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Contexto social roraimense: política e desenvolvimento econômico

Contexto social roraimense

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Contexto social roraimense: política e desenvolvimento

econômico

Contexto social

Apesar de sua distância e marginalidade em relação aos grandes centros, quem chega a Boa Vista se surpreende com a cidade planejada, bem organizada em termos gerais, relativamente limpa, tranquila, possuidora de vários ícones arquitetônicos arrojados, com avenidas largas, com carros em menor número se comparada a São Paulo ou Brasília;

Boa Vista é feita de migrantes, um lugar sem sotaque específico, fato que deixa muitos visitantes intrigados já no primeiro contato com o povo daqui; mas depois nota-se que Roraima é o lugar onde se encontram todos os sotaques do país, em particular, o sulino, o gaúcho, o maranhense, o goiano, não se limitando a esses;

Contexto social

No geral, as pessoas são bonitas, os de fora com suas belezas regionais e os caboclos com uma miscigenação linda e atraente em que alguns traços indígenas são facilmente identificáveis

Boa Vista tem uma elite que faz questão de pomposamente se afirmar como tal pela cidade, nos bares e nos restaurantes, boates, etc. com um social intenso, mulheres impecavelmente bem vestidas e maquiladas; e observa-se um evidente “show-off” de carrões, com uma preferência por caminhonetes de cabine dupla ou caminhonetes esportivas.

Contexto histórico roraimense

As primeiras notícias de que se tem conhecimento sobre a região de Roraima são oriundas do século XVII. São relatos de Christobal de Acunã, jesuíta e “cronista oficial da primeira viagem do capitão Pedro Teixeira pelo Rio Amazonas entre 1637 e 1639, missão que alargou os domínios portugueses até Quito, no Equador.

Os ingleses e os holandeses tiveram participação na história de Roraima desde o século XVI. A região sob controle inglês e holandês ficava muito próxima dos vales dos rios Negro e Branco, que faziam interligação com o território luso-brasileiro.

Contexto histórico roraimense

As ambições inglesas, holandesas e espanholas obrigaram a Coroa Portuguesa a estruturar uma fortificação militar. A obra foi chamada de Forte de São Joaquim do Rio Branco, sendo construído em local estratégico, na confluência dos rios Branco e Tacutu.

O início oficial do processo de colonização luso-brasileira no atual território do estado de Roraima foi marcado pela construção do Forte de São Joaquim. Por outro lado, a Igreja Católica tornou-se muito importante nessa colonização, pois o território era habitado por milhares de indígenas e o seu aldeamento pelos missionários facilitava o controle da região pelas autoridades portuguesas.

Representação de como seria o forte

Contexto histórico roraimense

No final do século XIX, o processo de ocupação territorial nos campos do Rio Branco se deu a partir de fazendas cujo objetivo era criar uma frente pecuarista, ocupando importantes áreas indígenas, como a dos uapixanas. No início do século XX, as fazendas de gado continuaram avançando sobre as áreas indígenas, mais a leste, nos territórios macuxi, no vale do Rio Tacatu.

Contexto histórico roraimense

Entre os anos de 1930 e 1940, no governo de Getúlio Vargas, foram tomadas, em face do abandono da região, várias medidas para incentivar a ocupação do atual estado de Roraima. Assim, em 1943, foi finalmente criado o Território Federal do Rio Branco, em uma área de 225 017 quilômetros quadrados.

O objetivo era preservar e garantir a posse da região para o Brasil. Para tanto, um decreto federal declarava a região “como área de segurança nacional”.

A criação do Território Federal de Rio Branco em 1943, depois denominado Território Federal de Roraima (1962), sempre atendeu à lógica da ocupação populacional naquela porção do território nacional como forma de garantir a presença brasileira e estabelecer um elo com a população indígena, obtendo certo grau de desenvolvimento econômico. Porém, apesar dos esforços dos governos, não se obteve o êxito desejado.

Contexto histórico roraimense

Com a Constituição de 1988 e a elevação do território à condição de estado da federação, Roraima teve sua primeira eleição para governador, o qual tomou posse em 1991. Também houve uma reorganização político-administrativa em 1990, passando de dois municípios para oito, e para 15 em 1997

Contexto político

Ao longo das últimas décadas, a história da política em Roraima tem sido construída tendo como combustível os sentimentos nada sublimes da traição e da vingança. Sabe-se que onde há disputa pelo poder há aliados e adversários. E que mudam de lado de acordo com as com as circunstâncias. Essa máxima é quase um mantra roraimense. Quando não são reconhecidos, quando são preteridos ou quando veem um horizonte melhor no lado oposto, eis que vem a mudança repentina.

Contexto econômico

As fontes de rendimentos da economia do Estado de Roraima estão diretamente ligadas às atividades nos setores de prestação de serviços, mineração, indústria e agroindústria. Um dos maiores problemas do Estado é em relação aos problemas decorrentes da falta de energia elétrica que prejudica o desenvolvimento efetivo de Roraima

A base produtiva do estado está na agricultura (arroz, feijão, milho, mandioca e banana), pecuária (bovino, suínos e aves) e o extrativismo animal, vegetal e mineral (bauxita, cobre, areia, argila, granito e ouro).

Roraima possui o menor PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, entre as 27 unidades da federação esse é o que menos produz riquezas. Esse fato é explicado genericamente, pois cerca de 70% da área estadual pertence às áreas de preservação indígena ou mesmo áreas de conservação ambiental.

Contexto cultural

A cultura de Roraima apresenta forte influência indígena. Entretanto, é marcada também pela influência dos colonizadores, e também pelos mestiços que habitam e habitaram a região. O artesanato é um dos marcos centrais da cultura, num misto de Nordeste com povos nativos. A dança tem sua origem em grupos folclóricos de boi-bumbá e cirandas. Entretanto, são notáveis também grupos de dança clássica e moderna.

A Academia Roraimense de Letras representa a literatura do estado, que vê, na musica, o Movimento Roraimeira como marca registrada da terra.