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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA PARA O PROCESSO DE GEORREFERENCIAMENTO DE IMOVEIS RURAIS RELATÓRIO DE ESTÁGIO JAURIS VINÍCIUS SAMPAIO AZEVEDO SÃO GABRIEL, RS, BRASIL DEZEMBRO, 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL CURSO DE ...cursos.unipampa.edu.br/cursos/engenhariaflorestal/files/2014/06/... · ano de 2008, é uma empresa voltada para prestação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CAMPUS SÃO GABRIEL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA PARA O PROCESSO

DE GEORREFERENCIAMENTO DE IMOVEIS RURAIS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

JAURIS VINÍCIUS SAMPAIO AZEVEDO

SÃO GABRIEL, RS, BRASIL

DEZEMBRO, 2011

JAURIS VINÍCIUS SAMPAIO AZEVEDO

GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA PARA O

PROCESSO DE GEORREFERENCIAMENTO DE IMOVEIS RURAIS

Relatório de Estágio apresentado ao

Curso de Graduação em Engenharia

Florestal da Universidade Federal do

Pampa, como requisito parcial para

obtenção do grau de Engenheiro

Florestal.

ORIENTADORA: Profa. Dra. Ana Caroline Paim Benedetti

São Gabriel

2011

JAURIS VINÍCIUS SAMPAIO AZEVEDO

GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA PARA O PROCESSO

DE GEORREFERENCIAMENTO DE IMOVEIS RURAIS

Relatório de Estágio apresentado ao

Curso de Graduação em Engenharia

Florestal da Universidade Federal do

Pampa, como requisito parcial para

obtenção do grau de Engenheiro

Florestal.

Área de Concentração: Geomática

Relatório de Estágio defendido em: 15 de Dezembro de 2011.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dra. Ana Caroline Paim Benedetti

Orientadora

UNIPAMPA

Prof. Dr. Hamilton Luiz Munari Vogel

UNIPAMPA

Eng. Agr. Rômulo Bittencourt Peres

GEOAGRO

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Jair

Bonifacio dos Santos Azevedo e Elezir de

Fátima Sampaio Azevedo e aos meus

avós Vivaldo Rodrigues Sampaio e Aurora

Furtado Sampaio.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus e a São Jorge por tudo de bom que ocorreu

ate o momento em minha vida.

Aos meus pais pelo incentivo e apoio e que nos momentos difíceis estiveram

sempre ao meu lado, enchendo-me de amor e carinho.

À minha esposa Camila Azevedo pelo apoio incondicional.

Aos meus avós que estiveram sempre presentes, nos momentos em que

precisei de um apoio e de uma palavra amiga.

Ao meu avô paterno João Francisco Jose de Azevedo (in memorian) e a meu

tio Jalmengo Azevedo (in memorian) que mesmo não estando presentes

fisicamente, estiveram em meu coração durante todos os instantes de minha vida.

Aos meus tios Alisson Sampaio e Jacober Azevedo, que me incentivaram em

todos os momentos de minha vida.

As minhas tias Jusse Azevedo e Ângela Sampaio.

Ao Engenheiro Agrônomo Rômulo Bittencourt Peres pelo apoio, orientação e

compreensão no decorrer do estágio.

Aos Técnicos Agrícolas Wilson Peres, Hildebrando Rodrigues, Vagner

Soares, Ricardo Krug.

À Profa. Drª. Ana Caroline Benedetti pelo apoio, orientação, confiança,

compreensão que foram de fundamental importância para realização deste trabalho.

Aos demais professores da Universidade Federal do Pampa que me deram

apoio e auxiliaram na elaboração deste trabalho.

A todos os colegas de graduação, em especial aos colegas Rudy Almansa,

Ederson Mello, Marcio Lord e Decio Ferreto que sempre me ajudaram.

Enfim agradeço a todos aqueles que acreditaram em mim do fundo do meu

coração, meu sincero muito obrigado.

RESUMO

GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA PARA O PROCESSO DE

GEORREFERENCIAMENTO DE IMOVEIS RURAIS

Na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul a agropecuária é uma das

principais fontes de renda, sendo assim os grandes produtores rurais necessitam

fazer levantamentos topográficos em suas áreas para verificar e quantificar suas

terras. Este relatório é proveniente do estágio realizado na empresa Geoagro

Geoprocessamento e Agricultura de Precisão LTDA. A qual realiza trabalhos de

licenciamento ambiental, levantamentos topográficos, georreferenciamento de

imóveis rurais e agricultura de precisão. Este trabalho tem como objetivo descrever o

processo de georreferenciamento de imóveis rurais, desde seu levantamento a

campo até o processamento das informações obtidas. O georreferenciamento foi

realizado na fazenda São Vicente, localizada no interior do município de Rosário do

Sul, RS. O Geoprocessamento se mostrou de fundamental importância para o

desenvolvimento deste trabalho, pois auxiliou na maioria do processamento dos

dados, bem como na elaboração do mapa da Fazenda São Vicente.

Palavras–chave: SIG; levantamento topográfico; recursos naturais.

ABSTRACT

GEOPROCESSAMENTO AS A TOOL FOR PROCESS GEORREFERENCING

RURAL PROPERTIES

In the region of the western border of Rio Grande do Sul, agriculture is a major

source of income, so the big farmers need to do surveys in their areas to check and

quantify their land. This report is from the stage in the company held Geoagro GIS

and Precision Farming LTD. Which carries out licensing, surveying, geo-referencing

of rural properties and precision farming. This paper aims to describe the process of

geocoding of rural properties, since its survey the field to the processing of

information obtained. Georeferencing was carried out on the farm St. Vincent, located

within the city of Rosario do Sul. The GIS proved to be of fundamental importance for

the development of this work, it helped most of the data processing as well as in

preparing the map of Fazenda São Vicente.

Keywords: GIS; surveying; natural resources.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AM/FM - Automated Mapping/Facility Management

ART – Anotação de Responsabilidade Técnica

CAD- Desenho Auxiliado por Computador

CADD - Computer Aided Drafting Design

FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental

GEOAGRO – Geoprocessamento e Agricultura de Precisão LTDA

GNSS - Global Navigation Satellite System

GPS - Sistema de Posicionamento Global

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

LIS - Land Information System

NTGIR - Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais

RBMC – Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo

SEMA - Secretaria Estadual do Meio Ambiente

SGB - Sistema Geodésico Brasileiro

SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas

UTM – Universal Transversa de Mercartor

WGS 84 – World Geodetic System 1984

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - GPS de navegação modelo eTrex, da marca Garmim .......................... 18

FIGURA 2 - GPS topográfico modelo GS20, da marca Leica ................................... 19

FIGURA 3 - GPS geodésico modelo Hiper, da marca Topcon .................................. 20

FIGURA 4 - Demonstração de vértices a campo ...................................................... 22

FIGURA 5 - Modelo de marco de concreto utilizado ................................................. 23

FIGURA 6 - Demonstração de marco e marco testemunho (M), vértice virtual (V). .. 24

FIGURA 7 - Demonstração do posicionamento de pontos na área ........................... 24

FIGURA 8 - Exemplo de codificação de vértices materializados ............................... 25

FIGURA 9 - Exemplo de codificação de vértices não materializados ........................ 26

FIGURA 10 - Mapa do Rio Grande do Sul, com destaque para cidade de Rosário do

Sul..............................................................................................................................27

FIGURA 11 - Base para o levantamento. .................................................................. 28

FIGURA 12 - Colocação dos códigos com o auxilio dos chamados “gabaritos” ...... 29

FIGURA 13 - Marco codificado .................................................................................. 29

FIGURA 14 - Colocação do marco na divisa da propriedade .................................... 30

FIGURA 15 - Marco após sua colocação ................................................................. 30

FIGURA 16 - Coleta de ponto com o GPS geodésico modelo Hiper ......................... 31

FIGURA 17 - Layout do software PCCDU ................................................................. 32

FIGURA 18 – Dados levantados à campo sendo descarregados ............................. 32

FIGURA 19 - Layout do software Topcon Tools ....................................................... 33

FIGURA 20 - Layout do software Topcon Tools para o ajustamento das observações

geodésicas ................................................................................................................ 34

FIGURA 21 - Layout do software Topo EVN. ............................................................ 35

FIGURA 22 - Layout do software Topo EVN, para lançamento dos dados da

propriedade para geração do memorial descritivo. .................................................. 35

FIGURA 23 - Layout do memorial descritivo gerado pelo software Topo EVN. ........ 36

FIGURA 24 - Layout do software AutoCAD com os dados brutos da Fazenda São

Vicente. ..................................................................................................................... 37

FIGURA 25 - Layout do Google Earth contendo o limite da Fazenda São Vicente. .. 37

FIGURA 26 - Layout do software TrackMaker contendo os dados obtidos a campo da

Fazenda São Vicente ................................................................................................ 38

FIGURA 27 - Mapa da Fazenda São Vicente após o processamento dos dados ..... 38

SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

2 ORGANIZAÇÃO ..................................................................................................... 15

3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................... 16

3.1 Geoprocessamento ............................................................................................. 16

3.2 Sistemas de Informações Geográficas ................................................................ 16

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................... 18

4.1 Equipamentos e Softwares Utilizados ................................................................. 18

4.1.1 GPS .................................................................................................................. 18

4.1.1.1GPS de Navegação ........................................................................................ 18

4.1.1.2 GPS Topográfico ........................................................................................... 19

4.1.1.3 GPS Geodésico ............................................................................................. 19

4.1.2 AutoCAD .......................................................................................................... 20

4.1.3 Google Earth .................................................................................................... 20

4.1.4 GPS TrackMaker PRO ..................................................................................... 21

4.1.5 Topo EVN ......................................................................................................... 21

4.2 Estudo de caso .................................................................................................... 21

4.2.1 Georreferenciamento de Imóveis Rurais .......................................................... 21

4.2.1.1 Identificação e reconhecimento dos limites do imóvel ................................... 22

4.2.1.1.1 Vértice ........................................................................................................ 22

4.2.1.1.1.1 Vértice virtual ........................................................................................... 23

4.2.1.1.1.2 Marco ...................................................................................................... 23

4.2.1.1.1.3 Marco testemunho ................................................................................... 23

4.2.1.1.1.4 Ponto ....................................................................................................... 24

4.2.1.1.2 Codificação ................................................................................................. 25

4.2.1.1.2.1 Codificação dos vértices .......................................................................... 25

4.2.1.1.2.2 Codificação dos vértices virtuais ............................................................. 26

4.2.1.2 Descrição da Área de Estudo ........................................................................ 26

4.2.1.3 Coleta dos Pontos ......................................................................................... 27

4.2.1.4 Processamento dos Dados ........................................................................... 31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 39

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................... 40

13

1 INTRODUÇÃO

Na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul a agropecuária é uma das

principais fontes de renda, sendo assim os grandes produtores rurais necessitam

fazer levantamentos topográficos em suas áreas para verificar e quantificar suas

terras.

O Georreferenciamento é um marco na história da Agrimensura, pois trouxe

uma série de mudanças para os diferentes órgãos envolvidos no trabalho de

certificação de Imóveis Rurais (REIS et al., 2003). De acordo com a Norma Técnica

para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) 10.267/2001, todos os

imóveis rurais que passarem por processos de desmembramentos, parcelamentos e

remembramentos com outros imóveis rurais ou qualquer tipo de transferência de

titularidade, deverão passar pelo processo de registro com apresentação de planta

georreferenciada, obrigatoriamente assinada por profissional habilitado e com a

devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.

As técnicas de Geoprocessamento podem oferecer subsídios para dinamizar

este tipo de trabalho, como por exemplo, o uso de imagens de satélite e até mesmo

de fotografias aéreas para escolha do local mais adequado para instalação de bases

de serviços ou da melhor rota para o desenvolvimento das atividades. A tecnologia

do Geoprocessamento viabiliza a identificação dos elementos e da dinâmica

terrestre, na medida em que possibilita a construção de um banco de dados e a

distribuição espacial de tais dados em mapas georreferenciados. Desta maneira o

Geoprocessamento é uma ferramenta indispensável para o planejamento ambiental,

e cada vez mais vem sendo utilizado para os recursos naturais. Devendo ser

utilizado na organização das informações, mostrando a sua potencialidade e

agilidade como ferramenta tecnológica o que contribui no processo de

georreferenciamento de imóveis rurais, pois o mesmo auxilia na administração,

análise e processamento de dados das variáveis ambientais. Além de contribuir para

fiscalização das licenças e principalmente para o monitoramento dos impactos

ambientais.

14

Este relatório é proveniente do estágio realizado na empresa GEOAGRO

Geoprocessamento e Agricultura de Precisão LTDA. A qual realiza trabalhos de

licenciamento ambiental, levantamentos topográficos, georreferenciamento de

imóveis rurais e agricultura de precisão. Tem como objetivo descrever o processo de

georreferenciamento de imóveis rurais, desde seu levantamento a campo até o

processamento das informações obtidas.

15

2 ORGANIZAÇÃO

A GEOAGRO Geoprocessamento e Agricultura de Precisão LTDA., criada no

ano de 2008, é uma empresa voltada para prestação de serviços na área ambiental,

tendo como sede a cidade de Rosário do Sul, porem suas atividades se estendem

aos demais municípios da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Foi criada com

objetivo de levar aos produtores rurais, cooperativas, empresas e profissionais da

região da fronteira soluções em agricultura de precisão, onde pensa numa forma

moderna de gerenciamento das atividades agrícolas, objetivando incremento da

produtividade, racionalização do uso de insumos e a preservação ambiental, a

GEOAGRO encaixa-se no conceito de aplicar no local correto, no momento

adequado, as quantidades de insumos necessários à produção agrícola, bem como

buscar elevados rendimentos adaptando os avanços tecnológicos à realidade das

propriedades agrícolas. Com cinco anos de experiência, a GEOAGRO tornou-se a

empresa pioneira nas áreas de cultivo de arroz irrigado, soja, milho e trigo na região

da campanha gaúcha.

Atualmente conta com dois técnicos agrícolas e um engenheiro agrônomo o

qual é responsável pela empresa e pelas atribuições jurídicas e financeiras da

mesma.

A empresa tem por função as atividades voltadas para a agricultura de

precisão, que envolve uma serie de procedimentos e técnicas tais como a confecção

de mapas de fertilidade e compactação do solo e mapas de vigor de plantas e

culturas produtivas. Georreferenciamento de imóveis rurais para a certificação junto

ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que envolvem

atividades de levantamentos topográficos, mapas de ocupação de uso do solo,

ajustamento de observações geodésicas, Geoprocessamento. Levantamentos de

barragens e levantamentos planialtimétricos para a outorga de recursos hídricos.

Licenciamentos Ambientais junto a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e

Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM).

As atividades acima descritas compõem os serviços que a GEOAGRO

Geoprocessamento e Agricultura de Precisão LTDA., oferece para seus clientes,

contribuindo para o desenvolvimento sustentável junto ao município de Rosário do

Sul e região.

16

3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

3.1 Geoprocessamento

De acordo com Silva (2001) o Geoprocessamento consiste num conjunto de

técnicas computacionais que opera a partir de uma base de dados

georreferenciados, para transformá-los em informação.

O Geoprocessamento é constituído pelo conjunto de quatro categorias

técnicas relacionadas ao tratamento da informação espacial (LAZARATTO, 2002): 1)

Técnicas para coleta de informação espacial (Cartografia, Sensoriamento Remoto,

Sistema de Posicionamento Global (GPS), Topografia, Fotogrametria, Levantamento

de dados alfanuméricos). 2) Técnicas de armazenamento de informação espacial

(Bancos de Dados – orientados a objetos, relacional, hierárquico). 3) Técnicas para

tratamento e análise da informação espacial, como modelagem de dados,

geoestatística, aritmética lógica, funções topológicas, redes. 4) Técnicas para o uso

integrado de informação espacial, como os SIG, Land Information System (LIS),

Automated Mapping/Facility Management (AM/FM) e Computer Aided Drafting

Design (CADD). Desta maneira o Geoprocessamento utiliza programas de

computador que permitem o uso de informações cartográficas (mapas e plantas) e

informações a que se possa associar coordenadas desses mapas ou plantas. Por

exemplo, permitem que o computador utilize uma planta da cidade identificando as

características de cada imóvel, ou onde moram as crianças de uma determinada

escola. Nos possibilita também, fazer mapas que indiquem problemas ambientais, e

por meio deles, tomar decisões que amenizem ou solucionem os impactos

ambientais.

3.2 Sistemas de Informações Geográficas

Segundo Veiga & Silva (2004) um Sistema de Informações Geográficas (SIG)

pode ser dito como sendo o conjunto de ferramentas que manipulam objetos e seus

atributos por meio de seu relacionamento espacial.

Um SIG tem como principais componentes a interface com o usuário, entrada

e integração de dados, funções de processamento gráfico e de imagens,

visualização e plotagem, armazenamento e recuperação de dados.

17

De acordo com Câmara e Medeiros (1998), as principais características de

um SIG são a capacidade de inserir e integrar, em uma única base de dados,

informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados censitários, de

cadastro urbano e rural, imagens de satélite, redes e modelos numéricos do terreno

e também oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através de

algoritmos de manipulação e análise, bem como para consultar, recuperar, visualizar

e plotar o conteúdo da base de dados georreferenciados. Silva (2003) subdivide os

dados de um SIG em dois grandes grupos: 1) dados gráficos, espaciais ou

geográficos; 2) dados não-gráficos, alfanuméricos ou descritivos. Os dados gráficos

descrevem as características geográficas da superfície (forma e posição), podendo

ser representados de duas formas distintas: vetorial (vector) e matricial (raster). No

modelo vetorial, as entidades do mundo real são representadas graficamente sob a

forma de pontos, linhas ou polígonos. Já no formato matricial, tem-se uma matriz de

células, às quais estão associados valores, que permitem reconhecer o objeto sob a

forma de uma imagem digital; cada uma das células, denominada pixel, é

endereçada por meio de suas coordenadas (linha, colunas) e encontra-se associada

a valores inteiros e limitados, geralmente entre 0 e 255. Os dados não-gráficos,

alfanuméricos ou descritivos, descrevem os atributos das características de algum

dado espacial, estando ligados aos elementos espaciais através de identificadores

comuns, chamados de geocódigos.

A utilização de um SIG torna-se importante para o controle e monitoramento

ambiental, nos propicia dessa maneira o armazenamento das imagens e

informações, alem de permitir uma visão mais ampla e precisa da área ou local de

estudo. Um SIG pode ser utilizado em estudos relativos ao meio ambiente e

recursos naturais, na pesquisa da previsão de determinados fenômenos ou no apoio

a decisões de planejamento, considerando a concepção de que os dados

armazenados representam um modelo do mundo real (BURROUGH, 1987).

18

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.1 Equipamentos e Softwares Utilizados

4.1.1 GPS

De acordo com Volpato et al., (2008) o Sistema de Posicionamento Global

(GPS) é dividido em três partes: o espacial (composto pela constelação de 28

satélites, o controle terrestre (responsável pelo monitoramento dos satélites) e o

usuário (que adquire o receptor que capta os sinais emitidos pelos satélites,

popularmente chamado aparelho GPS o receptor GPS decodifica as transmissões

de sinal dos satélites, realiza a triangulação e calcula a posição exata do usuário.

4.1.1.1 GPS de navegação

O receptor de navegação, embora possua menor precisão, tem como

vantagens o baixo preço de aquisição e o posicionamento instantâneo do usuário

(VOLPATO et al., 2008).

O GPS de Navegação foi utilizado principalmente para a localização de

marcos georreferenciados a campo, durante as atividades de georreferenciamento,

alem de ajudar para localização das fazendas. A FIGURA 1 mostra o GPS de

navegação utilizado.

FIGURA 1 - GPS de navegação modelo eTrex, da marca Garmin.

19

4.1.1.2 GPS topográfico

Os receptores topográficos têm como característica a captação da freqüência

L1 e possuem precisão centimétrica. Possui aplicações técnicas e características

próprias como o pós-processamento, o que significa que geralmente não informam o

posicionamento instantaneamente (VOLPATO et al., 2008).

Sua utilização no estagio foi voltada para demarcação de pontos (retirados

nos cantos da propriedade), linhas (rede de drenagem) e polígonos (APP, reserva

legal, barragem). A FIGURA 2 mostra o GPS topográfico utilizado.

FIGURA 2 - GPS topográfico modelo GS20, da marca Leica.

4.1.1.3 GPS Geodésico

Os receptores geodésicos são os mais acurados, com precisão milimétrica,

capazes de captar duas freqüências emitidas pelos satélites (L1 e L2) (VOLPATO et

al., 2008).

Sua utilização durante o estagio foi basicamente para o Georreferenciamento

de Imóveis Rurais junto ao INCRA, sendo utilizado três receptores GPS geodésicos,

um ficava como base e os outros eram utilizados para a coleta dos pontos. A

FIGURA 3 mostra o GPS geodésico utilizado.

20

FIGURA 3 - GPS geodésico modelo Hiper, da marca Topcon.

4.1.2 AutoCAD

De acordo com Izidoro (2005) a sigla CAD vem do inglês "Computer Aidded

Design" que significa “Desenho Assistido por Computador”. Na verdade são

programas (softwares) para computador específico para geração de desenhos e

projetos.

O software AutoCAD foi utilizado durante o estagio em necessidades

especificas como no auxilio para elaboração de mapas.

4.1.3 Google Earth

De acordo com Torlay e Oshiro (2010) Google Earth é um aplicativo que

oferece ao usuário um globo virtual composto por imagens de satélite ou fotos

aéreas de todo o planeta. Nele, é possível navegar pelas imagens de alta resolução

e explorar o planeta virtualmente. Além das imagens, o aplicativo também possibilita

a sobreposição de camadas de um SIG que podem conter dados matriciais ou

vetoriais, como unidades territoriais, pontos de interesse, ruas e imagens. Essas

informações podem ser adicionadas pelo próprio usuário e disponibilizadas na

internet, o que possibilita a criação de uma forma de mapeamento comunitário.

Tanto os dados alfanuméricos quanto os dados geométricos e as imagens são

acessados sob demanda nos servidores do software. Isto é, as informações são

armazenadas, em parte, por meio do cachê no computador do usuário e no servidor.

Tal sistema tem a vantagem de reduzir o espaço em disco utilizado na instalação do

aplicativo, porém requer uma conexão permanente com a internet.

21

Foi utilizado durante o estagio para realização de plantas de localização de

propriedades rurais, alem de auxilio na confecção dos mapas de ocupação do uso

do solo.

4.1.4 GPS TrackMaker PRO

De acordo com Fontana (2011) o GPS TrackMaker PRO é um software de

Geoprocessamento com capacidade de interface com unidades receptoras de GPS

e alem disso possui inúmeras funções para profissionais, tais como: levantamento

cartográfico entre outras, e ainda pode-se contar com a função de salvar arquivos

em outros formatos como o “DXF”.

Foi utilizado durante o estagio para a transferência de arquivos, servindo de

intermédio para a transferência de formatos. Os arquivos do Google Earth sob o

formato “KML” eram transformados no GPS TrackMaker PRO para o formato “DXF”

e posteriormente poderiam ser abertos pelo software AutoCAD 2004, desta maneira

este software se torna muito importante para a elaboração de mapas de localização

e de ocupação de uso de solo.

4.1.5 Topo EVN

De acordo com Coelho (2003) é um sistema para cálculos, desenhos e

projetos topográficos. Possui planilha completa e um módulo CAD próprio, nestas

ferramentas pode-se realizar divisões e cálculos de áreas, roteiros perimétricos e

memoriais descritivos.

Durante o estagio foi utilizado basicamente para elaboração de “memorial

descritivo” para os trabalhos de georreferenciamento de imóveis rurais.

4.2 Estudo de Caso

4.2.1 Georreferenciamento de imóveis rurais

O georreferenciamento de imóveis rurais consiste na descrição do imóvel

rural em suas características, limites e confrontações, realizando o levantamento das

coordenadas dos vértices definidores dos imóveis rurais, georreferenciados ao

22

sistema geodésico brasileiro, com precisão posicional fixada pelo INCRA. Além

disso, o profissional responsável pela execução dos trabalhos, deve recolher as

assinaturas de todos os confrontantes do imóvel georreferenciado, através da

Declaração de Reconhecimento de Limite, de forma a comprovar que todos estão de

acordo com os limites levantados em campo (INCRA, 2010).

4.2.1.1 Identificação e reconhecimento dos limites do imóvel

Primeiramente é importante o conhecimento de alguns conceitos definidos

pelo INCRA (2010) no que se refere ao georreferenciamento.

4.2.1.1.1 Vértice

É o local onde a linha limítrofe do imóvel muda de direção ou onde existe

interseção desta linha com qualquer outra linha limítrofe de imóveis contíguos.

Podem ser representados de três formas distintas: marco (ocupado e materializado),

ponto (ocupado, mas não materializado) e vértice virtual (não ocupado nem

materializado). A FIGURA 4 ilustra o conceito de vértice.

FIGURA 4 - Demonstração de vértices a campo.

Fonte: INCRA, (2010).

23

4.2.1.1.1.1 Vértice virtual

São vértices cujas coordenadas são determinadas analiticamente sem a sua

ocupação física. Na FIGURA 6 temos um exemplo de vértice virtual.

4.2.1.1.1.2 Marco

É a materialização artificial, do vértice cujas coordenadas foram determinadas

através de sua ocupação física. No trabalho foi utilizado um marco de concreto com

as seguintes características: traço 1:3:4, alma de ferro 4,2 mm, forma tronco

piramidal e dimensões 8 x 12 x 60 cm, o qual ficou aflorado cerca de 10 cm do solo

natural. Conforme exemplo da FIGURA 5.

FIGURA 5 – Modelo do marco de concreto utilizado.

Fonte: INCRA, (2010).

4.2.1.1.1.3 Marco testemunho

É a materialização de uma ou mais posições que permitem a determinação de

um vértice virtual de forma analítica e não constituem, necessariamente, um vértice,

como podemos observar na FIGURA 6.

24

FIGURA 6 - Demonstração de marco e marco testemunho (M), vértice virtual (V).

Fonte: INCRA, (2010).

4.2.1.1.1.4 Ponto

São vértices não materializados na divisa do imóvel, ao longo de acidentes,

tais como: cursos e lâminas d’água, estradas de rodagem, estradas de ferro, linhas

de transmissão, oleoduto, gasoduto, cabos óticos e outros. Embora não sejam

materializados de forma perene, suas posições deverão ser identificadas, como

podemos observar na FIGURA 7.

FIGURA 7 - Demonstração do posicionamento de pontos na área.

Fonte: INCRA, (2010).

25

4.2.1.1.2 Codificação

4.2.1.1.2.1 Codificação dos vértices

Os vértices do imóvel rural serão identificados, cada um deles, por um código

único que será gerado pelo credenciado responsável pelos serviços de

georreferenciamento. Esse código será constituído por oito caracteres obedecendo

ao seguinte critério:

Os três primeiros campos serão preenchidos sempre pelo código de

credenciamento do credenciado responsável pelos serviços de georreferenciamento,

constante da Carteira Nacional de Credenciado emitida pelo INCRA;

O quarto campo será preenchido sempre pela letra M ( Marco), indicando que

se trata de um vértice materializado;

Os quatro últimos campos serão preenchidos sempre pelo credenciado,

através de uma numeração seqüencial rigorosa, começando pelo número 0001. O

vértice seguinte será o número 0002 e assim sucessivamente até o último vértice do

imóvel. Quando esta numeração atingir o número 9999 o credenciado deverá

reiniciar esta seqüência substituindo, no primeiro campo à esquerda, o numero 9

pela letra A. Esta nova seqüência será encerrada quando alcançar a configuração

A999. Para prosseguir, a letra A deverá ser substituída pela letra B e assim

sucessivamente, permanecendo os outros critérios. Como podemos observar na

FIGURA 8.

FIGURA 8 - Exemplo de codificação de vértices materializados.

Fonte: INCRA, (2010).

26

4.2.1.1.2.2 Codificação dos vértices virtuais

Os vértices virtuais do imóvel rural serão identificados, cada um deles, por um

código único que será gerado pelo Credenciado responsável pelos serviços de

georreferenciamento. Esse código será constituído por oito caracteres obedecendo

ao mesmo critério estabelecido para a codificação do vértice alterando-se,

entretanto, o quarto campo que será preenchido pela letra V, para indicar a

existência de um vértice virtual. Na FIGURA 9 temos um exemplo de codificação de

vértices não materializados.

FIGURA 9 - Exemplo de codificação de vértices não materializados.

Fonte: INCRA, (2010).

4.2.1.2 Descrição da área de estudo

O Georreferenciamento de imóveis rurais foi realizado na fazenda São

Vicente. Localizada no interior do município de Rosário do Sul, RS (FIGURA 10)

estando distante 30 km da sede do município. O local onde foi realizado o estudo

possui as coordenadas centrais de 300 03’ 39,60’’ de latitude Sul e 550 09’ 32,95’’ de

longitude Oeste.

FIGURA 10 - Mapa do Rio Grande do Sul, com destaque para cidade de Rosário do

Sul.

Fonte: Wikipédia, (2011).

4.2.1.3 Coleta dos pontos

O georreferenciamento do imóvel foi efetuado a partir

geodésica, medida com técnica GPS de

Monitoramento Contínuo (RBMC/IBGE)

foi realizado pelo método GNSS (Global Navigation Satellite System)

o Sistema de Posicionamento Global (GPS).

Foram utilizados

TOPCON, modelo Hiper.

Já na propriedade

base para os demais pontos, c

rastreamento do ponto, sobre o marco

Mapa do Rio Grande do Sul, com destaque para cidade de Rosário do

(2011).

ontos

O georreferenciamento do imóvel foi efetuado a partir

geodésica, medida com técnica GPS de alta precisão a partir da R

Contínuo (RBMC/IBGE) INCRA, (2010). O levantamento dos pontos

foi realizado pelo método GNSS (Global Navigation Satellite System)

Sistema de Posicionamento Global (GPS).

Foram utilizados três receptores geodésicos de dupla

Hiper.

Já na propriedade, a primeira etapa foi à colocação do marco que serviu

base para os demais pontos, como podemos observar na FIGURA

rastreamento do ponto, sobre o marco.

27

Mapa do Rio Grande do Sul, com destaque para cidade de Rosário do

O georreferenciamento do imóvel foi efetuado a partir de uma poligonal

partir da Rede Brasileira de

O levantamento dos pontos

foi realizado pelo método GNSS (Global Navigation Satellite System), o qual engloba

receptores geodésicos de dupla freqüência, marca

marco que serviu de

FIGURA 11 que mostra o

28

FIGURA 11 - Base para o levantamento.

A base permaneceu rastreando, enquanto os demais pontos do perímetro

foram levantados.

Foram coletados e reconhecidos os pontos de todos os vértices com o auxilio

de um colaborador da propriedade e foram colocados marcos, que serviram para

indicar os limites da propriedade. A área georreferenciada possuía 921,8831 ha. O

código do agrimensor foi o B3D que corresponde ao código do Engenheiro

Agrônomo responsável pelo serviço. Nas FIGURAS 12, 13, 14, 15 e 16 temos o

processo de instalação dos marcos.

29

FIGURA 12 - Colocação dos códigos com o auxilio dos chamados “gabaritos”.

FIGURA 13 - Marco codificado.

30

FIGURA 14 - Colocação do marco na divisa da propriedade.

FIGURA 15 - Marco após sua colocação.

31

FIGURA 16 - Coleta de ponto com o GPS geodésico modelo Hiper.

4.2.1.4 Processamento dos Dados

Ainda na Fazenda São Vicente, realizou-se a primeira etapa de

processamento dos dados. Primeiramente os dados obtidos a campo com os GPS

geodésicos foram descarregados no software PCCDU e na empresa foram

transformados para o formato do software Topcon Tools. Na FIGURA 17 podemos

observar o layout do software PCCDU e na FIGURA 18 os dados levantados sendo

descarregados na propriedade.

32

FIGURA 17 – Layout do software PCCDU.

FIGURA 18 – Dados levantados á campo sendo descarregados.

Posteriormente, os dados foram transferidos para o software Topcon Tools,

onde foram processados e transformados em arquivo “DXF”, para que pudessem ser

abertos pelo software AutoCAD 2004. Na FIGURA 19 podemos observar o layout do

software.

33

FIGURA 19 – Layout do software Topcon Tools.

O mesmo software fez ainda o ajustamento das observações geodésicas a

partir da triangulação de bases, para isto, foi feito o transporte de coordenadas, ou

seja, necessitava-se das coordenadas precisas de base e para isso foram efetuados

downloads no site do IBGE, no link “Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos

Sistemas GNSS”, foram obtidos dados das bases de Santa Maria e de Porto Alegre

que encontram-se mais próximas do local. Logo, com a base feita a campo, temos

as três bases que foram ajustadas no software. Na FIGURA 20 podemos observar

como foi feito o ajustamento.

34

FIGURA 20 – Layout do software Topcon Tools para o ajustamento das observações

geodésicas.

Passando desta etapa, os dados foram encaminhados para o software Topo

EVN, para que fosse desenvolvido o memorial descritivo, neste memorial o

perímetro da propriedade foi descrito por distância, azimutes e coordenadas

calculadas no plano de projeção UTM, vinculadas ao SIRGAS 2000, de cada um dos

vértices e as respectivas confrontações. Nas FIGURAS 21, 22 e 23 temos a

seqüência para realização do memorial.

35

FIGURA 21 – Layout do software Topo EVN.

FIGURA 22 – Layout do software Topo EVN, para lançamento dos dados da

propriedade para geração do memorial descritivo.

36

FIGURA 23 – Layout do Memorial Descritivo gerado pelo software Topo EVN.

Logo passa-se para o software AutoCAD, onde tem-se somente a área

demarcada sem nem um preenchimento quanto à sua ocupação, para realizar o

desenvolvimento do mapa de ocupação do uso de solo, foi transferido o arquivo que

estava no software AutoCAD para o Google Earth, mas por incompatibilidade entre

formatos foi necessária a utilização do software TrackMaker, para transformar o

arquivo “DXF” em “KML” e posteriormente após ao término, a demarcação foi feito o

mesmo processo, só que desta vez transformamos o arquivo “KML” em “DXF”

através do software TrackMaker, para que pudéssemos efetuar o processamento

final no software AutoCAD. Nas FIGURAS 24, 25, 26 e 27 temos o desenvolvimento

dessa atividade.

37

FIGURA 24 – Layout do software AutoCAD com os dados brutos da Fazenda São

Vicente.

FIGURA 25 – Layout do Google Earth contendo o limite a Fazenda São Vicente.

38

FIGURA 26 – Layout do software TrackMaker contendo os dados da Fazenda São

Vicente.

FIGURA 27 – Mapa da Fazenda São Vicente após o processamento.

39

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Geoprocessamento se mostrou de fundamental importância para o

desenvolvimento deste trabalho, pois auxiliou na maioria do processamento dos

dados, principalmente para confecção do mapa da fazenda São Vicente.

No decorrer do estágio houve uma grande interação e importância, pois

assuntos que antes eram tratados apenas em sala de aula e de maneira teórica,

ganharam desenvolvimento prático. Nos levantamentos topográficos foi possível

aplicar algumas técnicas obtidas ao longo da graduação, porém ínfimas se

comparadas ao conhecimento adquirido no estágio. E para futuros Engenheiros

Florestais a prática a campo e o conhecimento teórico obtido ao longo da graduação

devem continuar sendo aperfeiçoadas com a realização dos estágios, pois estes

contribuem muito para o desenvolvimento profissional do estudante.

40

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Cobertura Florestal das Serras do Sudeste e Campanha Meridional do Rio

Grande do Sul. Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais,

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dispositivos das Leis nº. 4.947/66, 5.868/72, 6.015/73, 6.739/79, 9.393/96 e dá

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Edição, Gabinete da Presidência do INCRA, Divisão de Ordenamento Territorial –

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