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Livros para ler no verão FILÉ COM CAFÉ O GUAÍBA Ano IX- número 39 – Novembro 2014 – Distribuição gratuita nos postos de pedágio da Concepa

Revista Freeway 39

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Revista Freeway nº 39

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Livros para

ler no verão

FILÉ COM CAFÉ

O GUAÍBA

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Pra ver como são as coisas... Em meio a todo esse acelerado boom do mundo virtual, com tablets, smartphones e seus aplicativos cada vez mais evoluídos, nós estamos aqui, abrindo essa nova temporada (que bom que o verão sempre volta!) com uma ampla reportagem sobre livros! Sim, os livros de papel, com cheiro de tinta, aqueles mesmos que você pode levar pra beira do mar, pra rede na varanda ou pra debaixo da árvore; aqueles que você pode pegar, sonhar e acarinhar; aqueles que não precisam de eletricidade, nem de ba-teria, plugs ou cabos. Pois acredite, os velhos e bons livros (talvez como um antídoto a esta loucura do mundo digital), estão em alta! As livrarias estão abarrotadas de lançamentos; não há quem não queira ser feliz (“ter filhos, plantar árvores e escrever um livro”) e eles continuam comprindo com louvor seu desiderato de envolver, de encantar, de nos transportar às mais lindas histórias e mais fas-cinantes aventuras. Pois com auxílio de três das maiores editoras brasileiras (a L&PM, a Globo e a Cia das Letras), receba a partir da página 12, sugestões muito especiais de livros para ler no verão. Com direito, logo em seguida, a duas lendas chinesas que você vai adorar. Afinal, ler ainda é o melhor remédio!Matérias como esta nos deixam sempre muito felizes e nos dão a certeza de termos feito mais uma edição bacana. Que ainda traz fo-tos muito legais de Luiz Achutti sobre o nosso Guaíba; o impagável Odorico das Flores; uma breve incursão ao fascinante mundo do Xadrez e a receita, imaginem, de um filé com mostarda e café. Além das dicas e bons textos de sempre e tudo isso embalado por nossos votos de que o seu novo verão seja, mais uma vez, muito legal!

Fernando di PrimioPublisher

Rua Felipe Neri, 312/5º andarFone/Fax: (51) 3012-2412

CEP 90440-150 - Porto Alegre - RS

PublisherFernando di Primio

[email protected](Reg. Prof. 4089/RS)

Editoração/ArteGilson Rachinhas

Revisão/ProduçãoMarcos Borghetti

Nossa capa: Shutterstock

Colaboram nesta ediçãoAirton Ortiz, Andrea Carvalho,

Felipe Ramalho, Luiz Eduardo Achutti, Stephanie Borges,

e Stephanie do Nascimento.

Departamento ComercialCelso Martins

[email protected]

Departamento AdministrativoRoberto Athayde

[email protected]

Atendimento ao Leitor(51) 3012-2412

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APOIO MERCADOLÓGICO MidiaMix — Comunicação Dirigida

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DistribuiçãoPostos de Pedágio da Concepa

A revista FreeWay não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados, que não

refletem, necessaria mente, a opinião da DI PRIMIO ou da CONCEPA. É permitida a reprodução parcial

ou total de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

Concessionária da Rodovia Osório-Porto Alegre S.A.

Rua Voluntários da Pátria, 4813Porto Alegre - RS CEP: 90230-011

Informações: 0800 647 2000www.concepa.com.br

www.triunfoconcepa.com.br

Edição e Comercialização

COMECO

QUE BOM, O VERÃO DE VOLTA...

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FreeWay - Novembro 2014

FILMES

Estreou nos telas brasileiras, o filme SAINT LAURENT, biografia do estilista Yves Saint-Laurent (vivido por Gaspard Ulliel), que nos anos 60 e 70, reinou na alta costura francesa. O filme mostra o seu processo criativo, fotografias, suas entrevistas polêmicas, a relação com o marido e empresário Pierre Berger (interpretado por Jérémie Renier), casos extra-conjugais e a relação com o álcool e as drogas, que quase destruíram o império da marca YSL. O longa, dirigido por Bertrand Bonello, foi pré-indicado a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro em 2015.

Primeiro filme de Carolina Jabor, filha de Arnaldo Jabor, e com roteiro adaptado do conto “Frontal com Fanta”, de Jorge Furtado, BOA SORTE chega às telas no próximo dia 27, com Deborah Secco no papel principal, interpretando Judite, 30 anos, uma portadora do vírus da AIDS que vive um intenso relacionamento com João (João Pedro Zappa), um adolescente problemático, de 17 anos. O centro da história – que tem também Fernanda Montenegro em um dos papéis principais – se passa em uma clínica psiquiátrica onde Judite e João estão internados. Mesmo sabendo que ela não tem muito tempo de vida, o rapaz passa a ver a vida de outra maneira, ao mesmo tempo em que dá um novo sentido para a vida de seu grande amor. Para viver o papel de Judite – seu décimo longa metragem – Deborah Secco emagreceu cerca de dez quilos ou quase 20% de seu peso normal. A estreia de Boa Sorte está marcada para o dia 27 de novembro.

Estreia dia 27 a comédia romântica ELSA & FRED, com Shirley MacLaine e Christopher Plummer nos papéis-título. O filme é a versão hollywoodiana da produção hispano-argentina de mesmo nome que fez grande e inesperado sucesso em 2005. E credenciais não lhe faltam. Além dos atores principais, o filme tem a direção de Michael Radford, (“O Carteiro e o Poeta” e “O Mercador de Veneza”) e um novo roteiro assinado pela italiana Anna Pavignano. Elsa & Fred narra o encontro de duas pessoas que, na melhor idade, descobrem o amor, a aventura e a diversão. Ou seja, viver pequenas aventuras e ter grandes sonhos, usar a imaginação de uma maneira positiva, dançar e fazer grandes e divertidos programas.

ShirleyMacLaine

ChriSTOPherPLUMMeR

marcia gayhaRden

wendellPieRce

jaredgiLMan

chrisnoth

scottbakULa

UMa coMédia RoMânticaPaRa todas as idades.

eLsa&FRedCUATRO PLUS FILMS EM ASSOCIAÇÃO COM RIO NEGRO PRODUCCIONES DEFIANT PICTURES CREATIVE ANDINA MEDIA HOUSE CAPITAL SISUNG FILM FINANCE

LOTUS ENTERTAINMENT RIVERSIDE ENTERTAINMENT GROUP SHIRLEY MACLAINE E CHRISTOPHER PLUMMER “ELSA&FRED” MARCIA GAY HARDEN WENDELL PIERCEJARED GILMAN CHRIS NOTH SCOTT BAKULA ELENCO SHARON HOWARD-FIELD RONNIE YESKEL, CSA MÚSICA LUIS BACALOV SUPERVISÃO MUSICAL ANDY ROSS PROVEDOR MUSICAL CUTTING EDGE

FIGURINO GARY JONES EDIÇÃO PETER BOYLE DIREÇÃO DE ARTE STEPHANIE CARROLL DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA MICHAEL MCDONOUGH, ASC COPRODUÇÃO MARGOT HAND PATRICK MURRAYPRODUÇÃO EXECUTIVA CARSTEN H.W. LORENZ ANGEL LOSADA OSVALDO RIOS JASON HEWITT AARON L. GILBERT GARY PREISLER ROB WESTON LANE SISUNG JAMES GIBB

PRODUÇÃO EDWARD SAXON NICOLAS VEINBERG MATTHIAS EHRENBERG JOSÉ LEVY RICARDO KLEINBAUM ROTEIRO ADAPTADO ANNA PAVIGNANO & MICHAEL RADFORDDIREÇÃO MICHAEL RADFORD

© 2014 cUatro PlUs Films, llc.art & design © 2014 millennium entertainment, llc. all rights reserved.

BREVE NOS CINEMAS diamondfilmsbrasilelsaefred.com.br

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SAINT LAURENT

BOA SORTE

PORQUE A VIDA PODE SER BOA

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BREAKING BAD completa

DVDs

o aBUtReNem só de baladas, celebridades e glamour vive a noite de los angeles, berço de Hollywood. Há também graves acidentes, roubos violentos e crimes cruéis, acompanhados de perto pela polícia e pelas lentes das câmeras de cinegrafistas e fotógrafos. É nesse submundo sombrio do crime e da mídia que se passa o pulsante thriller O Abutre que estreia nas telas em 11 de dezembro. lou Bloom é um jovem determinado e desesperado por trabalho que descobre, quase por acaso, o mundo perigoso e predatório dos nightcrawlings – as minhocas que só saem da terra à noite. O filme marca a estreia, como diretor, do premiado roteirista Dan Gilroy e tem Jake Gyllenhaal (os Suspeitos, contra o tempo), interpretando o protagonista lou Bloom, além de Rene Russo, Bill paxton, Riz ahmed e Kevin Rahm.

por módicos R$ 999,90 você poderá adquirir, a partir de 17 de dezembro uma das séries mais aclamadas pela crítica e premiada de todos os tempos, breaking bad: A SÉrIe COMPLetA. a explosiva saga do professor de química Walter White está disponível em uma edição limitada para colecionadores da série, em embalagem box totalmente exclusiva, e com mais de 55 horas de conteúdo, incluindo todos os 62 episódios (sem cortes ou censura, com 42 minutos cada um, em inglês (DtS HD-ma 5.1), com legendas em inglês, espanhol e português e ainda com dois discos de bônus, com making-off e muitas informações e cenas adicionais.

ali, a leNDa chega às lojas e locadores neste dia 17 de novembro o DVD eu SOu ALI, um filme biográfico que conta a história do lendário boxeador cassius clay, mais tarde muhammad ali. o documentário, dirigido por clare lewis, com 111 minutos de duração, traz arquivos pessoais das gravações de Ali e comoventes entrevistas e testemunhos de seu círculo de amigos e família, incluindo as filhas, o filho, a ex-mulher e o irmão. Ali é um íntimo e enternecedor olhar ao homem por trás da lenda- como ali nunca foi visto antes.

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FILMES

Estreou nos telas brasileiras, o filme SAINT LAURENT, biografia do estilista Yves Saint-Laurent (vivido por Gaspard Ulliel), que nos anos 60 e 70, reinou na alta costura francesa. O filme mostra o seu processo criativo, fotografias, suas entrevistas polêmicas, a relação com o marido e empresário Pierre Berger (interpretado por Jérémie Renier), casos extra-conjugais e a relação com o álcool e as drogas, que quase destruíram o império da marca YSL. O longa, dirigido por Bertrand Bonello, foi pré-indicado a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro em 2015.

Primeiro filme de Carolina Jabor, filha de Arnaldo Jabor, e com roteiro adaptado do conto “Frontal com Fanta”, de Jorge Furtado, BOA SORTE chega às telas no próximo dia 27, com Deborah Secco no papel principal, interpretando Judite, 30 anos, uma portadora do vírus da AIDS que vive um intenso relacionamento com João (João Pedro Zappa), um adolescente problemático, de 17 anos. O centro da história – que tem também Fernanda Montenegro em um dos papéis principais – se passa em uma clínica psiquiátrica onde Judite e João estão internados. Mesmo sabendo que ela não tem muito tempo de vida, o rapaz passa a ver a vida de outra maneira, ao mesmo tempo em que dá um novo sentido para a vida de seu grande amor. Para viver o papel de Judite – seu décimo longa metragem – Deborah Secco emagreceu cerca de dez quilos ou quase 20% de seu peso normal. A estreia de Boa Sorte está marcada para o dia 27 de novembro.

Estreia dia 27 a comédia romântica ELSA & FRED, com Shirley MacLaine e Christopher Plummer nos papéis-título. O filme é a versão hollywoodiana da produção hispano-argentina de mesmo nome que fez grande e inesperado sucesso em 2005. E credenciais não lhe faltam. Além dos atores principais, o filme tem a direção de Michael Radford, (“O Carteiro e o Poeta” e “O Mercador de Veneza”) e um novo roteiro assinado pela italiana Anna Pavignano. Elsa & Fred narra o encontro de duas pessoas que, na melhor idade, descobrem o amor, a aventura e a diversão. Ou seja, viver pequenas aventuras e ter grandes sonhos, usar a imaginação de uma maneira positiva, dançar e fazer grandes e divertidos programas.

ShirleyMacLaine

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marcia gayhaRden

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UMa coMédia RoMânticaPaRa todas as idades.

eLsa&FRedCUATRO PLUS FILMS EM ASSOCIAÇÃO COM RIO NEGRO PRODUCCIONES DEFIANT PICTURES CREATIVE ANDINA MEDIA HOUSE CAPITAL SISUNG FILM FINANCE

LOTUS ENTERTAINMENT RIVERSIDE ENTERTAINMENT GROUP SHIRLEY MACLAINE E CHRISTOPHER PLUMMER “ELSA&FRED” MARCIA GAY HARDEN WENDELL PIERCEJARED GILMAN CHRIS NOTH SCOTT BAKULA ELENCO SHARON HOWARD-FIELD RONNIE YESKEL, CSA MÚSICA LUIS BACALOV SUPERVISÃO MUSICAL ANDY ROSS PROVEDOR MUSICAL CUTTING EDGE

FIGURINO GARY JONES EDIÇÃO PETER BOYLE DIREÇÃO DE ARTE STEPHANIE CARROLL DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA MICHAEL MCDONOUGH, ASC COPRODUÇÃO MARGOT HAND PATRICK MURRAYPRODUÇÃO EXECUTIVA CARSTEN H.W. LORENZ ANGEL LOSADA OSVALDO RIOS JASON HEWITT AARON L. GILBERT GARY PREISLER ROB WESTON LANE SISUNG JAMES GIBB

PRODUÇÃO EDWARD SAXON NICOLAS VEINBERG MATTHIAS EHRENBERG JOSÉ LEVY RICARDO KLEINBAUM ROTEIRO ADAPTADO ANNA PAVIGNANO & MICHAEL RADFORDDIREÇÃO MICHAEL RADFORD

© 2014 cUatro PlUs Films, llc.art & design © 2014 millennium entertainment, llc. all rights reserved.

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SAINT LAURENT

BOA SORTE

PORQUE A VIDA PODE SER BOA

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MÚSICA

AC/DC ANUNCIA ALBUM INÉDITO E TURNÊ MUNDIALApós um ano de incertezas com as notícias relacionadas ao afastamento do guitarrista original Malcom Young, a AC/DC, hoje a mais importante banda de rock australiana confirmou o lançamento de um novo álbum de inéditas, o Rock or Bust, que chega neste 1o de dezembro. O disco é o sucessor de Black Ice, lançado em 2008, com o qual o AC/DC passou pela América do Sul, com um show no Brasil e três na Argentina. A banda também anunciou que devido às suas condições de saúde, Young deixa o grupo, sendo substituído por seu sobrinho, Stevie Young. A boa notícia é que já em 2015 o AC/DC parte numa turnê mundial. Resta saber se Porto Alegre estará agora na agenda. Cabe torcer.

CALMA AÍ, CORAÇÃO

O mais recente e sétimo trabalho de Zeca Baleiro já está nas lojas, em CD e DVD (Som Livre). Em Calma Aí, Coração,

gravado ao vivo, o músico apresenta um repertório baseado no álbum de inéditas O Disco do Ano. O CD traz como faixa bônus “A Maçã”, de Raul Seixas, Paulo Coelho e Marcelo Motta.

Quem esperava por ele, já pode comemorar. A cantora britânica Adele anunciou o lançamento de seu terceiro trabalho de estúdio, batizado de “25”. O álbum pode ser lançado ainda em 2014 e ganhará uma turnê de divulgação logo após seu lançamento. A notícia foi divulgada através do twitter do World Music Awards.

ADELE

Para comemorar seus 50 anos de sucesso, a britânica The Who acaba de lançar um aplicativo gratuito para smarthphones e tablets das plataformas iOS e Android, que serve para promover a nova coletânea intitulada The Who Hits 50, que traz os maiores singles da banda, além de imagens raras e inéditas, e curiosidades. Roger Daltrey embora dizendo que não é muito fã dos smarthphones admite a importância da tecnologia para educar e divertir: “a indústria musical precisa usar todo artifício para manter seus fãs em contato constante com a música. E este aplicativo mostra a nossa história”. Veja como baixar:Apple iOS: http://smarturl.it/TheWhoApp.IOS Android: http://smarturl.it/TheWhoApp.Android.

THE WHO LANÇA APLICATIVO

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O Guaíba

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Um dos símbolos mais expressivos de Porto Alegre, o Guaíba foi fotografado durante dois anos pelo fotó-grafo, Doutor em Antropologia Visual e professor da UFRGS, Luiz Eduardo Achutti. O resultado gerou o livro O GUAÍBA, por Achutti, lançado recentemente com apoio entre outras, da Triunfo Concepa. As belíssimas fotos mostram o Guaíba por diversos e inusitados ângulos: locais de resgate histórico, barcos de pesca, o porto, equipamentos, navios e embarcações enferrujadas, en-tre outras maravilhas que compõem esse nosso cenário. Acima de tudo, Achutti presta ao nosso rio (lago?) uma afetiva homenagem que aqui sintetizamos em algumas das fotos publicadas no seu livro.

O Guaíba

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Não olhar o Guaíba como um cartão-postal, tam-pouco como um assunto a documentar, foi o desafio do fotógrafo luiz eduardo achutti, que fez expedi-ções na orla de Porto Alegre em busca de imagens com valor estético: “Quis apresentar uma visão bem pessoal, lírica e livre, estando apenas atento à questão da estética fotográfica”, diz ele.o livro tem texto de abertura do historiador Voltaire Schilling que nos traça a relação da cidade com a orla ao longo do tempo.

texto que é brilhantemente complementado com um artigo de 25 páginas do jornalista andré Simas pereira. o livro, como um todo, é belíssimo. Graças ao apoio da lei Rouanet - que permitiu várias empresas apoia-rem o projeto, praticamente toda a orla de porto alegre foi visitada e foi possível, inclusive, fotogra-far de helicóptero e de bote. algumas das paisagens que mais chamaram a atenção do fotógrafo foram a ilha do presídio e o farol de itapuã e seus entornos. Vale conhecer. até porque, como diz achutti, “quem não tem barco ou não se dedica dessa forma não sabe o que é o Guaíba. A cidade infelizmente ficou de costas. e não é algo recente: registros mais antigos mostram que os imóveis davam os fundos para o Guaíba. Talvez seja algo cultural”, completa.

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LUIZ EDUARDO ACHUTTI nasceu em Porto Alegre. Formou-se em Ciências Sociais, pela UFRGS e desde 1994, é professor do Instituto de Artes também da UFRGS. É Mestre em Antropo-logia Social (UFRGS) e Doutor em Etnologia pela Universidade de Paris 7 Denis - Diderot. Fotó-grafo desde 1975 (trabalhou no Jornal do Brasil, Revista Isto É e Folha de S. Paulo). E desde 1987 dirige sua agência de fotografia, a Photon.

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Dorme melhor quem faz a escolha certa

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Mais do que nunca, mesmo em tempos desse mundão digital, o velho e bom livro impresso se mantém “na crista da onda”, (para usar uma gíria adequada ao verão)... Os bons livros não saem de moda nunca e podem ser grandes companheiros em mais este verão de sua vida. Veja nas páginas seguintes, sugestões de leitura que recebemos de algumas das melhores editoras do país. E boa leitura!

POeSIAS INÉDItAS & POeMAS DrAMÁtICOS contém tex-tos encontrados em uma lendá-ria arca deixada por FernAn-dO PessOA em 1935, quando de sua morte. São milhares de obras inéditas e anotações das quais foi organizada, a partir dos anos 50, sua “poesia iné-dita”, seguida de seus “po-emas dramáticos”. Poemas esses que, diferentemente da poesia dos heterônimos, não são facilmente encon-

trados nas livrarias brasileiras. a edição traz seu mais conhecido poema dra-mático, “O marinheiro”, que se trata de um tex-to carregado de símbolos, de uma concepção metafísica do universo. o volume, editado pela l&pm, ainda conta com a organização da escri-tora e professora de literatura portuguesa Jane tutikan, que também assina a apresentação, as notas e o ensaio sobre a vida e a obra de pes-soa. Um verdadeiro achado para quem gosta de poesia.

L&PM editores - 352 páginasPreço sugerido: r$ 19,90

MINHA LIStA De PrIOrIDADeS é uma história real. aos 34 anos, David menasche foi diagnosticado com câncer no cérebro. Seis anos de-pois, sofreu uma grave convulsão que tirou parte de sua visão, memória, mobilidade e - talvez a mais trágica de todas as perdas - sua capacidade de ensinar. impossibilitado de con-tinuar dando aulas, o professor decidiu interromper com os tra-tamentos recomendados pelos médicos e montou um plano audacioso: atravessar os esta-dos Unidos para contemplar o oceano Pacífico antes de perder totalmente a visão. Usando o tempo que lhe restava para encontrar antigos alunos e perguntar a eles do que se lembravam do tempo em que passaram juntos. ele havia sido importan-te? tinha feito alguma diferença? Um livro que se debruça com coragem sobre os temas mais comple-xos de nossa existência, nos fazendo refletir sobre o que realmente importa nesta vida.

Cia das Letras- 208 páginasPreço sugerido:29,90

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O MAr É Meu IrMÃO & Outros escritos chega ao leitor brasileiro em uma edição minuciosa que in-clui, além do primeiro roman-ce de Kerouac, contos do início de sua carreira e uma seleção de cartas trocadas com o grande amigo de infância e juventude, Se-bastian Sampas. com um estilo diferente da prosa espontânea kerouaquia-

na que o mundo veio a conhecer, o livro é o retrato de um escritor em desenvolvimen-to, em busca da própria voz e revela os temas que seriam centrais em sua obra: a amizade, o desejo de superar as limitações sociais e, é claro, a experiência da viagem como busca existencial.

L&PM editores - 512 páginasPreço sugerido: r$ 59,00

DIÁrIO DA DILMA “Seis de março: tô com um bode do Lula que nem te con-to! Só tomo bola nas costas! Ele se faz de bonzinho, diz que me apoia, mas fica de ti-ti-ti com o João Santana, de zum--zum-zum com o Rui Falcão. Lá no fundo, ele quer voltar. Mandei um recado na lata: quem cochicha o rabo espi-cha.” esta é a Dilma Rous-seff que aparece nas páginas desse diário fictício: desconfiada, informal, bem-humorada. O Diário da Dilma começou como uma seção de sátira na revista piauí e coube ao jornalista Renato terra assumir a função de “ghost writer” da presidente. A Dilma cria-da por ele é atenta aos mínimos detalhes do pente-ado, adora jogar tranca, paparica o neto, faz fofoca com amigas da casa civil e vive a suspirar por seu príncipe encantado, o ministro das minas e energia, Edison Lobão. Informações de bastidores servem de material: há histórias que parecem brincadeira, mas são dados exclusivos recebidos pelo jornalista. mas entre fato e ficção, o traço que predomina em todos os textos é o humor corrosivo e escrachado.

Cia das Letras - 256 páginasPreço sugerido: r$ 39,50

PIrAtAS NO brASIL, dos historiadores Jean marcel carvalho França e Sheila Hue, tem o aval do

jornalista laurentino Gomes, autor de 1808 e 1889: “uma obra que pode ser lida, simultanea-mente, como um bom trabalho acadêmico e um excelente livro de interesse geral. Tem um texto agradável e acessível, de fácil entendimento mesmo ao leitor comum. PIRATAS NO BRASIL é uma prova de que o estudo da história, além de importante, pode ser exci-tante e prazeroso”. o livro, fruto de ampla pesquisa histórica, narra os

mais importantes ataques e aventuras dos principais corsários ingleses e franceses que saquearam o litoral brasileiro. cada capítulo é dedicado à viagem de um corsário, como thomas cavendish que desembarcou em Santos, em 1591 ou James lancaster que saqueou a capitania de pernambuco ou ainda o francês Jean-François Du clerc que invadiu a Baia de Guanabara.

Globo Livros - 224 páginasPreço sugerido: r$34,90

O LIVrO DO COrPO, obra da atriz cameron Diaz, mostra como ela, nos últimos quinze anos, descobriu a íntima associação entre comida, apa-

rência física e bem-estar. Neste livro, cameron apresenta uma abor-dagem de longo prazo para uma vida duradou-ra, com força e saúde, baseada em fatos cien-tíficos, mas narrada à luz da paixão e de suas experiências pessoais. Um manual inspirador para as mulheres.

Cia das Letras - 312 páginas

Preço sugerido: r$69,90

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POIrOt: QuAtrO CASOS CLÁSSICOSé um livro para quem gosta de suspenses polici-ais. como o nome diz, traz quatro casos clássicos do detetive belga Hercule poirot, magistral cria-ção da “rainha do crime”, agatha christie. excên-trico, vaidoso e perspicaz, o detetive que desven-da crimes com métodos incomuns e muitas vezes surpreendentes, conquistou legiões de leitores no mundo inteiro, ganhou status de lenda e se tornou o personagem mais presente na obra de christie,

figurando em 33 romances e 54 contos. o livro, ambientado nos anos 30 e 40, antes, durante ou logo depois da Segunda Guerra mundial, reúne quatro dos mais instigantes e famosos casos de poirot: Tragédia em três atos (1935), Cipreste triste (1940), A Mansão Hollow (1946) e Morte na praia (1941), onde uma bela e provocante mul-her é estrangulada nas are-ias de uma pequena praia.

poirot, de férias, perscruta todos os hóspedes do luxuoso hotel e descobre que vários teriam razões para ser o assassino.

L&PM editores - 744 páginasPreço sugerido: r$ 64,90

NÃO Se eSQueÇA De PArIS é o segun-do romance da jornalista inglesa Deborah mckinlay (que já publicou seis livros de não ficção traduzi-dos para vários países e escreve artigos para as revistas Vogue, Cosmopolitan e Esquire). o tex-to mistura cartas e gastronomia em uma narrativa leve e sedu-tora que conta o encontro em paris, da tímida e insegura inglesa eve pethwork com o famoso e bem-sucedido es-critor americano Jackson co-oper, que vive nos estados Unidos. tudo começa com uma carta e segue pelo amor pela boa-mesa que estreita os laços entre os dois. o romance mos-tra que todos têm uma chance de ser feliz, indepen-dente da idade, da distância e dos próprios fantas-mas. considerado “absolutamente perfeito”, pelo The New York Times, será lançado no cinema pela BBC.

Globo Livros - 208 páginasPreço sugerido: r$29,90

MISCeLÂNeA SePtuAGeNÁrIA é um dos últimos livros de charles Bukowski a ser publicado em vida e justamente comemora o fato do autor (conhe-cido como “o velho sa-fado” por versar sobre temas tais como sexo, alcoolismo, autodes-truição e vida margi-

nal) ter chegado, em 1990, aos 70 anos, “contrariando todas as expectativas”. Lançado pela l&pm pela primeira vez no Brasil, com a tradu-ção de pedro Gonzaga, o livro traz uma seleção de poemas e contos inéditos. além de seus temas pe-renes, textos sobre a vida de escritor e o ato criativo, em estilo direto, econômico, irônico, recheado com diálogos magistrais. Bukowski, (considerado o último escritor “maldito” da literatura norte-americana) sur-preende seus leitores com arte, sabedoria e o humor ferino característicos dos septuagenários.

L&PM editores - 392 páginasPreço sugerido: r$ 59,90

Sete ANOS reúne crôni-cas escritas por Fernanda tor-res ao longo de sete anos e pu-blicadas em revistas e jornais, como Veja Rio, piauí e Folha de São paulo, que versam sobre cinema, teatro, política ou as-suntos do cotidiano, mas sempre com suas marcas características: o humor, o tom confessional, a in-teligência aguda, o olhar irônico. mas há um texto inédito. É o pun-gente “Despedida”, que trata da

morte de seu pai. por pudor, Fernanda preferira não publicá-lo à época, mas agora decidiu comparti-lhar a experiência dolorosa com seus leitores.Cia das Letras- 192 páginasPreço sugerido: r$ 34,90

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FreeWay - Novembro 201416

MArtHA MeDeIrOS, Crônicas temáticas acabam de ser lança-das, em forma de antologias, pela l&pm e são, sem dúvida, outra grande dica de li-vros para o verão. São três livros, com crônicas selecionadas ao longo de vinte anos, cada um deles tratando de grandes temas que são recorrentes nos textos de martha: PAIXÃO CrÔNICA (textos repletos de amor, sexo e dor), FeLICIDADe CrÔNI-

CA (páginas bem-humoradas, que abordam curtição, amor-próprio e famí-lia) e LIberDADe CrÔNICA (miscelânea de assuntos, que fala desde a mulher contemporânea até livros, filmes e músicas). Para a autora, fica evi-dente “minha inclinação em defender pontos de vista menos estressados, mais condescendentes com o que não temos controle, e também minha bus-ca por vias simplificadas a fim de não sobrecarregar o cotidiano. E as capas das três antologias traduzem esse espírito anárquico diante do que é tão caro a todos nós: justamente a paixão, a felicidade e a liberdade. Temas com-plexos, difíceis, mas que nem por isso precisam ser tratados com sisudez”.

L&PM editores - 248/ 256 e 256 páginasPreço sugerido: r$ 29,90 cada um

LuZeS DA rIbALtA em 16 de maio de 1952, a retumbante estreia de luzes da Ribalta num apinhado ci-nema da leicester Square, em londres, selou a con-clusão de um longo projeto criativo de charles chaplin. A gênese do seu último filme realizado nos eUa remonta-va a 1916, quando em mete-órica ascensão em Hollywood, o jovem chaplin foi visitado pelo mítico bailarino russo Vaslav Nijinsky, que pouco depois abandonaria a dança com esqui-zofrenia. No anos 40 chaplin voltou ao tema da de-cadência física e artística de um bailarino e escre-veu um argumento sob a forma de novela, que se manteve inédito por mais de seis décadas até ser editado pelo seu biógrafo oficial, David Robinson. a história de calvero, um palhaço velho, decadente e bêbado, e seu amor platônico pela jovem bailari-na suicida thereza, foi transposta para as telas com poucas alterações substanciais. A edição, ilustrada por reproduções de documentos e fotografias do charles chaplin archive, inclui um ensaio de David Robinson sobre a criação do romance e do filme, bem como sobre o ambiente cultural da londres de 1914 retratada por chaplin.

Cia das Letras - 224 páginasPreço sugerido: r$ 64,90

ASSIM FALOu ZArAtruStA é a mais cé-lebre das obras do grande filósofo Friedrich Nietzche (amado, odiado, incompreendido, e mal interpretado, mas jamais ignorado) e desde a época de seu lança-

mento instiga e divide os críticos e sua influência se estende para muito além da filosofia, inspirando autores como carl Jung e thomas mann. ali-ando poesia e discurso filosófico e sedimentando alguns dos conceitos como “o super-homem, a vontade de poder e o eterno retorno”, a obra foi considerada pelo próprio autor como o seu trabalho mais importante e íntimo. Havia sido lançada separadamente, en-tre 1883 e 1885. a edição completa saiu apenas em 1892, organizada pelo aluno

e amigo peter Gast, após o autor sofrer um colapso nervoso que o deixou incapacitado. agora, relan-çada pela l&pm, esta nova tradução, diretamente do alemão, mantém a musicalidade e a verve do original e convida o leitor brasileiro a mergulhar nesta que é uma das mais enigmáticas e fundamentais obras filosóficas de todos os tempos e que continua a influ-enciar e a desafiar todo aquele que ousa desvendá-la.

L&PM editores - 224 páginasPreço sugerido: r$34,90

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FreeWay - Novembro 201418

Esta célebre lenda, extraída do livro taoista Liezi (Livro do Mestre Lie), faz parte de uma coletânea de contos e lendas populares produzidas por volta do século IV a.C.

As montanhas Taihang e Wang Wu, cuja circunferência era de 7 mil li e que mediam 100 mil pés de altura cada uma, ficavam ao sul de Jizhou e norte de Heyang.

O Velho da Montanha do Norte, de quase noventa anos de idade, residia atrás dessas montanhas que bloqueavam seu caminho para o sul, obrigando-o a contorná-las cada vez que precisava viajar. Certo dia, cansado dos dois gigantescos entulhos à sua frente, resolveu dar um basta. Convocou uma reunião em família e disse, apontando:

– Decidi remover estes dois montes que impedem nossa pas sagem e nos obrigam a dar uma imensa volta para chegar aonde queremos. Quem me ajuda?

A MISSÃO IMPOSSÍVEL

O VELHO TOLO DA MONTANHA

Suas quimeras iam além de todas as fronteiras. Todos ficaram surpresos por alguns momentos, digerindo a espantosa novidade. Então, a mulher do velho Yu Gong disse:

— É uma tarefa impossível. As montanhas são absurdamente gigantescas e, mesmo que fosse possível removê-las, não teríamos onde colocar os entulhos.

— Sempre vivemos aqui com estas duas montanhas atravancando nosso caminho, por que raios agora iremos mudar as coisas? – per guntou um terceiro.

Os demais subiram e desceram a cabeça, concordando, pois as palavras do velho não tinham grande fundamento. Surgiu, no entanto, alguém que também era da espécie que não deixa as coisas como estão e não descartava a ideia de remover as montanhas. Argumentou com veemência a favor do velho e, após uma calorosa discussão e muitas

Pra completar nossa matéria sobre livros, vai aqui uma “degustação”. Estamos publicando, para seu deleite, duas das 75 “melhores lendas chinesas” reunidas em livro (editado pela L&PM) pela professora e tradutora Carmen Segafredo. Você vai ver, trata-se de uma leitura deliciosa e cheia de significados. As lendas versam sobre a milenar sabedoria chinesa, as grandes construções, batalhas e as relações de poder entre os soberanos e seus súditos.

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Esta célebre lenda, extraída do livro taoista Liezi (Livro do Mestre Lie), faz parte de uma coletânea de contos e lendas populares produzidas por volta do século IV a.C.

As montanhas Taihang e Wang Wu, cuja circunferência era de 7 mil li e que mediam 100 mil pés de altura cada uma, ficavam ao sul de Jizhou e norte de Heyang.

O Velho da Montanha do Norte, de quase noventa anos de idade, residia atrás dessas montanhas que bloqueavam seu caminho para o sul, obrigando-o a contorná-las cada vez que precisava viajar. Certo dia, cansado dos dois gigantescos entulhos à sua frente, resolveu dar um basta. Convocou uma reunião em família e disse, apontando:

– Decidi remover estes dois montes que impedem nossa pas sagem e nos obrigam a dar uma imensa volta para chegar aonde queremos. Quem me ajuda?

A MISSÃO IMPOSSÍVEL

O VELHO TOLO DA MONTANHA

Suas quimeras iam além de todas as fronteiras. Todos ficaram surpresos por alguns momentos, digerindo a espantosa novidade. Então, a mulher do velho Yu Gong disse:

— É uma tarefa impossível. As montanhas são absurdamente gigantescas e, mesmo que fosse possível removê-las, não teríamos onde colocar os entulhos.

— Sempre vivemos aqui com estas duas montanhas atravancando nosso caminho, por que raios agora iremos mudar as coisas? – per guntou um terceiro.

Os demais subiram e desceram a cabeça, concordando, pois as palavras do velho não tinham grande fundamento. Surgiu, no entanto, alguém que também era da espécie que não deixa as coisas como estão e não descartava a ideia de remover as montanhas. Argumentou com veemência a favor do velho e, após uma calorosa discussão e muitas

Pra completar nossa matéria sobre livros, vai aqui uma “degustação”. Estamos publicando, para seu deleite, duas das 75 “melhores lendas chinesas” reunidas em livro (editado pela L&PM) pela professora e tradutora Carmen Segafredo. Você vai ver, trata-se de uma leitura deliciosa e cheia de significados. As lendas versam sobre a milenar sabedoria chinesa, as grandes construções, batalhas e as relações de poder entre os soberanos e seus súditos.

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propostas, todos chegaram a um consenso: não era totalmente impos sível, como parecera de início, retirar as montanhas. Afinal, como diz o provérbio chinês, não importa o tamanho da montanha: ela nunca será tão grande que possa tapar o sol.

— Caso concordássemos, como faríamos? – perguntou um dos filhos do velho.

— Tirando um pouco de terra por dia até que o caminho fique nivelado para seguirmos sem obstáculos ao sul de Yu Prefeitura e do Rio Han.

— Por que não? – disse outro de seus filhos.

— Não vai ser fácil remover uma montanha como Taihang e Wang Wu – ponderou a velha –, e ainda não foi dito onde vamos depositar a terra e as pedras.

— Podemos levá-las para as margens do Mar de Bohai e para o norte do Yintu – disse um dos filhos. Todos concordaram.

– Vamos lá, mãos à obra! – disseram então os filhos e netos e todo o pessoal que se encontrava reunido.

Assim, os homens começaram a quebração das rochas com golpes de picareta, enquanto os mais jovens carregavam os entulhos em cestos e caixotes de lixo até as margens do Mar de Bohai.

— Posso ajudar? – prontificou-se um garotinho de sete anos, filho de Jingcheng, uma vizinha viúva.

— Por que não? – respondeu o velho, passando a mão suja na cabeça do pequeno.

No afã do trabalho surgiu um ancião, chamado Zhi Sou, “velho sábio” em chinês, que os vendo desatou a rir:

— O que meus velhos olhos de sábio não são obrigados a ver nesta vida!? Tolices e mais tolices! Vocês, sozinhos, jamais conseguirão arrasar essas duas montanhas enormes.

— O senhor é tão arrogante e presunçoso que fica cego para a razão – respondeu o Velho da Montanha, num sinal de quem afasta uma mosca

do nariz. – Nunca ouviu o sábio mestre falar: “Trans-portai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”? Ora, eu pretendo fazer o inverso. Tirar um punhado de terra por dia da montanha até fazer uma planície. Qualquer viúva ou criança sabe mais do que você! Quando eu morrer, meus filhos continuarão, e depois os filhos de meus filhos, e assim por diante até o infinito. Minhas futuras gerações estarão sempre aumentando, ao contrário destas duas montanhas, que já não podem crescer e a cada golpe de picareta tornam-se menores. Por que razão, então, não poderemos, no final das contas, eliminá-las?

O Velho Sábio da Curva do Rio coçou a cabeça e não soube o que responder. Refutados os presunçosos pontos de vista de Zhi Sou, Yo Gong continuou inabalável, a escavar dia após dia a montanha, o que chamou a atenção do deus da serpente, no céu de Tian, que foi relatar ao Deus Celestial o que andava acontecendo na terra:

— Há um velho maluco que não sabe que é impossível ao homem mover montanhas e está fazendo isso. Ele e seus herdeiros carregam um pouco de terra por dia, inverno vai e verão vem. Mas a montanha continua mais firme do que nunca.

— Vá até Yaochi e traga até mim dois dos Oito Imortais, filhos de Kua’ershi que lá habitam – ordenou o Deus Celestial, após ouvir as palavras do deus da serpente.

Tão logo o mensageiro retornou com os dois, disse Deus Ce lestial:

— Desçam vocês dois à terra, coloquem nas costas uma mon tanha cada um e removam-nas, uma para o leste de Shuo e a outra para o sul de Yong.

Assim foi feito e, com a determinação do velho e a ajuda dos deuses, sumiram as duas montanhas entre Jizhou e o Rio Han. Tudo graças ao Velho Maluco que não sabia que era impossível e ousou fazer.

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No século IV a.C., a China encontrava-se no Período dos Reinos Combatentes, época em que, como o próprio nome diz, sofreu terríveis e sucessivas guerras.

Funcionário do Reino Wei, Sun Bin foi perseguido por seu colega Pang Juan e salvo pelo enviado especial do reino Qi. Logo após a chegada ao reino Qi, o enviado especial apresentou-o ao general Tian Ji, e este pediu que Sun Bin lhe ensinasse a arte de guerra. Durante três dias e três noites, Sun Bin repassou seus conhecimentos ao general, sem qualquer espécie de arrogância, como costuma ser com aqueles que detêm o verdadeiro saber. – Você conquistou o meu respeito, Sun Bin – disse Tian Ji, numa profunda e lenta reverência ao seu professor. A partir de então, Tian Ji passou a tratar Sun Bin como seu respeitável hóspede, e este, em contrapartida, elaborava as estratégias do general. Suas diversões prediletas como nobres do reino Qi eram as corridas de cavalo. O rei e seus ministros eram afeitos a esse esporte e costumavam apostar alto. Muito alto! Tian Ji já era reincidente em perder e sempre retornava para casa abatido e triste. Da última vez, entretanto, ficara inconsolável como se tivesse perdido um ente querido. – É apenas uma corrida de cavalos – animou-o Sun Bin ao vê-lo tão arrasado. – Mas é tão importante para mim ganhar a corrida ao menos uma vez na vida... – respondeu ele, os olhos úmidos. – Da próxima vez, vou junto para ajudá-lo a garantir a vitória... – decidiu-se o discípulo, pronto a ajudar o mestre. Assim, na vez seguinte, Sun Bin acompanhou Tian Ji para assistir à corrida. No local onde todos se aglomeravam, Sun Bin ficou sabendo que os cavalos

eram divididos em três categorias: superior, médio e inferior, de acordo com a sua velocidade. O que ganhasse duas das três corridas obteria a vitória na competição. Depois de uma observação detalhada, Sun Bin descobriu que os cavalos de Tian Ji não tinham importantes diferenças: eram bons. Ruim era a tática dele. – General, o senhor pode ficar tranquilo – disse a Tian Ji. – já tenho uma saída para que vença. Tian Ji ficou muito satisfeito e convidou o soberano para a competição, fazendo um lance de mil taéis de ouro. O rei nunca havia perdido para Tian Ji e aceitou a aposta sem hesitar. Antes da competição, seguindo a instrução de Sun Bin, Tian Ji enfeitou seu cavalo, de categoria inferior, com adornos de equino da superior. Na competição de categoria superior, o cavalo do rei abriu grande vantagem sobre o de Tian Ji. O rei ganhou a primeira. Na segunda, Tian Ji enviou seu cavalo da categoria superior para enfrentar o cavalo da categoria média. Aos brados dos espectadores, o cavalo de Tian Ji correu na frente daquele no qual o rei apostara e cruzou a linha final em primeiro lugar. Na prova final, Tian Ji mandou o cavalo médio para rivalizar com aquele da categoria inferior do rei. Desbancando o rei, Tian Ji ganhou por 2 a 1. O rei, muito surpreso, questionava de onde o general havia obtido cavalos tão eficientes. Tian Ji disse que sua vitória fora tática, atribuída à sabedoria de Sun Bin. O rei, então, convocou este imediatamente, para que fosse ao palácio esclarecer seus métodos. – Simples: no caso do equilíbrio de forças entre rivais, uma boa estratégia faz uma grande diferença – respondeu, angariando assim um alto cargo de conselheiro militar do rei.

COMO CONVENCER UM CAVALO A VENCER A CORRIDA

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Há longevos 46 anos, com chuva, frio ou calor, ele circula na noite de Porto Alegre oferecendo rosas aos casais apaixonados. Odorico Félix, ou simplesmente Odorico das Flores, 65 anos, é, acima de tudo, uma testemunha ocular na história da cidade. E é a ele que homenageamos na retomada desta seção, entrevistado por nosso editor, Fernando di Primio.

a primeira coisa que você quer saber de um homem que passou as noites de sua vida nos melhores restaurantes, boates e casas noturnas da cidade são as fofocas. mas esqueça! Não espe-re arrancar do odorico das Flores uma só grande revelação do tipo “o empresário que despejou um balde de rosas sobre a amante” ou “o cantor que mandou entregar cem rosas brancas no mo-tel antes da chegada da esposa do amigo”... Essas histórias, estas pelo menos, não existiriam. mas mesmo que tivessem acontecido você jamais sa-beria pela boca do odorico. ele se orgulha de ter na discrição sua maior credencial acumulada ao longo de quase cinco décadas vendo literalmente de tudo na noite, mas, digamos, sem ver: “não vi, não ouvi, não sei”, diz ele... aliás entre as coisas que ele aprendeu na noite, estão também a sim-patia e elegância (indispensáveis para tratar com as pessoas e faturar um pouquinho mais – “sem-pre tem um ou outro que compra o balde inteiro das rosas”) e também, paciência para aceitar “aqueles bacanas e seus champanhes”, que quando con-vidados a pagar pelas rosas “a critério”, o fazem com valores insignificantes. Odorico conta que também aprendeu a jamais oferecer uma rosa enviada por outrem a uma mulher acompanhada: “uma vez, logo no início, fiz isso a pedido de um sujeito no Encouraçado e levei uma rosa para uma loira quando seu acompanhante foi no banheiro. Mas ele voltou a tempo de ver, ficou brabo e eu apanhei”, diz entre risos. e completa: “hoje nem por duzentos reais a rosa eu faria isso novamente...”A “carreira” de mais conhecido vendedor de rosas

do Rio Grande do Sul começou em 1968, quando ele era office-boy nos estertores da lendária Re-vista do Globo. “Meu chefe, à época, o Flávio Car-neiro, havia voltado de uma viagem ao Rio de Ja-neiro e me chamou e me deu a ideia que havia visto lá. E durante um ano fomos “sócios”. Ele me arran-jou um smoking, comprava as rosas e eu saia para a noite levado por um Simca Tufão para vender as rosas e depois a gente dividia o resultado. Foi um sucesso, eram tempos bons, com grandes casas como o célebre Eucouraçado Butikin; as concen-tradas em Petrópolis, como o Bond´Eu, o Sherezade, o Prinz, e as que vieram mais tarde, espalhadas pela cidade, como o Beliscão, a Baiúca, o Le Club, o Bere & Ballare e tantas outras”... Depois desse período inicial, odorico seguiu seu caminho, sempre com suas rosas. e nesses quase 50 anos esteve nas principais casas noturnas da cidade, de terças a sábados das 20h30 até a madrugada. Um trabalho que estimula o romance, que fez e (talvez) desfez casamentos e que con-tinua hoje (com o fiel escudeiro e motorista, seu filho Fábio Alexandre, a quem ele chama de “meu vice-presidente”) em casas como o Sargent pep-pers (onde às vezes surpreende e encanta, ao cantar clássicos da MPB – outra de suas paixões), nos bares da calçada da Fama e no Dado Bier (de quem ele fala com muito carinho) entre outras. Viúvo, simpático e alegre, esse personagem real da noite de porto alegre, avô dos netos evelyn, alex e carolina e bisavô orgulhoso de agatha, ter-mina a entrevista com o olhar sonhador posto nas nuvens e diz: “Ah, a noite... A noite é psicologia...”

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XADREZImagine a nossa situação. Centenas, talvez milhares de

livros já foram escritos tentando explicar o jogo de Xadrez e nós temos aqui apenas três páginas para tentar lhe

mostrar o quanto pode ser legal aprender a jogar e usar suas horas de folga na praia para se divertir com este que

é considerado o jogo das reis. Aliás, tudo no Xadrez é superlativo. Quer ver? Basta que a gente diga que

cálculos indicam que há pelo menos 170 setilhões (1,7 × 1026) de maneiras

de se fazer os dez primeiros movimentos numa partida.

Vai encarar?

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O xadrez é um jogo de tabuleiro, cuja forma atual surgiu no sudoeste da Europa na segunda metade do sécu-lo XV, durante o Renascimento, em-

bora tenha origens muito mais antigas, na Pérsia e na Índia do século VI. É hoje um dos jogos mais populares do mundo, praticado por milhões de pessoas em torneios amadores e profissionais, pela internet e informalmente. Estima-se que cerca de 605 milhões de pessoas no mundo saibam jogar xadrez, sendo sete milhões filiadas a uma das federações, em 160 países.É um jogo de estratégia e tática, jogado por duas pessoas, um jogando com as brancas e o outro com as pretas. O grande objetivo da partida é dar o chamado xeque-mate no adversário, que consiste basicamente em eliminar as opções de fuga da peça chamada Rei, embora, na prática ele não seja um fato muito comum, já que o jogador que durante o desenrolar da partida esteja em grande desvantagem ou iminência de derrota tem a opção de abandonar (ou desistir) a partida, antes de receber o golpe definitivo.Desde o início do século XX, duas organizações de caráter mundial vêm organizando eventos que congregam os melhores enxadristas do mundo. O atual campeão do mundo (2013) é o noruegues Magnus Carlsen e a campeã mundial (2013) é a chinesa Hou Yifan.

Desde 2001 o Xadrez é reconhecido como es-porte pelo Comitê Olímpico Internacional. Existem diversas lendas associadas à criação do xadrez, sendo uma das mais famosas aquela que a atribui a um jovem brâmane indiano chamado Lahur Sessa. Segundo a lenda, contada em O Homem que Calculava, do escritor e matemático brasileiro Malba Tahan, numa província indiana chamada Taligana havia um poderoso rajá que havia perdido o filho em batalha. O rajá estava em constante depressão e passou a descuidar-se, de si e do reino. Certo dia o rajá foi visitado por Sessa, que apresentou ao rajá um tabuleiro com 64 casas brancas e negras, com diversas peças que representavam a infantaria, a cavalaria, os carros de combate, os condutores de elefantes, o principal vizir e o próprio rajá. Sessa explicou que a prática do jogo daria conforto espiritual ao rajá, que finalmente encontraria a cura para a sua depressão, o que realmente ocorreu. O rajá, agradecido, insistiu para que Sessa aceitasse uma recompensa por sua invenção e o brâmane pediu simplesmente um grão de trigo para a primeira casa do tabuleiro, dois para a segunda,

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XADREZImagine a nossa situação. Centenas, talvez milhares de

livros já foram escritos tentando explicar o jogo de Xadrez e nós temos aqui apenas três páginas para tentar lhe

mostrar o quanto pode ser legal aprender a jogar e usar suas horas de folga na praia para se divertir com este que

é considerado o jogo dos reis. Aliás, tudo no Xadrez é superlativo. Quer ver? Basta que a gente diga que

cálculos indicam que há pelo menos 170 setilhões (1,7 × 1026) de maneiras

de se fazer os dez primeiros movimentos numa partida.

Vai encarar?

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XADREZImagine a nossa situação. Centenas, talvez milhares de

livros já foram escritos tentando explicar o jogo de Xadrez e nós temos aqui apenas três páginas para tentar lhe

mostrar o quanto pode ser legal aprender a jogar e usar suas horas de folga na praia para se divertir com este que

é considerado o jogo das reis. Aliás, tudo no Xadrez é superlativo. Quer ver? Basta que a gente diga que

cálculos indicam que há pelo menos 170 setilhões (1,7 × 1026) de maneiras

de se fazer os dez primeiros movimentos numa partida.

Vai encarar?

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O xadrez é um jogo de tabuleiro, cuja forma atual surgiu no sudoeste da Europa na segunda metade do sécu-lo XV, durante o Renascimento, em-

bora tenha origens muito mais antigas, na Pérsia e na Índia do século VI. É hoje um dos jogos mais populares do mundo, praticado por milhões de pessoas em torneios amadores e profissionais, pela internet e informalmente. Estima-se que cerca de 605 milhões de pessoas no mundo saibam jogar xadrez, sendo sete milhões filiadas a uma das federações, em 160 países.É um jogo de estratégia e tática, jogado por duas pessoas, um jogando com as brancas e o outro com as pretas. O grande objetivo da partida é dar o chamado xeque-mate no adversário, que consiste basicamente em eliminar as opções de fuga da peça chamada Rei, embora, na prática ele não seja um fato muito comum, já que o jogador que durante o desenrolar da partida esteja em grande desvantagem ou iminência de derrota tem a opção de abandonar (ou desistir) a partida, antes de receber o golpe definitivo.Desde o início do século XX, duas organizações de caráter mundial vêm organizando eventos que congregam os melhores enxadristas do mundo. O atual campeão do mundo (2013) é o noruegues Magnus Carlsen e a campeã mundial (2013) é a chinesa Hou Yifan.

Desde 2001 o Xadrez é reconhecido como es-porte pelo Comitê Olímpico Internacional. Existem diversas lendas associadas à criação do xadrez, sendo uma das mais famosas aquela que a atribui a um jovem brâmane indiano chamado Lahur Sessa. Segundo a lenda, contada em O Homem que Calculava, do escritor e matemático brasileiro Malba Tahan, numa província indiana chamada Taligana havia um poderoso rajá que havia perdido o filho em batalha. O rajá estava em constante depressão e passou a descuidar-se, de si e do reino. Certo dia o rajá foi visitado por Sessa, que apresentou ao rajá um tabuleiro com 64 casas brancas e negras, com diversas peças que representavam a infantaria, a cavalaria, os carros de combate, os condutores de elefantes, o principal vizir e o próprio rajá. Sessa explicou que a prática do jogo daria conforto espiritual ao rajá, que finalmente encontraria a cura para a sua depressão, o que realmente ocorreu. O rajá, agradecido, insistiu para que Sessa aceitasse uma recompensa por sua invenção e o brâmane pediu simplesmente um grão de trigo para a primeira casa do tabuleiro, dois para a segunda,

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quatro para a terceira, oito para a quarta e assim sucessivamente até a última casa. Espantado com a modéstia do pedido, o rajá ordenou que fosse paga a quantia em grãos que fora pedida. Depois que foram feitos os cálculos, os sábios do rajá ficaram atônitos com o resultado que a quantida-de grãos havia atingido, pois, segundo eles, toda a safra do reino durante 2.000 anos não seriam suficientes para cobri-la. Impressionado com a inteligência do brâmane, o rajá o convidou para ser o principal vizir do reino, sendo perdoado por Sessa de sua grande dívida em trigo.As regras (muito) básicas são as seguintes: cada enxadrista controla dezesseis peças que podem ser de cor clara ou escura, sendo que as brancas devem sempre fazer o primeiro lance. O tabuleiro tem oito fileiras e oito colunas com sessenta e quatro casas (metade claras e metade escuras). No transcorrer da partida, quando o rei de um enxadrista é diretamente atacado por uma peça inimiga, é dito que o rei está em xeque. Nesta posição, o enxadrista tem que mover o rei para fora de perigo, capturar a peça adversária que está efetuando o xeque ou bloquear o ataque com uma de suas próprias peças, sendo que esta última opção não é possível se a peça atacante for um cavalo, pois tal peça pode saltar sobre as peças adversárias. O objetivo do jogo é dar xeque-mate ao adversário, o que ocorre quando o rei oponente se encontra em xeque e nenhum lance de fuga, defesa ou ataque pode ser reali-zado para anular o xeque. Neste caso, ou a peça é capturada (ou tomada) pelo adversário ou o concorrente perdedor tomba o rei, como sinal de desistência. O enxadrista ainda dispõe de três lances espe-ciais: o roque (que encastela o rei, protegendo--o de ataques inimigos); a captura en passant, (quando um peão avançado toma um outro peão oponente que apenas passou pelo primeiro com o seu lance inicial de duas casas) e a promoção, do peão que, ao alcançar a oitava fileira, pode ser promovido em qualquer outra peça.Mas como dissemos, o objetivo da matéria é ape-nas despertar seu interesse. Se quiser realmente jogar, busque aprender em livros ou com amigos.

AS PEÇASCada um dos enxadristas joga com 16 peças: oito peões, dois cavalos, dois bispos, duas tor-res, um rei e uma dama e cada uma delas tem um movimento característico:

REI: move-se para todas as direções pela ver-tical, horizontal ou diagonal, mas uma casa por lance. É a única peça que se for “comida” ter-mina o jogo.

DAMA ou RAINHA: a peça mais poderosa do jogo combina os movimentos da Torre e do Bispo, ou seja, pode se mover pelas colunas, fileiras e diagonal.

BISPO: são dois. Cada um deles se move na diagonal de uma das cores das casas, não lhe sendo permitido passar para uma diagonal de outra cor.

CAVALO: Também dois para cada jogador. Eles se movimentam sempre em “L”, ou seja, duas casas para frente e uma para a esquerda ou direita ou uma para frente e duas para qual-quer dos lados. O cavalo é a única peça que pode pular sobre as outras, tanto as suas quan-to as adversárias.

TORRE: Cada jogador tem igualmente duas torres. São peças fortes, de “maior valor” do que um cavalo ou um bispo. Elas se movimen-tam sempre em linha reta, tanto pelas colunas como pelas fileiras, ou seja para cima, para baixo e para os lados, quantas casas o jogador quiser.

PEÃO: os peões (oito para cada jogador) se movimentam apenas uma casa e é a única peça que se movimenta sempre uma casa para a frente. (A exceção de seu primeiro movimen-to quando ele pode mover-se duas casas a cri-tério do jogador). Os peões, entretanto podem capturar outros peões ou peças que estejam em qualquer uma das casas diagonais imedia-tamente à sua frente, caso em que ele muda de coluna.

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quatro para a terceira, oito para a quarta e assim sucessivamente até a última casa. Espantado com a modéstia do pedido, o rajá ordenou que fosse paga a quantia em grãos que fora pedida. Depois que foram feitos os cálculos, os sábios do rajá fi-caram atônitos com o resultado que a quantidade de grãos havia atingido, pois, segundo eles, toda a safra do reino durante 2.000 anos não seriam suficientes para cobri-la. Impressionado com a inteligência do brâmane, o rajá o convidou para ser o principal vizir do reino, sendo perdoado por Sessa de sua grande dívida em trigo.As regras (muito) básicas são as seguintes: cada enxadrista controla dezesseis peças que podem ser de cor clara ou escura, sendo que as brancas devem sempre fazer o primeiro lance. O tabuleiro tem oito fileiras e oito colunas com sessenta e quatro casas (metade claras e metade escuras). No transcorrer da partida, quando o rei de um enxadrista é diretamente atacado por uma peça inimiga, é dito que o rei está em xeque. Nesta posição, o enxadrista tem que mover o rei para fora de perigo, capturar a peça adversária que está efetuando o xeque ou bloquear o ataque com uma de suas próprias peças, sendo que esta última opção não é possível se a peça atacante for um cavalo, pois tal peça pode saltar sobre as peças adversárias. O objetivo do jogo é dar xeque-mate ao adversário, o que ocorre quando o rei oponente se encontra em xeque e nenhum lance de fuga, defesa ou ataque pode ser reali-zado para anular o xeque. Neste caso, ou a peça é capturada (ou tomada) pelo adversário ou o concorrente perdedor tomba o rei, como sinal de desistência. O enxadrista ainda dispõe de três lances espe-ciais: o roque (que encastela o rei, protegendo--o de ataques inimigos); a captura en passant, (quando um peão avançado toma um outro peão oponente que apenas passou pelo primeiro com o seu lance inicial de duas casas) e a promoção, do peão que, ao alcançar a oitava fileira, pode ser promovido em qualquer outra peça.Mas como dissemos, o objetivo da matéria é ape-nas despertar seu interesse. Se quiser realmente jogar, busque aprender em livros ou com amigos.

AS PEÇASCada um dos enxadristas joga com 16 peças: oito peões, dois cavalos, dois bispos, duas tor-res, um rei e uma dama e cada uma delas tem um movimento característico:

REI: move-se para todas as direções pela ver-tical, horizontal ou diagonal, mas uma casa por lance. É a única peça que se for “comida” ter-mina o jogo.

DAMA ou RAINHA: a peça mais poderosa do jogo combina os movimentos da Torre e do Bispo, ou seja, pode se mover pelas colunas, fileiras e diagonal.

BISPO: são dois. Cada um deles se move na diagonal de uma das cores das casas, não lhe sendo permitido passar para uma diagonal de outra cor.

CAVALO: Também dois para cada jogador. Eles se movimentam sempre em “L”, ou seja, duas casas para frente e uma para a esquerda ou direita ou uma para frente e duas para qual-quer dos lados. O cavalo é a única peça que pode pular sobre as outras, tanto as suas quan-to as adversárias.

TORRE: Cada jogador tem igualmente duas torres. São peças fortes, de “maior valor” do que um cavalo ou um bispo. Elas se movimen-tam sempre em linha reta, tanto pelas colunas como pelas fileiras, ou seja para cima, para baixo e para os lados, quantas casas o jogador quiser.

PEÃO: os peões (oito para cada jogador) se movimentam apenas uma casa e é a única peça que se movimenta sempre uma casa para a frente. (A exceção de seu primeiro movimen-to quando ele pode mover-se duas casas a cri-tério do jogador). Os peões, entretanto podem capturar outros peões ou peças que estejam em qualquer uma das casas diagonais imedia-tamente à sua frente, caso em que ele muda de coluna.

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quatro para a terceira, oito para a quarta e assim sucessivamente até a última casa. Espantado com a modéstia do pedido, o rajá ordenou que fosse paga a quantia em grãos que fora pedida. Depois que foram feitos os cálculos, os sábios do rajá ficaram atônitos com o resultado que a quantida-de grãos havia atingido, pois, segundo eles, toda a safra do reino durante 2.000 anos não seriam suficientes para cobri-la. Impressionado com a inteligência do brâmane, o rajá o convidou para ser o principal vizir do reino, sendo perdoado por Sessa de sua grande dívida em trigo.As regras (muito) básicas são as seguintes: cada enxadrista controla dezesseis peças que podem ser de cor clara ou escura, sendo que as brancas devem sempre fazer o primeiro lance. O tabuleiro tem oito fileiras e oito colunas com sessenta e quatro casas (metade claras e metade escuras). No transcorrer da partida, quando o rei de um enxadrista é diretamente atacado por uma peça inimiga, é dito que o rei está em xeque. Nesta posição, o enxadrista tem que mover o rei para fora de perigo, capturar a peça adversária que está efetuando o xeque ou bloquear o ataque com uma de suas próprias peças, sendo que esta última opção não é possível se a peça atacante for um cavalo, pois tal peça pode saltar sobre as peças adversárias. O objetivo do jogo é dar xeque-mate ao adversário, o que ocorre quando o rei oponente se encontra em xeque e nenhum lance de fuga, defesa ou ataque pode ser reali-zado para anular o xeque. Neste caso, ou a peça é capturada (ou tomada) pelo adversário ou o concorrente perdedor tomba o rei, como sinal de desistência. O enxadrista ainda dispõe de três lances espe-ciais: o roque (que encastela o rei, protegendo--o de ataques inimigos); a captura en passant, (quando um peão avançado toma um outro peão oponente que apenas passou pelo primeiro com o seu lance inicial de duas casas) e a promoção, do peão que, ao alcançar a oitava fileira, pode ser promovido em qualquer outra peça.Mas como dissemos, o objetivo da matéria é ape-nas despertar seu interesse. Se quiser realmente jogar, busque aprender em livros ou com amigos.

AS PEÇASCada um dos enxadristas joga com 16 peças: oito peões, dois cavalos, dois bispos, duas tor-res, um rei e uma dama e cada uma delas tem um movimento característico:

REI: move-se para todas as direções pela ver-tical, horizontal ou diagonal, mas uma casa por lance. É a única peça que se for “comida” ter-mina o jogo.

DAMA ou RAINHA: a peça mais poderosa do jogo combina os movimentos da Torre e do Bispo, ou seja, pode se mover pelas colunas, fileiras e diagonal.

BISPO: são dois. Cada um deles se move na diagonal de uma das cores das casas, não lhe sendo permitido passar para uma diagonal de outra cor.

CAVALO: Também dois para cada jogador. Eles se movimentam sempre em “L”, ou seja, duas casas para frente e uma para a esquerda ou direita ou uma para frente e duas para qual-quer dos lados. O cavalo é a única peça que pode pular sobre as outras, tanto as suas quan-to as adversárias.

TORRE: Cada jogador tem igualmente duas torres. São peças fortes, de “maior valor” do que um cavalo ou um bispo. Elas se movimen-tam sempre em linha reta, tanto pelas colunas como pelas fileiras, ou seja para cima, para baixo e para os lados, quantas casas o jogador quiser.

PEÃO: os peões (oito para cada jogador) se movimentam apenas uma casa e é a única peça que se movimenta sempre uma casa para a frente. (A exceção de seu primeiro movimen-to quando ele pode mover-se duas casas a cri-tério do jogador). Os peões, entretanto podem capturar outros peões ou peças que estejam em qualquer uma das casas diagonais imedia-tamente à sua frente, caso em que ele muda de coluna.

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FreeWay - Novembro 201428

Quem diria hein? a que mistérios e ca-minhos infinitos nos leva a gastronomia...

misturar mostarda com café... E ficar

bom, mais que bom, ficar ótimo!

É o que garante a assessoria da melitta, que nos manda essa

receita cercada de todos os adjetivos

elogiosos que você pode imaginar... mas

o que a gente quer mesmo é que você

diga se é bom. Faça em casa,

surpreenda a família e depois nos conte

se a receita que está aí ao lado é

mesmo isso tudo que dizem...

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Rendimento: 4 porções de 190 g

Quatro medalhões de filé mignon.Uma cebola média cortada em pedaços bem pequenos. 5 colheres (sopa) de azeite de oliva.5 colheres (sopa) de mostarda com mel.6 colheres (sopa) de café coado, bem forte.100 ml de vinho do porto.2 colheres (chá) de sal.1 colher (chá) de pimenta-do-reino.2 colheres (sopa) de salsinha picada finamente.(para decorar: broto de alfafa)

1. Unte os medalhões com duas colheres de sopa de azeite de oliva e reserve.2. em uma panela, refogue a cebola no azeite de oliva restante. Junte a mostarda, o café coado, o vinho do porto e a metade do sal. cozinhe, mexendo de vez em quando, por 10 minutos ou até encorpar. Retire do fogo e reserve.3. aqueça bem uma frigideira, arrume os medalhões e grelhe até obter o ponto desejado. polvilhe o sal restante e a pimenta-do-reino. Retire do fogo e sirva com o molho. polvilhe a salsinha picada e decore com broto de alfafa.

Page 30: Revista Freeway 39

FreeWay - Novembro 201430

Porto Alegre acaba de ganhar mais uma atra-ção de primeiro mundo, o CENTRO CULTURAL DO INSTITUTO LING , entidade criada em 1995 por iniciativa do casal Sheun Ming Ling e Lydia Wong Ling, com o objetivo de contribuir para a transformação da sociedade brasileira através de investimentos em educação. (Em 19 anos de atividades, já foram investidos US$ 4,3 mi-lhões). O novo e moderno Centro Cultural na cidade, reúne espaços para cursos e eventos promovidos pelo próprio Instituto; exposições de arte, gastronomia e uma vasta programação de shows musicais com foco na música erudita e no jazz. Vá conhecer. Fica na Rua João Caeta-no, 440 no bairro Três Figueiras. O fone é (51) 3533.5700 e o site www.institutoling.org.br.

Com a inusitada proposta de abrir seu restaurante apenas dez dias a cada mês, a chef Roberta Horn Gomes tem concentrado o rol de atrações culinárias no LORITA FUSION CUSINE. Aulas culinárias, jantares e noitadas de jazz tornam o Lorita um dos recantos gastronômicos mais charmosos de Porto Alegre. Em novembro, a casa está aberta entre os dias 5 e 29, a partir das 20h (não abre aos domingos nem nas segundas). Destaque para o dia 24 quando Roberta recebe interessados em aprender a arte de preparar molhos leves para um verão feliz!

AVE, INSTITUTO LING!

