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Estudo de caso:
Elevador do Taboão
Alunos: Cezar Chamusca, Hélio Vamberto,Isabela Dourado, Juliana Melo e Lara Gomes.
Prof. Ernesto Carvalho
Universidade Federal da BahiaFaculdade de Arquitetura e Urbanismo
Arq036 – Técnicas Retrospectivas
Objetivo :
Este trabalho é um estudo das patologias identificadas no local, buscando uma possível solução para essas e efetuar a análise da degradação sofrida pelo elevador, visando a sua restauração.
Foto cedida pela loja ômega
2.Identificação do objeto de análise
1.1 Localização
1.2 Histórico
3.Fatores de degradação encontrados
4.Identificação das patologias por cada material
5.Possíveis soluções
6.Conclusão
Metodologia:
Localização:
Mercado Modelo
Elevador Lacerda
Praça dos Ingleses
Igreja NS do Rosário dos Pretos
Elevador do Taboão
Ladeira do Taboão
Elevador do Taboão
N
Fachada voltada para o poente, com
edificação implantada na encosta. As
inúmeras nascentes provocam o excesso
de umidade advinda do terreno, situação
muito parecida em várias edificações do
bairro, como por exemplo, a igreja do
pilar.
Histórico:
O elevador do Taboão foi inaugurado em 19 de junho de 1896 (112 anos) pela companhia Linha Circular de Carris da Bahia. Funcionou durante 65 anos até ser desativado em 1959.
Seu acesso principal é pela ladeira do Taboão, rua que faz limite entre o Pelourinho e o distrito de Santo Antônio Além do Carmo com os bairros do Passo e Pilar.
O elevador marcou época devido a sua engenharia, requinte de materiais e formas. As suas torres foram construídas com réguas de ferro chumbado cruzadas, com desenhos simétricos em forma de curva ou parábola.
Histórico:
Ladeira do Taboão
Fatores de degradação encontrados
Edificação:
Elevador:
Ação da água (umidade);
Ação eólica;
Agentes biológicos (microflora);
Vegetação superior;
Sujidades e Vandalismo;
Intervenções anteriores;
Elementos faltantes.
Ação da água (umidade);
Ação eólica;
Agentes biológicos (microflora);
Sujidades e Vandalismo;
Elementos faltantes;
Corrosão metálica.
Identificação das Patologias
N
Identificação das Patologias – Ambiente 01
Piso:
Composto de lajota cerâmica aparentemente sobre o piso original.
Patologias:
• Intervenções anteriores;
• Stress mecânico;
• Desgaste pelo uso
Parede:
Parede de tijolo maciço, provavelmente com reboco de argamassa
de cal e areia recoberto por tinta branca.
Patologias:
• Elementos faltantes
• Umidade por condensação e descendente
• Agentes biológicos (microflora)
• Vegetais superiores (fachada)
• Sujidades e vandalismo
Fachada
Fachada lateral
Identificação das Patologias – Ambiente 01
Cobertura:
Estrutura metálica coberta por telhas metálicas
(Atualmente essa cobertura se perdeu, sendo
substituída por uma cobertura de madeira e telhas
de fibrocimento).
Patologias:
• Umidade
• Agentes biológicos
• Vegetais superiores
Mezanino:
Adição de forro em PVC, além de uma estrutura de
madeira que sustenta um assoalho, funcionando
como um mezanino.
Patologias:
• Elementos faltantes
• Umidade de condensação
• Agentes biológicos
• Sujidades
Portas e janelas:
Janelas em madeira com gradil de ferro original, a arcada das
portas foram fechadas com tijolo e adição de porta não original.
Patologias:
•Elementos faltantes (portas)
•Umidade
•Agentes biológicos
•Sujidades
•Corrosão metálica do gradil
Janela – Elemento faltante
Fachada frontal
Identificação das Patologias – Ambiente 01
Desgaste do piso Elementos faltantes
Instalações elétricas improvisadasDesgaste da peça metálica
Piso:
Composto de azulejo aparentemente sobre o piso original.
