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Auditoria Financeira
CAPTULO I A Contai!idade e a Auditoria
1"1" O#$%CTI&OS 'AS '%(O)ST*A+,%S FI)A)C%I*AS -'F.
A fim de satisfazerem os seus objectivos, as DF devem ser preparadas com obedincia a determinadas
pressupostos, caractersticas qualitativas e princpios. O modelo contabilstico portugus em vigor, que ser
substitudo em ! de "aneiro de #0!0 pelo $istema de %ormaliza&'o (ontabilstica )$%(* assenta nos
seguintes +nstrumentos contabilsticos
-lano Oficial de (ontabilidade )-O(*
Directrizes (ontabilsticas
+nterpreta&/es 1cnicas
%ormas +nternacionais de (ontabilidade )%+(*
Os objectivos das DF, em -ortugal, e conforme se verifica no quadro abai2o, tem evoludo.
-O(340 As DF devem proporcionar informa&'o acerca da posi&'o financeira, das altera&/es desta e dos
resultados das opera&/es, para que sejam 5teis a investidores, a credores e outros utentes....
D(!6347 Os objectivos das DF s'o os de proporcionar informa&/es acerca da posi&'o financeira, do
desempen8o e das altera&/es da posi&'o financeira de uma entidade, que sejam 5teis 9quele
vasto conjunto de utentes para a tomada de decis/es.
D(!630: Os objectivos das DF s'o os de proporcionar, de forma verdadeira e apropriada, informa&/es
acerca da posi&'o financeira, do desempen8o e dos flu2os de cai2a duma entidade, que sejam
5teis ao vasto conjunto de utentes para a tomada de decis/es.
%+( ! O objectivo das DF de finalidades gerais 1 o de proporcionar informa&'o acerca da posi&'o
financeira, do desempen8o financeiro e dos flu2os de cai2a de uma entidade que seja 5til a uma
vasta gama de utentes na tomada de decis/es econ;micas. As DF tamb1m mostram os
resultados da condu&'o por parte da gerncia dos recursos a ela confiados. -ara satisfazer este
objectivo, as DF proporcionam informa&'o de uma entidade acerca do seguinte Activos
-assivos (apital pr;prio
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(om efeito, todos os utentes tomam decis/es econ;micas, nomeadamente para )=strutura (onceptual,
$%(*
)a* Decidir quando comprar, deter ou vender um investimento em capital pr;prio
)b* Avaliar o zelo ou a responsabilidade do ;rg'o de gest'o
)c* Avaliar a capacidade de a entidade pagar e proporcionar outros benefcios aos seus empregados)d* Avaliar a seguran&a das quantias emprestadas 9 entidade
)e* Determinar as polticas fiscais
)f* Determinar os lucros e dividendos distribuveis
)g* -reparar e usar as estatsticas sobre o rendimento nacional ou
)8* ncia das DF deve?se aos seguintes aspectos
- A$ DF s'o um bem p5blico
- A$ DF reflectem a evolu&'o dos neg;cios, as for&as e fraquezas da entidade
- As DF afectam a distribui&'o da riqueza
- As DF influenciam o pre&o das ac&/es
- As DF au2iliam na tomada de decis/es, tais como
? Decidir quando comprar, deter ou vender um investimento3um bem
? Despedir3contratar3controlar a @est'o e o pessoal
? =2pandir o neg;cio, procurar novos mercados, encerrar centros de trabal8o
? Definir polticas de cobran&a e pagamento de clientes e fornecedores
? Definir polticas de financiamento.
1"2" UTILIA'O*%S 'A I)FO*(A+O FI)A)C%I*A
O objectivo, fundamental, da informa&'o financeira 1 a sua utilidade para a tomada de decis/es pelos seus
diferentes utilizadores. Ao contrrio do que acontece no -O(, no $%( os utilizadores dei2am de ser
enumerados para serem designados como vasto conjunto de utentesB.
(onforme refere o -O(, os principais s'o
? +nvestidores ? Financiadores?rabal8adores ? Fornecedores
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave #
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? (lientes ? =stado
? -5blico.
1"" CA*ACT%*STICAS UALITATI&AS 'A I)FO*(A+O FI)A)C%I*AA informa&'o proporcionada pelas DF deve ser compreensvel aos utentes, sendo a sua utilidade
determinada pelas suas caractersticas qualitativas, as quais se apresentam de seguida
CO(P*%%)SI#ILI'A'%3 A informa&'o deve ser clara e fornecida de forma adequada de modo a ser
facilmente entendida por aqueles a quem se destina. Os utentes devem possuir um con8ecimento razovel
dos diferentes aspectos, assim como vontade de os estudar. C que ter em aten&'o, todavia, que nen8uma
informa&'o deve ser e2cluda das DF com base na sua comple2idade para aqueles a quem se destina.
*%L%&4)CIA3 A informa&'o 1 relevante quando influencia as decis/es dos seus utilizadores, ajudando?os a
avaliar os acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou corrigir as suas avalia&/es
passadas.
FIA#ILI'A'%3 ualidade que a informa&'o tem de estar liberta de erros materiais e de juzos pr1vios, ao
mostrar apropriadamente o que tem por finalidade apresentar ou se espera que razoavelmente represente. A
informa&'o contida nas DF deve ser neutra e completa. Devido 9s inevitveis incertezas, os t1cnicos devem
sempre aplicar de prudncia na sua prepara&'o.
CO(PA*A#ILI'A'%3 As DF devem ser produzidas de modo a que os utentes possam comparar
!* As DF de uma empresa atrav1s do tempo, de modo a identificarem tendncias
#* As DF de diferentes empresas, de modo a poderem avaliar o desempen8o e altera&/es da posi&'o
financeira.
Outras Caracter5sticas ua!itati6as3
(AT%*IALI'A'%3 O valor da informa&'o 1 fun&'o da utilidadeque a mesma tem para o utilizador.
O#$%CTI&I'A'%3 E a ausncia de subjectividade, ou seja, a informa&'o deve ser elaborada de forma a que
diferentes utilizadores a interpretem da mesma maneira.
OPO*TU)I'A'%3 A produ&'o de informa&'o deve ser ajustada no tempo ao processo de tomada de
decis/es de cada utilizador.
*%)'I#ILI'A'%3 A determina&'o do grau analtico da informa&'o a proporcionar depende da utilidade em
termos de custo?benefcio da informa&'o para o utilizador.
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1"7" LI(ITA+,%S 'A CO)TA#ILI'A'%
a. Limita8es do mode!o contai!5stico
? -reponder>ncia da forma sobre a subst>ncia
? Gso do crit1rio do custo em vez do valor,? Hnfase no passado
? Hnfase nos resultados,
? A multiplicidade de destinatrios e escol8a de destinatrios preferenciais
? O objecto e conte5do das DF eminentemente patrimonial, financeiro e econ;mico
? -rivilegia os utentes tradicionais.
. Limita8es de :iai!idade
; Os responsveis pelas DF podem ter interesse em influenciar os utilizadores ou grupos de utilizadores de
diversas formas, por vezes antag;nicas )reduzindo o resultado ? fisco e accionistas ou aumentando o
resultado ? bancos, mercado de capitais*
De acordo com a =strutura (onceptual do $%(, e2istem outros constrangimentos 9 informa&'o relevante e
fivel como 1 o caso da tempestividade, balanceamento entre benefcio e custo e balanceamento entre
caractersticas qualitativas.
A contabilidade sofre de limita&/es, dado que para produzir informa&'o atempada muitas vezes 1 necessrio
relatar antes de serem con8ecidos todos os aspectos das transac&/es ou acontecimentos. Assim, a
tempestividade da informa&'o pode apresentar?se como um constrangimento 9 relev>ncia e fiabilidade.
De igual modo, o balanceamento entre benefcio e custo pode constituir uma limita&'o tendo em
considera&'o que os benefcios retirados da informa&'o devem ser superiores ao custo de a proporcionar.
O compromisso entre a import>ncia relativa das caractersticas qualitativas deve ser objecto de um juzo
profissional qualificado para limitar os constrangimentos da informa&'o ao mnimo.
O papel fundamental e 8ist;rico da auditoria centra?se, portanto, na necessidade de fiabilizar a informa&'o
produzida pelos gerentes ou administradores das empresas.
1"
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!. (O%FJ+O D= +%=)CIA
De acordo com esta teoria, o gestor 1 um ?a@ente do proprietrio )s;cio3accionista* do neg;cio. =ntre
ambos, os ?con:!itoss'o inevitveis, devido 9s suas diferentes motiva&/es. Desse modo, o gestor pretende
que as DF sejam auditadas por um terceiro independente e cred56e! para diminuir o conflito possvel com os
proprietrios do neg;cio.
T%O*IA 'A I)FO*(A+O
=sta teoria baseia?se no conceito de custo;ene:5cio delega&'o num perito da miss'o de anlise e
certifica&'o das contas, que cada investidor ou credor teria de procurar por si, com custos maiores e maiores
dificuldades para a tecnicidade da miss'o. Al1m disso, enfatiza as necessidades de informa&'o dos
s;cios3accionistas e investidores e a import>ncia que estes l8e atribuem.
T%O*IA (OTI&ACIO)AL
=sta teoria defende que o facto das contas serem auditadas por um perito independente LO+A os
preparadores da informa&'o financeira a serem mais rigorosos.
1"B" A UTILI'A'% 'A AU'ITO*IA PA*A AS %(P*%SAS CLI%)T%S
!. D cumprimento a uma obriga&'o legal
#. (ontribui para a qualidade dos documentos de presta&'o de contas e da contabilidade que os suporta
. Facilita e mel8ora o relacionamento dos gerentes3administradores com os s;cios3accionistas e torna mais
objectiva a avalia&'o do seu desempen8o
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave :
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I. E um elemento de controlo internoB, proporcionando o cumprimento mais rigoroso das normas internas e
uma gest'o econ;mica, eficaz e eficiente
:. E um factor dissuasor de fraudes
7.
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Auditoria Financeira
1"D" '%FI)I+,%S % O#$%CTI&OS 'A AU'ITO*IA
'e:ini8es de auditoria
? Auditoria 1 o processo sistemtico de obter e avaliar evidncias a respeito das asser&/es contidas nas
demonstra&/es financeiras acerca de situa&/es e transac&/es econ;micas da entidade, com vista a certificar
o grau de correspondncia entre essas asser&/es e as normas de referncia e comunicar os resultados
dessa avalia&'o aos interessados. )A+(-A, !4P#*
? =2ame das demonstra&/es financeiras de uma empresa ou entidade, realizado de conformidade com
determinadas normas por um profissional qualificado independente, com o fim de e2pressar uma opini'o
sobre a razoabilidade com que essas demonstra&/es financeiras apresentam as informa&/es nelas contidas
de acordo com certas regras e princpios )$oto $errano*.
