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aula sobre hidraulica
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Unidade 1 – Condutos sob pressão
IPÊ – Instituto Paraibano de Educação
Curso de Engenharia Civil
P7 – Hidráulica / 2015.1
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Semestre Letivo 2015.2
Turmas P7B, C e P7D
Componente Curricular:
HIDRÁULICA (H)
Professor:
António J. T. Relvas
(Engº Civil. MsC. PhD)
Unidade 1 – Condutos sob pressão
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P7 – Hidráulica / 2015.1
CALENDÁRIO ESCOLAR
• 03/08 a 01/09 – 9 aulas (parte teórica, prática e laboratório)
• 02/09 a 08/09 – 1ª verificação da aprendizagem
• 09/09 a 20/10 – 11 aulas
• 21/10 a 27/10 – 2ª verificação da aprendizagem
• 28/10 a 01/12 – 9 aulas
• 02/12 a 09/12 – 3ª verificação da aprendizagem
• 14/12 a 18/12 – Exame Final
Unidade 1 – Condutos sob pressão
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OBJETO DE ESTUDO / EMENTA DA DISCIPLINA
1. Condutos sob Pressão.
2. Instalações de Bombeamento.
3. Estudos de Canais (Condutos livres).
4. Orifícios, Bocais, Vertedores e Outros Medidores.
5. Transientes Hidráulicos (Golpe de aríete).
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1. CONDUTOS SOB PRESSÃO
• Introdução – conceitos fundamentais (classificação do movimento
do fluido).
• Aplicação do Princípio da Conservação de Energia (Teorema de
Bernoulli).
• Perdas de Carga: conceito e natureza
• Fórmulas de Perda de Carga (contínuas e localizadas).
• Dimensionamento de Adutoras (capacidade de transporte-vazão;
seção/diâmetro).
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ESCOAMENTOS EM CONDUTOS SOB PRESSÃO
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TIPOS E PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
- Fluido incompressível: massa específica, r=constante;
- Fluido ideal: quando não existem tensões de cisalhamento atuando
no movimento do fluido; viscosidade, m=0 e d𝑣𝑥
dy= 0;
- Fluido perfeito: incompressível e de viscosidade nula;
- Fluido real: a viscosidade é responsável pela variação de velocidade
entre camadas; próximo a uma fronteira sólida há a formação de uma
camada de fluido onde os efeitos da viscosidade são mais acentuados:
camada limite;
Fluido Newtoniano – viscosidade constante
a uma dada pressão e temperatura
(ÁGUA, ar, alcool,...);
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CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS FLUIDOS
- Escoamento variável: a velocidade num ponto é função das
coordenadas do ponto e do instante considerado; isto é, em cada
ponto, a velocidade das partículas que por ele passam varia de
instante para instante (é o caso mais geral de escoamento);
- Escoamento permanente: a velocidade é função das coordenadas
mas independente do instante considerado; isto é, a velocidade
varia de ponto para ponto, mas, em cada ponto, mantém-se
constante ao longo do tempo; as linhas de corrente coincidem com
as trajetórias.
- Escoamento uniforme: escoamento permanente em que a
velocidade é constante ao longo de cada trajetória (as trajetórias
são retilíneas).
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CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS FLUIDOS (cont.)
- Regime de escoamento : existem dois regimes de escoamento de
fluidos: laminar e turbulento; no escoamento laminar (Re<2000) as
trajetórias de duas particulas vizinhas não se cruzam; no escoamento
turbulento (Re>4000) as trajetórias são extremamente irregulares (ex.:
no escoamento no interior de uma tubulação, uma mesma partícula
pode localizar-se, num instante, na vizinhança do eixo e, noutro
instante, junto da parede).
Número de Reynolds:
laminar
transição
turbulento
Re=ρVL
μ=
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝐼𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒=
VD
𝑣
Tubos
circulares
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CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DOS FLUIDOS (cont.)
- No regime turbulento a resistência ao escoamento é o efeito
combiando das forças devido à viscosidade e à inércia. Um tubo com
paredes rugosas causaria maior turbulência.
- Viscosidade cinemática da água a 20ºC, n=1x10-6 m2/s
Exercícios:
- Calcular Re para escoamento de água a 20ºC com vazão igual a
757m3/dia através de tubulação de aço com 0,10 m de diâmetro.
- Calcular Re para escoamento de oléo combustível pesado a 33ºC
(n=77x10-6 m2/s) com vazão igual a 757 m3/dia através de tubulação de
aço com 0,10 m de diâmetro.
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CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE ENERGIA (teorema de Bernoulli):
Carga hidráulica (energia mecânica por unidade de peso do fluido), H:
Admitindo, como hipóteses simplificativas, que nas seções 1 e 2 da tubulação,
as distribuições da pressão e da velocidade são uniformes, que o fluido se
comporta como incompressível e que o escoamento é permanente, a equação
da conservação de energia pode ser escrita:
(teorema de Bernoulli)
Sendo DHD a carga hidráulica dissipada entre
as duas seções limítrofes.
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LINHA DE CARGA (ENERGÉTICA) E LINHA PIEZOMÉTRICA
”Para um escoamento contínuo e permanente, a carga total de energia, em
qualquer ponto de uma linha de corrente é igual à carga total em qualquer ponto a
jusante da mesma linha de corrente, mais a perda de carga entre os dois pontos”.
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FORMULAS DE RESISTÊNCIA EMPÍRICAS EM REGIME
TURBULENTO PARA O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA
CONTÍNUA (Fórmula de Hazen-Williams)
𝐽 = 10,643 𝑄1,85 𝐶−1,85 𝐷−4,87
𝑄 = 0,279 𝐶 𝐷2,63𝐽0,54
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COEFICIENTE “C” SUGERIDO PARA A FÓRMULA DE HAZEN-WILLIAMS:
𝐽 = 10,643 𝑄1,85 𝐶−1,85 𝐷−4,87
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SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS
Exercícios:
- Calcular a vazão e a velocidade do escoamento através de uma
tubulação de aço soldado usado (C=90) e de PVC (C=130).
- Calcular o diâmetro necessário para garantir o escoamento de 100 l/s
para a tubulação de aço e PVC.
- Qual a cota máxima do reservatório de jusante para garantir o
escoamento de 30 l/s (com a tubulação de aço e PVC).
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NA1
(m)
NA2
(m)
hf
(m)
L
(m)
J
(m/km)
A
(m²)
C
(-)
Q
(m³/s)
V
(m/s)
JHW
(m/km)
200 0 200 10 000 20,0 0,200 0,031 90 0,044 1,40 20,23
200 0 200 10 000 20,0 0,200 0,031 130 0,064 2,04 20,50
200 0 200 10 000 20,0 0,275 0,059 90 0,100 1,68 19,60
200 0 200 10 000 20,0 0,240 0,045 130 0,100 2,21 19,26
200 100 100 10 000 10,0 0,200 0,031 90 0,030 0,95 9,96
200 150 50 10 000 5,0 0,200 0,031 130 0,030 0,95 5,05
Carga
unitária
disponível
Coefici-
ente de
Hazen-
Williams
J
Hazen-
Williams
Exercício 1:
Exercício 2:
Exercício 3:
Carga
disponívelDiâmetro Secção
D
(m)
Compri-
mentoVazão Veloc.
Reserva-
tório de
montante
Reserva-
tório de
jusante
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS
(cont.) 𝐽 = 10,643 𝑄1,85 𝐶−1,85 𝐷−4,87
𝑄 = 0,279 𝐶 𝐷2,63𝐽0,54 Alternativa: calcular diretamente Q a partir da
fórmula de Hazen-Williams explicitada para Q
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As abordagens científicas referentes às relações físicas que regem o
escoamento em tubulações datam de meados do século XVIII, com Chezy,
e depois no século XIX com Darcy e Weisbach, resultando na fórmula:
O coeficiente de atrito f é adimensional, vindo em função do número de
Reynolds (Re) e da rugosidade relativa (e/D).
𝑓 = φ(𝑅𝑒 ; 𝑒
𝐷)
Nos problemas de escoamento de fluidos em canalizações, considera-se
como valor de “e” a rugosidade equivalente (rugosidade correspondente ao
mesmo valor de f que se teria para asperezas constituídas por grãos de
areia, tais com os obtidos por Nikuradse, com valores elevados de Re).
O MÉTODO CIENTIFÍCO. A “FÓRMULA UNIVERSAL”
(Darcy-Weisbach)
ℎ𝑓 = 𝑓 𝐿 𝑉2
𝐷 2𝑔
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REGIME LAMINAR (Re<2000):
O escoamento é regular, os filetes retilíneos. O perfil das velocidades tem
forma parabólica; a velocidade máxima no centro é igual a duas vezes a
velocidade média. Para o escoamento laminar aplica-se a equação de
Hagen-Poiseuille:
Comparando a expressão acima com a expressão de Darcy-Weisbach
verifica-se que:
Observa-se que essa fórmula não envolve fatores empíricos ou coeficientes
experimentais de qualquer natureza; inclui apenas variáveis relativas às
propriedades dos fluido (viscosidade, peso específico).
O MÉTODO CIENTIFÍCO. A “FÓRMULA UNIVERSAL”
(Darcy-Weisbach)
ℎ𝑓 =128 𝜐 𝐿 𝑄
𝜋𝐷4 𝑔
𝑓 =64
𝑅𝑒
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REGIME TURBULENTO:
O escoamento é agitado e o comportamento com tubos lisos é diferente
daquele com tubos rugosos.
Em 1930 Theodore Von Kárman estabeleceu uma fórmula teórica, relacionando
os valores de f e Re para os tubos lisos (resultados comprovados experim.):
Para tubos rugosos funcionando na zona de turbulência completa, Nikuradse
propôs (os valores de f são superiores aos da eq. anterior):
Esta equação não contém o número de Reynolds, pelo que o valor de f
dependerá apenas da rugosidade.
O MÉTODO CIENTIFÍCO. A “FÓRMULA UNIVERSAL”
(Darcy-Weisbach)
1
𝑓= 2 log(𝑅𝑒 𝑓) − 0,8
1
𝑓= 1,74 + 2 log
𝐷
2𝑒
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REGIME TURBULENTO (cont.):
Para a região compreendida entre as condições precedentes, isto é, entre o
caso de tubos lisos e a zona de turbulência completa, Colebrook propôs, em
1938, uma equação semi-empírica:
Essa equação tende para a equação dos tubos lisos quando “e/3,7D” é reduzido
e tende para a equação dos tubos rugosos quando “2,52/Re√f” é reduzido.
A equação de Colebrook pode ser convenientemente representada num
diagrama, tomando-se, nos eixos, valores de f (ou de 1/ √f e Re √f ) e os valores
de e/D como uma família de curvas. O diagrama de Moody tem grande utilidade
na solução geral dos problemas de escoamentos em tubulações.
O MÉTODO CIENTIFÍCO. A “FÓRMULA UNIVERSAL”
(Darcy-Weisbach)
1
𝑓= −2 log
𝑒
3,7𝐷+
2,51
𝑅𝑒 𝑓
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DIAGRAMA DE MOODY Escoam.
laminar
Zona
crítica
Escoamento
turbulento
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Coeficientes de rugosidade “e” em mm para a fórmula Universal
Fonte: Azevedo Netto (1998) – Manual de Hidráulica (pág. 173).
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS:
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SOLUÇÃO DE PROBLEMAS COM EMPREGO DO DIAGRAMA DE MOODY
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SOLUÇÃO DO PROBLEMA ANTERIOR COM APLICAÇÃO DA
FÓRMULA UNIVERSAL
Exercícios:
- Calcular a vazão e a velocidade do escoamento através de uma
tubulação de aço soldado usado (e=0,5mm) e de PVC (e=0,1mm).
- Calcular o diâmetro necessário para garantir o escoamento de 100 l/s
para a tubulação de aço e PVC.
- Qual a cota máxima do reservatório de jusante para garantir o
escoamento de 30 l/s (com a tubulação de PVC).
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SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS COM
APLICAÇÃO DA FÓRMULA UNIVERSAL (cont.)
Fórmula Universal:
1
𝑓= −2 log
𝑒
3,7𝐷+
2,51
𝑅𝑒 𝑓
NA1
(m)
NA2
(m)
hf
(m)
L
(m)
J
(m/m)
A
(m²)
Q
(m³/s)
V
(m/s)
e
(mm)
e/D
(-)
Re
(-)
f
(-)
JDW
(m/m)
200 0 200 10 000 0,0200 0,200 0,031 0,055 1,75 0,500 0,0025 3,5E+05 0,0253 0,0198
200 0 200 10 000 0,0200 0,200 0,031 0,066 2,10 0,100 0,0005 4,2E+05 0,0178 0,0201
200 0 200 10 000 0,0200 0,250 0,049 0,100 2,04 0,500 0,0020 5,0E+05 0,0238 0,0201
200 0 200 10 000 0,0200 0,235 0,043 0,100 2,31 0,100 0,0004 5,4E+05 0,0171 0,0197
200 100 100 10 000 0,0100 0,200 0,031 0,030 0,95 0,500 0,0025 1,9E+05 0,0257 0,0060
200 150 50 10 000 0,0050 0,200 0,031 0,030 0,95 0,100 0,0005 1,9E+05 0,0189 0,0044
Rugosid.
Relativa
Coefici-
ente de
atrito
Carga
unitária
disponível
Exercício 1:
Exercício 2:
Exercício 3:
Carga
disponívelDiâmetro Secção
D
(m)
Rugosid.
absoluta
Reserva-
tório de
montante
Reserva-
tório de
jusante
J
Darcy-
Weis-
bach
Compri-
mentoVazão Veloc.
Número
Reynolds
ℎ𝑓 = 𝑓 𝐿 𝑉2
𝐷 2𝑔 𝐽 = 𝑓
1 𝑉2
𝐷 2𝑔
A NBR 12215 da ABNT indica a aplicação da Fórmula Universal para o cálculo de adutoras em
sistemas de distribuição de água.
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Re
=4,2
E5
f=0,0178
f=0,025
Re=
3,5
E5
0,0025
APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE
MOODY PARA A RESOLUÇÃO
DO PROBLEMA (1º Exercício)
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São denominadas locais, localizadas ou singulares pelo fato de decorrerem
especificamente de pontos ou partes bem determinadas da tubulação, ao
contrário do que acontece com as perdas em consequência do escoamento
ao longo das tubulações (perdas de carga contínuas).
De modo geral, todas as perdas de carga localizadas podem ser expressas
sob a forma da equação geral:
O coeficiente K pode ser obtido experimentalmente para cada caso.
Verifica-se que K é praticamente constante para valores do número de
Reynolds superiores a 50.000. Conclui-se, portanto, que para fins de
aplicações práticas pode-se considerar constante o valor de K para
determinada singularidade, desde que o escoamento seja turbulento,
independentemente do diâmetro (D), velocidade (V) e natureza do fluído.
PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS
ℎ𝑓 = 𝐾 𝑉2
2𝑔
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Teorema de Borda: “Em qualquer alargamento
brusco de seção, ocorre uma perda de carga
local medida pela altura cinética correspondente
à perda de velocidade.
PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS (cont.)
ℎ𝑓 = 𝐾 𝑉2
2𝑔
ℎ𝑓 =(𝑉1 − 𝑉2)2
2𝑔
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𝐾 = 0,5 (aresta viva)
𝐾 = 0,9 − 1,0
𝐾 = 1,0
Perda de carga na saída de uma tubulação (entrada de reservatorio):
Perda de carga em curvas:
Perda de carga na entrada de uma tubulação (saída de reservatorio):
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Perda de carga em válvulas (ex: válvulas de gaveta e borboleta):
a) Válvula de
gaveta
b) Válvula de borboleta
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b) Válvula de gaveta a) Válvula de borboleta
c) Válvula de retenção
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SISTEMA SOB PRESSÃO – EXEMPLO DE CÁLCULO
Dados:
Uma tubulação de ferro dúctil (C=100; e=1,5mm), com extensão de 1800 m
e diâmetro de 300mm está descarregando em um reservatório 60 l/s.
Questão:
• Calcular a diferença de nível entre a represa e o reservatório,
considerando todas as perdas de carga.
• Quanto representam as perdas localizadas em relação às perdas por
atrito (contínuas).
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Importância relativa das perdas localizadas:
As perdas de carga localizadas podem ser desprezadas nas tubulações
longas cujo comprimento exceda cerca de 4.000 vezes o diâmetro.
Também no caso das canalizações em que a velocidade é baixa e o
número de peças especiais é reduzido (curvas, reduções,...).
Cuidados no caso de velocidades muito elevadas:
No caso de tubulações funcionando com velocidades elevadas, as perdas
de carga localizadas passam a ter valores que chegam a ultrapassar os
valores das perdas ao longo das linhas.
Exemplo:
Dados:
D=1,20m; L=150m; C=100; Q=4,5m3/s; hf=6,5m; 4 curvas de 90º.
Resultados:
V=3,98m/s; V2/(2g)=0,81m; J=0,0141m/m; K=4x0,4+1+0,5=3,1;
hf(loc.)=3,1x0,81=2,51m (54%); hf(cont.)=150x0,0141=2,12m (46%)
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Para escoamento uniforme (velocidade constante ao longo de cada
trajetória), independentemente do regime de escoamento (laminar ou
turbulento), a declividade da linha de energia é constante (J é constante).
A linha de carga (energia) referente a uma canalização é o lugar geométrico
dos pontos representativos das três cargas (energias): de velocidade (V);
de pressão (p/g) e de posição (z).
LINHA DE CARGA E LINHA PIEZOMÉTRICA
𝒑
𝜸
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CONSTRUÇÃO DA LINHA DE CARGA
1. Perda de carga localizada (entrada na tubulação).
2. Perda de carga por atrito ao longo do trecho I (medida pela inclinação da
linha).
3. Perda de carga local por contração brusca.
4. Perda de carga por atrito ao longo do trecho II (maior devido ao diâmetro ser
menor).
5. Perda de carga local devido ao alargamento brusco.
6. Perda de carga por atrito ao longo do trecho III (igual ao trecho I de igual
diâmetro).
7. Perda de carga localizada: saída da canalização e entrada no reservatório.
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Exercício 1:
Determinar a área do orfício A, com saída livre para a atmosfera, à cota de
20m, sem contração, colocado na extremidade de jusante da tubulação de
ferro dúctil usada (C=120), de modo a assegurar o escoamento de 0,8m3/s:
- Considerar nulas as perdas de carga localizadas com exceção da
perda na entrada, em aresta viva (indicada na figura)
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS
V2
V2
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Equações para resolução do exercício 1:
Linha de energia (conservação da energia)
70 − 0,5𝑉2
2𝑔 − 𝐽𝐿 −
𝑉02
2𝑔 = 20 ............................................... ....... Equação 1
Condição da continuidade
𝑄 = 𝑉𝐴 ≡ 𝑉 =0,8
𝜋0,52
4
= 4,08 𝑚/𝑠 ..................................................... Equação 2
𝑄 = 𝑉0𝐴0 ...................................................................................... Equação 3
Equação de resistência (perda por atrito), Hazen-Williams
𝐽 = 10,643 𝑄1,85𝐶−1,85𝐷−4,87 = 10,643 × 0,81,85 × 120−1,85 × 0,5−4,87 Eq. 4
𝐽 = 0,0293 𝑚/𝑚
Finalmente, pela Eq. 1, obtém-se: 𝑉0
2
2𝑔 = 50 − 0,5
4,082
2𝑔− 0,0293 × 200 = 43,72 m, vindo V0=29,27 m/s
E, pela Eq. 3, obtém-se:
𝐴0 =0,8
29,27= 0,027 𝑚2
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS (cont.)
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Exercício 2:
Determinar a vazão Q3 através de um orfício com área de A0=0,0040 m2
existente na extremidade de uma tubulação CD, alimentada pelas
tubulações AC e BC, qe partem dos reservatórios A e B:
- As tubulações são de ferro fundido novo (C=130) e têm os diametros e
comprimentos indicados na figura.
- Desprezar as perdas de carga localizadas e a contração no orifício.
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS
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Equações para resolução do exercício 2:
7 Equações para 7 incognitas (Q1; Q2; Q3; J1; J2; J3; V0) – resolver por iteração
Linha de energia (conservação da energia)
83 − 𝐽1𝐿1 − 𝐽3𝐿3 −𝑉0
2
2𝑔 = 50 ............................................... ....... Equação 1
80 − 𝐽2𝐿2 − 𝐽3𝐿3 −𝑉0
2
2𝑔 = 50 ≡ 83 − 𝐽1𝐿1 = 80 − 𝐽2𝐿2 ............ Equação 2
Condição da continuidade
𝑄3 = 𝑄1 + 𝑄2 .............................................................................. Equação 3
𝑉0 = 𝑄3
𝐴0 =
𝑄3
0,004 .......................................................................... Equação 4
Equação de resistência (perda por atrito), Hazen-Williams
𝑄1 = 0,279 𝐶 𝐷12,63𝐽1
0,54 .................................................................. Equação 5
𝑄2 = 0,279 𝐶 𝐷22,63𝐽2
0,54 .................................................................. Equação 6
𝑄3 = 0,279 𝐶 𝐷32,63𝐽3
0,54 .................................................................. Equação 7
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS (cont.)
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA
1ª Posição – tubulação assentada abaixo da linha de carga efetiva em toda a sua
extensão; Situação ideal: na prática procura-se manter a tubulação pelo menos
4m abaixo da linha piezométrica.
Nos pontos mais elevados devem ser instaladas ventosas (válvulas que
possibilitam o escapamento de ar), que funcionaram bem quando a pressão na
tubulação é superior à pressão atmosférica. Para que o ar se localize nos pontos
elevados a canalização deverá ser assentada com uma declividade mínima
(I>1/2D(mm)). Nos pontos baixos devem ser previstas descargas com registros
para limpeza e esvaziamento.
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA (cont.)
2ª Posição – a tubulação coincide com a linha piezométrica efetiva. A carga
dinâmica efetiva é zero. É o caso dos designados condutos livres (um orifício feito
na geratriz superior dos tubos não provocaria a saída de água). NÃO É UMA
SITUAÇÃO DE ESCOAMENTO SOB PRESSÃO.
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA (cont.)
3ª Posição – a tubulação passa acima da linha piezométrica efetiva, porém
abaixo da piezométrica absoluta. A pressão efetiva assume valor negativo (em
relação à pressão atmosférica). Formação de bolsas de ar entre A e B. É um caso
de sifão em que a tubulação necessita de escorva (remoção de ar).
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA (cont.)
4ª Posição – a tubulação corta a linha piezométrica absoluta, mas fica abaixo do
plano de carga efetivo. Podem ser identificados dois trechos distintos: Trecho R1
a T, escoamento em carga; T a R2, escoamento como vertedor. A vazão é
reduzida – SITUAÇÃO A EVITAR.
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA (cont.)
5ª Posição – a tubulação corta a linha piezométrica e o plano de carga efetivo,
mas fica abaixo da linha piezométrica absoluta. Trata-se de um sifão funcionando
em condições precárias, exigindo escorva sempre que entrar ar na tubulação –
SITUAÇÃO A EVITAR.
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA (cont.)
6ª Posição – tubulação acima do plano de carga efetivo e da linha piezométrica
absoluta, mas abaixo do plano de carga obsoluto. Trata-se de um sifão
funcionando nas piores condições possíveis – SITUAÇÃO A EVITAR.
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POSIÇÃO DA TUBULAÇÃO EM RELAÇÃO À LINHA DE CARGA (cont.)
7ª Posição – a tubulação corta o plano de carga absoluto. O ESCOAMENTO
POR GRAVIDADE É IMPOSSÍVEL, pois há necesidade de recalque (no primeiro
trecho).
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INSTALAÇÕES DE BOMBEAMENTO
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CONDUTOS SOB PRESSÃO
1. AKAN, A. Osman; HOUGHTALEN, Robert J. Engenharia
Hidráulica – 4ª ed.: Ed. Pearson, 2012.
2. AZEVEDO NETO; MARTINIANO, José. Manual de Hidráulica. São
Paulo: Edgard Blucher, 2004. CAPÍTULOS 7, 8 e 9
3. PORTO, R.M. Hidráulica Básica. 4. ed. São Carlos/SP: Projeto
REENGE, EESC/USP, 2006. CAPÍTULOS 2 e 3
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. BAPTISTA, Márcio; LARA, Márcia. Fundamentos de Engenharia
Hidráulica – 3ª ed. UFMG, Minas Gerais, 2010.
2. SANTOS, Sérgio Lopes dos. Bombas & Instalações Hidráulicas.
Ed. Lcte, São Paulo, 2010.
3. MACINTYRE, Archibald Joseph. Bombas e Instalações de
Bombeamento. 2ª ed. LCT, São Paulo, 2012.
4. FIALHO, Arivetto. Automação Hidráulica – Projetos,
Dimensionamento e Análise de Circuitos. São Paulo, Érica, 2005
5. MORFETT, John; CHAWICK, Andrew. Hidráulica em Engenharia
Civil e Ambiental. Lisboa: Instituto Piaget, Ed. Ciência e Técnica,
2004
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OBRIGADO