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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVL Kelli Manfio APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015) NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM SANTA MARIA/RS Santa Maria, RS 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVL

Kelli Manfio

APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR

18 (2015) NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE

UMA EMPRESA EM SANTA MARIA/RS

Santa Maria, RS

2017

Kelli Manfio

APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015)

NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM

SANTA MARIA/RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Engenharia Civil da Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como

requisito parcial para a obtenção do grau de

Engenheira Civil.

Orientadora: Profª. Drª. Larissa Degliuomini Kirchhof

Santa Maria, RS

2017

Kelli Manfio

APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015)

NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM

SANTA MARIA/RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Engenharia Civil da Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como

requisito parcial para a obtenção do grau de

Engenheira Civil.

Aprovado em 15 de dezembro de 2017:

_________________________________________

Larissa Degliuomini Kirchhof, Profª. Drª.(UFSM)

(Presidente / Orientador)

_________________________________________

Janis Elisa Ruppenthal, Profª. Drª. (UFSM)

_________________________________________

Évelyn Paniz, Engª.Civil (UFSM)

Santa Maria, RS

2017

Dedico este trabalho aos meus pais,

Magdalena e Sergio Manfio!

“É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu...”

AGRADECIMENTOS

Agradeço imensamente à Deus pela vida, por 2017 e por todas coisas boas. 2017 veio

em formato de furacão, com toda a adrenalina e coragem que eu precisava para mudar muitos

conceitos na minha vida.

Dedico esse trabalho ao meu pai e à minha mãe, incansáveis por sonharem comigo e

acreditarem em mim nesses 5 (cinco) anos de graduação, por me dar apoio e coragem nos

momentos de luta e desespero.

À minha mãe, a grande protagonista de 2017, lutou contra tudo e contra todos, com

todas suas forças, e segue comigo de mãos dadas. Essa conquista é pra ti, minha Guerreira, eu

tenho muito orgulho de você!

Ao meu pai, por ser pai de verdade, que me apoiou e jamais deixou eu desistir dos meus

sonhos. Tu estava ali, quando ninguém mais estava. Eu te amo, meu velho!

À minha irmã, querida Juliana Maria. Deu-me o melhor presente em 2013, iniciei a

faculdade com o Eric. Um amor que só cresce, que só se multiplica e nos faz muito felizes.

Obrigada mana, por todo o incentivo nesses vários anos de batalha. Essa conquista é tua

também!

À minha orientadora Profª. Drª. Larissa Degliuomini Kirchhof, que estendeu as mãos e

aceitou me orientar nessa caminhada, compartilhando comigo experiências e ensinamentos. De

coração, o meu muito obrigada!

À eterna BACIA, Caroline, Gerson e Matheus. Que time, que saudades de vocês.

Obrigada por todo companheirismo e por estarem comigo de verdade no 9º semestre. Amo

vocês de coração!

Aos meus amigos de Nova Palma, especialmente Alexia e Tavares, obrigada pelo

companheirismo de sempre! Vocês são feras!

A Universidade Federal de Santa Maria, pelo conhecimento, qualidade de ensino e

formação profissional.

Obrigada meu Deus, por me permitir viver tudo isso, nessa intensidade maravilhosa, ao

lado das pessoas que eu amo, com todos eles aqui comigo!

RESUMO

APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015)

NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM

SANTA MARIA/RS

AUTORA: Kelli Manfio

ORIENTADORA: Larissa Degliuomini Kirchhof

A construção civil apresenta elevados índices de acidentes e doenças de trabalho, devido à

diversos fatores, que vão desde a mão de obra barata e desqualificada, como também a carência

de treinamentos e cursos sobre segurança e saúde do trabalhador. Os acidentes e doenças do

trabalho estão relacionados a diversos fatores, que vão desde a falta de fiscalização por meio

dos órgãos responsáveis, técnicas ainda rudimentares de construção, falta de treinamento e de

qualificação dos trabalhadores, carência de equipamentos e mecanismos de proteção

disponíveis nos canteiros, além da própria percepção e preocupação do trabalhador com sua

saúde e segurança. Desse modo, o presente trabalho tem como principal objetivo fazer a

aplicação da Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção”, por meio de um checklist proposto pelo Ministério do

Trabalho e Emprego. Para realizar esta pesquisa, foram avaliados dois canteiros de obra,

pertencentes a uma mesma empresa, localizados na cidade de Santa Maria-RS. Por meio dos

resultados obtidos, foi possível realizar, primeiramente, uma análise de conformidades e não

conformidades para cada canteiro de obra, bem como uma análise comparativa entre os dois

canteiros de obra, salientando as principais desconformidades e dificuldades encontradas em

ambas obras acerca dos mecanismos de prevenção e proteção da saúde e segurança dos

trabalhadores. O canteiro de obra B apresentou melhor desempenho: 84,40% de conformidade

com a NR-18 (2015), enquanto o canteiro de obra A obteve apenas 67,67% de conformidade

com a norma.

Palavras-chave: Acidentes e doenças do trabalho. Construção civil. NR-18 (2015). Segurança

do trabalho.

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Classificicação dos principais riscos ocupacionais ............................................... 21

Figura 02 – Canteiro de obra: (a) A, (b) B ............................................................................... 44

Figura 03 – Fluxograma de aplicação do checklist................................................................... 45

Figura 04 – Índices de conformidade com a NR-18 alcançado por item analisado ................. 47

Figura 05 – Tapume aberto e mal fixado: obra A..................................................................... 48

Figura 06 – Inst. Sanitárias obra A: (a) piso quebrado, (b) lixeira em saco plástico, (c) chuveiro

sem ventilação .......................................................................................................................... 49

Figura 07 – Local de refeições: (a) obra A, (b) obra B ........................................................... 50

Figura 08 – Vestiário: (a) obra A, (b) obra B ........................................................................... 50

Figura 09 – Armazenamento e estocagem de materiais: (a) e (b) material armazenado fora do

canteiro de obra A, (c) material armazenado sobre tapumes, obra B ....................................... 51

Figura 10 – Corrimão das escadas: (a) trecho sem corrimão, (b) trecho com corrimão .......... 52

Figura 11 – Escada de mão: (a) parte inferior, (b) corpo da escada, (c) parte superior ........... 53

Figura 12 – Poço do elevador: (a) acesso sinalizado, (b) fechamento, (c) vista interna .......... 53

Figura 13 – Quadro de disjuntores obra A ............................................................................... 54

Figura 14 – Carpintaria: obra B ............................................................................................... 55

Figura 15 – Sinalização para uso da betoneira – Obra B ......................................................... 55

Figura 16 – Carpintaria obra B: (a) bancada, (b) armazenamento, (c) espaço reservado .......56

Figura 17 – Equipamento de proteção individual: (a) cinto de segurança disponível n canteiro,

(b) funcionários trabalhando em altura sem cinto .................................................................... 57

Figura 18 – Extintor de incêndio, obra A ................................................................................. 58

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Equipamentos de proteção individual ................................................................... 29

Tabela 02 – Inspeções rRealizadas em Saúde e Segurança no Brasil entre janeiro e outubro de

2015 .......................................................................................................................................... 31

Tabela 03 – Despesas do INSS com pagamentos de benefícios por acidente do trabalho em

milhões de reais, entre 2008 e 2013 ......................................................................................... 32

Tabela 04 – Classificação do cumprimento da Norma Regulamentadora NR-18 .................... 45

Tabela 05 – Análise quantitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B .............................. 46

Tabela 06 – Análise qualitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B ................................ 47

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Legenda utilizada para diferenciar a conformidade dos itens com a norma NR-18

.................................................................................................................................................. 44

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AT Acidente de Trabalho

CA Certificado de Aprovação

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Consolidação das Leis Trabalhistas

EPC Equipamento de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

ICC Indústria da Construção Civil

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social

HST Higiene e Segurança do Trabalho

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NR Norma Regulamentadora

OIT Organização Internacional do Trabalho

PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho

SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho

SSST Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14

1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 15

1.1.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 15

1.1.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 15

1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 15

1.3 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 16

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................................. 16

2 ACIDENTES DE TRABALHO ..................................................................................... 18

2.1 DEFINIÇÃO .............................................................................................................. 18

2.2 TIPOS DE RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO ........................................ 19

2.2.1 Riscos Físicos ..................................................................................................... 19

2.2.2 Riscos Químicos ................................................................................................ 20

2.2.3 Riscos Biológicos ............................................................................................... 20

2.3 PROGRAMAS DE SEGURANÇA ........................................................................... 21

2.3.1 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção – PCMAT .................................................................................................... 21

2.3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO ............... 22

2.3.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ............................... 23

2.4 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO (CAT) ................................. 24

2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) ................... 24

2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM

MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ................................................................................ 26

2.7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ........................................ 28

2.8 ÍNDICES E ESTATÍSTICAS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL

30

3. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................................................... 33

3.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA ............................................................................................ 33

3.1.1 Instalações Sanitárias ....................................................................................... 34

3.1.2 Vestiário ............................................................................................................. 35

3.1.3 Local para Refeições ......................................................................................... 36

3.2 CARPINTARIA ......................................................................................................... 36

3.3 ARMAÇÕES DE AÇO ............................................................................................. 37

3.4 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS ................................................................. 37

3.4.1 Escadas ................................................................................................................... 37

3.4.2 Rampas e passarelas .............................................................................................. 37

3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA .......................... 38

3.6 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS ................. 38

3.7 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO ............................................... 39

3.8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................. 39

3.9 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS ...................... 39

3.10 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .......................................... 39

3.11 ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM DE MATERIAIS .......................................... 40

3.12 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ......................................................................... 41

3.13 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ......................................................................... 41

3.14 TREINAMENTO ....................................................................................................... 42

3.15 ORDEM E LIMPEZA ............................................................................................... 42

3.16 TAPUMES E GALERIA ........................................................................................... 42

3.17 ACIDENTE FATAL .................................................................................................. 42

4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 43

4.1 APRESENTAÇÃO DOS CANTEIROS ................................................................... 43

4.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 44

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................... 46

5.1 TAPUMES E GALERIAS ......................................................................................... 48

5.2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ............................................................................... 48

5.3 LOCAL PARA REFEIÇÕES .................................................................................... 49

5.4 VESTIÁRIO .............................................................................................................. 50

5.5 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL .............................................................. 51

5.6 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS ..................................... 51

5.7 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES ................................................. 52

5.8 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS .................................................................. 52

5.9 POÇO DE ELEVADOR ............................................................................................ 53

5.10 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................. 54

5.11 CARPINTARIA E SERRA CIRCULAR .................................................................. 54

5.12 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS ...................... 55

5.13 ARMAÇÕES DE AÇO ............................................................................................. 56

5.14 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................. 56

5.15 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................ 57

5.16 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ........................................................................ 57

5.17 ORDEM E LIMPEZA .............................................................................................. 58

5.18 ORGANIÇÃO DA EMPRESA E AMBIENTE DE TRABALHO .......................... 58

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 60

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 62

ANEXO A – CHECKLIST NR –18 ........................................................................................ 65

APÊNDICE A – RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA A ............................................. 80

APÊNDICE B – RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA B ............................................. 89

14

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a indústria da construção civil apresentou um elevado crescimento,

principalmente, após incentivos do Governo Federal, em parceria com estados, municípios e

empresas, por meio, por exemplo, de projetos como o Programa Minha Casa Minha Vida,

implementado em 2009 (DA CAS, 2017). Desse modo, a indústria da construção civil

impulsionou o desenvolvimento econômico, gerando renda e empregos, necessitando de grande

quantidade de mão de obra e produtividade nos canteiros de obra, a fim de vencer prazos em

menores períodos de tempo e com consequente geração de lucro (THOMÉ, 2016).

Com a grande demanda de mão de obra necessária para trabalhar e atender as

necessidades da construção e devido à alta rotatividade dos trabalhadores na construção civil,

a mão de obra, além de barata, se tornou desqualificada, visto que os operários trabalham por

empreitada ou somente em uma fase da obra, não recebendo treinamentos adequados que

possam promovem a sua segurança e proteção (NUNES, 2016).

Com isso, os acidentes de trabalho na indústria da construção apresentam elevados

números devido a diversos fatores que vão desde a falta de fiscalização, por meio de técnicos

de segurança do trabalho ou engenheiros de segurança do trabalho, técnicas ainda rudimentares

e artesanais de construção, como também a falta de percepção dos próprios operários em

conhecer e identificar os riscos dos quais estão expostos, a fim de prevenir e fazer o uso correto

dos Equipamentos de Proteção Individual e Segurança (EPI) e dos dispositivos de segurança

(THOMÉ, 2016).

Por isso, torna-se necessário fazer uma análise e avaliação das fontes de riscos que

englobam desde a etapa de concepção do projeto, para que estes possam ser minimizados e,

desse modo, prevenir os acidentes e doenças de trabalho, criando mecanismos de prevenção e

educação, orientando os operários, por meio de treinamentos que sejam eficientes quanto à

segurança e redução dos acidentes.

Deste modo, a Norma Regulamentadora NR-18 (2015): "Condições e Meio Ambiente

de Trabalho na Indústria da Construção" nos diz respeito sobre os mecanimos de prevenção

relacionados aos acidentes e doenças do trabalho, com o intuito deminimizar e reduzirestes

acidentes, tornando o canteiro de obras um ambiente mais organizado e seguro.

Desta forma, a presente pesquisa tem como principais objetivos ressaltar os aspectos

mais pertinentes listados pela norma, realizando, através de registros fotográficos e da aplicação

15

do Checklist NR-18,uma análise comparativa entre dois canteiros localizados na cidade de

Santa Maria- RS, abordando os itens que não estão em conformidade com a norma.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Realizar um estudo comparativo entre dois canteiros de obras do ramo da construção

civil, a partir da aplicação de um checklist, desenvolvido com base nos requisitos da NR-18

(2015): "Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção", com objetivo

de ressaltar a importância da segurança do trabalho na indústria da construção civil.

1.1.2 Objetivos Específicos

i. Utilizar um modelo de checklist, com base na NR 18 (2015) e aplicá-lo em

dois canteiros de obra pertencentes a uma mesma empresa do ramo da

construção civil, localizados na cidade de Santa Maria-RS;

ii. Realizar um estudo comparativo nos itens da norma que se sobrepõem entre

os dois canteiros de obra analisados;

iii. Fazer uma análise crítica a respeito do modelo de checklist utilizado no

estudo, bem como da Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e

Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”.

1.2 JUSTIFICATIVA

A atividade da construção civil, segundo Gonçalves (2008), apresenta características

próprias geradoras de riscos ambientais como também capacidade de grande absorção de mão

de obra desprovida de qualificações profissionais. De acordo com o autor, a construção civil

tem se destacado como um dos ramos produtivos que apresenta os maiores índices de acidentes

de trabalho.

Para Mattos e Másculo (2011), além da morte e do sofrimento causado para o

trabalhador e sua família, os acidentes de trabalho têem reflexos socioambientais, econômicos

e políticos para toda a sociedade. Por estes motivos, o autor salienta a importância da prevenção

e do controle, por meio da gestão da segurança e saúde do trabalhador.

16

Ainda, para Gonçalves (2008), a ocorrência do acidente de trabalho fatal em canteiros

de obra é uma consequência bem previsível das precárias condições ambientais de trabalho,

como por exemplo, instalações elétricas improvisadas, ensejando que o choque elétrico fosse a

principal causa de morte, ficando em segundo, as mortes por queda de nível, na falta de proteção

nas aberturas do piso ou na periferia das edificações.

Além do mais, as exigências das Normas Regulamentadores devem ser encaradas como

requisitos mínimos a serem atendidos. Para Saurin (2002), há uma necessidade de outras

medidas preventivas para reduzir os acidentes, as quais podem instrumentalizar ou mesmo

complementar as exigências das normas.

Dessa forma, a escolha desta temática justifica-se devido à grande ocorrência de

acidentes de trabalho na construção civil e à importância do cumprimento da Norma

Regulamentadora NR 18 (2015) - "Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção" e das demais normas regulamentadoras para a prevenção dos acidentes de trabalho.

Como a Construção Civil é um dos setores da economia que mais cresceu nos últimos anos e

que emprega milhares de pessoas com grande rotatividade de mão de obra, percebe-se que,

grande parte dos acidentes de trabalho está concentrado neste setor, devido à falta de

fiscalização bem como de qualificação e treinamento dos operários.

1.3 DELIMITAÇÕES

O estudo apresentado neste trabalho foi delimitado a obras do setor da Indústria da

Construção Civil, subsetor Edificações Multifamiliares. Além disso, houve uma restrição

geográfica, realizando o estudo em apenas dois canteiros de obras da cidade de Santa Maria –

RS.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho se divide em seis capítulos. O primeiro capítulo consiste em uma breve

introdução acerca da segurança do trabalho na construção civil, temática a qual será abordada

e discutida neste trabalho.

No segundo capítulo, serão definidos os conceitos de acidente de trabalho, os tipos de

riscos presentes num canteiro de obra, os programas de segurança e as demais normas

17

regulamentadoras que complementam a NR-18 (2015) , além de apresentar os índices

estatísticos e informações acerca dos pacientes e doenças de trabalho no Brasil.

No terceiro capítulo serão apresentados aspectos referentes à norma regulamentadora

NR-18 (2015), os quais serão posteriormente avaliados em dois canteiros de obra.

No quarto capítulo serão descritos os canteiros de obra que serão estudados, bem como

a metodologia utilizada para a avaliação quantitativa e qualitativa da segurança do trabalho.

No quinto capítulo serão apresentados os resultados obtidos através da obtenção dos

dados do checklist, assim como será realizada uma análise crítica em relação ao cumprimento

da norma nos canteiros estudados.

Por fim, por meio de análise dos resultados obtidos, serão apresentadas as principais

conclusões deste estudo.

18

2 ACIDENTES DE TRABALHO

De acordo com Santana e Oliveira (2004), a construção civil é responsável por empregar

grande parte das camadas pobres da população masculina, como também, é considerada uma

das profissões mais perigosas no mundo, liderando as taxas de acidentes de trabalho fatais, não-

fatais e anos de vida perdidos. Ainda, segundo os autores, os acidentes de trabalho constituem

a principal causa ocupacional de morte na construção civil.

Bozza (2010) ressalta a ideia de que construção civil tem grande dependência da mão

de obra da qual utiliza, o que deveria contribuir diretamente para um processo com mais

qualificação acerca da segurança. Porém, o autor salienta que a construção civil continua sendo

um dos setores industriais com maior índice de acidentes de trabalho.

2.1 DEFINIÇÃO

Existem inúmeras definições para o evento acidente de trabalho. Segundo a Lei de

Benefícios Sociais n º 8.123 de 21/07/1991, em seu art.19, assim como o Ministério da Saúde

(2006), consideram como acidente de trabalho:

aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de qualquer empresa

(...), provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,

ou perda, ou redução, permanente ou temporária da capacidade do trabalho.

De acordo com a Legislação Trabalhista Brasileira (art.19 da Lei n° 8.213/1991) existem

três tipos de acidente de trabalho:

i. Acidentes típicos;

ii. Doenças profissionais;

iii. Acidente de trajeto.

Os acidentes típicos são caracterizados por provocarem lesões imediatas, como cortes,

fraturas, queimaduras, os quais reduzem a capacidade do trabalho logo após o acidente.

As doenças profissionais são determinadas pelo ramo da atividade, contraídas devido à

exposição contínua a algum agente agressor presente no local de trabalho.

Os acidentes de trajeto são acidentes sofridos pelo empregado, mesmo fora do local e

horário de trabalho, como os ocorridos no percurso da residência para o trabalho ou ao

contrário.

19

2.2 TIPOS DE RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO

Para Mattos e Másculo (2011), os Acidentes de Trabalho (AT) ocorrem quando algum

componente do processo construtivo deixa de operar conforme o planejado, gerando, desse

modo, uma disfunção. De acordo com os autores, a disfunção do processo indica a perda da

confiabilidade do sistema, pois degradará o contexto do trabalho. Dessa forma, a disfunção

representa uma condição insegura de trabalho, a qual poderá induzir a atos inseguros e

ocasionar situações de riscos.

O conceito de risco, para Mattos e Másculo (2011), possui duas dimensões, as quais

podem ser analisadas de forma quantitativa e qualitativa. Enquanto o risco quantitativo

representa a probabilidade de ocorrência de um acidente, o risco qualitativo indica o perigo que

é criado pela disfunção, ou seja, a perda de confiabilidade do sistema implantado no canteiro

de obras.

A quantificação dos riscos, para Saurin (2002), costuma ser necessária somente quando

os danos podem ser de grandes proporções, como perdas de vida humana ou perdas econômicas,

por exemplo.

Para Chocarero (2007), a verificação das causas e dos efeitos de cada risco, além de

medidas preventivas e corretivas, qualifica os riscos para priorizar as ações, o que auxilia na

identificação dos aspectos desapercebidos. Além do mais, estas verificações permitem que

sejam feitas revisões de cada serviço em tempo hábil, para que se possa oferecer maior

segurança operacional aos trabalhadores.

Existe ainda, outra forma de caracterização dos riscos, segundo o Programa de

Prevenção de Riscos Ambienais (PPRA), normatizado pela NR - 9 (2014), a qual estabelece

riscos físicos, químicos e biológicos.

2.2.1 Riscos Físicos

Os riscos físicos são ocasionados por agentes que tem capacidade de modificar as

características físicas do meio ambiente, e que, no meio seguinte, causará agressões em quem

estiver nele imerso (Mattos e Másculo ,2011)

De acordo com Mattos e Másculo (2011), os riscos físicos se caracterizam por:

i. Exigir um meio de transmissão para propagar a nocividade, geralmente

o ar.

20

ii. Agir mesmo sobre pessoas que não tem contato direto com a fonte de

risco.

iii. Ocasionar lesões crônicas mediatas.

2.2.2 Riscos Químicos

Os riscos químicos são provocados por agentes que modificam a composição química

do meio ambiente. Porém, não necessitam da existência de um meio para propagação de sua

nocividade, uma vez que algumas substâncias são nocivas por contato direto (Mattos e

Másculo,2011).

Dessa forma, as características do processo tecnológico têm elevada a importância nesse

grupo, uma vez que os processos industriais lançam mão da tecnologia química e de substâncias

tóxicas. Além do mais, são lançados anualmente no mercado, novas substâncias e produtos

químicos, sem que se conheça os verdadeiros riscos envolvidos pelo seu manuseio (Mattos e

Másculo, 2011).

2.2.3 Riscos Biológicos

Os riscos biológicos são aqueles introduzidos nos processos de trabalho pela utilização

de seres vivos como parte integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacilos, bactérias,

os quais são potencialmente nocivos ao ser humano. Além do mais, esse risco pode ser

decorrente da falta de higienização do ambiente de trabalho, o que pode facilitar a presença de

animais transmissores de doenças no ambiente de trabalho (Mattos e Másculo, 2011).

A Norma Regulamentadora NR- 9 (2014): “Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais (PPRA) estabelece como principais fundamentos a preservação da saúde e

integridade física dos trabalhadores, como também a antecipação, reconhecimento, avaliação

dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, os quais

levam em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Na Figura 01 está

apresentada a classificação dos riscos ambientais:

21

Figura 01 – Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais

Fonte: Google Imagens,2017

2.3 PROGRAMAS DE SEGURANÇA

Os Programas de Segurança exigidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

são:

i. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção (PCMAT);

ii. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);

iii. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

Segundo a NR-18 (2015), o PCMAT e o PCMSO são programas obrigatórios para todos

os empregadores e instituições que admitam trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis

do Trabalho (CLT) e o PPRA é um programa específico para empresas do ramo da construção

civil.

2.3.1 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

– PCMAT

O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

(PCMAT) está estabelecido na Norma Regulamentadora NR-18 (2015) - "Condições e Meio

22

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”, aprovado pela Portaria n.º 3214, de 08 de

junho de 1978 do Ministério do Trabalho.

A norma orienta que a elaboração e execução do PCMAT deve ser feita por profissionais

capacitados na área da segurança do trabalho, assim como o cumprimento do PCMAT é

obrigatório em estabelecimentos com 20 (vinte) ou mais trabalhadores.

O PCMAT, dessa forma, tem por objetivo preservar a saúde e a integridade dos

trabalhadores na indústria da construção civil, assim como, implementar medidas de controle

de segurança nos processos construtivos durante toda fase de execução da obra. Desse modo, a

elaboração do PCMAT se dá pela antecipação dos riscos relacionados à atividade da construção

civil (NR 18, 2015).

Os documentos que integram o PCMAT, de acordo com a NR 18 (2015):

i. Memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas

atividades e operações, levando-se em consideração riscos de

acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas

preventivas;

ii. Projeto de execução das proteções coletivas, em conformidade com

as etapas de execução a obra;

iii. Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem

utilizadas;

iv. Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no

PCMAT;

v. Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, a previsão de

dimensionamento das áreas de vivência;

vi. Programa educativo contemplando a temática de prevenção de

acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.

2.3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO

A Norma Regulamentadora NR – 07 (2013): “Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional” corresponde a um programa que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, por parte de empregadores e empresas, que admitam trabalhadores como

empregados, que tem como objetivos a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores,

através da obrigatoriedade da realização de exames médicos (NR - 07, 2013). O programa de

controle médico constitui, dessa forma, um conjunto de iniciativas da empresa no sentido de

23

preservar a saúde e a integridade dos funcionários, devendo estar articulado às demais Normas

Regulamentadoras (Mattos e Másculo, 2011).

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deverá ter caráter de

prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,

inclusive de natureza subclínica, além de constatar a existência de casos de doenças

profissionais ou danos irreversíveis a saúde dos trabalhadores (NR - 07, 2013).

Para Mattos e Másculo (2011), o PCMSO deve:

i. Considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de

trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na

abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho;

ii. Ser planejado e implementado com base nos riscos à saúde dos

trabalhadores;

iii. Obedecer um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde

a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório

anual.

2.3.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é um programa que deve ser

elaborado e implementado por todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores

regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), visando a preservação da saúde e

integridade dos trabalhadores.

Regido pela Norma Regulamentadora NR – 09 (2016): “Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais”, o programa tem como principal objetivo a preservação da saúde e

integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente

controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham existir no ambiente de

trabalho, levando em conta a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR - 09,

2016).

De acordo com o item 9.3.1 da NR-09 (2016), o PPRA deverá ser estruturado pelas

seguintes etapas:

i. Antecipação e reconhecimento dos riscos;

ii. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

iii. Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

iv. Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

24

v. Monitoramento da exposição dos riscos;

vi. Registro e divulgação dos dados.

Para Mattos e Másculo (2011), o PPRA é um programa que pode ser elaborado e

incorporado nos atuais conceitos de gerenciamento e gestão, nos quais o empregador possui

autonomia e responsabilidade para adotar um conjunto de medidas que sejam necessárias para

garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

2.4 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO (CAT)

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para

reconhecer um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional (INSS,

2017). O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) é o órgão responsável para receber o

documento de registro dos acidentes de trabalho ocorridos em território nacional.

O preenchimento e envio do CAT é obrigatório para que se garanta ao trabalhador o

direito de reconhecimento de vítima de acidente de trabalho, além de que, a comunicação ao

INSS deve ser feita independente da gravidade da lesão e do tempo de afastamento da vítima.

Conforme previsto no art. 22, da Lei nº 8.213/1991, a comunicação do acidente de

trabalho pode ser realizada pela empresa, pelo próprio trabalhador ou seus dependentes, bem

como o sindicato que representa o trabalhador ou o médico que fez o primeiro atendimento.

Porém, o fato da empresa não fazer o preenchimento da Comunicação do Acidente de Trabalho

(CAT), não torna a empresa isenta da responsabilidade do acidente, estando essa sujeita a

penalidades previstas na Lei de Benefícios da Previdência (art.21, da Lei n° 8.213/1991).

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT,2013), ocorrem no mundo,

aproximadamente 270 milhões de acidentes de trabalho, e cerca de dois milhões de mortes por

ano.

2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA)

A Norma Regulamentadora NR – 05 (2011): CIPA – “Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes”, em vigor na Portaria SSST_MTE n.8, de 23 de fevereiro de 1999, é constituída

por uma comissão partidária, formada por empregados, na sua maioria leigos em prevenção de

acidentes, e tem como principais objetivos promover a prevenção dos acidentes de trabalho,

bem como as doenças profissionais e do trabalho, de modo a tornar compatível o trabalho com

a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

25

Constitucionalmente, a CIPA deve ser organizada e mantida em funcionamento nos

estabelecimentos públicos ou privados, sociedades de economia mista, órgãos da administração

direta ou indireta, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como

empregados.

Além do mais, uma empresa que possuir no mesmo município, um ou mais

estabelecimentos, deverá garantir a integração da CIPA e dos designados, com o objetivo de

harmonizar as políticas de segurança e saúde do trabalho.

De acordo com Mattos e Másculo (2011), as atribuições da CIPA são:

i. Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar os mapas de riscos, com

a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do Serviço

Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT),

onde houver;

ii. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de

problemas de segurança e saúde do trabalhador;

iii. Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de

prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos

locais de trabalho;

iv. Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho

visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança

e saúde dos trabalhadores;

v. Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu

plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

vi. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no

trabalho;

vii. Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo

empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de

trabalho relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores;

viii. Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação

de máquina ou setor onde considere haver risco grave eminente à segurança e

saúde dos trabalhadores;

ix. Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros

programas relacionados à segurança e saúde do trabalhador;

x. Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como

cláusulas de acordo e convenções coletivas de trabalho;

26

xi. Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da

análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de

solução dos problemas identificados;

xii. Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham

interferido na segurança e saúde do trabalhador;

xiii. Requisitar à empresa as cópias das Comunicações dos Acidentes de

Trabalho (CAT) emitidas;

xiv. Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a

Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho –SIPAT;

xv. Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de

Prevenção da AIDS.

2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM

MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)

O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

(SESMT), regulamentada pela Norma Regulamentadora NR-04 (2016): “Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho” do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE), constitui-se de um órgão técnico, o qual é composto por

profissionais especialistas em segurança ou saúde no trabalho. O SESMT tem como finalidade

a elaboração e também a implementação de programas preventivos de acidentes e doenças

ocupacionais no âmbito do trabalho, sendo obrigatório em empresas com mais de 100

funcionários.

Para Mattos e Másculo (2011), o principal motivo para a normatização do artigo 164 da

CLT (1997) referente à existência dos Serviços Especializados em Segurança e em Medicina

do Trabalho (SESMT), foi a imagem negativa que a representação dos acidentes de trabalho

causava perante o cenário mundial. Segundo os autores, ocorreram aproximadamente 1,8

milhões de acidentes de trabalho por ano no Brasil, o que acabou interrompendo os empréstimos

fornecidos pelo Banco Mundial ao país.

Para Nunes (2016), o dimensionamento do SESMT está vinculado ao grau de risco das

atividades e ao número total de empregados do estabelecimento. A partir desses elementos, se

definirá o quadro de profissionais, sendo estes obrigados a estarem registrados no Órgão

Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

27

Assim sendo, de acordo com Mattos e Másculo (2011) o SESMT deverá ser composto

por:

i. Engenheiro de Segurança do Trabalho;

ii. Médico do Trabalho;

iii. Enfermeira do Trabalho;

iv. Técnico em Segurança do Trabalho;

v. Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

No item 4.12 da Norma Regulamentadora NR-04 (2016), estão estabelecidas as

seguintes diretrizes:

i. Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do

trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes,

inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir e/ou eliminar os

riscos ali existentes à saúde do trabalhador;

ii. Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a

eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo

trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo

com o que determina a NR 6 - (2009), desde que a concentração, a

intensidade ou característica do agente assim o exija;

iii. Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas

instalações físicas e tecnológicas da empresa;

iv. Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao

cumprimento do disposto nas NRs aplicáveis às atividades executadas

pela empresa e/ou pelos seus estabelecimentos;

v. Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao

máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la,

conforme dispõe a NR-05 (2011);

vi. Promover a realização de atividades de conscientização, educação e

orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho

e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de

programas de duração permanente;

vii. Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho

e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;

viii. Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os

acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima,

28

e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as

características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores

ambientais, as características do agente e as condições do(s)

indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);

ix. Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,

doenças ocupacionais e agentes de insalubridade;

x. Manter os registros na sede dos Serviços Especializados em Engenharia

de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a

partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de

arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições

de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, por um período

não inferior a 5 (cinco) anos;

xi. As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados

em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são

essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento

de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de

planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios

que visem o combate a incêndios e o salvamento e a imediata atenção à

vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em

suas atividades.

Dessa forma, segundo a NR-04 (2016), os integrantes do SESMT deverão, de forma

periódica, realizar inspeção de segurança nos ambientes de trabalho, para que se possa

identificar as condições de riscos nocivas à saúde ou integridade física do trabalhador, para que

possam ser desenvolvidas medidas preventivas e corretivas com o intuito de solucionar as

problemáticas referentes à saúde e segurança do trabalhador.

2.7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

A Norma Regulamentadora NR-06 (2009): “Equipamentos de Proteção Individual”

define Equipamento de Proteção Individual (EPI) como todo dispositivo ou produto, de uso

individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a

saúde e a segurança do trabalhador. Ainda, a atual NR-06 (2009) determina Equipamento

Conjugado de Proteção Individual como todo equipamento que é composto por vários

dispositivos, nos quais o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam vir a

29

ocorrer de forma simultânea e que sejam capazes de ameaçar a saúde e segurança do

trabalhador.

A norma regulamentadora NR-06 (2009), presente nos canteiros de obras, ainda define

que as empresas são obrigadas a fornecerem aos empregados EPI gratuitamente, sendo estes

equipamentos adequados ao riscos nos quais os funcionários estão expostos, além de estarem

em bom estado de conservação e funcionamento.

Em relação às responsabilidades do empregador aos equipamentos de proteção

individual (EPI), a norma NR-06 (2009) enumera as seguintes concepções:

i. Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade e que possua

Certificado de Aprovação (CA);

ii. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, sua guarda e

conservação, além de exigir seu uso;

iii. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica do EPI,

devendo substitui-lo quando danificado ou for extraviado;

iv. Comunicar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre qualquer

irregularidade observada.

Em seu anexo I, a NR-06 (2009) lista os equipamentos de proteção individual (EPI) que

devem ser utilizados pelas empresas, os quais estão apresentados na Tabela 01.

Tabela 01- Equipamentos de Proteção Individual

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A. EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 Capacete

A.2 Capuz

B. EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 Óculos

B.2 Protetor facial

B.3 Máscara de Solda

C. EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 Proteção auditivo

D. EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 Respirador purificador de ar

D.2 Respirador de adução de ar

D.3 Respirador de fuga

E. EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao contra riscos de origem térmica, mecânica,

química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.

E.2 Colete a prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalham portando arma de fogo,

para proteção do tronco contra riscos de ordem mecânica.

F. EPI PARA PROTEÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES

F.1 Luvas

F.2 Creme protetor

30

F.3 Manga

F.4 Braçadeira

F.5 Dedeira

G. EPI PARA PROTEÇÃO DE MEMBRIS INFERIORES

G.1 Calçado

G.2 Meia

G.3 Perneira

G.4 Calça

H. EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 Macacão

H.2 Conjunto

H.3 Vestimenta de corpo inteiro

I. EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NIVEL

I.1 Dispositivo de trava queda

I.2 Cinturão

Fonte: Anexo I NR-06,2009

2.8 ÍNDICES E ESTATÍSTICAS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL

De acordo com Ministério do Trabalho e Emprego (2015), os principais dados

estatísticos brasileiros relacionados à segurança e saúde do trabalhador são concedidos pelo

Ministério da Previdência Social, através da Comunicação dos Acidentes de Trabalho (CAT),

a qual é obrigatória para todas as empresas e instituições que são regidas pela Consolidação das

Leis Trabalhistas (CLT, 2017).

Segundo dados informados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em

2013, ocorreram aproximadamente 717.911 acidentes e doenças de trabalho no Brasil, sendo

432.254 considerados acidentes típicos e somente 15.226 foram avaliados como acidentes de

trabalho. Já no mundo, as estatísticas da OIT indicam que acontecem 2 (dois) milhões de mortes

por ano, devido a acidentes e doenças do trabalho.

Ainda, segundo o MTE (2015), os índices de acidentes e doenças do trabalho no país

são considerados baixos, uma vez que muitos destes casos não são notificados ao órgão

responsável, o INSS. Desse modo, apesar de existir uma subnotificação dos acidentes, as

estatísticas mostram que as medidas de prevenção de saúde e segurança do trabalhador são

insuficientes e comprovam carência em relação aos mecanismos de fiscalização e cumprimento

das normas.

Os índices de acidentes de trabalho no Brasil, quando divididos por setores da economia,

expressam que alguns ramos são considerados de alto risco, como por exemplo a construção

civil, a indústria extrativa, fabricação de metais e produtos minerais, entre outros. Desse modo,

na Tabela 02, fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pode-se constatar, tomando

31

como referência os dados de janeiro a outubro de 2015, os setores da economia que apresentam

grande impacto em relação a saúde e segurança do trabalhador, quando analisadas as inspeções

acerca da segurança nestes segmentos.

Tabela 02 – Inspeções Realizadas em Saúde e Segurança no Brasil entre Janeiro e outubro de

2015

Setor

Econômico

Ações

Fiscais

Trabalhadores

Alcançados

Notificações Autuações Embargos Acidentes

Analisados

Agricultura 6.938 450.233 14.407 8.405 95 94

Comércio 22.021 1.242.011 19.906 11.927 460 230

Construção 17.920 1.696.458 8.043 33.388 2.142 437

Educação 1.514 180.291 207 469 5 5

Hotéis

Restaurantes

5.856 239.629 1.446 3.282 22 32

Ind. Alimentos 3.350 1.195.497 6.438 5.891 199 154

Ind. Madeira

Papel

818 99.942 1.453 1.392 67 47

Ind. Metal 4.099 1.325.410 2.887 5.382 225 152

Ind. Mineral 1.753 207.560 1.021 3.418 125 92

Ind. Químicos 1.725 533.793 1.097 2.314 55 109

Ind. Tecido e

Couro

1.460 259.192 806 1.469 25 36

Ind. Outras 1.098 109.616 955 1.218 53 26

Instituições

Financeiras

558 508.107 108 321 4 4

Saúde 2.291 723.147 802 2.113 27 20

Serviços 5.314 1.809.427 2.266 4.673 98 154

Transportes 5.094 1.072.023 1.534 4.961 68 142

Outros 2.416 476.380 998 1.708 73 43

TOTAL 84.275 1.2128.706 64.374 92.331 3.743 1.777

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (Sistema Federal de Inspeção do Trabalho)

Conforme os resultados apresentados na tabela 02, a Construção Civil representa 24,6

% dos acidentes de trabalho analisados no período de tempo considerado, como também

80,17% dos embargos durante as fiscalizações. Dessa forma, a construção civil é um dos

segmentos da economia que apresenta atividades de alto risco, nos quais os mecanismos de

prevenção da saúde e segurança do trabalhador ainda apresentam muitas falhas, necessitando

de melhorias e fiscalizações mais severas para reduzir esses riscos.

Os acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),

além de causarem dor e sofrimento para as vítimas e seus familiares, geram custos financeiros

32

para as empresas e o Estado. Segundo os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de

Seguridade Social (INSS, 2017), os gastos previdenciários pagos de acordo com os benefícios

concedidos - auxílio doença, pensão por morte, aposentadoria por invalidez e auxilio acidente

– no período de 2008 a 2013, resultaram em aproximadamente 50 milhões de reais aos cofres

públicos.

Para o Ministério do Trabalho e Emprego, os custos gerados pelos acidentes do trabalho

podem ser classificados em 3 (três) categorias. Os custos diretos são aqueles associados a

tratamentos e reabilitações médicas; os custos indiretos estão relacionados com as

oportunidades perdidas pelo trabalhador acidentado, o empregador e a previdência social,

enquanto que os custos humanos estão compreendidos na piora da qualidade de vida do

trabalhador acidentado e sua família. Na Tabela 03 estão apresentadas as despesas em relação

ao pagamento de benefícios por acidentes.

Tabela 03 - Despesas do INSS com pagamentos de benefícios por acidente do trabalho em

milhões de reais, entre 2008 e 2013

Pensões

Acidentárias

Aposentadoria

por Invalidez

Auxílio

Doença

Auxílio

Acidente

Auxílio

Suplementar

Total

2008 1.214 1.628 1.676 1.455 308 6.281

2009 1.328 1.850 2.103 1.468 124 6.873

2010 1.393 2.082 2.408 1.675 112 7.670

2011 1.514 2.371 2.698 1.818 125 8.455

2012 1.839 2.656 2.942 2.162 240 9.838

2013 2.033 2.994 3.375 2.378 197 10.977

TOTAL 9.320 13.581 15.132 10.955 1.105 50.094

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2017)

33

3. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

A Indústria da Construção Civil (ICC), de acordo com Gonçalves (2008), é responsável

pela grande captação de mão de obra trabalhadora, a qual é desprovida de qualificações

profissionais. Ainda, segundo o autor, a construção civil é um dos ramos produtivos que

apresenta elevados índices de acidentes de trabalho, o que justifica a existência de Norma

Regulamentadora especifica, a NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Indústria da Construção”.

Para Mattos e Másculo (2011), é necessário realizar as atividades com planejamento

adequado, com os fundamentos de Higiene e Segurança do Trabalho (HST), para que se previna

e controle os fatores de riscos que podem levar a acidentes, como assim também, aumentar a

produtividade do trabalhador. Além disso, para os autores, os acidentes de trabalho estão

associados as relações de produção, pois quanto mais intenso for o processo produtivo, maior

será o desgaste do trabalhador, o que aumenta a probabilidade de ocorrência de acidentes.

Santana e Oliveira (2004) ainda salientam que os principais agentes causadores dos

acidentes e doenças do trabalho na indústria da construção civil estão relacionados ao grande

número de riscos ocupacionais, como, por exemplo, trabalhos em alturas, o manuseio de

máquinas, equipamentos e ferramentas cortantes, instalações elétricas, uso de veículos

automotores, posturas anti-ergonômicas como a elevação de objetos pesados, além do estresse

devido à alta rotatividade nos canteiros de obra.

Dessa forma, neste capítulo serão abordados apenas os itens da Norma

Regulamentadora NR-18 (2015) que serão posteriormente avaliados no check-listaplicado nos

canteiros de obras.

3.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA

A obrigatoriedade das áreas de convívio prevista pela NR-18 (2015), segundo Noronha

(2009), foi uma das principais conquistas em benefício dos trabalhadores da construção civil.

Para o autor, as áreas de vivência são responsáveis por garantir boas condições humanas de

trabalho, o que resulta no bem-estar dos trabalhadores, como também, na redução do número

de acidentes.

Para Rocha, Saurin e Formoso (2013) as áreas de vivência de um canteiro de obras,

embora não estejam diretamente relacionadas às causas dos acidentes de trabalho, têm grande

34

influência na ocorrência dos acidentes, uma vez que as condições precárias das áreas de

convívio contribuem para diminuir a motivação dos trabalhadores, o que gera comportamentos

inseguros nos trabalhadores.

No item 18.4.1 da NR-18 (2015), estão listados os itens que as áreas de vivência de um

canteiro de obra deve dispor, sendo eles:

i. Instalações sanitárias;

ii. Vestiário;

iii. Alojamento;

iv. Local de refeições;

v. Cozinha, quando houver necessidade de preparo;

vi. Lavanderia;

vii. Área de lazer;

viii. Ambulatório.

As áreas de vivência de um canteiro de obras devem ser mantidas em adequado estado

de conservação e limpeza, bem como, se forem feitas sobre instalações móveis, a exemplo de

contêineres, devem dispor de apropriada área de ventilação natural para que se garanta

condições favoráveis de conforto térmico (NR-18, 2015).

Os alojamentos, lavanderias e área de lazer são itens obrigatórios apenas quando houver

trabalhadores alojados no canteiro de obra (NR-18, 2015), bem como a presença de ambulatório

só é necessária quando se tratar de frentes de trabalho com mais de 50 (cinquenta) trabalhadores.

3.1.1 Instalações Sanitárias

As instalações sanitárias, conforme o item 18.4.2.1 da NR-18 (2015), são os locais

destinado ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção dos trabalhadores do

canteiro de obra, sendo compostas por lavatórios, vasos sanitários, mictórios e chuveiros. Para

cada grupo de 20 (vinte) funcionários, a instalação sanitária deve constituir um conjunto de

lavatório, vaso sanitário e mictório, bem como o chuveiro, na proporção de umaunidade para

cada 10 trabalhadores.

As instalações sanitárias, de acordo com o item 18.4.2.3 da NR-18 (2015), devem:

i. Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;

ii. Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de

modo a manter o resguardo conveniente;

iii. Ter paredes de material lavável e resistente, podendo ser de madeira;

35

iv. Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;

v. Não se ligar diretamente a locais com os locais destinados a refeições;

vi. Ser independente para homens e mulheres, quando necessários;

vii. Ter ventilação e iluminação adequados;

viii. Ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

ix. Ter pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros),

ou respeitando o que determina o Código de Obras do município da obra;

x. Ser situados em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um

deslocamento superior a 150 m (cento e cinquenta metros) do posto de

trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

3.1.2 Vestiário

De acordo com a NR-18 (2015), os vestiários são espaços destinados à troca de roupas,

o que torna obrigatório, dessa forma, que todo canteiro de obra disponha de vestiários para

trabalhadores que não residam na obra. Os vestiários devem estar dispostos próximos ao

alojamentos ou entrada da obra, permitindo que os trabalhadores acessem a obra com uniforme

e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para sua segurança.

O item 18.4.2.9.3 da NR-18 (2015) estabelece que os vestiários devem dispor:

i. Paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

ii. Ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

iii. Ter cobertura que proteja das intempéries;

iv. Ter área de ventilação, de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso;

v. Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com

cadeado;

vi. Ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros),

ou respeitando o Código de Obras do município da obra;

vii. Ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;

viii. Ter bancos em número suficiente para atender os usuários, com largura

mínima de 0,30 m (trinta centímetros).

36

3.1.3 Local para Refeições

Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local para refeições,

independentemente do número de funcionários e da existência de cozinha. O refeitório deve

dispor de equipamento adequado para o aquecimento de refeições de forma segura, bem como

haver fornecimento de água potável, filtrada e fresca, sendo proibido o uso de copos coletivos

(NR-18, 2015). O refeitório, segundo a NR-18 (2015), deve ter:

i. Paredes que permitam o isolamento durante as refeições;

ii. Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;

iii. Ter cobertura que proteja das intempéries;

iv. Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no

horário das refeições;

v. Ter iluminação e ventilação natural e/ou artificial;

vi. Ter mesas com tampos lisos e laváveis;

vii. Ter lavatório instalado em suas proximidades ou interior;

viii. Ter assentos em número suficientes para atender aos usuários;

ix. Ter depósito, com tampa, para detritos;

x. Não estar localizado em subsolos ou porões das edificações;

xi. Ter pé-direito de, no mínimo, 2,80m (dois metros e oitenta centímetros),

ou conforme o Código de Obras do município da obra.

3.2 CARPINTARIA

Os serviços de carpintaria na construção civil demandam de ambiente com piso

resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura que proteja os operários contra quedas de

materiais e intempéries. Ainda, o uso de máquinas e equipamentos que são necessários para a

realização das atividades, somente devem ser usados por profissionais qualificados segundo a

Norma Regulamentadora, pelo risco que apresentam durante seu manuseio (NR-18, 2015).

As serras circulares deverão ser dotadas de mesa estável com o disco mantido afiado e

travado. Todas as serras devem ser providas de coifa protetora do disco e cutelo divisor, e nas

operações de corte de madeira deverão ser utilizados dispositivo empurrador, guia de

alinhamento e coletor de serragem (NR-18,2015).

37

3.3 ARMAÇÕES DE AÇO

As dobragens e cortes de vergalhões, segundo a NR-18 (2015), devem ser feitos sobre

bancadas ou plataformas adequadas e estáveis, as quais estejam apoiadas sobre superfícies

resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da área de circulação dos trabalhadores.

Além disso, a bancada de trabalho deve estar coberta e protegida das intempéries e queda de

materiais.

A norma ainda especifica, que é proibida a existência de pontas verticais de vergalhões

de aço desprotegidas, bem como a carga e descarga desse material deve ser feito em áreas

isoladas.

3.4 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS

Em canteiros de obra, de acordo com o item 18.12.4 da NR-18 (2015), se faz obrigatória

a instalação de rampas ou escadas provisórias para uso coletivo para mudanças de níveis, bem

como permitir a circulação dos trabalhadores na obra. O material utilizado para a construção

desses acessos deve ser de boa qualidade, sem apresentar rachaduras que comprometam a

resistência, bem como é vedado o uso de pintura que encubra imperfeições do material.Todas

escadas, rampas e passarelas devem ser dotadas de corrimão e rodapé.

3.4.1 Escadas

As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas de acordo com o fluxo

de trabalhadores, devendo ter largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros) e a cada 2,90 m

(dois metros e noventa centímetros), um patamar intermediário (NR-18,2015).

As escadas de mão poderão ter extensão de até 7 m (sete metros) e o espaçamento entre

os degraus deve ser uniforme, bem como seu uso deve ser restrito para acessos provisórios e

para serviços de pequeno porte. Ainda, devem estar fixadas no piso superior e inferior,

ultrapassando cerca de um metro do piso superior. (NR-18,2015).

3.4.2 Rampas e passarelas

As rampas e passarelas provisórias utilizadas nos canteiros de obra devem ser

construídas e mantidas em condições ideais de uso e segurança. Devem ser fixadas no piso

38

inferior e superior, não ultrapassando 30° (trinta graus) de inclinação em relação ao piso (NR-

18,2015).

3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA

Onde houver risco de queda de materiais ou trabalhadores, de acordo com o item 18.13

da NR- 18 (2015), é obrigatória a instalação de proteção coletiva.Desse modo:

i. Em vãos de acesso a caixa de elevadores, deve ter fechamento provisório

mínimo de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de altura, construídos com

material resistente e seguramente fixados na estrutura, até a colocação definitiva

das portas;

ii. Em todo perímetro da construção de edificação com mais de 4 (quatro)

pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma

principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-

direito acima do nível do terreno. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m

(dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da

construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão,

com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

3.6 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS

No item 18.14 da NR-18 (2015) estão relacionadas as disposições a cerca da

movimentação e transporte de pessoas e materiais nos canteiros de obra, desde a instalação,

montagem, desmontagem, operação, manutenção e reparos dos equipamentos que realizam

esses transportes.

Os funcionários designados a operar equipamentos de movimentação e transporte de

pessoas devem receber treinamentos e qualificação especificada referente a cada dispositivo,

além de possuirem atribuições para manter o local de trabalho limpo e organizado, instruir e

organizar as cargas que serão transportadas, como também acompanhar qualquer serviço de

manutenção e correção executados.

39

3.7 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO

As exigências referentes a esses elementos estão dispostas no item 18.15 da NR-18

(2015), e tem como objetivo designar o dimensionamento de andaimes, sua estrutura de

sustentação e fixação, a qual deve ser dimensionado por um profissional habilitado. Além do

mais, os projetos de andaimes tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem possuir Anotação

de Responsabilidade Técnica (ART), para que possam suportar de forma segura a carga de

trabalho que estarão expostos.

3.8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

De acordo com item 18.21.1 da NR-18 (2015), a execução e manutenção das instalações

elétricas devem ser realizadas por profissionais qualificados, tendo supervisão de profissionais

habilitados. Além disso, as instalações devem ser protegidas contra impactos mecânicos,

umidade e agentes corrosivos, não podendo serem executadas quando o circuito elétrico estiver

energizado.

3.9 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS

As recomendações da NR-18 (2015), acerca da operação de máquinas e uso de

equipamentos, salienta que somente funcionários qualificados e identificados por crachá

deverão executar trabalhos em máquinas que oferecem riscos.

As ferramentas e equipamentos utilizados no canteiro de obras devem estar em perfeito

estado de conservação, não apresentando defeitos ou partes danificadas, as quais devem ser

substituídas sempre que não apresentarem mais garantia de segurança ao trabalhador.

3.10 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são dispositivos obrigatórios aos

trabalhadores, os quais devem ser fornecidos pela empresa de forma gratuita, sendo estes

dispositivos adequados ao tipo de risco exposto, e devem estar em perfeito estado de

conservação e funcionamento (NR-18,2015).

Os cintos de segurança tipo paraquedista são recomendados para alturas maiores que 2

m (dois metros) em relação ao piso, em atividades que apresentam riscos. Já os cintos de

40

segurança tipo abdominal, conforme o item 18.23 da NR-18 (2015), só devem ser utilizados em

serviços elétricos e em atividades que sejam necessárias limitação dos movimentos. Além disso,

todos os cintos de segurança devem dispor de trava-quedas e estarem ligados a cabos de

segurança independente à estrutura do andaime.

3.11 ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM DE MATERIAIS

Conforme o item 18.24 da NR-18 (2015):

i. A armazenagem e estocagem de materiais nos canteiros de obra, deve ser feita,

de modo que não dificulte o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação

de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não interrompa

a passagem de portas ou saídas de emergência e não provoque sobrecargas nas

paredes, lajes ou demais estruturas, além do previsto em seu dimensionamento;

ii. As pilhas de materiais, seja a granel ou embalados, devem ser armazenadas de

forma e altura que tenham estabilidade, segurança e facilite o manuseio quando

necessário remoção para uso;

iii. Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas devem ser arrumados em camadas,

com espaçadores e peças de retenção, separados de acordo com o tipo de material

e a bitola das peças. Além disso, o armazenamento deve ser feito de modo a

permitir que os materiais sejam retirados de forma a não prejudicar a estabilidade

das pilhas;

iv. Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido

ou desnivelado;

v. A cal virgem deve ser armazenada em local seco e arejado;

vi. Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos devem ser

armazenados em locais isolados, apropriados, sinalizados e de acesso permitido

somente a pessoas devidamente autorizadas. Estas devem ter conhecimento

prévio do procedimento a ser adotado em caso de eventual acidente;

vii. As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, formas e escoramentos devem ser

empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de

amarração;

viii. Os recipientes de gases para solda devem ser transportados e armazenados

adequadamente, obedecendo-se às prescrições quanto ao transporte e

armazenamento de produtos inflamáveis.

41

3.12 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

É obrigatório a adoção de medidas preventivas que atendam às necessidades de proteção

e prevenção contra incêndios para os diversos setores que fazem parte do canteiro de obra.

Desse modo, em todo canteiro de obras deve existir um sistema de alarme que seja sensível a

situações de ameaça que possam causar incêndios, além de funcionários capacitados a

ministrarem dispositivos como extintores e mangueiras de incêndio (NR-18,2015).

Ainda, em locais confinados e em locais que estejam sendo aplicadas pinturas, pisos

laminados, papeis de paredes, emprego de cola, tinta, solventes e demais substâncias

inflamáveis e explosivas, é vedado o uso de dispositivos de aquecimento, como também

cigarros e faíscas. Esses locais devem possuir sistema de ventilação e uso de luminárias a prova

de explosão, além de placas nos locais de acesso alertando sobre os riscos (NR-18,2015).

3.13 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de prevenir e alertar sobre os

riscos dos quais os operários e as pessoas estão expostos. No item 18.27.1 da NR-18 (2015)

estão designados os demais objetivos da sinalização de segurança nos canteiros de obras. Desse

modo, é preciso:

i. Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

ii. Indicar a saída por meio de diretrizes ou setas;

iii. Manter a comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

iv. Advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes

móveis das máquinas e equipamentos;

v. Advertir quanto ao risco de queda;

vi. Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a

atividade executada, com a devida sinalização e advertências próximas

ao posto de trabalho;

vii. Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de

materiais por grua, guincho e guindastes;

viii. Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos em obra;

ix. Advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for

inferior a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros);

42

x. Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,

explosivas e radioativas.

3.14 TREINAMENTO

Conforme o item 18.28 da NR-18 (2015), todos integrantes do quadro funcional, quando

admitidos, devem receber treinamentos periódicos acerca das atividades que irão executar.

Os treinamentos tem como objetivo garantir que as atividades sejam executadas de

forma segura, além de informar os funcionários sobre as condições de trabalho, dos riscos

inerentes à função que exercem e também sobre a importância do uso dos EPIs e EPCs nos

canteiros de obra.

3.15 ORDEM E LIMPEZA

O canteiro de obras, segundo o item 18.29 da NR-18 (2015), deve ser mantido limpo e

organizado para que se evite o acúmulo de materiais que possam obstruir as vias de circulação

e passagens de pessoas. Dessa forma, os entulhos e materiais que não estão sendo utilizados em

obra, devem ser coletados e destinados a lugares adequados (NR-18, 2015).

3.16 TAPUMES E GALERIA

Para que se torne restrito o acesso de pessoas no canteiro de obras, segundo o item 18.30

da NR-18 (2015), devem ser colocados tapumes ou barreiras físicas, com altura mínima de

2,20m (dois metros e vinte centímetros) em relação ao nível do terreno, em torno de toda

extensão da obra.

Adicionalmente, em demolições, transportes de materiais e demais atividades que

apresentam riscos de queda de material nas edificações vizinhas, a NR-18 (2015) recomenda a

proteção dessas edificações, para que se evite acidentes e danos materiais.

3.17 ACIDENTE FATAL

Em caso de ocorrência de acidente fatal, o item 18.31 da NR-18 (2015) torna obrigatório

a comunicação breve do acidente as autoridades policiais, bem como ao Ministério do Trabalho,

sendo necessário isolar o local do acidente para que se tome as medidas cabíveis.

43

4 METODOLOGIA

A metodologia aplicada neste estudo consiste em fazer uma análise comparativa entre

dois canteiros de obra através da aplicação do checklist, o qual foi selecionado de acordo com

os critérios estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”.

A cidade de Santa Maria – RS foi escolhida para aplicação da pesquisa, sendo utilizados

dois canteiros de obra da mesma construtora, os quais serão diferenciados e, desta forma,

designados, canteiro de obra A e canteiro de obra B.

4.1 APRESENTAÇÃO DOS CANTEIROS

O canteiro de obra A compreende um edifício multifamiliar, composto por 05 (cinco)

pavimentos, totalizando 16 (dezesseis) apartamentos. No período de aplicação do checklist, a

construção estava na fase final de estruturação, na qual estavam sendo montadas as fôrmas para

posterior concretagem dos pilares, lajes e vigas do último pavimento. Concomitante a

finalização da fase estrutural do edifício, estava sendo realizado o fechamento e vedação dos

pavimentos inferiores com blocos de alvenaria, como também reboco interno e instalações

hidráulicas e elétricas. A obra possuía 18 (dezoito) funcionários.

O canteiro de obra B também é formado por uma edificação multifamiliar de 05 (cinco)

pavimentos, a qual possui 16 (dezesseis) apartamentos. A construção se encontra na fase

estrutural, na qual estavam sendo montadas as fôrmas do terceiro pavimento, para posterior

concretagem. O fechamento e vedação com blocos de alvenaria estava sendo executado no

segundo pavimento, acompanhando as demais atividades rotineiras de um canteiro obra. Por

meio da figura 02, é possível visualizar o desenvolvimento das obras no decorrer da aplicação

do checklist. A obra possuía 09 (nove) funcionários.

44

Figura 02 – Canteiro de obra: (a) A, (b) B

(a) (b)

Fonte: Autor

4.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO

O método de pesquisa utilizado neste trabalho compreende mecanismos técnicos de

coleta de informações através da aplicação de checklist, como também levantamento de dados,

por meio de registros fotográficos.

Desse modo, através de pesquisas realizadas para a elaboração deste estudo, foram

encontrados diversos modelos de checklist, sendo escolhido e adaptado para este trabalho, o

“Checklist NR-18”, assim denominado, o qual é disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE). O modelo de checklist utilizado para essa pesquisa encontra-se no Anexo A.

O “Checklist NR-18” é uma lista de verificação em que estão dispostos os itens

apresentados na Norma Regulamentadora NR-18 (2015), com o intuito de fazer uma análise do

cumprimento da norma. Dessa forma, para cada item apontado no questionário, há três

alternativas de resposta, devendo apenas uma opção ser marcada referente ao seu cumprimento:

“SIM”, para quando o item está em conformidade com a norma; “NÃO”, para quando o item

não está em conformidade com a norma, e “NÃO SE APLICA”, quando o cumprimento do

item não se faz necessário na fase de execução obra, conforme apresentado no Quadro 01:

Quadro 01 - Legenda utilizada para diferenciar a conformidade dos itens com a norma NR-18

Sim Não Não se aplica ( ) ( ) ( )

Fonte: Autor

45

Para que se possa fazer uma análise qualitativa e quantitativa, em função das condições

de segurança e saúde do trabalhador nos canteiros A e B, será utilizado o seguinte critério de

pontuação, apresentado na equação 01:

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑢𝑎çã𝑜 =𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝐼𝑀 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑠𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐á𝑣𝑒𝑖𝑠× (100) (1)

Após obter a pontuação de cada item aplicado nos canteiros de obra A e B, os dados

foram tabulados e foi feita uma análise quantitativa comparativa nos dois canteiros de obra.

Ainda, conforme a Tabela 04, os itens foram classificados qualitativamente, de acordo com sua

pontuação:

Tabela 04 – Classificação do cumprimento da Norma Regulamentadora NR-18

Pontuação (%) Classificação

0 a 20% Péssimo

20,1 a 40% Ruim

40,1 a 60% Regular

60,1 a 80% Bom

80,1 a 100% Ótimo

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego / CEREST-Jundiaí / INSS / Representação Sindical

Obtidas a pontuação e a classificação de cada item da norma NR-18 (2015), foi realizada

uma análise comparativa crítica entre os dois canteiros de obra analisados, com o auxílio dos

registros fotográficos e dos dados que foram juntamente coletados durante aplicação dos

questionários. A Figura 03 ilustra, em síntese, a metodologia utilizada para o desenvolvimento

deste estudo.

Figura 03 – Fluxograma de aplicação do checklist

Fonte: Autor

OBRA

A Aplicação do

checklist +

registro

fotográfico

Tabulação dos

dados +

classificação dos

critérios

analisados

Análise crítica

dos resultados

obtidos OBRA

B

46

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo tem como finalidade apresentar os resultados obtidos após a aplicação do

checklist referente à norma regulamentadora NR-18 (2015), mostrando a pontuação alcançada,

após a tabulação dos dados, por cada item da norma nos canteiros de obra analisados.

Conforme a metodologia apresentada no capítulo anterior, a qual foi aplicada no

instrumento de pesquisa para o levantamento de dados, foi possível obter as seguintes

pontuações para cada item da norma, de forma a quantificar e qualificar o desempenho dos

canteiros de obra A e B.

O canteiro de obra A apresentou mais desconformidades com a NR-18 (2015), dispondo

como média geral 67,66 %, enquanto no canteiro de obra B, a média obtida foi 84,40 %.

Os itens “áreas de lazer” e “andaimes suspensos”, no dia da aplicação do checklist, não

se faziam presentes nos canteiros de obra, por isso, esses itens não receberam avaliação. Pelo

fato das duas edificações estarem em diferentes fases de execução, o canteiro de obra A, com a

estruturação finalizada e o canteiro B, com a etapa estrutural em andamento, concomitante a

realização de fechamentos em alvenaria, não foi considerado o item "andaimes suspensos" na

aplicação do questionário. Ainda, devido às duas edificações não possuírem funcionários

alojados nas suas dependências, o tópico "áreas de lazer" também não foi avaliado.

Para cada item analisado, obteve-se uma pontuação acerca do grau de conformidade

com a norma regulamentadora NR-18 (2015), a qual está disposta na Tabela 05:

Tabela 05 – Análise quantitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B

Item NR-18 Obra A Obra B

Tapumes e galerias 66,7 % 100 %

Instalações sanitárias 53,3 % 80 %

Local para refeições 75 % 91,67 %

Vestiário 44,4 % 88,90 %

Área de lazer - -

Fornecimento de agua potável 100 % 100 %

Armazenamento e estocagem de materiais 50 % 83,3 %

Corrimão das escadas permanentes 100 % 75 %

Escadas de mão e provisórias 60 % -

Poço de elevador 100 % 100 %

Andaimes suspensos - -

Instalações elétricas 42,85% 87,50 %

Carpintaria e serra circular 66,6 % 100 %

Máquinas, equipamentos e ferramentas

diversas

33,3 % 66,7 %

Armações de aço 67,7 % 100 %

Equipamento de proteção individual 75 % 75 %

Sinalização de segurança 100 % 100 %

47

Proteção contra incêndio 75 % 0 %

Ordem e limpeza 33,3 % 100 %

Fonte: Autor

Através da Figura 04, é possível analisar graficamente os resultados obtidos em função

da análise quantitativa dos itens avaliados:

Figura 04 – Índices de conformidade com a NR-18 alcançado por cada item da norma

Fonte: Autor

Da mesma forma, a partir das notas alcançadas por cada item analisado, foi possível

construir a Tabela 06, de forma a qualificar esses itens.

Tabela 06 – Análise qualitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B

0,00%20,00%40,00%60,00%80,00%

100,00%120,00%

Índice de conformidade com a NR-18 x item analisado

Obra A Obra B

Item NR-18 Obra A Obra B

Tapumes e galerias Bom Ótimo

Instalações sanitárias Regular Ótimo

Local para refeições Bom Ótimo

Vestiário Regular Ótimo

Área de lazer - -

Fornecimento de agua potável Ótimo Ótimo

Armazenamento e estocagem de materiais Bom Ótimo

Corrimão das escadas permanentes Ótimo Bom

Escadas de mão e provisórias Regular -

Poço de elevador Ótimo Ótimo

Andaimes suspensos - -

Instalações elétricas Regular Ótimo

Carpintaria e serra circular Bom Ótimo

Máquinas, equipamentos e ferramentas

diversas

Ruim Bom

Armações de aço Bom Ótimo

Equipamento de proteção individual Bom Bom

Sinalização de segurança Ótimo Ótimo

48

Fonte: Autor

A partir do desempenho alcançado pelos itens da norma, foi possível analisar de forma

comparativa os itens que se sobrepõem, visto que muitos dos tópicos não são aplicáveis

simultaneamente nos canteiros, devido a diferença de fase de execução das obras.

5.1 TAPUMES E GALERIAS

Os dois canteiros de obra, no dia da aplicação do checklist, possuíam os tapumes e

portões de acesso ao canteiro abertos, onde qualquer pessoa que circulasse pela rua poderia ter

acesso.

O canteiro de obra A, que obteve 66,7% de conformidade com a norma, apresentou

divergências quanto à alocação e fixação dos tapumes, os quais não estavam dispostos de

maneira resistente e segura, conforme ilustrado na Figura 05. O canteiro de obra B, atendeu de

forma satisfatória os itens da norma, obtendo 100% de conformidade com a NR-18 (2015).

Figura 05 – Tapume aberto e mal fixado obra A

Fonte: Autor

5.2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Os dois canteiros de obra analisados apresentam discordâncias com diversos itens

referentes às instalações sanitárias, sendo que em nenhum deles, o banheiro possui ventilação

e iluminação adequados, apresentando apenas uma abertura entre a parede e a cobertura.

O canteiro de obra A, que obteve 53,3% de conformidade, a área reservada para o

chuveiro não apresenta boas condições de uso, onde o piso se encontra quebrado, o que pode

causar ferimentos e até queda dos funcionários. Ainda, há apenas um chuveiro para 18

Proteção contra incêndio Bom Péssimo

Ordem e limpeza Ruim Ótimo

49

funcionários que estão trabalhando na obra, sendo que a NR-18 (2015) recomenda 1 chuveiro

a cada 10 trabalhadores. Além disso, ao lado do lavatório não há depósito para lixo, possuindo

apenas um saco plástico que está vulnerável à ação do vento e intempéries. O canteiro B, em

contrapartida, apresentou 80% de conformidade com a NR-18 (2015), o qual não havia

recipente para depósito de papéis junto ao lavatório, tampouco cabide para toalha e suporte para

sabonete junto ao chuveiro. A Figura 06 ilustra tais não conformidades descritas anteriormente.

Figura 06 – Inst. sanitárias obra A: (a) piso quebrado, (b) lixeira em saco plástico, (c) chuveiro

sem ventilação

(a) (b) (c)

Fonte: Autor

5.3 LOCAL PARA REFEIÇÕES

O local para refeições do canteiro de obra A apresentou 75% de conformidade com a

NR-18 (2015), em razão do refeitório não dispor de bancos em número suficiente para atender

todos os funcionários da obra, lixeira para depósito de restos alimentares com tampa, ventilação

e iluminação naturais adequados, além do fechamento do piso em madeira permitir a entrada

de insetos ou até mesmo animais.

O canteiro de obra B alcançou 91,67% de conformidade com a norma, não apresentando

apenas, no interior do refeitório, lixeira com tampa para o depósito de detritos. O espaço é

amplo e arejado, dispondo de geladeira, fogão e até televisão para os horários de intervalo. O

tampo da mesa é liso e revestido com toalha plástica lavável. A Figura 07 ilustra o refeitório

dos canteiros de obra A e B.

50

Figura 07 – Local de refeições: (a) obra A, (b) obra B

(a) (b)

Fonte: Autor

5.4 VESTIÁRIO

O canteiro de obra A obteve 44,4% de conformidade com a NR-18 (2015), onde o

vestiário, apesar de possuir armários individuais com cadeados, não está localizado próximo à

entrada da obra. A ventilação e iluminação naturais estão abaixo do recomendado pela NR-18

(2015), onde a área de ventilação é inferior à 1/8 da área do piso, assim como não há bancos

em número suficiente para atender todos trabalhadores.

O vestiário do canteiro de obra B, com 88,90% de conformidade, possui espaço físico

amplo, iluminado e ventilado, o qual permite colocação de varais para secagem de roupas em

dias de chuva. Está em bom estado de conservação e limpeza, além de estar localizado próximo

à entrada da obra, o que garante que todos acessem o canteiro com segurança. A

desconformidade observada, foi que o vestiário não possui bancos em número suficientes para

atender todos os trabalhadores da obra. A Figura 08 ilustra os vestiários de ambos canteiros.

Figura 08 – Vestiário: (a) obra A, (b) obra B

(a) (b)

Fonte: Autor

51

5.5 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

Nos dois canteiros de obra, este item obteve 100% de conformidade com a NR-18

(2015), nos quais há fornecimento de água potável a todos os funcionários, por meio de

torneiras em que a água vem tratada direto da Rede de Abastecimento do município de santa

Maria-RS. Também há fornecimento de copos descartáveis.

5.6 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS

No canteiro de obra A, que obteve 50% de pontuação, observou-se inúmeras

desconformidades com a NR-18 (2015), em que grande parte das fôrmas utilizadas para

escoramento da estrutura estavam jogadas em vários lugares do canteiro, obstruindo passagens

e a circulação de pessoas, como também oferecendo riscos aos trabalhadores da obra, por

apresentarem pregos e fitas de amarração. Havia também areia e brita espalhadas pela obra,

sobre a ação de intempéries, além de tijolos depositados fora do domínio do canteiro, sobre o

passeio público, conforme ilustra as Figuras 09a e 9b.

O canteiro de obra B, que atingiu 83,30% de conformidade com a norma, estava

organizado e limpo, com placas sinalizando a estocagem de cada material. A areia e a brita

estavam armazenadas sobre chapas compensadas estáveis, livres de umidade e protegidas de

intempéries, conforme ilustra a Figura 09c. A única desconformidade observada foi que havia

materiais depositados ao lado externo dos tapumes da obra, sobre o passeio público e sem

escoras de contenção.

Figura 09 – Armazenamento e estocagem dos materiais: (a) e (b) material armazenado fora do

canteiro de obra A, (c) material armazenado sobre tapumes, obra B

(a) (b) (c)

Fonte: Autor

52

5.7 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES

Os corrimãos das escadas são de madeiras, com guarda-corpo principal e isentos de

qualquer pintura que venha encobrir imperfeições na madeira. O canteiro de obra A obteve

100% de conformidade com a NR-18 (2015) e o canteiro B, 75 %. Nos dois canteiros, não há

presença de corrimão em toda extensão de escadas e passarelas, o que contribui para o risco de

queda dos funcionários e demais visitantes da obra. A Figura 10a ilustra um patamar sem

corrimão e a 10b, uma escada com proteção.

Figura 10- Corrimão das escadas: (a) trecho sem corrimão, (b) trecho com corrimão

(a) (b)

Fonte: Autor

5.8 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS

A escada de mão encontrada no canteiro de obra A é constituída de material resistente

e isenta de qualquer pintura que possa esconder suas imperfeições. A escada não está fixa nos

pisos inferior e superior, como também não ultrapassa um metro do piso superior, conforme

recomenda NR-18 (2015). Este item obteve 60% de conformidade com a norma.

No canteiro de obra B, não foi encontrada nenhuma escada de mão ou provisória. A

Figura 11 ilustra a estrutura da escada no canteiro de obra A.

53

Figura 11 - Escada de mão: (a) parte inferior, (b) corpo da escada, (c) parte superior

(a) (b) (c)

Fonte: Autor

5.9 POÇO DE ELEVADOR

Ambos canteiros atenderam satisfatoriamente os itens referentes aos vãos de acesso ao

poço de elevador (100% de conformidade com a NR-18, 2015), com sinalização e fechamento

provisório resistentes, devidamente fixados à estrutura, com sistema de guarda-corpo e rodapé

revestidos com tela. A Figura 12 ilustra a estrutura de proteção do poço de elevador do canteiro

de obra A.

Figura 12 – Poço do elevador: (a) acesso sinalizado, (b) fechamento, (c) vista interna

(a) (b) (c)

Fonte: Autor

54

5.10 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Nos dois canteiros de obras, as instalações elétricas são feitas por profissionais

capacitados, através de serviços terceirizados, não envolvendo funcionários da empresa. No

canteiro de obra A, o qual obteve 42,85% de conformidade com a NR-18 (2015), o quadro de

disjuntores estava aberto, não possuía caixa com portas para fechamento adequado, os circuitos

não estavam identificados, além dos fios condutores estarem desencapados e expostos à

intempéries, conforme representado na Figura 13.

O canteiro de obra B apresentou 87,50 % de conformidade com a NR-18 (2015), onde

os quadros dos disjuntores estão isolados, sinalizados com placas de advertências e protegidos

de chuvas e ventos. As ligações de máquinas e equipamentos na rede elétrica são feitas por

profissionais habilitados terceirizados, o que diminui os riscos de acidentes e choques elétricos.

Figura 13 – Quadro de disjuntores obra A

Fonte: Autor

5.11 CARPINTARIA E SERRA CIRCULAR

No canteiro de obra A, a carpintaria estava localizada nos fundos do canteiro, com placas

de sinalização e segurança. Apesar do espaço ser reservado e amplo para realização dos

serviços, a carpintaria se encontrava desorganizada, com muitos materiais e madeiras

depositados em locais inapropriados, apontando, desse modo, 66,60 % de conformidade com a

NR-18 (2015). No canteiro de obra B, que alcançou 100% de conformidade com a norma, a

carpintaria estava situada nos fundos da obra, possuía placas de sinalização, além de apresentar

barreiras físicas que limitavam o acesso somente a pessoas autorizadas.

Ambas possuíam pisos resistentes, nivelados e antiderrapantes, com cobertura adequada

para proteção das intempéries. Na data de aplicação do questionário, nenhuma das obras possuía

serra circular. A Figura 14 ilustra a bancada da carpintaria do canteiro de obra B.

55

Figura 14 – Carpintaria: obra B

Fonte: Autor

5.12 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS

Segundo o profissional responsável em segurança do trabalho nos canteiros

mencionados, todas as instalações elétricas de máquinas e equipamentos diversos são realizadas

por profissionais qualificados. Além disso, os funcionários da obra designados a operarem

máquinas, como por exemplo, a betoneira, recebem cursos e treinamentos específicos, os quais

são fornecidos pela empresa gratuitamente.

O canteiro de obra A apresentou somente 33,3% de conformidade com a NR-18 (2015),

no qual as máquinas elétricas não possuíam duplo isolamento e dispositivos de bloqueio para

serem acionadas, impedindo o uso de pessoas não autorizadas. O canteiro de obra B

obteve 66,67 % de conformidade com a norma, não havendo dispositivos de bloqueio que

impediam o uso de máquinas por pessoas não autorizadas. Próximo à betoneira, havia uma

placa de sinalização que indicava o funcionário responsável e capacitado para realizar as

operações e manutenções da betoneira, conforme representado na Figura 15.

Figura 15 – Sinalização para uso da betoneira – Obra B

Fonte: Autor

56

5.13 ARMAÇÕES DE AÇO

No canteiro de obra A, a bancada para dobra e corte de vergalhões estava desativada,

uma vez que a fase estrutural já estava concluída. Mesmo com a ferragem desativada, foi

possível observar que no local existiam placas de sinalização sobre o uso correto dos EPIs,

como também espaço reservado para armazenagem das barras de ferro, separadas estas por

bitola. As pontas dos vergalhões, em algumas esperas de pilares, não estavam protegidas

devidamente, o que acarretou 66,70% de conformidade com a NR-18 (2015).

No canteiro B, a bancada para corte e dobra de vergalhões era feita com material

resistente, afastada e isolada no canteiro por meio de portões, onde somente funcionários

autorizados têm acesso. A ferragem estava protegida das intempéries através da cobertura da

laje e assentada sobre piso nivelado e resistente, com amplo e organizado espaço para execução

das armaduras. O canteiro obteve 100% de conformidade com a norma. A Figura 16 ilustra as

conformidades do canteiro de obra B.

Figura 16 – Carpintaria obra B: (a) bancada, (b) armazenamento, (c) espaço reservado

(a) (b) (c)

Fonte: Autor

5.14 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Este item foi parcialmente atendido nos dois canteiros, com 75 % de conformidade com

a NR-18 (2015) em ambas obras. Os funcionários estavam com uniformes fornecidos pela

empresa, usavam botinas e capacetes, independente da função desempenhada. Quanto ao tópico

trabalho em altura, na obra A, observou-se que havia funcionários que não estavam usando o

cinto de segurança, mesmo estando disponível na obra, assim como a linha de vida. Todos os

57

funcionários, segundo o responsável técnico em segurança do trabalho, recebem treinamentos

periódicos sobre os equipamentos de proteção individual e coletiva e seu uso correto, assim

como cursos que são obrigatórios no momento da admissão. A Figura 17 ilustra as situações

citadas acima.

Figura 17– Equipamento de proteção individual: (a) cinto de segurança disponível no canteiro,

(b) funcionários trabalhando em altura sem cinto de segurança

(a) (b)

Fonte: Autor

5.15 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

O item sinalização de segurança foi atendido integralmente nos canteiros de obra A e

B. Existiam identificação nos locais de apoio do canteiro, placas de advertências nos locais que

oferecem riscos, alertas de obrigatoriedade para o uso dos EPIs, como também sinalização que

indicava a saída dos canteiros.

5.16 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Este item foi o que mais apresentou desconformidades com a NR-18 (2015). O canteiro

de obra B não possui extintor de incêndio nem sistema de alarme, obtendo 0% de conformidade

com a NR-18 (2015), desrespeitando todos os itens analisados. O canteiro de obra A o qual

apresentou 75% de conformidade com esse item, possuía apenas um extintor de incêndio

próximo ao depósito de materiais e a betoneira. A Figura 18 ilustra o extintor de incêndio do

canteiro de obra A.

58

Figura 18- Extintor de incêndio, obra A

Fonte: Autor

5.17 ORDEM E LIMPEZA

Este item foi totalmente atendido no canteiro de obra B, o qual estava organizado e

limpo, sem material que impedisse as vias de circulação. As sobras de materiais eram

depositadas em caixas de entulho, as quais eram removidas assim que atingissem sua

capacidade máxima.

O canteiro A possuía excesso de material espalhado, como madeiras de desfôrma, tijolos

e até mesmo equipamentos, o que impedia e dificultava a circulação dos funcionários. No dia

da aplicação do questionário, os funcionários estavam desformando as lajes do quinto

pavimento e arremessando as madeiras para o térreo, o que deveria ser feito através de calha

fechada ou guincho, conforme recomendado pela NR-18 (2015). Por esses motivos, o canteiro

A atingiu 33,30 % de conformidade com a norma.

Segundo o responsável técnico em segurança do trabalho, os dois canteiros possuem

escala dos funcionários para realização da limpeza dos banheiros e refeitório, com o intuito de

conservar os locais adequados para o uso coletivo. Também foi constatado que os canteiros não

realizam queima de lixo, sendo, desse modo, todo material descartado nas caixas de entulho.

5.18 ORGANIÇÃO DA EMPRESA E AMBIENTE DE TRABALHO

O Setor de Segurança da empresa é composto por um responsável técnico em segurança

do trabalho e um estagiário. Nas edificações analisadas, segundo o responsável técnico, foram

realizados treinamentos e conversas mensais relacionados à segurança e saúde do trabalhador,

sempre com temas relevantes e com maneiras simples de abordagem. Todo funcionário quando

admitido, é obrigado a fazer exames que confirmem sua aptidão e estado de saúde, os quais

serão repetidos anualmente, além de receberem treinamentos referentes às normas

59

regulamentadoras NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção” e NR-35 (2016): “Trabalho em Altura”. Ainda, dependendo da função que os

funcionários irão exercer, estes são designados a realizar cursos específicos, como por exemplo,

operador de betoneira, operador de guincho, entre outros.

Ainda, foi salientado que, como a empresa ultrapassou os 50 (cinquenta) funcionários,

estava sendo organizada a eleição da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),

onde todos os funcionários podem se candidatar ao cargo, com o intuito de intensificar a

segurança e fiscalização nos canteiros de obra. Também estava sendo organizada a SIPAT

(Semana Interna de Prevenção de Acidentes), com a finalidade de informar os trabalhadores a

respeito dos acidentes de trabalho e de como evitá-los.

Nos canteiros de obra foram organizadas escalas rotativas dos trabalhadores para

limpeza e organização do refeitório e banheiros, com a finalidade de conservar o local de

trabalho em condições de higiene adequados.

60

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos propostos neste trabalho foram os de apresentar e verificar o grau de

conformidade da Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção” em canteiros de obra da cidade Santa Maria – RS, a partir

da aplicação de um questionário (adaptação do Checklist daNR-18, proposto pelo Ministério

do Trabalho e Emprego), em dois canteiros de obra pertencentes a uma mesma construtora, os

quais são compostos por edificações multifamiliares de cinco pavimentos.

A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir:

O canteiro de obra A apresentou 66,67 % de conformidade com a NR-18 (2015), no

qual muitos dos itens avaliados estavam parcialmente de acordo com a norma. Foi

observado que mesmo sendo realizados treinamentos e conversas periódicas, cursos

sobre normas regulamentadoras fundamentais à saúde e segurança dos funcionários, o

canteiro de obra necessita de melhorias, adequações e fiscalizações mais intensas em

benefício da segurança do trabalhador. A organização do canteiro, por exemplo, oferece

riscos a todos que circulam pela obra, pois foi constatado depósito de materiais nas vias

de circulação que deveriam estar livres, além das instalações sanitárias, vestiário e local

para refeições apresentarem diversas desconformidades, desde iluminação e ventilação

inadequados, falta de higiene e limpeza, como também carência de espaço físico para

acomodar os funcionários. Salienta-se ainda que haviam funcionários trabalhando em

alturas superiores a dois metros sem portar cinto de segurança, o que potencializa o risco

de quedas e acidentes fatais.

O canteiro de obra B mostrou-se mais adequado às exigências da NR-18 (2015), visto

que mais de 80% dos itens estavam em conformidade com ela, embora sejam

necessárias melhorias e adequações, como por exemplo, o item “Proteção contra

incêndio”, que estava não conforme, devido o canteiro não possuir extintor de incêndio

nas suas dependências, tampouco sistema de alarme.

Com referência ao comparativo entre os dois canteiros de obra, lembrando que foram

comparados apenas os itens comuns aos dois canteiros, visto que as obras estavam em

diferentes etapas de execução, percebeu-se que o canteiro de obra B apresentou

pontuações superiores ao canteiro de obra A em praticamente todos os tópicos, exceto

no item “Proteção contra incêndio”.

61

Por fim, conclui-se que embora pertencentes a mesma construtora e fiscalizados pelos

mesmos técnicos em segurança do trabalho, ambos canteiros apresentaram inúmeras

divergências entre si e, principalmente, com a NR-18 (2015). Dessa forma, os resultados

obtidos nesse trabalho apontam as dificuldades encontradas em transformar o canteiro de obra

em um ambiente de trabalho saudável e seguro. Por isso, salienta-se a importância de estratégias

prevencionistas mais consistentes através da educação, conscientização e qualificação dos

trabalhadores, assim como o interesse dos próprios trabalhadores em se envolverem nas

comissões internas e sindicatos em busca de sistemas de segurança eficientes que realmente

sejam ativos em canteiros de obra, afim de reduzir o número de acidentes e doenças do trabalho.

62

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Disponível em: < portal.mte.gov.br/legislação/normas-regulamentadoras-1>. Acesso em 16 de

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agosto de 2017.

65

ANEXO A – CHECKLIST NR –18

CHECK LIST - NR18

LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO

DA ADEQUAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA À NR-18

Preenchido por: Data:

Empresa:

Obra:

Caracterização geral do canteiro: Fase da obra

( ) Infraestrutura ( ) Estrutura

( ) Alvenaria ( )

Revestimento

Interno

( ) Revestimento externo ( ) Outra:

____________

____

Nº de pavimentos:

Totai

s:

Na fase atual da obra:

Nº de operários:

Pico: Na fase atual da obra:

Instruções para preenchimento:

* Antes de ir à obra leia todas as folhas com atenção;

* Existem três opções de preenchimento: assinalar opção “sim” (S) quando o canteiro cumprir o requisito da

norma, assinalar “não” (N), quando o requisito não estiver sendo cumprido, e assinalar “não se aplica” (NA)

quando o requisito não for aplicável ao canteiro, seja devido a tipologia da obra ou a fase de execução no dia

da visita;

* No caso de requisitos com dois ou mais elementos iguais para serem analisados, como por exemplo, a

existência de dois guinchos ou duas gruas no mesmo bloco, adotar sempre a pior situação;

* No caso de canteiros de obras nos quais existam dois ou mais blocos em execução simultânea, usar uma

Lista de Verificação para cada bloco. Deve-se estar atento para que os itens comuns a dois ou mais blocos,

como vestiários e refeitórios, sejam analisados uma única vez, tendo seus dados preenchidos somente em uma

Lista de Verificação, indicando-se nos outros, o motivo do não preenchimento;

* Levar trena para fazer as medições necessárias;

Instruções para cálculo das notas de cada elemento:

66

* Soma dos itens assinalados “sim” x 10 divido pelo total de itens aplicáveis (não considerar os itens

assinalados “não se aplica”).

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

A. TAPUMES E GALERIAS

A.1. Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio

e seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o

passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo;

A.2. As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura

mínima de 1,0 m com inclinação aproximada de 45°;

A.3. Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é

protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela;

A.4. Caso exista risco de queda de materiais nas edificações vizinhas,

estas são protegidas;

A.5. TAPUMES ( 1 ) existe ( ) não existe

Caso não existam, assinale "não" para os itens A.5.1. a A.5.3.

A.5.1

.

Há tapumes construídos e fixados de forma resistente;

A.5.2

.

Os tapumes têm altura mínima de 2,20m;

A.5.3

.

Os tapumes estão em bom estado de conservação;

Obs.:

B. ÁREAS DE VIVÊNCIA / APR-001

B.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( 1 ) existe ( ) não existe

Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.1.1 As instalações sanitárias estão em bom estado de conservação,

higiene e limpeza;

B.1.2

.

Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de

material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção

(logo, o uso de chapas de compensado sem proteção não é

recomendável);

B.1.3

.

Tem ventilação natural adequada (1/8 da área do piso, segundo a

NR24);

Área de ventilação: Área do piso:

B.1.4

.

Tem iluminação natural ou artificial;

B.1.5

.

Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é

necessário percorrer menos de 150 m (considerando distâncias

verticais e horizontais somadas);

B.1.6

.

Possuem chuveiros em número suficiente (1 / 10 trabalhadores);

B.1.7

.

Possuem lavatórios em número suficiente (1 / 20 trabalhadores);

B.1.8 Possuem vasos sanitários em número suficiente (1 / 20

trabalhadores);

N° de chuveiros: N° de lavatórios:

67

N° de vasos sanitários e

tipo:

N° de mictórios:

B.1.9

.

Há recipiente para depósito de papéis usados junto ao lavatório;

B.1.1

0

O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno e

divisórias com altura mínima de 1,80 m;

B.1.1

1

Há disponibilidade de papel higiênico, diretamente no banheiro ou

no almoxarifado;

B.1.1

2

Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao

vaso sanitário;

B.1.1

3

Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante

ou estrado de madeira;

B.1.1

4

Há um suporte para sabonete correspondente à cada chuveiro;

B.1.1

5

Há cabide para toalha correspondente à cada chuveiro;

Obs.:

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

B.2. LOCAL PARA REFEIÇÕES ( ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.2.1 Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de

pequenos animais e isole a instalação das áreas de produção e

circulação, contribuindo para a manutenção da limpeza do local;

B.2.2 Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que

permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local;

B.2.3 Tem ventilação natural e/ou artificial;

B.2.4 Tem iluminação natural e/ou artificial;

B.2.5 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;

* Estime a distância em metros: _________________________

B.2.6 Possui mesas com tampos lisos e laváveis;

B.2.7 Tem depósito de lixo com tampa;

B.2.8 Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários

(caso existam assentos em menor número do que o total de operários

da obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo

assentos para todos usuários de cada turno);

B.2.9 Está situado em local que não seja subsolo nem porão;

B.2.1

0

O refeitório não tem comunicação direta com as instalações

sanitárias (ou seja, não possuem portas e/ou janelas em comum);

B.2.1

1

Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum,

aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante);

B.2.1

2

Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro

sistema no local para refeições;

Obs.:

B.3 VESTIÁRIO ( 1 ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.3.1 Está localizado próximo à entrada da obra;

68

B.3.2 Não possui comunicação direta com o refeitório (ou seja, não possui

portas e/ou janelas em comum);

B.3.3 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a

fácil conservação da limpeza e higiene do local;

B.3.4 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-

24);

Área do piso: Área de ventilação:

B.3.5 Tem área de 1,5m² / pessoa (segundo a NR-24);

B.3.6 Tem iluminação natural e/ou artificial;

B.3.7 Tem armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com

cadeado;

B.3.8 Está em bom estado de conservação e limpeza;

B.3.9 Tem bancos em número suficiente para atender todos os

trabalhadores da obra;

Obs.:

B.4 ALOJAMENTOS: Necessário quando existem trabalhadores morando na obra:

( ) é necessário e está instalado;

( ) é necessário, porém não está instalado; Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( ) não é necessário; Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

B.4.1 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou outro material permita

a fácil conservação da limpeza e higiene do local;

B.4.2 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-

24);

Área do piso: Área de ventilação:

B.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

B.4.4 Está situado em local que não seja subsolo nem porão;

B.4.5 Está em bom estado de conservação, higiene e limpeza;

B.4.6 Possui armários individuais com prateleiras para separar roupas de

uso comum de roupas de trabalho;

B.4.7 Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de

bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função;

Obs.:

B.5 ÁREA DE LAZER. Necessária quando existem trabalhadores alojados na obra.

( ) é necessária e está instalada. Neste caso, assinale "sim" para este item e descreva as instalações

existentes: ______________________________________________________

( ) é necessária, porém não está instalada. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( x ) não é necessária. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

B.5.1 É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para

área de lazer (como refeitório, por exemplo);

Obs.:

B.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL NOS POSTOS DE TRABALHO

69

B.6.1 Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro

sistema que garanta seu nos postos de trabalho· Caso não se use

bebedouro, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* B.6.2 e

B.6.3) e especifique o outro dispositivo:

_______________________________________________________

________

B.6.2 (*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de

bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25

trabalhadores ou fração;

Número de bebedouros:

B.6.3 (*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os

trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano

horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical;

Obs.:

C ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS / PR-011

C.1 O cimento é estocado em pilhas de no máximo 10 sacos, de forma a

facilitar seu manuseio;

C.2 Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m

de altura (a NR-18 não estabelece altura limite);

C.3 Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores,

separados de acordo com a bitola;

C.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre piso nivelado;

C.5 Os vergalhões estão armazenados de forma a impedir o

desmoronamento das pilhas e separados de acordo com a bitola das

peças;

C.6 As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de

forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a

circulação no local;

Obs.:

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

D PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA

D.1 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES. Necessários sempre que as escadas

permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra:

( ) é necessário e está instalado;

( ) é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( ) não é necessário. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

D.1.1 Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer

pintura que encubra nós e rachaduras na madeira;

D.1.2 Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à

1,2 m de altura, constituído de madeira ou outro material de

resistência equivalente;

D.1.3 Há guarda-corpo intermediário à 0,7 m de altura, constituído de

madeira ou outro material de resistência equivalente;

D.1.4 Há rodapé com altura de 0,2 m, constituído de madeira ou outro

material de resistência equivalente;

70

Obs.:

D.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS

D.2.1 As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura

que encubra nós e rachaduras na madeira;

D.2.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com

desnível superior a 40 cm;

D.2.3 As escadas de mão têm até 7,0 metros de extensão;

D.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 metro o piso

superior;

D.2.5 As escadas de mão estão fixadas no piso superior e inferior, ou são

dotadas de dispositivo que impeça escorregamento;

Obs.:

D.3 POÇO DO ELEVADOR

D.3.1 Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que

cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por

exemplo) · Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-

corpo e rodapé, assinale ²não se aplica² para os itens marcados (*

D.3.3 a D.3.6), e descreva-o:

_______________________________________________________

_____________

D.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está

seguramente fixado à estrutura;

D.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com guarda-corpo principal à 1,20 m de altura;

D.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70 m de altura;

D.3.5 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com rodapé à 0,20 m de altura;

D.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são revestidos com tela;

D.3.7 Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe

proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço,

ou guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao

assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

D.3.8 Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no

mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça

dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou

pessoas;

Obs.:

71

D.4 PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS

Assinale a(s) situação(ões) encontradas na obra: 1. ( ) Pavimento com laje de piso concretada e execução das fôrmas da laje do pavimento superior;

2. ( ) Pavimento com laje de piso e de forro já concretadas;

3. ( ) Pavimento em que estão sendo colocadas as ferragens nas fôrmas de vigas e lajes ou no qual

está sendo feita a concretagem;

4. ( ) Alvenaria de periferia já executada (dispensa a proteção periférica, portanto marque "não se

aplica" para todos os itens.

D.4.1 SITUAÇÃO 1: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20 m de altura,

constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo

que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-

corpo e rodapé, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* D.4.1.1 a D.4.1.4) e descreva-o:

_____________________________________________________________________

D.4.1

.1

(*) Existe guarda-corpo principal, constituído por anteparo rígido, a

1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1;

D.4.1

.2

(*) Existe guarda-corpo intermediário, constituído por anteparo

rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1;

D.4.1

.3

(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de

altura nas periferias dos pavimentos na situação 1;

D.4.1

.4

(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 1, fechamento

com tela de arame galvanizado ou material de resistência

equivalente;

Obs.:

D.4.2 SITUAÇÃO 2: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20 m de altura,

constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo

que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-

corpo e rodapé, marque "não se aplica" para os itens marcados (* D.4.2.1 a D.4.2.4) e descreva-o:

_____________________________________________

D.4.2

.1

(*) Existe guarda-corpo principal, constituído por anteparo rígido, a

1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2;

D.4.2

.2

(*) Existe guarda-corpo intermediário, constituído por anteparo

rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2;

D.4.2

.3

(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de

altura nas periferias dos pavimentos na situação 2;

D.4.2

.4

(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 2, fechamento

com tela de arame galvanizado ou material de resistência

equivalente;

Obs.:

D.4.3 SITUAÇÃO 3: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20 m de altura,

constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo

que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-

corpo e rodapé, marque "não se aplica" para os itens marcados (* D.4.3.1 a D.4.3.4) e descreva-o:

_____________________________________________________________________

D.4.3

.1

(*) Existe guarda-corpo principal, constituído por anteparo rígido, a

1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3;

D.4.3

.2

(*) Existe guarda-corpo intermediário, constituído por anteparo

rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

72

D.4.3

.3

(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de

altura nas periferias dos pavimentos na situação 3;

D.4.3

.4

(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 3, fechamento

com tela de arame galvanizado ou material de resistência

equivalente;

Obs.:

D.5 ABERTURAS NO PISO

D.5.1 Todas as aberturas nos pisos de lajes têm fechamento provisório

resistente, tais como assoalho fixado a estrutura de forma a evitar seu

deslizamento ou sistema de guarda-corpo e rodapé;

Obs.:

D.6 PLATAFORMA DE PROTEÇÃO

Assinale a situação atual da obra:

1. ( ) A altura do prédio não exige bandejas (4 pavimentos ou menos). Neste caso assinale "não se

aplica" para todos os itens;

2. ( ) A fase atual não exige mais o uso de bandejas (alvenarias e revestimentos acima da plataforma

principal já executados). Neste caso assinale "não se aplica" para todos os itens;

3. ( ) Só a plataforma principal é necessária na fase atual da obra (todas alvenarias acima da mesma

já foram executadas, mas o revestimento ainda está por ser concluído). Neste caso assinale "não se

aplica" para os itens marcados (* D.6.3 a D.6.7);

4. ( ) A plataforma principal e as secundárias, e/ou as terciárias são necessárias na fase atual da obra

(alvenarias acima das plataformas secundárias e/ou terciárias ainda não foram completamente

executadas).

D.6.1 A plataforma principal de proteção está na primeira laje situada a no

mínimo um pé-direito acima do nível do terreno· Se estiver em outra

indique : __________________________

D.6.2 A plataforma principal tem largura de 2,50 m de projeção horizontal

e complemento de 0,80 m (inclinado à 45°);

D.6.3 (*) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a

partir da plataforma principal;

D.6.4 (*) As plataformas secundárias têm largura de 1,40 m de projeção

horizontal e complemento de 0,80 m (inclinado à 45°);

D.6.5 (*) Caso o edifício possua subsolos, existem plataformas terciárias de

proteção, de duas em duas lajes, contadas em direção ao subsolo a

partir da plataforma principal;

D.6.6 (*) As plataformas terciárias têm largura de 2,20 m de projeção

horizontal e complemento de 0,80 m (inclinado à 45°);

D.6.7 As plataformas contornam todo o perímetro da edificação;

D.6.8 Durante a concretagem da laje do pavimento foram previstos meios

para fixação ou apoio das plataformas de proteção como furos na

viga, espera na laje ou solução equivalente;

D.6.9 Existe fechamento com tela entre as extremidades das plataformas de

proteção;

D.6.1

0

As plataformas de proteção estão em bom estado de conservação;

Obs.:

D.7 ANDAIMES SUSPENSOS MECÂNICOS

73

Tipo de andaime suspenso utilizado:

1. ( ) Andaime suspenso pesado (projetados para suportam cargas até 400 kgf/m²);

2. ( ) Andaime suspenso leve (projetados para suportar carga mínima de 85 Kgf/m² e carga máxima

total de 300 Kgf - o que equivale à permanência de no máximo 2 pessoas mais material para

execução de pequenos serviços de reparos, pinturas, limpeza e manutenção).

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

D.7.1 Os andaimes suspensos (leves ou pesados) dispõem de sistema de

guarda-corpo e rodapé, com tela de arame galvanizado (ou material

de resistência e durabilidade equivalentes), em todo o perímetro,

exceto na face de trabalho;

D.7.2 Os andaimes suspensos (leves ou pesados) são sustentados por vigas

metálicas;

D.7.3 Os andaimes suspensos (leves ou pesados) estão fixados à construção

na posição de trabalho;

D.7.4 Os guinchos de elevação possuem dispositivo que impeça o

retrocesso do tambor;

D.7.5 O piso de trabalho dos andaimes (leves ou pesados) é constituído por

madeira de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras isento de

pintura que encubra imperfeições e de frestas por onde possam

passar materiais;

ANDAIMES SUSPENSOS MECÂNICOS PESADOS

D.7.6 As vigas metálicas de sustentação dos andaimes pesados são fixadas

por braçadeiras, ganchos chumbados na laje ou sistema

semelhanteDescreva o(s) sistema(s) existente(s):

_______________________________________

D.7.7 Cada viga metálica dos andaimes pesados corresponde à sustentação

de dois guinchos;

D.7.8 Os andaimes pesados possuem largura superior a 1,50 metros;

D.7.9 Caso os estrados dos andaimes pesados estejam interligados, seu

comprimento não excede 8,0 m;

Obs.:

ANDAIMES SUSPENSOS MECÂNICOS LEVES

D.7.1

0

As vigas metálicas de sustentação dos andaimes suspensos leves são

fixadas por um dos seguintes sistemas (assinale a opção):

( ) braçadeiras ou ganchos chumbados na laje;

( ) sistema contrapeso (exceto com o uso de sacos de areia e latas de

concreto) projetado por profissional legalmente habilitado;

( ) outro. Neste caso, descreva o(s) sistema(s) existente(s):

_______________________________________________________

______________

D.7.1

1

No caso de andaimes suspensos leves cujas vigas sustente apenas um

guincho cada, existe cabo de segurança adicional, de aço, ligado a

dispositivo de bloqueio mecânico / automático;

D.7.1

2

Os andaimes leves possuem largura entre 0,6 e 1,0 m;

Obs.:

D.8 ANDAIMES FACHADEIROS / APR-021

74

D.8.1 Os andaimes fachadeiros dispõem de proteção com tela de arame

galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalente

desde a primeira até 2,00 acima da última plataforma de trabalho;

D.8.2 Os montantes do andaime têm seus encaixes travados com parafusos,

contrapinos, braçadeiras ou dispositivo que cumpra a mesma função;

D.8.3 Os painéis destinados a suportar os pisos e / ou funcionar como

travamento, são contrapinados ou travados com parafusos,

braçadeiras ou dispositivo que cumpra a mesma função;

D.8.4 As peças de contraventamento são fixadas nos montantes por meio

de parafusos, braçadeiras ou por dispositivo que cumpra a mesma

função;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

D.8.5 O acesso vertical entre as plataformas de trabalho ao andaime é feito

por meio de escadas ou torres de acesso;

Obs.:

D.9 ANDAIMES SIMPLESMENTE APOIADOS

D.9.1 Caso o andaime seja apoiado sobre cavaletes, o piso de trabalho tem

altura máxima de 2,0 m e largura superior a 0,90 m;

D.9.2 Andaimes com piso de trabalho superior a 1,50 m de altura são

providos de escadas ou rampas;

D.9.3 Quando externos e com altura superior a 2,0 m, a estrutura dos

andaimes está fixada à construção por meio de amarração e

estroncamento;

D.9.4 Quando internos e na periferia das edificações, os andaimes são

fixados à estrutura das mesmas por meio de amarração ou

estroncamento;

Obs.:

E. ELEVADOR DE CARGA

E.1 TORRE DO ELEVADOR

E.1.1 A torre está afastada das redes elétricas ou está isolada;

E.1.2 A base da torre, quando de concreto, tem no mínimo 15 cm acima do

nível do terreno, sendo dotada de drenos para escorrer a água de seu

interior;

E.1.3 Na base da torre existe material para amortecimento de impactos

imprevistos do elevador (por exemplo, pneus);

E.1.4 A torre possui os montantes anteriores, ou seja, aqueles mais

próximos da fachada do prédio, fixados à estrutura em todos os

pavimentos;

E.1.5 A distância mínima entre a viga superior da cabine e o topo da torre,

após a última parada, é de 4,0 m;

E.1.6 Os montantes posteriores são estaiados na estrutura a cada 6,0 m;

E.1.7 A torre e o guincho estão aterrados eletricamente;

E.1.8 Em todos os acessos de entrada à torre, está instalada uma barreira

(cancela) com 1,80 m de altura;

75

E.1.9 Caso a barreira (cancela) esteja rente à torre, existe proteção

impedindo que as pessoas exponham alguma parte de seu corpo no

interior da mesma (por exemplo, o portão da cancela é

confeccionado com malha aço de pequena abertura);

E.1.1

0

A torre do guincho é revestida com tela de arame galvanizado ou

material de resistência e durabilidade equivalentesl Caso a(s) porta(s)

e contenções laterais tenham altura de 2,0 m, o entelamento da torre

é dispensável;

E.1.1

1

A torre é equipada com dispositivo que impeça a abertura da cancela

quando o elevador não estiver no nível do pavimento;

E.1.1

2

As rampas de acesso ao elevador são dotadas de guarda-corpo;

E.1.1

3

As rampas de acesso à torre do elevador são dotadas de rodapé;

E.1.1

4

As rampas de acesso têm piso de material resistente sem apresentar

aberturas ou outras deficiências que possam comprometer sua

resistência;

E.1.1

5

As rampas de acesso à torre são fixadas na estrutura do prédio e da

torre;

E.1.1

6

As rampas de acesso à torre são planas ou ascendentes no sentido de

entrada na torre;

E.1.1

7

Em cada pavimento existe botão para acionar lâmpada ou campainha

junto ao guincheiro;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

E.1.1

8

Existe tubofone ou dispositivo de comunicação eletrônica como

sistema complementar ao do item anterior;

E.1.1

9

Existe proteção no trecho de cabo de aço entre o tambor do guincho

e a roldana louca (madeira ou tela de arame de pequena abertura);

Obs.:

E.2 PLATAFORMA DO ELEVADOR

E.2.1 O elevador dispõe de sistema de trava de segurança para mantê-lo

parado em altura;

E.2.2 Tem interruptor de corrente para que só se movimente com portas e

painéis fechados;

E.2.3 O elevador é provido, nas laterais, de painéis fixos de contenção com

altura mínima de 1,0 m;

E.2.4 O elevador é dotado de cobertura fixa, basculável ou removível;

Obs.:

E.3 POSTO DO GUINCHEIRO

E.3.1 O posto de trabalho do guincheiro é isolado por meio de barreiras

físicas;

E.3.2 O posto de trabalho do guincheiro possui cobertura de proteção

contra queda de materiais;

E.3.3 Há assento para o guincheiro;

E.3.4 O assento do guincheiro é confortável (encosto para as costas e sem

cantos vivos);

76

E.3.5 Há placa de sinalização, junto ao guincheiro, indicando o uso dos

EPI`s pertinentes;

Obs.:

F. ELEVADOR DE PASSAGEIROS

É obrigatório a partir da 7° laje dos edifícios com 8 ou mais pavimentos, cujo canteiro possua

pelo menos 30 trabalhadores OU em edifícios com 12 pavimentos ou mais. Assinale a situação da obra:

1. ( ) O elevador de passageiros é necessário e está instalado;

2. ( ) O elevador de passageiro é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não"

para todos os itens;

3. ( ) O elevador de passageiro não é necessárioNeste caso assinale "não se aplica" para todos os

itens.

F.1 O elevador possui cabine metálica com porta (tipo pantográfica por

exemplo);

F.2 A cabine possui placa indicando o número máximo de passageiros e

peso máximo equivalente;

F.3 A cabine possui iluminação e ventilação natural ou, caso necessário,

artificial;

Obs.:

G GRUA

G.1 A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados no

mínimo 3,0 m de qualquer obstáculo;

G.2 A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados da

rede elétrica;

G.3 A grua possui aterramento e pára-raios;

G.4 As áreas de carga / descarga são delimitadas (guarda-corpo, pintura,

cavalete, etc);

G.5 A grua possui sinal sonoro que é acionado pelo operador sempre que

houver movimentação de carga;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

G.6 Caso a ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estejam

próximos da rede elétrica, os fios elétricos possuem isolamento;

Obs.:

H INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As instalações elétricas poderão ser realizadas somente por profissional habilitado.

H.1 Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas

expostas, tais como fios desencapados;

H.2 Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos

identificados;

H.3 Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros

de distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves

magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade

e segurança;

H.4 Os fios condutores estão em locais livres de umidade;

H.5 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e

equipamentos, de modo que está preservada sua isolação;

77

H.6 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por

conjunto plugue e tomada;

H.7 Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a

evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e

trabalhadores;

Obs.:

I SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA / APR-005

I.1 A serra é dotada de mesa que possui fechamento de suas faces

inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à

posição de trabalho;

I.2 A carcaça do motor está aterrada eletricamente;

I.3 O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui

trincas, dentes quebrados ou empenados);

I.4 A serra possui coifa protetora do disco;

I.5 A serra possui coletor de serragem;

I.6 As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo:

proteção gradeada);

I.7 A carpintaria possui piso resistente, nivelado e antiderrapante;

I.8 A carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores das

intempéries;

I.9 Há placa de sinalização, junto à serra circular, indicando o uso dos

EPI´s pertinentes;

Obs.:

J MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS / FM-035

J.1 Todas as ferramentas elétricas manuais possuem duplo isolamento;

J.2 Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou

desligadas pelo operador na sua posição de trabalho;

J.3 Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu

acionamento por pessoa não autorizada;

Obs.:

K ARMAÇÕES DE AÇO / APR-004

K.1 A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre

superfície resistente, nivelada e não escorregadia;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

K.2 A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação

de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra

trabalhadores durante seu manuseio;

K.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui

cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de

materiais;

K.4 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas

contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de

vergalhões (por ex. proteções gradeadas);

78

K.5 Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as

armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que

facilite a circulação de operários sobre elas;

K.6 Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no

transporte e quando para espera de pilar);

K.7 Quando necessário, as pontas horizontais dos vergalhões estão

protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas;

K.8 Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço,

indicando o uso dos EPI`s pertinentes;

Obs.:

L EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

L.1 São fornecidos capacetes para os visitantes;

L.2 Independente da função, todo trabalhador está usando botinas e

capacetes;

L.3 Os trabalhadores estão usando uniformes cedidos pela empresa;

L.4 Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando

cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção;

Obs.:

M ORDEM E LIMPEZA / APR-002

M.1 O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não

são prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas;

M.2 O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-

entulho ou área do canteiro delimitada);

M.3 O entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua

ou guincho;

Obs.:

N SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

N.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório,

almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro;

N.2 Há indicações das saídas da obra, por meio de dizeres ou setas;

N.3 Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço

do elevador, periferia da edificação, etc.);

N.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e

circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;

N.5 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos

(capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de

presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários,

alojamentos);

N.6 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga

máxima para transporte de carga;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

NA

N.7 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a

proibição do transporte de pessoas;

Obs.:

O PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

79

O.1 O canteiro possui extintor de incêndio próximo a serra elétrica;

O.2 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao almoxarifado;

O.3 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de

materiais inflamáveis (marcar "Não se aplica" caso este esteja dentro

do almoxarifado);

O.4 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de

madeiras;

Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:

_________________________________________________________

O.5 Há um sistema de alarme;

O.6 O canteiro possui equipes de operários treinadas para o primeiro

combate ao fogo;

Obs.:

80

APÊNDICE A- RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA A

CHECK LIST - NR18

LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO

DA ADEQUAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA À NR-18 – CANTEIRO OBRA A

Preenchido por: Kelli Data:

Empresa:x

Obra: A

Caracterização geral do canteiro: Fase da obra

( ) Infraestrutura (x ) Estrutura

( x ) Alvenaria ( )

Revestimento

Interno

( ) Revestimento externo ( ) Outra:

_____________

___

Nº de pavimentos:

Totai

s:

05 Na fase atual da obra: 05

Nº de operários:

Pico: 18 Na fase atual da obra: 18

Instruções para preenchimento:

* Antes de ir à obra leia todas as folhas com atenção;

* Existem três opções de preenchimento: assinalar opção “sim” (S) quando o canteiro cumprir o requisito da

norma, assinalar “não” (N), quando o requisito não estiver sendo cumprido, e assinalar “não se aplica” (NA)

quando o requisito não for aplicável ao canteiro, seja devido a tipologia da obra ou a fase de execução no dia

da visita;

* No caso de requisitos com dois ou mais elementos iguais para serem analisados, como por exemplo, a

existência de dois guinchos ou duas gruas no mesmo bloco, adotar sempre a pior situação;

* No caso de canteiros de obras nos quais existam dois ou mais blocos em execução simultânea, usar uma

Lista de Verificação para cada bloco. Deve-se estar atento para que os itens comuns a dois ou mais blocos,

como vestiários e refeitórios, sejam analisados uma única vez, tendo seus dados preenchidos somente em uma

Lista de Verificação, indicando-se nos outros, o motivo do não preenchimento;

* Levar trena para fazer as medições necessárias;

Instruções para cálculo das notas de cada elemento:

81

* Soma dos itens assinalados “sim” x 10 divido pelo total de itens aplicáveis (não considerar os itens

assinalados “não se aplica”).

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

A. TAPUMES E GALERIAS

A.1. Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio e

seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o

passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo;

x

A.2. As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura mínima

de 1,0 m com inclinação aproximada de 45°;

x

A.3. Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é

protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela;

x

A.4. Caso exista risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas

são protegidas;

x

A.5. TAPUMES ( 1 ) existe ( ) não existe

Caso não existam, assinale "não" para os itens A.5.1. a A.5.3.

A.5.1

.

Há tapumes construídos e fixados de forma resistente; x

A.5.2

.

Os tapumes têm altura mínima de 2,20m; x

A.5.3

.

Os tapumes estão em bom estado de conservação; x

Obs.:

B. ÁREAS DE VIVÊNCIA / APR-001

B.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( x) existe ( ) não existe

Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.1.1 As instalações sanitárias estão em bom estado de conservação, higiene

e limpeza;

x

B.1.2

.

Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de

material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção (logo,

o uso de chapas de compensado sem proteção não é recomendável);

x

B.1.3

.

Tem ventilação natural adequada (1/8 da área do piso, segundo a

NR24);

x

Área de ventilação: Área do piso:

B.1.4

.

Tem iluminação natural ou artificial; x

B.1.5

.

Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é

necessário percorrer menos de 150 m (considerando distâncias

verticais e horizontais somadas);

x

B.1.6

.

Possuem chuveiros em número suficiente (1 / 10 trabalhadores); x

B.1.7

.

Possuem lavatórios em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); x

B.1.8 Possuem vasos sanitários em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); x

N° de chuveiros: 1 N° de lavatórios: 1

N° de vasos sanitários e

tipo: 1

N° de mictórios: 0

82

B.1.9

.

Há recipiente para depósito de papéis usados junto ao lavatório; x

B.1.1

0

O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno e

divisórias com altura mínima de 1,80 m;

x

B.1.1

1

Há disponibilidade de papel higiênico, diretamente no banheiro ou no

almoxarifado;

x

B.1.1

2

Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao vaso

sanitário;

x

B.1.1

3

Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante

ou estrado de madeira;

x

B.1.1

4

Há um suporte para sabonete correspondente à cada chuveiro; x

B.1.1

5

Há cabide para toalha correspondente à cada chuveiro; x

Obs.:

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

B.2. LOCAL PARA REFEIÇÕES ( ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.2.1 Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de pequenos

animais e isole a instalação das áreas de produção e circulação,

contribuindo para a manutenção da limpeza do local;

x

B.2.2 Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que

permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local;

x

B.2.3 Tem ventilação natural e/ou artificial; x

B.2.4 Tem iluminação natural e/ou artificial; x

B.2.5 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;

* Estime a distância em metros: _________________________

x

B.2.6 Possui mesas com tampos lisos e laváveis; x x

B.2.7 Tem depósito de lixo com tampa; x

B.2.8 Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários (caso

existam assentos em menor número do que o total de operários da

obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo assentos

para todos usuários de cada turno);

x

B.2.9 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; x

B.2.1

0

O refeitório não tem comunicação direta com as instalações sanitárias

(ou seja, não possuem portas e/ou janelas em comum);

x

B.2.1

1

Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum,

aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante);

x

B.2.1

2

Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro

sistema no local para refeições;

x

Obs.:

B.3 VESTIÁRIO ( 1 ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.3.1 Está localizado próximo à entrada da obra; x

B.3.2 Não possui comunicação direta com o refeitório (ou seja, não possui

portas e/ou janelas em comum);

x

83

B.3.3 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a

fácil conservação da limpeza e higiene do local;

x

B.3.4 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); x

Área do piso: Área de ventilação:

B.3.5 Tem área de 1,5m² / pessoa (segundo a NR-24); x

B.3.6 Tem iluminação natural e/ou artificial; x

B.3.7 Tem armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com

cadeado;

x

B.3.8 Está em bom estado de conservação e limpeza; x

B.3.9 Tem bancos em número suficiente para atender todos os trabalhadores

da obra;

x

Obs.:

B.4 ALOJAMENTOS: Necessário quando existem trabalhadores morando na obra:

( ) é necessário e está instalado;

( ) é necessário, porém não está instalado; Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( ) não é necessário; Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

B.4.1 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou outro material permita a

fácil conservação da limpeza e higiene do local;

x

B.4.2 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); x

Área do piso: Área de ventilação:

B.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

B.4.4 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; x

B.4.5 Está em bom estado de conservação, higiene e limpeza; x

B.4.6 Possui armários individuais com prateleiras para separar roupas de uso

comum de roupas de trabalho;

x

B.4.7 Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de

bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função;

x

Obs.:

B.5 ÁREA DE LAZER. Necessária quando existem trabalhadores alojados na obra.

( ) é necessária e está instalada. Neste caso, assinale "sim" para este item e descreva as instalações

existentes: ______________________________________________________

( ) é necessária, porém não está instalada. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( x ) não é necessária. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

B.5.1 É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para

área de lazer (como refeitório, por exemplo);

x

Obs.:

B.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL NOS POSTOS DE TRABALHO

B.6.1 Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro

sistema que garanta seu nos postos de trabalho· Caso não se use

bebedouro, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* B.6.2 e

B.6.3) e especifique o outro dispositivo:

________________________________________________________

_______

x

84

B.6.2 (*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de

bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25

trabalhadores ou fração;

x

Número de bebedouros:

B.6.3 (*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os

trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano

horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical;

x

Obs.:

C ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS / PR-011

C.1 O cimento é estocado em pilhas de no máximo 10 sacos, de forma a

facilitar seu manuseio;

x

C.2 Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m de

altura (a NR-18 não estabelece altura limite);

x

C.3 Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores,

separados de acordo com a bitola;

x

C.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre piso nivelado; x

C.5 Os vergalhões estão armazenados de forma a impedir o

desmoronamento das pilhas e separados de acordo com a bitola das

peças;

x

C.6 As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de

forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a

circulação no local;

x

Obs.:

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

D PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA

D.1 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES. Necessários sempre que as escadas

permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra:

( ) é necessário e está instalado;

( ) é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( ) não é necessário. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

D.1.1 Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer

pintura que encubra nós e rachaduras na madeira;

x

D.1.2 Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à

1,2 m de altura, constituído de madeira ou outro material de

resistência equivalente;

x

D.1.3 Há guarda-corpo intermediário à 0,7 m de altura, constituído de

madeira ou outro material de resistência equivalente;

x

D.1.4 Há rodapé com altura de 0,2 m, constituído de madeira ou outro

material de resistência equivalente;

x

Obs.:

D.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS

D.2.1 As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura

que encubra nós e rachaduras na madeira;

x

85

D.2.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com

desnível superior a 40 cm;

x

D.2.3 As escadas de mão têm até 7,0 metros de extensão; x

D.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 metro o piso superior; x

D.2.5 As escadas de mão estão fixadas no piso superior e inferior, ou são

dotadas de dispositivo que impeça escorregamento;

x

Obs.:

D.3 POÇO DO ELEVADOR

D.3.1 Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que

cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por

exemplo) · Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo

e rodapé, assinale ²não se aplica² para os itens marcados (* D.3.3 a

D.3.6), e descreva-o:

________________________________________________________

____________

x

D.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está

seguramente fixado à estrutura;

x

D.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com guarda-corpo principal à 1,20 m de altura;

x

D.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70 m de altura;

x

D.3.5 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com rodapé à 0,20 m de altura;

x

D.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são revestidos com tela; x

D.3.7 Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe

proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço, ou

guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao

assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos;

x

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

D.3.8 Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no

mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça

dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou

pessoas;

x

Obs.:

H INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As instalações elétricas poderão ser realizadas somente por profissional habilitado.

H.1 Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas

expostas, tais como fios desencapados;

x

H.2 Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos

identificados;

x

86

H.3 Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros de

distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves

magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade e

segurança;

x

H.4 Os fios condutores estão em locais livres de umidade; x

H.5 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e

equipamentos, de modo que está preservada sua isolação;

x

H.6 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por

conjunto plugue e tomada;

x

H.7 Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a

evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores;

x

Obs.:

I SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA / APR-005

I.1 A serra é dotada de mesa que possui fechamento de suas faces

inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à

posição de trabalho;

x

I.2 A carcaça do motor está aterrada eletricamente; x

I.3 O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui

trincas, dentes quebrados ou empenados);

x

I.4 A serra possui coifa protetora do disco; x

I.5 A serra possui coletor de serragem; x

I.6 As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo:

proteção gradeada);

x

I.7 A carpintaria possui piso resistente, nivelado e antiderrapante; x

I.8 A carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores das

intempéries;

x

I.9 Há placa de sinalização, junto à serra circular, indicando o uso dos

EPI´s pertinentes;

x

Obs.:

J MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS / FM-035

J.1 Todas as ferramentas elétricas manuais possuem duplo isolamento; x

J.2 Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou desligadas

pelo operador na sua posição de trabalho;

x

J.3 Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu

acionamento por pessoa não autorizada;

x

Obs.:

K ARMAÇÕES DE AÇO / APR-004

K.1 A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre

superfície resistente, nivelada e não escorregadia;

x

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

K.2 A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação

de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra

trabalhadores durante seu manuseio;

x

87

K.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui

cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de

materiais;

x

K.4 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões (por

ex. proteções gradeadas);

x

K.5 Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as

armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que

facilite a circulação de operários sobre elas;

x

K.6 Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no

transporte e quando para espera de pilar);

x

K.7 Quando necessário, as pontas horizontais dos vergalhões estão

protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas;

x

K.8 Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço, indicando

o uso dos EPI`s pertinentes;

x

Obs.:

L EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

L.1 São fornecidos capacetes para os visitantes; x

L.2 Independente da função, todo trabalhador está usando botinas e

capacetes;

x

L.3 Os trabalhadores estão usando uniformes cedidos pela empresa; x

L.4 Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando

cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção;

x

Obs.:

M ORDEM E LIMPEZA / APR-002

M.1 O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não são

prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas;

x

M.2 O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-

entulho ou área do canteiro delimitada);

x

M.3 O entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua

ou guincho;

x

Obs.:

N SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

N.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório,

almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro;

x

N.2 Há indicações das saídas da obra, por meio de dizeres ou setas; x

N.3 Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço

do elevador, periferia da edificação, etc.);

x

N.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e

circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;

x

N.5 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos

(capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de

presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários,

alojamentos);

x

N.6 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga

máxima para transporte de carga;

x

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

88

N.7 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a

proibição do transporte de pessoas;

x

Obs.:

O PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

O.1 O canteiro possui extintor de incêndio próximo a serra elétrica; x

O.2 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao almoxarifado; x

O.3 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de

materiais inflamáveis (marcar "Não se aplica" caso este esteja dentro

do almoxarifado);

x

O.4 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de

madeiras;

x

Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:

_________________________________________________________

O.5 Há um sistema de alarme; x

O.6 O canteiro possui equipes de operários treinadas para o primeiro

combate ao fogo;

x

Obs.:

89

APÊNDICE B – RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA B

CHECK LIST - NR18

LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO

DA ADEQUAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA À NR-18 – CANTEIRO DE OBRA B

Preenchido por: Kelli Data:

Empresa: x

Obra: B

Caracterização geral do canteiro: Fase da obra

( ) Infraestrutura ( X ) Estrutura

( X ) Alvenaria ( )

Revestimento

Interno

( ) Revestimento externo ( ) Outra:

_____________

___

Nº de pavimentos:

Totai

s:

05 Na fase atual da obra:

Nº de operários:

Pico: 09 Na fase atual da obra: 09

Instruções para preenchimento:

* Antes de ir à obra leia todas as folhas com atenção;

* Existem três opções de preenchimento: assinalar opção “sim” (S) quando o canteiro cumprir o requisito da

norma, assinalar “não” (N), quando o requisito não estiver sendo cumprido, e assinalar “não se aplica” (NA)

quando o requisito não for aplicável ao canteiro, seja devido a tipologia da obra ou a fase de execução no dia

da visita;

* No caso de requisitos com dois ou mais elementos iguais para serem analisados, como por exemplo, a

existência de dois guinchos ou duas gruas no mesmo bloco, adotar sempre a pior situação;

* No caso de canteiros de obras nos quais existam dois ou mais blocos em execução simultânea, usar uma

Lista de Verificação para cada bloco. Deve-se estar atento para que os itens comuns a dois ou mais blocos,

como vestiários e refeitórios, sejam analisados uma única vez, tendo seus dados preenchidos somente em uma

Lista de Verificação, indicando-se nos outros, o motivo do não preenchimento;

* Levar trena para fazer as medições necessárias;

Instruções para cálculo das notas de cada elemento:

90

* Soma dos itens assinalados “sim” x 10 divido pelo total de itens aplicáveis (não considerar os itens

assinalados “não se aplica”).

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

A. TAPUMES E GALERIAS

A.1. Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio e

seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o

passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo;

X

A.2. As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura mínima

de 1,0 m com inclinação aproximada de 45°;

X

A.3. Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é

protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela;

X

A.4. Caso exista risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas

são protegidas;

X

A.5. TAPUMES ( 1 ) existe ( ) não existe

Caso não existam, assinale "não" para os itens A.5.1. a A.5.3.

A.5.1

.

Há tapumes construídos e fixados de forma resistente; X

A.5.2

.

Os tapumes têm altura mínima de 2,20m; X

A.5.3

.

Os tapumes estão em bom estado de conservação; X

Obs.:

B. ÁREAS DE VIVÊNCIA / APR-001

B.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( 1 ) existe ( ) não existe

Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.1.1 As instalações sanitárias estão em bom estado de conservação, higiene

e limpeza;

X

B.1.2

.

Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de

material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção (logo,

o uso de chapas de compensado sem proteção não é recomendável);

X

B.1.3

.

Tem ventilação natural adequada (1/8 da área do piso, segundo a

NR24);

X

Área de ventilação: Área do piso:

B.1.4

.

Tem iluminação natural ou artificial; X

B.1.5

.

Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é

necessário percorrer menos de 150 m (considerando distâncias

verticais e horizontais somadas);

X

B.1.6

.

Possuem chuveiros em número suficiente (1 / 10 trabalhadores); X

B.1.7

.

Possuem lavatórios em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); X

B.1.8 Possuem vasos sanitários em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); X

N° de chuveiros: 1 N° de lavatórios: 1

N° de vasos sanitários e

tipo: 1

N° de mictórios: 0

91

B.1.9

.

Há recipiente para depósito de papéis usados junto ao lavatório; X

B.1.1

0

O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno e

divisórias com altura mínima de 1,80 m;

X

B.1.1

1

Há disponibilidade de papel higiênico, diretamente no banheiro ou no

almoxarifado;

X

B.1.1

2

Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao vaso

sanitário;

X

B.1.1

3

Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante

ou estrado de madeira;

X

B.1.1

4

Há um suporte para sabonete correspondente à cada chuveiro; X

B.1.1

5

Há cabide para toalha correspondente à cada chuveiro; X

Obs.:

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

B.2. LOCAL PARA REFEIÇÕES ( ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.2.1 Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de pequenos

animais e isole a instalação das áreas de produção e circulação,

contribuindo para a manutenção da limpeza do local;

X

B.2.2 Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que

permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local;

X

B.2.3 Tem ventilação natural e/ou artificial; X

B.2.4 Tem iluminação natural e/ou artificial; X

B.2.5 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;

* Estime a distância em metros: _________________________

X

B.2.6 Possui mesas com tampos lisos e laváveis; X

B.2.7 Tem depósito de lixo com tampa; X

B.2.8 Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários (caso

existam assentos em menor número do que o total de operários da

obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo assentos

para todos usuários de cada turno);

X

B.2.9 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; X

B.2.1

0

O refeitório não tem comunicação direta com as instalações sanitárias

(ou seja, não possuem portas e/ou janelas em comum);

X

B.2.1

1

Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum,

aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante);

X

B.2.1

2

Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro

sistema no local para refeições;

X

Obs.:

B.3 VESTIÁRIO ( 1 ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens

B.3.1 Está localizado próximo à entrada da obra; X

B.3.2 Não possui comunicação direta com o refeitório (ou seja, não possui

portas e/ou janelas em comum);

X

92

B.3.3 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a

fácil conservação da limpeza e higiene do local;

X

B.3.4 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); X

Área do piso: Área de ventilação:

B.3.5 Tem área de 1,5m² / pessoa (segundo a NR-24); X

B.3.6 Tem iluminação natural e/ou artificial; X

B.3.7 Tem armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com

cadeado;

X

B.3.8 Está em bom estado de conservação e limpeza; X

B.3.9 Tem bancos em número suficiente para atender todos os trabalhadores

da obra;

X

Obs.:

B.4 ALOJAMENTOS: Necessário quando existem trabalhadores morando na obra:

( ) é necessário e está instalado;

( ) é necessário, porém não está instalado; Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( ) não é necessário; Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

B.4.1 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou outro material permita a

fácil conservação da limpeza e higiene do local;

X

B.4.2 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); X

Área do piso: Área de ventilação:

B.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

B.4.4 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; X

B.4.5 Está em bom estado de conservação, higiene e limpeza; X

B.4.6 Possui armários individuais com prateleiras para separar roupas de uso

comum de roupas de trabalho;

X

B.4.7 Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de

bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função;

X

Obs.:

B.5 ÁREA DE LAZER. Necessária quando existem trabalhadores alojados na obra.

( ) é necessária e está instalada. Neste caso, assinale "sim" para este item e descreva as instalações

existentes: ______________________________________________________

( ) é necessária, porém não está instalada. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( x ) não é necessária. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

B.5.1 É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para

área de lazer (como refeitório, por exemplo);

X

Obs.:

B.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL NOS POSTOS DE TRABALHO

B.6.1 Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro

sistema que garanta seu nos postos de trabalho· Caso não se use

bebedouro, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* B.6.2 e

B.6.3) e especifique o outro dispositivo:

________________________________________________________

_______

X

93

B.6.2 (*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de

bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25

trabalhadores ou fração;

X

Número de bebedouros:

B.6.3 (*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os

trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano

horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical;

X

Obs.:

C ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS / PR-011

C.1 O cimento é estocado em pilhas de no máximo 10 sacos, de forma a

facilitar seu manuseio;

X

C.2 Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m de

altura (a NR-18 não estabelece altura limite);

X

C.3 Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores,

separados de acordo com a bitola;

X

C.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre piso nivelado; X

C.5 Os vergalhões estão armazenados de forma a impedir o

desmoronamento das pilhas e separados de acordo com a bitola das

peças;

X

C.6 As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de

forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a

circulação no local;

X

Obs.:

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

D PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA

D.1 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES. Necessários sempre que as escadas

permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra:

( ) é necessário e está instalado;

( ) é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;

( ) não é necessário. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.

D.1.1 Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer

pintura que encubra nós e rachaduras na madeira;

X

D.1.2 Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à

1,2 m de altura, constituído de madeira ou outro material de

resistência equivalente;

X

D.1.3 Há guarda-corpo intermediário à 0,7 m de altura, constituído de

madeira ou outro material de resistência equivalente;

X

D.1.4 Há rodapé com altura de 0,2 m, constituído de madeira ou outro

material de resistência equivalente;

X

Obs.:

D.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS

D.2.1 As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura

que encubra nós e rachaduras na madeira;

X

94

D.2.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com

desnível superior a 40 cm;

X

D.2.3 As escadas de mão têm até 7,0 metros de extensão; X

D.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 metro o piso superior; X

D.2.5 As escadas de mão estão fixadas no piso superior e inferior, ou são

dotadas de dispositivo que impeça escorregamento;

X

Obs.:

D.3 POÇO DO ELEVADOR

D.3.1 Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que

cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por

exemplo) · Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo

e rodapé, assinale ²não se aplica² para os itens marcados (* D.3.3 a

D.3.6), e descreva-o:

________________________________________________________

____________

X

D.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está

seguramente fixado à estrutura;

X

D.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com guarda-corpo principal à 1,20 m de altura;

X

D.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70 m de altura;

X

D.3.5 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento

provisório com rodapé à 0,20 m de altura;

X

D.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são revestidos com tela; X

D.3.7 Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe

proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço, ou

guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao

assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos;

X

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

D.3.8 Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no

mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça

dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou

pessoas;

X

Obs.:

Obs.:

H INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As instalações elétricas poderão ser realizadas somente por profissional habilitado.

H.1 Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas

expostas, tais como fios desencapados;

x

H.2 Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos

identificados;

x

95

H.3 Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros de

distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves

magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade e

segurança;

x

H.4 Os fios condutores estão em locais livres de umidade; x

H.5 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e

equipamentos, de modo que está preservada sua isolação;

x

H.6 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por

conjunto plugue e tomada;

x

H.7 Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a

evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores;

x

Obs.:

I SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA / APR-005

I.1 A serra é dotada de mesa que possui fechamento de suas faces

inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à

posição de trabalho;

x

I.2 A carcaça do motor está aterrada eletricamente; x

I.3 O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui

trincas, dentes quebrados ou empenados);

x

I.4 A serra possui coifa protetora do disco; x

I.5 A serra possui coletor de serragem; x

I.6 As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo:

proteção gradeada);

x

I.7 A carpintaria possui piso resistente, nivelado e antiderrapante; x

I.8 A carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores das

intempéries;

x

I.9 Há placa de sinalização, junto à serra circular, indicando o uso dos

EPI´s pertinentes;

x

Obs.:

J MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS / FM-035

J.1 Todas as ferramentas elétricas manuais possuem duplo isolamento; x

J.2 Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou desligadas

pelo operador na sua posição de trabalho;

x

J.3 Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu

acionamento por pessoa não autorizada;

x

Obs.:

K ARMAÇÕES DE AÇO / APR-004

K.1 A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre

superfície resistente, nivelada e não escorregadia;

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

K.2 A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação

de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra

trabalhadores durante seu manuseio;

x

96

K.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui

cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de

materiais;

x

K.4 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões (por

ex. proteções gradeadas);

x

K.5 Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as

armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que

facilite a circulação de operários sobre elas;

x

K.6 Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no

transporte e quando para espera de pilar);

x

K.7 Quando necessário, as pontas horizontais dos vergalhões estão

protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas;

x

K.8 Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço, indicando

o uso dos EPI`s pertinentes;

x

Obs.:

L EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

L.1 São fornecidos capacetes para os visitantes; x

L.2 Independente da função, todo trabalhador está usando botinas e

capacetes;

x

L.3 Os trabalhadores estão usando uniformes cedidos pela empresa; x

L.4 Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando

cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção;

x

Obs.:

M ORDEM E LIMPEZA / APR-002

M.1 O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não são

prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas;

x

M.2 O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-

entulho ou área do canteiro delimitada);

x

M.3 O entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua

ou guincho;

x

Obs.:

N SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

N.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório,

almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro;

x

N.2 Há indicações das saídas da obra, por meio de dizeres ou setas; x

N.3 Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço

do elevador, periferia da edificação, etc.);

x

N.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e

circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;

x

N.5 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos

(capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de

presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários,

alojamentos);

x

N.6 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga

máxima para transporte de carga;

x

Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã

o

N

A

97

N.7 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a

proibição do transporte de pessoas;

x

Obs.:

O PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

O.1 O canteiro possui extintor de incêndio próximo a serra elétrica; x

O.2 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao almoxarifado; x

O.3 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de

materiais inflamáveis (marcar "Não se aplica" caso este esteja dentro

do almoxarifado);

x

O.4 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de

madeiras;

x

Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:

_________________________________________________________

O.5 Há um sistema de alarme; x

O.6 O canteiro possui equipes de operários treinadas para o primeiro

combate ao fogo;

x

Obs.: