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R$ 7,90 | Nº 28 | DEZEMBRO DE 2009 | ANO 3 R$ 7,90 | Nº 33 | MAIO DE 2010 | ANO 4 AVALIAçãO GENéTICA GIR Otite parasitária em bovinos PáGINA 52 PáGINA 48 PáGINA 94 Importância do jejum nas pesagens Entrevista com Adriano Apolinário VIDA DE LEILOEIRO Tradição e experiência Fazendas Engenho e Congonhas se unem em busca de um Girolando de qualidade Fazendas Engenho e Congonhas se unem em busca de um Girolando de qualidade Tradição e experiência PáGINA 34

Revista InteRural Maio

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Confira a edicao de Maio da Revista InteRural.

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r$ 7,90 | nº 28 | dezembro de 2009 | Ano 3 r$ 7,90 | nº 33 | mAIo de 2010 | Ano 4

AvAliAção GenéticAGiR

Otite parasitária em bovinos

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Importância do jejum nas pesagens

Entrevista comAdriano Apolinário

ViDa DE LEiLOEiRO

Tradição e experiênciaFazendas Engenho e Congonhas se unem em busca de um girolando de qualidade

Fazendas Engenho e Congonhas se unem em busca de um girolando de qualidade

Tradição e experiência

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ANO 4 | M

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AVALIAÇÃO GENÉTICAGIR

Otite parasitária em bovinos

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Importância do jejum nas pesagens

Entrevista comAdriano Apolinário

VIDA DE LEILOEIRO

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Tradição e experiênciaFazendas Engenho e Congonhas se unem em busca de um Girolando de qualidade

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Mês de expozebu, a expo-

sição de gado Zebu

mais esperada do ano.

escolhemos exatamen-

te a semana desse grande evento para

lançar essa edição. Uma revista cheia

de informações e com conteúdo de al-

tíssima qualidade para estar ao nível

de tão grandioso evento da pecuária

nacional. Para a nossa próxima edição,

já estamos elaborando uma cobertura

completa da maior feira de Zebuínos do

mundo.

Mas, agora, falando do conte-

údo que está em suas mãos, matérias

sobre Agricultura, ovinocultura, Pecuá-

ria somam conhecimentos na inteRural

de maio. Um bom exemplo é o artigo

da médica veterinária Patrícia vieira

Bossi leite, sobre otite parasitária em

bovinos da raça Gir. Um texto de leitura

leve, contextualizando o problema da

doença no Brasil e orientando os pecu-

aristas quanto aos cuidados necessá-

rios.

esta edição proporciona tam-

bém a cobertura da expoaraxá, em Ara-

xá (MG), realizada entre os dias 14 e

18 de abril, e, cada vez mais, se conso-

lidando como uma das feiras mais or-

ganizadas da região. o leitor poderá

conferir ainda o 1º encontro da Pecuá-

ria leiteira nos trópicos, que foi um su-

cesso. Um evento que reuniu mais de

500 pessoas nos dias 22 e 23 de abril,

no center convention, em Uberlândia

(MG). Palestras, mesas redondas e de-

bates movimentaram o roteiro de ativi-

dades do encontro.

no caderno de leilões, a co-

bertura dos principais leilões realizados

no mês de abril, além de uma interes-

sante entrevista com o leiloeiro Adriano

Apolinário leão de oliveira, que nos

conta a sua vitoriosa trajetória de vida,

desde sua infância, até se tornar o pri-

moroso leiloeiro que é hoje.

espero que aproveitem essa

edição. e não se esqueçam, na próxi-

ma, cobertura completa da expozebu.

Uma ótima leitura!

Renata Paiva

Diretora de Jornalismo

eDitoRiAl

w w w . i n t e r u r a l . c o m

Direção geralMário knichalla [email protected] [email protected]

Editora e jornalista responsávelRenata Paiva Mtb 12.340 Mg

Diretor ComercialMário Knichalla Neto

RevisãoIvone Assis e Ione Mercedes

EstagiáriaThainã Neves [email protected] DiagramaçãoCarolina Messias da Silva

RedaçãoWolney Domingos [email protected]

Consultoras de VendaFabíola [email protected] [email protected] [email protected]

Consultoria JurídicaBreno Henrique Alfonso de Arruda

Fotógrafos ColaboradoresLuciene (Flash fotografias)

ColaboradoresAgripoint / ReHagro Pré-impressãoCTP Registro Digital

ImpressãoGráfica Brasil

InteRural Uberlândia - MGRua Rafael Marino Neto nº 600Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 [email protected](34) 3210-4050

InteRural Itumbiara - GOAv. Beira Rio, 1001, sala [email protected]

www.interural.com

A revista InteRural é uma publicação mensal. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

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AIO DE 2010 | N

º 33

AVALIAÇÃO GENÉTICAGIR

Otite parasitária em bovinos

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VIDA DE LEILOEIRO

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Tradição e experiênciaFazendas Engenho e Congonhas se unem em busca de um Girolando de qualidade

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sUMáRio

cLASSIFIcADOS

106 | Fique por dentro dos preços e realize

bons negócios nos classificados da InteRural

mAtérIA De cApA

AgrIcuLturA

NegÓcIOS

pecuÁrIA44 | Desaleitamento de Bezerros

48 | Importância do jejum na avaliação

genética

OvINOSOvINOS

LeILÕeS68 | Benckmarking e oportunidades

eSpAÇO gOurmet

62 | Ordenha de Cabras leiteiras

76 | Expoaraxá 2010

eveNtOS26 | InteRural News

74 | Filé de Tilápia Assado

BrAhmAN56 | Campanha de conscientização para

pecuária sustentável30 | Sustentabilidade aliada à lucratividade

Página 34

50 | Encefalopatia espongiforme bovina

52 | Otite parasitária na raça Gir

94 | Vida de Leiloeiro

96 | Leilão Virtual Fazenda Valinhos e

Java Pecuária

98 | 9º Grande Leilão Anual Girolando

Santa Luzia

58 | A importância do CCG para as raças

82 | 1º Encontro da Pecuária Leiteira nos

Trópicos

84 | Encontro Ma Shou Tao de Pecuária

Tradição e experiênciaFazendas Engenho e Congonhas se unem em

busca de um Girolando de qualidade

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Notas

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Fertilizantes: ação do Mapa no Triângulo Mineiro embarga estabelecimentos irregulares

Cinco unidades produtoras e beneficiadoras de ferti-lizantes, em Uberlândia e Araguari/MG, foram embar-

gadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em fiscalização realizada entre março e abril. os profissionais inspecionaram dez estabelecimentos e emitiram autos de infração para três empresas. Uma delas, advertida por adicionar argila ao fertilizante mineral simples; outra, por não apresentar a documentação necessária aos fiscais; e a terceira, por não realizar controle de qualidade para identificação de metais pesados. Durante a fiscalização, foram emitidos 16 termos de coleta referen-

tes a 164,9 toneladas de fertilizante mineral, 35 toneladas de fertilizante orgânico e 6.700 litros de fertilizante líquido. “essas coletas são atividades de rotina para verificar a qualidade dos fertilizantes produzidos. Até o final do ano, estão previstas coletas de 700 amostras em todo o estado de Minas Gerais”, afirma o coordenador da área de fertilizantes do Departamento de Fiscalização de insumos Agrícolas do MAPA, Hideraldo coelho. em dois estabelecimentos foram apreendidos cinco tipos de pro-dutos, quatro deles com número de identificação irregular. “nesses casos, a informação contida na embalagem pode induzir o consumidor a erros na

aplicação e prejudicar a produtividade nas lavouras”, explica o coordenador.

Bovinos, búfalos, ovinos, e caprinos ganham regulamento de exportação

OMinistério da Agricultu-ra, Pecuária e Abasteci-mento (MAPA), aprovou o regulamento técnico

com as regras para exportação de bú-falos, ovinos, bovinos e caprinos. Pu-blicada no Diário oficial da União, a instrução normativa de nº 13, revela os procedimentos básicos que devem ser tomados antes do embarque dos animais. nela, foram inclusas: regras de seleção nos estabelecimentos de origem, o transporte até os locais an-tes do embarque e o manejo e insta-lações antes e durante o embarque. inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, des-tacou que as exportações de bovinos vivos aumentaram nos últimos anos. no ano de 2008, U$ 370 milhões

foram arrecadados apenas com embar-que de bovinos vivos, e, em 2009, sur-preenderam, alcançando os U$ 443,5 milhões. os principais países de desti-no são o líbano e a venezuela. o oriente Médio abate cum-prindo preceitos religiosos e o seu povo comercializa e consome carne fresca. “europa é importante mercado para animais jovens engordados para abate, sob condições alimentares es-peciais, principalmente na itália. Para atender aos requisitos do importador e possibilitar certificação sanitária com segurança e registros auditáveis, essa atividade requer regulamentação”, afir-ma Kroetz. os animais vivos destinados ao abate deverão ser mantidos nos ePes, sob a responsabilidade de um

Ação simultânea - nas cidades mineiras de Frutal e Uberaba, outra equipe visitou cinco estabelecimentos e apenas um foi embargado. os fiscais coletaram nove amostras de fertilizante mineral simples, em um total de 79.600 toneladas.

região estratégica - na região do triângulo Mineiro está concentrado importante pólo de produção de fertilizan-tes, representando cerca de 40% da produção brasileira de adubos fosfatados e 10% do consumo nacional de adubos nPK (nitrogênio, fósforo e potássio), componen-te mais usado no mercado.

médico veterinário contratado pelo proprietário, ou produtor. o destino do produto ao estabelecimento deve-rá ser em um local onde o tempo de viagem não ultrapasse quatro horas, via terrestre, atendendo as exigên-cias do alojamento do animal. Além do transporte terrestre, o MAPA defi-niu condições mínimas para o trans-porte marítimo.

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Cuiabá tem 70% de suas carnes sem inspeção

Com o maior rebanho bovino do país, cuiabá soma cerca de 27 milhões de cabeças de gado. A região do Mato

Grosso, apesar da grande produção bovina, ainda persiste com um sério problema: o abate clandestino de ani-mais. De acordo com pesquisas, 70% da carne consumida em cuiabá não passam por qualquer tipo de inspeção e fiscalização. Mais de 500 mil ani-mais são mortos de maneira irregular, comprometendo o desenvolvimento econômico local e a saúde pública. Paulo Resende, representante da Associação dos Proprietários Ru-rais do estado (APR/Mt), advertiu que: “conseguimos, por meio do esforço da cadeia produtiva e do poder público, oficializar Mato Grosso como exporta-dor de carne à União europeia. não podemos permitir que questões como estas venham prejudicar essa conquis-ta junto ao mercado internacional”. o assunto tomou grandes pro-porções, o que obrigou o estado a lan-çar uma força tarefa, com o intuito de fiscalizar e acabar com o abate clan-destino de animais e a venda irregular

dessas carnes. em cerca de cinco me-ses, os fiscais do instituto de Defesa Agropecuária e da vigilância sanitária percorreram os abatedouros, super-mercados, açougues. e outros estabe-lecimentos comerciais que pudessem estar envolvidos no esquema irregular. A ação da fiscalização teve como resultado a interdição de três ma-tadouros clandestinos, sendo dois de-les em várzea Grande e um em cuiabá. os estabelecimentos estavam atuando sem licença dos órgãos sanitários, de maneira irregular. os processos das in-terdições foram encaminhados ao Mi-nistério Público estadual, onde serão tomadas outras providências. As visi-tas aos estabelecimentos industriais totalizaram em 74 estabelecimentos, divididos entre abates de bovinos e suínos, além de comércios nos dois municípios, resultando 50 autuações. cerca de R$ 600 mil foram gerados em multas. o presidente do indea, Décio coutinho, afirma que o estado perma-necerá combatendo, energicamente, os abates clandestinos. Para que isso seja possível, o indea junto aos órgãos

do setor está levantando as informa-ções. A “Força-tarefa” é constituída, ainda, por pecuaristas e tem o objetivo de inibir a carne ilegal na região. “o estado não se omitirá, pelo contrário, continuará agindo de forma firme e eficaz no combate a esse tipo de ilegalidade. o governo estadual tem combatido com veemência esta ques-tão do abate clandestino, porém é preciso que os produtores nos ajudem e mostrem onde existem os abatedou-ros, para que o estado possa fazer sua parte”, salienta Décio.

Equipe girolando recebe novo superintendente técnico A partir do próximo mês, o zootecnista leandro de carvalho Paiva assumirá a superintendência técnica da Associação Brasileira dos criadores de Girolando. na superintendência da Girolando, em cuja entidade traba-lha há mais de duas décadas, celso Menezes passará a se dedicar, exclusivamente, ao comando da própria empresa, voltada para a assessoria pecuária, entretanto, continuará na equipe Girolando, no papel de consultor. Durante a reunião de diretoria da associação, o afastamento de celso Menezes foi anunciado, deixando colaboradores e diretores com grandes lembranças do trabalho realizado. “A pecuária leiteira está ganhando um grande incentivador, um profissional que sempre lutou pelo melhoramento genético da raça Girolando. vamos continuar trabalhando juntos pelo crescimento da raça”, observou José Donato Dias Filho, presidente da entidade. leandro Paiva trabalha na entidade desde 2006, iniciou como técnico do serviço de controle leiteiro de Progênie. em 2007, Paiva assumiu a coordenação opera-cional do Programa de Melhoramento Genético de Girolan-do, assumiu o cargo em momento de grande ascensão da raça.

entre as raças leiteiras, a Girolando foi a que mais apresentou desenvolvimento cresceu 19%, na ven-da de sêmen, no Brasil, apenas em 2009. A quantidade de animais registrados teve au-mento de 24%, sendo assim, proporciona à Girolando a liderança nos registros genealógicos brasileiro entre as raças leiteiras. A associação apresentou também cresci-mento na área de controle leiteiro oficial da Girolando. o número de fazendas participantes subiu de 199 para 347 só em 2009, representando um aumento de quase 100%.

leandro e celso

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A equipe do ibama chegou a paralisar a colheita em mais de 5 mil hectares de soja plantada de maneira

ilegal, em uma fazenda embargada nas proximidades de Bom Jesus do Araguaia, estado de Mato Grosso. Grande parte da área planta-da pertence aos índios xavantes, nas regiões da terra indígena Maraiwat-sede. A operação denominada soja Pirata, organizada por órgãos ambien-tais, recolheu também tudo que já foi colhido, o que representa cerca de 65 mil sacas, além do que permanecia no campo, estimado em 118 mil sacas. A decisão governamental foi de que a soja recolhida será doada ao projeto Fome Zero.

ibama revela soja ilegal no Mato grosso

Leilões feitos com urgência evita estoques de milho a céu aberto

De acordo com a Aprosoja, um montante de R$ 1,2 bilhões foi liberado com o intuito de escoar a produção de mi-lho, que compromete os armazéns devido à safra recorde. Há preocupação com os arma-zéns, porque ainda há um grande estoque do produto, resultando em cerca de 4 mi-lhões de toneladas, que estão com os pro-dutores e também com o governo. Até o dia 10 deste mês, houve leilões para comer-cialização do milho safrinha. Grãos ainda não começaram a ser colhidos, entretanto já há falta de espaço nos armazéns, pre-ocupando os produtores, haja vista que a próxima safra promete ser recorde. Produtores se reuniram, discuti-ram e estabeleceram novas condições que possam beneficiar a todos. o diretor da Aprosoja, carlos Favaro, explica como fun-cionou a reunião de produtores: “Fizemos votação e ficou decidido que os leilões co-meçarão até o próximo dia 10. também foi estabelecido um PePRo (Prêmio equaliza-dor Pago ao Produtor) limitado a 1 milhão de toneladas por cPF a cada leilão, o que fará com que os leilões sejam mais demo-cráticos e garantirá que maior número de produtores seja beneficiado”. “Haverá ain-da um acompanhamento das áreas planta-das por parte da Aprosoja e do sindicato

Rural para evitar fraudes”, destaca Favaro. Garantindo a participação e a ob-servação do governo, um documento com as propostas foi criado e entregue ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento). o intuito é de que a programa-ção dos leilões seja comandada pela conab (companhia nacional do Abastecimento). o preço base, que foi estipulado pelo Governo Federal, no ano de 2010, será de R$ 13,98, cerca de oitenta centavos mais caro que no ano passado (R$ 13,20). “o problema é que o valor para comércio está bem abaixo, de R$ 8 a 9”, lamenta carlos Favaro. na safra 08/09, mais de 70% do que foi produzido foram subsidiados ou compra-dos pelo Governo Federal, totalizando quase R$ 800 milhões. no ano de 2010, a previsão é de que a safra aumente cerca de 10%, sain-do das 9 para as 10 milhões de toneladas. “A produção deverá ser recorde, depende do clima. estamos trabalhando com esta estatís-tica e com os subsídios conseguidos nos lei-lões, basta agora que os recursos sejam bem trabalhados”, salienta Favaro. o fator preocupante é que, além do milho, também há soja nos armazéns. “Ainda faltam comercializar 37% da soja. Acredita-mos que o valor não remunera o produtor e os que podem estão segurando o estoque”, conta o diretor.

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Pela primeira vez, os criatórios Brahman Pontal, Brahman sagarana, Brahman nossa senhora Aparecida e Uberbrahman participaram com estande na expoMonte, entre os dias 20 e 25 de Abril, na cidade de Monte Alegre (MG). com o intuito de divulgar a raça aos visitantes da feira, a equipe Brahman realizou operações na área de negócios, onde touros foram comer-cializados a criadores de gado da região. o espaço do Brahman foi montado pela equipe casarão Móveis e Decoração, e o paisagismo do mesmo foi realizado pela i triban Paisagismo. Quem compareceu ao estande Brahman, pode degustar petiscos com a ca-chaça Retiro velho, num clima de total descontração.os animais da raça permaneciam expostos em um local anexo ao estande, para que, além dos negociadores, todos os visitantes pudessem conhecer de perto a raça, que é muito dócil. Uma grande novidade foi o workshop da raça no dia 24, onde acon-teceram palestras com o Dr. lydio cozac, diretor executivo da AcBB, com o tema “A versatilidade da Raça Brahman”, e a Dra. Rossana Debs, psicóloga e criadora de Brahman, com a palestra “o pecuarista em alta”. o Workshop aconteceu no sindicato Rural, e foi transmitido ao vivo pela tveventos.

Equipe Brahman participa da ExpoMonte

A propriedade dos irmãos Kui-diess, localizada em correntina (BA), di-visa com Goiás, está com colheitadeiras em ação. o uso de novas tecnologias gerou gastos de R$ 14 milhões, referente à compra de 20 equipamentos moder-nos. As 20 novas colheitadeiras adqui-ridas, já estavam alinhadas em formato de escada, para uso na propriedade dos irmãos Harald e John Kuidiess. com des-cendência alemã e naturalidade gaúcha, os irmãos chegaram ao município de correntina, em território Baiano, na divisa com o estado de Goiás, no ano de 1988, possuindo poucas máquinas apostaram na produção de sementes. A família de cinco irmãos pos-suía uma poupança que proporcionou a compra de 4 mil hectares, em que ape-nas 500 foram cultivados no primeiro ano. Atualmente, a J&H sementes tem 16 mil hectares e comercializa 1,5 mi-lhão de sacos de sementes, cerca de 60 mil toneladas. A safra 2010/11 promete arrecadar cerca de R$ 90 milhões. De acordo com o primogênito Harald, o clima favorável ao plantio de sementes foi o principal atrativo para a família. “Fomos uns dos primeiros a che-gar aqui na região. nossa fazenda está a 970 metros de altitude e como meu irmão havia feito uma especialização em sementes decidimos vir para a região,

contrariando a opinião de muita gente, inclusive de nosso pai, que imaginava que fôssemos quebrar a família”, afirma Harald. em parceria com a Monsanto, mais de 50% da produção dos Kuidiess são transgênicos. De maneira estratégi-ca, a empresa está localizada próximo a BR-020. A empresa abastece uma área chamada de Mapito – correspondentes às iniciais dos estados Maranhão, Piauí e tocantins, Goiás, norte de Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Acre. A logística favorece os produ-tores, entretanto, o destaque é a meca-nização cada dia mais sofisticada, que ajuda, e muito, a produção. As máqui-nas dos irmãos Kuidiess têm 354 cava-los, plataforma de colheita de 35 pés, o material é importado, entretanto, de acordo com João Rebequi, coordenador de Marketing de colheitadeiras da new Holland, desde abril deste ano, a unida-de da cnH, em sorocaba (sP), também as fabrica. A movimentação de máquinas muito grandes está cada dia mais co-mum no Brasil. o tipo de equipamento, maior, consegue colher largas extensões de lavouras, com mais eficiência e cus-tos operacionais menores, dessa forma, os agricultores do cerrado acreditam bastante no resultado do uso destas má-

quinas. “Quanto maior a colheitadeira, melhor para o produtor. em vez de usar dez máquinas em uma área, ele usa cin-co maiores e mais potentes. são menos cinco operadores, menos cinco jogos de pneus, entre outras coisas”, diz Roberto Ruppenthal, gerente de Marketing para colheitadeiras da Massey Ferguson. As melhorias trazidas pelo uso e eficiência do ramo tecnológico, cus-tam caro para o bolso do produtor. cada equipamento, do tipo colheitadeira top, sai por cerca de R$ 700 mil. As primeiras colocadas em vendas de equipamentos são: John Deere, líder nesse mercado, com uma participação de 35,6%, em 2009, e a new Holland, com 31,9%, do mercado brasileiro, que, em 2009, comercializou 3.817 unidades de colhei-tadeiras, segundo dados da Associação nacional de Fabricantes de veículos Au-tomotores (Anfavea). Mesmo consideran-do os grandes avanços tecnológicos no ramo da colheita de grãos, o mercado aguarda por melhores equipamentos, e mais novidades. Além da busca de mo-tores flex, usando tanto diesel mineral como biodiesel, haverá avanços na tele-metria. essa nova tecnologia permite a transmissão em tempo real das informa-ções que são coletadas pelas colheita-deiras, e vão para uma base fixa, permi-tindo a gestão remota do equipamento.

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Colheita no Cerrado é beneficiada por tecnologiasO uso de máquinas modernas acelera colheita da região

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Mapa tem aumento de 165% de análises

em laboratórios As análises feitas pela Rede na-cional de laboratórios Agropecuários so-freram aumento de 165% entre os anos de 2007 e 2009. Ainda no último ano, 23,2 milhões foram feitas em laborató-rios oficiais da rede, contra um número de 14,1 milhões de análises realizadas em 2007. os testes são focados nas áreas de saúde animal e sanidade vegetal mi-crobiológicas, além de avaliar resíduos, contaminantes em alimentos, em bebidas e no leite. A oGMs – organismos Gene-ticamente Modificados – responsabilizou-se pelos agrotóxicos, fertilizantes, semen-tes e mudas, entre outros semelhantes. A maioria dos exames feitos em, 2009, foi da área animal, e 2,8 milhões, vegetais ou produtos de origem vegetal. os laboratórios nacionais Agro-pecuários (lanagros) somam, atualmente, seis institutos de pesquisas. A rede parti-cipa de um credenciamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que cresceu nos últimos três anos, com a inclusão de 83 laboratórios, deixando de ser 795 para se tornarem 878 unidades. De acordo com Jorge caetano, coordenador-geral de apoio laboratorial do MAPA, o setor sofre ampliações e va-lidações de metodologias desenvolvidas nas áreas de resíduos e produtos conta-minantes, aprimorando o trabalho dos la-boratórios. caetano informa que cerca de 33 metodologias foram testadas e valida-das no ano de 2009. “esse foi um resulta-do da parceria do MAPA com o conselho nacional de Desenvolvimento científico e tecnológico (cnPq), que contribuiu para o reconhecimento do trabalho da rede em âmbito internacional”, destacou. no ano de 2010, a previsão re-vela a expectativa de que a Rede nacio-nal de laboratórios Agropecuários passe das 900 unidades no Brasil. os principais demandantes dos testes laboratoriais são a Defesa sanitária Animal e vegetal e os serviços de inspeção de Produtos de ori-gem Animal.

Meio ambiente e agricultura ganham novos ministros

Em uma cerimônia de posse coletiva, novos ministros assumem cargos em Brasília

em uma cerimônia de pos-se coletiva, novos ministros assu-mem cargos em Brasília o Palácio do itamaraty, em Brasília, sediou a cerimônia na qual os dez novos ministros foram empos-sados pelo presidente lula. os car-gos assumidos pelos novos minis-tros referiam-se aos que deixaram o governo para participar das próximas eleições. na nova equipe dos Minis-térios, o Ministério do Meio Ambiente passa a ser administrado por izabela teixeira, que era secretária executiva de mesma pasta. Já o Ministério da Agricultura será ocupado por Wagner Rossi, que abdicou da presidência da conab, para assumir o cargo de Ministro. A transmissão dos cargos aconteceu no auditório da embrapa. os novos ministros assumirão os cargos por um curto período. Perma-necendo até o fim do governo lula,

Wagner ficará nove meses como novo ministro. Rossi informou que pre-tende dar continuidade às políticas que vinham sendo adotadas por seu antecessor. Referente à comercia-lização, apoio aos grãos, o respon-sável pelo Ministério da Agricultura afirmou que tentará negociar com outros Ministérios, leilões de milho. “todos trabalham com boa vontade, mas, às vezes, por óticas diferentes. nós estamos tentando compor es-sas óticas para chegar à efetivida-de da portaria, sem a qual não se consegue fazer política de garantia de preços e muito menos exercer os mecanismos de apoio à comerciali-zação”, destacou Rossi. Houve também mudanças na liderança da casa civil, trans-portes, Previdência social, Minas e energia, integração social, Desenvol-vimento social e combate à Fome, entre outros.

Pequenos Laticínios solicitam benefício fiscal

os laticínios de pequeno porte estão solicitando crédito presu-mido de cerca de 7% para o leite que entra na fábrica, matéria-prima de uso na fabricação de queijos e bebidas lácteas. se houver aprovação por parte da sefaz, o benefício fará com que haja redução da carga final de 3,2%, que, hoje, é representada por 10,2% (17% de icMs com 6,8% de crédito presumido na saída) em pro-dutos como o queijo. o Pedido dos produtores foi registrado na sefaz, e será avaliado entre o Governo e a Associação das Pequenas indústrias de laticínios do estado do Rio Grande do sul. clóvis Roesler, presidente da Apil, afirmou que a medida tem o intuito de garantir a participação de 35 empresas, que processam menos de 50 mil litros por dia. “Dez mil pessoas podem perder seu ganha-pão”, destacou Roesler.

