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Yóga Clássico XVIII “Quando as luzes espirituais brilham sobre as trevas da ignorância” Segunda Parte Esta é a segunda parte da minha matéria sobre os nove (9) tchakras principais e os quatrocentos e cinqüenta(450) secundários, compilada a partir de textos clássicos milenares da Índia, que me foram transmitidos detalhadamente por algumas das Rishis de lá, que atuam com o Yóga Clássico arqui milenar. Na primeira parte demonstrei claramente como os mesmos funcionam, suas estruturas interiores, como os setenta e dois(72)meridianos fundamentais ou nadis interligam estes tchakras, canalizando cinco(5) tipos de energias retiradas do prana sutil contido no ar comum, como a má circulação destas energias influenciam não só no plano ou campo psíquico das pessoas, mas também na área psicossomática. Como a correta circulação destas energias é necessária para toda a existência humana e do próprio planeta, também dei o nome de cada um dos nove(9) tchakras principais, suas cores, número de vórtices nucleares, seus símbolos, seus mantras ou sementes e sua direta atuação por área em cada um dos cinco(5) elementos básicos do planeta.

Tchakras e Nadis Segundo Prof. Cláudio Duarte Revista Personalite

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  • Yga Clssico XVIII

    Quando as luzes espirituais brilham sobre as trevas da ignorncia

    Segunda Parte

    Esta a segunda parte da minha matria sobre os nove (9) tchakras principais e os

    quatrocentos e cinqenta(450) secundrios, compilada a partir de textos clssicos milenares

    da ndia, que me foram transmitidos detalhadamente por algumas das Rishis de l, que

    atuam com o Yga Clssico arqui milenar.

    Na primeira parte demonstrei claramente como os mesmos funcionam, suas

    estruturas interiores, como os setenta e dois(72)meridianos fundamentais ou nadis

    interligam estes tchakras, canalizando cinco(5) tipos de energias retiradas do prana sutil

    contido no ar comum, como a m circulao destas energias influenciam no s no plano

    ou campo psquico das pessoas, mas tambm na rea psicossomtica. Como a correta

    circulao destas energias necessria para toda a existncia humana e do prprio planeta,

    tambm dei o nome de cada um dos nove(9) tchakras principais, suas cores, nmero de

    vrtices nucleares, seus smbolos, seus mantras ou sementes e sua direta atuao por rea

    em cada um dos cinco(5) elementos bsicos do planeta.

  • Informaes Preciosas

    Todas estas informaes que esto publicadas so de cunho cientfico e, at tal

    momento eram desconhecidas no pas. No to simples e nem to fcil trabalhar com este

    tipo de abordagem e ir aprofundando a mesma, cada vez mais, com total segurana e

    conhecimento, pois leva muito tempo para se amadurecer ou maturar um determinado

    processo ou sistema. Mesmo os trabalhos de pesquisa geral sobre o assunto e os mtodos

    envolvidos requerem muito tempo, muito esmero, uma tratativa criteriosa e mais que tudo

    isto, uma profunda conscincia pessoal e profissional, em relao s informaes e aos

    resultados obtidos, como transmiti-los e como utiliz-los. Sei perfeitamente que da mesma

    forma que em outras matrias e pesquisas minhas, esta a primeira vez que o grande

    pblico esta acessando tais dados, referncias metodolgicas e tal tipo de conhecimento. E,

    quero sinceramente acreditar, que toda esta estrutura aqui contida possa primeiro servir

    para aprimorar cada ser humano e segundo, servir para aprimorar as prprias regies, onde

    estes seres humanos estiverem, atravs das emanaes das suas vibraes reconstrutivas e

    conseqente fortalecimento das ondas de curto e longo alcance, inclusive, reconstituindo

    parte da simetria original da gua do planeta, em especial.

    Um Novo Olhar sobre o Oceano Csmico

    Para lanarmos um novo olhar sobre os tchakras preciso esclarecer que entre os

    motivos principais para conhec-los a fundo, est o fato de que o adequado funcionamento

    dos mesmos, determinam todo o funcionamento da estrutura psquica e psicossomtica e

    conseqentemente, a personalidade e o comportamento de cada ser humano e, como

    resultado direto, o bom funcionamento do conjunto de aparelhos orgnicos, com suas

    respectivas glndulas e rgos. Vamos ento aprofundar estes conhecimentos to

    importantes, que pode ser desenvolvido atravs das prticas do Yga Clssico.

    Quando vemos os desenhos simbolgicos de cada um dos nove (9) tchakras, os mesmos

    contm toda uma srie de signos ou ilustraes bem definidas e caractersticas. Seguindo

  • uma ordem ascendente, vamos ento dissecar e esclarecer o que significa cada uma destas

    imagens inseridas nos mesmos e totalmente desconhecidas aos ocidentais.

    Informamos que dentro de sete (7) dos tchakras, esto distribudas as cinquenta (50)

    letras do alfabeto snscrito.

    I - O MuIadhara Tchakra: Mula quer dizer raiz e Adhara, suporte.

    formado por quatro ptalas externas ao seu centro, sendo que, nas pontas internas

    destas, a partir da ptala superior direita e em sentido horrio, esto as letras do alfabeto

    snscrito ou devanagari, Vam, Sam, Sam e Sam. No seu interior h um crculo que

    simboliza a plenitude ou a perfeio. Dentro do crculo vamos encontrar um quadrado que

    simboliza o elemento terra e a matria comum. Do lado de fora do quadrado, saindo

    diretamente dele, distribudas geometricamente, esto oito setas ou flechas representando as

    oito direes que algum pode tomar e aps, se ramificarem em inmeras outras. Dentro do

    quadrado, no alto direita esto lado a lado, primeiros os deuses Brahma criana e aps a

    deusa Dakini. No centro deste vemos um tringulo (kamarupa) com a ponta para baixo,

    representando a Yoni ou sexo feminino, e os seus trs ngulos simbolizam a vontade, Iccha,

    a ao, Kriya e o conhecimento, Jnana e, tambm, os nadis Ida, Pingala e Sushumna. No

    interior do tringulo vemos um Lingan (svayambhu), voltado sempre para cima,

    representando o Falo ou sexo masculino. No mesmo h uma serpente enrolada trs vezes e

    meia, expressando a fora atmica ou nuclear adormecida de Kundalini, a energia

    primordial e residual, contida em todos os seres humanos.

  • Na ponta deste lingan aparece uma lua crescente, smbolo da fonte divina de

    energia, que move os seres humanos. Saindo do centro da base superior do tringulo, pode-

    se observar como que trs tubos, canais ou nadis serpenteantes, que se dirigem at o Ajna

    tchakra, que se situa altura interna do entrecenho, na cabea, chamados (a) Pingala, o da

    direita, quente ou solar, (b) Ida, o da esquerda, frio ou lunar e (c) Sushmna, o do centro,

    considerado o principal entre os outros setenta e dois (72) nadis fundamentais e que servem

    para canalizar as cinco(5) energias sutis e outras atravs dos tchakras em direo ao

    Sahasrara tchakra, quando as mesmas esto devidamente purificadas e dinamizadas.

    Sobre o tringulo aparece a letra snscrita "Lam" ou letra semente atvica, que quando

    ativada serve para despertar as foras csmicas inerentes de Muladhara, gerando profundas

  • transformaes no ser humano. Se ele estiver profundamente preparado para as

    transformaes, em termos psquicos, as mesmas sero fantsticas, mas caso no esteja

    preparado, sofrer graves distrbios. Por fim, ainda dentro do quadrado, sob o vrtice ou

    ngulo inferior do tringulo, vamos encontrar um elefante com sete trombas chamado

    Airavata ou rei dos elefantes, veculo do deus Indra. As sete trombas representam os sete

    elementos ou Dhatus, que formam as chamadas energias (shaktis) ou contra-parte sutil das

    estruturas orgnicas, que se correlacionam com cada tchakra e que acabam dando "forma e

    personalidade" ao prprio ser humano. O interessante que tais energias ou shaktis tm

    nomes simblicos e aparecem com a forma das sete(7) deusas, que encontram-se ao lado

    direito de cada um dos sete(7) deuses representados dentro dos tchakras.

    Vamos ento descrever as mesmas e detalhar a primeira delas, que se situa no interior

    do Muladhara tchakra:

    1. Dakini Shakti no Muladhara Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu Rasa,

    ou energia primordial geradora do "plasma geral" do organismo.

    2. Rakini Shakti no Swadhisthana Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu

    Rakta, ou energia primordial geradora do "sangue" do organismo.

    3. Lakini Shakti no Manipura (ka) Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu

    Mansa, ou energia primordial geradora dos "msculos" do organismo.

    4. Kakini Shakti no Anahata Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu Meda, ou

    energia primordial geradora das "gorduras" do organismo.

    5. Shakini Shakti no Vishuddha (hi) Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu

    Ashthi, ou energia primordial geradora dos "ossos" do organismo.

    6. Hakini Shakti no Ajna Tchakra, cuja energia sutil (shakti) Dhatu Majja, ou

    energia primordial geradora dos "nervos e da medula" do organismo.

    7. Sahasrara Tchakra, no h nenhuma deusa simbolizada, mas a energia sutil

    (shakti) ou Dhatu Dhatu Shukrartava, ou energia primordial geradora de todos os

    "princpios dos tecidos celulares reprodutivos" e que por isso sustentam toda a

    estrutura gentica da vida.

