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Yga Clssico XVIII
Quando as luzes espirituais brilham sobre as trevas da ignorncia
Segunda Parte
Esta a segunda parte da minha matria sobre os nove (9) tchakras principais e os
quatrocentos e cinqenta(450) secundrios, compilada a partir de textos clssicos milenares
da ndia, que me foram transmitidos detalhadamente por algumas das Rishis de l, que
atuam com o Yga Clssico arqui milenar.
Na primeira parte demonstrei claramente como os mesmos funcionam, suas
estruturas interiores, como os setenta e dois(72)meridianos fundamentais ou nadis
interligam estes tchakras, canalizando cinco(5) tipos de energias retiradas do prana sutil
contido no ar comum, como a m circulao destas energias influenciam no s no plano
ou campo psquico das pessoas, mas tambm na rea psicossomtica. Como a correta
circulao destas energias necessria para toda a existncia humana e do prprio planeta,
tambm dei o nome de cada um dos nove(9) tchakras principais, suas cores, nmero de
vrtices nucleares, seus smbolos, seus mantras ou sementes e sua direta atuao por rea
em cada um dos cinco(5) elementos bsicos do planeta.
Informaes Preciosas
Todas estas informaes que esto publicadas so de cunho cientfico e, at tal
momento eram desconhecidas no pas. No to simples e nem to fcil trabalhar com este
tipo de abordagem e ir aprofundando a mesma, cada vez mais, com total segurana e
conhecimento, pois leva muito tempo para se amadurecer ou maturar um determinado
processo ou sistema. Mesmo os trabalhos de pesquisa geral sobre o assunto e os mtodos
envolvidos requerem muito tempo, muito esmero, uma tratativa criteriosa e mais que tudo
isto, uma profunda conscincia pessoal e profissional, em relao s informaes e aos
resultados obtidos, como transmiti-los e como utiliz-los. Sei perfeitamente que da mesma
forma que em outras matrias e pesquisas minhas, esta a primeira vez que o grande
pblico esta acessando tais dados, referncias metodolgicas e tal tipo de conhecimento. E,
quero sinceramente acreditar, que toda esta estrutura aqui contida possa primeiro servir
para aprimorar cada ser humano e segundo, servir para aprimorar as prprias regies, onde
estes seres humanos estiverem, atravs das emanaes das suas vibraes reconstrutivas e
conseqente fortalecimento das ondas de curto e longo alcance, inclusive, reconstituindo
parte da simetria original da gua do planeta, em especial.
Um Novo Olhar sobre o Oceano Csmico
Para lanarmos um novo olhar sobre os tchakras preciso esclarecer que entre os
motivos principais para conhec-los a fundo, est o fato de que o adequado funcionamento
dos mesmos, determinam todo o funcionamento da estrutura psquica e psicossomtica e
conseqentemente, a personalidade e o comportamento de cada ser humano e, como
resultado direto, o bom funcionamento do conjunto de aparelhos orgnicos, com suas
respectivas glndulas e rgos. Vamos ento aprofundar estes conhecimentos to
importantes, que pode ser desenvolvido atravs das prticas do Yga Clssico.
Quando vemos os desenhos simbolgicos de cada um dos nove (9) tchakras, os mesmos
contm toda uma srie de signos ou ilustraes bem definidas e caractersticas. Seguindo
uma ordem ascendente, vamos ento dissecar e esclarecer o que significa cada uma destas
imagens inseridas nos mesmos e totalmente desconhecidas aos ocidentais.
Informamos que dentro de sete (7) dos tchakras, esto distribudas as cinquenta (50)
letras do alfabeto snscrito.
I - O MuIadhara Tchakra: Mula quer dizer raiz e Adhara, suporte.
formado por quatro ptalas externas ao seu centro, sendo que, nas pontas internas
destas, a partir da ptala superior direita e em sentido horrio, esto as letras do alfabeto
snscrito ou devanagari, Vam, Sam, Sam e Sam. No seu interior h um crculo que
simboliza a plenitude ou a perfeio. Dentro do crculo vamos encontrar um quadrado que
simboliza o elemento terra e a matria comum. Do lado de fora do quadrado, saindo
diretamente dele, distribudas geometricamente, esto oito setas ou flechas representando as
oito direes que algum pode tomar e aps, se ramificarem em inmeras outras. Dentro do
quadrado, no alto direita esto lado a lado, primeiros os deuses Brahma criana e aps a
deusa Dakini. No centro deste vemos um tringulo (kamarupa) com a ponta para baixo,
representando a Yoni ou sexo feminino, e os seus trs ngulos simbolizam a vontade, Iccha,
a ao, Kriya e o conhecimento, Jnana e, tambm, os nadis Ida, Pingala e Sushumna. No
interior do tringulo vemos um Lingan (svayambhu), voltado sempre para cima,
representando o Falo ou sexo masculino. No mesmo h uma serpente enrolada trs vezes e
meia, expressando a fora atmica ou nuclear adormecida de Kundalini, a energia
primordial e residual, contida em todos os seres humanos.
Na ponta deste lingan aparece uma lua crescente, smbolo da fonte divina de
energia, que move os seres humanos. Saindo do centro da base superior do tringulo, pode-
se observar como que trs tubos, canais ou nadis serpenteantes, que se dirigem at o Ajna
tchakra, que se situa altura interna do entrecenho, na cabea, chamados (a) Pingala, o da
direita, quente ou solar, (b) Ida, o da esquerda, frio ou lunar e (c) Sushmna, o do centro,
considerado o principal entre os outros setenta e dois (72) nadis fundamentais e que servem
para canalizar as cinco(5) energias sutis e outras atravs dos tchakras em direo ao
Sahasrara tchakra, quando as mesmas esto devidamente purificadas e dinamizadas.
Sobre o tringulo aparece a letra snscrita "Lam" ou letra semente atvica, que quando
ativada serve para despertar as foras csmicas inerentes de Muladhara, gerando profundas
transformaes no ser humano. Se ele estiver profundamente preparado para as
transformaes, em termos psquicos, as mesmas sero fantsticas, mas caso no esteja
preparado, sofrer graves distrbios. Por fim, ainda dentro do quadrado, sob o vrtice ou
ngulo inferior do tringulo, vamos encontrar um elefante com sete trombas chamado
Airavata ou rei dos elefantes, veculo do deus Indra. As sete trombas representam os sete
elementos ou Dhatus, que formam as chamadas energias (shaktis) ou contra-parte sutil das
estruturas orgnicas, que se correlacionam com cada tchakra e que acabam dando "forma e
personalidade" ao prprio ser humano. O interessante que tais energias ou shaktis tm
nomes simblicos e aparecem com a forma das sete(7) deusas, que encontram-se ao lado
direito de cada um dos sete(7) deuses representados dentro dos tchakras.
Vamos ento descrever as mesmas e detalhar a primeira delas, que se situa no interior
do Muladhara tchakra:
1. Dakini Shakti no Muladhara Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu Rasa,
ou energia primordial geradora do "plasma geral" do organismo.
2. Rakini Shakti no Swadhisthana Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu
Rakta, ou energia primordial geradora do "sangue" do organismo.
3. Lakini Shakti no Manipura (ka) Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu
Mansa, ou energia primordial geradora dos "msculos" do organismo.
4. Kakini Shakti no Anahata Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu Meda, ou
energia primordial geradora das "gorduras" do organismo.
5. Shakini Shakti no Vishuddha (hi) Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu
Ashthi, ou energia primordial geradora dos "ossos" do organismo.
6. Hakini Shakti no Ajna Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu Majja, ou
energia primordial geradora dos "nervos e da medula" do organismo.
7. Sahasrara Tchakra, no h nenhuma deusa simbolizada, mas a energia sutil
(shakti) ou Dhatu Dhatu Shukrartava, ou energia primordial geradora de todos os
"princpios dos tecidos celulares reprodutivos" e que por isso sustentam toda a
estrutura gentica da vida.
Detalhando Dhatu Rasa ou energia primordial do plasma geral do organismo
O plasma, como sabemos, contm e transporta todos os nutrientes transformados
pela estrutura orgnica e ao mesmo tempo alimenta os sistemas com seus aparelhos e
tecidos celulares. Coordena as funes da lactao ou Stamaya glndulas mamarias e as
funes da menstruao ou Arthava do tero. Esta energia primordial quando equilibrada,
gera sentimentos de felicidade, entusiasmo e at amor. Quando bloqueada gera sentimentos
de tristeza, depresso e at carncias de diferentes naturezas. Atravs das prticas bsicas
do "Yga Clssico" podemos manter esta estrutura bem equilibrada. Nas prximas edies,
da Revista Personalit, irei descrever os outros tchakras, passo a passo, como fiz aqui com
este primeiro.
