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(S)em foco

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Projeto de catálogo de fotografias que utilizem os recursos de foco e desfoque como linguagem artística.

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O estudo dos elementos da linguagem fotográfica interessa não só pela capacidade narrativa desses elementos, como também pelo seu conteúdo dramático. Um trabalho fotográfico possui vida própria. A ação de fotografar é, além de "captar imagens", um reg-istro da opinião sobre as coisas, sobre o mundo, de cada fotógrafo e sua abordagem sobre qualquer tema o define e o expressa.Há aqueles que só aplicam a técnica fotográfica e outros que a utilizam como meio, extrapolando o seu bidimensionalismo, expandindo-se no tridimensional de informação e da expressão. Podemos enfatizar melhor um elemento da fotografia sobre os demais, selecionando-o como ponto de maior nitidez dentro do quadro. A escolha depende do autor mas a força da mensagem deve muito ao foco. É ele que vai ressaltar um certo objeto em detrimento dos outros constantes no enquadramento. A peque-na falta de foco de todos os elementos que compõem a imagem pode servir para a suavização dos traços, o contrário acontece quando há total nitidez, que demonstra a rudeza ou brutalidade da realidade. A busca deste projeto é quanto a existência de uma linguagem própria do desfoque da imagem, elemento outrora interpretado como ruído imagético, mas que é utilizado por alguns fotógrafos como elemento significante na imagem. Se observarmos historicamente saberemos que não foram um ou dois homens que inventaram a fotografia e sim ela que surgiu de uma necessidade, no início do século XIX, de se documentar e eternizar certos homens e certas situações de uma classe social. Ao passar dos anos as câmaras e materiais foram dando possibilidade da foto ir mais longe e falar sobre outras coisas. A imagem fixa foi usada como um fim durante um bom tempo. Mas assim que se descobriu que atrás daqueles rostos dos primeiros retratos havia um certo mistério, um querer dizer, foto tomou o seu verda-deiro rumo. Percebeu-se a sua força como uma linguagem universal e atemporal. Muitas pessoas relacionam o fazer boas fotos ao domínio de uma técnica e equipamento. A com-preensão torna-se mais fácil, porém, quando percebe-se, além deste lado objetivo, seu lado subjetivo e a inter-relação dos dois. O primeiro não é de domínio difícil, já o segundo, depende da cabeça, da vivên-cia, da sensibilidade e o terceiro da criatividade. Está nesta terceira hipótese todo o entendimento dessa linguagem. Quando se percebe que a foto é o que significa, passa-se a colocar toda a técnica a serviço da subjetividade. As páginas a seguir tratam-se do resultado de minha busca por algumas destas respostas a partir da linguagem de três grandes fotógrafos, e que tarefa difícil selecionar apenas algumas fotografias! Espero que divirtam-se e viagem nestas imagens assim como eu o faço cada vez que me deparo com cada uma delas!

Tabata Franco.

Apresentação do Catálogo

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Olívio BarbieriNapoli

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Claudio EdingerRio de Janeiro

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Alejandro ChaskielbergThe High Tide - La Creciente

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Claudio EdingerNordeste

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Alejandro ChaskielbergNocturama

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Claudio EdingerBahia

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Alejandro ChaskielbergNocturama

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Olívio BarbieriBrescia

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Claudio EdingerAmazon

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Claudio EdingerAmazon

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Olívio BarbieriSorrento

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Alejandro ChaskielbergThe High Tide - La Creciente

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(S)Os Artistas

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Alejandro Chaskielberg

Graduado pelo Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovis-uales, INCAA, da Argentina, Alejandro Chaskielberg começou a trabahar ainda jovem na imprensa local de Buenos Aires, cujo ensaio “Argentina Crisis” , de 2001, já alcançou destaque pelo tratamento diferenciado dado a imagens jornalísticas. Premiado em 2008 pela National Geographic Society por seu ensaio sobre o delta do Rio Paraná, foi agraciado também em 2009, com a bolsa Emerging Photographer Grant da revista Burn, cujo curador é o fotógrafo David Alan Harvey. É considerado pela prestigiosa revista novaiorquina PDN (Photo District News) como um dos 30 melhores fotógrafos emergentes da atualidade.

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Claudio Edinger

O carioca Claudio Edinger é autor de treze livros fotográficos, muitos deles premiados internacionalmente. Trabalhou para as maiores revistas do mundo como Vanity Fair, Time, Newsweek, The New York Times Magazine e Fortune. Expôs seu trabalho em galerias e museus nos Estados Unidos, Europa, Asia e America Latina. Premiado com o Ernest Haas Award de 1990, ganhou por duas vezes o prêmio Leica Medal Excellence pelos livros Chelsea Hotel (1983) e Venice Beach (1985), ambos publicados nos Esta-dos Unidos, bem como o Prêmio Porto Seguro por seu trabalho sobre São Paulo. Foi também professor do International Center of Photography (ICP) e da Parson’s School of Design, ambos de Nova York, cidade onde viveu entre 1976 e 1996.

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Olívio Barbieri

Olívio Barbieri é um artista italiano nascido em 1954 que tra-balha com o espaço urbano. Vivendo e trabalhando em Milão, ele usa a técnica do tilt-shit, onde o foco é selecionado pelo fotógrafo na parte que ele deseja da imagem. Assim, ele reconstrói a pais-agem urbana de diferentes cidades do mundo. A impressão que temos é que as ruas, carros e pessoas se transformam em min-iaturas, tornando-se uma cidade recriada. Já exibiu suas obras na Bienal de Veneza, nas edições de 1993, 1995 e 1997, e em galerias da Europa, dos Estados Unidos e da China. O Museum Folkwang, de Essen, na Alemanha, fez em 1996 um agrande retrospectiva de seu trabalho, selecionado suas obras de vários museus do mundo. Entre os seus importantes livros estão “Notsofareast” (Rome, 2002), “Virtual Truths” (Milan, 2001) e “Artificial Illuminations” (1998).

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