39
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM DISLEXIA Por: Adriana Roucas Fernandes Rodrigues Orientador Prof. Dayse Serra Rio de Janeiro 2011

C206325 dislexia

Embed Size (px)

DESCRIPTION

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES RIO DE JANEIRO ADRIANA ROUCAS F. RODRIGUES TRABALHO DE PÓS-GRADUAÇÃO - DISLEXIA REFERENCIA BIBLIOGRAFICA DRUMOND, SIMONE HELEN. DISLEXIA. 2010

Citation preview

Page 1: C206325 dislexia

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

DISLEXIA

Por: Adriana Roucas Fernandes Rodrigues

Orientador

Prof. Dayse Serra

Rio de Janeiro

2011

Page 2: C206325 dislexia

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

DISLEXIA

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Psicopedagogia Institucional

Por: .Dayse Serra

Page 3: C206325 dislexia

3

AGRADECIMENTOS

....A Deus por ter me dado força e coragem

par prosseguir nessa missão. Aos meus

pais, esposo, filho e amigos que me

incentivaram na realização e conclusão

deste trabalho.

Page 4: C206325 dislexia

4

DEDICATÓRIA

.....Dedico a Deus e todos que de alguma forma

contribuíram e me apoiaram para conclusão

deste trabalho.

Page 5: C206325 dislexia

5

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo abordar um dos transtornos de

aprendizagem que atinge, segundo Capovilla(2004), cerca de 10% das crianças em

idade escolar, apesar da boa escolarização, tendo em vista que acarreta sérios

problemas inerentes à leitura e escrita como a soletração de palavras, por exemplo.

Dessa forma, esse trabalho acadêmico procura conhecer e buscar

intervenções para amenizar tal problema, visto que a dislexia não tem cura, porém

caracteriza-se por acarretar dificuldade de aprendizagem, sendo necessário,

portanto um acompanhamento constante. Ao longo do tratamento, é fundamental o

papel do psicopedagogo e do professor no auxílio para o diagnóstico em parceria

com a família a fim de alcançar o sucesso escolar do aluno disléxico.

Page 6: C206325 dislexia

6

METODOLOGIA

O presente trabalho constitui-se em uma pesquisa bibliográfica que, segundo

Gil (2002), tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o objeto de

estudo em questão, a dislexia, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir

hipóteses. Pode-se dizer que esta modalidade de pesquisa científica tem como

objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

Tomei como aporte teórico os estudos contemporâneos sobre dislexia

advindos das teorias de Alessandra G. S.Capovilla (2002), Lou de Olivier (2008),

Simaia Sampaio (2010) entre outros citados na bibliografia desta pesquisa.

Page 7: C206325 dislexia

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Dislexia 10

1.1. Definição 10

1.2. Tipos de dislexia 13

CAPÍTULO II - Dislexia nos primeiros anos de escolaridade 17

2.1. Principais sintomas 17

2.2. Avaliação Diagnóstica 20

CAPÍTULO III – Atuação em conjunto do docente e do psicopedagogo no tratamento

do disléxico 23

3.1. Papel do professor 23

3.2. Intervenção pedagógica 30

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

ÍNDICE 38

Page 8: C206325 dislexia

8

INTRODUÇÃO

A escolha deste tema surgiu a partir da experiência enquanto alfabetizadora

dos anos iniciais do Ensino Fundamental, especificamente de turmas do 3º ano de

escolaridade.

No município de Duque de Caxias, onde leciono há sete anos, observa-se que

a dislexia ainda é considerada um entrave no desencadear do processo ensino-

aprendizagem uma vez que muitos professores encontram dificuldades de

desenvolver atividades pedagógicas assim como selecionar critérios de avaliação

para alunos que apresentam esse distúrbio de leitura. A criança com dislexia

demonstra sérias dificuldades com a identificação dos símbolos gráficos no início da

sua alfabetização, o que acarreta fracasso em outras áreas que dependem da leitura

e da escrita. Segundo Gonçalves (2006), a dislexia é um distúrbio de aprendizagem

que envolve áreas básicas da linguagem, podendo tornar árduo esse processo,

porém, com acompanhamento adequado, a criança pode redescobrir suas

capacidades e o prazer de aprender.

É importante ressaltar que ainda não se obtém suporte teórico-metodológico

adequado para trabalhar com esse problema de aprendizagem, logo, faz-se

necessário amenizar esse quadro, principalmente no que se refere à capacitação

dos profissionais da educação, sobretudo, os professores, pois a maioria dos cursos

de formação tanto a nível de ensino médio (curso normal) quanto a de graduação

não preparam o profissional para lidar,com tais dificuldades que um aluno dislexo

apresenta.

Portanto, uma alternativa significativa é a integração entre família e escola,

parceria indispensável para melhorar o desempenho do aluno numa visão holística.

A intervenção do psicopedagogo é um elemento de relevância na qualidade

do trabalho pedagógico, pois este profissional é de fundamental importância no

processo inicial de avaliação e diagnóstico uma vez que a partir de uma investigação

minuciosa, o psicopedagogo fará as intervenções e os encaminhamentos

necessários com o objetivo único, o sucesso do aluno.

Page 9: C206325 dislexia

9

O presente trabalho divide-se em três capítulos:

No primeiro capítulo, aborda-se a definição do transtorno de leitura e sua

origem, bem como os diferentes tipos de dislexia, levando em consideração que não

há somente um tipo de dislexia. E de um modo geral qual a população atingida, ou

seja, quais são os indivíduos em fatores de risco.

No segundo capítulo, observam-se os principais sintomas que atingem as

crianças em fase escolar, isto é, nos primeiros anos de escolaridade trazendo sérios

comprometimentos na área da leitura e escrita tais como falta de atenção e

concentração diante das atividades, troca de letras que são similares graficamente e

dificuldade de orientação espacial. É importante ressaltar que os sintomas de

dislexia variam de criança para criança. Segundo Olivier (2008), muitas crianças

demonstram alguns sinais desde a pré-escola demonstrando atraso na linguagem,

vocabulário pobre, problemas no processamento fonológico e dificuldades em

aprender canções e rimas etc. Após a análise dos sintomas, ainda neste capítulo, as

avaliações adequadas para detectar e amenizar tal problema são analisadas a fim

de fazer os encaminhamentos necessários de acordo com cada indivíduo.

No terceiro capítulo, aborda-se o papel fundamental do professor contribuindo

de maneira positiva para o diagnóstico de tal dificuldade de aprendizagem através

de sua prática diária junto ao aluno. Por meio de sua prática pedagógica, o professor

percebe os primeiros sinais de dificuldades no aprendizado da leitura e escrita e já

nos primeiro sinais, o aluno pode ser encaminhado ao psicopedagogo e este fará as

intervenções necessárias. Se for detectada a dislexia por meio de uma detalhada

avaliação minuciosa, o ideal que esse aluno seja levado a um tratamento específico.

As intervenções adequadas para ajudar o aluno disléxico a lidar com tal problema

para obter uma vida escolar mais prazerosa serão ainda estudadas neste capítulo.

Page 10: C206325 dislexia

10

CAPÍTULO I

DISLEXIA

1.1. DEFINIÇÃO DE DISLEXIA

A dislexia é um dos mais comuns transtornos de aprendizagem que acarreta

grande dificuldade na leitura e na escrita, causando uma defasagem inicial nos

primeiros anos de escolaridade. Nesse sentido, segundo Sampaio (2010), a dislexia

é um distúrbio na leitura que afeta a escrita, sendo normalmente detectada a partir

da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura.

