MINHA SÉRIE...Quem aí não se lembra do pri-meiro episódio da aclamada (eestupenda) série The WalkingDead, então realmente não é fãda produção. Como, por outrolado, acredito que todos — esão muitos, milhões (bilhão?)pelo mundo — ainda guardamna memória aquele início, láde 2010, não é novidade quenunca houve, de fato, uma ex-plicação real para o que aconte-ceu na Terra mostrando comotudo ficou daquela forma.Num dia, o policial Rick Gri-mes (Andrew Lincoln) vivia fe-liz com sua família até levarum tiro e ficar em coma. Quan-do ele acorda, um bom tempodepois, o mundo que ele co-nhecia não existe mais, estan-do completamente infestadode zumbis.

Este período que o protago-nista ficou apagado, para nós,espectadores, é um buraco ne-gro. Há diversos relatos de per-sonagens, claro, sobre a época,explicando, com palavras (ourápidos flashbacks) algumas si-tuações. Mas a verdade é quenunca vimos aqueles tempossombrios e como foram suastransformações.

Bom, eis que este dia final-mente chegou. A partir de ho-je, às 22h, quando o canal AMClevar ao ar o primeiro episódiodo aguardado spin-off Fear TheWalking Dead, embarcaremosem um novo universo, o início

do apocalipse zumbi que Ricke sua turma enfrentam atual-mente. Aliás, difícil acreditarque demorou tanto tempo pa-ra nascer uma produção queexploraria esse período. Afinal,para entender o que o futuroaguarda, ou mesmo o presenteque vivemos, só mesmo voltan-do os olhos para o passado.

Só que estamos falando deThe Walking Dead, série que, acada nova temporada, bate re-cordes de audiência, tendo seconsagrado como a mais vistano Brasil na TV paga, no anopassado, e brigando pelo mes-mo título nos EUA (a 6ª tempo-rada estreia em outubro). Ouseja, a cobrança em cima deFear The Walking Dead será pe-sada. “Pois é, é uma base de fãsrealmente gigantesca”, diz KimDickens (House of Cards), quevive a protagonista MadisonClark na série. “Mas ainda nãoassumimos a ideia de que va-mos atrair exatamente a mes-ma base de fãs. A gente esperaagradá-los com nosso trabalhoe receber em troca o apoio de-les, mas em nenhum momen-to pensamos que esse é o obje-tivo maior, que fazemos issoapenas para eles, entende?”,completa a atriz

Por outro lado, ela confessaque o fato da série estar ligadaem algo tão bem-sucedido aju-dou na hora de aceitar o traba-lho. “É emocionante ser convi-dada para uma série com fãstão leais, e é ainda mais exci-tante poder contar para elesnovas histórias saídas debaixode uma mesma tenda tão ado-rada.”

Assim como The WalkingDead, FTWD vai tratar maisdas relações dos vivos emmeio aquele cenário de terrordo que os zumbis em si. Mashá, entretanto, diversas dife-renças entre as produções. SeRick sabe que sua única fun-ção no mundo é tentar sobrevi-ver — e consequentemente terao seu lado o máximo de vivos(confiáveis) possível —, Madi-son (Dickens) e companhiaprecisam entender o que estáacontecendo, o que quer di-zer, na verdade, esta nova reali-

dade e como confrontá-la.“Eu sinto que os criadores

estão levando este show a umoutro nível de terror, afinal, opúblico está ficando cada vezmais sofisticado conforme ascoisas vão ficando mais seg-mentadas”, acredita Cliff Cur-tis, que vive o outro protagonis-

ta do spin-off como Travis Ma-nawa. “É tipo, você começa ater gêneros se misturando e,para isso, as situações preci-sam ficar mais reais, mais im-pressionantes. Claro que há oextremo, como misturar zum-bis com vampiros e lobiso-mens. Mas há a mistura sutil

também, como incluir dramasautênticos de famílias huma-nas ao terror que o mundo po-de oferecer. E é isso o que elesfizeram”, afirma.

Madison e Travis são noi-vos em FTWD. Ela é tutora deuma escola do Ensino Médio emãe da ambiciosa Alicia (Aly-

cia Debnam-Carey). Ele, pro-fessor na mesma instituição,ainda é pai de Chris (LorenzoJames Henrie), de quem divi-de a custódia com a ex-mulherLiza (Elizabeth Rodriguez). Sópelos laços já dá para saberque as relações entre eles nãosão fáceis. Mesmo assim, to-dos vão pegar o início da epi-demia, o que não quer dizer,como os criadores já deixaramclaro, que as explicações paraos acontecimentos serão cla-ras (ou mesmo existirão). Atéporque isso não seria algo ori-ginal, pois a transformação domundo, desde o primeiro ser,tem sido explorada pela sérieThe Strain, de Guillermo delToro, mostrando o desesperoda população depois que pes-soas se transformam em mor-tos-vivos.

Não que isso, de forma algu-ma, diminua FTWD. O climada série é outro, bem mais som-brio, com a mesma qualidadedo seriado de origem. Ou seja,corra para frente da TV.

PS: O canal AMC está dispo-nível apenas no canal 67 daSky.

● Victor Stinghen,19 anos, estudantede arquitetura"Chuck é uma sérieengraçada e muitodivertida,principalmente para aquelesque amam a cultura nerd egeek, além daqueles quegostam de filmes deespionagem com muita ação.Gosto do protagonista, CharlesBartowski (Chuck), um jovemcarismático e muitoatrapalhado que trabalha emuma loja de eletrônicos comoassistente técnico. Um perfilque, de longe, não combinacom um agente secreto, queenfrenta terroristas e salva omundo com o auxílio dosupercomputador que seencontra em sua cabeça, oIntersect. É realmente muitointeressante.”

Fotos: divulgação

O apocalipse dos zumbis

LACUNA deixada por autores de WALKING DEAD sobre a origem dos mortos-vivos começa a ser desvendadahoje, a partir das 22h, no canal AMC. A série FEAR THE WALKING DEAD, focada nas relações entre vivose seus dramas, sem esquecer das cenas de terror, vai mostrar o início da EPIDEMIA que tomou a Terra

... já que o assunto é zumbis,saiba que The Strain foirenovada para a 3ª temporada.A produção, criada porGuilherme del Toro e CarlonCuse, é baseada na aclamadaobra La Trilogía de la Oscuridad,do próprio de del Toro comChuck Hogan. O anúncio foifeito por Eric Schrier e NickGrad, presidentes deProgramação Original do FXNetworks e FX Productions.Aliás, a segunda temporada deThe Strain é exibida atualmenteno Brasil no canal FX, tododomingo, a meia-noite.

... a HBO estreia sua primeira produção bilíngue: OHipnotizador, nova série do canal que mescla um elenco deatores brasileiros e de outros países latino-americanos. Oprimeiro episódio vai ao ar hoje, às 21h, e trata-se de umaadaptação da HQ El Hipnotizador, criada pelos argentinos PabloDe Santis e Juan Sáenz Valiente. A história acompanha a vidade Arenas (o argentino Leonardo Sbaraglia), um enigmáticohipnotizador que utiliza suas habilidades para trazer à tonafatos que estão escondidos no fundo da memória das pessoas.Ou seja, quase um detetive do inconsciente.

... os dez episódios de Narcos entramem streaming. A esperada série de JoséPadilha com Wagner Moura no papel dePablo Escobar chega à plataforma Netflixnesta sexta-feira, falada em espanhol einglês. A produção é ambientada naColômbia, mas vai mostrar como Miamifoi porta de entrada de toneladas decocaína nos anos 1980, sob as barbas dodepartamento antidrogas, o DEA.

Cena de Fear the Walking Dead, que estreia hoje A atriz Kim Dickens, protagonista da série do AMC

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