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luisprista
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Já lancei no blogue todos os trabalhos que me chegaram até às 24 horas de ontem.
A alguns pedi para refazerem ou acrescentarem imagem (terão recebido mail). Aguardo ainda.
Se enviaram e o trabalho não está lançado, digam-me.
Por favor, respeitar o tempo para o questionário.
Quando eu pedir, deem-mo mesmo.
E evitar falar.
Sem consulta, como de costume.
Depois de leres o «O meu 25 de abril» (de Francisco Sousa Tavares»), na p. 86, escreve um comentário acerca deste texto, contrastando-o com «Do alvoroço que foi na cidade […]» (de Fernão Lopes), nas pp. 83-85 (os nossos resumos podiam ser úteis se não tivessem ficado em casa).
(Não sei se é útil o ponto 2 — preferia abordagem mais livre.)
a) Século XIV / século XX;
b) Salvar o Mestre de Avis, que garantirá a independência do reino, face a Castela / pôr fim à ditadura que vigorava no país;
c) A cavalo / pela rádio;
d) A «arraia miúda» / forças armadas, da GNR, cavalaria;
e) Álvaro Pais e o Mestre de Avis / Salgueiro Maia;
f) D. João de Castela / governo autoritário;
g) Em ambos os casos, o povo sai à rua e participa como ator coletivo;
h) independência / liberdade.
O filme é claramente de memórias de infância. Nas primeiras cenas foi dado o motivo da recordação do crescimento do protagonista numa vila siciliana (a notícia da morte do adulto protetor de então, Alfredo). A história entra como pano de fundo (há diversas alusões ao fim da segunda guerra mundial).
Os vários estados do edifício (o primeiro cinema, a destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o protagonista regressar) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção da passagem do tempo.
A ação da parte amorosa acaba também por aproveitar o cinema (salvo erro, um primeiro beijo do protagonista vai aí decorrer).
O edifício vai causar a cegueira de Alfredo, tornandose depois ocupação semiprofissional do protagonista.
A analepse é um recurso essencial. Apanhamos a história já no momento em que o protagonista sabe da morte de Alfredo, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo, constituindo esse flash back a maior parte do filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, só para lembrar que o tempo da narração não é aquele, até a história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)
Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a certa altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao futuro de Totó.
A analepse é um recurso essencial. Apanhamos a história já no momento em que o protagonista sabe da morte de Alfredo, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo, constituindo esse flash back a maior parte do filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, só para lembrar que o tempo da narração não é aquele, até a história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)
Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a certa altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao futuro de Totó.
Uma elipse notável consiste no salto dos anos entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos um novo ator sob a mão de Alfredo, o que aliás resolve também um problema que se põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que corresponderão a resumos, que aproveitam as imagens passadas na sala de cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão acompanhando a história do cinema, do preto e branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos estão a ser dados vários anos em poucos minutos).
Ao contrário, uma história demorada contada por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer aumentar/demorar o discurso relativamente ao tempo «real».