Yga Clssico XIX
Saindo da terra para se purificar na gua Csmica
Terceira Parte
Esta a terceira parte da minha matria sobre os nove (9) tchakras principais e os
quatrocentos e cinqenta (450) secundrios, compilada a partir de textos clssicos
milenares da ndia e, tambm dos ensinamentos que recebi e ainda recebo das Rishis do
antigo Hindusto ou Bharata Varsha. Na segunda parte, demonstrei de forma clara e
detalhada toda a estrutura do tchakra Muladhara, como ele funciona, onde atua e quais seus
elementos fundamentais. Quais suas propriedades e tudo o que ele reflete no ser humano e
na sua mais ntima personalidade e comportamento. Agora vou trabalhar o tchakra
Svadhisthana da mesma forma que o anterior.
II O Svadhisthana Tchakra
O Suporte da Vida
formado por seis ptalas externas ao seu centro, sendo que nas pontas internas
destas, a partir da ptala superior direita e em sentido horrio. Esto as letras do alfabeto
snskrito ou devanagari BAM, BHAM, MAM, YAM, RAM e LAM. No seu interior h um
crculo que simboliza a sua plenitude ou a sua perfeio. Dentro do crculo vamos encontrar
um ltus de oito ptalas, contendo a Mandala Ambhoja ou Mandala da Lua Crescente, que
branca, luminosa, serena e receptiva, e simboliza o elemento gua ou a gua csmica
primordial e purificadora. Dentro da Mandala da Lua Crescente, na sua parte interior e
inferior, est Makara, uma combinao de um jacar e um peixe, com uma enorme boca
aberta pronta para devorar qualquer coisa, sem nenhuma discriminao. Este smbolo
significa a imaginao, a qual desenvolve o desejo de liderar, de reconhecimento e tambm
do prazer, da satisfao. Quando duas pontas superiores da Mandala da Lua Crescente, se
unem no seu extremo superior, dentro dela, forma-se um crculo menor. E dentro dele
vamos localizar outro ltus de oito ptalas. Dentro deste ltus, no alto, direita, esto lado
a lado, primeiro o deus Vishnu e aps a deusa Rakini. Vishnu representa a preservao ou a
conservao da espcie e da prpria criao e ainda o nvel mais elevado da inteligncia e
da conscincia. E estes aspectos so da mais extrema importncia para os seres humanos.
Rakini representa a criatividade, a imaginao e a fora energtica e vibracional feminina.
No centro do ltus aparece a letra snskrita VAM ou letra semente primal que quando
ativada, ajuda a despertar as foras inerentes de Svashisthana, gerando transformaes
profundas no ser humano. Se ele estiver profundamente preparado para as transformaes,
em termos psquicos, as mesmas sero benficas e fantsticas, mas caso no esteja
preparado, sofrer graves distrbios. Aqui, j a priori, podemos exemplificar, que sob
nenhuma hiptese o ser humano interessado em desenvolver este ou qualquer outro tchakra
via de regra, atravs das prticas do Yga Clssico no poder ter nenhum tipo de vcio,
por mais nfima que seja. Ento, o ideal ser fazer uma longa e sria preparao, visando
atingir uma purificao em diferentes nveis, seja orgnico, mental e at essencial, para s
aps, partir para a prtica das oito etapas fundamentais do Yga Clssico que se bem
conduzidas, ao longo do tempo krmico, podero trazer resultados reais.
Os Meridianos ou Nadis Magnos
Vindo diretamente l da base do tchakra anterior, pode-se observar trs tubos sutis,
meridianos ou nadis magnos que cruzam serpenteando este e os outros tchakras, meridianos
estes chamados Pingala, direita, que quente, solar, Ida, esquerda, que frio, lunar e
Sushumna, o do centro, considerado o principal entre os setenta e dois (72) nadis
fundamentais, que servem para canalizar as cinco energias sutis atravs dos tchakras, em
direo ao Ajna tchakra, que situa-se altura interna do entre-cenho, na cabea, enquanto
as energias so purificadas e dinamizadas, isto se e quando o ser humano j foi preparado
adequadamente neste sentido. Aps todo este processo de prticas, quando tais energias
chegam ao Ajna, este serve como o penltimo filtro ou catalisador, antes que as energias,
finalmente, cheguem ao Sahasrara tchakra, no sem antes passar pelo Soma e pelo Lalata
tchakra, no ltimo processo decantador e purificador.
Outros esclarecimentos importantes
Tratar sob o tema tchakras no Ocidente, e mais especialmente no Brasil, ainda
algo muito novo, lidando com o desconhecido e com uma outra forma de Cincia da Vida
que atua exclusivamente com o campo da fsica atmica sutil, com a prpria cadeia
alimentar sutil nascida da energia prnica contida no ar comum e, absorvido pela
respirao e transformada instantaneamente por meio de uma qumica celular nuclear, em
cinco outras formas de energias. Atravs destas informaes advindas deste outro tipo de
cincia, todos podero vislumbrar ou descobrir algo novo, algo profundamente
transformador da vida e da prpria existncia. Algo que possa melhorar muito a atual
realidade do mundo, a partir de uma mudana construtiva e positiva da individualidade e da
personalidade de cada ser. E isto tambm significa um grande avano cientfico e humano,
uma grande melhoria na face da terra. O comeo de uma longa viagem em direo a outros
planetas, a outras galxias e a regies mais leves e mais espiritualizadas. Eu sei o quanto
difcil pesquisar e escrever seriamente sobre tchakras, todo o tempo que se leva para gerar
cada parte de uma longa e consistente matria, mas vale a pena em todos sos sentidos, pois
este um captulo a parte e muito especial da minha real contribuio para a mudana da
histria humana. E sinto-me muito privilegiado por ter todo o conhecimento e a prtica que
tenho e poder transform-lo em uma nova linguagem de aprendizado para este pas e para o
Ocidente. Mais uma vez esclareo que no campo prtico, queles que quiserem adentrar
nestas transformaes, o caminho ideal o Yga Clssico com suas oito etapas
metodolgicas seguras e precisas. Mas se quiser construir os alicerces mais devagar e mais
tranqilo, seja por que motivo for, comece pelas prticas bsicas do Hatha Yga
tradicional.
Yga Clssico XX
O fogo ardente da chama divina
Quarta parte
Esta a quarta parte da minha matria especial sobre os nove (9) tchakras
principais, e os quatrocentos e cinquenta (450) secundrios, todos interligados pelos setenta
e dois (72) nadis, ou meridianos fundamentais, os setecentos e vinte (720) nadis ou
meridianos secundrios e, outros milhares de meridianos menores. Todos este trabalho e o
seu amplo protocolo nasceu dos textos clssicos milenares da ndia e, tambm dos
ensinamentos que recebi e, ainda recebo, das Rishis daquele outro universo to fascinante.
Na terceira parte demonstrei de forma clara e detalhada, toda a estrutura do tchakra
Svadhistana e, tudo o que ele reflete no ser humano e na sua mais ntima personalidade e
comportamento.
Agora vou detalhar o Tchakra manipura da mesma forma que o anterior.
As trigunas ou trs gunas
Mas antes quero explicar uma outra questo, de influncia muito forte e especfica,
sobre os tchakras nos seres humanos. Trata-se das trigunas do Yga Clssico ou trs
gunas, ou trs tipos de qualidades de elementos, que em diferentes propores vibracionais
ou energticas, compem todos os seres humanos e outros elementos da terra. E a maior
ou menor fora ou intensidade desses trs tipos ou qualidade de elementos, chamados em
Snskrito de Tamas, Rajas e Sattvas, que iro determinar, no s a personalidade de uma
pessoa, mas tambm, seu prprio comportamento.
a) Tamas pode ser definido como aquele elemento, que gera, os processos mais brutos,
mais mundanos, pesados e grosseiros. Se olharmos serenamente para a sociedade
atual, erroneamente chamada de sociedade moderna, poderemos observar que a
grande maioria delas formada por pessoas com essa caracterstica.
b) Rajas pode ser definido como aquele elemento, que gera os processos mais
racionais, mais intelectuais e direcionados. Na sociedade atual, podemos observar
que h um nmero relativo de pessoas com essas caractersticas.
c) Sattva pode ser definido como aquele elemento, que gera os processos mais
refinados, mais sutis e mais espirituais. Na sociedade atual, podemos observar que
h um nmero muito pequeno de pessoas com essas caractersticas. Mas
importante frisar que, as Trigunas no so parte de uma lei rgida e imutvel, pois
consciente ou inconscientemente, possvel aos seres humanos transitar por elas.
claro que o ideal seria que a sociedade fosse amplamente consciente, o que na
atualidade no a realidade vigente.
