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Fichapermanente2 janicepereiradealmeida

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)

FACULDADE DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (FCI) CURSO DE ARQUIVOLOGIA Professora: Dra Cynthia Roncaglio

FICHAS DE LEITURA 1

Nome do (a) aluno (a): Janice Pereira de Almeida Data: 30/03/2017 Referência bibliográfica: ANDRADE, Ricardo Sodré; DA SILVA, Rubens Ribeiro Gonçalves. Aspectos teóricos e históricos da descrição arquivística e uma nova geração de instrumentos arquivísticos de referência. Ponto de Acesso, v. 2, n. 3, p. 14-29, 2008. Sobre o (a) autores (a): Ricardo Sodré Andrade é doutorando em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais pela Universidade do Porto e pela Universidade de Aveiro (Portugal). É bacharel em Ciência de Arquivos e Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Bahia (na cidade de Salvador, Brasil), onde trabalha como arquivista. É o editor do Portal do Arquivista, uma página do facebook, site e whatsapp lista de difusão para estudantes, profissionais e entusiastas da ciência dos arquivos (web e facebook).

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Publicou artigos em revistas científicas, trabalhos em conferências científicas e livros sobre ciência da informação, cultura, informação, representação e informação digital, juntamente com colegas do grupo de pesquisa. Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva, professor titular do Instituto de Ciência da Informação (ICI) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutor em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em convênio com a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-ECO, 2002), na área de concentração em Conhecimento, Processos de Comunicação e Informação, na linha de pesquisa em Processamento e Tecnologia da Informação. Mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ (UFRJ-EBA, 1994), na área de concentração em Antropologia da Arte. Graduado em História pela Universidade Santa Úrsula (Bacharelado e Licenciatura, RJ, 1989) e como Oficial de Intendência da Marinha pela Escola de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha (1979). Coordena o Grupo de Estudos sobre Cultura, Representação e Informação Digitais (CRIDI, CNPq, 2005). No ICI-UFBA já atuou como coordenador do Colegiado do Curso de Graduação em Arquivologia (2005-2009), curador da Parede Galeria (2007-2010), vice-diretor (2007-2010), exercendo desde 2010 o cargo de diretor. Foi membro do Conselho Nacional de Arquivos (2005-2009) e atualmente é membro de sua Câmara Técnica de Capacitação de Recursos Humanos. É associado à American Society for Information Science and Technology (ASIST), à International Society for Knowledge Organization (ISKO-Brasil), à International Association of Sound and Audiovisual Archives (IASA), à Associação Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ANCIB), à Associação Brasileira de Educação em Ciência da Informação (ABECIN), à Associação Brasileira de Profissionais da Informação (ABRAINFO) e à Associação dos Arquivistas da Bahia (AABA). Pesquisa e publica na área da Ciência da Informação, com ênfase

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nas temáticas da epistemologia da informação, fotografia, salvaguarda de patrimônio documental, digitalização, acervos fotográficos, audiovisuais e sonoros. Objetivo:

Fazer uma revisão de literatura e propor uma atualização do quadro relativo aos aspectos teóricos e históricos da descrição arquivística, dos instrumentos arquivísticos de referência tradicionais e uma nova geração de instrumentos de referência disponibilizadas pela Web 2.0, que permite outros graus de interatividade e acesso.

Argumento central: O artigo consiste em uma revisão de literatura em um trabalho de Mestrado

sobre aspectos teóricos e históricos da descrição arquivística, os instrumentos arquivísticos de referência tradicionais e a nova geração de instrumentos de referência, potencializados pela Web 2.0 compreendendo artigos de periódicos publicados entre os anos de 1993 e 2008. (pg.14)

Ideias principais: O autor afirma que a descrição documental é o “coração do trabalho

arquivístico”. (pg.17). E esse processo consiste em descrever conjuntos de documentos com base nos princípios basilares da arquivologia: proveniência; autenticidade, organicidade, respeito aos fundos etc. O arquivista deve sempre descrever o conteúdo, a estrutura e o contexto dos documentos, resguardando a imparcialidade e autenticidade da evidência, característica própria do documento arquivístico. (pg.17)

Segundo a sociedade dos Arquivistas americanos, na descrição arquivística

o “seu propósito é o de identificar, gerenciar, estabelecer controle intelectual, localizar, explicar o acervo arquivístico e promover o acesso” ( pg.15). De fato, essas são as principais razões que justificam esse trabalho do arquivista e mostram

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a necessidade de contínua evolução desse trabalho. Nesse processo, é fundamental que haja entendimento da documentação por meio da análise do seu contexto, estrutura e conteúdo, (análise diplomática, tipológica, dos princípios basilares da arquivologia etc).Essa visão é reforçada quando o autor coloca que : “ a descrição arquivística é uma representação produzida pelo arquivista, decorrente de um processo de pesquisa, com metodologia e métodos próprios da Arquivologia, que objetiva a produção de conhecimento sobre os arquivos e o acesso aos mesmos.”. (p.g 11).

A presunção de autenticidade, organicidade do acervo, o contexto, integridade são preservadas por meio do registro da cadeia de custódia, seu arranjo e as circunstâncias de sua produção e uso. Essas garantias são fundamentais para a preservação arquivística do conjunto documental. Desse modo, “proteger a autenticidade de um documento implica na preservação da sua identidade e integridade, que por sua vez pode ser feito também por meio da descrição arquivística”. (pág. 21).

A adoção de normas de descrição arquivística faz-se então necessária

devido a crescente volume de documentos produzidos pela tecnologia da informação que permitiu uma tentativa de padronização internacional/nacional para o acesso aos documentos de modo mais efetivo. A normatização do processo de descrição arquivística passou por várias fases desde a criação de normas e padrões nacionais/internacionais até a as novas perspectivas oportunizadas pela Web 2.0 para facilitar o acesso e o intercâmbio de informações. Ela está voltada preferencialmente para a descrição de documentos em fase permanente, mas que vem sendo aplicada na fase corrente e intermediária e em toda a cadeia da gestão documental.

Além disso, o autor trata da autenticidade, da integridade e identidade do documento como fatores importantes a serem analisados também na descrição arquivística garantindo a segurança na cadeia de custódia dos repositórios digitais documentais.

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As novas e antigas ferramentas de busca e acesso estão se atualizando cada vez mais, de modo que haja a criação de um novo tipo de inteligência coletiva e uma nova geração de instrumentos de pesquisa. (pág. 28). Para Van Garderen (2006b) essas características são fundamentais para a criação dos novos instrumentos arquivísticos de referência com regras que definem a boa usabilidade (usability) da interface, a adoção de padrões abertos (openness) e a possibilidade de criação de uma comunidade (community) em seu entorno.( pág. 27)

A disponibilização dos acervos na web é um processo em constante evolução que ganhou apoio com as normatizações e que segundo o autor “uma nova geração de instrumentos arquivísticos de referência, em constante construção e revisão, nunca finalizadas por conta da dinâmica que envolve o processo de representação da informação e nunca esgotadas em si, pela natureza de rede que adquire da plataforma internet.” (p.g 28). Citações (opcional): Comentários: O texto é conciso e mostra uma revisão histórica da criação dos primeiros manuais de arquivo, até os dias atuais. Demonstrando as características e a importância da descrição na arquivologia, o autor destaca os novos desafios surgidos na descrição documental nos sistemas de tecnologia da Web 2.0 , além de examinar algumas possibilidades no futuro da descrição arquivística, sinaliza os principais desafios enfrentados atualmente para se aplicar os princípios arquivísticos na era digital.

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FICHA DE LEITURA 2

Nome do (a) aluno (a): Janice Pereira de Almeida Data: 30/03/2017 Referência bibliográfica: LOPES, Luís Carlos. A descrição e as suas funções. In: LOPES, Luís Carlos. A nova arquivística na modernização administrativa. Brasília: Projeto Editorial, 2009. P.312-336. Sobre o (a) autor (a): Possui graduação em história pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1978), Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984) e Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1992). Neste último, foi aprovado com distinção. Fez dois pós-doutorados no exterior: um em ciências da informação, na Universidade de Montreal (Canadá - 1997-1998) e outro em comunicação na Universidade Paris 1 (Sorbonne/França - 2003-2004). Foi professor associado II da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência nas áreas de História Contemporânea do Brasil, Ciências da Informação (arquivística), e, nos últimos 11 anos, em Comunicação, com ênfase em Teorias da Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: ciências da comunicação, processos comunicacionais, comunicação pública, filosofia e comunicação e hermenêutica. Esteve, entre janeiro e dezembro de 2007, afastado em missão oficial no Canadá, na condição de Leitor de português ligado ao Consulado do Brasil e na Universidade de Quebec em Montreal, desenvolvendo atividades de ensino e pesquisa nas áreas de cultura brasileira e teorias da comunicação. Objetivo:

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Falar sobre a descrição como uma função intelectual importante do arquivista que está interligada a classificação e avaliação no processo de gestão documental. A criação de instrumentos de pesquisa e padronização das normas é um dos produtos desse trabalho de forma a garantir o acesso e a difusão da informação como meio de prova para o usuário. Argumento central: Explicitar a importância do trabalho arquivístico de forma profissional dentro do novo contexto tecnológico e social. A nova ciência arquivística deve se adaptar aos novos procedimentos, e apresentar novas soluções aos problemas antigos e digitais de forma a gerar novos sentidos e novas soluções a antigos e novos problemas. Ideias principais:

A descrição é das partes fundamentais do trabalho de um arquivista. Refere-se ao trabalho intelectual de mostrar o conteúdo dos fundos recolhidos por meio de uma organização lógica (geral para o particular) e fornecendo acesso ao usuário por meio de instrumentos de pesquisa e de busca informatizados.

A normalização do processo de descrição constitui-se de criação e adaptação

de normas internacionais e nacionais com o uso de padrões e códigos informáticos, a fim de dar maior interoperabilidade, acesso e uniformidade em relação aos dados trocados. Desse modo, a descrição começa no processo de classificação, contínua na avaliação e se aprofunda nos instrumentos de busca mais específicos. (pg.312).

A classificação é uma das atividades mais importantes do arquivista pois ela

dá visibilidade às outras funções e repercute na descrição, avaliação e destinação.A descrição é uma análise objetiva sobre fundos, começa na classificação e se aprofunda na elaboração de instrumentos de pesquisa, (mas não se limita somente a eles). Nos arquivos permanentes, a atividade descritiva tem como objetivo produzir esses instrumentos de pesquisa para o usuário que está na cadeia final dos

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processo.No corrente, temos um acesso mais geral das funções e da estrutura da função e do órgão e por isso, a descrição é mais voltada para o público interno.

Segundo princípios arquivísticos como da proveniência, respeito à ordem original, a hierarquia dos fundos se organiza de modo do geral para o particular, ou seja, das classes (grandes grupos) até a peça (documento), o arquivista tem a possibilidade intelectual de organizar a instituição e seus fundos de forma representativa do fundo documental intelectual e assim a conseguir um resultado mais eficiente o seu trabalho. Citações (opcional): Comentários: O texto expande a noção da arquivologia como um manual, mas procura a situar no contexto atual de uma ciência transdisciplinar que vem desenvolvendo uma epistemologia própria. Nesse sentido, o arquivista é o profissional capaz de interpretar o sentido do seu trabalho, de comunicar proficientemente os múltiplos sentidos das informações e dos documentos, além de ter responsabilidade social com o seu trabalho.