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Proteção de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica - RELIGADOR AUTOMÁTICO - Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 Tópicos Especiais em Sistemas de Potência

Tópicos Especiais em Sistemas de Potência Proteção de

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Page 1: Tópicos Especiais em Sistemas de Potência Proteção de

Proteção de Sistemas de

Distribuição de Energia Elétrica

- RELIGADOR AUTOMÁTICO -

Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen

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Tópicos Especiais em

Sistemas de Potência

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RELIGADOR AUTOMÁTICO

• Os religadores automáticos são considerados pelasempresas elétricas do mundo inteiro como umequipamento essencial para o fornecimento de energiaelétrica em condições confiáveis e seguras.

• O desenvolvimento dos religadores foi se acelerando namedida em que os inconvenientes e as limitações dos elosfusíveis aumentavam os índices de interrupções. Os elosfusíveis podem ocasionar interrupções prolongadas, emboradesnecessárias, porque são incapazes de diferenciar faltaspermanentes de faltas temporárias. Isso pode resultar emum elevado custo operacional devido ao deslocamento daequipe de reparo a pontos muito distantes para substituirum simples fusível queimado. Com isso, podem-se avaliar osaltos gastos anuais decorrentes desses serviços.

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• Considera-se ainda a perda de receita durante umainterrupção e os inconvenientes causados aosconsumidores. Além deste inconveniente, a seletividadeentre os elos fusíveis é limitada, não permitindo dessaforma aplicações em esquemas automáticos ou manuaisde controle a distância, como seccionamento remoto outransferência de carga.

• O religador é um dispositivo ideal na medida em queinterrompe as faltas transitórias, evitando queima de elosfusíveis ou, se bem coordenado com elos fusíveis,seccionando apenas o trecho sob defeito, permanecendoos demais energizados (GIGUER, 1988).

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• Basicamente, o religador é um dispositivo interruptor

automático de defeitos, que abre e fecha seus contatos

repetidas vezes na eventualidade de uma falta no circuito por

ele protegido. Possui características sofisticadas, podendo ser

monofásico ou trifásico. Os interruptores propriamente ditos

ficam submersos em óleo ou sob o vácuo (ELETROBRAS,1982;

GIGUER,1988).

• A operação de um religador não se limita apenas a sentir e

interromper defeitos na linha e efetuar religamentos. Ele

também é dotado de um mecanismo de temporização dupla.

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• No instante em que o religador sente uma condição de

sobrecorrente na linha, a circulação dessa corrente é

interrompida pela rápida abertura dos seus contatos. Os

contatos são mantidos abertos durante determinado tempo

(chamado de tempo de religamento) após o qual se fecham

automaticamente para a reenergização da linha. Se, no

momento do fechamento dos contatos, a falta persistir, a

seqüência abertura/fechamento é repetida até três vezes

consecutivas e após a quarta abertura dos contatos, estes

permanecem abertos e bloqueados sendo somente possível

nesse momento um fechamento manual.5

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• Isto proporciona mais tempo para eliminar defeitos

permanentes e, sua combinação com as interrupções rápidas,

permite coordenação efetiva com outros dispositivos de

proteção existentes no sistema, tais como elos fusíveis e

seccionalizadores.

• A característica de operação rápida reduz ao mínimo as

possibilidades de danos ao sistema, evitando ao mesmo

tempo a queima de fusíveis entre o local de defeito e o

religador. O religamento dar-se-á dentro de poucos segundos

ou frações destes, o que representa uma interrupção mínima

do serviço. 6

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As operações de um religador podem ser combinadas nasseguintes seqüências:

• Se for ajustado para quatro operações:

– uma rápida e três lentas;

– duas rápidas e duas lentas;

– três rápidas e uma lentas;

– todas rápidas;

– todas lentas.

• Para qualquer número de operações menor que quatro em combinação similares de operações rápidas e temporizadas.

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• A partir dessa característica de temporização dupla, pode-secoordenar o dispositivo com os fusíveis dos ramais de umalimentador ou outros dispositivos localizados a jusante.

• As aplicações de religadores com vistas a estabelecerproteção de sobrecorrente coordenada e seccionamentoautomático de linhas defeituosas são bastante numerosas.

• Considera-se que 80 a 95% das faltas existentes sãotemporárias. Portanto, a importância dos religadoresaumenta sensivelmente caso se queira obter um ótimocustox benefício (GIGUER, 1988).

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• Analisando o quadro abaixo pode-se constatar que as faltastemporárias são na maioria dos casos monofásicas. No caso,o curto-circuito fase-terra é o mais provável de ocorrer.

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Faltas Duração

Permanentes Temporárias

Trifásicas 95% 5%

Bifásicas 70% 30%

Fase-terra 20% 80%

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Classificação do Religadores Quanto ao Número de Fase

• Monofásicos: São utilizados para proteção de linhasmonofásicas ou ramais alimentadores trifásicos (um paracada fase), onde as cargas são predominantementemonofásicas, pois, na eventualidade de ocorrer uma faltapermanente para terra, será bloqueada somente a fase sobfalta, enquanto é mantido o serviço aos consumidoresligados às outras fases. Normalmente, a saída de um ramalsob essas condições não deverá introduzir suficientedesequilíbrio no alimentador para a operação de umdispositivo de proteção de retaguarda.

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• Trifásicos: São utilizados onde é necessário o bloqueio dastrês fases simultaneamente, para qualquer tipo de faltapermanente, a fim de evitar que cargas trifásicas sejamalimentadas com apenas duas fases. Podem ser:

• Trifásicos com Operação Monofásica e Bloqueio Trifásico.São constituídos de três religadores monofásicos, montadosnum único tanque, com os mecanismos interligados apenaspara ser processado o bloqueio trifásico. Cada fase operaindependentemente em relação às correntes de defeito. Sequalquer uma das fases operar com o número pré-ajustadopara seu bloqueio, as duas outras fases também serãoabertas e bloqueadas por meio do mecanismo que asinterliga.

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• Trifásicos com Operação Trifásica e Bloqueio Trifásico. São constituídos de um único religador, que opera e bloqueia trifasicamente, independentemente do tipo de falta ocorrida, isto é, mesmo que a falta afete apenas uma das fases, todos os contatos realizam a operação de abertura e religamento.

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Religadores Monofásico (a)

e Trifásico (b)

(a) (b)

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Classificação do Religadores Quanto ao Tipo de Controle

• Controle Hidráulico:

Em religadores com esse tipo de controle, as correntes sãodetectadas pelas bobinas de disparo que estão ligadas emsérie com a linha. Quando, através da bobina, flui umacorrente igual ou superior à corrente mínima de disparo(pickup) do religador, o núcleo da bobina é atraído para oseu interior, provocando a abertura dos contatos principaisdo religador. O mecanismo de fechamento dos religadorescom controle hidráulico pode ser de dois tipos:

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• nos religadores com corrente nominal de até 200 A, sãoempregadas molas de fechamento, que são carregadas pelomovimento do núcleo da bobina-série;

• nos religadores de correntes nominais de 250, 280, 400 e560 A, o fechamento é realizado pela bobina de fechamento,que é energizada pela tensão da linha.

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O sistema de controle hidráulico é econômico, simples,eficiente e de grande longevidade. Essas característicassão extremamente importantes para circuitos rurais ouinstalações distantes que não requeiram níveis de precisãoacentuados na operação do equipamento, com correntede disparo muito pequena, tanto para fase, como paraneutro ou grande velocidade de interrupção, onde oequipamento não pode ser inspecionado e testado comfreqüência e de forma conveniente. Sua manutenção podeser feita facilmente, no campo ou na oficina, semnecessidade de ferramentas e treinamentos especiais ouequipamento dispendioso.

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Para algumas aplicações, porém, o controle hidráulico nãoé suficientemente exato e veloz para interromperrapidamente correntes de defeito. De modo a superaressas limitações do controle hidráulico, surgiu o controleeletrônico, que por sua vez, proporciona um vasto númerode religadores para serem escolhidos.

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• Controle Eletrônico:

Com esse tipo de controle, o religamento apresenta maiorflexibilidade e mais facilidades para ajustes e ensaios, alémde ser mais preciso em relação ao de controle hidráulico.Contudo, essas vantagens devem ser economicamenteavaliadas antes de ser realizada a escolha entre um religadorcom controle hidráulico e um com controle eletrônico.

O controle eletrônico é abrigado numa caixa separada doreligador e permite as seguintes modificações e ajustes noequipamento, sem que seja necessária sua abertura:

• Características tempo x corrente;

• Níveis de corrente de disparo;

• Seqüência de operação 17

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Para que estas alterações sejam efetuadas, não é precisodesenergizar o religador nem retirar o seu mecanismo dointerior do tanque.

Os sinais para o controle eletrônico são obtidos a partir detransformadores de corrente tipo bucha, montadosinternamente. O circuito eletrônico controla as funções dedisparo e religamento do mecanismo do religador. No lugardas bombas e pistões utilizados nos sistemas de controlehidráulico, no controle eletrônico são utilizados circuitosimpressos, constituídos de componentes estáticos.

Os principais benefícios do controle eletrônico são:flexibilidade, versatilidade e intercambilidade operacionais.

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Assim, por exemplo, um único tipo de controle eletrônicopode ser utilizado em vários tipos de religadores. As curvascaracterísticas de operação e os ajustes de disparo sãoobtidos por componentes do tipo plug, acessíveis pelafrente do painel de controle, podendo ser facilmentealterados sem a necessidade de retirar o religador dotanque de óleo ou removê-lo do serviço.

O Intervalo de religamento e tempo de rearme são tambémproporcionados por componentes do tipo plug edisponíveis em muitos valores diferentes.

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Para o disparo de terra e de fase existem váriascombinações de operações rápidas ou retardadas,independentes entre si.

O grande número de curvas características tempo xcorrente para defeito fase-terra, facilita bastante osestudos de coordenação, proporcionando então umdispositivo de extremo valor para proteção de redesde distribuição.

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(b)(a)

Religadores de controle Hidraúlico (a) e Eletrônico (b)

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Classificação do Religadores Quanto ao Meio de Extinção

Quanto ao meio de interrupção, os religadores se classificam em:

•Religadores com interrupção a óleo;

•Religadores com interrupção a vácuo.

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Aplicação e Dimensionamento do Religador

Os religadores podem ser aplicados em qualquer lugar do sistema de

distribuição. Os locais que são mais indicados para instalação são (McGRAW-

EDISON COMPANY):

Em subestações, como dispositivo de proteção do alimentador principal;

Nos alimentadores, a uma determinada distância da subestação, com o

objetivo de seccionamento ao longo dos alimentadores e assim prevenir

desligamentos de um alimentador inteiro na ocorrência de faltas permanentes

localizadas próximas do final do alimentador;

Em ramificações estratégicas do alimentador principal para protegê-lo de

interrupções e desligamentos devido às faltas nos ramais.

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Para a instalação adequada de um religador, seis fatores devem ser levados

em consideração (McGRAW-EDISON COMPANY):

Tensão do sistema;

O religador deverá ter uma tensão nominal maior ou igual que a tensão do

local do sistema onde ele se encontra instalado.

Máxima corrente de falta disponível no ponto de instalação do religador;

A máxima corrente de curto-circuito simétrica no local de instalação deverá

estar disponível ou, pode ser calculada. A capacidade de interrupção do

religador deverá ser maior ou igual a essa máxima corrente de curto-circuito.

Máxima corrente de carga;

Mínima corrente de falta dentro da zona de proteção do religador;

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A corrente nominal do religador deverá ser maior ou igual que a corrente de

carga passante por ele, convenientemente medida ou avaliada na situação de

maior carga do circuito, incluindo manobras usuais, devendo assim, sempre

que possível, prever futuros aumentos de carga.

O religador deve ser sensível à corrente mínima de curto-circuito no final do

trecho protegido por ele.

Sensibilidade para correntes de falta à terra;

A coordenação com outros dispositivos de proteção estando o religador tanto

do lado da fonte quanto do lado da carga.

A coordenação com outros dispositivos de proteção (tanto a montante quanto a

jusante) torna-se importante quando os quatro primeiros fatores de aplicação

são satisfeitos. É de vital importância que se faça uma seleção adequada de

temporizações e seqüências de operação do religador para garantir que

durante uma falta, a área desligada fique restrita a menor secção possível do

sistema .

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O religador possui uma característica de temporização lenta e outra rápida.

Uma seqüência completa (quando a falta for permanente) de operação do

religador para o desligamento definitivo do trecho protegido por ele está

mostrada na Figura a seguir.

As primeiras interrupções (uma ou mais) da corrente de falta são

denominadas de rápidas ou instantâneas, não possuindo assim intenção

alguma de atraso no tempo de operação. As interrupções restantes,

denominadas de temporizadas, possuem adição de atraso de tempo e que,

dependendo da situação, podem levar o religador a um desligamento

definitivo. Se a falta for permanente, as operações temporizadas permitem

que o dispositivo mais próximo da falta interrompa a corrente de falta,

limitando assim a área desligada.

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Religador

desligadoCorrente de Carga

Corrente de Falta

Início da corrente

de Falta

Operações Rápidas

(Contatos fechados)

Intervalos de Religamento

(Contatos abertos)

Operações Temporizadas

(Contatos fechados)

(Contatos

Abertos)

Tempo

Seqüência completa de operação do Religador

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As faltas envolvendo o neutro são geralmente menos severas do que as faltas

bifásicas e trifásicas. Entretanto, é estimado que, em termos de probabilidade

de ocorrência, de cada 5 faltas, 4 envolvem a terra. Além disso, as faltas fase-

terra ocorrem seis ou sete vezes com mais freqüência do que os outros dois

tipos possíveis de faltas que envolvem a terra.

As faltas à terra podem ser detectadas tanto por sistemas aterrados quanto

pelos não-aterrados. Entretanto, o circuito pode não ser retirado

imediatamente de serviço. Se o sistema for trifásico e possuir uma

impedância de aterramento baixa, a falta à terra pode produzir uma corrente

de falta considerável, tendo a magnitude variações da ordem do valor da

corrente de carga normal podendo ir até a múltiplos desse valor de corrente.

Geralmente, as faltas dessa natureza são detectadas e eliminadas em menos

de um ou alguns segundos a fim de prevenir ou minimizar os danos aos

equipamentos.

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Ajustes dos Religadores

Os religadores instalados em subestações e ao ar livre devem ser ajustados

de modo a atender aos seguintes critérios:

•Ajuste do Disparo de Fase

A corrente mínima de disparo de fase do religador deve ser menor que a

corrente mínima de falta fase-fase dentro da zona de proteção deste,

incluindo sempre que possível, os trechos a serem adicionados; e deve ser

maior ou igual à máxima corrente de carga incluindo manobras usuais no

ponto de instalação do religador multiplicado por um fator K, prevendo futuros

aumento de carga.

2 minarg* cc F

c a pickupF

IFC I I

FS

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Onde:

IpickupF é a corrente de pickup de fase do religador;

FC é o fator de crescimento da carga.

Icarga é a corrente de carga máxima atual passante no ponto de instalação, já

se levando em consideração as manobras;

ICC2Fmin é o curto-circuito bifásico do trecho protegido pelo religador (CPFL,

2003);

FS é um fator de segurança usado no ajuste de relés de fase (1,5 a 2).

2 minarg* cc F

c a pickupF

IFC I I

FS

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•Ajuste de Disparo de Neutro

A corrente mínima de disparo de neutro do religador deve ser menor que a

menor corrente de falta fase-terra mínima, dentro da zona de proteção deste,

e deve ser maior que a máxima corrente de desbalanço para o neutro.

mindesbalanço pickupN ccFTI I I

Onde:

Idesbalanço é a máxima corrente de desequilíbrio admitido pela empresa;

IpickupN é a corrente de disparo (pickup) de neutro do religador;

ICCFTmin é a corrente de curto-circuito fase-terra mínima no final do trecho

protegido pelo religador.

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•Curvas características de tempo corrente (Fase e Neutro)

Esta característica deve ser escolhida para atender aos seguintes requisitos:

A curva de operação do religador, para toda a faixa de valores de curto-

circuito, deve estar sempre abaixo da curva de recozimento de condutores e

capacidade de equipamentos do circuito;

A curva escolhida deve permitir a coordenação com os equipamentos de

proteção a montante e a jusante.

Na maioria das vezes existe uma única curva rápida de fase, nessa situação,

não há nenhuma escolha a ser feita. Entretanto, existem alguns religadores

que possuem várias curvas rápidas. Neste caso, sempre que possível,

escolhe-se a mais rápida entre elas, porque isso irá permitir uma região de

coordenação maior com os elos-fusíveis (CPFL, 2003).

Alguns religadores possuem poucas curvas temporizadas, enquanto que

outros possuem uma gama muito variada de curvas. Entretanto, qualquer que

seja o caso, deve-se dar preferência para a curva lenta mais próxima de curva

rápida, desde que isso não prejudique a coordenação e a seletividade com os

outros dispositivos (CPFL, 2003).

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•Sequência de Operação

A seqüência de operação deve ser definida de modo a permitir a coordenação

seletiva dos equipamentos de proteção ao longo do circuito.

Tempo de Religamento

Deve ser ajustado de modo a permitir a coordenação com os equipamentos

de proteção situados a montante e a jusante, cuja operação dependa desse

tempo.

A aplicação de religadores num sistema de distribuição é assegurada se os

seguintes princípios de coordenação forem considerados:

O dispositivo do lado da carga deve eliminar uma falta permanente ou

temporária antes que o dispositivo do lado da fonte interrompa (caso seja um

fusível) ou desligue (caso seja um religador ou disjuntor) o circuito;

Desligamentos causados por faltas permanentes devem ser restringidos a

menor secção possível do sistema.

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A priori, esses princípios influenciam a seleção de curvas e seqüências

de operação dos dispositivos que se encontram tanto no lado da fonte

quanto no lado de carga no sistema de distribuição. O posicionamento e

o número de dispositivos de proteção usados para restringir os

desligamentos à menor secção possível de um alimentador são restritos

ao uso prático de cada concessionária (McGRAW-EDISON COMPANY).