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goiás tem safra histórica de soja Produção de Soja é destaque no estado goiano

O estado de Goiás e seus produtores comemoram a maior safra de sua his-tória. o ciclo da safra

2009/10 representa cerca de 7,5 mi-lhões de toneladas de soja, um volume 8% maior que a produção anterior. Atu-almente, o grão da soja se consolida como principal atividade de Goiás, com expansão desde a região sudeste até a divisa com Mato Grosso, Mato Gros-so do sul e Minas Gerais. As regiões norte e nordeste, onde o estado faz divisa com tocantins e Bahia, também participam da área de grande atividade da soja. no estado Goiano, a soja se desenvolve principalmente no nordes-te da área goiana, entre a Bahia e o encontro do centro-oeste e nordeste do país. A área goiana tem o terreno um pouco mais acidentado, o que limi-ta o plantio do grão. entretanto, se a terra sobe e a serra adentra a Bahia, as grandes chapadas se destacam na pai-sagem, e as extensas áreas de plantio permitem o avanço da agricultura. A região sudoeste de Goiás é a principal região produtora do grão. cerca de 80% da área plantada já está colhida. A média do estado está em cerca de 50%, pouco à frente do pe-ríodo correspondente ao ano passado, quando a colheita resultava em 40%, ou até mesmo 45%. A região de Pos-se, onde o clima se assemelha ao do oeste da Bahia, apenas 30% da área foi colhida, devido ao plantio que teve de ser iniciado na segunda metade do mês de outubro, ainda no ano passa-do. nesta temporada, o milho é responsável por boa parte do aumen-to da produção de soja no estado. os baixos preços do cereal fora do país e a baixa liquidez no mercado doméstico acabaram resultando na menor quan-tidade de plantio do milho goiano, no verão, transferindo as áreas para soja, o que permitiu o cultivo de milho ape-nas na safrinha. A troca estratégica proporcio-

nou situações diferenciadas. Primei-ramente, houve aumento de 6,6% da área plantada com soja, que corres-ponde a 2,46 milhões de hectares. se-gundo a conab (companhia nacional de Abastecimento), houve plantio pre-coce da safra. Houve também queda de 16,7% da área plantada de milho, provocada pela redução nas planta-ções de verão, que reduziu cerca de 33%. A área da safrinha superou a plantação de verão. na primeira safra foram 357,1 mil hectares contra 401,1 mil, da segunda. Devido a essas mudanças, a soja se tornou a principal cultura plantada em Goiás. enquanto isso, a oleaginosa ocupou 60% dos 3,82 mi-lhões de hectares que foram plantados na safra 2008/09. Atualmente, alcan-ça 65% da área plantada do estado. “na hora de decidir o que plantar, a

soja era mais remuneradora. isso fez muita gente migrar para a soja e deixar o milho para a safrinha. o problema é que, com o passar o tempo, os preços da soja também começaram a cair”, afirma Pedro Arantes, assessor eco-nômico da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAeG). os preços passam, realmen-te, por quedas. no mês de agosto do ano de 2009, quando houve a decisão do plantio, a saca, em Goiás, valia cer-ca de R$ 40,00. Após a conclusão do plantio, no mês de dezembro, o preço recuou para R$ 37,50 a saca, repre-sentando queda de 6% em apenas três meses. Hoje, mesmo com a colheita bastante adiantada em Goiás, o preço da saca nem atingiu os R$ 30,00. De agosto do ano passado até março de 2010, a soja recuou 25% de seu valor, no estado goiano.

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Felipe Picciani é o novo presidente da nelore do Brasil

Pecuarista carioca tomou posse ontem, 26/4, em cerimônia realizada em São Paulo e tornou-se o criador mais novo da

história da raça a assumir a presidência da ACNB.

O mais jovem presidente da AcnB inicia o mandato 2010/2012 com expres-siva renovação do quadro

diretor, mas mantém em sua equipe dois ex-presidentes da entidade: Alice Maria Barreto Prado Ferreira e José luiz niemeyer dos santos. indicado para continuar o trabalho de fomento da raça nelore em todo o território nacio-nal, Picciani tomou posse ontem, 26/4. Felipe carneiro Monteiro Pic-ciani, 29 anos, é casado com Renata novaes Picciani, e tem três filhos. é Zootecnista formado em 2002, pela sociedade nacional de Agricultura, e sócio-presidente do Grupo Monte ver-de, com propriedades rurais nos muni-cípios de Rio das Flores (RJ), Uberaba (MG) e são Félix do Araguaia (Mt). na Pecuária de corte destaca-se com a criação de gado nelore Po e nelore comercial, no ciclo completo de cria, recria e engorda; na Pecuária de leite, o Grupo Monte verde investe na raça Gir leiteiro. Há mais de 10 anos, Picciani, acompanha, direta ou indiretamente, o trabalho desenvolvido pela AcnB, tendo participado da Diretoria dos dois últimos presidentes, Alice Ferreira e vil-lemondes Garcia, a quem sucedeu. Durante o período de 2004 a 2008 foi vice-presidente da diretoria da Associação dos criadores do estado do Rio de Janeiro - AceRJ, sendo uma das funções que lhe possibilitou grande destaque no desenvolvimento da raça nelore. Atualmente, ocupa o mesmo cargo na entidade, função que exercerá até 2012. é conselheiro de Agronegó-cio da Associação comercial do Rio de Janeiro, da Associação Rural sul Flumi-nense e da Associação de criadores de nelore do Rio de Janeiro - neloreRio. trazer novas ideias sem dei-xar de lado as ações desenvolvidas

pela nelore do Brasil é o que pretende o novo presidente. como empresário, criador e presidente da AcnB, partici-pará dos fóruns referentes à cadeia pro-dutiva da carne, atuará na negociação junto a frigoríficos e discutirá, junto ao governo, políticas que melhorem a ati-vidade pecuária, no país.

Composição da nova Diretoria aCnB:

Presidente – Felipe carneiro Monteiro Picciani

1ª vice-presidente - Alice Maria Barreto Prado Ferreira

2º vice-presidente - José luiz niemeyer dos santos

3º vice-presidente - Maurício Bahia odebrecht

Diretores:Argeu de lima Géo

cícero Guanaes simões neto

Guilherme de Barros costa Marques Bumlai

Marcelo vasone

Pedro Gustavo de Britto novis

Renato Diniz Barcellos correa

Roberto Alves Mendes

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TAS

abertas inscrições para o Teste de Progênie de girolando

Os criadores interessados em participar do teste de Progê-nie da Girolando já podem fazer as inscrições de seus

animais para o 12º grupo de touros. o pra-zo termina no dia 30 de junho deste ano. A ficha de inscrição está disponível no site da entidade (www.girolando.com.br), onde também é possível encontrar as normas e procedimentos do teste. A relação dos touros pré-selecionados será divulgada em julho. o teste de Progênie permite co-nhecer o valor genético dos reprodutores para produção de leite, por meio da ava-

liação das filhas desses animais. o obje-tivo é identificar os indivíduos capazes de transmitir boas características aos seus descendentes, promovendo, assim, o me-lhoramento genético do rebanho. “na hora de definir a genética, qual touro vai usar em seu rebanho, o produtor quer o mínimo de garantia. é, exatamente, por intermédio do teste de Progênie que o reprodutor mos-tra sua verdadeira capacidade de transmi-tir e melhorar a produção leiteira de suas filhas”, explica o superintendente técnico da Associação Brasileira dos criadores de Girolando, celso Menezes. Após a seleção dos reprodutores,

haverá a coleta do sêmen dos animais que participarão do 12º Grupo do teste de Pro-gênie. Posteriormente, o material genético será distribuído, gratuitamente, para as propriedades cadastradas, na Girolando, como “fazendas colaboradoras”. também será utilizado para inseminar as fêmeas desses rebanhos. técnicos da Girolando farão o acompanhamento do desempenho produtivo das filhas dos touros do teste. com base nesses dados, a embrapa Gado de leite faz a avaliação genética de cada animal e divulga os resultados no sumário de touros Girolando. o tempo de avaliação de cada grupo é de seis anos.

arlindo Maximiano Drummond recebe Mérito Pecuário nacional

A Associação Brasileira dos criadores de Zebu, ABcZ, homenageou no dia três de maio, durante a expozebu 2010 o pecuarista Arlindo Maximiano Drummond, com o mérito pecu-ário nacional. Proprietário da Fazenda Haras Barreiro, Arlindo, tem uma longa história na pecuária nacional, desde seu bisavô, que adquiriu uma propriedade na cidade de ituiutaba, MG, no ano de 1870, para a criação de gado zebu. Hoje Arlindo é co-nhecido na pecuária pelo trabalho que desenvolve investindo na criação das raças de zebuínas e na preocupação do melho-ramento genético das raças.

gestão eficaz com controle na pecuária é tema de curso em Uberlândia

Vamos abordar a gestão dentro de uma visão de busca de efi-cácia na pecuária e da impor-tância da ênfase aos contro-

les”, explica o engenheiro agrônomo Marco túlio Habib silva, analista, consultor e res-ponsável pela divisão de cursos e eventos da scot consultoria. o curso terá como palestrantes os especialistas Rogério coan e Júnior Fernandes que vão abordar, entre outros temas: gestão - uma visão do gerencia-mento eficaz na pecuária de corte; impor-tância dos controles - a simplicidade faz a diferença; gestão por resultado - uso, na prática, do PecGestoR-GR(Gestão de Re-sultados). Através desta ferramenta será possível controlar receitas, despesas, evo-lução de rebanho, fluxo de caixa e obter índices, como custo cabeça/mês, custo da arroba produzida, taxa de desfrute, receita/hectare/ano. trata-se de um treinamento simples dinâmico e objetivo, com foco no

resultado. A inscrição dá direito a uma planilha de Gestão de Resultados (Pec GestoR-GR), que demonstra fluxo de caixa, evolução do rebanho, desfrute, produtivi-dade. As primeiras edições do curso foram realizadas em dezembro de 2009, em Ribeirão Preto (sP), com a presença de mais de 50 participantes, em fevereiro de 2010 em são Paulo e março de 2010 em Goiânia. “com o sucesso da iniciativa, pre-tendemos levar o curso para as principais cidades onde a pecuária ocupa lugar de destaque”, anuncia Marco túlio. Sobre os palestrantes Junior Fernandes é médico veteri-nário, mestre e doutor em Reprodução Ani-mal pela Unesp de Jaboticabal, com MBA em administração de empresas pela UsP e especialização em administração rural pela FGv. é Master Practitioner e trainer em Pnl, com formação em negociação, coa-

ching, liderança e gestão de tempo, sendo um consultor com grande experiência no agronegócio. Rogério coan é zootecnista, mestre e doutor em Produção Animal pela Unesp de Jaboticabal, especialista em Administração de empresas pela Unesp, Practitioner em Pnl, e responde pela divi-são de consultoria das empresas scot e Bigma consultoria, atendendo companhias como cRv lagoa, top in life, Fri-Ribe, entre outras.

Serviçocurso: Gestão visível: foco no resultadoData:27 de maio de 2010Horário: das 9:00 às 18:00, com intervalo para coffee break e almoço(inclusos).local:Hotel Porto Bello Uberlândia-MG.Realização: Academia da Pecuária, coan consultoria e scot consultoriaorganização inteRuralApoio: sindicato Rural de Uberlândia

Pecuaristas, gerentes e administradores de fazendas terão a oportunidade de participar do curso Gestão visível, foco no resultado, dia 27 de maio, das 9:00 às 18:00, no hotel Porto bello, em Uberlândia. A iniciativa é fruto da parceria entre a Scot Consultoria, Coan Consultoria e a Academia da

Pecuária. A organização fica por conta da revista Interural que tem apoio do Sindicato rural de Uberlândia.

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Notícias em Alta

Info

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24 5325

Notícias em Alta é uma publicação da Alta Genetics do BrasilJornalista responsável: Luiz M. Pereira | Fotografia: Francisco Martins

Aconteceu no dia 8 de abril o Grande Leilão Pro-dução Angus e Cruza Angus. O evento foi realizado durante a 50ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, no Paraná. Durante o evento foram comercializados mais de 800 animais oriundos de rebanhos Elite e Comercial. Arrow Técnicos da Associação Brasileira de Angus (ABA) realiza-ram a avaliação dos lotes, premiando àqueles de melhor padronização e conformação frigorífica. O gerente distrital da Alta, Marcos Longas, esteve presente no leilão onde vá-rios lotes premiados eram compostos por filhos de touros da bateria de reprodutores da Alta. “Um dos maiores destaques de todo o leilão foi o lote nº 20, de propriedade do criador Wilson Moreira Jú-nior, lote esse consagrado como Reservado Campeão Be-zerro em Grupo” comenta Marco Antônio Oliveira, gerente de produtos de corte taurino da Alta. O lote em questão apresentou peso médio de 240Kg e animais com 7 meses de idade, todos filhos do touro Bieber Arrow 7736, da bate-ria de reprodutores da Alta Genetics. A média de preço do lote por animal chegou a R$ 864,00. De acordo com Marco Antônio, Arrow é um touro que se destaca em todos os re-banhos onde é utilizado e possui características singulares: “ele detém as características desejadas em touros Angus na atualidade como excelente qualidade de sêmen, progênies que apresentam alto ganho médio diário e adaptação aos trópicos, o que faz com que ele seja largamente utilizado em rebanhos comerciais de todo o país” avalia. Arrow é o touro com maior comercialização em volume de doses da Alta nos últimos cinco anos. “Alguns produtores costumam dizer que quem insemina com Arrow nunca deixa de usá-lo novamente” finaliza Marco Antônio.

Leilão Produção Angus e Cruza Angus consagra qualidade de Arrow

Aconteceu no último dia 24 de abril o 9º Leilão Anual Santa Luzia. O evento aconteceu na cidade de Passos, MG e contou com a oferta de 80 lotes de animais, entre eles lotes compostos por progênies de touros Alta. O sucesso do leilão garantiu inclusive a quebra de recordes. A fêmea Marcela Lemmer, filha do reprodutor Lemmer, da bateria de touros da Alta, estabeleceu o recorde nacional de preço ao ser comercializada por mais de R$80.000,00. “Com cer-teza o Leilão Santa Luzia é um dos marcos anuais da raça Girolando. É muito gratificante para a nossa equipe ver que a nossa genética é além da mais produtiva a mais valorizada pelo mercado” – comenta Ricardo Ramos – Gerente Distrital da Alta. Marcela Lemmer é bi-campeã Melhor Fêmea Jovem Nacional (2008 e 2009) e foi adquirida pelo criador Eriberto Queiroz Marques, da Agropecuária Zombaria, de Pesqueira, PE.

Filha de Lemmer é recorde nacional de preço

ExpoAraxá 2010 mostra soberania de touros Alta Aconteceu entre os dias 14 e 18 de abril a 36º ExpoAraxá. O evento realizado no parque de exposições da cidade de Araxá, MG é considerado a 2º melhor exposição da raça Girolando no Brasil. Os julgamentos foram realizadas nos dias 16 e 17 e comandados pelo juiz Euclides Prata. A exposição contou com a participação de cerca de 600 ani-mais e a Alta comemorou os resultados obtidos por progênies de touros de sua bateria. “São números que impressionam e mostram a soberania da genética Alta nas pistas brasileiras” avalia Guilherme Marquez, geren-te de comunicação da Alta.

Alta lança novo portal de internet

A Alta Genetics apresentou ao público seu novo portal de internet. Com novas funcionalidades e aperfeiçoamento dos sistemas de busca, o site oferece melhor acessibilidade e funcio-nalidade aos usuários. Fruto de seis meses de pesquisas e trabalho dos depar-tamentos de Comunicação, Marketing e Serviços da Informação, o novo portal foi apresentado na noite de ontem, 3 de maio, no estande da empresa localizado no parque Fernando Costa. As no-vidades do novo site incluem novos formatos de visualização de fotos e vídeos, além de ser mais leve. Seguindo definições básicas estipuladas pela matriz no Canadá, o novo site é mais requintado e “clean”. Para conhecê-lo basta acessar www.altagenetics.com.br.

ExpoZebu 2010 chega com novidades

A 76º ExpoZebu, aberta oficialmente ontem, 3 de maio, reúne a elite mundial do gado zebu. Até o próximo dia 9 de maio, data de encerramento do evento, acontecem vários julgamentos das raças zebuínas, além de leilões, debates, palestras e rodadas de negócios. As expectativas de gerentes de produtos da Alta Genetics em relação à passagem das raças zebuínas pela Expozebu 2010 são as melhor possíveis. O gerente de produtos de leite nacional, Christian Milani, afirma que os investimentos em cima do Gir Leiteiro estão em alta, pois a raça é um dos pilares para a multiplicação do Girolando, cru-zamento do Gir com Holandês. Segundo Christian, a raça Sindi está ressurgindo no cenário nacional devido ao trabalho de alguns cria-dores e também é bem creditada para a feira do Zebu. A tentativa de cruzamento do Holandês com o Guzerá eleva a comercialização relativa à raça Guzerá, o que anima o gerente de produtos. Já Rafael Jorge de Oliveira, gerente de produtos de corte, estende as boas expectativas para o mercado Guzerá de corte e para os leilões, que, segundo ele, terão pista aquecida devido ao número de inscritos ser maior do que em 2009. Em relação à raça Brahman, Rafael considera o ranking nacional bastante competitivo, tanto para expositores quanto para criadores. O gerente de produ-tos afirma que a raça Tabapuã foi bastante procurada no uso tanto da raça pura quanto em cruzamento. “Foi feita uma seleção muito forte para animais produtores de carne com boa habilidade mater-na, justamente o que o mercado procura”, completa. Ainda no mercado de corte, Marcos Labury, gerente de corte zebu, diz que as expectativas em relação ao Nelore e Nelore Mocho são de realizar a melhor Expozebu. O objetivo é ultrapassar a quantidade de sêmen comercializado em 2009. Labury acrescenta que a expectativa é proporcional ao aumento da procura de touros de prova e convida para conhecer a bateria de touros da Central.

E pouco antes do ínicio da ExpoZebu, a Alta anunciou a contratação do touro Instax A. Conquista. O reprodutor foi o Grande Campeão Nelore Mocho da Expoinel 2009, quando pesou 1090 Kg aos 27 meses. Para Marcos Labury, o reprodutor apresenta as prin-cipais características buscadas pelos criadores na hora de escolher um melhorador “ele é muito bonito, tem a pelagem firme e carcaça moderna, com linha de dorso comprida e larga e as costelas profun-das e bem arqueadas. A ossatura é forte, os aprumos são corretos e a garupa comprida e larga, de osso sacro plano” avalia. Instax A. Conquista é filho de Napoleão de Naviraí, repro-dutor que também compõem a bateria de touros da Alta e que, de acordo com Marcos Labury, é um animal de grande importância para o melhoramento genético do rebanho brasileiro “Napoleão de Naviraí, é considerado como um diferencial dentro raça e na linha

Contratações

baixa, tem o sangue do Império WA, reconhe-cido como transmissor de peso e de carcaça, um dos grandes touros filhos do Ludy. Estas ca-racterísticas de carcaça e de pedigree fazem dele uma grande opção para quem quer uma bezerra-da mocha e carcaçuda” conclui. Instax da Conquista

Pós Graduação em Caprinos e Ovinos realiza aulas na Central

O Rehagro ministrou no dia 16 de abril o módulo “Re-produção” do curso do Pós-Graduação em Caprinos e Ovinos. Pela manhã as atividades foram desenvolvidas na Central de Produção e Tecnologia de Sêmen da Alta em Uberaba, MG. Com a parti-cipação de 20 alunos, entre zootecnistas e veterinários, Edson Siqueira Filho, gerente de caprinos e ovinos da Alta, ministrou uma palestra onde foram discutidos temas como a cadeia produtiva da ovinocultura, mercado de caprinos e ovinos, mercado de sêmen, melhoramento genético, inseminação artificial e produção. Também foram apresentados temas como manejo de reprodutores, controle sanitário e produção de sêmen congelado. Além das aulas teóricas os alunos também participaram de uma visita á Central de Caprinos e Ovinos da Alta e participaram de um curso de inseminação artificial transcervical em ovelhas, realizado nas Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU) com o apoio da Alta. Para Edson, a realização deste módulo na Central mos-tra a importância da empresa para o setor “tivemos a oportuni-dade de mostrar nosso trabalho focado no desenvolvimento da cadeia, em que a Alta foi pioneira na comercialização de sêmen. Os alunos ficaram impressio-nados com todos os cuidados que tomamos com os repro-dutores e nossa preocupação não só com a qualidade do nosso produto, mas também com o produto que o cliente obterá” revela.

Marcela Lemmer

Filha de Fricks é Campeã Baby na Expogrande 2010

Herdade TE PORT, filha do repro-dutor Fricks, foi a Cam-peã Baby da Expogran-de 2010. A bezerra é de propriedade de Dorival Bianchi e pesa 337 Kg aos sete me-ses, sendo a primeira filha premiada de Fri-cks.O reprodutor é inte-

ArrowAvaliações genéticas já são realidade

na bateria de ovinos da Alta As avaliações genéticas são importantes ferramentas de se-leção em qualquer atividade pecuária. Nos ovinos o que era um sonho distante aos poucos vem se tornando realidade. Com a publicação do súmario ASSCO/USP a realidade das provas ficam cada vez mais pró-ximas. Os reprodutores da bateria Alta Genetics foram destaques em diversas características, proporcionando aos nossos clientes mais segu-rança na hora da escolha do reprodutor que utilizará em suas ovelhas. É importante ressaltar que o programa é recente e ainda há muitos repro-dutores que ainda não foram testados. No site www.altagenetics.com.br/noticias encontra-se a régua de DEPs de nossos reprodutores com as características destacadas.

grante da bateria de touros da Alta Genetics e foi consagrado Grande Campeão da Expoinel 2007. O touro está em coleta na Central de Pro-dução e Tecnologia de Sêmen da Alta em Uberaba, MG, e possui sêmen disponível para comercialização.

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Notícias em Alta é uma publicação da Alta Genetics do BrasilJornalista responsável: Luiz M. Pereira | Fotografia: Francisco Martins

Aconteceu no dia 8 de abril o Grande Leilão Pro-dução Angus e Cruza Angus. O evento foi realizado durante a 50ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, no Paraná. Durante o evento foram comercializados mais de 800 animais oriundos de rebanhos Elite e Comercial. Arrow Técnicos da Associação Brasileira de Angus (ABA) realiza-ram a avaliação dos lotes, premiando àqueles de melhor padronização e conformação frigorífica. O gerente distrital da Alta, Marcos Longas, esteve presente no leilão onde vá-rios lotes premiados eram compostos por filhos de touros da bateria de reprodutores da Alta. “Um dos maiores destaques de todo o leilão foi o lote nº 20, de propriedade do criador Wilson Moreira Jú-nior, lote esse consagrado como Reservado Campeão Be-zerro em Grupo” comenta Marco Antônio Oliveira, gerente de produtos de corte taurino da Alta. O lote em questão apresentou peso médio de 240Kg e animais com 7 meses de idade, todos filhos do touro Bieber Arrow 7736, da bate-ria de reprodutores da Alta Genetics. A média de preço do lote por animal chegou a R$ 864,00. De acordo com Marco Antônio, Arrow é um touro que se destaca em todos os re-banhos onde é utilizado e possui características singulares: “ele detém as características desejadas em touros Angus na atualidade como excelente qualidade de sêmen, progênies que apresentam alto ganho médio diário e adaptação aos trópicos, o que faz com que ele seja largamente utilizado em rebanhos comerciais de todo o país” avalia. Arrow é o touro com maior comercialização em volume de doses da Alta nos últimos cinco anos. “Alguns produtores costumam dizer que quem insemina com Arrow nunca deixa de usá-lo novamente” finaliza Marco Antônio.

Leilão Produção Angus e Cruza Angus consagra qualidade de Arrow

Aconteceu no último dia 24 de abril o 9º Leilão Anual Santa Luzia. O evento aconteceu na cidade de Passos, MG e contou com a oferta de 80 lotes de animais, entre eles lotes compostos por progênies de touros Alta. O sucesso do leilão garantiu inclusive a quebra de recordes. A fêmea Marcela Lemmer, filha do reprodutor Lemmer, da bateria de touros da Alta, estabeleceu o recorde nacional de preço ao ser comercializada por mais de R$80.000,00. “Com cer-teza o Leilão Santa Luzia é um dos marcos anuais da raça Girolando. É muito gratificante para a nossa equipe ver que a nossa genética é além da mais produtiva a mais valorizada pelo mercado” – comenta Ricardo Ramos – Gerente Distrital da Alta. Marcela Lemmer é bi-campeã Melhor Fêmea Jovem Nacional (2008 e 2009) e foi adquirida pelo criador Eriberto Queiroz Marques, da Agropecuária Zombaria, de Pesqueira, PE.

Filha de Lemmer é recorde nacional de preço

ExpoAraxá 2010 mostra soberania de touros Alta Aconteceu entre os dias 14 e 18 de abril a 36º ExpoAraxá. O evento realizado no parque de exposições da cidade de Araxá, MG é considerado a 2º melhor exposição da raça Girolando no Brasil. Os julgamentos foram realizadas nos dias 16 e 17 e comandados pelo juiz Euclides Prata. A exposição contou com a participação de cerca de 600 ani-mais e a Alta comemorou os resultados obtidos por progênies de touros de sua bateria. “São números que impressionam e mostram a soberania da genética Alta nas pistas brasileiras” avalia Guilherme Marquez, geren-te de comunicação da Alta.

Alta lança novo portal de internet

A Alta Genetics apresentou ao público seu novo portal de internet. Com novas funcionalidades e aperfeiçoamento dos sistemas de busca, o site oferece melhor acessibilidade e funcio-nalidade aos usuários. Fruto de seis meses de pesquisas e trabalho dos depar-tamentos de Comunicação, Marketing e Serviços da Informação, o novo portal foi apresentado na noite de ontem, 3 de maio, no estande da empresa localizado no parque Fernando Costa. As no-vidades do novo site incluem novos formatos de visualização de fotos e vídeos, além de ser mais leve. Seguindo definições básicas estipuladas pela matriz no Canadá, o novo site é mais requintado e “clean”. Para conhecê-lo basta acessar www.altagenetics.com.br.