Desvendando as Trigunas
Tratar sobre as trigunas ou trs elementos ou energias codificadoras que compem
praticamente tudo na terra, conhecidas como Tams, Rajas e Satwas, significa desvendar
grande parte da natureza e da prpria natureza humana. Mas para isso, temos que
desenvolver uma linguagem que possa efetivamente clarear a compreenso das pessoas a
este respeito. Portanto, vou descrever a atuao de cada uma das trs, a partir do conceito
da influncia das mesmas na personalidade e no comportamento dos seres humanos, no
me atendo a outro elemento, j que a compreenso de como as trigunas ou qualidades
morfolgicas intrnsecas atuam no interior de cada um, ser de extrema importncia, para
uma melhor percepo individual e coletiva da sociedade. Percepo esta que poder ou
no trazer mais equilbrio pessoal e coletivo, gerando harmonia, paz e consequentemente
sade e qualidade de vida. Porm, tenha em mente, que as trigunas Tamas, Rajas e Satwas,
so como que espcies de energias primais ou atvicas que surgem nos primrdios dos
tempos e periodicamente ou ciclicamente passam por fluxos e refluxos de ondas, com
maior ou menor intensidade para cada uma das trs. E mais que isto, as trs se sub-dividem
internamente em outras escalas de trs para cada uma, chegando a nveis extremos de
contedo ampliado ou diminudo.
Quando uma guna predomina sobre as outras duas, o que comum e freqente, a sua
caracterstica ir predominar em uma pessoa.
1) Sabe-se que a passividade peculiar a guna Tamas;
2) Sabe-se que a atividade peculiar guna Rajas;
3) Sabe-se que o equilbrio peculiar guna Satwa.
Por outro lado, tais gunas ou energias codificadas circulam dentro dos setenta e dois
(72) Nadis, Srotas ou canais sutis e seus secundrios que entreligam no s os nove (9)
tchackras principais, mas tambm os quatrocentos e cinqenta (450) secundrios, juntos
com outras formas de energias, sendo que o equilbrio das mesmas traz sade, vitalidade e
bem estar, enquanto o desequilbrio gera doenas somatolgicas e outras correlatas.
Caractersticas das Trigunas
Para que se possa compreender melhor as trigunas ou trs energias codificadoras e
suas caractersticas, vamos descrever o que cada uma delas pode gerar numa pessoa,
comeando pela mais densa ou grosseira, passando pela intermediria e chegando mais
refinada:
1) Guna Tamas
Quando predomina em primeiro grau, gera a total inconscincia, a ignorncia e a
iluso. densa e lenta e produz a insensatez e a mediocridade. Gera um materialismo
vulgar e um sono muito pesado. Prpria dos preguiosos e dos prostrados. Pessoas sob
predomnio de Tamas, sentem-se sempre sozinhas ou solitrias, mesmo que acompanhadas
e so muito ligadas s ao fsico ou ao corpo. Falam muito alto, so bem barulhentas e
podem ou no, ter um objetivo definido na vida, embora no faam nada, ou mesmo, muito
pouco para mudar.
Trabalham mas so lentos e costumam enrolar. No so ambiciosos e nem gananciosos e
parte delas gostam de ser lideradas, enquanto para outra parte indiferente. Mais ainda,
comem muito, qualquer tipo de alimento ou porcarias por piores que sejam, bebem
exacerbadamente, inclusive bebidas alcolicas, fumam sem limite algum, se descontrolam
facilmente, so muito ciumentas, toscas e grossas. Em geral tem problemas somatolgicos,
ligados a recalques, complexos e represses e no conseguem observar ou perceber tais
situaes. Tambm so negativas e influenciveis. No aceitam seus problemas e so
resistentes a mudanas, pois so acomodadas ou preguiosas. Por serem muito apegadas,
sofrem muito e podem cair em depresso. So passionais ou fortemente emocionais.
Tristemente compem a maior parte da sociedade ou o grande sop da pirmide social.
Mas, se orientadas corretamente, podem e devem mudar para melhor e, inclusive, atingir a
guna Rajas, aps atravessar os trs graus de Tamas. Por todos estes motivos, podem e
devem ser cautelosamente orientadas a desenvolver prticas que ajudem-nas atingir o
segundo e o terceiro grau de Tamas, que so menos densos e significam um grande
progresso, chegando at Rajas. [Mas tudo isto ser lento e, s vezes, at doloroso para tais
pessoas, porm definitivamente e urgentemente necessrio.]
2) Guna Rajas
Quando predomina em primeiro grau gera uma subconscincia nas pessoas, quase
sempre tornando-as agitadas, buscando atividades de qualquer natureza e esto sempre
querendo mudar, mesmo quando no h motivo ou necessidade. s vezes so egostas e s
visam poder ou ambio. Parte delas gostam do prazer mundano, o que pode lhes causar
desequilbrio. s vezes so gananciosas e uma parcela delas gosta de liderar. Tambm
gostam de ter objetivos na vida, por mais simples ou sofisticados que possam ser. So
pessoas de boa natureza e de boa energia, mas por serem muito agitadas, podem facilmente
chegar a uma estafa. Tal agitao pode at lhes perturbar a mente, embotando sua viso de
mundo e lhes ocasionando incmodos ou inconvenientes, s vezes tornam-se impacientes
com muita facilidade e chegam a ser incoerentes. No costumam parar para buscar solues
para os problemas e, com isto, perdem muitas boas oportunidades. Em geral acham que os
outros esto errados, mesmo quando suas opinies que equivocadas.
Tm objetivos bem definidos, mas em funo do ego forte, tropeam vrias vezes na vida, o
que lhes faz sofrer, mesmo sendo pouco sentimentais e mais racionais. E, tudo isto, faz
sentirem-se incompletas ou infelizes. Costumam ser cuidadosas com o corpo e imagem e
so vaidosas, mas tambm pecam pelo que comem e bebem, muito embora no primam
pela quantidade. Mas tal fato pode lhes gerar problemas de sade ou outros. Os Rajasicos
esto no meio da pirmide social, embora em nmero muito menor que os tamasicos. Por
todos este motivos, podem ou devem ser ponderadamente orientados a desenvolver
prticas, que ajudem-nos a atingir o segundo e o terceiro grau de rajas, que so menos
densos energicamente falando e significam um timo progresso, podendo chegar ao
longo do tempo at Satwas. Mas tudo isto ter que ser muito bem dosado, e s vezes, at
difcil, porm definitivamente necessrio, pois s assim o mundo poder se tornar
melhor em termos de humanidade.
3) Guna Satwas
Quando predomina em primeiro grau, gera uma conscincia nas pessoas, levando-as
ter uma viso clara e bem definida do mundo, dos outros de si mesmas e de qualquer fato
ou situao. Em geral, pessoas regidas por Satwas so inteligentes, naturalmente
carismticas e bondosas e vivem em equilbrio e harmonia interior e exterior. So livres,
leves e soltas por sua prpria natureza. Tambm via de regra so neutras em relao a
muitas situaes e esto sempre felizes, alm de buscarem um contentamento interior ou
mesmo consegui-lo com relativa facilidade. So lcidas e sinceras e podem ou no ser
amorosas, alm de serem bem saudveis, esguias e raramente contrarem em qualquer tipo
de enfermidade, por mais simples que seja, at porque so todas vegetarianas e comem
muito pouco, se satisfazendo com alimentos frugais, frutas, sucos naturais e sementes.
Jamais fumam, nunca ingerem bebidas alcolicas e primam pela qualidade alimentar e pelo
comportamento adequado e direcionado para fins ou objetivos justos e que ainda possam
beneficiar a coletividade. No se importam em ser lideres, muito embora isto possa ocorrer
naturalmente. No cotidiano, raramente falam alto, a no ser em caso de necessidade. So
criativas, alegres e espirituosas e podem expressar pensamentos ou opinies profundas e
delicadas com muita facilidade. Se adaptam a situaes novas com relativa tranqilidade e
so bem aceitas em grupos, embora no faam muita questo de se integrar aos mesmos.
Raramente ou quase nunca, adquirem problemas somatolgicos, nos seus aspectos
emocional, psicolgico ou nervoso, j que vivem em constante equilbrio, paz e harmonia
interiores. Em geral, conseguem ser moderadas naturalmente e tm uma slida percepo
de si prprias, dos outros, do mundo e da prpria realidade. Quando em estgios muito
avanados pessoas regidas por Satwas, tornam-se profundamente espiritualizadas,
transcendendo todos os limites da natureza humana e podendo atingir nveis fantsticos de
pureza, harmonia e virtudes interiores. Porm, os satwicos esto no topo, no pice
diminuto da pirmide social e representam um nmero infinitamente menor que as outras
duas categorias. Por todos estes motivos, podem e devem ser os orientadores ou talvez
lderes da sociedade atual, muito embora no tenham este tipo de necessidade ou pretenso.
Pos preferem se manter ao longo das situaes mundanas, embora no se recusem a tomar
parte das mesmas, j que as compreendem com clareza, discernimento e facilidade. Em
geral, suas prticas do Yga Clssico fluem com muita facilidade e leveza, em funo da
prpria pureza e leveza da energia de Satwas. Tudo isto contribui para que os resultados das
prticas dos satwicos, dem melhor resultado em menor espao de tempo e com muito mais
suavidade e profundidade.
A Flexibilidade das Trigunas
Porm, muito importante esclarecer e frisar, que da mesma forma que o Karma, as
trs gunas, Tamas, a mais grosseira e densa de todas, Rajas, a intermediaria tambm
relativamente grosseira e Satwas, a refinada, a harmoniosa e profundamente sutil, so
amplamente flexveis, mutveis e mutantes. E pelo esforo individual e consciente de
alguns seres humanos, podem ser mudadas para melhor, o que significa uma grande
evoluo da natureza e do ser humano. Tambm, tal evoluo da natureza e da coletividade,
pode acontecer por um esforo coletivo e consciente da sociedade como um todo, embora
mais difcil de ocorrer tal fato. As duas colocaes acima, devem ser almejadas e buscadas,
por qualquer ser humano ou ento criatura, em qualquer parte do planeta. Pois tal fato,
representa um slido crescimento no s da sociedade como um todo, mas tambm uma
melhoria da qualidade de vida, do ambiente e da sade da populao, enquanto comunidade
global. E, mais que isto, uma evoluo planetria. Mas para que tudo isto ocorra, ser
necessrio um grande e sincero esforo no sentido de se despertar a conscincia pessoal e
a conscincia coletiva das pessoas, cuja absoluta maioria so tamsicas e vivem quase
como animais brutais e irracionais na face deste planeta. No uma obra to fcil ou
simples, mas definitivamente cada ser humano ter que buscar sinceramente esta
mudana benfica, e aquele que se libertar do seu casulo e do seu fardo, individualmente ou
em grupo, ter atingido um grande grau de transformao e evoluo. Isto possvel e
factvel a todos, j que no h limites, barreiras ou impedimentos neste sentido. A no ser a
falta de conscincia e, aps se conseguir esta, a tomada de atitudes ponderadas e
moderadas, em busca de algo muito melhor, mais positivo, equilibrado e saudvel. No
importa se o caminho, adotado, seja o conhecimento e as prticas do Yga Clssico ou
outro qualquer, desde que correto e lmpido.
O tchakra Manipura ou Regio da jia
formado simbolicamente por dez ptalas externas ao seu centro, sendo que nas
pontas internas dessas, a partir da ptala superior direita e em sentido horrio, esto as
letras do alfabeto Snskrito ou Devanagari DAM. DHAM, NAM, TAM ,THAM, DAM,
DHAM, NAM, PAM E PHAM, que quando devidamente vocalizadas reverberam
harmoniosamente, aperfeioando o seu movimento. importante frisar que da mesma
forma que todos os outros tchakras principais, o Manipura tm movimentos circulares em
forma elptica, dentro da rea de sua localizao, chamada regio ou campo de Tattwas, que
tambm o mesmo nome que se aplica s regies especficas, onde se locomovem os
outros tchakras. No interior do Manipura h um circulo que simboliza sua plenitude ou a
sua perfeio, em relao ao seu elemento que o fogo. Elemento esse que purifica e
transforma toda a cadeia alimentar sutil ou prnica. Dentro do crculo vamos encontrar
um tringulo, com a ponta para baixo e cujos trs lados, contm as marcas da swastika e,
simboliza o controle do elemento fogo ou o fogo divino primordial e purificador. Dentro do
tringulo, na sua parte inferior, est um carneiro. Esse smbolo significa que ali se
encontram fortes emoes, as quais turvam as possibilidades de uma viso de mundo clara
e equilibrada, sendo que em funo de tais emoes, se no for buscado um slido
direcionamento das atitudes interiores, e nas aes resultantes dessas, uma pessoa poder
agir impulsivamente e sem medir conseqncias. Tambm dentro do tringulo, no centro,na
sua parte superior, aparece a letra Snskrita RAM, ou letra semente atvica que quando
ativada, ajuda a despertar as poderosas foras inerentes de Maninpura, gerando
transformaes profundas no ser humano. Se ele estiver solidamente preparado para as
transformaes, em termos psquicos, elas sero benficas e fantsticas. Mas, caso no
esteja preparado, sofrer graves distrbios em todos os sentidos. Ainda dentro do crculo,
no alto, direita esto lado a lado, primeiro o deus Vishnu em seu aspecto mais velho como
rudra, e aps a deusa Lakini. Vishnu nesse tchkra representa a preservao da espcie e da
prpria criao e a busca incessante da harmonizao das emoes, at se atingir os planos
mais elevados da espiritualidade. Lakini representa a inteligncia feminina e o seu aspecto
da energia manifesta, com toda a sua fora emanada pelos cinco sentidos, que geram a
intuio e o instinto mais profundo.
A grande preparao
A priori, podemos exemplificar que sob nenhuma hiptese o ser humano interessado
em desenvolver esse, ou qualquer outro tchakra via de regra atravs das prticas do
Yga Clssico no poder ter nenhum tipo de vcio, por mais nfimo que seja. Ento, o
ideal ser fazer uma longa e sria preparao, visando atingir uma purificao em diferentes
nveis, seja orgnico, mental e at essencial, para s aps partir para as prticas das oito
etapas fundamentais do Yga Clssico que se bem conduzidas, ao longo do tempo
krmico podero trazer resultados reais, inclusive com a eliminao definitiva das trigunas,
,ou foras de aes sobre a personalidade e o comportamento. Por fim, e concluindo a
descrio, vindo diretamente l da base do primeiro tchakra, pode-se observar trs tubos,
meridianos ou nadis magnos, que cruzam, atravessam serpenteando este, e os outros
tchakras, chamados Pngala, direita que quente, solar, Ida, esquerda, que frio, lunar e
Sushumana, o do centro considerado o principal entre os setenta e dois (72) nadis
fundamentais e, que servem para canalizar as cinco energias sutis principais, e tambm as
secundrias, atravs dos tchakras, em direo ao Ajna tchakra, que situa-se altura do
entre-cenho, na cabea, enquanto so purificadas e dinamizadas, isto, se e quando, o ser
humano j foi preparado adequadamente nesse sentido. Aps todo esse processo de
prticas, quando tais energias sutis chegam ao Ajna tchakra, ele serve como o penltimo
filtro catalisador, antes que elas, finalmente cheguem ao Sahasrara tchakra, no sem antes
passar pelo Soma e pelo Lalata tchakra, no ltimo processo purificador e decantador.
Tambm sempre necessrio esclarecer que todos os setenta e dois (72) nadis ou
meridianos fundamentais, entrecruzam as tchakras da mesma forma que outros meridianos
secundrios, gerando uma fantstica rede de comunicaes e, que dependendo da situao,
caso a pessoa no tenha uma vida adequada ou de hbitos e princpios corretos e saudveis,
tal rede de comunicaes poder sofrer srios danos, interrup-es temporrias ou
parcialmente definitivas, ou ainda sofrer bloqueios localizados, alteraes, desajustes, e
tudo isso dever ser sempre evitado, a qualquer custo, den-tro dos princpios sagrados da
vida e da existncia krmica. E o melhor caminho, pos-sivelmente o mais sensato, o
despertar da conscincia interior e a constante tomada de atitudes slidas, sempre baseadas
nesta conscincia divina.
Outros esclarecimentos importantes
Tratar sobre o tema tchakra no ocidente, e mais especialmente no Brasil, ainda
algo muito novo, lidando com o desconhecido e com uma outra forma de Cincias da
vida, que atua exclusivamente com o campo da fsica atmica sutil, com a prpria cadeia
alimentar sutil gerada pela energia prnica, contida no ar comum, absorvida pela
respirao e transformada instantaneamente por meio de uma qumica atmica celular, em
cinco outras formas de energias. Atravs destas informaes advindas desse outro tipo de
cincia, todos podero vislumbrar algo novo, profundamente transformador da vida e da
prpria existncia. Que pode melhorar muito a atual realidade do mundo, a partir de uma
mudana construtiva e positiva da individualidade, e da personalidade de cada ser o que
significa um grande avano cientfico e humano na face da terra. O comeo de uma longa
viagem em direo a outros planetas, a outras galxias, e a regies mais leves e mais
espiritualizadas. Outra vez esclareo que no campo prtico, para aqueles que quiserem
adentrar nessas transformaes, o caminho ideal o Yga clssico, com suas oito etapas
metodolgicas seguras e precisas. Mas, se quiser construir os alicerces mais devagar e
tranquilo, seja por qual motivo for, comece pelas prticas bsicas do Hatha Yga
tradicional.
YGA CLSSICO XXXI
Desvendando os segredos do Saber
Quinta parte
Na quarta parte desta matria, analisei os processos que configuram as trs gunas,
tamas, rajas e satvas, qualidades ou energias nas criaturas e nos seres humanos e, como tais
energias influem no s na personalidade, mas em todo o comportamento, na sade e no
cotidiano das pessoas. Embora as trs gunas interajam tambm em outros elementos e
componentes do planeta. Nesta quinta parte, dando seguimento ao mesmo assunto, vou
discorrer mais profundamente sobre os caminhos, os processos e as estruturas por onde
circulam tais energias sutis, os termos tcnicos ou cientficos que configuram as mais diversas
nomenclaturas pertinentes, e o funcionamento dos mesmos.
Conhecendo as Estruturas Sutis
Da mesma forma que o cosmos e suas energias, em especial a escura, irradiam uma
msica ad-eterna, com suas vibraes celestiais e geomtricas, o que gera uma ampla e divina
harmonia celestial, no interior das criaturas e dos seres humanos, as vibraes das diferentes
energias que circulam no s dentro dos setenta e dois (72) nadis prioncipais, srotas ou vias,
dos setecentos e vinte (720) nadis ou rios secundrios com todos os seus afluentes, mais ainda,
dos nove (9) tchakras principais e dos quatrocentos e cincoenta (450) tchakras secundrios e
dos sete corpos permeados pela aura sutil, tambm, ocorre a mesma musicalidade com seus
diferentes tons e acordes, de acordo com a harmonia interior e a personalidade e sade de cada
um. Para uma compreenso mais clara e consistente de todo este processo, vou aqui
descrever e detalhar minuciosamente as estruturas de parte dos nadis ou srotas, ou ainda, os rios
internos das criaturas e dos seres humanos, como as mesmas funcionam, quais suas funes,
onde se localizam e como se alimentam e retro-alimentam com energias, em especial, com a
energia prnica, advinda dos ons negativos e, como tudo isto interfere diretamente, no s na
vida individual, mas na vida coletiva e na prpria vida planetria, podendo conduzir um
fantstico equilbrio ou ento, a um fantstico desequilbrio do planeta, como o que se v nesta
era. E que, definitivamente foi e continua sendo, causado por grande parte dos seres humanos,
com suas atitudes e atividades equivocadas individuais ou coletivas e, em parte, por
manipulaes indevidas, causadas aqui, na busca no s, de mais conhecimentos, e ainda, de
resultados que ampliem seus j absurdos poderes. As criaturas e os seres humanos, com seus
sete corpos recobertos por uma aura sutil e internamente, contendo todo um amplo conjunto de
tchakras e nadis, estruturas sutis em funcionamento, assemelham-se ao macrocosmos,
formando alhures, microcosmos.
Os Nadis: seus Caminhos e suas Funes
Repito, os nadis so canais condutores de energias sutis, em nmero de setenta e dois
fundamentais, setecentos e vinte secundrios e inmeros outros afluentes.
a) Dentre estes, os que conduzem as cinco energias prnicas, so chamados Pranavaha.
b) E os que conduzem energias no prnicas como a eltrica, a esttica, a eletroesttica, a
magntica e a eletromagntica e outras so chamadas Manovaha.
So estes canais ou rios sutis internos que tem por funo, carregar todas estas energias,
tambm sutis, de um a outro tchakra ou vrtice, no interior dos sete corpos, alimentando-os
revitalizando-os e rejuvenescendo-os. Isto quando limpos, livres, desobstrudos, desimpedidos.
Vamos ento analisar parte dos nadis fundamentais, suas localizaes e funes:
1) Sushumna ou Brahmaranda, o primeiro e principal de todos e fica no centro da coluna e da
medula espinal. Tem incio l embaixo, na base central do tchakra Muladhara e trmina no topo
da cabea, dentro do Sahashara, sendo que naquela regio se desdobra como uma letra Y,
onde em cada extremo ocorre uma diferente atividade. Sushumna tem por funo, ser o veculo
da energia sattvica. Quando totalmente ativado, e sem nenhum tipo de obstruo energtica
sutil, ele tem pleno controle sobre todos os outros meridianos. Acontece que no cotidiano, sua
entrada, encontra-se obstruda e necessrio profundo conhecimento e esforo, para
desobstruir a mesma, atravs das prticas do Yga Clssico ou Raja Yga. E, quando se
atinge tal objetivo, se for parcialmente, ocorre a chamada iluminao com semente, sarvikalpa
Samadhi ou sabija Samadhi. Se for completamente, ocorre a chamada iluminao sem
semente, nirvikalpa Samadhi ou nirbija Samadhi. A iluminao absoluta ou final, conforme
descrita em nosso Manual para Formao de Professores de Yga chamada de Dharma
Mega Samadhi, ou nuvem de virtude ou retido. Tambm importante esclarecer que este nadi
o maior de todos e composto como os outros de trs partes, sendo:
a) Um canal ou estrutura interior, chamada sira;
b) Um canal ou estrutura intermediria, chamada damani;
c) Um canal ou estrutura externa, chamada nadi propriamente.
2) Ida (i) outro nadi principal e tem incio l embaixo do lado esquerdo da base interna do
tchakra Muladhara e termina na regio frontal interna da cabea, quando adentra numa das
grandes ptalas ou vrtice esquerdo do tchakra Ajna. Enquanto sobe, em quatro etapas,
serpentes quatro vezes entre os cinco tchakras baixos principais, dos quais, do baixo para cima,
o primeiro o Muladhara e o quinto o Vishuda (hi). Ida (i) tem a seu cargo, administrar a
inspirao e o olfato. E tem por funo, ser o veculo da energia tamsica. Seu canal externo de
comunicao a narina esquerda, feminina ou lunar.
3) Pingala(i) outro nadi principal e tem incio l embaixo, do lado direito da base interna do
tchakra Muladhara e termina na regio frontal interna da cabea, quando adentra numa das
grandes ptalas ou vrtice direito do tchakra Ajna. Enquanto sobe, em quatro etapas, serpenteia
quatro vezes entre os cinco tchakras baixos principais, conforme j descritos acima. Pingala (i)
tem a seu cargo, administrar a expirao e o olfato. E tem por funo, ser o veculo da energia
rajasica. Seu canal externo de comunicao a narina direita, masculina ou solar.
4) Gandhari, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra
Muladhara e, termina do lado esquerdo do olho esquerdo. Gandhari, tem a seu cargo,
administrar parte da viso deste olho. E seu canal externo de comuniao o mesmo.
5) Hastajihva, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra
Muladhara, e termina do lado direito do olho direito. Hastajihva tem seu cargo, administrar
parte da viso deste olho, e seu canal externo de comunicao o mesmo.
6) Yashasvini, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra
Muladhara, e termina do lado esquerdo da orelha esquerda. Yashasvini, tem a seu cargo,
administrar parte da audio do ouvido esquerdo e seu canal externo de comunicao o
mesmo.
7) Pusha, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra
Muladhara, e termina do lado direito da orelha direita. Pusha, tem a seu cargo, administrar parte
da audio do ouvido direito e seu canal externo de comunicao o mesmo.
8) Alambusha, tambm principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna
posterior do tchakra Muladhara, e termina na parte superior da boca, na regio do palato.
Alambusha, tem a seu cargo, administrar parte da energia do paladar, e seu canal externo de
comunicao a boca.
9) Sarasvati, tambm principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna
anterior do tchakra Muladhara, e termina na parte central da lngua, na regio do palatino.
Sarasvati, tem a seu cargo, administrar parte da energia refinada do paladar, e seu canal externo
de comunicao a lngua.
10) Payasvini, tambm principal tem incio l embaixo, na borda direita interna do tchakra
Muladhara, e termina do lado direito interno da orelha direita. Payasvini, tem a seu cargo,
administrar parte da energia da audio mais refinada do ouvido direito, e seu canal externo de
comunicao o mesmo.
11) Shankhini, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda interna do tchakra
Muladhara, e termina do lado esquerdo interno da orelha esquerda. Shankini, tem a seu cargo,
administrar parte da energia da audio mais refinada do ouvido esquerdo, e seu canal externo
de comunicao o mesmo.
12) Vishvodara, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do
tchakra Muladhara, e termina no umbigo. Vishvodara, tem a seu cargo, administrar parte da
energia nervosa e da digesto, e seu canal externo de comunicao o umbigo.
13) Kuhu, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra
Muladhara, forma um semi-arco e termina nos genitais. Kuhu, tem a seu cargo, administrar
parte da energia sexual e das excrees e secrees, e seu canal externo de comunicao so os
genitais.
14) Varun, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra
Muladhara, forma um semi-arco e termina na regio anal. Varun, tem a seu cargo, administrar
parte da energia excretora, e seu canal externo de comunicao, a regio anal.
15) Varuna, tambm principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna do
tchakra Muladhara, e termina na regio inferior do tchakra Anahata, prximo ao corao e
pulmes. Varuna, tem a seu cargo, administrar parte da energia que norteia e emoo e o tato,
tem uma estrutura diferenciada dos outros nadis, pois possui muitas minsculas ramificaes e
seu canal externo de comunicao a regio do corao.
16) Hastin, tambem principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna do
tchakra Muladhara, e termina na regio inferior do tchakra Vishuda, na base da garganta.
Hastin, tem a seu cargo, administrar de forma auxiliar, parte da energia tamsica-densa,
pesada-conduzindo-a especificamente para baixo. E seu canal externo de comunicao a
regio da garganta.
17) Vajra, tambm principal, tem incio embaixo, na regio central da base interna do tchakra
Svadhisthana, e termina na regio inferior do tchakra Vishuda na base da garganta.
Vajra, tem a seu cargo, administrar parte da energia excretora e secretora, e seu canal externo
de comunicao a regio genital.
18) Chitra, tambm principal, tem incio no meio, na regio central da base interna do tchakra
Manipura, sendo que passa por dentro de Vajra e termina na regio interior do tchakra Vishuda.
Chitra, tem a seu cargo, administrar parte da energia nervosa e emocional, e seu canal externo
de comunicao a regio do umbigo.
19) Brahmi, tambm principal, tem incio acima do meio, na regio central da base interna o
tchakra Anahata, sendo que sobe e termina na regio do topo da cabea, dentro do tchakra
Sahashara. Brahmi, tem a seu cargo, administrar parte da energia sinestsica, dos sentimentos e
das emoes. E seu canal externo de comunicao a regio do corao.
20) Yashasvati, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra
Muladhara, s que o mesmo se bifurca em dois canais. Um, indo at o polegar da mo direita, e
o outro, indo at o dedo do p direito. Yashasvati, tem a seu cargo, administrar parte da
energia dos movimentos do brao, mo, perna e p direitos. E seus canais externos de
comunicao so as regies externas (mo e p) destas duas regies.
21) Hastijihva, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra
Muladhara, s que o mesmo se bifurca em dois canais. Um, indo at o polegar da mo
esquerda, e o outro, indo at o dedo do p esquerdo. Hastijihva, tem a seu cargo, administrar
parte da energia dos movimentos do brao, mo, perna e p esquerdos. E seus canais externos
de comunicao, so as regies externas (mo e p) destas duas regies.
Melodia e Harmonia
No incio deste texto, cito a harmonia celestial e a sua profunda musicalidade. Cabe
esclarecer, que quando todo o conjunto de energias consegue fluir e vibrar livremente,
cruzando o complexo de nadis ou canais sutis, que tambm atravessam no s os tchakras
principais, mas outras centenas de secundrios, ocorre um verdadeiro fenmeno musical,
gerando os mais fantsticos sons, semelhantes aos da natureza, porm com caractersticas
exclusivamente internas. Vou mencionar os mesmos, de acordo com o Manual para Formao
de Professores de Yga, separando-os em duas categorias.
Os sons csmicos primordiais
Tais sons ocorrem no interior das criaturas e dos seres humanos, em diferentes
momentos:
1) Barulho do mar diversos;
2) Barulho dos rios diversos;
3) Barulho de cascatas e cachoeiras;
4) Barulho de tempestades (megha);
5) Barulho de ventanias e furaes;
6) Barulho de sirenes;
7) Barulho de zumbidos.
Os sons interiores primais:
1-) Som de trinados de pssaros;
2-) Som de grilos;
3-) Som de sinos (ghantanada);
4-) Som de conchas (shanka);
5-) Som de veenas (instrumento de corda);
6-) Som de mirdangas (tambor de duas partes);
7-) Som de flautas;
8-) Som de tambores grandes (pakhavaj ou bhringa);
9-) Som de clarins;
10-) Som de rugidos de lees (singh).
Tais sons ocorrem no interior das criaturas e dos seres humanos, em diferentes
momentos, naturalmente. E so gerados pelos movimentos das energias sutis, seja dentro dos
tchakras ou meridianos, ou mesmo atravs das prticas do Yga Clssico ou Raja Yga. Na
seqncia desta matria tambm tratarei sobre os movimentos vibracionais, gerados pelo
despertar da Energia Potencial Ascendente ou Kundalini.
Ainda sobre Energias
Quando tratamos sobre ons negativos e o prana contido nos mesmos, interessante
tambm citarmos que existe tecnologia avanada para aferio destes. E que dentro do processo
de ionizao, atravs de tal tecnologia, possvel realizar-se registros inicos do ar, inclusive,
obtendo-se ndices de ionizao atmosfrica ou de energia atmosfrica. Constatando-se,
inclusive, que uma alta concentrao de ons negativos, pode levar a um profundo silncio
esttico. Assim, na natureza, em locais abertos, os ons chegam ao mximo de 500 a 700, por
milmetro cbico, ao passo que em locais muito especiais, como cachoeiras, tal ndice chega a
nmeros muito altos, espantosos.
No caso de tecnologia, h dois equipamentos de aferio, sendo:
1) O Eletroscpio BT 400 Bio Tec, destinado a medir radiaes causadas por ons no ar. A
unidade de medida deste aparelho de mR/Hr (milirads por hora).
2) O on Meter, Modelo 2001 e o on Detector, so tambm aparelhos sofisticadssimos,
destinados a medir as radiaes causadas por ons no ar, e fabricados na Sua. Destaque-se que
o on Meter, quando em funcionamento para aferio, devora os ons do local.
YGA CLSSICO XXXII
Por Onde Fluem as Energias Csmicas
Sexta Parte
Na quinta parte desta matria, analisei as estruturas sutis, os nadis, seus caminhos e
funes. Tambm descrevi de forma cientfica e metodolgica, vinte e um (21) dos setenta
e dois (72) nadis fundamentais, e os sons csmicos primordiais que so gerados no s no
cosmos, mas tambm no microcosmos que h no interior de cada criatura e do ser humano,
oriundos dos movimentos das energias shaktis e das suas ondas ou vibraes. Nesta sexta
parte, aprofundando mais ainda este tema do Yga Clssico, vou abordar o
funcionamento das energias em diferentes situaes, seus nomes especficos, locais de
funcionamento e outras referncias correlatas as mesmas. Mas, lembrando que toda a
proposta deste trabalho, da sua viso e do seu desdobramento, acelerar o processo
evolutivo da humanidade, que no momento, encontra-se estagnado.
Para que se possa compreender melhor e ter uma viso mais acurada de como atua toda esta
estrutura, importante saber como a mesma se estratifica em duas bases comuns que so:
1) Estruturas Inerentes: So todas aquelas que atuam sobre o processo prnico
interior dentro das criaturas e dos seres humanos, tais quais os corpos sutis, o
orgnico, os tchakras, os nadis, a aura energtica protetora (semi-interna e externa) e
a essncia pura ou esprito.
2) Estruturas Aferentes: So todas aquelas que a priori, no compem o processo
prnico interior das criaturas e dos seres humanos, mas que aps assimiladas e
depuradas, passam a fazer parte do mesmo, tais quais o prana bruto exterior, as
energias eltricas, a magntica, a eletro-magntica, a esttica, a eletro-esttica, a
telrica, a solar, a lunar e a csmica com seus desdobramentos. Tais energias, aps
depuradas, circulam ininterruptamente em diferentes regies nos corpos causais das
criaturas e dos seres.
Na realidade, quando se entende todo o mecanismo e o funcionamento desse
processo peculiar e singelo, vai se concluir que realmente, o que alimenta e d vida a ele, na
sua maior parte, so as energias sutis - shaktis acima citadas e no os alimentos brutos e
materiais, como o sistema industrial e comercial globalizado, vm afirmando ao longo do
tempo, j que os alimentos brutos, so apenas complementares s primeiras e necessrios
somente sob diferentes aspectos.
Tudo uma Semi-Eterna e Constante Repetio
Tudo o que ocorre ou acontece nos cosmos, nada mais que uma semi-eterna e
constante repetio cclica, escalonada em eras abissais, que vo se estratificando em sub-
eras at chegar a perodos bem menores, mas que para os seres humanos, se afiguram
cronologicamente como muito grandes. interessante, pois da mesma forma, tudo o que
pensamos, sentimos, vemos e ouvimos, apenas uma repetio, em outra dimenso, de
coisas, fatos ou situaes que j ocorreram. Portanto, necessrio rompermos este ciclo
vicioso e repetitivo, j que o mesmo condicionante e condicionador. Tambm sabemos
que tudo no cosmos, relativo e provisrio, mutvel e mutante. O tempo finito e varivel,
o espao finito e varivel, e a causalidade finita e varivel. Por outro lado, em um dos
hinos stotram do Rig Veda, est escrito que a essncia pura ou primordial, conhecida
como diminuta, nfima da Origem Divina da Criao. Para Brahman ou para Brahmani,
ou ainda Neti Neti, que Ele ou Ela a fonte primeva da vida, de onde emana a gua
csmica ou o plasma primordial. E que somente reconhecendo essa origem divina da
criao, que encontraremos a paz definitiva, a harmonia interior e o contentamento eterno
Sat Chit Ananda.
Tambm no Rig Veda afirmado, que o Yga o caminho ideal para atingirmos
esta profundidade. E que no Yga encontraremos todos os instrumentos que precisamos
para aperfeioarmos o ciclo da nossa existncia, com suas diferentes transmigraes
krmicas. Porm, para utilizarmos tais instrumentos, fundamental que conheamos os
mesmos e no s eles, mas as diferentes regies onde os mesmos vo atuar. Ou seja, em
todo este vasto e complexo sistema, que aqui vem sendo dissecado e que com suas
diferenas normais, compem criaturas e seres humanos. Portanto, vamos aprofundar tais
conhecimentos. Sabemos que as ondas eletromagnticas se comportam da mesma forma
que as ondas luminosas, e podem viajar na velocidade da luz. At porque, a luz tambm
uma onda eletromagntica. Por outro lado, sabemos ainda que os neurnios e axnios
neurais realizam suas comunicaes, atravs de estmulos eltricos, eletro-magnticos e
qumicos. Esses sistemas de ativaes e estmulos, geram diferentes processos cerebrais e
mesmos mentais, como os pensamentos, as memrias, os sentimentos, a viso, a audio, o
olfato, o paladar e o tato, e, consequentemente, o ver, o ouvir, o cheirar, o sentir o gosto, o
sentir formas e mesmo o falar na base orgnica, alm de outras funes sub-correlatas a
estas. Ainda reconhecemos que existe uma conscincia coletiva, estratificada por grandes
reas ou regies, e que se desmembra em pequenas reas ou regies e por fim, sabemos que
existe uma conscincia individual, comum a criaturas e a seres humanos.
Em relao a conscincia individual, podemos qualific-la em trs tipos:
a) Conscincia de baixa vibrao ou tamsica,
b) Conscincia de mdia vibrao ou rajsica e
c) Conscincia de alta vibrao ou stivica.
Considerando-se uma sincera busca pela evoluo da humanidade, fundamental que a
maioria da sociedade planetria, individual falando, atinja uma conscincia de alta
vibrao. E se possvel, mas que isto, que por determinados perodos, consiga um estado de
conscincia sem pensamentos, conhecido por meditao, Dhyana ou Nirmal, e que trata-se
de uma prtica avanada do Raja Yga ou Yga Clssico, conforme definido em nosso
Manual para Formao de Professores de Yga, no captulo sobre os Ygas.Sutras de
Patanjali.
Como romper a Barreira da Repetio
O caminho para se atingir uma conscincia de alta vibrao ou stiva franqueado e
permitido a todos, sem nenhum tipo de restrio, de espcie alguma. Porm, sempre h um
porm, preciso que os interessados, busquem e adquiram correto conhecimento a este
respeito. E nesta matria-protocolo, ao longo do tempo, espao e causalidade, passo a
passo, estou delineando um dos caminhos para este e, portanto, vou aprofundar mais ainda
o mesmo. E, aps deslindar toda a estrutura energtica - shakti, em termos gerais e
particulares, da ento irei me ater a uma longa parte com tcnicas e exerccios prticos do
Raja Yga ou Yga Clssico, os quais ministro para grupos regulares, nos mais deferentes
locais. muito importante sabermos que todo este oceano csmico de energias shaktis
fluem e refluem incessantemente por todo o cosmos. Consequentemente, todas as criaturas
e os seres que coabitam no mesmo, esto sujeitas a tais ondas de vibraes. Assim, dentro
dos mesmos, tais energias comportam-se de forma alterada, porm, pela falta de
conhecimento deles, na maior parte do tempo, de forma inadequada ou descontroladamente.
Ento muito importante saber-se que:
1) Quando o sol nasce, as energias shaktis penetram os canais ou nadis Ida,
Pingala e Sushumna, e desde que bem direcionadas neste sentido.
2) Ao meio dia, as energias buscam um equilbrio dentro dos nadis fundamentais e
dos secundrios, e tambm em todos os lquidos vitais que circulam pelo organismo.
3) Ao cair da tarde, as energias fluem com fora total dentro dos nadis
fundamentais e dos secundrios como uma corrente fludica gigantesca, e tambm
em todos os lquidos vitais que circulam pelo organismo.
4) A meia noite, as energias repousam dentro dos nadis fundamentais e dos
secundrios, e tambm dentro de todos os lquidos vitais que circulam pelo
organismo. Assim, do meio dia meia noite, as energias circulam com fora dentro
dos nadis e dos lquidos vitais, e normalmente acham-se em seu ponto mais ativo.
Logo, da meia noite ao meio dia, as energias atuam no sistema somatolgico
(emocional, psicolgico e nervoso), e se estiverem com bom fluxo e ritmo, iro
polarizar fortemente tal sistema.
Vamos, ento, descrever parte das energias, detalhes das mesmas e seu
funcionamento. As cinco energias que vibram e circulam internamente so chamadas
Pranadi, sendo:
1) Onukya Prana, que atua na regio do corao e do tchakra Anahata, e
ascendente, sendo sua cor aproximada, o azul-esmeralda. Est associada ao planeta
Mercrio e seu elemento a terra. Controla o tchakra Ajna. a mantenedora da
vida, de todas as grandes vibraes e das enegias em geral. Produz a absoro e a
apropriao dos elementos da natureza, e responsvel direta pela respirao. Faz
contato sensorial com o mundo externo por meio das narinas e est associada ao
olfato.
2) Apana, que atua na regio genital/anal e do tchakra Muladhara, descendente,
sendo sua cor aproximada o vermelho-alaranjado. Sua vibrao age desde a parte
inferior do aparelho digestrio. Est associada ao planeta Vnus e a Lua e seu
elemento a gua. Controla o tchakra Swadisthana. Tem por funo produzir a
eliminao e a rejeio dos elementos da natureza. Tambm controla a nutrio e
excreo. responsvel direta pelas reas inferiores, gastrintestinal e urinria. Faz
contato sensorial com o mundo externo por meio da lngua e da boca e est
associada ao paladar.
3) Samana, que atua na regio umbilical e do tchakra Manipura, sendo sua cor
aproximada o vermelho-fogo. Controla o tchakra Manipura. Sustenta todo o calor
do corpo e tem por funo produzir a assimilao e a solidificao dos elementos da
natureza. Tambm controla a digesto e o metabolismo. responsvel direta pela
digesto. Faz contato sensorial com o mundo externo por meio dos olhos e est
associada viso.
4) Udana, que atua na regio da garganta e do tchakra Vishuda, ascendente,
sendo sua cor aproximada, o vermelho-violeta. Est associada ao plante Saturno e
seu elemento o ar. Controla o tchakra Anahata. Tem por funo, controlar as
variaes de temperatura, a juno e articulao dos elementos da natureza e
tambm o diafragma. responsvel direta pelo fluxo e refluxo dos lquidos,
secrees e excrees. Faz contato sensorial com o mundo externo por meio da pele
e est associada ao to.
5) Vyana, que atua em todo o organismo e no tchakra Swadhistana e em especial
na regio da cabea, toda envolvente, sendo sua cor aproximada, o branco-
azulado. Est associada ao planeta Jpiter e seu elemento e o ter. Controla o
tchakra Sahashara. Tem por funo, controlar a circulao geral, tanto das energias
quanto dos fludos e dos lquidos internos, tambm administra a audio, a estrutura
orgnica como um todo e os tecidos desta. No aspecto somatolgico (emocional,
psicolgico e nervoso), rege a expansividade ou a extroverso e a introspectividade
das criaturas e dos seres. E quando no momento da transmigrao, serve como o
elemento de liberao dos corpos sutis. Faz contato sensorial com o mundo externo
por meio dos ouvidos e orelhas e est associada a audio, inclusive com a audio
sutil interna e externa.
As cinco energias que vibram externamente so chamadas Nagadys, sendo:
6) Naga, a que eleva a conscincia, mas tambm tem a funo do arroto.
7) Kurma, a que tem a incunbncia de abrir os olhos e tambm causa as vises.
8) Krikara, a que gera ou provoca a sede, a fome e o espirro.
9) Deva Datta, a que gera ou causa o sono e o bocejo.
10) Dhanama Jaya, a que produz todos os sons internos e externos ao organismo e
ao corpo como um todo, sem silenciar-se por s instante, at o momento da
transmigrao.
Concluso
Sob esta tica, conhecendo claramente estas energias sutis shaktis e sua correlao com
o micro-cosmos e o macro-cosmos, e principalmente, como, porque e por onde elas fluem,
as criaturas e os seres humanos passaro a se conhecer e a se entender melhor, e
consequentemente aos seus semelhantes. Tornar-se-o mais harmoniosos e equilibrados
interiormente e, assim, a partir de um amplo desenvolvimento individual, podero tornar o
mundo bem melhor, pois o mundo em si, no bom e nem ruim, talvez seja at
maravilhoso. Quem na realidade destri o mesmo e se auto-destri, por total falta de
conscincia e de conhecimento, so as pessoas.
Yga Clssico XXXIII
As Energias Csmicas e os Seres Humanos
Stima Parte
Na sexta parte desta matria, analisei o funcionamento das energias sutis em seus
diferentes desdobramentos em diferentes situaes e suas estruturas cientificas inerentes
e aferentes, e como as mesmas adentram nas criaturas e nos seres humanos, agindo de
forma constante sobre estes, e relacionei parte dos canais por onde fluem e refluem.
