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UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO CAMPUS – FERNANDÓPOLIS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTUDO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM FERNANDÓPOLIS - SP GREICY PANSANI NUNES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Camilo Castelo Branco, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Engenharia Civil. ORIENTADOR: Profª. Esp. Paloma Gazolla de Oliveira Albertini Fernandópolis Maio – 2013

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SITUAÇÃO DOS Resíduos solido da Construção Civil EM Fernandópolis. QUANTIFICA E CARACTERIZA OS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE FERNANDÓPOLIS NO PERÍODO DE 2010 A 2012.

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UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO

CAMPUS – FERNANDÓPOLIS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM FERNANDÓPOLIS - SP

GREICY PANSANI NUNES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade Camilo Castelo Branco, como parte dos

requisitos para obtenção do Título de Engenharia

Civil.

ORIENTADOR: Profª. Esp. Paloma Gazolla de Oliveira Albertini

Fernandópolis

Maio – 2013

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A meus avós Severino Pansani in

memoriam e Adalgisa AraujoPansani,

dedico este trabalho, especialmente por

me terem dado, no âmbito familiar, desde

o inicio de minha vida, noções primordiais

da base da educação. Procuraram

sempre, de forma simples, digna e eficaz,

mostrar-me a importância da constante

busca do saber.

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Camilo Castelo Branco – Campus Fernandópolis, aos

professores do curso de engenharia civil que contribuíram para minha formação

científica proporcionando-me direta ou indiretamente conhecimentos, destrezas,

atitudes, valores e senso crítico, sem os quais não a teria realizado.

Em especial, a Deus e a minha família que durante esse período soube

entender minhas mudanças de humor. para meus pais Yara Lucia e José Ataides

com carinho pela compreensão e para meu irmão Tiago pela calma comigo.

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“A natureza criou o tapete sem fim que

recobre a superfície da terra. Dentro da

pelagem desse tapete vivem todos os

animais, respeitosamente. Nenhum o

estraga, nenhum o rói, exceto o homem.”

(Monteiro Lobato)

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RESUMO

Mediante a mudança de cenário da economia do país, provocada pela

expansão do mercado imobiliário, as atividades construtivas passaram a ser cada

vez mais frequentes nos municípios brasileiros. Entretanto a política pública

municipal de gerenciamento dos resíduos produzidos por essa atividade não

conseguiu acompanhar essa acelerada expansão, sendo diagnosticado em vários

municípios brasileiros problemas pertinentes a caracterização, acondicionamento,

transporte e destinação final de resíduos. Em Fernandópolis essa realidade não é

diferente e mediante levantamento de dados e informações foi possível caracterizar

o perfil dos resíduos da construção civil gerados no município, assim como a

identificação de falhas na política pública de gerenciamento desses resíduos

adotada pelo município.

Palavras-chaves: Resíduos da construção civil. Diagnóstico.Fernandópolis.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Origem dos resíduos. ................................................................................. 19

Figura 2: Porcentagem média dos constituintes do entulho em Ribeirão Preto - SP 22

Figura 3: Localização do município de Fernandópolis............................................... 24

Figura 4: Perfil dos pequenos transportadores do município de Fernandópolis. ....... 26

Figura 5: Localização do Ecoponto e sua área de captação. .................................... 26

Figura 6: Guarita do Ecoponto A. .............................................................................. 27

Figura 7: Disposição dos resíduos na área do Ecoponto. ......................................... 28

Figura 8: Áreas de maiores incidências de construção durante o ano de 2012. ....... 30

Figura 9: Composição média dos RCD disposto no Ecoponto. ................................. 32

Figura 10: Remoção dos resíduos Classe A já triados para encaminhamento ao

CER. .......................................................................................................................... 33

Figura 11: Processo de desagregação dos resíduos Classe A no CER de

Fernandópolis. ........................................................................................................... 34

Figura 12: Área de triagem e destinação final dos grandes geradores. .................... 37

Figura 13: Pontos críticos de descarte irregular no município. .................................. 39

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Percentual do Crédito Imobiliário no Brasil e em Alguns Países em 2006.

.................................................................................................................................. 13

Tabela 2: Taxa de desperdício de materiais em uma obra........................................ 20

Tabela 3: Composição de RCD de algumas cidades brasileira. ................................ 21

Tabela 4: Geração de RCC mensal em Fernandópolis durante o ano de 2012. ....... 29

Tabela 5: Relação anual de Obras em Fernandópolis durante o ano de 2012. ........ 29

Tabela 6: Caracterização dos RCD disposto no Ecoponto de Fernandópolis no ano

de 2012. .................................................................................................................... 32

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SUMÁRIO

1- Introdução ............................................................................................................. 9

1.1 Considerações Iniciais ....................................................................................... 9

1.2 Objetivos .......................................................................................................... 10

1.3 Justificativa....................................................................................................... 10

1.4 Organização da Pesquisa ................................................................................ 11

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 12

2.1- O avanço da construção civil........................................................................ 12

2.2- Perspectivas para o setor da construção civil .............................................. 14

2.3- Resíduos da Construção Civil ...................................................................... 15

2.4- Geração dos Resíduos da Construção Civil ................................................. 17

2.5- Composição dos Resíduos da Construção Civil........................................... 20

3. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM FERNANDÓPOLIS ......................... 23

3.1- Caracterização do Município de Fernandópolis ........................................... 23

3.2- Diagnóstico do RCC Gerenciados pela Administração Pública Municipal ... 24

3.2-1. Geração ................................................................................................. 28

3.2-2. Composição ........................................................................................... 31

3.2-3. Destinação Final .................................................................................... 33

3.2-4. Deficiências existências na política pública municipal ........................... 35

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 40

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41

ANEXO ...................................................................................................................... 45

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9

1- INTRODUÇÃO 1.1 Considerações Iniciais

Com a acelerada expansão do mercado imobiliário residencial, decorrente

da melhoria do ambiente de negócios, da estabilidade econômica e do crescimento

da renda da população, a construção civil brasileira tem atingido momentos de

áurea.

Segundo Machado (2013), no mês de Janeiro de 2013, os fundos

imobiliários negociados na Bovespa tiveram rendimento histórico com 26,95 milhões

de reais negociados. Com esse avanço do mercado imobiliário residencial, as

atividades construtivas e a cadeia de negócios no setor da construção tornaram-se

um dos pilares de sustentação da estabilidade econômica do país.

No estado de São Paulo, um dos estados mais desenvolvidos do país, essa

realidade não é diferente. De acordo com o Sindicato das Empresas de Compra,

Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São

Paulo (Secovi), somente na região metropolitana de São Paulo nos últimos doze

anos foram construídos 5270 empreendimentos residenciais (436067unidades de

casas e apartamentos) em 59,4 milhões de metros quadrados (SECOVI, 2013).

O município de Fernandópolis, acompanhando esse desenvolvimento,

registrou durante o ano de 2012, 1773 solicitações de autorização para novas

construções, segundo informações da Secretaria Municipal de Obras, Habitação e

Urbanismo.

Em meio a essa ascensão da construção civil, em tempos onde a

sustentabilidade é primordial à sobrevivência da espécie, uma harmonização entre

as atividades de construção civil e desenvolvimento urbano com a preservação do

meio ambiente e da qualidade de vida da população torna-se essencial. Isso porque

a construção civil brasileira consome em torno de 40% dos recursos naturais

extraídos e gera aproximadamente 60% de todos os resíduos sólidos urbanos

(TAJIRI et al.,2011).

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10

A cadeia produtiva da construção civil é responsável por gerar uma

quantidade considerável de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), que

quando depositado irregularmente, em lugares inadequados, comprometem a

paisagem urbana e propiciam a multiplicação de vetores de doenças, afetando a

qualidade de vida da sociedade como um todo (SOUZA et al., 2004).

1.2 Objetivos

Como o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos é uma das ferramentas

de Saneamento Básico responsável por propiciar condições de higiene e bem estar

à população de um município; este trabalho de conclusão de curso tem como

objetivo diagnosticar o perfil dos resíduos da construção civil gerenciado pela

administração pública do município de Fernandópolis, assim como identificar as

falhas existenciais na política pública municipal no tocante ao gerenciamento dos

resíduos sólidos de construção civil.

1.3 Justificativa

Ciente de que a maioria das cidades brasileiras apresentam uma política

pública municipal no tocante ao gerenciamento dos resíduos sólidos de construção,

ineficiente, decorrente do acelerado avanço do mercado imobiliário; esse trabalho de

conclusão de curso pretende realizar um estudo no município de Fernandópolis –

SP, para entender como funciona o gerenciamento dos resíduos da construção civil

no âmbito municipal, assim atingir o seu objetivo que é,traçar um diagnóstico do

perfil desses resíduos e identificar as falhas existenciais na política pública municipal

adotada.

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11

1.4 Organização da Pesquisa

Para entender como funciona o gerenciamento dos resíduos da construção

civil em Fernandópolis, e até mesmo concluir se a realidade existente no município é

comum aos demais municípios ou não, este trabalho organizou sua pesquisa em

dois capítulos, dos quais são originados sub itens detalhando o contexto.

Assim no capítulo doisérealizada toda uma fundamentação teórica para

contextualizar a geração, definição e composição dos resíduos da construção civil

dentro do cenário atual do país. Neste é abordado os motivos que levaram ao

avanço do mercado imobiliário no Brasil; as perspectivas para o setor nos próximos

anos; a definição detalhada dos resíduos da construção civil de acordo com a

Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA n° 307 de 2002; os

principais responsáveis pela geração desse resíduo; e a dificuldade em estar

detalhando uma composição precisa para os resíduos, sendo apresentado como

parâmetro a composição de algumas cidades brasileiras e a composição dos

entulhos de Ribeirão Preto – SP.

No capítulo três é diagnosticado o funcionamento do gerenciamento dos

resíduos da construção civil, especificamente no município de Fernandópolis, sendo

apresentada a política publica municipal adotagerida pela Lei 3.716 de 24 de

setembro de 2010. Também é detalhada a quantidade mensal de resíduos oriundos

da atividade de pequenos geradores no município durante o ano de 2012, assim

como evidenciado as áreas de maior incidência de construção em 2012; a

composição média dos resíduos dispostos na área pública de triagem (Ecoponto) e

a destinação final de cada classe de resíduo. Também são abordadas as

deficiências existenciais na política pública municipal, assim como ilustrado os

pontos de descarte irregular.

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12

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1- O avanço da construção civil

A construção civil vem crescendo a uma taxa média de 5% acima da taxa da

economia nacional (Abdala et. al., 2011). Um resultado expressivo para um setor

que passou por décadas de estagnação. Mas seria este bom momento do setor da

construção civil o chamado “Boom” ou, um novo patamar de crescimento?

A palavra “Boom” na economia, expressa um período de crescimento rápido

e repentino, e ao observar o desempenho do setor habitacional, pode-se analisá-lo

como um “Boom” imobiliário.

Mas a correta interpretação é de que este crescimento não se deu de forma

repentina. Deve-se observar que o crescimento não tem sido de natureza

especulativa, mas sim decorrente de mudanças institucionais e da própria evolução

do cenário macroeconômico.

Após a estabilidade econômica, criada no país a partir do plano Real,

associada à implantação de políticas voltadas para o crescimento sócio econômico,

gerou o aumento da renda do cidadão. O aumento desta renda per capita nos

últimos anos induz a um crescimento da demanda por moradias, que hoje é um dos

principais fatores do crescimento da construção civil no Brasil.

Estrategicamente, foram criadas políticas governamentais de financiamento

imobiliário e programas específicos para corrigir o déficit habitacional, como: “Minha

Casa Minha Vida”, utilizando recursos subsidiados e facilitados, para atender aos

seus usuários.

Nos últimos anos, o Brasil tem apresentado um significativo incremento nas

suas atividades de financiamento imobiliário, cujas consequências são relevantes

tanto no plano social como no econômico(ABDALAet al., 2011).

