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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
HÁBITO DE LEITURA
Por:
Eliane Campos da Silva de Oliveira
Orientador:
Nelson José Veiga Magalhães
Rio de Janeiro Julho/2005
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
HÁBITO DE LEITURA
Rio de Janeiro Julho/2005
Monografia apresentada como exigência de conclusão
do curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em
Docência do Ensino Superior, sob a orientação do
professor Nelson José Veiga Magalhães.
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Agradecimentos
Agradeço ao meu marido e filha pela paciência.
A Deus e aos meus amigos de turma. Aos meus pais e irmãos que
sempre almejaram meu sucesso. As minhas colegas de trabalho, Luciana
Bouças e Ana Lucia que me deram apoio material e pessoal.
A meu orientador, professor Nelson, que sempre me incentivou, mesmo
nos dias que estive de mau humor.
4
“O ensino que se funda no processo de despertar os poderes latentes do espírito é o único que
realmente, encerra e resolve o problema da educação”.
MENEZES, Lydienio B.,2004, p.30.
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RESUMO
Este trabalho será desenvolvido com base em leituras reflexivas de autores da área de
educação. Com as transformações revolucionárias da ciência e das tecnologias da
informação, diversificam-se os modos de ler e escrever, e os suportes onde poderão ser
encontradas. Com todas essas mudanças, o educador terá a responsabilidade em conduzir os
alunos a se interessar pela leitura. Richard Bamberger em seu livro “Como incentivar o
hábito de leitura” nos mostra como é importante acentuar uma literatura adequada às
diversas faixas de interesse, pelas quais passa o individuo. Outros autores como Ezequiel T.
da Silva avaliam e dão sugestões de como põem aplicar e incentivar o hábito e o interesse
dos alunos pelo habito da leitura, traça propostas que possibilita m um processo de
aprendizagem, mas prazeroso e eficaz.
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SUMÁRIO
Pág.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 8
2 A LEITURA ........................................................................................................7 2.1 Ensino da leitura................................................................................................9 2.2 Qual a importância do hábito da leitura.......................................................13
3 MOTIVAÇÃO E INTERESSE PARA LEITURA ...........................16 3.1 Influência educacionais ..................................................................................17 3.2 Atividades para promover o interesse pela leitura ....................................19 3.3 Leitura escolar....................................................................................................21 4 BIBLIOTECÁRIO NA FORMAÇÃO DO LEITOR .......................25 5 O PAPEL DO PROFESSOR .......................................................................27
5.1 Como o professor pode ajudar......................................................................29 5.2 Desafio de ensinar a ler ...................................................................................29
6 CONCLUSÃO.......................................................................................................31
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 32
7
1 INTRODUÇÃO
Na vida escolar, a leitura ocupa um lugar de grande destaque. A função que escola
exerce é de estimulação, incentivo e despertar dos alunos para o interesse da leitura. È
preciso inserir no ensino-aprendizagem um melhor trabalho com textos, no sentido que se
desenvolva a leitura, alargando horizontes.
A proposta deste trabalho é mostrar que a leitura pode ser uma atividade de prazer,
de aprendizagem, e sobretudo uma atividade fundamental na formação do indivíduo.
Como nosso pensamento é formar leitores através de um ensino prazeroso e
significativo, destacaremos atividades criativas, trabalhadas em sala de aula e/ou biblioteca.
Dentre pensamentos de diversos intelectuais da área de educação, destaco neste
trabalho Ezequiel T. da Silva, Richard Bamberger e Ângela B. Kleiman, que em relação a
leitura contribuíram muito na formação de literatura sobre o assunto.
A prática educativa do professor tem mudado, buscando melhores formas de
aprendizagem e de incentivo a leitura, e essas transformações tem manifestado, de modo
especial, por diferentes portadores de textos, presentes no nosso cotidiano, tais como revistas,
jornais e meios eletrônicos.
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2 A LEITURA
É um processo no qual se compreende a linguagem escrita. Estão envolvidos tanto
texto, sua forma e conteúdo, como leitor, suas expectativas e conhecimentos prévios. A
leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto. É o leitor que faz o texto ganhar
sentido, pois as informações contidas nele se articulam com as informações que o leitor já
dispõe. Com isso é válido ressaltar a importância do saber ler para convivência em
sociedade, mas percebemos que a realidade educacional do nosso país, está relacionada a
idéias pré-estabelecidas pela classe dominante, não possuindo assim cidadãos críticos e
reflexivos, reduzindo o ato de ler em um mero processo de decodificação de sinais.
O leitor fortalece sua capacidade de argumentação de acordo com o confronto que
estabelece entre seus conhecimentos e as idéias contidas em cada leitura que faz. Este
processo faz com que o leitor compreenda a realidade social, tornando um questionador e
influenciando na tomada de decisões, determinando ações para o futuro.Tendo como base a
importância da leitura para o progresso da sociedade, acreditamos que deve existir uma maior
preocupação por parte dos estabelecimentos de ensino para com a formação do leitor.
Para Bamberger (1991, p. 10):
“A leitura é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem da personalidade. Trabalhar com a linguagem é trabalhar com homem."
O autor quer dizer que a leitura é muito valiosa quando se sabe usar, portanto a escola
não pode permanecer neutra diante de conflitos sociais, ensinando aos seus alunos a usarem
bem e positivamente o que se aprende na escola.
O educador Paulo Freire ressalta a importância da formação do cidadão e considera
que as escolas devem preparar os alunos para que possam tomar decisões. Na vida escolar, a
leitura ocupa um lugar de grande destaque. Mas a importância e necessidade do ato de ler,
para professores e alunos, são contestadas, porém é necessário analisar as condições
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existentes e as formas pelas quais esse ato é conduzido na escola. Ir a escola ainda é
sinônimo de aprender a ler e a escrever.
Sem dúvida que a busca do conhecimento pode e deve ser mediada pela leitura de
determinados textos, porém o ato pedagógico vai exigir mais do que isso.
Para Cagliari (1997, p.148),
“A leitura é extensão da escola na vida das pessoas”
Não ensinamos aos alunos a ler para a escola, mas para o mundo, esse ensino só terá
valor se o aluno enriquer-se através dele. Pensando assim pode-se imaginar que o leitor
abrirá novos horizontes como em busca de uma conquista, entrando no mundo imaginário da
leitura ele irá compreender melhor o que acontece no mundo.
2.1 O Ensino da leitura Falar em finalidades para o ensino da leitura significa estabelecer funções que ele
deve cumprir na escola e sociedade.
Segundo Marisa Lajolo citada em Ezequiel Silva (1998, p.104), descreve uma analise
das finalidades da leitura no âmbito das escolas, e mostrou que ao invés de estimular a
reflexão e a busca do conhecimento, promover o prazer e desenvolver a crítica, o ensino da
leitura é regido por pretextos altamente questionáveis, congelando o potencial de atribuições
de significados à palavra escrita, que os alunos trazem para a situação de aprendizagem
escolar.
Tereza Maria (2002, p. 25) também sugere o questionamento do conhecimento do
professor sobre como ensinar a leitura. Sentindo a necessidade de mostrar, para a sociedade,
ou para o próprio sistema educacional, o professor, apoiado em frágeis bases teóricas, passa
adotar posturas metodológicas para cobrir suas concepções tradicionais.
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Tais questionamentos sobre a formação de professores e a necessidade de buscar
novos meios de metodologia alternativas que podem provocar mudanças na pratica
pedagógica.
Mas ensinar a ler com compreensão, não implica em impor uma leitura única, a do
professor, como a leitura do texto. É criar uma atitude de expectativa prévia em relação ao
conteúdo referencial do texto, mostrar à criança que quanto mais ela previr o conteúdo,
melhor será sua compreensão.
Ângela Kleiman (1996, p. 162) aponta um fato importante no ensino da leitura, que é
uma prática usada em sala de aula que seria inibidora de desenvolvimento de capacidade do
aluno. Essa prática é a leitura em voz alta que avalia a capacidade de compreensão do aluno.
É preciso no processo escolar avaliar se o aluno está se desenvolvendo suas habilidade de
leitura, mas para isso devemos saber como avaliar. Se quisermos saber, por exemplo, se o
aluno compreende o texto lendo em voz alta fica difícil justificar em voz alta. É uma
situação difícil para o aluno, pois ao mesmo tempo em que tem que se preocupar de como
pronunciar corretamente as palavras, tem que se preocupar também com o significado das
mesmas. Esta observação nos faz refletir a prática docente, pois formar um leitor competente
supõe formar alguém que compreenda o que lê, que possa aprender a ler também o que está
escrito. Os professores deverão estar sempre atualizados para que consiga informar
corretamente os discentes. Se o profissional não estiver bem preparado, não será possível
desenvolver um bom trabalho.
De acordo com Ezequiel Silva (1998, p. 104) “é preciso que o professor saiba
estabelecer os propósitos ou finalidades para o trabalho com a leitura, e antes de mais nada,
de uma explicitação dos objetivos ou das finalidades que se pretende atingir com processo da
educação do leitor.”
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Em termos de ensino, não basta teorizar ou discursar sobre o valor da leitura.
Construir e levar à práticas situações a serem vivenciadas de modo que o valor da leitura
venha a ter significado na vida do aluno. Compete aos professores sentir também o prazer por
está prática, possuindo assim amplo repertório de leituras, a serem compartilhado com os
alunos. A leitura de deferentes tipos de textos exige do aluno domínio de habilidades, que
resulta de prática e de aprendizagem no decorrer da trajetória escolar, podendo assim criticar
e discutir um texto, com seus companheiros. Queremos educar e promover um tipo de leitor
que não se adapte, ou se ajuste inocentemente a realidade que está ai, mas que, pelas práticas
de leitura, participe das transformações sociais.
De acordo com o sociólogo Philipe Pierrenoud (2002, p. 101), o professor precisa
dominar dez competências a prática docente:
1. “Organizar e dirigir situações de aprendizagem.
2. Administrar a progressão das aprendizagens.
3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação.
4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e seu trabalho.
5. Trabalhar em equipe.
6. Participar da administração escolar.
7. Informar e envolver os pais.
8. Utilizar novas tecnologias.
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.
10. Administrar a própria formação.”
Agora fica uma questão no ar, como podemos avaliar a aprendizagem desses alunos?
O autor José Juvêncio (1990, p. 140) diz, que o professor sabe quando a criança fez
progresso ou não na leitura, observando-a em sala de aula. As melhores avaliações são
aquelas que estão integradas a outras atividades da criança, ela nem percebe que está sendo
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avaliada. Tarefas como elaborar um resumo com consulta ao texto, ou como extrair idéias
principais de um parágrafo, ou ainda responder perguntas sobre o texto lido, são maneira do
professor interagir e efetivamente revelar a capacidade de compreensão da turma em sala de
aula. O professor, porém, na maioria das vezes não conta com material adequado para esse
tipo de prática, pois as condições de escolas públicas estão bastante precárias, não contam
com material didático adequado, isto é, material baseado em concepções de linguagem,
leitura e aprendizagem.
O professor se tiver uma boa experiência e desenvoltura, saberão aproveitar o
material existente na escola, e construir atividades em sala de aula que estimulem a
imaginação através de livros ou jornais. Bons livros infantis são fundamentais para o ensino
da leitura. Os interesses pelo assunto do livro e pelo destino dos personagens fazem com que
a criança tenha mais vontade e interesse de terminar o livro em curto espaço de tempo, nesse
ponto que a influência em sala de aula se combina com as inclinações na esfera pessoal, com
a ajuda do professor estimulando o hábito de leitura fora da escola.
Bamberger (1991, p.24) cita em seu livro quatro pontos importantes no ensino da
leitura:
“Incentivo ao pleno uso das potencialidades do indivíduo em sua leitura, de
modo a influir ao máximo no seu bem-estar e levá-lo à auto-realização;
Emprego eficiente da leitura como instrumento de aprendizado e crítica e
também de relaxamento e diversão; ampliação constante dos interesses de
leitura dos estudantes; estímulo a atitudes que levem a um interesse
permanente pela leitura de muitos gêneros e para inúmeros fins”.
Ezequiel Silva (1998, p. 91), diz que para se ter um bom trabalho no ensino da leitura,
o professor precisa de finalidades ou objetivos que orientam a ação pedagógica, conteúdos ou
textos selecionados colocados à disposição da turma e principalmente das pessoas envolvidas
no processo. As condições básicas para ensinar o aluno a ler dizem respeito a toda a
capacidade de leitura do próprio professor. Cabe a ele orientar e auxiliar a leitura de bons
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títulos, para se formar um bom leitor critico e reflexivo, desde que o professor também seja
um bom leitor. Ensinar a leitura é colocar em funcionamento um comportamento ativo,
vigilante, de construção inteligente, motivado por um projeto consciente e deliberado, e isto
desde o inicio da escolaridade das crianças, ou antes, que cheguem a escola. Fica evidente,
que só podemos aprender a ler tendo necessidade do que lemos, seja ele para agir, seja para
nos distrair ou sonhar.
2.2. Qual a importância do hábito de leitura
A leitura tornou-se uma ferramenta importante à vida em sociedade, mesmo que não
levemos em conta o valor cultural. Ler continua sendo uma ferramenta privilegiada de
enriquecimento pessoal, pela diversidade dos modos de acessos a ela, em objeto de
degustação e de prazer incomparável.
A leitura tornou-se imperativo para o desenvolvimento das nossas potencialidades
profissionais, intelectuais e espirituais. Para Richard Bamberg ( 1991, p. 52) diz no seu livro
que ler é a tarefa do futuro, quando as pessoas necessitam de uma espécie de auto-educação
permanente, deverão promover a pesquisa, a reflexão, o crescimento intelectual por conta
própria.
O domínio da leitura leva as pessoas ao mundo do conhecimento, da cultura, da
diversão, pois o leitor pode-se colocar no lugar dos personagens, imaginar situações,
enriquecer seu vocabulário.
Bencini (2003, p.48) diz:
“Ao dominar a leitura abrimos possibilidades de dquirir conhecimentos,
desenvolver raciocínios, participar ativamente da vida social, alargar a visão
de mundo do outro e de si mesmo...”“.
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Para sermos bons leitores, devemos saber escolher textos, e atentar aos pontos
importantes na leitura para a compreensão, trocar experiências com outras pessoas, pois tudo
aquilo que lemos e aprendemos fica gravado na memória e é lembrado a medida que se torna
necessário. Devemos praticar a leitura observando e criticando detalhes, mostrando interesse
por assuntos diferentes e principalmente concentrando-se naquilo que estamos lendo.
A leitura deve ir além da sala de aula, pois esta expectativa fará com que o ato de ler
passe por descobertas ainda maiores, levando ao aluno consciência da realidade, com postura
critica. A boa leitura é sempre uma confrontação critica com o que estamos lendo. Em grupo
esse confronto se multiplica. O mesmo texto analisado de formas diferentes como se
pudéssemos olhar de vários ângulos, apreciar, discutir e comparar.
As pessoas precisam se conscientizar sobre a importância do hábito de leitura, pois
quem está em contato com várias idéias, amplia conhecimentos e está apto a opina e criticar.
Quem lê adquire muito mais experiência e conhecimento do mundo, tem grandes chances de
escrever e um vocabulário mais rico.
Richard Bamberg ( 2000, p.70):
“O papel do professor não é de instrutor nem de examinador, mas o de uma
pessoa para qual os livros são importantes”.
O professor tem que vestir a camisa, tem que gostar de ler, tem que incentivar o
aluno, traçar estratégias para o desenvolvimento da leitura na sala e aula. Outra atitude
importante por parte do professor é trazer a problemática do texto para que o aluno entenda
que ler é aprender coisas que sirva para a vida, cabe o aluno verificar que é possível
aproveitar o que aprendeu nos livros na vida diária. Para Fecchio (2003, p. 129):
“O professor deve ser um apaixonado pela leitura”.