Nesta stima parte, adentrando mais ainda na perspectiva do Yga Clssico, sobre todo
este mundo sutil e invisvel, porm determinstico no universo e seus elementos ou
componentes totais, vou detalhar aspectos cada vez mais especficos em relao a como
esse sistema gerado por um processo energtico-atmico-vibracional, gera resultados e
situaes, em especial sobre a natureza das ditas criaturas e seres de qualquer espcie ou
plano ou reino da natureza. E muito importante lembrar, que qualquer alterao nas
energias, gera alteraes em todos os elementos desta mesma natureza.
Adentrando em alguns Textos Clssicos
Na realidade, para que possamos melhor compreender a importncia e a
profundidade de tal tema no mundo atual e todos os seus desdobramentos, necessitamos
adentrar em alguns conceitos de matrizes encontrados em textos clssicos, de tal forma
que os mesmos, mudem nossas vises, sejam eles interiores ou exteriores e, inclusive, nos
dotem de novos paradigmas e referncias de universos.
A este respeito, no texto clssico conhecido como Chandogya Upanishad (8:1-6), vamos
aprender que; -Dharma, Artha, Kaama, Moksha, Khiveshu chaturvidha, purushar thestu,
moksha eva, param purushartha, ou seja:
a) Dharma, o correto dever ou a correta ao,
b) Artha, o correto caminho ou a correta maneira para se obter prosperidade e bem-
estar,
c) Kama, o correto caminho para o desejo, mas no o desejo mundano, e sim o
desejo natural por coisas boas e positivas, e por fim,
d) Moksha, a obteno da liberdade interior ou a auto-realizao espiritual.
Destes quatro (4) purusharthas ou elementos existenciais primais o supremo a
obteno de moksha. E dharma e moksha so os dois (2) mais importantes objetivos na
existncia dos seres humanos, sendo que artha e kama so de muito pouca importncia para
os mesmos. E as prticas corretas ou sadhanas do Raja Yga o caminho natural para se
atingir to elevado objetivo. E uma das razes para isto, que por meio de tais prticas, seja
de forma temporria ou definitiva, se consegue bloquear os canais ou nadis Ida (i) e Pingala
(i), evitando-se desta forma, o movimento vibracional das energias tamsicas e rajsicas, e
consequentemente, mantendo-se livre, aberto e desimpedido, apenas o canal ou nadi
Sushumna, por onde circula, flue e reflue a energia vibracional pura ou sattvica, pois este
o nico caminho para se libertar dos cinco (5) objetivos dos sentidos e se atingir a
iluminao, ou libertao interior ou moksha.
Os Pranayamas ou Tcnicas Vibracionais
Mas mesmo, que um praticante de Hatha Yga ou de Raja Yga, a priori, no consiga
bloquear esses dois canais por meio das prticas, atravs de simples prticas respiratrias
ou pranayamas bsicos tcnicas respiratrias bsicas e assim, obtendo um movimento
equilibrado de entrada e sada do ar e do prana energia vital contida no mesmo
exclusivamente pelas narinas, j se possvel adquirir um forte grau de estabilidade
interior, que se reflete direta e beneficamente no trip do sistema somatolgico,
compreendido por um amplo reequilibrio emocional (1), psicolgico (2) e do sistema
nervoso (3), com reflexos positivos diretos, no sistema imunolgico e no glandular-
hormonal, e estes por sua vez, beneficiando e rejuvenescendo toda a estrutura anatmica,
biolgica, sinesiolgica e fisiolgica. E, esta estabilidade por sua vez, fruto da influncia
da energia vibracional sattvica, contida no canal Sushumna e a obteno de tal resultado,
em sanskrito, chamada de Hishraja ou Nishikrya, que um dos principais elementos do
Raja Yga, conforme exposto no nosso Manual para Formao de Professores de Yga.
interessante observarmos que a palavra yama em que a palavra ayama quer dizer
expanso. Da um significado mais profundo para os pranayamas, ou prticas respiratrias,
como tcnicas vibracionais, onde se aprende a canalizar corretamente o prana primrio
contido no ar, para s aps se conseguir ou obter sua mais completa expanso e
desdobramentos prnicos, ou vayus ou energias sutis j descritos anteriormente neste
protocolo, podemos detalh-los ainda, esclarecendo que:
a) Onukya Prana, sempre atua por meio de impulsos ou vibraes ascendentes.
b) Apana, sempre atua por meio de impulsos ou vibraes descendentes.
c) Samana, sempre atua por meio de impulsos ou vibraes estabilizadoras.
H tambm o fato de que quando Onukya Prana e Apana esto em atividade normal,
tanto a inspirao quanto a expirao, refletem-se como manifestaes equilibradas
internas e externas seja nas criaturas ou nos seres humanos. Nesses perodos, o crebro e
a prpria mente, so movidos pelo trnsito ou movimento desses pranas cruzados. Assim,
uma respirao agitada ou turbulenta, torna o crebro e a mente, agitados ou turbulentos.
Mas uma respirao serena, harmoniosa e profunda, torna o crebro e a mente, serenos e
equilibrados. Nos Yga Sutras ou Aforismos do Raja Yga de Patanjali (II-49,50,51),
vamos aprender que: Shvasa, prashavasa, yga gati, vicchedaha, pranayamaha, ou seja,
Pranayama o caminho reala e a soluo, para o equilbrio e a estabilidade interior e
definitiva. Mas ainda, ali tambm aprendemos os processos de separao da inspirao e
da expirao, para se atingir tal equilbrio e estabilidade interior. Por outro lado, no
Shrimad Bhagavad Gita, ou Sublime Cano da Criao (4-29), vamos aprender que: -
Apane juhayati, pranam praneha panam, tatha pare. Pranapana gatiruddva, pranayama para
aynaha., ou seja, aqui nos temos descrito tanto o sistema de funcionamento, quanto a
composio dos pranayamas, com total preciso e clareza, e ainda, como se desenvolvem.
E outra vez dado forte nfase ao Alento Ascendente, ou aquele que impulsiona as
.energias vibracionais ou foras interior para cima, chamado Onukya Prana e ao Alento
Descendente, ou aquele que impulsiona as energias vibracionais ou foras interiores para
baixo, chamado Apana. E tambm, ao Alento que da equilibrio ou estabilidade a todas as
energias ou foras interiores, chamado Samana. Neste pargrafo (4-29), aprendemos ainda
que um dos propsitos bsicos dos pranayamas obter a constante e duradoura estabilidade
de Samana, j que os outros dois alentos ou ares sutis, ou vayus, quando em atividade,
agem como elementos alteradores da harmonia interior, pois se conectam dirata e
constantemente como mundo exterior, mesmo que atravs de uma conexo muito tnue.
Isto porque se utilizam dos movimentos externos do ar e dos ons, para estabilizar e
harmonizar da natureza interna, pois s utiliza os movimentos internos. Por fim, parte deste
amplo processo aqui descrito, ainda ir gerar nas criaturas e nos seres humanos, um outro
desdobramento, advindo de toda esta movimentao interna e externa, qual seja:
1) Puraka, ou o ato de inspirar;
2) Kumbaka, ou o ato de reter ou ento suspender a respirao nos pulmes e at em
todo o interior;
3) Rechaka, ou o ato de expirar;
4) Shuniaka, ou o ato de manter os pulmes e at mesmo o prprio interior vazios ou
semi-vazios.
Todos os ensinamentos contidos nesses conceitos advindos dos textos clssicos, tem
uma grande importncia, em qualquer atividade que se possa desenvolver no planeta, pois
se os mesmos forem utilizados adequadamente na prtica, podem causar uma forte e
necessria transformao benfica nos habitantes do mundo. E para uma mais ampla
compreenso dos mesmos, vamos continuar aprofundando os mesmos.
Agradecimentos Especiais
Quero expressar o meu sincero e humilde agradecimento a todas as pessoas e profissionais,
que carinhosamente ou respeitosamente enviam e-mails, fax e at cartas, falando sobre as
matrias que eu escrevo. Tambm quero esclarecer que, todas elas so inditas e fruto de
longas pesquisas, seja no mbito cientfico, metodolgico, histrico, cultural ou mesmo
espiritual. s vezes chego a levar trs(3) a quatro(4) anos para desenvolver as mesmas.
Quero ainda agradecer s senhoras Rishis de Bharatavarsha ou Hindusto, que me
ensinaram e ainda continuam a me ensinar grande parte do que sei. So mulheres incomuns
e, inclusive, parte delas j atuam s no plano espiritual e por isso tm muito mais
profundidade de conhecimento. elas, a minha mais profunda gratido e reconhecimento
e, que eu possa estar sempre altura do amor e carinho, com os quais me ensinam e me
preparam. E que a luz divina primordial (Brahman), origem de tudo e de todos, possa
continuar sendo a energia primeira, que me ilumina e me alimenta.
Na transio da Era de Kali:
Namaste!!
Claudio Duarte
Digitalizao e OCR
Luis F. P. Barbieri
In Revista Personalit, Rosi Garcias Editora Ltda, nmero 43, ano VIII, So Paulo, 2005,