ExpoZebu 2010 chega com novidades

A 76º ExpoZebu, aberta oficialmente ontem, 3 de maio, reúne a elite mundial do gado zebu. Até o próximo dia 9 de maio, data de encerramento do evento, acontecem vários julgamentos das raças zebuínas, além de leilões, debates, palestras e rodadas de negócios. As expectativas de gerentes de produtos da Alta Genetics em relação à passagem das raças zebuínas pela Expozebu 2010 são as melhor possíveis. O gerente de produtos de leite nacional, Christian Milani, afirma que os investimentos em cima do Gir Leiteiro estão em alta, pois a raça é um dos pilares para a multiplicação do Girolando, cru-zamento do Gir com Holandês. Segundo Christian, a raça Sindi está ressurgindo no cenário nacional devido ao trabalho de alguns cria-dores e também é bem creditada para a feira do Zebu. A tentativa de cruzamento do Holandês com o Guzerá eleva a comercialização relativa à raça Guzerá, o que anima o gerente de produtos. Já Rafael Jorge de Oliveira, gerente de produtos de corte, estende as boas expectativas para o mercado Guzerá de corte e para os leilões, que, segundo ele, terão pista aquecida devido ao número de inscritos ser maior do que em 2009. Em relação à raça Brahman, Rafael considera o ranking nacional bastante competitivo, tanto para expositores quanto para criadores. O gerente de produ-tos afirma que a raça Tabapuã foi bastante procurada no uso tanto da raça pura quanto em cruzamento. “Foi feita uma seleção muito forte para animais produtores de carne com boa habilidade mater-na, justamente o que o mercado procura”, completa. Ainda no mercado de corte, Marcos Labury, gerente de corte zebu, diz que as expectativas em relação ao Nelore e Nelore Mocho são de realizar a melhor Expozebu. O objetivo é ultrapassar a quantidade de sêmen comercializado em 2009. Labury acrescenta que a expectativa é proporcional ao aumento da procura de touros de prova e convida para conhecer a bateria de touros da Central.

E pouco antes do ínicio da ExpoZebu, a Alta anunciou a contratação do touro Instax A. Conquista. O reprodutor foi o Grande Campeão Nelore Mocho da Expoinel 2009, quando pesou 1090 Kg aos 27 meses. Para Marcos Labury, o reprodutor apresenta as prin-cipais características buscadas pelos criadores na hora de escolher um melhorador “ele é muito bonito, tem a pelagem firme e carcaça moderna, com linha de dorso comprida e larga e as costelas profun-das e bem arqueadas. A ossatura é forte, os aprumos são corretos e a garupa comprida e larga, de osso sacro plano” avalia. Instax A. Conquista é filho de Napoleão de Naviraí, repro-dutor que também compõem a bateria de touros da Alta e que, de acordo com Marcos Labury, é um animal de grande importância para o melhoramento genético do rebanho brasileiro “Napoleão de Naviraí, é considerado como um diferencial dentro raça e na linha

Contratações

baixa, tem o sangue do Império WA, reconhe-cido como transmissor de peso e de carcaça, um dos grandes touros filhos do Ludy. Estas ca-racterísticas de carcaça e de pedigree fazem dele uma grande opção para quem quer uma bezerra-da mocha e carcaçuda” conclui. Instax da Conquista

Pós Graduação em Caprinos e Ovinos realiza aulas na Central

O Rehagro ministrou no dia 16 de abril o módulo “Re-produção” do curso do Pós-Graduação em Caprinos e Ovinos. Pela manhã as atividades foram desenvolvidas na Central de Produção e Tecnologia de Sêmen da Alta em Uberaba, MG. Com a parti-cipação de 20 alunos, entre zootecnistas e veterinários, Edson Siqueira Filho, gerente de caprinos e ovinos da Alta, ministrou uma palestra onde foram discutidos temas como a cadeia produtiva da ovinocultura, mercado de caprinos e ovinos, mercado de sêmen, melhoramento genético, inseminação artificial e produção. Também foram apresentados temas como manejo de reprodutores, controle sanitário e produção de sêmen congelado. Além das aulas teóricas os alunos também participaram de uma visita á Central de Caprinos e Ovinos da Alta e participaram de um curso de inseminação artificial transcervical em ovelhas, realizado nas Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU) com o apoio da Alta. Para Edson, a realização deste módulo na Central mos-tra a importância da empresa para o setor “tivemos a oportuni-dade de mostrar nosso trabalho focado no desenvolvimento da cadeia, em que a Alta foi pioneira na comercialização de sêmen. Os alunos ficaram impressio-nados com todos os cuidados que tomamos com os repro-dutores e nossa preocupação não só com a qualidade do nosso produto, mas também com o produto que o cliente obterá” revela.

Marcela Lemmer

Filha de Fricks é Campeã Baby na Expogrande 2010

Herdade TE PORT, filha do repro-dutor Fricks, foi a Cam-peã Baby da Expogran-de 2010. A bezerra é de propriedade de Dorival Bianchi e pesa 337 Kg aos sete me-ses, sendo a primeira filha premiada de Fri-cks.O reprodutor é inte-

ArrowAvaliações genéticas já são realidade

na bateria de ovinos da Alta As avaliações genéticas são importantes ferramentas de se-leção em qualquer atividade pecuária. Nos ovinos o que era um sonho distante aos poucos vem se tornando realidade. Com a publicação do súmario ASSCO/USP a realidade das provas ficam cada vez mais pró-ximas. Os reprodutores da bateria Alta Genetics foram destaques em diversas características, proporcionando aos nossos clientes mais segu-rança na hora da escolha do reprodutor que utilizará em suas ovelhas. É importante ressaltar que o programa é recente e ainda há muitos repro-dutores que ainda não foram testados. No site www.altagenetics.com.br/noticias encontra-se a régua de DEPs de nossos reprodutores com as características destacadas.

grante da bateria de touros da Alta Genetics e foi consagrado Grande Campeão da Expoinel 2007. O touro está em coleta na Central de Pro-dução e Tecnologia de Sêmen da Alta em Uberaba, MG, e possui sêmen disponível para comercialização.

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entre os dias 14 e 18 de abril, a cidade de Araxá (MG), rece-beu grandes empresas e vários pro-dutores para a 36ª edição da expo-Araxá. entre as atrações musicais, rodeios, e culinária típica da região, a expoAraxá contou também com a colaboração, a presença e a re-presentação de algumas empresas do ramo agropecuário. Durante os seis dias de festa, cerca de 110 mil pessoas visitaram o Parque Agenor lemos. A Revista inteRural esteve presente no evento, com um stand, para melhor atender o público, que já conhecia nosso trabalho, e, prin-cipalmente, apresentando o mate-rial para quem ainda não conhecia a inteRural.

Expoaraxá recebe inteRural

Sucesso nos leilões da inteRural no dia 8 a equipe da inteRural recebeu centenas de pessoas no camaru, em Uberlândia (MG), para a rea-lização de mais um leilão presencial da inteRural leilões. o leilão show do leite ofertou 223 animais, em 89 lotes, contando com vacas Girolando, e prenhez de novilhas. Já no dia 18, o leilão Girolando Renascer embri-ões, ofertou 175 animais, em 40 lotes.

A inteRural contou, na organização, com a parce-ria dos empresários enedino de Freitas e Milton carvalho que possuem vários anos de experiência no ramos leilões. De acordo com o gerente comercial da inteRural leilões, Mário Knichalla neto, o evento foi coroado de pleno êxito. confira o resultado dos leilões no caderno de leilões, des-ta edição.

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interural participa do evento da Sementes adriana, no Mato grosso

no dia 24 de abril, por volta das 8 horas, aconteceu o 2º encon-tro tecnológico “Agricultura no cerra-do-Desafio e soluções”, promovido pela empresa sementes Adriana. o evento aconteceu na unidade da empresa em Alto Garças, nas pro-ximidades do KM 94, da BR 364 e participaram cerca de 3 mil pesso-as, entre funcionários, empresários, pesquisadores e autoridades de várias regiões. Dentro do tema em questão, foram abordados diferen-tes assuntos. o Jornalista Wolney Domingos, foi até o Mato Grosso representar a equipe inteRural. A matéria completa do evento, você confere nesta edição!

Foto - rivian d

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no dia 24 de abril, a Fazenda santa luzia realizou o 9° Grande leilão Anual Girolando, da fazenda. A fêmea ¾, Marcela lemmer santa luzia, foi o animal mais valori-zado do leilão, sendo comercializada por R$ 80 mil reais, representando um novo recorde nacional da categoria. o leilão teve transmissão pelo canal terra viva, onde foram ofertadas 380 fêmeas Girolando, selecionadas entre o mais alto padrão racial. A inteRural esteve presente no leilão, e prestigiou o grupo cabo verde. confira a cober-tura completa do leilão, ainda nesta edição!

inteRural participa de Leilão na Fazenda Santa Luzia

inteRural é homenageada durante Encontro da Pecuária Leiteira nos Trópicos

o 1°encontro da Pecuária leiteira nos trópicos, evento realizado pela calu, reuniu mais de 500 pesso-as entre os dias 22 e 23 de abril, no center convention, em Uberlândia-MG. Palestras, mesas redondas e debates eram base da programação, os participantes puderam contar com a presença e a palestra do ex-ministro da Fazenda, Mailson da nóbrega que discutiu o cenário econômico especí-fico da área. o segundo dia contou com a participação do presidente da

comissão nacional do leite, Rodrigo Alvim. Durante o evento, a inteRural foi homenageada pela calu, em re-conhecimento ao excelente trabalho que vem realizando à pecuária leitei-ra do Brasil. A inteRural se sente mui-to honrada por esse reconhecimento e agradece à calu, em nome de seu presidente eduardo Dessimoni. es-peramos continuar trilhando esse caminho e melhorando a cada dia mais, para que mais pessoas gostem e reconheçam nosso trabalho.

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R ecrudesceu, recentemen-te, uma grande preocupa-ção com a sustentabilida-de da cafeicultura brasi-

leira e mundial em todos os fóruns de discussão, em que estão sendo debatidos os panoramas, atual e prospectivo, do agronegócio café. o tema sustentabilidade, em diversas formas, é o assunto recorrente e do-minante na pauta dos recentes even-tos técnicos e políticos acontecidos no setor cafeeiro. A conferência Mundial do café, realizada pela organização in-ternacional do café, na Guatemala, nos dias 26 a 28 de fevereiro, deste ano, por exemplo, teve como tema: “café para o futuro: rumo a um setor

cafeeiro sustentável” e, como objeti-vo: “Debater diversos temas ligados à sustentabilidade do agronegócio café como um todo, discutindo os aspectos ambientais, sociais e eco-nômicos do setor. em salvador, na Bahia, no período de 08 a 10 de março do ano corrente, realizou-se o 11º simpósio nacional do Agronegócio café (Agro-café), tendo o sugestivo tema: “café: um gigante na corda bamba”. neste, o foco também foi a sustentabilidade e a palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues, proferida durante o even-to, com o título “Uma agenda para o agronegócio no século xxi”, marcou o tom inicial das preocupações e dis-cussões posteriores ao abordar as

sustentabilidades econômica, social e ambiental, com autoridade e de for-ma competente. outros dois eventos, tam-bém respeitáveis, realizados recente-mente, foram o 14º simpósio sobre cafeicultura de Montanha, realizado de 17 a 19 de março, em Manhuaçu, situada na Zona da Mata Mineira, e a Fenicafé, um acontecimento para dis-cutir os rumos da cafeicultura do cer-rado Mineiro, que foi realizado dos dias 24 a 26 de março de 2010, na cidade de Araguari. em ambos, prin-cipalmente na abertura dos eventos, foram expressas as preocupações dos políticos e da liderança cafeeira com a sustentabilidade da atividade cafeeira.

A sustentabilidade da cafeicultura e a adequação das propostas para

aumento da sua lucratividade

A sustentabilidade da cafeicultura e a adequação das propostas para

aumento da sua lucratividadeJosé luis dos santos Rufino - engenheiro Agrônomo e Mestre em Administração Rural pela Universidade Federal de lavras

Ênfase na sustentabilidade da cafeicultura

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se as preocupações são se-melhantes nos diversos fóruns em que se debate a sustentabilidade da cafeicultura, por outro lado, são díspares as propostas de ação que surgem, principalmente em relação ao papel do governo, para impactar a lucratividade sustentável do setor cafeeiro. o posicionamento da oic sobre o assunto pode ser visto pe-los termos da Palestra de abertura do congresso da oic, na Guatemala, proferida pelo seu presidente, nestor osório, em 26/02/2010. nessa, en-fatiza ele, “si bien es cierto que los precios actuales pueden calificarse como razonables, es preciso sena-lar que ciertos factores externos han menguado el valor real del ingreso cafeteros y ellos son: • el aumento del costo de la mano de obra;• los altos precios de los fertili-zantes;• las dificuldades de crédito y financiación;• proliferación de plagas y en-fermedades;• la depreciación del dólar”. Ao apresentar os principais problemas que afetam a cafeicul-tura mundial, o dirigente da oic ar-rematou dizendo que estes temas serão tratados, na conferência, por especialistas que darão orientações sobre como alcançar uma produção sustentável. Ao apontar os estrangu-lamentos existentes, a oic deixa claro seu entendimento de que o foco para proporcionar a desejada sustentabili-dade da cafeicultura está associado ao cUsto De PRoDUção da lavoura

cafeeira. De forma diversa, ao tomar-mos as declarações das lideranças cafeeira no Brasil, temos um diag-nóstico alternativo, que lança os es-trangulamentos da sustentabilidade cafeeira sobre a renda do setor ou, mais especificamente, sobre o preço do café no mercado. como exemplo desse outro entendimento, podemos citar várias declarações da liderança cafeeira emitida nos últimos fóruns, anteriormente citados, que se pro-puseram a discutir essa questão. se-não, vejamos: • Declaração do presidente da Assocafé e organizador do 11° AGRo-cAFé, em 08/03/2010, em salvador: “Precisamos ainda saber o que fazer, em conjunto, para solucionar o nosso principal problema - a renda do pro-dutor”. • Manchete do clipping, da cnc, em 10/03/2010: Agrocafé: se-cretários de Agricultura propõem al-ternativas de renda.(http://www.cncafe.com.br/noticias_ler.asp?id=8905&t=2&counter=1)• Declaração do Presidente da Frente Parlamentar (em 23/09/2009) defendendo, na oic, ações de susten-tabilidade econômica: “... a única for-ma dos produtores de café saírem da situação que se encontram é median-te preços remuneradores e que cabe à oic um papel efetivo nesta direção”• Declaração do presidente da sincAl (Associação nacional dos sindicatos Rurais das Regiões Produ-tores de café e leite), em entrevista ao caféPoint, de 16/03/2010: “o principal ponto que atravanca a cafei-cultura é a falta de preço. essa falta

de preço vem de uma conjuntura por falta de gestão pública e privada”.

Haja vista que o lucro de uma atividade é igual a receita menos os custos de produção (lUcRo = Recei-tA – cUsto), em princípio, ambos os enfoques estão corretos, uma vez que eles buscam, com base em diagnós-ticos diferentes e por caminhos diver-sos, aumentar o lucro da cafeicultura de maneira sustentável. Ao cafeicul-tor, individualmente, pouca diferença faz se ele consegue um lucro susten-tável com base no decréscimo de custos ou com base no aumento de sua receita. Para o setor cafeeiro, no entanto, essas razões podem ter efei-tos diversos, conflitantes e, até mes-mo, antagônicos.

as propostas decorrentes das preocupações com a sustentabilidade

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Para entendermos melhor a diferença existente, do ponto de vista agregado, entre o aumento da lucrati-vidade cafeeira, por meio do aumento artificial de preços e pela diminuição de custo de produção, vamos, inicial-mente, observar a figura a seguir, que nos mostra uma simplificação do sis-tema econômico da cafeicultura. Por ela, podemos ver que o cafeicultor participa de dois mercados distintos. no mercado em que ele oferta seu café, seu parceiro, ou seja, o deman-dante do produto, é o consumidor. no mercado em que o cafeicultor é demandante, seu parceiro são os detentores do trabalho as famílias – e os proprietários dos insumos, tais como defensivos, adubos, máquina e equipamentos etc. Dentre os ofertan-tes de serviço é importante destacar a participação do Governo que, nesse caso, deve participar como fornece-dor de informação de serviços (apoia a inovação tecnológica e a infraestru-tura, como estradas, portos, eletrici-dade, segurança, dentre outros). sendo assim, quando es-tamos pensando em realizar ações que afetem o preço do café, por co-erência, devemos dirigi-las aos con-sumidores, que são os parceiros dos cafeicultores no mercado, no qual se formam os preços do produto. serão ações de publicidade, de marketing, de agregação de valor ao produto, de serviços associados. Por isso, ações que estejam mais perto das defini-ções de: Para quem? o que? e Quan-to produzir? nesse caso, vale lembrar que o Governo não é consumidor de café e que, portanto, sua interferên-cia em preço só se dará de maneira arbitrária e sempre contrariando as regras do livre mercado, o que, quase sempre, traz mais problemas do que solução, quando se pensa no longo prazo. Por outro lado, quando esta-mos pensando em decréscimos no custo de produção de café, ou seja, no “como produzir?”, aí sim o Gover-no passa a ter um papel fundamental. Um correto conjunto de proposta de ações governamentais pode diminuir, em grande parte, o custo de produ-

ção e aumentar a competitividade do setor cafeeiro como um todo: melho-ria de estradas vicinais, disponibilida-de de energia a preços diferenciados; aquisição de máquinas e equipamen-tos; cobertos por isenção de impos-tos; uma adequada legislação tra-balhista, que leve ao produtor maior facilidade no trato de seus recursos humanos, sem que isso represente qualquer aviltamento nas relações humanísticas com os trabalhadores. Aqui se faz necessário um parêntese, para declarar que sempre que se fala em alterar a legislação brasileira em benefício dos cafeicul-tores, há sempre aqueles que falam que isso é muito difícil, quando não, impossível. ora, o papel dos repre-sentantes da cafeicultura no congres-so Brasileiro é exatamente este: bus-

car, dentro da lei, os benefícios para aqueles que eles representam. Parar o trânsito, fazer passeata, como pre-gam alguns, pode até ser mais fácil, mas, certamente, é menos efetivo. exemplo interessante de so-licitação de interferência ao Governo foi dado, recentemente, pelas mon-tadoras de automóvel. em crise, elas não solicitaram do Governo Brasileiro que aumentasse o preço dos carros, mas, sim, que diminuíssem os seus custos por meio de isenção de impos-tos. isso alcançado, além de favore-cerem seus potenciais consumidores, elas agiram pedindo ao governo algo que, efetivamente, ele poderia conce-der mediante o adequado jogo demo-crático, tendo os seus representantes no congresso Brasileiro, capitaneado os esforços nesse sentido.

O Sistema Econômico da Cafeicultura

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Conclusões e sugestões o cafeicultor se coloca, si-multaneamente, em dois mercados distintos: um, de seu produto, ofer-tante de café; outro, do adquirente de seus insumos, que é o demandante de fatores de produção. As ações preconizadas para uma cafeicultura sustentável podem ser dirigidas a um dos dois, ou para ambos os merca-dos, visando aumentar a sua renda ou diminuir o seu custo de produção, respectivamente. As propostas de ações dire-cionadas ao mercado do produto de-vem, em princípio, lembrar que, em uma economia livre e democrática, o parceiro nesse mercado é o consumi-dor. As propostas, nesse caso, devem enfatizar a valorização do produto, bem como a conquista e a amplia-ção dos mercados consumidores. As ações de governo devem ser de apoio a esses propósitos maiores, e nunca de procurar, arbitrariamente, alterar o preço de mercado, que não é de sua competência e, se contrariando essa

premissa, assim mesmo o fizer, os efeitos de longo prazo serão contrá-rios aos interesses dos cafeicultores mais eficientes. De acordo com esses argu-mentos, entende-se que a liderança da cafeicultura brasileira e os repre-sentantes do setor no congresso Bra-sileiro devem centrar seus esforços, exigindo do Governo aquilo que é atri-buição de governo, tais como: pes-quisa, assistência técnica e gerencial (por exemplo, nos moldes do certifica Minas café e do Projeto educampo café), capacitação de mão de obra, melhoria da infraestrutura viária e portuária, informações técnicas e de mercado e o apoio para organização e fortalecimento da atividade cafeeira, regulamentação do setor (tributação) e muitos outros que, com criatividade e bom senso, muito podem contribuir para a competitividade e a sustenta-bilidade de nossa cafeicultura. exigir do governo que ele altere o preço do café, com intervenções de mercado,

tem sido, e continuará a ser, uma postura que contraria a lógica, e gera poucos e efêmeros resultados, em consequência, desgasta a credibili-dade de todos, pela inexistência de resultados robustos e duradouros.

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Fazendas Engenho e Congonhas

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Tradição e experiênciaFazendas Engenho e Congonhas se unem em

busca de um Girolando de qualidade

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Já dizia o ditado, “um é bom, mas dois é melhor ainda”. Quando grandes propriedades se unem

em busca da melhoria genética de uma raça, todos saem ganhando. nesse contexto, essa reportagem

irá mostrar duas referências na pecuária leiteira nacional que reúnem todas as qualidades necessárias

para a melhoria genética da raça Girolando. Iremos contar a trajetória de sucesso das propriedades que

não só estão juntas em busca da excelência da raça, mas também juntos, ofertam, no dia 6 de junho, às

10 horas da manhã, através do Agrocanal, os animais de ponta, já selecionados dentro de seus plantéis,

para os pecuaristas e os investidores da raça Girolando.

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Fazenda Engenho

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Fazenda Engenho Uma tradição que atraves-sa séculos. A Fazenda engenho, lo-calizada na cidade de Araxá (MG), traz o investimento no agronegócio “no sangue”, há gerações. Funda-da em 1830, a propriedade é hoje administrada por leandro Aguiar e seu irmão Antônio Ananias. A Fazenda engenho é uma volta ao passado nos tempos de Brasil colônia, com uma sede to-talmente restaurada, respeitando a arquitetura antiga. Uma estrutura que impressiona. A propriedade acumula, hoje, várias atividades. na pecuá-ria de corte, são cerca de 10 mil bois, sendo 4 mil confinados, anu-almente, e 6 mil a pasto. na agri-cultura, as lavouras de milho e soja ocupam 1.500 hectares, dos 7 mil hectares da fazenda. A cana, pro-duzida para abastecer a pecuária, ocupa 70 ha. Uma grande paixão de le-andro são os cavalos. em meio a

tantas outras atividades, ele cons-truiu um haras, que tem, mais ou menos, 295 cavalos em sua tropa, entre árabe, Manga larga Paulista, Paint Horse e crioulos, “leandro é um apaixonado por cavalos, ele sabe o nome de cada um”, diz seu irmão, Antônio. A pecuária leiteira sempre esteve presente na propriedade, pensando em melhorias, no final da década de 1990, leandro de-cidiu intensificar a seleção de seu criatório de Gir registrado, adqui-rindo matrizes, de “dupla aptidão”, dos mais renomados criatórios do triângulo Mineiro, mais, especifica-mente, da região de Uberaba. nesta época, foram incor-poradas ao seu plantel, algumas matrizes “leiteiras”, oriundas do criatório de torres lincoln Prata cunha, sufixo “Poty vR”, que de-monstravam, claramente, suas qualidades produtivas, que tam-bém foram passadas às suas des-

cendentes. com esse resultado positi-vo, e objetivando ainda mais pro-dutividade, ficou decidido, no início dos anos 2000, que a seleção da fazenda seria focada, especifica-mente, no Gir leiteiro, e foi feito um trabalho direcionado a isso. Pri-meiramente, foi utilizado por dois anos o raçador Bem Feitor Raposo, líder de sumário, produtor de cam-peões e recordistas de preços, do criatório do amigo Gabriel Donato de Andrade, da Fazenda calciolân-dia. o resultado não poderia ter sido melhor. Mesmo nas matrizes de “dupla aptidão” o aumento de produção leiteira foi bastante signi-ficativo. em consequência dos re-sultados, foi iniciado o processo de controle leiteiro das matrizes da fazenda, oficializado pela ABcZ. Dando continuidade aos excelentes resultados, foi utilizado nas filhas do Bem Feitor, touros consagrados,

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como sansão, nobre, Modelo, Pa-trimônio, vindouro, Bagdá, Andaka, dentre outros, que formam a base do plantel atual. Mais recentemente, incre-mentou-se a utilização de sêmen dos raçadores teatro, vaidoso, vale ouro e Fardo, nas filhas dos touros citados, anteriormente. vale à pena ressaltar que, nos últimos anos, houve um incremento significativo na aquisição de doadoras, oriun-das de conceituados criatórios, tais como calciolândia e terras de Kubera, dentre outros. em 2006, por iniciativa de Antônio Ananias, irmão de leandro, iniciou-se o processo de criação de animais Girolando, utilizando-se as melhores matrizes leiteiras da raça Gir em trabalho de inseminação ar-tificial com os melhores touros pro-vados da raça Holandesa. o resul-tado disso já pôde ser comprovado em sua primeira participação, com o Girolando, em exposições, tendo sido Melhor criador de Girolando 1/2 sangue na concorrida exposi-ção Agropecuária de Passos (MG), neste ano. na mesma exposição conquistou ainda o título de tercei-ra Melhor Fêmea Jovem 3/4, com lafe 162 Patron. Atualmente, todas as gran-des doadoras da raça Gir leiteiro da Fazenda engenho estão sendo acasaladas, em Fiv, com os princi-pais raçadores da raça Holandesa na atualidade, objetivando maior qualidade e produtividade em seus produtos, buscando realmente o melhor para a base do Girolando da Fazenda engenho. “Assim, defi-

nimos os objetivos básicos da se-leção da Fazenda engenho, tanto no Gir leiteiro quanto no Girolando: qualidade com produtividade e ren-tabilidade”, diz Antônio. “nossa satisfação vem do fato de que o leite é um alimento nobre, proteína barata, muito ne-cessária para toda a população, in-dependente de classe social, idade e outras mais. Uma das formas mais eficientes de produzir este alimento será na forma “a pasto”, “no” ca-

pim mesmo, de forma econômica, que não comprometa a competição com a alimentação humana, no caso dos grãos, por exemplo, que também são utilizados tanto para a alimentação humana quanto na alimentação animal (rações e con-centrados). este é o ponto que nos deixa bem satisfeitos com nosso trabalho, pois nossos animais são criados e selecionados para esta finalidade, tanto o Gir leiteiro como o Girolando”, finaliza leandro.

