValorizadoO presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf,

considera que a movimentação de produtos paulistas e brasileiros ao exterior poderia ser maior, não fosse o excessivo grau de valori-zação do real. De acordo com o dirigente, a forte valorização da moeda brasileira nos anos recentes tem acarretado prejuízos relevantes ao parque industrial do País. “Em 2011, a esti-mativa para o déficit na balança comercial de manufaturados é de 100 bilhões de dólares, equivalentes a 1 milhão de empregos que dei-xam de ser gerados no Brasil”, alerta Skaf.

O município de Indaiatuba concentrou 50,9% das vendas externas regionais, com destaque para: automóveis, camionetas e uti-litários (US$ 108,8 milhões), peças e aces-sórios para veículos automotores (US$ 64,6 milhões) e tratores e máquinas e equipamen-tos para a agricultura (US$ 21,1 milhões). Os principais destinos foram: Argentina (58,5% do total), Venezuela (12,9%) e Colômbia (5,4%).

Com relação às importações, o município contribuiu com 54,3% do total, com destaque para: peças e acessórios para veículos automo-tores (US$ 79,9 milhões), produtos químicos inorgânicos (US$ 30,9 milhões) e máquinas e equipamentos de uso geral (US$ 30,4 mi-lhões). As principais origens das mercadorias são: Japão (39,7% do total), Estados Unidos (18,6%) e China (11,5%).

Indaiatuba é 17ª em ranking do Ciesp sobre as exportações em 39 regiões do Estado no primeiro semestre de 2011

Região tem queda de 5,4% na venda de produtos ao mercado global, enquanto importações crescem 2,4% e déficit comercial aumenta

> Estado dE são Paulo

Balança Comercial fechou o primeiro semestre de 2011

com déficit de US$ 10,2 bilhões

No 1º semestre de 2011, o saldo da ba-lança comercial do Estado de São Paulo foi deficitário em US$ 10,2 bilhões. Com uma corrente de comércio de US$ 69,2 bilhões no período, as transações co-merciais do Estado representaram 31% do total negociado pelo Brasil no merca-do global.As exportações do Estado movimenta-ram US$ 29,5 bilhões, registrando au-mento de 15,2% em relação ao primeiro semestre de 2010. Já o volume importa-do somou US$ 39,7 bilhões, um aumen-to de 27,4%, nos mesmos termos.

>> Brasil

Saldo comercial do primeiro semestre de 2011 foi superavitário

em US$ 13 bilhões As exportações de produtos brasileiros no primeiro semestre de 2011 somaram US$ 118,3 bilhões, aumentando 32,6% sobre o primeiro semestre de 2010. Já a entrada de importados movimentou US$ 105,3 bilhões, um aumento de 29,6%, nos mesmos termos.Com isso, o superávit comercial do Bra-sil encerrou o primeiro semestre de 2011 em US$ 13 bilhões, enquanto que o sal-do da balança comercial do primeiro se-mestre de 2010 foi de US$ 7,8 bilhões.Já a corrente de comércio do Brasil so-mou US$ 223,6 bilhões no primeiro se-mestre de 2011, um aumento de 31,2% na comparação com a primeira metade do ano de 2010.

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