? A Auditoria consiste em acumular e avaliar a evidncia sobre informa&'o quantificada de uma entidade
econ;mica com o intuito de determinar e relatar o grau de correspondncia entre essa informa&'o e crit1rios
estabelecidos. A auditoria deve ser efectuada por uma pessoa independente competente )Arens e
JoebbecQe*.
A auditoria deve ser um processo cumu!ati6o de oten8Eo de in:orma8Eoque permite concluir sobre a
realidade da entidade auditada. O trabal8o do auditor incide sobre in:orma8Eo que tem de estar
uanti:icada)v.g. demonstra&/es financeiras, ta2as de impostos, tempos de produ&'o*. A auditoria incide
sempre sobre uma entidade uma empresa, um organismo p5blico, um departamento de uma empresa. O
per5odo de tempo1 outra varivel c8ave )em geral um ano*.
C certos crit1rios estabelecidos, comonormas, princpios contabilsticos )-(@A* e legisla&'o, em rela&'o
aos quais o auditor confronta o que foi realizado pela empresa em causa.
O auditor de6e ser ua!i:icadopara ter a capacidade de determinar quando 1 que a quantidade e qualidade
de evidncias recol8idas s'o suficientes para suportar um parecer. %aturalmente, a independGncia doauditor 1 um requisito bsico para asseguram uma informa&'o isenta.
O processo de auditoria culmina com a emiss'o do *e!atHrio de Auditoria, o qual cont1m as conclus/es do
trabal8o realizado para anlise dos seus utilizadores. De acordo com a auditoria 1 o exame das
demonstraes financeiras de uma entidade reali!ado de conformidade com determinadas normas "or um
"rofissional #ualificado e inde"endente com o fim de ex"ressar a sua o"ini$o so%re a ra!oa%ilidade com #ue
essas demonstraes financeiras a"resentam a informa$o nelas contidas de acordo com certas regras e
"rinc&"ios'
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave P
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Auditoria Financeira
Oecti6o da auditoria
? (oncluir sobre se as demonstra&/es financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a situa&'o
financeira e os resultados das opera&/es de acordo com os princpios contabilsticos geralmente aceites
)-(@A*
? (onferir credibilidade 9s DF junto dos seus utentes3utilizadores
? (on8ecer os pontos fracos e2istentes ao nvel do controlo interno das empresas ou entidades auditadas
? =2ercer ac&'o pedag;gica e de controlo sobre a estrutura.
1"9" TIPOS '% AU'ITO*IA
uanto ao oecto as auditorias c!assi:icam;se em3
Auditoria Financeira ou contai!5stica tem como objectivo o e2ame e a verifica&'o da informa&'o
contabilstica para dar opini'o sobre a sua adequa&'o, transparncia e razoabilidade, sendo aquela que
mais nos interessa para a disciplina.
Auditoria Operaciona! aprofundamento do >mbito da auditoria interna, 1 uma auditoria global 9s
fun&/es de gest'o, especialmente 9 rea administrativa. =2amina a eficcia dos procedimentos
administrativos de registo e valoriza&'o, assim como a gest'o, os procedimentos e os sistemas de
controlo interno.
Auditoria In:ormJtica verifica se e2istem controlos informticos apropriados, certificando que estes
est'o implementados e procede 9 avalia&'o da sua eficcia, com vista a concluir sobre a performanceB
de todo o sistema informtico. E realizada quer por t1cnicos internos quer e2ternos.
Auditoria Socia! relacionada com o aparecimento de estudos sobre a responsabilidade social das
empresas, tem implica&/es na qualidade de vida )focando?se, por e2emplo, em aspectos ambientais* ena qualidade dos produtos.
Auditoria de =estEo pretende medir e dar opini'o sobre o desempen8o dos gestores e sobre a
rendibilidade da empresa, ou seja, concluir sobre se os resultados por eles apresentados n'o poderiam
ou deveriam ser diferentes. Funciona como e2tens'o da auditoria operacional.
Auditoria Pre6isiona! ou prospecti6a necessria quando a informa&'o financeira 8ist;rica 1
insuficiente para que os diversos utentes e2ternos tirem conclus/es sobre a viabilidade futura das
empresas. $'o necessrias informa&/es previsionais mais ou menos detal8adas. E muito importante para
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terceiros, em casos como anlise de projectos de investimento e estudos de viabilidade econ;mico?
financeiros.
Auditoria de ua!idade3 debru&a?se sobre trabal8os desenvolvidos no >mbito do processo de
certifica&'o de garantia de qualidade, ao abrigo de normas internacionais da s1rie +$O 4000.Orientada
predominante para a rea industrial e de produ&'o e para as reas crticas da organiza&'o e com maiores
potencialidades de mel8oria.
uanto K posi8Eo do auditor M necessJrio distin@uir auditoria interna de auditoria eNterna3
Auditoria interna fun&'o deaprecia&'o independente criada dentro duma empresa a fim de e2aminar e
avaliar as suas actividades como um servi&o para a pr;pria empresa, com o objectivo de au2iliar os membros
da empresa no efectivo desempen8o das suas responsabilidades.
O auditor interno, pertencendo ao gabinete de auditoria interna, actua individualmente mas colabora tamb1m
com a auditoria e2terna. O seu trabal8o, realizado de forma contnua, 1 reportado 9 administra&'o ou 9
gerncia.
A auditoria interna tem como fun&/es
? A verifica&'o do cumprimento das instru&/es, planos e procedimentos emanados pela direc&'o? A revis'o e avalia&'o da estabilidade, suficincia e aplicabilidade dos controlos operativos, contabilsticos e
financeiros
? A determina&'o do efectivo registo de todos os bens e direitos pertencentes 9 empresa
? A verifica&'o e avalia&'o da veracidade da informa&'o produzida na empresa
? A realiza&'o de inspec&/es especiais solicitadas pela direc&'o
? A recol8a de informa&/es sobre eventuais irregularidades e2istentes.
? +mplanta&'o de um sistema de controlo interno, com os seguintes objectivos!
? (onfian&a e a integridade da informa&'o
? (umprimento das polticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos aplicveis
? $alvaguarda dos activos
? Gtiliza&'o econ;mica e eficiente dos recursos
?
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%o >mbito do seu trabal8o, o Auditor +nternopode :aero seguinte
? Avaliar os controlos e2istentes ao nvel operacional e de apuramento e divulga&'o da informa&'o.
? =fectuar
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A auditoria como 8oje a con8ecemos surgiria por1m apenas em meados do s1c. N+N no
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'L n 79D1/B9 de 1< de )o6emro +ntroduz a fiscaliza&'o das sociedades an;nimas.
'L n 1/2 de de $aneiro (ria o primeiro =statuto jurdico dos mara dos
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c* (onsultoria e outros servi&os no >mbito de mat1rias inerentes 9 sua forma&'o e qualifica&'o profissionais,
nomeadamente, avalia&/es, peritagens e arbitragens, estudos de reorganiza&'o e reestrutura&'o de
empresas e de outras entidades, anlises financeiras, estudos de viabilidade econ;mica e financeira,
forma&'o profissional, estudos e pareceres sobre mat1rias contabilsticas, revis'o de declara&/es fiscais,
elabora&'o de estudos, pareceres e demais apoio e consultoria em mat1rias fiscais e parafiscais e revis'o derelat;rios ambientais e de sustentabilidade
d* Administrador da insolvncia e liquidatrio,
e* Administrador ou gerente de sociedades participadas por sociedades de ncia nas sociedades an;nimas
%o (;digo dos alores Lobilirios )(L*
!. -arecer sobre as informa&/es semestrais divulgadas pelas empresas cotadas
#. -arecer sobre a situa&'o econ;mica e financeira das empresas que efectuem opera&/es p5blicas de
subscri&'o
. -arecer sobre o pedido de registo de uma Oferta -5blica de Aquisi&'o )O-A*
I. -arecer sobre o pedido de registo de Ofertas -5blicas de $ubscri&'o )O-$* e de Ofertas -5blicas enda
)O-*
:. -arecer sobre o pedido de admiss'o de valores mobilirios 9 cota&'o
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7. (omunica&'o 9 (LL das situa&/es que constituam crimes ou afectem a continuidade da actividade dos
intermedirios financeiros a quem prestam servi&os
Suei8Eo a *e6isEo Le@a! das Contas
%o >mbito do CHdi@o das Sociedades Comerciais )($(*, s'o sujeitas a revis'o legal de contas as
$ociedades An;nimas, as $ociedades por uotas com (onsel8o Fiscal )art. #7#, nT !* e as $ociedades por
uotas sem (onsel8o Fiscal que, durante dois anos consecutivos sejam abrangidas por dois dos trs limites
do art. #7#, nT#, a saber total do balan&o superior a V !.:00.000 total de vendas lquidas e outros proveitos
superior a V .000.000 ou mais de :0 trabal8adores empregados em m1dia durante o e2erccio. Aparte estes
casos, a revis'o pode ainda ser imposta por disposi&'o estatutria ou por via contratual, ou ainda efectuada
voluntariamente pelas empresas.
" no >mbito do CHdi@o de &a!ores (oi!iJrios)(L*, seguindo o art. 6 )informa&'o auditada*, deve ser
objecto de relat;rio ou parecer elaborados por auditor registado na (LL a informa&'o financeira contida em
documento de presta&'o de contas, em estudo de viabilidade ou em outros documentos que a)devam ser
submetidos 9 (LL %)devam ser publicados no >mbito de pedido de admiss'o 9 negocia&'o em mercado
regulamentado ou c)respeitem a institui&/es de investimento colectivo.
$e os documentos de presta&'o de contas referidos no n5mero anterior inclurem previs/es sobre a evolu&'o
dos neg;cios ou da situa&'o econ;mica e financeira da entidade a que respeitam, o relat;rio ou parecer doauditor deve pronunciar?se e2pressamente sobre os respectivos pressupostos, crit1rios e coerncia.
uanto ao registo de auditores )art. 4*, s; podem ser registadas as sociedades de revisores oficiais de contas
e outros auditores 8abilitados a e2ercer a sua actividade em -ortugal que sejam dotados dos meios 8umanos,
materiais e financeiros necessrios para assegurar a sua idoneidade, independncia e competncia t1cnica.