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Fazenda Congonhas

Fazenda Congonhas engenheiro civil, Pedro Aguiar trabalhou, por muitos anos, na área que escolheu para conquis-tar o tão sonhado diploma. Mas, a paixão pela terra, que veio desde o avô, o qual infelizmente ele não conheceu, sempre falou no coração. A partir de uma propriedade, que re-cebeu de herança do pai, Pedro de-cidiu trabalhar com o agronegócio. Hoje, os 2.200 hectares são distribuídos em quatro núcleos: lei-te, com 200 ha; café, com 140 ha; cana, com 500 ha; e a lavoura, que engloba as culturas de soja, milho e feijão, ocupa 700 ha. toda a par-te de agricultura da propriedade é orientada pelo consultor e enge-nheiro agrônomo, Getúlio de Paiva Aguiar, que implantou, há 3 anos, uma agricultura de precisão, com o intuito de economizar e aumentar a produtividade, “com a agricultura de precisão geo-referenciamos a área e conseguimos trabalhar com uma coerência melhor, além de poder in-

dicar o potencial de cada mancha e determinar a adubação correta para aquela região dentro da sua po-tencialidade”, explica o engenheiro agrônomo. A análise da terra, nesse caso, é feita a cada três anos, mas o controle deve ser feito anualmen-te, “nos primeiros anos de implan-tação tivemos uma economia muito grande, porque acumulava adubo no solo de algumas áreas e outras eram carentes. Agora a tendência é manter o mesmo custo, aumen-tando a produtividade. em média, o consumo será o mesmo, o que irá aumentar será a produção”, declara Getúlio. A agricultura é, sem dúvidas, um grande potencial da fazenda e demonstra a seriedade e profissio-nalismo que a congonhas oferece ao mercado. Pedro Aguiar é casado com elite e teve quatro filhos, eduar-do, Gustavo, Alessandra e Daniela, mas em função do destino, perdeu

um filho muito jovem por uma sé-ria doença. eduardo Aguiar faleceu há três anos e era o filho que mais gostava do setor de pecuária, mas, hoje, Gustavo Aguiar, também filho de Pedro, que até então era respon-sável pela agricultura e pela parte administrativa da fazenda, tomou frente e está realizando um ótimo trabalho, sempre ao lado do pai e por ele orientado. A congonhas acumula em seu histórico, 40 anos dedicados à seleção da raça Girolando. os 200 hectares destinados à pecuá-ria leiteira possui 800 animais da raça Girolando e algumas matrizes Gir, para melhoria genética da raça Girolando. A fazenda produz 4.800 litros de leite por dia, com cerca de 220 vacas em 3 ordenhas diárias. “o nosso projeto é colocar até 350 vacas na ordenha, produzindo em média, 22 kg e nas águas e 27 kg na seca”, sustenta Gustavo, que completa: “não temos, por enquan-

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to, a pretensão de aumentar muito em número de animais, estamos mais preocupados em investir em estrutura e genética”. na propriedade, as novilhas são 100% inseminadas no período de maio a setembro, para que a pa-rição se inicie na seca, facilitando o manejo. Quando os bezerros nas-cem, a alimentação feita é bastan-te criteriosa, “eles são alimentados com leite e a partir de uma etapa, começamos a oferecer ração, e quando já estão quase na fase de se mudarem para o setor da recria, incentivamos um pouco de silo ou feno”, assegura Gustavo. o bezerrei-ro é formado por 8 piquetes e tem capacidade para cerca de 100 be-zerros. A agricultura da fazenda praticamente consegue abastecer a pecuária. “Produzimos silo de grão úmido e na safrinha plantamos um pouco de sorgo para silagem, mas ainda precisamos comprar poupa cí-trica, núcleo, farelo e casquinha de soja”. em sua totalidade, a fazen-

da possui 25 funcionários, mas, se-gundo Gustavo, a terceirização de trabalho sempre foi muito bem vinda na propriedade. como é o caso de Getúlio, consultor na parte agrícola, na pecuária, a Aplique presta con-

sultoria para a congonhas há bas-tante tempo e, ultimamente, Davi Roberto, o Boi, da Boi Assessoria, começou a trabalhar com a família, auxiliando nos acasalamentos e na orientação dos animais de pista.

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Atradiçãodeumafazendaeaexperiênciadaoutra.AsfazendasEngenhoeCongonhas

realizam,juntas,nodia6dejunho,oprimeiroleilãoanualGirolandodasfazendas.OAgrocanal

serápalco,apartirdas10horas,damanhã,daapresentaçãodosmelhoresanimaisdasduas

propriedades.

O leilão irá ofertar 70 animais entre vacas, bezerras e novilhas. Todas as novilhas e

bezerras,registradaselivrofechadonaassociaçãobrasileiradoscriadoresdeGirolando.Serão

apresentadastambém,aoscriadoreseinvestidoresdaraça,vacasenovilhasparidas,todascom

regimeapasto,commédiade25kg.

A fazenda Engenho oferta 20bezerras e novilhas 1/2 sangue livro fechado, bezerras

oriundasdevacasGirleiteiroPO,comtourosHolandesesdasmelhorescentraisdoBrasil,além

debezerrasdepistaenovilhasprenhez.Jáafazendacongonhas,oferta30facasvacasempro-

dução,3/4e7/8,20bezerrasenovilhasGirolandolivrofechado.“Éumaoportunidadeímparde

adquiriranimaisdealtacargagenéticaevacascomaltaprodução”,afirmaDaviRoberto.

Antesdoleilão,nodia29demaio,asfazendasrealizarãoumDiadeCampo,nafazenda

Congonhas.Serãomontadas3estações,paraasempresasAltaGenetics,NutroneElanco,onde

apresentaram,aosparticipantes, as tecnologias easnovidadesdapecuária leiteira.O evento

começaàs10horasdamanhã.Naoportunidade,asfazendasEngenhoeCongonhasfarãouma

apresentaçãodosanimaisqueestarãosendoofertadosnoleilão.

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Qual a melhor estratégia para o sucesso do desaleitamento de bezerras em sistema de aleitamento intensivo?

Bezerras

carla Maris Machado Bittar – Professora do Departamento de Zootecnia da esAlQ-UsPlucas silveira Ferreira – Aluno de Doutorado em ciência Animal e Pastagem - esAlQ-UsP

De maneira geral, o sistema de manejo de alimenta-ção de bezerras, mais co-mumente empregado por

produtores de leite, baseia-se no forne-cimento de leite integral ou substituto de leite (sucedâneo) diluído a 12,5% de Ms, fornecidos a 10% do peso vivo da bezerra (normalmente, 2 litros), em duas refeições. Por outro lado, trabalhos de pesquisas recentes têm mostrado que quando o fornecimento de leite aos animais não é controlado, ou seja, o consumo é à vontade, este apresenta valores ente 8 a 12 litros diários, com altas taxas de ganho de peso durante as primeiras semanas de vida. estas pesquisas têm mostra-do que o aumento na quantidade de leite ou sucedâneo, fornecida aos ani-mais, além de melhorar as taxas de crescimento, melhora a eficiência ali-mentar e, possivelmente, a produção de leite futura, sem efeitos negativos na saúde ou no desenvolvimento da glândula mamária. embora os dados mostrem vantagens em relação ao melhor de-sempenho, quando os animais con-somem grandes quantidades de die-ta líquida é comum se observar um menor consumo de concentrado por estes animais, durante o período de aleitamento. Já discutimos, em outros radares técnicos, a relação negativa entre o consumo de dieta líquida e o de concentrado. Quanto maior a quantidade de dieta líquida fornecida, menor o consumo de concentrado, de forma que o processo de desaleitamento pode ser prejudicado, resultando, inva-

riavelmente, em redução no desempe-nho e, muitas vezes, na perda de peso. De maneira geral, o desaleita-mento de forma abrupta, mais comum nos sistemas de produção, é proble-mático quando se adota a prática do fornecimento de grandes quantidades de leite durante o aleitamento. neste momento, como a principal fonte de alimento é retirada de maneira imedia-ta, os animais têm que, prontamente, alterar sua fonte de alimentação, o que, muitas vezes, não ocorre de ma-neira satisfatória, levando a um baixo desempenho durante os primeiros dias de pós-desaleitamento. com base nesses questio-

namentos, um estudo, recentemente, publicado por sweeney et al. (2010), avaliou os efeitos da adoção do desa-leitamento gradual de bezerros alimen-tados com grandes quantidades de leite sobre o consumo de concentrado no período pós-desaleitamento e, prin-cipalmente, no desempenho. Para realizar este estudo, 40 bezerros foram alimentados diariamen-te com 12 kg de leite e desaleitados aos 41 dias de vida, de forma abrupta ou gradual, conforme mostra a tabela a seguir:

Tabela 1. descrição dos métodos de desaleitamento avaliados.

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os animais foram aleitados por intermédio de aleitador automáti-co, que registrava o consumo de leite diário de cada animal. o consumo de leite, pelos animais, no sistema de desaleitamento abrupto, foi me-nor que o planejado, como pode ser observado na tabela 2. esses dados mostram que essa quantidade de

leite está acima da capacidade de consumo voluntário pelos animais em aleitamento. os resultados observados para o consumo de concentrado, no período de aleitamento, mostraram comportamento conforme o espera-do. Durante o período de aleitamento, os animais que tiveram a quantida-

de de leite fornecida gradualmente diminuída 10 ou 22 dias antes do desaleitamento apresentaram maior consumo de concentrado. entretanto, animais em desaleitamento gradual, já a partir de 22 dias antes da idade de desaleitamento, apresentaram me-nor taxa de ganho de peso, quando comparado aos outros tratamentos.

Tabela 2. resultados observados para os diferentes métodos de desaleitamento adotados.

embora os bezerros desalei-tados abruptamente tenham registra-do maior ganho de peso durante o período de aleitamento, apresentaram perda de peso durante a fase pós-desaleitamento, em resposta ao baixo consumo de concentrado. os resultados mostraram que, independentemente do método de desaleitamento gradual adotado, animais consumindo grandes quan-

tidades de dieta líquida não propor-cionam adequado consumo de con-centrado, essencial para garantir seu desempenho após o desaleitamento. na Figura 1 são apontados os resultados de consumo de leite e de concentrado a partir dos 16 dias de idade, dias antes da redução gradual do fornecimento de leite a partir de 22 dias antes do desaleitamento. Pode-se observar que os maiores aumentos

no consumo de concentrado ocorrem nos tratamentos com redução gradual no fornecimento de leite a partir de 22 e 10 dias antes da data de desaleita-mento. observam-se, também, o me-nor consumo de concentrado para ani-mais desaleitados de forma abrupta ou com redução gradual 4 dias antes do desaleitamento, mesmo após o de-saleitamento aos 41 dias de idade.

Figura 1. Consumo de leite e concentrado durante o período de aleitamento observado em bezerros sob diferentes métodos de desaleitamento.

os dados sugerem que a re-alização do desaleitamento de forma gradual garante aumento no consu-mo de concentrado possibilitando adequado desenvolvimento do rúmen e adaptação à nova dieta. Denota, ainda, que embora os ganhos de peso no pós-desaleitamento tenham sido baixos, não foi observada perda de peso, como nos animais sob desa-leitamento abrupto.

em resumo, a adoção de um método de desaleitamento gradual, para animais em sistemas de aleita-mento intensivo, melhora o consumo de concentrado e pode evitar preju-ízos no desempenho após o desa-leitamento. Portanto, com base nos resultados desta pesquisa, podemos afirmar que, iniciar a redução no for-necimento de leite aos animais, cer-ca de 10 dias antes da data prevista

para a retirada total do leite, apresen-tou resultados bastante satisfatórios, sem grandes perdas no período pós-desaleitamento.

referências:Sweeney, b. C., rushen, J., Weary, d. m., de Passillé, A. m. duration of weaning, starter intake, and weight gain of dairy calves fed large amounts of milk. J. dairy Sci., v. 93, p.148–152, 2010.

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Genética

Importância do jejum nas pesagens para a avaliação genética

Roberto carvalheiro, Fabiano veraldo da costa Pita, Rodrigo de Almeida teixeira, vânia cardoso, lucia Galvão de Albuquerque e luiz Alberto Fries.

Em bovinos de corte, a coleta de dados de características relacionadas ao peso corpo-ral, entre outras não menos

importantes, é essencial para a con-dução de uma avaliação genética. Por intermédio de tais dados, é possível, com a utilização de métodos estatísti-cos adequados, estimar o valor gené-tico dos animais e identificar aqueles que são superiores. Porém, a qualidade de uma avaliação genética depende da confiabilidade dos dados, ou seja, um conjunto de dados contaminados difi-cilmente levará a uma avaliação preci-sa. Desde a identificação dos animais até a obtenção dos pesos, di-versas são as fontes de erro que po-dem contaminar os dados. outro fator agravante é o fato de os bovinos apre-sentarem grande volume do aparelho digestivo, sendo que as quantidades de líquido e de alimento contidos nele interferem no peso medido do animal. Medidas de peso e tamanho corporal são aproximações à quantidade de por-ção comestível, contida no animal vivo, que seria a utilidade econômica final a ser estimada. nesse sentido, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do jejum, total ou parcial, sobre a obten-ção de peso “real” dos animais. Para isso, foram pesados 234 animais da raça nelore, pertencentes à Agropecuária Jacarezinho ltda., val-paraíso (sP), dos quais 143 estavam no sobreano, em torno de 18 meses, e 91, no desmame, aproximadamente, aos 200 dias de idade. os animais de sobreano foram divididos em dois gru-pos, sendo, um deles, composto por animais que passaram por jejum total e o outro em que os animais tinham livre

acesso à água (jejum parcial). no des-mame, os animais também foram se-parados em dois grupos, um de jejum total e outro de jejum parcial, no qual os animais ficaram com suas mães, tendo, então, acesso ao leite. em cada grupo de animais, foram feitas duas pesagens na tarde em que eles chegaram ao curral e mais duas pesagens na manhã seguinte à noite de curral. Da primeira à última pesagem foi decorrido um tempo de, aproximadamente, 20 horas. os ani-mais de sobreano demoraram cerca de uma hora e meia desde sua vinda do pasto até a primeira pesagem, e os de desmame levaram em torno de duas horas.

na análise estatística, os mo-delos de medidas repetidas propostos utilizaram o peso, conforme cada gru-po, como variável dependente, incluin-do o animal como efeito fixo, e as fun-ções do tempo, como covariáveis. os efeitos linear e quadrático do tempo afetaram, significativamente, (p<0,01) o peso dos animais nos quatro diferen-tes grupos. os animais de desmame per-deram, em média, 8 kg (4% do peso), desde a primeira até a última pesagem. entretanto, houve maior perda, em mé-dia, 10 kg, dos animais submetidos ao jejum total, do que aqueles que ficaram com as vacas, que perderam, em mé-dia, 6 kg.

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no sobreano, a perda média de peso foi de 26,1 kg e 23,4 kg para jejum total e parcial, respectivamente, correspondendo a uma perda de, apro-ximadamente, 5% do peso. essa dife-rença entre os grupos possivelmente não foi maior devido ao fato de que, na ocasião das pesagens, a temperatu-ra estava amena, dando condições de conforto térmico aos animais. em am-bos os casos, os pesos tenderam a se estabilizar em torno de 14 horas (Figura 1). se todas as perdas menciona-das anteriormente fossem constantes, isto é, todos os animais perdessem o mesmo peso, não seria necessário submetê-los ao jejum, visto que não haveria o risco de pesar animais com diferentes quantidades de alimento em seu aparelho digestivo, desfavorecen-do aqueles que estão mais vazios ou com menor quantidade de alimento. contudo, conforme demonstrado nas figuras 2 e 3, a perda de peso não foi uniforme. Ambas as figuras mostram a variação na perda de peso dos animais que sofreram jejum total. no grupo do desmame houve perdas, variando de 5 a 15 kg, com maior frequência de perda de 8 a 12 kg. Já, no sobreano, os ani-mais perderam de 4 a 38 kg, havendo maior dispersão das perdas, com uma concentração em torno de 24 a 26 kg. estes fatos observados eviden-ciam a importância do jejum, sobretudo do jejum total de, no mínimo, 12 a 14 horas, antes de serem coletados os da-dos de peso, pois, se ele não for feito, pode-se cometer erros na avaliação dos animais, superestimando o peso daque-les com maior quantidade de alimento no trato digestivo. Além disso, outras consequências podem ser apontadas, como a diminuição da estimativa de her-dabilidade, devido ao aumento do deno-minador, ou seja, aumento da variância total, causada pela adição de mais uma fonte de variação. exercícios rudimenta-res sugerem mudanças na magnitude do coeficiente de herdabilidade de 0,39 para 0,45, após jejum de 14 horas. somente por meio de uma coleta cuidadosa e bem planejada dos dados, com proteção contra possíveis erros, pode-se ter sucesso na identifica-ção dos animais geneticamente superio-res.

Figura 1. Curvas de perda de peso em relação ao tempo de animais de sobreano, submetidos a jejum parcial (YP) e jejum total (YT).

Figura 2. Frequência de classes de perda de peso de animais de desmame, submeti-dos a jejum total.

Figura 3. Frequência de classes de perda de peso de animais de sobreano, submeti-dos a jejum total.

versão do trabalho “Avaliação de possíveis fontes de erro durante as pesagens de bovinos de corte”, apresentado no 2º simpósio da sociedade Brasi-leira de Melhoramento Animal. os autores agradecem à Agropecuária Jacarezinho, por possibilitar a execução desse trabalho, e pelo apoio prestado pela equipe de funcionários, durante esta realização. Participação especial, no planejamento e na condução do trabalho, tiveram ian David Hill e luiz Fernando Boveda.

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Encefalopatia

Encefalopatia espongiforme bovina Mais rigor na prevenção

Instrução Normativa em vigor desde outubro de 2009 aprova eliminação de bovinos alimentados com produtos de origem animal.

Ana elisa F. Marra, médica veterinária, pós-graduada em produção de gado de corte - equipe ReHAgro

Enquanto, no Brasil, ainda não se identificou a ocorrência da encefalopatia espongiforme Bovina (eeB), popularmente,

conhecida como “Doença da vaca lou-ca”, o problema parece muito distante e acaba esquecido por muitos. A ma-nutenção do Brasil no topo do ranking de exportação de carne se deve ao controle sanitário realizado e ao fato de o país deter o maior rebanho comer-cial do mundo (fonte: iBGe). em 2008, o Brasil exportou algo em torno de 2.129 milhões de to-neladas equivalente carcaça de carne bovina (fonte: scot consultoria). Dessa forma, o risco que a eeB pode trazer para o país passa por graves proble-mas econômicos e sociais, além, é claro, dos de saúde pública, já que a doença é uma zoonose fatal. o impacto do surgimento da doença, no país, causa perdas dire-tas, como o sacrifício dos animais, a adoção de medidas de controle, o fe-chamento do mercado exportador de carnes, a desvalorização dos animais; e as perdas indiretas, como o fecha-mento de frigoríficos ou a diminuição das atividades de abate e a geração de desemprego. o fato de, no país, ainda não ter registrado a doença se deve à cria-ção de gado, no Brasil, ser baseada na produção a pasto. isso é explicado pela principal via de transmissão ser a utilização de alimentos de origem animal, como as farinhas de carnes e ossos, na dieta do rebanho bovino. o aparecimento da doença pode ocorrer em até 5 anos após a ingestão destes alimentos. o agente causador da en-cefalopatia é denominado príon, e é

uma proteína encontrada no tecido de animais infectados. Desde 2001, o Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) proíbe, em todo o território na-cional, a produção, a importação e a comercialização de qualquer fonte de proteína e gordura de origem animal destinada à alimentação de ruminan-tes, bem como seu uso para esta mes-ma finalidade. A cama de frango e os dejetos de suínos se incluem na lista de alimentos proibidos, devido ao uso de produtos de origem animal na ali-mentação destes. em 8 de outubro de 2009, entrou em vigor a instrução normativa 41 (in-41), que aprova a fiscalização de alimentos de ruminantes em esta-belecimentos de criação e na elimina-ção dos animais, quando comprovado

o uso de alimentos proibidos. o abate deverá ser realizado em estabeleci-mento inspecionado e devidamente registrado, sob inspeção oficial, ou na propriedade, sob acompanhamento da autoridade de defesa sanitária animal. os custos para a realização dos proce-dimentos ficam a cargo do proprietário e a ele não cabe nenhuma indeniza-ção. o objetivo de tamanho rigor, como pôde ser brevemente explicado, nos parágrafos anteriores, é que todo o país não tenha que, futuramente, pagar pelo erro de alguns. o papel do médico veterinário de conscientização e divulgação é de extrema importân-cia na manutenção da sanidade do rebanho nacional e na preservação do produtor rural quanto ao sofrimento de sanções, devido à falta de informação.

referências bibliográficas:- http://www.agricultura.gov.br/- http://www.scotconsultoria.com.br/ - http://www.ibge.gov.br/home/- http://www.anvisa.gov.br/vacalouca/caderno_tecnico/pdf/ligia_borges.pdf

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Gir

Otite parasitária em bovinos da raça Gir

A raça Gir é virtuosa em questões produtivas, destacando-se pela ca-pacidade de produção

leiteira eficiente, com custos redu-zidos nas regiões de clima tropical ou subtropical. tanto o número de criadores como a demanda por ge-nética da raça tem crescido em todo o Brasil. em 2009, segundo relatório da AsBiA – Associação Brasileira de inseminação Artificial –, foi a 2ª no ranking das raças leiteiras na venda de sêmen, perdendo apenas para a raça Holandesa. segundo vieira et al. (2001), 82% das proprieda-des rurais do Brasil contam com a influência da raça, principalmente aquela exercida na composição da raça Girolando. De acordo com ledic (2009) estima-se que, atualmente, a população de bovinos Gir leiteiro, puros de origem (Po) e registrados na ABcZ – Associação Brasileira de criadores de Zebu – é de, aproxima-damente, 79.000 animais. os Zebuínos, devido à rusti-cidade inerente à espécie, são me-nos susceptíveis às infestações por ecto e endoparasitos, no entanto os animais da raça Gir são afetados por um problema sanitário que tem cau-sado preocupação entre os criado-res. trata-se da otite parasitária, pro-vocada por pequenos nematoides rhabditiformes (Rhabditis spp.). esta enfermidade acomete, principal-mente, animais de orelha longa, em regiões de clima quente e úmido, de acordo com Msolla et al. (1986) e Duarte e Hamdan (2004). os ani-mais infestados podem manter-se assintomáticos por muito tempo, ou apresentarem uma ligeira apatia

com repetidos movimentos de ca-beça, sintomas considerados sem importância e, às vezes, negligencia-dos pelos criadores. nos casos mais graves, ambos os ouvidos apresen-tam descarga abundante de pus, com grande quantidade de parasi-tos. segundo Abdalla et al. (2008), a doença causa grande desconforto para o animal, devido ao processo inflamatório, que provoca estreita-mento do meato auditivo e perda da audição. não raras vezes, o quadro evolui para otite média e interna, decorrente da ruptura da membrana timpânica e da infecção bacteriana secundária. De acordo com Faccini et al. (1992), poderá ocorrer com-prometimento da inervação local e formação de abscessos no sistema nervoso central causando sintomas neurológicos, como perda do equi-líbrio e da coordenação motora,

levando o animal, sem tratamento adequado, à morte. A enfermidade tem sido re-latada por diversos autores em al-guns estados do Brasil, como: Minas Gerais, são Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e Distrito Fede-ral (MARtins JR. et al., 1971; lei-te et al., 1993; vieiRA et al., 1998 e ABDAllA et al., 2008), os quais observaram uma elevada prevalên-cia, variando entre 78,4% e 100%. Dentre os fatores epidemiológicos, predisponentes a esta parasito-se, enumerados por Duarte et al. (2001), estão os chifres achatados e grossos na base, próprios da raça, que comprimem as orelhas, que, por sua vez, são longas e em formato de cânula. tais características fenotípi-cas favorecem o acúmulo de cerú-men e secreções dentro do condutor auditivo, e propiciam um ambiente

Foto 1 - nematóide auricular Rhabditis spp.. Material coletado com o auxílio de swab de animal com otite parasitária.

Patrícia vieira Bossi leite Médica veterinária e mestranda em ciência Animal pela ev - UFMG.(contato: [email protected])co-autores: Romário cerqueira leite. Professor titular da ev-UFMG. - Paulo Roberto de oliveira. Professor Associado da ev UFMG.- (Departamento de Medicina veterinária Preventiva - Parasitologia.)

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favorável ao desenvolvimento de mi-croorganismos. A infestação pelo ne-matoide pode chegar a 14,3% dos bezerros e a 100% nas vacas mais velhas, com manifestações clínicas de diferentes intensidades nas di-versas faixas etárias. nos animais mais velhos os sintomas tendem a ser mais graves, com desvalorização comercial, principalmente daqueles refratários ao tratamento. em geral, as enfermidades otológicas dos bovinos são negligen-ciadas nos exames clínicos de roti-na, sendo, consequentemente, sub-valorizadas pelos técnicos e criado-res, que tratam apenas as afecções auditivas que se tornam crônicas e supuradas, ou quando o animal já apresenta comprometimento neural. e, ainda, por envolver órgão anatô-mico de difícil acesso, a não utili-zação de exames e equipamentos específicos impede a avaliação da gravidade do quadro e da amplitude das alterações decorrentes da doen-ça, o que poderia favorecer muito na escolha de medidas de controle e tratamento. Para comprovação da pre-sença do nematoide, a simples ob-servação do conduto auditivo exter-no é suficiente quando a infestação é de moderada a grave, devido, prin-cipalmente, à presença de secreção com aspecto e odor característicos. A comprovação se faz coletando os parasitos por meio de um swab ou chumaço de algodão, com posterior observação, a olho nu, do material. no entanto, no caso das infestações subclínicas, encontradas em taxas de 20%, de acordo com Duarte et

al. (2001), e que, geralmente, não são diagnosticadas, recomenda-se a lavagem do canal auditivo com água ou álcool boricado a 3% e observa-ção do material coletado com o auxí-lio de uma lupa. Até pouco tempo a otite dos bovinos, em especial aquela causa-da por parasitas, era considerada como problema de um único indiví-duo e, por conseguinte, sem estima econômica. no entanto, estando presente, na maioria dos rebanhos, passou a representar um acentuado problema sanitário no rebanho e, economicamente relevante, sobre-tudo para o proprietário de animais com pedigrees valorizados. Dentro deste contexto, cons-tatam-se prejuízos econômicos ain-da não quantificados pela literatura científica, mas citados por Msolla et al. (1993); vieira et al. (1998); vieira (2001); e Duarte e Hamdan (2004), assim como em relatos de criadores e profissionais da área. As perdas são acentuadas, com gastos com medicamentos e manejo diferen-ciado dos animais afetados. ocorre também a diminuição da produção de leite, do ganho de peso, além de infertilidade e óbito de animais com alto potencial genético (MsollA et al., 1993; vieiRA et al., 2001; DUAR-te e HAMDAn, 2004). Apesar dos di-versos fatores negativos decorrentes da enfermidade, as pesquisas ainda não são suficientes para a compre-ensão completa e o enfrentamento do problema. segundo afirmações de viei-ra et al. (2001), embora a doença tenha sido descrita há quarenta

anos no Brasil, a dinâmica do pa-rasitismo, em especial, a influência das condições climáticas, assim como o ciclo biológico e as formas de transmissão do parasito ainda são pouco conhecidos, apesar de fundamentais para embasar méto-dos profiláticos eficientes. estudos futuros, como os que estão sendo conduzidos na escola de veteriná-ria da UFMG/Belo Horizonte, devem priorizar maiores conhecimentos a respeito dos fatores de risco asso-ciados à presença do nematoides no rebanho, tais como: o combate a moscas; a limpeza e a higiene das instalações; o tratamento do ester-co e o monitoramento e controle das infestações dos animais mais velhos, com chifres. Deve-se, ainda, levar em consideração que a doença pode ser importada para rebanhos livres, por intermédio da comerciali-zação de animais contaminados. soma-se ao exposto a atual variedade de protocolos de trata-mento, usados sem padronização e com baixa eficiência, devido às constantes recidivas, somado ao custo elevado dos produtos ou à inviabilidade operacional dos mé-todos utilizados. Acredita-se que um dos aspectos relevantes para a abordagem e a solução do proble-ma seria o envolvimento dos pro-prietários e também dos responsá-veis pelos animais, uma vez que seu controle exige atividades laboriosas e repetitivas com a utilização de produtos prescritos de acordo com o grau de intensidade dos sintomas apresentados pelo animal, individu-almente.

