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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A MÚSICA COMO FACILITADORA NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS Por: Bruna Galiazzi Resende Orientador Prof. Edla Lucia Trocoli Xavier da Silva Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …para ser ou não inteligente, pois esse tipo de teste não é capaz de descrever a grande variedade de habilidades cognitivas

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A MÚSICA COMO FACILITADORA NO DESENVOLVIMENTO

DAS CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS

Por: Bruna Galiazzi Resende

Orientador

Prof. Edla Lucia Trocoli Xavier da Silva

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A MÚSICA COMO FACILITADORA NO DESENVOLVIMENTO

DAS CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Educação

Infantil e Desenvolvimento

Por: Bruna Galiazzi Resende

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, meu grande

mestre que me possibilitou chegar até aqui.

À família e amigos que não me deixaram

desistir e ficaram ao meu lado nas horas

difíceis.

A todos os Mestres que tive no curso, que

deixaram uma semente para ser cultivada.

A mim também que superei mais um

obstáculos.

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha família e a Deus que sem

eles nada teria sido possível.

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RESUMO

O trabalho tem como proposta analisar a capacitação do professor de música da educação infantil, a questão da formação do profissional e as suas exigências. A importância da atividade do professor de música na educação infantil está ligada a construção, socialização e ela contribui para um melhor desenvolvimento intelectual e afetivo do individuo, uma vez que a capacidade dos indivíduos não podem ser medida apenas pela vertente dos teste de QI, já que autores com Gardner na teoria das inteligências múltiplas aponta para as diversas competências existente no homem.

Palavras-chave: professor – música – Profissional – educação infantil

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METODOLOGIA

Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica. Os principais autores

utilizados na realização deste trabalho ou desta pesquisa foram Antonio

Nóvoa, Pedro Demo, Ângela Rodrigues, que abordam a formação continuada

dos professores, bem como Howard Gardner, Piaget, com a teoria das

inteligências e Edwin Gordon, Laginski, Leda Mársico que abordam a criança, o

corpo e a importância da música e muito outros que abordam os temas aqui

relacionados.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................08

CAPÍTULO I

QUANDO A MÚSICA PASSOU A SER INTELIGÊNCIA ..................................09

CAPÍTULO II

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MÚSICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL...17

CAPÍTULO III

A IMPORTANCIA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................. 24

CONCLUSÃO ................................................................................................32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA........................................................................34

BIBLIOGRAFIA CITADA....................................................................................37

ÍNDICE .............................................................................................................39

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo relatar que os testes de QI não

podem ser um fator indicativo para ser ou não inteligente, pois esse tipo de

teste não é capaz de descrever a grande variedade de habilidades cognitivas

do homem. O ser humano por ser composto por várias competências pode

encontra na música um elementos contribuinte para o desenvolvimento da

inteligência e da sua integração. A musicalização, também pode contribuir

com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo/ lingüístico,

psicomotor e sócio-afetivo da criança.

O trabalho fala ainda do papel da música na educação, como facilitadora

do processo de aprendizagem, como instrumento para tornar a escola um lugar

mais alegre e receptivo, afinal a música é um bem cultural, é arte e seu

conhecimento deve ser proporcionado as crianças desde cedo.

Lembrando que a educação infantil é o início da atividade escolar da

criança, o professor de música deve continuamente capacitar-se buscando

conhecimento para compreender os processos do desenvolvimento infantil

diante de tantas transformações no mundo atual, visto que a escola

oportunizará a convivência da criança com a musicalização, o professor deve

estar apto nos diferencias necessários a sua prática pedagógica com os

pequenos.

Também aborda a questão da Inteligência Musical, relatada por Howard

Gardner (1995) na teoria das inteligências múltiplas, e aponta alguns dados

importantes pelos quais ela deva ser melhor considerada dentro do espaço

escolar desde o berçário. Finalmente, apresenta a música como um importante

instrumento capaz de contribuir com a harmonia individual, facilitando a

integração e a inclusão social.

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CAPÍTULO I

TÍTULO DO CAPÍTULO

QUANDO A MÚSICA PASSOU A SER INTELIGÊNCIA

No final século XIX e inicio do XX, o psicólogo francês Alfred Binet

desenvolveu uma medida de predição do sucesso escolar dos alunos das

séries iniciais a pedido do ministro da Educação de seu país.

A medida, QI (quociente de inteligência) basicamente diferenciou

crianças consideradas retardada e crianças normais em diferentes estágios.

Desta forma surgiu o primeiro teste de Inteligência.

Com essa descoberta o QI popularizou-se fomentando a ideia de

inteligência nele inserida, como única, que não faz nenhum progresso, por isso,

poderia ser medida quantitativamente.

No entanto, ainda no século XX, o teste de QI aplicado nas crianças

encontrou vários opositores, como: Piaget, por exemplo, que utilizou tal teste

durante a sua pesquisa para explicar o desenvolvimento cognitivo humano e

percebeu que tal avaliação não era compatível com a realidade, sendo assim,

continuou com a observação das crianças e principalmente dos seus filhos, ele

manteve a sua atenção voltada para as linhas de raciocínio das crianças, não

para as respostas que as mesmas davam.

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O importante para Piaget não eram se as respostas estavam erradas ou

certas, mas sim, os raciocínios que levavam as crianças a tais respostas.

Sabes-se que foi assim que Piaget construiu parte de sua teoria.

Outro opositor foi Vygotsky. Ele apontou o erro no que diz respeito ao QI

na sua forma de abordar zonas de desenvolvimento proximal de modo errado.

Este conceito elaborado por ele (ZDP) define a distância entre o nível de

desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema

sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de

resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração

com outro companheiro.

Segundo a Wikipédia:

“É a série de informações que a pessoa

tem a potencialidade de aprender mas

ainda não completou o processo,

conhecimentos fora de seu alcance

atual, mas potencialmente atingíveis.”

Sabe-se que muitos outros psicólogos e cientistas de outras áreas do

conhecimento fizeram fortes críticas aos testes de Q.I, mas nenhum deles foi

tão decisivo na mudança do paradigma quanto Gardner.

Tudo começou quando Howard Gardner pesquisou as descobertas feitas

por Jean Piaget . Ele que já tinha um grande interesse pelos processos de

aprendizagem e desde a infância dedicou-se à música e as artes, começou

então a supor que o teste de QI criado por Binet não poderia continuar sendo

um bom parâmetro para destacar alunos mais e menos inteligentes.

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Surgiu então, uma pesquisa revolucionária, uma nova abordagem, a

quebra de um antigo paradigma, uma vez que os testes tradicionais de

inteligência só levam em consideração as inteligências verbal e a

lógica/matemática, o que segundo Gardner não pode ser um fator indicativo

para ser ou não inteligente, pois esse tipo de teste não é capaz de descrever a

grande variedade de habilidades cognitivas humanas, o que pode ser

observado na teoria das Inteligências múltiplas proposto por Gardner.

Segundo GARDNER (1995, p.14) entende-se por inteligência:

"a capacidade para resolver problemas

ou elaborar produtos que sejam

valorizados em um ou mais ambientes

culturais ou comunitários."

A novidade dentro da teoria de Gardner é considerar a inteligência como

possuindo várias facetas. Tais facetas, que na verdade são talentos,

capacidades e habilidades mentais; são chamadas de inteligências na teoria

das Inteligências Múltiplas, como o próprio nome explicita.

GARDNER (1995, p. 21), coloca que a visão tradicional:

"a inteligência é (...) a capacidade de responder

a itens em testes de inteligência".

Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral,

nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada g.

Este g pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos

testes.

É importante acrescentar que tal maneira de encarar a inteligência ainda

hoje está presente no senso comum e mesmo em muitas parcelas do meio

científico.

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Como um bom exemplo da proposta de Gardner foi um “pequeno”

incidente que ocorreu em 1958 no Brasil antes da Copa do Mundo. Segundo

MODERNELL (1992, p. 56)

“O Brasil possuí o seu primeiro psicólogo

esportivo, João Carvalhaes, que atendia

a seleção brasileira de futebol. O psicólogo

resolveu aplicar em todos os jogadores

testes de QI. Garrincha, que estava no

apogeu de sua carreira, após responder os

testes ficou sabendo que seu quociente

intelectual era irrisório, sendo classificado

como débil mental. Por este motivo quase

foi impedido de participar da Copa.”

Pode-se imaginar que grande perda poderia ter sido para o mundo do

esporte, se o teste psicométrico tivesse sido realizado em Garrincha quando o

mesmo era criança.

Provavelmente, ele não teria tido a oportunidade de desenvolver a sua

habilidade com a bola nos pés, pois teria sido classificado como um individuo

desprovido de inteligência.

Então a proposta de Gardner, só vem viabilizar que todos os indivíduos

tenham a oportunidade de desenvolver as suas múltiplas Inteligências, sejam

elas quais forem e que a escola possa deixar de ser um espaço onde apenas

as capacidades lógica e lingüística normalmente exigidas e avaliadas sejam as

únicas formas de observar e avaliar as criança.

O foco do trabalho não será as inteligências múltiplas de Gardner ou o

estudo da medida de predição do sucesso escolar QI desenvolvido por Binet,

mas a historicidade se faz necessária para entendermos que há diferentes

possibilidades de observarmos e avaliarmos as crianças.

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Isso se faz necessário, para que se possa na prática buscarmos

soluções para as dificuldades encontradas nas escola de educação infantil,

quanto a valorização das artes, de profissionais habilitados a desempenhar

esse papel, onde muitas vezes as aulas de músicas podem ser entendida

apenas como um passa tempo, ou como um momento de cantar e/ou de

ensaios para grandes eventos como: o carnaval, dias das mães, festa juninas,

natal e etc.

È importante ressaltar que não há intenção em desvalorizar os testes de

QI ou valorizar as múltiplas inteligências, mas informar quando a música

passou a ser: a inteligência musical. Com esse entendimento, ressaltar e

perceber a importância da música na educação infantil.

Se faz necessário lembrar também, que os especialistas da música com

frequência usam a matemática para entender a estrutura musical e comunicar

novas maneiras de ouvir música. Isto levou a aplicações musicais da teoria dos

conjuntos, álgebra abstrata e teoria dos números.

Os estudiosos da música também usaram a matemática para entender

as escalas musicais, e alguns compositores incorporaram a proporção áurea e

o número de Fibonacci em seu trabalho.

Dada a importância da música na vida da humanidade, torna-se

importante saber ô porque de haver um aparente descuido nos primeiro anos

escolares das crianças, nas suas vivências e prática da experiência musical,

uma vez que a mesma proporciona o acesso a um conjunto de estímulos que

são igualmente importantes para estimular a aquisição de outras competências.

É o caso, por exemplo, da competência linguística.

Vários estudos têm demonstrado que os primeiros anos de vida escolar

contribuem para um melhor desenvolvimento intelectual e afetivo do individuo.

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No que tange a inteligência musical a discriminação de sons e de ritmos, parte

fundamental da vivência musical, é algo que é importante também na aquisição

da língua materna.

O acesso as atividades musicais em que as crianças participam é, para

além de um tempo precioso na construção da sua relação com o mundo, uma

oportunidade para descobrir em conjunto as bases do vocabulário musical.

De acordo com Edwin Gordon (2000):

“é na altura do nascimento que a criança

dispõe de um maior potencial para a

aprendizagem musical. Se não se receber

estimulação adequada esse potencial

decresce. Assim, é fundamental que muito

precocemente o meio envolvente ofereça

estímulos musicais ricos e diversificados,

proporcionando à criança um percurso de

aprendizagem semelhante ao da aquisição

da língua materna. (...)

Em suma, a oferta de atividades musicais de qualidade constitui um

tempo de prazer vivido pelas crianças, ao mesmo tempo que é uma

experiência de estímulo de todos os sentidos, na base de todas as

aprendizagens.

Sabe-se que mesmo com tantas informações acerca da importância da

música, parece que a escola de educação infantil não toma ciência desse fato

e toma parte da responsabilidade para si, quanto a valorização e estimulação

da música, para que o individuo possa ter explorada no seu cotidiano a sua

inteligência musical.

A outra parte da responsabilidade, cabe a família, mas o que os leva a

não o fazer, deve-se em parte ao que acima foi citado. Eles até poderiam ter

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capacidade e sensibilidade suficiente, para orientar os seus filhos no domínio

musical, no entanto, não lhes foram despertadas e desenvolvidas as aptidões

musicais na idade certa. Ou seja, não se trata de que os pais não tenham

aptidões musicais, o que é fato é que não as desenvolveram na escola, nem

em casa.

Possivelmente as habilidades desenvolvidas por eles no decorrer das

suas vidas e assim perpetuam, com mais vontade de exercer uma orientação

correta, devem ser as habilidades nos domínios do desenvolvimento linguístico,

ou até da Aritmética e Ciências da Natureza, porque foram estes os elementos

ou áreas de conteúdo que lhes desenvolveram na sua formação.

È importante ressaltar, esse dado, pois, mesmo quando não aplicados

nas crianças, ainda assim, os testes tradicionais de inteligência, que só levam

em consideração as inteligências verbal e a lógica/matemática, continuam no

senso comum e parece que no acadêmico também, como sendo ainda o maior

fator indicativo para ser ou não inteligente.

O que isso ocasiona? Se a escola e a família não conseguem perceber

a importância da música na educação infantil continuará impedindo assim, a

capacidade do indivíduo de ter a grande variedade de habilidades cognitivas

humanas desenvolvidas. Neste caso, a musical.

Se é possível afirmar que há música em todo lugar, porque até no

silêncio há música, podemos dizer que somos naturalmente musicais, mas que

essa habilidade poderá ou não ser desenvolvida.

Segundo Bréscia (2003):

“a música é uma linguagem universal,

tendo participado da história da humanidade

desde as primeiras civilizações. Conforme

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dados antropológicos, as primeiras músicas

seriam usadas em rituais, como: nascimento,

casamento, morte, recuperação de doenças

e fertilidade. Com o desenvolvimento das

sociedades, a música também passou a ser

utilizada em louvor a líderes, como a

executada nas procissões reais do antigo

Egito e na Suméria.”

Sabe-se então que a inteligência musical é conhecida e valorizada

desde os início da humanidade. Como exemplo, a habilidade musical de

Mozart parece ter despertado quando ele ainda era um bebê, em Salzburgo, na

Áustria, onde nasceu. Filho de um professor de música, recebeu intenso

aprendizado em casa e compôs seus primeiros trabalhos aos 5 anos. Sua

genealidade foi manifestada na infância. Mozart deixou sua marca na história

da música.

Dado o fato, é possível afirmar que quem desenvolve a inteligência

musical consegue criar, comunicar e distinguir significado nos sons e em suas

combinações e que se estimulados desde pequenos os indivíduos podem

decodificar melodias e ritmos com maior rapidez do que palavras, números ou

imagens.

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CAPÍTULO II

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MÚSICA DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Sabe-se que o ano de 2011 é data limite para que toda escola pública e

privada do Brasil inclua o ensino de música em sua grade curricular. O governo

federal através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) e dos

Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1997), deu o

primeiro passo em direção à tomada de consciência da importância da música

para a formação do ser humano, incluindo-a, ainda que de forma não

sistematizada, na prática escolar.

Acredita-se que a obrigatoriedade do ensino de música provocará

mudanças no ambiente das escolas: seja através da proposta pedagógica ou

simplesmente para fazer cumprir a legislação em vigor.

Sendo assim, o cenário da educação musical ganhou novas

perspectivas com a aprovação da Lei 11.769/2008 que tornou novamente a

música, conteúdo obrigatório em toda a educação básica nacional.

Quanto a regulamentação da lei, ou sobre como as práticas musicais

serão implementadas em sala de aula, não há nada concretamente

estabelecido, porém, só o fato de a música voltar a ser admitida como parte da

formação da criança e do jovem, já é sem dúvida, muito importante.

No entanto estudos realizados sobre a formação dos docentes apontam

a insuficiência da qualificação inicial para o desenvolvimento profissional do

professor desde antes da universidade.

Segundo Santos (2011):

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“A questão é tão importante que vem

assumindo posição de destaque nas

discussões relativas às políticas públicas,

bem como nas investigações e

publicações da área e nos debates

acerca da formação inicial e continuada

dos professores, visando o processo de

melhoria das práticas pedagógicas

desenvolvidas pelos professores em sua

rotina de trabalho e em seu cotidiano

escolar.”

Sendo assim, parece que cabe ao professor definir suas atividades,

permitindo que ele selecione os conteúdos e atividades que tem maior domínio,

por outro lado, faz com que muitos profissionais não tenham uma visão clara

dos caminhos que devem alicerçar as suas práticas docentes.

E Vasconcellos (1995: p.19) confirma:

“Formação deficitária; dificuldade em

articular teoria e prática: a teoria de

que dispõe, de modo geral é abstrata,

desvinculada da prática e, por sua vez

a abordagem que faz da prática é

superficial, imediatista, não crítica.”

Uma vez que, a formação do professor encontra-se insuficiente para

atender as necessidades básicas do aluno, então pode-se concluir que as

escolas do país não encontram-se preparadas para, dentro de pouco tempo,

oferecer com qualidade as aulas de música, pois, deve haver ainda, muitas

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dúvidas, por parte desses profissionais, em torno das propostas de ensino e

aprendizagem da música nas escolas de educação básica.

Além da deficiente formação do professor já apontada por vários

pesquisadores como Nóvoa(1992, p9) que diz:

"Não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de professores.”

Faz-se necessário lembrar, que ainda há a falta de uma documentação

específica que apresente diretrizes norteadoras dos conteúdos que devem ser

trabalhos e que especifique as bases metodológicas que poderão alicerçar o

ensino de música na educação básica.

A comprovação desse fato é que a lei nº 11.769, não exige que os

professores de música tenham formação específica na área de música, embora

a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, exija licenciatura para dar aula na

educação básica. É um paradoxo.

A lei também não exige o ensino de música para todos os anos, e a

implementação acontecerá de acordo com a proposta pedagógica de cada

escola.

Caso ainda existam professores que planejam as aulas de música centradas

em atividades como o ensino de instrumentos tradicionais, de teoria musical,

etc., propostas que, de fato, não se enquadram na atual estrutura das escolas

de educação básica, pode-se imaginar que os profissionais com essas

perspectivas frustrem o interesse das crianças no seu primeiro contato com a

música. Sabe-se que a música desenvolve várias habilidades e é importante

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que o professor tenha didática na sua prática pedagogia para conseguir mediar

o desenvolvimento da inteligência musical de forma criativa para os pequeno.

Para (FREIRE, 1991, p. 58) o professor deve fazer o seu espaço

histórico, crescendo no saber e na responsabilidade.

“A modernidade exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento. Quem não se atualiza fica para trás. A parceria, a globalização, a informática, toda a tecnologia moderna é um desafio a quem se formou há vinte ou trinta anos. A concepção moderna de educador exige "uma sólida formação científica, técnica e política, viabilizadora de uma prática pedagógica crítica e consciente da necessidade de mudanças na sociedade brasileira."

Sendo assim, é muito importante que o professor de educação artística

seja especializado, que tenha uma formação continuada em música ou em

licenciatura, para os músicos.

Torna-se importante também que os professores tenham uma nova

perspectiva para o ensino da música nas escolas, estando atentos a trabalhos

mais abrangentes de educação musical, que contemplem, sobretudo, a

formação dos sentidos e da percepção sonoro-musical, sem a preocupação

imediata de desenvolvimento de técnicas e elementos teóricos do ensino

tradicional da música.

Se faz necessário ressaltar que os professores estão ainda muito

distanciados das condições ideais para a realização das aulas de música, a

começar como vimos, pela falta da formação pedagógico-musical necessária

aos futuros profissionais. É importante lembrar que na formação de professores

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de educação musical, educação infantil e ensino fundamental, a disciplina

música é inexistente.

Sendo, assim o desenvolvimento artístico de caráter formativo está

ausente na formação dos professores, um problema intimamente ligado a

impossibilidade de exercitar tais competências, porque se apresenta

completamente negligenciada em sua formação e ainda assim, são lançados à

sala de aula, com total desconhecimento das suas capacidades expressivas e

criativas.

Outro ponto a ser objeto de reflexão é que se o professor tem a

consciência de que há na música poder de transformar o individuo, que tem

função social, no que se oferece ao seu trabalho no que se refere ao seu

planejamento para que atue em sala, infelizmente lhe falta conhecimento

muitas vezes e a aula não passa de um repertório de canções infantis de

duvidoso valor musical e pedagógico.

Segundo Wallon(1995):

“ o movimento é um dos meios que o ser

vivos dispõe para atuar sobre o seu

ambiente. O ato insere-se no instante

presente por meio do movimento. Do

momento imediato, transforma-se em

simbólico referindo-se ao plano da

representação. A adaptação entre o mundo

exterior e as estruturas motoras está

intimamente ligada ao exercício de centro

nervosos que asseguram a regulação

fisiológica do movimento.

O autor considera que são o ponto de partida da atividade intelectual da

criança.

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De acordo com Almeida (1997), um dos atributos do movimento seria

por exemplo a sua capacidade de expressar as emoções. Ela aponta para o

fato de a escola continuamente prover somente o desenvolvimento de “funções

intelectuais” aos alunos. A autora acredita que as informações quanto o

aspecto motor e emocional também deveriam ser observados, para que possa

haver beneficio no desenvolvimento integral do aluno.

Com toda importância acerca do movimento do corpo, sabe-se que pelo

despreparo, muitos professores tem em seu próprio corpo falta de

maleabilidade e expressão, inibição e bloqueio dos movimentos e em sua voz,

falta de musicalidade. Isso é muito preocupante, visto que, o professor, na

educação infantil, é modelo vivo, as crianças o imitam em cada gesto, atitude,

expressão e entonação.

A pergunta que se faz necessária é? Com exigir que um professor não

sem formação adequada tenha capacidade para aplicar conhecimento nas

aulas de educação musical de maneira eficaz, uma vez que o mesmo não terá

condições de avaliar os prejuízos que poderá provocar ao aluno?

A Lei, embora tenha sido um passo importante, não encontramos nela

melhora no nível da educação de forma geral no país. Sabe-se que os

profissionais que já hoje ministram as aulas de música na educação infantil

continuarão sendo os mesmo que antes da lei e continuarão os

questionamentos quanto à competência desses professores no que tange o

processo ensino aprendizagem da educação musical.

Será que eles compreendem que a música contribui para a formação

integral do indivíduo? Para a valorização cultural? Sabe que difunde o senso

estético? Que ela promove a sociabilidade, expressividade, o sentido de

parceria, cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a

sincronia de movimentos? Infelizmente a Lei não trata de nada disso.

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Torna-se urgente possibilitar uma formação adequada aos professores

de música, pois o seu papel transcende a habilidade técnica para tornar-se um

valioso recurso no desenvolvimento pessoal e social das crianças.

O professor de música deve ser um profissional capacitado a exercer a

sua prática dentro de uma perspectiva pedagógica fundamentada em

parâmetros cientificamente pensado e elaborado por estudiosos da música, da

psicologia, das artes e etc., e assim, quebrar o círculo vicioso deixado por

gerações de professores que não receberam em sua formação básica os

elementos para compreender o processo de formação integral da criança, e

para compreender sua própria formação enquanto formação humana, da qual

deve fazer parte todo tipo de experiências: sensoriais, afetivas, intelectuais e

sociais.

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CAPÍTULO III

A IMPORTANCIA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Sendo a música tão importante para o desenvolvimento da construção

do saber e das relações sociais dos pequenos, se faz necessário valorizar o

trabalho pedagógico das aulas de musica, pois ela poderá contribuir para o

processo de ensino-aprendizagem.

É importante lembrar que a música é um bem cultural, ligada às

tradições de um povo, de um período histórico, uma vez que a mesma também

pode mudar ao longo do tempo e das influências sofridas pelo povo, devido,

por exemplo a mudanças tecnológica e a apreciação de novos ritmos pela

sociedade.

Pode-se dizer que a música é uma valiosa forma de expressão da

sociedade, mas parecer haver nas escolas de educação infantil um certo

descaso em relação a essa prática.

No entanto é importante ressaltar, o trabalho com a música que

juntamente com a dança pode favorecer o desenvolvimento corporal da

criança, visando combinar movimento e ritmo adequado de acordo com a

estrutura rítmica da música. Com isso possibilitar uma melhor socialização e

contribui para o relaxamento muscular e psicológico dos alunos.

A música tem que ser entendida como uma linguagem e

não como uma forma de estratégia para banalizá-la. Tem

que mostrar um amplo universo de sons para o aluno.

Isso vai ajudá-lo a ampliar seus sentidos, como a visão, o

tato e, principalmente, a audição. Nosso propósito com

essas aulas não é o de formar músicos profissionais, mas

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como música é cultura, ela vai despertar nessa pessoa

também o senso crítico, fazendo com que esse indivíduo

não aceite passivamente todo esse material cultural

descartável. (LIMA apud LAGINSKI, 2008).

Como já tido, parecer haver uma banalização da música no espaço

escolar, pode ser que haja esse problema devido os profissionais da educação

a utilizarem apenas como fonte de recreação dos alunos, ignorando sua

riqueza cultural e social. As atividades com musicas devem ser utilizada de

forma a ampliar a linguagem oral e corporal das crianças, de forma

socializadora e com fins de aprendizagem.

Se o ensino efetivo da música não vem sendo tendo a devida atenção

em nossas escolas, um grande passo já foi dado com a lei 11.796, sancionada

recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que indica a

obrigatoriedade do ensino musical nas escolas brasileiras. Esta lei propõe que

as escolas devem ensinar música dentro de um contexto abrangente e

formativo, um a vez que através da música haverá crescimento favorável de

aprendizado, levando-se em conta aspectos biológicos e psicológicos, pois o

cérebro estará sendo estimulado constantemente, devido esta atividade

favorecer o raciocínio.

Segundo Bréscia (2003, p.25), a música é “uma linguagem universal,

tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações”.

Conforme dados antropológicos as primeiras músicas foram usadas em rituais,

com o passar do tempo começou a ser utilizada em louvadores.

Já Gaiza (1988, p.22), ressalta que: “A música e o som, enquanto

energia estimula o movimento interno e externo no homem,impulsionando-o a

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ação e promovem nele uma multiplicidade de condutas de diferentes

qualidades e grau”.

Pesquisadores como Petr Janata e Gardner entre outros comprovam

que a área cerebral responsável pela música está muito próxima da área de

raciocínio lógico-matemático e da lingüística. Quando a musicalização

acontece na educação infantil desde o berçário ela é um processo de

construção do conhecimento, pois estimula inúmeras áreas do cérebro.

A educação musical pode ser interdisciplinar, a música é uma arte que

deve interagir com outras, como a dança e o teatro por exemplo. Isso facilita o

aprendizado estimulando e contribuindo para a formação física e emocional do

indivíduo, mas isso só será possível se a escola usar as suas práticas

pedagógicas para atender as necessidades de cada criança.

Para Bréscia (2003) a musicalização é um processo de construção do

conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical,

favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do

prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, auto-

disciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também

contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

Para entendermos a importância da música na educação infantil, se faz

necessário que haja um trabalho sério de música a ser desenvolvido nas

escolas, dentro do planejamento, envolvendo os conteúdos de acordo com o

nível de escolaridade dos pequenos.

Com o objetivo de fazer com que as crianças desde cedo tenho apreço

por essa prática e consigam captar com mais facilidade os objetivos a serem

atingidos dentro de cada faixa etária. A educação musical deve ser utilizada

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como meio incentivador na aprendizagem dos alunos. Cantando, dançando,

tocando instrumentos a criança brinca, brincando elas aprendem.

Dessa forma entende-se que o professor deve procurar conhecer todos

os tipos de músicas envolvidas no meio sócio/cultural dos alunos, bem como as

diferentes representações utilizadas por eles.

Para Tourinho( 1995), trabalhar com a música de que o aluno gosta é

uma forma de trazer motivação para o processo de ensino-aprendizagem.

Quando o professor de educação infantil traça objetivos que visam a

educação para a compreensão da cultura musical do grupo, buscando

encontrar “o objeto motivador” que sirva para que os alunos estabeleçam

correspondência com outros conhecimentos e com sua própria vida.

O professor de educação infantil deve sempre se perguntar: música para

quê? Para que ele mesmo enquanto educador entenda, a necessidade e a

importância da iniciação musical na educação infantil acontece desde o

berçário, porque estimula áreas do cérebro da criança que vão beneficiar o

desenvolvimento de outras linguagens.

Por exemplo: as atividades que tem o objetivo de apresentar, os

instrumentos musicais, noções de agudo e grave por meio da comparação com

o som dos bichos, possibilita que a criança aprenda que para cada animal, há

um som diferente, assim como, cada instrumento tem um som diferente. É

possível visualizar como as crianças podem aprender e se divertir ao imaginar

o rugido do leão e o "pom, pom, pom" do baixo.

Esse momento pode ter uma seqüência, com as crianças ouvindo outras

histórias, que as levem a sapatear, cantar e brincar de roda, reunindo canto,

ritmo e coordenação motora. Entre versos e rimas, noções de intensidade e

pulsação.

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È necessário dizer que as atividades de exploração sonora devem

começar no ambiente familiar dos pequenos, para posteriormente passar para

ambientes diversos.

Pode-se citar outro exemplo: o professor de educação musical deverá

solicitar para que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu

redor, depois elas podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram.

Também podem fazer um passeio pelo pátio da escola para descobrir novos

sons, ou aproveitar uma aula externa ou aula passeio e descobrir sons

característicos de cada ambiente. Lembrando sempre de adequar as atividades

as faixas etárias das crianças da educação infantil.

Através dessas atividades o professor de música terá a oportunidade de

perceber quais os pontos fortes e fracos das crianças, principalmente quanto à

capacidade de memória auditiva, observação, discriminação e reconhecimento

dos sons, podendo assim vir a trabalhar melhor o que as dificuldades

encontradas no grupo e/ou individual.

Realizar esse tipo de trabalho ajuda a melhorar a sensibilidade das

crianças, a capacidade de concentração e a memória, trazendo benefícios ao

processo de alfabetização e ao raciocínio matemático.

Se faz necessário ressaltar que a duração das atividades deve variar

conforme a faixa etária dos alunos, dependendo de sua atenção e interesse.

Além disso, também é importante lembrar que é fundamental respeitar a forma

de expressão de cada um, mesmo que venha a parecer repetitivo ou sem

sentido. É imprescindível que os alunos sintam-se livres para se expressar e

criar.

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Outro ponto importante é que as atividades musicais realizadas na

educação infantil possivelmente não tem como objetivo a formação de músicos,

e sim, através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a

abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, a

movimentação do corpo, colaborando para o entendimento de que a música é

considerada ciência e arte, ampliando de um modo geral a cultura e

contribuindo para a formação integral do ser.

Sabe-se que a música estimula áreas do cérebro não desenvolvidas por

outras linguagens, como a escrita e a oral. Essas áreas se interligam e se

influenciam. Então, quanto mais cedo a escola começar o trabalho, mais

facilmente a competência da criança será desenvolvida.

É importante ressaltar que as canções como Escravo de Jó, Seu Lobato

tinha um Sítio por exemplo é uma linguagem comum, faz parte da cultura

das crianças por causa das canções de ninar e das brincadeiras de roda,

esse dado abre um oportuno espaço para o trabalho na escola.

Além disso, como já foi citado anteriormente, o trabalho que o professor

de educação musical desenvolve com os alunos de 0 a 6 anos de idade

durante as atividades com música é um poderoso instrumento que desenvolve,

além da sensibilidade à música, fatores como: concentração, memória,

coordenação motora, socialização, perspicácia auditiva e disciplina.

Conforme Mársico (1982, p.148) uma das:

[...] tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade

de chances, para que toda criança possa ter acesso à

música e possa educar-se musicalmente, qualquer que

seja o ambiente sócio-cultural de que provenha.

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O professor de música de educação infantil em que se utiliza desse

recurso deve ser feita de forma a introduzir a alegria, a magia dos sons,

permitindo os alunos a criação e a execução de atividades musicais com muita

ludicidade e de forma prazerosa.

Essas aulas devem possibilitar os alunos a construção de instrumentos

musicais com materiais a base de sucatas, desenvolvendo a coordenação

motora enquanto se descontraem cantando e se divertindo. O Objetivo da

atividade é contribuir para a ampliação do vocabulário através da música e

também permite o convívio social.

Na aprendizagem a música é muito importante devido ao fato de o aluno

conhecê-la desde cedo, quando bem trabalhada ela pode ajudar a desenvolver

o raciocínio, a criatividade e outras competências, por isso se torna um

relevante recurso didático, devendo estar presente cada vez mais nas salas de

aula.

Quando o professor trabalhar a música na educação infantil, neste

contexto, torna-se mais do que nunca, arte funcional distanciada dos padrões

estabelecidos, uma vez que o mesmo preocupa-se com a espontaniedade do

brincar das crianças, que faz parte da formação integral das mesmas, sendo

mediador, ajudando-as a desenvolver capacidades cognitivas, expressivas,

afetivas e de sociabilidade.

A educação musical na educação infantil torna-se ainda mais importante

neste momento de rupturas e saberes fragmentários, na qual a formação das

crianças, cada vez mais, cede lugar às disciplinas tecnológicas especializadas

em detrimento do desenvolvimento humano dos pequenos.

Sendo assim, torna-se indispensável um espaço de reflexão para todos

aqueles interessados nas competências do indivíduos, principalmente aqueles

que trabalham diariamente com as crianças da educação infantil.

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A obrigatoriedade da música nas escolas de educação infantil é algo que

devemos assumir com entusiasmo, mas, em escala muito maior, uma outra luta

que possa dar respostas às seguintes questões: como diagnosticar e

compreender o papel da música nas escolas? Quais são as reais necessidades

das crianças? O que a música tem a oferecer a elas? Como deveria ser a

iniciação musical oferecida na escola?

Bem, para tantas perguntas, Gardner (1995) parte do ponto que as

inteligências são parte da herança genética humana, todas se manifestam em

algum grau em todas as crianças, independente da educação ou apoio cultural.

Assim, todo ser humano possui certas capacidades essenciais em cada uma

das inteligências, mas, mesmo que um indivíduo possua grande potencial

biológico para determinada habilidade, ele precisa de oportunidades para

explorar e desenvolvê-la. “Em resumo, a cultura circundante desempenha um

papel predominante na determinação do grau em que o potencial intelectual de

um indivíduo é realizado” (GARDNER, 1995, p, 47).

Sendo assim, a resposta para tantas perguntas pode ser respondida a

partir do momento em que a escola respeitar as habilidades de cada aluno, e

também propiciar o contato com atividades que trabalhem as outras

inteligências, uma vez que, segundo o autor, todas as atividades que

realizamos utilizam mais do que uma inteligência.

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CONCLUSÃO

Durante grande parte dos XIX e XX, acreditou-se que a inteligência

podia ser facilmente medida, determinada e comparada através de testes,

como o famoso teste de QI criado por Alfred Binet que dava a inteligência da

pessoa em números. No entanto, com o tempo, percebeu-se que nem sempre

as pessoas mais inteligentes e bem sucedidas obtiam os melhores resultados.

Os psicólogos e pesquisadores como Piaget, Vygotsky e Gardner

começaram a notar que havia alguns casos de pessoas que obtinham

resultados medíocres nos testes de QI, mas que ao longo da sua vida

profissional tornaram-se pessoas bem sucedidas.

Gardner surge com a teoria das inteligências múltiplas que todos os

indivíduos tenham a oportunidade de desenvolver as suas múltiplas

Inteligências, sejam elas quais forem e que a escola possa deixar de ser um

espaço onde apenas as capacidades lógica e lingüística normalmente exigidas

e avaliadas sejam as únicas formas de observar e avaliar as criança.

Por meio deste trabalho observou-se a relevância da presença da

música e da brincadeira na educação infantil como auxiliares do

desenvolvimento integral da criança, além de serem consideradas como

agentes facilitadores do processo educacional, brincar e cantar são importantes

para diversos aspectos do desenvolvimento.

Nesse sentido faz-se necessária a formação, a capacitação e

sensibilização dos professores de musicalização da educação infantil para

despertar a conscientização quanto às possibilidades da música para favorecer

o bem-estar e o crescimento das habilidades dos alunos, pois ela fala

diretamente ao corpo, à mente e às emoções.

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Portanto, é necessário que o professor esteja munido de conhecimentos

teóricos para inserir a brincadeira e a música no espaço escolar, evitando uma

prática pedagógica repleta de equívocos acerca da maneira como o brincar e

cantar devem ser trabalhados. Lembrando sempre que a brincadeira e a

música constituem aspectos inerentes à criança e por isso são linguagens

essenciais da educação infantil.

De acordo com esta perspectiva, a música é concebida como um

universo que conjuga expressão de sentimentos, idéias, valores culturais e

facilita a comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio em que vive.

Ao atender diferentes aspectos do desenvolvimento humano: físico, mental,

social, emocional e espiritual, a música pode ser considerada um agente

facilitador do processo educacional.

Finalmente ao considerar as diferentes competências das crianças, a

escola está dando oportunidade para que o aluno se destaque em pelo menos

uma delas, ao contrário do que acontece quando se privilegiam apenas as

capacidades lógico-matemática e lingüística.

A inteligência musical é conhecida e valorizada desde os início da

humanidade. A habilidade musical de Mozart, já citada parece ter despertado

quando ele ainda era um bebê e aos 5 anos sua genealidade foi manifestada.

As atividades com música ajudam a desenvolver desenvolve a inteligência

musical e o individuo consegue criar, comunicar e distinguir significado nos

sons e em suas combinações se estimulados desde pequenos as crianças

podem decodificar melodias e ritmos com maior rapidez do que palavras,

números ou imagens. È importante considerar sempre a forma de expressão

em que a criança melhor se adapte e abrindo espaço para outras

aprendizagens.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

QUANDO A MÚSICA PASSOU A SER INTELIGÊNCIA 9

CAPÍTULO II

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR

DE MÚSICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 17

CAPÍTULO III

A IMPORTANCIA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 24

CONCLUSÃO 32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34

BIBLIOGRAFIA CITADA 37

ÍNDICE 39