  • Detalhando Dhatu Rasa ou energia primordial do plasma geral do organismo

    O plasma, como sabemos, contm e transporta todos os nutrientes transformados

    pela estrutura orgnica e ao mesmo tempo alimenta os sistemas com seus aparelhos e

    tecidos celulares. Coordena as funes da lactao ou Stamaya glndulas mamarias e as

    funes da menstruao ou Arthava do tero. Esta energia primordial quando equilibrada,

    gera sentimentos de felicidade, entusiasmo e at amor. Quando bloqueada gera sentimentos

    de tristeza, depresso e at carncias de diferentes naturezas. Atravs das prticas bsicas

    do "Yga Clssico" podemos manter esta estrutura bem equilibrada. Nas prximas edies,

    da Revista Personalit, irei descrever os outros tchakras, passo a passo, como fiz aqui com

    este primeiro.

    Yga Clssico XIX

    Saindo da terra para se purificar na gua Csmica

    Terceira Parte

    Esta a terceira parte da minha matria sobre os nove (9) tchakras principais e os

    quatrocentos e cinqenta (450) secundrios, compilada a partir de textos clssicos

    milenares da ndia e, tambm dos ensinamentos que recebi e ainda recebo das Rishis do

    antigo Hindusto ou Bharata Varsha. Na segunda parte, demonstrei de forma clara e

    detalhada toda a estrutura do tchakra Muladhara, como ele funciona, onde atua e quais seus

    elementos fundamentais. Quais suas propriedades e tudo o que ele reflete no ser humano e

    na sua mais ntima personalidade e comportamento. Agora vou trabalhar o tchakra

    Svadhisthana da mesma forma que o anterior.

  • II O Svadhisthana Tchakra

    O Suporte da Vida

    formado por seis ptalas externas ao seu centro, sendo que nas pontas internas

    destas, a partir da ptala superior direita e em sentido horrio. Esto as letras do alfabeto

    snskrito ou devanagari BAM, BHAM, MAM, YAM, RAM e LAM. No seu interior h um

    crculo que simboliza a sua plenitude ou a sua perfeio. Dentro do crculo vamos encontrar

    um ltus de oito ptalas, contendo a Mandala Ambhoja ou Mandala da Lua Crescente, que

    branca, luminosa, serena e receptiva, e simboliza o elemento gua ou a gua csmica

    primordial e purificadora. Dentro da Mandala da Lua Crescente, na sua parte interior e

    inferior, est Makara, uma combinao de um jacar e um peixe, com uma enorme boca

    aberta pronta para devorar qualquer coisa, sem nenhuma discriminao. Este smbolo

    significa a imaginao, a qual desenvolve o desejo de liderar, de reconhecimento e tambm

    do prazer, da satisfao. Quando duas pontas superiores da Mandala da Lua Crescente, se

    unem no seu extremo superior, dentro dela, forma-se um crculo menor. E dentro dele

    vamos localizar outro ltus de oito ptalas. Dentro deste ltus, no alto, direita, esto lado

    a lado, primeiro o deus Vishnu e aps a deusa Rakini. Vishnu representa a preservao ou a

    conservao da espcie e da prpria criao e ainda o nvel mais elevado da inteligncia e

    da conscincia. E estes aspectos so da mais extrema importncia para os seres humanos.

    Rakini representa a criatividade, a imaginao e a fora energtica e vibracional feminina.

    No centro do ltus aparece a letra snskrita VAM ou letra semente primal que quando

    ativada, ajuda a despertar as foras inerentes de Svashisthana, gerando transformaes

    profundas no ser humano. Se ele estiver profundamente preparado para as transformaes,

    em termos psquicos, as mesmas sero benficas e fantsticas, mas caso no esteja

    preparado, sofrer graves distrbios. Aqui, j a priori, podemos exemplificar, que sob

    nenhuma hiptese o ser humano interessado em desenvolver este ou qualquer outro tchakra

    via de regra, atravs das prticas do Yga Clssico no poder ter nenhum tipo de vcio,

    por mais nfima que seja. Ento, o ideal ser fazer uma longa e sria preparao, visando

    atingir uma purificao em diferentes nveis, seja orgnico, mental e at essencial, para s

    aps, partir para a prtica das oito etapas fundamentais do Yga Clssico que se bem

    conduzidas, ao longo do tempo krmico, podero trazer resultados reais.

  • Os Meridianos ou Nadis Magnos

    Vindo diretamente l da base do tchakra anterior, pode-se observar trs tubos sutis,

    meridianos ou nadis magnos que cruzam serpenteando este e os outros tchakras, meridianos

    estes chamados Pingala, direita, que quente, solar, Ida, esquerda, que frio, lunar e

    Sushumna, o do centro, considerado o principal entre os setenta e dois (72) nadis

  • fundamentais, que servem para canalizar as cinco energias sutis atravs dos tchakras, em

    direo ao Ajna tchakra, que situa-se altura interna do entre-cenho, na cabea, enquanto

    as energias so purificadas e dinamizadas, isto se e quando o ser humano j foi preparado

    adequadamente neste sentido. Aps todo este processo de prticas, quando tais energias

    chegam ao Ajna, este serve como o penltimo filtro ou catalisador, antes que as energias,

    finalmente, cheguem ao Sahasrara tchakra, no sem antes passar pelo Soma e pelo Lalata

    tchakra, no ltimo processo decantador e purificador.

    Outros esclarecimentos importantes

    Tratar sob o tema tchakras no Ocidente, e mais especialmente no Brasil, ainda

    algo muito novo, lidando com o desconhecido e com uma outra forma de Cincia da Vida

    que atua exclusivamente com o campo da fsica atmica sutil, com a prpria cadeia

    alimentar sutil nascida da energia prnica contida no ar comum e, absorvido pela

    respirao e transformada instantaneamente por meio de uma qumica celular nuclear, em

    cinco outras formas de energias. Atravs destas informaes advindas deste outro tipo de

    cincia, todos podero vislumbrar ou descobrir algo novo, algo profundamente

    transformador da vida e da prpria existncia. Algo que possa melhorar muito a atual

    realidade do mundo, a partir de uma mudana construtiva e positiva da individualidade e da

    personalidade de cada ser. E isto tambm significa um grande avano cientfico e humano,

    uma grande melhoria na face da terra. O comeo de uma longa viagem em direo a outros

    planetas, a outras galxias e a regies mais leves e mais espiritualizadas. Eu sei o quanto

    difcil pesquisar e escrever seriamente sobre tchakras, todo o tempo que se leva para gerar

    cada parte de uma longa e consistente matria, mas vale a pena em todos sos sentidos, pois

    este um captulo a parte e muito especial da minha real contribuio para a mudana da

    histria humana. E sinto-me muito privilegiado por ter todo o conhecimento e a prtica que

    tenho e poder transform-lo em uma nova linguagem de aprendizado para este pas e para o

    Ocidente. Mais uma vez esclareo que no campo prtico, queles que quiserem adentrar

    nestas transformaes, o caminho ideal o Yga Clssico com suas oito etapas

    metodolgicas seguras e precisas. Mas se quiser construir os alicerces mais devagar e mais

  • tranqilo, seja por que motivo for, comece pelas prticas bsicas do Hatha Yga

    tradicional.

    Yga Clssico XX

    O fogo ardente da chama divina

    Quarta parte

    Esta a quarta parte da minha matria especial sobre os nove (9) tchakras

    principais, e os quatrocentos e cinquenta (450) secundrios, todos interligados pelos setenta

    e dois (72) nadis, ou meridianos fundamentais, os setecentos e vinte (720) nadis ou

    meridianos secundrios e, outros milhares de meridianos menores. Todos este trabalho e o

    seu amplo protocolo nasceu dos textos clssicos milenares da ndia e, tambm dos

    ensinamentos que recebi e, ainda recebo, das Rishis daquele outro universo to fascinante.

    Na terceira parte demonstrei de forma clara e detalhada, toda a estrutura do tchakra

    Svadhistana e, tudo o que ele reflete no ser humano e na sua mais ntima personalidade e

    comportamento.

    Agora vou detalhar o Tchakra manipura da mesma forma que o anterior.

    As trigunas ou trs gunas

    Mas antes quero explicar uma outra questo, de influncia muito forte e especfica,

    sobre os tchakras nos seres humanos. Trata-se das trigunas do Yga Clssico ou trs

    gunas, ou trs tipos de qualidades de elementos, que em diferentes propores vibracionais

    ou energticas, compem todos os seres humanos e outros elementos da terra. E a maior

    ou menor fora ou intensidade desses trs tipos ou qualidade de elementos, chamados em

    Snskrito de Tamas, Rajas e Sattvas, que iro determinar, no s a personalidade de uma

    pessoa, mas tambm, seu prprio comportamento.

    a) Tamas pode ser definido como aquele elemento, que gera, os processos mais brutos,

    mais mundanos, pesados e grosseiros. Se olharmos serenamente para a sociedade

  • atual, erroneamente chamada de sociedade moderna, poderemos observar que a

    grande maioria delas formada por pessoas com essa caracterstica.

    b) Rajas pode ser definido como aquele elemento, que gera os processos mais

    racionais, mais intelectuais e direcionados. Na sociedade atual, podemos observar

    que h um nmero relativo de pessoas com essas caractersticas.

    c) Sattva pode ser definido como aquele elemento, que gera os processos mais

    refinados, mais sutis e mais espirituais. Na sociedade atual, podemos observar que

    h um nmero muito pequeno de pessoas com essas caractersticas. Mas

    importante frisar que, as Trigunas no so parte de uma lei rgida e imutvel, pois

    consciente ou inconscientemente, possvel aos seres humanos transitar por elas.

    claro que o ideal seria que a sociedade fosse amplamente consciente, o que na

    atualidade no a realidade vigente.

    Desvendando as Trigunas

    Tratar sobre as trigunas ou trs elementos ou energias codificadoras que compem

    praticamente tudo na terra, conhecidas como Tams, Rajas e Satwas, significa desvendar

    grande parte da natureza e da prpria natureza humana. Mas para isso, temos que

    desenvolver uma linguagem que possa efetivamente clarear a compreenso das pessoas a

    este respeito. Portanto, vou descrever a atuao de cada uma das trs, a partir do conceito

    da influncia das mesmas na personalidade e no comportamento dos seres humanos, no

    me atendo a outro elemento, j que a compreenso de como as trigunas ou qualidades

    morfolgicas intrnsecas atuam no interior de cada um, ser de extrema importncia, para

    uma melhor percepo individual e coletiva da sociedade. Percepo esta que poder ou

    no trazer mais equilbrio pessoal e coletivo, gerando harmonia, paz e consequentemente

    sade e qualidade de vida. Porm, tenha em mente, que as trigunas Tamas, Rajas e Satwas,

    so como que espcies de energias primais ou atvicas que surgem nos primrdios dos

    tempos e periodicamente ou ciclicamente passam por fluxos e refluxos de ondas, com

    maior ou menor intensidade para cada uma das trs. E mais que isto, as trs se sub-dividem

    internamente em outras escalas de trs para cada uma, chegando a nveis extremos de

    contedo ampliado ou diminudo.

  • Quando uma guna predomina sobre as outras duas, o que comum e freqente, a sua

    caracterstica ir predominar em uma pessoa.

    1) Sabe-se que a passividade peculiar a guna Tamas;

    2) Sabe-se que a atividade peculiar guna Rajas;

    3) Sabe-se que o equilbrio peculiar guna Satwa.

    Por outro lado, tais gunas ou energias codificadas circulam dentro dos setenta e dois

    (72) Nadis, Srotas ou canais sutis e seus secundrios que entreligam no s os nove (9)

    tchackras principais, mas tambm os quatrocentos e cinqenta (450) secundrios, juntos

    com outras formas de energias, sendo que o equilbrio das mesmas traz sade, vitalidade e

    bem estar, enquanto o desequilbrio gera doenas somatolgicas e outras correlatas.

    Caractersticas das Trigunas

    Para que se possa compreender melhor as trigunas ou trs energias codificadoras e

    suas caractersticas, vamos descrever o que cada uma delas pode gerar numa pessoa,

    comeando pela mais densa ou grosseira, passando pela intermediria e chegando mais

    refinada:

    1) Guna Tamas

    Quando predomina em primeiro grau, gera a total inconscincia, a ignorncia e a

    iluso. densa e lenta e produz a insensatez e a mediocridade. Gera um materialismo

    vulgar e um sono muito pesado. Prpria dos preguiosos e dos prostrados. Pessoas sob

    predomnio de Tamas, sentem-se sempre sozinhas ou solitrias, mesmo que acompanhadas

    e so muito ligadas s ao fsico ou ao corpo. Falam muito alto, so bem barulhentas e

    podem ou no, ter um objetivo definido na vida, embora no faam nada, ou mesmo, muito

    pouco para mudar.

  • Trabalham mas so lentos e costumam enrolar. No so ambiciosos e nem gananciosos e

    parte delas gostam de ser lideradas, enquanto para outra parte indiferente. Mais ainda,

    comem muito, qualquer tipo de alimento ou porcarias por piores que sejam, bebem

    exacerbadamente, inclusive bebidas alcolicas, fumam sem limite algum, se descontrolam

    facilmente, so muito ciumentas, toscas e grossas. Em geral tem problemas somatolgicos,

    ligados a recalques, complexos e represses e no conseguem observar ou perceber tais

    situaes. Tambm so negativas e influenciveis. No aceitam seus problemas e so

    resistentes a mudanas, pois so acomodadas ou preguiosas. Por serem muito apegadas,

    sofrem muito e podem cair em depresso. So passionais ou fortemente emocionais.

    Tristemente compem a maior parte da sociedade ou o grande sop da pirmide social.

    Mas, se orientadas corretamente, podem e devem mudar para melhor e, inclusive, atingir a

    guna Rajas, aps atravessar os trs graus de Tamas. Por todos estes motivos, podem e

    devem ser cautelosamente orientadas a desenvolver prticas que ajudem-nas atingir o

    segundo e o terceiro grau de Tamas, que so menos densos e significam um grande

    progresso, chegando at Rajas. [Mas tudo isto ser lento e, s vezes, at doloroso para tais

    pessoas, porm definitivamente e urgentemente necessrio.]

    2) Guna Rajas

    Quando predomina em primeiro grau gera uma subconscincia nas pessoas, quase

    sempre tornando-as agitadas, buscando atividades de qualquer natureza e esto sempre

    querendo mudar, mesmo quando no h motivo ou necessidade. s vezes so egostas e s

    visam poder ou ambio. Parte delas gostam do prazer mundano, o que pode lhes causar

    desequilbrio. s vezes so gananciosas e uma parcela delas gosta de liderar. Tambm

    gostam de ter objetivos na vida, por mais simples ou sofisticados que possam ser. So

    pessoas de boa natureza e de boa energia, mas por serem muito agitadas, podem facilmente

    chegar a uma estafa. Tal agitao pode at lhes perturbar a mente, embotando sua viso de

    mundo e lhes ocasionando incmodos ou inconvenientes, s vezes tornam-se impacientes

    com muita facilidade e chegam a ser incoerentes. No costumam parar para buscar solues

    para os problemas e, com isto, perdem muitas boas oportunidades. Em geral acham que os

    outros esto errados, mesmo quando suas opinies que equivocadas.

  • Tm objetivos bem definidos, mas em funo do ego forte, tropeam vrias vezes na vida, o

    que lhes faz sofrer, mesmo sendo pouco sentimentais e mais racionais. E, tudo isto, faz

    sentirem-se incompletas ou infelizes. Costumam ser cuidadosas com o corpo e imagem e

    so vaidosas, mas tambm pecam pelo que comem e bebem, muito embora no primam

    pela quantidade. Mas tal fato pode lhes gerar problemas de sade ou outros. Os Rajasicos

    esto no meio da pirmide social, embora em nmero muito menor que os tamasicos. Por

    todos este motivos, podem ou devem ser ponderadamente orientados a desenvolver

    prticas, que ajudem-nos a atingir o segundo e o terceiro grau de rajas, que so menos

    densos energicamente falando e significam um timo progresso, podendo chegar ao

    longo do tempo at Satwas. Mas tudo isto ter que ser muito bem dosado, e s vezes, at

    difcil, porm definitivamente necessrio, pois s assim o mundo poder se tornar

    melhor em termos de humanidade.

    3) Guna Satwas

    Quando predomina em primeiro grau, gera uma conscincia nas pessoas, levando-as

    ter uma viso clara e bem definida do mundo, dos outros de si mesmas e de qualquer fato

    ou situao. Em geral, pessoas regidas por Satwas so inteligentes, naturalmente

    carismticas e bondosas e vivem em equilbrio e harmonia interior e exterior. So livres,

    leves e soltas por sua prpria natureza. Tambm via de regra so neutras em relao a

    muitas situaes e esto sempre felizes, alm de buscarem um contentamento interior ou

    mesmo consegui-lo com relativa facilidade. So lcidas e sinceras e podem ou no ser

    amorosas, alm de serem bem saudveis, esguias e raramente contrarem em qualquer tipo

    de enfermidade, por mais simples que seja, at porque so todas vegetarianas e comem

    muito pouco, se satisfazendo com alimentos frugais, frutas, sucos naturais e sementes.

    Jamais fumam, nunca ingerem bebidas alcolicas e primam pela qualidade alimentar e pelo

    comportamento adequado e direcionado para fins ou objetivos justos e que ainda possam

    beneficiar a coletividade. No se importam em ser lideres, muito embora isto possa ocorrer

    naturalmente. No cotidiano, raramente falam alto, a no ser em caso de necessidade. So

    criativas, alegres e espirituosas e podem expressar pensamentos ou opinies profundas e

  • delicadas com muita facilidade. Se adaptam a situaes novas com relativa tranqilidade e

    so bem aceitas em grupos, embora no faam muita questo de se integrar aos mesmos.

    Raramente ou quase nunca, adquirem problemas somatolgicos, nos seus aspectos

    emocional, psicolgico ou nervoso, j que vivem em constante equilbrio, paz e harmonia

    interiores. Em geral, conseguem ser moderadas naturalmente e tm uma slida percepo

    de si prprias, dos outros, do mundo e da prpria realidade. Quando em estgios muito

    avanados pessoas regidas por Satwas, tornam-se profundamente espiritualizadas,

    transcendendo todos os limites da natureza humana e podendo atingir nveis fantsticos de

    pureza, harmonia e virtudes interiores. Porm, os satwicos esto no topo, no pice

    diminuto da pirmide social e representam um nmero infinitamente menor que as outras

    duas categorias. Por todos estes motivos, podem e devem ser os orientadores ou talvez

    lderes da sociedade atual, muito embora no tenham este tipo de necessidade ou pretenso.

    Pos preferem se manter ao longo das situaes mundanas, embora no se recusem a tomar

    parte das mesmas, j que as compreendem com clareza, discernimento e facilidade. Em

    geral, suas prticas do Yga Clssico fluem com muita facilidade e leveza, em funo da

    prpria pureza e leveza da energia de Satwas. Tudo isto contribui para que os resultados das

    prticas dos satwicos, dem melhor resultado em menor espao de tempo e com muito mais

    suavidade e profundidade.

    A Flexibilidade das Trigunas

    Porm, muito importante esclarecer e frisar, que da mesma forma que o Karma, as

    trs gunas, Tamas, a mais grosseira e densa de todas, Rajas, a intermediaria tambm

    relativamente grosseira e Satwas, a refinada, a harmoniosa e profundamente sutil, so

    amplamente flexveis, mutveis e mutantes. E pelo esforo individual e consciente de

    alguns seres humanos, podem ser mudadas para melhor, o que significa uma grande

    evoluo da natureza e do ser humano. Tambm, tal evoluo da natureza e da coletividade,

    pode acontecer por um esforo coletivo e consciente da sociedade como um todo, embora

    mais difcil de ocorrer tal fato. As duas colocaes acima, devem ser almejadas e buscadas,

    por qualquer ser humano ou ento criatura, em qualquer parte do planeta. Pois tal fato,

    representa um slido crescimento no s da sociedade como um todo, mas tambm uma

  • melhoria da qualidade de vida, do ambiente e da sade da populao, enquanto comunidade

    global. E, mais que isto, uma evoluo planetria. Mas para que tudo isto ocorra, ser

    necessrio um grande e sincero esforo no sentido de se despertar a conscincia pessoal e

    a conscincia coletiva das pessoas, cuja absoluta maioria so tamsicas e vivem quase

    como animais brutais e irracionais na face deste planeta. No uma obra to fcil ou

    simples, mas definitivamente cada ser humano ter que buscar sinceramente esta

    mudana benfica, e aquele que se libertar do seu casulo e do seu fardo, individualmente ou

    em grupo, ter atingido um grande grau de transformao e evoluo. Isto possvel e

    factvel a todos, j que no h limites, barreiras ou impedimentos neste sentido. A no ser a

    falta de conscincia e, aps se conseguir esta, a tomada de atitudes ponderadas e

    moderadas, em busca de algo muito melhor, mais positivo, equilibrado e saudvel. No

    importa se o caminho, adotado, seja o conhecimento e as prticas do Yga Clssico ou

    outro qualquer, desde que correto e lmpido.

    O tchakra Manipura ou Regio da jia

    formado simbolicamente por dez ptalas externas ao seu centro, sendo que nas

    pontas internas dessas, a partir da ptala superior direita e em sentido horrio, esto as

    letras do alfabeto Snskrito ou Devanagari DAM. DHAM, NAM, TAM ,THAM, DAM,

    DHAM, NAM, PAM E PHAM, que quando devidamente vocalizadas reverberam

    harmoniosamente, aperfeioando o seu movimento. importante frisar que da mesma

    forma que todos os outros tchakras principais, o Manipura tm movimentos circulares em

    forma elptica, dentro da rea de sua localizao, chamada regio ou campo de Tattwas, que

    tambm o mesmo nome que se aplica s regies especficas, onde se locomovem os

    outros tchakras. No interior do Manipura h um circulo que simboliza sua plenitude ou a

    sua perfeio, em relao ao seu elemento que o fogo. Elemento esse que purifica e

    transforma toda a cadeia alimentar sutil ou prnica. Dentro do crculo vamos encontrar

    um tringulo, com a ponta para baixo e cujos trs lados, contm as marcas da swastika e,

    simboliza o controle do elemento fogo ou o fogo divino primordial e purificador. Dentro do

    tringulo, na sua parte inferior, est um carneiro. Esse smbolo significa que ali se

    encontram fortes emoes, as quais turvam as possibilidades de uma viso de mundo clara

  • e equilibrada, sendo que em funo de tais emoes, se no for buscado um slido

    direcionamento das atitudes interiores, e nas aes resultantes dessas, uma pessoa poder

    agir impulsivamente e sem medir conseqncias. Tambm dentro do tringulo, no centro,na

    sua parte superior, aparece a letra Snskrita RAM, ou letra semente atvica que quando

    ativada, ajuda a despertar as poderosas foras inerentes de Maninpura, gerando

    transformaes profundas no ser humano. Se ele estiver solidamente preparado para as

    transformaes, em termos psquicos, elas sero benficas e fantsticas. Mas, caso no

    esteja preparado, sofrer graves distrbios em todos os sentidos. Ainda dentro do crculo,

    no alto, direita esto lado a lado, primeiro o deus Vishnu em seu aspecto mais velho como

    rudra, e aps a deusa Lakini. Vishnu nesse tchkra representa a preservao da espcie e da

    prpria criao e a busca incessante da harmonizao das emoes, at se atingir os planos

    mais elevados da espiritualidade. Lakini representa a inteligncia feminina e o seu aspecto

    da energia manifesta, com toda a sua fora emanada pelos cinco sentidos, que geram a

    intuio e o instinto mais profundo.

  • A grande preparao

    A priori, podemos exemplificar que sob nenhuma hiptese o ser humano interessado

    em desenvolver esse, ou qualquer outro tchakra via de regra atravs das prticas do

    Yga Clssico no poder ter nenhum tipo de vcio, por mais nfimo que seja. Ento, o

    ideal ser fazer uma longa e sria preparao, visando atingir uma purificao em diferentes

    nveis, seja orgnico, mental e at essencial, para s aps partir para as prticas das oito

    etapas fundamentais do Yga Clssico que se bem conduzidas, ao longo do tempo

    krmico podero trazer resultados reais, inclusive com a eliminao definitiva das trigunas,

    ,ou foras de aes sobre a personalidade e o comportamento. Por fim, e concluindo a

    descrio, vindo diretamente l da base do primeiro tchakra, pode-se observar trs tubos,

    meridianos ou nadis magnos, que cruzam, atravessam serpenteando este, e os outros

    tchakras, chamados Pngala, direita que quente, solar, Ida, esquerda, que frio, lunar e

    Sushumana, o do centro considerado o principal entre os setenta e dois (72) nadis

    fundamentais e, que servem para canalizar as cinco energias sutis principais, e tambm as

    secundrias, atravs dos tchakras, em direo ao Ajna tchakra, que situa-se altura do

    entre-cenho, na cabea, enquanto so purificadas e dinamizadas, isto, se e quando, o ser

    humano j foi preparado adequadamente nesse sentido. Aps todo esse processo de

    prticas, quando tais energias sutis chegam ao Ajna tchakra, ele serve como o penltimo

    filtro catalisador, antes que elas, finalmente cheguem ao Sahasrara tchakra, no sem antes

    passar pelo Soma e pelo Lalata tchakra, no ltimo processo purificador e decantador.

    Tambm sempre necessrio esclarecer que todos os setenta e dois (72) nadis ou

    meridianos fundamentais, entrecruzam as tchakras da mesma forma que outros meridianos

    secundrios, gerando uma fantstica rede de comunicaes e, que dependendo da situao,

    caso a pessoa no tenha uma vida adequada ou de hbitos e princpios corretos e saudveis,

    tal rede de comunicaes poder sofrer srios danos, interrup-es temporrias ou

    parcialmente definitivas, ou ainda sofrer bloqueios localizados, alteraes, desajustes, e

    tudo isso dever ser sempre evitado, a qualquer custo, den-tro dos princpios sagrados da

    vida e da existncia krmica. E o melhor caminho, pos-sivelmente o mais sensato, o

    despertar da conscincia interior e a constante tomada de atitudes slidas, sempre baseadas

    nesta conscincia divina.

  • Outros esclarecimentos importantes

    Tratar sobre o tema tchakra no ocidente, e mais especialmente no Brasil, ainda

    algo muito novo, lidando com o desconhecido e com uma outra forma de Cincias da

    vida, que atua exclusivamente com o campo da fsica atmica sutil, com a prpria cadeia

    alimentar sutil gerada pela energia prnica, contida no ar comum, absorvida pela

    respirao e transformada instantaneamente por meio de uma qumica atmica celular, em

    cinco outras formas de energias. Atravs destas informaes advindas desse outro tipo de

    cincia, todos podero vislumbrar algo novo, profundamente transformador da vida e da

    prpria existncia. Que pode melhorar muito a atual realidade do mundo, a partir de uma

    mudana construtiva e positiva da individualidade, e da personalidade de cada ser o que

    significa um grande avano cientfico e humano na face da terra. O comeo de uma longa

    viagem em direo a outros planetas, a outras galxias, e a regies mais leves e mais

    espiritualizadas. Outra vez esclareo que no campo prtico, para aqueles que quiserem

    adentrar nessas transformaes, o caminho ideal o Yga clssico, com suas oito etapas

    metodolgicas seguras e precisas. Mas, se quiser construir os alicerces mais devagar e

    tranquilo, seja por qual motivo for, comece pelas prticas bsicas do Hatha Yga

    tradicional.

    YGA CLSSICO XXXI

    Desvendando os segredos do Saber

    Quinta parte

    Na quarta parte desta matria, analisei os processos que configuram as trs gunas,

    tamas, rajas e satvas, qualidades ou energias nas criaturas e nos seres humanos e, como tais

    energias influem no s na personalidade, mas em todo o comportamento, na sade e no

    cotidiano das pessoas. Embora as trs gunas interajam tambm em outros elementos e

    componentes do planeta. Nesta quinta parte, dando seguimento ao mesmo assunto, vou

  • discorrer mais profundamente sobre os caminhos, os processos e as estruturas por onde

    circulam tais energias sutis, os termos tcnicos ou cientficos que configuram as mais diversas

    nomenclaturas pertinentes, e o funcionamento dos mesmos.

    Conhecendo as Estruturas Sutis

    Da mesma forma que o cosmos e suas energias, em especial a escura, irradiam uma

    msica ad-eterna, com suas vibraes celestiais e geomtricas, o que gera uma ampla e divina

    harmonia celestial, no interior das criaturas e dos seres humanos, as vibraes das diferentes

    energias que circulam no s dentro dos setenta e dois (72) nadis prioncipais, srotas ou vias,

    dos setecentos e vinte (720) nadis ou rios secundrios com todos os seus afluentes, mais ainda,

    dos nove (9) tchakras principais e dos quatrocentos e cincoenta (450) tchakras secundrios e

    dos sete corpos permeados pela aura sutil, tambm, ocorre a mesma musicalidade com seus

    diferentes tons e acordes, de acordo com a harmonia interior e a personalidade e sade de cada

    um. Para uma compreenso mais clara e consistente de todo este processo, vou aqui

    descrever e detalhar minuciosamente as estruturas de parte dos nadis ou srotas, ou ainda, os rios

    internos das criaturas e dos seres humanos, como as mesmas funcionam, quais suas funes,

    onde se localizam e como se alimentam e retro-alimentam com energias, em especial, com a

    energia prnica, advinda dos ons negativos e, como tudo isto interfere diretamente, no s na

    vida individual, mas na vida coletiva e na prpria vida planetria, podendo conduzir um

    fantstico equilbrio ou ento, a um fantstico desequilbrio do planeta, como o que se v nesta

    era. E que, definitivamente foi e continua sendo, causado por grande parte dos seres humanos,

    com suas atitudes e atividades equivocadas individuais ou coletivas e, em parte, por

    manipulaes indevidas, causadas aqui, na busca no s, de mais conhecimentos, e ainda, de

    resultados que ampliem seus j absurdos poderes. As criaturas e os seres humanos, com seus

    sete corpos recobertos por uma aura sutil e internamente, contendo todo um amplo conjunto de

    tchakras e nadis, estruturas sutis em funcionamento, assemelham-se ao macrocosmos,

    formando alhures, microcosmos.

  • Os Nadis: seus Caminhos e suas Funes

    Repito, os nadis so canais condutores de energias sutis, em nmero de setenta e dois

    fundamentais, setecentos e vinte secundrios e inmeros outros afluentes.

    a) Dentre estes, os que conduzem as cinco energias prnicas, so chamados Pranavaha.

    b) E os que conduzem energias no prnicas como a eltrica, a esttica, a eletroesttica, a

    magntica e a eletromagntica e outras so chamadas Manovaha.

    So estes canais ou rios sutis internos que tem por funo, carregar todas estas energias,

    tambm sutis, de um a outro tchakra ou vrtice, no interior dos sete corpos, alimentando-os

    revitalizando-os e rejuvenescendo-os. Isto quando limpos, livres, desobstrudos, desimpedidos.

    Vamos ento analisar parte dos nadis fundamentais, suas localizaes e funes:

    1) Sushumna ou Brahmaranda, o primeiro e principal de todos e fica no centro da coluna e da

    medula espinal. Tem incio l embaixo, na base central do tchakra Muladhara e trmina no topo

    da cabea, dentro do Sahashara, sendo que naquela regio se desdobra como uma letra Y,

    onde em cada extremo ocorre uma diferente atividade. Sushumna tem por funo, ser o veculo

    da energia sattvica. Quando totalmente ativado, e sem nenhum tipo de obstruo energtica

    sutil, ele tem pleno controle sobre todos os outros meridianos. Acontece que no cotidiano, sua

    entrada, encontra-se obstruda e necessrio profundo conhecimento e esforo, para

    desobstruir a mesma, atravs das prticas do Yga Clssico ou Raja Yga. E, quando se

    atinge tal objetivo, se for parcialmente, ocorre a chamada iluminao com semente, sarvikalpa

    Samadhi ou sabija Samadhi. Se for completamente, ocorre a chamada iluminao sem

    semente, nirvikalpa Samadhi ou nirbija Samadhi. A iluminao absoluta ou final, conforme

    descrita em nosso Manual para Formao de Professores de Yga chamada de Dharma

    Mega Samadhi, ou nuvem de virtude ou retido. Tambm importante esclarecer que este nadi

    o maior de todos e composto como os outros de trs partes, sendo:

    a) Um canal ou estrutura interior, chamada sira;

    b) Um canal ou estrutura intermediria, chamada damani;

    c) Um canal ou estrutura externa, chamada nadi propriamente.

  • 2) Ida (i) outro nadi principal e tem incio l embaixo do lado esquerdo da base interna do

    tchakra Muladhara e termina na regio frontal interna da cabea, quando adentra numa das

    grandes ptalas ou vrtice esquerdo do tchakra Ajna. Enquanto sobe, em quatro etapas,

    serpentes quatro vezes entre os cinco tchakras baixos principais, dos quais, do baixo para cima,

    o primeiro o Muladhara e o quinto o Vishuda (hi). Ida (i) tem a seu cargo, administrar a

    inspirao e o olfato. E tem por funo, ser o veculo da energia tamsica. Seu canal externo de

    comunicao a narina esquerda, feminina ou lunar.

    3) Pingala(i) outro nadi principal e tem incio l embaixo, do lado direito da base interna do

    tchakra Muladhara e termina na regio frontal interna da cabea, quando adentra numa das

    grandes ptalas ou vrtice direito do tchakra Ajna. Enquanto sobe, em quatro etapas, serpenteia

    quatro vezes entre os cinco tchakras baixos principais, conforme j descritos acima. Pingala (i)

    tem a seu cargo, administrar a expirao e o olfato. E tem por funo, ser o veculo da energia

    rajasica. Seu canal externo de comunicao a narina direita, masculina ou solar.

    4) Gandhari, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra

    Muladhara e, termina do lado esquerdo do olho esquerdo. Gandhari, tem a seu cargo,

    administrar parte da viso deste olho. E seu canal externo de comuniao o mesmo.

    5) Hastajihva, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra

    Muladhara, e termina do lado direito do olho direito. Hastajihva tem seu cargo, administrar

    parte da viso deste olho, e seu canal externo de comunicao o mesmo.

    6) Yashasvini, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra

    Muladhara, e termina do lado esquerdo da orelha esquerda. Yashasvini, tem a seu cargo,

    administrar parte da audio do ouvido esquerdo e seu canal externo de comunicao o

    mesmo.

    7) Pusha, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra

    Muladhara, e termina do lado direito da orelha direita. Pusha, tem a seu cargo, administrar parte

    da audio do ouvido direito e seu canal externo de comunicao o mesmo.

  • 8) Alambusha, tambm principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna

    posterior do tchakra Muladhara, e termina na parte superior da boca, na regio do palato.

    Alambusha, tem a seu cargo, administrar parte da energia do paladar, e seu canal externo de

    comunicao a boca.

    9) Sarasvati, tambm principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna

    anterior do tchakra Muladhara, e termina na parte central da lngua, na regio do palatino.

    Sarasvati, tem a seu cargo, administrar parte da energia refinada do paladar, e seu canal externo

    de comunicao a lngua.

    10) Payasvini, tambm principal tem incio l embaixo, na borda direita interna do tchakra

    Muladhara, e termina do lado direito interno da orelha direita. Payasvini, tem a seu cargo,

    administrar parte da energia da audio mais refinada do ouvido direito, e seu canal externo de

    comunicao o mesmo.

    11) Shankhini, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda interna do tchakra

    Muladhara, e termina do lado esquerdo interno da orelha esquerda. Shankini, tem a seu cargo,

    administrar parte da energia da audio mais refinada do ouvido esquerdo, e seu canal externo

    de comunicao o mesmo.

    12) Vishvodara, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do

    tchakra Muladhara, e termina no umbigo. Vishvodara, tem a seu cargo, administrar parte da

    energia nervosa e da digesto, e seu canal externo de comunicao o umbigo.

    13) Kuhu, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra

    Muladhara, forma um semi-arco e termina nos genitais. Kuhu, tem a seu cargo, administrar

    parte da energia sexual e das excrees e secrees, e seu canal externo de comunicao so os

    genitais.

  • 14) Varun, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra

    Muladhara, forma um semi-arco e termina na regio anal. Varun, tem a seu cargo, administrar

    parte da energia excretora, e seu canal externo de comunicao, a regio anal.

    15) Varuna, tambm principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna do

    tchakra Muladhara, e termina na regio inferior do tchakra Anahata, prximo ao corao e

    pulmes. Varuna, tem a seu cargo, administrar parte da energia que norteia e emoo e o tato,

    tem uma estrutura diferenciada dos outros nadis, pois possui muitas minsculas ramificaes e

    seu canal externo de comunicao a regio do corao.

    16) Hastin, tambem principal, tem incio l embaixo, na regio central da base interna do

    tchakra Muladhara, e termina na regio inferior do tchakra Vishuda, na base da garganta.

    Hastin, tem a seu cargo, administrar de forma auxiliar, parte da energia tamsica-densa,

    pesada-conduzindo-a especificamente para baixo. E seu canal externo de comunicao a

    regio da garganta.

    17) Vajra, tambm principal, tem incio embaixo, na regio central da base interna do tchakra

    Svadhisthana, e termina na regio inferior do tchakra Vishuda na base da garganta.

    Vajra, tem a seu cargo, administrar parte da energia excretora e secretora, e seu canal externo

    de comunicao a regio genital.

    18) Chitra, tambm principal, tem incio no meio, na regio central da base interna do tchakra

    Manipura, sendo que passa por dentro de Vajra e termina na regio interior do tchakra Vishuda.

    Chitra, tem a seu cargo, administrar parte da energia nervosa e emocional, e seu canal externo

    de comunicao a regio do umbigo.

    19) Brahmi, tambm principal, tem incio acima do meio, na regio central da base interna o

    tchakra Anahata, sendo que sobe e termina na regio do topo da cabea, dentro do tchakra

    Sahashara. Brahmi, tem a seu cargo, administrar parte da energia sinestsica, dos sentimentos e

    das emoes. E seu canal externo de comunicao a regio do corao.

  • 20) Yashasvati, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda direita externa do tchakra

    Muladhara, s que o mesmo se bifurca em dois canais. Um, indo at o polegar da mo direita, e

    o outro, indo at o dedo do p direito. Yashasvati, tem a seu cargo, administrar parte da

    energia dos movimentos do brao, mo, perna e p direitos. E seus canais externos de

    comunicao so as regies externas (mo e p) destas duas regies.

    21) Hastijihva, tambm principal, tem incio l embaixo, na borda esquerda externa do tchakra

    Muladhara, s que o mesmo se bifurca em dois canais. Um, indo at o polegar da mo

    esquerda, e o outro, indo at o dedo do p esquerdo. Hastijihva, tem a seu cargo, administrar

    parte da energia dos movimentos do brao, mo, perna e p esquerdos. E seus canais externos

    de comunicao, so as regies externas (mo e p) destas duas regies.

    Melodia e Harmonia

    No incio deste texto, cito a harmonia celestial e a sua profunda musicalidade. Cabe

    esclarecer, que quando todo o conjunto de energias consegue fluir e vibrar livremente,

    cruzando o complexo de nadis ou canais sutis, que tambm atravessam no s os tchakras

    principais, mas outras centenas de secundrios, ocorre um verdadeiro fenmeno musical,

    gerando os mais fantsticos sons, semelhantes aos da natureza, porm com caractersticas

    exclusivamente internas. Vou mencionar os mesmos, de acordo com o Manual para Formao

    de Professores de Yga, separando-os em duas categorias.

    Os sons csmicos primordiais

    Tais sons ocorrem no interior das criaturas e dos seres humanos, em diferentes

    momentos:

    1) Barulho do mar diversos;

    2) Barulho dos rios diversos;

    3) Barulho de cascatas e cachoeiras;

    4) Barulho de tempestades (megha);

  • 5) Barulho de ventanias e furaes;

    6) Barulho de sirenes;

    7) Barulho de zumbidos.

    Os sons interiores primais:

    1-) Som de trinados de pssaros;

    2-) Som de grilos;

    3-) Som de sinos (ghantanada);

    4-) Som de conchas (shanka);

    5-) Som de veenas (instrumento de corda);

    6-) Som de mirdangas (tambor de duas partes);

    7-) Som de flautas;

    8-) Som de tambores grandes (pakhavaj ou bhringa);

    9-) Som de clarins;

    10-) Som de rugidos de lees (singh).

    Tais sons ocorrem no interior das criaturas e dos seres humanos, em diferentes

    momentos, naturalmente. E so gerados pelos movimentos das energias sutis, seja dentro dos

    tchakras ou meridianos, ou mesmo atravs das prticas do Yga Clssico ou Raja Yga. Na

    seqncia desta matria tambm tratarei sobre os movimentos vibracionais, gerados pelo

    despertar da Energia Potencial Ascendente ou Kundalini.

    Ainda sobre Energias

    Quando tratamos sobre ons negativos e o prana contido nos mesmos, interessante

    tambm citarmos que existe tecnologia avanada para aferio destes. E que dentro do processo

    de ionizao, atravs de tal tecnologia, possvel realizar-se registros inicos do ar, inclusive,

    obtendo-se ndices de ionizao atmosfrica ou de energia atmosfrica. Constatando-se,

    inclusive, que uma alta concentrao de ons negativos, pode levar a um profundo silncio

    esttico. Assim, na natureza, em locais abertos, os ons chegam ao mximo de 500 a 700, por

    milmetro cbico, ao passo que em locais muito especiais, como cachoeiras, tal ndice chega a

    nmeros muito altos, espantosos.

  • No caso de tecnologia, h dois equipamentos de aferio, sendo:

    1) O Eletroscpio BT 400 Bio Tec, destinado a medir radiaes causadas por ons no ar. A

    unidade de medida deste aparelho de mR/Hr (milirads por hora).

    2) O on Meter, Modelo 2001 e o on Detector, so tambm aparelhos sofisticadssimos,

    destinados a medir as radiaes causadas por ons no ar, e fabricados na Sua. Destaque-se que

    o on Meter, quando em funcionamento para aferio, devora os ons do local.

    YGA CLSSICO XXXII

    Por Onde Fluem as Energias Csmicas

    Sexta Parte

    Na quinta parte desta matria, analisei as estruturas sutis, os nadis, seus caminhos e

    funes. Tambm descrevi de forma cientfica e metodolgica, vinte e um (21) dos setenta

    e dois (72) nadis fundamentais, e os sons csmicos primordiais que so gerados no s no

    cosmos, mas tambm no microcosmos que h no interior de cada criatura e do ser humano,

    oriundos dos movimentos das energias shaktis e das suas ondas ou vibraes. Nesta sexta

    parte, aprofundando mais ainda este tema do Yga Clssico, vou abordar o

    funcionamento das energias em diferentes situaes, seus nomes especficos, locais de

    funcionamento e outras referncias correlatas as mesmas. Mas, lembrando que toda a

    proposta deste trabalho, da sua viso e do seu desdobramento, acelerar o processo

    evolutivo da humanidade, que no momento, encontra-se estagnado.

    Para que se possa compreender melhor e ter uma viso mais acurada de como atua toda esta

    estrutura, importante saber como a mesma se estratifica em duas bases comuns que so:

    1) Estruturas Inerentes: So todas aquelas que atuam sobre o processo prnico

    interior dentro das criaturas e dos seres humanos, tais quais os corpos sutis, o

    orgnico, os tchakras, os nadis, a aura energtica protetora (semi-interna e externa) e

    a essncia pura ou esprito.

  • 2) Estruturas Aferentes: So todas aquelas que a priori, no compem o processo

    prnico interior das criaturas e dos seres humanos, mas que aps assimiladas e

    depuradas, passam a fazer parte do mesmo, tais quais o prana bruto exterior, as

    energias eltricas, a magntica, a eletro-magntica, a esttica, a eletro-esttica, a

    telrica, a solar, a lunar e a csmica com seus desdobramentos. Tais energias, aps

    depuradas, circulam ininterruptamente em diferentes regies nos corpos causais das

    criaturas e dos seres.

    Na realidade, quando se entende todo o mecanismo e o funcionamento desse

    processo peculiar e singelo, vai se concluir que realmente, o que alimenta e d vida a ele, na

    sua maior parte, so as energias sutis - shaktis acima citadas e no os alimentos brutos e

    materiais, como o sistema industrial e comercial globalizado, vm afirmando ao longo do

    tempo, j que os alimentos brutos, so apenas complementares s primeiras e necessrios

    somente sob diferentes aspectos.

    Tudo uma Semi-Eterna e Constante Repetio

    Tudo o que ocorre ou acontece nos cosmos, nada mais que uma semi-eterna e

    constante repetio cclica, escalonada em eras abissais, que vo se estratificando em sub-

    eras at chegar a perodos bem menores, mas que para os seres humanos, se afiguram

    cronologicamente como muito grandes. interessante, pois da mesma forma, tudo o que

    pensamos, sentimos, vemos e ouvimos, apenas uma repetio, em outra dimenso, de

    coisas, fatos ou situaes que j ocorreram. Portanto, necessrio rompermos este ciclo

    vicioso e repetitivo, j que o mesmo condicionante e condicionador. Tambm sabemos

    que tudo no cosmos, relativo e provisrio, mutvel e mutante. O tempo finito e varivel,

    o espao finito e varivel, e a causalidade finita e varivel. Por outro lado, em um dos

    hinos stotram do Rig Veda, est escrito que a essncia pura ou primordial, conhecida

    como diminuta, nfima da Origem Divina da Criao. Para Brahman ou para Brahmani,

    ou ainda Neti Neti, que Ele ou Ela a fonte primeva da vida, de onde emana a gua

    csmica ou o plasma primordial. E que somente reconhecendo essa origem divina da

  • criao, que encontraremos a paz definitiva, a harmonia interior e o contentamento eterno

    Sat Chit Ananda.

    Tambm no Rig Veda afirmado, que o Yga o caminho ideal para atingirmos

    esta profundidade. E que no Yga encontraremos todos os instrumentos que precisamos

    para aperfeioarmos o ciclo da nossa existncia, com suas diferentes transmigraes

    krmicas. Porm, para utilizarmos tais instrumentos, fundamental que conheamos os

    mesmos e no s eles, mas as diferentes regies onde os mesmos vo atuar. Ou seja, em

    todo este vasto e complexo sistema, que aqui vem sendo dissecado e que com suas

    diferenas normais, compem criaturas e seres humanos. Portanto, vamos aprofundar tais

    conhecimentos. Sabemos que as ondas eletromagnticas se comportam da mesma forma

    que as ondas luminosas, e podem viajar na velocidade da luz. At porque, a luz tambm

    uma onda eletromagntica. Por outro lado, sabemos ainda que os neurnios e axnios

    neurais realizam suas comunicaes, atravs de estmulos eltricos, eletro-magnticos e

    qumicos. Esses sistemas de ativaes e estmulos, geram diferentes processos cerebrais e

    mesmos mentais, como os pensamentos, as memrias, os sentimentos, a viso, a audio, o

    olfato, o paladar e o tato, e, consequentemente, o ver, o ouvir, o cheirar, o sentir o gosto, o

    sentir formas e mesmo o falar na base orgnica, alm de outras funes sub-correlatas a

    estas. Ainda reconhecemos que existe uma conscincia coletiva, estratificada por grandes

    reas ou regies, e que se desmembra em pequenas reas ou regies e por fim, sabemos que

    existe uma conscincia individual, comum a criaturas e a seres humanos.

    Em relao a conscincia individual, podemos qualific-la em trs tipos:

    a) Conscincia de baixa vibrao ou tamsica,

    b) Conscincia de mdia vibrao ou rajsica e

    c) Conscincia de alta vibrao ou stivica.

    Considerando-se uma sincera busca pela evoluo da humanidade, fundamental que a

    maioria da sociedade planetria, individual falando, atinja uma conscincia de alta

    vibrao. E se possvel, mas que isto, que por determinados perodos, consiga um estado de

  • conscincia sem pensamentos, conhecido por meditao, Dhyana ou Nirmal, e que trata-se

    de uma prtica avanada do Raja Yga ou Yga Clssico, conforme definido em nosso

    Manual para Formao de Professores de Yga, no captulo sobre os Ygas.Sutras de

    Patanjali.

    Como romper a Barreira da Repetio

    O caminho para se atingir uma conscincia de alta vibrao ou stiva franqueado e

    permitido a todos, sem nenhum tipo de restrio, de espcie alguma. Porm, sempre h um

    porm, preciso que os interessados, busquem e adquiram correto conhecimento a este

    respeito. E nesta matria-protocolo, ao longo do tempo, espao e causalidade, passo a

    passo, estou delineando um dos caminhos para este e, portanto, vou aprofundar mais ainda

    o mesmo. E, aps deslindar toda a estrutura energtica - shakti, em termos gerais e

    particulares, da ento irei me ater a uma longa parte com tcnicas e exerccios prticos do

    Raja Yga ou Yga Clssico, os quais ministro para grupos regulares, nos mais deferentes

    locais. muito importante sabermos que todo este oceano csmico de energias shaktis

    fluem e refluem incessantemente por todo o cosmos. Consequentemente, todas as criaturas

    e os seres que coabitam no mesmo, esto sujeitas a tais ondas de vibraes. Assim, dentro

    dos mesmos, tais energias comportam-se de forma alterada, porm, pela falta de

    conhecimento deles, na maior parte do tempo, de forma inadequada ou descontroladamente.

    Ento muito importante saber-se que:

    1) Quando o sol nasce, as energias shaktis penetram os canais ou nadis Ida,

    Pingala e Sushumna, e desde que bem direcionadas neste sentido.

    2) Ao meio dia, as energias buscam um equilbrio dentro dos nadis fundamentais e

    dos secundrios, e tambm em todos os lquidos vitais que circulam pelo organismo.

    3) Ao cair da tarde, as energias fluem com fora total dentro dos nadis

    fundamentais e dos secundrios como uma corrente fludica gigantesca, e tambm

    em todos os lquidos vitais que circulam pelo organismo.

    4) A meia noite, as energias repousam dentro dos nadis fundamentais e dos

    secundrios, e tambm dentro de todos os lquidos vitais que circulam pelo

  • organismo. Assim, do meio dia meia noite, as energias circulam com fora dentro

    dos nadis e dos lquidos vitais, e normalmente acham-se em seu ponto mais ativo.

    Logo, da meia noite ao meio dia, as energias atuam no sistema somatolgico

    (emocional, psicolgico e nervoso), e se estiverem com bom fluxo e ritmo, iro

    polarizar fortemente tal sistema.

    Vamos, ento, descrever parte das energias, detalhes das mesmas e seu

    funcionamento. As cinco energias que vibram e circulam internamente so chamadas

    Pranadi, sendo:

    1) Onukya Prana, que atua na regio do corao e do tchakra Anahata, e

    ascendente, sendo sua cor aproximada, o azul-esmeralda. Est associada ao planeta

    Mercrio e seu elemento a terra. Controla o tchakra Ajna. a mantenedora da

    vida, de todas as grandes vibraes e das enegias em geral. Produz a absoro e a

    apropriao dos elementos da natureza, e responsvel direta pela respirao. Faz

    contato sensorial com o mundo externo por meio das narinas e est associada ao

    olfato.

    2) Apana, que atua na regio genital/anal e do tchakra Muladhara, descendente,

    sendo sua cor aproximada o vermelho-alaranjado. Sua vibrao age desde a parte

    inferior do aparelho digestrio. Est associada ao planeta Vnus e a Lua e seu

    elemento a gua. Controla o tchakra Swadisthana. Tem por funo produzir a

    eliminao e a rejeio dos elementos da natureza. Tambm controla a nutrio e

    excreo. responsvel direta pelas reas inferiores, gastrintestinal e urinria. Faz

    contato sensorial com o mundo externo por meio da lngua e da boca e est

    associada ao paladar.

    3) Samana, que atua na regio umbilical e do tchakra Manipura, sendo sua cor

    aproximada o vermelho-fogo. Controla o tchakra Manipura. Sustenta todo o calor

    do corpo e tem por funo produzir a assimilao e a solidificao dos elementos da

    natureza. Tambm controla a digesto e o metabolismo. responsvel direta pela

  • digesto. Faz contato sensorial com o mundo externo por meio dos olhos e est

    associada viso.

    4) Udana, que atua na regio da garganta e do tchakra Vishuda, ascendente,

    sendo sua cor aproximada, o vermelho-violeta. Est associada ao plante Saturno e

    seu elemento o ar. Controla o tchakra Anahata. Tem por funo, controlar as

    variaes de temperatura, a juno e articulao dos elementos da natureza e

    tambm o diafragma. responsvel direta pelo fluxo e refluxo dos lquidos,

    secrees e excrees. Faz contato sensorial com o mundo externo por meio da pele

    e est associada ao to.

    5) Vyana, que atua em todo o organismo e no tchakra Swadhistana e em especial

    na regio da cabea, toda envolvente, sendo sua cor aproximada, o branco-

    azulado. Est associada ao planeta Jpiter e seu elemento e o ter. Controla o

    tchakra Sahashara. Tem por funo, controlar a circulao geral, tanto das energias

    quanto dos fludos e dos lquidos internos, tambm administra a audio, a estrutura

    orgnica como um todo e os tecidos desta. No aspecto somatolgico (emocional,

    psicolgico e nervoso), rege a expansividade ou a extroverso e a introspectividade

    das criaturas e dos seres. E quando no momento da transmigrao, serve como o

    elemento de liberao dos corpos sutis. Faz contato sensorial com o mundo externo

    por meio dos ouvidos e orelhas e est associada a audio, inclusive com a audio

    sutil interna e externa.

    As cinco energias que vibram externamente so chamadas Nagadys, sendo:

    6) Naga, a que eleva a conscincia, mas tambm tem a funo do arroto.

    7) Kurma, a que tem a incunbncia de abrir os olhos e tambm causa as vises.

    8) Krikara, a que gera ou provoca a sede, a fome e o espirro.

    9) Deva Datta, a que gera ou causa o sono e o bocejo.

  • 10) Dhanama Jaya, a que produz todos os sons internos e externos ao organismo e

    ao corpo como um todo, sem silenciar-se por s instante, at o momento da

    transmigrao.

    Concluso

    Sob esta tica, conhecendo claramente estas energias sutis shaktis e sua correlao com

    o micro-cosmos e o macro-cosmos, e principalmente, como, porque e por onde elas fluem,

    as criaturas e os seres humanos passaro a se conhecer e a se entender melhor, e

    consequentemente aos seus semelhantes. Tornar-se-o mais harmoniosos e equilibrados

    interiormente e, assim, a partir de um amplo desenvolvimento individual, podero tornar o

    mundo bem melhor, pois o mundo em si, no bom e nem ruim, talvez seja at

    maravilhoso. Quem na realidade destri o mesmo e se auto-destri, por total falta de

    conscincia e de conhecimento, so as pessoas.

    Yga Clssico XXXIII

    As Energias Csmicas e os Seres Humanos

    Stima Parte

    Na sexta parte desta matria, analisei o funcionamento das energias sutis em seus

    diferentes desdobramentos em diferentes situaes e suas estruturas cientificas inerentes

    e aferentes, e como as mesmas adentram nas criaturas e nos seres humanos, agindo de

    forma constante sobre estes, e relacionei parte dos canais por onde fluem e refluem.

    Nesta stima parte, adentrando mais ainda na perspectiva do Yga Clssico, sobre todo

    este mundo sutil e invisvel, porm determinstico no universo e seus elementos ou

    componentes totais, vou detalhar aspectos cada vez mais especficos em relao a como

    esse sistema gerado por um processo energtico-atmico-vibracional, gera resultados e

    situaes, em especial sobre a natureza das ditas criaturas e seres de qualquer espcie ou

  • plano ou reino da natureza. E muito importante lembrar, que qualquer alterao nas

    energias, gera alteraes em todos os elementos desta mesma natureza.

    Adentrando em alguns Textos Clssicos

    Na realidade, para que possamos melhor compreender a importncia e a

    profundidade de tal tema no mundo atual e todos os seus desdobramentos, necessitamos

    adentrar em alguns conceitos de matrizes encontrados em textos clssicos, de tal forma

    que os mesmos, mudem nossas vises, sejam eles interiores ou exteriores e, inclusive, nos

    dotem de novos paradigmas e referncias de universos.

    A este respeito, no texto clssico conhecido como Chandogya Upanishad (8:1-6), vamos

    aprender que; -Dharma, Artha, Kaama, Moksha, Khiveshu chaturvidha, purushar thestu,

    moksha eva, param purushartha, ou seja:

    a) Dharma, o correto dever ou a correta ao,

    b) Artha, o correto caminho ou a correta maneira para se obter prosperidade e bem-

    estar,

    c) Kama, o correto caminho para o desejo, mas no o desejo mundano, e sim o

    desejo natural por coisas boas e positivas, e por fim,

    d) Moksha, a obteno da liberdade interior ou a auto-realizao espiritual.

    Destes quatro (4) purusharthas ou elementos existenciais primais o supremo a

    obteno de moksha. E dharma e moksha so os dois (2) mais importantes objetivos na

    existncia dos seres humanos, sendo que artha e kama so de muito pouca importncia para

    os mesmos. E as prticas corretas ou sadhanas do Raja Yga o caminho natural para se

    atingir to elevado objetivo. E uma das razes para isto, que por meio de tais prticas, seja

    de forma temporria ou definitiva, se consegue bloquear os canais ou nadis Ida (i) e Pingala

    (i), evitando-se desta forma, o movimento vibracional das energias tamsicas e rajsicas, e

    consequentemente, mantendo-se livre, aberto e desimpedido, apenas o canal ou nadi

    Sushumna, por onde circula, flue e reflue a energia vibracional pura ou sattvica, pois este

  • o nico caminho para se libertar dos cinco (5) objetivos dos sentidos e se atingir a

    iluminao, ou libertao interior ou moksha.

    Os Pranayamas ou Tcnicas Vibracionais

    Mas mesmo, que um praticante de Hatha Yga ou de Raja Yga, a priori, no consiga

    bloquear esses dois canais por meio das prticas, atravs de simples prticas respiratrias

    ou pranayamas bsicos tcnicas respiratrias bsicas e assim, obtendo um movimento

    equilibrado de entrada e sada do ar e do prana energia vital contida no mesmo

    exclusivamente pelas narinas, j se possvel adquirir um forte grau de estabilidade

    interior, que se reflete direta e beneficamente no trip do sistema somatolgico,

    compreendido por um amplo reequilibrio emocional (1), psicolgico (2) e do sistema

    nervoso (3), com reflexos positivos diretos, no sistema imunolgico e no glandular-

    hormonal, e estes por sua vez, beneficiando e rejuvenescendo toda a estrutura anatmica,

    biolgica, sinesiolgica e fisiolgica. E, esta estabilidade por sua vez, fruto da influncia

    da energia vibracional sattvica, contida no canal Sushumna e a obteno de tal resultado,

    em sanskrito, chamada de Hishraja ou Nishikrya, que um dos principais elementos do

    Raja Yga, conforme exposto no nosso Manual para Formao de Professores de Yga.

    interessante observarmos que a palavra yama em que a palavra ayama quer dizer

    expanso. Da um significado mais profundo para os pranayamas, ou prticas respiratrias,

    como tcnicas vibracionais, onde se aprende a canalizar corretamente o prana primrio

    contido no ar, para s aps se conseguir ou obter sua mais completa expanso e

    desdobramentos prnicos, ou vayus ou energias sutis j descritos anteriormente neste

    protocolo, podemos detalh-los ainda, esclarecendo que:

    a) Onukya Prana, sempre atua por meio de impulsos ou vibraes ascendentes.

    b) Apana, sempre atua por meio de impulsos ou vibraes descendentes.

    c) Samana, sempre atua por meio de impulsos ou vibraes estabilizadoras.

    H tambm o fato de que quando Onukya Prana e Apana esto em atividade normal,

    tanto a inspirao quanto a expirao, refletem-se como manifestaes equilibradas

  • internas e externas seja nas criaturas ou nos seres humanos. Nesses perodos, o crebro e

    a prpria mente, so movidos pelo trnsito ou movimento desses pranas cruzados. Assim,

    uma respirao agitada ou turbulenta, torna o crebro e a mente, agitados ou turbulentos.

    Mas uma respirao serena, harmoniosa e profunda, torna o crebro e a mente, serenos e

    equilibrados. Nos Yga Sutras ou Aforismos do Raja Yga de Patanjali (II-49,50,51),

    vamos aprender que: Shvasa, prashavasa, yga gati, vicchedaha, pranayamaha, ou seja,

    Pranayama o caminho reala e a soluo, para o equilbrio e a estabilidade interior e

    definitiva. Mas ainda, ali tambm aprendemos os processos de separao da inspirao e

    da expirao, para se atingir tal equilbrio e estabilidade interior. Por outro lado, no

    Shrimad Bhagavad Gita, ou Sublime Cano da Criao (4-29), vamos aprender que: -

    Apane juhayati, pranam praneha panam, tatha pare. Pranapana gatiruddva, pranayama para

    aynaha., ou seja, aqui nos temos descrito tanto o sistema de funcionamento, quanto a

    composio dos pranayamas, com total preciso e clareza, e ainda, como se desenvolvem.

    E outra vez dado forte nfase ao Alento Ascendente, ou aquele que impulsiona as

    .energias vibracionais ou foras interior para cima, chamado Onukya Prana e ao Alento

    Descendente, ou aquele que impulsiona as energias vibracionais ou foras interiores para

    baixo, chamado Apana. E tambm, ao Alento que da equilibrio ou estabilidade a todas as

    energias ou foras interiores, chamado Samana. Neste pargrafo (4-29), aprendemos ainda

    que um dos propsitos bsicos dos pranayamas obter a constante e duradoura estabilidade

    de Samana, j que os outros dois alentos ou ares sutis, ou vayus, quando em atividade,

    agem como elementos alteradores da harmonia interior, pois se conectam dirata e

    constantemente como mundo exterior, mesmo que atravs de uma conexo muito tnue.

    Isto porque se utilizam dos movimentos externos do ar e dos ons, para estabilizar e

    harmonizar da natureza interna, pois s utiliza os movimentos internos. Por fim, parte deste

    amplo processo aqui descrito, ainda ir gerar nas criaturas e nos seres humanos, um outro

    desdobramento, advindo de toda esta movimentao interna e externa, qual seja:

    1) Puraka, ou o ato de inspirar;

    2) Kumbaka, ou o ato de reter ou ento suspender a respirao nos pulmes e at em

    todo o interior;

    3) Rechaka, ou o ato de expirar;

  • 4) Shuniaka, ou o ato de manter os pulmes e at mesmo o prprio interior vazios ou

    semi-vazios.

    Todos os ensinamentos contidos nesses conceitos advindos dos textos clssicos, tem

    uma grande importncia, em qualquer atividade que se possa desenvolver no planeta, pois

    se os mesmos forem utilizados adequadamente na prtica, podem causar uma forte e

    necessria transformao benfica nos habitantes do mundo. E para uma mais ampla

    compreenso dos mesmos, vamos continuar aprofundando os mesmos.

    Agradecimentos Especiais

    Quero expressar o meu sincero e humilde agradecimento a todas as pessoas e profissionais,

    que carinhosamente ou respeitosamente enviam e-mails, fax e at cartas, falando sobre as

    matrias que eu escrevo. Tambm quero esclarecer que, todas elas so inditas e fruto de

    longas pesquisas, seja no mbito cientfico, metodolgico, histrico, cultural ou mesmo

    espiritual. s vezes chego a levar trs(3) a quatro(4) anos para desenvolver as mesmas.

    Quero ainda agradecer s senhoras Rishis de Bharatavarsha ou Hindusto, que me

    ensinaram e ainda continuam a me ensinar grande parte do que sei. So mulheres incomuns

    e, inclusive, parte delas j atuam s no plano espiritual e por isso tm muito mais

    profundidade de conhecimento. elas, a minha mais profunda gratido e reconhecimento

    e, que eu possa estar sempre altura do amor e carinho, com os quais me ensinam e me

    preparam. E que a luz divina primordial (Brahman), origem de tudo e de todos, possa

    continuar sendo a energia primeira, que me ilumina e me alimenta.

    Na transio da Era de Kali:

    Namaste!!

    Claudio Duarte

    Digitalizao e OCR

    Luis F. P. Barbieri

    In Revista Personalit, Rosi Garcias Editora Ltda, nmero 43, ano VIII, So Paulo, 2005,

    [email protected]