Foto 2 - secreção purulenta característica da otite parasitária.

Foto 3 - Ptose de pálpebra - consequência da paralisia do nervo facial decorrente da otite parasitária.

Foto 4 - Animal com otite parasitária grave, apresentan-do comprometimento do sistema nervoso central.

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Agrogado

Agrogado lança dieta total para gado de elite

O s Bovinos melhorados ge-neticamente e com alto pa-drão zootécnico apresentam maiores desempenhos pro-

dutivos, como ganhos de peso e eficiên-cia reprodutiva, o que leva a um aumen-to em seus requerimentos nutricionais, exigindo alimentos de alto valor biológico e sem riscos para saúde. A maior dificuldade dos produ-tores são os manuseios dos alimentos volumosos (capim, silagem e feno), que representam um grande volume da dieta e quase sempre com baixo valor nutriti-vo. Respaldada em trabalhos cien-tíficos e de campo, a AGRoGADo desen-volveu uma ração completa, peletizada, para bovinos de corte, composta de in-gredientes concentrados e volumosos, capaz de suprir todas as necessidades nutricionais, com o uso de uma menor quantidade de alimentos, devido à baixa concentração de água na dieta. neste caso, os animais consomem apenas a ração total e água, o que facilita todo tra-balho, além de melhorar o desempenho. A AGRoGADo elite GolD to-tAl contém ingredientes fibrosos (feno de gramíneas) de alto valor nutritivo, que além de melhorar o ganho de peso, aumenta a eficiência do rúmen para di-gestão dos alimentos. A ração possui alimentos concentrados (milho, farelo de soja, minerais, vitaminas e promoto-res do crescimento e eficiência alimen-tar). As leveduras vivas (saccharomyces cerevisiae) foram enriquecidas com mi-nerais orgânicos (cromo e selênio), o que permite maior absorção destes mi-nerais, além reduzir os efeitos negativos causados pelo estresse e de aumentar a imunidade dos animais. os suplementos vitamínicos e minerais garantem o supri-mento total das exigências para ganho de peso, crescimento e reprodução. A inclusão de substâncias tamponantes, juntamente com ação das leveduras, evi-

ta a acidose ruminal (empanzinamento) de animais que estão consumindo gran-des quantidades de ração. Promotores de crescimento e eficiência alimentar (virginiamicina e salinomicina) foram adicionados ao produto para garantir ainda mais a saúde ruminal e sua efici-ência, aumentando o desempenho pro-dutivo como um todo, além de evitar a acidose ruminal e seus efeitos colaterais como a laminite. o produto ainda con-

tém probióticos de altíssima qualidade que aumentam a digestibilidade do ali-mento e proporcionam aumento nos ín-dices produtivos. em breve, a AGRoGADo esta-rá colocando no mercado, a ração elite Gold total para vacas leiteiras, com to-das as características citadas, além de uma maior concentração em nutrientes, destinados ao incremento da produção leiteira e eficiência reprodutiva.

AGro-GAdo eLITe GoLd ToTAL

Prof. Gilmar Ferreira Prado - Zootecnista – especialista em nutrição Animal e Pastagens, Professor das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), consultor técnico da Agrogado

A AGRoGADo, possui um departamento técnico, treinado para atender o cliente, com objetivo de otimizar o uso das rações e qualquer outro suplemento, portanto em caso de dúvidas, procure nossa orientação.

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BRA

HM

AN

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Campanha

A tenta às exigências inter-nacionais de preserva-ção do meio ambiente e ao enfoque sustentável

na pecuária, a Associação dos cria-dores de Brahman do Brasil (AcBB) em parceria com o instituto Brasilei-ro de Florestas (iBFloRestAs) e o Agrocentro promoverão, a partir da expoZebu 2010, que será realizada entre os dias 28 de abril e 10 de maio, em Uberaba/MG, uma cam-panha pioneira de conscientização socioambiental por meio do projeto Brahman sustentável. A intenção da AcBB, do iBFloRestAs e do Agrocentro é distri-buir, durante a expoZebu, em maio, e a Feicorte, em junho, 3.000 car-tilhas, com orientações sobre Ges-tão socioambiental da Propriedade Rural e sobre como a raça Brahman pode contribuir com a pecuária sus-tentável. cada cartilha será acom-panhada de duas sementes de ár-vore nativa, com indicações sobre o modo como devem ser plantadas. “todos nós sabemos que o agronegócio é tido como vilão quan-do o assunto diz respeito à preser-vação ambiental. é um erro culpar um setor tão produtivo por todas as infelicidades que a humanidade comete contra o ambiente em que vivemos. todos os cidadãos urbanos ou do campo têm sua parcela de cul-pa perante as alterações climáticas, por exemplo, uma vez que produzi-mos lixo em demasia, desperdiça-mos água, desmatamos áreas para formar cidades etc. o cidadão deve assumir sua parcela de culpa, as-sim como nós produtores, devemos promover nossa atividade de forma

Raça Brahman lança campanha de conscientização

para pecuária sustentável

ainda mais sustentável”, ressalta o engenheiro agrônomo, e presidente da AcBB, José Amauri Dimarzio. Dessa forma, por intermédio da ação de conscientização, a AcBB e seus parceiros desejam, não só reiterar o compromisso da raça com a sustentabilidade pecuária, mas, também, mostrar ao mundo que o Brahman é a raça Zebuína mundial, sustentável por natureza, pelo fato de ser um animal criado a pasto, altamente produtivo e eficiente. ou

seja, criado adequadamente, além de colaborar com o sequestro de carbono nas pastagens, o Brahman produz mais, ocupando menor quan-tidade de área. o projeto Brahman susten-tável, não ficará restrito apenas a expoZebu e a Feicorte. Ações ainda mais efetivas de conscientização deverão ser realizadas durante o xv congresso Mundial da Raça Brah-man, entre 17 e 24 de outubro, em Uberaba.

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Sobre o projeto o projeto Brahman sustentá-vel tem como objetivo principal a difu-são de informação sobre a necessida-de de implantação de uma gestão so-cioambiental eficaz nas propriedades rurais e sobre como a raça Brahman pode ser uma aliada para tornar a pe-cuária ainda mais sustentável. como objetivos secundários, o projeto tem a intenção de iniciar uma articulação efetiva da AcBB, visando despertar a atenção do pecuarista (seja brahmista ou não) quanto à necessidade de apli-cação de práticas socioambientais em suas propriedades e a materialização, inicialmente por meio das sementes, de uma ação prática nas proprieda-des rurais, com o intuito de promover à recuperação de áreas degradadas e a geração de lucro, inclusive, por inter-médio de projetos, como, por exemplo, sequestro de carbono. Após esta primeira fase, a

campanha deverá ser estendida. A ideia é que pecuaristas tenham acesso à mudas de árvores nativas, com fins de refloresta-mento, a um custo mais baixo. “A AcBB tem plena consciência de que não basta que sejam plantadas árvores para que a atividade se torne sustentável. sabemos que existem diversas estratégias, como o manejo adequado da pastagem, que por si já garante um retorno imediato de be-nefícios ao meio ambiente. A doação des-sas sementes é a materialização de que estamos plantando a semente para a pe-cuária sustentável, enquanto a cartilha irá trazer o que mais falta ao produtor rural, à mídia e a população urbana: ‘informação adequada’”, enfatiza o diretor executivo da AcBB, lydio cosac de Faria. o projeto Brahman sustentável conta, ainda, com o apoio do conselho nacional da Pecuária de corte (cnPc), Brazilian cattle Genetics e Revista Brah-man news.

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CCG

O caminho para o reconheci-mento do padrão racial do gado, seja nas fazendas de seleção, nas relações

de compra e venda ou nas pistas de julgamento, começa com o reconhe-cimento do registro genealógico, um tipo de RG do animal. o controle ge-nealógico começa “antes de o bezerro nascer”. ele vai assegurar a origem de pai e mãe e valorizar a qualidade zoo-técnica para produção. o certificado, além de agregar valor ao animal, per-mite conferir toda a sua procedência. o registro genealógico sistemático fez expandir, por todo o território nacional, as raças Zebuínas puras. Para manter e ampliar este processo é necessário associar aos dados de genealogia as informações relativas ao desempe-nho de cada “indivíduo”, destacando dados como famílias e linhagens de melhor comportamento econômico. os dados são obtidos em provas zootécni-cas. cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) au-torizar o cadastro de animais de inte-resse econômico para o agronegócio. o MAPA confere às entidades represen-tantes a autorização para emitir o certi-ficado para essas espécies. o registro dos animais da raça Zebuína no Brasil é delegado à Associação Brasileira de criadores de Zebu (ABcZ), com sede em Uberaba (MG), considerada vitrine dos melhores exemplares Zebuínos e principal fornecedora mundial de ma-trizes e touros. Para que o mercado se estabeleça e realize negócios ba-seados em características de raças, é necessário que entidades cadastradas pelo MAPA emitam o registro genea-lógico. é a garantia de que o animal possui as características positivas ou negativas da raça. no Brasil, as prin-

cipais raças de animais, por meio de suas associações, utilizam-se do regis-tro para comprovação de qualidade e seriedade nos seus trabalhos desen-volvidos. Um exemplo da importância do ccG pode ser observado entre os criadores do Brahman. o Diretor execu-tivo da AcBB, lídio cosac de Faria, em entrevista à inteRural destaca algumas questões do registro.

rI. o que representa para a Associação do brahman o Certificado de CCG?lcF. Para a AcBB, representa mais um marco histórico da raça Brahman. Por intermédio do ccG, a ABcZ já faz o registro de cruzamentos Brahman x nelore; Brahman x Guzerá; Brahman x tabapuã e passará a fazer, em breve, o de Brahman x Holandês. o Brahmo-lando, como é chamado esse último cruzamento, já é realidade em outros países. na colômbia, por exemplo, onde 80% do rebanho é Brahman ou Abrahmando, é realizado um processo de seleção no Brahmolando. Portanto, no Brasil possuímos já o terceiro maior rebanho Brahman do mundo, com ape-nas 16 anos de existência, como tam-bém já possuímos mais de um milhão de cabeças, fruto da cruza Brahman. o Brahmolando, inclusive, vem justamen-te como mais uma opção de animais produtivos e eficientes tanto para carne como para leite.

rI. Para quem vai comprar o animal é importante saber a procedência?lcF. sim, pois é por intermédio da con-firmação do pedigree que o comprador comprovará a filiação daquele animal e o quanto ele possui de diferencial dentro da população existente. Hoje, por exemplo, temos criatórios fazendo

a seleção de animais voltados para a produção leiteira, como, também, gran-des criatórios de animais Holandeses, utilizando genética Brahman, e será por meio da comprovação de proce-dência que ele terá condições de saber que aquele animal é filho da vaca “x”, que produz “y” de leite, como também saber que essa fêmea é filha do touro “z”, que possui um PtA de “xx”, para a produção leiteira. Portanto o certificado atestará e dará tranquilidade ao com-prador quanto ao seu investimento.

rI. economicamente, o que representa para a pecuária nacional o registro?lcF. estes dados econômicos nós não possuímos. Mas o registro é importan-te para o controle e até mesmo para a formação de rebanhos mais padroniza-dos, em todo o Brasil.

rI. Qual a importância da AbCz ser de-legada pelo mAPA para emitir o certifi-cado?lcF. A ABcZ é a delegada do MAPA para efetuar este tipo de registro em todo o Brasil. é uma entidade com mais de 75 anos neste mercado, ou seja, com ex-periência de sobra. Além disso, conta com ampla estrutura, é uma associa-ção moderna. sem dúvida, a entidade ideal para coordenar este tipo de ser-viço.

rI. Quantos criadores de brahman exis-tem no brasil e qual o nº de cabeças de animais?lcF. Atualmente, temos registrado, jun-to à ABcZ, 926 criadores, localizados em 23 estados da federação, com um número maior que 160 mil animais re-gistrados e um número de mais de um milhão de cabeças, produto da cruza Brahman com outras raças.

A Importância do CCG para as raças

Lydio Cosac de Faria

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Representatividade

A alta rusticidade, caracterís-tica marcante entre os Ze-buínos, aliada ao excelente desempenho produtivo fa-

zem da Brahman uma das mais impor-tantes raças de corte criadas em todo o mundo. Atualmente, o Brahman é a raça Zebuína com maior representatividade mundial, estando presente, oficialmen-te, em mais de 70 países. em nações como Austrália e colômbia, por exem-plo, o Brahman responde por cerca de 80% do rebanho nacional. com pouco mais de 16 anos de seleção no Brasil, a raça já se destaca também de norte a sul, em todos os estados do país. toda essa representativida-de no Brasil e no mundo fez com que a AcBB (Associação dos criadores de Brahman do Brasil) elegesse o “Brah-man sem fronteiras” como o slogan do xv congresso Mundial da Raça Brah-man, que será realizado, pela primeira vez, no Brasil, entre os dias 17 e 24 de outubro. o slogan foi gentilmente cedi-do pelos criadores A. Demes Alberto-ni e José Albertoni, titulares do texas Ranch, criatório localizado em Goiânia/Go, eles são os idealizadores do slogan que compõem a marca do texas Ranch, desde o início de sua seleção da raça Brahman. o “Brahman sem fronteiras”, eleito como o slogan do congresso Mundial, foi impresso em todo o mate-rial de divulgação do evento. “não po-deria haver slogan mais propício para resumir o que representa o Brahman. é uma raça sem fronteiras, que não en-contra barreiras em lugar algum, pelo fato de trazer resultados extraordinários a quem cria. nós brahmistas, só temos a agradecer a Demes e ao José Alberto-ni por cederem o slogan ao congresso”, enfatiza o presidente da AcBB, José Amauri Dimarzio.

Slogan do Congresso Mundial ressalta representatividade do Brahman no mundo

Divulgação A AcBB iniciou, no mês de fevereiro, um amplo trabalho de di-vulgação do xv congresso Mundial da Raça Brahman. Além de criadores do Brasil e do mundo, profissionais e estudantes de ciências Agrárias e imprensa nacional e internacional, o evento está sendo divulgado entre as lideranças políticas. A ministra chefe da casa civil, Dilma Rousseff, pré-candidata a Presidência da República, foi a primeira autoridade a ser convi-dada pelo presidente da AcBB, José Amauri Dimarzio, para o congresso, durante encontro realizado na sede da ABcZ, no dia 17 de março. Já, no dia 24 de março foi a vez da senadora e presidente da cnA, Kátia Abreu, ser convidada, pessoalmente, pelo presi-

dente da AcBB, para o evento. Abreu garantiu que a cnA será parceira na realização do congresso. no dia 26 de março, o então ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold stephanes, foi, oficialmente, convidado para o evento. Assim como os demais repre-sentantes de entidades rurais brasi-leiras, stephanes recebeu, das mãos do presidente da AcBB, o folder de di-vulgação do evento. A exemplo desse ex-ministro, que deixou o cargo no dia 31 de março, para concorrer a uma vaga de deputado federal nas próxi-mas eleições, outras lideranças rurais já confirmaram apoio ao congresso, dentre elas, o presidente da socieda-de Rural Brasileira, cesário Ramalho.

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Manejo higiênico na ordenha de cabras leiteiras

lea chapaval – Pesquisadora embrapa caprinos e ovinosAlan Martins Mororó – Mestrando em Zootecnia na Universidade estadual vale do Acaraú (UvA)Ana Paula Brandão de sousa – estudante de especialização em vigilância sanitária das Faculdades intAMarcela oliveira Ramos – Mestranda em Zootecnia na Universidade Federal do ceará (UFc)

A caprinocultura leiteira tem aumentado sua participa-ção no cenário agropecuário brasileiro de forma bastante

significativa, nos últimos tempos, obser-vando-se maior exigência do mercado consumidor por produtos de qualidade. o leite, ao ser sintetizado e se-cretado nos alvéolos da glândula mamá-ria dos animais, é virtualmente estéril, mas quando produzido sem os cuidados necessários, pode ser capaz de permitir o desenvolvimento de microrganismos originários do interior da glândula ma-mária, da superfície das tetas, do úbere, de utensílios, como: os equipamentos de ordenha e de armazenamento, e de várias fontes do ambiente da proprieda-de produtora. tais problemas causam grandes prejuízos para os produtores, a indústria e os consumidores.

o leite de cabra é um alimen-to que fornece importantes nutrientes para a alimentação humana. o termo qualidade, aplicado ao leite, refere-se à higiene, composição, nível tecnológico e sanidade do rebanho, sendo que os principais meios para que se alcance essa qualidade são: manter a saúde do úbere, ter um bom manejo de ordenha e controle zootécnico. com isso, pode-se produzir um leite de melhor qualidade e mais adequado ao consumo humano. As boas práticas agropecuárias na ordenha são normas e procedimen-tos que devem ser adotados pelos pro-dutores rurais, a fim de garantir a produ-ção de alimentos seguros em sistemas de produção sustentáveis. os objetivos das BPAs estão relacionados com a ob-tenção de matéria-prima adequada ao consumo e com a redução da possibili-

dade de transmissão de agentes infec-ciosos, ocasionada pela contaminação microbiana, a qual prejudica a qualida-de do leite, interfere na industrialização, reduz o tempo de prateleira do leite flui-do e derivados lácteos, e pode colocar em risco a saúde do consumidor. essas práticas envolvem, obrigatoriamente, três fatores, que devem participar do processo de forma harmônica: o orde-nhador, o ambiente em que os animais permanecem antes, durante e depois da ordenha, e a rotina de ordenha. Para a aplicação das boas prá-ticas na ordenha, o treinamento de mão de obra especializada deve ser realiza-do periodicamente, deixando todos os que participam dos processos de pro-dução de leite cientes da importância que cada um tem dentro da aplicação dessas práticas. A higiene pessoal do

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ordenhador é um aspecto extremamen-te importante para as propriedades pro-dutoras de leite. Deve-se evitar que as pessoas cultivem barba, que tenham unhas mal aparadas, cabelos compri-

dos e não adequadamente cobertos ou presos, e que fumem ou levem as mãos à boca ou às narinas durante a orde-nha. esta matéria oferece orienta-

ções e informações sobre como efetuar boas práticas de ordenha, para possibi-litar que o produto final chegue ao con-sumidor com condições apropriadas ao consumo.

Procedimentos realizados para uma ordenha higiênica1 - Condução dos animais para a ordenha conduza as cabras com tranquilidade para a sala de ordenha, evitando barulho, gritos ou qualquer outra coisa que possa, nelas, provocar desconforto e estresse. lembre-se que o estresse diminui a produção de leite.

2 - Linha de ordenha Adote uma “linha de ordenha”, ou seja, realize primeiro a ordenha das cabras sadias e, posteriormen-te, daquelas com mastite subclínica, de forma a auxiliar o controle da doença. o leite das cabras tratadas com antimicrobianos deve ser descartado enquanto estiver sendo efetuado o tratamento e durante o período de ca-rência, recomendado pelo fabricante do medicamento. exemplo:- 1º. cabras sadias que nunca tiveram mastite;- 2º. cabras sadias que já tiveram mastite;- 3º. cabras portadoras de mastite.

3 - Lavagem das mãos dos ordenhadores os ordenhadores devem, antes do início da or-denha, seja ela manual ou mecânica, e também sem-pre que necessário, lavar as mãos e os antebraços com água potável e detergente neutro, com o auxílio de esco-va, e em seguida secá-los adequadamente. o ordenha-dor deve estar sadio e ter as unhas sempre aparadas e limpas, pois também são fontes de contaminação do leite.

4 - Teste da caneca telada Descartar os três primeiros jatos de cada teto (meio mamário) em caneca telada. Deve ser realizado em todas as ordenhas, em todos os animais. Além de servir para o diagnóstico da forma clínica da mastite, estimula a descida do leite e retira os primeiros jatos, que apresentam maior concentração de microrganis-

mos. caso o leite apresente grumos, pus ou sangue, denuncia que o animal encontra-se com a forma clíni-ca da doença e carece ser separado para tratamento, tendo seu processo de ordenha por último, seguindo a linha de ordenha. o leite dos animais que apresentam mastite deve ser descartado.

5 - Lavagem dos tetos lavar os tetos do animal, somente se necessá-rio, ou seja, quando estes se apresentarem sujos de es-terco, de terra, de barro ou de lama, por exemplo. A la-vagem deve ser realizada com água potável ou clorada, procurando não molhar as partes mais altas do úbere. somente os tetos deverão ser lavados. em seguida, de-vem ser secos com papel toalha. A água utilizada para a lavagem dos tetos, além de ser clorada, deve oferecer pouca intensidade nos jatos, utilizando-se, para isso, mangueira de baixa pressão.

6 - desinfecção pré-ordenha Realizar a imersão dos tetos em iodo 0,5% e deixar agir por 30 segundos. na maioria das vezes, o procedimento é realizado com produtos à base de cloro, que devem permanecer em contato com os tetos por, no mínimo, 30 segundos. existem várias recomendações, com diferentes concentrações de produto e quando for utilizado o hipoclorito de sódio, pode-se usá-lo na con-centração de 2% a 10%.

7 - Secagem das tetas Deixar o desinfetante agir por 30 segundos, e depois secar completamente as tetas, utilizando uma folha de papel toalha descartável para cada teto - este cuidado evita a transferência de resíduos para o leite. A falta de secagem ou a secagem incompleta pode ainda proporcionar o deslizamento das teteiras durante a or-denha, no caso de utilização de ordenhadeira mecânica.

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não é indicada a utilização de panos de uso único ou múltiplo ou de papel de jornal, e somente tetos limpos e secos devem ser ordenhados.

8 - ordenha A ordenha deve ser tranquila e em ambiente calmo e limpo, de preferência, em horários fixos, e em períodos com temperaturas mais amenas.

a) na ordenha manual:- iniciar a ordenha, retirando o leite de maneira constan-te, sem interrupção;- o ordenhador deve pressionar a base do teto para ex-trair o leite em um recipiente específico e previamente, higienizado, com cuidado para não deixar cair sujeiras no leite, como pêlos, poeira, água – usada na lavagem dos tetos.

b) na ordenha mecânica- abrir o registro de vácuo apenas imediatamente antes da colocação das teteiras no animal, impedindo, assim, a entrada de ar no sistema de ordenha e a consequente variação no nível de vácuo. colocar as teteiras cuidado-samente;- o ordenhador deve ficar atento para não deixar a tetei-ra cair durante a ordenha, pois poderá causar um fluxo de leite para o interior da glândula mamária e ocorrer risco de entrada de microrganismos. Além disso, toda a sujeira acumulada na “boca” do insuflador pode ser aspirada para dentro das teteiras, aumentando a conta-minação do leite;- aferir o nível de vácuo do sistema durante toda a orde-nha, para verificar se esse nível se encontra dentro dos limites normais;- desligar o registro de vácuo quando se observar o tér-mino do fluxo de leite;- proceder à retirada das teteiras com atenção.

9 - desinfecção pós-ordenha Fazer imersão das tetas em solução de iodo com glicerina. Deve-se aplicar o produto em, pelo me-nos, 2/3 da superfície dos tetos. A solução de glicerina permite a formação de um tampão no orifício da teta, impedindo a entrada de microrganismos. esse proce-dimento reduz o número de bactérias, que passam de uma cabra a outra, dessa maneira, diminui o número de novos casos de infecções intramamárias por patógenos contagiosos.

10 - manutenção dos animais de pé, após a ordenha Fornecer alimento aos animais após a ordenha, até o fechamento do esfíncter, para estimular as cabras a permanecer de pé e evitar a entrada de microrganis-mos nos esfíncteres, ainda não totalmente fechados. visto que, após a ordenha, os esfíncteres dos tetos ain-da não estão completamente fechados e as cabras po-dem se deitar após a sua liberação, tornando inútil todo o processo de higienização dos tetos.

Microrganismos do ambiente, presentes no solo, nas fezes ou na cama, podem tornar o antisséptico ineficiente e invadir a glândula mamária.

11 - Filtração do leite o leite obtido deve ser coado, em recipiente apropriado: de aço inoxidável, de náilon, alumínio ou plástico atóxico. no caso dos sistemas de ordenha me-cânica, o filtro deve ser periodicamente trocado.

12 - refrigeração do leite é muito importante a manutenção do leite em temperatura baixa após a ordenha, ainda mais porque o Brasil é um país de clima quente. o ideal é que o leite atinja a temperatura de 4°c no tempo máximo de duas horas após o término da ordenha.

13 - Limpeza da sala de ordenha e dos utensílios A sala de ordenha não precisa ser luxuosa, nem sofisticada, mas, sim, funcional, prática, de fácil acesso e limpeza, ou seja, bem planejada. os locais de produção de leite necessitam ser livres de substâncias nocivas, as quais podem afetar a qualidade do produto. Deve-se evitar a presença de excrementos, secreções ou resíduos de origem animal na sala de ordenha, bem como produtos químicos. A qualidade da água utilizada na lavagem dos utensílios e dos equipamentos de ordenha é de grande importância, além da água usada para a lavagem de te-

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tos e para a realização da anti-sepsia antes e depois da ordenha. essa água precisa ser de boa qualidade micro-biológica, semelhante à do consumo humano (potável), com ausência de coliformes fecais. Uma sugestão é a utilização de água tratada com cloro. os microrganismos do grupo dos coliformes não são, necessariamente, pa-togênicos, entretanto, a sua presença indica contami-nação fecal. é recomendável evitar a captação de água com riscos de contaminação, ou seja, próxima a locais com acúmulo de matéria orgânica e com a falta de trata-mentos preliminares, como a filtração e a cloração. Deve-se evitar o uso excessivo de água, pois provoca umidade e torna-se um ambiente propício para proliferação de microorganismos. Por isso, é proeminen-te que o local de ordenha esteja sempre limpo, seco e bem iluminado. o leite que permanece em utensílios e em equi-pamentos cria condições ótimas para o desenvolvimento de microrganismos. Para evitar este problema, todas as partes que tenham contato com o leite carecem ser mui-to bem higienizadas, logo após o término da ordenha, primeiramente, com enxágue bem feito, para facilitar a limpeza química. Por fim, o uso de sanitizantes completa o processo da boa higienização. Após a ordenha mecânica, deve-se proceder à imersão das teteiras em solução desinfetante, o que ajuda no controle da mastite, especificamente em reba-nhos com problemas de mastite contagiosa. A imersão completa das teteiras necessita ser realizada em balde,

devidamente limpo e, preferencialmente, mergulhando os copos, de cada conjunto de teteiras, um de cada vez. A solução desinfetante deve ser trocada toda vez que es-tiver turva. Podem-se utilizar dois baldes na sequência, sendo um para enxágue inicial, com água, e outro, com a solução desinfetante. os latões, baldes e coadores (filtros) devem ser lavados com detergente alcalino e escovados com esco-vas de cerdas ou buchas em toda a superfície interna e externa. logo após, precisam ser guardados suspensos, em local arejado e com a boca virada para baixo, para escorrer o excesso da água clorada, até secar completa-mente, é inerente que se evite contatos com moscas e poeira.

Tabela 1 - Preparo da água clorada para uso nos procedi-mentos de ordenha – limpeza dos utensílios e desinfec-ção dos tetos.

Considerações finais na realização da ordenha manual tradicional, as más condições são um dos problemas que podem afetar de maneira negativa o desen-volvimento da produção de leite de cabra. As medidas de higiene, duran-te a ordenha, são eficazes para com-bater os microrganismos, incluindo os envolvidos em casos de mastite, de

modo que elas favoreçam o perfeito equilíbrio entre o ambiente, o animal e os agentes etiológicos infecciosos. A adoção das boas práticas na ordenha de leite pode possibilitar a produção de leite de alta qualida-de, o que proporciona uma situação que beneficia tanto produtores e in-dústrias, como também consumido-

res. isso é imperioso para garantir a confiança do consumidor e a com-petitividade da cadeia produtiva de produtos lácteos caprinos, no Brasil, pela melhoria na qualidade do produ-to que é fornecido ao mercado, visto que as indústrias de laticínios estão começando a pagar mais pelo leite de melhor qualidade.

Referências bibliográficas

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Fonte: Kit embrapa de ordenha Manual/ ed. Marne sidney de Paula Moreira et.al., Juiz de Fora: embrapa Gado de leite, 2007. 20p.

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Uso do Benchmarking na Identificação de Oportunidades

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Benchmarking

Vitor barros - médico Veterinário - Pós-graduado em pecuária leiteira Adriano botelho - médico Veterinário - Pós-graduado em produção de gado de corte – equipe reHAgro

Benchmarking é um pro-cesso de avaliação com-parativa entre dados de diferentes empresas e tem

como objetivo a melhoria contínua de desempenho pela identificação e aprendizagem das melhores práticas ou métodos executados por outras or-ganizações. existem três tipos de bench-

marking:a) interno: comparação entre atividades semelhantes dentro de uma mesma organização. ex: compa-ração do porcentual de mortalidade de vacas entre dois retiros de uma mesma fazenda produtora de leite.b) competitivo: comparação de atividades semelhantes entre empre-sas concorrentes. ex: comparação do

valor de custo alimentar por litro de leite produzido entre fazendas de lei-te.c) Funcional: comparação de atividades semelhantes dentro de em-presas de ramos diferentes, ou seja, não diretamente concorrentes. ex: comparação de preços de compra de adubos entre fazendas cafeicultoras e produtoras de milho.

O que é Benchmarking?

Dados Apropriados e Realmente Comparáveis é importante que os dados utili-zados no benchmarking sejam, realmen-te, comparáveis, e, para isso, deve-se conhecer a metodologia de coleta dos dados, utilizada pelas empresas, indivi-dualmente. como exemplo, tem-se a com-paração do gasto com fornecimento de leite para bezerras em fazendas leitei-ras. Há fazendas que ofertam o leite de descarte fornecido a custo zero e o leite limpo, oferecido às bezerras, a preço de venda. Há outras que dispõe preço de venda para todo o leite fornecido. ou-tras, ainda, que oferecem todo o leite a um valor menor que o de venda (R$

0,10, por exemplo). neste caso, não existe um valor correto para precificar este leite, o que deve ser feito é, no momento da análise, optar por uma das alternativas e padronizá-la. outro conceito importante é o de que as informações escolhidas de-vem ser apropriadas, ou seja, devem medir, precisamente, o aspecto dese-jado. Podemos, por exemplo, comparar valor de preço do quilo de concentrados, utilizados em fazendas de leite com o objetivo de analisar os gastos com nu-trição. Mas, esta análise gera-nos algum dado que possa estruturar uma tomada de decisão?

Fatores como a composição do concentrado, a qualidade do volumoso, a quantidade fornecida e a produção de leite alcançada são essenciais para se comparar a eficiência de utilização de alimentos. Quando se utiliza um indica-dor, como gramas de proteína fornecida por litro de leite produzido, os efeitos das variações citadas são excluídos e tem-se um dado que avalia a eficiência. Porém é válido lembrar que, ainda que se usem indicadores como esse, devem-se cer-car outras variáveis. esse indicador, por exemplo, só pode ser comparado entre fazendas que tenham médias semelhan-tes de produção de leite por vaca.

Papel do Técnico Um fator limitante no proces-so pode ser a dificuldade de encontrar fazendas, do mesmo setor, dispostas a compartilhar suas forças. Para mi-nimizar este obstáculo, o técnico as-sume papel fundamental na busca por diferentes fontes, como literatura técnica, participação em congressos,

discussão com colegas de trabalho, dados de outras fazendas onde atua, além da visita a concorrentes. Após a coleta dos dados, cabe ao técnico a análise dos resul-tados do benchmarking e a identifi-cação de quais práticas poderão ser implantadas na empresa, consideran-

do suas características individuais, como sua cultura, valores e objetivos. As informações obtidas de-vem ser tratadas de forma confiden-cial, sabendo-se que a não divulga-ção dos nomes das empresas estu-dadas não interfere na qualidade da análise.

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Identificação de Oportunidades Partindo-se do pressuposto de que nada é tão bom que não possa ser melhorado, o benchmarking é uma ferramenta essencial para quem busca

enxergar oportunidades competitivas de superar os melhores, em cada se-guimento. o gráfico a seguir representa o

comparativo entre valores de preço de compra de farelo de soja e milho grão no mês de dezembro de 2009, no qual a fazenda A é a referência analisada.

Ao analisar os valores de com-pra de farelo de soja, conclui-se que a fazenda A teve um ganho de R$ 0,014/Kg em relação à fazenda B (segunda melhor compradora). considerando a compra, em dezembro, de 13.400Kg, a fazenda A economizou R$ 187,60 em relação à fazenda B.

Quanto aos valores de milho, a fazenda A teve uma perda de R$ 0,013/Kg em comparação à fazenda D (melhor compradora). e, consideran-do-se a compra no mês analisado de 37.340Kg, a fazenda A poderia econo-mizar R$ 485,42 em relação à fazenda D.

Para que não sejam perdidas boas oportunidades, é importante des-tacar que o benchmarking carece ser um processo contínuo. Assim, o produ-tor se mantém conectado ao mercado e tem maior poder de barganha, dis-pondo de mais argumentos no momen-to da negociação.

Conclusão o benchmarking, quando uti-lizado adequadamente, é uma impor-tante ferramenta na busca por melho-res resultados. com ele, as decisões podem ser tomadas com base em informações concretas, não intuitiva-mente. A grande dificuldade não

está na busca por dados, mas, sim, na capacidade em analisá-los, na identificação de oportunidades e na implantação das soluções. o bench-marking só terá valor se, ao identificar as oportunidades de melhoria, todos os envolvidos no processo estiverem abertos à mudança. e nessa etapa a

motivação das pessoas assume papel fundamental. “Aqueles que sempre prosse-guem sós estão continuamente pre-destinados a reinventar a roda, por não aprenderem e se beneficiar do sucesso alheio.” (Adaptado de chris-topher Bogan e Mike englis).

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Agrotóxicos

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AMBIENTALÁREAS DE ATUAÇÃO

Av. Brig. Faria Lima 1478, 19º andar, cj.1909 a 1916CEP 01451-001 São Paulo/SP - Brasil

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São Paulo � Brasília � Rio de Janeiro � UberlândiaSão Paulo � Brasília � Rio de Janeiro � Uberlândia

o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) iniciou, em 30.03.2010, consulta pública acerca das regras para o uso de marca comercial e de fan-tasia de agrotóxicos, bem como sobre os padrões de concentra-ção de ingredientes ativos. Após análise das sugestões enviadas pelos interessados, o MAPA desen-volverá nova instrução normativa sobre o tema, visando à garantia da qualidade dos produtos, além da adoção de padronização e im-plantação de normas técnicas para aprovação de bulas e rótulos de agrotóxicos. Atualmente, não existe re-gra específica relativamente ao uso das marcas comerciais dos agrotó-xicos, prevendo-se, apenas, que a marca deve ser apresentada como um dos requisitos obrigatórios para o registro do agrotóxico perante o MAPA. De acordo com o projeto de instrução normativa, as marcas co-merciais de agrotóxicos passarão a conter, obrigatoriamente, os nomes do ingrediente ativo e da empresa registrante, a concentração do in-

grediente ativo e a sigla para o tipo de formulação, nesta ordem. Já a marca comercial de produto técni-co deverá ser composta pelo nome do ingrediente ativo e da empresa registrante e conter a palavra “téc-nico”. o produto poderá adotar, também, um nome fantasia, que deve ser comunicado ao MAPA para vinculação às respectivas marcas comerciais. será proibido utilizar a mesma marca fantasia para iden-tificar produtos que contenham in-gredientes ativos diferentes. os rótulos e as bulas dos agrotóxicos também deverão seguir regras rígidas especificadas na re-ferida norma, com relação à dimen-são e ao posicionamento dos itens e acessibilidade das informações, a fim de facilitar a compreensão do consumidor que está adquirindo o produto. Ademais, os rótulos e bulas deverão conter as informações téc-nicas aprovadas pelos órgãos fede-rais de agricultura, saúde e meio ambiente de forma harmonizada, em consonância com as práticas agrícolas mais adequadas. As bu-

las devem conter, no máximo, as culturas, alvos e doses aprovados em Parecer oficial de eficiência e Praticabilidade Agronômica emitido pelo órgão registrante, podendo, contudo, indicar menor número de culturas e alvos do que os aprova-dos. Ficam vedadas também a menção a qualquer marca de pro-dutos a serem usados em conjunto ou após a aplicação do agrotóxico e a utilização de frases que pos-sam incentivar o uso do produto para finalidade outra que não o controle de pragas, exceto quando o uso diverso tiver sido aprovado pelos órgãos competentes. caso o projeto de instru-ção normativa seja aprovado, as empresas detentoras de registro de produtos agrotóxicos terão um prazo de 120 (cento e vinte) dias para solicitar as alterações de suas marcas comerciais e de 6 (seis) meses para adequarem suas bulas às novas regras.

(Para mais informações, contate Fialdini Advogados – www.fialdi-niadv.com.br)

Agrotóxicos terão novas regras

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Filé de Tilápia Assada

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Ingredientes• 1 travessa de filé de tilápia• tomates • Batatas• tempero

Preparoem uma forma coloque uma camada de batatas em rodelas, em se-guida uma camada de tomates, bem maduros também em rodelas. em cima das batatas e tomates coloque uma camada de cebolas em rodelas. Após colocar os ingredientes já temperados, coloque o peixe também temperado por cima. Adicione bastante azeite e coloque para assar com papel alumínio. Depois de cozido, tire o papel e vá regando o peixe com o caldo que escorre até dourar e está pronto. Mas, antes de degustar esse delicioso prato um cálice de licor de Jenipapo para abrir o apetite é muito bem vindo.

Filé de Tilápia Assada

Fazenda Genipapo recebe a InteRural para um Espaço Gourmet especial

o espaço Gourmet desse mês foi na fazenda de uma refe-rência para a raça Gir. o dono do grande Afetivo da epamig, Paulo Roberto Andrade cunha, recebeu a inteRural e vários amigos para um delicioso fim de tarde. na oportunidade, Paulo apresentou aos convidados o que está preparando em seu plantel altamente selecionado. Rafael ve-loso, da G leite assessoria ficou responsável pela apresentação de alguns animais e falou sobre o tra-balho que vem realizando junto a fazenda para a melhoria genética do plantel. o primeiro animal a ser apresentado foi Diamante Fiv da Genipapo, Filho do nobre te cal e

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da Grande Gemada da Genipapo. Gemada é uma revelação de Paulo Roberto, sendo líder do ranking em 2009 e sagrou-se Grande campeã da expozebu em 2009. seu filho Diamante entra agora para o tes-te de progênie. Rafael apresentou aos convidados também Folia te, filha de c.A. Paladino in, com os-carlina. Folia conquistou o título de Grande campeã do torneio leiteiro de Barretos 2010 com 31 kg. Durante a apresentação, um momento especial foi quando Rafael passou a palavra ao presi-

dente do sindicato Rural de Uber-lândia, Paulo Ferolla, para descre-ver a vaca italiana. Paulo elogiou o trabalho de seleção do amigo e descreveu o animal, “A italiana é um animal que se impõe, com uma estrutura e feminilidade indis-cutível”. ivana da Favela, filha de tronco Zs e Uruguaia da Fave-la, também foi apresentada aos convidados. ela tem o título de campeã vaca sênior em Barretos e também de Reservada Grande campeã do torneio leiteiro.

Para finalizar, Rafael apresentou a vaca Bacana da Genipapo, filha do Afetivo da ePAMiG e Gazeta. Baca-na foi campeão do torneio leiteiro vaca jovem em Uberlândia 2008 e ituiutaba. sua lactação atingiu 24,8 kg com apenas três tetos. enquanto nós assistíamos a aquele espetáculo, degustáva-mos um peixe frito, pescado ali mesmo no tanque da fazenda. e na cozinha, um delicioso filé de tilápia já estava no forno. Quer saber se ficou bom? Prepare você mesmo em casa, anote a receita.

Ivana da Favela Diamante FIV da Genipapo Bacana da Genipapo

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Expoaraxá

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Expoaraxá teve Recorde de público

A exposição agropecuária de Araxá, no alto Paranaíba foi realizada en-tre os dias 14 e 18 de abril, e está, cada vez mais, se consolidando como uma das mais organizadas da região. o sucesso do evento, pode se comprovar com a gran-de presença de público que passa pelo parque Agenor lemos. De acordo com o vice-presidente da ARAP, Jaime ávila, este ano cerca de 80 mil pessoas participaram do evento, sendo que, somente no dia apresentação do cantor eduardo costa, cerca de 20 mil pessoas compareceram para prestigiar o artista. Além dos shows, a expoaraxá também ofereceu ao público praça de alimentação, parque de diver-sões, estandes de diversos segmentos e os rodeios amadores e profissionais. A abertura oficial da 36ª exposi-ção Agropecuária de Araxá (expo Araxá) aconteceu na pista de julgamentos do Parque de exposições Agenor lemos, com a presença de autoridades dos diversos segmentos da sociedade, que, em seus pronunciamentos, destacaram a impor-tância da festa para o agronegócio do município e do trabalho dos produtores rurais. o presidente da ARAP (Associa-ção dos Ruralistas do Alto Paranaíba), An-tônio lúcio Marques, afirmou que se sen-te muito feliz por contar com uma equipe comprometida, cujo trabalho propiciou que a festa fosse colocada em 2º lugar no ranking do país do gado Girolando. “e ficamos muito felizes também em saber que a cidade ficou classificada como o décimo município do país em produção de leite. Pelo tamanho de Araxá, conside-ramos que a cidade é a grande campeã”, disse. o presidente afirmou que a cada ano que se passa os custos da festa são maiores, mas os preços dos ingressos es-tão sendo mantidos. “estamos mantendo o mesmo valor dos ingressos para que um maior número de pessoas possa par-ticipar da festa. esperamos que, a cada ano, compareçam mais participantes e

Exposição Agropecuária de Araxá está classificada em 2º lugar no ranking nacional do gado girolando

que apóiem o nosso evento!”. Antônio lúcio também destacou que as negocia-ções de gado foram muito satisfatórias, já que o Banco do Brasil e a crediara abriram linhas de crédito para financiar as compras dos correntistas destas ca-sas bancárias. Durante a feira foram realiza-dos 4 leilões: o primeiro, só de macho, reunindo 800 animais; o segundo, misto, com 1.300 animais; o terceiro, de elite,

denominado úbere cheio, com 132 ani-mais, e o último, de bezerras e novilhas, com 450 animais. segundo os organiza-dores, o total comercializado nos leilões foi de, aproximadamente, dois milhões e meio de reais, superando a média espe-rada. outro fator que o vice presidente da ARAP, Jaime ávila, destacou foi a questão da segurança. Durante todos os dias de festa não houve nenhuma ocorrência gra-ve, registrada no parque de exposições.

Destaque Defensor do Girolando 5/8, Guilherme Marquez da Guima Pecuária, conquistou o título de Reservada Melhor Fêmea Jovem exposição de Araxá 2010. A Fêmea croata 056 Guima – 5/8, filha do touro em teste de Progênie 056 – 5/8, foi um dos destaques da feira. “Há algum tempo coloquei o meu rebanho no pro-grama de controle leiteiro sendo esse ofi-cial e também colaborador do Programa de Melhoramento Genético da Raça Giro-lando. sou defensor do 5/8 e confesso que no começo tive muito medo de usar em minhas vacas sêmen de touros em teste. talvez pela confusa interpretação da palavra ‘teste’, por ser encarada como experiência ou algo assim e que muitas vezes essa experiência tem como base o nada de seleção. comecei então a bus-

car informações sobre o teste e constatei que a associação através de seu Progra-ma de Melhoramento Genético faz um excelente trabalho na seleção dos touros que irão participar do teste de progênie da raça. Assim, começamos a inseminar nosso rebanho com cerca de 30 a 40% do sêmen do programa e o resultado não poderia ser melhor”, diz Guilherme.

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Dia de Campo

Sementes Adriana realiza 2º Encontro Tecnológico

Dia de campo recebe visitantes de todas a partes do país

o Dia de campo da sementes Adriana foi realizado no dia 24 de abril, na fazenda da empresa, às margens da BR 364 , no município de Alto Garças (Mt), com o tema “Agricultura no cerra-do – Desafios e soluções”. A sementes Adriana é a maior produtora individual de sementes de soja e milheto do Bra-sil e comemora, em 2010, 30 anos de atividades. o trabalho começou com a família Balbinotti, que se dedica a agri-cultura há mais de 50 anos. A empresa é referência em tecnologia de produção de sementes e participa de pesquisa e melhoramento de plantas na cultura de soja e milheto. A Revista inteRural este-ve no evento para conferir todos os deta-lhes. Antes de enfatizar os assuntos em debate no Dia de campo, é necessário fazer uma nota sobre a organização. o modelo utilizado foi considerado pelos participantes como um dos melhores, já vistos em todo o Brasil. na área interna, foram instalados cerca de 30 estandes, de empresas parceiras da sementes

Adriana, mostrando equipamentos, ser-viços e tecnologias utilizadas na agricul-tura. A aparência foi de uma moderna feira de negócios. o técnico agrícola, e representante comercial, Marcelo Artur, de são Gotardo (MG), declarou que a estrutura oferecida foi a melhor que ele já viu em um Dia de campo. “valeu mui-to percorrer quase mil km para participar do evento. na bagagem, estou levando muitas informações importantes, que serão repassadas aos meus clientes”. na parte externa da fazenda acontece-ram palestras e demonstrações práticas sobre os produtos e serviços da semen-tes Adriana. Foram informações sobre nematoides, silagem com cultivares de milheto ADR, nutrição animal, desen-volvimento de pesquisa, produtividade, reciclagem de nutrientes e gestão socio-ambiental entre outros. os participantes foram divididos em grupos e levados aos locais em transporte adaptado. Dois novos híbridos foram lançados no 2º encontro tecnológico,

criados para oferecer mais alternativa ao produtor e preencher uma lacuna no período da safrinha. são culturas promissoras, pois, além da aceitação crescente no mercado de rações, agre-gam valor a outras culturas, por meio do manejo natural. com esse propósito de apresentar produtos com tecnologia de ponta, a empresa está em constante processo de pesquisa, buscando, cada vez mais, qualidade. os lançamentos foram ADRs 7020 e 8010. o ADR 7020 tem duplo propósito. Pode ser cultivado tanto para a produção de palha, como para grãos. tem florescimento médio de 52 dias e ciclo de 100; é resistente ao acama-mento e é moderadamente resistente à ferrugem; produz de 30 a 45 sacos por (ha). o ADR 8010 é granífero, de por-te médio, com ciclo médio de 95 dias, resistente ao acamamento e com pro-dução média de 30 a 45 sacos/ha, e disponibiliza muitos nutrientes à cultura subsequente, ou seja, que será planta-

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da posteriormente à cultura do milheto. sobre a utilização do milheto, esteve no evento o professor David Andrews, americano, que iniciou as pesquisas sobre essa cultura e é considerado como a maior referência no assunto. o engenheiro leonardo Zonzim, do municí-pio de Paracatu (MG), vê com grandes possibilidades o plantio de milheto na região. “o híbrido é uma boa alternativa de renda para o produtor na chamada safrinha,” destacou leonardo. De acordo com odílio Balbinot-ti Filho, presidente da sementes Adria-na, a produção contempla sementes de qualidade, rastreadas e certificadas, garantidas por um dos mais modernos laboratórios da América latina, localiza-do na sede da fazenda, em Alto Garças, onde os processos de produção são realizados para proporcionar mais se-gurança, velocidade e produtividade à agricultura empresarial moderna. com investimentos em pesqui-sa e tecnologia, a sementes Adriana buscou desenvolver ferramentas que proporcionassem a máxima produtivi-dade, envolvendo detalhes que fossem além da semente. “nosso trabalho com-pleta 30 anos e a nossa caminhada ain-da tem um longo percurso pela frente. estamos trabalhando para ajudar no crescimento do Brasil”, revelou odílio Filho. Durante o 2º encontro tecnoló-gico, o fundador da sementes Adriana, odílio Balbinotti, recebeu a homenagem da Assembleia legislativa de Mato Gros-so, com a entrega do título de cidadão Mato-Grossense e, ainda, aconteceu o lançamento de um livro, com a biografia do empresário. cerca de três mil pesso-as, de várias regiões do país, estiveram em Alto Garças (Mt), prestigiando o evento.

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Bezerras

Criação Eficiente de Bezerras

Por que o índice de mortalida-de de bovinos recém-nascidos ainda é considerado alto no Brasil? essa foi a principal pergunta que a professora e doutora em medicina veterinária, san-dra coelho, ouviu, em Uberlândia (MG), durante a realização de uma palestra para produtores rurais, funcionários de fazendas e profissionais da área. Para tirar as dúvidas, a palestrante tratou de algumas questões técnicas, como mé-todos de aleitamento, manejo alimen-tar, sanitário e instalações. no Brasil o índice de morte de bezerros recém-nascidos varia de 17% a 25%. na hora de fazer a contabilidade, o pecuarista vai perceber que o prejuízo é grande, afinal, a perda de um animal represen-ta um ciclo sem lucro, além dos gastos com produtos veterinários, mão de obra e alimentação. Reduzir a taxa de morta-lidade de bezerros é, hoje, um grande desafio da pecuária nacional. De acor-do com a palestrante sandra coelho, a intenção é baixar o índice para 12% até um ano de idade, assim como acontece em países desenvolvidos e, principal-mente, nos estados Unidos. Uma das formas para se conseguir esse objetivo é melhorar a imunidade do bezerro, ime-diatamente, após o nascimento. é o que os especialistas chamam de período de colostragem. os bezerros nascem sem defesa, uma vez que a placenta dos bovinos impede a passagem de anticor-pos. Desta forma o consumo de colos-tro, rapidamente, após o nascimento, é determinante para a sua capacidade de responder aos desafios que ele vai en-contrar após o nascimento. As falhas na transferência de imunidade passiva colostral podem ocorrer mesmo em criações com melho-res práticas de manejo e onde o con-trole de fornecimento de colostro seja adotado. Muitas vezes, o parto ocorre no período noturno, não sendo acom-

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panhado, o que pode ocasionar em o bezerro não mamar o volume adequado ou fazê-lo fora do período ideal de ab-sorção das imunoglobulinas. outro fator que contribui para a mortalidade de bezerros são as inflama-ções umbilicais. Decorrendo, em geral, da infecção pós-parto, sendo respon-sáveis por maiores perdas econômicas

quando localizadas em componentes internos do cordão umbilical, determi-nando complicações que podem pro-vocar desde um menor ganho de peso até a morte do animal, além de custos profissionais e tratamentos. A palestra em Uberlândia reu-niu cerca de 120 pessoas de vários mu-nicípios do triângulo Mineiro. De acordo

com o organizador Fernando Fernandes nunes, a região tem destaque na pecu-ária e as informações desse nível são importantes para os produtores. De acordo com Fernando Fernandes, na região o índice de mortalidade de bezer-ros recém nascidos também está entre 17% e 25%, e a intenção é colaborar para a redução da taxa.

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Dia de Campo

1º Encontro da Pecuária Leiteira nos Trópicos é sucesso

Auditório lotado todos os dias do evento

o 1º encontro da Pecuária leitei-ra nos trópicos foi um sucesso. o evento reuniu mais de 500 pessoas nos dias 22 e 23 de abril, no center convention, em Uberlândia. Palestras, mesas redondas e debates fizeram parte do roteiro de ati-vidades. “sem dúvida, é um evento que veio para ficar. Foi muito bem aceito e elogiado pelos participantes. o balanço foi muito positivo, tanto que a ideia é realizá-lo a cada dois anos”, adianta o presidente da calu, eduardo Dessimoni. Desde o primeiro dia do even-to, o auditório permaneceu lotado. na abertura, autoridades e representantes de várias instituições, ligadas ao setor agropecuário, participaram de um café da manhã, em seguida, acompanharam a palestra do economista e ex-ministro

da Fazenda, Mailson da nóbrega, que falou sobre o cenário macroeconômico brasileiro. À tarde, o evento continuou com as palestras sobre a adaptabilidade das raças leiteiras aos trópicos. Foram destacas as raças Gir leiteiro, Holande-sa, Girolando e a genética neozelande-sa. “A calu está de parabéns por realizar um evento dessa grandeza. Uberlândia tem espaço para essas discussões. é uma cidade que está situada numa gran-de região produtora de leite e que preci-sa estar atenta às novidades do setor”, comentou o superintendente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Afonso Damaso, que foi o mediador do debate no primei-ro dia.

o projeto leite a Pasto, da pre-feitura de Uberlândia (parceira da calu na realização do 1º encontro da Pecuá-ria leiteira nos trópicos), e a assistência técnica em cooperativas agropecuárias foram os primeiros temas abordados no segundo dia do evento. em seguida, fo-ram apresentados os sistemas de produ-ção de leite em países tropicais: confina-mento para produção de leite, irrigação de pastagens e a produção de leite a pasto (projeto Balde cheio). “os temas foram muito bem escolhidos. Aprende-mos muita coisa que vamos colocar em prática. o produtor tem que participar de eventos assim, para enriquecer seus co-nhecimentos e se profissionalizar, cada vez mais, na atividade”, elogiou o produ-tor rural André luiz.

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Mesa diretora do debate, no

segundo dia o debate, no se-gundo dia, contou com a participação do presiden-te da comissão nacional do leite, presidente da láctea Brasil, coordena-dor da câmara setorial do leite, presidente da co-missão estadual do leite e vice-presidente da Faemg, Rodrigo Alvim. o momen-to foi oportuno para tirar dúvidas dos produtores e levantar questões sobre o setor. “A iniciativa da calu deve ser aplaudida. esse pode ser considerado um dos maiores eventos do setor, já na sua primeira edição. o país precisa de encontros assim para reu-nir o produtor e levantar discussões e informações sobre a agropecuária. Pa-rabéns à calu, pela ini-ciativa, e à prefeitura de Uberlândia, pelo apoio dado ao evento”, comen-tou Alvim.

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Palestrantes 4º Encontro Técnico de Pecuária – 2010

Presidente FepalePresidente cotrialDiretor da cbcl

Palestra: Pavilhão CentralPalestrante: Vicente nogueira

Tema: Perspectivas da atividade leiteira frente ao novo cenário estrutural do setor lácteo

brasileiro.

mini - Currículo:Médico veterinário / consultorMilkonsult

Palestras de Campo - 1ª estaçãoPalestrante: mário Sérgio zoni

Tema: enfoques gerenciais da pecuária leiteira do grupo boa Fé.

mini - Currículo:

Artur chinelato de camargoengenheiro Agrônomo / Pesquisadorembrapa Pecuária sudeste

2ª estaçãoPalestrante: Artur Chinelato de Camargo

e André monteiro novo

Tema: Projeto balde cheio – aplicação técnica dos conceitos e princípios.

mini - Currículo:

André Monteiro novoengenheiro Agrônomo / Pesquisadorembrapa Pecuária sudeste

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Ma Shou Tao

Ma Shou Tao 2010: evento acontece em momento importante do setor leiteiro

Tradicional no meio pecuário, o encontro, que acontece nos dias 9 e 10 de junho deste ano, reúne pesquisadores, criadores e profissionais da comuni-cação em torno de assuntos importantes ligados à cadeia produtiva.

Momento de ascendência do setor leiteiro no país. ideal para a realiza-ção de um dos mais esperados eventos da pecuária leiteira do Brasil. o encontro Ma shou tao Pecuária 2010 deverá reunir mais de três mil pessoas este ano, confor-me relatam seus organizadores. De acordo com especialistas do cepea/UsP, da scot consultoria, entre outros, o setor leiteiro deverá experimentar reação positiva no

sentido de aumento do preço do leite, o que estimula o criador e torna o evento ain-da mais interessante, por abordar assun-tos ligados diretamente ao melhoramento genético e ao mercado lácteo. o encontro acontece na Fazen-da Boa Fé, em conquista (MG), e trará diversas mostras, como de melhoramento genético de animais voltados à produção leiteira, em especial o Girolando.

o Grupo Boa Fé – Ma shou tao investe na formação de plantéis girolando com obje-tivo de seleção genética e hoje é um dos criatórios mais respeitados no meio pecu-ário. A procura pela genética desses ani-mais, que mesclam a rusticidade do gir e a alta produtividade do holandês, aumenta a cada ano dentro e fora do país. o pecuarista está ampliando os investimentos na melhoria genética do re-

Ma Shou Tao 2010: evento acontece em momento importante do setor leiteiro

Por Renata Thomazini

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Graduado em Zootecnia pela Faculdade de Zootecnia e Agronomia de Uberaba - FAZU.especialização “lato-sensu” em Produção de Ruminantes - Universidade Federal de lavras UFlA.Atualmente exerce o cargo de superintendente técnico da Associação Brasileira dos criadores de Girolando, função esta reiniciada em janei-ro de 2008 até os dias atuais.

3ª estaçãoPalestrante: Celso menezes

Tema: Girolando: a evolução genética da maior raça leiteira tropical do mundo.

mini - Currículo:Médico veterinário, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 1988. Gerente do Depto. técnico - leite ABs Pecplan Responsável pe-los serviços técnicos ABs, GMs (sistema de Manejo Genético) Acasalamento computadori-zado, RMs (sistema de Manejo Reprodutivo), Programas de indicações de cruzamentos en-tre Raças leiteiras.

4ª estaçãoPalestrante: Hélio Vaz rezende

Tema: Como criar mais oportunidades de emprenhar suas vacas.

mini - Currículo:veterinário de campo - consultoria a fazendas (14 anos)Gerente técnico em empresas (13 anos):Rhodia merieux; Merial saúde animal;elanco saúde animal, consultor técnico ( 3 anos). consultor para área de parasiticidas da pfizer saúde animal. consultoria (controle parasitário & manejo de sanitário animais jo-vens).

5ª estaçãoPalestrante: André Amos

Tema: A visão estratégica no controle do carrapato

mini - Currículo:

banho leiteiro. Prova disso, que em 2009 o número de registros da raça Girolando cresceu em torno de 24%, em comparação ao ano anterior, quando pouco mais de 83 mil cabeças foram registradas. os técnicos da Associação Brasileira dos criadores de Girolando efetuaram 103.041 registros no ano passado, sendo 85.017 RGD (Regis-tro Genealógico Definitivo), 15.919 RGn (Registro Genealógico de nascimento) e 2.105 RF. Já o número de inspeções foi de 124.802. esse desempenho coloca a giro-lando na liderança dos registros genealógi-cos no Brasil, entre as raças leiteiras. thiago Quirino, Gerente de Ma-rketing do Grupo Boa Fé – Ma shou tao, relata que as parcerias com empresas de vários segmentos ligados ao setor pecuário sempre rendem bons frutos. o site www.mashoutao.com.br demonstra o sucesso dessas parcerias, trazendo marca impor-tantes em suas páginas. outro aspecto im-portante do evento é a troca de idéias. Para o diretor executivo do Grupo Boa Fé - Ma shou tao, Jônadan Ma, é preciso comparti-lhar informação. “Queremos tornar o setor cada vez mais forte e, por isso, reunimos em um só espaço a imprensa, os técnicos, criadores e mostramos trabalhos importan-tes relacionados ao segmento de produ-ção leiteira”, destaca. o principal foco na palestra central está relacionado ao novo cenário do setor lácteo brasileiro, onde o Dr. vicente nogueira, presidente da Fepale e da cotrial, e também diretor da cBcl mi-nistrará palestra sobre o assunto. serão 11 estações de campo, sendo nove empresas,

1 instituição e 1 do sistema de Pecuária leiteira do Grupo Boa Fé - Ma shou tao.

Estrutura do evento

os participantes sempre avaliam os eventos realizados a cada dois anos. A cada edição, o encontro Ma shou tao Pe-cuária é destaque em organização e infra-estrutura. As palestras também são ponto forte na avaliação dos participantes. os expositores incrementam o encontro e trazem diversos itens impres-cindíveis ao setor, tais como máquinas e implementos agrícolas (tratores, colheita-deiras, armazenagem, irrigação e compo-

nentes – pneus, bombas etc.), além de fer-tilizantes, defensivos agrícolas, sementes, rações e suplementos minerais, defensivos e medicamentos veterinários, equipamen-tos e instalações para pecuária, produtos e serviços de informática. o produtor tem a oportunidade de encontrar em um só es-paço informação sobre temas atuais e im-portantes para o desenvolvimento de seu negócio e, ao mesmo tempo, conta com acesso ao que há de mais moderno em termos de tecnologia e máquinas. também tem à sua disposição equipamentos eletrô-nicos e de comunicação, peças e acessó-rios. o evento é um verdadeiro shopping de tecnologia pecuária.

o Grupo é fundamentado em 5

fundamentos, que surgiram em parte da

filosofia de vida da família Ma shou tao

e, em parte, adaptada às condições sócio-

econômicas e políticas do Brasil e do mun-

do globalizado, que são:

1. Diversificação de atividades - atua nos

setores agrícola, pecuária, indústria e co-

mércio.

2. verticalização – no momento atuando

com a verticalização plena da soja.

3. integração das atividades – integra la-

voura com pecuária, lavoura com indústria,

indústria e comércio.

4. Profissionalização da gestão – sendo

uma empresa familiar, implantou um sis-

tema de governança moderna, pautado no

mérito (capacitação) e numa estrutura ad-

ministrativa empresarial.

5. consolidação das parcerias – Parcerias

técnicas, comerciais e institucionais.

Além dos fundamentos, o Grupo

enfatiza seriamente os 4 pilares que sus-

tentam tudo que é desenvolvido, com o

seguintes objetivos:

1. economicamente viáveis

2. tecnicamente adequados

3. Ambientalmente corretos

4. socialmente responsáveis

Fundamentos do Grupo Boa Fé – Ma Shou Tao

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InteRural - Revista do Agronegócio | Maio 2010 www.interural.com

Palestrantes 4º Encontro Técnico de Pecuária – 2010

6ª estação Palestrante: rodrigo Costa

Tema: Avanços no manejo periparto de bovinos leiteiros.

Médico veterinário graduado pela UDesc – la-ges – sc. Pós-graduado em Produção de Rumi-nantes pela UFlA – lavras - MG.consultor em nutrição Animal com a empre-sa Manejo Assistência Pecuária especialista em Produção de silagens de Alta Qualidade Professor do curso de Medicina veterinária da UniPAR - Umuarama – PR.

7ª estaçãoPalestrante: Luiz eduardo zampar

Tema: Qualidade de milho como fator de redução de custos de produção.

mini - Currículo:

8ª estaçãoPalestrante: Winston Vicente Giardini

Tema: Como reduzir perdas e variação de qualidade na produção de silagem.

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é formado em Zootecnia pela Universidade estadual de Ma-ringá, com especialização em Bovinocultura de leite pela APcBRH, UFPR e McGill University; especialização em Bovi-nocultura de leite pela ilMs – semex no canadá; Pós Gra-duação em nutrição animal e melhoramento genético pela UFPR. “Master in Dairy Administration – MDA” pela esalq / UsP – foco em gestão de propriedade leiteira; Gerenciamen-to em propriedade agropecuária; Atuação em assistência técnica junto a produtores de leite e corte trabalhando com gestão, nutrição, manejo e instalações para bovinos a fim de potencializar a produção de carne e leite. consultor prestando assistência técnica aos integrados das cooperativas do grupo ABc – Batavo. Hoje compõe a equipe Alltech, sendo responsável pelo Proje-to leite Brasil, e atua na área de consultoria e treinamento em Produção Bovina de leite e carne, com atendimentos em todo o País e América latina.

mini - Currículo:

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Produtividade a olhos vistos A história do Grupo Ma shou tao destaca-se em duas ver-tentes da pecuária: a de fornecedor de leite e de fornecedor de genéti-ca. no início, a criação de gir era apenas extrativista. “éramos tira-dores de leite”, conta Jônadan Ma, um dos filhos de Ma shou tao, que é diretor executivo do grupo atual-mente. o pensamento não era vol-tado à produção para lucratividade. Depois, introduziram o girolando, que na época era chamado “ho-langir”. A partir de 1983 o grupo passou a pensar mais alto nesse ramo e com base girolando iniciou uma produção que ensaiava ser profissional. Mas, com o advento do teste de progênie do girolando, na década de 1990, tirar leite pas-sou a ser uma atividade voltada ao lucro. Hoje, com uma pecuária di-ferenciada, o grupo é empresarial. Produtores profissionais, que lidam com o gado leiteiro com precisão e técnica. na Boa Fé, a pecuária lei-teira é gerenciada como um todo, envolvendo as diversas categorias desde a cria, até os animais em

produção, utilizando-se da melhor tecnologia em três sistemas: Pas-tejo Rotacionado irrigado em tifton, loosing house e Freestal. com es-ses sistemas, as várias categorias dentro da área dedicada para a pecuária são otimizadas, conforme o projeto de produção da proprie-dade, que pode chegar até 50.000 litros/dia, conforme a meta da pro-priedade a longo prazo. A ordenha é realizada em sistema informatizado para 24 ani-mais e todas as vacas são monito-radas por transponder, que mede a atividade do animal, a qualidade e produção do leite diariamente em suas três ordenhas. os bezerros são criados totalmente apartados das vacas, uma vez que a ordenha é sem bezerro ao pé e sem o uso de ocitocina. As raças girolando e holandesa convivem de modo equi-librado, tanto em produção, como em qualidade genética. “Posso des-tacar uma vaca girolando ½ sangue, a Balada, que em sistema freestall produz 45 litros de leite por dia, en-quanto a melhor matriz holandesa da propriedade produz 47 litros por

dia. nossa meta a curto prazo, é atingir 10.000 litros de leite/dia e para 2015, cerca de 30.000 litros/dia”, explica Jônadan Ma. Para instituir um palco de valorização da raça, que antes era muito discriminada por ser fruto de cruzamentos, em 2008, o Grupo Boa Fé realizou seu primeiro leilão, onde o destaque foi o girolando, com dois recordes nacionais da raça. naquele ano, a vaca Rendei-ra (5/8) foi comercializada por R$ 54 mil. Já em 2009, a vaca meio sangue canoa le foi vendida por R$ 70 mil. A genética Girolando da pro-priedade passou a ser altamente valorizada. Para se ter ideia dessa valorização, a vaca holandesa mais cara foi vendida por R$ 27 mil. o mercado em expansão fez com que a Boa Fé investisse na produção de genética girolando. Quanto à produção de leite, a propriedade lida com produção mista Girolando mas a predominân-cia é da raça Holandesa. é utiliza-da ordenhadeira mecânica de 12 conjuntos. A produção atual fica em torno de seis mil quilos de leite.

cuidados específicos com o rebanho leiteiro no manejo para obtenção de melhores resul-tados com produtividade leiteira.

resumo

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InteRural - Revista do Agronegócio | Maio 2010 www.interural.com

Zootecnista - GeA Farm technologies

9ª estaçãoPalestrante: Alexandre Toloi

Tema: Uso de dejetos bovinos como fonte de renda com redução do impacto

ambiental.

mini - Currículo:Zootecnista, Unesp Botucatu, 2002.especialista em Gado leiteiroFoco de trabalho desde 2003 são nutrição e manejo de Gado leiteiro no sul e sudoeste de MG. Desde 2009 faz parte do time elanco-Bovinos, atuando com experiência em diversos siste-mas de produção de leite.

10ª estaçãoPalestrante: nelson Ferreira Júnior

Tema: Aumento da produtividade leiteira: impactos ambientais e econômicos.

mini - Currículo:

Médico veterinário formado em 1998 na UniFeoB, em são João da Boa vista, sP, tendo concluído o Doutorado em Zootecnia (Pro-dução e nutrição de Ruminantes) pela Universidade Federal de viçosa em 2005. Atualmente é Professor Associado do Departa-mento de nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia/UsP. Publicou 28 artigos em periódicos especializados e mais de 120 trabalhos em anais de eventos. Possui 8 capítulos de livros e cinco livros organizados publicados. orientou 4 alunos e atualmente orienta 7 alunos em nível de mes-trado e dois em nível de doutorado na área de Produção Animal. Atualmente supervisiona 1 estudante em nível de Pós-Doutorado. Atualmente participa de 9 projetos de pesquisa. Atua na área de Produção e nutrição de Ruminantes, com ênfase em Bovinocultura leiteira. em suas atividades profissionais interagiu com mais de 150 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. em seu currículo lattes os termos mais freqüentes na contextualiza-ção da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: gado de leite, nutrição e alimentação, vacas leiteiras, produção animal, produção de leite, período de transição, reprodução, raças e cruzamentos, e gado de corte.

11ª estaçãoPalestrante: Francisco Palma rennó

Tema: nutrição e reprodução em vacas leiteiras.

mini - Currículo:

História de sucesso na década de 1970, o solo mineiro acolheu os ideais de um ho-mem que sabia que o mundo, mesmo voltado ao desenvolvimento tecnoló-gico e industrial, precisaria de muito mais alimentos. Apesar de a visão fu-turista fazer parte dos investimentos da época, Ma shou tao preferiu vol-tar-se às raízes e pisou com o pé di-reito no cerrado mineiro, dando início à atividade agrícola. A produção de soja foi o pilar principal do empreen-dimento, que mais tarde se transfor-maria em uma empresa consolidada e respeitada em todo o País. Mas essa caminhada come-ça bem antes, quando o imigrante chinês, veio de Hong Kong para o Brasil em 1958. Formado em eco-nomia e administração de empresas, ainda trabalhou no ramo industrial, em são Paulo, antes de enveredar pelas terras mineiras. Mesmo sem qualquer conhecimento da área agrí-cola, resolveu apostar em seu ideal e estabeleceu-se no Rio Grande do sul, na cidade de carazinho, onde vi-veu experiências com o campo, que viriam ajudá-lo mais tarde, quando finalmente colocaria em prática seus

planos. Um dos pioneiros no cultivo da soja, Ma shou tao adotou de vez o Brasil como lar, onde construiria seus sonhos e veria solidificar sua família. o crescimento veio natural-mente e quando os filhos se forma-ram passaram a auxiliá-lo na proprie-dade. A fazenda que adquirira em julho de 1973, com área de aproxi-madamente 1.700 ha, virou palco de seus primeiros grandes investimen-tos. localizada em conquista (MG), a pouco mais de 35 km de Uberaba, hoje conhecida como Fazenda Boa Fé. Ma shou tao desenvolveu a melhor tecnologia em produção de soja e de sementes. Hoje, é uma empresa familiar, que transformou-se em Grupo Boa Fé - Ma shou tao, composto por seis fazendas em ter-ras próprias e arrendadas (em torno de 3500ha), uma indústria alimentí-cia de produtos à base de soja (Boa Fé indústria e comercio ltda),, uma empresa de comercialização de pro-dutos alta tecnologia agrícola (cena-gro - central Agrícola ltda) e a Agro-pecuária Boa Fé ltda., que atua na produção agrícola e pecuária.

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Jônadan ma

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Fazenda PantanalValentino Rizzioli

Paraopeba (MG)

Fazenda do RiachoClemente de FaRia

Matozinhos (MG)

O primeiro foi sucesso absoluto.O próximo tem tudo pra ser ainda melhor.

Reserve na sua agenda.

2º Grande Leilão AnualGIROLANDO

240 fêmeas criteriosamente selecionadas. Somente 65 loteS.

Local: Restaurante Panela de PedraRodovia MG 424 – km 23Pedro Leopoldo (MG)

Sábado, 29 de maio de 2010.A partir das 14h.

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InteRural - Revista do Agronegócio | Maio 2010 www.interural.com92

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Dia de Campo

Ensaio de competição de Milho da Fazenda Scala apresenta seus resultados

Resultado do ensaio de competição de Milho da Faz Scala

Após alguns meses de espera a colheita foi realizada, e os resultados foram:

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com o objetivo de apresentar aos participantes do ensaio de competição de milho da Fazenda scala, as novas técni-cas e produtos para o plantio de milho, as empresas especializadas: Agromem, Agro-ceres, Dekalb, syngenta, semeali, Riber e Pionner, reuniram-se para demonstrar o uso de seus produtos e estabelecer um melhor contato com os produtores. no dia 03 de Março, a fazenda, no município de tupaciguara (MG), recebeu

cerca de 30 agricultores para conferir a ge-nética de cada híbrido apresentado. vários assuntos foram abordados em tendas ins-taladas na fazenda como, a genética dos híbridos, sanidade, teto produtivo, adapta-bilidade e trangenia. A semeadura dos híbridos foi fei-ta por meio de plantio direto, no dia 12 de novembro do ano passado e a colheita rea-lizada no dia 23 de abril de 2010. cada hí-brido tinha 16 linhas, com 70 cm de espa-

çamento e sem irrigação. A adubação base foi feita com 520 kg por hectare, 08-24-08, e a de cobertura, com 500 kg, 14-00-10. o tratamento das sementes foi feito com cropstar, com dose de 300 ml para cada 60 mil sementes. As herbicidas pós-emergentes utilizadas foram Atrazina e soberan, e as fungicidas com duas aplica-ções de Priori xtra. Após alguns meses de espera a colheita foi realizada, e os resulta-dos foram:

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

Vida de Leiloeiro

Adriano Apolinário Leão de Oliveira

“Quando há uma disputa acirrada por um

lote e, ao bater o martelo, percebo que

consegui desempenhar meu

papel de forma satisfatória, que, tanto o comprador quanto o vendedor e, às vezes,

até mesmo o cliente que não levou o lote abrem um sorriso e a venda é

aplaudida, isso é a constatação de que o animal era realmente bom e que com meu trabalho conseguiu demonstrar isso”.

Antes de atuar como leiloeiro, Adriano Apolinário leão de oliveira, tra-balhou na prefeitura de iguatama, onde mora. inicialmente, atuou no terminal rodoviário, tirando passagens, logo foi transferido para o iesA (instituto estadu-al de saúde Animal), hoje iMA (instituto Mineiro de Agropecuária), onde teve seu primeiro contato com o mundo dos lei-lões, pois participava dos eventos emi-tindo GtA dos animais. em seguida, passou a integrar a equipe de escritório de uma empre-sa leiloeira (elo Remates), onde pode conhecer todo o processo que envolve desde a chegada dos animais até a emissão do mapa que detalha o movi-mento financeiro em geral, do evento. naquela época, tudo isso era feito na máquina de escrever e segundo ele, um verdadeiro tormento, pois qualquer tipo de erro era um transtorno enorme e re-presentava retrabalho total.

observando os leiloeiros que atuavam nesta empresa, Adriano co-meçou a perceber que poderia estar ali uma futura profissão, então, entrou em contato com José Humberto Baia, lei-loeiro oficial e rural, que atuava “pelas bandas” do Alto Paranaíba, e com quem sempre teve estreito relacionamento, por serem primos. “conversei com ele. Pedi que me falasse mais sobre a pro-fissão e, se possível, que me encaixasse nela. ele me respondeu para que eu me preparasse, pois atuaria ao lado dele no primeiro leilão a ser realizado em cruzei-ro da Fortaleza, onde ele me avaliaria, para sentenciar se eu teria condições de ser leiloeiro. e disse-me também que, se não percebesse em mim uma vocação para tal, me tiraria isso da cabeça logo no primeiro leilão”, declarou o leiloeiro. Ao terminar a primeira participação em um leilão, de 5 lotes, José Baia disse a Adriano: “cê leva jeito”.

“vim saber, muito tempo de-pois, pelo próprio José Humberto, que no dia do leilão ele achou que eu não tinha a menor vocação para ser leilo-eiro e que minha atuação tinha ficado abaixo da crítica, mas, como queria me ajudar, resolveu insistir um pouco mais na minha formação, e assim ele fez”, re-lembra Adriano. Adriano conseguiu, depois disso, alguns eventos para fazer, no en-tanto sempre com muita ajuda de José Humberto, até sentir que poderia cami-nhar sozinho. A paixão pela profissão não foi, inicialmente, em função dos animais, como muitos leiloeiros, pois, até então, não havia tido tanto contato com eles. o pouco conhecimento trouxe até dificul-dades, no início da carreira. o que mais encantava Adriano era a forma como, com apenas um microfone e um martelo nas mãos, o leiloeiro tentava convencer

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as pessoas de que os animais em pista mereciam mais um lance. “Argumentos, o uso do martelo para chamar a atenção do público e para dar uma respirada, a agilidade com as palavras e a rapidez de raciocínio, tudo isso me encanta”, assegura Adriano, que completa, “Alia-do a isso, sempre me disseram que eu tinha um timbre de voz grave e agradá-vel, e que deveria trabalhar como locu-tor, daí, a juntar as duas coisas, foi um processo natural”. Adriano percebeu também, que a falta de conhecimento poderia prejudicar sua carreira, “Parti para os livros e visitas às fazendas de amigos e, até hoje, procuro me manter o mais informado possível sobre várias raças de bovinos e equinos, para que, sendo chamado para atuar, eu possa desem-penhar meu trabalho com os argumen-tos pertinentes a cada raça”. Foi credenciado leiloeiro em 9 de dezembro de 1991, aos 21 anos, re-cém completados. À época, ainda não havia sido credenciado pela FAeMG ne-nhum outro com essa idade. “em alguns locais, onde chegava para trabalhar, as pessoas perguntavam quem era o leilo-eiro e quando apontavam para mim o semblante de desconfiança se apresen-tava de imediato, seguido, muitas ve-zes, pela frase: – Mas é esse menino? ele é credenciado?”. o leiloeiro considera a profis-

são uma das mais privilegiadas, pois existe a oportunidade de estar, a cada dia, em um ambiente diferente, com pessoas diferentes, apesar de serem de um mesmo segmento. colocar o conhe-cimento à prova em cada lote, utilizar do gestual às palavras e, não raro, até de trejeitos teatrais para trazer mais anima-ção ao leilão. convencer as pessoas a lançar continua sendo motivo inspirador para que Adriano siga na profissão. “é óbvio que, para tanto, é preciso também ser ético e sério ao avaliar cada lote e tentar levá-los ao seu preço máximo. As pessoas que se utilizam dos leilões para comprar e/ou vender sabem o que es-tão fazendo, portanto tentar “empurrar” um produto a qualquer custo pode levá-los a não mais acreditar no que estou falando. Por isso, procuro exaltar o que os animais têm de melhor, no entanto usando argumentos que retratem a rea-lidade de cada lote ou de cada animal”. Adriano não veio do meio rural, mas a esposa, Geralda lane Garcia oli-veira, a laninha, é filha de fazendeiros e com o falecimento do pai, ela e Adriano, herdaram uma propriedade, onde, hoje, eles recriam bezerras Girolando e criam também, em parceria com amigos do ceará, as raças sindi e Gir. “como pôde perceber, o mundo rural, fatalmente, faria parte da minha vida, mais cedo ou mais tarde, e sou grato a DeUs por isso”.

Apesar de estarem casados há um bom tempo, Adriano e laninha ain-da não decidiram ter filhos, justamente em função do trabalho. “ela sempre me acompanha, mas, procuro amenizar as ausências em casa voltando sempre que possível, mesmo tendo que viajar nas madrugadas. ela é uma companhei-ra não só nas viagens, mas também gerencia a minha agenda e a parte fi-nanceira. tudo que tenho a receber e a pagar ela é quem controla. confesso que depois que ela assumiu essa res-ponsabilidade, minha vida financeira ficou bem mais tranquila”. Adriano é um apaixonado pelo trabalho e pelas pessoas nele envolvi-das, por isso deixa um recado, “Gostaria de manifestar, aqui, minha admiração pelo campo e pelas pessoas que nele trabalham. Muitas vezes, o trabalhador do campo é discriminado. Pouquíssimas vezes têm seu trabalho reconhecido, mesmo sendo um pilar de sustentação da economia do país; além de estar sempre enfrentando distorções nas leis, que raramente são feitas levando em consideração as nuances e particulari-dades do campo, sendo, assim, obriga-dos a se submeter às regras impostas por quem não tem a menor noção do que seja o trabalho árduo do mundo rural. o Brasil e o mundo ainda hão de assistir, admirados, a força e a organiza-ção do homem do campo”.

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InteRural - Revista do Agronegócio | Maio 2010 www.interural.com

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

Leilão Virtual

Leilão Virtual Fazenda Valinhos e Java Pecuária o segundo leilão virtual da

Fazenda valinhos e Java Pecuária-

convidados foi considerado um su-

cesso pelos organizadores. Foram

comercializadas 80 fêmeas, da raça

Girolando, de alta qualidade genéti-

ca e com procedência comprovada.

o leilão foi transmitido pelo Agro-

canal. Mas, cerca de 100 pessoas

se reuniram, em Uberlândia, para

acompanhar a transmissão e par-

ticipar da comercialização. Muitos

lances partiram do salão de even-

tos, onde se encontravam os convi-

dados.

“é importante destacar a

participação de todos. Ficamos mui-

to felizes com tanta gente valorizan-

do nosso evento. Recebemos ofer-

tas de criadores dos estados de Goi-

ás, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia”,

comentou Paulo Melo, da Java Pe-

cuária. o Presidente da Associação

Brasileira dos criadores de Girolan-

do, José Donato Dias, também este-

ve em Uberlândia para participar do

leilão. ele elogiou a organização do

leilão e, principalmente, a qualida-

de dos animais ofertados.

com prazo de pagamento

em 20 parcelas, todos os lotes fo-

ram comercializados. As vacas em

lactação atingiram média de R$

7.500,00; novilhas, R$ 7.585,00;

bezerras, R$ 4.245,00; e prenhezes,

R$ 9.144,00. “Procuramos escolher

animais com alta qualidade genéti-

ca, o criador que efetuou a compra

vai ficar satisfeito com o resultado”,

assegurou Magnólia Martins.

Page 99: Revista InteRural Maio

InteRural - Revista do Agronegócio | Maio 2010www.interural.com 99

essa foi a segunda edição do leilão da Fazenda vali-nhos e Java Pecuária. o evento será realizado anualmente, sempre nesta mesma época. os organizadores agradecem aos compradores:

Antônio cezário neto – BA

valterson Balduíno Rones – MG

Júlio césar Pereira – MG

Délcio vieira tannús – MG

Wanderle Fagundes – MG

João sala – PR

nilson Gomes – RJ

carlos otávio Fratari – MG

Rodolfo engel cauhy – MG

José Antonio veronesi – Go

sérgio lourenço – MG

Fernando ceresa neto – Go

Ronaldo Parreira sábia – MG

nelson Ariza – sP

Mauricio coelho silveira – MG

Germano novais Franco – MG

leonídio Bouças – MG

João Domingos Gomes dos santos – Go

Walter Alves de Queiroz – Go

tropical Genética – MG

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InteRural - Revista do Agronegócio | Maio 2010 www.interural.com

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

LeilãoMarcela Lemmer Santa

Luzia é o grande destaque do 9° grande leilão anual girolando da Santa Luzia

A fêmea 3/4 bicampeã me-lhor fêmea jovem nacional Marcela lemmer santa luzia foi o animal mais valorizado do 9° grande leilão anual girolando da santa luzia, conquistan-do um novo recorde na categoria. o pecuarista eriberto Queiroz Marques, da agropecuária Zombaria, arrematou o animal por R$ 80 mil reais. “Pode ser que todos os juízes estavam erra-dos, mas ela é o melhor que a santa luzia tem”, disse Maurício coelho, en-quanto as pisteiras disputavam lance a lance com seus clientes. o recorde anterior pertencia a canoa le, ven-dida no ano passado por R$ 73 mil durante pregão na fazenda Ma shou tao. Marcela lemmer é invicta em todos os campeonatos que dispu-tou. o leilão realizado no dia 24 de abril, com transmissão do terra viva, ofertou 380 fêmeas girolando, entre novilhas prenhes, vacas no início de sua lactação e bezerras iA, te e Fiv, selecionadas dentro do mais alto pa-drão racial. o evento sagrou-se nova-mente como uma referência para a raça girolando com uma média de R$ 7.241,00 por animal. “esse resultado é mais uma prova que do belíssimo trabalho realizado pela Fazenda san-ta luzia, a dedicação e seriedade na seleção e criação dos animais, Para-béns Mauricio e irmãos e ao sr. José coelho vitor que deu inicio a esta se-leção”, parabeniza leonardo Beraldo, proprietário da embral leilões. com um público seleto em mais de 1000 pessoas presentes, o 9º leilão obteve 50 compradores de diversas regiões (MG, sP, PR, Go, BA, Pe, RJ), obten-do 35% de compras e mais de 80% de participação em lances pelo canal terra viva.

Aspiração / embrião / Prenhez

lote 60 – Aspiração – livre escolha x ReFeRÊnciA DA sAntA lUZiA – vendida pelo valor de R$ 12.400,00, para o condomínio (Roberto Antonio de Melo carvalho, Paulo Ricardo Maximiano e Miller cresta de Melo silva).lote 69 B – Prenhez sexada de Fêmea – Girolando 1/2 – ReGAnGRest DUnDee x soGRA te cAll – vendida por R$ 10.400,00, para teBarrot – Fazenda três irmãos.lote 80 – Prenhez sexada de Fêmea – Girolando - livre Acasalamento x vAnilZA nR – vendida, pelo valor de R$ 14.000,0; para Francisco Rangel de Queiroz – Fazenda são Francisco. lote 82 – Prenhez sexada de Fêmea – Girolando - livre Acasalamento x lARAnJA sAntA lUZiA – vendi-da, pelo valor de R$ 18.000,00; para Paulo Ricardo Maximiano – Fazenda corrego Branco e Roberto de Melo carvalho – Fazenda Retiro da Barra.lote 74 – Prenhez – Gir leiteiro – FARDo MUtUM x noeMiA Fiv – vendida por R$ 50.000,00; para Agropastoril dos Poções, Gabriel Donato de Andra-de, Geraldo Marques, Gerson Dias Filho, Getulio vi-lela, José Ricardo Fiuza, luiz Gustavo Rabelo, Miller cresta, Paulo Barreira, Paulo Ricardo Maximiano, Querença Agric. e Pecuárialote 75 – Prenhez – Gir leiteiro – RADAR Dos Po-çÕes x vARZeA Fiv – vendida por R$ 22.000,00; para Alvimar Ferreira Barbosa Junior – Fazenda ca-boclo.

Destaques do Leilão:

bezerras

lote 59 – Bezerra – Girolando 3/4, iZABel DUn-Dee Fiv sAntA lUZiA - vendida pelo valor de R$ 9.000,00; para Agenor Afonso do Amarallote 65 – 04 Bezerras – Girolando 1/2, FilHAs De HoMesteAD e DUnDee - vendidas, pelo valor de R$ 8.000,00 (cada uma); para Daniel da silva e D. Magnólia M. silva.lote 69 A – Bezerra – Girolando 1/2, AcADeMiA BRADleY sAntA lUZiA - vendida pelo valor de R$ 10.000,00; para leopoldo Moraes.

Agnaldo Lelis, Agenor Amaral, Maurício e Mineiro

Mauricio Jose Coelho, Roberto, Rubens, Maria Lucia e Murilo.

Manoel Claro de Freitas

Armando Jacintho

Cláudio Gasperin, José Coelho, Lilico, Maurício, Onofre Ribeiro, Alvimar, Alvimar Jr, Marquinho, Rangel

Consultor Homenageado: Professora Sandra Gesteira Coelho - UFMG

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RecoRD nAcionAl De PReço nA cAteGoRiA vAcA 3/4

lote 71 - MARcelA leMMeR sAntA lUZiAPAi: Den DoGGe leMMeR tv tl (Ax-116.433)Mãe: 3274 DA sAntA lUZiA (x-3274)16/07/2007 – GiRolAnDo – 3/4 ReG. An-5625 – nº PARtic. 7474livRo FecHADo - 1º lActAçãoU.P.: 14/09/09. – PRoD. APRoxiMADA : 20Kg

Animal que resume a trajetória de sucesso da fazenda santa luzia. Único Animal das histó-ria do Girolando a conquistar 2 vezes o título de Melhor Fêmea Jovem nacional. invicta em todas as pistas que participou e considerada a true type do Girolando.

BicAMPeã MelHoR FÊMeA JoveM nAcionAlMelHoR FÊMeA JoveM nAcionAl MeGA leite 2008 Aos 11 MesesMelHoR FÊMeA JoveM exPo ResenDe 2008MelHoR FÊMeA JoveM Feileite 2008MelHoR FÊMeA JoveM exPAss 2009MelHoR FÊMeA JoveM exPoAGRo FRAncA 2009MelHoR FÊMeA JoveM sUPeRAGRo – BH 2009cAMPeã FÊMeA FUtURA tRoPicAl sUPeRAGRo BH – 2009MelHoR FÊMeA JoveM nAcionAl MeGAleite 2009 Aos 23 Meses

Marcela Lemmer Santa Luzia

VEnDiDa PaRa DR. ERiBERTO DE QUEiROZ

FaZEnDa ZOMBaRia PELO VaLOR DE R$ 80.000,00

Total de animais: 295Média: R$ 7.149,00 Faturamento: R$ 2.109.000,00GiRolAnDoAsPiRAção: média de R$ 12.400,00PRenHeZ: média de R$ 16.502,40BeZeRRAs: média de R$ 5.408,47novilHAs: média de R$ 6.114,46vAcAs: média de R$ 7.773,46GiR leiteiRo/PRenHeZ: média de R$ 38.880,00

novilhas

lote 58 – 02 novilhas – Girolando 1/2, Fi-lHAs De etAZon MeRlot et - vendida pelo valor de R$ 8.600,00 (cada uma); para J.ida Agropecuária.lote 67 – novilha – Girolando 5/8 – FilHA De lARAnJA sAntA lUZiA - vendida pelo valor de R$ 32.000,00; para Agropecuária Boa Fé.lote 72 – novilha – Girolando 1/4 –AcelGA sinFonico sAntA lUZiA – vendida pelo valor de R$ 12.000,00; para Antonio Henrique de Paiva.

Vacas

lote 59 B – vaca – Girolando 1/2 - MAce-DoniA cAnoAs - vendida, pelo valor de R$ 32.000,00; para Dr. eriberto de Queiroz.lote 62 – vaca – Girolando 3/4 - DescUMU-nAl loRD lilY sAntA lUZiA - vendida pelo valor de R$ 15.000,00; para João carlos de Andrade Barreto.lote 73 – vaca – Girolando 3/4 - iMPonente KiRBY sAntA lUZiA - vendida pelo valor de R$ 12.400,00; para Adolf Arno edelhoff Filho.

O 10º gRanDE LEiLÃO DE giROLanDO Da FaZEnDa SanTa LUZia ESTá PROgRaMaDO PaRa O Dia 30 DE aBRiL DE 2011.

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inFORMaÇÕES:

Visão do público. Mais de 1200 pessoas presentes

Maurício, José Luiz Romagnoli e esposa

Márcio Augusto e Maurício

Um dos lotes de destaque; Uma prenhes da vaca 1/4 mais premiada do Brasil - Laranja Santa Luzia, vendida por R$ 36.000,00 e uma filha da mesma vaca vendida por R$ 32.000,00

José Henrique e Maurício

Maurício, Eduardo Oliveira e esposa

Milton Magalhães, Jordane, Maurício, Moises, Lilico e Silvio Queiroz

Comprador da Marcela, Dr. Eriberto de Queiroz Marquez - Fazenda Zombaria Pesqueira -Pernambuco

Caravana do Rio de Janeiro entre os anfitriões. Edgar Veiga, Adolf Arno e Ivan Matos

Dona Magnólia, Daniel Silva e anfitriões

Condomínio formado por expressivos criadores de Gir Leiteiro que se reuniram e compraram a prenhês de No-emia x Fardo Mutum por R$ 50.000,00 para o Hospital Regional do Cancer

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

Leilão

Leilão virtual LUB no dia 6 de abril, o leilão virtual lUB, realizado pela Wv leilões e luciano Bereta, obteve a média de R$ 11.117,00. A maior venda da noite entre os QM foi a fêmea Blond sacred ilusion (the sacred son x Quinariu’s Five), que saiu de João vicente Miras, cesário lange (sP), para Geraldo camara Gusi, curitiba (PR), no valor de R$ 22.800,00.

Leilões movimentam o congresso

aBQM os leilões movimentaram o congresso ABQM, em Avaré (sP). na quarta-feira, dia 21, o leilão Haras Michelle e convida-dos faturou R$ 1.928.880,00, esse valor corresponde à venda de 42 animais pela média de R$ 45.925,71. o destaque de preços fi-cou com a égua superior em seis Balizas, com 89,5 pontos no RMt, creekita times (shady leo e trou-ble creek), adquirida por Mounir Hassib serhan (PR), em parceria com Wilson vitório Dosso (sP), no valor de R$ 288 mil. em se-guida, a égua superior em três tambores, com 255 pontos RMt, vaia Dash sA (nikko Dash As x streaker sound), adquirida pelo condomínio formado entre edilson e edmilson varejão (es), e Wilson vitório Dosso (sP), no valor de R$ 206,4 mil. Já na sexta-feira, 23, o leilão Quater Horse Four Friends faturou R$ 2.676.960,00, obten-do média de R$ 49.838,30 em 47 lotes comercializados. Além des-se valor, R$ 334.560,00 foram obtidos com a venda de 69 cober-turas. A maior venda foi a égua campeã de três tambores Katie cody top eK (Hobby top cody x trouble’s Katie FF), que saiu do sky Ranch (sP) e adquirida por valter José Dias Pereira (RJ), pela quantia de 156 mil. em seguida, foi a matriz importada Meye Qui-ck Pick (Royal Quick Dash x Molly May eye) que saiu do RH Ranch (RJ) para José Raimundo oliveira Filho (se) no valor de 124,8 mil.

Leilão virtual Paraíba Horse Sale o leilão virtu-al Paraíba Horse sale, no dia 5 de abril, rea-lizado pela Wv leilões e Renato Ribeiro c. cruz, obteve a média de R$ 13.092,00. A maior venda da noite foi o Zorro Zorrero (Pe-ppy san o’lena x Avi-lon Zorrero FJ) saída de Dorival lopes da silva Junior, lucélia (sP) para cezalpino M. teixeira Junior, Alto Garças (Mt), no valor de R$ 33.000,00.

Blond Sacred Ilusion

Zorro Zorrero

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3º Leilão Ma Shou Tao e amigos 2010 o 3º leilão Ma shou tao e Amigos 2010 acontece no dia 30 de junho de 2010 é será a oportunidade perfeita dos criadores investirem em uma genética diferenciada na produ-ção de leite. o GRUPo BoA Fé- MA sHoU tAo terá como convidados os mais importantes criadores e selecionado-res de girolando e holandês do Brasil. Ao todo serão 36 lotes individuais. Da raça girolando, serão ofertados

20 lotes, de 20 convidados: José co-elho victor e Filhos(MG), nelson Ariza (sP), José Donato Dias Filho (RJ), tro-pical Genética (MG), Morada corinthia-na (MG), José Geraldo vaz de Almeida (BA), Morena, gropecuária (BA), Guima Pecuária (MG), Délcio tannus (MG), nazareth Dias Pereira (MG), Jorge Pa-pazoglu (MG), Adolfo nunes (MG), Fili-pe Alves Gomes (MG), Roberto Almeida oliveira (sP), nova terra (MG),José An-tonio clemente (sP), ZBR limeira (MG),

Waldir Junqueira(sP), Fazenda terra vermelha - Kincão (sP), Agropecuária Palma(Go). Do holandês, serão quatro convidados, com seis lotes. os con-vidados são: Armando Menge (MG), Ronald Rabbers (PR), ellos José noli (MG), Paulo sérgio de Melo – Pre-nhez, Funny. A leiloeira eMBRAl leilÕes é a responsável pelo even-to, que terá transmissão pelo canal teRRA vivA a partir das 19h30.

Leilão Show do leite tem transmissão ao vivo pelo site da inteRural Mais uma vez, o leilão de recin-to organizado pela inteRural leilões foi um sucesso. no dia 08 de abril, cente-nas de pessoas compareceram ao tater-sal de elite do camaru, em Uberlândia, para prestigiarem o leilão show do leite. Foram ofertados 223 animais, divididos em 89 lotes, sendo 41 vacas Girolando prenhes, 47 vacas com cria ao pé, 56 novilhas prenhes, 62 novilhas Girolan-do e 17 bezerras. Animais da mais alta qualidade fizeram a concorrência ficar acirrada, afinal, quem participa quer comprar os melhores animais. o leilão reuniu animais de criadores de 8 municí-pios, apresentando um grande potencial da genética e também a maneira séria e competitiva com que os produtores de leite da região levam as atividades. “em cada leilão procuramos selecionar os melhores animais e privilegiar vende-dores e compradores, que sempre estão presentes em nossos eventos”, anun-ciou cássio Paiva, leiloeiro. “é muito importante ver que a qualidade dos animais dos leilões da in-teRural está de acordo com que procura-mos”, ressaltou o produtor José Geraldo lemos, de Uberlândia. os negócios su-peram a expectativa, a média das vacas Girolando prenhes ficou em R$ 3.040,00 e das novilhas R$ 2.970,00. As bezer-ras Girolando, registradas, atingiram R$ 1.200,00. com a proposta de sempre re-alizar leilões com qualidade, a inteRural,

mais uma vez, procurou levar o máximo de informações aos compradores e ven-dedores. o leilão foi transmitido pela internet em tempo real, pelo site www.interural.com. Dessa forma, o interessado, que não pode comparecer ao camaru, tem a

oportunidade de assistir, em casa, pela internet. A iniciativa agradou, uma vez que muitas pessoas ligaram na central para parabenizar a inteRural. “A tecno-logia está à nossa disposição, então vamos utilizá-la sempre”, afirmou Mário Knichalla neto, diretor da inteRural.

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Workshop Pecuária Sustentável reflete rotina da Fazenda Paredão

Promovido pela Fazenda Pa-redão, de cláudia e nelson Pineda, para debater a visão do pecuarista e das indústrias de nutrição e saúde animal, o Workshop Pecuária sus-tentável foi realizado na sede da pro-priedade, em oriente (sP), no dia 24 de abril, antecedendo o 25º leilão Paredão seleção. o consultor da Matsuda, Fernando Antônio nunes carvalho, abriu a programação do Workshop com a palestra Gás Metano: verda-des x mitos. segundo o palestrante, gado confinado produz mais metano que o gado a pasto, taurino produz mais metano que Zebuíno. conforme explicou, para que haja menor impacto ambiental, deve-se retirar o boi do pasto mais cedo. isso significa carne mais ma-cia e menor custo de produção. Para carvalho, o pecuarista brasileiro precisa fazer a lição de casa. “Deve ter mentalidade de agri-cultor; saber que tudo se acaba, por isso, precisa cuidar dos recursos na-turais; deve utilizar tecnologia; e tem que ter paixão pela terra”. o tema seguinte, Pecuária sustentável e a Melhoria da Produ-tividade do Rebanho, foi apresenta-do por Mário eduardo Pulga, gerente técnico da Bayer. De acordo com o palestrante, a sustentabilidade é for-mada por um tripé: negócio, pesso-as e o planeta. “A fazenda ideal deve ser lucrativa e sustentável”, afirmou. Durante a palestra, Pulga lembrou que catosal, um dos des-taques do portfólio da Bayer, está completando 50 anos de Brasil e foi lançado há 58 anos na Alemanha. o produto estimula o metabolismo energético do animal. nelson Pineda encerrou o

Workshop com o tema sustentabi-lidade: Passado, Presente e Futuro. em sua opinião, o pecuarista precisa ter uma atividade rentável, respeitar a natureza e as pessoas e produzir carne com sustentabilidade. De acordo com o anfitrião, o Brasil será o grande produtor de alimentos nos próximos 100 anos, mas deve atender às exigências do consumidor. “ele quer um alimento seguro e está atento à escassez de água, emissão de gases de efeito estufa, esgotamento de recursos naturais e perda da biodiversidade”, alertou. ele apontou algumas oportu-

nidades para o pecuarista brasileiro: assumir atitudes proativas; intensifi-car as práticas de sustentabilidade; implantar o sistema de rastreabilida-de; certificar as propriedades; criar canais de comunicação; e procurar alianças comerciais. “somos eficien-tes, mas somos muito ruins em nos comunicar. Falta liderança, temos que nos organizar.” A Fazenda Paredão pratica sustentabilidade há 84 anos. em 1993, a propriedade conquistou o Prêmio de Produtividade e conser-vacionismo do Governo do estado de são Paulo, conferido pelo extinto Banespa.

Fotos: Fábio Fatori

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25º Leilão Paredão repete fórmula de sucesso

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o leilão Paredão seleção, realizado no dia 24 de abril, após o Workshop Pecuária sustentável, supe-rou as expectativas. no total, o leilão promovido pelo casal cláudia e nelson Pineda faturou R$ 843.600. A média geral dos 120 lotes nelore ofertados alcançou R$ 6.155. As matrizes Paredão saíram pela mé-dia de R$ 7.075 e os machos, por R$ 5.900. Dentre os animais da raça nelore, o lote mais valorizado do 25º leilão foi Granitu do Paredão, ofertado por Pineda. o tourinho de 24 meses foi arrematado pela Fazenda santa tereza, por R$ 20.000. o leilão também vendeu gado Girolando, ofertado por cláudia Pineda, e Gir leiteiro, dos rebanhos de Dalila Galdeano lopes e da Rio vale Agrone-gócios, de carlos Alberto da silva. As 18 fêmeas Girolando saí-ram pela média de R$ 3.766 e os ma-chos Gir leiteiro alcançaram média de R$ 3.950. Dentre o gado Gir leiteiro, o lote mais valorizado foi MBF Gameta (Benfeitor Raposo x Abada), oferta de

Dalila. Rui Gagiano Filho levou o touro por R$ 9.000. “Há 25 anos, tive dois motivos de alegria: o nascimento da filha de MBF Gameta e a realização do 1º leilão Paredão”, disse Pineda, ao fim do lei-lão. Participaram do 25º leilão Pa-

redão, como convidados: Antônio Balbi-no Agropastoril; carpa serrana; cornelia e norbert Gamerschlag; Dalila Galdea-no lopes; evaldo Rino Ribeiro; irmãos Bendilatti; João Antônio Gabriel; Milton luiz Pires; Patrícia e Michel caro; Paulo cézar Zanellatti; Rio vale Agronegócios e Unimar - Universidade de Marília.

Leilão girolando Renascer Embriões com transmissão do canal ter-ra viva, a inteRural leilões realizou, no dia 18 de abril, o leilão Girolando Re-nascer embriões. Foram ofertados 175 animais em 40 lotes da mais alta qua-lidade avaliados pelo criador João Dá-rio Ribeiro, do município de luz-(MG). A inteRural contou na organização, com a parceria dos empresários enedino de Freitas e Milton carvalho, que possuem vários anos de experiência no ramos leilões. “Para nós é importante ter parceiros como a inteRural, uma em-presa séria e respeitada. temos uma grande admiração pela empresa e pelo leiloeiro cássio Paiva”, disse enedino. com as vendas abertas, o que se viu foi uma grande concorrência pelos animais, que são dotados de melho-ramento genéticos, apresentando uma excelente média de comercialização. As novilhas Girolando Re-gistradas tiveram uma média de R$

2.420,00, as vacas Girolando com cria ao pé R$ 5.190,00 e as novilhas Girolando livro fechado, média de R$ 2.630,00. Destaque para o senhor José Geraldo Dias Pimentel, da fazenda Mangau, do município de Unai (MG), que adquiriu o lote 19, com 7 novilhas, média de R$ 4.285,00 por animal, “tenho consciência de que estou le-vando animais que me darão retorno satisfatório, nesse caso vale todo o

investimento”, destacou o criador. De acordo com o gerente comercial da in-teRural leilões, Mário Knichalla neto, o evento foi coroado de pleno êxito. “Foi o primeiro leilão que realizamos com a transmissão do canal terra viva. Para nós, é extraordinário porque demonstra nossa capacidade de organizar e even-tos no setor do agronegócio. Gostaria de agradecer a todos que estivaram envolvidos na realização deste leilão”, comentou Mário.

Fotos: Fábio Fatori

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LOTE 964 15 novilhas Girolando 1/2 sangue Prenhas localidade: Uberaba – MG valor: R$ a combinar

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