O cenário favorável e a queda na taxa básica de juros, influenciaram

positivamente para que a quantidade de operações de financiamento imobiliário

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aumentasse. Apesar do incremento nestas operações nos últimos anos, o sistema

financeiro imobiliário brasileiro ainda é muito atrofiado.

Em países com este sistema mais desenvolvido, a participação de recursos

a financiamento imobiliário tem grande participação no PIB, o que não acontece no

Brasil.

Tabela 1: Percentual do Crédito Imobiliário no Brasil e em Alguns Países em 2006.

Fonte: Abdala (2011 apud 2ª Conferencia de Crédito Imobiliário – BACEN).

Diante dos dados apresentados na tabela 1, pode-se observar que o país

tem capacidade de aumentar a oferta de crédito imobiliário, dado que o volume de

recursos direcionados para estas operações, ainda é pequeno diante do potencial de

crédito, geral e imobiliário.

Segundo Abdala et al. (2011), além do crescimento no setor habitacional, a

construção civil vem crescendo também, no setor de logística e melhoria da infra-

estrutura básica, por meio do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Este

tipo de investimento é mais que necessário para as pretensões do nosso país, para

se tornar competitivo no mundo globalizado de hoje, onde se faz necessário uma

redução constante dos custos de produção. Neste aspecto, somos um dos países

mais produtivos do mundo, mas infelizmente, pior de todos em termos de custos de

escoamento da nossa produção. Temos deficiência de logística em toda cadeia de

produção, inclusive no sistema portuário nacional.

Para melhorarmos este cenário, serão necessários investimentos futuros

muito acima dos atuais destinados ao PAC.

Outro fator influenciador do crescimento da Construção civil no Brasil são os

eventos esportivos. O Brasil sediará os dois maiores eventos mundial de esporte;

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acopa do mundo de futebol, em 2014, e os jogos olímpicos, em 2016. Ambos os

eventos exigirão investimentos na construção civil em adequação e construção de

Estádios e também, em infraestrutura e em hotéis.

Segundo a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN (2009), um estudo

encomendado pelo ministério do esporte à Fundação Instituto de Administração da

Universidade de São Paulo afirma que haverá o envolvimento de 55 setores da

economia, criando um impacto em torno de 102 bilhões de reais na economia

nacional.

Como se pode observar, o setor da construção civil ganhou um papel de

destaque nos últimos anos, que não é função do acaso, pois vários fatores

contribuíram para o melhor desempenho do setor; o incremento na oferta imobiliária,

o aumento do emprego formal, o crescimento da renda per capta e a estabilidade

macroeconômica, além das políticas governamentais de incentivos ao setor, foram

alguns desses fatores.

2.2- Perspectivas para o setor da construção civil

Os programas habitacionais estão ganhando corpo a cada ano que se passa

e tornando-se importante marcos na trajetória brasileira. O país possui um passivo

habitacional e uma carência de infra-estrutura incoerente com suas pretensões de

desenvolvimento.

O déficit de moradias no país se concentra nas faixas de menores rendas, o

que faz com que a única forma de combater esta mazela social, seja através de um

sistema de financiamento sólido, capaz de atender as necessidades desta camada

da população (ABDALAet al., 2011).

A perspectiva em relação ao déficit de moradias no Brasil é de que esse

número recue a cada ano que passa. O atual governo deu uma atenção maior ao

financiamento de moradias para as camadas mais carentes da população, com

programas como o PAC e Minha Casa Minha Vida. Mas mesmo assim, o país deve

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enfrentar nos próximos anos um incremento na demanda por habitação (MONTEIRO

et al., 2010).

Segundo Monteiro et al (2010), um estudo feito pela Fundação João Pinheiro

em parceria com o Ministério das Cidades revelou que o déficit habitacional entre o

período de 2008 a 2023, será de 24,7 milhões de domicílios no país.

Desta forma, somente neste setor, ainda teremos um crescimento acentuado

da demanda por construção civil no país, pelo menos para os próximos 10 anos

(ABDALAet al., 2011).

2.3- Resíduos da Construção Civil

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através da NBR

10004 considera como resíduos sólidos, os resíduos no estado sólido e semi-sólido

que resultam de diversas atividades com origens: industriais, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola, de serviços, de varrição e outros. Essa mesma norma utiliza

como critério de classificação para os resíduos, seus riscos potenciais ao meio

ambiente e à saúde pública. Assim os resíduos são classificados como: resíduos de

Classe I - perigosos ou resíduos de Classe II - não perigosos, sendo esta última

subdividida em resíduos Classe IIA – não inertes e resíduos Classe IIB – inertes.

Embora os resíduos da construção civil não estejam explicitamente citados

nesta norma, eles estão inclusos nas atividades industriais e atividades de serviços,

geralmente enquadrados como de Classe IIB, inertes, sendo a presença de tintas,

solventes, óleos e outros derivados componentes que podem alterar essa

classificação para Classe I ou Classe IIB.

Essa necessidade de detalhamento para um gerenciamento adequado dos

resíduos da construção civil - RCC, fez com que os órgãos que regulamentam a

ocorrência de impactos ao meio ambiente desenvolvessem medidas como a

instituição da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA n° 307

de 2002.

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16

De acordo com a Resolução CONAMA n° 307 em seu Art 3°, os resíduos da

construção civil são classificados em:

Classe A - são os resíduos reutilizáveis como agregados, tais como:

a) De construção, demolição, reformas e ou reparos de pavimentação e de

outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplenagem;

b) De construção, demolição, reformas e reparos de edificações:

componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),

argamassa e concreto;

c) De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em

concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

Classe B - são resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos; papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

Classe C - são resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias

ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/

recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso, sacos de cimento;

Classe D – os resíduos perigosos, tais como tintas, solventes, óleos e

derivados, e outros contaminados ou prejudiciais à saúde, oriundos de demolição,

reforma e reparo de clinicas radiológicas, instalações industriais e outros.

Essa Resolução que classifica os resíduos da construção civil em 4 classes

foi modificada pela Resolução 348, de 16 de Agosto de 2004, e pela Resolução 431,

de 24 de maio de 2011, que inseriram o amianto como material perigoso (classe D)

e mudaram a classificação do gesso, classe C para classe B, respectivamente

(Cabral e Moreira, 2011). Portanto os resíduos da construção civil – RCC possuem

legislação própria e específica.

Cabe ressaltar que os resíduos da construção civil – RCC, também são

conhecidos e citados por muitos autores como resíduos da construção e demolição

– RCD. Assim para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso serão

utilizadas as duas nomenclaturas.

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Embora não apresente tanto risco à saúde humana quanto os resíduos

domésticos e os de serviço de saúde, os resíduos da construção civil, quando não

gerenciados adequadamente podem causar diversos impactos ambientais (Mansoret

al., 2010). Segundo John (2000), a deposição irregular dos RCD na malha urbana

está relacionada com impactos como enchentes, assoreamento de córregos,

obstrução de vias de tráfego e proliferação de doenças.

Como meio de minimizar os impactos ambientais, principalmente a situação

do grande volume de entulhos gerado nas obras, o governo brasileiro criou, em

janeiro de 2002, pelo CONAMA, a Resolução nº 307, para estabelecer diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos provenientes da construção

civil. (KARPINSKI et al., 2008 apud DONAT et al., 2008).

Nesta mesma Resolução ficou definida a obrigatoriedade dos municípios

estarem elaborando um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil, o qual é parte constituinte o Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, que define quem são os pequenos e grandes geradores, suas

competências e atribuições. Neste cabe aos municípios estabelecer as diretrizes

técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos

geradores, sendo os grandes geradores responsáveis pela elaboração de seus

próprios Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

2.4- Geração dos Resíduos da Construção Civil

A geração dos resíduos de construção e demolição – RCD cresceu

significativamente no Brasil nos últimos anos em decorrência da mudança de

cenário do país.

Gerados para propiciar novos usos para o local, os RCD são provenientes

de atividades como a construção da infra-estrutura urbana, de responsabilidade do

poder público e, principalmente, da ação da iniciativa privada na construção de

novas edificações (residenciais, comerciais, industriais etc.), nas ampliações e

reformas de edificações existentes e de demolição (PINTO e GONZÁLES, 2005).

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18

Segundo Porto e Silva (2010) existem três fases nas quais os RCC são

gerados: fase de construção, fase de reforma e fase de demolição.

Ainda que os resíduos produzidos durante essas três fases tenham

estimativa de geração muito variável, admite-se que os valores típicos encontram-se

entre 0,40 e 0,50 t/hab.ano, ou seja, 2/3 da massa de resíduos sólidos de um

município é de RCC (JOHN, 2001).

Assim o valor da geração de resíduos depende da intensidade da atividade

de construção, da tecnologia emprega e da taxa de desperdício e manutenção

(JOHN, 2000).

Ressalta-se que dos resíduos oriundos da construção civil 70% são gerados

pelos pequenos gerados, provenientes de atividades informais de obras de

construção, reformas e demolições. Sendo os 30% restantes provenientes da

construção formal, produzida por grandes geradores (TAJIRI e MIRANDA, 2012).

Dos resíduos produzidos pelos pequenos geradores, a maior parte é

decorrente do desperdício e perdas de material ainda na fase de

construção/execução resultantes da característica artesanal da construção. Ou seja,

problemas relacionados ao projeto da obra provenientes da falta de definição e/ou

detalhamento, ausência de precisão nos memoriais descritivos, baixa qualidade da

mão-de-obra empregada, baixa qualidade do material usado, e inadequado manejo,

transporte e armazenamento de materiais são os principais responsáveis pela

geração de resíduos nesta fase (LIMA e LIMA, 2010).

Já na fase de demolição a falta de processos de reutilização e reciclagem no

canteiro de obra são as responsáveis pela geração de resíduos. Geralmente os

resíduos encontrados nesta fase são os que apresentam impossibilidade de

reaproveitamento, como, alvenaria proveniente de paredes, concreto armado e pisos

danificados. Estudos dizem que 50% dos RCC são correspondentes de obras de

construção, sendo o restante de serviços de demolição. A figura 1 mostra os valores

percentuais da origem dos RCC gerados.

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19

Figura 1: Origem dos resíduos.

Fonte: Adaptado de I&T informações e técnicas, 2013.

A tabela 2 retrata a taxa de desperdício dos materiais, entre valores

máximos e mínimos, decorrentes da variação de metodologia utilizada no projeto,

execução e controle da obra.

Em obras realizadas pela construção formal, o desperdício e a redução das

perdas são menores, visto que esses são fatores determinantes para a

sobrevivência das construtoras e para sua adequação no mercado. Segundo Pinto

(2005), é aceitável considerar que na construção empresarial a perda varia ente 20 e

30% da massa total dos materiais, dependendo do nível técnico do construtor.

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20

Tabela 2: Taxa de desperdício de materiais em uma obra.

Materiais Taxa de Desperdício (%)

Média Mínimo Máximo

Concreto usinado 9 2 23

Aço 11 4 16

Blocos e tijolos 13 3 48

Placas cerâmicas 14 2 50

Revestimento têxtil 14 14 14

Eletrodutos 15 13 18

Tubos para sistemas prediais 15 8 56

Tintas 17 8 24

Condutores 27 14 35

Gesso 30 14 120 Fonte: Adaptado de Lima e Lima, 2010.

2.5- Composição dos Resíduos da Construção Civil

Existe hoje no mercado da construção civil uma infinidade de materiais e

técnicas construtivas disponíveis para facilitar, agilizar e melhorar o desenvolvimento

de uma obra. Essa grande diversidade de opção está afetando cada vez mais as

características dos resíduos gerados, principalmente no que diz respeito à

composição.

Assim não se pode dizer ao certo e precisamente qual a composição dos

resíduos da construção civil. Porém sabe-se que essa composição vai variar de

acordo com desenvolvimento econômico e tecnológico da região, das características

específicas da cidade, das técnicas de demolição empregadas, e também da

estação do ano a qual a obra/demolição é executada.

De modo geral existem nos resíduos: solos; materiais com componentes

minerais como rochas, concreto, argamassa e cal; componentes metálicos como

aços para concreto armado, latão, aço galvanizado; componentes de cerâmica como

cimento amianto, gesso em placa, vidro; componentes orgânicos como madeira,

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21

plástico, papel e materiais com componentes betuminosos como tintas e adesivos

(JOHN; AGOPYAN, 2011).

A tabela 3 apresenta a variação da composição de RCD de algumas cidades

brasileiras.

Tabela 3: Composição de RCD de algumas cidades brasileira.

Município

Argamassa

(%)

Concreto

(%)

Material

Cerâmico

(%)

Cerâmica

Polida

(%)

Rochas e

Solos (%) Outros (%)

São Paulo/

SPa 25,2 8,2 29,6 N.D 32 5

Porto Alegre/

RSb 44,2 18,3 35,6 0,1 1,8 N.D

Ribeirão

Preto/SPc 37,4 21,1 20,8 2,5 17,7 0,5

Salvador/

BAd 53 9 5 27 6

Campina

Grande/ PBe

28

10

30

1

9

18

Maceió/ ALf 27,82 18,65 48,15 3,06 N.D 2,32

a)BRITO FILHO (1999) d)QUADROS; OLIVEIRA (2001)

b)LOVATO (2007) e)NÓBRAGA (2002)

c)ZORDAN (1997) f)VIEIRA (2003) Fonte: Adaptado de Cabral e Moreira (2011).

Mediante estudo de caso realizado por Zordan (1997) nos entulhos da

cidade de Ribeirão Preto - SP foi possível identificar uma predominância das

argamassas (37,4%), seguida pelo concreto (21,1%) e pelos materiais cerâmicos

não polidos (20,8%), conforme ilustrado na Figura 2.

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22

Figura 2: Porcentagem média dos constituintes do entulho em Ribeirão Preto - SP

Fonte: Adaptado de Zordan (1997).

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3. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM FERNANDÓPOLIS

3.1- Caracterização do Município de Fernandópolis

Fernandópolis está localizada no noroeste do Estado de São Paulo (figura

3), distando cerca de 555 km da capital e 120 km de São José do Rio Preto, sendo

limitada pela divisa com o Estado de Minas Gerais e Estado de Mato Grasso do Sul

(FERNANDÓPOLIS, 2004).

O município se destaca entre os municípios da sua região de governo

(Fernandópolis, Populina, Ouroeste, Indiaporã, Mira Estrela, Turmalina, Guarani

d’Oeste, Macedônia, Pedranópolis, Estrela d’Oeste, Meridiano e São João das Duas

Pontes) por possuir a maior extensão territorial 550,00 km2, a maior densidade

demográfica de 111,8 hab/km2 e ser o mais populoso 64.696 habitantes (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2013). O Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal (de 2000) para o município, foi calculado em 0,832 o que,

segundo a classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -

PNUD, indica um alto desenvolvimento humano (Índice de Desenvolvimento

Humano - IDH maior que 0,8).

Com uma população predominantemente urbana (96,57% dos habitantes

residem na cidade), Fernandópolis possui uma taxa de urbanização próxima à do

Estado de São Paulo (93,69%) e superior a constatada para a Região de Governo

como um todo (88,73%). De acordo com os dados do Seade (Fundação Sistema

Estadual de Dados – SEADE, 2013) em 2001, a atividade econômica do município

estava concentrada no setor comercial (44%), sendo 27% no setor de serviços e

15% no setor industrial (FERNANDÓPOLIS, 2004).

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24

Figura 3: Localização do município de Fernandópolis.

Fonte: Próprio Autor.

3.2- Diagnóstico do RCC Gerenciados pela Administração Pública Municipal

A política pública municipal de gerenciamento dos resíduos da construção

civil e verde é gerida pela Lei 3.716 de 24 de setembro de 2010, que dispõe sobre o

Sistema de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos da Construção Civil e

Verde quanto à caracterização da triagem, acondicionamento, transporte,

beneficiamento, reciclagem e destinação final adequada, (anexo).

Criada para atender a política urbana de pleno desenvolvimento da função

social da cidade e da propriedade urbana conforme estabelece a Resolução

CONAMA 307/2002 e a Lei Federal nº 12.305/2010; a Lei municipal define diretrizes

técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos grandes e

pequenos geradores em âmbito municipal, objetivando garantir uma melhoria do

ambiente urbano, redução de impactos ambientais, redução na geração de resíduos

sólidos e valorização de resíduos através de técnicas de tratamento e reciclagem.

Em seu Capitulo II, Artigo 8°, a Lei caracteriza como pequenos geradores,

aqueles cujo volume de resíduos da construção civil e/ou verdes gerados em

propriedade privada ou área pública não exceda em sua totalidade o volume de 1

Fernandópolis

Page 26: tcc rcc fernandopolis

25

m3(um metro cúbico) por semana; e como grande geradores, aqueles cujo volume

exceda em sua totalidade o volume de 1 m3 (um metro cúbico) por semana.

Assim, considera-se para efeito da lei municipal, como gerador toda pessoa

física ou jurídica, publica ou privada, responsável por atividades ou

empreendimentos que gerem resíduos da construção civil ou verde, sendo a ele

atribuída a responsabilidade pela segregação, acondicionamento, coleta e

destinação final dos resíduos.

Mediante o exposto no Capitulo III da mesma Lei, é arbitrado aos grandes

geradores à competência em elaborar Projetos de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil e Verde, que contemplem caracterização, triagem,

acondicionamento, transporte e destinação dos resíduos por eles gerados. Os

pequenos geradores são isento desta responsabilidade. Isso porque a política

publica adotada no município assume o compromisso de gerenciar os resíduos

originados dos pequenos geradores.

Cabe salientar que este trabalho de conclusão de curso contempla somente

dados e informação pertinentes as RCC, não sendo referenciados os Resíduos

Sólidos Verdes (provenientes da limpeza e manutenção de terrenos e jardins; e

supressão de vegetação) e Resíduos Volumosos (materiais não recolhido pela

coleta pública como móveis e equipamentos domésticos inutilizados, não

provenientes de processo industrial), no estudo.

Assim, mediante a política pública municipal adotada, é disponibilizado

gratuitamente aos pequenos geradores pontos de apoio, locais de destinação

temporária de resíduos que funcionam como centro de triagem, implantados em

bacias de captação a fim de reduzir ao máximo a destinação final inadequada e

potencializar o reaproveitamento dos resíduos, para descarte de resíduos

transportado por pequenos geradores. Para efeito da Lei 3716/10, são

caracterizados como pequenos transportadores automóveis, tratores ou carroças,

cujo volume de resíduos transportados não ultrapasse 3 m3 (três metros cúbicos) por

dia. A figura 4 ilustra o perfil dos pequenos transportadores.

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26

Figura 4: Perfil dos pequenos transportadores do município de Fernandópolis.

Fonte: Próprio autor.

Existe no município de Fernandópolis um ponto de apoio designados como

Ecoponto. A figura 5 ilustra o local de instalação do Ecoponto, bem como sua área

de captação.

Figura 5: Localização do Ecoponto e sua área de captação.

Fonte: Adaptado da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 2012.

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27

O Ecoponto conhecido pelos moradores do município como Ecoponto da

FEF, por estar localizado na Avenida Theotônio Vilela nas proximidades da

instituição Fundação Educacional de Fernandópolis, possui horário de

funcionamento de segunda a sexta das 07:30 as 17:00 horas.

Neste ponto de apoio, provido de guarita (figura 6) e de um servidor

municipal responsável por realizar o controle de entrada e saída de veículos, os

resíduos já previamente triados, são depositados pelos pequenos transportadores

em locais estabelecidos e indicado pelo servidor. Não existe no local do Ecoponto

uma delimitação fixa indicando a área de descarte para cada Classe de resíduo,

apenas é visível uma separação propiciada pela aglomeração de materiais. A figura

6 ilustra a guarita do Ecoponto, uma edificação que chama a atenção dos munícipes,

por ter sido construída com garrafas pets e cobertura com telhas provenientes de

embalagens longa vida; cujo objetivo é conscientizar a população sobre as possíveis

reutilizações dos resíduos, como meio de minimizar a geração de impactos ao meio

ambiente, além de proporcionar melhores condições de trabalho ao funcionário do

local. A figura 7 evidencia a disposição dos materiais na área do Ecoponto.

Figura 6: Guarita do Ecoponto.

Fonte: Próprio autor.

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28

Figura 7: Disposição dos resíduos na área do Ecoponto.

Fonte: Próprio autor.

3.2-1. Geração

Como na maioria dos municípios brasileiros, há poucos dados quantitativos

relativos aos RCC na administração pública de Fernandópolis, sendo o número de

viagens realizadas pelos pequenos transportadores, os únicos dados utilizados para

estimar a quantidade de RCC produzido pelos pequenos geradores. Assim, os

dados obtidos na tabela 4, foram estimados com base no perfil dos transportadores

e no número de viagens realizado por eles ao Ecoponto.

Como pode ser observado ocorreu, um significativo aumento nos meses de

fevereiro, março, abril, maio e julho, sendo o mês de abril o mês de maior volume

gerado (3249,00 m3). A média dos resíduos da construção civil produzido no

município de Fernandópolis durante o ano de 2012 foi de 1089,167 m3.

A relação anual de obras para este mesmo ano, fornecida pela Secretaria

Municipal de Obras, Habitação e Urbanismo do município, indica um maior registro

de solicitações para novas construções por metro quadrado no mês de outubro

(18318,84 m2), e maior solicitação para ampliação de área de construção no mês de

agosto (7933,92 m2), conforme tabela 5.

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29

Tabela 4: Geração de RCC mensal em Fernandópolis durante o ano de 2012.

Mês Total (m3)

Janeiro 417,00

Fevereiro 1030,50

Março 1995,00

Abril 3249,00

Maio 1487,00

Junho 848,50

Julho 1205,50

Agosto 682,00

Setembro 489,00

Outubro 481,00

Novembro 707,00

Dezembro 478,50 Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente,(2012)

Tabela 5: Relação anual de Obras em Fernandópolis durante o ano de 2012.

MÊS C. NOVAS (m2) AMPL. (m2) TOTAL (m2)

JANEIRO 4313,05 548,53 4861,58

FEVEREIRO 12813,41 848,03 13661,44

MARÇO 6928,58 5964,73 12893,31

ABRIL 4291,06 1349,78 5640,84

MAIO 7932,57 1371,08 9303,65

JUNHO 8858,27 569,55 9427,82

JULHO 4950,76 527,8 5478,56

AGOSTO 11197,28 7933,92 19131,2

SETEMBRO 5216,28 0 5216,28

OUTUBRO 18318,8 0 18318,8

NOVEMBRO 12329,51 337,15 12666,66

DEZEMBRO 6773,91 2,47 6776,38 Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Obras, Habitação e Urbanismo,(2012)

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30

Uma comparação do volume gerado por mês (tabela 4), com as solicitações

de construção da tabela 5, permite nos concluir que existe um intervalo de tempo

considerável entre o período de obtenção de autorização para a construção e a

geração efetiva dos resíduos. O que nos remete a idéia de que, uma boa parcela

dos resíduos gerados em 2012, seja proveniente de autorizações para construção e

ampliação obtidas em 2011.

Ainda mediante análise das solicitações de autorização para novas

construções, foi possível mapear as áreas de maiores incidências de obras em

2012, conforme figura 8.

Figura 8: Áreas de maiores incidências de construção durante o ano de 2012.

