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ISSN 1808-2645

Ano 10 - Edio n 61 - Jan/Fev/2009 - Publicao Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paran

Stockxpert

sumrio04 04 06 08 11 12 13 16contatoeditorialcofinforma contatoartigoSegurana de Vo

expediente

contato

acontecenoParan

contatoindica psiclogodasilva contatoartigoSobre a Acupuntura e a Psicologia

contatocapa

A Psicologia e os investimentos financeiros

18 21

contatoartigoSade Mental Indgina

pordentro

Seminrio de Psicologia Jurdica

22 matriacontato 25

Medidas socioeducativas do certo em So Jos dos Pinhais

contatoentrevista

Quando o Amor vira Doena...

26 matriano ser? contato Ser me ouEis a questo

29 contatoagenda 30 novosinscritos

Diretoria - Presidente:JooBaptistaFortesdeOliveira - Vice-Presidente:RosangelaLopesdeCamargoCardoso - Secretria:MarildaAndreazzadosAnjos - Tesoureiro:CelsoDuratJunior Conselheiros AdrianaTiMaejima,AnaidesPimentelS.Orth,BeatrizDorigo,CelsoDuratJunior,Denise Matoso,DioniceUeharaCardoso,EugenioPereiraPaulaJunior,JooBaptistaFortesdeOliveira, MariaElizabethHaro,MariaSezineideCavalcantedeMlo,MrciaReginaWalter,MarianaP. Bacellar,MarildaAndreazzadosAnjos,MarinaPiresMachado,RosangelaLopesdeCamargo Cardoso,RosngelaMariaMartinseRosemaryParrasMenegatti. Subsedes - Londrina AvenidaParan,297-8andar-sala801e802-Ed.Itaipu-CEP86010-390 Fone:(43)3026-5766/(43)8806-4740 Conselheira:DeniseMatoso Coordenador:JosAntonioBaltazar e-mail:[email protected] - Maring AvenidaMau,2109-sala08-CEP87050-020 Fone:(44)3031-5766/(44)8808-8545 Conselheira:RosemaryParrasMenegatti e-mail:[email protected] - Umuarama RuaRuiFerrazdeCarvalho,4212-CEP87501-250 Fone:(44)3055-4119/(44)8808-8553 Conselheira:AdrianaTiMaejima e-mail:[email protected] - Cascavel RuaParan,3033-sala41-CEP85810-010 Fone:(45)3038-5766/(45)8808-5660 Coordenadora:MariadeLourdesRibeiroOliveira e-mail:[email protected] Representaes Setoriais - Campos Gerais Representantesetorialefetivo:MarcosAurlioLaidane-Fone:(42)8802-0949 Representantesuplente:LciaWolf - Campo Mouro Conselheira:MariaSezineideCavalcantideMloFone:(44)8828-2290 Representantesuplente:PatrciaRoehrigDominguesdosSantos - Guarapuava Representanteefetiva:EgleideMontarroyosdeMlo-Fone:(42)8801-8948 Representantesuplente:TniaMansano - Foz do Iguau Representanteefetiva:MaraJulciK.Baran-Fone:(45)8809-7555 Representantessuplentes:GluciaE.W.deSouzaeDayseMaraBortoli - Sudoeste Representanteefetiva:MariaCecliaM.L.Fantin-Fone:(46)8822-6897 Representantesuplente:GeniCliaRibeiro - Norte Pioneiro Representanteefetiva:SniaMariaBaroneLopesFone:(43)8813-3614 Representantesuplente:NuciniaAparecidadeOliveira - Litoral Representanteefetiva:KarinBruckheimer-Fone:(41)8848-1308 - Paranava Representanteefetiva:CarlaChristianeAmaralBarrosAlcioFone:(44)8836-7726 Representantesuplente:CludiaLucioChaves - Unio da Vitria Representante:ElizabethUlrich-Fone:(42)8836-7726 Representantesuplente:CynthiaRanckelPogogelski Produo Contato:informativobimestraldoConselhoRegionaldePsicologia8-Regio.(ISSN-1808-2645) AvenidaSoJos,699-CEP80050-350-CristoRei-Curitiba-Paran Fone:(41)3013-5766.Fax:(41)3013-4119 Site:www.crppr.org.br/e-mail:[email protected] Tiragem: 10.000exemplares. Impresso: Maxigrfica e Editora Ltda. Jornalista Responsvel:KellyAyres(6186/DRT-PR) Projeto Grfico:RDOBrasil-(41)3338-7054-www.rdobrasil.com.br Designer Responsvel:CristianeBorges-Diagramao:EduardoRozende. Ilustrao (Psiclogo da Silva):AdemirPaixo Preo da assinatura anual (6 edies):R$20,00 Osartigossoderesponsabilidadedeseusautores, noexpressando,necessariamente,aopiniodoCRP-08.

contatoeditorialMaisumanoseiniciaevriasatividadesdoCRP-08jestoprogramadaspara2009Quartas-feirasnoCRP,FalandoSobre,Seminrios, Jornadase,principalmente,oXIIIEncontroParanaensedePsicologia.Este eventocontemplarvriasreasdaPsicologiacomointuitodeobterapresenamaciadospsiclogosdoParanedeoutroslugaresdoBrasil.Esta ediodaContatomostraaprogramaodealgumasdessasaes. Arevistatambmtraztemticasimportantesquevmacontecendo na sociedade. A matria de capa explora o perfil do investidor. Alguns podemperguntar:Sendopsiclogo,qualaminharelaocominvestimentos? Vrias, alm de grande parte da categoria ser formada por profissionaisliberais,queprecisaminvestiremumaprevidnciaprivadaououtros fundos,ospsiclogostrabalhamcompessoasqueestoacadadiainvestindo,sejaemimveisounaBolsadeValores. Outramatriaabordaoaborto,temamuitodelicadonasociedade,poisenvolvequestesreligiosas,morais,ticaseatmesmojudiciais. Vriaspsiclogascomentamsobreoassuntoedizemoqueoaborto,tanto espontneoquantoprovocado,podemcausarnamulher.Hdeclaraesque afirmam que Polticas Pblicas relacionadas gestao poderiam reduzir a violncia,principalmentecontraascrianas. EnvolvendoPolticasPblicas,humamatriasobreoprograma de medidas socioeducativas em So Jos dos Pinhais, que ficou entre os finalistas do Prmio Scio-educando, mostrando como um trabalho multidisciplinarbemestruturadopodedarresultadospositivos.JaContato Entrevista,comapresidentadaAssociaoParanaensedePsicodrama,EllenLambergCarneiroBond,falasobreAmorPatolgico. Almdasmatrias,arevistaapresentaartigossobre:Acupuntura quedebateecolocaemdiscussoasprticasdopsiclogoquantoaouso datcnica;SadeMentalIndgenaquetemcomointenodespertaro interessedepsiclogospelatemtica;eaContribuiodoPsiclogoparaa SeguranadeVoemplenapocadefriasemqueaumentamonmero deviagense,consequentemente,devos. Assimestaedio61,apresentadoumpanoramageraldostrabalhosrealizadosdentrodaPsicologiaepropondodebatesqueenvolvam todaacategoria.3

Boa leitura! X Plenrio

Perguntas mais freqentes para a COF1)Vou trabalhar sozinho na minha clnica, devo abrir Pessoa Jurdica? Asempresasindividuaisnoesto obrigadasaoregistrocomopessoajurdicanos ConselhosRegionaisdePsicologia.(Resoluo CFPN003/2007) 2) Quem est obrigado ao Registro de Pessoa jurdica no CRP? Apessoajurdicaaquelaquepresta serviosdePsicologiaaterceiros.Oregistro obrigatrioinclusiveparaasassociaes, fundaesdedireitoprivado,cooperativase entidades de carter filantrpico. (Resoluo CFPN003/2007) 3) Para registro ou cadastro de Pessoa Jurdica necessria a indicao de um psiclogo Responsvel Tcnico. O que ele faz? O psiclogo responsvel tcnico responsabiliza-seperanteoConselhoRegional dePsicologiaparaatuarcomotal,obrigando04 contato

cofinformaoresponsvellegaldaempresaencaminheum requerimentodecancelamentoaoPresidentedo CRP-08,anexandoosseguintesdocumentos: a) Declarao de inatividade da empresa emitidaporrgocompetente:JuntaComercial ouReceitaFederal;ou b)Distratosocialregistradoemcartrio;ou c)DeclaraodeContador,constandodatada ltimamovimentaoenmerodaltimanota fiscal emitida; ou d) Apresentao de alterao do Contrato Social,constandoexclusodaprestaode serviosdePsicologiaporpartedaempresa. Naocasiodopedidodecancelamento, oresponsveltcnicodapessoajurdicadeve encaminharaoCRPumadeclarao,dando cincia da destinao do material sigiloso produzido. Nas prximas edies mais perguntas e respostas.

seacoordenaresupervisionarosservios psicolgicosprestados,zelarpelaqualidade dos servios e pela guarda do material utilizadoedesemprecomunicaraoConselho Regionaloseudesligamentodefunoouo seuafastamentodapessoajurdica.(Resoluo CFPN003/2007) 4) Em que situaes ocorre o cancelamento de Pessoa Jurdica? De acordo com a Resoluo CFP N003/2007,ocancelamentodoregistroou cadastrodepessoajurdicasedarapedidoda entidade,emdecorrnciadeprocessodisciplinar ordinrioemvirtudedefaltadisciplinar ou mediante constatao do encerramento dasatividades.Seocancelamentoocorrer mediantepedidodaentidade,necessrioque seconstateoencerramentodasatividadesda pessoajurdicaouencerramentodaprestao deserviosemPsicologia. Paracomprovaodosencerramentos dasatividadesmencionadasacima,segundoa ResoluoCRPN001/2008,necessrioque

contatoartigo

Como podemos contribuir para a segurana de vo?Aline Monteiro da Silva CRP-08/07618 Graduada em Psicologia pela UFRJ, Gestalt-Terapeuta pelo Instituto Paranaense de Gestalt, credenciada em Fatores Humanos pelo Centro de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos, ps-graduanda em Psicologia Hospitalar pela Faculdades Pequeno Prncipe. Maurcio Lorenzini Coelho Graduado em Aviao pela Academia da Fora Area Brasileira, MBA em Gesto de Organizaes Educacionais pela OPET, especialista em treinamento aeronutico, credenciado para Preveno de Acidentes Aeronuticos pelo Centro de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos.o dinamismo complexo decorrente da inter-relao entre profissionais, equipamentos,ambienteoperacionaleorganizaopromotoradotrabalho,quesocaractersticosdaaviao,poderemos,mesmoquenuma anlise superficial, inferir a vulnerabilidadedohomemeasnuancespsicolgicas doseudesempenho. Umerronaresoluodeumapane emvo,porexemplo,podeserproveniente de dficit no treinamento, cultura de segurana devoinapropriada,controleemocional inadequado,problemasnacoordenaodecabine(entre pilotoeco-pilotoouentreelesequalqueroutrotripulante)ouaindadoprocessamento ineficientedeinformaes,pordesateno,falta depercepooufalhadememria. Emvirtudedoquefoimencionado,comobemcitaMoreira (2001)osaberpsicolgicoseaplicaemfrentesdiversas,sobaperspectivadaPsicologiaEscolar,Social,ClnicaeOrganizacional,procurando compreenderosfenmenospsicolgicospresentesnocomportamentodo homem, dentro do Sistema Aeronutico, a fim de promover a Segurana de Vo em parceria com profissionais de outras reas. Emborasaibamosqueaspossibilidadesdeintervenosejam inmeras, chamamos ateno para um dos processos tcnico-cientficos utilizados pelo psiclogo, mais acessvel grande maioria destes profissionais,qualseja,aavaliaopsicolgicadeaeronavegantes(pilotos, comissriosdevo,mecnicos,etc.). ConsiderandoqueoSistemadeAviaoCivilcomportatodoo complexoaeronuticodedicadoaoseusuporte,manutenoeoperao, emqueoelementohumanorepresentapeafundamentaldessacadeia produtiva, de se esperar que seus profissionais estejam em plenas condiesfsicas,psicolgicasecomosconhecimentosnecessriosparao desempenhodesuasatividades.ComobemmencionaDejours(1987, p.85),aadaptaodarelaohomem-mquinaeboaqualidadedarelaosade-trabalhorepousamtambmnaseleoquesretmossujeitos fsicaepsicossensorialmenteescolhidosadedo.

AVALIAO PSICOLGICA:

Nosltimosdezanos(1997-2006),segundodadosdivulgados peloCentrodeInvestigaoePrevenodeAcidentesAeronuticos(CENIPA),aAviaoCivilBrasileiracontabilizou629acidentesaeronuticos,comperdatotalde308aeronaves.Detodososdesastres,262foram fatais,decorrendonamortede805pessoas. Ainda que a prpria definio de acidente encerre o sentido de imprevisibilidade,asconseqnciasdanosase,almdisso,aterrorizantes dosmesmos,inevitavelmentelevamapopulaoasequestionarsobre suascausase,emseguida,sobreoquedeveriaoupoderiatersidofeito paraevit-lo. Perguntascomoestassocontinuamenteformuladaseinvestigadas pelos profissionais e estudiosos, tanto da aviao quanto de outros sistemascomplexosdetrabalho.Oerrohumano,emqualquerpostode servio - desde o alto comando das empresas e rgos de controle e fiscalizao, at aqueles relativos linha de frente das operaes - inerente nossa natureza, porm, passvel de gerenciamento. Arupturanoprocessonormaldaatividadelaboral,quecaracterizaumacidente,nadamaisdoqueacombinaodeeventos,aparentementeincuos,nemsempreinter-relacionadoseprovenientesde falhasdiversas.Taiseventos,conhecidoscomofatorescontribuintes, uma vez identificados, podem servir como ferramentas para preveno de novas ocorrncias, desde que neutralizados, modificados ou eliminadosdemaneirasistmica. Quandonosreferimosaohumano,impossvelnopensarmos emsuadimensopsicolgica.Asestatsticas,antesmencionadas,apontamtambmque44,1%dosacidentesaeronuticosbrasileiros,tiveram acontribuiodoaspectopsicolgicoemsuascausas.Seconsiderarmos06 contato

ValelembrarqueesteSistemacompreendeinstituiescomdiferentes finalidades, representadas pelas empresas areas, empresas de manutenoaeronutica,centrosdetreinamentoaeronutico,rgosde controle do espao areo nacional, instituies de formao profissional paraengenheirosaeronuticos,pilotos,comissriosdebordoemecnicos aeronuticos,almdaindstriaaeronutica,dosrgosresponsveispela infra-estruturaaeroporturiaepelaprevenodeacidentesaeronuticos, bem como as instituies militares que prestam apoio aviao civil. No que tange avaliao das condies psicofsicas e de aptido da tripulao, com vistas obteno do Certificado de Capacidade Fsica cabe Diretoria de Sade da Aeronutica, atravs da Junta Superior de Sade(JSSAer),doCentrodeMedicinaAeroespacial(CEMAL)edasoutrasJuntasEspeciaisdeSade(JES) realiz-la,combasenoscritrios preconizadospeloRegulamento BrasileirodeHomologaoAeronutica67(COMANDODA AERONUTICA,1999). Dentreosrequisitosexigidos encontram-seosdecarterpsiquitrico,em queaperciamdico-legalcontacomoauxlio daavaliaopsicolgicaparaatestarahigidez psquicadoscandidatos.Aausnciadeantecedentesoudiagnsticosdetranstornosde personalidadeededependnciadedrogas lcitasouilcitas,soalgunsdosaspectos consideradosindispensveisaoexercciosegurodasatribuiesdecadacargo.Almdisso, desejvel que algumas particularidades relacionadas ao perfil ocupacional do aeronavegante, sejam consideradas pelo profissional que ir avaliarsuascondiescognitivas,afetivasepsicomotoras. Soma-seaoconhecimentodestasinformaes,aimportnciada adequadautilizaodetcnicaseinstrumentosdisponveispararealizar aavaliao,inclusiveaquelesdeusoprivativodospsiclogos,nocaso,os testespsicolgicos.Aarticulaocuidadosadosrequisitossupracitados aomaterialcoletadoatravsdesteprocessocondionecessriapara obtenoderesultadosquepossamrealmenteauxiliaroparecermdico naInspeodeSade.

SobaperspectivadaSeguranadeVo,estaumadasmaneiras deatuarpreventivamente,evitando-sequeumeventoindesejvel,como ahabilitaodeumcandidatoinaptoaoexercciodocargo,alinhe-sea outrosqueporventurapossamocorrerdentrodocontextoaeronutico, contribuindoparaaocorrnciadeumacidente.Realizarumaavaliao psicolgicacomorigoreaqualidadeesperadosnopromoveausncia deacidentes,masgarante-resguardadaamargemdeerroprevistano processo,queindivduossaudveisecomsuportecognitivoeemocionaladequadosingressemnaaviaocivilbrasileira,emseusdiversos segmentos. Abster-nos desta responsabilidade na certeza de que filtrossubseqentesdosistemaseencarregarodeneutraliz-los(como treinamentoadequado,provastericaseprticas,processoseletivosdas empresas)nomnimofaltatica,umavezquedevemospautarnossa prticanacapacitaopessoal,tericaetcnicaeantesdetudo,prezar pelaintegridadedoserhumanononossodia-a-dia.3 Notas 1 - Disponvel em: http://www.cenipa.aer.mil.br/estatisitcas/aviacao_civil.pdf (acesso em 11 ago. 2007). 2 - ... o documento emitido por uma JES, pelo CEMAL, pela JSSAer, por Clnicas e Mdicos credenciados pelo DAC, aps uma inspeo de sade realizada nos candidatos a aeronavegante e nos aeronavegantes em que o julgamento seja de aptido (COMANDO DA AERONUTICA, 1999).

REFERNCIAS COMANDO DA AERONUTICA. Regulamento Brasileiro de Homologao Aeronutica 67 RBHA 67 Inspeo de sade e certificado de capacidade fsica. Rio de Janeiro: DAC, 1999. Disponvel em: http://www.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha067.pdf (acesso em 12 ago. 2007). CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Cdigo de tica profissional do psiclogo. Braslia: CFP, 2005. Disponvel em: http://www.pol.org.br/legislacao/pdf/cod_etica_novo.pdf (acesso em 13 ago. 2007). DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 2. ed. So Paulo: Cortez Obor, 1987. MOREIRA, Silvia Lcia Bozzetti. A psicologia da aviao e a segurana de vo. In: PEREIRA, Maria da Conceio; RIBEIRO, Selma Leal de Oliveira (ORG.). Os vos da psicologia no Brasil: estudos e prticas na aviao. Rio de Janeiro: DAC - NuICAF, 2001.

* Artigo registrado na Diviso de Documentao Paranaense Representao Regional do Escritrio de Direitos Autorais - Registro N 570/07PR.contato 07

Fotos. Kriss Szkurlatowski, Attilio Ivan, Stockxpert

acontecenoParanSeminrio de lcool e DrogasNodia27deoutubroaconteceunoCRP-08oSeminriodelcooleDrogas.Oobjetivodoencontrofoisubsidiardebatesediscusses paraoSeminrioNacionaldoSistemaConselhosdePsicologia,ocorrido emnovembro. Primeiramenteforamrealizadastrspalestrascompsiclogosrenomadosnarea.ApsiclogaCleuzaConceioDeLimaCanan (CRP-08/02118)falousobreSubstnciaPsicoativanoContextoAtual daSociedade,GuilhermeAzevedodoValle(CRP-08/02932)explanou otemaPolticasnareadeDrogasnoMunicpiodeCuritiba,eFlavia MussiRochaCamposBahls(CRP-08/02992)abordouoassuntoInstituieseIntervenes.

Publicao de Monografias e TCCs na BVS-PsiPara publicao das monografias no site da BVS-Psi deve ser feitoumtermoautorizandoapublicaoeadisponibilizaodamesmanositedaBVS.Essetermodeveserassinadopeloautordamonografia. O envio do arquivo da monografia pode ser feito via e-mail para [email protected],masprecisaseremformatoPDF.Eotermodeautorizaodeveserenviadopelocorreio,poisomesmodeveconteraassinatura do autor. Tambm podero ser enviados via correio monografia e termo,paraoseguinteendereo:UniversidadedeSoPaulo-A/C:InstitutodePsicologia/BibliotecaDanteMoreiraLeite-Av.Prof.Melode Moraes,1721-Bl.C-Cid.Universitria-05508-030-SoPaulo/SP. JosTCCsdevempassarporumprocessodeseleo,queacontecepormeiodoPrmioSilviaLane.Paramaisinformaes,osinteressadospodemacessarosite-http://www.abepsi.org.br/-elinkar emPrmioSilviaLaneouentraremcontatocomaprpriaBVS: [email protected](11)3091-4392comGiorgia.

Seminrio de Democratizao do Sistema Conselhos de PsicologiaOCRP-08promoveunodia28denovembro,nasededoConselho,emCuritiba,oSeminriodeDemocratizaodoSistemaConselhos dePsicologia-MudanasnaLei5766/71.FoiapresentadoquadrocomparativodaLeietextosubstitutivopropostonoIICongressoNacional dePsicologia(CNP).ALeiestsendodiscutidaparaincluirpontosque noconstavamquandodasuacriao,comoAssembliadasPolticas AdministrativaseFinanceiras(APAF)eCNP.

Psicloga Cleuza expondo dados durante apresentao.

Principais resultados do CREPOP-08OCRP-08implantouemjunhode2008oCentrodeReferncia TcnicaemPsicologiaePolticasPblicas(CREPOP),comacontratao datcnica,asocilogaCarmenReginaRibeiro,enomeandoaconselheira doCRP-08,MariaSezineideCavalcantideMlo(CRP-08/03183),como responsvelpeloCentro.Desdeaimplantaoatmeadosdenovembrode 2008,foramrealizadasdiversasaescomresultadospositivos. NoCadastroNacionaldeInstituiesePsiclogosqueatuam emPolticasPblicas(Psicoinfo)foramcadastrados840psiclogose 400 instituies at final de outubro. Tambm aconteceram pesquisas sobreaprticadopsiclogoemPolticasPblicascomaparticipaode profissionais que atuam nas seguintes reas: Medidas socioeducativas - Liberdade Assistida: reunio em Curitiba com 28 profissionais; MedidassocioeducativasUnidadesdeInternamento:reunioemCuritiba com 31 profissionais; Mulheres sob Violncia de Gnero: reunio em Curitiba com 46 profissionais, em Londrina com cinco e em Foz do Iguau com trs; Servios de Ateno Bsica Sade: reunio em Curitiba com 20 profissionais e em Foz do Iguau com cinco. AtcnicadoCREPOPparticipoudediscussessobrePolticas PblicasnoConselho,comoasQuartas-feirasnoCRP,emjulhode08 contato

2008,efreqentouasplenrias,sempreexpondootrabalhandorealizadopeloCREPOPeotemaPolticasPblicas.Comointuitodedivulgar oCREPOPeaimportnciadotrabalhodopsiclogonarea,forampublicadasmatriaseartigosnastrsltimosediesdarevistaContato. OCentroatuadeformaintegradacomoNcleodeArticulaoem PolticasPblicas(NAPP)econtacomaparticipaodaComissode OrientaoeFiscalizao(COF)edeoutrascomissesdoCRP-08em eventos especficos, conforme o tema abordado. EssesdadosforamapresentadosemumareunioemBraslia,nosdias6e7denovembro,quecontoucomapresenadaequipenacionaldoCREPOP,dasconselheirasfederaisresponsveisedas equipesregionais-compostaspelostcnicoseconselheirosregionais responsveis. DeacordocomCarmen,foifeitaumaavaliaodotrabalho desenvolvidoatagoraeapontadasasestratgiasparaasuperaodas dificuldades encontradas, bem como a proposta de novos temas a serem pesquisadosem2009.

Jornada de Psicologia EscolarOCRP-08promoveu,pormeiodasuaComissodePsicologiaEscolar/Educacional,aJornadadePsicologiaEscolar,emvrios municpiosdoEstado.Oeventofoidirigidoapsiclogosealunosde 4e5anodePsicologiaetemcomoobjetivoinformar,esclarecere instrumentalizar profissionais quanto a pr-requisitos bsicos para a atuaoemPsicologiaescolar/educacional. Osencontrosabordaramosseguintesassuntos:Contextoe HistricosobreaPsicologiaEscolar/EducacionalnoBrasil;Quem eoquefazoPsiclogoEscolar;AtuaodoPsiclogoClnicoedo PsiclogoEscolar;oPsiclogoeaEquipeEducacional;oPsiclogo eaEquipeAdministrativa;oPsiclogoEscolar/EducacionaleaFamlia;oPsiclogoeoAluno:preveno,interveneseencaminhamentos;Inclusooalunoeossistemasdeapoio;Troca:Prticasem psicologiaEscolarnasescolaslocais;Ousodehistriasfacilitadoras nocontextoescolar. Emoutubro,asjornadasaconteceramnodia11emMatinhosLitoraledia18emCuritiba.Emnovembro,osencontrosaconteceram emUniodaVitrianodia8eGuarapuavanodia29.

II Encontro dos Psiclogos dos Campos GeraisArepresentaosetorialdosCamposGeraisrealizounodia8 denovembro,emPontaGrossa,oIIEncontrodosPsiclogosdosCampos Gerais, com o tema Psiclogo no Servio Pblico - Desafios e Conquistas. Osprincipaisobjetivosnarealizaodesteeventoforamcompartilhar dificuldades, sucessos e estabelecer relaes profissionais que contribuamnaconstruoeaprimoramentodaprticadospsiclogosda regiodosCamposGerais. Duranteoencontroforamapresentadososseguintestrabalhos: EquipedoCAPSADPontaGrossa;CRASPontaGrossa;Educao;PrefeituraMunicipaldeGuamiranga;eProjetoGerandoSadeMental.

APAFNosdias13e14dedezembroaconteceu,emBraslia,aAssembliaPolticaAdministrativaeFinanceira(APAF)doSistemaConselhos dePsicologia.Noencontroparticiparamrepresentantesdetodososregionaisparadiscutiredeliberarasaespara2009. RepresentandooCRP-08estavamoconselheiro-presidente, JooBaptistaFortesdeOliveira(CRP-08/00173),oconselheiro-tesoureiro,CelsoDuratJunior(CRP-08/04537),MrciaWalter(CRP-08/02054); AnaidesPimentelOrth(CRP-08/01175). Foramdebatidososseguintesassuntos:pontosfinanceiros, democratizaodacomunicao,anodaeducao,psicoterapia,Lei 5.766/71, Psicologia Jurdica, Rede de Proteo Criana e escuta de crianaseadolescentesenvolvidosemsituaodeviolncia,resoluo sobrepronturiopsicolgico,relaesecondiesdetrabalho,regimento dascomissesgestoras,credenciamentodesites,CREPOP,diversidade sexual,entreoutros.

Quartas-feirasnoCRPJornada de Psicologia Escolar em Curitiba.

Calendrio de Plenrias 2009

EmmarocomeamasQuartas-feirasnoCRP.Oevento promovidopeloCRP-08desde1998edebatetodomsumtema central,quesubdividoemassuntospontuaisparaseremdiscutidos acadasemana.Osencontrossogratuitoseabertosaopblicoem geral.Participantescomfreqnciaigualousuperiora75%recebem certificado de participao. Ostemasdiscutidossero: 4 Maro:Educao 4 Abril:Psicoterapia 4 Maio:PsicologiadoEsporte 4 Junho:PsicologiaHospitalar 4 Julho:AvaliaoPsicolgica 4 Agosto:tica 4 Setembro:DependnciaQumica 4 Outubro:PsicologiaOrganizacional 4 Novembro:PsicologiaAmbiental/Trnsitocontato 09

26 de setembro Assembl. Geral Oramentria

Falando Sobre em MaringEmmarovoltaaaconteceroFalandoSobre.OeventorealizadopelasubsededeMaringumavezpormsecomumtemadiferente, abordandooenvolvimentodaPsicologiaemdiversasreas. OFalandoSobretemsucessodepblico,algunsencontroschegamatercercade100participantes,entrepsiclogos,estudantesemembros da sociedade em geral. As palestras so sempre s 20 horas, na BibliotecaMunicipaldeMaring,localizadanaAv.XVdeNovembro,514. Oprimeiroencontrosernodia11demarode2009como temaPrticasJurdicas:SistemaPrisional,PsicologiaForenseeProjeto Pr-Egresso,sobacoordenaodaComissodeClnica. O evento gratuito e aberto a todos. Programao: 4 11/03-PrticasJurdicas:SistemaPrisional,PsicologiaForensee ProjetoPr-Egresso-Coordenao: ComissodeClnica 4 08/04-CaractersticasPsicolgicasdeTalentosEsportivos Palestrante:LeonardoPestillodeOliveira(CRP-08/12613)-Coordenao: ComissoPsicologiadoEsporte 4 13/05-OCaminhodaObesidade:dainfnciaavidaadulta-Coordenao:ComissodeAvaliaoPsicolgica 4 03/06-AsPrticasnaPsicologiadaSadePblica-Coordenao: ComissodaSade 4 12/08-OAtendimentoPsicolgiconosPlanosdeSade-Palestrante:AdrianaValenteeSidneiBarros-Coordenao:ComissodePsicologiaHospitalar 4 09/09-PsicologiadoEsporteaplicadaaoEsportedeRendimento- Palestrante:JooRicardoNickenigVissoci(CRP-08/12469)-Coordenao:ComissodePsicologiadoEsporte 4 14/10-SexualidadenaTerceiraIdade Palestrante:ElianyReginaMariusse(CRP-08/04751)-Coordenao:ComissodeClnica 4 11/11 - A influncia dos programas televisivos na construo da subjetividade-Palestrante:GlauciaValriaPinheirodeBrida(CRP08/06824)-Coordenao:ComissodeClnica

Psicocine em MaringAsubsededeMaringrealizardurante2009oPsicocine.Sero quatro encontros com exibio de filmes e depois debate entre os participantes.Oeventosersediadonaprpriasubsede,situadana AvenidaMau,2109,apartirdas14h. Programao: 4 28/03-Filme:Aostreze Sinopse:Traceyumaadolescentenormalcomoqualqueroutra-veste-se comoasmeninasdesuaidade,possuibichinhosdepelciaeaindatem aquelearangelical.Masaosesentirinferiorizadanaescolaporgarotas moderninhasemaisdescoladas,acabaseaproximandodamaispopulardelas,Evie,umagarotaqueacabalevandoainocenteTraceyparaum mundoenvolvendodrogas,sexoepequenoscrimes. Debatedor:AlexEduardoGalo(CRP-08/IS-131) Coordenao: ComissodeClnica 4 30/05-Filme:Touroindomvel Sinopse:BaseadonavidarealenacarreiradolutadordeboxeJakeLa Motta, o filme se concentra na raiva e na violncia do boxeador, que o tornaramvirtualmenteimbatvelnoringue.Osmesmossentimentos,porm,levamLaMottaabaternamulherenoirmoeoconduzemauma espiraldeauto-destruioeparania. Debatedores:JooRicardoNickenigVissoci(CRP-08/12469),ProfeDr LenomarFioreseVieiraePsic.LeonardoPestillodeOliveira. Coordenao: ComissodePsicologiadoEsporte 4 29/08-Filme:Odiabovesteprada Sinopse:Andrea(AnneHathaway)umajovemquesemudaparaNova Iorque a fim de tentar uma carreira como jornalista. Ela consegue um empregonamaiorrevistademodadacidade,editadapelapoderosaMirandaPriestly(MerylStreep),mastemsriosproblemascomasexignciasdonovoemprego,incluindoastarefasabsurdasordenadaspela chefe,abordandooassdiomoralnotrabalho. Debatedora:GeniColGomes(CRP-08/02208) Coordenao: ComissodePsicologiaHospitalar 4 24/10-Filme:Algumparadividirossonhos Sinopse:SadodeumHospitalPsiquitrico,oingnuoebondosoMattew(MattDillon)obrigadoapassaranoiteemumabrigodeindigentes,ondeconheceJerry(DannyGlover),umveteranodoVietnque perdeuempregoefamlia.Nasceumagrandeamizadeentreosdois, quetentamganharavidadeumamaneiradigna,valendo-sedobom humor para conseguir unstrocadoslimpando pra-brisasnasruasde NovaIorque.Assimvo juntandodinheiropara comearem uma nova vida.Ofilmefazuma anlisedarelaoteraputicanapsicoterapia comportamental. Debatedora : Cr ist inaDiBenedeto(CRP08/04609)

Agenda de Eventos para 2009

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contatoindicaLivro: O direito diferena: uma reflexo sobre deficincia intelectual e educao inclusiva Autora: Miriam Pan (CRP-08/00729) - Professora Doutora, coordenadora do Ncleo de Psicologia, Educao e Trabalho (NUPET) da Universidade Federal do Paran (UFPR). Editora: Ibpex - Ano: 2008 - Pginas: 212 Sinopse: Esta obra insere o leitor no polmico discurso da incluso, desafiando-o a pensar sobre o lugar que hoje dado aos indivduos e as diferenas na sociedade. A autora prope um outro olhar sobre as relaes escolares, questionando se as escolas esto preparadas para conviverem com as diferenas e trazendo uma anlise sobre o processo de incluso, ressignificando os sentidos vinculados deficincia intelectual.

Livro: Terapia Relacional Sistmica Famlias, casais, indivduos, grupos Autora: Solange Rosset (CRP-08/00204) Psicoterapeuta, professora dos cursos de especializao na Universidade Positivo, ISBL e Relacional, autora de diversos livros. Editora: Sol - Ano: 2008 - Pginas: 174 Sinopse: O livro relata a estruturao da Terapia Relacional Sistmica, suas origens e histrico, bem como a forma de trabalhar em terapia de famlias, casais, indivduos e grupos. O pensamento relacional sistmico, somado proposta de trabalho focado nos padres de funcionamento so mostrados de forma clara e concisa em todos os momentos - encaminhamento, primeiro telefonema, primeira sesso - e ngulos do atendimento clnico.

Livro: Abertos e Fechados Autora: Vera Miranda (CRP-08/01386) - Psicloga; Mestra em Psicologia da Infncia e Adolescncia da UFPR, Professora da PUCPR e Positivo. Editora: Juru - Ano: 2008 - Pginas: 32 Sinopse: O livro o primeiro da Coleo Transformando, que pretende estimular a importncia da leitura e sensibilizar para atitudes de auto-conhecimento, respeito, aceitao das diferenas, adequao na administrao dos sentimentos e auto-responsabilidade. O livro em si fala sobre o fechamento e abertura nas pessoas e famlias e suas conseqncias, isolamento e sociabilidade, focalizando alguns conceitos da teoria sistmica.

Livro: Violncia, Paixo e Discursos Organizao: Jos Antnio Gediel Doutor em Direito, membro da UFPR. Vnia Regina Mercer (CRP-08/00508) Mestre em Educao, Psicloga, responsvel pelo Programa Travessias. - Autores: Jean-Pierre Lebrun, Caroline Salvati, Claude Boukobza, Dayse Stoklos Malucelli, Luci Pfeiffer, Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf, Marisa Schargel Maia, Miguel Hanna, Pedro Rodolfo Bod De Moraes, Sandra Maria Novaes, Srgio Seleme, Silvane Maria Marchesine e Vera Karam De Chueiri Editora: CMC - Ano: 2008 - Pginas: 340 Sinopse: O livro aborda os inmeros impactos e desafios que o desenvolvimento das cincias da vida e da tecnocincia trazem ao cotidiano e afetam os saberes institudos na medicina, no direito, na filosofia, na psicanlise, nas cincias humanas e sociais. Tambm mostra que a sociedade est refazendo os laos sociais.

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Foto. Asif Akbar

Livro: Tanatologia - Conceitos, Relatos e Reflexes Co-Autora: Solange do Carmo Bowoniuk Wiegand (CRP-08/03266) Psicloga, membro da Comisso de Tanatologia do CRP-08, formao em Tanatologia pelo Centro de Estudos de Tanatologia, fundadora e coordenadora do Grupo de Apoio da AFAB. Sinopse: O livro foi criado a partir da seleo dos 18 melhores artigos apresentados pelos alunos no Trabalho de Concluso do Curso de Formao em Tanatologia do Centro de Estudos e tambm por professores. A Tanatologia o canal que possibilita o pensar sobre mudanas, como a morte, uma das mais significativas. O caminho pensar uma educao para a morte da mesma maneira que pensada uma educao para a vida. O livro traz como proposta a reflexo para profissionais da rea de sade, que trabalham em hospitais, clnicas, postos de sade, psiquitricas e outras instituies que agregam pessoas que sofrem perdas.

psiclogodasilvaPor Tonio Luna (CRP-08/07258)

Ainda sobre a CriseAinda em tempos de crise, bateu porta do meu consultrio um fantasma. Queria saber o que faz uma psicoterapia. Sentou napoltronacomosejsoubessecomoproceder.Masnosabia.Observouoslivroscomalgumafamiliaridade.Pensounaspessoas queporalipassaram,quasesentindoalgodelas.Pensounaspessoasqueviriamnostemposdecrise.Comoelasseriam,doquese queixariam?Porvezesdesaparecia,outraslevitavaemseuspensamentos.Nohavianenhumaconclusonemvidanele.Nose arriscariaacolocaremdvidasuanoexistncia.Seguiu-seotempodesmedido,semsentido. Ainda neste tempo, bateu porta do meu consultrio uma pessoa. J fazia ali psicoterapia. Assim, de imediato, minha alma voltouaomeucorpoejuntossabiamcomoproceder.Desassombradodemim,volteiaencontrarsentidoemminhavida. Nestes tempos de crise (quando no so?) vou ficar atento minha porta pois pessoas e fantasmas batero nela.3 * Dedicado a Sonia Guidi, cujo consultrio por tanto tempo assombrei at aprender que estava vivo.12 contato

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Sobre a AcupunturaAutor: Vitor Hugo Lopes Paese (CRP-08/10746) Co-autores: Anaides Pimentel da Silva Orth (CRP-08/01175); Anita Castro Menezes Xavier (CRP-08/12770); Graciela Bombardelli (CRP-08/13131); Luciane Maria Ribas Vieira (CRP-08/02647); Odette Aparecida Pinheiro (CRP-08/01290); Patrcia Adriana Kopp (CRP-08/10559); Solange Regina Signori Iamin (CRP-08/12219); e Virgnia Maria Bernardino (CRP-08/12290). EsteartigotemoobjetivodedebaterecolocaremdiscussoasprticasdopsiclogoquantoaousodaAcupuntura,devido aonmerocrescentededvidasquevmsurgindoparaoCRP-08 eacategorianestatemtica. EstaprimeiradcadadosculoXXIestseconcluindo;e nelasepercebeque,cadavezmais,abuscadohomemporsade refere-seaumabuscaintegral.Autilizaodetermoscomosadefsica,sadementalousadesocialtmsidosubstitudos porumtermomaisamplo:sadeintegral.Esteumconceitoque levaemconsideraoasdiversasdimensesdohomemnarelao comanatureza. AMedicinaTradicionalChinesa(MTC)umacincia que abrange a fisiologia, a patologia, o diagnstico, a profilaxia e o tratamentodasdoenas(HE,2001,p.01).Possuitodooseudesenvolvimento terico construdo sobre a base filosfica do Tao (o caminho).Atravsdeste,foramconstrudasasteoriasdoYin/Yang, dosCincoMovimentos,osconceitosdeQi(Energia)edeShen (Psiquismo), etc. Todo este aporte terico e filosfico d sustentao aplicabilidade da MTC, por meio de suas tcnicas, como: uso deervas(FitoterapiaChinesa);alimentao(Diettica);exerccios fsicos(TaiChiChuan,QiKong);Massagens(TuiNa); Sangria;Moxabusto;Ventosaterapia;Aurculopuntura(ouAuriculoterapia)eAcupuntura. A histria da MTC confunde-secomade suastcnicas,

e a Psicologiapoisambasaperfeioaram-sejuntas.Poressemotivo,atcnicada Acupuntura foi ganhando peso praticamente igual MTC, no que se refere nomenclatura de referncia. AAcupunturaeaMoxabusto(tcnicasmaisutilizadas dentrodaMTC)soutilizadasparapreveniretratardesordensdo serhumano.Oprocedimentoconsistenautilizaodeagulhaspara perfurarpontoslocalizadosnocorpohumano(Acupuntura)e/ou nautilizaodeumaerva(Artemsia)paraserqueimadaprxima destespontoscomointuitodeaquec-los(moxabusto). Todaaconstruodascinciasdasade,noocidente,traz a concepo de mente e corpo (Dualismo). Dessa forma, fica entendidodaseguinteforma:hcinciasquetratamdocorpoeh outrasquetratamdamente.EmMTC,oquejustamentenoexiste, essedualismomente-corpo.umacinciaquetratado homemcomoumtodo.HnaMTCunicidadee nodualidade. Sehojehumaaproximao da Psicologia paracomaAcupuntura,porqueaPsicologia,dealgumaforma,vem revendo seus conceitosde homem e de mundo,oque

talvez esteja per mitindoumasincronicidade deidiaseprticas.APsicologia Psicossomtica talvez sejaoramodeestudosnaPsicologiaquemaisseaproximedeumabuscadaquebra deste paradigma dualista, mas que ainda se encon traenraizadanasbasesdo pensamentocartesiano. Faz-se necessrio aqui o entendimentodoconceitodemente,trazidopeloantroplogoGregory Bateson e citado por CAPR A (1995).Elemencionaainextrincvelligaoentreoorganismoeseumeioambiente,entrefsico epsquico.Paraoautor,amenteaconseqnciaquesed,de formanecessriaeinevitvel,frenteaumacomplexidadequese iniciamuitoantesdodesenvolvimentodocrebrooudosistema nervosonosorganismos. Avidanoumasubstnciaouumafora,eamenteno umaentidadequeinteragecomamatria.Vidaementesomanifestaesdeummesmoconjuntodepropriedadessistmicas(...) Menteematriajnoparecempertenceraduascategoriasfundamentalmentedistintas,comoacreditavaDescartes;pode-seconsiderarqueapenasrepresentemaspectosdiferentesdomesmoprocessouniversal(CAPRA,1995,p.284). Pormeiodaresoluo005/2002,de24deMaiodoano de2002,oConselhoFederaldePsicologiaregulamentououso daAcupuntura.Passadosseisanosdestaregulamentao,existem aindamuitasdvidassobrecomoinserirestaprticanocampoda Psicologia.Umdosesclarecimentospossveisdeserfeito,graas aportariadoMinistriodaSade,refere-seaousodaAcupuntura,entendendo-seestacomoMedicinaTradicionalChinesa,a qualpossuidiversastcnicasdeinterveno,talcomoocitado inicialmente. EstaresoluodoCFP(005/2002)trazemsiumacontradiofundamentalenecessriadeserentendidaparaampliarmoso debate.ElafaladousodaAcupunturacomorecursocomplementarnotrabalhodopsiclogomas,aomesmotempo,destacaquea Acupuntura,segundooqueprevaOrganizaoInternacionaldo Trabalho,atuanotratamentodemolstiaspsquicas,nervosase deoutrosdistrbiosorgnicosefuncionais.Entende-seaqui,que aAcupunturaprevineetratadeformaglobaloserhumano,em seusaspectospsquicosecorporais.Todaintervenoproveniente da MTC gera, impreterivelmente, modificaes orgnicas, fisiolgicasepsicolgicas.14 contato

necessrio refletirmos a utilizao da Acupuntura como auxiliar ou complementar Psicologia, considerando-se que uma aliada indispensvel outra. Aliada no sentido amplo? UtilizandosedetodasasmanifestaesmetodolgicasetecnolgicasprovenientesdaMedicinaTradicionalChinesa(MTC)? Pode gerar dvida ainda, a utilizao dos fitoterpicos da MTCpelospsiclogos,poisamesmaresoluodoMinistrioda Sade(n971de3deMaiode2006)queampliaoentendimentodo conceitodeAcupuntura,vinculando-oaodeMTCetornando-o uma categoria especfica dentro das prticas de sade integrativas previstas no SUS, tambm traz uma categoria especfica de prtica desadeintegrativadenominadaFitoterapia(pormnoespecificando se esta categoria abrange ou no a fitoterapia da MTC), a qualnoaindaregulamentadapeloConselhoFederaldePsicologia(CFP). Sendo assim, fica a necessidade de mais discusses sobre se autilizaodaMTCpelopsiclogodeveabrangertodasasmanifestaesmetodolgicasetecnolgicas,desdequecomasdevidas formaes e titulaes de cada especificidade no mbito da MTC, jqueaindahorientaesnalegislaoquepoucoatendemao esclarecimentodeseuusoparaaprticadoPsiclogo. QuantoaoscursosdeEspecializaoemAcupuntura,arecomendaodaSociedadeBrasileiradePsicologiaeAcupuntura (Sobrapa),emsuaResoluon01/2007,dequeestescursostenhamcargahorriade1200horasequeosmesmossejamdevidamentereconhecidospeloMEC. Sobreaestruturacurriculardestescursos,segue umesboobsicodedisciplinas:Fundamentos Bsicos da MTC; CanaisColateraiseAcupontos;MtodoseTcnicasde AcupunturaeMoxabusto; DiagnsticonaMTC;FitoterapiaChinesa;MassoterapiaChinesa(Tui-Na);TeraputicacomAcupuntura eMoxabusto;Biologia da Dor; Estgio Super visionado;Metodologia Cientifica. H muito o que serdebatidonestarea.Fica aquioconviteparaosprofissionaispsiclogoseacupu nt u r ist as para que possamos discutir mais o tema por meio de

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encontrosprogramadosnoCRP-08eparaquepossamoscompartilh-losnacionalmentecomoutrosConselhosdePsicolo gia, na busca por uma maior normatizao e esclarecimento profissional.

Noprimeirotrimestrede2008,estaremosagendandoum encontrocomesteobjetivo.Opsiclogoqueteminteressenadiscusso,[email protected]/ou [email protected] para receber o convite. 3

Notas Primeira distoro do senso comum: no entendimento da Acupuntura (Isto cor rigido pela PORTARIA N 971 DE 3 DE MAIO DE 2006 do Ministrio da Sade): Quando se fala Acupuntura, refere-se Medicina TradicionalChinesa(MTC). O Tao o Princpio, o Caminho, o Um. Dele surgem as coisas, osmovimentos,avida.abaseparaoentendimentodoYine doYang. ConsiderandoqueaAcupunturaumatecnologiadeintervenoemsade,inseridanaMedicinaTradicionalChinesa (MTC),sistemamdicocomplexo,queabordademodointegral edinmicooprocessosade-doenanoserhumano,podendo serusadaisoladaoudeformaintegradacomoutrosrecursosteraputicos,equeaMTCtambmdispedeprticascorporais complementaresqueseconstituememaesdepromooerecuperaodasadeeprevenodedoenas.(...)MEDICINA TRADICIONALCHINESA-ACUPUNTURA(...)AMedicina TradicionalChinesacaracteriza-seporumsistemamdicointegral,originadohmilharesdeanosnaChina.Utilizalinguagem queretratasimbolicamenteasleisdanaturezaequevaloriza a inter-relao harmnica entre as partes visando integridade.Comofundamento,apontaateoriadoYin-Yang,divisodo mundoemduasforasouprincpiosfundamentais,interpretandotodososfenmenosemopostoscomplementares.Oobjetivo desseconhecimentoobtermeiosdeequilibraressadualidade. Tambmincluiateoriadoscincomovimentosqueatribuiatodasascoisasefenmenos,nanatureza,assimcomonocorpo, umadascincoenergias(madeira,fogo,terra,metal,gua).Utilizacomoelementosaanamnese,palpaodopulso,observao dafaceedalnguaemsuasvriasmodalidadesdetratamento (acupuntura,plantasmedicinais,dietoterapia,prticascorporais ementais).(PortariadoMSn971de3deMaiode2006).

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A PsicologiaOnmerodeinvestidorestemaumentandogradativamente nosltimosanos.SegundodadosdaBovespa,durantetodooano de2006,219.634pessoasfsicasparticiparamdomercadodeaes, enquantoque,atdezembrode2007,foramcontabilizados456.557 investidores,umaumentodemaisde100%.Em2008esseaumento continuou,mesmocomavolatilidadedomercadoderendavarivel. Emoutubro,apesardaBolsadeValoresaparecer,pelaquintavez consecutiva,comoaalternativamenosrentveldeinvestimento,a CompanhiaBrasileiradeLiquidaoeCustdia(CBLC)contabilizou542.142contasdeinvestidores(pessoafsica),contra527.692 emsetembro,ouseja,umaaumentode2,7%nonmerodeinvestidoresdevarejo. UmdosmotivosdapopularizaodaBolsasedeveao programaBovespavaiatvoc,lanadoemsetembrode2002, anoemquehaviapoucomaisde85milinvestidoresdepessoasfsicasnomercado.Comoprogramatambmaumentaramosclubes deinvestimentoformadoporgruposepessoasfsicasqueseunem parainvestirnaBolsa.ComoadventodaInternet,aplicarnaBolsa tambm ficou mais fcil e ferramentas foram criadas para facilitar essacomunicao,comooHome Broker,queuminstrumentoque permiteanegociaodeaes-ordensdecompraevenda-viaInternet. DeacordocomapsiclogaEleniceSaporskiDias(CRP08/03469),quetemumaclientelaformadaporinvestidoresexperientesenovatos,antesobrasileironopensavaeminvestimentos, porm esse perfil tem mudado. No que o brasileiro se tornou empreendedor,masnossamosdaquelaculturadeestarnadependncia do empregador. Isso se deve ao prprio desenvolvimento biogrfico dopas,emquedeixamosdeterumaculturapaternalistaparaterautonomia,explica.Elacolocaopasdentrodeumaconjunturapsicolgica,comparandoodesenvolvimentodopascomasfasesdevida deumapessoa.Asfasesdavidaquepassamosparaadquiriranossa individualidade,opasestpassandoemtermosdevalorizao,ou seja,agoraestamosaprendendoalidarcomvalores,acrescenta. PormnosomentenaBolsadeValoresqueestoosinvestimentos.Opsiclogoeconsultoremdesenvolvimentopessoal, Tonio Luna (CRP-08/07258), expe que h vrios perfis de investidores,desdeomaisarrojadoatomaisconservador,queinvesteem16 contatoFotos. Stockxeprt

financeiros

e os investimentosimveis,porexemplo.Cadainvestidortemumaexpectativadiferente,podendoserlucrorpidooualongoprazo,vivenciarsituaes de risco, diversificar seus ganhos, competir, entre outros, comenta. Apsiclogafalaqueemseuconsultrioaparecem pessoas com perfis completamente diferentes. O grandenmerosoaplicadoresdomsticos,aquele recmaposentado,queagoraestsobrandouma rendinhaeentranaInternet,aprendendoporcontaprpriaaaplicar,mastemaquelesquevivem deespeculaoeinvestimentos.Tambmtemo quechamamosdeinvestidorverde,quevaiatrs deempresascomvaloresticosedesustentabilidade.Etemaquelequeocompulsivo,quetudoque possui vai investir, exemplifica Elenice. OadvogadoBraslioBacellarNeto,considera-seuminvestidor conservador, que de modogeralaplicaemimveisou renda fixa. Anos atrs tive um resultadonegativocomaes, porissohojeaplicoeminvestimentosdemenosrisco.Estou preparandominhaaposentadoria,declaraBacellar.J seucolega,oadvogadoRodrigoShirai,considera-se moderado. Fui arrojadodemais.Comomuitaspessoasem2006 e 2007, comecei a aplicardireto.Tive sucessoeretorno de25%,depois a alegria acabou.Participei de operaes maisarriscadas eperdidinheiro,conta.

Paraoconsultoremprevidncia,RenatoFollador,obrasileirotemumatendnciaembuscarocurtoprazo,porissonoBrasil investe-se muito mais em renda fixa, como a poupana, do que em rendavarivel.Arendavarivelummercadodematuraode longoprazo.Apossibilidadedaspessoasganharemdinheiroaplicandoemaessseconcretizaseelasdeixaremmuitotempooseu dinheirol,explana.Oconsultordizqueessavisonoparaos megainvestidoreseespeculadoresquetmmuitodinheiroparaarriscar,quejogamdiariamentenasBolsas,masparaocidadomdio que todo final do ms sobra alguma quantia para aplicar. ElecontaqueobrasileirospensaemBolsadeValores quandoumcolegadetrabalhotrocaofundodegarantiaporaes daValeoudaPetrobrs,vangloriando-sequeestganhandomuito dinheiro,ouquandoaBolsaviraassuntodocidadocomum,ouseja, aspessoasfazemascoisascomoefeitomanada,dizFollador.Estes mesmosinvestidoresvendemtudoquandooJornalNacionalnoticia queaBolsaestcaindo.Elescompramnaaltaevendemnabaixa domercado,resumeoconsultoremprevidncia. SegundoopsiclogoLuna,vriascoisasfazemaspessoas agir como os outros, entre elas a influncia da mdia, a falta de capacidadededecisoeaimaturidade.Bacellarcomentaquemuitaspessoas deseucrculosocialcomearamaaplicarnaBolsaporumcertomodismo. Assim como Shirai, tive um pouco de influncia de amigos. Nessas mudanas de paradigmas, o profissional da Psicologiatemqueestarbemintegradocomessesassuntospara poderinteragircomaclientela.Eleniceexplicaqueos psiclogostemquepassarumavisoparaseuspacientesquenoporquetodomundoestinvestindo,que determinadapessoatemqueinvestir.Temosqueter ocuidadodeavaliarjuntamentecomoclientequal o seu perfil. Nem todo mundo nasceu para empreender,explana.Elasemprequestionaseaqueledinheiroinvestidonofarfaltaesugereparaque aspessoasapliquememempresasquetenhamos pilaresdasustentabilidade,zelandopelosocial eambiental. Folladorexplicaquedeve-seterum projetoparaoinvestimento.Temquesefazerosseguintesquestionamentos:Quanto eutenhoparainvestir?Quandovouprecisardessedinheiro?Quantoeuimaginoganhar?Emaisimportante,noqueinvestir? Comessasrespostaspodemosdecidira aplicao de nossas sobras financeiras, projetaoconsultoremprevidncia. Hpessoasquearriscamdemasiadamenteeminvestimentoseaplica-

es.DeacordocomLuna,oserhumanocuriosopornatureza. Onovo,odesconhecidonosatraiaomesmotempoquenoscausa medo.Adecisodorisco,norteadaporestesparmetros,vaidependerdeumamaduraanlise,daimaturacrenanainvulnerabilidade oudainconscinciadosseusatos,diz.Elenicecomentaquepara algunsessasensaoderiscoliberaadrenalina.Principalmenteno compulsivo.Issojnomaisaqueladescargadeadrenalinaprazerosa,transforma-seemumhbitoorgnico,explica. Elenicefalaquegeralmenteocompulsivonosinvestimentos, tambmnotrabalho,oquesechamade workaholic.Eleesquece dafamlia,dolazeredavida.Nessescasos,geralmenteapessoaadoece,fsicaementalmente,esclareceapsicloga.Nocasodoinvestidorcompulsivo,elenaverdadeumjogador,declaramospsiclogos. OssintomassomuitoparecidoscomosdoTranstornoObsessivo Compulsivo(TOC)eotratamentosegueomesmocaminho. Asaessoativosderendavarivel,ouseja,nooferecem aoinvestidorumarentabilidadegarantida,previamenteconhecida. Pornooferecerumagarantiaderetorno,uminvestimentoconsideradoderisco.Nessemomentodecrise,muitosinvestidores,principalmenteosinexperientes,estovendendosuasaeseperdendo dinheiro.Sevocestudouasempresasnasquaisaplicouesabeque osfundamentosdelassoadequados,noprecisatemer,ospreos voserecuperar.PorissoaBolsauminvestimentoalongoprazo, explicaoconsultoremprevidencia. Oinvestimentoumaformadeterumarendaextra.Muitos psiclogos so profissionais liberais, por isso importante que tenhamesserendimentoextraparaofuturo.ParaFollador,oprimeiro projetoqueopsiclogodeveconsiderarterumaprevidnciaprivada.Pormaisqueopsiclogotenhaumaatividadequelhepropicie atuar at o fim da vida, um profissional liberal que depende de produoenopodearriscarseufuturoeprincipalmenteavelhice. Ento,temosqueterumafontederendaadicional,quepodevirdo INSS,masprincipalmentedaprevidnciaprivadadeclara. Folladorexplicaqueaprevidnciaprivadaumprojetode vida,quediferentementedoINSSfuncionanoregimedecapitalizao. O contribuinte deposita numa conta especfica para ele mesmo e se beneficia dos juros que o mercado paga pela aplicao de suas reservas financeiras. Diferente do INSS, no qual se contribui para pagaraaposentadoriadealgumquesequerconheceequenoh reservas, lastro financeiro, pois o INSS deficitrio, explana. Almdesabernoqueinvestirparaoprpriobem-estar,o psiclogodeveestaratentoascausasdedeterminadapessoaquerer investir. Como profissionais temos que por o p da pessoa no cho. Trabalhoemtodasasesferas-casal,famliaeindividualaquesto dosvalores,paratentarfazercomqueoindivduotenhaumsenso crtico.Ento,almdorendimento,aspessoastmquezelarpeloque soenopeloquetm,argumentaElenice.3contato 17

contatoartigo

Sade Mental IndgenaOartigoPsiclogosseaproximamdaquestoindgena, disponvelnoPortaldaPsicologianoBrasil,citaqueumadas grandes dificuldades que a Psicologia encontra para dar atendimentoaospovosindgenasestnodesconhecimentodarealidade vividanodia-a-diadessascomunidades,ouseja,dasdiversasformasdeconstruodasubjetividadedospovosindgenasbrasileiros.Em2004,oConselhoFederaldePsicologia(CFP)realizouo Seminrio:SubjetividadeeosPovosIndgenascomoobjetivo de diminuir a distncia entre os profissionais da rea e as comunidadesindgenas.Nesseseminrio,sugeriu-searealizaode encontrossistemticos,entreosConselhosRegionaiseospovos I - INTRODUO indgenasdessasregies,quedeveriamcontarcomoapoiodo ConselhoFederaldePsicologiaCFP,buscandoassimofortaOvocbuloindgenaestnomeadonoDicionrioAu- lecimentodaspotencialidadesdosConselhosdePsicologiapara rliocomo:aquelequeoriginriodeumpasoudeumalocali- atender s necessidades indgenas. Outra estratgia sugerida foi a dade.Tambmapessoanaturaldolugaroudopasquehabita. dointercmbioentreuniversidadesparceiraseospovosindgenas, Oconceitosurpreendeaofazerdetodosns,nascidosemnossa demodoaincentivaraparticipaodosestudantesedocentesem terra,indgenas.Emseguida,auxiliadaaindapeloDicionrioAu- aesconjuntasdeextensoepesquisa. rlio,medesembaraodaquestoaoconsultarovocbuloindigenismo, definido como estudos e/ou conhecimentos acerca de Umexemplobem-sucedidodessaestratgiaaexperinnossosindgenas,dosndiosbrasileiros.Reconheoento,amim ciadoProjetoXingunaUniversidadeFederaldeSoPaulo/Esmesma, como brasileira, e identifico a eles, os ndios, como ndios colaPaulistadeMedicina. brasileiros.Aquestoagora:oquesabemosdenossosndios brasileiros?Surpreendo-menovamentediantedodesconhecimenBolsas do Programa de Iniciao Cientfica estimulam os toedadesinformaoquecercamasquestesmaiselementares alunosdaUnifesp/EPMasevoltaremparaestudosrelaciodessespovos,chamadosentodeindgenas,equenadasemodinadosaospovosindgenaseapublicaremseusresultados. ficou em relao a essa situao, a de conhecer essa temtica, ao Umadasexplicaesparaacontinuidadedoprogramapor longodeminhaformaoemPsicologia. maisdequatrodcadasaparticipaodosalunos,muitosCamila Maia de O. Borges (CRP-08/11213) Especialista em Sade Mental, Psicopatologia e Psicanlise, Tcnica em Sade Mental Indgena da Funasa Coordenao Regional do Paran. Nancy Greca de Oliveira Carneiro (CRP-08/00171) Psicanalista, Mestre em Antropologia Social, Professora do Curso de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica do Paran PUCPR. O artigo parte do Trabalho de Concluso de Curso de Especializao em Sade Mental apresentado PUCPR em 2007 pela primeira autora e coordenado pelas Professoras Clia Ferreira Carta Winter e Nancy Greca de Oliveira Carneiro.dos quais voltam a colaborar como residentes, profissionais

AconstataodopoucoenvolvimentodoscursosdePsicologiacomasquestesindgenassedeudesdeoinciodaminhaatuaocomotcnicadesadementalindgena,naFundaoNacionaldeSadeFunasa.Emmeusprimeirosesforos em direo a um levantamento bibliogrfico sobre esta temtica, defrontei-mecomumacarnciadepesquisasepublicaesda Psicologianessarea,oquecontrastadeformanotvelcoma produoantropolgica.Apartirdeentopasseiameinterrogar acercadopoucointeressedespertadopelospovosindgenasnas comunidadesemgeralenaPsicologiaemparticulare,principalmente,sobreafaltadeinserodessetemanasuniversidades.intenodesteartigocontribuirparadespertarointeresse depsiclogospelatemticaindgena,tradicionalmentepensada comoterritriodaantropologia.

dasadeoudocentes,semembargodoaportedecolaboradoresoriundosdeoutrasinstituies.(BARUZZI,2007)

Dentreostemasdegrandecomplexidade,noestudo dacausaindgena,procuronestebrevetrabalhoenfocara questodousoabusivodolcoolporintegrantesdessascomunidades,recortadacomoumfragmentoquepermiteapresentaralgumasquestesnareadasademental. II CARACTERIZANDO O SERVIO AFunasa,contacomtrintaequatroDistritosSanitriosEspecialIndgenaDSEIs,distribudosemvintee quatroEstadosbrasileiros.ODSEIumaunidadeorgani-

zacionalestabelecidaapartirdeumapopulaoeterritrio, quecontacomumarededeserviosprprianasterrasindgenas, capacitada para as aes de Ateno Bsica Sade e articuladacomarederegionalparaprocedimentosdemdia ealtacomplexidade.CadaDSEIcontmumaequipetcnica de profissionais de sade, responsvel pelo desenvolvimento dasaesdesadeemsuasaldeiasdeabrangncia.Oposto desadeemreaindgenahomologadaestconstitudopor umaequipecompostaporummdico,umdentista,umenfermeiro,umauxiliardeenfermagem,umagenteindgenade sade(AIS)eumagenteindgenadesaneamento(AISAN). Emoutubrode2007,aFunasaorganizouaIConfernciaInternacionaldeSadeMentalIndgena.Participaram desse evento profissionais de outros pases, alm de tcnicos dosDSEIserepresentantesdasSecretariasdeSadedosEstadoseMunicpiosondeestolocalizadasasaldeiasindgenas.OencontroresultounaassinaturadaPortaria2.759,de 25deoutubrode2007,peloMinistrodaSade,aqualestabelecediretrizesgeraisparaaPolticadeAtenoIntegral Sade Mental das Populaes Indgenas e cria um Comit Gestor.

sumodebebidasalcolicassertoantigoquantoaprpria histriadessespovos,oestudoeapesquisasobreoalcoolismonessascomunidades,aindasoconsideradosrecentes. NoParan,emboraapresenadeoutrostranstornos isolados,taiscomotranstornospsicticos,casosdedepressoeansiedade,sejafreqente,ofenmenodoalcoolismo considerado predominante. Essas informaes se confirmamnosestudosdeFerreiraeColoma(2002-2006,p.181), os quais afirmam que a dependncia etlica entre os indgenasbrasileirosumproblemagraveeemcrescimento,como mostram os perfis de morbidade realizados pela Funasa, desdeoanode2000.

Nestesentido,oDSEIdoParanvem,atravsdeuma sriedeaes,realizandoumprocessodereconhecimento situacionaldecadaumadascomunidades,pormeiodeum programa de visitas sistemticas s aldeias, realizando o levantamento das demandas especficas e singulares. importante salientar que as especificidades culturais so encontradasemcadaaldeiaemparticular,mesmoquandoseus habitantesprocedemdeumamesmaetnia.Oencontrodas equipescomaslideranasindgenas,asreuniespromovidas NoEstadodoParanencontram-sepovosdasetnias junto s equipes multidisciplinares de sade das aldeias e o Guarani,KaingangealgunsrepresentantesdosXets,dis- contatodiretocomacomunidadesoestratgiasfundamentribudosem48aldeias,quetotalizamumapopulaode tais no sentido de identificar os diversos problemas enfrenaproximadamente12.500pessoas,segundodadosdoSiste- tadospelasdiferentescomunidadeseaspossveisaesde ma de Informao da Ateno Sade Indgena - SIASI. A ateno sade mental a serem implantadas. estruturaatualdessascomunidadesserevelacomprecariedade, com sua populao enfrentando dificuldades sociais, A presena do psiclogo polticaseeconmicas,asquaissesomamgravesproblemas nasequipestcnicasdaFude sade, entre eles os relacionados sade mental. nasa tem se revelado necessria,emesmo III - SADE MENTAL INDGENA essencial,tantono que se refere aos No interior desses servios de sade, o atendimento aspectosclnicos sadementalindgenasemostra,quandonoausente,insu- destaproblemficiente, visto que apenas alguns dos DSEIs promovem aes tica, quanto no especficas em sade mental. O trabalho rduo e lento de- reconhecimento vido falta de pesquisas e de profissionais da sade mental dasdiversassubenvolvidos com a questo indgena, bem como a dificuldade jetividadesenvolqueasequipesmultidisciplinarespresentesnasaldeiastm vidas.Ementrevista emdiagnosticareintervirnestaproblemtica. Revista Psique CinciaeVida,oindAlgunsestudosemnvelnacionalapontamparaaevi- genaparaenseDaniel dnciadasexpressesdeviolncia,associadasquasesempre Munduruku afirma dependncia ou uso abusivo de lcool e, tambm, para os queaPsicologiapode eventuaiscasosdetranstornosmentaisquepodemsercon- contribuirparaasociesideradoscomoproblemasquedemandamintervenomais dadeindgena,vistoque urgentenasadementalemreaindgena.Apesardeocon- oseusistemticocontato

Foto. Stockxpert

comasociedadeenvolventeresultouemdiversostiposde Ascomunidadesindgenas,cadavezmaisurbanizasofrimentopsquico,taiscomooalcoolismo,baixaauto-es- das e vivenciando sofrimento psquico especfico, exigem a tima e mesmo em altas taxas de suicdio. crescente necessidade de ateno de profissionais psiclogosnasaldeias.Entretanto,aausnciadotemanasgrades Asformaesdiscursivaspresentesnasfalasdacomu- curricularesdasuniversidadeseacarnciadepesquisasda nidadeedesuaslideranastendemaatribuirousoabusivo Psicologianareadasadementalindgenaimplicamuma dolcoolaocontatofreqentedosindgenascomapopulao limitaododesenvolvimentodeaesadequadas. envolvente, ao acesso facilitado s bebidas alcolicas, falta de ocupao e de produtividade nas aldeias, pouca insero Sendoassim,considerofundamentalopapeldasuninomercadodetrabalhoefaltadeperspectivadevida. versidadesedosrgosdeclassenacriaodemecanismos de formao que impliquem jovens profissionais na causa inAlgumasdasconseqnciasdoaltoconsumodel- dgena.Noqueserefereaotrabalhocomindgenas,faz-se coolaparecemcomfreqncianoquadrodemorbidadeam- necessrio despertar o interesse dos profissionais e apresentar bulatorial, principalmente nas notificaes de agresso e aci- aspossibilidadesdeatuaonocampodasademental.3 dentes.Aviolnciadecorrentedoabusodebebidasnoest presenteapenasnoambientefamiliar,masemtodaaaldeia, vistoquebrigassriasacontecementreosmembrosdaprNotas priacomunidade.NosestudosconduzidospelosDSEIs,o Revista Psique Cincia e Vida. Um Universo de Possibilidades, ano II, n. consumo de lcool tem sido identificado como principal co24, p. 20-27. adjuvantedeco-morbidadesenascausasdemortalidadepor Ainda na revista Psique Cincia e Vida, h o relato de experincia de alfatoresexternos(acidentes,agresses,quedasetc.). guns profissionais psiclogos envolvidos com a causa indgena.REFERNCIAS

IV - CONCLUSOReferncias

Aatuaoemsadementalindgenarequerumtrabalho interdisciplinar que busque primeiramente identificar a forma como a populao identifica e interpreta esta problemtica,paraque,numsegundomomento,sejamestabelecidososmecanismosdeao,respeitando-seaespecificidade cultural e a garantia do exerccio de cidadania da populaoindgena. AsreastcnicasdesadementalpresentenosDSEIs vmdesenvolvendo,comaorientaoeoapoiodoDepartamentodeSadeIndgena(DESAI)emBraslia,umplanode aoemsadementalindgena.

BARUZZI, R. G. A universidade na ateno sade dos povos indgenas: a experincia do Projeto Xingu da Universidade Federal de So Paulo/Escola Paulista de Medicina. Sade e Sociedade. So Paulo, v. 16, n. 2, 2007. Disponvel em: . FERREIRA, L; COLOMA, C. Approche intraculturelle destine rduire les dommages lis la dpendance lalcool chez les Mbya-Guarani du Rio Grande do Sul, au Brsil. Drogues, Sant et Societ, v. 4, n. 1, p. 175-216, 2002-2006.

. Acesso em: 13 ago. 2007.

20 contato

pordentro

OCRP-08,porintermdiodaComisso dePsicologiaJurdica,realizounosdias31deoutubroe1denovembrooSeminriodePsicologia Jurdica,quetevecomoobjetivos:apresentare discutiraPsicologiaemsuarelaocomaJustia, refletir sobre trabalhos interdisciplinares de diferentes profissionais que atuam na rea e debater diferentespossibilidadesdeatuaodoPsiclogo nosdiversoscamposdaJustia.Oencontrofoina sededoConselho,emCuritiba. Aaberturadoeventofoirealizadapelo conselheiro-tesoureiro Celso Durat Jr. (CRP08/03183).Depoishouveamesa-redondaInterdisciplinariedadenaJustia,comaparticipaoda JuizadeDireto,JoecyCamargo,aex-promotorade JustiadeCrimesContraCrianaeAdolescentes, CarlaMorettoMaccarini,ocoordenadordaComissodePsicologiaJurdicadoCRP-08epsiclogo, RodrigoSoaresSantos(CRP-08/07213)eapediatra responsvelpeloprojetoHCDedicadoHospitalde Clnicas,LucyPfeiffer.Amesafoicoordenadapela colaboradoradaComissodePsicologiaJurdicae psiclogaMarinaHasson(CRP-08/00037).Todos falaramdaimportnciadeumaequipemultidisciplinarpararesolverquesteslegais,principalmente noscasosenvolvendocrianaseadolescentes. Nosbado,duranteoperododamanh, aconteceramdiversaspalestrasabordandoasprticasdeatuaonareajurdica.Deacordocomo coordenadordaComissodePsicologiaJurdica, cada profissional contribuiu para o esclarecimentodeatividadesdesenvolvidasquerelacionama Psicologia e a Justia. J tarde, foram realizadas maisduasmesas-redondas. AprimeirasobreAReduodaMaioridadePenal,quecontoucomapresenadaadvogada,professoradeDireitoPenaleassistentede promotoria,MrciaLeardini,aprocuradoraecoordenadoradoCentrodeApoiodasPromotorias deJustiadaCrianaedoAdolescente,Miriande FreitasSantos,eopsiclogoeconselheiro-tesoureirodoCRP-08,CelsoDuratJr.Ocoordenadorda ComissodePsicologiaJurdicamediouamesa.

A mesa-redonda Depoimento Sem DanofoicompostapelapsiclogadoTribunalde JustiadoRiodeJaneiro,EstherMariadeMagalhesArantes(CRP-05/03192),psiclogaeCoordenadoradoNcleodeOrientaoeAtendimento aDependentesQumicos(NOAD),CliaOliveira Cunha(CRP-08/00477),promotordeJustia,RodrigoChemim,ConselheiraSecretriadoConselhoRegionaldeServioSocialdoParan(CRESSPR),DaracidaRosadosSantos,eapromotorade justiadoFrumRegionaldaRestinga(PortoAlegre-RS),VeledaDobke.AmediadorafoiapsiclogaDaphneFayad(CRP-08/10333). SegundoSantos,astrsmesas-redondas nortearam-searespeitodacondiodaInfnciae AdolescnciaeaimplantaodoEstatutodaCrianaedoAdolescente(ECA).Ficaevidentequea

situaoqueatingeainfnciaejuventudeestrelegada segundo plano nas polticas governamentais eemoutrasinstncias.Osdebatescontriburam parasensibilizarosparticipantesatransformarem odiscursoemaesefetivas,complementa.3

Mesa-redonda Interdisciplinariedade na Justia.

matriacontato

Medidas socioeducativas do certo em So Jos dosOServiodeatendimentoaoadolescenteemcumprimentodemedidasocioeducativaemmeioaberto-LiberdadeAssistidaePrestao de Servios Comunidade da Prefeitura MunicipaldeSoJosdosPinhais,regiometropolitana de Curitiba, ficou entre os finalistas daterceiraediodoPrmioScio-educando, nacategoriaExecuodeMedidasemMeio Aberto,juntocomosprogramasdeFortaleza (CE)eBeloHorizonte(MG). Oprmiorealizadoconjuntamente peloInstitutoLatinoAmericanodasNaes UnidasparaPrevenodoDelitoeTratamento doDelinqente(Ilanud/Brasil),SecretariaEspecialdosDireitosHumanos(SEDH),Fundodas NaesUnidasparaaInfncia(Unicef)eAgnciadeNotciasdosDireitosdaInfncia(Andi), e tem como objetivo identificar, sistematizar epremiarprticaspromissorasnaaplicaoe execuodasmedidassocioeducativasnopas, a fim de fortalecer o Sistema de Garantia de DireitosconsubstanciadonoEstatutodaCrianae doAdolescente(ECA)enoSistemaNacionalde AtendimentoSocioeducativo(Sinase). OServioemSoJosfoiimplementadoemoutubrode2002ejatendeu,atjunhode2008,876jovens,sendo648emliberdadeassistidae228emprestaodeservios. Oprogramavisaatenderoadolescenteesua famlia,realizandoumtrabalhosocioeducativo nointuitodepromoveraintegraofamiliar, comunitriaeescolar.Osjovensatendidostem entre12e18anosesoencaminhadospeloPoderJudicirioemdecorrnciadaprticadeato infracional. Este trabalho realizado por uma equipemultidisciplinar,compostapelacoordenaodaAssistenteSocialJandiraMariaVieira(CRESS2189),daassistentesocialAndrea CristinadeOliveiraGabilan(CRESS2476), psiclogaTerezinhaKulka(CRP-08/06694-2),22 contato

Pinhais

pedagogasSniaReginadosSantoseEdilene MoroSzabelskieaeducadoraAndraAparecidaCordeirodeAbreu. Conforme o relato das profissionais, sodesenvolvidasatividadesdentrodaespecificidade da formao e contempladas no conjuntodotrabalho,emequipe.Atrocamuito importante,oxitodonossoservioemfunodaintegraodaequipe,declaraapedagogaSonia.ApsiclogaTerezinharessaltaque ainterdisciplinariedademuitoimportante. Com vrios profissionais conseguimos trabalhardiversassituaesdoadolescenteedasua famlia,explica. Emsetembrode2008foilanadoum cadernochamadoMedidaSocioeducativaLiberdadeAssistidaRelatodeumaPrtica:ImplantaoeFuncionamentoI,notextocada profissional aborda sobre sua respectiva rea e otrabalhointerdisciplinar.Tambmsocitadascaractersticasdosadolescentesedesuas famlias. ApsiclogaTerezinhacomentaquea organizadoradocadernofoiapsiclogaCleia Cunha(CRP-08/00477),queincentivouogrupo paraquesistematizassemasaesdesenvolvidas,idiasugeridaduranteotrabalhodeassesssoria. Ela foi incansvel, afirma Terezinha. ParaCleia,ocadernofoiescritocom intuitodemotivaroutrostcnicos,administraesmunicipaiseorganizaesno-governamentaisparaapossibilidadedeumtrabalho emmeioabertosemchegarmosamedidade privaodaliberdade. Os profissionais de Servio Social desenvolvemasseguintesatividades:recebemos adolescentesencaminhadospeloPoderJudicirio;entrevistadeacolhidacomosadolescentesecomafamlia;apresentamosobjetivos

doprogramaeosistemadeavaliao;encaminham o adolescente rede de servios municipais,quandonecessrio;auxiliamnaaquisio dadocumentao;quandousuriodedroga, orientameencaminhamparatratamento;organizamoGruposocioeducativodeadolescentes, convidando profissionais de diversas reas para discussosobrevriostemas;realizamvisitas domiciliares;registramearquivaminformaes coletadas.Ecomosdemaismembrosdaequipeelaboramrelatrios,avaliaes,orientamos adolescentes quanto a sua formao profissional -quandosoencaminhadosaoprogramaAdolescentesAprendizparaestgioremunerado. Apedagogiaanalisaasituaoescolar doadolescente;faztrabalhodeconscientizaosobreavidaescolar;articulasuamatrcula; avalia o rendimento escolar; orienta profissionalmente;criaparceriasnasescolasouemlocaisdeatendimentodoadolescente. DeacordocomapedagogaSnia,o trabalhodereinserodoadolescentenaescola necessitadesensibilizaoconstante,comos estabelecimentosdeensino,afamliaeoadolescente.Porisso,sorealizadasreuniescom diretores,paramobilizar,sensibilizaredesmistificar a viso do adolescente em conflito com a lei, afirma Snia. Paraaequipe,aPedagogiaumadas peasfundamentaisdareinserodoadolescentenaescola,maslembramquenoaresponsvelporesseadolescente,esimsuafamlia. Muitasvezes,quandoocorrealgumproblema naescola,ligamparaaequipe,comentamas profissionais. Osatendimentospsicolgicosdoadolescenteedesuafamliasorealizadoscomperiodicidadesemanalouquinzenal,podendoser intercaladocomgrupossocioeducativosoupermanecerindividualmente,conformeavaliao.

Eladestacaquealgunsadolescentes demoramemestabelecerumarelaodeconfiana para contar quais os motivos e causas porestarcumprindoamedida,porissoosjovens tambm avaliam os profissionais. Eles precisam da confiana dos profissionais, por issoimportantepermitirqueosadolescentescontextualizemascircunstnciasdainfrao e reflitam sobre a conduta, para que percebampossibilidadeseesbocemumprojetode vida,rompendocomascondutasinfracionais, exemplifica. NaPrestaodeServios,osadolescentestmoacompanhamentodaeducadora epedagoga,queencaminhameorientamojovemdecomosecomportarnaentidadequeir prestarservio.Astarefassoatribudasconformeasaptidesdoadolescente,devendoser prestadascomjornadamximadeoitohoras semanais.Naavaliao,osadolescentesgeralmentedizemqueaprenderammuito,falaAndraAparecida. Algumas caractersticas dos adolescentes De acordo com as profissionais os jovensgeralmentetmoseguinteperfil:sexo masculino,comrelaespermeadasporviolnciaintrafamiliar,usoabusivodelcoole outrasdrogaspelosfamiliarese,conseqentemente,pelosadolescentes,sistemasfamiliaresemqueaprimeirageraocuidadaterceira (avs cuidam dos netos), um nmero significativonoconheceopaioumantmumcontato superficial. Apsiclogacontaqueamaioriadestesjovens,aprincpio,verbalizaquenoquer

Equipe do programa

Fotos: Arquivo, Marco Michelini

Apsiclogaesclarecequeoprimeiro contato com o adolescente define a qualidade darelaoequehapreocupaodeestabelecerumvnculo.Umarelaoderespeito,afetiva,independentedainfrao,equeirgarantir oandamentodoprocesso,contaTerezinha.Segundoela,ofoconoprimeirocontatodesencadearoprocessodeimplicaoparaodesenvolvimentodotrabalho.OsetordePsicologia deveratornar-seumespaodeaprendizagens, emqueoadolescentedescobrirqueocompromisso com ele mesmo, afirma.

conheceroureaproximar-sedogenitor.Porm,essarelaotrazpendncias-importantes paraoentendimentodofuncionamentofamiliar que podem impedir ou dificultar o desenvolvimentoeprocessodeindividualizao,explana. Paraela,oatendimentodafamlia temcomoobjetivoprestarorientaoeauxlio.Essesadolescentes,muitasvezes,voao atodainfraocomoumaformadedizerque algonoestbem.umpedidodesocorro,que nestecaso,apresenta-secomorecurso natentativadeser ouvido, expe Terezinha. Por isso, por meio do exerccio de seus papis, os paiscontribuem para o amadurecimento deste jovem, auxilian-

do-onorompimentocomacondutainfracional. Ao serem ouvidos, os jovens en contramoutraformadeveremarealidade edeserelacionarem,diz. Devido aos resultados, as profissionais acreditamnoprograma.EssaumademonstraoqueocumprimentodoECAtemresultado,priorizandoasmedidasemmeioaberto emdetrimentodasdemeiofechado,declara Terezinha.3

contatoentrevista

Quando o amorOsmeiosdecomunicaoconstantementetmnoticiadocasosderelacionamentos amorososqueacabamemtragdias.Umdos maisrecentesfoiocasodeEloCristinaPimentel,15anos,eLindembergFernandesAlves, 22. Inconformado com o fim do namoro, Alvesdecidiurenderaex-namoradanodia 13deoutubro.Ocrcereduroucercade100 horaseterminoutragicamentecomamorte deElo.Algunsdiasaps,emCuritiba,uma meninade17anosfoiseqestradapeloseu ex-namorado,21,pormfoilibertadaalgumas horasdepois. Em torno de tantos casos, como a Psicologiapodeexplicarochamadoamor patolgico,quemuitasvezesacabaemcrime passional.Parafalarsobreoassunto,arevista Contatoentrevistouapsicloga,especialista emPsicologiaclnica,analticaepsicodrama, presidentadoCentrodeDesenvolvimento, IntegraoePesquisadaPessoa(CDIPP)eda AssociaoParanaensedePsicodrama,Ellen LambergCarneiroBond(CRP-08/00689). Contato:O que o amor patolgico? Ellen: Oamoremsi,sempresadio.Amaneira comoovivemosquepodetorn-lodoente. Oqueesperamosdoamoremtodososnossos vnculos,queexistadilogo,compreenso eafetoequepossaserdemonstradocomum beijo,abraoepalavrasgentis.Quandoocorre oinverso,temosumsinaldequehalgoerrado e/oudistorcido.Umavisodeummaufuncionamento,algummecanismooudinmicaque aparececomosintoma. Devemoscompreenderqueoamornos trazalegriaefelicidade,quandohreciprocidade.Poroutrolado,rejeioouperda,nos fazsofrerprofundamentenamesmamedida. Felicidadeedorsoseparadosporumalinha tnue.Aomesmotempoemqueadorpodeser responsvel por transformaes significativas emnossasvidas,poderquandosentidainten24 contato

vira doena...saeexcessivamente,tornarapersonalidade vulnervel,fazendoemergirpatologiaslatentes eoaparecimentodoprocessodeadoecimento doamor. essencialaodesenvolvimentoafetivo dojovem,viverarelaoamorosaemsuador, seuinfortnio,podendoexpressarsuaemoo aoinvsdesufoc-loeassim,fazeroaprendizadoesuperaodesuasfrustraes.nas relaes primrias filho me pai, que se instauraadinmicavincularquemodelaros futurosrelacionamentos. Aperguntamefazlembrarumareportagemdarevistaveja/2007queanunciava: Perigo:Humpsicopataaoseulado,amatriatrazia,almdeoutrasinformaes,ofato dequeapsicopatiaeramuitomaiscomum doquepoderamosimaginar.Damesmaforma, ofuncionamentopatolgiconoamorpodese expressaremdiversassituaes,dediversas maneiras,emqualquerlugar,porqualquer pessoa. Contato:Como essa dinmica que faz com que a doena se instaure? Ellen: Adinmicaofuncionamentodorelacionamentoentreacrianaeameeposteriormente acrianaeopai.Eaformacomosentidopor elaestabeleceracapacidadedeamar. Opsicodrama,cujocriadorJacob LevyMoreno,emsuateoriadepapis,acredita que,oeuemergedospapis,ouseja,apersonalidadeformadaapartirdodesempenhodo papel de filho nosso primeiro papel na vida. Cadapapelexigeumcontra-papel,nocaso, ameedepoisopai.exatamentea,neste tringulo,nestejogorelacional,queformamos abasedenossoolharparaomundo,aprendendoanosrelacionar.Aspatologiastambmse cunhamapartirdestafase.Nodecorrerdavida, nodesenvolvimentodeoutrospapis,temosa possibilidadedereporcarnciasefaltas,sofridas nesse primeir o m o m e n t o. No trabalho com crianaseadolescentesvtimasdeviolncia eabusosexual,observamos quenamaioriadasvezesos abusossointra-familiares. As vtimas podem sobreviver violncia,mascomseupsicolgicocompletamenteabalado,os percentuaisapontamqueos abusadores,namaioriadas vezes,sofreramviolncia quandocrianas.Adinmica vincular familiar demonstrada ai. A forma comovocaprendeaamar, comeadesdemuitocedo.Ento, hpessoasqueacreditemqueamar seracariciadoeoutrasqueacreditamque amarseragredido,eassimpordiante. Aformacomovocsente,compreende einteriorizaestevnculoafetivo,seraforma comotenderarepeti-lonasoutrasrelaes desuavida.Aspsicoterapiaseostrabalhosde intervenesnestescasos,envolvemotrabalho comarededevnculosfamiliares. Contato:A senhora acredita que o amor patolgico pode se dar em outros relacionamentos, no somente entre um casal? Ellen: Aomeuver,apessoaquandoestdoente, podesentiresseamordesenfreadoporqualquer um que tenha significado, filho, enteado, me epai,atmesmonumarelaodeamizade. Muitasvezes,norelacionamentopatolgico, umcomplementaapatologiadooutro.Aquelevelhoditadoquandoumnoquerdoisno brigam.Naturalmenteestenoocasode menores,porqueelesseencontramsubjugados aopoderdoadulto.

Contato:Quem sofre desse amor patolgico viu essa relao em casa? Ellen: Nonecessariamente,masalguma vivncianafasedeseudesenvolvimento dever ter tido um significado que se associaraestaquesto.Apatologiased emdiversosnveis.Emumnvelmaisleve, umapessoaciumenta,queincomoda,mas no violenta fisicamente com a outra. No caso deumapatologiamaisextrema,oncleosciofamiliar ter sua influncia, talvez, a origem daquestoequecertamentefoireforadaem outrospapis,ourelaes,porqueocomum queadinmicaserepita. Contato:Como perceber que o amor est se transformando em uma patologia? Ellen : Q u a ndo a pessoamantma integridade de sua identidade, pode at sentir cimesdooutro, porque afinal o seu objeto de amor, comotambm,compreenderedriblarocimedo outro. Esse sentimento no impossibilitaooutrodeviversua individualidade. Apatologiaficaclara,quandoum tentaimpedirooutrodeexercersualiberdade,comoseooutrofosseumapartedele.A liberdadeumparmetro,poissemelanose podeserespontneo,eoamorverdadeiroexige espontaneidade.Ocimeexcessivo,ocontroleexacerbadosobreooutroeadependncia, sosintomasdeumamorpatolgico.Sabemosqueadependnciafazpartedeumafase dodesenvolvimento.Arelaosimbiticacom ameemumprimeiromomentonecessria esaudvel.Oserhumanonamedidaemque cresceesedesenvolvedevercaminharrumo asuaautonomia.Oamadurecimentoseda partirdomomentoemqueumserdependente setornaindependente.Quandoistonoocorre,apatologiaseinstalouporquenohouveo desprendimentodoobjetododesejo.Apessoa dealgumaformaficafixadanooutro,num determinadomomento,nocaminhandorumo asuaautonomia.

