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Direito

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    Prof(a):Alexandre Melo

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    AULA DEMONSTRATIVA

    INTRODUO: ORGANIZAO DO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO.

    APRESENTAO

    Ol querido aluno,

    Estamos iniciando hoje uma longa caminhada que o principal ob-jetivo a sua aprovao no concurso pblico. Antes de qualquer estra-tgia, fica uma pequena dica: NO DESISTA! H apenas dois tipos de alunos!! Os que passam, ou os que desistem!! Logo, VOC, meu caro, SER APROVADO como consequncia de seu esforo! Sua palavra cha-ve agora ser PERSEVERANA.

    No gosto muito dessa parte, mas devo cumprir os protocolos. Meu Nome Alexandre Mello, sou graduado em Engenharia Industrial Eltrica nfase em Telecomunicaes pelo CEFET-RJ. E serei sim! Isso mesmo, seu professor de Direito Administrativo! Essa hora voc se pergunta: - Como assim professor! Voc no advogado? No meu caro aluno! E sabe o que melhor de tudo isso? Sei o que exigido em prova! Isso o que voc precisa para ser aprovado! Se quiseres conhecer algo profundo sobre o direito administrativo, faa depois um mestrado, talvez um doutorado, mas querido aluno, faa-o por hobby!

    Falando um pouco de minha experincia: A docncia comeou bem cedo em minha vida, pelo ano de 2000, iniciei trabalhando em um curso preparatrio para vestibular, por onde atuei at o final do ano letivo de 2006. Voltando um pouco no tempo, acabei minha graduao no primeiro semestre de 2005 e antes de acabar o ano, procurei in-formaes sobre cursos e desde ento comecei a jornada em busca ser um servidor pblico. No incio de 2007 tomei posse como Auditor Fiscal do Tesouro Municipal de Nova Iguau, onde atuei at o ano de 2010. No mesmo ano, consegui ser aprovado, depois de algumas tentativas,

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    POR ISSO JAMAIS DESISTA, no concurso para Auditor Fiscal da Recei-ta Estadual do Rio de Janeiro.

    Sobre o Direto Administrativo, uma das matrias mais impor-tantes para ser estudada, requer bastante dedicao. O primeiro pas-so escolher um bom livro de direito administrativo, repare UM LIVRO no adiante ter 2 ou 3, basta um bom livro que voc pode escolher com base nos repletos depoimentos de quem foi aprovado j pela in-ternet! Esse livro servir de consulta para seus estudos combinado com esse curso. Agora temos que ter um diferencial para voc conse-guir sua aprovao e classificao no concurso FAZER MUITAS QUES-TES! Querido guerreiro concurseiro sers um especialista em ques-tes, mas qual o foco? A BANCA! Se a nossa banca, por exemplo, for CESPE faa todas as questes que puder da CESPE, entender a ma-neira como a banca exige as questes nos concursos e suas armadi-lhas.

    O objetivo desse curso a preparao de vocs, para que resol-vam todas as questes de direito administrativo, propostas pelas ban-cas organizadoras de concursos. Para isto, contaremos ao final de cada captulo com uma srie de questes de concursos anteriores de diver-sas Bancas Examinadoras como CESPE, ESAF, FCC e outras mais, bus-cando demonstrar as peculiaridades de cada banca e como so cobra-dos os diversos assuntos do contedo programtico do concurso.

    Devo salientar que sem estudo no h dvida, e quanto mais es-tudamos, percebemos que precisamos estudar ainda mais. Isso mes-mo caro aluno! S se dedicando surgem dvidas, quanto mais dedica-o, mais dvidas! Um ciclo que com o passar do tempo se torna um espiral no seu crescimento e aprendizado! Segue agora nosso conte-do programtico:

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    Aula 0 Introduo: Organizao do Direito Administrativo Brasileiro; conceito e fontes.

    Aula 1 Estado, governo e administrao pblica: conceitos, elementos, poderes e organizao.

    Aula 2 Princpios da Administrao Pblica.

    Aula 3 Organizao da Administrao Pblica; administrao direta e indireta.

    Aula 4 Poderes administrativos: poder hierrquico; poder disciplinar; poder regu-lamentar; poder de polcia; uso e abuso do poder.

    Aula 5 Ato administrativo: validade, eficcia; atributos; extino, desfazimento e sanatria; classificao, espcies e exteriorizao; vinculao e discricio-nariedade.

    Aulas 6 e 7

    Agentes pblicos: espcies e classificao; poderes, deveres e prerrogati-vas; cargo, emprego e funo pblicos; regime jurdico nico: provimen-to, vacncia, remoo, redistribuio e substituio; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa

    Aula 8 Licitaes. Fundamento constitucional. Conceito e modalidades. Regime de licitaes da Lei n. 8.666/93 e alteraes. Dispensa e inexigibilidade. Revogao e anulao, hipteses e efeitos.

    Aula 9 Contrato administrativo. Conceito e caractersticas. Invalidao. Princi-pais espcies de contratos administrativos. Alterao, inexecuo e resci-so dos contratos administrativos.

    Aula 10 Servios Pblicos; conceito, classificao, regulamentao e controle; forma, meios e requisitos; delegao: concesso, permisso, autorizao.

    Aula 11 Responsabilidade civil da Administrao Publica.

    Aula 12 Controle e responsabilizao da administrao: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo. Os atos de improbidade administra-tiva (Lei n 8.429/92).

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    SUMRIO

    1 INTRODUO

    2 ABRAGNCIA DO DIREITO ADMINSITRATIVO

    3 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

    4 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS: SISTEMA INGLS E SISTEMA FRANCS

    5 SISTEMA ADMINISTRATIVO BRASILEIRO

    6 REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO

    7 QUESTES COMENTADAS

    8 QUESTES PROPOSTAS

    Ento vamos comear a colocar a mo na massa!

    Fica aqui o texto motivador que usei durante minha jornada:

    Errei mais de 9000 arremessos na minha carreira.

    Perdi quase 300 jogos.

    Vinte e seis vezes fui escolhido para fazer o arremesso final e fa-lhei.

    Falhei vezes e mais vezes na minha carreira.

    E foi por causa disso que me tornei um VENCEDOR!

    Autor: Michael Jordan

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    1. INTRODUO

    Iniciando o curso de Direito Administrativo Teoria para concursos pblicos, devemos saber o que e onde est inserido o Direito Admi-nistrativo. Vamos comear abordando o que o direito!

    O direito um ramo das cincias sociais1 que estuda o sistema de normas que regulam as relaes sociais, pode ser chamado de ci-ncia do direito como alguns juristas o fazem.

    O direito uno e indivisvel, ou seja, o direto um s! A partir dessa premissa, surge um questionamento: Se o direito indivisvel, por que existem o direito constitucional, o direto administrativo, o di-reito tributrio, direito eleitoral e etc.?

    A diviso apenas didtica! Isso mesmo, apenas existe a diviso apenas para facilitar seu aprendizado, sem comprometer, no entanto, a unicidade do Direito.

    Visto o que direito, agora vamos as divises desse. O direito basicamente dividido em dois grandes ramos: Direito Pblico e Direito Privado.

    O Direito Pblico possui como principal diferena para o Direito Privado a desigualdade entre as relaes jurdicas. O Direito P-blico regula os interesses da sociedade como um todo, ou seja, o inte-resse pblico. O principal fundamento da existncia dessa desigualda-de surge com o argumento que o interesse coletivo prevalece sobre o interesse individual. Assim, quando o Estado age em prol do interesse pblico, ou seja, coletivo, assim ocorre uma preponderncia do Estado sobre o particular. Integram esse ramo o direito constitucional, direito administrativo, direito tributrio, direito penal etc.

    No Direito Privado h um equilbrio entre as partes visando o convvio e a harmonia das pessoas na vida em sociedade. Existe assim uma igualdade jurdica entre as partes, os interesses tutelados so particulares, no havendo motivo, a priori, para qualquer desequilbrio em suas relaes. Integram esse ramo o direito civil, direito empresa-rial etc. 1 Cincias sociais um ramo da cincia que estuda os aspectos da vida social dos indivduos e grupos hu-manos. Incluem-se assim os estudos dos cursos de Administrao, Economia, Direito entre outros.

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    Cabe ressaltar que no h ramo do direito que seja regido exclusivamente pelo direito privado. Existem algumas relaes ju-rdicas que mesmo tratadas exclusivamente por particulares podem repercutir nos interesses coletivos, cabendo assim a Administrao P-blica estabelecer regras de direito pblico impondo limitaes, imposi-es ou derrogaes ao direito privado.

    Por outro lado, h inmeras relaes jurdicas que sujeitam o ramo do direito pblico a aplicao subsidiria ou, at mesmo, predo-minante do ramo do direito privado. No possvel a atuao do Estado, em qualquer campo, regida exclusivamente pelo direito privado.

    Conforme j afirmado, o Direito Administrativo integra o ramo do Direito Pblico, uma vez que rege a organizao e as atividades do Es-tado voltadas para a satisfao do interesse coletivo. Podemos apre-sentar o Direito Administrativo como conjunto normas e princ-pios jurdicos que regulam a atuao da Administrao Pblica, rgos, entidades e agentes pblicos no desempenho de suas atividades. Vamos agora trazem a ttulo ilustrativo os conceitos apre-sentado pela doutrina acerca do direto administrativo:

    O Prof. Hely Lopes Meireles define direito administrativo como conjunto harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.

    Direito Administrativo Direito Privado Desigualdade

    entre as relaes jurdicas

    Direito Publico

    Equilbrio entre as partes

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    O Prof. Celso Antnio Bandeira de Melo nos apresenta o conceito sinttico de direito administrativo como o ramo do Direito Pblico que disciplina a funo administrativa e os rgos que a exercem.

    Professora Maria Sylvia di Pietro define que o Direito Administra-tivo o ramo do direito pblico que tem por objeto os rgos, agen-tes e pessoas jurdicas administrativas que integram a Administrao Pblica, a atividade jurdica no contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecuo de seus fins, de natureza pblica.

    2. ABRANGNCIA DO DIREITO ADMINISTRATIVO

    A Administrao Pblica, em um estado democrtico-social, atua em diversos setores praticando entre outras atividades o fomento2 -, sendo exercida atravs da atividade fim do Poder Executivo, contudo devemos saber que errado o pensamento que apenas o Poder Execu-tivo aplica o Direito Administrativo.

    O Direito Administrativo subordina todos os poderes da Repbli-ca (Legislativo Executivo e Judicirio). A abrangncia do Direito Admi-nistrativo toca todas as relaes internas administrao pblica, ou seja, entre rgos e entidades administrativas, uns com os outros, bem como todas as relaes entre a administrao e os administrados.

    Podemos assim frisar que o embora o Poder Executivo possua sua atividade tpica a funo administrativa, os Poderes Legislativo e Judicirio tambm praticam a funo administrativa como atividade meio para que possam exercer suas funes tpicas, respectivamente a legislativa e a jurisdicional.

    2 Fomento a atividade administrativa de incentivo iniciativa privada de utilidade pblica. Exemplos de fomento: os emprstimos, os financiamentos, benefcios fiscais etc.

    Direito Administrativo um conjunto de normas e princpios jurdicos que regulam a atuao da Ad-ministrao Pblica, rgos, entidades e agentes pblicos no desempenho de suas atividades.

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    3. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

    O Direito Administrativo no Brasil no se encontra codificado, is-to , no existe uma lei s que contenha todos os textos administrati-vos, possuindo assim diversas fontes. A fonte quer dizer origem, de onde provm algo, para o Direito Administrativo o lugar onde ema-nam as regras a serem seguidas. Assim, costuma-se elencar como fontes do Direito Administrativo, alm da lei, a jurisprudncia, a doutrina e os costumes.

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    A Lei fonte primordial do Direito Administrativo brasileiro, de-vemos considerar lei como sentido amplo, isto , desde a Consti-tuio Federal at os atos normativos editados pelas autoridades ad-ministrativas. Devemos considerar a Constituio, a Lei em sentido estrito (complementar, ordinria, delegadas), os atos normativos com fora de lei (medidas provisrias, os antigos decretos-leis) e includos tambm os atos normativos, inferiores lei, editados pela prpria Ad-ministrao.

    A jurisprudncia, representa as decises reiteradas do Poder

    Judicirio em determinado assunto no mesmo sentido, fonte se-cundria do Direito Administrativo, influenciando a construo de de-cises futuras, ainda que, em geral, essas decises no obriguem a administrao quando no parte da ao.

    A jurisprudncia, no Brasil, no possui fora vinculante para a Administrao Pblica. Assertiva correta nos termos gerais, mas de-vemos ressalvar que com o advento da EC n 45/2004, a smula vin-culante3 passa a ter obrigatoriedade para Administrao Pblica e aos rgos judiciais, bem como as decises proferidas em aes de contro-le concentrado de constitucionalidade.

    A doutrina, conjunto de teorias desenvolvidas pelos estu-diosos do Direito, tambm uma fonte secundria do Direito Ad-ministrativo, apresenta muitas contribuies ao Direito Administrativo, pois so consideradas pelos membros do Poder Legislativo, que elabo-ram as leis, pelos membros do Poder Judicirio, que julgam os litgios oriundos da aplicao de suas disposies.

    3 Sumula Vinculante Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao, me-diante deciso de dois teros dos seus membros, aps reiteradas decises sobre matria constitucional, aprovar smula que, a partir de sua publicao na imprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

    A lei (sentido amplo) a nica fonte primria do direito

    administrativo.

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    O costume, conjunto de regras informais observadas de for-ma uniforme pelo grupo social, que as considera obrigatrias. Apesar de ainda constar no rol de fontes do Direito Administrativo s possui importncia como uma fonte quando influencia a produo legislativa ou jurisprudencial, ou seja, menos que uma fonte secundria, uma fonte indireta. Em termos tericos, admite-se o costume face defici-ncia legislativa, quando ele seria utilizado para suprir as lacunas das leis administrativas, assim funcionando efetivamente como uma fonte secundria de direito administrativo diante de determinadas situaes.

    4. SISTEMAS ADMINISTRATIVOS: SISTEMA INGLS E SIS-TEMA FRANCS

    Sistema administrativo o regime adotado pelo Estado para o controle dos atos administrativos ilegais ou ilegtimos praticados pela Administrao Pblica (federal, estadual, distrital e municipal), no m-bito de qualquer dos Poderes da Repblica (Executivo Legislativo e Ju-dicirio). Existem dois sistemas: o sistema ingls e sistema fran-cs.

    O sistema ingls, unicidade de jurisdio ou sistema de ju-risdio nica, aquele em o Poder Judicirio competente para a apreciao e a deciso de todas as espcies de litgios, sejam esses em que uma das partes a Administrao Pblica ou aqueles que envolvem exclusivamente interesses privados.

    A Administrao no se encontra impedida de apreciar a legali-dade dos atos praticados no sistema ingls. Ao contrrio, haver para a Administrao no apenas a faculdade de apreciar a legalidade dos atos, existir o dever de corrigir seus atos.

    A caracterstica desse sistema que apenas o Poder Judicirio possui a competncia para avaliar acerca da legalidade ou da legitimi-dade de um ato da Administrao com fora de definitiva, ou seja, coi-sa julgada. Nesse sistema a esfera administrativa constitui mais uma alternativa posta disposio do administrado que a qualquer momen-to estando insatisfeito, seja com a deciso proferida, ou com o anda-mento do processo, poder recorrer ao Poder Judicirio, que possui competncia plena para a reapreciao do caso. Poder o administra-do, ainda, buscar diretamente a tutela jurisdicional.

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    No sistema francs, ou de dualidade de jurisdio, ou sis-tema do contencioso administrativo, aquele em que se veda a participao do judicirio em relao aos atos da administrao pbli-ca, esse ficam sujeitos jurisdio especial do contencioso administra-tivo. Existem, assim, duas esferas de soluo de litgios: a judici-al, constituda pelos rgos do Poder Judicirio, solucionar litgios que no envolvam a Administrao Pblica; e a jurisdio adminis-trativa, composta por tribunais e julgadores monocrticos inte-grantes da prpria Administrao, competente para decidir litgios que envolvam quaisquer dos rgos e entidades que compem a ad-ministrao pblica.

    5. SISTEMA ADMINISTRATIVO BRASILEIRO

    Acabamos de conhecer os dois sistemas de controle de legalida-de e legitimidade dos atos administrativos, conhecendo eles fica fcil saber que o Brasil adotou o sistema ingls, sistema de jurisdio nica ou sistema de controle judicial, em nosso pas o Poder Ju-dicirio que compete para proferir decises definitivas em quaisquer espcies de litgios (administrativos em uma das partes a Adminis-trao Pblica ou que envolvam interesses exclusivamente privados ressalvadas as excees constitucionais).

    O Brasil adotou sistema ingls, sistema de jurisdio nica.

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    A previso constitucional, no art. 5, XXXV, da Constituio Fe-deral (CF), que estabelece o princpio da inafastabilidade de jurisdio, nos seguintes termos:

    XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

    Analisando o artigo: a lei no poder suprimir do Judicirio a competncia para a apreciao de situaes que impliquem ou possam implicar leso ou ameaa de leso ao direito. Todavia, a prpria Cons-tituio poder retirar apreciao em casos especficos.

    Devemos lembrar que no Brasil apesar do controle de legalidade ser efetivado pelo Poder Judicirio, que exerce a apreciao e o jul-gamento de todas as espcies de litgios, no significa que a adminis-trao pblica ter seu poder de controlar os atos que essa emite reti-rados. Em nosso pas, possumos rgo de ndole administrativa, com competncia especfica, que decidem litgio da mesma natureza, esses rgos apenas no so dotados nas suas decises de fazerem coisa julgada em sentido prprio, podendo ainda o administrado, caso se sinta prejudicado, recorrer ao Poder Judicirio para resolver definiti-vamente o litgio com fora de coisa julgada.

    Acrescentamos que existem atos ou decises no enquadrados como atos administrativos em sentido prprio que no se sujeitam a apreciao do Judicirio, esses so os atos polticos, tais como a no-meao de um dirigente de uma empresa estatal pelo Presidente da Repblica. Cabe ressalvar, contudo, que se o ato poltico houver leso a direitos individuais, ou mesmo a interesses difusos, o ato poltico passa a ser passvel de sujeio anlise do Poder Judicirio.

    A deciso na esfera administrativa no assume carter definitivo para o administrado, o qual, se inconformado com a deciso, ou em qualquer fase do processo administrativo, sempre poder se valer da via judicial para buscar sua alterao.

    No entanto, proferida uma sentena em mbito administrativo favorvel ao particular, considera-se vedado Administrao o ingres-so no Judicirio para tentar reformar a deciso. Logo as decises con-trrias a administrao prolatadas em litgios administrativos, apesar de serem definitivas no possuem fora de coisa julgada, neste caso,

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    estamos perante um impedimento imposto pelo Judicirio Adminis-trao. Para tornar nosso texto mais prximo da realidade vejamos: o recorrer de uma multa de trnsito o administrado, ns motoristas, ob-tivermos xito na via administrativa, em outras palavras, ganharmos o recurso, jamais a Administrao poder recorrer ao judicirio para mudar seu posicionamento. Caso, todavia, percamos o recurso, pode-remos recorrer ao judicirio, ou em qualquer fase do processo.

    Devemos considerar a hiptese com uma restrio imposta Administrao, e permanecendo assim a lio: no Brasil, ressalvados os casos previstos na prpria Constituio, apenas o Poder Judicirio detm poder para emitir decises que solucionem de forma definitiva os litgios jurdicos.

    6. REGIME JURDICO-ADMINISTRATIVO

    Um regime jurdico um conjunto de regras que disciplinam de-terminado tema, tratando-se de regime jurdico-administrativo po-demos definir como conjunto de regras que disciplina o interesse coletivo, logo possui prerrogativas de direito pblico, sendo aplic-vel aos rgos e entidades que compem a administrao pblica, bem como seus agentes administrativos em geral. Esse conjunto de regras concede ao Estado uma posio privilegiada, em relao ao par-ticular, para conseguir impor seus objetivos, tal conjunto de regras tambm concede restries administrao pblica.

    Essas prerrogativas e restries concedidas administrao tra-duzem-se em dois princpios da supremacia do interesse pblico e da indisponibilidade do interesse pblico.

    O princpio da supremacia do interesse pblico fundamenta a prerrogativa que a administrao pblica possui para com os adminis-trados (particulares), garantindo assim o cumprimento do interesse coletivo. Garante tambm que sejam cumpridas as regras que so im-postas a administrao pela Constituio Federal.

    Havendo conflito de interesses entre o pblico e o particular, aquele sempre prevalecer frente a esse, logicamente a atuao da administrao, interesse pblico, ser sempre nos limites da lei e do direito.

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    O princpio da indisponibilidade do interesse pblico con-trrio ao primeiro princpio. A administrao sofre restries em suas atuaes que no existem para o particular. Essas limitaes possuem origem do fato de que a administrao no proprietria do patrim-nio pblico, nem proprietria do interesse pblico, o povo sim o proprietrio de tudo. A consequncia desse fato que a Administrao Pblica somente poder atuar quando houver lei que autorize ou de-termine sua atuao, e nos limites estipulados pela lei. Toda atuao da administrao poder ser controlada pelo povo, diretamente ou pe-los representantes eleitos.

    Por exemplo, a Administrao poder desapropriar uma casa pa-ra a construo de uma rodovia usando sua prerrogativa de interesse pblico, contudo dever estar legalmente autorizada a construir a ro-dovia, demonstrar que os benefcios trazidos por essa rodovia sejam bons para o coletivo e que no possua uma maneira mais eficiente de fazer a via que no seja essa. Comprovadas as premissas o particular, proprietrio da casa, no ter outra opo, dever ceder sua casa a administrao. Deve ficar claro que o particular ser ressarcido pela perda da casa para a construo da rodovia. Podemos perceber que a Administrao possui vrias restries (indisponibilidade do interesse pblico) para atuar dentro dos privilgios do direito pblico (suprema-cia do interesse pblico).

    Cabe ressaltar que os dois princpios no esto expressamente citados na constituio federal quando trata de administrao pblica, porm os princpios no caput do art. 37 decorrem desses princpios es-tudados e os demais veremos nas prximas aulas.

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    7. Questes Comentadas

    1. (CESPE/Analista de Controle Externo TCU/2004) A juris-prudncia e os costumes so fontes do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se da falta de carter vinculan-te, e a segunda tem sua influncia relacionada com a deficin-cia da legislao.

    Comentrio:

    Conforme visto na parte terica, a jurisprudncia no possui for-a vinculante, exceto quando tratarmos de smula vinculante emitida pelo STF (Superior Tribunal Federal).

    Os costumes existem exatamente para preencher as lacunas existentes na legislao, estando assim corrigindo a deficincia apre-sentada na legislao. Em ambos os casos podemos relacion-los co-mo fontes secundrias do direito administrativo.

    Gabarito Item Correto

    2. (CESPE/Tcnico Judicirio - rea Administrativa STJ/2004) O fomento abrange a atividade administrativa de incentivo a qualquer iniciativa privada que requisite subvenes ou finan-ciamentos.

    Comentrio:

    Vimos anteriormente que o fomento, citado como exemplo, den-tro da abrangncia da Administrao Pblica. Um estado democrtico-social, atua em diversos setores entre eles o fomento. Quando apre-sentamos a definio de fomento, j sabemos que a atividade admi-nistrativa de incentivo iniciativa privada de utilidade pblica.

    Gabarito Item Errado

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    3. (ESAF/AFC CGU/2006) O Direito Administrativo conside-rado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princ-pios, que regem o exerccio das funes administrativas esta-tais e

    a) os rgos inferiores, que as desempenham.

    b) os rgos dos Poderes Pblicos.

    c) os poderes dos rgos pblicos.

    d) as competncias dos rgos pblicos.

    e) as garantias individuais.

    Comentrio:

    O Direito Administrativo segundo o Prof. Hely Lopes Meireles conjunto harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. Diante do conceito apresentado pelo Ilustre Professor, conclumos que a assertiva correta dever apresentar o conceito de rgo ou agentes, ficamos assim en-tre duas apenas, porm devemos nos ater que o Direito Administrativo atividade fim apenas do executivo e em todos os poderes atividade meio, atingindo os rgo inferiores que as desempenham de todos os poderes.

    Gabarito - A

    4 (ESAF/TRF/2006) A primordial fonte formal do Direito Admi-nistrativo no Brasil :

    a) a lei.

    b) a doutrina.

    c) a jurisprudncia.

    d) os costumes.

    e) o vade-mcum.

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    Comentrio:

    A lei a nica fonte primria do Direito Administrativo, as de-mais fontes so todas secundrias.

    Gabarito - A

    5. (FCC/Analista Judicirio rea Judiciria TRE BA/2003) Considere as afirmaes relativas ao regime jurdico.

    I. A administrao pblica pode submeter-se a regime jurdico de direito pblico ou a regime jurdico de direito privado.

    II. A administrao pblica submete-se ao regime jurdico de direito privado nas suas relaes com os particulares.

    III. Cabe administrao a prerrogativa de escolha entre o re-gime de direito pblico ou o de direito privado, valendo-se da discricionariedade.

    Est correto APENAS o que se afirma em

    a) I.

    b) II.

    c) III.

    d) I e II.

    e) I e III.

    Comentrio:

    I Ao conhecermos que o direito uno e dividido apenas para fins didticos, vimos que a Administrao, via de regra, atua em prol do interesse pblico, coletivo, possuindo assim algumas prerrogativas e um desequilbrio entre partes, porm tambm foi apresentado que a Administrao regida pelas normas de direito privado quando sua atuao de interesse privado, por exemplo, sabemos que a Caixa Econmica Federal (CEF) pertence ao governo federal, quando cele-bramos um contrato de abertura de conta corrente na CEF, h um cla-ro interesse privado nessa relao. Item Correto.

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    II Acabamos de ver que a Administrao, quando atua buscan-do o interesse coletivo, possui a prerrogativa de direito pblico, quan-do atua visando ao interesse privado, no possui qualquer prerrogativa e h um equilbrio entre as partes. Item Errado.

    III No h para Administrao Pblica o direito de escolher qual regime atuar nas suas relaes. Devemos sempre entender que se atua visando a coletividade h certas prerrogativas, se atua visando interesse privado perde essas prerrogativas. Item Errado.

    Gabarito - A

    6. (FCC/Promotor de Justia Substituto MP-PE/2002 - Adap-tada) A expresso Administrao Pblica em sentido objetivo, material ou funcional, designa a natureza da atividade exercida pelas pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos. Nesse sen-tido, a Administrao Pblica a prpria funo administrativa. Portanto, julgue os itens:

    I. est a referida funo administrativa sob regime prevalente de direito pblico, porque o ente pblico tambm pratica atos de direito privado, quando a isso esteja autorizado por lei.

    II. no est presente a possibilidade de Legislativo e Judicirio tambm praticarem funo administrativa atipicamente, bem como outras pessoas jurdicas, a exemplo das concessionrios de servio pblico.

    III. ela exercida por meio de atos e comportamentos contro-lveis internamente e externamente pelo Legislativo, contando-se com o auxlio dos Tribunais de Contas.

    a) I.

    b) II.

    c) I e II.

    d) nenhum dos itens.

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    Comentrio:

    I Conforme j explicado em questes anteriores, o Poder Exe-cutivo possui a funo administrativa e dentro dessa funo h o inte-resse coletivo, logo se valer dentro das prerrogativas de direito pbli-co item correto.

    II Os Poderes Legislativo e Judicirio tambm praticam a fun-o administrativa como atividade meio, isto , de forma atpica po-demos citar um exemplo: uma solicitao de frias de um servidor p-blico do Senado ou do Tribunal de Justia requer um trmite adminis-trativo regido pelas normas de Direto Administrativo Item incorreto.

    Gabarito - A

    7 (FCC/Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001 - Adaptada) Julgue acerca dos itens:

    I O regime jurdico administrativo composto por prerrogati-vas e sujeies.

    II A Administrao Pblica pode se submeter a regime jurdico de direito privado ou a regime jurdico de direito pblico.

    a) I.

    b) II.

    c) I e II.

    d) nenhum dos itens.

    Comentrio:

    I O regime jurdico administrativo so as normas que buscam atender aos interesses pblicos possuindo todas as prerrogativas de direito pblico item correto.

    II Administrao Pblica ora atuar com regras de direito p-blico, quando atende interesses coletivos ou com regras de direito pri-vado, quando no possui em suas aes interesses coletivos item correto.

    Gabarito - C

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    8 (FCC/Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - Sobre a funo administrativa correto assinalar:

    a) Caracteriza-se por prover de maneira imediata e concreta s exigncias individuais ou coletivas para a satisfao dos inte-resses pblicos. imparcial, concreta e subordinada.

    b) Existe exclusivamente no seio do Poder Executivo, nico ap-to a editar atos administrativos.

    c) O administrador pblico, no exerccio da funo administra-tiva, s deve atuar quando provocado, na medida em que no dispe da iniciativa para dar lei contornos concretos.

    d) Tem como pressuposto a satisfao do bem comum. Alm de ser exercida pelo Poder Executivo, tambm est presente em atos do Poder Judicirio e do Poder Legislativo, podendo, ainda, materializar-se por meio de atos praticados por terceiros auto-rizados a agir em nome do Estado, como ocorre com os conces-sionrios e permissionrios de servios pblicos.

    e) Na sua abrangncia no se incluem as atividades de fomen-to.

    Comentrio:

    A A administrao Pbica, em regra, no visa atender interes-ses privados dentro de suas atribuies de direto pblico. Poder acon-tecer de forma indireta atender aos interesses privados, por exemplo, quando h a interdio de um restaurante pela sade pblica, em prol da coletividade, interesse pblico, seus concorrentes de certa forma foram beneficiados e absorveram os clientes do restaurante fechado. (Incorreto)

    B Vimos que todos os poderes emitem atos administrativos. (Incorreto)

    C O Administrador Pblico atuar de ofcio, independentemen-te de solicitao de algum, ou quando houver pedido, provocao de qualquer parte.

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    D A funo administrativa visa gerir o interesse da coletivida-de, via de regra exercida pelo Poder Executivo, porm sabemos que os demais poderes possuem funes administrativas para poder exercer suas atividades, sendo assim tambm possuem funes administrati-vas. Quando o Poder Pblico concede o direito de um particular execu-tar certos servios a populao, esse passa a atuar como a Adminis-trao para com seus usurios, um bom exemplo so a empresas con-cessionrias de energia que passam a gerir a distribuio de energia e com isso assumem o compromisso de levar a diversas reas antes no abrangidas por rede eltrica. (Correto)

    E Consoante apresentado em alternativas acima o fomento faz parte da atividade administrativa. (incorreto)

    Gabarito - D

    9 (ESAF/ACE TCU/2006) - O regime jurdico-administrativo entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como o conjunto de regras e princpios que norteiam a atuao da Ad-ministrao Pblica, de modo muito distinto das relaes pri-vadas. Assinale no rol abaixo qual a situao jurdica que no submetida a este regime.

    a) Contrato de locao de imvel firmado com a Administrao Pblica.

    b) Ato de nomeao de servidor pblico aprovado em concurso pblico.

    c) Concesso de alvar de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

    d) Decreto de utilidade pblica de um imvel para fins de desa-propriao.

    e) Aplicao de penalidade a fornecedor privado da Administra-o.

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    Comentrio:

    A A questo exige o conhecimento do princpio da supremacia do interesse pblico, podemos perceber que as alternativas apresen-tam sempre a atuao da administrao com as regras de direito p-blico, exceto quando est atuando em igualdade com o particular, co-mo foi o exemplo que citamos quando abrimos uma conta em um ban-co com capital pblico, da mesma forma quando a administrao lo-catria de um imvel. (Incorreto)

    B O concurso pblico uma exigncia da Constituio para ocupao de cargos pblicos, logo h no Concurso Pblico um interes-se coletivo nele. (Correto)

    C O alvar de funcionamento para estabelecimento um con-trole que a administrao pblica faz com os particulares, sendo assim h um interesse coletivo em controlar os estabelecimentos. (Correto)

    D Como vimos no exemplo citado na parte terica, desapropri-ao interesse coletivo. (Correto)

    E A alternativa apresenta um contrato administrativo, que es-tudaremos mais adiante melhor, porm claro que h um interesse coletivo em quem contrata com a administrao. (Correto)

    Gabarito A

    10. (ESAF/Assistente Jurdico AGU/1999) A influncia do Di-reito Administrativo francs no Direito Administrativo brasileiro notvel. Entre os institutos oriundos do direito francs abai-xo, assinale aquele que no foi introduzido no sistema brasilei-ro.

    a) Regime jurdico de natureza legal para os servidores dos en-tes de direito pblico.

    b) Teoria da responsabilidade objetiva do Poder Pblico.

    c) Natureza judicante da deciso do contencioso administrati-vo. d) Clusulas exorbitantes nos contratos administrativos.

    e) Insero da moralidade como princpio da Administrao Pblica.

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    Comentrio:

    Primeiramente a questo no ser para medir seu conhecimento no Direito Administrativo Francs, apenas devemos analisar qual opo no foi importada para o nosso Direito Administrativo.

    A A contratao de servidores pblicos dever seguir o diplo-ma legal da Lei 8.112/90, Estatuto dos Servidores Pblicos Civis. Con-vm explanar que E.C. 19/98 abria a possibilidade para contratao pela Unio, Estado, Municpios e o Distrito Federal de empregados pelo regime CLT, porm o STF, em liminar, suspendeu a eficcia do texto, retornando esse ao original que permitia aos entes citados apenas a contratao pelo Regime Jurdico nico.

    Poder ainda existir a contratao pelo regime privado (CLT) pa-ra as empresas pblicas e sociedades de economia mista. Como a questo reproduz o termo servidor, apenas poder ser contratado atu-almente pelo regime legal de direito pblico. Item Correto.

    B Quando estudarmos a Responsabilidade Civil da Administra-o Pblica veremos melhor esse tema, por enquanto saberemos que as pessoas jurdicas de direito pblico e os prestadores de servios p-blicos respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causa-rem. Independentemente da ao do agente ser culposa ou dolosa a Administrao responder objetivamente, todavia se houver culpa ex-clusiva do particular, fica excluda a responsabilidade ou se houver culpa concorrente entre o agente e o particular ser atenuada. Item Correto.

    C Essa ficou fcil, como explicamos anteriormente o Brasil adotou o sistema ingls de jurisdio, ou sistema de jurisdio nica. Item Errado.

    D Os Contratos Administrativos so contratos estabelecidos entre a Administrao Pblica e o particular, sendo revestidos nas normas de direito pblico. Item Correto.

    E O princpio da Moralidade um dos princpios fundamentais do Direito Administrativo, estando inserido no caput do art. 37 da Constituio Federal, estudaremos melhor os princpios administrativos ao longo do curso.

    Gabarito C

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    Prezados alunos essa foi nossa aula demonstrativa, espero que tenham gostado. Na prxima aula iniciaremos o curso completo se-guindo as orientaes do edital do seu concurso. Mais uma vez lembro a vocs nossa palavra chave: PERSEVERANA! Bons Estudos e a sorte consequncia de um trabalho bem feito!

    Forte Abrao,

    Alexandre Mello

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    8. QUESTES PROPOSTAS

    1 (CESPE/Analista de Controle Externo TCU/2004) - A juris-prudncia e os costumes so fontes do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se da falta de carter vinculan-te, e a segunda tem sua influncia relacionada com a deficin-cia da legislao.

    2 (CESPE/Tcnico Judicirio/rea Administrativa STJ 2004) O fomento abrange a atividade administrativa de incentivo a qualquer iniciativa privada que requisite subvenes ou finan-ciamentos.

    3 (ESAF/AFC CGU 2006) - O Direito Administrativo consi-derado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princ-pios, que regem o exerccio das funes administrativas esta-tais e

    a) os rgos inferiores, que as desempenham.

    b) os rgos dos Poderes Pblicos.

    c) os poderes dos rgos pblicos.

    d) as competncias dos rgos pblicos.

    e) as garantias individuais.

    4 (ESAF/TRF/2006) - A primordial fonte formal do Direito Ad-ministrativo no Brasil

    a) a lei.

    b) a doutrina.

    c) a jurisprudncia.

    d) os costumes.

    e) o vade-mcum.

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    5 (FCC/Analista Judicirio rea Judiciria TRE BA/2003) - Considere as afirmaes relativas ao regime jurdico.

    I . A administrao pblica pode submeter-se a regime jurdico de direito pblico ou a regime jurdico de direito privado.

    II . A administrao pblica submete-se ao regime jurdico de direito privado nas suas relaes com os particulares.

    III . Cabe administrao a prerrogativa de escolha entre o re-gime de direito pblico ou o de direito privado, valendo-se da discricionariedade.

    Est correto APENAS o que se afirma em

    a) I .

    b) II .

    c) III .

    d) I e II .

    e) I e III .

    6 (FCC/Promotor de Justia Substituto MP-PE/2002 - Adap-tada) A expresso Administrao Pblica em sentido objetivo, material ou funcional, designa a natureza da atividade exercida pelas pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos. Nesse sen-tido, a Administrao Pblica a prpria funo administrativa. Portanto, julgue os itens:

    I. est a referida funo administrativa sob regime prevalente de direito pblico, porque o ente pblico tambm pratica atos de direito privado, quando a isso esteja autorizado por lei.

    II. no est presente a possibilidade de Legislativo e Judicirio tambm praticarem funo administrativa atipicamente, bem como outras pessoas jurdicas, a exemplo das concessionrios de servio pblico.

    III. ela exercida por meio de atos e comportamentos contro-lveis internamente e externamente pelo Legislativo, contando-se com o auxlio dos Tribunais de Contas.

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    a) I. b) II. c) I e II. d) nenhum dos itens.

    7. (FCC/Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001 - Adaptada) Julgue acerca dos itens: I. O regime jurdico administrativo composto por prerrogati-vas e sujeies. II. A Administrao Pblica pode se submeter a regime jurdico de direito privado ou a regime jurdico de direito pblico. a) I. b) II. c) I e II. d) nenhum dos itens.

    8 (FCC/Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - Sobre a funo administrativa correto assinalar: a) Caracteriza-se por prover de maneira imediata e concreta s exigncias individuais ou coletivas para a satisfao dos inte-resses pblicos. imparcial, concreta e subordinada. b) Existe exclusivamente no seio do Poder Executivo, nico ap-to a editar atos administrativos. c) O administrador pblico, no exerccio da funo administra-tiva, s deve atuar quando provocado, na medida em que no dispe da iniciativa para dar lei contornos concretos. d) Tem como pressuposto a satisfao do bem comum. Alm de ser exercida pelo Poder Executivo, tambm est presente em atos do Poder Judicirio e do Poder Legislativo, podendo, ainda, materializar-se por meio de atos praticados por terceiros auto-rizados a agir em nome do Estado, como ocorre com os conces-sionrios e permissionrios de servios pblicos. e) Na sua abrangncia no se incluem as atividades de fomen-to.

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    9 (ESAF/ACE TCU/2006) - O regime jurdico-administrativo entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como o conjunto de regras e princpios que norteiam a atuao da Ad-ministrao Pblica, de modo muito distinto das relaes pri-vadas. Assinale no rol abaixo qual a situao jurdica que no submetida a este regime.

    a) Contrato de locao de imvel firmado com a Administrao Pblica.

    b) Ato de nomeao de servidor pblico aprovado em concurso pblico.

    c) Concesso de alvar de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

    d) Decreto de utilidade pblica de um imvel para fins de desa-propriao.

    e) Aplicao de penalidade a fornecedor privado da Administra-o.

    10. (ESAF/Assistente Jurdico AGU/1999) A influncia do Di-reito Administrativo francs no Direito Administrativo brasileiro notvel. Entre os institutos oriundos do direito francs abai-xo, assinale aquele que no foi introduzido no sistema brasilei-ro.

    a) Regime jurdico de natureza legal para os servidores dos en-tes de direito pblico.

    b) Teoria da responsabilidade objetiva do Poder Pblico.

    c) Natureza judicante da deciso do contencioso administrati-vo. d) Clusulas exorbitantes nos contratos administrativos.

    e) Insero da moralidade como princpio da Administrao Pblica.

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    GABARITO

    1- V 2- F 3- A 4- A 5- A

    6- A 7- C 8- D 9- A 10- C