MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Introdução
Através da necessidade de uma reorganização da assistência pautada na obtenção e análise
de indicadores de saúde, e da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como
metodologia científica, na qual os profissionais de enfermagem dispõe para aplicar seus
conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência aos pacientes, elaboramos este
instrumento que permite a troca de informações, avaliação e o acompanhamento da qualidade dos
serviços prestados à população.
É um instrumento administrativo que visa subsidiar e documentar a organização do serviço
de Enfermagem no Ambulatório de Quimioterapia do Centro de Referência da Saúde da Mulher-
CRSM- (Hospital Pérola Byington). É um facilitador das ações de enfermagem, e uma peça
integrante da Sistematização da Assistência de Enfermagem-SAE, que estará contribuindo para a
melhoria da qualidade da assistência de enfermagem aos nossos pacientes/clientes, trazendo mais
autonomia para os profissionais de enfermagem.
Temos como objetivo protocolar as Normas, Rotinas e Procedimentos da unidade e oferecer
o conhecimento e o esclarecimento de dúvidas em relação às atividades realizadas no setor de
administração de quimioterapia antineoplásica, conforme as normas técnicas e Resoluções de
Órgãos Competentes.
Aqui constam todos os procedimentos de enfermagem realizados desde a entrada até a saída
do paciente no ambulatório de quimioterapia-QT, bem como a utilização e destino de materiais.
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EO 01
Emissão:Fevereiro, 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data: Janeiro: 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALDeclaração de Missão
MISSÃO DA INSTITUIÇÃO
O Centro de Referência da Saúde da Mulher (CRSM) tem por finalidade prestar assistência
hospitalar e ambulatorial sendo referência de excelência nas áreas de Ginecologia, Reprodução
Humana e Oncologia Genital e Mamária, para a Região Metropolitana da Grande São Paulo.
Decreto de criação nº 32.889, de 31/01/91. Decreto nº 45.889, de 29/06/2001 nova estrutura
organizacional.
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EO 02
Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas e Portarias que Regulamentam a Instituição
CRSM foi criado em 1991 pelo Governo do Estado com a finalidade de:
Prestar assistência médica- hospitalar, em regime ambulatorial, de emergência e de
internação, nas áreas de Ginecologia, Mastologia, visando à promoção da saúde da mulher.
Coletar e classificar os dados e informações de Ginecologia, mastologia, da natureza
clínica, epidemiológica e básica a nível estadual e municipal.
Promover o intercâmbio com Universidades, Faculdades e outros setores públicos e
privados de pesquisa nas áreas de Ginecologia e Mastologia.
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EO 03
Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURAORGANIZACIONALDeclaração de Missão/Objetivos do Núcleo de Enfermagem
MISSÃO
O Núcleo de Enfermagem busca prestar uma assistência de enfermagem de qualidade,
respeitando o indivíduo no seu processo de saúde-doença, proporciona aos seus colaboradores,
estudantes e demais ciências e saúde oportunidade de aprendizagem.
FILOSOFIA
O Núcleo de Enfermagem defende o respeito à dignidade e ao valor dos indivíduos,
reconhecendo que todo cliente tem o direito de receber cuidados eficientes com qualidade, sem
discriminação de raça, nacionalidade, religião e que todo paciente tem o direito de viver e morrer
com dignidade e respeito.
OBJETIVOS
Avaliar continuamente suas atividades administrativas e a qualidade dos cuidados de
enfermagem prestados ao cliente.
META
Manter uma assistência de enfermagem sistematizada, por meio de uma metodologia
científica.
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EO 04
Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM
O Núcleo de Enfermagem Hospitalar integra a Gerência Hospitalar, e sua constituição consta
de Um Diretor-Responsável Técnico, Quatro Supervisores, três Enfermeiros Chefes, Enfermeiros
assistenciais, Auxiliares de enfermagem, Técnicos de Enfermagem e uma equipe de oficiais de
atendimento de saúde que atuam nos ambulatórios, unidades de internação e na área administrativa.
Contamos com um ambulatório para Quimioterapia em um prédio anexo ao hospital, que
atende às pacientes deste Centro de Referencia, que foram diagnosticadas com câncer ginecológico
e/ou mamário e necessitam do tratamento com agentes antineoplasicos.
O Pronto Atendimento é especializado no atendimento as mulheres com problemas
Ginecológicos e Mamários. Temos dois Centros Cirúrgicos e uma Central de Material e
Esterilização, com atuação da Equipe de Enfermagem.
A instituição tem uma estrutura formal, com formação de departamentos e divisão de
trabalho e a definição de autoridade, responsabilidade e comprometimento na assistência prestada ao
paciente.
As habilidades e as funções estão definidas e organizadas de maneira sistemática, cargos e
hierarquias estão evidentes. Mesmo tendo como órgão mantenedor o Governo do Estado, tem como
foco para o trabalho a teoria Contingencial. Embora apresente uma ênfase nas tarefas, na estrutura, e
no ambiente, procura uma melhoria constante na busca pela excelência.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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EO 05
Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEMObjetivos dos profissionais de enfermagem:
A enfermagem é uma arte. A ciência da enfermagem deseja proporcionar um corpo de
conhecimentos abstratos, resultantes de pesquisas cientificas e analises lógica, o uso criativo e
imaginativo do conhecimento para melhoria do homem encontra a expressão na arte da enfermagem.
(HORTA).
A execução das atribuições não deverá ser realizada de maneira mecânica, mas utilizando-se
de princípios científicos, observação e rapidez de raciocínio.
Deve-se orientar a paciente antes de qualquer procedimento, a fim de diminuir a sua ansiedade
e receber dele cooperação e confiança.
Para o desenvolvimento da assistência ao paciente, os membros da equipe de enfermagem
devem trabalhar em cooperação, mas respeitando as funções de cada um.
Objetivos dos profissionais de enfermagem:
Os profissionais de saúde devem atentar para os objetivos das profissões ligadas á saúde:
Promoção da saúde;
Manutenção da saúde;
Recuperação da pessoa doente;
Prevenção da extensão da sequela da doença;
Prevenção de complicação da doença e/ou se tratamento médico;
Prevenção de dependência nociva evitável, como consequência de doenças e/ou seu tratamento
médico;
Prevenção da morte, como uma consequência evitável de doenças, lesões ou tratamento médico;
Prevenção de sofrimento evitável perante doenças incuráveis ou irreversíveis.
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Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
O PROCESSO DE CUIDAR
No processo de cuidar de mulheres, o comportamento afetivo da enfermagem contribui com
a satisfação da mulher, sua participação no planejamento dos cuidados, sua aderência aos
tratamentos, sua qualidade de vida e sua recuperação. Esse comportamento afetivo privilegia a
construção de um vinculo, de uma relação de confiança entre o profissional e o sujeito do cuidado,
essencial para o cuidado humanizado. (VARGENS et al,2007).
O cuidado relacionado ao profissional de enfermagem refere-se às ações que ele dispensa ao
paciente pelos diversos elementos da equipe da qual faz parte. O profissional de enfermagem deve
dar liberdade à mulher para que ela possa manifestar suas necessidades, seus medos, e suas
vontades; isso significa ouvi-la, mas não apenas na linguagem verbal. (VARGENS et al, 2007).
Cuidar é mais que um ato, é uma atitude, portanto abrange mais que um momento de
atenção, de zelo, e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de
responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. (LEITE, 2007).
INTERAÇÃO ENFERMAGEM PACIENTE
A interação enfermagem/paciente depende basicamente da comunicação, e, para que ela
ocorra, é necessário bom relacionamento, pensamento objetivo, linguagem adequada, escolha do
momento e local apropriado, demonstração de interesse, atenção ao escutar a paciente, honestidade
na entrevista.
TRABALHO EM EQUIPE
Equipe é o conjunto de pessoas que buscam um objetivo comum, claro e explicitamente
formulado. Cada componente usa suas habilidades e se esforça no cumprimento de sua tarefa de
acordo com o objetivo maior.
Os componentes de uma equipe tem grande clareza da divisão de responsabilidades e das fronteiras
de suas ações, bem como de suas atribuições. O foco da definição de equipe é a responsabilidade
pelo cumprimento das atribuições que levarão á consecção dos objetivos comum (FLEURY, 2002).
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Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014INSTRUMENTOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM
CADA MEMBRO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DEVE UTILIZAR:
Conhecimento, habilidade e atitude, que permitam um desempenho eficiente de suas funções.
Os instrumentos básicos de enfermagem mais utilizados são:
Observação: utilizam-se todos os órgãos dos sentidos (visão, audição, olfato, tato, gustação). Uma
observação objetiva baseia-se em conhecimento cientifico, portanto o profissional deve adquirir
conhecimento que o levam a compreender o que observa.
Resolução de problemas: perante um problema observado, deve-se defini-lo, apontar soluções a
uma apreciação e aplicar as conclusões.
Aplicação dos princípios científicos: utilizam-se nas tomadas de decisões, resolução de problemas,
orientações, prestação de cuidados de enfermagem.
Planejamento: determinação dos procedimentos, baseando-se nos dados coletados e avaliados.
Avaliação: através da observação faz-se a apreciação e controle daquilo que foi planejado, da
qualidade e da quantidade do trabalho executado.
Criatividade: para demonstrá-la, é necessário segurança psicológica, sensibilidade às mudanças,
flexibilidade e autenticidade. Para a enfermagem ela é importante no atendimento individual aos
pacientes e na resolução de determinados problemas.
Destreza manual: é a capacidade de utilizar adequadamente as mãos na execução de um trabalho.
Comunicação: é o mecanismo pelo qual se desenvolvem as relações humanas por meio de
mensagens verbais, escritas, gestuais, emotivas e outros.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014O QUE E NECESSÁRIO PARA SER ATENDIDO NO CENTRO
DE REFERÊNCIA DA SAÚDE DA MULHER- CRSM
As pacientes que são atendidas no ambulatório do Centro de Referência da Saúde da Mulher
devem portar um encaminhamento médico referindo à necessidade dos serviços disponíveis nesta
unidade ou devem portar patologia que não possam ser tratadas especificamente pelas unidades de
nível primário, devendo o encaminhamento ser realizado em ficha ou relatório com diagnóstico ou
provável diagnóstico e/ou exames complementares que serão avaliados pela equipe médica durante a
triagem para posterior encaminhamento às especialidades existentes neste serviço.
Para o atendimento no Pronto Atendimento - (PA) a entrada é espontânea de acordo com a
procura, porém o atendimento é exclusivo para mulher com problemas ginecológicos, pois o PA
consta apenas com plantonistas médicos ginecologistas portanto pacientes que derem entrada no
serviço com outras necessidades são atendidos e encaminhados para outras unidades de referência de
acordo com a patologia.
O ambulatório de Quimioterapia antineoplásica-QT está localizado no prédio ao lado do
segundo subsolo do prédio do Hospital, seu horário de funcionamento é das 6:00h às 20:00h de
segunda à sexta-feira.
Considerando que a incidência de neoplasia mamária em homens é muito menor em relação
às mulheres, sendo, portanto atendido número reduzido de pacientes do sexo masculino, trataremos
de citar pacientes utilizando o artigo feminino.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO DO PACIENTE NO AMBULATORIO
DE QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
A admissão da paciente na unidade de Quimioterapia é sempre posterior a uma avaliação médica,
no nosso Ambulatório da Rua Santo Antônio. Estas pacientes são encaminhadas após consulta com
mastologista ou consulta pós-operatória para consulta com o médico oncologista, que estabelece e
condiciona o tratamento neoplásico.
Mensalmente, atendemos aproximadamente 1200 pacientes em quimioterapia. Além das
consultas médicas em oncologia clínica.
Se a paciente necessitar de hospitalização, a internação é solicitada por um médico do
ambulatório de quimioterapia, ou dependendo das condições da paciente, esta será encaminhada para o
Pronto Atendimento onde receberá a conduta adequada para o caso. Esta paciente deixará o Ambulatório
acompanhada por membros da equipe, em maca ou cadeira de rodas, para assegurar-lhe um transporte
adequado e seguro.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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EO 10
Emissão:Fevereiro: 2013
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Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO ANTINEOPLÁSICO
A quimioterapia antineoplásica consiste no emprego de substâncias químicas, isoladas ou em
combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas. É o tratamento de escolha para doenças
do sistema hematopoiético e para os tumores sólidos, que apresentam ou não metástases regionais ou
à distância.
A maioria dos quimioterápicos antineoplásicos atua de forma não específica, lesando tanto
células malignas quanto benignas. Como as diferenças entre as duas populações celulares são mais
quantitativas do que qualitativas, uma linha muito tênue separa o sucesso terapêutico de uma
toxicidade inaceitável. Os fármacos agem em outras funções bioquímicas celulares vitais, por atuarem
indistintamente no tumor e tecidos normais de proliferação rápida, como o sistema hematopoiético e
as mucosas, o que obriga a interrupção periódica do tratamento para a recuperação do paciente.
Também são necessários cuidados relacionados aos profissionais que manuseiam os antineoplásicos,
devido ao potencial mutagênico das medicações, o que exige normas técnicas e de segurança para a
manipulação, aplicação e descarte desses agentes e a realização de exames periódicos para os
profissionais que atuam neste setor.
A finalidade da quimioterapia depende basicamente do tipo de tumor, da extensão da doença e do
estado geral do paciente. De acordo com sua finalidade, pode ser classificada em:
Curativa – objetiva a erradicação da neoplasia. Exemplos: leucemias agudas e tumores
germinativos.
Paliativa – visa a melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas
decorrentes da proliferação tumoral, aumentando seu tempo de sobrevida em função de uma
redução importante do número de células neoplásicas.
Potencializadora – quando utilizada simultaneamente à radioterapia, no sentido de melhorar a
relação dose terapêutica/dose tóxica do tratamento com irradiação. Objetiva principalmente
potencializar o efeito dos antineoplásicos no local irradiado e, conceitualmente, não interfere
no efeito sistêmico do tratamento. Exemplo: tumor de pulmão.
Adjuvante – quando é realizada posteriormente ao tratamento principal, quer seja cirúrgico ou
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radioterápico. Tem por finalidade promover a eliminação da doença residual metastática
potencial, indetectável, porém presumidamente existente. Exemplo; tumores de mama,
ovários, cólon e reto.
Neoadjuvante– quando é realizada previamente ao tratamento principal, quer seja cirúrgico
ou radioterápico. Objetiva tanto a redução do volume tumoral quanto a eliminação de
metástases não detectáveis, clinicamente já existentes ou, eventualmente, formadas no
momento da manipulação cirúrgica. Exemplos: sarcomas, tumores de mama avançados.
Classificação dos quimioterápicos antineoplásicos:
Quanto a sua relação com o ciclo celular
o Ciclo – específicos – são as medicações que se mostram mais ativas nas células que se
encontram numa fase específica do ciclo celular. Exemplos: fase S – antimetabólitos, e
fase M – alcaloides da vinca.
o Ciclo – inespecíficos – o efeito citotóxico das medicações ciclo – inespecíficas é obtido
em qualquer fase do ciclo celular. Esses agentes são eficazes em tumores grandes com
menos células ativas em divisão no momento da administração da medicação.
Exemplo: alquilantes.
Quanto à estrutura química e função celular
o Alquilantes – causam alteração nas cadeias de DNA, impedindo a sua replicação.
Agem em todas as fases do ciclo celular. Ex.: mostardas nitrogenadas – ciclofosfamida,
ifosfamida, mecloretamina, melfalano, clorambucil; etileniminase metilmelaminas –
tiotepa, altretamina; alquil sulfonatos – bussulfan; triazenosimidazol – dacarbazina;
nitrosuréias – carmustina, lomustina, semustina, streptozocina; metais pesados –
cisplatina, carboplatina, oxaciplatina.
Antimetabólitos – são capazes de “enganar” a célula, incorporando-se a ela, bloqueando a
produção de enzimas ou interpondo-se entre as cadeias de DNA e RNA, transmitindo
mensagens errôneas. Agem em determinada fase do ciclo celular. Ex.: antagonistas do ácido
fólico –methotrexato, raltitrexato; antagonistas purínicos – fludarebina,cladribina,
mercaptopurina, tioguanina; antagonistas pirimidínicos – gencitabina, fluorouracil (5-FU),
citarabina, capecitabina.
Antimitóticos – agem na fase da mitose. Ex.: alcaloides da vinca – vinorelbina, vincristina,
vimblastina, vindesina; taxanos – docetaxel,paclitaxel.
Topoisomerase-interativos – interagem com a enzima topoisomerase I e II, interferindo na
síntese do DNA. Agem na fase de síntese. Ex.: derivados da camptotecina – irinotecano e
topotecano; derivados da epipodofilotoxina – etoposido, teniposido.
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Antibióticos antitumorais – atuam interferindo com a síntese de ácidos nucleicos, impedindo a
duplicação das cadeias de DNA e RNA. Agem em todas as fases do ciclo celular.Antraciclinas
– doxorubicina, epirubicina, daunorubicina, idarubicina; Antracenediona – mitomicina;
Aminoantracenodiona – mitoxantrona; Outros – bleomicina, dactinomicina.
Observação: Todas as medicações em negrito são utilizadas em nosso serviço.
Outros fármacos utilizados:
Trastuzumabee Pertuzumabe - anticorpos monoclonais que atuam especificamente em um
alvo, os receptores tipo HER2.
Bevacizumabe – provoca a redução na vascularização de tumores, inibindo assim, o
crescimento tumoral.
Pacientes que recebem estes medicamentos, não apresentam eventos adversos típicos
associados à quimioterapia, tais como alopecia, mielossupressão, náuseas, vômito e mucosite.
O efeito colateral mais comum associado a estes são reações relacionadas à infusão, que
geralmente são observadas no primeiro ciclo de tratamento.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 11
Emissão:Fevereiro: 2013
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MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
INDICAÇÃO PARA TRATAMENTO DE QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICO
A indicação de quimioterapia implica numa série de fatores que devem ser levados em conta no
seu planejamento: idade, estado nutricional, funções renal, hepática e pulmonar, presença de infecções,
tipo de tumor, existência de metástases e sua extensão, além de principalmente o performance status
(condição de vida), o principal indicador de prognóstico do paciente oncológico. Após a análise dessas
variáveis é que se escolhe o esquema quimioterápico. As doses são calculadas de acordo com a superfície
corporal, por sua vez baseada no peso e altura do paciente.
CONDIÇÃO GERAL DO PACIENTE PARA SE SUBMETER AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Menos de 10% de perda do peso corporal antes do início da doença;
Ausência de contra indicação clínica para os fármacos que farão parte do protocolo escolhido;
Ausência ou presença de infecção, sob controle;
Contagem das células sanguíneas:
Hemoglobina > 10g/dl Leucócitos > 3.000 Neutrófilos >1.500 Plaquetas >150.000 Bioquímica sanguínea: Uréia<50mg/dl Creatinina <1,5mg/dl Bilirrubina total<3mg/dl Ácido úrico <5mg/dl Quando o fármaco utilizado apresentar toxicidade específica, outros exames devem ser
solicitados, como a avaliação cardiológica de pacientes que receberão doxorrubicina e a
depuração de creatinina no caso de uso de methotrexato em doses altas, ou cisplatina.
CONTRA INDICAÇÃO:
O tratamento quimioterápico é contra indicado em pacientes terminais, grávidas do primeiro
trimestre e na presença de septicemia e coma. Relativamente contra indicado para menores de três meses
e os de idade muito avançada, aqueles com comprometimento muito acentuado do estado geral, com
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metástases cerebrais intratáveis, na impossibilidade de o paciente se manter em tratamento ou não
cooperar e na ausência de resposta do tumor.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 12
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
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Data:Janeiro 2014PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NA SALA DE QUIMIOTERAPIA
A verificação de sinais vitais é realizada quando a paciente é recebida na sala de aplicação de
quimioterápicos e seguimos um protocolo (relacionado abaixo), para darmos início ao procedimento de
punção venosa periférica, central ou administração intramuscular (Fulvestranto):
Pressão arterial sistólica: 90 até 160mmhg
Pressão arterial diastólica: 60 até 100mmhg
Glicemia capilar: 70 – 240mg/dl
Estando o paciente assintomático, quando os valores estiverem nos extremos.
O enfermeiro deve orientar o paciente hipertenso, diabético ou com outras patologias de base, para que
realize tratamento e acompanhamento em uma Unidade Básica de saúde (UBS).
Para melhor qualidade do atendimento, às pacientes devem realizar consultas em dias diferentes
aos das sessões de QT.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Dr. Roberto Hegg CRM 21824 Data: 08/02/2013
EO 13
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:FLUXO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE NO
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AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA / ANTINEOPLÁSICA Janeiro 2014
AGENTE PROCEDIMENTO
OFICIAL DE
ATENDIMENTO DE
SAÚDE/OFICIAL
ADMINISTRATIVO
Receber prontuários provenientes do PAM, no dia anterior
às consultas e sessões de QT;
Atender por ordem de senha, priorizando cadeirantes, idosas
e gestantes;
Encaminhar pacientes para consulta médica;
Conferir laudos e Autorização de Procedimentos de Alta
Complexidade/custo (APACs);
Separar a documentação para a devida autorização,
encaminhando-os para órgãos e setores competentes;
Orientar as pacientes sobre retornos e realização de exames;
encaminhar prescrições e prontuários para a farmácia da QT;
ao término da QT recolher os prontuários e realizar pesquisa
em relação à próxima consulta e próxima sessão;
Separar os prontuários que serão devolvidos para o PAM.
(ao final do atendimento);
FARMACÊUTICOAGENTE DE SAÚDE
Receber as duas vias da prescrição médica e preparar as etiquetas de identificação com nome, número de registro e medicação a ser administrada;
Encaminhar a prescrição para o Enfermeiro (Consulta de Enfermagem);
Após atendimento da equipe de enfermagem, receber de volta a prescrição médica e a de enfermagem;
Retirar a primeira via da prescrição médica para controle interno;
Manipular os medicamentos e os encaminhar para a sala de aplicação de quimioterápicos;
ENFERMEIRO(consulta antes da QT)
Receber a prescrição em duas vias e o prontuário; Verificar se os exames laboratoriais foram avaliados pelo
médico oncologista e se todas as medicações estão prescritas, por exemplo, anti-histamínicos a serem administrados antes da QT;
Iniciar o processo de Enfermagem, realizando a consulta, com exame físico sumário (avaliação das condições clínicas);
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Fazer a prescrição de enfermagem e a evolução de enfermagem, (anotações relacionadas aos efeitos colaterais do tratamento);
Encaminhar a paciente à sala de aplicação de medicações antineoplásicas, com o cartão de matrícula e as prescrições (médica e de enfermagem);
Realizar estatística de atendimento diário e mensal; Solicitar materiais semanalmente;
ENFERMEIRO(sala de aplicação):
Receber o paciente, dando continuidade ao processo de enfermagem iniciado durante consulta antes da QT;
Acomodar o paciente em poltrona ou leito, conforme a necessidade;
Verificar as prescrições de enfermagem e médica; Realizar punção de acesso venoso central (port-a-cath) após
aferição dos sinais vitais e avaliação geral do paciente; Realizar anotação; Encaminhar a prescrição à farmácia; Realizar e supervisionar a instalação de quimioterápicos
(também feita pelos técnicos e auxiliares de enfermagem conforme resolução do COFEN 210/1998);
Encaminhar paciente ao Cirurgião Vascular e ao Pronto Atendimento quando necessário;
Avaliar semanalmente validade das medicações do carrinho de emergência e trocar se necessário;
Notificar casos de extravasamento, derramamento e acidente de trabalho;
Avaliar e manter em ordem os equipamentos; Realizar a escala dos auxiliares e técnicos de enfermagem; Solicitar vaga de internação para pacientes atendidos em
consultas com médico oncologista e designar um auxiliar de enfermagem para que encaminhe a paciente ao leito de internação.
Realizar histórico de enfermagem; Realizar manutenção dos cateteres de longa duração (por-a-
cath).
TÉCNICO DE
ENFERMAGEM E
AUXILIAR
Receber a paciente em sala de aplicação de quimioterápicos; acomodar em poltrona ou leito conforme avaliação do enfermeiro;
Verificar sinais vitais e glicemia capilar em caso de paciente diabético;
Realizar punção de veia periférica;
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DE ENFERMAGEM:
Realizar anotação de enfermagem; Encaminhar prescrições à farmácia; Instalar quimioterápico sob a supervisão do enfermeiro
conforme resolução do COFEN- 257/2001; Orientar a paciente quanto aos sinais de extravasamento para
que a mesma comunique à equipe qualquer sinal de anormalidade;
Observar rigorosamente o local de acesso da medicação, atentando para reações alérgicas sistêmicas;
Comunicar imediatamente a enfermeira em casos de reações alérgicas como: desconforto respiratório, taquicardia, cefaleia, entre outros;
Encaminhar a paciente ao banheiro, sempre orientando quanto aos cuidados com o local de punção;
Anotar cada procedimento realizado além de checar cada medicação que instalar;
Comunicar ao enfermeiro casos de extravasamento e proceder conforme protocolo da instituição (ver protocolo para extravasamento);
Guardar as prescrições no prontuário do paciente. (ao término da infusão de quimioterapia), após anotações de enfermagem; Obs:
A paciente é liberada com curativo oclusivo no local onde foi realizada a punção venosa e recomenda-se seguir para sua residência com acompanhante.
MÉDICOONCOLOGISTA
Realizar consulta e encaminhar a paciente com seu prontuário e cartão de matrícula aos cuidados do oficial de atendimento de saúde;
Atender intercorrências de pacientes durante sessão de QT, como: hipertensão, hiperglicemia, queixas álgicas, reações alérgicas após avaliação do enfermeiro.
AUXILIAR OU
TÉCNICO DE
ENFERMAGEMDOS
CONSULTÓRIOS
Auxiliar a consulta médica, organizando a documentação, como: solicitação de exames e encaminhamentos;
Organizar prontuários; Aferir sinais vitais, peso e altura, além de contribuírem de
forma importante, principalmente nos casos paliativos, em que há maior necessidade de apoio psicológico às pacientes e familiares.
COORDENADORDE
Realizar o recrutamento, rastreamento e educação dos
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PESQUISA CLÍNICA sujeitos de estudo e fazer as orientações conforme os procedimentos legais;
Encaminhar a prescrição médica à farmácia, estas sem prontuário.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 14
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014EFEITOS ADVERSOS SEGUNDO SISTEMAS COMPROMETIDOS
Toxicidades
Hematológicas
•Anemia
•Neutropenia
Trombocitopenia
Toxicidades
Cardíacas
•A fibra cardíaca é lesada pela ação de alguns quimioterápicos antineoplásicos,
principalmente os antracíclicos, perdendo sua força contrátil normal, levando à
cardiomegalia e consequente aumento da demanda de oxigênio.
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Toxicidade
Pulmonar
•É relativamente incomum, porém fatal. Sinais e sintomas: tosse não produtiva,
dispneia, taquipnéia, expansão torácica incompleta, estertores pulmonares,
fadiga.
Toxicidade
Neurológica
•Ocorre com maior frequência após o uso dos alcaloides da vinca. Geralmente
reversíveis. Sinais e sintomas: alterações mentais, ataxia cerebral, convulsões e
neuropatias periféricas, perda dos reflexos tendinosos profundos, íleo paralítico,
irritação meníngea e perda da acuidade auditiva causada por lesão no nervo
vestibulococlear.
Toxicidade Vesical
e Renal
•Podem ocorrer lesões renais por efeitos diretos durante a excreção e o acúmulo
dos produtos terminais depois da morte celular. Pode causar irritação na mucosa
vesical, expressa por disúria, urgência urinária e algumas vezes por hematúria.
• A nefrotoxicidade interfere no clearence das drogas administradas ao paciente,
impondo o ajuste de dosagem.
Toxicidades
Gastrintestinais
•Náusea e vômitos – ocorrem devido fatores fisiológicos e também, psicológicos.
Mesmo com uso de antieméticos.
•Mucosite – inflamação da mucosa em resposta à ação da quimioterapia. Pode
envolver todo o trato gastrintestinal até a mucosa anal. Fatores de risco: idade,
tabagismo, alcoolismo, desidratação, desnutrição, má higiene, próteses mal
ajustadas, oxigenioterapia, consumo de alimentos ácidos, quentes e apimentados.
•Diarréia – o trato gastrintestinal, por se formar células de rápida divisão e
vulneráveis à ação da quimioterapia, sofre uma descamação de células da
mucosa, sem reposição adequada, levando à irritação, inflamação e alterações
funcionais que ocasionam a diarréia.
•Constipação – a QA do grupo dos alcaloides da vinca pode provocar a
diminuição da motilidade gastrintestinal, devido à sua ação sobre o sistema
nervoso do aparelho digestivo.
•Anorexia – a alteração do paladar pode levar o paciente à perda total do apetite.
Nestes casos deve haver acompanhamento nutricional.
•Fadiga – pode estar relacionada a fatores nutricionais e/ou anemia, decorrentes
do tratamento ou da doença propriamente dita.
Toxicidades Dermatológicas
•Eritema• Urticária•Hiperpigmentação
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Estão relacionadas à alta taxa de renovação celular
•Fotossensibilidade•Alterações nas unhas•Alopécia
Toxicidade hepática
Quadro de disfunção hepática, frequentemente reversível. O tratamento prolongado pode causar fibrose hepática, cirrose e elevação das enzimas hepáticas (TGO,TGP, DHL e fosfatase alcalina).
Disfunção Reprodutiva
A QA pode causar alteração testicular e ovariana. No homem pode ocorrer oligoespermia temporária ou permanente e, na mulher, irregularidade menstrual e amenorréia. É comum ocorrer diminuição da libido, devido a vários fatores, como autoimagem comprometida, fadiga e ansiedade.
Disfunção Metabólica
Hipocalcemia, hipercalcemia, hipoglicemia, hiperglicemia, hiponatremia, hipomagnesemia e hiperuricemia.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 15
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALCÓDIGO DE ETICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
RESOLUÇÃO COFEN – 311/2007
PREÂMBULO
A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos,
construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo
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ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade,
no seu contexto e circunstâncias de vida.
O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de
uma consciência individual e coletiva, pelo compromisso social e profissional configurado pela
responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político.
A enfermagem brasileira, face às transformações socioculturais, científicas e legais,
entendeu ter chegado o momento de reformular o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
(CEPE).
A trajetória da reformulação, coordenada pelo Conselho Federal de Enfermagem com a participação
dos Conselhos Regionais de Enfermagem, incluiu discussões com a categoria de enfermagem. O
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios,
direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de
enfermagem.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito
de assistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização.
Está centrado na pessoa, família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de enfermagem
estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda
população.
O presente Código teve como referência os postulados da Declaração Universal dos
Direitos do Homem, promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela
Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949), contidos no Código de Ética do Conselho
Internacional de Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem
(1975). Teve como referência, ainda, o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho
Federal de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993) e as
Normas Internacionais e Nacionais sobre Pesquisa em Seres Humanos [Declaração Helsinque
(1964), revista em Tóquio (1975), em Veneza (1983), em Hong Kong (1989) e em Sommerset West
(1996) e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde (1996)].
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família
e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde,
com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.
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O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem
satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de
saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da
assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade,
hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas
dimensões.
O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser
humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
CAPÍTULO I
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS
DIREITOS
Art. 1º - Exercer a enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e
princípios legais, éticos e dos direitos humanos.
Art. 2º - Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação a sua
prática profissional.
Art. 3º - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e
interesses da categoria e da sociedade.
Art. 4º - Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por meio do Conselho Regional
de Enfermagem.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade,
competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art. 6º - Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na
diversidade de opinião e posição ideológica.
Art. 7º - Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam dispositivos legais e
que possam prejudicar o exercício profissional.
PROIBIÇÕES
24
Art. 8º - Promover e ser conivente com a injúria, calúnia e difamação de membro da equipe de
enfermagem, equipe de saúde e de trabalhadores de outras áreas, de organizações da categoria ou
instituições.
Art. 9º - Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que
infrinja postulados éticos e legais.
SEÇÃO I
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE.
DIREITOS
Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica,
ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
Art. 11 - Ter acesso às informações, relacionadas à pessoa, família e coletividade, necessárias ao
exercício profissional.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar
encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.
Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Art. 15 - Prestar assistência de enfermagem sem discriminação de qualquer natureza.
Art. 16 - Garantir a continuidade da assistência de enfermagem em condições que ofereçam
segurança, mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos
reivindicatórios da categoria.
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Art. 17 - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos,
riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de enfermagem.
Art. 18 - Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu
representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto e bem estar.
Art. 19 - Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital,
inclusive nas situações de morte e pós-morte.
Art. 20 - Colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento da pessoa, família e coletividade a
respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de seu estado de saúde e tratamento.
Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia,
negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.
Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência,
epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.
Art. 23 - Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos termos
da lei.
Art. 24 - Respeitar, no exercício da profissão, as normas relativas à preservação do meio ambiente e
denunciar aos órgãos competentes as formas de poluição e deterioração que comprometam a saúde
e a vida.
Art. 25 - Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo
de cuidar.
PROIBIÇÕES
Art. 26 - Negar assistência de enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência
ou emergência.
Art. 27 - Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa ou de seu
representante legal, exceto em iminente risco de morte.
Art. 28 - Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação.
Parágrafo único - Nos casos previstos em lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a sua
consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo.
Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente.
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Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da
possibilidade de riscos.
Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação
vigente e em situação de emergência.
Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa.
Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso de
emergência.
Art. 34 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência.
Art. 35 - Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada.
SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E
OUTROS
DIREITOS
Art. 36 - Participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
liberdade.
Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não conste a
assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de urgência e emergência.
Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição
medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 38 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de
ter sido praticada individualmente ou em equipe.
Art. 39 - Participar da orientação sobre benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e
de outros procedimentos, na condição de membro da equipe de saúde.
Art. 40 - Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia,
imprudência ou negligência.
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Art. 41 - Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias para assegurar a
continuidade da assistência.
PROIBIÇÕES
Art. 42 - Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações
sejam assinadas por outro profissional.
Art. 43 - Colaborar, direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde, no descumprimento
da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização humana, fecundação
artificial e manipulação genética.
SEÇÃO III
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA
DIREITOS
Art. 44 - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, quando impedido de cumprir o presente
Código, a legislação do exercício profissional e as resoluções e decisões emanadas do Sistema
COFEN/COREN.
Art. 45 - Associar-se, exercer cargos e participar de entidades de classe e órgãos de fiscalização do
exercício profissional.
Art. 46 - Requerer em tempo hábil, informações acerca de normas e convocações.
Art. 47 - Requerer, ao Conselho Regional de Enfermagem, medidas cabíveis para obtenção de
desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no exercício profissional.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão.
Art. 49 - Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que firam preceitos do presente
Código e da legislação do exercício profissional.
Art. 50 - Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que envolvam recusa
ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do profissional em cumprir o
presente Código e a legislação do exercício profissional.
Art. 51 - Cumprir, no prazo estabelecido, as determinações e convocações do Conselho Federal e
Conselho Regional de Enfermagem.
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Art. 52 - Colaborar com a fiscalização de exercício profissional.
Art. 53 - Manter seus dados cadastrais atualizados, e regularizadas as suas obrigações financeiras
com o Conselho Regional de Enfermagem.
Art. 54 - Apor o número e categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem em
assinatura, quando no exercício profissional.
Art. 55 - Facilitar e incentivar a participação dos profissionais de enfermagem no desempenho de
atividades nas organizações da categoria.
PROIBIÇÕES
Art. 56 - Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e às demais
normas que regulam o exercício da Enfermagem.
Art. 57 - Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou
demissão de cargo, função ou emprego motivado pela necessidade do profissional em cumprir o
presente código e a legislação do exercício profissional.
Art. 58 - Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio ou comprometam a
finalidade para a qual foram instituídas as organizações da categoria.
Art. 59 - Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional
quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem.
SEÇÃO IV
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS
DIREITOS
Art. 60 - Participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do aprimoramento técnico
científico, do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência,
trabalho e remuneração.
Art. 61 - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição pública ou
privada para a qual trabalhe não oferecer condições dignas para o exercício profissional ou que
desrespeite a legislação do setor saúde, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo
comunicar imediatamente por escrito sua decisão ao Conselho Regional de Enfermagem.
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Art. 62 - Receber salários ou honorários compatíveis com o nível de formação, a jornada de
trabalho, a complexidade das ações e a responsabilidade pelo exercício profissional.
Art. 63 - Desenvolver suas atividades profissionais em condições de trabalho que promovam a
própria segurança e a da pessoa, família e coletividade sob seus cuidados, e dispor de material e
equipamentos de proteção individual e coletiva, segundo as normas vigentes.
Art. 64 - Recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de material ou equipamentos de
proteção individual e coletiva definidos na legislação específica.
Art. 65 - Formar e participar da comissão de ética da instituição pública ou privada onde trabalha,
bem como de comissões interdisciplinares.
Art. 66 - Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu exercício profissional e do
setor saúde.
Art. 67 - Ser informado sobre as políticas da instituição e do serviço de enfermagem, bem como
participar de sua elaboração.
Art. 68 - Registrar no prontuário, e em outros documentos próprios da enfermagem, informações
referentes ao processo de cuidar da pessoa.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 69 - Estimular, promover e criar condições para o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural
dos profissionais de Enfermagem sob sua orientação e supervisão.
Art. 70 - Estimular, facilitar e promover o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e
extensão, devidamente aprovadas nas instâncias deliberativas da instituição.
Art. 71 - Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e indispensáveis ao
processo de cuidar.
Art. 72 - Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara,
objetiva e completa.
PROIBIÇÕES
Art. 73 - Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem
princípios e normas que regulam o exercício profissional de enfermagem.
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Art. 74 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência
desleal.
Art. 75 - Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde, unidade
sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere sem nele
exercer as funções de enfermagem pressupostas.
Art. 76 - Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, além do que lhe
é devido, como forma de garantir Assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de
qualquer natureza para si ou para outrem.
Art. 77 - Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas ou jurídicas para
conseguir qualquer tipo de vantagem.
Art. 78 - Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ordens,
opiniões, atentar contra o pudor, assediar sexual ou moralmente, inferiorizar pessoas ou dificultar o
exercício profissional.
Art. 79 - Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular de que tenha
posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.
Art. 80 - Delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe de enfermagem ou de saúde,
que não seja enfermeiro.
CAPÍTULO II
DO SIGILO PROFISSIONAL
DIREITOS
Art. 81 - Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de
seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 82 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade
profissional, exceto casos previstos em lei, ordem judicial, ou com o consentimento escrito da
pessoa envolvida ou de seu representante legal.
31
§ 1º - Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de
falecimento da pessoa envolvida.
§ 2º - Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à
prestação da assistência.
§ 3º - O profissional de enfermagem, intimado como testemunha, deverá comparecer perante a
autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimento de revelar o segredo.
§ 4º - O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido, mesmo quando a
revelação seja solicitada por pais ou responsáveis, desde que o menor tenha capacidade de
discernimento, exceto nos casos em que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo.
Art. 83 - Orientar, na condição de enfermeiro, a equipe sob sua responsabilidade, sobre o dever do
sigilo profissional.
PROIBIÇÕES
Art. 84 - Franquear o acesso a informações e documentos para pessoas que não estão diretamente
envolvidas na prestação da assistência, exceto nos casos previstos na legislação vigente ou por
ordem judicial.
Art. 85 - Divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de forma que os envolvidos
possam ser identificados.
CAPÍTULO III
DO ENSINO, DA PESQUISA, E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
DIREITOS
Art. 86 - Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa, respeitadas as normas ético-legais.
Art. 87 - Ter conhecimento acerca do ensino e da pesquisa a serem desenvolvidos com as pessoas
sob sua responsabilidade profissional ou em seu local de trabalho.
Art. 88 - Ter reconhecida sua autoria ou participação em produção técnico-científica.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
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Art. 89 - Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres humanos, segundo a
especificidade da investigação.
Art. 90 - Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida e à integridade da pessoa.
Art. 91 - Respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem como os direitos autorais no
processo de pesquisa, especialmente na divulgação dos seus resultados.
Art. 92 - Disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade científica e sociedade em geral.
Art. 93 - Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da profissão no ensino, na
pesquisa e produções técnico-científicas.
PROIBIÇÕES
Art. 94 - Realizar ou participar de atividades de ensino e pesquisa, em que o direito inalienável da
pessoa, família ou coletividade seja desrespeitado ou ofereça qualquer tipo de risco ou dano aos
envolvidos.
Art. 95 - Eximir-se da responsabilidade por atividades executadas por alunos ou estagiários, na
condição de docente, enfermeiro responsável ou supervisor.
Art. 96 - Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, família ou coletividade.
Art. 97 - Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como, usá-los para fins diferentes dos
pré-determinados.
Art. 98 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito participante do estudo sem sua
autorização.
Art. 99 - Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica ou instrumento de
organização formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e colaboradores.
Art. 100 - Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, dados, informações,
ou opiniões ainda não publicados.
Art. 101 - Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha participado como
autor ou não, implantadas em serviços ou instituições sem concordância ou concessão do autor.
Art. 102 - Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou coautor
em obra técnico-científica.
CAPÍTULO IV
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DA PUBLICIDADE
DIREITOS
Art. 103 - Utilizar-se de veículo de comunicação para conceder entrevistas ou divulgar eventos e
assuntos de sua competência, com finalidade educativa e de interesse social.
Art. 104 - Anunciar a prestação de serviços para os quais está habilitado.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 105 - Resguardar os princípios da honestidade, veracidade e fidedignidade no conteúdo e na
forma publicitária.
Art. 106 - Zelar pelos preceitos éticos e legais da profissão nas diferentes formas de divulgação.
PROIBIÇÕES
Art. 107 - Divulgar informação inverídica sobre assunto de sua área profissional.
Art. 108 - Inserir imagens ou informações que possam identificar pessoas e instituições sem sua
prévia autorização.
Art. 109 - Anunciar título ou qualificação que não possa comprovar.
Art. 110 - Omitir em proveito próprio, referência a pessoas ou instituições.
Art. 111 - Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor honorários que caracterizem
concorrência desleal.
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 112 - A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos
legais.
Art. 113 - Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem.
Art. 114 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e
Regional de Enfermagem.
34
Art. 115 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver
benefício, quando cometida por outrem.
Art. 116 - A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos do dano e de suas
consequências.
Art. 117 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de
Processo Ético das Autarquias Profissionais de Enfermagem.
Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem,
conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I - Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV - Suspensão do exercício profissional;
V - Cassação do direito ao exercício profissional.
§ 1º - A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será
registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
§ 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da
anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.
§3º - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos
Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
§ 4º - A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da enfermagem por um período
não superior a 29 (vinte e nove) dias e será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos
Federal e Regional de Enfermagem, jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos
empregadores.
§ 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da enfermagem e será divulgada nas
publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
Art.119 - As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício
profissional, são da alçada do Conselho Regional de Enfermagem, serão registradas no prontuário
do profissional de enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de
35
competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo
primeiro, da Lei n° 5.905/73.
Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem,
terá como instância superior a Assembleia dos Delegados Regionais.
Art. 120 - Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:
I - A maior ou menor gravidade da infração;
II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
III - O dano causado e suas consequências;
IV - Os antecedentes do infrator.
Art. 121 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, segundo a natureza do ato
e a circunstância de cada caso.
§ 1º - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de
qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria
ou instituições.
§ 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, debilidade temporária de
membro, sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou
financeiros.
§ 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade permanente,
perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer
pessoa.
Art. 122 - São consideradas circunstâncias atenuantes:
I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência,
evitar ou minorar as consequências do seu ato;
II - Ter bons antecedentes profissionais;
III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação;
IV - Realizar ato sob emprego real de força física;
V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração.
36
Art. 123 - São consideradas circunstâncias agravantes:
I - Ser reincidente;
II - Causar danos irreparáveis;
III - Cometer infração dolosamente;
IV - Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração;
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou
função;
VIII - Ter maus antecedentes profissionais.
CAPÍTULO VI
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
Art. 124 - As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente,
quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 125 - A pena de advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69 a 71; 74; 78; 82
a85; 89 a 95; 98 a 102; 105; 106; 108 a 111 deste Código.
Art. 126 - A pena de multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
5º a 9º; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82; 84; 85; 90;
94; 96; 97 a 102; 105; 107; 108; 110; e 111 deste Código.
Art. 127 - A pena de censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
8º; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59; 71 a 80; 82; 84; 85; 90; 91; 94 a 102;
105; 107 a 111 deste Código.
Art. 128 - A pena de suspensão do exercício profissional é aplicável nos casos de infrações ao que
está estabelecido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48; 56; 58; 59;
72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.
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Art.129 - A pena de cassação do direito ao exercício profissional é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos: 9º; 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código.
CAPITULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 130 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 131- Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por iniciativa
própria ou mediante proposta de Conselhos Regionais.
Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria,
coordenada pelos Conselhos Regionais.
Art. 132 - O presente Código entrará em vigor 90 dias após sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2007.
EO 16
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 001
Data:Janeiro 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALRegulamento da atuação dos profissionais de Enfermagem em
quimioterapia antineoplásicaRESOLUÇÃO COFEN-210/1998
O Conselho Federal de Enfermagem, no exercício de sua competência, consignada na Lei no
5.905/73, no estatuto do Sistema COFEN/CORENs aprovado pela Resolução COFEN-206/97,
tendo em vista a deliberação do Plenário em sua 264a Reunião Ordinária;
38
Considerando o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05
de outubro de 1988, nos artigos 5o, XIII, e 197;
Considerando os preceitos da Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto no 94.406 de 28
de junho de 1987, no artigo 8o, I e II; artigo 10, I, alíneas a, b, d, e, f, c.c o inciso III do mesmo
artigo;
Considerando o contido no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, nos termos de que
dispõem a Resolução COFEN-160/93;
Considerando a Portaria MS/SAS no 170, de 17 de dezembro de 1993, que estabelece normas para
credenciamento de hospitais que realizam procedimentos de alta complexidade ao atendimento dos
portadores de tumor maligno;
Considerando as conclusões emanadas do XI Seminário Nacional do Sistema COFEN/CORENs,
realizado no Rio de Janeiro, de 01 a 03 de dezembro de 1997, contidas no PAD COFEN-059/97;
Considerando as necessidades de regulamentar as normas e assegurar condições adequadas de
trabalho para os profissionais de Enfermagem em quimioterapia antineoplásica;
RESOLVE:
Art 1° – Aprovar as Normas Técnicas de Biossegurança Individual, Coletiva e Ambiental dos
procedimentos a serem realizadas pelos profissionais de Enfermagem que trabalham com
quimioterapia antineoplásica, na forma do Regulamento anexo.
Art 2° – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário.
Rio de Janeiro, 01 de julho de 1998.
Nelson da Silva Parreira
COREN-GO N.º 19.377
Presidente em Exercício Iva Maria Barros Ferreira
COREN-PI Nº 39.035
Primeira-Secretaria
Â
Regulamento da atuação dos profissionais de Enfermagem em quimioterapia antineoplásica
1Finalidade
O presente Regulamento tem como finalidade estabelecer a atuação dos Profissionais de
Enfermagem que trabalham com quimioterapia antineoplásica dentro das normas de biossegurança
estabelecidas pelo Ministério da Saúde, conforme Portaria no 170/SAS.
2 – Objetivos
2.1 – Objetivo geral
Regulamentar a atuação dos Profissionais de Enfermagem nos serviços de quimioterapia
39
antineoplásica.
2.2Objetivos específicos
” Assegurar a qualidade da assistência prestada pelos profissionais de Enfermagem aos clientes
submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico em níveis hospitalar e ambulatorial.
” Promover a humanização do atendimento a clientes submetidos ao tratamento quimioterápico
antineoplásico.
” Normatizar a consulta de Enfermagem a clientes submetidos ao tratamento com quimioterápico
antineoplásico, conforme o disposto na Resolução COFEN-159/93.
” Assegurar a observância dos requisitos básicos de biossegurança para os profissionais de
Enfermagem que trabalham com quimioterapia antineoplásica com fins terapêuticos.
” Normatizar os serviços de quimioterapia, conforme a Portaria MS/SAS no 170/93,
acompanhando a evolução tecnológica de padrões internacionais de biossegurança.
3 – Recursos humanos
Os profissionais de Enfermagem devem integrar a equipe multiprofissional em conformidade com
a legislação vigente.
4 – Competência do Enfermeiro em quimioterapia antineoplásica
” Planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de Enfermagem, em
clientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico, categorizando-o como um
serviço de alta complexidade, alicerçados na metodologia assistencial de Enfermagem.
” Elaborar protocolos terapêuticos de Enfermagem na prevenção, tratamento e minimização dos
efeitos colaterais em clientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico.
” Realizar consulta baseado no processo de Enfermagem direcionado a clientes em tratamento
quimioterápico antineoplásico.
” Assistir, de maneira integral, aos clientes e suas famílias, tendo como base o Código de Ética dos
profissionais de Enfermagem e a legislação vigente.
” Ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e protocolo
terapêutico.
” Promover e difundir medidas de prevenção de riscos e agravos através da educação dos clientes e
familiares, objetivando melhorar a qualidade de vida do cliente.
” Participar de programas de garantia da qualidade em serviço de quimioterapia antineoplásica de
forma setorizada e global.
” Proporcionar condições para o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem atuantes na área,
através de cursos e estágios em instituições afins.
” Participar da elaboração de programas de estágio, treinamento e desenvolvimento de
profissionais de Enfermagem nos diferentes níveis de formação, relativos à área de atuação.
40
” Participar da definição da política de recursos humanos, da aquisição de material e da disposição
da área física, necessários à assistência integral aos clientes.
” Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes às áreas de atuação.
” Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades afins, desenvolvendo estudos
investigacionais e de pesquisa.
” Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando garantir uma
assistência integral ao cliente e familiares.
” Registrar informações e dados estatísticos pertinentes à assistência de Enfermagem, ressaltando
os indicadores de desempenho e de qualidade, interpretando e otimizando a utilização dos mesmos.
” Formular e implementar manuais técnicos operacionais para equipe de Enfermagem nos diversos
setores de atuação.
” Formular e implementar manuais educativos aos clientes e familiares, adequando-os a sua
realidade social.
” Manter a atualização técnica e científica da biossegurança individual, coletiva e ambiental, que
permita a atuação profissional com eficácia em situações de rotinas e emergenciais, visando
interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano físico ou
ambiental.
5 – Competência do profissional de nível médio de Enfermagem em serviços de
quimioterapia antineoplásica
” Executar ações de Enfermagem a clientes submetidos ao tratamento quimioterápico
antineoplásico, sob a supervisão do Enfermeiro, conforme Lei no 7.498/86, art. 15 e Decreto no
94.406/87, art. 13, observado o disposto na Resolução COFEN-168/93.
” Participar dos protocolos terapêuticos de Enfermagem na prevenção, tratamento e minimização
dos efeitos colaterais em clientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico.
” Participar de programas de garantia da qualidade em serviço de quimioterapia antineoplásica de
forma setorizada e global.
” Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes às áreas de atuação.
” Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando garantir uma
assistência integral ao cliente e familiares.
” Registrar informações pertinentes à assistência de Enfermagem, objetivando o acompanhamento
de projetos de pesquisa e de dados estatísticos com vistas à mensuração da produção de
Enfermagem.
” Manter a atualização técnica e científica da biossegurança individual, coletiva e ambiental, que
permita a atuação profissional com eficácia em situações de rotinas e emergenciais, visando
interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano físico ou
41
ambiental.
” Participar de programas de orientação e educação de clientes e familiares com enfoque na
prevenção de riscos e agravos, objetivando a melhoria de qualidade de vida do cliente.
EO 17
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DIREITOS E DEVERES DO SERVIDOR
DEVERES
Ser assíduo e pontual,Zelar pelo bom nome da instituição,Cumprir as ordens superiores,Dispensar um bom atendimento aos nossos clientes/pacientes,
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Desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido,Guardar sigilo sobre assuntos de Setor, especialmente sobre decisões,Tratar com cortesia o público e os companheiros de serviço,Economizar e conservar material e equipamentos que estiverem sob sua guarda ou utilização,Usar uniforme e conservá-lo sempre em ordem,Utilizar e conservar visível o crachá de identificação da Instituição,Cooperar e manter espírito de solidariedade com companheiros de trabalho,Estar em dia com as leis e normas de serviço referente à sua área,Comportar-se na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública,Preservar a ordem e a limpeza de todos os recintos.Respeitar o Código de Ética de Enfermagem.
PROIBIÇÕES
Retirar qualquer documento ou objeto existente no órgão sem autorização,Ocupar-se durante o expediente, em conversas, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço,Não comparecer sem causa justificada ao serviço,Tratar de interesses particulares no órgão em que trabalha,Promover manifestações de apreço ou desapreço dentro do órgão ou tornar-se solidário com elas,Exercer comércio e promover ou subscrever lista de donativos dentro do órgão onde trabalha,Usar material do serviço público em serviço particular,Fumar na área de internação, nas alas de atendimentos, e nas áreas com aviso especifico,Utilizar termos e/ou atitudes indecorosas ou discutir com colegas de trabalho,Tomar em serviço bebidas alcoólicas ou trazê-las para o recinto hospitalar,Entrar em serviço embriagado.
EO 18
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014DIREITOS DO PACIENTE
1. O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os
profissionais de saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
2. O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo
nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras
formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.
3. O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato
e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar.
43
4. O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá preenchido com o nome
completo, função e cargo.
5. O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de
espera não ultrapasse a trinta (30) minutos.
6. .O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja
rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas de higiene e
prevenção.
7. O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e
para qual finalidade irá ser coletado o material para exame de laboratório.
8. .O paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua
condição cultural, sobre as ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a
duração do tratamento, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia,
qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos
procedimentos.
9. .O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou
faz parte de pesquisa, e se os benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se
existe probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua
patologia.
10. .O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à
experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de expressar sua vontade, o
consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsáveis.
11. O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos,
diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve consentir de forma livre,
voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem alterações significantes
no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser
renovado.
12. O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, por decisão
livre, consciente e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
13. O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de
consultá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter o conjunto de documentos
padronizados do histórico do paciente, princípio e evolução da doença, raciocínio clínico,
exames, conduta terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.
14. O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito,
identificado com o nome do profissional de saúde e seu registro no
respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.
44
15. O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também
medicamentos e equipamentos de alto custo, que mantenham a vida e a saúde.
16. O paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de
forma compreensível e clara e com data de fabricação e prazo de validade.
17. O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome genérico do medicamento (Lei do
Genérico) e não em código, datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia
perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o número do registro do
respectivo Conselho Profissional.
18. O paciente tem direito de conhecer a procedência e verificar antes de receber sangue ou
hemoderivados para a transfusão, se o mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue
atestando as sorologias efetuadas e sua validade.
19. O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter anotado em seu prontuário,
medicação, sangue ou hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.
20. O paciente tem direito de saber com segurança e antecipadamente, através de testes ou
exames, que não é diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a determinados
medicamentos (anestésicos, penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem
administrados.
21. O paciente tem direito à sua segurança e integridade física nos
estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
22. O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas referentes às despesas de seu
tratamento, exames, medicação, internação e outros procedimentos médicos.
23. O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de
saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia, principalmente no caso de ser portador
de HIV / AIDS ou doenças infecto- contagiosas.
24. O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, através da manutenção do sigilo
profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do
paciente correspondem a tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o
profissional de saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico
do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.
25. O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades
fisiológicas, inclusive alimentação adequada e higiênica, quer quando atendido no leito, ou
no ambiente onde está internado ou aguardando atendimento.
26. O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas
internações. As visitas de parentes e amigos devem ser disciplinadas em horários
45
compatíveis, desde que não comprometam as atividades médico/sanitárias. Em caso de parto,
a parturiente poderá solicitar a presença do pai.
27. O paciente tem direito de exigir que a maternidade, além dos
profissionais comumente necessários, mantenha a presença de um
neonatologista, por ocasião do parto.
28. O paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o "teste do pezinho" para detectar
a fenilcetonúria nos recém- nascidos.
29. O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de qualquer complicação em suas
condições de saúde motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais
de saúde.
30. O paciente tem direito à assistência adequada, mesmo em períodos
festivos, feriados ou durante greves profissionais.
31. O paciente tem direito de receber ou recusar assistência moral,
psicológica, social e religiosa.
32. O paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que
lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer ou não o uso
de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida.
33. O paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou
responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito.
34. O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia
aprovação.
35. O paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico da saúde, sem ônus e de fácil
acesso.
(Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e nº74 de 04/05/94).
Fonte: FÓRUM DE PATOLOGIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO -
GOVERNO DO ESTADO DE SÀO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
46
EO 19
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ATIVIDADE DO ENFERMEIRO NA QUIMIOTERAPIA
Ministrar quimioterápico antineoplasicos, conforme farmacocinética de droga e protocolo
terapêutico;
Elaborar protocolos terapêuticos de Enfermagem na prevenção, tratamento e minimização
dos efeitos colaterais em clientes submetidas ao tratamento antineoplásico;
Planejar, organizar, coordenar e avaliar os serviços de assistência;
47
Realizar consulta baseado no processo de Enfermagem direcionado a clientes em tratamento
quimioterápico antineoplasicos;
Prestar cuidado de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exigem conhecimento
de base científica e capacidade de tomada de decisão imediata;
Supervisionar os funcionários, a rotina da unidade e as prescrições dos pacientes, delegando
e orientando o Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem;
Fazer precaução e controle sistemático de infecção hospitalar;
Participar na elaboração de medidas de precaução e controle sistemático de danos que
possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
Fazer escala mensal, diária e checar a presença do funcionário;
Checar diariamente o material de emergência;
Solicitar a presença do médico sempre que houver necessidade;
Prestar assistência de Enfermagem a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas no
tratamento e administração de drogas antineoplásicos;
Manuseio e manutenção de cateter implantado para administração de drogas antineoplásicas.
Manter a atualização técnica e científica da biossegurança individualmente, coletiva e
ambiental, que permita a atuação do profissional com eficácia em situações de rotinas e
emergenciais, visando interromper e/ou evitar acidentes e ocorrências que possam causar
algum dano físico ou ambiental;
Participar de protocolos de estudos de pesquisa clínica previamente autorizados pela
Comissão de Ética da Instituição;
Executar protocolos de curativos no cliente com lesões infectantes e não-infectantes;
Fazer o controle de medicação, do material de consumo e permanente e zelando pela sua
conservação.
Encaminhar e/ou delegar exames médicos de laboratório;
Fazer o levantamento estatístico da unidade referente à produção do Enfermeiro e do
Auxiliar referente ao número de clientes atendidos;
Solicitar e encaminhar pedido de material e de manutenção geral;
Proporcionar aos pacientes ambiente favorável ao seu tratamento e recuperação;
Orientar familiares quanto ao levantamento de medidas que visem conservar a saúde;
Orientar a limpeza e higienização da unidade;
Administrar medicações por cateter totalmente implantado;
Manutenção, conservação e impermeabilidade dos cateteres centrais.
48
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 20Emissão:Fevereiro: 2013
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ATIVIDADE DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM E DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO SETOR DE
QUIMIOTERPIA
Prestar assistência de enfermagem a clientes submetidos ao tratamento de quimioterápicos
antineoplásico sob a supervisão do enfermeiro.
Participar dos protocolos terapêuticos de enfermagem na prevenção, tratamento e
minimizar os efeitos colaterais dos clientes submetidos ao tratamento quimioterápico
antineoplásico.
Participar de programas de garantia de qualidade em serviço de quimioterapia
antineoplásico de forma setorizada e global.
Cumprir e fazer cumprir normas e regulamentos e legislações pertinentes às áreas de
atuação.
Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando garantir uma
assistência integral ao cliente e familiar.
Registrar informações pertinentes à assistência de enfermagem, objetivando o
49
acompanhamento de projetos da pesquisa e de dados estatísticos com vistas à mensuração
do procedimento de enfermagem.
Manter atualização técnica e científica de biossegurança individual, coletiva e ambiental,
que permita a atuação profissional com eficácia em situações de rotinas e emergências,
visando interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano
físico ou ambiental.
Participar de programas de orientação e educação de clientes e familiares com enfoque na
prevenção de riscos e agravos, objetivando a melhoria de qualidade de vida do cliente.
Administrar medicamentos prescritos, sob a supervisão do Enfermeiro. Auxiliar a cliente durante alimentação. Fazer coleta de exames laboratoriais.
Organizar e abastecer consultórios médicos e salas de infusão de quimioterápicos. Recebimento e conferência de material médico hospitalar sob supervisão do Enfermeiro. Auxiliar na locomoção de clientes debilitados. Acompanhar a cliente/paciente até a unidade de internação, e/ou salas de exames. Auxiliar a paciente com necessidades especiais (oxigenioterapia, SVD, SNG e curativos).
EO 21
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ATIVIDADES DO OFICIAL DE ATENDIMENTO DE SAÚDE
Executar serviço de apoio com relação à rotina hospitalar e ambiental;
Fazer atendimento ao público, usuário e pacientes;
Realizar procedimentos administrativos relativos a cadastros em geral, e prontuários de
pacientes;
Realizar agendamentos de exames e internação hospitalar;
Realizar dispensação de materiais e medicamentos e outros insumos hospitalares, sob
orientação da chefia imediata;
Receber prontuários provenientes do PAM, no dia anterior às consultas e sessões de QT;
Atender os pacientes por ordem de senha, priorizando cadeirantes, idosas e gestantes;
50
Encaminhar pacientes para consulta médica;
Conferir laudos e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/custo (APACs);
Separar a documentação para a devida autorização, encaminhando-os para órgãos e setores
competentes;
Orientar as pacientes sobre retornos e realização de exames;
Encaminhar prescrições e prontuários para a farmácia da QT;
Recolher os prontuários ao término da quimioterapia do paciente;
Realizar pesquisa em relação à próxima consulta e próxima sessão; (ao final do
atendimento)
Separar os prontuários que serão devolvidos para o PAM. (ao final do atendimento);
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 22
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
PLANTA FISICA E RECURSOS MATERIAIS DO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA
Sala de espera, com iluminação natural, onde são atendidas e encaminhadas às pacientes para
consulta médica e/ou consulta de enfermagem e administração de antineoplásicos.
Três consultórios médicos com ar condicionado, esfigmomanômetros fixos e banheiro.
Um consultório de enfermagem.
Uma sala para aplicação de antineoplásicos, com:
Uma pia,
Um balcão,
06 cadeiras para os funcionários,
01 armário para roupas,
51
16 poltronas reclináveis com apoio para membros inferiores,
Um ponto de saída de oxigênio para cada paciente,
Ar condicionado,
Um carrinho de reanimação cardiorrespiratória com lacre, sendo sua verificação(controle de
medicações) e limpeza feitas semanalmente pelo enfermeiro e por um auxiliar de
enfermagem respectivamente.
Um desfibrilador.
01 torpedo de O2 para transporte de pacientes,
01 aspirador,
05 bombas de infusão,
02 esfigmomanômetros portáteis,
01 carrinho para apoio de materiais de punção venosa, reposto diariamente e limpo
semanalmente.
Uma sala para punção de Cateter Totalmente Implantado, com:
Uma pia,
Um carrinho de apoio,
Um armário e um criado para materiais, além de e um balcão.
Um quarto para QT de longa duração com:
02 leitos para pacientes mais debilitadas,
02 pontos de oxigênio,
Dois esfigmomanômetros fixos na parede e
01 poltrona extra.
Um expurgo com um tanque e uma torneira. Nesta área ficam o hamper e os carrinhos para
depósito temporário de lixo tóxico.
Uma farmácia exclusiva para a QT. (Ver POP da farmácia).
Um centro de Pesquisa Clínica com 05 salas.
Um almoxarifado.
Vestiário.
Três banheiros para as pacientes.
Um banheiro para deficientes.
Uma copa para lanche dos funcionários.
OBS:
52
No corredor ficam duas macas e 03 cadeiras de rodas, para o transporte de pacientes
debilitadas.
A coleta de sangue é realizada no banco de sangue.
Quando recebemos pacientes provenientes da casa de detenção, estas ficam no quarto,
separadas das outras, devido presença de escolta policial, evitando tumulto no setor.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 23
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003Data:Janeiro, 2014SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem Resultados Esperados Ansiedade
Definição: vago e incômodo
sentimento de desconforto ou temor,
acompanhado por resposta
autonômica (a fonte é
frequentemente não específica ou
desconhecida para o indivíduo);
sentimento de apreensão causada
pela antecipação de perigo. É um
sinal de alerta que chama a atenção
para um perigo iminente e permite
Reduzir a ansiedade através de
aconselhamento; escutar
ativamente; aumentar a segurança
oferecendo informações sobre o
tratamento e efeitos colaterais dos
medicamentos; incentivar a
distração através de arte terapia,
musicoterapia, terapia em grupo;
administrar medicamentos.
Autocontrole da ansiedade.
53
ao indivíduo tomar medidas para
lidar com a ameaça.
Fadiga
Definição: uma sensação opressiva e
sustentada de exaustão e de
capacidade diminuída para realizar
trabalho físico e mental ao nível
habitual.
Controle de energia e controle do
ambiente através da educação a
respeito de exercícios físicos,
nutrição adequada; melhora do
sono/repouso.
Conservação da energia.
Ações pessoais de controle
da energia necessária para
iniciar e manter uma
atividade.
Dor aguda
Definição: experiência sensorial e
emocional desagradável que surge
de lesão tissular real ou potencial ou
descrita em termos de tal lesão
(Associação Internacional para o
estudo da Dor); inicio súbito ou
lento, de intensidade leve a intensa,
com término antecipado ou
previsível e duração de menos de
seis meses.
Assistência à analgesia através do
ensino do uso de medicamentos;
aplicar calor ou frio; controle do
ambiente proporcionando conforto,
imobilização, distração, melhora do
enfrentamento; oferecer suporte à
família; treinamento de auto
sugestão.
Controle da dor.
Ações pessoais para
controlar a dor.
Dor crônica:
Definição: Experiência sensorial e
emocional desagradável que surge
de lesão tissular real ou potencial ou
descrita em termos de tal lesão
(Associação Internacional para o
Estudo da Dor); inicio súbito ou
lento, de intensidade leve a intensa,
constante ou recorrente, sem um
término antecipado ou previsível e
com uma duração de mais de seis
meses.
Controle da dor; controle do
humor; controle de medicamentos;
controle do comportamento:
autoagressão; ensino sobre
medicamentos prescritos; melhora
do enfrentamento; melhora do
sono; promoção do exercício; apoio
espiritual; arteterapia; promoção de
esperança; terapia com animais;
administração de analgésicos.
Autocontrole da
depressão.
Ações pessoais para
minimizar a melancolia e
manter o interesse pelos
eventos da vida.
Diarreia
Definição: eliminação de fezes
soltas e não formadas.
Controle da diarréia/ controle
intestinal através da assistência no
autocuidado; controle da nutrição;
Eliminação intestinal
normal;
Equilíbrio eletrolítico e
54
controle de medicamentos; controle
hídrico (aumentar a ingestão);
cuidados com o períneo; ensinar
uso de medicamentos prescritos;
orientar cuidados com a pele
através de tratamentos tópicos;
redução da ansiedade.
Controle de eletrólitos; controle
hidroeletrolítico; monitoração de
sinais vitais, monitoração hídrica,
terapia endovenosa para reposição
de eletrólitos.
acidobásico.
Eliminação urinária prejudicada
Definição: disfunção na eliminação
de urina.
Controle da eliminação urinária;
administração de medicamentos;
controle hídrico; sondagem vesical
se necessário; controle de infecção;
cuidados com períneo; redução da
ansiedade; supervisão da pele.
Controle da eliminação de
urina.
Constipação
Definição: diminuição na frequência
normal de evacuação, acompanhada
por passagem de fezes difícil ou
incompleta e/ou eliminação de fezes
excessivamente duras e secas
Controle da constipação; controle
da nutrição (dieta laxativa);
controle hídrico; ensinar uso de
medicamentos; encaminhar para
procedimento de lavagem intestinal
se necessário.
Eliminação intestinal =
Formação e evacuação de
fezes.
Integridade da pele prejudicada
Definição: epiderme e/ou derme
alteradas.
Controle de pressão sobre áreas do
corpo; controle de prurido;
administração de medicação tópica;
atentar para extravasamento de
drogas nos locais de punção
venosa; orientar uso de protetor
solar; orientar uso de hidratantes
específicos para quem realiza
radioterapia; promoção do
exercício a fim de melhorar a
circulação.
Integridade estrutural e
função fisiológica normal
da pele.
55
Mucosa oral prejudicada
Definição: Lesões nos lábios e
tecidos moles da cavidade oral.
Restauração da saúde oral;
administração de medicamentos
(Nistatina, bicarbonato de sódio);
controle da nutrição, controle da
quimioterapia; proteção contra
infecção; controle hídrico.
Integridade estrutural e
função fisiológica normal
das mucosas.
Nutrição desequilibrada: menos que
as necessidades corporais Definição:
Ingestão insuficiente de nutrientes
para satisfazer as necessidades
metabólicas.
Monitoração nutricional/ terapia
nutricional; controle da nutrição;
controle de distúrbios alimentares;
controle do ambiente; controle
hídrico; manutenção da saúde oral;
planejamento da dieta.
Apetite-desejo de comer
quando doente ou em
tratamento.
Náusea
Definição: Uma sensação subjetiva
desagradável, semelhante a uma
onda, na parte de trás da garganta,
epigástrio ou no abdome, que pode
levar ao impulso ou necessidade de
vomitar.
Controle da náusea, controle de
medicamentos, controle de vômito;
controle de dor se houver;
manutenção da saúde oral;
planejamento da dieta; precauções
contra aspiração; terapia simples de
relaxamento; distração.
Ações pessoais para
controlar a náusea e
controle do vômito.
Proteção Ineficaz
Definição: Diminuição na
capacidade de proteger-se de
ameaças internas ou externas, como
doenças ou lesões.
Precauções contra sangramentos;
administração de hemoderivados;
proteção contra infecção
(manutenção da imunidade);
educação para a saúde; controle da
nutrição; facilitação da Auto
responsabilidade; controle de
alergia.
Coagulação do sangue
dentro do período de
tempo normal; Ações
pessoais para manter ou
aumentar o bem-estar;
Estado imunológico -
resistência natural e
adquirida adequadamente
direcionada a antígenos
internos e externos.
Percepção sensorial perturbada
(visual, auditiva, gustativa, tátil e
Controle de ideias delirantes;
manejo de alucinações – orientação
Apetite;
Ingestão de líquidos e 56
olfativa):
Definição: Mudança na quantidade
ou no padrão dos estímulos que
estão sendo recebidos, acompanhada
por resposta diminuída, exagerada,
distorcida ou prejudicada a tais
estímulos.
para a realidade; melhora da
comunicação (déficit auditivo);
monitoração neurológica –
administração de medicamentos;
controle da náusea; controle da
nutrição (gustativa); aroma terapia
(olfativa); controle da sensibilidade
periférica; supervisão da pele
(tátil); cuidados na deambulação,
prevenção de quedas (visual).
alimentos;
Percepção correta de
substâncias inaladas ou
dissolvidas na saliva;
Autocontrole de
pensamento distorcido;
Comportamento de
compensação da visão;
percepção correta de
imagens visuais.
Risco de glicemia instável
Definição: Risco de variação dos
níveis de glicose no sangue em
relação aos parâmetros normais.
Verificar glicemia capilar antes de
administrar a quimioterapia;
encaminhar para conduta médica se
valores abaixo de 70mg/dl ou
acima de 240mg/dl; orientar
controle da dieta.
Risco de desequilíbrio do volume
de líquidos:
Definição: Risco de diminuição,
aumento ou rápida mudança de uma
localização para outra do líquido
intravascular, intersticial e/ou
intracelular. Refere-se à perda, ao
ganho, ou a ambos, dos líquidos
corporais.
Controle de eletrólitos; controle
hídrico; controle hidroeletrolítico;
monitoração de sinais vitais;
monitoração hídrica; monitoração
respiratória; terapia endovenosa;
interpretação de dados
laboratoriais.
Risco de volume de líquido
deficiente
Definição: Risco de desidratação
vascular, celular ou intracelular.
Controle de eletrólitos; controle
hídrico; controle hidroeletrolítico;
monitoração de sinais vitais; terapia
endovenosa.
Risco de infecção
Definição: Estar em risco
Cuidados com local de punção; em
caso de extravasamento de
57
aumentado de ser invadido por
organismos patogênicos.
quimioterápicos, proceder
rapidamente, conforme protocolo.
Risco de desequilíbrio na
temperatura corporal
Definição: Risco de não conseguir
manter a temperatura corporal dentro
dos parâmetros normais.
Monitoração dos sinais vitais;
regulação da temperatura; controle
do ambiente; controle hídrico; em
caso de febre, não administrar
quimioterapia, encaminhar para
atendimento médico.
EO 24
Emissão:Fevereiro: 2013
Revisão:Nº 003
Data:Janeiro 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O Art. 2º da Resolução COFEN- 358/2009, enfatiza que “o processo de enfermagem organiza-se em cinco
etapas”
1. Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de enfermagem)
2. Diagnostico de enfermagem
3. Planejamento de Enfermagem
4. Implementação
5. Avaliação de Enfermagem.
I - Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – segundo a Resolução COFEN
358/2009, é um “processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxilio de métodos e
técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou
coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença”.
Responsabilidade
Enfermeira
Técnica
Entrevista informal, promovendo interação enfermeira - paciente, e observação.
Apresentação pessoal, explicando-lhe os procedimentos a serem realizados.
Deverá ser feito na admissão, no primeiro contato com o cliente.
58
Bases:
1 – ficha de internação;
2 – evolução e prescrição médica de entrada;
3 – entrevista admissional de enfermagem;
Formulário para o histórico
Deve conter o essencial sobre o cliente para que este receba cuidados específicos às suas necessidades.
EO 25
Emissão:Fevereiro: 2013
Revisão:Nº 003
Data:Janeiro: 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EXAME FISICO
Conceito:
O exame físico tem por finalidade identificar problemas de enfermagem, diferindo por isso do exame
feito pelo médico. (Horta)
Técnica do exame físico:
Inspeção, ausculta, palpação e percussão, de forma criteriosa, efetuando o levantamento de dados
sobre o estado de saúde do paciente e anotação das anormalidades encontradas para validar as
informações obtidas no histórico. (Resolução COFEN 272/2002)
Normas para execução do histórico de enfermagem
Deve ser aplicado na integra no momento da internação ou durante o tratamento, até 36horas após a
internação da cliente, sempre que as condições físicas e emocionais do paciente permitam.
Se não for aplicado integralmente, a justificativa deverá ser registrada na evolução do dia e prescrita
a aplicação do restante.
Nas situações de reinternação do paciente com o período superior a trinta dias, a enfermeira deverá
aplicar o HE na integra.
Nas situações de reinternações do paciente com período inferior a trinta dias, a enfermeira deverá
59
retomar a entrevista a partir dos problemas registrados no impresso Problemas da Internação Anterior.
As pacientes admitidas no plantão da tarde, e plantão noturno, o histórico deve ser realizado no
plantão seguinte, caso não haja tempo suficiente para ser aplicado no momento da internação.
As pacientes admitidas pelo Pronto Atendimento devem subir para a unidade de internação com o
Histórico de Enfermagem preenchido.
Algumas responsabilidades da líder da equipe:
1- Avaliar cada paciente e determinar a intervenção de enfermagem apropriada. A avaliação é um
processo contínuo, não apenas parte do procedimento de admissão.
2- Manter os planos de atendimento de enfermagem atualizados. O plano de atendimento é o resultado
do processo de enfermagem em ação.
3- Assegurar que todo atendimento e os resultados deste para cada paciente sejam registrados. A
documentação é necessária para se determinar a qualidade do atendimento que esta sendo prestado
Membros
Seguir as prescrições de enfermagem no plano de atendimento, tão cuidadosamente quanto segue as
prescrições médicas.
II - DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Conceito
A Resolução – 358/2009, o Diagnóstico de Enfermagem é um “processo de interpretação e
agrupamento” dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os
conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa,
família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a
base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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EO 26
Emissão:Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 003
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar, e ações ou
intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade
humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de
Enfermagem (RESOLUÇÃO COFEN-358/2009)
Critérios para prescrição de enfermagem:
A prescrição deve incluir a data em que for redigida, a ação a ser realizada (verbo no infinitivo) e
quem deve realizá-la, e conter a frase (o que, como, quando, onde, com que frequência, por quanto
tempo ou quanto) e o nome e o numero do COREN do enfermeiro responsável pela prescrição.
A prescrição de enfermagem tem no máximo 24h de validade, devendo ser alterada sempre que
necessário precedida de uma evolução.
A prescrição de enfermagem é complementada quando houver alteração nas condições do
paciente, precedida por uma evolução pertinente à alteração.
O número de prescrições por enfermeiro varia conforme o nível de complexibilidade de
assistência aos pacientes, sendo em torno de 5 a 13 o número de prescrições previstas para um período
de 6 horas.
A prescrição de enfermagem deve ter como subsídio a evolução de enfermagem.
61
É feita exclusivamente pelo enfermeiro.
É feita diariamente para todos os pacientes, exceto aos que tiverem alta de enfermagem, devendo
ser retomada quando houver qualquer intercorrência.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 26
Emissão:Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 003
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Na prescrição, os cuidados de enfermagem considerados de rotina ou normatizados pela própria unidade devem ser evitados.
A prescrição deverá deixar claro o grau de dependência do paciente, determinando em termos:
de fazer, ajudar, orientar, supervisionar, encaminhar, realizar, em cada item. Usando sempre o
Verbo no infinitivo, mais o que + aonde + como + quando.
Ter como base os cuidados prioritários
Deve ser concisa, clara e específica.
Para cada diagnóstico de enfermagem deve haver um resultado esperado.
Para alcançar cada resultado o enfermeiro deverá prescrever cuidados de enfermagem.
A prescrição de enfermagem é feita em impresso próprio, dando sequência a evolução de
enfermagem
Deve ser checada quando realizada e quando necessário deve ser feito anotação sobre a
avaliação do cuidado prestado.
A redação deve ser clara, sucinta, evitar repetir as observações já anotadas nas anotações de
enfermagem.
A evolução poderá trazer mudança no diagnóstico de enfermagem, no plano assistencial e na 62
prescrição de enfermagem.
Traz subsídios para melhorar a assistência de enfermagem.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 27Emissão:Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 001
Data:Janeiro,2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Avaliação ou evolução de Enfermagem
A Resolução COFEN- 358 - 2009 nos diz que: Avaliação de Enfermagem é o “processo,
deliberado sistemático e continuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família
ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se
as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da
necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem”.
Os registros constam os problemas novos identificados, um resumo sucinto dos resultados dos
cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24hs subsequentes.
O conteúdo da evolução de enfermagem tem por objetivo descrever e estabelecer
comparações entre as condições anteriores e as que o paciente se encontra no momento.
De acordo com HORTA, Evolução de Enfermagem é um “relato diário das mudanças
sucessivas que ocorrem no ser humano, enquanto estiver sob assistência profissional”. “A
evolução exerce um verdadeiro controle sobre a qualidade e a quantidade do atendimento,
fornecendo dados para a supervisão de o pessoal auxiliar”.
Da evolução poderá haver mudanças no diagnóstico de enfermagem, no plano assistencial e
na prescrição de enfermagem. Estas mudanças visam melhorar a assistência de enfermagem
prestada ao cliente.
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Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 27
Emissão:Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 003
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Para se realizar a evolução de enfermagem são imprescindíveis a leitura e a avaliação das
anotações de enfermagem realizadas nas 24h anteriores, para se ter a visão de todos os
acontecimentos referentes ao paciente e ter a visão de todos os acontecimentos referentes ao paciente
e ter parâmetros para possíveis alterações, uma vez que o enfermeiro que está realizando a evolução
não permaneceu 24h com o paciente (Ito, E.E. et al, 2004).
Normas da Evolução de Enfermagem
- A evolução de enfermagem é registrada em impresso próprio na coluna determinada “Evolução
de Enfermagem”.
- A evolução de enfermagem é feita diariamente para todos os pacientes internados ou em
observação, devendo conter a data e o horário de sua execução.
- A evolução de enfermagem é refeita, em parte ou totalmente, na vigência de alteração no estado
do paciente, devendo indicar o horário de sua alteração.
- Da evolução de enfermagem devem constar os problemas prioritários para a assistência de
enfermagem a ser prestada nas próximas 24h.
- Na elaboração da primeira evolução de enfermagem, a enfermeira resume sucintamente as
64
condições gerais do paciente detectadas durante o preenchimento do histórico e relaciona os
problemas selecionados para serem atendidos.
Sendo elaborada, a evolução e prescrição médicas, os pedidos e resultados de exames, e realizar a
entrevista e o exame físico.
- A evolução dos pacientes em observação no Pronto Atendimento é baseada no exame físico, nos
sinais e sintomas e em outras informações relatadas pelo paciente ou acompanhante.
Entrada do paciente:1. Coleta de Dados (entrevista, exame físico);2. Orientações ministradas.
Avaliação ou Evolução diária 1. Diagnostico medico;
2. Exame físico (condições físicas e emocionais);
3. Resultado dos cuidados prescritos;
4. Problemas novos identificados ou os a serem abordados;
5. Alimentação, hidratação e eliminação;
6. Sono e repouso;
7. Sinais vitais;
8. Condição e tempo de permanência de sondas, drenos e cateteres;
9. Resultado de exames laboratoriais;
10. Orientação para autocuidado.
Evolução de saída:
1. Condições físicas e emocionais da paciente;
2. Orientações ministradas ou entrega de folhetos específicos, com orientações.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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EO 28
Emissão:Fevereiro, 2013
Revisão:
Nº 003
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
7-RELATÓRIO DE ENFERMAGEM
7.1 Conceito
“É o registro das respostas do paciente frente aos cuidados individualizados, logo após a sua execução e/ou registro das intercorrências”.Serve de subsídio para a evolução e a prescrição de enfermagem
Critérios:
● Especificar o horário antes do registro das anotações.
● A redação deve ser clara, sucinta e concisa, evitar repetir observações já relatadas.
● Responder às prescrições de enfermagem.
● Deve ter nome, função e COREN (carimbo) após cada relatório.
“Anotar é consequência de ações anteriores, do cuidar, além de exigir associação da linguagem (do
conhecimento da língua portuguesa) com a assistência (do pensar e do fazer).” (GONÇALVES, 2001,
p.229).
Anotação ou Relatório de Enfermagem
É o registro de informações relativas ao paciente.
É de responsabilidade de todos os membros da equipe de enfermagem que prestam cuidados ao
paciente e faz parte de suas atividades diárias
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A anotação é um instrumento de comunicação entre os profissionais da equipe de saúde.
O prontuário do paciente é um documento legal, juridicamente aceito como prova em tribunais.
Devem-se anotar todas as observações feitas em relação ao paciente.
Todas as intercorrência dos tratamentos.
Todos os cuidados prestados.
A evolução dos sinais e sintomas.
As orientações ministradas o paciente e seus familiares.
Regras gerais para anotação
1- Usar termos descritivos;
2- Usar termos objetivos: aquilo que foi visto ou sentido e não de interpretação pessoal;
3- Usar termos concisos;
4- Considerar o aspecto legal das anotações;
5- Considerar o segredo profissional;
6- Observar a redação, ortografia, letra; usar a 3ª pessoa gramatical;
7- Colocar horário;
8- Colocar vias de administração e locais de aplicação de medicamentos;
9- Fazer assinatura legível;
10- Nunca anotar medicamentos ou tratamentos feitos por outras pessoas.
Princípios que facilitam decidir o que anotar
1- Descrever qualquer anormalidade em detalhes judiciosos; salientar os pontos mais importantes;
2- Descrever um fato ou estado normal, se porventura existem outras informações que sugerem
anormalidades;
3- Evitar detalhes minuciosos, pois podem dificultar a análise;
4- Evitar frases como: “alimenta-se bem”, “bem desenvolvido”, “postura incorreta”, “comportamento
anormal”, etc;
5- Indicar a localização da dor de nódulos, protuberâncias, edema ou outra anormalidade qualquer;
6- Usar um roteiro de exame para facilitar a coleta de dados e o registro das informações e
observações;
7- Registrar todas as informações pertinentes.
Informação não registrada é informação perdida
Finalidades do Relatório ou Anotação de Enfermagem
1- Comunicar os cuidados aos outros profissionais de atendimento de saúde que necessitam saber o que
foi feito e como está a pessoa.
2- Ajudar a identificar os padrões de respostas e as modificações no estado do paciente.
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3- Proporcionar uma base para a avaliação, para a pesquisa e para a melhoria da qualidade do cuidado.
4- Criar um documento legal que possa mais tarde ser usado, na justiça, para avaliação do tipo de
cuidado prestado.
5- Seu registro pode ser seu melhor amigo ou seu pior inimigo. A melhor defesa quanto ao que
realmente observou ou fez é o fato de existir alguma anotação sobre isso.
6- Registrar, de maneira precisa e concisa, as respostas do paciente às intervenções de enfermagem.
7- Fornecer elementos para a auditoria em enfermagem.
8- Contribuir com informações para o diagnóstico médico e de enfermagem.
Normas para as Anotações de Enfermagem
O cabeçalho do impresso deve ser preenchido devidamente ou etiquetado;
- Indicar o horário toda vez que a anotação for realizada;
- Colocar data na primeira anotação do dia;
- Realizar a anotação em seguida à prestação do cuidado;
- Ler a anotação anterior antes de realizar o novo registro;
- Toda medicação ministrada e/ou cuidado prestado deverão ser checados;
- Todo cuidado ou procedimento não prescrito, ou seja, de rotina da unidade e/ou qualquer hábito do
paciente, deve ser anotado;
- Os impressos para anotação de enfermagem são documentos legais, não podendo ser rasurados;
- Em caso de engano, circular e escrever “erro” e rubricar, redigindo em seguida a informação correta;
- É contra indicada a utilização de corretor para retificar erros que por ventura aconteçam durante a
realização da anotação;
- Em caso de ter anotado em papeleta trocada, passar um traço sobre o registro e anotar “erro, paciente
errado”;
- A anotação é feita pelo funcionário que dá a assistência de enfermagem logo após a prestação do
cuidado, observação ou informação recebida;
- A anotação deve deixar claro se a observação foi feita pelo funcionário que anota ou se é informação
transmitida pelo paciente, familiares ou outro membro da equipe de saúde;
- Todo dado deve ser registrado à caneta, em letra legível; caneta azul para período diurno; caneta
vermelha para período noturno;
- Registrar os fatos de forma descritiva, claras, sucintas, completa, exata e objetiva, evitando-se
julgamentos;
- Evitar palavras desnecessárias como “paciente”, pois a folha de anotação é individualizada e,
portanto já indica que é dele;
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- Registrar a evolução de enfermagem de forma organizada, mantendo sequência lógica;
- Utilizar a terminologia adequada;
- Evitar abreviaturas, exceto as padronizadas institucionalmente;
- Evitar anotações estereotipadas e uso de termos gerais como: “ segue em observação de enfermagem” ou “sem queixas”;
- Realizar as anotações frequentemente, pois se nenhuma anotação foi feita no decorrer de várias
horas, pode-se legalmente acusar que nenhuma assistência foi prestada ou que ninguém cuidou do
paciente;
- Registrar todas as medidas de segurança adotadas para proteger o paciente, bem como medidas à
prevenção de complicações;
- Usar termos que expliquem os fatos e evitar expressões abstratas como “parece” e “aparentemente”;
- As observações percebidas, vistas, ouvidas, sentidas durante a assistência de enfermagem devem ser
sempre incluídas, priorizando as alterações apresentadas;
- Terminologias como: eupneico, normotenso, normocardiaco, afebril, acianótico, devem ser evitadas
nas anotações, uma vez que registradas no quadro de controles e estado clínico normal do paciente;
- Quando transcrever frases, escrever exatamente como o paciente disse e colocar entre aspas. Ex:
“refere dor e ardência ao urinar”;
- Não é de competência legal que o profissional técnico e auxiliar de enfermagem registrem termos
avaliativos e interpretativos, tais como nível de consciência, estado nutricional, exames laboratoriais,
etc;
- Medicação “bolada”, ou seja, que não foi realizada deve ser esclarecido o motivo, como, por
exemplo: jejum para exames, cirurgia ou suspenso pelo médico (nome do médico);
- Registrar todas as orientações feitas ao paciente e ao acompanhante;
- Assinar e carimbar as anotações.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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EO 29
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 004
Data:Janeiro, 2014
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM NA SALA DE QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Todo o procedimento ou observação, realizados por um enfermeiro ou técnico e/ou auxiliar de
enfermagem, a respeito do paciente que está sob sua responsabilidade, deve ser anotado em folha
de registro de enfermagem contendo data e hora de cada anotação.
Deve ser documentado:
• Horário de entrada do paciente em sala;
• Sinais Vitais;
• Horário e local de punção;
• Reações alérgicas;
• Intervenções médicas;
• Orientações fornecidas;
• Interrupção de infusão de medicamentos, mesmo que seja para ir ao banheiro;
• Horário de retorno da infusão;
• Horário de instalação e término de cada droga;
• Horário de saída do paciente;
• Enfim, deve ser anotado exatamente tudo o que ocorre com o paciente enquanto este
estiver sob os cuidados de enfermagem. E o enfermeiro responsável pela sala deve estar ciente de
todos os acontecimentos.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
70
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
EO 30
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Emissão:Fevereiro: 2013
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Pesquisa Clínica
Pesquisa Clínica, ensaio clínico ou estudo clínico são os termos utilizados para
denominar um processo de investigação científica envolvendo seres humanos, ou seja, é um
estudo científico realizado para verificar como uma nova medicação ou um novo procedimento
funciona em seres humanos. Esses tratamentos e todas as suas informações estão contidos no
Protocolo de Pesquisa que segue regras internacionais, que garantem a correta realização da
pesquisa dentro dos padrões científicos, éticos com relação ao paciente, exigidos pela
comunidade leiga e científica.
O grande diferencial para o paciente que participa de um estudo de pesquisa clínica é
poder utilizar uma medicação “de ponta”, de primeira qualidade e que está sendo amplamente
monitorada. Ela pode ser realizada ao mesmo tempo em vários países, seguindo normas locais e
internacionais. A pesquisa clínica faz parte de um longo e cuidadoso processo e nela estão
envolvidos vários profissionais especializados.
Em oncologia, o principal objetivo é avaliar a segurança e a eficácia das novas
medicações para o câncer que estão sendo estudadas.
Vantagens para o paciente:
• Ser supervisionado pelo enfermeiro e, se necessário, pela equipe multiprofissional
com regularidade.
• Ser orientado em relação aos cuidados domiciliares e monitoramento periódico,
71
por telefone ou consulta.
• Ter uma nova chance de tratamento (em alguns casos) seja paliativo ou de
avaliação de sobrevida.
• Aumentar a Autoestima e a sua esperança na luta contra o câncer.
• Poder ter ressarcimento de despesas provenientes de sua participação na pesquisa.
• Ter garantia de esclarecimentos, antes e durante o desenvolvimento da pesquisa,
sobre a possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo.
• Ter assegurado seus valores culturais, sociais, morais, religiosos e éticos, bem
como seus hábitos e costumes, quando há envolvimento de comunidade.
• Ponderar riscos e benefícios do tratamento, tanto atuais como potenciais, e decidir
livremente sobre sua participação ou não, e quanto à voluntariedade de sua participação,
podendo sair após o início do mesmo se assim o desejar.
As pacientes em pesquisa clínica exigem cuidados especiais durante a administração das
medicações, tais como:
• Controle rigoroso de sinais vitais, no início e no final da infusão de cada
medicamento;
• Períodos de observação;
• Coletas de sangue;
• Controle rigoroso do gotejamento de cada medicação;
• A ordem de infusão deve ser seguida rigorosamente;
• As anotações e checagens não podem conter rasuras;
• Comunicar o coordenador de pesquisa ou o médico responsável, em casos de
reações adversas durante a infusão das medicações.
• Realizar anotação de enfermagem conforme descrito anteriormente.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Dr. Roberto Hegg CRM 21524 Data: 08/02/2013
72
NP 01
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA FÍSICAPADRONIZAÇÃO DO CARRO DE EMERGÊNCIA
OBJETIVOS: Disponibilizar todos os materiais necessários de forma imediata para poder montar e organizar
medicações e materiais no carro de emergência; Atender situações de emergência.
RESPONSÁVEIS: Enfermeiros, Técnicos ou Auxiliares de Enfermagem
PARTE SUPERIOR:
01 Desfibrilador
PARTE INFERIOR 01 Ressuscitador Cardiopulmonar (Ambú); 01 Bandeja com materiais para intubação; 01 Bandeja contendo materiais para aspiração de vias aéreas; 01 Bandeja com materiais para passagem de Cateter Venoso Central
GAVETA N° 01AMPOLAS MEDICAMENTOS DATA
VENCIMENTONOME COREN
DATA VENCIMENTO NOME COREN
01 Adenosina 3mg/ml
20 Adrenalina 1mg/ml
05 Amiodarona 50mg/ml
15 Atropina0,25mg/ml
73
10 Bicarbonato de sódio 8,4% c/ 10ml
02 Cedilanide 0,02mg/ml
01 Dexametasona 4mg/ml
01 Diazepam 10mg/2ml
02 Dobutamina250mg/20ml
10 Dopamina 5mg/ml c/10ml
02 Dormonid 15mg/3ml
05 Furosemida10mg/ml
05 Glicose hipertônica 50% c/10ml
02 Gluconato de Cálcio 10% c/ 10ml
02 Hidrocortisona 100mg ( Solucortef)
02 Hidrocortisona 500mg ( Solucortef)
01 Lidocaína 2% sem vaso constritor
05 Noradrenalina 4mg/4ml
02 Terbutalina 0,5mg/ml (Bricanyl)
03 Soro Fisiológico 0,9% c/10ml
01 Soro Fisiológico 0,9% c/ 500ml
01 Soro Glicosado 5% c/500 ou 1000ml
01 Ringer Lactato c/ 500ml
PADRONIZAÇÃO DOS CARROS DE EMERGÊNCIA
74
GAVETA N° 02
Quantidade
Materiais DATA VENCIMENTO
NOME COREN
DATA VENCIMENTO
NOME COREN
01 Cabo de Marcapasso Philips
10 Agulha 40X12mm
03 Equipo macrogotas
10 Eletrodos
01 Extensor Multivias (polifix)
05 Luvas de procedimento (pares)
10 Seringas de 10ml
10 Seringas de 20ml
01 Gel para ultrasson frasco
01 Rolo de ECG
02 Dispositivo intravenoso nº 14
02 Dispositivo intravenoso nº16
02 Dispositivo intravenoso nº18
02 Dispositivo intravenoso nº20
02 Dispositivo intravenoso nº22
01 Fita adesiva hipoalérgica
01 Prancha de acrílico
02 Pás Adulto descartáveis
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
75
NP 02
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
NORMAS PARA ORDEM E LIMPEZA
Para manter o ambiente em ordem e limpo, observar os seguintes procedimentos:
Selecionar e organizar o material necessário,
Respeitar a sequência e os princípios científicos da técnica,
Observar o tempo gasto na execução e, após a execução da técnica,
Manter o ambiente limpo, em ordem, iluminado, arejado, sem odor forte ou desagradável,
sem ruído desnecessário;
Os procedimentos devem ser adaptados à realidade e ao paciente,
Lavar as mãos antes e após o procedimento,
Remover todo o material desnecessário do local de trabalho, dos Box e mesas de cabeceira;
Manter em locais apropriados os materiais de uso geral, roupas e pertences dos pacientes;
Evitar deixar materiais, roupas e lixo no chão;
Observar as condições dos boxes, mantendo o alinhamento dos móveis, distancia adequada
entre os móveis, iluminação e ventilação adequadas, roupas de cama limpas e esticadas;
Evitar guarda de alimentos na mesa de cabeceira ou em qualquer outro local não apropriado;
Fazer a limpeza úmida, ou seja, não usar panos secos ou objetos que promovam a suspensão
das partículas contaminadas;
Utilizar luvas para fazer a limpeza, principalmente de objetos contaminados.
Apresentarem-se de forma discreta, com adequada higiene, unhas curtas e limpas.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN: 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
76
NP 03
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
SISTEMA DE PRECAUÇÃO
Objetivo:
Prevenir a transmissão de microrganismos de um paciente, Portador são ou doente, para outro
paciente.
Prevenir transmissão de microrganismos para profissionais de saúde.
PRECAUÇÃO PADRÃO
Conjunto de medidas que devem ser aplicadas no cuidado de todos os pacientes.
Consiste em:
Higiene das mãos;
Uso de luvas;
Uso de avental;
Uso de máscara, Protetor de olhos, Protetor de face;
Cuidados com Artigos e Equipamentos de Assistência ao paciente;
Cuidados com Roupas;
Prevenção de exposição a Patógenos veiculados por sangue e líquido corpóreos
1. HIGIENE DAS MÃOS
• Higienização das mãos após contato com sangue, fluidos corporais, secreções e artigos
contaminados;
• Entre procedimentos com o mesmo paciente e após contato entre pacientes.
2. USO DE LUVAS
•Usar luvas limpas, não estéreis, quando existir possibilidade de contato com sangue, líquido
corpóreos, secreções e excreções, membrana mucosa, pele não integra e qualquer item
contaminado.
• Retirar as luvas imediatamente após o uso, antes de tocar em superfícies ambientais ou de
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contato com outro paciente.
• Lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas.
• Trocar as luvas entre um paciente e outro, e entre um procedimento e outro no mesmo
paciente.
• Calçar as luvas imediatamente antes do cuidado a ser executado, evitando contaminação
prévia.
3. USO DE AVENTAL
• Usar avental, limpo não estéril, para proteger roupas pessoais e superfície corporal sempre
que houver possibilidade de ocorrer respingos de líquidos corporais e sangue.
• Retirar o avental o mais breve possível, com posterior lavagem das mãos.
4. USO DE PROTETOR DE OLHOS.
Recomenda-se utilizá-los para a proteção da mucosa dos olhos, nariz e boca durante a
realização de procedimentos e atividades que ofereçam risco de respingos de sangue e
líquidos corporais.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN: 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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NP 03
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
SISTEMA DE PRECAUÇÃO
1) CUIDADO COM ARTIGOS E EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE Devem ser manuseados com cuidado se sujos de sangue ou fluidos corpóreo, secreções e excreções, e sua reutilização em outros pacientes deve ser precedida de limpeza e desinfecção ou esterilização.1)CUIDADO COM ROUPASManipular e transportar e processar as roupas usadas, pelo paciente, de forma a prevenir a exposição da pele e mucosas, e a contaminação de roupas pessoais. 2)PREVENÇÃO DE EXPOSIÇÃO A PATÓGENOS VEICULADOS POR SANGUE E LÍGUIDOS CORPÓREOPrevenir acidente perfuro cortante: cuidado com o uso, manipulação, e descarte de agulhas, bisturis e outros materiais perfuro cortantes. Não retirar agulhas usadas das seringas, não dobrá-las e nunca reencapá-las. O descarte desses materiais deve ser feito em recipientes apropriados de acordo com a norma IPT NEA 55. O limite de preenchimento dos recipientes deve ser respeitado e o coletor prontamente substituído. 3)CUIDADOS NO MANUSEIO DE PACIENTES EM TRATAMENTO COM ANTINEOPLÁSICOS1.Usar avental e luvas ao manusear secreções e excretas de pacientes que recebeu ou receberam Q.T. nas últimas 48hs;2.Descartar fluídos (vômitos, diurese e fezes) em vaso sanitário, mantendo-o fechado e dando descarga ao menos duas vezes. Evite respingos e contaminação ambiental;
3.O manuseio de roupas de cama contaminada deve ser feito com luvas e avental. Embalar em saco plástico fechado e identificar como roupa contaminada antes de encaminhar a lavanderia
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN 570026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
NP 04
Emissão:Fevereiro: 2013
79
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia Revisão:
Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
PREVENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO PESSOAL COM QUIMIOTERAPIA
1. Manusear e administrar as drogas com mãos enluvadas;
2. Lavar as mãos antes e depois de usar luvas;
3. Usar avental fechados frontalmente com mangas e punhos ajustados, ao administrar
antineoplásicos. Máscara e óculos de proteção são opcionais durante a administração;
4. Quando for utilizado o injetor lateral do equipo de soro para aplicação de quimioterápicos,
protegê-los com lâminas de gazes embebidas em álcool a 70%, para evitar vazamento de
aerossóis e gotículas, mantendo a proteção até a retirada da agulha;
5. Utilizar lâmina de gazes ou saco plástico impermeável durante procedimento de retirada de ar
do equipo, a fim de evitar contaminação ambiental e pessoal;
6. Proteger as conexões dos coletores e dispositivos intravenosos com lâminas de gazes ou
algodão embebido em álcool 70% quando desconectá-las para aplicar drogas;
7. Descartar imediatamente avental e luvas contaminados;
8. Lavar exaustivamente com água e sabão a área da pele que entra em contato direto com a
droga. Não utilizar agentes germicidas
9. Se a área afetada for os olhos, irrigá-los com soro fisiológico durante cinco minutos;
10. O funcionário contaminado deve comunicar à sua chefia, e deverá ser encaminhado para
atendimento médico no Pronto Atendimento, seguir o protocolo para acidente de trabalho,
(conforme relatado no manual da CCIH). As exposições devem ser registradas em prontuário
médico do funcionário, de acordo com o protocolo da Medicinado Trabalho.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN: 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
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NP 05
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA A SEGURANÇA OCUPACIONAL E AMBIENTAL
Medidas de proteçãoEquipamentos de proteção individual (EPI) :
São aqueles utilizados junto ao corpo do profissional e incluem avental de baixa
permeabilidade com mangas longas, fechados nas costas e com punhos ajustados,
Luvas de procedimento com menor porosidade,
Óculos de proteção,
Máscara tipo respirador (uso obrigatório durante a manipulação em capela de fluxo
laminar).
Faculta-se o uso de proteção respiratória em sala de aplicação, pois toda droga é enviada
da farmácia em sistema fechado.
Segurança ocupacional
Manter programa de treinamento e reciclagem.
Gestantes e nutrizes devem ser informadas dos riscos e afastadas da manipulação e
administração de quimioterápicos.
O cumprimento das normas de segurança deve ser supervisionado pelo Enfermeiro.
Realização de exame médico periódico anual de todos os funcionários.
Ao receber as drogas citostáticas manipuladas pela farmácia, o profissional de
enfermagem deve certificar-se de que não há vazamento,
Verificar a identificação e proceder com a instalação do quimioterápico.
Em casos de vazamento de drogas do equipo ou do frasco, não abrir o sistema. Colocar o
material em uma bandeja e imediatamente reencaminhar à farmácia, que deverá fazer a
troca do material em capela de fluxo laminar.
Não são permitidos alimentos na área de manipulação de quimioterápicos.
81
NP 06
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
DESCARTE DE MATERIAIS /RESIDUOS TÓXICOS
Agulhas, dispositivos intravenosos, vidros e frascos com drogas citostáticas são desprezados em recipientes rígidos, previamente fechados e datados, que contém orifício com tampa de rosca.
Enquanto estão em uso, os recipientes ficam apoiados em suportes na parede. Ao desprezar o material, o profissional abre a tampa de rosca.
Quando ocupados até a linha demarcada na caixa (2/3 do espaço total), os recipientes são fechados com a tampa de rosca, portanto não serão mais utilizados.
Ao término de cada plantão, todos os recipientes com resíduos são retirados do setor, independentemente de preenchidos até a capacidade. Devendo cada plantão iniciar com os recipientes vazios e datados.
Os recipientes preenchidos são colocados no chão da sala de aplicação de quimioterápicos, em local onde não seja passagem das pessoas, até que o profissional da limpeza os retire do local;
O profissional da limpeza deve estar atento para a retirada imediata, devendo estar paramentado, colocando os recipientes em sacos laranja e desprezando-os no container que fica no expurgo;
Luvas, gazes, aventais, fluidos, secreções e frascos com drogas não citostáticas são desprezados em sacos plásticos laranja identificados como lixo tóxico.
Alimentos (consumidos exclusivamente pelas pacientes) são desprezados em sacos pretos de lixo comum. A retirada deste material é realizada pela equipe de coleta de lixo, devidamente paramentada conforme normas de biossegurança;
A retirada deste material é realizada pela equipe de coleta de lixo, devidamente paramentada conforme normas de biossegurança;
NP 07
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
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Normas gerais de biossegurança Janeiro, 2014
CUIDADOS: DERRAMAMENTO AMBIENTAL
Trata-se de vazamento de droga citostática no ambiente, por ocasião de acidente, como
rompimento de equipo ou quebra de frasco. Quando este problema ocorre, deve ser notificado e
imediatamente resolvido.
Ao entrar em contato com olhos ou pele, deve-se lavar o local com água em abundância e
preenche-se documentação (enfermeiro responsável) para o conhecimento da Medicina do
trabalho.
Roupas devem ser descartadas em recipiente próprio para descarte de drogas citostáticas,
ou lavadas com água e sabão em abundância.
A retirada do material derramado é realizada por funcionário da limpeza (Empresa
Transbraçal), devidamente treinado e paramentado conforme normas de biossegurança.
Cada setor (sala de aplicação e Farmácia) tem um kit para derramamento contendo os
seguintes materiais, conforme Resolução número 220/2004 - ANVISA:
01 avental descartável;
01 Frasco de 500ml contendo detergente líquido diluído dentro das normas de
preconização;
01 par de óculos de proteção
02 pares de luvas tamanhos Grande;
01 máscara de proteção respiratória;
02 pacotes de campos operatórios com 04 camadas cada.
Este material está armazenado em um recipiente de isopor para que proporcione proteção
contra agentes físicos e químicos, tais como: vibração, choque, luz solar, calor, frio extremo,
umidade em excesso ou agentes químicos agressivos.
O Kit é reposto após cada utilização e a data de validade dos materiais verificada
semanalmente, sendo trocado quando necessário.
NP 08
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
83
Normas gerais de biossegurança Janeiro, 2014
NORMAS RELATIVAS AO MANUSEIO DO PACIENTE EM TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• Lavar as mãos conforme técnicas da Comissão de Infecção Hospitalar.• Paramentar-se: vestir avental descartável, óculos de proteção e luvas de procedimento.• O uso de máscara é opcional, pois trabalhamos com sistema fechado.• Manipular conexões de equipo, utilizando gaze estéril embebida em álcool etílico a 70%, para evitar vazamento de aerossóis. • Desprezar todo o material utilizado para punção e resíduos em local apropriado.• Caso alguma área da pele entre em contato com a droga, lavar exaustivamente com água e sabão, caso seja nos olhos, irrigar durante cinco minutos com soro fisiológico.
• Preencher notificação de acidente de trabalho, conforme protocolo da medicina do trabalho.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN: 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
NP 09
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
ROTINA DE HIGIENIZAÇÃO DO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA
É de responsabilidade da equipe de enfermagem a limpeza de:
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- armários (internamente);
- balcão;
- bandejas e cubas;
- bombas de infusão de medicamentos;
- carrinho de emergência;
- carrinho utilizado para punção de port-a-cath, retirada de pontos, etc;
- carrinho de apoio aos quimioterápicos;
- criado- mudos;
- camas;
- macas;
- suportes de soro;
- poltronas;
- pias.
A limpeza concorrente é realizada após a desocupação das poltronas e a utilização dos
materiais (suportes de soro, bandejas, cubas). É feita com pano umedecido com álcool etílico
a 70%, deixando secar espontaneamente.
A limpeza terminal é realizada quando sai o paciente da cama e/ou maca, porém é feita pela
equipe de serviços de limpeza hospitalar.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
NP 10
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
ROTINA DE HIGIENIZAÇÃO DA SALA DE ADMINISTRAÇÃO DE ANTINEOPLASICO
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Carrinho de emergência: pano úmido com água e sabão, a cada sete dias, em todos os espaços internos e externos;
Carrinhos de procedimentos e de apoio de quimioterápicos, balcão e pias:pano úmido com álcool a 70%, uma vez ao dia e sempre que necessário;
Portas dos armários/criados: pano úmido com álcool a 70%,a cada 7 dias ou sempre que necessário;
Partes internas dos armários/criados: pano úmido com água e sabão,a cada 60 dias ou sempre que necessário, sendo todo o material retirado de seu interior;
Bomba de infusão: pano umidecido com água e sabão, uma vez ao dia ou sempre que necessário.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN: 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
NP 11
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro, 2014
ESTRUTURA ORGANIZACIONALNormas gerais de biossegurança
HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES NO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA
Rotina de higienização da sala 21(almoxarifado)
A cada 30 dias, todo o material é retirado e reorganizado pela equipe de enfermagem,
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sendo alimpeza terminal feito pela equipe de serviços de limpeza hospitalar.
Rotina de higienização dos consultórios
Cadeiras e mesas: pano umedecido com álcool a 70%, uma vez ao dia;
Portas dos armários: a cada 7 dias;
Partes internas dos armários: a cada 60 dias, sendo todo o material retirado e reorganizado.
Rotina de higienização da copa
Geladeira: a cada 15 dias, com pano úmido com água e sabão, interna e externamente;
Mesa: após a utilização, com papel para sujidades sólidas e água e sabão em seguida;
Forno de microondas: após a utilização em caso de sujidades visíveis, ou a cada 15 dias, com pano umedecido com água e sabão, interna e externamente.
Cadeiras: a cada 7 dias ou quando necessário.
A higienização de paredes, teto, chão e partes externas de armários, é de responsabilidade da equipe de serviçosde limpeza hospitalar – Transbraçal.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Lucelma Maria da Silva COREN: 57026
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
TE 01
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS
Via oral – é a administração de antineoplásico pela cavidade oral Via intramuscular – é a administração de antineoplásico pelo músculo Via subcutânea – é a administração de antineoplásicos no tecido subcutâneo Via intravenosa – é a administração de antineoplásico no vaso sanguíneo Via intratecal (IT) – é a administração de antineoplásico no líquido cefalorraquidiano
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Via intra-arterial – administração de antineoplásico através da artéria Via intrapleural – administração de antineoplásico no espaço intrapleural Via intraperitoneal – administração de antineoplásico na cavidade intraperitoneal Via intravesical – instilação de medicamento diretamente na bexiga Via tópica – administração de antineoplásicos diretamente na pele.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
TE 02
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
Protocolos de administração de antineoplásicos– classificação pela ordem de administração e tempo de infusão
1º MTX - 10’ 2º 5 – FU – 15’
1º Doxorrubicina – 10’ 2º Paclitaxel - **
1º Etoposide – 60’2º Ifosfamida – 2h3º Carbo – 30’-60’
1º 5-FU – 24h2º Cisplatina - *
1º Docetaxel – 60’2º Ifosfamida – 120’
1º 1º Trastu – 30’2º Paclitaxel - **
1º Bleomicina – 10’2º Etoposide – 60’3º Cisplatina - *
1º Paclitaxel - **2º Ifosfamida- 120’3º Cisplatina - *
1º Paclitaxel - **2º Gemcitabina – 30’
1º MTX – 10’2º CTX – 20’3º5FU – 15’
1º Doxo – 10’2º CTX – 20’3º Paclitaxel - **
1º Vinorelbina – 10’2º Gemcitabina – 30’3º Zometa – 15’
88
1º Cisplatina -*2º Gemcitabina – 30’
1º Etoposide – 30’-60’2º Cisplatina - *
1º Paclitaxel - **2º Cisplatina - *
1º Doxo – 10’2º CTX – 20’
1º Docetaxel – 60’2º Cisplatina - *
1º Doxo – 10’2º CTX – 20’3º 5-FU – 15’
*doses de até 49mg em 1hdoses entre 50 e 59mg em 90’doses acima de 60mg em 2h
**doses até 100mg em 1hdoses maiores que 100mg em 3h
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
TE 02
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data:Janeiro 2014
Protocolos de administração de antineoplásicos – classificação pela ordem de administração e tempo de infusão (continuação).
Importante:
Entre a infusão de uma droga e outra, lavar o acesso vascular com aproximadamente 20ml de solução
fisiológica a 0,9%.
Após infusão de Zometa – 100 ml a fim de hidratação.
Após infusão de gemcitabina – 20 ml (em bolus), por ser irritante.
Após infusão de vinorelbina – 100 ml (correr aberto), por ser vesicante.
Para todos os protocolos é necessária a administração das medicações (pré-QT):ondansetron,
dexametasona e ranitidina em soro fisiológico antes de instalação dos quimioterápicos.
Antes dos Taxanos é necessário que se administre também um anti-histamínico (prometazina).
Não há necessidade de pré-QT para as medicações: Trastuzumabe e Zometa.
A medicação Fulvestranto (Faslodex) é administrada lentamente por via intramuscular, com a paciente
89
deitada em decúbito ventral, devendo permanecer por 10’ na mesma posição após a aplicação, a fim de
evitar mal estar.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Dr. Roberto Hegg CRM 21824 Data: 08/02/2013
TE 03
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data: Janeiro, 2014
Rotina de Enfermagem durante a administração de quimioterápicos endovenosos
Após a consulta de enfermagem, a paciente é encaminhada à sala de aplicação com seu cartão de identificação e as prescrições médica (duas vias) e de enfermagem.
Quando a paciente possui cateter implantado (port-a-cath), a punção é realizada apenas por enfermeiro.
Técnico de enfermagem realizam procedimentos sob a supervisão do enfermeiro.
AGENTE PROCEDIMENTO
ENFERMEIROS
E
AUXILIARES
Identificar-se.
Acomodar a paciente.
Verificar membro a ser puncionado (oposto à mastectomia, quando
houver), através da anotação do enfermeiro feita na consulta e
confirmação da paciente.
Verificar sinais vitais e glicemia capilar (se paciente diabética), no
90
DE
ENFERMAGEM
E
TÉCNICOS
DE
ENFERMAGEM
ENFERMEIROS
E
AUXILIARES
DE
ENFERMAGEM
E
TÉCNICOS
DE
ENFERMAGEM
membro oposto à mastectomia ou membros inferiores, quando
mastectomia bilateral.
Verificar tipo de droga – vesicantes são infundidas antes das irritantes.
Oferecer informações sobre possíveis reações alérgicas locais ou
sistêmicas.
Considerar capacidade de compreensão da paciente.
Anotar cada procedimento realizado, como membro puncionado,
infusão interrompida para paciente ir ao banheiro, entre outros.
Encaminhar prescrição à farmácia para a manipulação.
Ao receber medicações da farmácia, confirmar nome da paciente,
número do prontuário, nome da droga, dose e ordem de infusão.
Confirmar dados da paciente através do cartão de identificação e
pulseira.
Valorizar queixas de dor, queimação, formigamento, tosse, rubor facial,
dispnéia, entre outras reações.
Na vigência de reações adversas, instituir as medidas apropriadas
com habilidade e rapidez. Exemplo: reação com docetaxel e
paclitaxel – interromper imediatamente a infusão, hidratar a
paciente, verificar SSVV, oferecer suporte de oxigênio, após
melhora do quadro clínico, instalar novamente a medicação e, caso
ocorra novamente, interromper e encaminhá- la ao pronto
atendimento, anotando evento em prontuário; reação com
Adriamicina e carboplatina: interromper a infusão não
reinstalando, anotar e encaminhar ao médico responsável; reação
com Ciclofosfamida: hidratar e aguardar melhora para reinstalar a
medicação.
Ao término da infusão das drogas, observar estado geral da paciente,
sacar agulha ou dispositivo intravenoso, desprezando-os conforme
normas de segurança, realizar curativo compressivo, orientando manter
membro elevado por 5 minutos;
Instalar medicações pré QT – protetor gástrico, antiemético, corticoide.
Administrar anti-histamínico (fernegam) por via oral ou intramuscular
que deve estar prescrito antes da administração de Taxanos.
Instalar quimioterápicos conforme a ordem estabelecida por protocolo.
Após a administração de cada droga, lavar acesso vascular (periférico ou
91
central) com 20ml de soro fisiológico a 0,9%, aumentando a proteção do
endotélio vascular.
Caso suspeite de extravasamento, interrompa imediatamente a infusão e
proceda conforme protocolo para extravasamento.
Administrar 100ml de SF0,9%após infusão de vinorelbina(navelbine),
etoposide e 20ml(bolus) após gencitabina.
Evitar dobras no equipo;
Quando a paciente for ao banheiro, orientá-la para que mantenha
membro abaixo do nível da cintura, para evitar refluxo sanguíneo
durante o transporte, mantendo o gotejamento de SORO
FISIOLÓGICO.
Entregar cartão de identificação à paciente;
Realizar anotação;
Guardar prescrições em prontuário;
Encaminhar paciente à saída do ambulatório, com acompanhante.
Utilizar equipamento de proteção individual em todos os procedimentos;
Desprezar todo o material utilizado em recipientes preconizados pela
Vigilância Sanitária (VISA).
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
92
TE 04
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 003
Data: Janeiro, 2014ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CUIDADOS DE ENFERMAGEM ESPECÍFICOS PARA A PACIENTE MASTECTOMIZADA
• Não verificar pressão arterial na extremidade afetada, quando realizado esvaziamento ganglionar;
• Não realizar punção venosa periférica, nem para coleta de sangue, no braço do lado afetado;
• Não realizar teste de glicemia capilar do lado afetado;
• Encorajar a participação em grupos de apoio e fisioterapia;
• Avaliar constantemente quanto à presença de dor, eritema ou edema. Encaminhando para médico oncologista ou cirurgião vascular quando necessário.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
93
TE 05Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 002Data:Janeiro 2014PROTOCOLO DE CONDUTAS NO EXTRAVASAMENTO DE
QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS
Medicamento Descrição Tratamento Local
Ciclofosfamida (CTX, COM, CYT, Cyclo)
Nome comercial: Genuxal
Irritante
Compressa fria durante 15 minutos, imediatamente após
Ifosfamida (IFO, IFEX, Isofosfamida)
Nome comercial: Holoxane
Ação irritante, provoca dor e queimação, principalmente quando administrada rapidamente e/ou concentrada.
Carboplatina (JM-8, CBDCA)
Nome comercial: Platamine
Irritante
94
extravasamento e aplicação tópica de acetato de dexametasona a 1%. Repetir as compressas frias a cada 8 horas nas próximas 24 horas e aplicação de acetato de dexametasona a 1% a cada 8 horas por 7 dias consecutivos.
Cisplatina (CDDP, DDP, Cis-diaminodicloroplatinum, Cis-diclorodiaminoplatinum, Cis-Platinum)
Nome comercial: Fauldcispla
Irritante
Doxorrubicina (ADRIA, ADR, Doxo, Hidroxildaunorrubicina)
Nome comercial: Adriblastina
Vesicante
Epirrubicina (4’EPI- doxorrubicina, EPI, Pidorubicina)
Nome comercial:Farmorrubicina
Vesicante
Doxorrubicinalipossomal (ADRIA LIPO, ADR LIPO, DOX LIPO, PLD)
Nome comercial: Caelyx
Irritante
Compressa fria durante 15 minutos, imediatamente após extravasamento e aplicação tópica de acetato dedexametasona a 1%. Repetir as compressas frias a cada 8 horas nas próximas 24 horas e aplicação de acetato dedexametasona a 1% a cada 8 horas por 7 dias consecutivos.
Docetaxel (RP56976)
Nome comercial: Taxotere
Irritante, embora possível extravasamento tipo vesicante tenha sido relatado.
Paclitaxel
Nome comercial: Taxol
Vesicante fraco
Gencitabina (cloridrato de gencitabina, difluorodeoxicitidina, 2’,2’-difluorodeoxicitidina, dFdc)
Nome comercial: Gemzar.
Irritante
Metotrexato (MTX, Ametopterina, Metotrexato sódico)
Nome comercial: Metotrex
Irritante
Bleomicina (BLEO, BLE, BLM2)
Nome comercial: Blenoxane
Irritante
95
Fluorouracila (5-fluorouracila, 5-FU)
Nome comercial: Fluoro-Uracil, Efurix
Irritante
Etoposideo (VP-16, Epipodofilotoxina)
Nome comercial: Vepeside
Irritante Compressa quente durante 15 minutos, imediatamente após o extravasamento e aplicação tópica de acetato de dexametasona a 1%. Compressas frias a cada 8 horas nas próximas 24 horas e aplicação de acetato de dexametasona a cada 24 horas por sete dias consecutivos.
Vinorelbina (Diidroxideoxinorvincaleucoblastina, NVB, Tartarato de vinorelbina)
Nome comercial: Navelbine
Vesicante
Observação importante: Após registro do evento adverso a paciente deve ser orientada a retornar ao serviço de quimioterapia no 7º dia, para avaliação clínica pelo enfermeiro e encaminhamento ao médico caso necessário. Em caso de dor ou sintomas cutâneos como hiperemia, escurecimento ou enrijecimento, orienta-se a paciente a retornar o quanto antes possível.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Dr. Roberto Hegg CRM 21824 Data: 08/02/2013
96
TE 06
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 004
Data:Janeiro, 2014ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
PROTOCOLO PARA MANUSEIO DODISPOSITIVO DE ACESSO VENOSO DE LONGA PERMANÊNCIA
NORMA:
Este dispositivo deve ser manipulado por Enfermeiro treinado para evitar complicações
como: infecção ou obstrução, por manuseio inadequado.
OBS:
A punção é realizada somente por profissional enfermeiro ou médico e pode ocorrer no
mesmo dia em que foi implantado.
Troca de agulha deve ocorrer a cada sete dias em caso de pacientes internados.
Os cateteres totalmente implantados, ou, como são conhecidos em nosso meio. Os Ports
ou Porth-a-caths são dispositivos de borracha siliconizada cuja extremidade distal se
acopla a uma câmera puncionável, que deve permanecer sob a pele, embutida em uma
loja no tecido subcutâneo da região torácica, sobre uma protuberância óssea.
O local de escolha a ser implantado é em região torácica ou inguinal. O implante é
realizado em centro cirúrgico pelo cirurgião vascular, sendo um procedimento que não
exige internação.
97
O acesso a esse tipo de cateter é feito através de punção da pele sobre a câmera
puncionável ou reservatório, constituído, em geral, de aço inoxidável (menos indicado),
Titânio ou plástico e borracha de silicone puncionável em sua parte superior.
A agulha utilizada para punção deve ser do tipo Huber point. Segundo o fabricante, este
tipo de agulha proporciona menor traumatismo à membrana de silicone, permitindo um
número maior de punções (em média, 1.000 punções com agulha calibre 19 e 2.000
punções com agulha 22).
Em nosso serviço, utilizamos agulha Huber somente para as pacientes que recebem
quimioterapia e para coletas de sangue quando necessário. Já para a manutenção do
Porth-a-cath que é realizada mensalmente após término do tratamento, utilizamos scalp
número 23.
INFUSÃO DE HEMODERIVADOS ATRAVÉS DE PORT-A-CATH
Para garantir a permeabilidade do cateter, faz-se necessária a infusão de 10 ml de SF 0,9% a cada 30 minutos e a avaliação constante do gotejamento do hemoderivado.
A técnica de punção é a mesma utilizada para quimioterápicos, bem como a lavagem e administração de heparina em casos de retirada da agulha.
Importante: Em pacientes internadas, a agulha deve ser trocada a cada sete dias e não há necessidade de administrar solução de heparina para a troca, desde que nova agulha seja inserida imediatamente. Toda a técnica de punção aqui descrita deve ser utilizada. O curativo dever ser datado e protegido durante o banho.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
98
TE 07
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 004
Data:Janeiro, 2014
PUNÇÃO DE CATETER CENTRAL DE LONGA PERMANÊNCIA
OBSERVAÇÕES:
Em ambiente que preserve a privacidade da paciente,
Posicionar o paciente conforme local de implante e caso seja em região inguinal, a paciente deverá ficar deitada.
Neste ambiente não deve ser permitida a entrada e circulação de pessoas durante o procedimento.
A paciente deve ser orientada a permanecer com o rosto virado ao lado oposto ao da punção e evitar falar ou tossir, a fim de prevenir contaminação.
A técnica utilizada na punção para infusão de quimioterápicos é a mesma utilizada para a manutenção (limpeza) do cateter. O que diferencia é o tipo de agulha.
Para pacientes que irão receber infusão de medicações, puncionar com agulha tipo Huber e para a manutenção, puncionar com scalp 23 por ter menor custo e tornar o procedimento menos dolorido.
MATERIAL:
Máscara;
Luva estéril;
Gaze estéril – 1 pacote;
Álcool etílico a 70% para desinfecção dos frascos, durante a aspiração da solução fisiológica
99
e heparina;
Clorexedina a 2%;
Seringa de 10 ml, contendo 5 ml de soro fisiológico a 0,9%(SF0,9%) – utilizada para aspirar
conteúdo do cateter logo após a punção;
Seringa de 20 ml, preenchida com soro fisiológico – utilizada para lavar o cateter;
Agulha tipo Huber (quimioterapia), ou dispositivo endovenoso – scalp (limpeza do port-a-
cath);
Filme transparente para manter fixado o cateter durante a infusão dos medicamentos;
Frasco de soro fisiológico – utilizado para manter a permeabilidade do cateter enquanto
ocorre a manipulação dos medicamentos.
Seringa de 10 ml, contendo 5 ml de solução de heparina (ver preparo da solução de heparina
a seguir).
Preparo da solução de heparina
Em seringa de 10 ml, aspirar 9,8ml de SF0, 9% e acrescentar 0,2ml de heparina (aspirada de
frasco contendo 5000u/ml);
Utilizar metade desta solução (05 ml) para heparinizar o cateter.
Importante: a quantidade de heparina a ser infundida no cateter é de 500 unidades.
AGENTE PROCEDIMENTO
ENFERMEIRO
Lavar as mãos;
Preparar o material utilizando técnica asséptica;
Colocar máscara;
Fazer a inspeção;
Calçar luvas estéreis;
Com gaze embebida em clorexedina a 2%, realizar a antissepsia
através de movimentos circulares de dentro para fora, evitando
tocaras mãos enluvadas em local contaminado;
Preencher a extensão da agulha tipo Huber (infusão de
quimioterápicos) ou de scalp 23 (limpeza do cateter) com SF 0,9% e
manter a seringa conectada;
Segurar a agulha com a mão dominante e com a outra mão, segurar
com firmeza o cateter;
Introduzir a agulha em um ângulo de 90 graus;
Realizar aspiração do conteúdo do cateter – 3-5 ml e desprezar;
100
Trocar a seringa pela de 20 ml contendo SF 0,9% e lavar o cateter;
Instalar frasco contendo SF0. 9% para manter a permeabilidade do
cateter (se for receber medicações) ou solução de heparina (se for
apenas limpeza);
Realizar curativo de fixação;
Após desprezar os materiais, lavagem das mãos e anotação,
encaminhar a prescrição à farmácia para o início da manipulação das
drogas (em casos de infusão de quimioterápicos) ou agendar o
retorno da paciente (em casos de limpeza do cateter);
Após término da infusão de quimioterápicos, calçar luvas de
procedimento, lavar novamente com 20 ml de SF 0,9% e administrar
a solução de heparina.
Para retirar a agulha: segurar com firmeza a câmara do cateter e com
a mão dominante tracionar a agulha delicadamente, desprezando-a
em local apropriado imediatamente;
Realizar pequeno curativo, apenas para proteger a pele no local
puncionado. Após a retirada da agulha, há uma aderência completa
do silicone do cateter.
Desprezar material, limpar móvel de apoio e bandeja utilizando
álcool etílico a 70%, desprezar as luvas e lavar as mãos, após cada
procedimento.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
101
TE 08
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 004
Data:Janeiro, 2014
MANUTENÇÃO DO CATETER CENTRAL DE CURTA PERMANÊNCIA (DUPLO LÚMEN).
Existem casos de pacientes em que não houve a possibilidade de implante de port-a-
cath, devido problemas anatômicos, ou por ser necessária a retirada do dispositivo de
longa duração devido infecção ou rejeição.
Sendo assim, pacientes sem condições de punção venosa periférica são submetidas a
implante de cateter de curta permanência.
Em nosso serviço o mais utilizado nestes casos é o cateter duplo lúmen.
A manutenção deste cateter deve ser realizada a cada quinze dias e/ou quando a
paciente receber quimioterápicos.
MATERIAL:
Máscara; Luvas de procedimento; Gaze estéril; Álcool etílico a 70%; 02 seringas de 10 ml, contendo 05 ml de soro fisiológico a 0,9% - para aspiração das
vias; 02 seringas de 10 ml contendo soro fisiológico (SF) a 0,9% - para lavar as vias; Solução de heparina na proporção de 01 ml de heparina para 09 ml de SF 0,9%;
AGENTE PROCEDIMENTO
ENFERMEIRO
Lavar as mãos;Colocar máscara;Preparar o material;Limpar a conexão com álcool;Preservar a tampa da conexão em local estéril (gaze);Aspirar conteúdo do cateter, avaliar aspecto, desprezar;Lavar a via com 10 ml de SF;Administrar 03 ml de solução de Heparina;Fechar conexão;
102
Proceder da mesma forma na outra via.
Caso não haja refluxo ou possibilidade de infusão, não insistir. Utilizar a outra via. Caso não haja na outra via, encaminhar para avaliação do cirurgião vascular.
TE:09
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Setor: Ambulatório de Quimioterapia
Revisão: Nº 004
Data: Janeiro 2014ESCOLHA DO LOCAL PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA
RESPONSÁVEL: Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem. Evitar infundir quimioterápicos em veia puncionada a mais de 24 horas; Não puncionar em membros: edemaciados; submetidos à radiação; correspondentes à
mastectomia, especialmente quando houve esvaziamento axilar; com lesões; com distúrbios motores e/ou sensoriais;
Não proceder mais de três tentativas no mesmo dia; Escolher as veias em local em que não ofereça riscos de lesão de nervos, tendões ou
articulações, a fim de causar menor prejuízo anatômico e funcional em casos de extravasamento;
Não puncionar, portanto, em punho ou fossa cubital; Não puncionar veias rígidas e endurecidas; Após a punção, realizar fixação segura, sem excessos de adesivo para facilitar a
visibilidade da área.o Drogas vesicantes
São aquelas que causam irritação severa acompanhada de formação de vesícula e destruição tecidual quando fora do vaso sanguíneo.
o Drogas irritantes São aquelas que provocam reações cutâneas menos intensas quando extravasadas. Porém,
podem causar dor, queimação e reação inflamatória, no local da punção e ao longo da veia.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 4587 Data: 08/02/2013
RESPONSÁVEIS:Médico, Enfermeiro, Técnicos e auxiliares de Enfermagem, Fisioterapeuta;OBJETIVOS:
103
Auxiliar no processo de identificação e atendimento da Parada Cardiorrespiratória (PCR).
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Carro de emergência;Desfibrilador;Aparelho de Eletrocardiograma;Bandeja com material para intubação;
PRÉ-EXECUÇÃOReconhecimento da Parada Cardiorrespiratória.
AÇÕES EM CASO DE NÃO CONFORMIDADE:
Diagnóstico errôneo da PCR: interromper processo e reavaliar;
Ventilação ineficaz: avaliar abertura de vias aéreas, posicionamento da máscara facial do AMBU,
aguardar expansão completa do AMBU antes de iniciar nova ventilação:
Manobras de compressão ineficaz: verificar presença de superfície rígida sob o paciente, checar
técnica correta de compressão torácica, realizar a troca do profissional a cada dois minutos ou em
caso de fadiga;
Erros na distribuição das tarefas: o enfermeiro deverá rever a distribuição de tarefas e cada membro
da equipe deve ser responsável por cumprir as tarefas determinadas:
Erros na administração de medicamentos: comunicar o médico/enfermeiro, checar se as medicações
estão adequadamente identificadas;
Erros de comunicação: validar as solicitações antes de realizá-las (confirmando verbalmente).
TE 10
Emissão:Fevereiro: 2013
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia Revisão:
Nº 002
Data:Janeiro, 2014
TÉCNICA DE ATENDIMENTO À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
104
TE 10
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE ATENDIMENTO À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
EXECUÇÃO
Agente Posicionamento Procedimento
Profissional presente no momento da entrada do paciente
1º O profissional de saúde deve verificar rapidamente se não
há respiração ou se a mesma é anormal (gasp agonic) e
verificar rapidamente se há presença de pulso (não mais de 10
segundos).
2º Acionar a equipe/Médico;
3º Providenciar o carro de emergência.
Técnico/ Auxiliar 1
Lado direito
1º. C: circulação: O socorrista deve iniciar as compressões
torácicas antes de aplicar ventilações de resgate. Iniciar a
RCP com 30 compressões (5 cm de profundidade), sobre
superfície rígida, em decúbito dorsal, manter ciclo de no
mínimo 100 compressões por minuto.
Enfermeiro Cabeceira
1º. A: Abertura de vias aéreas;
2º. B: Ventilação 2 ventilações de emergência com Air Mask
Bag Unit (AMBU) mantendo fluxo de oxigênio a 15l/minuto;
com elevação visível do tórax, se respiração ausente ou
ineficaz; solicitar ajuda para manter posicionamento
adequado da máscara facial;
3º Manter ciclos de 30 compressões para 2 ventilações até
orientações médica e checar a presença de pulso carotídeo a
cada 5 ciclos de ressuscitação.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
105
TE 10
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro. 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE ATENDIMENTO À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Técnico
ou
Auxiliar 2
Lado
esquerdo
1º. Instala monitorização cardíaca;
2º. Ligar e preparar o desfibrilador;
3º. Puncionar o acesso venoso, preferencial em fossa ante cubital e
manter acesso pérvio;
4º. Coleta sangue para exames laboratoriais, se possível.
Técnico
Auxiliar 3
1º. Preparar material para intubação traqueal;
2º. Atender às solicitação da equipe.
O enfermeiro desempenha o papel de líder da equipe, distribuindo adequadamente as tarefas,
coordenando a equipe e providenciando materiais e recursos necessários.
AVALIAÇÃO:
Avaliar a efetividade das manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RPC);
Manter o paciente sob vigilância constante;
Comunicar ao médico qualquer alteração no quadro clinico.
PÓS-EXECUÇÃO:
Providenciar materiais e equipamentos necessários para a transferência do paciente;
Realizar anotações de enfermagem: data, Hora da detecção da não responsividade, sinais e sintomas,
manobras realizadas, respostas do paciente, procedimentos executados, encaminhamentos realizados;
Repor carro de emergência (conforme protocolo);
Deixar a unidade em ordem;
Desprezar materiais adequadamente (expurgo e perfuro-cortante);
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
106
TE 11
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL PARA USO DURANTE O ATENDIMENTO DE INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
NORMA: O material deve ser colocado em uma mesa tipo anestesia, ao lado esquerdo da cabeceira,
da seguinte forma:
Sobre o tampo superior:
- Dois jogos completos de laringoscópios (cabos mantidos com as pilhas e lâminas testadas a
cada plantão); com as lâminas curvas, de número 3, parcialmente articuladas;
- Cadarço ou fixador de cânula com velcro;
- Cânula de Guedel;
- Reanimador manual, “ambú”, máscara e reservatório de ar;
- Dois pares de luvas cirúrgicas;- Xilocaína gel;- Xilocaína “spray”;- Manguil;- Seringas de 10 e 20CC; Sobre o tampo inferior:
- óculos de acrílico, reanimador manual com reservatório de ar, “ambú” e máscara (material de
reserva);
- Frasco com água destilada para os umidificadores;
- Frasco com água esterilizada para o nebulizador do respirador;
- Compressas cirúrgicas.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
107
TE 12
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
DEFINIÇÃO:
A Intubação Endotraqueal (ET) envolve a inserção oral ou nasal de um tubo flexível através da
laringe e até o interior da traquéia.
FINALIDADES:
-Controle da via respiratória e ventilação mecânica do paciente.
EXECUÇÃO:
Realizada pelo médico, comumente a intubação Endotraqueal ocorre em situação de emergências.
VANTAGENS DO PROCEDIMENTO:
-Estabelece e mantém pérvia a via respiratória,
-Isola a traquéia do trato digestivo,
-Possibilita uma operação brônquica mais efetiva e,
-Proporciona uma via para ventilação mecânica.
DESVANTAGENS:
-Diminui as defesas respiratórias normais contra infecções,
-Reduz a eficácia da tosse e,
-Impede a comunicação verbal.
OBSERVAÇÕES:
• O painel para gases e aspiração deve estar montados segundo o esquema:• Com frasco nebulizador e extensão para oxigênio;• Sistemas para aspiração (inclusive a sonda) montados e testados prontos para uso;• Respirador e desfibrilador/monitor cardíaco, próximo a cabeceira, de maneira lateralizada à
direita;O respirador é mantido com os acessórios, tendo a extremidade do circuito-paciente protegida, e o
nebulizador, sem água. Esta só será acrescentada no momento da instalação (quando cessarem as
manobras manuais de reanimação cardiopulmonar).
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
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TE 13
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
DISTRIBUIÇÃO E FUNÇÃO DA EQUIPE DURANTE O ATENDIMENTO DA PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
A. Cabeceira do Paciente.
OBSERVAÇÃO: os membros da equipe postados à cabeceira do paciente compartilham ações
para proverem uma via aérea livres e uma ventilação pulmonar efetiva (manual enquanto dura o processo
de ressuscitação); alternam-se na ventilação e comandam as praticas de atendimento.
Agente Procedimento
MÉDICO
ENFERMEIRO
FISIOTERAPEUTA
Ventilação do paciente com “ambú” e máscara (já conectado à fonte de oxigênio),
enquanto se apresenta o material para intubação endotraqueal.
B. Tórax do Paciente.
MÉDICO
- medico que se incumbe da massagem cardíaca externa ocupa o lado esquerdo da
maca de atendimento na região do tórax. Acompanha o efeito da compressão sobre
o externo, na massagem, através do traçado registrado na tela do monitor cardíaco.
-na indicação de desfibrilação: posicionará as pás condutora, que lhe são
apresentados já com a pasta eletrolítica, e as acionará.
ENFERMEIRO TÉCNICO
DE ENFERMAGEM
AUXILIARDE
ENFERMAGEM
-Localiza-se nessa área para as tarefas que acompanham o período de reanimação;
- O material utilizado na primeira fase do atendimento está disposto nas mesas
auxiliares ao lado da cama.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
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TE 14
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ATENDIMENTO NA INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
C. membros superiores e abdome do paciente
C. Material para punção Venosa:
- Bandeja com material para as punções venosas e para a fixação do dispositivo usado nas mesmas;- Aparelho de pressão, estetoscópio e antissépticos básicos.
Na mesa distal:
Tampo superior:- Livre (para receber o material)
Tampo inferior: - Material para passagem de acesso venoso central;- Material para drenagem de Tórax;- Pacotes com campos cirúrgicos;- Pacotes com aventais cirúrgicos esterilizados;- Pacotes com compressas cirúrgicos. Durante o atendimento a mesa de Mayo é aproximada do profissional desta área para receber:- Soluções endovenosas (já preparadas com os equipo);- Medicamentos parenterais já preparados;- O profissional efetiva as prescrições médicas (sempre verbais), e as controla, repetindo-as a cada
administração, em voz audível; Deve-se estar alerta a cada administração de droga, a fim de solicitar que seja interrompida
momentaneamente a massagem cardíaca (compressão sobre o esterno), para que não haja obstáculo à entrada do medicamento na circulação (com a compressão do coração há ejeção do sangue às circulações sistêmica e pulmonar).
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
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TE 14
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ATENDIMENTO NA INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
AGENTE PROCEDIMENTOD. E. Área de preparo de medicação e circulação
ENFERMEIRO
TÉCNICO
DE
ENFERMAGEM
AUXILIAR
DE
ENFERMAGEM
Quem atua nessa área tem um papel importante:
- Preparar em tempo hábil, toda a medicação que eventualmente será utilizada pelo paciente e fornece todo o material solicitado pela equipe.
- Colocar a medicação preparada devidamente identificada sobre a mesa de Mayo;
- Repor, automaticamente a medicação utilizada;- Aproximar os equipamentos, solicitados;- Instalar a terapêutica definitiva;- Fazer o controle do tempo gasto no processo de reanimação
cardiopulmonar;- Atentar para não desprezar os “cascos” das medicações utilizadas, para
posterior controle;
ATENÇÃO
Após estabilização das condutas e do quadro do paciente:
- Anotar todos os procedimentos e cuidados realizados;- Fazer reposição da sala;- Colocar a sala em ordem;- Transferir o paciente para a UTI com acompanhamento de parte da equipe
que o assistiu.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
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TE 14
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ATENDIMENTO NA INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
AGENTE PROCEDIMENTO
MÉDICO
Prescreve um sedativo verbalmente, durante o período de reanimação; Após o término da intubação prescreve todo o medicamento utilizado.
ENFERMEIROTÉCNICO
DEENFERMAGEM
OU AUXILIAR
DE ENFERMAGEM
Administra um sedativo, para indução de amnésia ou analgesia e ajuda acalmar e relaxar o paciente consciente;
Retira dentaduras e pontes, caso existam; Coloca o paciente em posição supina de modo que a boca e a faringe
fiquem estendidas.
MÉDICOENFERMEIRO
FISIOTERAPEUTA
Hiperventilar com 100% de oxigênio, com ambú, antes da tentativa de inserção do tubo endotraqueal, para evitar hipóxia.
MÉDICO Calçar as luvas; Aplica anestésico local em forma de aerossol, profundamente na faringe
posterior, para diminuir o reflexo do vômito e reduzir o desconforto;MÉDICO
ENFERMEIROAUXILIAR
OU TÉCNICO
DE ENFERMAGEM
FISIOTERAPEUTA
Aspirar a faringe do paciente imediatamente antes da inserção do tubo endotraqueal, (caso necessite) para melhorar a visualização da faringe e das cordas vocais.
ENFERMEIROFISIOTERAPEUTA
Controle com o médico o tempo de cada tentativa de intubação, atentando para as tentativas que não devem ultrapassar 30s, para evitar a ocorrência de hipóxia.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
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TE 14
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ATENDIMENTO NA INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
OBSERVAÇÃO:
Havendo necessidade, Hiperventilar o paciente entre uma tentativa e outra.
Logo após a intubação endotraqueal, o paciente recebe uma sonda
nasogástrica, para a prevenção de vômitos e aspiração de material digestivo
para os pulmões.
MÉDICO
ENFERMEIRO
FISIOTERAPEUTA
DEPOIS DA INTUBAÇÃO:
Providenciar RX para verificação da posição do tubo;
Posicionar o paciente com a cabeça em uma posição confortável, para evitar que o
tubo se dobre e ocorra obstrução da via respiratória.
Posicionar o tubo endotraqueal de modo a evitar pressão excessiva nos lados da
boca;
Aspirar secreções através do tubo endotraqueal (conforme indicado pelo estado do
paciente), para prevenir a formação de tampão mucoso que pode obstruir o tubo.
Quando o êxito no atendimento é letal, cabe à equipe de enfermagem fazer os preparativos finais
no cuidado com o corpo.
Se o médico decidir em encaminhar o corpo para SVO, este deve fazer um relatório e entregar à
família, e o corpo deve ser identificado, sem tamponamento.
Orientar à família para ir até o setor de internação para receber as orientações e dar
prosseguimento ao registro do óbito.
Depois da retirada do paciente da sala de emergência:
Fazer a limpeza terminal;
Reorganizar a sala, para manter em condições de uso.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Jeane Rodrigues Tagliaferro (fisioterapeuta). Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910
Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data: 27/02/2013
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TE 15
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE COLETA DE SANGUE
DEFINIÇÃO: é a coleta de sangue venoso para exames laboratoriais.
OBJETIVO: auxiliar no diagnóstico e na avaliação terapêutica.
ATENÇÃO: Para viabilizar o atendimento ao paciente, e detectar possíveis erros de coleta: Os
exames devem ser identificados com nome e COREN de quem os coletou.
OBSERVAÇÕES:
Nunca coletar uma amostra venosa a partir de um braço que já esteja sendo empregada uma
terapia IV ou administração de sangue, porque isso pode afetar os resultados do exame.
Nunca colete amostra venosa a partir de um sitio de infecção, porque isso pode introduzir
Patógenos dentro do sistema vascular.
Nunca coletar sangue a partir de áreas edemaciadas, derivações arteriovenosas e sítios de
hematomas ou lesões prévias.
Se o paciente apresentar veias calibrosas, distendidas e nitidamente visíveis, realizar a punção
sem garrote, de modo a minimizar o risco de formação de hematoma.
Nunca utilizar veias das pernas do paciente para a punção venosa, porque aumenta o
risco de tromboflebite.
Na escolha da veia para punção, procurar locais isentos de feridas, queimaduras e
traumatismos.
Não bater com os dedos para que a veia apareça. Pedir que o paciente abaixe a mão ou braço.
Na escolha da veia, para evitar movimentos, puncioná-la na bifurcação. Se o bisel da agulha
não penetrou na veia, introduzi-lo mais, e se não refluir sangue, puncionar outra veia.
Se agulha transfixar a veia, retrocedê-la para que penetre na luz do vaso. A pele do paciente
deve estar aquecida. Se estiver muito fria, não tentar punção venosa sem antes aquecê-la com
água morna ou compressas quente promovendo a dilatação da veia. Quando as veias colabam,
retirar o garrote e recolocá-lo novamente.
Quando a área escolhida para a punção for a região anticubital (flexura) do braço, proceder à
compressão com algodão no lugar da punção; jamais solicitar que o cliente dobre o braço
114
(após a retirada da agulha).
Se utilizar tubos a vácuo, colocar a agulha no suporte; empurrar o tubo no suporte, tão logo a
agulha seja introduzida na veia. Quando o estiver cheio, removê-lo e inserir outro tubo no
suporte.
MATERIAIS:
Bandeja contendo:
Seringa com agulha ou tubos a vácuo;
Luvas de procedimentos;
Algodão;
Clorexidina alcoólico;
Requisição do exame;
Saco plástico para resíduo;
Fita adesiva ou bandagem adesiva;
Papel toalha.
AGENTE PROCEDIMENTO
ENFERMEIRO
AUXILIAR
DE ENFERMAGEM
TECNICO
DE ENFERMAGEM
1. Realizar a identificação do paciente através de um documento (paciente no pronto atendimento e/ou paciente ambulatorial) ou através das pulseiras de identificação (paciente internado);
2. Conferir os dados da solicitação médica (nome, idade, telefone, setor, prontuário, número do leito, CRM com assinatura, etc.);
3. Caso haja necessidade de correção, efetuá-la antes da realização do atendimento;
4. Informar ao paciente o procedimento que será realizado;5. Lavar as mãos na técnica correta, (vide manual da CCIH).6. Calçar as luvas de procedimento e óculos de proteção;7. Verificar qual o local adequado para realização da punção e separar os
insumos necessários para coleta;8. Preparar o material a ser utilizado, mostrando e explicando ao paciente
que o material utilizado é descartável;9. Garrotear o braço do paciente, posicionando o torniquete com o braço
para cima, para evitar possíveis contaminações na área de punção;
10. Realizar antissepsia no local escolhido com clorexidina alcoólico. Limpar com movimentos circular do centro para a periferia (se necessário repetir esta antissepsia com outro algodão com clorexidina alcoólico;
11. Esperar secar para evitar tanto a hemólise da amostra a ser coletada como
115
a sensação de ardor quando o paciente é puncionado;12. Puncionar a veia escolhida;13. Realizar a sequência correta dos tubos a serem coletados (tampa azul,
amarela, verde, roxa e cinza).14. Homogeneizar imediatamente após a retirada de cada tubo, invertendo-o
suavemente de 8 a 10 vezes;15. Se a coleta for realizada com seringa: retirar o scalp acionar a trava de
proteção e descartar o scalp em caixa para perfuro cortante, abrir a tampa do primeiro tubo, deixar que o sangue escorra pela sua parede devagar para evitar hemólise, tampar e homogeneizar. Abrir a tampa do segundo tubo e assim sucessivamente até o ultimo tubo. (Realizar o processo tubo por tubo para evitar troca de tampas, causando erros ou até impossibilitando a realização dos exames nos setores técnicos;
16. Ao término da coleta, retirar a agulha e acionar a trava de proteção com o polegar desprezando em caixa de perfuro cortante sem desconectar agulha e adaptador;
17. Pressionar o local da punção de 1 a 2 minutos com algodão seco. Se o paciente estiver em condições, solicitar para fazê-lo;
18. Etiquetar tubos e pedidos médicos após a coleta;19. Anotar no pedido médico após a coleta, setor em que colheu o material.20. Colocar um curativo no local da punção quando não houver mais
sangramento, evitando formação de hematoma e/ou extravasamento de sangue após a coleta.
21. Retirar as luvas e higienizar as mãos pós-procedimento.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075. Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 16
EmissãoFevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE CONTROLE DE GLICEMIA CAPILAR
DEFINIÇÃO: Controle de glicemia através de fitas reagentes (Dextro).
116
FINALIDADE: Auxiliar no tratamento de Diabetes Mellitus.
OBJETIVO: Verificar os níveis de glicose no sangue através de fita reagente com leitura visual.
MATERIAIS:
Bandeja contendo:
Luvas de procedimentos;
Fitas reagentes;
Glicosímetro, (aparelho de Dextro);
Algodão seco;
Lancetadores.
AGENTE PROCEDIMENTO
EQUIPE DE
ENFERMAGEM
E
MÉDICA
1. Reunir o material necessário na bandeja;
2. Explicar e orientar o paciente sobre o procedimento;
3. Lavar as mãos;
4. Massagear o local;
5. Colocar as luvas;
6. Colocar a fita no glicosímetro;
7. O monitor ligará automaticamente;
8. Verifique se o numero de código apresentado corresponde ao código que
aparece no tubo de tiras de teste;
9. Quando o símbolo da gota de sangue piscar, o equipamento está pronto
para efetuar o teste;
10. Para permitir melhor fluxo sanguíneo nas pontas dos dedos, abaixe o
braço do paciente por pouco tempo;
11. Fazer antissepsia local com algodão;
12. Puncionar a lateral do dedo (polpa);
13. Aplique a gota de sangue na fita de modo que o sangue seja absorvido;
14. O sangue será absorvido pela tira automaticamente, o monitor emitirá um
som para avisar que o teste vai iniciar;
15. Aguardar a leitura do aparelho;
16. Após a leitura, retire a fita do monitor;
17. O monitor desliga-se automaticamente 5 segundos após remover a tira;
18. Descarte a tira e a lanceta em perfuro cortante;
19. Retirar as luvas e higienizar as mãos;
20. Anotar o resultado, horário, nome e COREN do responsável pela coleta e
117
checar a prescrição;
21. Medicar conforme o esquema de insulina e prescrição médica.
ATENÇÃO:
O monitor reconhece valores de glicemia entre 10 e 600mg/dl;
Caso apareça Hl no visor, o resultado da glicemia poderá ser superior a
600mg/dl;
Aparecendo LO no visor, o resultado da glicemia poderá ser inferior a 10mgdl;
Também é possível aparecer “EE4” (erro de leitura óptica) no monitor. A
glicemia pode estar extremamente elevada ou pode ter ocorrido um erro no
monitor ou na tira teste. Neste caso repetir o teste com nova tira.
Aparecendo Hl, LO ou persistindo o erro “EE4”, sabe-se que existe uma
alteração extrema no resultado e realiza-se uma coleta de sangue no tubo de
fluoreto para realizar o teste de glicemia no laboratório;
Avise ao técnico que é urgente devido ao resultado da glicemia capilar ter sido
extrema;
Assim que o resultado for liberado leve imediatamente ao médico.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 17
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro,2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE MENSURAÇÃO DA FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA
AGENTE PROCEDIMENTO
118
ENFERMEIRO
TÉCNICODE
ENFERMAGEM
AUXILIARDE
ENFERMAGEM
DEFINIÇÃO
Mensuração da frequência respiratória através da contagem dos movimentos respiratórios (inspiração e expiração) durante o período de um minuto.
INDICAÇÃOa) Fornecer medidas objetivas para conduzir a terapia;b) Detectar precocemente desvios de normalidade;c) Indicar variações individuais conforme o ciclo circadiano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A respiração consiste na sucessão rítmica de movimentos de expansão e de retração pulmonar com a finalidade de efetuar as trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente promovendo absorção de oxigênio e eliminação de gás carbônico.
A frequência respiratória no adulto varia de 16 a 20 movimentos respiratórios por minuto (mpm).
A proporção entre a frequência respiratória e frequência do pulso é, aproximadamente de 1:4.
Exemplo: R= 20 / P=80. O tipo de respiração no homem é costão-abdominal, a expansibilidade é
mais na base pulmonar. Na mulher é costão peitoral, a expansibilidade é mais no ápice pulmonar. Como a respiração está parcialmente sujeita ao controle voluntário, deve
ser contada sem que o paciente perceba. Por exemplo: observe a respiração, procedendo como se tivesse verificando o pulso.
VALORES NORMAISAdulto 16-20 Adolescentes 18-30 Escolar 12-16
TERMINOLOGIA
APNÉIA: parada respiratória EUPNÉICO: respiração normal DISPNÉICO: dificuldade para respirar BRADIPNÉICO: frequência respiratória abaixo do normal TAQUIPNÉICO: frequência respiratória acima do normal
MATERIAIS Relógio com marcador de segundos
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
119
1. Lavar as mãos;2. Reunir o material, deixando-o próximo;3. Verificar a pulseira de identificação;4. Explicar a cliente o procedimento (lembrando de explicar que está
verificando pulso e não a respiração), para que não haja alterações;5. Colocar a cliente em posição livre e confortável, que não o decúbito
ventral, expondo a região toraco abdominal;6. Observar a frequência dos movimentos respiratórios, ritmo, amplitude e
simetria;7. Proceder à contagem do número de movimentos respiratórios (inspiração
expiração, como sendo um movimento), durante um minuto;8. Recolher o material.
REGISTRO Registrar na planilha de Sinais Vitais, em caso de recusa, justificar na
anotação de enfermagem Proceder à anotação de todos e quaisquer intercorrência.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 18
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE MENSURAÇÃO DA FREQÜÊNCIA CARDIACA
AGENTE PROCEDIMENTO
DEFINIÇÃO
Mensuração da frequência cardíaca é a medida da oscilação da parede
120
ENFERMEIRO
arterial, exercida pela pressão e o volume de sangue a cada contração do
ventrículo esquerdo.
INDICAÇÃO
a) Fornecer medidas objetivas para conduzir a terapia;
b) Detectar precocemente desvios de normalidade;
c) Indicar variações individuais conforme o ciclo circadiano.
CONSIDFERAÇÕES GERAIS
Frequência- Número de batimentos por minuto.
Ritmo: Ocorre um intervalo de tempo igual entre batimento, caso
contrário será arrítmico.
Força da Batida: Cheio e forte, contrapondo se as batidas fracas e
imperceptíveis.
Frequentemente o método mais utilizado é a ausculta do pulso apical.
O estetoscópio deve ser colocado entre o mamilo esquerdo e o esterno e a
frequência verificada em um minuto.
TERMINOLOGIA
ARRITMIA: qualquer variação do ritmo normal
TAQUICARDIA: aumento da frequência cardíaca
BRADICARDIA: diminuição da frequência cardíaca
IRREGULAR: é aquele cujo ritmo não é igual nos batimentos sucessivos
ou aquele cujas pulsações variam em força
INTERMITENTE: é aquele em que, ocasionalmente, uma pulsação falha
a intervalos regulares ou irregulares
EXTRA- SÍSTOLE: é o aparecimento intercalado de um batimento a
mais
PULSO DE CORRIGAN OU MARTELO D’ÁGUA: é um batimento
violento que desaparece rapidamente
FINO: é de pouco enchimento, difícil de contar e fraco
CHEIO: de fácil localização, volumoso
VALOR NORMAL- (medida em repouso)
O valor normal para o adulto, considerando o indivíduo tranquilo, em
121
repouso, é de 60 a 80 batimentos por minuto
MATERIAIS
1. Bandeja inoxidável;
2. Estetoscópio;
3. Gaze e álcool;
4. Relógio com marcação de segundos
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos;
2. Reunir o material, deixando-o próximo;
3. Verificar a pulseira de identificação;
4. Explicar ao paciente o que será feito, segundo o nível de
compreensão;
5. Proceder à desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com
o swab de álcool;
6. Colocar o paciente em posição livre e confortável, que não o decúbito
ventral, expondo a região toraco abdominal;
7. Aquecer o diafragma do estetoscópio friccionando-o entre a mãos, o
batimento apical pode ser palpado no 6º espaço intercostal esquerdo, a
cerca de 5 cm da linha média entre o mamilo esquerdo e o esterno;
8. Proceder à contagem do número de batimentos cardíacos durante um
minuto e, concomitantemente, atentar para possíveis alterações
cardíacas, como extra- sístoles, arritmias e outros;
9. Recolher o material.
10. realizar desinfecção do diafragma do estetoscópio e das olivas com
álcool a 70%.
REGISTRO
Registrar na folha de assistência de enfermagem.
Proceder à anotação de todas e quaisquer intercorrência.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovação
122
Isabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 19
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE MENSURAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL
AGENTE PROCEDIMENTO Providenciar bandeja com almotolia de álcool a 70% e algodão;
Lavar as mãos;
Providenciar material necessário; inclusive papel toalha;
123
ENFERMEIRO
TÉCNICO
DE
ENFERMAGEM
AUXILIAR
DE
ENFERMAGEM
Fazer desinfecção do diafragma e das olivas do estetoscópio, com álcool a
70%;
Orientar a paciente sobre o procedimento que será realizado;
Posicionar paciente deitada ou sentada, com o braço descoberto e
apoiado, mantendo-o à altura do coração e palma da mão voltada para
cima;
Colocar o manguito logo após a dobra do cotovelo; usar papel toalha sob
o manguito;
Localizar a artéria e colocar o diafragma do estetoscópio sobre a mesma e
as extremidades das olivas nos ouvidos;
Fechar a válvula da pêra e inflar rapidamente o manguito (geralmente até
200 mmHg);
Abrir a válvula da pêra lentamente, sendo o 1º batimento auscultado a
pressão máxima ou sistólica (1ª bulha de korotkoff), observar sua
correspondência com o valor demonstrado pelo ponteiro no manômetro;
Continuar a descompressão considerando-se a pressão mínima ou
diastólica quando houver um abafamento ou desaparecimento do som (4ª
bulha de korotkoff);
Abrir a válvula e após a saída de todo o ar retirar o manguito do braço da
paciente;
Deixar a paciente em posição confortável;
Anotar na papeleta e notificar qualquer anormalidade encontrada;
Realizar desinfecção do diafragma e das olivas com álcool a 70%.
OBSERVAÇÕES:
O manguito deve ser insuflado rapidamente e desinsuflado lentamente;
O manguito deve ser colocado sobre o braço nu de 2 a 2,5 cm acima do
espaço anticubital;
O diafragma do estetoscópio não deve tocar a borda inferior do manguito;
Não se recomenda verificar pressão arterial no braço em que foi realizado
cateterismo cardíaco, shunt a-v, em que esteja instalada venóclise e no
membro superior do mesmo lado em que foi realizada mastectomia.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075;
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Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 20
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA DE INSTALAÇÃO DE CATETER NASAL
MATERIAL:Cateter nasal nº 8 a 12,Extensão de borracha,Frasco umidificador, conectado ao fluxômetro,Esparadrapo ou micropore.
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AGENTE PROCEDIMENTO
ENFERMEIRO
AUXILIAR
DE
ENFERMAGEM
TÉCNICO
DE
ENFERMAGEM
Reunir o material,
Lavar as mãos,
Ligar o cateter à extensão e este ao frasco umidificador, que deverá conter
água destilada até o nível indicado,
Colocar a cliente na posição de Fowler,
Medir a quantidade do cateter a ser introduzida: da ponta do nariz até o
inicio do canal auditivo,
Marcar o limite com uma tira de esparadrapo,
Introduzir o cateter em uma das narinas até mais ou menos 2 cm da marca
do esparadrapo,
Regular o fluxo para 6 litros / min. Conforme prescrição,
Fixar o cateter nasal com esparadrapo,
Trocar o cateter nasal diariamente na oxigenioterapia prolongada,
Quando o nível da água do umidificador estiver baixo, desprezar a água
do frasco e colocar uma nova quantidade de água destilada,
Não acrescentar água ao volume restante, pois este procedimento. facilita a proliferação de microrganismos.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 21
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TÉCNICA PARA INSTALAÇÃO DE INALAÇÃO (oxigenioterapia)
MATERIAL:
Inalador de plástico,
Solução medicamentosa,
126
SF 0,9% ou AD
Extensão, fluxometro.
AGENTE PROCEDIMENTO
ENFERMEIRO
AUXILIAR
DE
ENFERMAGEM
TÉCNICO
DE
ENFERMAGEM
Reunir o material,
Identificar o inalador com o nome da paciente;
Lavar as mãos,
Preparar a medicação: soro fisiológico ou água destilada, conforme
prescrição médica, acrescido ou não de bronco dilatadores e muco
líticos. ( de acordo com a prescrição).
Introduzir o medicamento no inalador conectá-lo à extensão e este ao
fluxômetro,
Colocar a cliente na posição de Fowler, ou sentada,
Abrir o fluxômetro até saída da névoa boca e nariz,
Ao final, desligar o fluxo de oxigênio,
Estimular a cliente a tossir e eliminar a secreção bronco pulmonar.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 22
Emissão: Fevereiro, 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
REGRAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
AGENTE PROCEDIMENTO
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ENFERMEIRO
TÉCNICO
DE
ENFERMAGEM
AUXILIAR
DE
ENFERMAGEM
Ler cuidadosamente o rótulo do frasco de medicamento (três vezes);
Ler cuidadosamente a prescrição médica;
Evitar tocar no medicamento com as mãos;
Jamais tirar medicamento de um recipiente;
Não permitir que um cliente leve ou ministre medicamentos a outro
cliente;
Administrar o medicamento certo; (prescrição);
Administrar o medicamento ao cliente certo;
Administrar o medicamento na hora certa;
Administrar o medicamento no tempo certo; (gotejamento)
Ministrar o medicamento pela via certa;
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 23
Emissão: Março 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro 2014
MANUAL DE NORMAS E ROTINAS Setor: Ambulatório de Quimioterapia
MEDIDAS DE CONFORTO E SEGURANÇADO PACIENTE
OBSERVAÇÕES:
O conforto e a segurança abrangem aspectos físicos, psicossociais e espirituais e constituem
necessidades básicas do ser humano.
Os procedimentos utilizados para restabelecer a saúde do individuo normalmente geram medo
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e ansiedade porque a maioria deles determinam sofrimento físico e insegurança.
Medidas que proporcionam conforto e segurança
Manter ambiente limpo, arejado, em ordem, temperatura adequada e leito confortável;
Tratar o paciente respeitando a sua individualidade;
Orientar o paciente antes de executar qualquer procedimento terapêutico.
Manter postura adequada e tomar medidas preventivas contra úlceras de decúbito e
deformidades.
Proporcionar recreação de acordo com as suas condições físicas e recursos existentes na
instituição: (televisão, rádio, trabalhos manuais, leituras etc.).
Atender às necessidades espirituais, facilitando a visita de representante da sua igreja; dar-
lhe atenção e ouvi-la sem, contudo impor sua crença;
Manter atitude que contribua para que a cliente tenha confiança, segurança e otimismo.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
TE 24Emissão: Março 2013
Revisão:Nº 002
Data:Janeiro 2014
MANUAL DE NORMAS E ROTINASSetor: Ambulatório de Quimioterapia
TRANSPORTE DE PACIENTES PARA UNIDADE DE INTERNAÇÃO OU PRONTO ATENDIMENTO
NORMA TÉCNICA:
Todo paciente deve ser transportado para unidade de internação ou para o Pronto Atendimento
em maca ou cadeira de rodas, acompanhado pelo Auxiliar de Enfermagem ou Enfermeiro.
Todo paciente que vai ser transportado para Unidade de Internação ou para o Pronto
129
Atendimento deve estar acompanhado de um familiar ou responsável legal.
AGENTES PROCEDIMENTO
ENFERMEIRO
Verificar o andar e o leito, (caso de internação);
Verificar as condições clinica do paciente;
Entrar em contato com o Enfermeiro do andar (internação), ou do
Pronto Atendimento.
Preparar o prontuário da paciente, e separar para levar;
Comunicar para ao Auxiliar de Enfermagem que vai acompanhar
o transporte, a necessidade de maca ou cadeira de rodas.
Providenciar o oxigênio caso necessite, para o paciente.
AUXILIAR DE
ENFERMAGEM
Providenciar a cadeira de roda ou maca;
Forrar a maca ou cadeira com lençol;
Transferir ou auxiliar o paciente para a cadeira de rodas ou maca;
Cobrir o paciente com lençol, ou forro móvel;
Solicitar a Enfermeira o prontuário da paciente, e exames para
levar (ex. RX);
Acompanhar o transporte da paciente.
Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovação:Isabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data: 11/03/2013
TE 25
Emissão: Fevereiro 2013Revisão:Nº 002
Data:Janeiro, 2014
MANUAL DENORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDA
DEFINIÇÃO:
Queda é definida como um evento adverso inesperado, repentino que tem como resultado a
mudança de posição do individuo para um nível mais baixo em relação a sua posição inicial,
seja estando em pé, sentado ou deitado. Esta definição considera como queda as seguintes
130
situações, por exemplo:
Paciente escorregar de uma cadeira para o chão.
Paciente escorregar da cama para o chão,
Encontrar o paciente no chão (cair da própria altura).
OBJETIVO:
Promover a segurança do paciente
Identificar a população de risco, por meio da avaliação de risco;
Prevenir e reduzir a ocorrência de queda na população geral hospitalizada
Prevenir e reduzir a ocorrência de queda, no grupo de alto risco;
Mensurar os índices de queda;
Realizar busca ativa das ocorrências de queda;
Mensurar as possíveis causas.
FATORES DE RISCO:
Idade maior que 65 anos
Com déficit sensitivo (visão, Tato, audição)
Com distúrbios neurológicos (crises convulsivas, etc.);
Urgência urinária ou intestinal
Queda anterior no último ano.
MEDIDAS PREVENTIVAS:
Realizar a prescrição de Enfermagem com:
Medidas preventivas básicas: Manter grades de proteção elevadas, cama baixa, rodas travadas,
área de deambulação livre de móveis, campainha ao alcance do paciente, orientar os familiares;
Orientar o paciente e acompanhante sobre o risco de queda a cada troca de plantão;
Orientar em passagem de plantão a equipe de enfermagem sobre os pacientes com risco de
queda, a cada troca de plantão;
Notificar equipe de enfermagem sobre o risco de queda, ao solicitar transporte ou agendar
exames ou procedimentos fora da unidade. Para procedimentos externo identificar o risco de
queda na solicitação do exame.
Reorientar a equipe, paciente, familiar e acompanhante sempre que houver não conformidade
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ou falta de adesão às medidas preventivas;
Registrar em prontuário todas as intervenções realizadas.
Utilizar o campo prescrição de enfermagem, anotações e evolução de enfermagem.
PACIENTES DE ALTO RISCO
Realizar a prescrição de enfermagem com:
Medidas preventivas de risco sempre que for ao banheiro, não deixá-lo sozinho no banheiro ou
durante o banho.
Auxiliar o paciente a deambular, deixar o leito e sentar em poltronas.
Orientar a equipe de enfermagem sobre os pacientes com alto risco de queda, reforçando a
importância do aumento da vigilância e rapidez no atendimento às chamadas, a cada troca de
plantão.
E na unidade, mantendo-a livre para circulação;
Dar ciência ao médico assistente do risco aumentado para queda e medidas implementadas, e
discutir a necessidade de medidas adicionais tais como: medicamentosas, contenção mecânica,
avaliação de fisioterapeuta e registrar em prontuário todas as intervenções realizadas.
Acionar serviço social, caso o paciente não tenha acompanhante, para verificar disponibilidade
familiar de acompanhamento durante o período de internação;
Deixar a porta do quarto do paciente entreaberta na ausência de acompanhante;
Observação;
Em caso de recusa na adesão às medidas preventivas preconizadas por este protocolo, anotar
em evolução multidisciplinar e solicitar intervenção ao médico assistente.
AUDITORIA DE EVENTOS DE QUEDA
Na ocorrência de quedas, as seguintes medidas deverão ser implementadas;
O paciente deverá ser avaliado pelo médico assistente ou na sua ausência, acionar
imediatamente o médico plantonista do pronto socorro, ou da plantonista da Clinica Médica.
A enfermeira deve documentar as circunstâncias em que ocorreu a queda, no prontuário do
paciente (evolução de enfermagem);
Preencher o impresso do Indicador de Queda, preenchendo a ficha de Notificação de Queda.
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Grupo responsável pela elaboração: Ivonete de Jesus Silva COREN 76602; Giselli Fernandes dos Santos COREN 130075; Luciana Lene S. Galvão COREN: 72910 Responsável pela aprovaçãoIsabel Cristina Teixeira COREN 45872 Data:27/02/2013
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
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Considerações Finais
A construção do Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos não deve se dar por
encerrada, mas para início de estudos e pesquisa na busca de atualizações e aprimoramento das
ações da equipe de enfermagem.
O enfermeiro deve ocupar seu espaço, buscando o conhecimento com profissionalismo e
desenvolvendo suas habilidades técnicas, científicas e humanas para um melhor gerenciamento.
É importante a conscientização do enfermeiro quanto à necessidade da construção do
pensamento crítico e de um método sistematizado na assistência de enfermagem.
Acreditamos que a realização deste Manual seja apenas o início de uma atividade que
necessita ter continuidade. E para isto, é importante a participação de uma equipe pautada em um
enfoque gerencial contemporâneo.
MANUAL DE NORMAS ROTINAS E PROCEDIMENTOSSetor: Ambulatório de Quimioterapia
Referências Bibliográficas
BONASSA, E.M.A.; Gato, M.I.R.Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos. 4.ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2012.
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TANNURE,M.C.; Pinheiro, A.M. Sistematização da Assistência de Enfermagem – Guia Prático. 2.ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
BARROS, A.L.B. e cols. Anamnese e exame físico – Avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2.ed.Porto Alegre: Artmed, 2010.
HORTA, W. A, Processo de Enfermagem, EPU, 2010 São Paulo, 19ª reimpressão
SPRINGHOUSE; tradução Garcez, R.M. As melhores práticas de enfermagem: procedimentos baseados em evidências. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
NANDA Internacional; tradução Garcez, R.M. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012/2014. Porto Alegre: Artmed, 2013.
NANDA Internacional; tradução Garcez, R.M. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009/2011. Porto Alegre: Artmed, 2010.
JOHNSON, M. et al; tradução Garcez, R.M. Ligações entre NANDA, NOC e NIC: diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3.ed. Rio de Janeiro: INCA, 2008.
BUZAID, A.C.; Hoff, P.M. e cols. Mini-MOC- Pocket Book do Manual Prático de oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês. 1.ed. São Paulo: Dendrix edição e design LTDA, 2008.
COFEN-SP –Resolução 311/2007Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem acesso em janeiro 2012
COFEN-SP –Resolução 210/1998. Regulamento da atuação dos Profissionais de Enfermagem em quimioterapia antineoplásica acesso em: Fevereiro, 2013.
COFEN-SP –Resolução 358/2009, Sistematização da Assistência de Enfermagem; acesso em janeiro 2012
Manual de coleta do CEAC Centro Estadual de Analises Clinicas, Sã Paulo 2011
Apecih. Precauções e isolamento, 1999.
Direitos do Paciente acesso em 31/10/2009
Manual da Unidade de Terapia Intensiva – 2006
Manual da CCIH – 2005
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