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jorge-barbosa
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• Nasceu em Barcelona, em 1936;• Advogado e economista;• Ministro das Relações para as Comunidades Europeias;• Conseller de Finanças da Generalitat / Presidente da
Delegação do Parlamento Europeu na Polónia: participou na implantação do Estado das autonomias, tutelando parte do processo de transformação económica dos países do Leste depois da queda do Muro de Berlim;
• Jornalista económico: BBC e The Economist ;• Representante do Fundo Monetário Internacional
na área das Caraíbas;• Professor em diversas instituições universitárias;• Autor de livros: “Viagem à Felicidade”, “A Alma
Está no Cérebro”;• Actualmente: dirige e apresenta o programa
“Redes na televisão espanhola”.
O cérebro pode deteriorar-se devido a um traumatismo ou em consequência de uma doença neurodegenerativa;
Devido à plasticidade cerebral, o cérebro é capaz de recuperar e substituir umas faculdades por outras, de manipular-se a si mesmo para solucionar problemas;
A ductibilidade permite que o cérebro se reorganize e consiga adaptar-se a novas situações;
Como os neurónios, com o tempo, perdem a capacidade de se dividir, o cérebro procura outros neurónios com os quais possa substituir as funções da zona danificada ou outras funções de modo a compensar a actividade de neurónios lesados;
A plasticidade modifica o cérebro, concentrando neurónios nas áreas mais precisas;
O cérebro realiza uma previsão sobre aquilo que deve esperar;
As ilusões não são mais do que um momento de desequilíbrio inesperado entre o que esperamos que vá acontecer e a realidade que se nos apresenta;
O cérebro é capaz de estabelecer uma distinção entre a informação procedente dos sentidos e a informação imaginada;
Quando imaginamos, o sistema visual está activado, enquanto que os dados auditivos, somatossensoriais e visuais do olho estão desactivados (inibidos): sistema visual parcialmente ligado;
Pensar no movimento melhora as destrezas e, inclusive, a força. Quando se imagina a realização de um movimento utilizam-se as mesmas estruturas cerebrais das que se empregam quando se está, efectivamente, em movimento (Ex.: Desporto);
“A simple smile is a big contagious gift”
Numa região do cérebro habitam células que são as causadoras do facto de os humanos tenderem a imitar aqueles que os rodeiam: “neurónios espelho”;
Estes neurónios são utilizados pelo macaco quando este simula mentalmente o movimento do companheiro;
Os neurónios espelho são activados da mesma forma que os neurónios responsáveis por um determinado movimento;
O riso e o choro são contagiantes porque os neurónios espelho permitem que quando vemos alguém emocionar-se, sintamos, também, essa emoção. Conseguimos, assim, ler a mente do outro e identificamo-nos com ele;
Os neurónios espelho encontram-se na área de Broca, a zona responsável pela fala, pelo que essa identificação com o outro possa estar intimamente relacionada com o surgimento da linguagem. Isto significa que a habilidade de imitar gestos conta com um emissor e um receptor comum ao diálogo gestual que, mais tarde, iria converter-se em comunicação verbal;
Com o aparecimento dos neurónios espelho, produziu-se a mudança estrutural que o cérebro necessitava para alcançar a sua actual capacidade intelectual.
Quando imaginamos algo, o cérebro actua como se o estivesse a ver, embora, na realidade, nos avise de que não o estamos a ver e, por isso, não envie sinais para a acção;
Quando imaginamos que fazemos algo, o cérebro actua como se o estivesse mesmo a fazer, mas evita a situação motora;
Quando vemos uma pessoa a fazer algo, activam-se os neurónios espelho no nosso cérebro e este actua como se estivéssemos a fazer o mesmo, embora a acção seja inibida;
O cérebro cria cópias no sistema motor. Ele consegue reconhecer uma acção unicamente olhando para ela porque, uma vez produzida e introduzida na rede motora, esta permitir-nos-á saber o movimento seguinte (previsão);
Sabemos o que significa quando vemos um ser humano a fazer algo. Trata-se de um conhecimento na primeira pessoa . Sabemos o que significa porque o experimentamos e sentimos;
Para compreender o mundo utilizamos versões ou padrões armazenados, aos quais recorremos quando necessário. O que acontece no exterior deveria adaptar-se ao padrões e versões interiores, dai a expectativas
Quando o nosso armazenamento de acções se vê exposto aos estímulos externos, sabemos o que significa, porque pertence ao nosso eu;
Não sabemos o que significa uma acção de um objecto exterior, cujo padrão não temos no nosso interior;
Com as expectativas, o ser humano capta as informações e as intenções dos outros e prevê aquilo que pode vir a acontecer;
O cérebro cria constantemente expectativas; Criam-se milhares de redes de acção interligadas , chamadas
“cadeias de acções”, que vão gerar as expectativas; Sempre que surgir algo que não esteja nas suas versões
interiores, a surpresa acontecerá; Este aspecto de criação do mundo
afecta as relações humanas. Porque é que o ser humano, por vezes, se relaciona tão mal entre si? Porque não lida apenas com as intenções, mas também com os sentimentos e emoções;
De acordo com o sistema de neurónios espelho, podemos compreender e assumir as emoções dos outros. A isto damos o nome de empatia;
A capacidade de conhecer a intenção dos outros não foi criada por motivos positivos, mas sim para enganar as pessoas (cérebro maquiavélico);
Ao que parece, este “cérebro maquiavélico” foi a base de sobrevivência dos primatas, mas, felizmente, possuímos o mecanismo da empatia em relação aos outros.
Sentimos e temos emoções, o nosso cérebro é capaz de as processar e compreender o mundo de acordo com as versões e padrões apreendidos;
O cérebro é um órgão desenvolvido para actuar. Sabe o que sabe e sente o que sente, mas no final… actua.
“The unstopable machine”
A criança aprende o que vê (atalho no d.8) http://www.youtube.com/watch?v=0IY6tgIS354
Ahhh! (atalho no d.10) http://www.youtube.com/watch?v=60yCyJhvxXI