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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES EFICIENTES PARA AULAS DE INGLÊS INSTRUMENTAL NO CURSO SUPERIOR DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS Por: Adalgisa Henriette Gance Orientador Prof. Antonio Ney Rio de Janeiro 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES EFICIENTES PARA AULAS DE

INGLÊS INSTRUMENTAL NO CURSO SUPERIOR DE CIÊNCIAS

AMBIENTAIS

Por: Adalgisa Henriette Gance

Orientador

Prof. Antonio Ney

Rio de Janeiro

2004

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES EFICIENTES PARA AULAS DE

INGLÊS INSTRUMENTAL NO CURSO SUPERIOR DE CIÊNCIAS

AMBIENTAIS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Docência do Ensino Superior.

Por: Adalgisa Henriette Gance

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AGRADECIMENTOS

A Deus que sempre me ilumina em meu caminho, ao

professor orientador Antônio Ney, pela paciência e

compreensão e a todas as pessoas que contribuíram

para realização desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu marido Cleber, meu maior

incentivador e a minha mãe que me ensinou e ainda me

ensina muito.

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RESUMO

E notória a relevância do inglês para alunos de todos os níveis,

principalmente aqueles que estão na graduação, já que a maioria das

pesquisas acadêmicas exige que os alunos tenham, pelo menos, noções

básicas para leitura nesse idioma. Entretanto, nos deparamos com uma

realidade bem diferente da necessidade: muitos alunos que chegam ao

terceiro grau não sabem inglês. Isso nos leva a crer, portanto que, aulas de

inglês instrumental no ensino superior certamente iriam ajudar a essa

clientela.

O problema, porém, não se resume em não saber inglês. Nas aulas de

inglês instrumental que venho ministrando no curso de ciências ambientais

no ensino superior, pude observar que algumas atividades, métodos e

estratégias adotados não estimulavam meus alunos à leitura em língua

inglesa. E várias perguntas passaram a me rondar: O que fazer para tornar

as minhas aulas mais interessantes? Que estratégias utilizar para uma

leitura mais dinâmica e eficiente?

Essas perguntas nem sempre são fáceis de se responder, mas a busca

pelas respostas nos fazem considerar que os professores de leitura (em

especial, em língua estrangeira) devem estar alerta ao processo de leitura

para serem capazes de prever os tipos de processos e problemas

potenciais que seus alunos poderão experimentar quando lerem na

segunda língua e, mais importante, quais caminhos utilizar para solucionar,

ou pelo menos, amenizar esses problemas.

Considerando os interesses de seus alunos, os professores podem,

então, adotar uma abordagem estratégica no ensino de leitura, tendo como

principal objetivo ajudar os alunos a aplicar estratégias de leitura eficazes

de maneira independente antes, durante e após a leitura, tanto dentro

quanto fora da instituição. Antes da leitura, o professor pode

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ativar o que os alunos já sabem sobre o tópico a ser abordado. Durante o

tempo de leitura, os professores podem enfatizar o entendimento dos

alunos sobre a passagem e ajudá-los a relembrar as informações. Após a

leitura de um texto, os professores podem ajudar os alunos a pensar sobre

o que leram, a fazer conexões com o que já sabem sobre o tópico, a obter

informações novas e a fazer perguntas sobre o que acabaram de ler.

Portanto, aulas de leitura eficazes deixam os alunos ativos e interessados

em todas as fases da aula.

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METODOLOGIA

Tenho observado que a maioria dos alunos que ingressa no ensino

superior tem dificuldades de leitura em inglês e que poucos se dispõem a

aprender esta língua, pois, embora saibam de sua importância para o meio

acadêmico, a julgam enfadonha, desinteressante. Após conversas com os

alunos e observações, conclui que esse conceito adquirido pelos mesmos era

fruto de anos de aulas cujas estratégias eram inadequadas, as atividades de

leitura ineficientes, materiais didáticos e paradidáticos desinteressantes e até

mesmo não apropriados a realidade do aluno.

As expectativas, anseios, sugestões e dúvidas dos alunos me

estimularam a buscar mais informações sobre o assunto que culminou em

tema dessa monografia – inglês instrumental.

Para a elaboração dessa monografia foram utilizados levantamento

bibliográfico e vivência adquirida durante o ministério de aulas de leitura no

curso superior de ciências ambientais do Instituto Superior de Tecnologia da

Fundação de Apoio a Escola Técnica – FAETEC.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Inglês Instrumental 10

CAPÍTULO II - Leitura 16

CAPÍTULO III – Ensinando Leitura 23

CAPÍTULO IV – Estratégias de Leitura 29

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 41

ANEXO 43

ÍNDICE 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO 48

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INTRODUÇÃO

Aebersold e Field (1977) sugerem que leitura é o que acontece quando

as pessoas olham um texto e atribuem significado aos símbolos escritos

naquele texto. É a interação entre o texto e o leitor que cria significado.

Modelos de leitura na língua materna foram criados para descrever essa

interação entre o leitor e o texto e o que acontece quando as pessoas lêem.

Os três principais modelos de como a leitura acontece são a teoria de cima

para baixo, a teoria de baixo para cima e a escola interativa dos teoristas.

Tais modelos também têm sido usados para descrever como a leitura na

segunda língua ocorre. Entretanto, se tratando de inglês instrumental, o

enfoque será dado ao primeiro modelo.

O objetivo da maioria dos programas de leitura nos cursos de inglês

instrumental deve ser transformar o aprendendo a ler em ler para aprender.

Como os professores de leitura em uma segunda língua podem ajudar os

alunos a ultrapassar alguns dos problemas do aprendizado da leitura,

motivar e transformar um leitor hesitante em um leitor estratégico, que lê

para aprender? Por exemplo, muitas vezes leitores iniciantes na segunda

língua mergulham em um texto e quando encontram uma palavra difícil, ou

um parágrafo confuso que não podem compreender, a leitura pára. Essa se

torna dolorosa, enfadonha, nada divertida e muito difícil, como certos

leitores comentam algumas vezes.

Esse trabalho aborda perguntas sobre como preparar e apresentar aulas

de leitura instrumental em inglês em cursos superiores de ciências

ambientais. O trabalho sugere que o professor de leitura em língua inglesa

deve primeiro ter uma idéia clara do que é leitura, e depois decidir como

instruir e que lições oferecer aos alunos. Os professores devem estar

alerta ao processo de leitura para serem capazes de prever os tipos de

processos e problemas potenciais que seus alunos poderão experimentar

quando lerem em inglês.

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Os tópicos discutidos nesse trabalho incluem alguns fatores a considerar

durante o planejamento de uma aula de leitura em inglês: o que faz uma

aula de leitura interessante, como escolher um texto apropriado, como tratar

o vocabulário, como planejar atividades e como ensinar estratégias de

leitura que os alunos possam aprender a usar em uma compreensão eficaz,

os estimulando a leitura de outros textos.

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CAPÍTULO I

Inglês Instrumental

A IMPORTÂNCIA DO INGLÊS INSTRUMENTAL NO

ENSINO SUPERIOR

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O inglês instrumental consiste, como a própria palavra denota, no

treinamento instrumental dessa língua. É também conhecido como inglês

para fins específicos e tem como objetivo principal capacitar o aluno, num

período relativamente curto, a ler e compreender o essencial para o

desempenho de determinada atividade. O arcabouço metodológico no qual o

ensino de inglês instrumental está fundamentado é em boa parte resultado de

mais de vinte anos de pesquisas realizadas pelo Conselho Britânico com apoio

do Ministério da Educação e colaboração de lingüistas ingleses e brasileiros,

principalmente da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Como destaca Cruz (2001, p.45) no seu artigo intitulado

"Ensino/aprendizagem de inglês instrumental na universidade," é indiscutível a

importância do conhecimento da língua inglesa nos cursos universitários atuais.

Considerando a competitividade do mercado e a necessidade de atualização

constante de informações científicas e tecnológicas e as dificuldades das

traduções de artigos, livros e outras publicações em tempo hábil, ou seja, com

a mesma velocidade em que são escritos, as universidades resolveram mudar

o enfoque do ensino de inglês como língua estrangeira, passando do estudo

sistemático de vocabulário e regras gramaticais para um estudo mais

abrangente de textos autênticos retirados das próprias fontes de informação.

Essa nova forma de ler textos em inglês envolve estratégias de leitura, tais

como: fazer previsões do conteúdo do texto a partir da análise de títulos,

gráficos e ilustrações e do acionamento do conhecimento de mundo e

conhecimento prévio do assunto pelo leitor, concentrar a atenção nas palavras

cognatas e deduzir o significado de palavras desconhecidas a partir do

contexto, procurar informações específicas ou fazer uma leitura rápida para

verificar a idéia central do texto sem se preocupar com o conhecimento isolado

de cada palavra ou com vocábulos desconhecidos, etc. Denominado de inglês

instrumental, essa nova abordagem geralmente não inclui o estudo da língua

falada, somente a escrita, já que o seu objetivo primordial é preparar os alunos

para a habilidade da leitura e não para a comunicação oral. Os resultados têm

sido eficazes onde esta metodologia tem sido empregada.

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1.1 - Breve história do ensino do inglês instrumental no Brasil

Historicamente o enfoque dado à leitura dentro do processo de ensino-

aprendizagem de língua estrangeira tem variado de acordo com a corrente

metodológica em voga. Até o final da década de 40, esse processo estava

centrado na leitura e tinha por base o método do ensino da gramática e da

tradução. A partir e por causa da Segunda Guerra Mundial, desenvolveu-se o

método audio-lingual baseado nas teorias behavioristas em voga na época,

com o propósito de ensinar línguas européias aos soldados americanos que

partiam para o campo de batalha.

Com o desenvolvimento desse método, a leitura foi praticamente

ignorada, tendo sido, inclusive, considerada prejudicial à aquisição de uma boa

pronúncia quando apresentada ao aprendiz antes que este tivesse adquirido

fluência oral. O objetivo da leitura era o domínio de habilidades e fatos

isolados através da decodificação mecânica de palavras e da memorização

pela repetição. O aprendiz possuía um papel passivo, de um instrumento

receptor de conhecimentos vindo de fontes externas. Com o desenvolvimento

das ciências cognitivas, essa idéia foi aos poucos sendo reavaliada. Os

objetivos da leitura passam a ser a construção de significados e o aprendizado

auto-regulado. O processo de leitura é concebido como uma interação entre o

leitor, o texto, e o contexto; o leitor passa a ser visto como um sujeito ativo, um

bom usuário de estratégias e um

aprendiz cognitivo. Com base nesses pressupostos, os pesquisadores de

leitura acreditam que o significado não está contido nas palavras na página. O

leitor constrói significados, fazendo inferências e interpretações. A informação é

armazenada na memória de longo-prazo em estruturas de conhecimento

organizadas. A essência da aprendizagem constitui em ligar novas

informações ao conhecimento prévio sobre o tópico, a estrutura ou o gênero

textual e as estratégias de aprendizagem. A construção de significados

depende, em parte, da metacognição, da habilidade do leitor de refletir e

controlar o processo de aprendizagem (planejar, monitorar a compreensão, e

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revisar os usos das estratégias e da compreensão); e das suas crenças sobre

desempenho, esforço e responsabilidade. A leitura vem, justificadamente,

readquirindo posição de destaque no ensino de línguas: ela é fonte de diversos

tipos de informação sobre a língua estrangeira, o povo que a fala e sua cultura,

além de ser o contexto ideal para a apreensão de vocabulário e sintaxe em

contextos significativos, permitindo ao aprendiz mais tempo para a resolução

de problemas e a assimilação das novas informações apresentadas. A leitura,

portanto, é fundamental ao aperfeiçoamento das demais habilidades e à

expansão do conhecimento. Assim, o número de estudos sobre a leitura e os

seus múltiplos aspectos cresceu muito nas últimas décadas, principalmente

após os desenvolvimentos da análise do discurso. Nessa linha, destacam-se

os estudos centrados na aquisição e no processamento da leitura, na teoria de

esquemas e nas estratégias de leitura para o uso instrumental da língua.

O Inglês Instrumental surgiu no final da década de 70 a partir da

demanda feita aos departamentos de Letras Anglo-Germânicas ou de Línguas

Modernas por cursos de inglês especializados para vários departamentos de

ciências pura e aplicada. Originalmente, o Inglês Instrumental foi concebido e

conhecido internacionalmente como "ESP" (English for Specific Purposes, ou

seja, “Inglês para Fins Específicos”), onde a finalidade da leitura era

direcionada para as diferentes áreas de atuação do aluno, e era geralmente

voltada para ciência e tecnologia. Em algumas universidades, essa disciplina

era oferecida como Inglês Técnico. O objetivo era a leitura, interpretação e

compreensão de textos e não a conversação ou tradução integral dos textos

estudados. Com o passar do tempo, a técnica ESP passou a ser denominada

de Inglês Instrumental e adquiriu um enfoque mais geral naquilo que se refere

à escolha dos textos por área específica. Vem sendo utilizado não só em

universidades, mas também em escolas técnicas, em cursos preparatórios para

leitura de textos de vestibular, de concursos públicos, em algumas escolas de

primeiro e segundo graus e também em cursos preparatórios para candidatos à

seleção aos cursos de Mestrado e Doutorado.

1.2 - Como funciona o inglês instrumental

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A metodologia do inglês instrumental tem como premissa básica levar o

aluno a descobrir suas necessidades acadêmicas e profissionais dentro de um

contexto autêntico, oriundo do mundo real. Portanto, o curso típico de inglês

instrumental é elaborado a partir do levantamento de situações em que o

conhecimento específico da língua inglesa permite ao aluno desempenhar

melhor uma função lingüística específica.

Profissionais que trabalham com relatórios, pareceres, manuais, artigos

e textos em língua estrangeira aprendem estratégias para facilitar a leitura e

compreensão, sem que seja necessária a tradução na íntegra.

O módulo instrumental do curso de inglês das Universidades é

desenvolvido por especialistas no ensino desse idioma para grupos de pessoas

com necessidades similares. O material didático é desenvolvido a partir de

documentos de trabalho ou de situações vivenciadas no dia-a-dia daquele

grupo.

Pesquisas demonstram que o ensino de uma língua estrangeira

orientada para o desenvolvimento de habilidades específicas tem apresentado

excelentes resultados. Aumenta a motivação do aluno pelo rápido aprendizado,

tornando-o auto-suficiente para o desempenho de suas funções e incentivando-

o a buscar o seu próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento.

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CAPÍTULO II

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Leitura

A LEITURA COMO ENFOQUE NO INGLÊS

INSTRUMENTAL Uma das razões pelas quais uma pessoa deseja aprender inglês

instrumental tanto no ensino superior como em qualquer outro curso é porque

ela precisa informar-se para um propósito definido, ou seja, deseja extrair

informações específicas de textos técnico-científicos escritos em língua inglesa.

A leitura é o elemento chave desta técnica. Portanto, pode-se concluir, que a

leitura não é um fim em si mesma. Ela é antes um meio para o estudante

atingir variados objetivos.

Antes de decidir que espécie de orientação acerca de leitura

instrumental oferecer aos alunos de ensino superior, é essencial que o

professor tenha a clara noção do que é leitura.

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2.1 – O que é leitura?

O leitor competente não lê de forma linear, mas em busca do significado

global daquilo que lê. Assim, de certa forma, ele cria o significado com base no

seu conhecimento da língua e do mundo como afirmam Anthony, Pearson e

Raphael (1993, p.284):

“Leitura é o processo de construção de significado

através da interação dinâmica entre o conhecimento

existente do leitor, a informação sugerida pela linguagem

escrita, e o contexto da situação da leitura.”

2.2 – Modelos de leitura

As pessoas quando lêem adotam (inconscientemente ou não) modelos

de leitura, escolhidos de acordo com as suas necessidades ou

aptidões. Apesar de, nesse trabalho, dar enfoque ao modelo de leitura adotado

pela maioria dos leitores de língua estrangeira nos cursos de inglês

instrumental, faz-se necessário apresentar os demais, para que, comparando-

os, se possa ter melhor entendimento do modelo que é de interesse para essa

pesquisa. De acordo com Farrell, são estes os modelos:

De cima para baixo: sustenta que os leitores trazem seus conhecimentos e

experiências anteriores para o texto e que continuam a ler enquanto o texto

confirme suas expectativas, ou seja, o leitor primeiro olha para o texto, depois

faz previsões sobre o que será o texto após ler o título e os subtítulos e, então,

continua a ler, procurando confirmação sobre o tópico.

Ü De baixo para cima: sugere que o leitor lê as palavras e frases e olha

para a organização do texto (sem relacioná-lo com o conhecimento e

experiências anteriores), de modo a construir o significado do que foi

escrito no texto – o significado depende da junção do conhecimento do

vocabulário com a estrutura sintática. Nesse modelo, o leitor corta as

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frases constituintes e, a partir daí, constrói proposições. Portanto, a

compreensão depende das proposições extraídas.

Ü Modelo interativo: discute como ambos os modelos descritos acima

ocorrem quando as pessoas lêem um texto. Nesse processo, os leitores

fluentes fazem previsões sobre o que o texto será; selecionam algumas

palavras que se adaptam às previsões feitas; continuam o ciclo, ou seja,

continuam fazendo previsões e examinado extratos do texto, desde que

não seja difícil, até que se torne possível a compreensão do mesmo;

quando a compreensão não é possível, o leitor elabora uma nova

hipótese e recomeça o ciclo de previsão e de exame de um novo trecho.

Dos modelos vistos anteriormente, o de cima para baixo está muito em

voga no ensino da leitura nos cursos de inglês instrumental. A idéia é que os

leitores na segunda língua talvez tendam a confiar nos aspectos da

compreensão desse tipo de leitura porque não entendem o vocabulário no

texto, portanto, a fazem para compensar a falta de uma boa habilidade

lingüística. Como resultado desse foco, uma das metas do ensino de inglês

instrumental deve ser aumentar as habilidades do leitor de baixo para cima.

Essa observação é pertinente, porque quando um leitor lê em sua língua

materna, reconhece automaticamente as palavras, sem precisar de nenhum

esforço cognitivo. Já com os leitores na língua estrangeira não acontece o

mesmo. Seria indicado, portanto, fornecer a esses alunos, incorporando ao

programa de leitura, exercícios de reconhecimento de palavras para encorajar

o desenvolvimento desses processos automáticos. A figura 1 apresenta um

exemplo de exercício de reconhecimento de palavras.

Exercício de reconhecimento de palavras: As mesmas

palavras

Instruções: Leia estas palavras rapidamente e marque todas

as palavras de cada linha que sejam repetição da primeira

palavra dessa linha.