Ainda assim, desde que apresentem garantias equivalentes de confian&a, de acordo com padr/es
internacionalmente recon8ecidos, a (LL pode recon8ecer relat;rio ou parecer elaborados por auditor n'o
registado que esteja sujeito a controlo de qualifica&'o no =stado de origem.
Os auditores que prestem servi&os a intermedirio financeiro ou a empresa que com ele esteja em rela&'o de
domnio ou de grupo tm o dever de comunicar imediatamente 9 (LL os factos respeitantes a esse
intermedirio financeiro de que ten8am con8ecimento no e2erccio das suas fun&/es, quando tais factos
sejam susceptveis de
a* (onstituir crime ou ilcito de mera ordena&'o social prevista em norma legal ou regulamentar que
estabele&a as condi&/es de autoriza&'o ou que regule, de modo especfico, actividades de intermedia&'o
financeira ou
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b* Afectar a continuidade do e2erccio da actividade do intermedirio financeiro ou
c* "ustificar a recusa da certifica&'o das contas ou a emiss'o de reservas.
O dever de comunica&'o imposto pelo presente artigo prevalece sobre quaisquer restri&/es 9 divulga&'o de
informa&/es, legal ou contratualmente previstas, e o seu cumprimento de boa f1 n'o envolve qualquer
responsabilidade para os respectivos sujeitos.
De acordo com o regulamento da (LL nT 73#000, tm que ser observados os seguintes aspectos do
mesmo, que se apro2imam 9s altera&/es ao (;digo de Etica para os profissionais propostas pelo
International Federation of Accountants)+FA(*, de modo a que o revisor manten8a a sua +%D=-=%DH%(+A
face ao cliente
? =2istncia de meios 8umanos, t1cnicos e financeiros que garantam um trabal8o de qualidade, objectividade
e independncia
? %'o dependncia financeira do auditor face a um dado cliente
? %'o beneficia&'o de vantagens particulares do cliente ou das entidades que com ele se encontrem em
rela&'o de domnio ou de grupo
? %'o deten&'o de valores mobilirios emitidos pelo cliente ou por entidades que com ele se encontrem em
rela&'o de domnio ou de grupo
? Adicionalmente Observ>ncia dos diversos deveres constantes no (;digo de Etica e Deontologia da Ordem
dos mbito do -O( =duca&'o* e do Linist1rio da $a5de )no >mbito do -O(L$*, bem
como os seus organismos aut;nomos sob tutela, que n'o sejam empresas p5blicas.
Capitu!o II Princ5pios e )ormas de Contai!idade
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave !:
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2"1" OS P*I)CPIOS CO)TA#ILSTICOS =%*AL(%)T% AC%IT%S -PC=A. % SUA I(PO*T4)CIA PA*A
O AU'ITO*/*%&ISO*
Os profissionais da contabilidade e os membros da comunidade econ;mica tm vindo a recon8ecer a
necessidade da e2istncia de princpios, normas e procedimentos, que sejam de aplica&'o generalizada,
apesar dos debates e crticas que suscitam.
=m termos gerais um principio 1o con-unto de elementos rudimentos regras fundamentais e gerais de
#uais#uer ci.ncia ou arte'/0 A literatura, a nvel internacional, utiliza diversas palavras com significado de
princpio, tais como -ostulado, -ressuposto,
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(ontinuidade (ontinuidade -( -$
Compreensii!idade (
*e!e6ncia ( (
Laterialidade Laterialidade -( (
Fiai!idade ( (
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'a (ateria!idade3 As demonstra&/es financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam relevantes
e que possam afectar avalia&/es ou decis/es pelos utentes interessados.X
%o que respeita aos sete princpios contabilsticos, constantes do -O(, este n'o estabelece qualquer
distin&'o ou 8ierarquia entre eles.
Os PC=A sEo importantes para o Auditor e devem ser bem con8ecidos e dominados por ele, dado que
O trabal8o de auditoria visa certificar a adequa&'o das DF aos -(@A
A auditoria verifica a ades'o aos -(@A e a uniformidade na sua aplica&'o
O cumprimento dos -(@A conduz?nos 9 imagem verdadeira e apropriada.
2"2" I(A=%( &%*'A'%I*A % AP*OP*IA'A
Conceito3
%em o -O(, nem as Directivas e, nem mesmo agora, o $%( apresentam uma defini&'o concreta dos termos
XverdadeiraX e XapropriadaX. =mbora o art. IP da =strutura (onceptual do $%( refira que a aplica&'o das
principais caractersticas qualitativas e das normas contabilsticas apropriadas resulta normalmente em
demonstra&/es financeiras que transmitem o que 1 geralmente entendido como uma imagem verdadeira e
apropriada de, ou como apresentando razoavelmente, tal informa&'o.
As DF devem dar uma ima@em 6erdadeira)no sentido de serem fi1is, correctas e isentas de n'o verdades*
e apropriada )no sentido de serem razoveis, justas e 8onestas*. uando as 'F de um entidade
apresentarem de :orma 6erdadeira e apropriada a sua situa8Eo econHmico;:inanceira significa que
foram preparadas de acordo com um re:erencia! )constitudo por princpios, polticas e procedimentos
contabilsticos* que se encontra regularmente estabelecido e reconecido como 6J!ido por todos os
inter6enientes no processo contai!5stico , situa&'o que se deveria estender aos pr;prios utilizadores da
informa&'o financeira. odavia, n'o quer dizer que estas DF est'o absolutamente correctas e isentas do mais
pequeno erro, situa&'o que ningu1m pode garantir, nem mesmo aqueles que as preparam nem aqueles que
as auditam, ainda que actuem de boa f1 e com rigor profissional.
O re:erencia!, acima mencionado, 1 constitudo por princpios, polticas e procedimentos contabilsticos, que
se encontram vertidos nas seguintes normas
? %ormas emitidas pela (omiss'o de %ormaliza&'o (ontabilstica )(%(*
? %ormas emitidas pela (LL
? %ormas emitidas pelo Sanco de -ortugal )+nstitui&/es Financeiras*
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave !6
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? %ormas emitidas pelo +nstituto de $eguros de -ortugal )actividade seguradora*
? %ormas 1cnicas,
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Os agentes econ;micos acompan8aram este progresso, e2pandiram as suas rela&/es e 1 cada vez maior o
n5mero de empresas a actuar a nvel mundial. E a globaliza&'o da economia.
$imultaneamente, ocorre um desenvolvimento no mercado de capitais e nos mercados financeiros. odavia,
as normas contabilsticas que servem de referencial variam de pas para pas e as empresas que querem
aceder a esses mercados vm?se na obriga&'o de produzir tantos conjuntos de contas quanto os mercados a
que querem aceder.
-erante esta conjuntura econ;mica come&aram a surgiram sinais de receptividade 9 prepara&'o de %ormas
+nternacionais de (ontabilidade, com vista 9 resolu&'o de diversos problemas derivados da e2istncia de
vrios regimes contabilsticos.
%este conte2to, foi criado em !4P o International Accounting 3tandards Committee )+A$(*, actualmente
designado de International Accounting 3tandards 4oard )+A$S*, cuja principal actividade se centrou na
emiss'o de %+( e de +nterpreta&/es da 3tanding Inter"retations Committee)$+(*.
%o perodo !4P3#000 podem recon8ecer?se grandes etapas na traject;ria do +A$(, tendo, na 5ltima etapa
compreendida entre !4473#000, em consequncia de acordos estabelecidos com a International rgani!ation
of 3ecurities Commissions)+O$(O*, sido revistas, reformatadas e emitidas diversas normas e interpreta&/es
que constituem o actual corpo de %+( e de +nterpreta&/es da $+(.
O processo de 8armoniza&'o tamb1m foi desenvolvido a n56e! comunitJrio, fundamentalmente, atrav1s da
seguinte legisla&'o
A uarta Directiva P637703(== do (onsel8o, de #: de "ul8o de !4P6, relativa 9s contas anuais de certas
formas de sociedades, estabelece os requisitos em mat1ria de elabora&'o das contas anuais das
empresas.
A $1tima Directiva 63I43(== do (onsel8o, de ! de "ul8o de !46, relativa 9s (ontas (onsolidadas,
define os requisitos quanto 9 elabora&'o destas contas.
A Directiva 6737:3(== do (onsel8o, de 6 de Dezembro de !467, relativa 9s contas anuais e 9s contasconsolidadas dos bancos e outras institui&/es financeiras, aborda as quest/es especficas 9s referidas
institui&/es.
A Directiva 4!37PI3(==, de !4 de Dezembro de !44!, relativa 9s contas anuais e 9s contas consolidadas
das empresas de seguros, estabelece os requisitos especficos relevantes para a elabora&'o das contas
por essas entidades.
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? A adop&'o e a utiliza&'o na (omunidade das %+( e das +nterpreta&/es +nternacionais de
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=m termos gerais, e de acordo com o @rande Dicionrio da Jngua -ortuguesa, uma norma 1 uma lei, regra
ou f;rmula pela qual se deve dirigir qualquer pessoa ou coisa. E um modelo, e2emplo, regra ou procedimento
a seguir.
As normas de auditoriadebru&am?se sobre as ua!idades pro:issionais dos auditores, assim como sobre
o julgamento e2ercido pelos mesmos na e2ecu&'o do seu e2ame e na elabora&'o do consequente parecer.
A designa&'o das normas de auditoria n'o 1 uniforme. =m -ortugal, a O
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? Devem ser obtidas pro6as su:icientes atrav1s de inspec8es, oser6a8es, inda@a8es e
con:irma8es, a fim de se obter uma base razovel para a forma&'o de uma opini'o relativa 9s
demonstra&/es financeiras sob e2ame.
c.)ormas para a %!aora8Eo de *e!atHrios
? O relat;rio de auditoria deve mencionar se as demonstra&/es financeiras est'o apresentadas de acordo
com osPC=A
? O relat;rio de auditoria deve mencionar se os -(@A tm sido consistentementeobservados relativamente
ao perodo anterior
? Devem ser aceites como razoavelmente adequadas as notas in:ormati6as Ks demonstra8es
:inanceiras, a n'o ser que outra coisa seja mencionada no relat;rio de auditoria
? O relat;rio deve e2pressar uma opiniEo re!ati6a Ks demonstra8es :inanceiras tomadas como um todo
ou a afirma&'o de que tal opini'o n'o pode ser e2pressa.
)ormas da IFAC
A +FA( foi criada em P de Outubro de !4PP, como resultado de um acordo assinado por 7 associa&/es de
profissionais de contabilistas e auditores, que representavam I4 pases de todos os continentes.
Actualmente,fazem parte da +FA( !:: associa&/es profissionais, pertencentes a !!6 pases, representando
mais de #,: mil8/es de profissionais da contabilidade e da auditoria. -ortugal est representado na +FA( pela
O
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[ %ormas +nternacionais sobre $ervi&os
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:I: ? Auditoria das Lensura&/es e Divulga&/es de "usto alor
::0 ? -artes
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At1 !467 a G=( publicou as seguintes #0 normas de auditoria. A F== nunca emitiu nen8uma norma de
auditoria, dada a e2istncia das %ormas +nternacionais de Auditoria da +FA(.
)" 'esi@na8Eo da )orma 'ata da Pu!ica8Eo
! Objecto e alcance da auditoria das demonstra&/es financeiras anuais Lar&o !4P6# A utiliza&'o do trabal8o de outro auditor Lar&o !4P6
Os pap1is de trabal8o do auditor Lar&o !4P6
I (onsidera&/es de auditoria a respeito do princpio da continuidade Lar&o !4P6
: A auditoria de contratos de opera&/es cambiais de institui&/es de cr1dito $etembro !4P6
7 (ontrolo de qualidade Z assegurar e aumentar a qualidade das auditorias "un8o !4P4
P =feito da fun&'o auditoria interna no >mbito do e2ame do auditor independente Dezembro !460
6 O relat;rio de auditoria Laio !46!
4
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Os sucessivos desenvolvimentos das %+
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00344 -JA%=AL=%O
- 00 -laneamento do trabal8o- !0 (on8ecimento da =ntidade e do neg;cio- #0 Laterialidade
D+
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I!0 (ontrolo +nterno Laio #000
:00 $aldos de Abertura )ncia facultativa. -or1m, de acordo com a O
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X *T 9 ?
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A partir de Dezembro de !46:, a O
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$ector Financeiro
$ector $egurador
"" A O#T%)+O 'A UALI'A'% P*OFISSIO)AL
$; pode e2ercer fun&/es de
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!.T @rupo L;dulo # Direito civil, comercial e das sociedades I0 L;dulo (ontabilidade financeira + I0
#.T @rupo
L;dulo I Latemticas financeiras e m1todos quantitativos 0 L;dulo : (ontabilidade financeira ++ I0 L;dulo 7 Direito comunitrio, dos valores mobilirios e do trabal8o 0
.T @rupo
L;dulo P Fiscalidade I0
L;dulo 6 Finan&as empresariais 0 L;dulo 4 (ontabilidade de gest'o e sistemas de controlo 0
I.T @rupo
L;dulo !0 ecnologias de informa&'o #0 L;dulo !!
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? %a maior parte das empresas o e2erccio econ;mico termina no ano civil
? -roblema da especializa&'o.
As fun&/es desenvolvidas nas pelos auditores nas empresas de auditoria encontram?se 8ierarquizadas,
normalmente, da seguinte forma
SHciosZ %a maior parte dos pases, como 1 o caso de -ortugal, s; pode ser s;cio quem possuir a
qualifica&'o profissional, ou seja, quem for
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"
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$ec&'o !I0 (onfidencialidade
$ec&'o !:0 (omportamento profissional
? Parte # Z CO)TA#ILISTAS/*%&ISO*%S P*OFISSIO)AIS %( P*VTICA P[#LICA3 define como a
estrutura conceptual deve ser aplicada aos contabilistas profissionais em prtica p5blica. A parte S integra as
dez sec&/es que se apresentam
$ec&'o #00 +ntrodu&'o, incluindo amea&as e salvaguardas
$ec&'o #!0 %omea&'o profissional, a qual inclui a aceita&'o do trabal8o e mudan&as na nomea&'o
profissional
$ec&'o ##0 (onflito de interesses
$ec&'o #0 $egundas opini/es
$ec&'o #I0 Conorrios e outros tipos de remunera&'o
$ec&'o #:0 -romo&'o de servi&os profissionais
$ec&'o #70 -rendas e 8ospitalidade
$ec&'o #P0 (ust;dia de activos do cliente
$ec&'o #60 Objectividade Z odos os servi&os
$ec&'o #40 +ndependncia Z rabal8os de garantia de fiabilidade
? Parte C CO)TA#ILISTAS/*%&ISO*%S P*OFISSIO)AIS %( %(P*%SAS refere como a estrutura
conceptual deve ser aplicada aos contabilistas profissionais em entidades. A -arte ( 1 composta pelas
seguintes seis sec&/es
$ec&'o 00 +ntrodu&'o
$ec&'o !0 (onflito potenciais
$ec&'o #0 -repara&'o e relato da informa&'o
$ec&'o 0 Actua&'o com suficiente percia
$ec&'o I0 +nteresses financeiros
$ec&'o :0 +ncentivo
"
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Ori@em3
=m -ortugal, o -rojecto do primeiro (;digo de Etica e Deontologia -rofissional )(=D-* foi aprovado em
Assembleia @eral realizada em #P de %ovembro de !46:. -or1m, o te2to definitivo s; foi aprovado em 6 de
"un8o de !46P, sendo publicado no Dirio da
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(A-_GJO Z Das outras normas a observar no e2erccio da profiss'o
Artigo !.T Z (onsultoria
Artigo !I.T Z =2erccio de fun&/es fora do territ;rio nacional
Artigo !:.T Z Conorrios e despesas(A-_GJO + Z Da responsabilidade disciplinar
Artigo !7.T Z )CIA3 O trabal8o do
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O
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p!aneamento, por sua vez, est a cargo do auditor responsvel pela mesma, sendo no entanto aceitvel que
tal t1cnico o debata com o Mrg'o de @est'o da empresa.
%o desenvolvimento do p!ano @!oa!de uma auditoria devem ser levados em conta cinco temas essenciais
con8ecimento do neg;cio )+$A !0 3 Dmbito da
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responsabilidade do auditor, quando e2ista tal possibilidade referncia a quaisquer acordos adicionais entre o
auditor e o cliente e referncia ao n5mero de 8oras estimado para a realiza&'o da auditoria.
A (arta de (ompromisso pode revestir a forma de um contrato3proposta de presta&/es de servi&os. =m
-ortugal, este assunto est tratado nos art. :T a :6T do =statuto da Ordem dos
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empresa )visitando tamb1m as instala&/es*, com os auditores internos )analisando os seus relat;rios*, com
auditores, com pessoas con8ecedoras e2teriores 9 entidade, com consultores jurdicos e outros que ten8am
prestado servi&os 9 entidade ou dentro do sector. Outra maneira 1 atrav1s da leitura de documentos quer os
produzidos pela empresa )actas da Assembleia @eral, dos Mrg'os de @est'o e de Fiscaliza&'o,
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=estEo e detentores do capita!Z =strutura empresarial, organizacional, do capital e do grupo
)e@Hcio da entidade Z produtos, mercados, fornecedores, custos, opera&/es
'esempeno :inanceiro Z factores respeitantes 9 posi&'o financeira e lucratividade da entidade
*e!ato amienta! Z influncias e2ternas que afectem o ;rg'o de gest'o na prepara&'o das DF
+mporta ainda referir que a lista acima mencionada, embora cubra uma grande variedade de mat1rias, n'o 1
e2austiva.
CompreensEo dos sistemas contai!5sticos e de Contro!o Interno -CI.
O Sistema contai!5stico, segundo o D
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tem de ser avaliado pelo auditor, e os j referidos procedimentos de contro!o, que o auditor tem de
con8ecer de modo a desenvolver o -lano de Auditoria.
As quatro fases da avalia&'o do sistema de (+ s'o as seguintes identifica&'o e descri&'o dos sistemas
implantados confirma&'o dos sistemas implantados identifica&'o dos pontos?c8ave de controlo e avalia&'o
preliminar aprecia&'o do funcionamento do sistema.
A materia!idade em auditoria
%a =strutura (onceptual7do +A$S, a informa&'o 1 material se a sua omiss'o ou distor&'o influenciarem as
decis/es econ;micas dos utentes tomadas na base das DF. A materialidade depende da dimens'o do item ou
do erro julgados nas circunst>ncias particulares da sua omiss'o ou distor&'o. Assim, a materialidade
proporciona um limiar ou ponto de corte em vez de ser uma caracterstica qualitativa principal que ainforma&'o deve ter para ser 5tilB. " segundo o -O(, a materialidade refere?se 9 magnitude ou natureza de
um erro3omiss'o da informa&'o financeira )considerada individual ou agregadamente* que torna provvel que
o julgamento de uma pessoa interessada e confiante em tal informa&'o, teria sido influenciado3afectado a sua
decis'o como consequncia de tal erro ou erros. Dessa forma, o princ5pio contai!5stico da materia!idade
determina que as DF devem evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e que possam afectar
avalia&/es ou decis/es pelos utentes interessados.
Oauditor deve tomar em considera&'o a materia!idadee a sua rela&'o com o risco de auditoria, sendo quea determina&'o daquilo que 1 materialmente relevante 1 mat1ria do seu u!@amento pro:issiona!. A
materialidade 1 considerada tendo em conta as necessidades )8eterogenias* de informa&'o dos utilizadores.
A materialidade pode ser entendida de duas formas em termos uantitati6os -uantias., o que se reflecte
geralmente ao nvel do #a!an8o e 'emonstra8Eo dos resu!tados , como por e2emplo os activos e r1ditos
sobreavaliados ou em termos ua!itati6os -naturea., reflectindo?se geralmente no AneNo ao #a!an8o e K
'emonstra8Eo dos *esu!tados, como 1 o caso das divulga&/es de informa&/es complementares
inadequadas, nomeadamente quanto a polticas contabilsticas adoptadas.
A materialidade deve ser considerada
a* na fase de planeamento,
b* na fase de e2ecu&'o do trabal8o de auditoria e
c* antes da emiss'o do relat;rio.
