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Princípio Vital, Vitalismo e uma Fisiologia Vitalista sob a óptica de uma historiadora da ciência.
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Pensando o Vitalismo
Princípio Vital, Vitalismo e uma Fisiologia Vitalista
Maria Thereza do Amaral
1 – Apresentação
2 – Princípio Vital, Vitalismo e uma Fisiologia
Vitalista
3 – Sugestões de Leitura
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Maria Thereza
do Amaral
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VeterináriaUnesp - Jaboticabal
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Homeopatia
Veterinária
clínica homeopata
Faculdade
Homeopatia médica – 1988-1989
Homeopatia veterinária – 1993 e 1996
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Homeopatia
Veterinária homeopata
Ensino de Homeopatia
Pesquisa em Homeopatia
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História da Ciência PUC/SP
Mestre – 2002
Doutora – 2010
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WEB e ciaDesde 1994
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Pressupostos
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Pensamento biológico
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Pensamento biológico
e
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Pensamento biológico
e
pensamento clínico
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Pensamento biológico
Visão biológica
Ver tudo do ponto de vista de um ser vivo
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Abordagem
transdisciplinar
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Ab
ord
age
m
tran
sdis
cip
linar
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Abordagem
transdisciplinar
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Redes
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Redes
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Redes
Visão sistêmica
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Redes
Funcionar/ver / pensar
Em Redes
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Pesquisadora
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Pesquisadora
História da Ciência
Doutorado (2010)
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Pesquisadora
História da Ciência
Doutorado
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Q
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Q
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Q
Q
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Princípio vital, vitalismo e a proposta de uma
fisiopatologia vitalista.
Uma abordagem teórica de um problema que afeta:
• A Homeopatia
• O Estudo do ser vivo
• Como se estuda o ser vivo
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E que busca estudar fatores, situações, fatos, teorias, co
nceitos pré Hahnemann.
Mas vistos por uma historiadora que tem formação em clínica e em
Homeopatia.
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‘Princípio vital’, ‘vitalismo’ e ‘fisiopatologia vitalista’
Um panorama particular da
França entre os anos de 1770 e 1820, em
estreita correlação com a faculdade de medicina
de Montpellier e os meios científicos de Paris, em
oposição a faculdade de Paris.
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‘Princípio vital’ ‘vitalismo’
Criação de fisiólogos do período
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‘fisiopatologia vitalista’
Criação da autora
São componentes de um mesmo conjunto teórico construído ao longo do tempo por diversos campos do saber
Necessitam ser analisados para que se entenda melhor a sua dinâmica, o seu contexto, o seu
conteúdo e sua construção.
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Esses termos, e seus respectivos conceitos,
se encaixam em uma categoria que podemos
chamar de ‘vitalismo médico de Montpellier’
(uma designação dada a posteriori)
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Pressupomos que sem que um conceito seja
estudado em seus próprios termos,
em sua época e dentro de seu modelo de ciência
específico e explicitado,
para que depois seja montado um encadeamento
com outros conceitos,
não se constrói uma rede conceitual-histórica
fidedigna.
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grupo de pesquisa do CESIMA e seu método geral de pesquisa em História da Ciência.
Estudar os conceitos, os autores e
suas obras dentro da dimensão em
que foram concebidos e na qual foram
expressas.
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Através de
documentos
as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes,
suas contextualizações e textualizações, e
as condições que contornam nossas escolhas,
delimitando nossa pesquisa
e nossa atuação como pesquisadores.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 43
Através de
documentos
as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes,
suas contextualizações e textualizações, e
as condições que contornam nossas escolhas,
delimitando nossa pesquisa
e nossa atuação como pesquisadores.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 44
Através de
documentos
as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes,
suas contextualizações e textualizações, e
as condições que contornam nossas escolhas,
delimitando nossa pesquisa
e nossa atuação como pesquisadores.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 45
Através de
documentos
as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes,
suas contextualizações e textualizações, e
as condições que contornam nossas escolhas,
delimitando nossa pesquisa
e nossa atuação como pesquisadores.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 46
Através de
documentos
as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes,
suas contextualizações e textualizações, e
as condições que contornam nossas escolhas,
delimitando nossa pesquisa
e nossa atuação como pesquisadores.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 47
Analisamos o trabalho feito pelo pesquisador ao trabalhar seus objetos,
analisamos o que foi estudado sobre ele e
analisamos o que outros autores consideraram sobre o autor e sua época.
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O documento
componentes Rede conceitual histórica
tempo
Interfaces
Vários campos do saber
Conjuntos teóricos
Sua construção Sua dinâmica Seu contexto Seu conteúdo
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Método
A análise de um documento
fontes Seu autor
fontes
fontes
fontesNosso
documento (1)
fontes
Lit. 2ª Lit. 2ª Lit. 2ª Lit. 2ª
tempo Análise historiográfica (2)
“contexto”, o que o cerca (3)
HistóriaSociedade
Religião Arte: música,
pintura, literatura,etc
Educação
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(1) A análise do documento
(2) A análise historiográfica
(3) A análise do que o cerca
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(1) O documento
Estudamos o texto através de uma análise de
argumentos, de sua coerência interna e vínculos
com outros textos, onde fazemos uma análise
do texto por ele mesmo, pelos dados que
fornece.
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(2) A análise historiográfica
Fazemos uma análise que implica na leitura
bidirecional texto-contexto, na procura por
indicações de continuidades e permanências de
conceitos, teorias e métodos científicos no
decorrer do tempo.
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(3) O que o cerca
Todo autor está imerso num universo particular, marcado por direções e influências específicas que nos dão um sentido maior que
somente a análise e a crítica do texto nos dariam.
Devem ser levadas em conta as especificidades dos contextos e discursos que formam e marcam as
concepções científicas de épocas diversas.
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Os termos e sua história
Barthez
Paul-Joseph Barthez (1734-1806) médico e fisiologista francês, estudou e dirigiu a faculdade de medicina de Montpellier.
Um fator determinante na literatura que se seguiu a partir do final do século XIX, entre dois períodos muito significativos da história da fisiologia médica.
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Os termos e sua história
Barthez
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Revolução Francesa
– Antes, durante e depois (reabilitado por Napoleão).
Mudanças na profissão médica, na saúde pública (hospitais) e no ensino da medicina na França.
Iluministas e enciclopedistas.
Paris e Montpellier – rivalidade “eterna”.
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Barthez
Sua principal obra, Nouveaux Éléments de la
Science de l`Homme, foi publicada em 1778, e é
onde ele propõe um método de estudo e de
compreensão fisiopatológica para o ser vivo.
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Barthez
Suas obras podem ser agrupadas em três fases:
de 1772 a 1774, a sua fase mais geral,
obras foram escritas em latim e
ele expõe, em sua obra Oration Academica de Principio Hominis Vitali (1772-1773), sua teoria do ‘princípio vital’, que ele detalhou na obra seguinte,
Nova Doctrina de Functionibus [Fonctionibus] Naturae (1774);
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Barthez
a fase que vai de 1778 a 1801,
ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês,
propõe, na obra Noveau Éléments de La Science de l’Homme de 1778, um novo modelo fisiológico,
coerente com uma proposta de abordagem de um ‘Homem Inteiro’ (Homme Entiere).
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Barthez
a fase que vai de 1778 a 1801,
ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês,
Que por sua vez estava inserida em uma proposta geral de conhecimento, a ‘Ciência do Homem’
(Science de l’Homme).
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Barthez
e fase a que vai de 1801 a 1806,
ocorre a aplicação de suas teorias em suas práticas médicas,
obras estas escritas em francês.
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Barthez
Em todas estas fases o que se observa é a evolução do conceito
de ‘princípio vital’.
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Barthez
Quando se fala em Barthez é muito comum o uso da expressão ‘princípio vital’ para caracterizar o que
seria seu ‘vitalismo’.
O conceito de ‘princípio’, apesar de muito utilizado em sua obra, era um conceito aplicado a várias
áreas e que fazia parte do contexto científico de sua época.
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Barthez
O desenvolvimento de uma ‘fisiologia do homem’, nas palavras do próprio Barthez:
“... são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias, sua reunião
em sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e da idade e sua extinção à
morte” .
P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l'homme, v.1, pp.35-6.
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Barthez
Para ele o uso do termo ‘princípio vital’ teria duas finalidades:
uma, seria a de usar uma expressão que possibilitasse “encurtar o cálculo analítico dos
fenômenos”
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Barthez
A outra teria a função de indicar que o fenômeno da
existência da vida em um ser vivo se dá através de
algo, que tinha as características de poder vir de fora do
corpo do ser ou não, que tinha a característica de não ser
a alma e também de estar intimamente ligado à matéria
a quem dava esta vida, mas não ser gerado por essa
matéria.
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Barthez
A esse algo Barthez deu o nome ‘princípio vital’.
P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l’homme, v.1, p. 18-9, p. 2.
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Barthez
Em Noveau Éléments de La Science de l’Homme,
Barthez afirma que “...eu chamo de Princípio
vital do homem a causa que produz todos os
fenômenos da vida no corpo humano.
O nome dessa causa é assaz indiferente e pode
ser dado à vontade.”
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Barthez
O que caracterizaria a dinâmica fisiológica de
Barthez pode ser colocado nos seguintes termos:
O que faz a vida ocorrer seria o ‘princípio vital’,
mas ele não definiria que ela é.
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Barthez
Esse ‘princípio vital’ agiria através de forças
que produziriam todos os fenômenos da
vida no corpo humano, desde seu início até
seu fim.
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Os termos e sua história
Dumas
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 73
Dumas
O médico e fisiologista Charles-Louis Dumas (1765 –1813), no prefácio de sua obra Principes de Physiologi, de 1800, cita três grandes direções nos estudos anatomo-fisiológicos que dariam origem a diferentes hipóteses:
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Dumas
A materialista
A espiritualista
A de outros fisiológos .
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 75
Dumas
A terceira, de outros fisiológos que consideram que todos fenômenos da vida não são devidos nem à matéria e tampouco à alma, mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade, sem ser movido por estímulos físicos do corpo material, nem dirigido pelas afecções morais ou previsões intelectuais do próprio pensamento.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 76
Dumas
Destas três ‘seitas’ derivariam todas as outras, que para Dumas estariam dividindo os fisiólogos:
a primeira dos mecânicos e dos químicos,
a segunda dos animistas e dos stahlinianos,
a terceira dos vitalistas.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 77
Dumas
A terceira orientação :
Barthez, responde furiosamente a Dumas...
(...mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos
os atos de vitalidade...)
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 78
Dumas
E foi aqui que o termo ‘vitalista’ foi cunhado e definido, ou seja, em 1800.
(‘princípio vital’ em 1772)
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 79
Os termos e sua história
Vitalismo
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 80
O vitalismo
Vitalismo é um termo usado para indicar
qualquer doutrina filosófica, médica ou
biológica que considere os fenômenos vitais
como irredutíveis aos fenômenos físico-
químicos.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 81
Essa irredutibilidade pode ser comum a todas
correntes, mas a forma como elas definem,
qualificam e quantificam esta
irredutibilidade, e o que elas procuram com
isso, varia enormemente.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 82
Embora este seja um núcleo de definição comum a
todas correntes, doutrinas, e visões ditas
‘vitalistas’, a expressão ‘vitalismo’ na realidade é
ambígua, e apesar de evidências superficiais não
indicarem isto, ela nós remete a vários tipos de
estudos e concepções, com objetivos diversos, e
feitos em épocas diversas.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 83
Uma de nossas dificuldades em conceituar e
contextualizar apropriadamente o termo
‘vitalismo’ é o fato de que ele foi discutido e
aplicado, com conceitos diferentes, em áreas
diversas, tais como filosofia, biologia, medicina,
química e fisiologia.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 84
Química,
(usada na obra de Barthez)
Tem, em geral, uma visão muito restrita quando
entende por ‘vitalismo’ uma corrente que afirmava
não ser possível sintetizar um composto orgânico
fora do corpo.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 85
Química X Vitalismo
... 1828 quando Friedrich Wöhler publicou um trabalho sobre a síntese de uréia, provando que compostos orgânicos podiam ser criados artificialmente e derrubando o vitalismo como base teórica para a distinção entre a matéria animada e inanimada.
(Wikipedia, História da Bioquímica)
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 86
Química X Vitalismo
... porém tende-se a “esquecer” que Hans Krebs (1900-1981) publicou em 1932 que o ‘ciclo da uréia’ é somente observado em células vivas...
(E. Kinne-Saffran, R. K. H Kinne, “ Vitalism and Synthesis of Urea”. American Journal of Nephrology, 19 (1999) : 290-294 )
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 87
[Mas, voltando...]
Nunca se deverá esquecer que os
termos ‘vitalista’ e ‘vitalismo’ foram
invenções do século XIX, que foram se
modificando ao longo do tempo.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 88
Os termos e sua história
Uma fisiopatologia vitalista
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 89
Os termos e sua história
Uma fisiopatologia vitalista
Uma designação dada a posteriori
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 90
Uma fisiopatologia vitalista
A fisiologia, no sentido moderno do termo, é o resultado de um longo processo de
construção.
Na pesquisa realizada durante o mestrado, abordamos a contribuição realizada nesse
sentido por Barthez
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 91
Uma fisiopatologia vitalista
Para Barthez a fisiologia
“..são as forças do Princípio Vital do homem, suas
comunicações ou simpatias , sua reunião em um
sistema, suas modificações distintas dentro dos
temperamentos e das idades e sua extinção à
morte”
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 92
Uma fisiopatologia vitalista
‘Princípio vital’ era o nome da causa experimental
da vida, apresentada a Barthez pela observação da
saúde e das moléstias no homem, ou seja, chegou a
essas conclusões por fatos observáveis e
observados.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 93
Barthez aborda em sua obra aspectos fisiopatológicos’ do homem :
• por que ele é um homem e gera um homem e não outra espécie.
• o que são moléstias,
• como se dão os movimentos, tanto dos músculos quanto dos órgãos internos,
• o que determina a estrutura e a coesão de todas suas partes,
• o que o faz envelhecer e morrer.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 94
Barthez propôs sua fisiopatologia baseado em
uma síntese de várias correntes filosóficas
(“científicas”) e fisiológicas vindas de um vasto
apanhado de tendências do século XVII e
XVIII, e outras anteriores.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 95
O ponto central de qualquer estudo dito
‘vitalista’ é o ser vivo, e esse fato não deve
jamais ser esquecido, pois os objetivos, os
pressupostos e as conclusões de um estudo
desse tipo jamais serão as mesmas que de
outras correntes fisiológicas.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 96
Os termos e sua história
Conclusão
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 97
‘Princípio vital’, Barthez
‘Vitalismo’, Dumas
Estes termos, e seus respectivos conceitos, se
encaixam em um ‘vitalismo médico de Montpellier’
que será uma designação dada a posteriori, assim
como o termo ‘fisiopatologia vitalista’ para designar a
fisiopatologia de Barthez.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 98
O dito ‘vitalismo’ de Barthez, assim como de outros
fisiologistas franceses do período, é muito útil
como subsídio para se formar um outro olhar
sobre o estudo do ser vivo em geral, sendo um
tema atual perante as novas visões da química e da
física, e suas interações com a biologia em geral, e
a fisiologia em particular.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 99
Barthez não se denominou um ‘vitalista’,
não fez nenhum tipo de ‘vitalismo’,
foi um estudioso médico, profundamente envolvido
em um programa de pesquisa fisiopatológica na
França, no século XVIII, na faculdade de medicina
de Montpellier em conjunção com determinados
círculos e sociedades de Paris.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 100
Sugestõesde
Leitura
Sugestões de Leitura
• WAISSE-PRIVEN, S. . Hahnemann: Um Médico de seu Tempo. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2005. v. 1. 131 p.
• WAISSE PRIVEN, S.I. . d & D: duplo Dilema. du Bois-Reymond e Driesch, ou a vitalidade do Vitalismo. 1a. ed. São Paulo: Educ; Fapesp, 2009. v. 1. 340 p.
• CIMINO, Guido, DUSCHENEAU, François. Vitalisms: from Haller to the Cell Theory. Proceedings of the Zaragoza Symposium XIXth International Congress of History of Science 22-29 August 1993, Firenze, Olschki, 1997.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 102
Maria Thereza do Amaral
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