Fonte: Adaptado da Secretaria Municipal de Obras, Habitação e Urbanismo, (2012)

Conforme pode ser observado existe uma predominância de construções no

Bairro Parque Universitário, Residencial Mario Benez e Jardim São Francisco, com

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31

incidências também no Residencial Terra Nostra, Antônia Franco e Terra das

Paineiras, sendo ainda registrado algumas autorizações para o Bairro Jardim

Paraíso, Alto das Paineiras, Residencial Liana, Vila São José, Jardim Morada do Sol

e Jardim Residencial Santo Afonso.

Os Bairros Parque Universitário e Residencial Mario Beneztratam-se de

loteamentos novos e o Jardim São Francisco é portador do Programa Habitacional

Minha Casa Minha Vida. Os outros loteamentos são mais antigos, entretanto todos

possuidores de áreas disponíveis paraconstruções.

3.2-2. Composição

O perfil dos resíduos dispostos no Ecoponto de Fernandópolis é

basicamente igual ao dos estudos de casos de outros municípios do Brasil. A tabela

6, caracteriza os materiais encontrados na área pública de triagem, de acordo com a

Resolução CONAMA n° 307.Mediante a necessidade de um maior detalhamento dos

materiais encontrados,foi elaborada a figura 9 que retrata a composição média do

RCD gerado no município que é disposto no Ecoponto.Como pode ser observado na

Figura 9, a composição média dos RCD em Fernandópolis é constituída

principalmente por argamassas, concreto e materiais cerâmicos. Quase 87% dos

resíduos dispostos no Ecoponto são compostos por estes materiais. O restante é

formado por solos (10%), latas de tintas, solventes e derivados (0,5%), ferro e aço

(0,5%), recicláveis (1%) e outros (1%).

Cabe salientar que em meio aos RCD dispostos no Ecoponto, uma parcela

pouco expressiva de resíduos orgânicos acaba sendo encontrado. Isso porque

infelizmente, a população em geral ainda não desenvolveu hábitos ecologicamente

corretos.

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32

Tabela 6: Caracterização dos RCD disposto no Ecoponto de Fernandópolis no ano de 2012.

TIPO DE RCD DESCRIÇÃO

CLASSE A

Resíduos de Argamassa

Resíduos de Concreto

Resíduos de Materiais

Cerâmicos

Solos

Areia

CLASSE B

Papéis

Vidros

Madeira

Polietilenos

Acrílicos

Metais

CLASSE C Gesso

CLASSE D Tintas

Impermeabilizantes Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, (2012)

Figura 9: Composição média dos RCD dispostos no Ecoponto.

Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, (2012)

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33

3.2-3. Destinação Final

Uma empresa terceirizada contratada pela Prefeitura realiza a coleta e

transporte dos resíduos Classe A, C e D do Ecoponto até o Centro de Ecoeficiência

em Resíduos – CER, localizado no município. A figura 10 ilustra a remoção dos

resíduos Classe A pela empresa terceirizada.

Figura 10: Remoção dos resíduos Classe A já triados para encaminhamento ao CER.

Fonte: Próprio autor

No CER, segundo a empresa terceirizada, os resíduos Classe C e D são

armazenados temporariamente em depósitos cobertos para que seja acumulado

uma quantia considerável necessária para o seu encaminhamento a cidade de São

José do Rio Preto. Já os resíduos Classe A são encaminhados ao equipamento de

trituração. Cabe salientar que não é fornecida pela empresa terceirizada nenhum

relatório quantitativo dos resíduos recebidos, a administração municipal, o que

também dificulta a obtenção de dados.

Com o auxilio de uma pá carregadeira, os resíduos Classe A são

depositados no alimentador vibratório do equipamento de trituração, para a dosagem

correta dos materiais. Em seguida, todo material é encaminhado ao britador onde é

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34

triturado, passando posteriormente por uma esteira rolante equipada com separador

magnético para uma separação de resíduos de ferro que escaparam da triagem.

Após esta separação, o material é encaminhado à peneira vibratória que faz

separações granulométricas selecionadas. Assim, os materiais em frações diferentes

são depositados no chão para posterior transporte e comercialização. A figura 11

ilustra esse processo sendo realizado no CER de Fernandópolis.

Figura 11: Processo de desagregação dos resíduos Classe A no CER de Fernandópolis.

Fonte: Próprio autor

Segundo a empresa administradora da usina de reciclagem do CER, cerca

de 90% dos resíduos processados são comercializados no próprio local para

empresas que dosam industrialmente o concreto (Concreteiras) da própria cidade,

sendo somente 10% disponibilizado à administração pública para utilização em

estradas rurais.

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35

Quanto aos resíduos Classe B dispostos no Ecoponto, uma família, a qual a

Prefeitura sem nenhum vinculo empregatício disponibiliza gratuitamente o material,

recolhe estes diariamente para comercialização em empresas de reciclagem da

própria cidade.

3.2-4. Deficiências existências na política pública municipal

A Lei n° 3716, de 24 de setembro de 2010, criada para atender a política

urbana de pleno desenvolvimento da função social da cidade e da propriedade

urbana conforme estabelecido na Resolução CONAMA 307/2002 e na Lei Federal nº

12.305/2010, define as responsabilidades dos geradores e transportadores de

resíduos da construção civil e verdes, e demais agentes envolvidos no âmbito

municipal.

Esta estabelece em seu Capitulo II, Artigo 3° como seus objetivos:

[...] I. Garantir a melhoria do ambiente urbano;

II. Garantir a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos da construção civil e verdes;

III. Garantir a redução na geração dos resíduos sólidos urbanos;

IV. Estimular a valorização dos resíduos através de técnicas de tratamento e reciclagem;

V. Estabelecer as responsabilidades dos geradores e transportadores de resíduos da construção civil e verdes, e demais agentes envolvidos. [...]

Entretanto, apenas uma pequena parcela dos objetivados é de fato atingido.

Isso porque observa-se uma omissão dos grandes geradores quanto ao

gerenciamento dos resíduos por eles produzidos, não sendo por parte da

administração publica municipal cobrado nenhum esclarecimento. O que difere ao

estabelecido no Capitulo III, § 2°, da Lei municipal, o qual é atribuído aos grandes

geradores a obrigatoriedade de desenvolver e implementar Projetos de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, estabelecendo os procedimentos

específicos da obra para o manejo e destinação ambientalmente adequado dos

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36

resíduos proveniente de empreendimentos que requeiram a expedição de alvará de

aprovação e execução.

É, além da inexistência de informação quantitativa e qualitativa, observado

por parte dos grandes geradores um descumprimento ao estabelecido no Artigo, 14,

15, 16, 17 e 20 visto que, ao contratarem o serviço dos grandes transportadores, o

gerador acredita que se isenta do compromisso de destinar adequadamente os

resíduos, passando essa responsabilidade ao transportador. Entretanto, essa

isenção do gerador quanto à disponibilização final não existe. Conforme o

estabelecido no capitulo VI, Artigo 26, 27, 28, 29 e 30, que contempla a definição de

normas e critérios para a coleta e transporte RCC no município, o transportador dos

grandes geradores, deve estar munido de documentação fiscal que contenha a

identificação do gerador, a data e local da retirada, a natureza dos resíduos e a

destinação final; o que de fato não ocorre. A figura 12 evidencia um verdadeiro

descaso com a legislação municipal de RCC, executado pelos grandes geradores e

transportadores.

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37

Figura 12: Área de triagem e destinação final dos grandes geradores.

Fonte: Próprio autor

Quanto às responsabilidades atribuídas aospequenos geradores, pode-se

dizer que por estarem estes auxiliados pelo serviço público de gerenciamento de

resíduos, o descumprimento da Lei municipal torna-se menos expressivo.

No ponto de apoio criado pela rede pública, para o recebimento de

pequenos volumes, inexiste qualquer infra estrutura básica necessária a obtenção

do estabelecido no Artigo 3°. O local é desprovido de mecanismo de caracterização,

acondicionamento e triagem dos RCC dispostos. Os resíduos ali destinados não são

quantificados (mediante pesagem em balanças), caracterizados (identificados por

atividade geradora) e dispostos em áreas identificadas (provida de cerca ou placas)

por classe. Também é identificada uma permanência prolongada, mais de 6 meses,

dos resíduos no local; além do acondicionamento irregular dos resíduos classe D

que desobedecem as normas técnicas de especificações.

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38

O único funcionário publico existente não consegue fiscalizar e gerenciar as

atividades ali desenvolvidas, mediante a competência a ele atribuída de controlar a

entrada e saída de veículos.

Existe toda uma problemática de logística no município quanto à

disponibilização do ponto de apoio; visto que existe somente um Ecoponto, para

captação dos resíduos oriundos das atividades de pequenos geradores do município

inteiro. Isto propicia uma destinação irregular por parte dos pequenos

transportadores, uma vez que o deslocamento da área de produção dos resíduos

até o ponto de destinação adequado pode chegar até 9 km (para o caso mais

distante), sendo considerado um percurso muito longo para o perfil do município.

Também foram identificados problemas de acessibilidade ao local do

Ecoponto, como a necessidade de movimentação de pequenos geradores em vias

principais da cidade, que geram transtornos a população em geral, devido à baixa

velocidade dos veículos utilizados por estes; e a má conservação daAv. Theotônio

Vilela (via desprovida de pavimentação e iluminação que devido a declividade do

terreno propicia o surgimento, em períodos chuvosos, de erosões que inviabilizam a

movimentação de veículos. Cabe salientar que a Av. Theotônio Vilela é a única via

que permite acesso ao ponto de apoio, sendo a ela permitido somente um percurso

a ser realizado.

Existe um fiscal com atribuição para autuar a pessoa física ou jurídica que

descarta em local inapropriado resíduos sólidos de qualquer modalidade. Entretanto,

um único fiscal existente não consegue fiscalizar todo o perímetro urbano devido a

sua grande extensão. Também a maior incidência de disposição irregular ocorre no

período fora de horário comercial, aos fins de semanas e feriados, quando o mesmo

não está executando suas funções.

Assim, acredita-se que toda essa problemática de logística exposta, aliada à

falta de fiscalização, esteja contribuindo para as incidências de pontos de descarte

irregulares de resíduos no município. A figura13 indica os pontos críticos de descarte

irregular de resíduos sólidos.

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39

Figura 13: Pontos críticos de descarte irregular no município.

Fonte: Adaptado da Secretaria Municipal de Obras, Habitação e Urbanismo, (2012)

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40

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As informações apresentadas neste trabalho de conclusão de curso

demonstram que Fernandópolis assim como a maioria das cidades brasileiras

acompanhou a expansão do mercado imobiliário ocorrente no Brasil; e que em

virtude disso uma acentuada geração de Resíduos de Construção e Demolição

(RCD) passou a ser ocorrente no município.

Entretanto, a política pública municipal no tocante ao gerenciamento dos

resíduos sólidos de construção civil, não acompanhou o avanço do setor, sendo

omissa na cobrança do cumprimento das responsabilidades atribuídas aos grandes

geradores e falha nos procedimentos técnicos operacionais de gerenciamento

desses resíduos produzidos pelos pequenos geradores, a qual compete a ela

gerenciar.

Assim, como meio de minimizar a problemática diagnosticada, são sugeridas

algumas medidas que visam melhorar a situação do gerenciamento dos RCC no

município como:

Efetivar a obrigatoriedade dos grandes geradores em Elaborar e

Implantar Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil;

Reestruturação na logística dos pontos de apoio, criando novos

ecopontos em locais de fácil acesso a população;

Adequação da área do Ecoponto, reestruturação do local com inclusão

de infra estrutura que possibilite uma separação, quantificação e

identificação detalhada dos resíduos ali dispostos;

Fiscalização intensiva, cobrança de documento de identificação da

origem dos resíduos aos grandes transportadores e monitoramento nas

áreas de descarte irregular para aplicação de autuações.

Page 42: tcc rcc fernandopolis

41

REFERÊNCIAS

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