Verificando a origem da palavra “dis” significa dificuldade e “lexia” linguagem,

compreende-se que a dislexia é um problema na aquisição da linguagem,

caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras. Segundo a definição

elaborada pela Associação Brasileira de Dislexia, “trata-se de uma insuficiência do

processo fonoaudiológico e inclui-se frequentemente entre os problemas de leitura e

aquisição da capacidade de escrever e soletrar.”

A dislexia é um transtorno que atinge em especial a parte da leitura e

consequentemente afeta a escrita, portanto, a criança que não consegue ler,

também apresentará comprometimento na escrita.

Entende-se, então, que é um problema de linguagem e não intelectual, pois

há crianças super inteligente, com boa escolaridade e que são disléxica. De acordo

com Leite (2005) Muitas vezes, a criança apresenta condições intelectuais normais,

porém poderá ler com dificuldades e transformar ou deformar as palavras.

Quando a criança inicia o processo de alfabetização é normal a omissão,

inclusão ou troca de letras, mas essas dificuldades persistem nas crianças com

dislexia entre outros sintomas, causando um domínio insuficiente da leitura.

A criança disléxica entende oralmente as palavras, mas demonstra grande

barreira ao ler e escrever tal palavra. Na visão de Rodrigues e Silveira (2007) a

criança disléxica apresenta dificuldade de ler o que está escrito e de escrever o que

está pensando. Quando tenta expressar-se no papel, o faz de maneira incorreta

fazendo com que o leitor não compreenda suas idéias.

Page 11: C206325 dislexia

11

Na fase escolar, é necessário que a criança desenvolva a consciência

fonológica para poder compreender os princípios alfabéticos e a correspondência

entre grafema e fonema. Na perspectiva de Sampaio (2010, p. 110 ), ‘‘A criança

possui consciência fonológica quando se torna consciente de que palavras, sílabas e

fonemas são unidades identificáveis.” E a criança tendo desenvolvida essa

consciência, auxilia na aquisição da leitura e escrita.

Conforme pesquisas realizadas a dislexia atinge entre 6% a 15% da

população trazendo grandes transtornos na área da leitura e escrita levando muitas

vezes a baixo auto estima, acarretando abandono dos estudos muito cedo pela

dificuldade de detectar o problema desde a tenra idade. Segundo a Associação

Brasileira de Dislexia, ”pessoas disléxicas e que nunca se trataram, lêem com muita

dificuldade, pois é difícil assimilarem palavras.”

De acordo com estudiosos, a dislexia origina-se de fatores neurológicos, ou

seja, é um distúrbios que tem origem na formação do cérebro antes mesmo do

nascimento. Na visão de Galaburda (2003) apud Deuschle e cechella(2009)

“ As mal-formações cerebrais se encontram em áreas vinculadas

ao processamento fonológico, incluindo a área temporo- occipital,

conhecida como área visual da forma da palavra falada, e no corpo

geniculado medial o que acarreta distúrbio específico de leitura e

escrita.”

Um dos fatores que origina a dislexia, segundo alguns estudiosos, é que o

hemisfério esquerdo é menor que o hemisfério direito e as modificações envolvendo o

lobo temporal esquerdo danificam as funções ligadas às habilidades verbais, enquanto

as lesões do hemisfério direito estão ligadas às habilidades não-verbais Nesse

aspecto, conforme Olivier (2008, p.60):

“Em paciente destros, o hemisfério direito é predominante para o

processamento de informações não-verbais (faces, figuras

geométricas /espaciais e artes em geral), podendo ser considerado

”sintetizador” enquanto o hemisfério esquerdo é o dominante para o

processamento e estímulos que tem uma conotação linguística

(letras,palavras,fonemas,números).”

A construção da linguagem oral e escrita depende do conjunto de várias

redes neuronais, e se esses neurônios não estiverem adequadamente conectados

Page 12: C206325 dislexia

12

acarretam sérios comprometimentos na aquisição da linguagem. Nesse sentido, de

acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, “A dislexia é uma disfunção

neurológica: a informação faz um caminho mais longo e demora um pouco mais para

ser processada.”

A dislexia é oriunda principalmente de fatores genéticos, ou seja, sofre fortes

influências genéticas. De acordo com o site dislexia.com.br:

‘‘A dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência

expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene

e uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser

dominante,torna dislexia altamente hereditária,o que justifica que se

repita nas mesmas famílias.”

Pesquisas feitas em gêmeos idênticos comprovam que quando um dos

gêmeos apresenta dislexia, o outro irmão também apresenta. Nas palavras de

Capovilla e Capovilla (2004, p. 49), ‘‘Logo, uma concordância maior entre os

monozigóticos sugeriria fortemente que a dislexia tem uma causa genética

importante.”

Entende-se, também, que uma das causas da dislexia são os fatores

cognitivos no qual a criança sofre um déficit fonológico. Na visão de Frith (1997) apud

Capovilla e Capovilla (2004, p.52) “Tais dificuldades de processamento fonológico

levariam aos problemas em leitura e escrita observados na dislexia.”

Os aspectos ambientais podem ser um dos fatores que originam a dislexia, os

aspectos ortográficos e o método de alfabetização podem prejudicar seriamente a

construção da linguagem no indivíduo. Conforme explanação de Frith (1997) apud

Capovilla( 2004, p. 48):

‘‘ Num primeiro momento condições biológicas (como aspectos

genéticos), em interação com condições ambientais (como

exposição,a toxinas ou a baixa qualidade de nutrição da mãe

durante a gestação), podem ter efeitos adversos sobre o

desenvolvimento cerebral, predispondo o individuo a distúrbio do

desenvolvimento.”

Page 13: C206325 dislexia

13

1.2- TIPOS DE DISLEXIA

A dislexia, como visto anteriormente, é um distúrbio que afeta a leitura e,

consequentemente a escrita. Porém, não há somente um tipo de dislexia e neste

capítulo conheceremos as diferentes formas de dislexia que podem ser divididas

em: dislexia adquirida e dislexia do desenvolvimento ou congênita.

As dislexias adquiridas podem ser subdivididas em Periféricas e Centrais.

Nas dislexias periféricas, na visão de Pinheiro (1994) e Morais(1996) apud Faria

(2010) a lesão encontra-se no campo visual, dificultando a leitura das letras.

Já nas dislexias centrais, as causas ocorrem pelo comprometimento do

processamento da linguagem provocando alteração nas rotas. Conforme Faria

(2010), Além do distúrbio do sistema de análise visual, há também alteração em

parte de uma das rotas fonológica ou lexical ou em ambas.

Em relação à dislexia adquirida é ocasionada devido a uma lesão cerebral e

ocorre, geralmente, após a aquisição da leitura. Nesse aspecto, segundo Olivier

(2008, p.54) a dislexia adquirida:

“Vem por meio de um acidente qualquer. Como por exemplo

temos ‘‘Anoxia Perinatal”, ‘‘anoxia por afogamento (obs.:Anoxia é a

diminuição ou ausência de oxigenação no cérebro), Acidente

Vascular cerebral (o popular derrame) e outros acidentes e

distúrbios que podem causar uma Dislexia Adquirida.”

Os tipos de leitura processa-se a partir de duas rotas: a rota lexical e a rota

fonológica. A rota lexical faz uso do campo visual para a leitura das palavras.

Nesse sentido, de acordo com Capovilla & Capovilla(2004, p.56 ) “Nesta rota a

pronúncia é obtida a partir do reconhecimento visual do item escrito, e o leitor tem

acesso ao significado daquilo que está sendo lido antes de emitir a pronúncia

propriamente dita.”

A rota fonológica é utilizada para a leitura de palavras de baixa incidência e

pouco frequente, ou seja, a pronúncia das palavras é processada por meio da

aplicação de regras de correspondência entre grafema e fonema.

Page 14: C206325 dislexia

14

Os tipos de leitura surgem com base nos quadros de dislexias adquiridas.

Baseando-se na visão de Ellis (1985), propõe uma subdivisão para as dislexias

periféricas, dentre elas estão:

Dislexia por negligência: é a dificuldade de identificar as sílabas iniciais, mesmo

que haja a consciência de sua existência em uma das posições. Conforme

Capovilla &Capovilla (2004, p.56 ) ‘‘Os distúrbios também estão no sistema de

análise visual e o leitor consistentemente ignora partes das palavras, geralmente

deixando de ler a parte inicial.’’

Dislexia letra por letra: Na visão de Ellis (1995) apud Caldeira e Cumiotto (2004) o

indivíduo identifica as letras uma de cada vez, mas demonstra dificuldade em

reconhecer e ler a palavra por inteiro .

Dislexia atencional: acarreta sérios problemas na codificação das posições das

letras nas palavras sem alterar a identificação paralela das letras. Nesse sentido, a

dislexia de atenção é, de acordo com Guimarães (2004) o comprometimento em

focalizar a atenção numa letra ou vocábulo, as letras de uma palavra podem juntar-

se a outra palavra.

No que se refere às dislexias centrais, estas se subividem em quatro tipos:

Dislexia não-semântica: o entendimento das palavras escritas é muito baixa. Nesse

sentido, Grégoire, Piérart (1997, p. 27) apud Barreto(2010)

“O indivíduo com esse problema apresenta incapacidade de

compreensão do significado das palavras, embora apresente

capacidade para converter as letras em sons, demonstrando,

inclusive, a capacidade de fazer leitura de não-palavras.”

Dislexia fonológica: Há certa dificuldade na leitura de palavras pela rota fonológica

no qual faz uso desse processamento fonológico. Conforme Rodrigues (2008), o

indivíduo demonstra grande dificuldade em ler palavras desconhecidas.

Dislexia profunda: apresenta certo bloqueio para leitura de não-palavras, em

especial em voz alta, além de demonstrar erros semânticos e visuais. De acordo

com Ellis (1995) apud Caldeira e Cumiotto (2004) é a incapacidade quase que

Page 15: C206325 dislexia

15

completa para ler não-palavras oralmente, além de apresentar erros semânticos e

visuais.

Dislexia de superfície: demonstra dificuldade em ler palavras irregulares, ou seja,

palavras que se lêem de maneira diferente da escrita. Na perspectiva de

Olivier(2008, p.47) “Caracteriza-se basicamente pela falha de leitura de palavras

irregulares, em um comprometimento da via lexical.”

Há outros tipos de dislexia que afetam diretamente na aquisição da

linguagem como a dislexia visual, dislexia auditiva e dislexia motriz.

Dislexia visual:é uma disfunção na análise visual dos vocábulos. De acordo com

Caldeira e Cumiotto (2004) a dislexia visual, apresenta-se na troca de letras com

semelhança gráfica.

Dislexia auditiva ou acústica:Manifesta-se na impossibilidade de perceber os

diferentes tipos de sons acarretando sérios comprometimentos na identificação

dos fonemas. Usando as palavras de Boorer e Miklebust(1971) apud Nico (2011)É

um comprometimento na percepção auditiva gerando deficiência na memória

auditiva, não audibilizando cognitivamente o fonema.

Dislexia motrix: Na visão de Drumond (2010) demonstra dificuldade no movimento

ocular e há limitação no campo visual provocando retrocessos e principalmente

intervalos mudos ao ler.

Ainda dentro da Neuropsicologia, existe a dislexia que está voltada para o

adulto que podem ser a dislexia profunda e a superficial, como já visto

anteriormente. E em relação à neuropsicologia infantil, há subgrupos de dislexia: os

disfonéticos, os diseidéticos e os disléxicos mistos.

Dislexia disfonética: a pessoa que é acometida desta dislexia apresenta sérios

comprometimentos na percepção auditiva e na análise e síntese dos fonemas;

entraves temporais e nas percepções da sucessão e da duração provocando troca

de fonemas e sons, diferentes grafemas e demonstra dificuldades na compreensão

e leitura de palavras que não têm significado, modificação na ordem das sílabas e

letras, apresenta dificuldade na escrita das palavras. Conforme Iak (2004, p. 41)

essa dislexia causa “Troca de fonemas e grafemas, alterações na ordem das letras

Page 16: C206325 dislexia

16

e sílabas, omissões ou acréscimos, apresentando maior dificuldade com a escrita

do que na leitura.”

Dislexia diseidética: apresenta dificuldade na percepção visual, na percepção

gestáltica, na análise e síntese de fonemas. De acordo com Iak(2004, p.41):

“Essa dislexia traz como conseqüência uma leitura silabada,

dificuldade em estabelecer sínteses, aglutinação ou fragmentação

de sílabas e/ou palavras, troca por equivalentes fonéticos,

apresentando uma dificuldade maior para a leitura do que para a

escrita.”

De acordo com alguns estudiosos, a dislexia do desenvolvimento é a

dificuldade que ocorre durante o processo de aquisição da leitura nos primeiros

anos de escolaridade, ou seja, já nasce com o individuo. Na visão de

Rodrigues(2008) a dislexia do desenvolvimento está ligado a uma perturbação ou

retardo na aquisição de leitura que se relaciona com problemas na aprendizagem.

A dislexia do desenvolvimento ocasiona um atraso em algum aspecto do

desenvolvimento, alguma deficiência na maturação neural, que ocasiona as

dificuldades da criança. Na perspectiva de Jorm (1985, p.12 apud Barreto 2010)

‘‘Correspondem às falhas em adquirir as habilidades de leitura e escrita durante o

curso do desenvolvimento normal.”

Page 17: C206325 dislexia

17

CAPÍTULO II

Neste segundo capítulo alguns dos principais sintomas de dislexia serão

abordados desde a pré-escola até a fase da alfabetização, ou seja, nos primeiros

anos de escolaridade, bem como o diagnóstico e avaliação do transtorno de

aprendizagem em estudo, a dislexia.

2.1. PRINCIPAIS SINTOMAS

De acordo com Olivier (2008) alguns sintomas de dislexia podem ser

percebidos desde a tenra idade quando ocorre certo atraso no desenvolvimento da

linguagem da criança e esta apresenta muita dificuldade em aprender as músicas,

versos e histórias, demonstrando esquecimento após ouvi-los. Além disso, há sério

comprometimento na coordenação motora também.

Nos primeiros anos de escolaridade, a criança com dislexia apresenta ainda

distúrbios na leitura e não consegue soletrar as palavras corretamente e não

reconhece letras nem números.

Observa-se, na visão de Leite (2005) que os sintomas da dislexia variam de

criança para criança, algumas demonstram dificuldades em fazer laços nos sapatos,

em reconhecer as horas, em pular corda e até mesmo pegar e chutar a bola. Outras,

na sua grande maioria demoram em aprender a ler e a escrever números e letras,

em ordenar meses do ano, letras do alfabeto e ainda apresentam sérios problemas

de lateralidade principalmente em identificar esquerda e direita.

Entende-se ainda que sua leitura é mais lenta do que o esperado para sua

idade; demonstra lentidão nas quatro operações aritméticas e apresentam

dificuldade ao escrever números e letras, em memorizar a tabuada, em seguir

indicações de caminhos e em realizar sequências de atividades complexas.

Alguns sinais podem indicar dislexia em criança na fase escolar na visão de

Capovilla e Capovilla (2004, p. 60):

• Dificuldade especial em aprender a ler e escrever;

• Dificuldade em aprender o alfabeto, as tabuadas e seqüências como meses do ano;

• Falta de atenção ou pobre concentração;

Page 18: C206325 dislexia

18

• Reversão de letras e números (15 -51;b-d);

• Frustração, podendo levar a problemas comportamentais.

Outros sintomas observados são:

• Troca de letras, sílabas ou vocábulos que são similares graficamente: a-o

;e-c;f-t;m-n; v- u ; i-j ;

• Inversão de letras com escrita parecida, porém com diferente orientação

no espaço: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e, w-m;

• Troca de letras cujos sons são parecidos: d/t, j-x, c-g, m-b. v-f ;

• Acréscimo ou omissões de sons: casa por casaco, prato por pato;

• Ao realizar a leitura, pula linha ou retorna para a anterior;

• Ao ler, movem os lábios murmurando;

• Dificuldade na orientação espacial, não conseguindo se orientar com

mapas, globos e o próprio ambiente.

• Utiliza dedos para contar;

• Demonstram dificuldade de lembrar de objetos, nomes, sons, palavras, ou

mesmo letras;

• Alguns conseguem copiar do quadro com facilidade, porém na escrita

espontânea( ditado e/ ou redação) mostram extrema dificuldade;

• Atinge mais meninos que meninas;

CONDEMARÍN (1989) apud SAMPAIO (2010)

Algumas características ainda podem ser vistas em um disléxico: baixo

desenvolvimento da atenção; dificuldade em brincar com outras crianças; atraso na

linguagem, na escrita e no desenvolvimento visual; dificuldade em aprender rimas e

canções e em acompanhar a leitura de histórias e desinteresse por livros impressos.

Na visão de Ianhez (2002), a criança pode apresentar sinais importantes de

dislexia na fase escolar:

ü Trocas referentes à ortografia, porém depende do tipo de dislexia;

ü Dispersão e desatenção;

ü Desenvolvimento escolar abaixo do esperado para sua faixa etária, em

matérias específicas, que dependem da linguagem escrita;

ü Bom desempenho, nas avaliações orais, do que nas escritas;

Page 19: C206325 dislexia

19

ü Dificuldade para escrever, desenhar e pintar;

ü Esquece palavras facilmente;

ü Dificuldade de expressar-se, vocabulário pobre, frases curtas, estrutura

simples, sentenças vagas;

ü Problema de conduta: retração, timidez e depressão;

ü Necessita de um tempo maior para realizar as atividades de casa e de aula;

ü Não gosta de frequentar à escola;

ü Dificuldade na área da matemática, desenho geométrico e em decorar

sequências;

ü Apresenta picos de aprendizagem, num dia assimila e compreende os

conteúdos e noutro, parece ter esquecido o que aprendeu anteriormente.

Em seu trabalho, Vallet apresenta seis manifestações de

comportamento característico da dislexia, resumidas por alguns

pesquisadores: desorganização, inversões e “torções” de símbolos;

disfunção da memória auditivo/visual seqüencial;problemas na

padronização rítmica de sons, rimas, palavras e sentenças;

dificuldade de atenção focalizada; desordens de organização

corporal, coordenação e integração sensorial; distorções associadas

na cópia, na escrita e no desenho. (VALLET,

1986,P.63-64 apud BARRETO)

É importante ressaltar que antes mesmo da fase da alfabetização, a criança pode

apresentar algumas características que podem acarretar problemas na aquisição da

leitura e da escrita. Conforme Zorzi (2009), as crianças que, desde muito cedo, vêm

apresentando dificuldade na aquisição da linguagem falada, vocabulário pobre, as

dificuldades de compreensão entre outros sintomas, podem estar na categoria de

risco.

Entende-se que esse transtorno não é uma patologia, ela não tem cura e pode

ser detectada logo na pré-escola, porém mesmo que a criança esteja estudando em

uma escola convencional, possua funções cognitivas normais, a criança com dislexia

falha no momento da aquisição da leitura e da escrita.

Na visão de Capovilla & Capovilla (2004, p.59 e 60) alguns sinais podem indicar

dislexia em crianças pré-escolares tais como:

• Histórico familiar de problemas de leitura e escrita;

Page 20: C206325 dislexia

20

• Atraso para começar a falar de modo inteligível;

• Frases confusas, com migrações de letras: “A gata preta

prendeu o filhote” em vez de “a gata preta perdeu o filhote”;

• Impulsividade no agir;

• Uso excessivo de palavras substitutas ou imprecisas(como

“coisa”,”negócio”);

• Nomeação imprecisa(como “helóptero” para “helicóptero”);

• Dificuldade para lembrar nomes de cores e objetos;

• Tropeços, colisões com objetos ou quedas frequentes;

• Dificuldade em aprender cantigas infantis com rimas;

• Dificuldade com sequências verbais (como os dias da

semana) ou visuais (como sequencias de blocos

coloridos);

• Prazer em ouvir outras pessoas lendo para ela, mas falta de

interesse em conhecer letras e palavras.

Na perspectiva de Alves, Mousinho e Capellini (2011), uma vez que o transtorno

é detectado, inúmeros estudos comprovam que a intervenção precoce ajuda na

prevenção de crianças que apresentam desempenho de leitura e escrita abaixo do

esperado em relação a sua classe, durante a fase pré-escolar e nos primeiros anos

e escolaridade.

2.2 DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO

Após uma análise minuciosa dos sintomas de dislexia, é necessário realizar um

diagnóstico. O diagnóstico deve ser feito no período de alfabetização por volta dos 6

ou 7 anos. Segundo Carvalhais (2007) apud Cechella e Deuschle (2009), o

diagnóstico é de suma importância, sobretudo para definir estratégias de

intervenção, buscando o sucesso escolar.

No período de alfabetização, se o indivíduo apresentar alguns dos sintomas

concernentes ao transtorno de leitura, é necessário encaminhá-lo a um

psicopedagogo que é um profissional preparado para realizar uma avaliação mais

detalhada junto ao aluno nesta fase escolar.

Page 21: C206325 dislexia

21

Após identificar o problema, a criança deve ser avaliada por uma equipe

multidisciplinar, formada por neuropsicóloga, fonoaudióloga e psicopedagoga clínica

e, se necessário, será encaminhado a outros especialistas como neurologista,

oftalmologista e outros, conforme o caso. Os profissionais envolvidos devem verificar

todas as possibilidades antes de qualquer confirmação de dislexia. Nessa

perspectiva, de acordo com Olivier (2008, p.68):

“O psicopedagogo avaliará o paciente encaminhado, para detectar

distúrbios fonoauditivos, que exigirão encaminhamento a um

fonoaudiólogo e a um otorrino. Havendo deficiência na visão, poderá

ser indicado um oftalmologista. Também, certamente, o

psicopedagogo o encaminhará a um neurologista, para que exames

sejam realizados.”

Somente um diagnóstico multidisciplinar avaliará com precisão o que está

acontecendo com o indivíduo. De acordo com Fox (2009), a dislexia deve ser

avaliada por uma equipe multidisciplinar da área da saúde e os professores são

considerados parceiros fundamentais. A equipe multidisciplinar analisa o paciente

como um todo, detectando ou excluindo todas as possibilidades de dislexia. É o que

a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) chama de avaliação multidisciplinar e de

exclusão.

Ainda segundo a ABD, outros fatores deverão ser excluídos, como déficit

intelectual, distúrbio ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas

e adquiridas), problemas afetivos anteriores ao processo de fracasso escolar (com

constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar sérios problemas

emocionais, porém estes são consequências e não causas da dislexia).

É importante ressaltar nesse processo, o relato da escola, dos pais e observar o

histórico familiar e o desenvolvimento do paciente, pois essa avaliação não só

investiga as causas das dificuldades como permite um encaminhamento correto a

cada caso, através de um relatório por escrito.

Ao diagnosticar a dislexia, o encaminhamento define um tratamento detalhado

conforme cada caso, pois o profissional que assumir o caso, já saberá o problema e

terá acesso a dados importantes sobre o paciente. Na visão de Olivier (2008 p. 68):

Page 22: C206325 dislexia

22

”Depois de se obter o resultado de todos os exames necessários, é

que será verificado se realmente há dislexia. Havendo, será então

estabelecido o melhor tratamento, preferencialmente adaptado a

cada paciente, para que se tenham melhores resultados.”

Compreendendo as causas, as potencialidades e as individualidades do

indivíduo, o profissional que estiver acompanhando diretamente o paciente, pode

seguir a linha que achar mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma

firme e gradativa.

Um passo importante que a ABD sugere é “definir um programa em etapas e

somente passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi devidamente

absorvida, sempre retomando as etapas anteriores.” É o que ela chama de sistema

multissensorial e cumulativo.

É de suma importância que o professor e os responsáveis estejam atentos, pois

ao perceberem no aluno algumas características disléxicas, é necessário

encaminhá-lo o quanto antes para uma avaliação psicopedagógica, pois o quanto

antes for iniciado um tratamento, melhores serão os resultados.

A avaliação do indivíduo com dislexia deve ser tanto qualitativa quanto

quantitativa. A avaliação qualitativa engloba entrevistas com os pais ou responsáveis

e com a criança, análise clínica, e verificação dos relatos e de registros escolares.

Nessa avaliação é necessário observar alguns sinais que podem indicar dislexia,

pois esses sinais ajudam a detectar o transtorno e a criança é imediatamente

encaminhada a uma avaliação.

Já a avaliação quantitativa analisa os fatores específicos da leitura e da escrita,

observando a integridade das rotas de leitura e de outras habilidades cognitivas

destacando o processo fonológico, o processo visual, o sequenciamento, a memória

de trabalho e de longo prazo. (CAPOVILLA & CAPOVILLA, 2004).

Page 23: C206325 dislexia

23

CAPÍTULOIII

3.1- O PAPEL DO PROFESSOR E DO PSICOPEDAGOGO

Entende-se que o papel do professor nesse processo de diagnóstico da dislexia é

de suma importância, especialmente nos primeiros anos de escolaridade, pois

depois da família, o primeiro contato que a criança tem com o mundo é com a escola

e, consequentemente, com o professor.

Quando o professor percebe ou detecta no aluno dificuldade de ler e entender o

que lê, já é um sinal de risco que precisa ser investigado logo nos primeiros anos de

escolaridade.

Quando diagnosticado um quadro de dislexia, através de atividades pedagógicas

rotineiras, o professor percebe que algo não caminha bem, cabe à escola orientar a

família da criança de maneira que ela procure ajuda especializada visando o

diagnóstico multiprofissional e o tratamento do problema.(GOMES et al.,2009)

Para isso, é necessária uma investigação minuciosa e logo que o professor

detecta algum problema, o aluno deve ser encaminhado rapidamente ao

psicopedagogo.

Como já visto nos capítulos anteriores, os disléxicos apresentam grandes

dificuldades na aquisição da linguagem escrita ou falada, por isso o professor, ao

relacionar-se com este aluno, precisa tratá-lo com muita dedicação, atenção e

incentivo à criatividade, pois alguns disléxicos demonstram aptidões no campo das

artes. Conforme Olivier (2008, p.71):

“ O professor também tem papel fundamental na assessoria a este

aluno disléxico, para estimulá-lo em aulas de criatividade, não exigir

bom desempenho em aulas muito teóricas, não ridicularizá-lo nem

permitir que seus colegas o ridicularizem por não acompanhar a

classe.”

Sendo assim, as crianças disléxicas precisam ser valorizadas com atividades que

agucem cada vez mais essas habilidades e que promovam nelas a autoestima.

Uma das tarefas do educador é resgatar a autoconfiança do aluno, descobrir

outras habilidades que demonstrem facilidade e que possam acreditar em si mesmo.

Page 24: C206325 dislexia

24

O educador deve ter um olhar especial para cada aluno, compreendendo suas

dificuldades de maneira que possa encaminhá-los adequadamente para os

profissionais especializados nessa áreas e possam receber o tratamento adequado.

Na opinião de Fonseca (1995), o professor dos primeiros anos de escolaridade

deve buscar seus próprios instrumentos de diagnóstico a fim de conduzir suas

atividades de forma coerente. Da maneira que esses instrumentos permitam

detectar bem cedo quaisquer transtornos de aprendizagem, pois só através da

intervenção psicopedagógica pode ser considerada socialmente útil e quanto mais

cedo o diagnóstico, mais rápida era a solução do problema.

Abaixo, observam-se alguns procedimentos que podem ser adotados por

professores e até mesmo pelos pais de crianças disléxicas:

• A criança disléxica deve sentar-se junto à professora, a fim de que a

professora possa observá-la e ajudá-la nas suas tarefas;

• Cada conteúdo deve ser revisto sempre que necessário. Mesmo que a

criança esteja atenta na hora da explicação, porém isso não garante que ela

lembre do conteúdo na próxima aula.

• Educadores devem evitar insinuar ou chamar o aluno de lento, preguiçoso ou

pouco inteligente, bem como fazer comparações com outros colegas;

• Evitar que a criança leia em voz alta na frente dos colegas;

• Seus conhecimentos devem ser avaliados pelas respostas orais e não pelas

respostas escritas;

• Não esperar da criança que ela tenha habilidade para utilizar o dicionário. O

uso do dicionário deve ser cuidadosamente ensinado;

• Evitar dar várias regras ortográficas ao mesmo tempo. Como por exemplo: os

vários sons do “c” ou do “g’ ou dar uma lista de palavras com uma mesma

regra para o aluno aprender;

• Sempre que possível, solicitar a criança para repetir o que a professora pediu

para ela fazer, pois isso ajuda na memorização;

• A apresentação de atividade de escrita deve ser cuidadosamente analisada,

com cabeçalhos grandes, letras claras, maior uso de diagramas pouco uso de

palavras escritas;

• O ambiente em que o aluno está inserido deve ser calmo e quieto sem muitas

distrações;

Page 25: C206325 dislexia

25

• A escrita de forma é mais difícil do que a cursiva. A escrita cursiva facilita a

velocidade e a memorização da forma ortográfica da palavra;

• É preciso despertar na criança a autoconfiança, e despertar nela o prazer por

outras áreas tais como música, esporte,artes e tecnologia etc. (CAPOVILLA

&CAPOVILLA ,2004)

A criança disléxica apresenta dificuldades na construção fonológica, neste caso,

o professor pode auxiliar o aluno a perceber os sons das palavras. Segundo

Sampaio (2010) o professor pode auxiliar a criança trabalhando com rimas, de forma

que identifique os sufixos e prefixos de um determinado grupo de palavras ou que

começam com determinada letra. Confeccionar cartões, contendo figuras de palavra

que rimam, de forma que as crianças possam fazer esta diferenciação, buscar em

revistas palavras que rimam, trabalhar canções e poesias que rimam, são formas por

meio das quais o educador pode auxiliar uma criança a desenvolver sua consciência

fonológica, amenizando os problemas de leitura . A criança ao desenvolver sua

consciência fonológica facilitará à aquisição da leitura e da escrita.

Compreende-se que o professor é um instrumento para ajudar seu aluno

disléxico a sanar suas dificuldades em sala de aula. Para isso, De Luca(2011) apud

Teles (2011), aponta algumas estratégias tais como:dar um tempo maior para a

execução das avaliações e aplicá-las em sala separadas dos demais alunos; ler

oralmente as questões para auxiliar na compreensão; realizar provas orais e,

quando for prova escrita, explicar com detalhes em caso de confusão ou dúvida em

alguma questão; a utilização de tabuadas impressas, fórmulas ou calculadora

conforme a série; a integração do aluno disléxico junto a classe. Desta maneira, o

professor conseguirá avaliar o quanto seu aluno aprendeu e assim o aluno disléxico

tem grande chance de avançar no seu aprendizado.

O professor não deve discriminar o aluno disléxico em sala de aula, ao contrário,

deve incentivá-lo a fazer todas as atividades e elogiá-lo pelo esforço e pelos

avanços; tirar as dúvidas sempre que necessário; lembrá-lo de anotar os dias e

horários das provas, tarefas e pesquisas; solicitá-lo que faça anotações de

determinadas explicações; dá ênfase às provas orais.

Na visão de Caldeira e Cumiotto (2004), algumas atitudes elevam a auto estima

dos educandos disléxicos:

Page 26: C206325 dislexia

26

• Evitar discriminá-los diante dos colegas, não forçá-los a ler em voz alta,

nem relatando seus erros ou notas baixas diante de todos;

• Repetir falas e mensagens sempre que necessário;

• Ser paciente, quando estiverem copiando do quadro, dando-lhes mais

tempo para concluir as tarefas e incentivando-os;

• Na leitura de palavras longas, ensiná-los a separá-los com a ponta do lápis;

• Utilizar uma linguagem clara e, em línguas estrangeiras, preparar trabalhos

e pesquisa, pois eles apresentam muita dificuldade.

O professor precisa ter um olhar diferenciado e flexível para cada aluno que

apresenta alguma dificuldade, e compreender a natureza desses transtornos, buscar

o diagnóstico e uma avaliação adequada, para melhorar o aprendizado do aluno, e

se instrumentalizar , de forma que auxilie seu aluno da melhor maneira, pois há

muitos professores que lecionam e não sabem o que é dislexia.

Dessa forma, é importante ressaltar nesse processo a capacitação do

professor, pois ele precisa conhecer tal distúrbio e suas principais características

para que possa saber diagnosticar e fazer os encaminhamentos necessários.

Quando lhe faltaM essas informações, o trabalho em sala se torna mais difícil.

Sampaio(2010,P.117) dá algumas dicas para pais, professores e

psicopedagogos:

“os softwares da coleção”coelho sabido” são excelentes para

desenvolver reconhecimento de sons, de letras, fonética, rimas,

vocabulário, ortografia, além de outras áreas na matemática,

raciocínio lógico, ciências, artes etc., bem como a concentração”.

(Sampaio,2010 p.117)

É preciso levar em consideração a intervenção psicopedagógica no tratamento

do disléxico. A função do psicopedagogo é de extrema importância pois uma de

suas contribuições é de auxiliar a família no tratamento de um aluno disléxico.

Ao diagnosticar o quadro de dislexia, a família deve ser informada do problema e

ser orientada a lidar com tal problema, pois os pais são os principais responsáveis

pela ligação entre os especialistas envolvidos e a escola.

O psicopedagogo deve intervir através de tratamento que é realizado por meio de

intervenções explícitas e intensas na leitura, e o tratamento varia de acordo com

Page 27: C206325 dislexia

27

cada tipo de dislexia. Essas intervenções tem como objetivo promover o

desenvolvimento do aluno disléxico.

Neste sentido a ABD, apresenta algumas intervenções psicopedagógicas que

são importantes no tratamento de um aluno disléxico como por exemplo : integrá-lo

em sala de aula como alguém capaz de realizar as atividades com responsabilidade

e competência; reabilitação da leitura, dando condições ao aluno de adquirir a

educação formal.

Ao atuar com a criança disléxica, o psicopedagogo procura embasamento nos

diversos teóricos, para melhor atender e sanar as dificuldades, buscando novas

técnicas e habilidades que façam sentido para o aluno.

É preciso que o psicopedagogo associe o estímulo e desenvolvimento de suas

inclinações naturais, com o despertar das deficiências instrumentais, através de

métodos multissensoriais, como foi dito anteriormente, que parte da linguagem oral à

estrutura do pensamento da leitura espontânea, a análise temática, da construção

crítica e gerativa das idéias á expressão escrita. A psicopedagogia encontra real

significado quando atinge a família do disléxico onde pais ou responsáveis podem

cooperar com o tratamento.

Conforme a Associação Brasileira de Dislexia, a intervenção psicopedagógica

com o portador de distúrbio de leitura, tem por objetivo dar suporte às atividades de

sala de aula; demonstrar apoio pedagógico aqueles que precisam desenvolver

competências acadêmicas; incentivar a autonomia de cada um para vida social;

levar o educando a construir seu próprio aprendizado, sendo ele mesmo o sujeito do

seu conhecimento.

A ABD chama de intervenção psicopedagógica porque valoriza o “aprender a

aprender”, uma educação para a vida, levando em consideração a realidade do

aluno bem como sua própria história de maneira que o tratamento atenda cada um

individualmente.

Do ponto de vista de Vicente (2008) para uma intervenção psicopedagógica

eficaz é necessário que o profissional descreva a situação real do aluno bem como

seu problema e dificuldade aos pais e à escola e o que ocorre no cérebro das

crianças com transtornos de aprendizagem afim de representar fielmente o caso do

disléxico em seu plano de trabalho.

O psicopedagogo deve avaliar para intervir e a partir daí buscar solução que

amenize as dificuldades do aluno. A intervenção psicopedagógica deve acontecer

Page 28: C206325 dislexia

28

quando o profissional sente-se seguro teoricamente para atuar diretamente diante

dos educandos disléxicos. Lembrando que essa segurança vem a partir das trocas

de experiências e do atendimento direto com o disléxico, ou seja, a intervenção

psicopedagógica é uma capacidade, advinda da experiência, de realizar algo com

eficiência e competência.

A psicopedagogia entende a dislexia como um processo integrativo onde valoriza

os aspectos biológico e psicodinâmicos do indivíduo bem como a ligação entre

família e escola, buscando uma aprendizagem que lhe faça sentido de acordo com

suas potencialidades.

3.2- INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS

Para que o aluno disléxico tenha sucesso na sua vida escolar é preciso

basear-se em uma terapia multissensorial ligando a visão, a audição e o tato,

utilizando atividades práticas tais como:

• Relógio digital

• Calculadora

• Gravador

• Produção do próprio material de alfabetização

• Utilizar figuras e fotos, pois a figura é fundamental para sua aprendizagem.

(CALDEIRA E CUMIOTTO,2004)

É de fundamental importância no tratamento da dislexia o tipo de método que é

utilizado na fase de alfabetização. Segundo Capovilla (2002), existem dois métodos

de alfabetização indicados para alunos disléxicos: o método multissensorial e o

método fônico.

O método multissensorial é indicado para crianças mais velhas e o método fônico

é indicado para crianças mais jovens e deve ser aplicado logo no ínicio da

alfabetização.

O método multissensorial procura combinar várias características sensoriais no

aprendizado da linguagem escrita às crianças. Ao juntar as modalidades auditiva,

visual, cinestésica e tátil, esta metodologia facilita a leitura e escrita ao estabelecer a

conexão entre aspectos visuais que está relacionado à forma ortográfica da palavra,

auditivos estão ligados à forma fonológica e cinestésicos aos movimentos

Page 29: C206325 dislexia

29

adequados para escrever tal palavra. Este método, apesar de ser mais longo, é um

dos métodos mais eficazes para crianças mais velhas, que demonstram dificuldades

de leitura e escrita há muitos anos e que possuem histórico de fracasso na sua vida

escolar.

O método fônico tem dois objetivos principais: aprimorar as habilidades

metafonológicas e ensinar as relações grafo-fonêmicas. Este método ajuda na

comprovação de que crianças disléxicas têm dificuldades em distinguir , segmentar

e controlar de maneira consciente, os sons da fala. Esta dificuldade pode ser

amenizada com o inicio de atividades explícitas e sistemáticas de consciência

fonológica, durante ou mesmo antes da alfabetização.

Segundo Sampaio, algumas intervenções são importantes no tratamento de uma

criança disléxica:

• O tratamento deve ser realizado por um especialista, ou

alguém que tenha noções de ajuda ao dislexo. Deve, ainda,

ser individual e frequente;

• durante o tratamento, deve-se usar material estimulante e

interessante;

• ao usar jogos e brinquedos, empregar também os que

contenham letras e palavras;

• as atividades indicadas no livro de Capovilla(2000)- Problemas

de escrita:como identificar, prevenir e remediar em uma

abordagem fônica- são excelentes para serem desenvolvidos

tanto em sala de aula, pelo professor, quanto em consultórios;

• trabalhar com rimas, visando desenvolver sua consciência

fonológica. Brincar com as palavras;

• reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto

relevo, em diferentes texturas e cores. É interessante que a

criança percorra o contorno das letras com os dedos, para que

aprenda diferenciar a forma da letra. Pode-se usar uma caixa

de areia para que ele desenhe a letra com o dedo, usar tintas e

pincéis para que desenhe as letras que foram dita pelo

especialista;

• deve-se iniciar por leituras muito simples, com livros

atrativos,aumentando gradativamente, conforme o ritmo da

criança. Neste caso, o psicopedagogo irá observar se há um

Page 30: C206325 dislexia

30

vínculo inadequado com esta aprendizagem, pois sendo

assim, não se aconselha trabalhar com leitura, imediatamente,

até que este vínculo não esteja bem estabelecido, correndo o

risco de aumentar sua rejeição pela leitura;

• não exigir que faça avaliação em outra língua. Deve-se dar

mais importância à superação de sua dificuldade, do que à

aprendizagem de outra língua;

• o tratamento psicológico não é recomendado, a não ser nos

casos de grave complicação emocional;

• não estimular a competição com colegas nem exigir que a

criança responda no mesmo tempo que os demais;

• orientar o aluno, para que escreva em linhas alternadas, a fim

de que tanto ele quanto o professor possam entender o que foi

escrito, permitindo uma eventual correção;

• quando a criança não estiver disposta a fazer a lição, não a

force. Procure alternativas, mais atrativas, para que ela se

sinta estimulada;

• nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar

onde errou, porque errou e como evitar tais erros. Mas

atenção: não exagere nas correções, pois isso pode

desmotivá-lo (mostre os erros mais relevantes);

• os pais devem reler o diário de classe, sem criticar a criança

por não conseguir fazê-lo, uma vez que ela pode esquecer o

que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções;

• evitar situações em que a criança tenha de ler em voz alta, na

frente dos colegas;

• se possível, avaliar oralmente seus conhecimentos sobre

ciências naturais, geografia e história.

(SAMPAIO,2010,p.115,116 e 117)

As intervenções variam de criança para criança de acordo com o tipo de

distúrbios apresentados, mas dependendo da idade são utilizados materiais lúdicos

como computador,jogos e brincadeiras .

Page 31: C206325 dislexia

31

Crianças com dislexia que recebem o tratamento logo que, detectado o problema,

apresentam menos dificuldade no aprendizado da leitura. Utilizando-se métodos

adequados, a dislexia pode ser controlada.

Page 32: C206325 dislexia

32

CONCLUSÃO

Este trabalho de pesquisa aborda um dos problemas de aprendizagem, a

dislexia, que é um desafio para o profissional da educação no que se refere à

aplicação das intervenções pedagógicas necessárias a fim de que o educando não

alcance o fracasso escolar. Para isso, requer, acima de tudo, muito conhecimento

teórico-metodológico para distinguir com clareza o que está interferindo

negativamente em seu rendimento escolar. Deste modo, este trabalho monográfico

visa refletir sobre esse distúrbio de leitura mais comum em crianças de idade escolar

e que perdura na fase adulta.

É importante ressaltar a contribuição significativa deste estudo acerca da

dislexia uma vez que trouxe mais esclarecimentos quanto ao diagnóstico dos alunos

que apresentam dificuldades de aprendizagem, não por conta de desinteresse

próprio, mas devido aos fatores neurológicos, biológicos e genéticos que acarretam

sérias dificuldades na aquisição da leitura e da escrita.

Deve-se levar em consideração, nessa busca constante para auxiliar um

disléxico na sua vida escolar, a atuação de profissionais de diversas áreas tais como

psicopedagogo, fonoaudiólogo e neurologista. Enfatizar a importância do professor

como instrumento valioso no diagnóstico é imprescindível, pois através do seu olhar

diferenciado torna-se possível, desde muito cedo, detectar algum entrave no aluno

durante a fase de alfabetização. O professor junto com o psicopedagogo,

fonoaudiólogo fará os encaminhamentos necessários para auxiliar no tratamento do

disléxico buscando construir as melhores estratégias que facilitem o

desenvolvimento do aluno a fim de superar os obstáculos para avançar cada vez

mais na leitura e na escrita. A participação familiar durante esse processo contribui

nos resultados, tornando-os ainda mais produtivos. Segundo Freitas (2009) o olhar e

escuta do psicopedagogo compreendem a dislexia :sob os viés integrativo, onde se

valorizam os aspectos orgânicos e psicodinâmicos do indivíduo, bem como a

integração da família e da escola nesse processo.

Deste modo, esse trabalho nos remete a uma reflexão constante e um anseio

pela busca de novos conhecimentos bem como um olhar diferenciado dos nossos

alunos de forma individual e não coletiva, lembrando que cada um apresenta suas

peculiaridades e, logo, aprende de maneira única.

Page 33: C206325 dislexia

33

Essa pesquisa, portanto, tem o objetivo de ajudar o aluno a vencer os

obstáculos que se levantam diante dele por meio de mais subsídios teórico-

metodológicos para o profissional da educação, este que assume papel integrante

desse processo de diagnóstico da dislexia na fase escolar.

Page 34: C206325 dislexia

34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALVES, Luciana Mendonça,CAPELLINI Simone, MOUSINHO Renata.

Dislexia:Novos temas, novas perspectivas/ Luciana Mendonça Alves, Renata

Mousinho , Simone Capellini(organizadoras)- Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.

CALDEIRA, Elisabeth; CUMIOTTO,Dulce.Dislexia e Disgrafia:Dificuldades na

linguagem-Revista Psicopedagogia, 2004.

CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra.Compreendendo a dislexia: definição,

avaliação e intervenção. Cadernos de Psicopedagogia, 2002.

CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra e CAPOVILLA, Fernando Cesar. (2004b).

Neuropsicologia e aprendizagem:uma abordagem multidisciplinar. 2ª ed. São

Paulo,SP:Memnon,Capers e sociedade Brasileira de Neuropsicologis

FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2ª ed ,Porto

Alegre: Artes Médicas,1995.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,

2002.

IAK,Fátima Ali Zahra. Um estudo sobre os sentidos atribuídos ao aprender por

pessoas com dislexia. Dissertação(Mestrado) Programa de Pós-Graduação em

Psicologia da Universidade São Marcos.São Paulo, 2004.

IANHEZ, Maria Eugênia e NICO, Maria Ângela. Nem sempre sempre é o que

parece: como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. São Paulo: Elsevier,

2002.

OLIVIER, Lou. Distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Rio de

Janeiro:Wak Ed.,2008.

Page 35: C206325 dislexia

35

RELVAS, Marta Pires. Neurociência e transtornos de aprendizagem: as múltiplas

eficiências para uma educação inclusiva/ Marta Pires Relvas-4. ed. - Rio de

Janeiro:Wak ed.,2010.

SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de aprendizagem:a psicopedagogia na relação

sujeito,família e escola/ Simaia Sampaio.2.ed.Rio de Janeiro:WakEd.,2010.

SITES

ABD- Associação Brasileira de Dislexia

Acesso em : 21/03/2011 e 24/06/2001.Disponível em: www.dislexia.org.br

BARRETO, Evanice Ramos Lima.Dislexia:Hipóteses teóricas e métodos de

reeducação. Acesso em14/06/2011. Disponível em:

www.partes.com.br/educação/dislexiaereeducação.asp

Dislexia :Uma visão psicopedagógica. Acesso em 13/07/2011. Disponível em

:http://www.dislexia.org.br

Dislexia: O papel do professor-acesso em 03/07/2011

Disponível em http ://oquetenho.uol.com.br

DRUMOND. Simone Helen. Dislexia Acesso em:30/05/2011.Disponível

em:http://simonehelendrumond.blogspot.com/2010/ostiposdedislexia.html

DEUSCHLE,Vanessa Panda e CECHELLA, Cláudio.O déficit em consciência

fonológica e sua relação com a dislexia: Diagnóstico e intervenção.Acesso em

10/04/2011.Disponível

http://www.visionvox.com.br/biblioteca/c/consci~encia_fonológica_e_dislexia.txt.

FARIA ,Laura Niquini de. Dislexia Acesso em 24/05/2011

www.dislexiadeleitura.com.br/artigos

Page 36: C206325 dislexia

36

FOX,Flávia. A Dislexia e as dificuldades para ler e escrever. Acesso em

14/05/2011,Disponível em:

www.educarecuidar.com/2009/10/dislexia_dislexia_no_centro_das_discussões_sobr

e.html

FREITAS,Tânia Maria de Campos. Dislexia:Uma visão psicopedagógica. Acesso em

13/07/2011. Disponível em :http;//www.dislexia.org.br

GOMES, Daiana dos Santos, Morais,Edenisa Maria de , SANTANA,Graziela

Carneiro Santana,VAZ,Suzimar Aparecida S.,SANTOS,Valdinair Mendes,

MONTAGNINI, Magda Ivonete. Contribuições para um melhor desenvolvimento do

disléxico. Acesso em:13/07/2011. Disponível em http;//

www.psicopedagogiaclinica.com.br

GONÇALVES. Áurea Maria Stavale. A criança disléxica e a clínica psicopedagógica. Acesso

em: 23 de março de 2011. Disponível em: <http:www.dislexia.org.br>

GUIMARÃES,Sandra Regina Kirchner.Tipos de dislexia. Acesso em:23/05/2011. Disponível

em: http://ojs.c3sl.ufprbr./052/index.php/educar/article/newarticle

LEITE, Eliane Pisane. Dislexia .Acesso em: 10/04/2011. Disponível em

http://www.psicopedagogia. com.br

MARTINS, Vicente.Intervenção psicopedagógica.Acesso 20/07/2011.Disponível em

:http://www.portalsãofrancisco.com.br

NICO,MARIA ÃNGELA NOGUEIRA ,Dislexia acesso30/05/2011.Disponível em:

http://www.dislexia.org.br/material/artigos

RODRIGUES, Carolina. Dislexia Adquirida /Desenvolvimento/ Central/

Periférica;Dislexia Profunda. Acesso em 19/05/2011. Disponível em

htpp://psicologaclinica.blogs.sapo.pt

Page 37: C206325 dislexia

37

RODRIGUES,Maria Zita, SILVEIRA,Leila. Dislexia:Distúrbio de Aprendizagem da

leitura e escrita no ensino fundamental acesso14/05/2011. Disponível

em:http://artigos.netsaber.com.br/artigo_ sobre_dislexia:distúrbio

_de_aprendizagem_da_leitura_no_ensino_fundamental

ZORZI,Jaime Luiz. Dislexia:Diagnóstico e Intervenção sob o olhar da

psicopedagogia,Fonoaudiologia e Neurologia. Acesso em 24/06/2011. Disponível

em: http://www.psicopedagogia.com.br

Page 38: C206325 dislexia

38

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 10

Dislexia

1.1 – Definição de dislexia 10

1.2 – Tipos de dislexia 13

CAPÍTULO II

Dislexia nos primeiros anos e escolaridade

2.1.Principais sintomas 17

2.2.Avaliação diagnóstica 20

CAPÍTULO III

Atuação em conjunto do docente e psicopedagogo no tratamento do disléxico

3.1.Papel do professor e do psicopedagogo 23

3.2.Intervenções pedagógicas 30

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

ÍNDICE 38

Page 39: C206325 dislexia

39