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some some sum sold smell some

hope hop home hole hope hold

tried try tired tree three tried

Figura 1 – Exercício de reconhecimento

2.3 – Fatores que podem influenciar na leitura da língua

estrangeira

Os leitores na língua estrangeira, especialmente adultos com

experiência prévia, com seu conhecimento do mundo e habilidades cognitivas

mais desenvolvidos, começam a ler na língua estrangeira com uma base

diferente de conhecimento do que quando eles começaram a ler em suas

respectivas línguas maternas. Por terem suas habilidades metacognitivas mais

desenvolvidas, podem ser muito mais motivados a terem êxito na leitura na

língua estrangeira do de quando começaram a ler em sua língua materna.

Aebersold e Field (1997, p.23-24) compilaram uma lista de fatores que

podem influenciar a leitura na língua estrangeira. São eles:

Ü Desenvolvimento cognitivo e orientação do estilo de aprendizagem

da língua estrangeira - as estratégias de leitura de um aluno de 6 anos

aprendendo a ler na segunda língua são muito diferentes daquelas

aplicadas por um aluno de 20 anos, em termos de conhecimento global

e das estratégias de leitura adquiridas na língua materna.

Ü Proficiência lingüística na língua materna – leitores com altos níveis

de proficiência na língua materna são mais capazes de transferir as

habilidades de leitura da primeira língua para a segunda.

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Ü Conhecimento metacognitivo da estrutura, gramática e sintaxe da

língua materna - os alunos com maior aptidão para descrever e discutir

as regras da sua própria língua demonstram maior proficiência no

aperfeiçoamento do processo de leitura da língua estrangeira.

Ü Graus de diferença entre a língua materna e a língua estrangeira-

quanto maior for a diferença entre a língua materna e a segunda língua,

mais difícil será a aquisição de um alto grau de proficiência na leitura da

língua estrangeira.

Ü Orientações culturais – atitude em relação ao texto e propósito da

leitura; tipos de habilidade de leitura e estratégias usadas ou

apropriadas na língua estrangeira; crenças sobre o processo da leitura

(uso da inferência, memorização, natureza da compreensão);

conhecimento sobre tipos de textos na língua materna (esquemas

formais); conhecimento anterior (esquemas de conteúdo).

2.4 – Objetivos da leitura

O planejamento de aula é necessário para que o professor, analisando

uma dada realidade, possa “refletir sobre as condições existentes, e prever as

formas alternativas de ação para superar as dificuldades ou alcançar objetivos

desejados.” (HAIDT, Regina, 2001, p.94) Entretanto é muito importante que

esses objetivos educacionais sejam comunicados, pelos professores, aos seus

alunos, para que os mesmos fiquem cientes sobre o que se espera deles

durante a aula, como afirma HAIDT, Regina, 2001, p.113:

“... o professor consciencioso, quando entra numa sala

de aula, geralmente sabe o que pretende conseguir, isto

é, ao iniciar seu trabalho, ele já tem em mente, ainda que

de maneira implícita, os objetivos a serem atingidos. Ele

sabe que, se desenvolver um trabalho sem ter um alvo

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definido, corre o risco de fracassar, assim como um barco

sem rumo corre o perigo de perder-se em alto-mar. Mas

não basta apenas ter uma vaga noção dos objetivos. É

preciso explicitá-los,

isto é, especificá-los de forma clara e precisa, para que

eles possam realmente orientar e direcionar as atividades

de ensino-aprendizagem.”

Como os objetivos devem ser declarações sobre o que o professor quer

que os alunos assimilem de cada aula, palavras de ação devem ser

empregadas para estabelecer os mesmos. Expressões vagas como as dadas

a seguir devem ser evitadas: os alunos irão praticar vocabulário; os alunos irão

praticar habilidades de leitura. Ao invés disso, afirmações como as que se

seguem devem ser mais claras e mais fáceis de alcançar em uma aula de

leitura de inglês instrumental:

• Os alunos irão sublinhar as palavras cognatas do texto.

• Os alunos serão capazes de ler rapidamente e encontrar a idéia principal do

texto.

Os professores devem evitar o acúmulo de objetivos em uma mesma aula.

O Anexo1 mostra o planejamento para uma aula de inglês instrumental de 100

minutos em um curso de Ciências Ambientais. Dado um período de tempo, a

aula tem apenas um único objetivo, que é focalizado: o professor quer oferecer

condições ao aluno de leitura e tradução de textos técnico-científicos.

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CAPÍTULO III

Ensinando Leitura

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PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE LEITURA

Uma preocupação importante dos professores de leitura do inglês

instrumental é como tornar suas aulas interessantes e relevantes para os

alunos. Essa não é uma preocupação fácil de resolver porque os alunos têm

interesses diversos e, muitas vezes, completamente diferentes uns dos outros.

Sendo assim, seria impossível escolher materiais que atendessem a todos. A

escolha do texto de leitura depende dos objetivos do curso (como já foi dito

anteriormente). Conseqüentemente, professores de inglês instrumental devem

focalizar, antes de tudo, os objetivos durante a escolha dos materiais didáticos.

3.1 – Princípios para preparar aulas de leitura instrumental

eficientes e interessantes

O princípio fundamental para uma aula atrativa é não acreditar que o

que é interessante para o professor tem que ser necessariamente interessante

para o aluno. O professor deve, antes de preparar qualquer aula, investigar em

sua turma quais os anseios e expectativas dos alunos em relação à disciplina a

ser estudada. A seguir, temos alguns princípios básicos para aulas de leitura

mais eficientes e interessantes:

Ü Materiais de leitura interessantes para os alunos - alguns programas

de inglês instrumental adotam materiais pré-estabelecidos e, portanto,

os professores têm que usar esses materiais. Entretanto, com a

disponibilidade de uma tecnologia moderna e da Internet, em particular,

professores de leitura podem usar outros materiais reais e autênticos

para enriquecerem suas aulas, como cardápios de restaurantes,

catálogos de viagens, artigos de jornais, revistas, textos de manuais de

instruções ...

Ü A leitura deve ser uma prática - alguns professores têm o hábito de

falar sobre leitura, mas apenas poucos desses professores realmente

fazem com que seus alunos leiam na sala de aula (exceto para testá-

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los). Os professores deveriam fazer os alunos lerem de fato durante as

aulas, e não apenas falar ou escrever sobre leitura: eles (alunos e

professores) deveriam praticar o ato físico de ler durante a aula.

Ü Atividades e tarefas que permitam trazer o conhecimento do aluno

para o trecho da leitura - alguns livros-texto possuem trechos com os

quais os alunos têm muito pouca afinidade e pelos quais têm muito

pouco interesse. Além disso, esses textos são normalmente ensinados

partindo de um ponto de vista de uma compreensão e de um vocabulário

nulos. De um modo geral, essas aulas começam com o professor

dizendo “Abram seus livros na página tal, leiam o texto tal e respondam

às dez perguntas a seguir”. Entretanto, primeiramente o professor deve

descobrir o que seus alunos sabem a respeito do tópico, para encorajá-

los a ter uma conexão pessoal com a tarefa dada.

Ü Focalizar o ensino, ao invés dos testes – alguns professores

continuam testando a leitura, ao invés de mostrarem aos alunos como

compreendê-la. O professor não ensina a fazer isso com sucesso,

porque apenas corrige as respostas. A idéia de ensinar leitura como um

todo é instruir os alunos para entender/compreender textos não

familiares.

Ü Variedade de diferentes atividades de leitura - os professores de

leitura devem manter seus alunos interessados e motivados para leitura

através da troca contínua de rotinas de ensino em cada aula. Por

exemplo, diferentes aspectos do processo de leitura em diferentes aulas

podem ser enfatizados e depois reforçados. Como professores de

estratégias de leitura, o principal escopo de uma aula

de leitura deve ser a aplicação das estratégias de leitura antes, durante

e após a leitura de um texto em aula (e fora dela).

Ü As aulas devem ser divididas em fases: antes, durante e após a

leitura – os professores devem introduzir o objetivo da aula no começo

da mesma e também encorajar os alunos a ativar o seu conhecimento

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prévio sobre o tópico. Isso pode ser alcançado fazendo com que os

alunos leiam rapidamente ou detalhadamente o trecho para poder

orientá-los genericamente sobre a aula. Em seguida, a aula deve

focalizar objetivos instrutivos – ensinar uma estratégia ou testar uma

estratégia já ensinada – e isso deve tomar a maior parte do tempo da

aula. Após os alunos terem lido e focalizado a parte principal da aula,

um fechamento é necessário para facilitar a conclusão. Nesse estágio,

os professores podem avaliar se sua aula foi eficaz ou se precisa de

mais reforço (como tarefa para casa).

3.2 – Encontrando um foco para ensinar

A maioria dos livros de metodologia para professores sobre ensino da

habilidade de leitura enfatiza a abordagem de cima ara baixo (como já foi dito

no primeiro capítulo). Alem disso, hoje em dia muitos livros-texto do mercado

de trabalho partem da abordagem de cima para baixo para o ensino de leitura

na segunda língua. Esses livros-texto possuem exercícios como os de

previsão, inferência, verificação de conhecimento anterior, esquemas

ativadores e formulação de hipótese sobre o conteúdo do texto. Todos eles

são bons. Contudo, professores de leitura também não devem ignorar a

abordagem de baixo para cima no ensino da leitura.

Entretanto, por mais atraente que a visão de cima para baixo possa ser,

os leitores da segunda língua podem se deparar com alguns problemas de

compreensão se usarem essa abordagem exclusivamente. Por exemplo,

se os leitores da segunda língua confiam demais no processo de cima para

baixo, podem se equivocar se a sua interpretação é baseada em esquemas

culturais que não combinam com aqueles que o escritor tinha em mente

quando escreveu o trecho. Isso ocorre porque nossas orientações culturais e

experiências anteriores influenciam nossas interpretações.

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O modelo interativo-compensatório de Stanovish (1980) talvez dê uma

resposta aos professores de leitura, uma vez que explica problemas que os

leitores podem encontrar com ambas as abordagens. Essa abordagem

interativa vê a leitura como um complexo que inclui tanto o processo de cima

para baixo quanto o de baixo para cima.

3.3 – Selecionando textos

É muito importante que os professores de leitura tenham algum tempo

para refletir sobre o material ou textos que pedirão que seus alunos leiam. Isso

se deve ao fato de que os materiais podem ser usados para apoiar e

enriquecer técnicas e estratégias que os professores focalizam no decorrer de

cada aula de leitura.

Relacionado com a escolha apropriada dos textos está o nível de

dificuldade dos mesmos. Há critérios que podem ser úteis para os professores

quando estiverem escolhendo um texto. Vejamos:

• os objetivos do curso de leitura;

• o nível de proficiência dos alunos em geral;

• abordagem da leitura (de cima para baixo, de baixo para cima, ambos, ou

alguma outra abordagem;

• conteúdo textual apropriado para as necessidades dos alunos e do

currículo;

• vocabulário apropriado e relevante;

• o formato geral e o layout claros e fáceis de seguir;

Se o objetivo de uma aula de leitura é o prazer da leitura, uma série

completa de critérios talvez seja mais apropriada. Por exemplo, na leitura por

prazer os alunos podem selecionar eles mesmos os textos baseados nos seus

próprios interesses e na proficiência de seus níveis, tornando a leitura mais

motivadora.

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CAPÍTULO IV

Estratégias de Leitura

ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA INGLÊS

INSTRUMENTAL

Após ter encontrado um foco para ministrar uma aula de leitura e já ter

selecionado os textos para ler, a próxima etapa é realmente ensinar a leitura

aos alunos. Dentre outros processos, isso envolve o ensino eficiente de

estratégias de leitura para que eles possam usá-las independentemente. Por

exemplo, elas vão desde as estratégias de fixação, como a releitura de uma

parte difícil do texto e adivinhação do significado de uma palavra desconhecida

dentro do contexto, até estratégias mais conhecidas, como resumir e relacionar

o que está sendo lido com o conhecimento anterior do leitor.

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Pesquisas mostram que leitores fluentes usam algumas estratégias mais

eficientes para a compreensão de um trecho de leitura do que as estratégias

usadas por leitores menos fluentes.

Os leitores fluentes costumam usar para compreender um texto as

seguintes estratégias:

pulam as palavras que não conhecem;

fazem revisões sobre o significado;

adivinham o significado de palavras desconhecidas baseados no contexto;

nem sempre traduzem para sua língua materna;

procuram por cognatos;

possuem algum conhecimento a respeito do tópico;

fazem inferências baseados no título;

perguntam a alguém quando não entendem uma palavra;

relêem para verificar a compreensão;

usam todas as informações do parágrafo;

tentam compreender o significado de cada parágrafo através da sintaxe das

frases.

Se os professores de leitura quiserem ensinar estratégias de leitura,

primeiro devem estar mais alerta a respeito dessas estratégias eficazes. Isso

significa que o professor de leitura tem que se tornar um leitor reflexivo, o que

pode ser atingido perguntando a si mesmo porque se lê e o se faz enquanto lê.

Quando os professores de leitura vêem os benefícios de pensar em si próprios

como leitores, podem encorajar os alunos a fazer o mesmo tipo de reflexão.

ATIVIDADES PARA ENSINAR ESTRATÉGIAS DE

LEITURA

Foi também observado que um grande problema que os leitores menos

habilidosos possuem é que eles geralmente não participam de um

monitoramento de compreensão. Isto é, eles não percebem que não entendem

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o que estão lendo. Conseqüentemente, esses leitores menos habilidosos

devem adotar uma abordagem mais estratégica de leitura. Há várias

atividades e exercícios que os professores de leitura do inglês instrumental

podem usar quando estiverem ensinando essas estratégias para seus alunos.

Deve ser observado que essas atividades e exercícios devem apenas ser

tomados como sugestões, e não como prescrição. Os professores são

convidados a adaptar e a criar sues próprios exercícios após a explicação de

cada estratégia. Para facilidade de referencia, o tópico geral sobre meio

ambiente é usado ao longo do capítulo para cada estratégia.

4.1 – Ativando o conhecimento anterior

A teoria do esquema sugere que os leitores têm conhecimento anterior

sobre o tópico antes de lerem. Esse conhecimento anterior pode ser similar (e

conseqüentemente trabalhado) ao que o leitor irá encontrar em um novo texto.

Alternativamente, pode estar em conflito com o tópico, ou não existir. Nesses

casos, os professores podem desempenhar um papel vital, vendo que o

conhecimento do leitor sobre o novo tópico está sendo construído e que

portanto, eles podem compreender um novo texto com sucesso. As três

atividades seguintes podem ajudar os professores de leitura a ativar o

conhecimento prévio relevante de seus alunos.

4.1.1 – Tarefa de associação de palavras

O fundamento lógico subjacente à tarefa de associação de palavras é

determinar que conhecimento anterior os alunos trazem para um novo tópico

antes de lerem o texto. Isso funciona da seguinte forma: os alunos respondem

(primeiro oralmente) a uma palavra chave ou frase como: meio ambiente. Em

seguida, em três minutos os alunos descrevem o maior número possível de

palavras ou frases que se relacionem com a palavra chave (meio ambiente:

natural, limpo, harmonioso, bonito). Então o professor escreve essas palavras

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no quadro. Alternativamente, pode-se pedir aos alunos que escrevam algo

livre sobre o tópico. Para essa atividade, os alunos escrevem qualquer coisa

sobre o tópico em cinco minutos. Enquanto estão escrevendo, os alunos não

devem se preocupar com a gramática, a ortografia ou a pontuação. Nesse

estágio a ênfase é no conteúdo, e não na precisão da língua. Os professores

podem usar a noção que adquiriram sobre o conhecimento dos alunos a

respeito do tópico para planejar a sua aula.

4.1.2 – Experiência direta ou aprendizagem prática

O fundamento lógico atrás da experiência direta ou da aprendizagem

prática é que os alunos se baseiam no conhecimento prévio através das

experiências de primeira mão, com conceitos e vocabulário importantes para

a aula. É claro que o professor tem que indicar quais palavras ou conceitos

serão importantes e escrevê-los no quadro.

4.1.3 – Quintilha

Um outro método que os professores de leitura de inglês instrumental

podem usar para ativar o conhecimento anterior é fazer com que os alunos

escrevam uma quintilha: poema de cinco versos que reflete respostas afetivas

e cognitivas de um conceito. O fundamento lógico subjacente na quintilha é

que ela ajuda os alunos a desenvolverem um conhecimento prévio para aulas

subseqüentes em um estilo poético. Entretanto, muitos alunos não terão

experimentado esse estilo de escrita. Os seguintes passos devem ser

observados e o professor deve assegurar-se de que os alunos passem por eles

como aparecem abaixo:

Linha 1 = Título com uma palavra

Linha 2 = Duas palavras que descrevam o título

Linha 3 = Três palavras que expressem uma ação

Linha 4 = Quatro palavras que expressem um sentimento

Linha 5 = Uma outra palavra para o título

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Um exemplo de quintilha para o tópico de meio ambiente poderia ser:

Meio Ambiente

Conscientizar-se

Limpar, cuidar, controlar

Sorrir, chorar, alegria, medo

Subsistência

4.2 – Fazendo previsões

Fazer previsões está relacionado com as estratégias de ativação de

conhecimento anterior. A previsão cria expectativa e faz com que os alunos

pensem sobre experiências anteriores que tenham tido sobre o tópico antes

de terem lido sobre o mesmo. Pesquisas mostram que bons leitores usam

previsões à medida que continuam a ler uma historia procurando confirmar

ou ajustar intuições feitas anteriormente sobre o tópico. Portanto, revisões

acontecem antes e durante a leitura.

As previsões pedem que os alunos adivinhem o que acontecerá em

seguida na história (através do capítulo ou do subtítulo). As previsões

envolvem os leitores em uma interação ativa com o texto, fazendo com que

eles pensem sobre o que leram e sobre o que lerão em seguida.

4.3 – Leitura superficial

A leitura superficial é uma estratégia de leitura que consiste em passar

os olhos pelo texto para se ter uma idéia rápida sobre um artigo. Leitura

superficial significa captar o ponto principal ou a essência de se ler para

obter detalhes. A leitura superficial não é uma estratégia fácil de ser

ensinada, pois supõe que os leitores tenham algum conhecimento de como

o texto é organizado, possam perceber a idéia principal de um parágrafo e

tenham a habilidade de inferir a idéia principal do texto. Perguntas do tipo

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verdadeiro ou falso podem preparar os leitores para esta estratégia.

Entretanto, os professores devem fazer cumprir um tempo limite na leitura

superficial e fazer com que os alunos respondam ao tipo de pergunta

verdadeiro ou falso dentro desse limite de tempo. A idéia de leitura

superficial não é apenas apreender a essência do trecho, mas também

aumentar a velocidade da leitura.

4.4 – Leitura detalhada

A leitura detalhada é uma estratégia de leitura para encontrar

informações específicas. É um processo mais lento do que a leitura

superficial. Os alunos podem aprender que eles não têm que ler cada

palavra no texto para obter informações específicas. Contudo, essa

estratégia é uma atividade de velocidade rápida, e os professores devem

desenvolver perguntas que envolvam a procura por informações exatas no

texto em um tipo de formato competitivo. Esse uso de estratégia de tipo

competitivo na sala de aula é muito importante, já que o limite de tempo

ajuda a reforçar a idéia de que os alunos não devem ler todas as palavras

de um texto.

4.5 – Adivinhando o significado de palavras desconhecidas

usando indícios contextuais

Algumas vezes os alunos precisam adivinhar o significado de uma

palavra desconhecida enquanto estão lendo um texto, ou por não terem um

dicionário ou por estarem fazendo alguma prova, algum exame. Visando a

esses casos, os professores de leitura podem ensinar a relação entre as

palavras em um texto usando algumas estratégias como as que se seguem:

Ü Contraste: a palavra significa o oposto de uma outra palavra ou

expressão no texto. Por exemplo: Um mau gestor jamais terá bons

resultados na empresa. [mau = bom]

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Ü Causa: a palavra e a causa de alguma coisa descrita no texto. Por

exemplo: A erosão é atribuída ao desmatamento desordenado. [erosão

= desmatamento]

Ü Conseqüência: a palavra é usada para descrever o resultado de

alguma coisa. Por exemplo: Doenças pulmonares podem ser resultado

da poluição. [poluição = doenças pulmonares]

Ü Explicação: o significado da palavra é explicado, uma definição ou um

exemplo são dados. Por exemplo: Kimchee, um repolho coreano

fermentado, é um alimento muito saboroso. [Kimchee: repolho

fermentado]

Ü Categoria de palavras: um leitor talvez possa ser capaz de ver a

relação entre uma palavra familiar e uma não familiar olhando a classe

geral da palavra como barco, navio, petroleiro, superpetroleiro, em que

barco é usado como uma categoria. Por exemplo: Nós devemos evitar o

derramamento de óleo de um superpetroleiro. Um exemplo aconteceu

perto da Espanha, quando o óleo vazou de um petroleiro naufragado e

explodiu em chamas. Esses tipos de navios são difíceis de controlar em

águas congestionadas. [superpetroleiro: petroleiro: navio]

Ü Definição: as definições das palavras podem algumas vezes ser

encontradas no texto. Por exemplo: Erosão, conjunto dos processos de

degradação do relevo. [erosão: degradação do relevo]

Ü Pontuação: os leitores podem usar a pontuação das frases para decifrar

o significado da palavra que eles não conhecem. Por exemplo, os

leitores podem usar indícios como: itálico (mostrando como a palavra

está definida), aspas (mostrando que a palavra tem um significado

especial), travessão (mostrando as definições) e ou entre parênteses

(incluindo uma definição). Por exemplo: A hulha – combustível mineral

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fóssil sólido – tem grande poder calorífico. [significado entre dois

travessões]

Ü Inferência: o contexto dos exemplos através dos quais o leitor pode

inferir o significado do termo. Por exemplo: O gestor misógino não gosta

de nenhuma mulher do escritório; conseqüentemente todas pediram

demissão. [misógino: que odeia mulher]

4.6 – Reconhecendo as estruturas do texto

Os escritores estruturam seu texto de forma que as idéias mais

importantes sejam destacadas. Estudos indicam que:

• Idéias importantes são lembradas com mais facilidade.

• Bons leitores usam os recursos de sinalização dos autores para

entenderem os textos.

• Os alunos que são treinados para reconhecer essas estruturas de textos

tem uma melhor compreensão.

• O conhecimento da estrutura de texto é transferido para a escrita do

aluno.

Se os alunos aprenderem como os textos são estruturados, talvez

sejam capazes de fazer o seguinte:

• Distinguir entre idéias principais e detalhes de menor importância;

• Identificar idéias principais;

• Escrever resumos;

• Entender como as partes do texto são relacionadas e reconhecer os

recursos de coesão utilizados pelo autor;

• Usar esse conhecimento para escrever mais claramente.

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4.7 – Identificando tópicos e idéias principais

A maioria dos exercícios de compreensão pede aos leitores que

identifiquem a idéia principal do trecho ou do parágrafo. Aprender a

identificar o tópico do parágrafo ou da passagem envolve ligação de

esquemas, formados previamente, a um texto. A língua inglesa, por

exemplo, é diferente de muitas outras línguas, no sentido em que é

centrada no tópico. Os professores, portanto, tem que preparar os alunos

de uma segunda língua para pensarem em termos de generalizações e

tópicos quando se trata de compreender um trecho de leitura.

4.8 – O uso de perguntas

Outra estratégia importante usada pelos bons leitores é a de fazer

perguntas. Questionar antes da leitura e enquanto se lê são estratégias de

leitura identificadas como eficazes por leitores fluentes. Perguntas feitas

antes da leitura encorajam os alunos a ter um propósito para ler. Essas

perguntas também guiam ao alunos a medida que eles lêem e, quando

encontram alguns trechos e ou palavras que os confundem, eles podem

fazer perguntas a si mesmos que podem ajudá-los no seu próprio

entendimento. Essas perguntas durante a leitura podem ser do tipo: Sobre

o que é o parágrafo? Eu preciso lê-lo de novo? Há palavras no trecho que

confundem o meu entendimento?

Fazer perguntas após a leitura é também uma eficaz estratégia de

leitura. Uma boa idéia é pedir aos alunos que voltem para as suas

perguntas originais antes de começar a leitura e fazê-los destacar quais

eles responderam e quais não foram capazes de responder. Entretanto, o

uso de perguntas separadas sugeridas nessa seção inclui perguntas que

encorajem os alunos a estabelecer uma conexão com o texto. Esse

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tipo de perguntas inclui fazer com que os alunos encontrem um trecho na

historia que seja particularmente significativo para eles, expliquem qualquer

experiência similar que tenham tido e se identifiquem com um personagem

da historia ou percebam como eles foram afetados pela historia. Os

professores poderiam exemplificar essas perguntas por escrito.

CONCLUSÃO

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Como observação final, devemos acentuar que os professores de leitura

em língua inglesa são incitados a lembrar sempre de pontos fundamentais

quando estão preparando suas aulas, a fim de torná-las mais interessantes e

eficientes.

O professor de leitura em segunda língua deve considerar que o aluno

traz sempre alguma coisa importante para o texto - esquemas previamente

adquiridos. Esses esquemas são redes de interpretações anteriores e se

tornam a base para a compreensão. O texto é filtrado através desses

esquemas pré-existentes e o leitor tentará associá-los com que lê no texto. O

significado do texto é, então, construído pelo leitor que tenta ativamente fazer

conexões entre o texto e o que sabe sobre o mundo baseado em seus valores

culturais, em sua língua materna e nos processos do discurso.

O processo de compreensão em uma segunda língua, portanto, e a

combinação dos processos de cima para baixo e de baixo para cima. Quando

o leitor tenta compreender, há um movimento de ida e volta entre o leitor e o

texto, entre o conhecimento de cima para baixo do leitor sobre o tópico e o

texto. A compreensão é, então alcançada. Se não for, os leitores farão

reajustes até que se consiga alcançá-la. Sendo assim, os professores de

leitura devem dar treinamento em ambos os processos. Contudo, se os alunos

são vistos como mais fortes em uma área, instruções adicionais podem

precisar ser dirigidas para a área deficitária.

Conseqüentemente, professores de leitura em segunda língua devem

desenvolver planos de aula focalizados que façam seus alunos praticarem

eficientemente as estratégias de leitura que os tornem capazes de ler com

sucesso.

BIBLIOGRAFIA

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ANTHONY,H.M., PEARSON, P.D., e RAPHAEL,T.E. Reading comprehension:

A selected review. New York: McGraw-Hill,1993.

AEBERSOLD, J., A. e FIELD, M., L. From reader to reading teacher.

Cambridge: Cambridge University Press, 1997.

CELANI, M.A.A.et al. The Brazilian ESP Project: an Evaluation. São

Paulo:EDUC, 1988.

CRUZ, Décio Torres. Ensino/aprendizagem de inglês instrumental na

universidade. In: Revista New Routes, número 15, de outubro de 2001.

ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese. 17ª ed., SP: Perspectiva, 2002.

FARRELL, T. S. C. Methology in language teaching: An anthology of current

practice. New York: Cambridge University Press, 2002.

GRELLET, Françoise. Developing Reading Skills. Cambridge: Cambridge

University Press, 1995

HAIDT, Regina C. C. Curso de Didática Geral. 7ª ed., SP: Ática, 2001.

HUTCHINSON, Tom e WATERS, Alan. English for Specific Purposes.

Cambridge: Cambridge University Press, 1996

LAROSA, M. A. e AYRES, F. A. Como Produzir uma Monografia Passo a

Passo. 2ª ed., RJ: WAK, 2002.

MACHADO, Luiz. Inglês Instrumental. Sistema CLC de Apredizagem

Acelerativa.

MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Oficina de Lingüística Aplicada. Campinas (SP):

Mercado de Letras, 1996.

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MUNHOZ, Rosângela. Inglês instrumental: Estratégias de leitura. São Paulo:

Textonovo, 2000.

NUTTAL, Christine. Teaching Reading Skills in a Foreign Language. Heinemann

Educational Books Ltd., 1982.

OLIVEIRA, Sara Rejane. Estratégias de leitura para inglês instrumental.

Brasília: Editora UnB, 1994.

ANEXO

PLANO DE AULA

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FAETEC

Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi

Curso Superior de Tecnólogo em Ciências Ambientais

Disciplina de Inglês

Professora Adalgisa Henriette Gance

16 de agosto de 2003

Duração da aula: 100 minutos

40 alunos

Objetivos: Oferecer condições ao aluno de leitura e tradução de textos técnico-

científicos em inglês.

Conteúdo: Unidade II: Introdução às estratégias de leitura (lay-out / skimming /

scanning)

Procedimentos de ensino:

• Apresentação do texto “Planet Ocean”: verificação do pré-conhecimento

do aluno quanto ao tema abordado no texto. (20 minutos)

• Aula expositiva dos recursos mais explorados do método de leitura e

tradução. (30 minutos)

• Tradução de um trecho do texto apresentado, como demonstração da

técnica. (20 minutos)

Avaliação:Tradução da parte ainda não trabalhada do texto apresentado.(30

minutos)

Bibliografia

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OLIVEIRA, S.R.F. Estratégias de Leitura para Inglês Instrumental. Brasília:

UNB, 1994.

COUSTEAU, JACQUES-YVES. The Ocean – A Perspective. 1981.

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

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INGLÊS INSTRUMENTAL 10

A IMPORTÂNCIA DO INGLÊS INSTRUMENTAL NO

ENSINO SUPERIOR 11

1.1 – Breve história do ensino instrumental no Brasil 12

1.2 – Como funciona o inglês instrumental 14

CAPÍTULO II 16

LEITURA 16

A LEITURA COMO ENFOQUE NO INGLÊS INSTRUMENTAL 17

2.1 – O que é leitura? 17

2.2 – Modelos de leitura 17

2.3 – Fatores que podem influenciar na leitura da língua

estrangeira 20

2.4 – Objetivos da leitura 21

CAPÍTULO III 23

ENSINANDO LEITURA 23

PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE LEITURA 24

3.1 – Princípios para preparar aulas de leitura instrumental

eficientes e interessantes 24

3.2 – Encontrando um foco para ensinar 26

3.3 – Selecionando textos 27

CAPÍTULO IV 29

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA 29

ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA INGLÊS INSTRUMENTAL 30

ATIVIDADES PARA ENSINAR ESTRATÉGIAS DE LEITURA 31

4.1 – Ativando o conhecimento anterior 32

4.1.1 – Tarefa de associação de palavras 32

4.1.2 – Experiência direta ou aprendizagem prática 33

4.1.3 – Quintilha 33

4.2 – Fazendo previsões 34

4.3 – Leitura superficial 34

4.4 – Leitura detalhada 35

4.5 – Adivinhando significado de palavras desconhecidas

usando indícios contextuais 35

4.6 – Reconhecendo as estruturas do texto 37

4.7 – Identificando tópicos e idéias principais 38

4.8 – O uso de perguntas 38

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 41

ANEXO 43

ÍNDICE 45

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES EFICIENTES PARA

AULAS DE INGLÊS INSTRUMENTAL NO CURSO SUPERIOR DE CIÊNCIAS

AMBIENTAIS

Autor: Adalgisa Henriette Gance

Data da entrega: 03/04/2004

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Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Conceito Final: