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Psicologia do Trabalho 2
O QUE É O TRABALHO?O trabalho é algo inerente ao funcionamento evolutivo do humano, próprio da evolução da vida, constituído no bojo dos processos de formação da humanidade. Logo, pensar o trabalho em algumas contextualizações é articulá-lo aos processos naturalizantes de constituição do mundo e do humano, a ponto de caracterizá-lo como parte da suposta natureza humana.
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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT)
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Segundo RODRIGUES(1999), com outros
títulos e em outros contextos, mas sempre
voltada para facilitar ou trazer satisfação e
bem-estar ao trabalhador na execução de
suas tarefas, a qualidade de vida sempre
foi objeto de preocupação da raça humana.
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Conforme FRANÇA (1997: 80), “Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. Uma ferramenta de gestão.
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WORKAHOLIC“ A ética do workaholic: não é a de trabalhar para viver, mas viver para trabalhar. Para o workaholic, sua carreira é sua vida, seu culto. E o culto da carreira, que rege sua obsessão, é guiado pela Deusa do Sucesso. Ele reza a s receitas de profetas, gurus e “gente bem – sucedida ”: ele adora heróis empresariais, venera seus símbolos e prega sua palavras e ações com fervor, como se fossem verdades universais, como se todos devessem conhecer seu evangelho.”
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Eu não sou workaholic, apenas trabalho para relaxar!
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A QVT assimila duas posições antagônicas:
a reivindicação dos empregados quanto ao
bem-estar e satisfação no trabalho; e, de
interesse das organizações quanto aos
seus efeitos potenciais sobre a
produtividade e a qualidade.
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A QVT representa em que grau os membros
da organização são capazes de satisfazer
suas necessidades pessoais através do seu
trabalho na organização.
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A QVT envolve diversos fatores:
A satisfação com o trabalho executado;
As possibilidades de futuro na
organização;
O reconhecimento pelos resultados
alcançados;
O salário percebido;
Os benefícios auferidos;
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O relacionamento humano dentro do
grupo e da organização;
O ambiente psicológico e físico de
trabalho;
A liberdade e responsabilidade de decidir;
As possibilidades de participar.
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A QVT envolve os aspectos intrínsecos
(conteúdo) e extrínsecos (contextos) do
cargo.
Ela afeta atitudes pessoais e
comportamentos relevantes para a
produtividade individual e grupal, tais como:
motivação para o trabalho, adaptabilidade a
mudanças no ambiente de trabalho,
criatividade e vontade de inovar ou aceitar
mudança.
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Compensação Justa e Adequada:
Busca-se a obtenção de remuneração
adequada pelo trabalho realizado assim
como o respeito à equidade interna
(comparação com outros colegas) e à
equidade externa (mercado de trabalho).
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Condições de Trabalho: mede-se as
condições prevalecentes no ambiente de
trabalho.
Envolve a jornada e carga de Trabalho,
materiais e
equipamentos disponibilizados para a
execução das tarefas e ambiente saudável
(preservação da saúde do trabalhador).
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Oportunidade de Crescimento e
Segurança abarca as políticas da
instituição no que concerne ao
desenvolvimento, crescimento e segurança
de seus empregados, ou seja, possibilidade
de carreira, crescimento pessoal e
segurança no emprego.
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Integração Social na Organização pode-
se efetivamente observar se há igualdade de
oportunidades, independente da orientação
sexual, classe social, idade e outras formas
de discriminação, bem como se há o cultivo
ao bom relacionamento.
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Constitucionalismo mede o grau em que os direitos do empregado são cumpridos na instituição. Implica o respeito aos direitos trabalhistas, à privacidade pessoal (praticamente inexistente no mundo empresarial moderno), à liberdade de expressão (altamente em cheque, tendo-se em vista as enormes dificuldades de trabalho com registro em carteira).
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Trabalho e o Espaço Total da Vida deveríamos encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.
Relevância do Trabalho na VidaInvestiga-se a percepção do empregado em relação à imagem da empresa, à responsabilidade social da instituição na comunidade, à qualidade dos produtos e à prestação dos serviços.
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A importância das necessidades humanas
varia conforme a cultura de cada indivíduo
e cada organização sobretudo pela atuação
sistêmica de características individuais e
organizacionais (necessidades, valores,
expectativas... estrutura organizacional,
tecnologia, sistemas de recompensas,
políticas internas).
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Saúde e trabalho têm suas condições de possibilidade de existência combinadas e sincronizadas.A produção de subjetividade que constitui os modos de agir, pensar, perceber e investigar as causas acidentárias acaba por perpassar os discursos oficiais. Nesses discursos, apesar de a noção de culpabilidade manter-se como um jargão a ser rechaçado, ainda as causas, de forma marginal, coincidem com a culpabilidade.
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Vale ressaltar que o desafio imaginado pelos
seus idealizadores persiste, isto é, tornar o
QVT uma ferramenta gerencial efetiva e não
apenas mais um modismo, como tantos
outros que vêm e vão.
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SOFRER OU NÃO SOFRER, ESTA É A QUESTÃO?
Estudos na área de saúde mental e trabalho
têm abordado o tema do sofrimento psíquico
nas organizações em suas múltiplas facetas.
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Conforme DEJOURS (1996, p. 137): “O
sofrimento é inevitável e ubíquo. Ele tem
raízes na história singular de todo sujeito,
sem exceção. Ele repercute no teatro do
trabalho ao entrar numa relação, cuja
complexidade já vimos, com a organização
do trabalho”.
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A compreensão que os profissionais de RH possuem a respeito do sofrimento humano nas organizações influi nas concepções, atitudes e decisões por eles tomadas e na maneira como lidam com as pessoas na Empresa. Por outro lado, oferece o suporte ideológico às estratégias e às ações da área de Recursos Humanos. E se, por alguma razão, aí ocorre uma dissonância, surge o conflito de valores e o sofrimento.
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Significado do Trabalho - valor atribuído ao trabalho;
Conhecimento do Trabalho - valor atribuído ao conhecimento das atividades e dos objetivos do trabalho; nível de conhecimento relatado;
Controle sobre o Trabalho - valor atribuído ao poder exercido sobre as atividades; nível de controle exercido;
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Relacionamento Interpessoal- valor atribuído ao relacionamento interpessoal na equipe, entre pares e entre chefia e subordinados; qualidade do relacionamento; Conceito de Prazer e de Sofrimento- concepções sobre prazer e sofrimento; associações ideacionais e afetivas com o conceito; Existência de Prazer e de Sofrimento na Organização - constatação subjetiva sobre a existência de situações de prazer e de sofrimento no trabalho.
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Causas do Prazer e do Sofrimento- fatores causais ou favorecedores da emergência de prazer e de sofrimento na situação de trabalho; Efeitos do Prazer e do Sofrimento no Indivíduo - consequências para o indivíduo atribuídas às situações de prazer e de sofrimento.
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Formas de lidar com o Sofrimento- estratégias defensivas, individuais e coletivas, utilizadas para lidar com o sofrimento, positiva ou negativamente; e Papel do Profissional de Recursos Humanos - responsabilidades relativas ao gerenciamento das situações de prazer e de sofrimento atribuídas ao profissional de RH.
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As representações a respeito do significado
do trabalho referem-se à sua importância
para a sobrevivência. O não
reconhecimento do significado do próprio
trabalho induz ao desestímulo e o trabalho
passa a ser visto como algo desinteressante
(CODO, 1998).
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A definição de senso comum para prazer e
sofrimento - conceito de prazer e
sofrimento – é formulada em termos da
descrição das situações onde ocorrem essas
vivências: ora prazer e sofrimento são
representados por meio de fatores causais,
ora mediante a indicação de consequências.
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ERGONOMIA
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A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma
disciplina científica relacionada ao
entendimento das interações entre os seres
humanos e outros elementos ou sistemas, e
à aplicação de teorias, princípios, dados e
métodos a projetos a fim de otimizar o bem
estar humano e o desempenho global do
sistema.
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Os Ergonomistas contribuem para o
planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos,
ambientes e sistemas de modo a torná-los
compatíveis com as necessidades,
habilidades e limitações das pessoas.
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Ergonomia física: está relacionada com às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde.
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Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas.
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Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas sóciotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade.
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REFERÊNCIASQualidade de vida no trabalho (QVT). Disponível em: http://www.recursoshumanos.al.ms.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9:qualidade-de-vida-no-trabalho-qvt&catid=5:Not%C3%ADcias&Itemid=2
GUI, Roque Tadeu.Prazer e Sofrimento no Trabalho: Representações Sociais de Profissionais de Recursos Humanos .Disponível em: http://www.pol.org.br/publicacoes/pdf/revista2002_04_art10.pdf
O que é ergonomia. Disponível em: http://www.ergonomianotrabalho.com.br/ergonomia.html
LUZ, Leonardo Del Puppo, ANDRADE, Ângela Nobre de .Acidente de trabalho típico e bipoder. Fractal, Rev. Psicol., v. 24 – n. 2, p. 253-270, Maio/Ago. 2012.
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VASCONCELOS, Anselmo Ferreira. Qualidade de vida no trabalho: origem, evolução e perspectivas . Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 08, nº 1, janeiro/março 2001. Disponível em: http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/v08-1art03.pdf