TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR
Prof.ª Leticia Pedroso
Anatomia: Coluna
Cervical – 7 vértebras Torácica – 12 vértebras Lombar – 5 vértebras Sacro – 5 vértebras Cóccix – 4 vértebras
Anatomia: Coluna Vértebra cervical
padrão
TRM - traumatismos da coluna vertebral e da medula espinhal
Lesões traumáticas da coluna cerebral com ou sem déficit neurológico, devendo SEMPRE ser considerada em doentes com múltiplas lesões.
Causada por acidentes automobilísticos, queda, acidentes desportivos, principalmente mergulhos em águas rasas, e ferimentos por arma da fogo.
Incidência A lesão medular pode
ocorrer em qualquer idade, no entanto, é mais comum dos 16 aos 35 ano, por tratar-se de um grupo de pessoas que está envolvido em atividades mais violentas ou de risco.
TRM - traumatismos da coluna vertebral e da medula espinhal
Lesões ósseas vertebrais podem estar presentes sem que haja lesões de medula espinhal, por isso a vítima deve ser imobilizada quando há qualquer suspeita de lesão de coluna , protegendo a medula de ser lesada com a mobilização inadequada.
Trauma de coluna A lesão de coluna
pode resultar em: Fratura de coluna Lesão de medula:
secção completa ou Síndromes medulares = Central anterior ou Brown-Séquard
Ambas
Lesão da Medula Espinhal
Lesão primária –acontece no momento do impacto e pode causar compressão da medula, lesão direta da medula (por fragmentos ósseos) e/ou interrupção de oferta de sangue para a medula.
Lesão da Medula Espinhal Lesão secundária –
acontece após o trauma inicial e pode incluir inchaço, isquemia (compressão medular) ou movimento de fragmentos ósseos (laceração da medula).
Lesão da Medula Espinhal Choque medular –
Acomete sistema neurológico após lesão da medula, resultando em perda da função sensitiva e motora, flacidez e paralisia e perda dos reflexos abaixo do nível da lesão.
Sinais e sintomas de trauma de coluna
Dor no pescoço e nas costas
Dor à palpação da região posterior do pescoço
Deformidade da coluna Paralisia, dormência nas
pernas/braços Sinais e sintomas de
choque neurogênico Priapismo – sexo masculino
Avaliação Medular
Atenção para as alterações neurológicas, sempre comparando um lado como outro:
Fraqueza ou paralisia muscular Dor, parestesia
(“adormecimento”, “formigamento”) ou perda total da sensibilidade.
Diminuição ou ausência de reflexos tendinosos.
Disfunção autonômica, na qual o paciente perde a capacidade de controlar esfíncteres.
Importante A extensão e a
localização da alteração sensitiva ou motora depende da localização da lesão de medula
Avaliação do TRM Identificar déficits
relacionados com a lesão raquimedular, através de um exame neurológico.
Pedir ao paciente mover os braços, as mãos e as pernas.
Verificar presença ou ausência de sensibilidade, começando nos ombros e descendo até os pés.
Trauma de coluna = choque neurogênico Hipotensão associada a
lesão de medula cervical ou torácica alta
A lesão do sistema nervoso simpático resulta em tônus parassimpático sem oposição
VASODILATAÇÃO BRADICARDIA PELE QUENTE E SECA
Atendimento à vítima com Traumatismo Raquimedular
Avaliação Primária Imobilização na posição
supina em posição alinhada neutra.
Uso de colares cervicais E imobilização lateral (“headblock”).
Sondagem vesical e nasogástrica.
Monitorização cardíaca. Somente retirar a imobilização
quando confirmada a ausência de lesão (RX, tomografia).
IMPORTANTE Adulto: alguns pacientes o
nível da prancha ou da maca pode levar à hiperextensão acentuada. Para evitar, colocar um coxim entre a prancha ou maca e a cabeça.
Crianças: devido tamanho maior da cabeça com relação ao resto do corpo, colocar um coxim sob os ombros e tronco da criança.
Perguntas??