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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Josiel Barbosa Destinação dos resíduos sólidos da construção e demolição do Município de Passo Fundo - RS: Desafios e Perspectivas Passo Fundo, 2012

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

Josiel Barbosa

Destinação dos resíduos sólidos da construção e demolição

do Município de Passo Fundo - RS: Desafios e Perspectivas

Passo Fundo, 2012

1

Josiel Barbosa

Destinação dos resíduos sólidos da construção e demolição

do Município de Passo Fundo – RS: Desafios e

Perspectivas

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Engenharia Ambiental, como parte

dos requisitos exigidos para obtenção do título

de Engenheiro Ambiental.

Orientadora: Profª. Drª. Aline Ferrão Custodio

Passini.

Passo Fundo , 2012

Josiel Barbosa

Destinação dos resíduos sólidos da construção e demolição do

Município de Passo Fundo – RS: Desafios e Perspectivas

Trabalho de Conclusão de Curso como requisito parcial para a obtenção do título de

Engenheiro Ambiental – Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Engenharia e

Arquitetura da Universidade de Passo Fundo. Aprovado pela banca examinadora:

Orientador:_________________________

Profª. Drª. Aline Ferrão Custodio Passini

Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF

___________________________________

Prof. Mestre Alcindo Neckel

Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF

___________________________________

Profª. Mestre Patrícia de Almeida Martins

Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF

Passo Fundo, 30 de novembro de 2012.

3

A T E S T A D O

Atesto para os devidos fins que o aluno JOSIEL BARBOSA, autor do Trabalho de

Conclusão intitulado “Destinação dos Resíduos Sólidos da Construção e Demolição do

Município de Passo Fundo – RS: Desafios e Perspectivas” realizou as alterações sugeridas

pela banca examinadora no relatório final.

Passo Fundo, 30 de novembro de 2012.

_____________________________________________

Profª. Drª. Aline Ferrão Custodio Passini

“Na vida, não vale tanto o que temos, nem tanto importa o que

somos. Vale o que realizamos com aquilo que possuímos e,

acima de tudo, importa o que fazemos de nós!”

(Chico Xavier)

5

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente ao ser maior, Deus, que durante esse percurso me

abençoou me dando saúde, luz e força para superar minhas dificuldades pessoais e

profissionais.

Á minha mãe pelo esforço, atenção, dedicação, por estar ao meu lado me apoiando e

me ajudando nas dificuldades que enfrentei e por ser uma verdadeira batalhadora, ao meu pai,

pelo incentivo, a minha irmã, pelos conselhos, estimulo e carinho.

Á minha tia que sempre me deu afeto e me acolheu não medindo esforços, as palavras

amigas e sua dedicação, sempre me aconselhando com a seguinte frase “Tem outro jeito meu

filho? Se não tem, temos que colocar guela a baixo, uma hora isso passa’’.

Aos meus primos, grandes companheiros nos momentos bons e ruins que enfrentei,

torcendo pelo meu sucesso.

Aos meus amigos pela compreensão e motivação.

Aos Professores do curso de Engenharia Ambiental, pelo acréscimo de conhecimento,

pela analise crítica aos assuntos apresentados, pela dedicação ao curso e interesse nos alunos.

À minha orientadora Profª. Aline Ferrão Custodio Passini pela dedicação e orientação

do trabalho.

Á SMAM (Secretária Municipal do Meio Ambiental), em especial ao senhor Sidnei

Souto Castanheira.

Á todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho,

agradeço o apoio e atenção.

RESUMO

A destinação final dos resíduos sólidos da construção e demolição tornou-se um grande

problema para as administrações municipais. Com a grande quantidade de resíduo gerado, a

correta administração destes é de extrema importância. A quantidade dos resíduos e a falta de

áreas de deposição adequada, próximas e disponíveis são exemplos de aspectos relevantes

dessa questão. O estudo discute a idéia de promover um avanço no que diz respeito a sua

correta destinação e reaproveitamento sempre que possível. O estudo objetiva-se avaliar os

desafios e perspectivas da destinação final do resíduo da construção civil na cidade de Passo

Fundo – RS. Nisto, foi investigada a situação da destinação final atual, a área de disposição e

as empresas que possui licenciamento ambiental para exercer a atividade. Metodologicamente

utiliza-se de uma pesquisa exploratória, através de um questionário realizado nas empresas e

secretárias, a fim de levantar dados referentes à quantidade de resíduos gerados e sua possível

destinação. Este trabalho que relata a destinação dos resíduos da construção e demolição da

cidade de Passo fundo – RS, onde se necessita de melhorias, ou seja, de um plano de gestão e

uma série de ações envolvendo o Poder Público e as empresas prestadoras da coleta e

destinação final destes resíduos.

Palavras-chaves: Destinação Final. Resíduos da Construção e Demolição. Gestão dos

Resíduos da Construção Civil.

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ABSTRACT

The final destination of solid waste, construction and demolition has become a major problem

for local governments. With the large amount of waste generated, the correct administration

of these is of utmost importance. The amount of waste and lack of proper areas of deposition,

are available nearby and examples of relevant aspects of the issue. The study discusses the

idea of promoting a breakthrough as regards its proper elimination and recycling whenever

possible. The study aims to evaluate the challenges and prospects for destination of

construction waste in the city of Passo Fundo - RS. Herein, we investigated the current

situation of the destination, the disposition area and the companies that have environmental

license to engage in the activity. Methodologically uses an exploratory research, conducted

through a questionnaire and secretaries in companies in order to collect data regarding the

amount of waste generated and its possible destination. This work reports the destination of

construction waste and demolition of the city of Passo Fundo - RS, where it needs

improvement, in other words, a management plan and a series of actions involving the

Government and the companies providing collection and final destination of these wastes.

Key-word: Final Destination. Construction Waste and Demolition. Waste Management of

Construction.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Fluxograma geral da cadeia produtiva da construção civil. ...................................... 19 Figura 2: Origem dos RCC em algumas cidades brasileiras. ................................................... 20 Figura 4: Entulho não segregado. ............................................................................................. 22 Figura 5: Fluxograma da gestão de resíduos, de acordo com a Resolução 307/02. ................. 30 Figura 6: Fluxograma da estrutura metodológica. .................................................................... 31

Figura 7: Mapa do Rio Grande do Sul com a localização do município de Passo Fundo – RS.

........................................................................................................................................... 32 Figura 8: Vista do local da Antiga Pedreira. ............................................................................ 34

Figura 9: Local da disposição dos RCD. .................................................................................. 37 Figura 10: Vista panorâmica do local de disposição do RCD. ................................................. 37 Figura 11: Pneus sendo depositados irregularmente no local................................................... 38 Figura 12: Produtos eletroeletrônicos sendo dispostos irregularmente. ................................... 39 Figura 13: Vista da presença de chorume na parte inferior da área. ........................................ 40

Figura 14: Resíduos de gesso misturado com outros resíduos. ................................................ 41

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Volume de resíduos depositado na área da pedreira pela STSG. ............................. 38

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Classes, integrantes e destinação dos RCD/ Resolução CONAMA 307/02. ......... 28

11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 12 1.1 Objetivos .................................................................................................................... 14

1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 14 1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 14

1.2 Delimitação do Trabalho ........................................................................................... 14

1.3 Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 15 2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 16

2.1 Regulamentação ......................................................................................................... 16

2.2 Características da Construção Civil ........................................................................... 18 2.2.1 Estrutura do Setor ............................................................................................... 18 2.2.2 Origem e Composição dos Resíduos da Construção Civil ................................. 19

2.3 Resíduos da Construção ............................................................................................. 21 2.4 Definição de RCC ...................................................................................................... 23

2.5 Caracterização dos Resíduos ..................................................................................... 23

2.6 Deposição e Disposição de Resíduos ......................................................................... 25 2.7 Disposição Irregular ................................................................................................... 25

2.8 Impactos Ambientais Gerados pelos RCD ................................................................ 26 2.9 Importância da Destinação Final dos Resíduos ......................................................... 27 2.10 Resolução CONAMA 307 ......................................................................................... 29

3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 31 3.1 Caracterização do Município Estudado ..................................................................... 32

3.2 Definição do Foco de Estudo ..................................................................................... 33 3.3 Metodologia de execução do trabalho ....................................................................... 33

3.3.1 Levantamento Bibliográfico ............................................................................... 33 3.3.2 Visita a Área da Antiga Pedreira ........................................................................ 33

3.3.3 Aplicação de Questionários ................................................................................ 34 3.3.4 Entrevista não Estruturada .................................................................................. 35

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 36 4.1 Situação Atual da Destinação dos RCD .................................................................... 36

4.1.1 Local de Disposição dos RCD ............................................................................ 36 4.1.2 Volume de RCD depositado na área analisada ................................................... 37 4.1.3 Gerenciamento do RCD...................................................................................... 38 4.1.4 Disposição dos Resíduos .................................................................................... 40

4.2 Desafios e Perspectivas Sobre a Destinação Final dos RCD ..................................... 41

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 44 5.1 Conclusões e Considerações Finais ........................................................................... 44

5.2 Recomendações para Trabalhos Futuros ................................................................... 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 46 ANEXOS .................................................................................................................................. 49

1 INTRODUÇÃO

O meio ambiente vem sendo, cada vez mais, alvo de ações predatórias que

impossibilitam a reconstituição normal da natureza e comprometem as gerações futuras.

Sendo assim, as ações do homem que resultam em degradações do seu habitat, têm sido

combatidas e melhorias são estudadas e apresentadas como propostas para garantir um futuro

com melhor qualidade de vida. Em meio a isso, o setor da construção civil como grande

gerador de resíduos, acarreta em desperdícios e poluição já que este é um expressivo usuário

de recursos naturais.

Segundo Daltro Filho et al. (2005), os resíduos gerados pela cadeia produtiva da

construção civil, além de constituírem um dos maiores problemas para a administração

pública, com alto custo de gerenciamento, demonstram um alto índice de desperdício de

matéria prima e poluição. Além disso, a cada três prédios construídos, um é desperdiçado

(SOUZA, 2005).