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O professor de leitura deve fazer com que as aulas sejam mais prazerosas, com muita
criatividade e envolvimento. Alguns autores salientam que os alunos não gostam de ler,
como Cunha (1999, p.18):
“Sem dúvida o desinteresse dos alunos tem como uma das causas esse
nosso condicionamento, essa tranqüilidade com que vamos, anos após ano
levando às crianças aos mesmos livros, as mesmas histórias, supondo sempre
atividades iguais, para alunos iguais”.
O problema pode esta na grande maioria dos professores, que foram formados numa
tradição acrítico que vê o aluno como uma obrigação, sem o menor vínculo afetivo. Cabe ao
professor mudar essa situação, esta aberto ao diálogo e a mudança, tornar as aulas de leitura
prazerosas.
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3 MOTIVAÇÃO E INTERESSES PELA LEITURA
A criança ao ser alfabetizada, aprende a domar as palavras, ao iniciar um
relacionamento com os livros, começa a se familiarizar como consumidora. O professor é o
grande influenciador na formação de seus alunos, no que diz respeito ao gosto pela leitura.
Ler por obrigação, sem curtir o texto só pr obrigação escolar, tira todo o interesse do aluno
pela leitura.
O hábito e o gosto pela leitura, convêm que esta comece antes que a criança saiba ler.
Aos mais pequenos começar a mostrar obras adequadas a idade, para que conheçam a
tradição popular, fantasiem e sonhem com lugares remotos e aventuras. A criança deve viver
a leitura, meter-se na historia, identificar-se com personagens. Com isso, quando essas
crianças se tornarem adolescentes depois adultos ampliam os seus conhecimentos e
aprofundam a sua observação e reflexão sobre a língua, assim poderão valorizar os aspectos
literários. O ato de ler definirá o futuro de escrever e falar bem. A motivação pela leitura e
muito determinado pela postura dos pais em relação aos livros.
A motivação para leitura e os interesses são diferentes de pessoa para pessoa. O autor
Richard Bamberg (1991, p. 36), enfatiza quarto tipos de leitor, baseado na preferência
individual de cada:
“o tipo romântico; o tipo realista; o tipo intelectual e o tipo estético”.
O mesmo autor ainda cita em seu livro (1991. p. 38), uma pesquisa feita por um
australiano sobre o progresso da leitura e comportamento em relação a mesma, com crianças
de 10 anos:
1) “Número de livros com que a criança trava conhecimento;
2) Fase de desenvolvimento da linguagem;
3) Inteligência; e só em quarto lugar,
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4) Profissão do pai, isto é, o fator socioeconômico”.
As crianças imitam o que vêem. Hábito de ler qualquer tipo de suporte, seja ele livro,
jornal, revista e internet é uma forma de mostrar que ler é gratificante. Leia com seu filho. As
crianças não são leitoras autônomas; elas aprendem a ler vendo as letras e olhando as
paginas, não só ouvindo.Quando se ler para crianças, usar sempre diferentes entonações de
voz, tornando a narrativa diferente e atrativa. Disponibilizar horários para leitura e levar a
criança a bibliotecas, livrarias e bancas, deixando-a sempre escolher o que mais a interessa.
Em um artigo de revista, Sueli Etiene (2004, p.172) afirma que:
“O dever dos adultos não é de adivinhar o que as crianças pensam, mas
preparar para novas gerações e conscientiza-las de que elas devem ter
controle sobre si”.
É nosso dever motivar as crianças para que se sintam preparadas para os desafios
futuro. Trabalhar a auto-estima do aluno é um fator essencial para o rendimento da criança,
que desencadeará o espírito de liderança e confiança.
3.1 Influências educacionais
Segundo Maria Tereza (1998, p.41),:
“A escola, sem dúvida, trabalha com muitas das interfaces da leitura. Há o
ler que prioritariamente se detém ma busca de informação. Há o ler cuja
natureza é puramente funcional; E há o ler do produto ficcional que deveria
ser fonte de grande prazer para os estudantes...”.
Com a ajuda dos pais, as crianças aprendem a reconhecer que o ensino da leitura
começa nos primeiros anos de vida. Os primeiros a serem mostrados às crianças são os livros
com gravuras, nomeando coisas que nela vêem e lendo em voz alta para que ela possa
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compreender o que esta sendo mostrado, despertando assim o interesse pela leitura e assim
ajudando a formar seu vocabulário.
Richard Bamberg (1991, p.73) comenta:
“Promover a prontidão para leitura, ajudando as crianças a se acostumarem a
ouvir e a observar livros, gravuras, ampliando o vocabulário e despertando o
interesse por livros”.
A atmosfera em sala de aula influência muito no interesse da criança. O professor
precisa dosar aos poucos a importância da leitura, todos os dias. O trabalho diário e sala de
aula fazem despertar o interesse e o professor tem que procurar dá eficácia a essas pequenas
doses de atividades diárias das horas de lazer e como tarefa de casa. Com isso, o professor
introduz o hábito de leitura com naturalidade, sem forçar.
Aprender a ler não é tarefa simples, pois exige uma postura crítica, uma disciplina
intelectual por parte do leitor.
Entre os professores universitários existem queixas que os alunos não sabem ler. Os
alunos confundem leitura com a simples decodificação de sinais gráficos, isto é, não estão
habituadas as leituras mais abrangentes, que envolva leitor com autor, e não se empenham a
entender e nem analisar o que lêem. Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas
surge como outra competência da pedagogia em questão e buscar a mobilizar os alunos para
que aprendam, compreendam e tenham êxito na sua aprendizagem.
Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento é outra
competência que o professor deve ter. Para que o aluno possa evoluir no seu processo
educacional é preciso coloca-lo em situações de aprendizagem. O professor precisa utilizar-
se de uma variedade de recursos e acreditar na interação das atividades para que cada aluno
vivencie inúmeras situações de aprendizagem.
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3.2 Atividades para promover o interesse pela leitura
“Ler é aventurar-se a crescer. Por isso, a aventura da criança deve ser uma
aventura livre e descomprometida com do adulto. Nada é mais desagradável
e indigesto do que certos livrinhos de literatura infantil, equipados de
eficientes questionários para cobrança. Cada livro desses é um fiel cobrador
da criança, que, pensando ter realizado uma leitura livre de imposições
didáticas sistemáticas se sente lograda”. Bárbara V. Carvalho (1982, p.197)
Diante desse texto citado acima, o professor tem que ter muito jogo de cintura em sala
de aula. Tornar a leitura em sala de aula algo que mexa com a imaginação do aluno e
desperte o interesse para o ato de ler. A leitura deve ser cobrada, através de uma conversa
informal, descomprometida.
No colégio, aprendemos ou somos forçados a ler livros pelos quais muitas vezes não
temos o menor interesse.
Richard Bamberg (1991, p.80), sugere algumas atividades como:
a) Leitura em voz alta e relato de histórias;
b) Mostras de livros com discursões;
c) Autores lêem trechos de suas obras;
d) Cursos, reuniões e outros acontecimentos informativos sobre o conteúdo
da leitura das crianças.
Ezequiel Silva (1998, p.96), dá alguns exemplos de atividades desenvolvidas em sala
de aula:
“Compilar livros infantis (livros, revistas, recortes de jornais, etc.)”.
O professor pode ler os textos em voz alta, e permitir que os alunos
comentem ou façam projetos sobre o assunto. Propor discursões sobre o
texto lido, formando pequenos grupos de discursões.
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O mesmo autor Ezequiel Silva (1998, p. 98), sugere:
“Às crianças das series iniciais, ler o mais freqüentemente possível; mostrar
que o professor, também aprecie o texto lido, conversando sobre o tema; no
momento da leitura, criar um ambiente de relaxamento e descontração”, com
as crianças se acomodando em círculos ou sentados no chão. Caso a escola
possua jardim ou área de lazer, levar as crianças a fim de fruir as histórias
lidas; etc ““.
O Centro Cultural do Banco do Brasil promove a 7 anos rodas de leituras. Este projeto
foi criado para atender pequenos grupos de freqüentadores da biblioteca, hoje se transformou
em um elemento obrigatório. Para participar basta o leitor retirar uma senha ou ingresso
gratuito, em gesto simbólico, depois se dirigir à sala oi auditório indicado, recebe um texto na
entrada, e algumas pessoas lêem o texto em voz alta. A leitura é feita por uma espécie de
leitor guia, que poderá ser o autor ou professor de literatura. Ao término da leitura em voz
alta, inicia-se uma conversa descontraída entre o leitor guia e a platéia perguntas, bate papos
e curiosidades.
Na Universidade Iguaçu, acontece toda a terça-feira uma roda de leitura. Da mesma
maneira que no CCBB, se tem um professor ou um leitor que queira ler voz alta e depois o
grupo inicia um bate papo sobre o texto lido.
Mary Rangel (2000, p.11):
“Contudo, agradável ou não, prazeroso ou não, confortável ou não, é
necessária, é indispensável, quando se trata de aprendizagem, e
aprendizagem em qualquer nível, ou seja, do 1. grau à pós-graduação, e em
qualquer circunstancia, ou seja, na escola ou fora dela, em grupo ou só”.
Em seu livro, ela cita algumas dificuldades de aplicação de dinâmica de grupo, que
são:
21
“Dificuldades de espaço: salas pequenas, pouca ou nenhuma possibilidade
de aproximar ou reagrupar carteiras etc;
Dificuldades de móveis: carteiras individuais, pequenas mesmas acopladas a
cadeiras, ou cadeiras e mesas, cujo formato não são favoráveis a
reagrupamentos etc;
Dificuldades quanto ao número de alunos em sala: muitos alunos (de 40 a
50, comumente, o que representa muito para orientar, para reagrupar, para
discutirem, para manterem atentos, interessados, para se evitar o barulho a
dispersão etc”.
As dinâmicas de leitura surgem como uma saída para os professores como auxílio
para incentivar o hábito da leitura, sem forçar ou obrigar o aluno a ler. As dinâmicas de
leitura são apropriadas em qualquer lugar e em qualquer disciplina.
Mary Rangel (2000, p. 13), explica em seu livro o que se pretende com a dinâmica
de leitura em sala de aula:
“Estimular a prática da leitura em sala de aula; auxiliar o desenvolvimento
de habilidades de atenção e observação; incentivar a organização e a
expressão de idéias; estimular o aumento e a fixação de vocabulário;
incentivar a criatividade e; diversificar atividades de ensino e
aprendizagem”.
A dinâmica de leitura auxilia a aprendizagem e estimula o hábito de ler e aprender,
para diversificas atividades em todos os graus de ensino.
3.3 Leitura escolar
A escola desempenha um papel muito importante no desenvolvimento dos futuros
leitores. A criança ao ser alfabetizada, ao iniciar o relacionamento com os livros, a leitura
passa a ser um ato de divertimento, trazendo prazer.
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Marçal citada em Akropolis, (2004, p.164) comenta em seu artigo:
“Mostrar a criança o quanto se aprende por meio da leitura, lendo alto por
vezes, em casa para tornar público o que se está lendo, discutindo o assunto
com o (a) parceiro(a) ao mesmo tempo em que se lê, falando com a criança
sobre o conteúdo dos jornais e livros, enfim, partilhando a vida escrita com a
criança”.
Ensinar com prazer e apresentar a criança como é divertido ler e imaginar, mostrar
como brincar com as palavras sem obrigações ou sermões, criar o hábito de leitura sem
dificuldades. O ambiente e o material para leitura devem estar ao alcance das crianças, em
prateleiras que elas possam alcança-las. Há mesma autora diz que existem “algumas falhas”
nas atividades de leitura, às vezes elas são impostas aos alunos e isso faz com que o mesmo
tenho o livro como inimigo se tornando uma atividade chata carregada de obrigações
escolares. O professor deve criar um ambiente favorável e agradável para o ensino da leitura.
Reformular os textos, também seria uma boa saída, levando para sala de aula, textos
de interesse geral, e que a curiosidade da turma fique aguçada. O professor precisa também
se qualificar, atualizar suas ferramentas de trabalho, usar e abusar de outros tipos de suporte
como jornais, revistas e até mesmo a internet.
Silva (1998, p.85):
“Mostrar o valor da leitura ao educando ao é uma tarefa difícil, pois esse
processo, se produzido numa linha de experiências bem-sucedidas para o
sujeito-leitor, significa uma possibilidade de repensar o real pela
compreensão mais profunda dos aspectos que o compõem”.
O professor deve mostrar ao aluno como a leitura influenciará nas suas decisões, o
livro e a leitura, como diz Ezequiel Silva são “instrumentos de conhecimento e crítica”. O
professor tem que ter prazer ao ensinar a criança a ler, ter um repertório de leituras
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diferenciadas, dando acesso aos alunos ao seu conhecimento e colocar variedades de
informações a satisfazer as necessidades dos alunos. Traçar objetivos e ou finalidades que se
pretende atingir com o processo de educação do leitor, e definir uma ou mais possibilidades
de trabalho em sala de aula.
Silva (1998, p. 38):
“Em termos de pedagogia da leitura, vejo a necessidade de uma
reformulação radical nas formas de encaminhamento da leitura em nossas
escolas”.
Ele afirma que os professores usam métodos antigos e ao invés de incentivar a leitura
acaba fazendo efeito contrário, sendo motivador de grande repetência escolar.
Charmeux (1994, p.88), comenta:
“Ensinar leitura, portanto é colocar em funcionamento em comportamento
ativo, vigilante, de construção inteligente de significação, motivada por um
projeto consciente e deliberada, isto é, desde o próprio inicio da
escolaridade das crianças e mesmo que antes elas cheguem à escola”.
É preciso que o professor saiba trabalhar a leitura, de modo que o aluno possa
aprender. É desejável que o professor sempre traga para classe um texto, cuja exploração
possa desencadear descobertas, interesses, formas diferentes de prazer.O primeiro objetivo
do ato educativo é aguçar a curiosidade da criança, favorecendo o desenvolvimento de
sentimento de prazer, explorando diversas histórias.
O processo de modificação da prática educativa dos professores tem se manifestado,
de modo especial, na substituição do tradicional (cartilhas) por diferentes tipos de suporte,
tais como revistas, jornais etc.
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Barbosa (1999, p.54) cita em seu livro a sua opinião sobre as cartilhas:
“A cartilha apresenta um universo de leituras bastante restrito, em função
mesmo de seu objetivo: trata-se de um pré-livro, destinado a um pré-leitor.
A cartilha limita-se então ao ensino de uma técnica de leitura, entendendo-se
essa técnica como a decifração de um elemento gráfico em um elemento
sonoro”.
A cartilha é um instrumento tradicional e limitado, tornando o ensino da leitura
uniforme, cumulativo e homogêneo. Assim surge aa reavaliação da pedagogia tradicional.
Alguns autores dizem que a criança que decora a cartilha encontra, na maioria das vezes
dificuldades em compreender o texto, pode se porque, esses textos não têm sentido algum.
Por isso o professor tem que desenvolver em sala de aula habilidades básicas da leitura,
produzindo textos com sentido e utilizando palavras que as crianças já conhecem. Com isso,
o professor aumenta o vocabulário das crianças e elas também terão condições de reconhecer
e/ou entender outros textos.
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4 BIBLIOTECÁRIO NA FORMAÇÃO DO LEITOR
Bibliotecário é um profissional da informação capacitado para planejar, organizar e
gerenciar bibliotecas.
Definido como profissionais da informação, o bibliotecário tem a responsabilidade de
mediar parte do conhecimento que chega a sociedade. A nosso ver a leitura é uma questão
pública, um direito de todos., e dever do Estado garantir que todos tenham acesso e possam
usufruir da leitura e da escrita como um beneficio comunitário.
Não podemos também, deixar de citar que as diferenças de nível sócio-econômico
afetam a ação da leitura, pois o acesso as informações culturais e ao tempo de lazer não são
estimulados nem entendidos por lazer, hobby.
Ricardo Prado (2003, maio, p. 56), em seu artigo comenta:
“O objetivo central, em qualquer trabalho envolvendo biblioteca escolar, é
criar autonomia nos alunos. Tão importante quanto garantir o cesso à
informação e ensinar o aluno a buscar, localizar, selecionar, confrontar,
estabelecer nexos e, com base em tudo isso, produzir o próprio discurso e
criar textos”
Ricardo Prado explica que segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
recomenda-se que a biblioteca escolar tenha acervo atualizado, e que nos momentos de
leitura livre, o professor possa escolher junto com os alunos a própria literatura.
È importante ressaltar a importância do bibliotecário no processo de mudança e
transformação social, pois a formação do leitor não é apenas função da escola, mas também
do trabalho do bibliotecário.
Silva (199, p.119) comenta:
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“E´ por isso que não podemos ganhar inteligência dos aspectos relacionados
com a formação de leitores, sem antes ter explicitadas as próprias
contradições da realidade social onde os bibliotecários e as bibliotecas se
situam com o intuito de dinamizar as práticas de leitura”.
O autor comenta ainda que se todos os brasileiros tivessem acesso a leitura, a
realidade social seria outra. O bloqueio de literatura que possa elucidar mais as pessoas, que
seria os livros críticos, aqueles que não omitem informações da vida real, que poderia deixar
o cidadão mais informado, de modo que ele possa questionar e lutar pelos seus direitos.
Temos que entender que a leitura é uma prática social, presente na sociedade. A principal
tarefa do bibliotecário é fornecer informações relevantes, coletar, processar e disseminar ,
isto é, filtrar a informação.
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5 O PAPEL DO PROFESSOR
O ensino da leitura deve ser uma preocupação do professor durante o período da
escolarização dos estudantes. Deve-se se iniciar com a alfabetização, até que o aluno possa
prosseguir com o crescente desafio de ser um bom leitor. Entretanto, se a leitura não for
praticada intensamente na fase da alfabetização, dentro e fora da escola, não existe
possibilidade de regressão na formação do leitor. Por outro lado se a presença for forte da
leitura em todas as áreas do currículo escolar, ou seja, todas s disciplinas acadêmicas,
colocando o conhecimento a disposição do aluno através de textos escritos e/ou orais. Assim
a leitura, se coloca como um instrumento vital para a vida escolar, permanece como um pano
de fundo do âmbito da pratica do magistério.
Silva (1999, p. 78), diz:
“a visão do professor sobre um determinado processo influi diretamente na
sua forma de ensina-lo”.
O professor deve ter uma metodologia que surpreenda o aluno e estimule o ato de ler.
Jardim citado em Comunicandido, 2005, p. 1 em seu artigo, cita algumas funções que
o professor pode sintetizar em sala de aula:
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“Função técnica: estar preparado em conteúdo, conhecimentos para o
exercício do magistério; função didática: dispor do conhecimento e emprego
de métodos e técnicas adequadas, coerentes com as características do grupo-
turma, a fim de alcançar o desenvolvimento das inteligências, competências
e habilidades necessárias; função orientadora: auxilia o educando a encontrar
saída para as suas dificuldades, compreendendo sua problemática de vida;
função não-diretiva: propicia ao aluno o caminhar com as próprias penas, a
pensar por si próprio, estimulando-o tornar iniciativas, ter independência,
autonomia, fazer opções e realizar tarefas com responsabilidade. O bom
professor às vezes é aquele que faz o aluno passar por crises e agir; função
facilitadora; o professor não ordena, não detém o saber, não é autoridade
absoluta e sim coordena, facilita, faz mediação da liga, conduz o aluno a
aprender a aprender, a investigar, a pesquisar, incitando desta forma a
educação permanente e continuada”.
Pode-se dizer que os melhores professores são aqueles que encontram maneiras
fáceis e criativas para transmitir a informação. A alfabetização deve ter sentido para o aluno.
O professor deve estimular trazendo a escrita para sala de aula, lendo e escrevendo para as
crianças e demonstrando que a alfabetização é algo lógico e simples.
Como existem várias compreensões para um texto, o professor não pode recriminar
um aluno por uma compreensão errada, ou seja, aquela não esperada pelo professor, pois o
pensamento dele não é errado e sim diferente. Na escolha das leituras o professor deve
verificar se o texto é atraente, se ela contém no seu contexto algo que seja do interesse da
criança, e não só o que o professor quer que a criança leia, a leitura deve ser introduzida aos
poucos, coisa (ou palavras) que não são do conhecimento da criança e não deve ser imposta,
obrigatória e maçante. O professor deve mostrar o que realmente é a leitura, fazer com que os
alunos leiam de verdade e saibam a importância da leitura na vida deles.
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5.1 Como o professor pode ajudar
É importante firmar que a escola possui uma função de alfabetizadora e formadora.
Por isso a criança encontra na escola atividades que possa proporcionar melhor
desenvolvimento de habilidades da leitura, dentro do processo ensino-aprendizagem.
Segundo Cagliari, citado em Frasson (2004, p. 125):
“A atividade fundamental desenvolvida pra a formação dos alunos é a
leitura. É muito mais importante saber ler do que saber escrever. O melhor
que a escola pode oferecer aos alunos deve ser voltado para a leitura”.
O trabalho da leitura no ambiente escolar deve ter participação na construção do
conhecimento, incitando-os para uma atividade de leitura bem planejada. O professor deve
mostrar para o aluno que a leitura é de suma importância, introduzindo de forma a produzir
interesse, curiosidade. O papel do professor é promover a interação dos alunos com o texto.
5.2 Desafio de ensinar a ler
Para Silva (1998, p103), afirma que existe três “vertente” para o ensino da leitura, que
são:
“Finalidades, ou seja, os objetivos que orientam a ação pedagógica do
professor; conteúdo, ou seja, os textos selecionados e colocados à disposição
da cognição dos alunos; e as pessoas envolvidas no processo, ou seja, as
características dos alunos para quem se dirigem o trabalho pedagógico”.
O professor que se dispõe a desperta o hábito de leitura, tem que saber escolher as
atividades que podem auxilia-lo na tarefa de formar e direcionar o educando. Com isso o
professor deve procurar outras metodologias para não perder a atenção do aluno, não adianta
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indicar textos que não conheça, pois ele não terá condições de discutir e explorar o
conhecimento do aluno. Não deixar que o ensino da leitura seja uma coisa mecânica, mais
um processo que deva esta relacionada com a capacidade de aprender, tornando a leitura
prazerosa. Para isso se faz necessário que o professor seja um verdadeiro leitor, passando
para o aluno a madureza que está na reflexão critica dos textos.
Atividades em sala de aula são fundamentais para o aluno. O professor poderá
utilizar a sua criatividade e criar técnicas próprias que podem dá excelentes resultados.
Barreto (2004,p. 148), comenta em seu artigo:
“ Não se pode esquecer, entretanto de que a competência para a leitura, no
sentido da compreensão textual, não é adquirida de um dia para o outro e é
diferente de aluno para aluno. Esse é um processo de demanda tempo, sendo
necessária ação paciente e estimuladora do professor para ensinar aos alunos
os caminhos que podem ou devem seguir, de modo que, a cada leitura,
avancem um pouco além do ponto inicial, descobrindo a fonte de prazer,
satisfação e realização pessoal”.
Oferecer certos desafios relativos ao tema escolhido, fazendo com que usem a
imaginação, elaborar estratégias com realidade do aluno, faz com que nós, educadores
exercitemos o lado de pesquisadores, podendo buscar novas propostas de atividades.
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6 CONCLUSÃO
Vivemos em uma realidade em que o docente lê pouco, porque a formação que recebe
não dá ênfase a isso. Como espera que os alunos se interessem? Cabe a nós, professores com
o apoio dos pais para despertar esse hábito de leitura.
Ler é gostoso demais. A leitura na formação do individuo permite que ele seja uma
pessoa mais critica, reflexiva e questionadora. A literatura na formação do hábito de leitura
permite que a criança possa sonhar, vencer angustia, desenvolver a imaginação, viver outras
vidas. É nesse contexto que a escola entra, como estimulador da leitura. Temos também que
contar com os pais, que tem a obrigação de ajudar a construir esse hábito, não precisa ser
livros caros, bastos levar a criança em uma biblioteca mais próxima de sua casa e deixa-la
entrar nesse universo maravilhoso. O professor pode dá exemplos e despertar a curiosidade
das crianças. Para isso ele pode procurar varias maneiras de incentivo, como ler em voz alta,
hora do conto, dinâmicas de leitura.
O bom educador deve gostar de ler e transmitir isso em sala de aula, mostrando a
beleza da língua e que a leitura pode ser muito prazerosa, uma boa amiga e que podemos
recorrer a qualquer hora, seja em busca de informação ou de conhecimento.
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7 REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AKROPOLIS : revista de ciências humanas da Unipar, Paraná : Unipar, V. 12, n. 3. jul./set. 2004. BAMBERG, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 5.ed. São Paulo: Ática, 1991. BARBOSA, Jose Juvêncio. Alfabetização e leitura. 2.ed. São Paulo : Cortez, 1990. FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre : Artmed, 1994. JARDIM, Helen S. O professor como agente da motivação do processo educativo. Comunicandido, Rio de Janeiro, V.7, n.38, p.1-4, out. 2004. KLEIMAN, Ângela. Leitura: ensino e pesquisa. 2. ed. São Paulo : Pontes, 1986. -------------------------. Texto e leitor : aspectos cognitivos da leitura. São Paulo : Pontes, 1989. PATACO, Vera; VENTURA Magda; REZENDE, Erica. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. Rio de Janeiro : Ed. Rio, 2004. RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura em sala de aula. 14. ed. Rio de Janeiro : Vozes, 2000. SALGADO, Denise Mancera; BECKER, Patrícia. O bibliotecário no olhar do público escolar. Disponível em: <http://www.encontros-ibli.ufsc.br/ib6art2.html.>. Acesso em: 07 abril 2005. SILVA, Ezequiel Theodoro. De olhos abertos : reflexão sobre o desenvolvimento da leitura no Brasil. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999. SILVA, Ezequiel Theodoro. Elementos de pedagogia da leitura. 3.ed. São Paulo : Martins Fontes, 1998. -------------------------------. Leitura na escola. E na biblioteca. 6. ed. São Paulo : Papirus, 1998.