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29/03/2015
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Universidade da Região da Campanha Centro de Ciências da Saúde
Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Clínica de Pequenos Animais
DISTÚRBIOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (parte I)
Profª Regina Pereira Reiniger
Bagé, 2015
Cavidade Oral Esôfago Estômago Intestinos Glândulas Anexas
Cavidade Oral
DENTES
•Estomatite
•Gengivite
•Periodontite
•Endodontopatia
•Ortodontia
•Fístulas oronasais e defeitos palatais
•Glândulas Salivares
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SINAIS CLÍNICOS DAS DOENÇAS DA CAVIDADE ORAL
•Dor
•Halitose
•Ptialismo
•Inapetência
•Disfagia
•Perda de peso
•Saliva tingida de sangue
ESTOMATITE
ESTOMATITE
Etiologia:
- Primária
Lesão na boca devido a inflamação da gengiva, ou irritações por agressões
químicas, mecânicas ou térmicas;
Traumatismos: atropelamento, objetos pontiagudos, ossos.
- Secundária
Doenças infecciosas: FCV (calicivírus felino)
FHV-1 (Herpes vírus felino tipo 1)
FIV (Vírus da imunodeficiência felina)
Felv (Vírus da leucemia felina)
Cinomose
CAV-1 (adenovírus canino)
ESTOMATITE Etiologia:
- Secundária
Doenças infecciosas
Distúrbios sistêmicos – IR, uremia, Diabetes. (a uremia é provocada pelas
bactérias presente na boca transformam ácido úrico em amônia agressão
da mucosa levando a estomatite.
Distúrbios imunomediados – pênfigo, lúpus eritematoso sistêmico,
sensibilidade alimentar, reações a drogas, idiopática.
Cáustica, tóxica ou irritante – Terapia antineoplásica
Desequilíbrios nutricionais – hipervitaminose A, déficit niacina
Doença Crônica – desnutrição protéica
Odontopatias
Neoplasia – CCE, fibrossarcoma, linfossarcoma
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
7 a 14 dias
OBS: Não usar corticoide em caso de Calicivirose ou Herpesvirose felina.
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PERIODONTOPATIAS
Gengivite e Periodontite
ANATOMIA E FISIOLOGIA
Periodonto
-Gengiva
-Ligamento periodontal
-Osso alveolar
-Cemento
Epitélio Juncional
Suco Gengival
Profundidade do sulco:0,5 a 1mm –gatos
1 a 3 mm - cães
DENTES
FATORES PREDISPONENTES
Reiniger, R. (2013)
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Reiniger, R. (2013)
Camara, Elisa (2013)
Reiniger, R. (2013)
Mello, Julia (2013)
FISIOPATOLOGIA
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SINAIS CLÍNICOS COMPLICAÇÕES
DIAGNÓSTICO
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FÍSTULAS
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FÍSTULAS FÍSTULAS
FÍSTULAS FÍSTULAS
TRATAMENTO
Limpeza dos dentes
Antibióticoterapia
-Ampicilina (10mg/Kg IM, 1 hora antes da limpeza)
-Amoxiciclina (6-20 mg/Kg – VO12/12 hs por 7 dias)
-Metronidazol+Espiramicina (1mg/Kg 24/24hs por 5 dias)
Clorexidina 0,12% como anti-séptico bucal (Periogard®, Periovet®, ,
Água oxigenada+bicarbonato)
Cuidados domésticos – escovação, uso de dentrifícios veterinários
Exames Periódicos
Remoção dos cálculos a cada 6 meses
http://www.youtube.com/watch?v=sEuoUsiBoac
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http://www.youtube.com/watch?v=uluWLm14AL4
ENDODONTOPATIA
SINAIS CLÍNICOS
•Sofrimento silencioso
•Aumento do volume facial
•Edema infra-orbitário
•Drenagem infra-orbitária
•Fístulação pela mucosa
•Coroa fraturada
•Coroa descolorida
-Ortodontia
-Fístulas oronasais e defeitos palatais
•Comunicações anormais entre a cavidade oral e nasal
•Tipos
primária
secundária
congênita
adquirida
braquicefálicos
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO
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TRATAMENTO
Castração
Neoplasmas
http://bullblogingles.com/2010/09/20/tumores-orais/
Os epúlides formação granulosa e irregular na gengiva.
É situado no tecido gengival geralmente perto dos incisivos ou dos
caninos.
Origina-se no tecido conjuntivo que fixa os dentes aos ossos da
maxila.
A causa desconhecida, mas ocorrem com mais frequência em
Boxers idosos, independentemente do sexo.
Remoção cirúrgica. Uma margem de tecido tem de ser removida
em torno do epúlides para se evitar as recidivas.
O prognóstico é favorável se esta patologia for detectada
precocemente.
http://www.hospitalanimal.net/cirurgiatecidosmoles.html
Epúlides
http://www.clinicaveterinaria.org/public/modules.php?mop=modload&name=Forums&file=viewtopic&topic=31700&forum=5
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DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
?? Depende do tipo...
GLÂNDULAS SALIVARES
ANATOMIA
Afecções Mucocele (sialocele) – Sinais Clínicos
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Pedroso, Maira (2010) Pedroso, Maira (2010)
Diagnóstico
Tratamento
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DISTÚRBIOS DO ESÔFAGO
• Função
• Anatomia – Músculo estriado
– Músculo liso
– Porção cervical
– Porção torácica
– Porção abdominal
– Esfíncter esofagiano inferior
Esôfago
• Inervação – Nervo glossofaringeano
– Nervo vago
• Fases da deglutição – Orofaringeana
– Esofageana
– Gastroesofageana
Distúrbios do esôfago
Quais os principais sintomas?
– Regurgitação – Disfagia – Sialorreia – Dor ao deglutir – Anorexia, depressão e febre – Perda de peso e desidratação
Distúrbios do esôfago
Quais as principais doenças?
– Megaesôfago – Corpo estranho – Estenose esofágica – Esofagite – Neoplasia
Distúrbios do esôfago
Quais as principais complicações?
– Pneumonia aspirativa – Esofagite
Regurgitação Expulsão passiva de alimento ou fluído a partir
do esôfago (geralmente não digerido)
Causas – Megaesôfago – Corpo estranho – Estenose esofágica – Esofagite – Neoplasia
Tempo de regurgitação X tempo de ingesta Localização da disfunção esofágica Grau de obstrução Presença ou ausência de dilatação esofagiana
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Queixa do proprietário:
VÔMITO
Megaesôfago
Megaesôfago Fraqueza esofágica
• Definição
– Dilatação esofágica
– Hipoperistaltismo
• Etiologia
– Congênito
– Adquirido
• Cães jovens
• Raças predisponentes • Schnauzer miniatura
• Fox terrier
• Sharpei
• Pastor Alemão
• Setter Irlandês
• Golden Retriever
• Regurgitação iniciada durante ou logo após o desmame
Megaesôfago congênito
• Dilatação esofagiana generalizada
• Secundário a outras doenças
– Disfunção neuromuscular difusa
• Epidemiologia
– Animais adultos
– Cães mestiços ou de raça
Megaesôfago adquirido
• Miastenia grave
• Hipoadrenocorticismo
• Hipotiroidismo
• Intoxicação por chumbo
Doenças primárias
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Sinais Clínicos
Regurgitação – Minutos ou horas após a refeição
– Frequência – Semanal/Diária
Perda de peso
Apetite aumentado/Inapetência
Tosse
Secreção nasal mucopurulenta
Febre
Atrofia muscular/Déficit neurológico
• História
• Sinais Clínicos
• Exames complementares
– Radiologia
• Radiografia simples e contrastada
– Hemograma
– Perfil bioquímico
Diagnóstico
• Creatina quinase –CK (elevada)
• Aspartato aminotransferase -AST-TGO(elevada)
• Tiroxina-T4 (diminuído)
• Colesterol (hipercolesterolemia)
• Sódio (hiponatremia)
• Potássio (hipercalemia)
• Titulação de anticorpo anti-receptor de acetilcolina (≥0,6nmol/dL)
• Concentração sanguínea de chumbo (≥60µg/dL)
Perfil bioquímico Radiologia
Radiografia simples – dilatação esofágica
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAANncAA/radiografia-contrastada-esofago-veterinaria
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• Anomalia vascular.
• Estenose esofagiana
• Corpo estranho
Diagnóstico diferencial
REGURGITAÇÃO!!!!!!!
• Remover e/ou tratar a causa
• Alimentação elevada em ângulo de 45 a 90 graus
• Manter em posição elevada por 5 a 10 minutos pós alimentação
• Várias refeições ao dia com volumes menores de alimento
• Consistência do alimento – Pastoso a sólidos
– Determinar o melhor regime alimentar para cada animal
Tratamento
• Pneumonia aspirativa
• Esofagite
Complicações
• Pneumonia aspirativa – Antibioticoterapia
• Amoxacilina 11-22mg/kg
• Cefalexina 20-30mg/kg
• Esofagite – Protetores de mucosa
• Sucralfato – 500mg – 1g, 6/6h – 8/8h
– Antiácidos • Omeprazol – 0,5-2mg/kg – 12/12h – 24/24h (Losec - omeprazol- cáps 10,
20,40mg – frasco-ampola 4mg/ml)
Tratamento das complicações
http://www.youtube.com/watch?v=YvmFyFiuHN8
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• Reservado
Prognóstico
Corpos estranhos esofágicos
Corpos estranhos esofágicos Definição
Etiologia ◦ Ingestão de ossos
◦ Ingestão de pedras ◦ Ingestão de anzóis
◦ Ingestão de tecidos ◦ Ingestão de pedaços grandes
de alimentos
Casuística ◦ Mais comum em cães
Locais Anatomia ◦ Entrada do tórax
◦ Base do coração ◦ Hiato esofágico distal
Classificação ◦ Obstrução parcial ◦ Obstrução total
Extensão da lesão ◦ Tamanho e angularidade do
corpo estranho ◦ Tempo de duração da obstrução
Sinais Clínicos
• Hipersalivação
• Movimentos de deglutição
• Desconforto evidente
• Regurgitação
• Ânsia de vômito
• Angústia respiratória
• Odor fétido do ar expirado
• Disfagia
• Anorexia
• Perda de peso
Radiologia
• Radiografias simples
– Objetos radiopacos
– Ar visualizado cranialmente ao corpo estranho
– Perfuração do esôfago ar no mediastino adjacente ou estruturas pulmonares
• Radiografias Contrastadas
– Objetos radioluscentes
– Localização da obstrução
– Grau de obstrução
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Endoscopia • Visualização do objeto estranho
• Avaliação da extensão da lesão esofágica
Tratamento
Remoção do corpo estranho
Tratar a esofagite
Repouso esofágico
Dieta branda
Monitorar complicações
• complicações – Esofagite
– Laceração da mucosa
– Perfuração esofágica
– Pleurite
– Estenose esofágica
– Formação de fístulas
– Formação de úlceras esofágicas persistentes
• Dieta
• Medicamentoso
– Omeprazol 0,5-2mg/kg – 12/12h – 24/24h, VO – IV ou
Ranitidina 1-2mg/kg – 8/8h – 12/12h, VO – IV
– Metoclopramida – 0,2 – 0,4mg/kg 8/8 – 12/12h VO antes das refeições
– Sucralfato – 500mg – 1g, 6/6h – 8/8h, VO
– Prednisona – 0,5-1mg/kg, 12/12h, VO
Tratamento
Esofagite
• Definição • Etiologia
– Refluxo gastroesofagiano • Acidez - enzimas
– Refluxo relacionado a anestesia • Atropina
– Corpo estranho – Retenção de alimento – Vômito persistente – Lesão cáustica – Lesão térmica
Esofagite Sinais clínicos
• Suave – Leves ou não existentes
– Aumento dos movimentos
de deglutição
– Salivação excessiva
– Inapetência
• Grave – Salivação excessiva
– Regurgitação
– Vômito
– Disfagia
– Anorexia
– Perda de peso
– Pescoço estendido
– Relutância em deitar
Ulceração persistente
Formação de estenose