No município de Passo Fundo – RS, Bernardes (2006), afirma que os Resíduos de

Construção e Demolição (RCD), chegam a uma estimativa de geração de aproximadamente

0,55 kg/hab/dia, que comparando com a estimativa de geração de resíduos sólidos urbanos,

que é de 0,6 kg/hab/dia, pode-se afirmar que a cidade não está longe das estimativas

brasileiras.

Nas construções civis realizadas nos municípios brasileiros nota-se a geração de uma

grande quantidade de entulho, evidenciando um desperdício irracional de material: desde a

sua extração, passando pelo seu transporte e chegando á sua utilização na obra.

Os RCD, também denominados como entulho, tem se tornado um dos alvos do meio

técnico científico, utilizando o mesmo com agregado para inúmeros usos na construção civil e

também na pavimentação rodoviária, entrando como substituto ás matérias primas hoje

utilizadas nestes setores (CARNEIRO 2002). Por meio de sua utilização como matéria prima

ou agregado, o entulho pode deixar de ser um problema, tornando-se uma saída para a

escassez de materiais granulares capazes de serem utilizados para tal fim. O emprego desse

resíduo contribuiria igualmente de forma positiva para a diminuição do consumo de insumos

da construção civil oriundo de processo de britagem de rochas, britas e areia artificial, sendo

assim uma importante ferramenta no combate a degradação ambiental.

No Brasil, tornou-se comum a disposição irregular de entulho e, por este motivo, esses

resíduos são considerados como sendo um problema de limpeza pública, acarretando uma

13

série de inconvenientes para toda a sociedade, tais como: altos custos para o sistema de

limpeza urbana, saúde pública (ex.: dengue), enchentes assoreamento e contaminação de

cursos d’ água, contaminação de solo, erosão, obstrução de sistemas de drenagem urbanos.

Outro ponto preocupante dessa questão torna-se a não realização da segregação desses

materiais que vão para descarte, o que gera contaminação desses materiais que poderiam ser

reciclados e novamente empregados nas obras de engenharia.

Para isso, o poder público deve estimular a reciclagem, considerando-se o potencial

que existe em produzir novos materiais/produtos a partir de resíduos sólidos oriundos da

indústria da construção. Um processo de reciclagem de qualidade requer um resíduo

classificado, o que implica segregar os resíduos junto á fonte geradora, ou seja, nos próprios

canteiros de obra.

As políticas ambientais relacionadas ao tema devem focar-se no adequado manuseio,

visando uma possível reutilização ou redução, reciclagem e posterior destinação desses

resíduos. A principal ação efetiva em termos legais, para a superação dos problemas

ambientais, foi à criação da Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA) de 2002, que definiu responsabilidades e deveres, justificando um novo sistema

de gestão, o qual obriga os geradores a reduzir, reutilizar e reciclar, tratar e dispor os resíduos

de construção e demolição (RCD) da construção civil.

Tal resolução define diretrizes para que os municípios e o Distrito Federal tenham

instrumentos para desenvolver e programar políticas de gestão local sob a forma de Planos

Integrados de Gerenciamento. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) visa á

diminuição do impacto ambiental oriundo dos produtos e processos da empresa, através da

redução dos resíduos gerados e do correto tratamento e destinação final dos mesmos.

Diante da significante quantidade de RCD e dos impactos que esses causam pela sua

disposição irregular no meio ambiente, os municípios não podem mais sustentar a cômoda

posição de simplesmente ignorar esses impactos, já que pela PNRS (Política Nacional de

Resíduos Sólidos), é função do município implementar programas de gerenciamento desses

resíduos.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Avaliar os desafios e perspectivas da destinação final dos resíduos da construção e

demolição (RCD) da cidade de Passo Fundo – RS.

1.1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são definidos como:

Conhecer a realidade atual de produção e destinação final dos resíduos da construção e

demolição da cidade de Passo Fundo – RS;

Verificar a situação da fiscalização e controle dos depósitos de entulhos na cidade de

Passo Fundo;

Identificar os organismos que atuam no controle e orientação, bem como os que

praticam ações relativas à gestão e destinação dos resíduos da construção;

Identificar as dificuldades que permeiam os agentes envolvidos com a gestão e

destinação dos resíduos;

Conhecer as perspectivas da gestão municipal quanto ao gerenciamento do RCD,

particularmente quanto á destinação final.

1.2 Delimitação do Trabalho

O estudo será realizado apenas na cidade de Passo Fundo – RS, com a colaboração da

Secretária do Meio Ambiente (SMAM), Secretária Transporte e Serviços Gerais (STSG),

15

Secretária da Habitação (SEHAB), Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e

Fundação Estadual de Proteção Ambiental Gerência Planalto (FEPAM/GERPLA).

1.3 Estrutura do Trabalho

O Trabalho de conclusão de curso está estruturado em cinco capítulos, além das

referências bibliográficas e anexos.

No capítulo 1, está apresentada a introdução, a contextualização do assunto, o objetivo

geral e os objetivos específicos, bem como a delimitação da área de estudo e a estrutura do

trabalho.

No capítulo 2, apresenta-se a revisão da literatura, abordando temas como legislação, a

características da construção civil, resíduos de construção, definição do resíduo da construção

civil, caracterização dos resíduos, deposição e disposição dos resíduos, disposição irregular,

impactos ambientais gerados pelos RCD, importância da destinação final dos resíduos e a

resolução do CONAMA nº. 307.

No capítulo 3, descreve-se a metodologia da pesquisa utilizada no presente trabalho.

Ainda, nesse capítulo detalha-se, a caracterização da área de estudo, levantamento

bibliográfico, a visita ao local onde hoje está sendo depositados os RCD, a aplicação do

questionário nas Secretárias e na Sinduscon e entrevistas não estruturadas.

No capítulo 4, são apresentados e analisados os resultados da pesquisa, mostrando a

situação do gerenciamento de resíduos da construção e demolição da cidade de Passo Fundo –

RS, e os desafios e perspectivas da destinação dos RCD.

No capítulo 5, são apresentadas as conclusões e considerações finais sobre os

resultados da pesquisa e sugestões para trabalhos futuros.

No final do trabalho é apresentam-se as referências bibliográficas consultadas e o

apêndice contendo o modelo de questionário, o formulário enviado a Sinduscon e o

formulário que a FEPAM disponibiliza para o preenchimento sobre os Resíduos da

Construção Civil para a obtenção do licenciamento ambiental da atividade.

.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Regulamentação

No Brasil, as legislações existentes para o gerenciamento dos resíduos gerados pela

indústria da construção civil são de cunho Federal, Estadual e Municipal (BARRETO, 2005).

Em nível Federal, o órgão responsável pela formulação das políticas ambientais é o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002). Já, a implementação de instrumentos,

fiscalizações e cobranças, se dá pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (IBAMA). A Lei Federal nº 6938, de 31 agosto de 1981, dispõe sobre a

política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, além

de definir o sistema nacional de meio ambiente. Citada por Daltro Filho et al. (2007), esta Lei

consta no Art. 255 da constituição Federal e é a principal referência da legislação ambiental

brasileira, já que se tornou constitucional com a promulgação deste artigo em 1988.

Lei Federal nº 12.305 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e suas

implicações no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

Lei Estadual nº 11.520 de 3 de agosto de 2000, instituiu o Código Estadual do Meio

Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com o Art. 218:

Compete ao gerador a responsabilidade pelos resíduos produzidos, compreendendo

as etapas de acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final. A terceirização

desses serviços não isenta a responsabilidade do gerador pelos danos que vierem a

ser provados.

A Resolução 307 do CONAMA, explorada futuramente neste trabalho, de 05 de julho

de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da

construção.

A Resolução 431 do CONAMA, de 24 de maio de 2011, que altera o art. 3º da

Resolução 307 do CONAMA, de 05 de julho de 2002, estabelecendo nova classificação para

o gesso.

17

Com a publicação em junho de 2004 de normas técnicas específicas para o manejo de

RCD, houve um enriquecimento da legislação referente á gestão de RCD. As mais importante

segundo Daltro Filho et al. (2007) são:

NBR 15.112, que trata dos Resíduos da construção civil e resíduos volumosos.

Áreas de Transbordo e Triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;

NBR 15.113, que trata dos Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes

– Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação;

NBR 15.114, que trata dos Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de

reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;

NBR 15.115 que trata dos Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção

civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos;

NBR 15.116 agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil –

Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural –

Requisitos.

Nos Estados brasileiros, existe o Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA)

que formula políticas e o órgão ambiental para implementação dos instrumentos destas

políticas. Em termos de legislação, existe a Política de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Os municípios podem possuir os Conselhos Municipais de Meio Ambiente e as

Secretarias que formula as políticas de meio ambiente como, por exemplo, a SMAM

(Secretária Municipal do Meio Ambiente, 2012).

A Lei Complementar nº 170 de 09 de outubro de 2006 institui o Pano Diretor de

Desenvolvimento Integrado (PDDI) do Município de Passo Fundo. De acordo com o Artigo

28, inciso IV, uma das diretrizes da gestão da infraestrutura do município é “aprimorar o

sistema de gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana”. A implementação das diretrizes será

realizada através da elaboração do Plano Municipal de Infraestrutura, que englobará de forma

integrada: esgotamento sanitário, drenagem urbana, resíduos sólidos, limpeza urbana,

iluminação pública, abastecimento de água e energia elétrica (PASSO FUNDO, 2006).

O Decreto Municipal nº 32 de 24 de fevereiro de 2010 institui a separação dos

resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública municipal

direta e indireta, na fonte geradora, e sua destinação ás associações ou cooperativas dos

catadores de materiais recicláveis de Passo Fundo (PASSO FUNDO, 2010).

2.2 Características da Construção Civil

2.2.1 Estrutura do Setor

A análise da cadeia produtiva da construção civil precisa levar em consideração as

especificidades desse setor. Vergna (2007) lembra que o setor difere dos demais, dado que

seus outputs são projetos únicos e há uma significativa complexidade de relacionamento ao

longo da cadeia produtiva.

A Figura 1 demonstra um esquema geral da cadeia produtiva da construção civil, que

se divide em duas – edificações e construção pesada, ambas tendo o setor de matérias de

construção como início de seu processo produtivo (elo a montante das cadeias). Os demais

elos a montante e a jusante ou são prestadores de serviços (subcontratados) ou comerciantes e

distribuidores.

19

Figura 1: Fluxograma geral da cadeia produtiva da construção civil.

Fonte: Adaptado de Deconcic/Fiesp (2008, p.13).

A macroestrutura da indústria da construção civil, que envolve desde o setor de

materiais de construção, a construção propriamente de edificações e a construção pesada, são

conhecidas como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e

social do Brasil.

2.2.2 Origem e Composição dos Resíduos da Construção Civil

De acordo com Pinto e Gonzáles (2005), os resíduos da construção civil no Brasil têm

diferentes origens. Mas, destaca-se conforme a Figura 2, a grande quantidade de resíduos que

são gerados em reformas, ampliações e demolições.

Figura 2: Origem dos RCC em algumas cidades brasileiras.

Fonte: adaptado de Pinto (2005).

A pesquisa realizada em 2002 por Bonfante, Mistura e Naime (apud Bernardes, 2006)

registra que 83% dos RCD possuem um alto potencial para reciclagem no setor da construção

civil. Esses resíduos são compostos por 38% de restos de cerâmica e tijolos, seguidos de 15%

de restos de concreto, 20% de solo e areia, podendo ser aproveitados na própria obra,

adotando-se controle de qualidade. Metais como alumínio e ferro, juntamente com madeira e

podas somam 2% de resíduos e 25% de resíduos classificados como outros. A Figura 3 mostra

a composição dos RCC da cidade de Passo Fundo – RS.

21

25%

15%

38%

20%

2%

Cerâmica e Tijolos

Restos de Concreto

Areia e Solo

Alumínio, Ferro e Madeira

Outros

Figura 3: Composição dos RCC de Passo Fundo – RS.

Fonte: Bernardes (2006).

2.3 Resíduos da Construção

Por possuir uma grande variabilidade, os resíduos da construção apresentam um alto

grau de complexidade em sua reciclagem. Para a obtenção de agregado reciclado, por

exemplo, o entulho não pode conter resíduos oriundos de gesso, pois o mesmo reage

quimicamente, sofrendo efeitos expansivos dentro de novas argamassas ou concretos que

foram confeccionados com este resíduo.

Um fator de dificuldade é a falta de separação dos resíduos dentro da obra, conforme

mostra a Figura 4. O sistema construtivo convencional não se preocupa em separar os

resíduos gerados em sua origem, o que causa um trabalho dobrado para sua posterior

segregação. De acordo com John (2003):

A existência de tubulação de descida de resíduos única e de caçamba única faz com

que as caçambas de resíduos de canteiros de obra misturem fases diferentes, geradas

de forma separada, o que dificulta a reciclabilidade. Problema similar ocorre durante

a demolição de forma convencional no Brasil. Dessa forma, o resíduo de construção

e demolição disponível é um resíduo misto de concretos, alvenarias, revestimentos e

outras com menores possibilidades de utilização.

Figura 4: Entulho não segregado.

Devido á deposição irregular do RCD, os impactos em relação á drenagem urbana são

extensos, ocorrendo desde a drenagem superficial, até a obstrução de córregos, um dos

componentes mais importantes do sistema de drenagem, havendo a necessidade de

desobstrução contínua do mesmo, que se não bem executada, causa problemas de enchentes

devido ao freqüente aterramento dessas áreas de deposição (Pinto, 1999) apud Daltro Filho et

al. (2005).

23

2.4 Definição de RCC

O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) aprovou através da Resolução

Nº. 307 de 05 de julho de 2002, critérios e procedimentos para a gestão dos Resíduos da

Construção Civil (RCC).

Portanto os resíduos sólidos da construção civil, também denominados Resíduos da

Construção e Demolição (RCD) que anteriormente eram considerados parte dos Resíduos

Sólidos Urbanos (RSU), agora são classificados como resíduos industriais segundo a

Resolução Nº. 307 CONAMA 2002.

2.5 Caracterização dos Resíduos

Resíduo de construção e demolição (RCD), é todo resíduo decorrente de obras (desde

plásticos de embalagens, solos, até sobras de materiais cerâmicos e argamassas). Muitos

destes resíduos têm um alto potencial de reutilização ou reciclagem. Porém, a grande

variabilidade dos resíduos oriundos da construção civil dificulta a segregação e reciclagem

dos mesmos. A Resolução 307 do CONAMA classifica os resíduos da construção civil em

quatro classes, conforme dispõe seu art. 3º (BRASIL, 2002):

I – Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais

como:

a) de construção, demolição, reformas, reparos de pavimentação e de outras obras

de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimentos et.), argamassa e

concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em (blocos,

tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II – Classe B – são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plástico, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;

III – Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias

ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação;

IV – Classe D – são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais

como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundo de

demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e

outros.

Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos

domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d’água, lotes vagos e em áreas

protegidas por Lei. Ainda (CONAMA, 2002), grandes geradores deverão elaborar Projetos de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil que contemplarão o ciclo da triagem, na

origem ou em áreas de destinação licenciadas para essa finalidade; os resíduos classe A

deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a áreas de

aterros de resíduos da construção.

De acordo com a NBR 10004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004), os

resíduos classificam-se em:

a) resíduos classe I – perigosos: são aqueles que apresentam periculosidade ou

características de inflamabilidade, corrosividade, toxicidade ou patogenicidade,

ou constem nos anexos A e B da referida norma;

b) resíduos classe II A – não-inertes: são aqueles que não se enquadram nas

classificações de resíduos classe I ou resíduos classe II B, podendo ter

propriedades de biodegrabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;

c) resíduos classe II B – inertes: são aqueles que, quando amostrados de uma

forma representativa e submetidos a um contato dinâmico e estático com água

destilada ou desionizada, á temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus

constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de

potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Conforme a NBR 10004, os resíduos de construção e demolição podem ser

classificados na classe II-B, inertes, ou seja, não reagem quimicamente. Oliveira et al. (2001

apud VIEIRA, 2003) indicam que o resíduo de concreto não deve ser considerado como um

material inerte, pois pode contaminar as águas do subsolo se disposto inadequadamente. Para

John e Agopyan (2000), os resíduos são classificados como inertes por exceção, pois se forem

submetidos á análise certamente seriam classificados como não inertes, especialmente devido

ao pH e á dureza da água absorvida, que podem ter importantes níveis de contaminação. Isto

reforça a idéia de reciclagem como uma alternativa para o seu aproveitamento.

A composição dos RCD varia de acordo com a fase da obra e com o tipo de obra,

afetando a qualidade dos agregados reciclados produzidos. Nesta linha, John (1999) aponta

que este problema pode ser superado pela classificação dos RCD ou pelo manejo de pilhas a

fim de reduzir a variabilidade. A geração de resíduos de classe A (conforme classificação do

CONAMA é aqueles possíveis de reciclagem para a produção de agregados) ocorre

predominantemente nas etapas de instalação do canteiro de obra, estrutura, alvenaria e

revestimento.

25

2.6 Deposição e Disposição de Resíduos

É essencial apresentar o significado das palavras “deposição” e “disposição” quando

se comenta sobre resíduos. Concorda-se com Latterza (apud Leite, 2001) ao definir deposição

de resíduos sólidos como a atividade intermediária, anterior á destinação final dos resíduos

sólidos, que sempre realizada de forma aleatória e ilegal, e disposição de resíduos sólidos

como a atividade intermediária ou final, com manejo e arranjo corretos dos resíduos.

Os autores enfatizam também que as áreas degradadas podem colocar em risco a

estabilidade de encostas e taludes, comprometendo o fluxo da drenagem urbana,

demonstrando que os responsáveis pela deposição dos resíduos não estão preocupados com os

custos sociais que a atividade representa para a cidade.

2.7 Disposição Irregular

Quanto ás disposições irregulares dos resíduos da construção civil no ambiente

urbano, pode-se concluir que elas são o resultado da inexistência de soluções eficazes para a

captação destes resíduos, da falta de uma fiscalização eficiente e, até mesmo, da falta de uma

conscientização da população quanto aos danos provocados pelos descartes indiscriminados

do entulho em locais inadequados. As disposições irregulares dos resíduos da construção civil

no meio ambiente urbano geram problemas de ordem ambiental, social e econômica, pois

comprometem o meio ambiente, promovem a redução da qualidade de vida da população e

aumentam os custos com a limpeza urbana (Aquino, 2004).

As disposições irregulares normalmente são resultados de pequenas obras ou reformas

realizadas pelas camadas da população urbana mais carente de recursos, normalmente por

processo de autoconstrução, porque não dispõe de recursos financeiros para a contratação das

empresas coletoras, Esse problema é mais comum em bairros periféricos de baixa renda, onde

o número de áreas livres é maior (Pinto; Gonzáles, 2005).

Empresas geradoras de resíduos de construção e demolição (RCD), por sua vez,

continuam depositando o resíduo da construção civil em estradas e avenidas, em margens de

rios e córregos, em terrenos baldios afastados da região central. Essa situação diminui um

pouco o surgimento dos caçambeiros, que contribuíram para que esse quadro fosse

amenizado, e com a criação de locais predeterminados, mas nem sempre apropriados, para o

depósito do resíduo (PINTO, 2005).

2.8 Impactos Ambientais Gerados pelos RCD

Juntamente com a grade importância da indústria da construção civil como alavanca

para o desenvolvimento social e econômico do país, este setor também vem, na mesma

intensidade, gerando impactos negativos para o meio ambiente.

Todas as etapas do processo construtivo, tais como: extração da matéria prima,

produção de materiais, construção, utilização e demolição, causam impactos ambientais que

afetam diretamente ou indiretamente os seguintes aspectos:

A saúde, a segurança e o bem-estar da população;

As atividades sociais e econômicas;

A biota;

As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

A qualidade dos recursos ambientais.

Alguns fatores são agravantes ao processo construtivo, no que tange ao gerenciamento

inadequado dos RCC:

Coleta não compromissada dos resíduos da construção civil;

A inexistência de políticas públicas que disciplinem a destinação dos resíduos;

A um ineficaz gerenciamento ambiental de alguns agentes ligados á gestão dos

RCC;

Expressivo número de áreas degradadas denominadas, de bota foras clandestinos

ou de deposição irregulares;

27

Bota fora clandestino é uma área procedente da deposição irregular de resíduos

executada, principalmente, por empresas privadas de transporte de RCC, o qual utiliza

grandes áreas sem licenças ambientais ou com consentimento tácito, ou explicito, as

administrações locais.

Os RCC sendo depositados irregularmente causam os seguintes impactos ambientais:

As deposições dos RCC em leitos de rio causam assoreamento dos cursos

d’água, degradação de áreas de manancial e de proteção ambiental permanente;

A deposição em vales pode causar instabilidade de encostas;

O acúmulo dos resíduos em zonas de tráfego pode causar obstrução de vias de

pedestre e de veículos, além da própria degradação da paisagem urbana;

Os locais de deposição incorreta dos RCC provocam atração de outros tipos de

resíduos como, por exemplo, resíduos domésticos, industriais e etc. e, dessa

forma, tornam-se ambiente de proliferação de vetores transmissores de doenças;

As deposições destes resíduos, perto de redes de drenagem, podem causar

obstrução do sistema de drenagem.

As discussões das questões ambientais que envolvem os RCC estão intimamente

ligadas com o desperdício dos recursos naturais e a escassez de locais de deposição de

resíduos.

A disposição inadequada dos resíduos, além de ocasionar transtorno á população,

demanda de vultosos investimentos financeiros, o que coloca a indústria da construção civil o

centro de discussões na busca pelo desenvolvimento sustentável.

2.9 Importância da Destinação Final dos Resíduos

Os resíduos provenientes da indústria da construção civil não podem mais ser lançados

no meio ambiente de qualquer maneira. É preciso um controle rigoroso para que isso não

aconteça e convencer os empresários de que essas normas, quando bem aplicadas, podem

resultar em benefícios a curto, médio e longo prazo, tanto para as empresas como para os

municípios.

Apesar das aparentes dificuldades para quem precisa se adequar ás novas normas para

a implantação dos aterros de resíduos da construção civil normalizados pela ABNT, esse

processo é mais simples do que as adaptações necessárias para outros tipos de resíduos, como

os industriais, por exemplo. Se bem planejado, sua implantação pode ser muito simples,

contudo é necessário se adequar ás novas exigências e formar parcerias com empresas que

possam auxiliar nisso, como as de extração e/ou beneficiamento de pedra, areia e argila, uma

vez que podem ser utilizadas as cavas da extração para implantar os aterros.

O Quadro 1, encontra-se a representação das classes, integrantes e a destinação correta

dos resíduos da construção e demolição evitando assim os impactos ambientais causados pela

disposição incorreta.

Quadro 1: Classes, integrantes e destinação dos RCD/ Resolução CONAMA 307/02.

Classes Integrantes Destinação

A

Componentes

cerâmicos,

argamassas,

concretos

- Encaminhar para um triturador de blocos previamente instalado

no canteiro, sendo o material final reutilizado em calçadas, bases

e sub-bases.

- Reutilizar ou reciclar na forma de agregados.

- Encaminhar para um aterro de resíduos da construção civil,

dispondo de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura.

B

Plásticos, papel

e papelão,

metais, vidros,

madeiras e

outros.

- Reutilizar, reciclar ou encaminhar às áreas de armazenamento

temporário, permitindo a utilização ou reciclagem futura.

- Armazenar em local predeterminado e reutilizar para transporte

de materiais e equipamentos, sendo depois enviado à empresa

habilitada ao seu recolhimento.

- Enviar à empresa compradora.

C

Gesso e outros.

- Armazenar, transportar e destinar em conformidade com as

normas técnicas específicas.

- Armazenar em depósito até destinação final.

D

Tintas,

solventes, óleos

e outros

resíduos

contaminados.

- Armazenar, transportar, reutilizar e destinar em conformidade

com as normas técnicas específicas.

- Sobras podem ser reutilizadas para pinturas de tapumes e

outros usos dentro da obra, e a destinação final devem ser à

empresa habilitados a seu recolhimento.

Fonte: Adaptado de BRASIL (2002).

29

2.10 Resolução CONAMA 307

A resolução 307 de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA,

estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão (ambientalmente correta) dos

resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias á minimização dos impactos

(efeitos) ambientais, levando em conta a política urbana de pleno desenvolvimento da função

social das cidades e da propriedade urbana (Lei 10.257 de 2001).

Na referida resolução é definido que os geradores de resíduos da construção civil

(entulhos) devem ter como objetivo principal a não geração de tais resíduos e, em caráter

secundário, a redução, reutilização, reciclagem, bem como a responsabilidade pela destinação

final de tais materiais, levando em conta que tais resíduos não podem ser dispostos em aterros

de resíduos domiciliares (resíduos urbanos), em “bota fora”, encostas corpos de água, lotes

vagos, bem como em áreas legalmente protegidas por Lei. Para tal exigência da referida

Resolução, cada município deve obrigatoriamente desenvolver e implementar o Plano

Municipal de Gestão dos Resíduos da Construção Civil.

A Resolução foi muito clara ao definir um prazo máximo de dezoito meses, contados a

partir de 5 de junho de 2002, para que todos os municípios deixem de fazer a disposição de

resíduos de construção civil em aterros domiciliares e em áreas de “bota fora”. O que não

ocorre na realidade, basta olhar os arredores da cidade.

Ainda segundo essa resolução, a estrutura de gestão de resíduos da construção civil

deve obedecer ao fluxograma apresentado na Figura 5.

Figura 5: Fluxograma da gestão de resíduos, de acordo com a Resolução 307/02.

Fonte: Adaptada de Carneiro (2005, p.32).

31

3 METODOLOGIA

Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos adotados na

realização deste trabalho. Inicialmente realizou-se a caracterização do estudo e apresentados

os métodos da pesquisa, bem como mostra a técnica e instrumentos de coleta de dados, as

questões de pesquisa, o universo e a amostra analisada, além do tratamento dado ás

informações coletadas, as etapas estão descritas de forma simplificada conforme o fluxograma

da Figura 6.

Figura 6: Fluxograma da estrutura metodológica.

3.1 Caracterização do Município Estudado

O município de Passo Fundo – RS está localizado no Planalto Médio, no interior do

estado do Rio Grande do Sul, sendo considerada cidade média, com uma população estimada

em 186.028 habitantes. Possui um grande número de edifícios, sendo uma das cidades mais

densas do Estado.

Passo Fundo – RS é considerado um dos mais importantes municípios do Rio Grande

do Sul, destacando-se, como um dos fatores predominantes em sua economia, a indústria da

construção civil, tendo em média de área em construção no ano de 2005 180.00 m²; dados de

pesquisa de áreas em construção realizada pelo Sinduscon-PF em suas empresas associadas,

excluindo construtora, incorporadoras e obras particulares sem ligação com o Sinduscon - PF.

A atuação no setor é máxima e busca-se a capacitação de empresários e a difusão de novas

tecnologias com novas informações (PASSO FUNDO, 2006).

A Figura 7 apresenta a localização do município de Passo Fundo – RS no mapa do

estado do Rio Grande do Sul.

Figura 7: Mapa do Rio Grande do Sul com a localização do município de Passo Fundo – RS.

Fonte: Adaptado de Neckel et al. (2009).

33

3.2 Definição do Foco de Estudo

O foco principal do estudo está baseado nos resíduos da construção e demolição, em

especial sobre a destinação final dos mesmos.

3.3 Metodologia de execução do trabalho

3.3.1 Levantamento Bibliográfico

Fase do trabalho responsável pela pesquisa bibliográfica a respeito do assunto, para ter

subsídios literários e técnicos para a realização deste trabalho.

3.3.2 Visita a Área da Antiga Pedreira

Como pode ser vista na Figura 8, a visita na área da antiga pedreira foi de extrema

importância para ser realizado um diagnóstico visual do local e a maneira com que os resíduos

estão sendo depositados no período atual. Em preto na figura, a área de disposição dos

resíduos e em azul a localização do Rio Passo Fundo próximo da área.

Figura 8: Vista do local da Antiga Pedreira.

Fonte: Google Earth (2012).

3.3.3 Aplicação de Questionários

Os questionários aplicados para entrevistas com os órgãos responsáveis pelo setor do

Meio Ambiente, em especial a Secretária do Meio Ambiente (SMAM), foram elaborados com

questões referentes à área de disposição, empresas cadastradas, controle da destinação,

quantidade de resíduos disposto no local licenciado, as principais dificuldades encontradas

pelos órgãos, fiscalização e sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção e

Demolição (PGRCD), afim de que houvesse esclarecimentos e coletas de dados a respeito da

destinação final e gestão dos RCD.

35

3.3.4 Entrevista não Estruturada

A entrevista não estruturada constituiu de um diálogo com pessoas que possuem o

conhecimento sobre o assunto que está sendo apresentado neste trabalho, com o objetivo da

coleta de informações referente à destinação dos resíduos da construção e demolição, assim

como outros assuntos da área estudada.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme o objetivo principal da pesquisa, o avaliar os desafios e perspectivas da

destinação final do resíduo da construção e demolição (RCD), bem como conhecer a realidade

atual, produção e destinação final dos mesmos na cidade de Passo Fundo – RS, foram obtidos

dados, com base nos questionários aplicados e das entrevistas realizadas, instrumentos esses

que foram fundamental para a obtenção dos resultados e das discussões que serão abordados a

seguir.

4.1 Situação Atual da Destinação dos RCD

4.1.1 Local de Disposição dos RCD

O local que hoje as principais empresas coletoras de RCD e a Secretaria Transporte e

Serviços Gerais (STSG), atualmente estão depositando os resíduos é uma área particular,

nesta área, antes da disposição, era exercida a atividade de mineração (que no passar do tempo

devido a extração do solo e das pedras, o local transformou-se em uma grande cava). O

proprietário da área, após abandonar a atividade da mineração, liberou a área para a Prefeitura

Municipal realizar a disposição do RCD até que fosse preenchida a cava para posterior

recuperação do local. A Prefeitura Municipal e a Promotoria Pública através de um contrato

liberou a área para seis empresas que atuam no ramo da coleta destes resíduos.

Nesta área como pode ser visto nas Figuras 9 e 10, não há controle, fiscalização e

gerenciamento dos resíduos depositados, nem a quantidade em toneladas, de resíduos que é

disposto no local semanalmente.

37

Figura 9: Local da disposição dos RCD.

Figura 10: Vista panorâmica do local de disposição do RCD.

4.1.2 Volume de RCD depositado na área analisada

A Secretária de Transporte e Serviços Gerais (STSG) prestam serviços como

recolhimento de resíduos de poda, resíduos de pequenos geradores além de recolhimento de

entulho de terrenos baldios entre outros. O volume segundo informações (STSG), que é

depositado na área da pedreira é apresentado na Tabela 1, o volume em m³ mensal foi

calculados em um período de 26 dias de trabalho, ou seja, equivalente a um mês, e os valores

anual se baseou em um período de 12 meses.

Tabela 1: Volume de resíduos depositado na área da pedreira pela STSG.

STSG RCD Podas Terra

Volume diário de resíduos 12 m³ 4 m³ 11, 54 m³

Volume mensal médio de resíduos 312 m³ 104 m³ 300 m³

Volume anual médio de resíduos 3744 m³ 1248 m³ 3600 m³

4.1.3 Gerenciamento do RCD

Na área avaliada, pode-se perceber que não ocorre um gerenciamento do RCD que

deveria ser realizado, e isso deve-se, principalmente pelo fato de não haver fiscalização

municipal suficiente em relação a tipologia de resíduos depositados no local, o que pode ser

visualizado nas Figuras 11 e 12. De acordo com o órgão ambiental, hoje é realizada apenas

uma fiscalização semanalmente, mas a respeito do gerenciamento do resíduo não se tem um

controle.

Figura 11: Pneus sendo depositados irregularmente no local.

39

Na vistoria realizada no local, percebeu-se que possui resíduos diversos, como pneus,

galhos, produtos eletroeletrônicos entre outro, o que causa uma visão de degradação total da

área e a presença de pessoas não autorizadas, como catadores e pessoas que utilizam também

a área para dispor outro tipo de resíduo. Nota-se, conforme Figura 13, que em virtude da não

classificação e triagem dos resíduos, o local apresenta escoamento de chorume na parte

inferior da área, provavelmente em virtude de resíduos orgânicos ou resíduos sólidos urbanos

depositados inadequadamente.

Figura 12: Produtos eletroeletrônicos sendo dispostos irregularmente.

Figura 13: Vista da presença de chorume na parte inferior da área.

4.1.4 Disposição dos Resíduos

Percebe-se, analisando as Figuras 11, 12 e 13, bem como a vistoria no local, que a

disposição está ocorrendo de forma inadequada, causando um passivo ambiental ainda maior

na área.

Segundo informações do órgão ambiental, responsável pela fiscalização (SMAM), as

empresas que dispõem os resíduos no local, realizaram a analise do material e estes foram

classificados como Resíduos classe II B - inerte, (segundo a classificação da NBR

10.004:2004), ou seja, não reagem quimicamente com o solo e outros componentes. Porém, o

que se observa na área, é que é feita a disposição de uma quantidade significante de resíduos

oriundos do gesso, que são solúveis em água e reagem quimicamente com outros produtos. O

gesso em contato com umidade e condições anaeróbias, com baixo pH, e sob ação de

bactérias redutoras de sulfatos, pode formar gás sulfídrico (H2S), que possui odor

característico de ovo podre, tóxico e inflamável.

41

A Figura 14 mostra o gesso misturado com os resíduos.

Figura 14: Resíduos de gesso misturado com outros resíduos.

A situação de disposição do RCD está sendo um problema que a cada dia se agrava

mais e o prazo que as empresas têm para sair da área já foi estipulado pela Prefeitura

Municipal, sendo até Dezembro de 2012. Com esse fato, após este prazo, as empresas não vão

poder dispor resíduos na área. As empresas por sua vez, não possuem outra área licenciada

para esta disposição.

4.2 Desafios e Perspectivas Sobre a Destinação Final dos RCD

De acordo com a pergunta formulada ao (Coordenador Licenciamento da cidade de

Passo Fundo), sobre qual seria o ponto mais crítico quando comentamos em gerenciamento de

resíduos como um todo, o mesmo salientou que seria á conscientização das empresas e a

grande dificuldade encontrada hoje por parte das empresas e do poder público municipal, é a

dificuldade de ser implantado um Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil (PMGRCC). Também informou que com a criação de um local apropriado e

licenciado para a disposição dos RCD, um controle da entrada dos resíduos e uma fiscalização

nesta área seriam de fundamental importância para que a quantidade, classificação e

destinação dos resíduos se desse de forma correta.

Quanto ao PMGRCC, uma empresa de consultoria ambiental vai prestar este serviço

ao Poder Público, fazendo um cadastramento das construtoras que geram RCC (Resíduos da

Construção Civil), das empresas transportadoras, da quantidade e da classificação dos

resíduos em classes A, B, C e D, e com isso incentivar as construtoras a não geração, a

redução, a reutilização e a reciclagem no próprio local de produção dos resíduos.

Quanto a um plano de reutilização dos RCD, o Sr. Sidnei Souto Castanheira informou

que está tramitando junto ao Ministério do Meio Ambiente e que a implantação de uma usina

de reciclagem seria de fundamental importância e um objetivo a ser alcançado.

Nesta pesquisa foi verificado que não há a aplicação da Resolução 307 do Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002) tanto por parte dos órgãos ambientais, quanto

por parte das empresas que são responsáveis pela destinação dos RCD.

Os dados citados neste trabalho e a situação atual da destinação final do RCD mostram

o quanto é preocupante a continuação desse quadro da destinação irregular dos RCD, pois

continuará a degradação ambiental da área e com isso um grande aumento do passivo

ambiental a onerar os cofres públicos. Também se observou-se que há uma preocupação do

poder público e dos proprietários das empresas coletoras para se adequar a legislação vigente,

mas por outro lado, verificou-se a falta de controle das destinações finais por parte dos

geradores, coletores e administradores municipais.

Desse modo, os desafios e as perspectivas são imensos, o que exige da gestão pública

a necessidade de implantação de ações de gestão dos RCD, segundo o que recomenda a

resolução 307/2002 do CONAMA.

A gestão integrada desses resíduos deverá proporcionar benefícios de ordem

ambiental, social e econômica. Por ser uma questão complexa, a gestão integrada requer

mudanças culturais, iniciando pela conscientização ambiental, que deve se estender desde o

operário de obras até o empresário. Por isso, os resíduos da construção e demolição merecem

atenção por parte de empresas geradoras e coletoras desse material, em se tratando da grande

geração, como também por parte do poder público municipal. Uma maneira de o município

atuar junto aos grandes geradores é exigindo, no momento da aprovação de novos projetos,

43

que apresentem uma área licenciada para a destinação dos resíduos e um Controle de

Transporte de Resíduos (CTR).

Para implementar um processo de gestão dos resíduos, tem-se a necessidade de criar

áreas de recebimento de entulho e centrais de triagem. Das unidades de recebimento, os RCD

seriam processados em centrais de reciclagem, sendo selecionados, descontaminados,

triturados, peneirados e revendidos. A criação de uma usina de reciclagem teria um papel

fundamental na gestão dos RCD, propiciando a contínua ampliação do uso dos resíduos

reciclados, inclusive no próprio setor, e diminuindo a sua disposição em lugares

inapropriados, aumentando assim os tempos de uso dos mesmos.

Após a implantação dessa área, tem-se a necessidade de fazer o cadastramento das

empresas prestadoras de locação de caçambas, levantando a capacidade operativa das mesmas

(número e volume de caçambas, quantidade de funcionários, tipos de equipamentos para

transporte, entre outros.)

Ações de orientação e educação ambiental, controle, apoio, legislação municipal sobre

gestão dos RCD, fiscalização junto aos canteiros de obras, treinamento ou curso relacionado

com o gerenciamento de RCD visando atingir as metas de minimização, reutilização e

segregação dos resíduos na origem com o correto manejo dos resíduos no interior do canteiro

de obras, para após ser feito o recolhimento e destinado a área licenciada. Essas ações são de

fundamental importância para a correta destinação final dos RCD.

5 CONCLUSÃO

5.1 Conclusões e Considerações Finais

A indústria da construção civil exerce um papel social relevante, por empregar elevado

número de trabalhadores. Entretanto, urge que esse setor modifique suas relações com os

recursos humanos, com o intuito de reduzir seus impactos ambientais, sendo cruciais ações

em áreas frágeis do setor como gestão da qualidade, educação, inclusive a educação

ambiental, treinamento e capacitação, fiscalização e medidas mais eficientes e eficazes de

controle, aliados a instrumentos econômicos que incentivem a destinação adequada dos

resíduos.

O município de Passo Fundo não está estruturado para o gerenciamento de resíduos,

porém, não é possível mais postergar solução para os problemas acarretados por eles,

continuando a agir de forma coadjuvante e corretiva. Neste sentido, é fundamental a

superação dos desafios para a gestão pública e privada no tocante aos RCD, para superar o

cenário de degradação ambiental. O Poder Público deve adotar medidas tendentes a

diminuição dos resíduos da construção e á responsabilização efetiva dos geradores, dando

início assim ao processo de mudança e estruturação de um novo modelo de gestão,

explorando a potencialidade da reciclagem enquanto atividade econômica.

As mudanças necessárias para a implementação de um sistema eficaz de gestão de

resíduos em Passo Fundo requerem iniciativa do Poder Executivo Municipal, com a criação e

divulgação do (PIGRCC), que segundo informações está tramitando. Quanto à localização de

uma área adequada para a disposição dos RCD, deve seguir os critérios do formulário de

licenciamento da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), sobre resíduos sólidos

da construção civil.

Para que uma gestão de resíduos de construção e demolição funcione, é preciso

necessário um planejamento de ações, sendo a atuação um programa para varias frentes de

maneiras simultâneas. Umas dessas frentes poderia ser a diminuição da geração de RCD na

forma de esclarecimento a empresas e profissionais, para que não ocorra deposição dessa

matéria em locais indevidos. Outra frente poderia ser a reciclagem de RCD, que pode ser

iniciada no canteiro de obras, com o armazenamento da maior parte dos resíduos.

45

5.2 Recomendações para Trabalhos Futuros

Recomenda-se, a partir dessa pesquisa, que seja levado a diante essa proposta de

gestão dos resíduos da construção e demolição (RCD), propondo diretrizes e critérios para a

destinação, e que sejam monitorados os resultados após a implantação da gestão dos resíduos

a fim de fiscalizar e ajustar as medidas de controle, visando sempre à correta destinação dos

resíduos da construção civil.

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Formulário para Licenciamento de Atividades de Recebimento, Beneficiamento e Destino

Final de Resíduos Sólidos da Construção Civil RSCC.

GUIANET. Mapa da localização de Passo Fundo-RS. Disponível em

<www.itatiaiapalace.com.br;mapas.php>. Acesso em 20 out. 2005.

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,

Disponível em: http://www.ibama.gov.br

JOHN, V. M. A construção, o meio ambiente e a reciclagem. Artigo. São Paulo:PCC-

EPUSP. Disponível em <http//www.reciclagem.pcc.usp.br>. Acesso em: 10 de outubro de

2010 apud JOHN, 2003.

JOHN, V.M. Reciclagem de resíduos na construção civil: contribuição à metodologia de

pesquisa e desenvolvimento. Tese (Livre Docência) – USP, São Paulo, 1999.

Lei Complementar nº 170 de 09 de outubro de 2006. Gabinete do Prefeito. Centro

Administrativo Municipal: 2006.

Lei Estadual nº 11.520, de 03 de agosto de 2000. Institui o Código Estadual do Meio

Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.

Lei Federal n° 6.938 de 31 agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Lei Federal n° 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e dá outras providências. LEITE.B. M. Avaliação de propriedades mecânicas de concretos produzidos com

agregados reciclados de resíduos de construção e demolição. 2001 Tese (Doutorado em

Engenharia Civil) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul , Porto Alegre, 2001.

Metodologia para desenvolvimento de reciclagem de resíduos. In: ROCHA, J. C.; JOHN,

V. M. (Ed.) Utilização de Resíduos na Construção Habitacional. Porto Alegre: ANTAC,

2003. Coletânea Habitare.

PASSO FUNDO. Decreto Municipal nº 32 de 24 de fevereiro de 2010. Gabinete do Prefeito.

Centro Administrativo Municipal. 2010.

PASSO FUNDO. Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

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PASSO FUNDO. Prefeitura Municipal. Secretaria de Transporte Serviços Gerais.

Disponível em <www.pmpf.rs.gov.br>. Acesso em 02 nov. 2012.

PASSO FUNDO. Prefeitura Municipal. Secretária Municipal do Meio Ambiente. Disponível

em <www.pmpf.rs.gov.br>. Acesso em 02 nov. 2012.

PINTO, T. P. (Coord.) Gestão ambiental de resíduos da construção civil: a experiência do

Sinduscon-SP, São Paulo: Obra Limpa: I&T: Sinduscon-SP, 2005.

PINTO, T.P.; GONZALES, J.L.R., (Coord.) Manejo e gestão de resíduos da construção

civil. Manual de orientação 1. Como implantar um sistema de manejo e gestão dos resíduos da

construção civil nos municípios. Parceria Técnica entre o Ministério das Cidades, Ministérios

do Meio Ambiente e Caixa Econômica Federal. Brasília: CAIXA, 2005.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Conselho Estadual do Meio

Ambiente (CONSEMA). Resolução 017 de 06 de dezembro de 2001. Disponível em

<www.sema.rs.gov.br/sema/html/res_ca1701.htm>. Acesso em 25 outubro 2010.

SINDUSCON – Sindicato da Indústria da Construção Civil. Disponível em

http://www.sindusconpf.com.br. Acessado em 26 out. 2012.

SOUZA, U. E. L. Como reduzir perdas nos canteiros: manual de gestão no consumo de

materiais na construção civil. São Paulo: Pini, 2005.

Vanderley M. John, Vahan Agopyan, Reciclagem de resíduos da construção. São

Paulo, 2000. Departamento de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da USP

(PCC USP).

VERGNA, J. R. G. Formação e Gerência de Redes de Empresas de Construção Civil:

Sistematização de um Modelo de Atores e Recursos para Obras de Edificações. Escola de

Engenharia de São Carlos (UPS), Dissertação (Mestrado), 2007.

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Município de Passo Fundo – RS. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Passo_Fundo. Acesso em: 02 de novembro de 2012.

49

ANEXOS

ANEXO 1: QUESTIONÁRIO APLICADO A SECRETÁRIA DO MEIO AMBIENTE

QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA AO SENHOR SIDNEI DA

SECRETÁRIA MUNICÍPAL DO MEIO AMBIENTE (SMAM)

1. Qual o local de disposição do RCD que a SMAM possui e que está licenciado?

2. Existe cadastro das empresas produtoras de RCD?

3. Quantas empresas estão cadastradas?

4. Acontece o gerenciamento do resíduo na área de disposição? Identificação,

classificação, triagem?

5. Há um controle de recebimento dos resíduos na área da antiga pedreira,

controle de entrada?

6. Qual a quantidade de resíduos disposto na área da pedreira por ano?

7. Quantidade estimada de resíduos que são dispostos irregularmente?

8. Quais as dificuldades encontradas pela SMAM no que se diz respeito á

destinação final dos Resíduos da Construção e Demolição?

9. Existe intenção da SMAM para a melhoria, ou, se for o caso, para a criação de

um PGRCD (Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção e

Demolição)?

10. Se este plano ou estratégia de gerenciamento existe, qual a situação atual

deste? Mostra-se promissor? Quais as expectativas da SMAM quanto à

disposição final dos RCD?

11. A SMAM, órgão municipal, é a única responsável técnica da área da antiga

pedreira?

12. Como se dá a fiscalização das ações publicadas na resolução 307, de 2002, do

CONAMA, que trata da destinação final dos RCD?

13. Há campanhas de conscientização? Quais? Detalhar.

14. Existe o Plano de Reutilização de Resíduos? Descreva.

15. Qual o ponto mais crítico quando falamos em Gerenciamento de Resíduos

como um todo?

16. Qual sua opinião a respeito da implantação de usinas de reciclagem?

17. Já foi aplicada alguma punição para empresa que tenha colocado Resíduos de

Construção em áreas não licenciadas?

18. Qual a perspectiva futura em relação à destinação compromissada de RCD em

Passo Fundo?

ANEXO 2: QUESTIONÁRIO ENVIADO A SINDUSCON - PF

ROTEIRO DE ENTREVISTA APLICADO AO SINDUSCON – PF

Entrevistador: _____________________________________________________________

Data da entrevista: _______________ Horário Início ______________ Término: ________

Entrevistado-nome: _________________________________________________________

Profissão: ____________________ Função: _______________________ Idade: ________

Trabalha na instituição há quantos anos: _____ Está na função atual há quanto tempo: ____

1. IDENTIFICAÇÃO

1. Razão Social: ___________________________________________________________

2. Endereço: ______________________________________________________________

3. Município de Localização: ________________________________________________

4. Ano de Fundação: _______________________________________________________

5. Pessoal ocupado atual: ____________________________________________________

6. Pessoal ocupado com o fim de viabilizar ações sobre o gerenciamento de RCD (dizer

função e escolaridade): _____________________________________________________

2. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

7. Foi feito algum treinamento/curso com o pessoal envolvido com ações relacionadas à

gestão de RCD?

Sim Não Não Sabe

8. Qual foi a forma de treinamento realizado? (admite mais de uma resposta).

1. ( ) Na instituição (fora do processo de trabalho)

2. ( ) Na empresa (no próprio processo de trabalho)

3. ( ) Consultoria externa

4. ( ) Em instituições especializadas (Senai, Sebrae etc.): especificar _________________

5. ( ) Promovido por clientes ou fornecedores

6. ( ) Outras (especificar) ___________________________________________________

9. Qual a periodicidade com que ocorrem as reuniões do pessoal envolvido com a questão do

gerenciamento dos RCD? _________________________________________________

10. Quais as estratégias que esta instituição utiliza para convencer as empresas e a sociedade

sobre a importância da gestão dos RCD?______________________________________

11. As empresas procuram esta instituição para buscar orientação sobre a gestão de RCD.

Indique a freqüência utilizando a escala, onde 2 é raramente, 4 é freqüentemente e 6 é sempre.

Responda conforme o porte da empresa.

- Micro (0-09 empregados) ________________________

- Pequena (10-59 empregados) __________________________

- Média (60-99 empregados) _________________________

- Grande (acima de 99 empregados) _____________________

12. Representantes da sociedade civil já vieram a esta instituição em busca de informações

sobre gestão de RCD? O que buscavam precisamente?

Sim Não

51

13. Quais as principais dificuldades relatadas pelas empresas que não executam a gestão dos

RCD?___________________________________________________________________

14. Quais as dificuldades encontradas pelas construtoras para realizar a gestão dos RCD?

________________________________________________________________________

15. Qual a perspectiva futura em relação ao gerenciamento de RCD em Passo Fundo?

________________________________________________________________________

3. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS

16. Por que os proprietários de pequenas construções ou reformas não se interessam pela

correta destinação dos RCD gerados?

4. RECICLAGEM DE RESÍDUOS

17. Algum resíduo da construção civil é reciclado em Passo Fundo? Qual? Como se dá esse

processo?

Sim Não Não Sabe

________________________________________________________________________

18. Quais dos agentes abaixo comercializam RCD recicláveis em Passo Fundo? São

licenciados? Quais são os produtos?

1. ( ) Sucateiro ___________________________________________________________

2. ( ) Cooperativa _________________________________________________________

3. ( ) Grupo de coleta seletiva _______________________________________________

4. ( ) Outro (especificar) ___________________________________________________

5. RELAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS COM OS GERADORES E

TRANSPORTADORES

19. Existem programas ou ações específicas de orientação e educação dos agentes envolvidos

com a produção, transporte ou armazenamento dos resíduos da construção promovidos pelos

diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados?

Sim Não Não Sabe

Quais?

________________________________________________________________________

ANEXO 3: FORMULÁRIO DA FEPAM SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Formulário para

LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES

DE RECEBIMENTO,

BENEFICIAMENTO E DESTINO

FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

RSCC

DISA

Divisão de Infraestrutura

e Saneamento

Ambiental

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO: As instruções necessárias para o

preenchimento deste formulário encontram-se a seguir, nas orientações e no Anexo I: leia

atentamente antes do preenchimento. Os campos marcados com asterisco (*) são de

preenchimento obrigatório.

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

NOME / RAZÃO SOCIAL*:

CNPJ*:

CPF*:

End.*: n° *:

Bairro: CEP*: Município*:

Telefone*: ( ) FAX: ( ) e-mail:

End. p/ correspondência*: n° *:

Bairro: CEP*: Município*:

Contato – Nome*: Cargo:

Telefone p/ contato*: ( ) FAX: ( ) e-mail:

Em caso de alteração da razão social de documento solicitado anteriormente (licença,

declaração, etc.) informar a antiga razão social. Razão social anterior

IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE/ EMPREENDIMENTO

Atividade (conforme tabela da FEPAM)*

Endereço (Rua, Av, Linha, Picada, etc.)*:

n°/km*: Bairro/Distrito*:

CEP*: Município*:

Coordenadas geográficas * (Lat/Long) no Sistema Geodésico, SIRGAS2000

Lat.

()

- . Long

()

- .

Responsável pela leitura no GPS

Nome:

____________________________________________________

_________

Telefone:

(___)________________

Profissão:

_________________________________

_

Nº Registro no Conselho Profissional:

______________________

* Lat: Latitude; Long: Longitude

53

Obs.: Não serão protocolados processos que não apresentem coordenadas no formato

solicitado.

MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO À FEPAM

Tipo de documento a ser

solicitado:

Licença Prévia

Licença de Instalação

Licença de Operação

Autorização

Declaração

Primeira solicitação deste tipo de documento

Renovação

Documento anterior tipo:

Documento anterior n.º:

Processo FEPAM nº:

OBS.: PARA O DOCUMENTO LICENCIATÓRIO SOLICITADO SERÁ EMITIDO

CERTIFICADO POR ASSINATURA DIGITAL, PROCESSO ELETRÔNICO BASEADO

EM SISTEMA CRIPTOGRÁFICO ASSIMÉTRICO, ASSINADO ELETRONICAMENTE

POR CHAVE PRIVADA, GARANTIDA A INTEGRIDADE DE SEU CONTEÚDO E

ESTARÁ À DISPOSIÇÃO NO SITE WWW.FEPAM.RS.GOV.BR

INFORMAÇÕES GERAIS

Identifique o empreendedor:

Empreendedor Público em Programas

Públicos – especificar o programa:

Empreendedor Privado em Programas

Públicos – especificar o programa:

Empreendedor Público com

Financiamento Público – entidade

financiadora:

Empreendedor Privado com

Financiamento Público – entidade

financiadora:

Empreendedor Público com

Financiamento Privado – entidade

financiadora:

Empreendedor Privado com

Financiamento Privado – entidade

financiadora:

Empreendedor Público Empreendedor Privado

Identifique a atividade:

Aterro de RSCC Central de Triagem com Aterro de RSCC

Aterro de RSCC com Beneficiamento Estação de Transbordo de RSCC

Central de Triagem com

Beneficiamento

Estação de Transbordo de RSCC com

Beneficiamento

Central de Triagem e Aterro de RSCC

com Beneficiamento

Outra forma de destinação de RSCC com

Beneficiamento, especificar:

Central de Triagem de RSCC

Outra forma de destinação de RSCC sem

Beneficiamento, especificar:

Obs.: As unidades de triagem de RSCC também podem receber resíduos volumosos

e poda, desde que especificado em projeto

Informe o regime de funcionamento e número de funcionários:

Período de

funcionamento Horários dos turnos Total de funcionários

Horas/dia Dias/mês Manhã Tarde Noite Operação Administração

às às às

Indique o consumo médio mensal de energia na unidade industrial, em kWh:

Informe a(s) área(s) do empreendimento:

Área total do terreno (m²):

Área construída/a ser construída total - prédios

(m²):

Área prevista para as células do aterro (m2):

Área prevista para as atividades ao ar livre,

incluindo acessos (m²):

Área de preservação (m2):

Área útil total (m²):

Atividade/empreendimento a ser instalado em:

Área nunca utilizada.

Área utilizada anteriormente. Citar a atividade

Outro.Identifique

Caracterize a localização do empreendimento pela Legislação Municipal:

Localização

Zona urbana

Zona expansão urbana

Zona rural

Se o empreendimento localiza-se em zona urbana assinale com um “X” no quadro

correspondente:

Caracterização da Zona Urbana

Zona residencial

Zona de transição

Zona mista

Zona industrial

Outras

Caracterize a vizinhança do empreendimento:

Vizinhança Distância Aproximada (m)

Residência

Comércio

Indústria

Escola

Outras. Especificar quais:

Indique quais as fontes de abastecimento de água:

Fonte de Abastecimento VAZÃO (M³/DIA)

Rede pública

Poço

Rios ou arroios. Especificar o nome:

Açude

Barragem de acumulação

Reuso de efluentes

55

Outras. Especificar quais:

Indique para quais finalidades a água é utilizada:

Finalidade Vazão (m³/dia) Fonte de abastecimento

Sanitários

Refeitório

Processo

Lavagem de pisos e equipamentos

Lavagem de veículos

Outras. Especificar quais:

INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO

O processo de tratamento e/ou destino final de RSCC se desenvolve em várias etapas,

desde o recebimento dos resíduos, triagem, classificação, beneficiamento e destino final

Liste os principais resíduos:

Tipo de Resíduo(1)

Acondicionamento(2)

Armazenamento(3)

(1)

Tipo de Resíduo: descrever o tipo de resíduo recebido. (2)

Acondicionamento: tambores, bombonas, caçambas, containeres, tanques, a granel, fardos,

sacos plásticos, etc. (3)

Armazenamento: área fechada, área aberta sem telhado, área aberta com telhado, área com

piso impermeabilizado, área com contenção de vazamentos, destino final em aterro, etc.

O empreendimento possui tanques de armazenamento de substâncias inflamáveis,

explosivas, corrosivas, tóxicas, oleosas ou gasosas?

Sim Não

Em caso afirmativo, preencha os campos abaixo, por tanque de armazenamento:

Tanque

no

Substância Armazenada Volume

(l) AÉREO OU

Subterrâneo

Ano de

instalação*

BACIA DE

CONTENÇÃO

Nome Atividade em que

será utilizada

Sim Não

01

02

03

04

05

* No caso de utilização de tanque(s) já existente(s).

EM CASO DE POSTO DE ABASTECIMENTO PRÓPRIO (PA) PREENCHER OS

ITENS 5.2.2 A 5.2.4

REGISTRO NA ANP:

Registro na ANP No: Registro Anterior na ANP:

NÃO SE APLICA

DADOS DA DISTRIBUIDORA(S)/FORNECEDORA(S)

Razão Social: Nome p/ contato:

End. p / correspondência: no:

Bairro: Telefone: E-mail:

PROPRIETÁRIO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS:

Razão Social: Nome p/ contato:

End. p / correspondência: no:

Bairro: Telefone: E-mail:

CEP: Município: UF:

CNPJ ou CPF:

Obs. Importante:

O empreendimento realiza beneficiamento?

Sim Não .

Em caso afirmativo, preencha os campos abaixo:

Processo(s)

utilizado(s):

Físico Físico-Químico

Descrição sucinta do processo de beneficiamento (se necessário inserir como anexo e

indicando-o abaixo):

Etapas do processo de tratamento e/ou destino final de RSCC:

Descreva todas as etapas envolvidas no processo (se necessário inserir como anexo indicando-

o abaixo):

5.4.2 APRESENTE FLUXOGRAMA DETALHADO DE TODAS AS ETAPAS

DO PROCESSO, INDICANDO AS OPERAÇÕES EM QUE OCORRERÁ GERAÇÃO

DE EFLUENTES LÍQUIDOS, DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS E RESÍDUOS

CLASSE A, B, C E D. APRESENTE COMO ANEXO, INDICANDO-O ABAIXO:

Identifique os principais equipamentos utilizados no processo:

Equipamento/Unidade/

Veículo

Capacidade

Nominal

Unidade de Medida Quantidade

OBS.: CAPACIDADE NOMINAL É A CAPACIDADE INDICADA PELO

FABRICANTE OU NO PROJETO DO EQUIPAMENTO.

Identifique a capacidade do empreendimento:

Capacidade máxima de recebimento: m3/dia

Vida útil prevista do empreendimento (no

caso de aterros):

anos

INFORMAÇÕES SOBRE EFLUENTES LÍQUIDOS

57

Efluentes líquidos são todos os despejos, na forma líquida, gerados em qualquer atividade.

Efluentes líquidos sanitários são provenientes de banheiros (chuveiros e vasos sanitários),

de refeitórios, de vestiários, etc. Efluentes líquidos do processo são os provenientes das

atividades desenvolvidas pelo empreendimento (beneficiamento, lavagem de pisos, lavagem

de equipamentos, lavagem de veículos, etc.).

Atentar que 1 m³ = 1.000 litros.

Efluentes líquidos sanitários

Indique a vazão para os efluentes líquidos sanitários: (m3/dia)

Obs.: Considerar que um funcionário gera de 70 a 150 litros de efluente por dia.

Indique qual o sistema de tratamento a ser utilizado para os efluentes líquidos sanitários:

Sistema de tratamento

Fossa séptica

Sumidouro

Filtro Anaeróbio

Sistema de tratamento de efluentes líquidos industriais

Outro, especificar qual:

Indique o local do lançamento dos efluentes líquidos sanitários:

Corpo receptor

Rede pública canalizada

Rio ou arroio

Solo

Outro, especificar qual:

Se ocorrer lançamento em recurso hídrico superficial, informe:

Nome do rio/arroio:

Distância mínima entre este e os limites da área do

empreendimento

(m)

Nos demais casos, cite o nome do rio/arroio mais próximo:

Nome do rio/arroio:

Efluentes líquidos do processo

O empreendimento gera efluentes líquidos?

Sim Não

OBS: CASO O EMPREENDIMENTO NÃO GERE EFLUENTE, DESPREZE AS

QUESTÕES 6.2.2 A 6.2.12? 6.2.13

Indique as atividades onde serão gerados efluentes líquidos:

Atividade VAZÃO (M³/DIA)

Central de Triagem

Compostagem

Célula de recebimento de RSU

Lavagem de pisos e equipamentos

Lavagem de veículos

Sistema de beneficiamento

Outras. Especificar quais:

Indique a vazão total de efluentes líquidos do processo:

Vazão Quantidade (m³/dia)

Atual

Máxima

Obs: Para a vazão máxima, considere a capacidade máxima

O empreendimento possui algum tipo de sistema de tratamento para os efluentes líquidos

gerados?

Sim Não

Caso a resposta anterior seja afirmativa, apresente croqui do(s) sistema(s) de tratamento

existente(s) para os efluentes líquidos gerados e indique, no mesmo, todas as entradas e saídas

dos efluentes em cada etapa do sistema. Apresente como anexo, indicando-o abaixo:

Identifique os principais unidades/equipamentos do sistema de tratamento de efluentes

líquidos:

Equipamento Capacidade (m3) Medidas (LxAxP) Quantidade

x__x

x__x

Existe(m) medidor(es) de vazão para os efluentes líquidos do processo?

Sim Não

Se a resposta for afirmativa, indique:

Localização

(Equipamento)

Tipo de Medidor

Ocorre lançamento de efluentes líquidos (mesmo que eventual)?

Sim Não

Se a resposta foi afirmativa, indique o local de lançamento (corpo receptor) dos efluentes

líquidos:

Corpo receptor

Rede pública canalizada

Rio ou arroio

Solo. Especificar:

Envio para tratamento em outro local. Indique a razão social e o endereço do local:

Outro. Especificar qual:

Se ocorrer lançamento em recurso hídrico superficial (rio/arroio), informe:

Nome do rio/arroio Vazão (L/s) Largura

(m)

Profundidade (m)

59

Coordenadas geográficas* (Lat/Long) no Sistema Geodésico, SIRGAS2000 - formato

decimal

Lat.

(º)

- . Long (º) - .

Indique os principais usos do recurso hídrico superficial (rio/arroio):

Antes do lançamento:

Depois do lançamento:

INFORMAÇÕES SOBRE FONTES DE POLUIÇÃO DO AR, RUÍDO E VIBRAÇÃO E

MEDIDAS DE CONTROLE

Descrever a(s) fonte(s) de poluição do ar:

Descrever a(s) medida(s) de controle de poluição do ar:

Descrever a(s) fonte(s) de ruído e vibração:

Descrever a(s) medida(s) de controle de ruído e vibração:

RECURSOS HÍDRICOS

Existem corpos hídricos próximos ou dentro da área do empreendimento?

Sim Não

Caso de resposta afirmativa, quanto ao corpo hídrico (rio/arroio/nascente), informe:

Nome Vazão Média

(l/s)

Vazão

Crítica

(l/s)

Largur

a

(m)

Profundidad

e

(m)

Distância do

Empreendimento

(m)

Obs.: Vazão crítica é a vazão mínima no período de estiagem.

Existem nascentes (olhos d’água) próximos ou na área do empreendimento?

Sim Não

EM CASO AFIRMATIVO APONTE AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS

(LAT/LONG) NO SISTEMA GEODÉSICO SIRGAS2000 - FORMATO DECIMAL:

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Existem banhados próximos ou na área do empreendimento?

Sim Não

EM CASO AFIRMATIVO APONTE AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS

(LAT/LONG) NO SISTEMA GEODÉSICO SIRGAS2000 - FORMATO DECIMAL:

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

Lat.

(º)

- . Long

(º)

- .

SOLO ORGÂNICO

Haverá remoção de solo orgânico? Sim Não Volume estimado

(m3):

Forma de estocagem e preservação do solo orgânico para utilização na recuperação

topográfica e de área degradada ou como material de cobertura (apontar as coordenadas

geográficas traçando o polígono do estoque):

Leiras Altura(m): Comprimento(m):

Pilhas Altura(m): Área (m2):

Outros – Descrever:

Coordenadas geográficas (Lat/Long) no Sistema Geodésico, SIRGAS2000 - formato decimal: Lat. (º) - Long

(º)

- .

Lat. (º) - Long

(º)

- .

Lat. (º) - Long

(º)

- .

Lat. (º) - Long

(º)

- .

Obs. O solo removido deverá obrigatoriamente permanecer dentro dos limites da área

licenciada.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Informe, OBRIGATORIAMENTE, a localização do empreendimento em relação às

Unidades de Conservação (UC), que se encontram definidas na Lei Federal n.°9.985/2000,

que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza:

1. Não há Unidade de Conservação em um raio de 10 km da localização do

empreendimento

2. Dentro dos limites de uma Unidade de Conservação

3. Dentro de um raio de até 10 km de uma Unidade de Conservação

4. Dentro da poligonal determinada pelo Plano de Manejo

Se houver UC (situações 2 a 4 no item acima) assinale o âmbito do Gestor da Unidade de

Conservação:

Municipal Especificar o(s) nome(s) da(s) U.C.(s):

Estadual Especificar o(s) nome(s) da(s) U.C.(s):

Federal Especificar o(s) nome(s) da(s) U.C.(s):

61

Observação 1: esta informação poderá ser obtida junto ao DUC/DEFAP, através do e-mail:

[email protected]

Observação 2: caso tenha assinalado opção 2 e o “Gestor da UC” é Federal, o

licenciamento ambiental será realizado pelo IBAMA.

Observação 3: caso tenha assinalado opção 2 e o “Gestor da UC” é Estadual ou Municipal,

deverá ser encaminhado cópia dos documentos em meio digital quando do protocolo do

processo administrativo junto ao órgão ambiental.

Observação 4: caso tenha assinalado a opção 3 ou 4, deverá ser encaminhado cópia dos

documentos em meio digital quando do protocolo do processo administrativo junto ao órgão

ambiental.

INFORMAÇÕES SOBRE INTERVENÇÃO EM VEGETAÇÃO NATIVA

Haverá supressão de vegetação/corte de exemplares nativos?

Sim Não

Em caso afirmativo, informar:

Tipo: Mata Atlântica Outros – Especificar:

Classificação: Pioneira Estágio inicial de regeneração Outros – Especificar:

Área de vegetação a ser suprimida: hectares

Principais espécies nativas objeto de corte e n° de exemplares por espécie :

Cubagem da madeira a ser extraída, Volume em m³: (toras) ; Vol. em mst: (lenha)

Haverá necessidade de emissão de Documento de Origem Florestal (DOF/IBAMA): Sim

Não

Apresentar Guia de recolhimento com comprovante de pagamento de taxa ao FUNDEFLOR

(www.sema.rs.gov.br + Licenciamento Florestal), considerando o item IV – Atividades,

Obras e Empreendimentos: Licenciamento florestal.

Obs.: Os estágios sucessionais deverão seguir as Resoluções CONAMA 10/93 e 33/94.

Deverá ser cumprido o art. 19.º, do Decreto Federal n.º 6660/2008, quando couber.

PASSIVOS AMBIENTAIS

Existe passivo ambiental na área a ser utilizada pelo empreendimento?

Sim Não

Em caso afirmativo, informe o passivo ambiental existente:

Tipo de Resíduo Quantidade

armazenada

Unidade de

Medida

Acondicionamento Armazenamento

IDENTIFICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA PELO PREENCHIMENTO

Nome(s) do(s)

profissional(is):

ART(s)

n.º:

Endereço: n.°

Bairro: CEP: Município:

Telefone: ( ) Fax: ( ) Celular: ( )

e-mail: CPF/CNPJ:

RESPONSÁVEL LEGAL DA EMPRESA

Responsabilizo-me a veracidade das informações prestadas no presente formulário.

NOME:

CARGO: DATA:

ASSINATURA: CARIMBO DA EMPRESA: