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1 Foto - Reportagem Entrevista de Dico

Som do rock magazine 12

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Edição de Aniversário. O Som do Rock Magazine faz 1 Ano de edições regulares. Neste numero temos Entrevista de Dico a Alex VanTrue a Biografia dos WEB, PAX JULIA METAL FEST V em imagens e muitos mais em 36 paginas.

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Page 1: Som do rock magazine 12

1

Foto-Reportagem

Entrevista de Dico

Page 2: Som do rock magazine 12

2

Page 3: Som do rock magazine 12

3

Ficha Técnica:

Propriedade: Som do Rock

Administração

Paulo Teixeira

Data : Dezembro de 2015

Preço: €2,50

Portes de envio: Portugal €0,90

Resto do Mundo €2,00

Colaboradores:

Redação / Paginação e conteúdos:

Paulo Teixeira

Reportagem/ Entrevistas:

Lunah Costa

Carolina Lobo

Cronicas:

Ricardo Pato

Colunista

Dico

Bandas

Paula Antunes

É proibido a reprodução total e ou

parcial de texto / Fotos sem a previa

autorização. Pedidos de

Autorização.

Contactos:

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Este mês de Dezembro em fazemos o nosso primeiro aniversário a Som do

Rock Magazine continua a modernizar-se e a superar-se a cada mês que passa.

Na capa temos Alex VanTrue em entrevista exclusiva a Dico.

Foto Reportagem sobre a PAX JULIA METAL FEST com fotos cedidas pela

organização.

A Biografia dos Portuigueses WEB

A Coluna do Dico e muitos mais.

E grande novidades para 2016, talvez seja o ano em que podes ler a Som do

Rock Magazine em formato papel.

Fala connosco atraves do e-mail, [email protected]

Indice:

Capa: Alex VanTrue

Noticias:

Pag 05—”Hyaena" o novo álbum dos SADIST

Pag 06—CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO

Pag 08—DESERTO o bom som que vem de Odivelas

Pag 09—ORATIONEM O BLACK METAL "CRISTAO" DOS U.S.A.

Pag 10—Mandragora Malevola - Primeira demo “Black Flame ov Illumination”

Pag 10– Celebrações no CERCO DA NOITE FEST I

Pag 11– AMPUTATE - Um Passo de Gigante

Pag 12 -Prockq - Novo video "Exhumado"

Entrevista:

Pag—14 Entrevista com Alex VanTrue

Foto-Reportagem:

Pag –22 PAX JULIA METAL FEST V

Coluna do Dico:

Pag-30 Alto e em Bom Som - Reflexões, delírios e conspirações Biografia:

Pag-32—WEB

Pag 33– Eventos

Pag 35—Cinema

Page 4: Som do rock magazine 12

4

"Hyaena" é o novo álbum de Progressive Death

Metal dos lndários Sadist. Produzido e mixado por

Tommy Talamanca em Nadir Music Studios na

cidade de Genova, Itália, "Hyaena" é uma atraente

mistura da banda tradicional Death Metal e

influências progressivas com sons étnicos e tribais,

centrado em torno de um conceito intrigante sobre

um dos predadores mais fascinantes da África,

cuja lenda diz que é conduzido pelo Diabo.

Este é, sem dúvida, o mais maduro álbum,

diversificado e experimental da banda até à data,

em que cada detalhe foi meticulosamente cuidado,

musicalmente e visualmente (a capa bonita do

pintor Luca Orecchia e design livreto por Manuel

Del Bono são ambos de primeira qualidade ). Um

videoclipe para o primeiro single "The Lonely

Mountain" foi lançada com o lançamento do álbum.

"HYAENA" É O NOVO ÁLBUM DOS SADIST

"Hyaena" apresenta uma aparência muito

especial convidado pelo percussionista Jean

N'Diaye, que também vai acompanhar a banda

no palco na próxima turnê.

Pag: 04 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 5: Som do rock magazine 12

5

Donos de um agressivo Thrash / Death Metal, a

Banda Chrysalis foi formada em 1994 no auge

Death Metal.

Eles imediatamente construiram um repertório e

composições originais, sendo a primeira

imediatamente incluída na compilação cd "Area

Sismica vol.1", o guitarrista Dave "Ian" Valle ex X-

Hero e a voz de Giuliano Zippo, são suficientes

para garantia qualidade. De fato, "Fire You Raze"

impecavelmente gravado com uma Yamaha 8

faixas em uma fazenda nos arredores de

Vicenza, apesar de todo eles recebem apoio

substancial do entusiasmo dos fans. Em um curto

espaço de tempo fecharam-se "no estúdio de

gravação e, em 1995, decidiram auto produzido a

sua debut demo (bem gravado e embalado)

incluem seis faixas em 500 cópias, que logo ficou

esgotado.

O revistas italianas fizeram tributo aos Chrysalis

umas assustadoras semelhanças com o

Sepultura graças à Voz de Giuliano Zippo cantor

carismático que, graças a

sua voz áspera, mas

sempre como 'melódico cria

uma' canção com afinidade

"com o lendário Max

Cavalera do Sepultura Alma

Fly. Para citar os artigos de:

Metal Shock: os Chrysalis

são o Sepultura Nacional,

graças à voz da cavalaria

Giuliano Zippo.

Thunder: se Crisalide reproduzir o mesmo som

no concerto, o Grupo Chrysalis não são para ser

desperdiçada.

Flash: Se-Sepultura Se este for o Chrysalis uma

concentração de poder e devastação.

A compilação "Area Sismica vol.2" dá-nos um

outro pedaço extraordinário de Chrysalis "Pulp

Your Brain Out" poderosa e bem-gravada onde

Giuliano Zippo surpreendido pela Psua potencia

vocal e melodica, literalmente arrepiou todo e

todos a partir de uma onda sonora devastadora ,

onde os riff de Davide Valle penetraram como

navalhas e não deixam tréguas.

CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO

Pag: 05 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 6: Som do rock magazine 12

6

Em 2004, com a entrada na banda do guitarrista

Diego Trestin "MusicMan", os Chrysalis fazerm

outro salto de qualidade '. Com o novo som de

Diego Trestin misturado com a forma de Davide

Valle cria um som onda de choque que os

distingue de outras bandas.

Em 2005, uma nova chegada: baixista Corrado

Rossi "Cory", com a nova entrada do Chrysalis

são uma guarnição devastador som e insalubre.

Em 2013, com a chegada do baterista Fabrizio

Vitali "Vito", o line-up e 'completo, graças ao

contrabaixo e ritmos têm Vito hipertensiva.

Punição 18 Records, Hammerhearth Records,

Border Music Distribution Código 7, Irukandji

Booking vivem Promoção, Labels Andromeda

Distribuições Record, TWS Fonte do Dilúvio, fim

dos registos de luz. O novo trabalho de

Chrysalis será intitulado '"Dark Inside' e

'participar em dois Special Guest:

O guitarrista do lendário assassino Andrea

Martongelli (Arthemis) o baterista

Emmanuel"Manu" Collato (Bulldozer), Andrea

Martongelli afetam somente para a faixa "Pray

To Die", enquanto Emmanuel "Manu" Collato

afetar a bateria para o Track " O que o silêncio. "

CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO

Pag: 06 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 7: Som do rock magazine 12

7

Com a revisão do Corrado

Franceschini para Power

Metal, seu CD single

“Insane War”:

o tempo não passou em

vão por Chrysalis e eles

marcham com uma

construção do coro original

e uma guitarra que é

libertada deixe-me otimista

para o futuro CD. Enquanto viver os Chrysalis é

puro metal quente !!! Último show como

convidado especial na Random Metal Fest 2014

com Nightrage, que inclui entre suas fileiras

ninguém menos que o ex-guitarrista Jesper

Strömblad fundador do In Flames "na banda ter

jogado: Gus G. Ozzy Osbourne atual guitarrista,

ex- Arch Enemy, Dark Tranquillity Mikael Stanne

entrada atual, o ex-In Flames, Hammerfall ex, ex-

baterista do Dimmu Borgir Nicholas Barker, ex-

Cradle of Filth e Tomas Lindberg atual voz de At

The Gates ".

Com o line-up para completar os Chrysalis estam

prontso para gravar nos seus novos estudios o

full-length of Fear Recording Studio em Ravenna,

para o ArtWork escolheram Inferno Mariachi Art

Studio em Vicenza. Produzido pela Editora

Heartquake Noise Terror, para a promoção e

distribuição:

Passion escreve: estamos quase no final e para

despertar as mentes potenciais adormecidos

nós pensamos da crisálida, de Vicenza banda

ativa desde 1994. O grupo define-se após

alguns segundos, o tumulto ao som de batendo

thrash / death que deixar

algum indiferente, mas que

provocam um grande

headbanging coletivo.

Poder, da malícia, da

técnica, do coração e

paixão, para que

pudéssemos descrever um

dos mais sólidos da nossa

cena local que viver tem

todo o direito de obter

respeito e merecem certamente sem dúvida.

Assim, a velha escola nunca desilude !!! Em

2015 eu joguei em Chrysalis Pádua Metal Fest

com uma das bandas mais 'famosa cena do

metal internacional M-pire Of Evil M-Pire do mal

com o "ex-Venom Mantas & Tony Dolan". Entre

2012/2015 os Chrysalis ter jogado com mais de

75 bandas, incluindo faixas do mais alto nível,

tais como: Mecanismo de morte, crânio branco,

zona de perigo, Cadaveria "Horror de Metal Tour

2012", Necrodeath "Idiosyncrasy Tour 2012",

Faust, M- Pire Of Evil "Mantas & Tony Dolan ex-

Venom" Tour italiano de 2012 (datas adiadas),

Natron "Godfathers italiana de Death Metal

Posto 2013", Skanners, Pino Scotto "Outra

Fuckin 'tour 2013" fundador, Arthemis, Nightrage

& Jesper Strömblad de In Flames "European

Tour 2014", Extrema "italiano tour 2015", M-Pire

Of Evil com Mantas & Tony Dolan ex-Venom

CRISALIDE O

THRASH/DEATH METAL

ITALIANO

Pag: 07 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 8: Som do rock magazine 12

8

Os DESERTO são uma banda de Rock cantado

em Português, oriundos da cidade de Odivelas

satélite à grande Lisboa, e resultam da reunião

dos membros que integraram bandas como Ex

Votos, Slamo, Sugar Baby Condoms, Why

Angels Fall, depois de passadas essas aventuras

musicais partem agora numa nova viagem onde

percorrem uma sonoridade potente e de várias

texturas harmónicas e sónicas fazendo jus ao

nome, que vem de "vontade", "Espaço",

"Viagem", "Alma" e "Contemplativo".

Após o primeiro avanço do EP homónimo de

2013, que serviu de motor de arranque para dar a

conhecer o potencial da banda, os DESERTO

definiram o caminho a percorrer em termos

musicais e resultou neste primeiro LP "Filhos do

Deserto", de 9 temas gravados no Verão de 2014

em Lisboa.

DESERTO o bom som que vem de Odivelas

Pag: 08 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 9: Som do rock magazine 12

9

Orationem (pronuncia-Oh-Ray-Shun-Em) é Latin

para a palavra "oração", referindo-se

especificamente à oração falada. Este é um

projecto de Black Metal dos Estados Unidos que

tem som de Black Metal de um "mid-90" muito

tradicional e desempenho. A música varia de

extremamente rápido para ritmo médio, com

melodias muito emocionais. As letras concentrar

inteiramente em orações ao Deus Todo-

Poderoso Celestial e Seu Filho, Jesus Cristo.

Orationem é uma banda de Black Metal "cristão".

O projeto foi envolta em total anonimato,

mas Thomas Eversole diz que desde que chegou

à conclusão de que não é preciso ser anônimo no

reino do entretenimento. Esteve envolvido com

vários projetos cristãos ao longo dos anos,

incluindo GRIM, Akryal e Hguols. Também esteve

envolvido com o projeto black metal / death

chamado Ankou Awaits que tem 5 versões de

comprimento total e é baseado na mitologia

galesa.

ORATIONEM O BLACK METAL "CRISTAO" DOS U.S.A.

Pag: 09 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Ainda assim, Orationem é sobre como minimizar

glorificação pessoal e maximizar a experiência

espiritual. Por esta razão, a própria banda

Orationem nunca vai criar um Facebook oficial,

YouTube, Reverbnation (ou outros meios de

comunicação sociais), ou "fazer anuncios em

massa" através de fóruns ou blogs. Thomas

Eversole não condena qualquer bandas /

pessoas que optam por aproveitar o que os

media tem para oferecer.

Por exemplo, um patrono criou uma pagina

chamada Orationem Unofficial Facebook Page e

outro carregado os trechos de músicas para o

YouTube. Isto é perfeitamente aceitável.

Page 10: Som do rock magazine 12

10

Mandragora Malevola são uma banda de metal

extremo com residência na Ereira, Coimbra

(Portugal), e constituída apenas por dois

elementos: Kaos (ex. Triba) e Igniferum (Everto

Signum, Carma).

Estão neste momento a promover o primeiro

trabalho intitulado “Black Flame ov Illumination”.

Esta demo é composta por 3 faixas inspiradas no

Homem e Besta, Liberdade e Rebelião.

Segundo a banda: "Black Flame ov Illimination

carrega o sentimento de que o ser Humano não é

puro, mas sim divino e que tem o privilegio de

decidir o seu caminho. Embora haja referencias

ao Deus Negro neste trabalho estas tratam-se

apenas de uma abordagem simbolica que invoca

a liberdade e o poder de decisão."

Mandragora Malevola -

Primeira demo “Black

Flame ov Illumination”

Pag: 10 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Uma parcxeria :

Pedra de Metal

As bandas CORPUS CHRISTII, MORTE

INCANDESCENTE, DECAYED e IRAE

comemoram, no dia 19 de Dezembro, momentos

importantes das suas existências, este evento

terá o nome de "CERCO DA NOITE FEST I". No

caso dos IRAE, vão iniciar a noite com uma

actuação exclusiva ao album "Terror 666" de

2006, a seguir serão os lendários DECAYED que

comemoram, nesse dia, os 25 anos de existência,

os MORTE INCANDESCENTE são os penúltimos

do cartaz com um momento, de igual modo

especial, dedicado aos dez anos do album "Coffin

Desecrators", finalmente será a altura dos

CORPUS CHRISTII subirem ao palco para

celebrarem os quinze anos do album "Saeculum

Domini". Com abertura das portas às 21:30h e

início marcado para as 22:00h.

Celebrações no CERCO DA

NOITE FEST I

Page 11: Som do rock magazine 12

11

Actualmente os Amputate são uma banda de

origem luso-suiça. Fundada em 2011 pelo

guitarrista Nuno Santos (ex-Deep Odium) e o

vocalista Filipe Guia (Fungus e ex-Deep Odium),

no mesmo ano é lançada a demo de nome

"Leftovers Consuming". Após este lançamento,

Nuno e Filipe decidem mudar-se para a Suiça,

levando na bagagem a banda de brutal/death-

metal/gore. Em 2012, já em território helvético,

surgem os primeiros ensaios, com a colaboração

dos suiços Markus Rücker (baixista) e Phillip

Stengele (baterista) estava assim formado

quarteto, em 2014 sai o EP "Necrofornication". A

banda foi progredindo na sua sonoridade, dando

concertos em vários sítios e sempre com

excelentes reacções por parte do público, em

Setembro do mesmo ano fazem a sua estreia

num open air, no bem conhecido Meh Suff, este

momento foi bastante importante para a banda,

pois se até aqui já tinham recebido bons

feedbacks, mais ficaram a receber depois da

poderosa actuação neste evento. Ainda em 2014,

houve tempo também para o lançamento de um

split em conjunto com os suiços Denial.

AMPUTATE - Um Passo de Gigante

Pag: 11 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Em Outubro deste ano, os Amputate voltaram à

carga com mais um registo, o EP "Chainsaw

Surgery" em formato vinil de 12 polegadas que

inclui os seguintes temas: Chainsaw Surgery,

Flesh & Bones Drilling e Suffocated by Blood.

Com a recente saída do baterista Phillip Stengele

e a entrada de um novo, a banda está neste

momento mais preocupada em adaptar este novo

elemento à sua sonoridade, só depois seguir-se-

ão novas gravações e, quem sabe, o primeiro

album. Para já fiquem com um tema do novo

disco.

Uma parcxeria :

Pedra deetal

Page 12: Som do rock magazine 12

12

A banda de Metal costarricense Prockq lança o

seu mais recente videoclipe do tema intitulado

"Exhumado".

O tema faz parte do seu segundo álbum de

estúdio "No hay descanso, aún no has muerto"

lançado em Março de 2014, produzido em

conjunto com Cavan Studio (Advent of Bedlam,

Colemesis, The Eyes of Desolation) na cidade de

Heredia, Costa Rica.

Prockq é uma banda recomendada para

seguidores de Pantera, Sepultura, Fear Factory e

Brujería. Os temas da banda estão disponíveis

na conta oficial da banda de Soundcloud. O

videoclipe foi gravado numa cave húmida e

escondida localizada no centro da cidade de Sao

José, Costa Rica, com direção de Andres Carrillo

(Pandemonium TV).

Prockq - Novo video "Exhumado"

Pag: 12 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Uma parcxeria :

Pedra de Metal

Para Diego Bolaños, baterista da

banda, "Exhumado é um tema que convida a

conhecer a essência, o misticismo e energia que

procuramos transmitir em cada composição

criada neste álbum. O videoclipe capta a

presença forte que gostamos de ter em palco e a

maturidade musical que temos vindo a alcançar

graças ao trabalho constante que sempre nos

acompanha desde o início".

Desde que foi lançado o álbum "No hay

descanso, aún no has muerto", a banda tem

recebido convites a festivais importantes ("Metal

UCR 2015", "Costa Rica Metal Fest" e "Coven

Fest"). Também já tiveram a oportunidade de

partilhar palco com bandas internacionais como

Malevolent Creation (USA), Anima Tempo

(Mexico) e Cabeza de Martillo (Panamá).

Page 13: Som do rock magazine 12

13

Page 14: Som do rock magazine 12

14 Entrevista:

Tanto quanto julgo saber, começaste a tua carreira

musical num grupo de Death Metal, correto? Fala-

me dos primórdios da tua carreira.

Mais ou menos. A minha carreira teve início em 1996

com colegas de escola. Eu era guitarrista, mas como

não tínhamos ninguém para cantar acumulei ambas as

funções. Antes disso já tinha querido ser baterista,

pianista, vocalista...Mas um dia, quando estava a

observar um poster do Kirk Hammett [guitarrista dos

Metallica] na tour do Black Album [assim mundialmente

conhecido, embora seja o álbum homónimo dos

Metallica] decidi que queria ser guitarrista [risos]! Essa

minha primeira banda tinha quatro originais, os

restantes temas eram apenas covers dos Nirvana e

Metallica. Demos um concerto e acabámos [risos].

Depois, toquei num grupo de Black Metal. Só tínhamos

um tema original, o resto eram covers dos Cradle of

Filth, Sepultura e Slayer. Esta banda também não

durou mais do que um concerto [risos].

Depois disso passei a concentrar-me só em originais

Death/Thrash Metal e formei os Wright, em que

compunha praticamente todo o material. O grupo teve

duas fases, entre 2000/2001 e 2004/2008, mas boa

“Acho que vou proporcionar grandes momentos televisivos”

Cantor, multi-instrumentista e produtor talentoso, Alex VanTrue desenvolve há uma década uma

profícua carreira musical apoiada nos espetáculos dos seus vários grupos de tributo (com

especial destaque para os One Vision, que homenageiam os Queen). Vocalista dos X-Size,

notabilizou-se ainda por fazer versões de temas conhecidos de Música Popular Portuguesa, um

dos quais levou a concurso no programa televisivo “The Voice”. Nesta edição do Som do Rock

publicamos na íntegra a entrevista, divertida q.b., já parcialmente disponível no site.

Texto: Dico

Fotos:

Alexandre paixão

(https://www.facebook.com/alexandrepaixaofotografia)

Pedro Silva

(https://www.facebook.com/FotografiaByPedroSilva/)

Cláudia Ribeiro

(http://claudiaribeiropixie.blogspot.pt/)

Nem uma demo decente conseguimos gravar. Se

demos 15 concertos foi muito. Nessa altura fiquei

bastante desiludido com a música. Ao contrário de mim,

o pessoal não levava a banda a sério. Eu sempre vi a

música como uma profissão, portanto remar sozinho

contra a maré desiludia-me bastante.

Felizmente para mim, em 2005, formei os One Vision -

Tributo aos Queen, e fui finalmente reconhecido pelo

que sempre quis - a música! Conheci malta bastante

profissional. Comparecem todos aos compromissos à

hora marcada sem ser necessário telefonar-lhes. Todos

cumprem. É uma maravilha! Os One Vision salvaram-

me a vida. Se não fosse a banda, há muito que teria

desistido da música.

Pag: 14 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 15: Som do rock magazine 12

15 Entrevista: És bastante multifacetado, dominando vários

instrumentos, bem como técnicas de gravação,

mistura, etc. Como desenvolveste estas

capacidades?

Como te disse, sou muito direcionado para a música. E

quando um gajo está sozinho tem de se safar, não é

[risos]? Conforme referi, comecei por ser guitarrista

mas pouco depois comecei a cantar. Melhorei muito

enquanto vocalista graças aos One Vision. Foi devido a

esta banda que comecei a tocar piano. Felizmente,

através do YouTube e de alguns outros sites, em pouco

mais de um mês consegui aprender a tocar o

instrumento. Tocar piano era algo que sempre quisera

fazer. Quanto aos outros instrumentos, dou uns toques

de baixo e de bateria, mas nada de extraordinário.

Em relação ao mixing, tudo começou nos Wright,

quando eu misturava as ideias em casa para a banda

ouvir. Na época ainda não tinha conhecimentos a esse

nível, pelo que o resultado foi bastante precário.

Felizmente, ao longo de dois anos, pude tirar um curso

de áudio profissional/técnico de som, tendo obtido o

know-how de que necessitava.

Em Portugal sempre houve bandas de covers,

algumas delas históricas (como os Ferro & Fogo),

mas os One Vision inovaram, enveredando pelo

conceito de bandas tributo, já antigo noutros países

mas novo em Portugal. Nessa época, há dez anos,

estavas ciente de que estavas a inovar?

Fui dos primeiros mas não o primeiro a ter tributos em

Portugal. Lembro-me de na época haver grupos de

tributo aos Xutos & Pontapés, U2, Sublime e Nirvana,

apenas. Atualmente existem demasiados tributos e faz-

me confusão o facto de muitos deles homenagearem as

mesmas bandas Acabam por se atropelar uns aos

outros. Somos um país demasiado pequeno para ter 20

grupos de tributo aos Pink Floyd. Mal uma banda

percebe que determinado tributo obteve sucesso

começa a fazer igual e a competição deixa de ser

saudável. Cada um diz que a sua banda é a melhor e a

mais fiel ao original. Uma vergonha!

Atualmente tocas em diversas bandas de tributo –

One Vison, de tributo aos Queen; ABBA Mia, em

homenagem aos ABBA; Slash N’ Roses, que

recriam a carreira dos Guns N’Roses e do Slash;

War Pigs, de tributo ao Ozzy e aos Black Sabbath;

Negative Creeps, que homenageiam os Nirvana;

Alice in Pain, de tributo aos Alice in Chains; e

preparas a estreia ao vivo da banda de tributo aos

Dream Theater [que, à época da entrevista, ainda

não tinha nome] e dos Original Pranksters, que

homenageiam os Offspring. Finalmente, tens os X-

Size, já para não referir as covers de música

portuguesa que por vezes gravas. Imagino que

tenhas de fazer uma gestão extremamente rígida da

tua agenda de ensaios, concertos e entrevistas para

que os compromissos das várias bandas não

colidam. Como geres tudo isto?

Não é assim tão difícil, ainda tenho tempo para dormir

cerca de 8 horas e sair para beber uns copos

praticamente todos os dias úteis [risos]. Ao fim de

semana não há nada disso – não há aniversários,

tempo para a família, nada… é só trabalho intensivo

com as bandas! No Verão passado estava a ver que

não aguentava, mas ainda bem que foi assim.

A nível de ensaios, o que faço para gerir tudo é

simples: crio o tributo e a banda ensaia até estar tudo

aprimorado. Depois, quando os concertos vão surgindo,

já não precisamos de ensaiar, apenas trabalhamos

alguns pormenores no soundcheck ou conversamos via

e-mail sobre eventuais correções a fazer.

Quanto às covers, as poucas vezes que as gravo é de

madrugada. De repente surge a ideia e gravo à medida

que os riffs vão saindo espontaneamente. Uma noite

chega para captar tudo.

O mais complicado é gerir a agenda de concertos.

Acontece-me muitas vezes perder um bom espetáculo

porque já tenho compromissos ao vivo com outra

banda, mas é assim mesmo. Prefiro diversificar do que

estar à espera que determinado concerto se realize.

Sou eu que faço a gestão da agenda de praticamente

todas as bandas, o que simplifica o processo. Para

garantir a flexibilidade deste método procuro trabalhar

sempre com as mesmas pessoas.

O que me ocupa imenso tempo é a produção áudio a

bandas, mas até hoje consegui fazer tudo. Mais

desleixo menos desleixo acabo por fazer as coisas

[risos].

. Pag: 15 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 16: Som do rock magazine 12

16 Entrevista:

Dos vários grupos em que atuas imagino que haja

alguns com maior atividade ao vivo do que outros,

com destaque para os One Vision. Quais destes

projetos têm uma agenda de concertos

mais intensa?

Os One Vision são sempre a banda com

mais concertos. Os ABBA Mia vêm a seguir

e depois os Slash N’ Roses. Com as outras

bandas é raro tocar. Acho que faz sentido,

os Queen e os ABBA são imortais, portanto

é normal que assim seja.

De todos estes grupos quais são os que

mais te realizam enquanto executante,

enquanto fã e os que revertem numa

maior compensação financeira?

O que gosto mais de fazer é tocar guitarra. Portanto,

adoro tocar com os War Pigs, é a banda que puxa mais

por mim como guitarrista, apesar da trabalheira

que dá e de os concertos serem raros (parece

que ninguém gosta do deus Ozzy em Portugal

[risos]).

Nos Slash N’ Roses também tenho um trabalho

insano. Canto montes de partes nas músicas,

sempre em harmonia, toco piano e guitarra,

muitas vezes ao mesmo tempo [risos]! Mas a

banda que mais me realiza em todos os aspetos

são os One Vision. Queen é Queen! E quando

toco o «Bohemian Rhapsody»...é mesmo daquilo

que eu gosto!

Ainda sentes as músicas dos Queen como se

fosse a primeira vez que as ouvisses/tocasses

ou depois de tantas vezes a interpretá-las

(enquanto músico profissional) e a ouvi-las

(enquanto fã) perdeu-se alguma da magia?

É sempre como se fosse a primeira vez! Os

Queen nunca perdem a magia! Já toquei as

músicas tantas vezes que sinto que foram

compostas por nós.

Pag: 16 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 17: Som do rock magazine 12

17 Entrevista:

Dos vários grupos em que atuas imagino que haja

alguns com maior atividade ao vivo do que outros,

com destaque para os One Vision. Quais destes

projetos têm uma agenda de concertos mais

intensa?

Os One Vision são sempre a banda com mais

concertos. Os ABBA Mia vêm a seguir e depois os

Slash N’ Roses. Com as outras bandas é raro tocar.

Acho que faz sentido, os Queen e os ABBA são

imortais, portanto é normal que assim seja.

De todos estes grupos quais são os que mais te

realizam enquanto executante, enquanto fã e os que

revertem numa maior compensação financeira?

O que gosto mais de fazer é tocar guitarra. Portanto,

adoro tocar com os War Pigs, é a banda que puxa mais

por mim como guitarrista, apesar da trabalheira que dá

e de os concertos serem raros (parece que ninguém

gosta do deus Ozzy em Portugal [risos]).

Nos Slash N’ Roses também tenho um trabalho insano.

Canto montes de partes nas músicas, sempre em

harmonia, toco piano e guitarra, muitas vezes ao

mesmo tempo [risos]! Mas a banda que mais me realiza

em todos os aspetos são os One Vision. Queen é

Queen! E quando toco o «Bohemian Rhapsody»...é

mesmo daquilo que eu gosto!

Ainda sentes as músicas dos Queen como se fosse

a primeira vez que as ouvisses/tocasses ou depois

de tantas vezes a interpretá-las (enquanto músico

profissional) e a ouvi-las (enquanto fã) perdeu-se

alguma da magia?

É sempre como se fosse a primeira vez! Os Queen

nunca perdem a magia! Já toquei as músicas tantas

vezes que sinto que foram compostas por nós.

Face à crescente concorrência, o atual circuito de

bares em Portugal permite que os músicos

obtenham um rendimento satisfatório?

Depende se um gajo é ganancioso ou não [risos]. Hoje

em dia, atuo muito raramente em bares, porque

simplesmente já não existem. Bares de música ao vivo

que possam financiar (justamente!) uma banda estão

praticamente extintos. Se consultar a minha lista de

concertos nos últimos 10 anos, sobram dois! E devo ter

tocado em quase 50 diferentes bares...Os meus tributos

de maior sucesso - ABBA Mia e One Vision - tocam

maioritariamente para comissões de festas ou câmaras

municipais. E os Slash N' Roses seguirão o mesmo

caminho. Só assim é que um gajo se safa...

Pag: 17 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

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18 Entrevista:

Que fatores mais pesam na tua decisão de escolher

o objeto de uma banda de tributo? Escolhes um

grupo do qual és fã ou, sendo tu um músico

profissional, ponderas mais o grau de popularidade

do agrupamento original?

Em primeiro lugar, tenho de ser fã, apesar de neste

momento estar a preparar o tributo aos Offspring...

Nunca fui fã deles, mas o projeto está muito bem

montado, com pessoal fixe e cheio de vontade de

destruir o palco [risos]! O primeiro ensaio foi logo uma

tourada [risos]. Não me divertia assim num ensaio

desde os tempos das bandas de Metal nos anos 90.

Em relação à popularidade…já me preocupei mais com

esse aspeto, sinceramente. Acho que os One Vision e

os ABBA Mia já me satisfazem a esse nível. O resto é

para me divertir e dar ao público boas versões de

bandas que já não existem ou raramente vêm a

Portugal.

Como decorre o método de

trabalho dos vários grupos de

tributo em que atuas? Que

pressupostos presidem, por

exemplo, à seleção dos set-lists?

É o costume, nada de especial. Em

primeiro lugar escolhemos os êxitos

da banda. Por vezes, nos One Vision

tocamos algo fora do vulgar, como a

«Lazing on a Sunday Afternoon» ou

«I’m in love with my car», só para

desenjoar [risos]. Mas o normal é

selecionar os êxitos ou algum tema de que gostemos

mesmo. Cada um aprende as músicas em casa e

depois, nos ensaios, vemos como corre.

Como se processa a adaptação dos temas

originais? No caso do tributo aos Dream Theater,

por exemplo, a preparação das músicas está

naturalmente a ser mais trabalhosa.

No tributo aos Dream Theater tocamos tudo como está

nos álbuns. No primeiro ensaio chorei a rir de tão bons

que os músicos são! Nem quis acreditar que estava a

ver pessoal a tocar «Under a Glass Moon», «Take the

Time» ou «Pull me Under» à minha frente. Incrível!

Dado que não estou à altura do James LaBrie [vocalista

dos Dream Theater] convidei o Marcelo Vieira, meu

colega dos Slash N’ Roses, para cantar. Eu apenas

canto as músicas pós-ano 2000 (quando o LaBrie

começou a não subir tanto) e faço as vozes de apoio.

Dream Teater é mesmo muito difícil. Vamos ver quanto

tempo vai demorar até estarmos prontos para tocar ao

vivo [risos]. Sei perfeitamente que este é um tributo só

para músicos, mas espero que eles fiquem

orgulhosos...ou que, pelo menos, levem para

casa o bloco de notas onde apontam os erros

dos artistas... vazio [risos]!

Tens em mente a criação de mais alguma

banda de tributo?

Oito tributos mais os X-Size... Pá, por agora

está bom [risos]!

Pag: 18 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 19: Som do rock magazine 12

19 Entrevista: Preferes fazer versões ou compor temas originais?

Prefiro compor, sem dúvida.

Em geral, os fãs e músicos de Metal levam-se

demasiado a sério. Na opinião de muitos, Metal e

humor não combinam, mas tu já mostraste que não

é bem assim. Fizeste excelentes versões de temas

do Clemente (que, inclusive, interpretaste no

concurso “The Voice Portugal”), Marco Paulo e do

genérico da série Dragonball, que nos remetem

para o humor mas provam que se pode brincar

sendo simultaneamente profissional. Como vês a

reação do público a estas versões?

Não fiz essas versões numa de palhaçada ou paródia.

Fiz a minha versão heavy das músicas, na onda do

Power Metal para o Clemente e Marco Paulo e na onda

dos Slayer para o Dragonball. Esses temas não foram

simples de cantar nem tocar. Posso dizer-te que cada

versão destas envolve cerca de 16 horas de trabalho,

só para o áudio. Normalmente fico sem voz durante uns

dias e nunca mais consigo fazer os solos tão bem

[risos].

Tens em mente a criação de mais alguma banda de

tributo?

Oito tributos mais os X-Size... Pá, por agora está bom

[risos]!

Que outro grupo gostarias mesmo de retratar

enquanto fã?

Há três tributos que sempre quis fazer - Death, Pantera

e Sepultura. Já existem tributos aos Pantera e

Sepultura, e eu não gosto de lixar a profissão aos meus

colegas. Restam os Death... Um dia, quem sabe!

Consigo tocar as partes do Chuck, berrar é que é pior

[risos]!

Quais são, essencialmente, as tuas ambições para

com os X-Size? Os planos da banda incluem uma

aproximação ao mercado internacional?

Acho que os planos de qualquer banda portuguesa

passam pelo mercado internacional. Em Portugal não

há nada. Infelizmente, como raras pessoas apoiam as

bandas nacionais, os estrangeiros julgam que em

Portugal se faz exclusivamente merda e não nos ligam

nenhuma. Há coisas muito boas no nosso País! Pag: 19 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 20: Som do rock magazine 12

20 Entrevista:

A reação dos fãs a essas versões foi extraordinária! A

versão do Clemente foi apreciada pelo próprio e passou

em bares, discotecas e festas municipais. Ainda hoje

recebo vários mails a elogiarem esse trabalho! As

versões do Marco Paulo e do Dragon Ball já não

tiveram o mesmo sucesso, mas não fiz videoclip para

esses temas. Pode ter sido essa a causa. Quando não

fazes vídeos és ignorado! O problema é que cada vídeo

ocupa-me mais de 12 horas de trabalho…E faço-os

sempre sozinho, portanto não há paciência.

Apesar de tudo, no contexto deste género de

versões tens outras ideias para o futuro? Por

exemplo, ponderas a gravação de um EP/álbum que

reúna estes e outros temas ou fá-lo meramente para

te divertires e vais mantê-los estritamente online?

Pedem-me muito para fazer isso, mas não acredito que

seja viável. Sou da época do CD e gosto que tudo o

que faço seja em suporte físico. E isso tem custos...

Não sei responder-te. As versões são muito

trabalhosas. Apesar de ter bastantes, apenas duas são

de música popular portuguesa. E é isso que as pessoas

querem ouvir. Ninguém quer saber de versões de

temas de Lady GaGa ou Del Shannon.

Suponho então que, neste momento, não te

encontres a trabalhar em nenhuma versão nova.

Não! [de facto, na altura em que se realizou a primeira

parte da entrevista, o músico não se encontrava a

trabalhar em qualquer nova versão]. Tenho sempre

muitos concertos no Verão e é raro arriscar-me a ficar

sem voz nas gravações. Prefiro poupar-me e dar um

bom espetáculo do que ter views no YouTube.

Gostava de fazer mais algumas versões destas, mas

para já não! [entretanto, semanas após a primeira fase

da entrevista, o músico disponibilizou no Youtube uma

versão do tema «Playblack», de Carlos Paião]. Talvez

no Inverno...depende do meu estado de espirito. Estas

gravações são quase sempre impulsivas. Decido na

hora o que fazer e fico durante a madrugada a

trabalhar. Pode ser que os fãs tenham sorte.

Quais são as tuas expectativas quanto à tua

participação no concurso ”The Voice Portugal”?

É algo que nunca pensei fazer. Não sou nada fã deste

género de entretenimento, mas que se lixe [risos]. Acho

que vou proporcionar grandes momentos televisivos e

fugir ao normal nestes programas! A malta que me

acompanha vai curtir, de certeza. Não estou à espera

de ganhar, mas de fazer chegar o meu

nome a mais pessoas. É isso que me interessa, mas

digo-te já que não é fácil... Já dei aproximadamente 700

concertos e se fiquei nervoso três vezes foi muito. E no

“The Voice” fiquei. Ganhei respeito pela malta que tem

tomates para o fazer!

Para terminar, as VanTruenettes têm-te assediado o

suficiente ou andam a dormir e têm de arriscar

mais? [risos]

Já tenho a minha VanTruenette [risos]. Nestes 10 anos

nem fui assediado muitas vezes. Ou então sou eu que

nem noto [risos]. Estou sempre a montar e a desmontar

alguma coisa, a dizer disparates nos copos com os

meus amigos ou a marcar concertos! Portanto, estou

sempre bastante ocupado.

Pag: 20 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Page 21: Som do rock magazine 12

21 Foto Reportagem:

Primeiro festival dedicado ao Heavy Metal na cidade, e mantêm-se como único no seu propósito, com um âmbito, imagem e impacto forte, com características próprias e interessantes, sendo um género de música que continua a fascinar novas gerações e a renovar a sua base de fans, já com várias décadas de história! O evento, assim designado por ser o nome da cidade na altura do Império Romano, caracteriza-se por ser um festival em plena época Outonal, cujo objectivo é possibilitar que haja aqui um ponto de passagem ao Sul, para as Bandas tocarem, um respiradouro e artéria fundamental do panorama Heavy Metal nacional! Com dimensões adaptadas ao meio em que se insere, no interior do Alentejo, em Portugal, um dos países periféricos da Europa, este evento de valor, criado em 2009, que se quer com nível e qualidade, teve a sua génese e início na Casa da Cultura, para servir a comunidade em que se insere, pretende ser um encontro relevante na nossa região e uma mostra, cerimónia e espectáculo anual, do que melhor se faz no âmbito e género de música que a idealização do festival pretende expor!

Avulsed Official serão os headliners da edição deste ano... A banda conta já no seu currículo com seis álbuns de originais e desde que se formaram em 1991, que o colectivo se tem vindo a tornar um dos nomes mais consistentes e de relevo do panorama Europeu dentro do seu género.... Practicantes de um Death Metal puro e "old school", a banda sediada em Madrid, Espanha, celebra 24 anos de carreira, e o seu ultimo registo de originais denominado "Ritual Zombi", lançado a 1 Setembro 2013 pela XTREEM MUSIC, obteve excelentes criticas e foi largamente aclamado pelos fans e revistas da especialidade, colocando-os num patamar de relevo e confirmando-os mais uma vez como um dos nomes de topo e a ter em conta na cena Death Metal europeia. Composto por 13 peças musicais de extrema excelência, o álbum teve no tema "Dead Flesh Awakened" o seu cartão de visita e video promocional, onde demonstram toda a sua perícia e temática apocalíptica. Lux Ferre, colectivo de Black Metal já com dois álbuns editados, são uma das propostas mais solidas do seu género no underground nacional, formaram-se em 2001 com os seus elementos sediados no eixo Porto/Lisboa/Faro presentemente, a banda desde o seu começo que tem vindo a gerar um culto e estatuto muito forte com seus dois primeiros registos a ser alvo de boas criticas e consenso entre os fans, sendo que o seu Black Metal negro, austero e de cariz minimalista despertou curiosidade e bom feedback a nível do mercado Europeu, nomeadamente França, Holanda e Alemanha. Actualmente estão a preparar o seu terceiro disco para ser lançado este ano e cujos detalhes serão revelados atempadamente.

K-ØS, colectivo de Salamanca, Espanha, formaram-se em 1996 e têm dois álbuns editados, são uma das propostas mais explosivas a nível Ibérico, com uma sonoridade Heavy Thrash Metal bem vincada, na linha de Testament, Exodus, Pantera ou Metallica, cantam em castelhano e pautam-se por uma atitude feroz e combativa, retratando a realidade dura da vida, o seu ultimo trabalho denominado "Planeta Violento" foi muito bem recebido e solidificou definitivamente a carreira da banda com o tema "Madre" a servir de cartão de visita e a espelhar bem a contundência da sua sonoridade, que o grupo vem agora demonstrar pela primeira vez em Portugal, após terem atestado com regularidade nestes últimos anos os palcos do seu país. Mindfeeder, colectivo de Lisboa, practicantes de Power Heavy Metal, formaram-se em 2003 e desde que editaram o seu ultimo trabalho denominado "Endless Storm" que se estabeleceram como uma das bandas mais coesas da cena Heavy Metal nacional e vindo a obter uma reputação fortissima ganhada a pulso nos palcos de norte a sul de Portugal. Estão a trabalhar no novo álbum e desta feita virão a Beja, mostrar a sua força integrados no cartel desta edição. Hourswill, colectivo de Lisboa, com uma abordagem Thrash Heavy Metal Progressivo na sua sonoridade, formaram-se em 2009 e estão a promover o álbum "Inevitable", editado pela Etheral Ethereal Sound Works. Moonshade, provenientes do Porto, executam uma vertente Death Metal Melódico, bastante técnico e intrincado, formaram-se em 2010 e estão a apresentar o segundo EP, denominado "Dream | Oblivion". Gennoma, banda sediada em Lisboa, formados em 2012 e practicantes de Death Metal Progressivo, estão a promover o single do álbum de estreia com nome por revelar, no seguimento do EP "Time Desconstruction", editado em 2014. Artwork Elaborado por Pedro Sena - Lordigan .

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22 Foto Reportagem:

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Alto e em Bom Som

Ora, intencionalmente ou não, por mero

acaso ou não, certo é que a música do grupo em

causa remete para o estilo da banda que mencionei

na entrevista. Portanto, limitei-me a responder:” Se

não ouvem essa banda e não têm dela quaisquer

influências limitam-se a afirmá-lo na entrevista e a

contestar a minha opinião, não vêm pedir-me

satisfações por a manifestar e muito menos pedir-

me que retire a pergunta ”. Caindo em si o músico

acedeu e, na entrevista, respondeu naturalmente,

apresentando a sua argumentação.

Enquanto músico, jornalista e escritor já respondi a

inúmeras entrevistas e nunca me passou pela

cabeça pedir explicações a um jornalista por este

manifestar a sua opinião de forma cordial. Nem

nunca, entre os meus pares, tive conhecimento

de que alguém o fizesse, constituindo esta

situação, pois, algo inédito para mim. Se não

me revejo numa opinião ou pergunta de um

jornalista limito-me a fazer aquilo que é

expectável: apresentar o meu ponto de vista e,

se for o caso, contestar e desmontar

sustentadamente os seus argumentos. Pôr em

causa a sua opinião ou pedir-lhe que não

coloque uma dada pergunta está pura e

simplesmente fora de questão.

1 - Já todos sabemos que as tecnologias

poderão ser usadas de forma benéfica ou

perniciosa, com moderação ou em excesso. Que

podem auxiliar-nos nas relações interpessoais ou

condicioná-las, especialmente no que respeita aos

contactos face a face. Hoje em dia constatamos

uma forte tendência para que as novas gerações

circunscrevam, em grande medida, as suas

relações sociais a redes como o Facebook, chats e

ao envio/receção de SMS.

Ou seja, entre uma percentagem

significativa das camadas mais jovens, as relações

em presença tornaram-se circunstanciais, débeis e

constrangedoras, dado o investimento preferencial

nos contactos à distância. Esta realidade manifesta

-se nas mais variadas situações do dia a dia,

encontramdo-se bem patentes nas desajeitadas

relações com terceiros.

Obviamente, alguns jovens músicos

nacionais não escapam a este fenómeno. Há dias

enviei uma entrevista por email a um músico (cuja

banda nem sequer enviou um texto biográfico e

muito menos um comunicado de imprensa acerca

das suas atividades, tendo eu de realizar toda essa

pesquisa). Numa das perguntas abordei as

influências que, na minha opinião, os temas do seu

grupo deixam transparecer. Recebi então um

contacto do músico, questionando-me

arrogantemente acerca da razão pela qual fizera

referência àquela banda, que, nas suas palavras,

“nenhum membro do meu grupo ouve, portanto não

temos influências deles”. Pediu-me ainda que

retirasse aquela pergunta.

Pag: 30 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

Reflexões, delírios e conspirações

Page 31: Som do rock magazine 12

31 A Coluna de Dico:

Alto e em Bom Som

Deste episódio retiro uma ilação: boa

parte dos músicos portugueses da nova

geração ainda tem um longo caminho a

percorrer no que respeita ao relacionamento

com os órgãos de comunicação social. Existe

todo um universo de aprendizagens e

conhecimentos que estão por fazer ao nível

das relações públicas e institucionais, o que

dificulta sobremaneira a eficácia da sua

promoção e divulgação. Tal implica, ainda,

que os jovens músicos desçam à terra e

percebam que o mundo não gira em torno das

suas bandas. A humildade é uma virtude.

Afinal, no melhor sentido do termo, as bandas

são um produto e, como tal, têm que saber

vender-se!

Pag: 31 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

2 – Os abomináveis atentados de 13

de novembro em Paris, e em particular o

massacre na sala de espetáculos Le

Bataclan, voltaram a ilustrar, da forma mais

tristemente real, a ignorância dos repórteres

portugueses generalistas sobre música.

Nessa noite fatídica atuavam na referida sala

os rockers norte-americanos Eagles of Death

Metal, que numerosos jornalistas lusos

classificaram como sendo praticantes de…

Death Metal! Com efeito, nos dias

subsequentes ao acontecimento de tudo se

leu e ouviu na comunicação social

generalista portuguesa: que os Eagles of

Death Metal eram os próprios Eagles

(CMTV), que a designação do grupo

significa, em português, Anjos da Morte (TVI)

ou que a banda toca música Soul (SIC).

Mas a cereja no topo do bolo estava

reservada para um jornalista da TVI que, no

mais puro delírio conspirativo, questionou o

seu entrevistado/comentador se a banda não

teria sido o alvo selecionado pelos

extremistas como vingança pelas torturas

infligidas, ao som de Metal, a suspeitos de

terrorismo por parte de soldados norte-

americanos. A insana busca pelo

sensacionalismo em nome da impiedosa

guerra de audiências por vezes ultrapassa os

limites do ridículo!

Dico

Page 32: Som do rock magazine 12

32

Em outubro de 1986, Web nasceram,

Naquela época, um par de roadies do mais conhecida banda de metal português, Tarantula, sentiu a necessidade de criar algo onde poderiam investir toda a sua paixão pelo todo-poderoso Heavy Metal ...

Assim, David Duarte (vocal) e Victor Matos (guitarra) começou a reunir as pessoas certas para facilitar a busca de um som único. No entanto, a falta de pessoas envolvidas em participar de um projeto de heavy metal tornou o processo mais difícil do que o esperado e os line-ups foram mudando constantemente.

Este cenário continuou a inflar por vários inconvenientes, como o serviço militar obrigatório e da doença grave do cantor David Duarte que o fez deixar a banda, a música e, mais tarde, a nossa presença. O restante homem Victor Matos, unidos com Fernando Martins desde 1994 e continuou a entrada de novas idéias para cumprir suas metas.

Desde Outubro de 1997, com Pedro Soares se juntar à banda como baterista e guitarrista da entrada de Filipe Ferreira mais tarde, em 2005, este seja o maior e mais forte line-up de sempre.

O palco foi sempre cordial para a banda e desde o primeiro show no lendário Rock Rendez Vous, Web dedicado a maior parte de sua carreira para viver shows.

Biografia:

Locais como Rock Rendez Vous (Lisboa), Festa do Avante (Seixal), Noites Ritual Rock'94 (Porto), Palha d'Aço (Porto), Escola Secundária Soares dos Reis (Porto), Sociedade Columbófila de Mafamude (Gaia), Blá Blá (Matosinhos), Sala Anoeta (Vigo), metalpoint (Porto), Hard Club (Gaia e Porto), Moita Metal Fest, No Live Café (Moita), SWR Barroselas X, Caos Emergente Open Air (Recarei), XIV HardmetalFest (Mangualde), Gaia em Peso IV e VI, Teatro Sá da Bandeira (Porto), Lado B (Benavente), Amarante, ART7 (São João da Madeira), Berço Fest e Vimaranes Metalvm (Guimarães), Underfest (Alijó e Vila Real ), Dinaamo Panóias (Braga), Invicta X-Massacre (Porto), Covilhã, Discoteca Autarquia (Castelo de Paiva), Zum Zum (Porto), Bragança, Time Out (Ovar), Na União We Stand (Porto e Ovar), Leiria, Indycat (Gondomar), Thrashmania V (Corroios), Nyktos (Figueira da Foz), Velha Guarda II (Porto), entre muitos outros, receberam sangue, suor e as lágrimas da banda, sempre compartilhando atitude em direção a cena!

Momentos foram compartilhados com bandas como antiga Rites, Impaled Nazarene, Benediction, Cradle of Filth, Napalm Death, Desaster, omissão, Sinister, Paradox, Cadena Perpetua, Angelus Apatrida, Leng Tch'e, Decadence, Agonica, efêmera, Moonspell, Genocídio, Ramp, Tarantula, Switchtense, Pitch Black, Desejo, Heavenwood, The End Gate, Equaleft, Gates of Hell, Holocausto Canibal, deteriorado, Mata Ratos, A Ransack, Decrepidemic, Echidna, Revolution Within, Cycles, Coldfear, entre outros.

Músicas em coletâneas e homenagens, demonstração e promo tape de, um álbum e um vídeo da música são as peças apresentadas até agora.

Futuro começa hoje, ea banda prepara um 2011 cheio de boas notícias como o segundo álbum e da comemoração dos 25 anos espalhando a Web.

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33 Eventos:

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Page 34: Som do rock magazine 12

34 Cinema:

Cosmopolis (2012)

Circulando por toda Manhattan em uma

limusine a fim fazer um corte de cabelo, no

dia em que faz 28 a gestora de bilionários

stem um dia que se transforma em uma

odisséia. Com um elenco de personagens

que começam a rasgar seu mundo à parte.

Diretor: David Cronenberg

Escritores: David Cronenberg (roteiro), Don

DeLillo (romance)

Estrelas: Robert Pattinson, Juliette Binoche,

Sarah Gadon

M/16 | 109 min | Drama |

Comboio Noturno Para Lisboa(2013) "Night Train to Lisbon" (original title)

M/12 | 111 min | Mystery, Romance, Thriller

Raimund Gregorius, um professor suíço,

abandona suas palestras e vida académica

que sempre teve para embarcar em uma

aventura emocionante que irá levá-lo em

uma viagem ao coração de si mesmo.

Diretor: Bille August

Escritores: Pascal Mercier (romance), Greg

Latter (roteiro), um crédito mais »

Estrelas: Jeremy Irons, Mélanie Laurent,

Jack Huston

Pag: 34 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

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35

Em Janeiro:

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A Biografia dos Cruz de Ferro

Entrevista com: Revolted! São a banda Brasileira em entrevista pelo Underground´s Voice

Reportagem sobre: Resurrection: A Night to Remember - 1º Acto

Page 36: Som do rock magazine 12

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