Patologias:
• Intervenções anteriores
• Stress mecânico
• Desgaste pelo uso
Parede:
Parede de tijolo maciço, provavelmente com reboco de argamassa de cal e
areia recoberto por tinta branca.
Patologias:
• Elementos faltantes
• Umidade por condensação e descendente
• Agentes biológicos (microflora)
• Vegetais superiores (fachada)
• Sujidades e vandalismo
Identificação das Patologias – Ambiente 02
Interior - Sapataria
Interior - Sapataria
Cobertura:
Estrutura e telhas metálicas. Não aparenta ser a cobertura original
da edificação.
Patologias:
• Elementos faltantes;
• Umidade por condensação e descendente;
• Agentes biológicos;
• Vegetais superiores;
• Corrosão metálica.
Forro: Não há forro.
Porta :
Porta original em chapa de ferro e superposição em gradil
de ferro
Patologias:
•Umidade ;
•Agentes biológicos;
•Sujidades;
•Corrosão metálica do gradil;
•Ação éolica (fachada).
Identificação das Patologias – Ambiente 02
Fachada principal
Identificação das Patologias – Ambiente 02
Desgaste do piso
Umidade descendenteVegetação superior
Identificação das Patologias – Ambiente 03
Piso:
De ardósia na entrada, assentado sobre piso original
com trechos em cimento.
Patologias:
• Intervenções anteriores
• umidade ascendente
• Stress mecânico
• Desgaste pelo uso
Parede:
Parede de tijolo maciço com aplicação reboco recente.
Patologias:
• Elementos faltantes
• Umidade ascendente e descendente
• Agentes biológicos
• Vegetais superiores (fachada)
• Sujidades e vandalismo
• Intervenções anteriores
Identificação das Patologias – Ambiente 03Cobertura:
Adição de cobertura em telha de fibrocimento com rebaixamento do
teto.
Patologias:
• Elementos faltantes
• Umidade
• Agentes biológicos
• Vegetais superiores
• Corrosão metálica
Forro: Inexistente
Portas e janelas :
Porta original em chapa de ferro e superposição em gradil de ferro,
janela em madeira com gradil original.
Patologias:
•Umidade;
•Agentes biológicos;
•Sujidades;
•Corrosão metálica do gradil;
•Intervenções anteriores (Fachada)
Identificação das Patologias – Ambiente 03
Ação eólicaVegetação superior
Perda do reboco
Instalações elétricas
inadequadas
Piso:
Cimento queimado com aparente superposição de diversos
pisos, contendo também vestígios de azulejos. Péssimo
estado de conservação
Patologias:
• Intervenções anteriores
• Elementos faltantes
• Stress mecânico
• Desgaste e sujidades
• Vandalismo
Identificação das Patologias – Ambiente 04
Parede:
Parede de tijolo maciço original fechado em partes
faltantes com cimento, reconstrução de paredes
desabadas com blocos cerâmicos.
Patologias:
•Intervenções anteriores
•Elementos faltantes
•Umidade ascendente e descendente
•Agentes biológicos
•Vegetação superior (fachada)
•Sujidades e vandalismoPiso
Vista lateral
Identificação das Patologias – Ambiente 04Cobertura:
De estruturas metálicas aparentemente original, recoberta por telhas
metálicas.
Patologias:
• Elementos faltantes
• Umidade
• Agentes biológicos (microflora)
• Vegetação superior
• Corrosão metálica
• Sujidades e vandalismo
Porta :
Portas fechadas com pedras e argamassas
provavelmente de cal e areia.
•Umidade
•Elementos faltantes (portas e gradil)
•Intervenções anteriores
•Agentes biológicos
•Sujidades e vandalismo
Identificação das Patologias – Ambiente 04
Vegetação superior
Estrutura com razoável estado de conservação
Instalações hidráulicas inadequadas
Identificação das Patologias – ElevadorPatologias:
Portas fechadas com pedras e argamassa provavelmente de cal e
areia.
•Umidade descendente e por condensação
•Elementos faltantes (cabines)
•Agentes biológicos
•Sujidades
•Corrosão metálica em diversos níveis de degradação
Oxidação; reação química do metal com o
oxigênio
Erosão
Ataque seletivo
Corrosão alveolar (pitting)
Identificação das Patologias – ElevadorProblemas:
• Excesso de lixo e entulho na encosta;
• Barras de aço da base bastante degradadas;
• Excesso de estruturas improvisadas;
• Instalações hidráulicas inapropriadas;
• Nascentes de água na encosta
•Gradis bastante degradados
Observações:
• Estrutura razoavelmente intacta – pequenos problemas;
• Falta metade da cobertura da parte de cima do elevador;
Identificação das Patologias – Elevador
Estrutura de madeira em degradação Estrutura de aço – Perda de tinta
Estrutura de aço do elevadorPerda do Gradil
Detalhe: Pitting
Identificação das Patologias – Elevador
Corrosão
Identificação das Patologias – Elevador
Possíveis Soluções:
Diante da análise das patologias a equipe propõe uma
recuperação e requalificação do elevador do Taboão.
Fachadas:
• Substituição de todo o reboco comprometido
• Recuperação dos elementos faltantes
• Remoção de toda a microflora
Pisos:
• Remoção de todo o revestimento não original, substituindo-o
por um piso elevado (observando obviamente o PEI) sobre
câmaras de ar, evitando o aparecimento de umidade
ascendente oriundas do lençol freático e das galerias
subterrâneas presentes em toda a encosta.
Figura 2 - Contrapiso segundo Massari
Figura 1 - Contrapisos
A requalificação:
• As sapatarias devem ganhar novas instalações, adequando sua área ao novo uso do elevador.
• A requalificação da área deverá contar também com a requalificação dos edifícios contíguos, pois estão bastante
degradados.
• As ruas devem ter seu calçamento recuperado devido ao péssimo estado e ao grande número de buracos.
Possíveis Soluções:
Esquadrias e Gradis:
• Recomposição de todos os gradis faltantes ou com alto grau de corrosão.
• Remoção da parte oxidada de todas as peças e revestir com uma nova camada protetora
• (Tintas anti-corrosivas ou mesmo processos de galvanização, se necessário).
• No caso dos gradis metálicos que foram retirados, sugerimos a sua reconstrução
Coberturas:
• Remoção de todas as telhas de fibrociimento;
• Deverá ser feito um estudo sobre o tipo original de telha. Sugere-se sua reconstrução e reposição;
Conclusão:
O elevador do Taboão não é apenas um elevador, mas também um ícone histórico da cidade de Salvador. Como
tal, merece uma atenção especial por parte do governo e da população local. Sua importância não é apenas
histórica, mas também estabelece um elo de ligação entre a baixa dos sapateiros e o comércio, sobretudo para os
pedestres.
É um ícone da engenharia e da arquitetura, representando uma das primeiras edificações de estrutura metálica
em Salvador. Se sua importância como elo de ligação é discutível, a qualidade da sua construção com certeza não
é, permanecendo com alto grau de conservação mesmo após mais de 50 anos de abandono.
O elevador do Taboão não deve ser tratado apenas com a representação do requinte e do glamour de uma época,
mas sim como parte de um patrimônio da humanidade, o centro histórico de Salvador, sendo parte integrante do
seu frontispício e sendo mais um meio de vencer a grande falha geológica da antiga capital da colônia.
Referências Bibliográficas:
Páginas da web:
http://www.salvador.ba.gov.br
http://www.scielo.br/
http://www.cultura.gov.br/noticias
http://www.stp.salvador.ba.gov.br/
http://www.ferrolatino.ch/
http://tiogegeca.blogspot.com/
http://www.atarde.com.br/cidades/
OLIVEIRA, Mario Mendonça de; Tecnologia da conservação e da
restauração – Materiais e estruturas; 3º edição; Editora EDUFBA;
Salvador, 2008