LORITA , TUDO DE BOM

Abre neste dia 19, no Museu da Fun-dação Iberê Camargo a grande mostra comemorativa em homenagem aos 100 anos de nascimento do pintor. A exposição vai ocupar o prédio inteiro e o lado externo, com performance de Eva Schul, intervenção sonora de Joel Pizzini, um documentário assinado por Marta Biavaschi, e a participação de 19 artistas contemporâneos, além da realização concomitante de semi-nários e de um projeto educativo pa-ralelo. A exposição, que tem 33 pin-turas, 6 gravuras e 30 desenhos, vai até o dia 29 de março, funcionando de terças a domingos das 12h às 19h e quintas até as 21h (último acesso 20h30), com entrada franca.

OS IMPERDÍVEIS 100 ANOS DE IBERÊ

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FreeWay - Novembro 201430

Porto Alegre acaba de ganhar mais uma atra-ção de primeiro mundo, o CENTRO CULTURAL DO INSTITUTO LING , entidade criada em 1995 por iniciativa do casal Sheun Ming Ling e Lydia Wong Ling, com o objetivo de contribuir para a transformação da sociedade brasileira através de investimentos em educação. (Em 19 anos de atividades, já foram investidos US$ 4,3 mi-lhões). O novo e moderno Centro Cultural na cidade, reúne espaços para cursos e eventos promovidos pelo próprio Instituto; exposições de arte, gastronomia e uma vasta programação de shows musicais com foco na música erudita e no jazz. Vá conhecer. Fica na Rua João Caeta-no, 440 no bairro Três Figueiras. O fone é (51) 3533.5700 e o site www.institutoling.org.br.

Com a inusitada proposta de abrir seu restaurante apenas dez dias a cada mês, a chef Roberta Horn Gomes tem concentrado o rol de atrações culinárias no LORITA FUSION CUSINE. Aulas culinárias, jantares e noitadas de jazz tornam o Lorita um dos recantos gastronômicos mais charmosos de Porto Alegre. Em novembro, a casa está aberta entre os dias 5 e 29, a partir das 20h (não abre aos domingos nem nas segundas). Destaque para o dia 24 quando Roberta recebe interessados em aprender a arte de preparar molhos leves para um verão feliz!

AVE, INSTITUTO LING!

LORITA , TUDO DE BOM

Abre neste dia 19, no Museu da Fun-dação Iberê Camargo a grande mostra comemorativa em homenagem aos 100 anos de nascimento do pintor. A exposição vai ocupar o prédio inteiro e o lado externo, com performance de Eva Schul, intervenção sonora de Joel Pizzini, um documentário assinado por Marta Biavaschi, e a participação de 19 artistas contemporâneos, além da realização concomitante de semi-nários e de um projeto educativo pa-ralelo. A exposição, que tem 33 pin-turas, 6 gravuras e 30 desenhos, vai até o dia 29 de março, funcionando de terças a domingos das 12h às 19h e quintas até as 21h (último acesso 20h30), com entrada franca.

OS IMPERDÍVEIS 100 ANOS DE IBERÊ

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FreeWay -Novembro 201432

Com o início da temporada, já está aberta também a décima edição do ATLÂNTIDA ARTE, que vem a ser uma série de exposições coletivas de arte realizadas já tradicionalmente realizadas pela Gravura Galeria (Av. Paraguassú, 4200), numa bela contribuição para o cenário cultural no Litoral Norte durante o verão. Desta primeira exposição (serão cinco coletivas até março) participam 30 artistas, entre eles nomes consagrados como Soriano, Alice Soares, Clara Pechansky e Erico Santos. A curadora e diretora da Galeria é Regina Galbinski Teitelbaum. Em novembro a visitação pode ser feita de segundas a sábados das 10h às 19h e domingos das 13h às 18h. A partir de dezembro, o horário de segundas à sábados vai até 20 horas.

Uma bela sugestão na volta pra Porto Ale-gre é visitar a exposição “A Primavera de ERICO SANTOS“, comemorativa aos 40 anos deste que hoje é um dos maiores pintores gaúchos. Nascido em Cacequi, 62 anos, Eri-co trabalha atualmente em seus ateliês de Porto Alegre e Milão. É membro da “Fami-glia Artistica Milanese”, uma das mais anti-gas e tradicionais associações artísticas da Europa e Comendador pela União Nacional dos Artistas Plásticos de São Paulo. Já rea-lizou mais de 20 exposições individuais e mais de 150 coletivas no Brasil e exterior. A Mostra tem 15 obras com “uma cor encan-tadora de tonalidades quentes e graves, imagens agrestes da campanha brasileira, vasos de flores, idílicos camponeses dedi-cados à colheita de algodão, trigo, uva, que conotam surpreendentemente a visão pa-radisíaca do artista”, como disse Gianluigi Guarneri. A exposição do cacequiense de 62 anos vai até o dia 30 de novembro na Galeria de Arte Bublitz (Av. Neusa Brizola, 143), de segundas as sextas-feiras, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 16h. Para saber mais, acesse www.ericosantos.com.

ATLÂNTIDA ARTE

ERICO SANTOS

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FreeWay - Novembro 201434

Não importa. O que interessa é que sou fã de car-teirinha da revista FreeWay. Sempre sei quando ela vai ser distribuída e dou um jeito de ir para a praia (não é exagero, juro!).Só implico um pouco com o nome em inglês. Pra mim tinha que ser REVISTA FRIUEI. Defendo o “abrasileiramento” de todas estas palavras em línguas menores. Até mesmo esses nomes complicados, como o do doutor Jorge. Ele até sabe que eu escrevo Iorrempíter. Aliás, muitas palavras em línguas germânicas são complicadíssimas. Outro dia estava na sacada do apartamento e passou um caminhão novinho e na lateral o raio do nome da loja de móveis. Um horror! Nem que eu pedisse ajuda ao meu amigo Ruy Gessinger, que fala alemão fluente, conse-guiria pronunciar aquilo. O cara do marketing deles deve ser um gênioAdemais – viram? Não comecei a frase com outro “aliás! – a palavra que usei acima não tem similar no brasileiro. Aí nada melhor do que abrasileirar para marquetim. Assim como release virou relise, copy desk transformamos em copidesque e as duas estão nos dicionários sérios.O engraçado é que tem gente que me corrige,

escrevendo como é mesmo; outros dizem que a pronún-cia está errada. Bobagem.Não se dão conta de um de-talhe: assim o doutor Jorge fica ainda mais popular.Tenho todas as razões em defender esta tese.

O meu nome não é em brasileiro simplesmente porque é impossível: Prévidi. E tem gente que lê e não consegue dizer. A imensa maioria erra sempre. Quando soletro SEMPRE escrevem erra-do. Impressionante.Tem uma história muito boa.Há anos fui numa Secretaria de Estado com um grupo de amigos. Não lembro o motivo. Lá pe-las tantas veio uma guria escrevendo os nossos nomes. Na minha vez falei o “José Luiz” e ela tranquila. Aí disse: “Vou soletrar”. E comecei: “P de Paulo...”.Quando entramos para a audiência com o secretário, na mesa, na frente de cada cadeira, tinha o nome. Adivinha como estava o meu nome, bem grande? “JOSÉ LUIZ”. O secretário olhou a placa e lascou: “Bah, eu nem sabia que tu tinhas esses dois nomes!”.Tudo bem, FreeWay está ótimo.Mas, quem sabe a gente não lança também um Jornal FriUei, com bastante fofoca, piadinhas e mulher de biquíni? Hein?

JOSÉ LUIZ PRÉVIDI

Freeway ou friuei?

José Luiz Prévidi é jornalista e escritor. Edita o previdi.com.br

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Azeites, Acetos, Massas, Arroz e Molhos

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FreeWay - Novembro 201434

Não importa. O que interessa é que sou fã de car-teirinha da revista FreeWay. Sempre sei quando ela vai ser distribuída e dou um jeito de ir para a praia (não é exagero, juro!).Só implico um pouco com o nome em inglês. Pra mim tinha que ser REVISTA FRIUEI. Defendo o “abrasileiramento” de todas estas palavras em línguas menores. Até mesmo esses nomes complicados, como o do doutor Jorge. Ele até sabe que eu escrevo Iorrempíter. Aliás, muitas palavras em línguas germânicas são complicadíssimas. Outro dia estava na sacada do apartamento e passou um caminhão novinho e na lateral o raio do nome da loja de móveis. Um horror! Nem que eu pedisse ajuda ao meu amigo Ruy Gessinger, que fala alemão fluente, conse-guiria pronunciar aquilo. O cara do marketing deles deve ser um gênioAdemais – viram? Não comecei a frase com outro “aliás! – a palavra que usei acima não tem similar no brasileiro. Aí nada melhor do que abrasileirar para marquetim. Assim como release virou relise, copy desk transformamos em copidesque e as duas estão nos dicionários sérios.O engraçado é que tem gente que me corrige,

escrevendo como é mesmo; outros dizem que a pronún-cia está errada. Bobagem.Não se dão conta de um de-talhe: assim o doutor Jorge fica ainda mais popular.Tenho todas as razões em defender esta tese.

O meu nome não é em brasileiro simplesmente porque é impossível: Prévidi. E tem gente que lê e não consegue dizer. A imensa maioria erra sempre. Quando soletro SEMPRE escrevem erra-do. Impressionante.Tem uma história muito boa.Há anos fui numa Secretaria de Estado com um grupo de amigos. Não lembro o motivo. Lá pe-las tantas veio uma guria escrevendo os nossos nomes. Na minha vez falei o “José Luiz” e ela tranquila. Aí disse: “Vou soletrar”. E comecei: “P de Paulo...”.Quando entramos para a audiência com o secretário, na mesa, na frente de cada cadeira, tinha o nome. Adivinha como estava o meu nome, bem grande? “JOSÉ LUIZ”. O secretário olhou a placa e lascou: “Bah, eu nem sabia que tu tinhas esses dois nomes!”.Tudo bem, FreeWay está ótimo.Mas, quem sabe a gente não lança também um Jornal FriUei, com bastante fofoca, piadinhas e mulher de biquíni? Hein?

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