Outro aspecto importante a considerar pelo auditor tem a ver com o e:eito a@re@ado de peuenas uantias
as quais, no seu conjunto, podem a:ectar si@ni:icati6amente as 'F. O auditor necessita considerar se o
6=stabelece os conceitos subjacentes 9 prepara&'o e apresenta&'o das DF para utentes e2ternos
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efeito lquido agregado das distor&/es especficas 1 materialmente relevante e se 1 adequado estimar
)projectar* outras distor&/es que n'o ten8am sido identificadas mas que se relacionem com as primeiras. A
materialidade tem a ver com uma medida de precis'o, enquanto o risco de auditoria est relacionado com
uma medida de credibilidade. =2iste, portanto, uma re!a8Eo in6ersa entre a materia!idade e o n56e! do
risco de auditoriaZ quanto maior for o nvel de materialidade menor ser o risco de auditoria.
A materialidade deve ser considerada quando se planeia uma auditoria de acordo com o seu nvel global, com
os itens tomados individualmente e com considera&/es de natureza legal e reguladora. =stas situa&/es
podem resultar em diferentes nveis de materialidade.
Os factores que podem influenciar a avalia&'o da materialidade monetria s'o geralmente os seguintes
? otal das vendas e das presta&/es de servi&os )0,: a #*
?
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*isco inerente1 a susceptibilidade de um saldo de conta ou classe de transac&/es conter uma distor&'o que
possa ser materialmente relevante, individualmente ou agregada com distor&/es em outros saldos ou classes,
assumindo que n'o e2istem os respectivos controlos internos.
*isco de contro!o, por sua vez, 1 a susceptibilidade de uma distor&'o ocorrer num saldo de conta ou numaclasse de transac&/es e ser materialmente relevante, individualmente ou agregada com distor&/es em outros
saldos ou classes, n'o vir a ser prevenida, detectada e corrigida atempadamente pelo sistema de controlo
interno.
-or 5ltimo, o risco de detec8Eo1 a susceptibilidade dos procedimentos substantivos e2ecutados pelo auditor
n'o virem a detectar uma distor&'o que e2ista num saldo de conta ou classe de transac&/es que possa ser
materialmente relevante, individualmente ou agregada com distor&/es em outros saldos ou classes.De acordo com a +$A !:, o auditor deve identificar e determinar os riscos de detec&'o material ao nvel de
cada DF e ao nvel de cada asser&'o para as classes de transac&/es, saldos de conta e divulga&/es.
(omo estes trs factores constituem o determinante do risco de auditoria, em termos matemticos temos a
seguinte e2press'o
'%T%*(I)A+O 'O *ISCO '% CO)T*OLO P%LO
AU'ITO*ALTA (W'IA #AIYA
'%T%*(I)A+O 'O
*ISCO
I)%*%)T% P%LO
AU'ITO*
ALTA O mais aiNo (ais aiNa (Mdio
(W'IA (ais aiNo (Mdia (ais a!to
#AIYA (Mdio (ais a!to O mais a!to
AJrea somreadarepresenta o *' -'*A 700.
C duas normas de auditoria nos =stados Gnidos que recomendam o uso de um modelo de risco de
planeamento de auditoria multiplicativo, denominado Audit Assurance 8odel )AAL* ou Audit isk 8odel
)A
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Se *I \*C\ D0] -a!tos. \^ *' muito aiNo -6"@" 10]. \^ *A aiNo \ B7]
-elo contrrio, se o
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Art" BD do %O*OC ; Contro!o de ua!idade
!. Os
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+$A 0 Z Os -rocedimentos do Auditor em
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%este conte2to, o Contro!o Internodefine?se como um conunto de normas procedimentos instrumentos
e ac8es usados de :orma sistemJtica pe!as empresas/or@ania8es nos seus sistemas de
processamento de transac8es e sistema contai!5stico ue de6em ser permanentemente austados
para asse@urar3
@arantir o alcance dos objectivos do Mrg'o de @est'o
Assegurar a met;dica e eficiente condu&'o do neg;cio
Assegurar a aderncia 9s polticas estabelecidas pelo Mrg'o de @est'o
@arantir salvaguarda de activos
-reven&'o e detec&'o de fraudes e erros
@arantir a precis'o e plenitude dos registos contabilsticos
Assegurar a prepara&'o tempestiva de informa&'o financeira fidedigna.
O (ontrolo +nterno deve pois garantir a eficincia operacional e permitir a mel8oria dos processos empresariais
e dos seus resultados. Acompan8ando a permanente adapta&'o da empresa 9s mudan&as ocorridas no seumeio ambiente, o (ontrolo +nterno assegura a sua fun&'o.
O#$%CTI&OS 'O CO)T*OLO I)T%*)O
De um modo geral, as empresas, por determina&'o do ;rg'o de gest'o implementam sistemas de (ontrolo
+nterno para alcan&ar os seguintes objectivos
-rotec&'o do patrim;nio, salvaguarda dos activos
(onfian&a e integridade da informa&'o, com o aumento do rigor e da e2actid'o dos dados contabilsticos
e de outras informa&/es de natureza operacional
Apoiar a administra&'o na condu&'o eficiente e ordenada dos neg;cios, assegurando a conformidade
com as polticas, planos, procedimentos, leis, regulamentos e normas estabelecidas e o seu
cumprimento
-romover e avaliar a eficincia operacional de todos os aspectos das actividades empresariais, pela
utiliza&'o econ;mica e eficiente dos recursos
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave :0
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-ermitir a realiza&'o dos objectivos estabelecidos para as opera&/es ou programas
A importncia do Contro!o Internotraduz?se nos seguintes aspectos
uanto maior a empresa, mais comple2a 1 a organiza&'o da sua estrutura administrativa e funcional.-ara o controlo eficiente das transac&/es a administra&'o necessita de informa&/es, relat;rios e
anlises concisas, em tempo 5til e fiveis, que reflictam a situa&'o da empresa
(omo responsvel pela salvaguarda dos activos da empresa, a Administra&'o deve facilitar a cria&'o de
um sistema de (ontrolo +nterno adequado 9s necessidades da sua organiza&'o
Gm $istema de (ontrolo +nterno eficiente 1 a mel8or medida de preven&'o contra fal8as 8umanas
propositadas )de fraude ou irresponsabilidade* e involuntrias. (omo tal deve prever rotinas de
verifica&'o e revis'o que reduzam a possibilidade de erros ou de manipula&/es encobertas,
aumentando assim a fiabilidade das informa&/es recebidas pela Administra&'o.
O $istema de (ontrolo +nterno 1 de grande utilidade para a programa&'o do trabal8o da Auditoria +nterna e da
Auditoria Financeira ou =2terna.
A a6a!ia8Eo do Sistema de Contro!o Interno -SCI.e2istente numa empresa3organiza&'o 1 a base do
trabal8o do Auditor Financeiro, a partir do qual este estae!ece a eNtensEo dos procedimentos de
auditoria a rea!iar e o momento da sua ap!ica8Eo, efectuando recomenda&/es aos responsveis sobre as
deficincias detectadas e sua elimina&'o. $e a avalia&'o confirmar que o $istema 1 adequado 8aver uma
redu&'o no n5mero e na e2tens'o dos testes, por 8aver uma maior confian&a quanto 9 e2actid'o dos registos
contabilsticos e 9 veracidade dos documentos e informa&/es. $e o $istema tiver fraquezas ser preciso
intensificar os testes.
A a6a!ia8Eo do sistema de contro!o interno pe!o auditor tem por :im
+dentificar os pontos fortes e fracos da empresa, para decidir sobre o >mbito da sua actua&'o e
estabelecer o programa de controlo das contas
Determinar se ele 1 suficiente como base para e2primir a sua opini'o sobre as demonstra&/es
financeiras,
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave :!
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$ervir de base como meio de prova da ineficincia ou solidez das opera&/es desenvolvidas e como
guia da quantidade de trabal8o e respectivo detal8e.
A e:icJcia do contro!o interno depende dos se@uintes :actores :undamentais3
1" +mport>ncia que a Administra&'o atribui ao controlo interno
2" Organiza&'o e estrutura da empresa
uanto ao ponto !, o e2erccio da actividade de controlo ser tanto mais compreendido e prosseguido pelas
c8efias e empregados quanto maior for a relev>ncia que os administradores atribuam a essa actividade. =ssa
atitude da Administra&'o traduzir?se? no seguinte
Filosofia de administra&'o e estilo operacional Z ao agir de modo 1tico e 8onesto a Administra&'o
estimula o mesmo comportamento nos seus empregados Ao demonstrar apre&o ou avers'o pelo
controlo, pelo rigor, influencia a atitude dos seus colaboradores
Formas de delega&'o de autoridade Z esta deve ser formalmente estabelecida, bem como as rela&/es
8ierrquicas, a especializa&'o e a cultura e2istentes na empresa, recorrendo 9 formaliza&'o em
manuais, em procedimentos escritos (ontudo, nas pequenas organiza&/es estas realidades s'o
informais dada a pro2imidade do proprietrio das actividades da empresa
Formas de controlo de gest'o Z mantm a Administra&'o informada sobre se as ac&/es ocorreram de
acordo com os planos estabelecidos e refor&am o controlo interno, por que relevam a sua import>ncia
e detectam os erros
Gtiliza&'o da auditoria interna e3ou e2terna Z o recurso aos auditores para verificarem e certificarem os
ciclos, os m1todos, os processos, os sistemas, refor&a a eficincia das polticas e procedimentos
estabelecidos E de referir que uma boa equipa de auditores internos contribui para a redu&'o dos
trabal8os do auditor e2terno
uanto ao ponto #., 1 de referir que nas empresas de menor dimens'o 1 possvel obter um adequado
ambiente de controlo recorrendo a um sistema contabilstico e controlos sobre certas opera&/es e activos de
modo simplificado. " numa m1dia ou grande empresa, pela sua maior comple2idade organizativa, s'o
necessrias formas mais sofisticadas de controlo, nomeadamente uma organiza&'o formal da empresa que
defina uma adequada delega&'o de autoridade baseada nos seguintes elementos
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave :#
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=strutura organizacional Z 8 que definir claramente e atribuir a autoridade adequada aos
responsveis pela gest'o da empresa )direc&/es, c8efias* para efeitos de planeamento, e2ecu&'o e
controlo das transac&/es,
Letodologia de desenvolvimento3aquisi&'o de sistemas Z as polticas e procedimentos s'o e2ercidas
atrav1s de sistemas operacionais e de informa&'o. %as actividades comuns a todas as empresas
)contabilidade, factura&'o, recebimentos, pagamentos...* poder'o ser suficientes os sistemas
adquiridos a terceiros )fornecedores de softhare*. %o caso de actividades especficas da empresa os
sistemas poder'o ser desenvolvidos pela empresa. A escol8a da mel8or op&'o ter de ter em conta a
import>ncia das necessidades em causa, a adequa&'o das solu&/es escol8idas, o volume das
opera&/es, a perspectiva de crescimento das actividades, a rela&'o custo 3 benefcio e os aspectos de
seguran&a dos sistemas
-olticas e prticas de recursos 8umanos adoptadas Z a motiva&'o, a forma&'o e a competncia dos
recursos 8umanos influenciam a eficcia do sistema de controlo interno. =mpregados incompetentes,
mal formados, com fraca e2perincia profissional, insatisfeitos ou desmotivados tendem a desenvolver
trabal8o de menor qualidade e3ou bai2a performance. =mpregados mal intencionados que procuram
fraquezas na organiza&'o tender'o, se l8es for facilitado, a procurar formas de concretizar a fraude.
-or estas raz/es a poltica de recursos 8umanos deve motivar e incentivar positivamente a
participa&'o activa dos empregados.
(ada empresa tm as suas caractersticas pr;prias, por1m, 1 possvel identificar uma estrutura Jsicapara a
implementa&'o de um $(+, comum a todas as empresas, sendo necessrio
A cria8Eo de um or@ani@rama que defina as rela&/es organizacionais e funcionais das diversas
reas da empresa, o que facilita a delimita&'o de fun&/es e actividades em cada uma delas
%!aorar manuais de normas e procedimentos, onde se define claramente um sistema de
autoriza&/es, de aprova&/es, de lin8as de autoridade e o estabelecimento de rotinas e prticas
operacionais
Ter uma estrutura contai!5stica adeuada, com recurso a t1cnicas contabilsticas, or&amentais, de
custos, de acompan8amento e e2ecu&'o fiscal, planos de contas comentados e flu2os contabilsticos
Se!eccionar e :ormar os empre@adosde modo a terem qualifica&/es compatveis com as rotinas e
prticas operacionais a realizar
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave :
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A estrutura do $(+ deve ser determinada e adaptada de modo a assegurar a condu&'o eficaz e a e2ecu&'o
eficiente das actividades operacionais. +sso significa que
%'o pode gerar morosidade e burocracia mas sim obter uma rela&'o custo?benefcio vantajosa, cuja
medida pode ser determinada atrav1s da compara&'o entre os custos decorrentes da
operacionalidade de um sistema de controlo e os custos3perdas resultantes das fal8as que a sua
ausncia pode originar.
C que avaliar a probabilidade de ocorrncia dos erros e determinar se devemos perder tempo a
control?los ou se, pelo contrrio, a pouca probabilidade de ocorrncia nos permite assumir o risco de
n'o controlar.
-ior que a falta de controlo 1 ter um mau controlo pois, acrescenta ao custo do desvio dos erros3fal8as
o custo da e2istncia de um sistema inadequado, sem resultados. Deve ser periodicamente revisto e avaliada a sua eficcia. =sta avalia&'o do sistema de controlo
interno tanto pode ser realizada por auditores internos como auditores e2ternos.
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Os registos contabilsticos dos activos s'o periodicamente comparados com esses mesmos activos,
sendo tomadas ac&/es apropriadas sempre que se encontrem quaisquer diferen&as.
De um modo geral o controlo contabilsticotraduz?se em
Segregao de funes Z independncia entre fun&/es de e2ecu&'o, contabiliza&'o e de direc&'o
dos activos patrimoniais.
Sistema de autori!ao Z m1todo de aprova&/es para controlo das opera&/es de acordo com as
responsabilidades e os riscos envolvidos.
Sistema de registo Z de classifica&'o de dados de acordo com uma estrutura formal de contas.
=ste controlo 1 o primeiro a merecer as aten&/es dos auditores interno e e2terno.
Controlo Interno Administrati"oZ engloba o plano de organiza&'o e os procedimentos e registos que se
relacionam com os processos de decis'o e que conduzem 9 autoriza&'o das transac&/es pelo Mrg'o de
@est'o. A referida autoriza&'o do Mrg'o de @est'o est associada 9 capacidade de alcan&ar os objectivos
da organiza&'o e 1 o ponto de partida para o (ontrolo +nterno (ontabilstico sobre as transac&/es
-ara e2istir controlo administrati"o 1 necessrio
-essoal qualificado
%ormas para cumprimento dos deveres e fun&/es
P*I)CPIOS FU)'A(%)TAIS '% CO)T*OLO I)T%*)O
O $istema de (ontrolo +nterno deve seguir um conjunto de princpios bsicos e medidas de forma a estar
alin8ado com os objectivos do Mrg'o de @est'o
1. 'e:ini8Eo de autoridade e de!e@a8Eo de responsai!idades3
A autoridade deve ser delegada de acordo com a orienta&'o do ;rg'o de gest'o. uando n'o e2iste
uma clara delega&'o de autoridade, o (ontrolo 1 ineficiente
As transac&/es devem ser realizadas mediante autoriza&'o directa da Administra&'o3@erncia ou de
Direc&'o a quem aquela ten8a delegado esse poder. E o ;rg'o de gest'o que define as condi&/es em
que se e2ecutam as transac&/es
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave ::
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Auditoria Financeira
As instru&/es devem ser feitas por escrito As empresas devem ter manuais de normas, procedimentos,
instru&/es operacionais ou outros para evitar os erros de e2ecu&'o e garantir a qualidade dos
processos
2. Se@re@a8Eo separa8Eo ou di6isEo de :un8es3
A e2ecu&'o das transac&/es )fun&'o operacional* deve estar separada dos respectivos
registos contabilsticos )fun&'o contabilstica*, isto 1, um empregado n'o deve ter ao mesmo tempo o
controlo fsico das transac&/es e3ou dos activos e o seu registo. A segrega&'o de fun&/es deve fazer?
se n'o s; entre $ec&/es como entre empregados da mesma $ec&'o. Lesmo em empresas com
sistemas informatizados, em que a introdu&'o dos dados nos sistemas operacionais e de informa&'o
1 feita pelo departamento que realiza as transac&/es, o controlo do registo contabilstico 1 da
responsabilidade da rea de (ontabilidade
%en8um empregado da empresa deve ter sob o seu controlo todo o ciclo de uma
opera&'o3transac&'o comercial. As opera&/es devem ser organizadas de modo a que pelo menos
duas ou mais pessoas ou reas participem das transac&/es, de forma a que o trabal8o de um seja a
prova do trabal8o do outro, o que permite aumentar a eficincia das opera&/es e localizar rapidamente
os erros )intencionais ou involuntrios*
Deve 8aver rota&'o entre empregados na e2ecu&'o de determinadas tarefas, para reduzir a
possibilidade de ocorrncia de fraudes, aumentar o estmulo de inova&'o e de aplica&'o de novos
m1todos e processos, aumentar a qualifica&'o t1cnica e profissional dos empregados, eliminar a
dependncia de Uespecialistas que reservam o saber todo para si
odos os empregados devem ausentar?se das suas fun&/es nos perodos de f1rias
determinados al1m de tal ser necessrio para reposi&'o de energias e evitar que mais tarde em casode sada da empresa o trabal8ador e2ija as f1rias n'o gozadas, a sada para f1rias torna mais difcil o
encobrimento de erros e fraudes porventura cometidos por esse empregado
. O contro!o das opera8es3
A sequncia Autori!a$o:A"rova$o:5xecu$o:egisto:Cust;dia deve ser respeitada por e2emplo
numa opera&'o de &enda a CrMditotemos
? Autoriza&'o Mrg'o de @est'o
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? Aprova&'o da venda Dir.AdministrativoFinanceiro3 Dir.(omercial
? =2ecu&'o da venda $ec&/es de Factura&'o e =2pedi&'o
?
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. Os meios e!ectrHnicos/in:ormJticos de re@isto automJtico das transac8es -a conser6a8Eo da
in:orma8Eo.
Devem ser privilegiados uma vez que permitem a realiza&'o e registo simult>neo de vrias
opera&/es e aumentam consideravelmente a eficincia do controlo das mesmas.
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Auditoria Financeira
A uti!ia8Eo da in:ormJticaZ a sua crescente utiliza&'o, com a eventual possibilidade de acesso a
fic8eiros informticos de programas e de bases de dados, constitui importante factor a ter em
considera&'o aquando da implementa&'o do $(+.
A dimensEo da empresa e o seu nZmero de empre@ados Z A implementa&'o de um $(+ 1 mais difcil
numa empresa pequena, com reduzido n5mero de pessoal, pois a a segrega&'o de fun&/es ser mais
difcil de assegurar.
A competGncia dos :uncionJriose o seu grau de fal8a depende tamb1m da n'o compreens'o das
instru&/es e da prtica de erros de aprecia&'o e julgamento.
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O manual de descri&'o de fun&/es
Os manuais de polticas e procedimentos contabilsticos e das medidas de controlo interno
Outras informa&/es )instru&/es de servi&o, memorandos internos...* que definam aspectos do controlo
administrativo e contabilsticoFrequentemente, estes documentos n'o e2istem ou est'o desactualizados, n'o passando muitas vezes de
instru&/es verbais, pelo que o Auditor ter sempre que complementar a leitura da documenta&'o e2istente com
entrevistas aos responsveis das sec&/es e, eventualmente, aos e2ecutantes das tarefas e tamb1m com a
observa&'o da e2ecu&'o das tarefas e do tratamento da documenta&'o respectiva.
O auditor para ficar com prova deste trabal8o tem ao seu dispor quatro formas documentais para registar os
$istemas (ontabilstico e de (ontrolo +nterno
a. uestionJrios padroniados #c$ec%&list.Z incidem sobre um conjunto de procedimentos contabilsticos
e de medidas de controlo interno, que se pretende saber se est'o em efectividade na
empresa3organiza&'o. -odem ser questionrios de >mbito geral ou especficos para cada uma das reas
operacionais.
. )arrati6as Z descri&'o detal8ada dos procedimentos contabilsticos e das medidas de controlo interno
e2istentes em cada uma das reas operacionais da empresa. em vantagens em rela&'o ao check
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-ara defesa do parecer em ribunal, quando necessrio
Aumentar o prestgio e dignifica&'o da profiss'o.
A Pro6a de Auditoria1 toda a informa&'o usada pelo auditor para c8egar 9s conclus/es em que se baseia a opini'o
de auditoria, ou seja, 1 o conjunto de evidncias que suportam a opini'o do auditor, a emitir no relat;rio de auditoria.
A Pro6a de Auditoria inclui a informa&'o contida nos registos contabilsticos e outra informa&'o e demais informa&'o
obtida nos procedimentos de auditoria e2ecutados durante o decurso da auditoria. Adicionalmente, integra a informa&'o
obtida junto de outras fontes, tais como auditorias3auditores anteriores. Deste modo, a prova de auditoria 1 natureza
cumulativa. -or1m, n'o se espera que os auditores tratem toda a informa&'o que possa e2istir, devendo ponderar o
custo de obten&'o da prova de auditoria, o seu significado e relev>ncia. %'o obstante, o auditor deve obter prova de
auditoria apropriada )qualidade e relev>ncia* e su:iciente)quantidade*.
As asser8es/a:irma8es s'o as informa&/es transmitidas pelos gestores, de maneira e2plcita ou n'o. =stas
informa&/es est'o incorporadas nas DF.
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(ensura8EoZ uma transac&'o ou um acontecimento 1 registado pela devida quantia e o r1dito ou
gasto 1 imputado ao perodo devido e
Apresenta8Eo e di6u!@a8EoZ um elemento 1 divulgado, classificado e descrito de acordo com a
estrutura conceptual de relato financeiro aplicvel.
ASS%*+,%S USA'AS P%LO AU'ITO* -ISA
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A fiabilidade da prova de auditoria 1 influenciada pelasua :onte)internaou eNternaem rela&'o 9 empresa* e pela sua
naturea)6isua! documenta! ou ora!*, tal como se apresenta na seguinte figura
-ara obter a pro6a de auditoria1 necessrio realizar vrios procedimentos de auditoria, de forma combinada ou
n'o. Assim, podemos definir procedimentos de auditoria como os m1todos e t1cnicas usados pelo auditor na
realiza&'o do seu e2ame.
Os procedimentos de auditoria visam oter as pro6as necessJrias para a emiss'o do parecer e podem 6ariar de
traa!o para traa!o de forma a se ajustarem 9s circunst>ncias especficas de cada caso. Deste modo, a
pro:undidadeda aplica&'o dos procedimentos depende n'o s; da :orma como estJ imp!ementado o Sistema de
Contro!o Interno, como tamb1m da sua :unciona!idade e e:icJcia"
Os procedimentos a utilizar numa auditoria depender'o do u!@amento que o auditorfaz do trabal8o a desenvolvere
da sua eNperiGncia
Os Procedimentos de Auditoria di6idem;se em3
=%*AIS3 tm aplica&'o em vrias fases da e2ecu&'o do e2ame
%SP%CFICOS3s'o usados em situa&/es muito concretas no decorrer das vrias reas da auditoria.
Procedimentos =erais de Auditoria
AICPA
-"_ )orma de Auditoria.
IFAC
-ISA
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+nspec&'o
Observa&'o
+ndaga&'o
(onfirma&'o
+nspec&'o )
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E um dos procedimentos mais importantesque o auditor realiza para obter provas necessrias 9 emiss'o do
seu parecer
A Con:irma8Eo %Nterna1 o processo de obter e avaliar a prova de auditoria atrav1s de uma comunica&'o escrita,
recebida directamente de um terceiro, em resposta a um pedido de informa&'o acerca de um item que afecta as
asser&/es DF )+$A :0:*
uando decide usar as confirma&/es e2ternas, o auditor deve considerar as caractersticas do ambiente em queopera a entidade auditada e a prtica dos potenciais respondentes ao tratar pedidos para confirma&'o directa.
Ao !on@o da Auditoria o auditor pode oter dois tipos de pro6a3
I)T%*)AZ obtidas na empresa e geradas por ela )v.g. facturas, letras, guias remessa*
%YT%*)AZ obtidas de terceiros relacionados com a auditoria )v.g. certid/es, circulariza&'o*
As C%*TI',%Ss'o geralmente obtidas nas (onservat;rias e outros organismos p5blicos atrav1s de requerimentos,
tais como
? Conser6atHria do *e@isto Comercia! (onfirma&'o do capital e seus detentores
? Conser6atHria do *e@isto Predia! (onfirma&'o da propriedade de bens im;veis
? Conser6atHria do *e@isto AutomH6e! (onfirma&'o da propriedade de veculos
? Centros *e@ionais da Se@uran8a Socia! (onfirma&'o de dvidas 9 $$
? *eparti8es de Finan8as (onfirma&'o de dvidas ao =stado
As CI*CULA*IA+,%S s'o pedidos de con:irma8Eo de sa!dos e in:orma8es , realizados por escritoe enviados a
terceiros tais como3 Sancos, (lientes e outros devedores Fornecedores e outros credores Jocadoras $eguradoras
Advogadose Detentores de capital.
As CI*CULA*%S podem ser feitas
? =m pape! de carta da empresa Z A circular deve referir que a resposta deve ser enviada para o escrit;rio do auditor
? =m pape! de carta do prHprio auditor ZA circular dever incluir um espa&o para a empresa autorizar que as
informa&/es sejam prestadas directamente ao auditor.
? De:orma positi6a $olicita?se 9 entidade circularizada que responda 9 carta que l8e 1 enviada confirmando, ou n'o
a informa&'o nela contida. A circu!aria8Eo positi6aproporciona mais @arantiasdo que a circu!aria8Eo ne@ati6a
? De :orma ne@ati6aZ a entidade circularizada s; 1 solicitada a responder no caso de n'o concordar com a respectiva
informa&'o.
Os conteZdos das (irculares s'o da autoria e responsai!idade do auditor
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e. CVLCULO
O (lculo consiste naverifica&'o da eNactidEo dos cJ!cu!os aritmMticosefectuados pela empresa, assim como da
adeua8Eo das asesem que os mesmos foram efectuados.
:. *%%Y%CU+O
al como o pr;prio nome indica, este procedimento consiste na eNecu8Eo independente de procedimentos ou
contro!osdo auditor que foram originariamente e2ecutados como parte do controlo interno da entidade.
@. P*OC%'I(%)TOS A)ALTICOS
Anlise de rJcios e de tendGncias si@ni:icati6as , incluindo a investiga&'o resultante de :!utua8es e
re!a8es ue seam inconsistentes com outras informa&/es relevantes, ou que se des6iem das quantias
previstas
=stes procedimentos referem?se a todo o tipo de compara8esque possam ser realizadas com base nas
in:orma8es contai!5stico;:inanceiras e de @estEo
%Nemp!os3
?alores reais relativos a perodos 8om;logos
? alores reais vs alores or&amentados
? alores reais vs alores empresas similares )sector*
" anteriormente referimos, que o auditor deve obter provas suficientes de auditoria, de forma construir uma base
razovel para a emiss'o do seu parecer sobre as DF. -or1m, as auditorias n'o abarcam, em princpio, todas as
transac&/es efectuadas durante um e2erccio. Alis o !7 das %
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Ambas as t1cnicas de amostragem s'o desenvolvidas com base no julgamento profissional do auditor e tm como
pressuposto a representatividade da amostra, permitindo tirar conclus/es de auditoria sobre a popula&'o.
%a Amostra@em nEo %stat5stica o taman8o da amostra, a selec&'o dos elementos que a integram e a avalia&'o dos
resultados fazem?se com base num critMrio suecti6o baseado na aprecia&'o, juzo, capacidade, e2perincia
profissional e crit1rio pr;prios do auditor.
=sta t1cnica de amostragem 1 muito fcil de aplicar e mais prtica, por isso, 1 mais utilizada do que a amostragem
estatstica.
%a Amostra@em estat5stica o taman8o da amostra, a selec&'o dos elementos que a integram e a avalia&'o dos
resultados fazem?se com mMtodos matemJticos aseados no cJ!cu!o das proai!idades"
A amostragem estatstica apresenta as seguintes 6anta@ens
-ermite calcular a precis'o e risco de trabal8ar com base numa amostra
-ermite optimizar a dimens'o da amostra em fun&'o do risco. %este sentido, o auditor evita
Z Amostras desnecessariamente grandes
Z Amostras de dimens'o insuficiente.
-ermite formular opini/es objectivas sobre a popula&'o com base na amostra
Os resultados da amostra podem ser projectados para a popula&'o com base na amostra
Facilita a avalia&'o dos resultados da amostra
-ermite uma mel8orar a documenta&'o suporte
O Auditor gan8a tempo eliminando testes de controlo que n'o ten8am influncia nos testes substantivos
Lede a suficincia da mat1ria de prova
O trabal8o gan8a objectividade e credibilidade, sendo a sua opini'o mais defensvel
odavia, tamb1m possui as seguintes des6anta@ens
O custo de +mplementa&'o pode e2ceder os benefcios
A aplica&'o dos m1todos estatsticos depende dos objectivos definidos e do julgamento do auditor.
A(OST*A=%( )O %STATSTICA
=m termos gen1ricos, as t1cnicas de amostragem n'o estatstica contemplam os seguintes passos
!.T Determinar o taman8o da amostra
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave 76
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#.T $eleccionar a amostra
.T Aplicar procedimentos de auditoria apropriados aos itens seleccionados
I.T Avaliar os resultados da amostra.
1" A(OST*A=%( PO* I)T%*&ALOS -SIST%(VTICA OU S%U%)CIAL.
- Aplica?se nas popula&/es em que os elementos est'o ordenados de forma consecutiva
- -ermite a realiza&'o de testes de controlo.
Passos a se@uir3
!.TDeterminar a popula&'o )%*
#.T Determinar o taman8o da amostra )n*
.T $eleccionar o item de come&o
I.T Determinar os itens da amostra adicionando o intervalo ao item de come&o e assim sucessivamente.
%Nemp!o3
O n.T de facturas emitidas no ano ] foi de !.000, numeradas de ! a !.000, e pretende?se seleccionar uma amostra de
#00 para a realiza&'o do teste.
*eso!u8Eo3
i !.000 3 #00 : )i.e., seleccionar ! factura de : em :*
$e a !.R factura seleccionada )obrigatoriamente entre ! e i* for a I.R
A #.R factura a seleccionar ser a 4.R I.R i I.R :
A .R factura a seleccionar ser a !I.R )4.R i* ...
A 5ltima ser a 444.R )!.R seleccionada )n?!* k i* I )#00 Z !*k:
2" A(OST*A=%( PO* #LOCOS
- (onsiste em seleccionar uma ou mais partes da popula&'o ? bloco)s* ? efectuando?se de seguida os
testes de auditoria a todas as partes seleccionadas
- -ermite a realiza&'o de testes de controlo
- (ada Sloco deve ser seuencia!e representati6o do uni6erso"
%Nemp!o3
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave 74
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%o e2emplo anterior 1 de admitir que as facturas contabilizadas durante o ano ] tm valores grandes, m1dios e
pequenos. Assim, cada bloco dever incluir facturas com valores grandes, m1dios e pequenos.
*eso!u8Eo3
=2.T $eleccionar I blocos de :0 facturas3cada sequenciais e representativas, como por e2emplo
)" do #!oco )Zmero das :acturas
!.T #: a PI
#.T #64 a 6
.T 770 a P04
I.T 404 a 4:6
Outra 8ip;tese para seleccionar blocos 1 considerar um perodo de tempo e testar as facturas emitidas nesse perodo.
" A(OST*A=%( PO* )[(%*OS AL%ATR*IOS
- A amostra 1 seleccionada, aleatoriamente, atrav1s de um computador ou de uma tae!a de
nZmeros a!eatHrios
- (ada unidade da amostra tem 8ip;tese de ser seleccionada.
7" A(OST*A=%( SO#*% &ALO*%S %ST*ATIFICA'OS
- (onsiste em seleccionar todas as partes de uma popula&'o a partir de um determinado 6a!or m5nimo )v.g.
seleccionar todos os saldos de clientes superiores a :.000 V*
- -ermite a anlise dos saldos mais significativos
- -ermite a realiza&'o de procedimentos substantivos )v.g. confirma&'o de saldos de erceiros e na valorimetria das
=2istncias*.
A(OST*A=%( %STATSTICA
1" A(OST*A=%( SO#*% &ALO*%S ACU(ULA'OS
- $elecciona, de forma sistemticaos 6a!oresde uma popula&'o e n'o os n5meros dos documentos
- -ermite a realiza&'o de testes de controlo e substantivos )v.g. este 9s endas*
- @arante uma maior margem de seguran&a
- (oncilia aspectos prticos e estatsticos.
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave P0
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%sta tMcnica considera os se@uintes dois aspectos3
a. Limite de PrecisEo (onetJria-LP(.
? alor acima do qual um erro encontrado 1 materialmente relevante
? Aspecto muito importante
? -ressuposto 1 aceitvel uma margem de erro de : do
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O J-L( 1 de 600 V.
%5mero escol8ido aleatoriamente #0.
*eso!u8Eo
&a!or das Facturas :! V, :P V, 647 V, !I7 V
!T Documento Z #0 :! 0! )estar*
0! Z 600 ? I44
#T Documento ? I44 :P PI )estar*
PI Z 600 ? P#7
T Documento ? P#7 647 !P0 )estar*
!P0 Z 600 ? 70
IT Documento ? 70 !I7 ? I6I )%'o estar*
2" A(OST*A=%( %STATSTICA )U(W*ICA
- (ombina a amostragem n'o estatstica por intervalos com a amostragem estatstica sobre valores
acumulados
- Determina o intervalo numa base estatstica
? -ermite a realiza&'o de testes de controlo e substantivos )v.g. este 9s endas*.
Passos a se@uir3
!.T Determinar a popula&'o em quantidade )n*
#.T Determinar a popula&'o em valor )m*
.T Determinar o J-L
I.T Obter a (lassifica&'o do (ontrolo +nterno )(+*
:.T (alcular o intervalo de selec&'o )i* nk)J-L 3 m* 3 (+
7.T =scol8er um n.T aleat;rio entre ! e i )!.R Factura seleccionada*
P.T Adicionar o nT aleat;rio ao intervalo e assim sucessivamente.
%Nemp!o3
O auditor pretende efectuar o teste de controlo 9s vendas, tendo classificado o (+ da =mpresa AS(, Jda, como sendo
SOL. O auditor determinou o J-L com base na margem bruta, que perfaz !I.000 V. O n5mero de facturas emitidas
durante o ano % foi de !0.6!P )numeradas sequencialmente a partir do n.T !* e totalizando I.6:! V.
Instituto Politcnico do Cvado e do Ave P#
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*eso!u8Eo3
LP( !I.000 k : P00
i nk)J-L 3 m* 3 (+ !0!6Pk)P00 3 I.6:!* 3 ! 20ncia difira da forma
- ransac&/es processadas de forma n'o usual
- ransac&/es de valores significativos ou em grande volume com clientes e fornecedores quando
comparados com outros e
- ransac&/es n'o registadas.
uando se depara com partes re!acionadas o auditor de6e eNecutar os se@uintes procedimentos de auditoria3
)a*
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Auditoria Financeira
? -re&os de transferncia
? Sranqueamento de capitais
? Facturas falsas e
? ransac&/es com entidades cuja sede esteja localizada em parasos fiscais )9off
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%Nemp!os de outros indicadores ue possam suscitar dZ6idas acerca do Princ5pio da Continuidade3
< +ncumprimento de requisitos relacionados com o capital ou outras e2igncias estatutrias
? -rocessos judiciais pendentes contra a empresa, cujas senten&as podem n'o ser cumpridas
? Altera&/es na legisla&'o ou na poltica governamental
? =2istncia de salrios, subsdios e outras retribui&/es em atraso
? Dvidas em mora ao =stado e 9 $eguran&a $ocial.
*%LATR*IO '% AU'ITO*IA *%LATI&A(%)T% CO)TI)UI'A'%3
a.$e oprinc5pio da continuidade :or apropriado o auditor n'o faz qualquer referncia no seu relat;rio
.$e oPrinc5pio da Continuidade :or apropriado mas eNistir uma incertea materia! o auditor deve verificar se a
mesma est adequadamente divulgada nas DF. =m caso afirmativo, o auditor emitir uma opini'o sem reservas mas
com uma nfase. (ontrariamente, se a divulga&'o nas DF for inadequada, o auditor deve emitir uma opini'o com
reservas por desacordo ou uma opini'o adversa.
c. $e o Princ5pio da Continuidade :or inapropriado, o auditor deve e2pressar uma opini'o adversa,
independentemente da divulga&'o do Mrg'o de @est'o.
d. $e oPrinc5pio da Continuidade nEo :or apreciado pelo Mrg'o de @est'ouando so!icitado o auditor deve
e2pressar um relat;rio com reservas por limita&'o de >mbito.
B"2" A 'OCU(%)TA+O 'A P*O&A )+$A #0 Z Documenta&'o e D
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A :orma conteZdo e eNtensEo da documenta8Eo de auditoria depende3
[ Da natureza dos procedimentos de auditoria
[ Dos riscos identificados
[ Da import>ncia da prova de auditoria obtida
[ Da natureza e e2tens'o de situa&/es anormais identificadas
[ Da metodologia de auditoria e das ferramentas usadas.
A 'OCU(%)TA+O '% T*A#ALQO 'I&I'%;S% %(3
'ossier permanente =ngloba todas as informa&/es que o auditor considera importantes e que ten8am de ser
consultadas ao longo das auditorias presentes e futuras
'ossier corrente =ngloba toda a documenta&'o relativa a cada auditoria especfica. =ste dossier 1 composto por
dois grandes grupos os programas de trabal8o e os mapas de trabal8o.
O 'ossier permanentedeve ser permanente actualizado, devendo as informa&/es ser arquivadas de forma sequencial
e sistemtica. -or1m, as informa&/es a arquivar variam em fun&'o da dimens'o e actividade da empresa.
O 'ossier permanente inc!ui entre outros os se@uintes e!ementos3
? +nforma&/es sobre a institui&'o )v.g. escritura de constitui&'o e altera&/es ao pacto social, registo comercial, actas,
recortes de imprensa*
? Jegisla&'o aplicvel 9 empresa )v.g. sector, laboral*
? (ontratos e documentos importantes )v.g. contratos de leasing, acordos com credores ? Finan&as, $eguran&a $ocial,
Outros, ap;lices de seguros, registos de propriedade*
-
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Dada a sua particularidade, deve e2istir um programa de trabal8o para cada rea a e2aminar.
Os(apas de traa!o s'o osdocumentos onde o auditor dei2a ficar a prova dos testes ou procedimentos efectuados
e das conclus/es atingidas.
%'o 8 procedimentos uniformes para a prepara&'o dos Lapas de rabal8o. %o entanto, estes devem ser inde2ados
de acordo com um sistema !H@ico que permita a cada um dos t1cnicos !oca!iar de :orma rJpida a in:orma8Eo"
%'o e2iste um 5nico crit1rio de inde2a&'o, de uma forma geral, todos os sistemas de inde2a&'o apoiam?se em letras,
n5meros ou simultaneamente em ambos
A$USTA(%)TOS % *%CLASSIFICA+,%S
Sa!dos auditadosZ ncia e aplica&'o indevida de polticas contabilsticas*.
Oerro 1 umadistor&'o n'o intencional nas DF, incluindo a omiss'o de uma quantia ou de uma divulga&'o )e2emplos
enganos aritm1ticos ou de escritura&'o nos registos subjacentes e nos dados contabilsticos descuido ou interpreta&'o
indevida de factos e aplica&'o indevida de polticas contabilsticas*.
Aresponsabilidade pela preven&'o e detec&'o de fraudes e erros cabe ao Mrg'o de @est'o, por isso, o auditor n'o 1,
nem pode ser responsabilizado pela preven&'o de fraudes e erros.Instituto Politcnico do Cvado e do Ave 6I
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O risco do auditor n'o detectar uma distor&'o materialmente relevante, resultante de uma fraude, 1 maior que o risco de
n'o detectar uma distor&'o materialmente relevante, resultante de um erro.
$e o auditor se encontrar perante uma situa&'o que indicia a e2istncia de erros ou fraudes deve e2ecutar
procedimentos adicionais, ou modificar os previstos. Al1m disso, deve comunicar ao Mrg'o de @est'o as suspeitas de
fraude.
%o caso de fraude o auditor pode ter que emitir um relat;rio de auditoria modificado e, em situa&/es e2tremas, pode
cessar o seu compromisso.
Factores de risco de ocorrerem erros ou :raudes
1" +nstabilidade Financeira
2" =2cessiva press'o sobre o Mrg'o de @est'o e outros colaboradores
" -or&/es significativas da sua remunera&'o
7" $ignificativas transac&/es com partes relacionadas
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+$A :60 Z Declara&/es da @erncia
+$A 700 Z Gsar o rabal8o de Outro Auditor
+$A 7!0 Z (onsiderar o rabal8o de Auditoria +nterna
+$A 7#0 Z Gsar o rabal8o de Gm -erito
D