Contato:Atualmente h mais casos na mdia de amor patolgico, crimes passionais. Isso vem aumentando? Ellen: Euachoqueissosempreexistiu.Hojea gentesabemaiscoisasdoquesabiaantigamente.Nuncaaquestodaviolnciainfanto-juvenil foitoabordadaeoscasoscontinuamacontecendo.Ningumfalavaeningumtinhatanto medoqueoseufilhosofresseumabusona esquinadesuacasa.Acreditoqueadiferena scio-econmico-culturaldeumpovocontribui paraessesnveisdedoenaecomportamento. Massabemosqueamulhermortanafavelae tambmnaaltasociedadeemnomedoamor. Eu acho que existe um reflexo do nosso tempo e queasociedadeestmaisviolenta,vemosisso nafaltadetolernciaqueaspessoastmumas comasoutras. Contato:Como as pessoas com esse tipo de transtorno chegam aos consultrios dos psiclogos? Ellen: Quandoapessoachega,nopensaestar comumapatologia,vememfunodealguma pressoqueestsofrendo,comoocasamento, umaperda,trauma,entreoutros.difciluma pessoaquevenhahoje,pensandoapenasemse conhecer;elasvmprocurandoresolveruma questobempontual.Econformeoprocessoteraputicocaminha,outrasquestesvo surgindo,ligadasdiretaouindiretamenteao pontoqueatrouxe.umprocessoquenotem umtempodeterminado,vaicorrernotempode cadapessoa. Contato:As chances de um amor patolgico acabar em crime passional so grandes? Muitos profissionais, psiclogos e psiquiatras, disseram

que no caso do Lindemberg, ele j foi disposto a matar. A senhora pensa o que sobre isso? Ellen: Acreditoqueumamorpatolgicopode acabaremumcrime,pois,apatologiafazuma ligaocomamorte.NocasodoLindemberg,aspessoascommaisexperincianesse tipodesituaoatpodemterumapreviso, mas nunca uma certeza, pois o ser humanosingulareimprevisvel.Existemmuitos chaves,como:quandodizquevaisematar, nosemata,masconheovrioscasosde pessoas que disseram que iam se matar e sematarammesmo,etevealgumqueno acreditounisso. Ento,vocnopodeterumacertezaabsolutadeumaaoereaodealgum. Vocapenaspode,comalgumaexperincia, dizerquenamaioriadoscasospodeacontecer umadeterminadaatitude. Contato:Muitos casos de violncia acontecem quando os abusadores esto sob efeito de drogas. Como funciona a droga nesse processo? Ellen: Adrogadesobstruioscanaisdacensura easpessoascolocamparaforaaquiloquetem dentrodesi.Seapessoajtemumatendncia,umtrao,adrogafaraliberaodisso. Dizemqueapessoasobefeitodedrogasno temconscincia,elapodenoterconscincia, masoquefazjestavadentrodelaemalgum lugar.Sevocconversarcomumalcoolistaque cometeualgumato,elevaifalarquefezoque queriafazer,queapenasteveacoragemdefazlosoboefeitodolcool.Eusempredigopara quemusadroga:adrogapodeseroseupior inimigoporquepoderliberaroquevoctenta esconder,almdedestruirsuasade.3

Fotos: Franque de Win, Maciej Lewandowski

matriacontato

SerFotos: Aleksandra P., Roy Caruana-Clark

me

ou no ser?Eis a questo.Emsetembrode2008,oSupremoTribunal Federal(STF)realizouaudinciapblicasobreainterrupodegravidezporanencefalia.Foramquatrodiasemqueosdoisladosdefensoresecontrriosaoabortoargumentaramcomopinies, palestras e dados cientficos. Na audincia pblica propostapelorelatordaArgiodeDescumprimentodePreceitoFundamental(ADPF)54,ministroMarcoAurliodeMello,foramouvidosrepresentantesde25diferentesinstituies,ministrosde Estado,cientistas,entreoutros. No Brasil, o Cdigo Penal define o aborto comocrimecontraavida.Noconsideradocrime emdoiscasos:quandoagestaodecorrentede estuproouquandonohoutromeioparasesalvar avidadame. Apesardeserconsideradocrime,umapesquisadivulgadaem2007,doIpasBrasilorganizaono-governamentalinternacionalquetrabalha comoobjetivodereduzironmerodemortesedanosfsicosassociadosaabortamentoseInstituto26 contato

deMedicinaSocial(IMS)daUniversidadeEstadualdoRiodeJaneiro(UERJ),estimaqueocorram anualmente1.054.243abortosnopas.Oestudo foifeitoapartirdeestimativasdasinternaespor abortamentoregistradasnoSistemadeInformaes HospitalaresdoSUS,acuretagemps-abortoo segundoprocedimentoobsttricomaisrealizado nosserviospblicosdesade.Segundoodossi chamadoAbortoInseguro,elaboradoem2001pela RedeNacionalFeministadeSadeeDireitosSexuaiseDireitosReprodutivos,cercade250milinternaesparatratamentodascomplicaesdeaborto ocorremporanonoBrasil. Paraapsicanalista,mestreemEducao, psiclogaeresponsvelpeloProgramaTravessias, VniaReginaMercer(CRP-08/00508),otemado abortohojecontinuapermeadoporumahipocrisia, poisenquantoasmulheresquetmumacondio scio-econmicamaisfavorvelrecorremaclnicasparticulareseoptampeloaborto,realizando-o comatendimentodequalidade,asmulheresmenos favorecidasnotmrespaldodasadepblicapara

estasituao,sendoatendidasclandestinamentedeformaprecria, muitasacabamtendocomplicaesclnicas,almdeseremcriminalizadaspeloato.Nospasesondeoabortojlegalizado,a sadedamulhermaisprotegida,explicaapsicloga. Vnia acredita que o profissional da sade deve considerar osvaloresreligiososdosseuspacienteseindependentedasuacrenaterumaposiohumanaerealistasemdesconsideraroaspecto espiritual.Masdeixandodeladoreligio,digoquesouafavordo abortocomoumaquestodesadepblica,poisoabortono questodemoralpblica,complementa. Apsiclogaclnica,especialistaemsademental,Joyce KolinskiFischer(CRP-08/07613),expequealegalizaodoabortoumtemabastantecontroverso.Envolveadiscussodevalores deumasociedade,porissotodebatidonocampodaBiotica, conta. Ela aborda dois pontos para reflexo. O primeiro deles comquefunosebuscaestalegalizao,emfunodosdireitosdequem,porqualpontodevistaolhamos?Eooutropontoo quanto assumimos nossas responsabilidades, afinal os bebs que concebemossonossaresponsabilidade.Seno,responsabilidade individual,responsabilidadedetodosenquantosociedade,pontuaJoyce.Paraela,talvezsejaresponsabilidadedasociedade,a prevenodeumagravidezindesejadaeacorretaorientaode jovensparaisso. Ofatoqueamaternidadeparamulherhojeemdiaum assuntopolmico.DeacordocomVnia,atualmenteamulher adiaamaternidade,poisprimeiropensanasconquistaspessoais e profissionais. Esse adiamento muitas vezes faz com que a mulher s constate tardiamente dificuldades para engravidar. A relaocomopaitambmestalterada.Assimcomohhomens queabandonamascompanheirasgrvidas,htambmasmulheresquefazemaproduoindependente,dispensandoosujeitohomem,escolhendoumqualquerparaumencontroourecorrendo aosbancosdeespermaparaengravidar.Abortamopaidatrade homem+mulher=filho. Certas condutas femininas vem contribuindoparaaquiloquenapsicanlisenomeadooesvaziamentoda funopaterna,esclarece. Quando h o desejo de ter um filho e o casal comea a se prepararparaissoeestagravideznoacontececomooesperado,ouseja,necessriorecorreratratamentosparainfertilidade, os dois se deparam com diversos sentimentos. O casal fica com suaintimidadeexpostaemumconsultriomdicotodososmeses, duranteanosenotemcontrolesobreisso.Podesesentirfrgil diantedeumasituaonaqualquemdeterminaomelhormomentoparaterasrelaesntimasumaterceirapessoa(omdico). Oquegeraumnveldeansiedadebastanteelevadoefrustrao, elucidaJoyce. Hmuitasquestesenvolvendoagravidez,desejadaou no.Necessitamosdereconhecimentosocialenossasescolhas precisamserendossadaseaceitaspelasociedadeparaquepossa-

mosviveremharmonia.Umescolhaquevcontravaloresvigentes em uma sociedade pode gerar grandes conflitos sociais e pessoais, explanaJoyce. Aspsiclogasexplicitamqueavaliandopeloladopsicolgico,oaborto,tantoespontneoquantoprovocado,ummomento emqueocorreavivnciadeintensossentimentos.Sejadeumsentimentodeperda,nocasodeumabortoespontneooudechoque, nocasodadescobertadeumagravideznodesejadaeescolhapor umaborto,complementaJoyce. Aspsiclogasdeclaramquehdiversasdiferenasentre umabortoprovocadoeespontneo.SegundoVniaexistediferenaparaamulherseelaqueriaengravidarouno.Umamulherque engravidou,semdesejaressebeb,etiverumabortoespontneo, podenosofrercomisso,podeserumasoluomgicaparaum problema.Desdequehajadesejodobeb,oabortoespontneogera umsentimentodeperdaedesencadeiaanecessidadedotrabalho deluto,comenta. Joyceconcordacomacolegaecomplementaquenocaso deumabortoprovocadoprecisoanalisarquaiseramascondies destagestante,emquemomentoestagravidezaconteceuequais suasmotivaesparaoaborto,paracompreenderquesentimentos estoenvolvidosnestasituao.Esteabortopodeocorreremum momentodemuitafragilidadeemocionaledesamparo,sendoassim,tambmummomentodemuitosofrimento,conta. Masemqualquergravidez,sejaeladesejadaouno,amulhersofrealteraesfsicaseemocionais.Vniacitaumageneticistaargentina:quandoamulherengravidaacionado,nalinguagemdainformtica,umprogramaparadurantenovemeses. Quandoaconteceumaborto,sejaeleprovocadoouespontneo,a gravidezinterrompida,masoprogramacontinuadealgumaforma,semqueoorganismointegreautomaticamenteessainterrupo.Apsiclogacomentaquealmdotraumapsquicooudas interfernciasnofuncionamentoemocionaldamulher,existeum lutobiolgicoemcurso,esclarece. ApsiclogaemembrodaComissodeTanatologiado CRP-08,SolangedoCarmoBowoniukWiegand(CRP-08/03266), dizquenoabortoespontneo,aprimeirapreocupaodetodos comasade.Somentemaistardeaspessoascomeamaperceber oquefoiperdido.Vemalgumaspreocupaes,comoseamulher sercapazdeengravidarnovamente,autocensura,principalmente seoabortotiversidocausadoporalgumaatividade,tambmmuitascensuramosmaridos,elucida. Poucosefalanasociedadesobrearelaodoshomenscom oaborto,masaspsiclogasexplicamqueparamuitospaisador podesergrande.Nohomemquedesejaserpai,olutopodeserat maiordoqueodafuturame,explanaVnia.Opaipodevivenciar dolorosos sentimentos de perda pelo filho, sobretudo se este filho foi desejado ou aceito, necessitando de um processo de lutocontato 27

para elaborar esta perda, declara Joyce. Mas elas afirmam que cadacasoumcaso. J,quandoohomemnoquerserpai,Vniaexpequeele podebanalizaroatodeabandonaramulher.Maistarde,dependendodascircunstnciasdevidadohomem,esseabortopodeser umlamentoougerarsentimentosdeculpa,explica. Aspsiclogasdizemquequandoamulherpensaemrealizarumaborto,devefazerumaconselhamentomaiscompleto,de formaqueapessoaenvolvidapossaexplorarsentimentosambivalentes,discutirasvriasopesereceberapoioemocional.A maioriadasmulheresquebuscaoaborto,fazistocompressae,por causadoestigmaedavergonha,podetomaradecisosemoapoio da famlia e dos amigos, exemplifica Solange. Vniaconsideraqueoabortodeveserumaopodamulher,masnoumaopofortuita.Eladevetrabalharparadeciso, comelaprpriaepessoasprximas-companheiro(setiver),famlia,principalmentesetivermenosde18anos.Asfamliasprecisam criar um canal de comunicao aberto para que os filhos possam tomardecisesmaisresponsveisesembanaliz-las,comapoio afetivo e firmeza, conta. Os casos de gravidez precoce so outro problema.Ameninaperdeainfnciaeaadolescncia,porque quandomeprecocemente,deixaavidadasbrincadeirasequase sempreinterrompeosestudos,prejudicandoseufuturodemulher,

diz.Issotorna-semaiscomplicadoquandoessagravidezresultadodeumabusosexualincestuosoouno. ParaVnia,sonecessriasPolticasPblicasdesadee dereduodaviolncia.necessrioconsiderarqueaausncia deumalegislaomaisrealistaparaoabortoumaviolnciacontraamulher,violnciacontraame,violnciacontraofuturodas crianasquevoviveremcondiesprecrias,explica. Apsiclogaacrescentaquealmdalegalizaodoaborto, sonecessriasoutraspolticas,comooPartoAnnimo-emqueas mes tem todo o atendimento pr-natal e, aps terem os filhos em condiesnormais,podemdeix-losparaadoo-,eCasasdeacolhimento,parecidascomomodelofrancs,deSaintDenis,Paris. Neste caso, as parturientes obrigatoriamente ficam internadassetediasnohospitalapsganharemobeb,casosejadetectadaumaimpossibilidadedessameparaestabelecervnculoscom acriana,sinaisdedepressops-partooupsicosepuerperal,ela encaminhadaaumlar.Aliserfeitootrabalhodeholdingdas mes,comodizWinnicott.Nesselocalpoderopassaralgumashorasdodiaouajornada,porsemanasoumeses,comdireitoalevar seus outros filhos, descreve Vania. No local recebem orientaes sobre como cuidar dos filhos, controlar a agressividade e protegeremosbebsdesiprprias.Sopolticasdemdioprazoquepoderiamreduzirumpoucoanecessidadedasmulheresabortareme a violncia das mes contra os filhos, argumenta Vnia. 3

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