Perfuração esofágica
Eliminação da causa
Cicatrização rápida
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• História
• Exame físico
• Exames complementares
– Endoscopia • Normal (30%)
• Eritema
• Erosão
• Hemorragia
– Biópsia
Diagnóstico
• Autocura
• Dieta
• Medicamentoso – Antiácidos
• Omeprazol 0,5-2mg/kg – 12/12h – 24/24h, VO – IV
– Losec - Omeprazol
– cáps 10, 20,40mg – Inj 4mg/ml
• Ranitidina 1-2mg/kg – 8/8h – 12/12h, VO – IV – Antak – Cloridrato de ranitidina
– Comp 150, 300mg – xarope 15mg/ml – Inj 25mg/ml
• Cimetidina 5-10mg/kg – 6/6h - 8/8h, VO – IV
– Tagamet – Cimetidina
– Comp 200, 400, 800mg- Sol. Oral 40mg/ml – Inj 150mg/ml
Tratamento
• Metoclopramida
– 0,2 – 0,4mg/kg 8/8 – 12/12h VO antes das refeições • Plasil – Cloridrato de metoclopramida
» Comp 10mg; gotas 4mg/ml
• Sucralfato
– 500mg – 1g, 6/6h – 8/8h, VO
• Prednisona
– 0,5-1mg/kg, 12/12h, VO
Estenose esofágica
• Definição – Estreitamento anormal do lúmen do esôfago – Localizada em qualquer região do esôfago
• Adquirida
• Etiologia – Refluxo do conteúdo estomacal ácido do animal
anestesiado – Remoção corpo estranho – Ingestão de substâncias cáusticas – Esofagites
Estenoses esofágicas • Inflamação grave
• Lesão da submucosa esofágica
• Lesão das camadas musculares
• Alterações fibróticas
• Estenose
Fisiopatologia
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• Regurgitação e disfagia progressivos
• Anorexia
• Perda de peso
• Desnutrição
• Pneumonia aspirativa
Sinais clínicos
Regurgitação em seguida da alimentação Disfagia (Ingere alimentos líquidos e sólidos)
Disfagia pronunciada (Somente ingestão de
alimentos líquidos)
Dilatação esofágica cranial a estenose Permite o acúmulo de alimento Regurgitação pode ocorrer algum tempo após a ingestão
Exames auxiliares
• Radiologia
• Radiologia contrastada – Estreitamento segmentar
ou difuso
• Endoscopia
• Tratamento dietético
• Tratamento da esofagite – Protetores da mucosa esofágica
• Sucralfato- 0,5-1,0g 6/6h
– Inibidores da secreção de ácidos gástricos
• Omeprazol- 0,5-2,0mg/kg 12/12 ou 24/24h
• Tratamento da estenose esofágica – Medicamentoso
• Glicocorticoides – Prednisona 0,5-1,0mg/kg 12/12h
– Ambulatorial (50-75% de êxito)
• Velas ou balões
– Cirúrgico (<50%)
Tratamento Dilatação do esôfago com balões
Neoplasias
• Primárias • Benignos
– Leiomioma
• Malignos – Carcinoma
– Fibrossarcoma
– Osteossarcomas
• Tumores metastáticos • Carcinomas
Principais Neoplasias
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• Regurgitação de progressão lenta
• Disfagia
• Sialorreia
• Perda de peso
• Debilitação
• Sinais clínicos em outros sistemas
Sinais Clínicos Exames auxiliares • Radiografia simples
– Retenção de gás intraluminal cranial
• Radiografia contrastada – Delinear o aumento de volume
• Endoscopia – Visualização de massas
– Biopsia
• Cirúrgico
• Quimioterapia
Tratamento
Distúrbios do Estômago
Distúrbios do Estômago
. Gastrite aguda
. Gastrite crônica
.Ulceração gastroduodenal
.Obstrução do escoamento gástrico
.Dilatação vólvulo-gástrico
• Órgão em forma de bolsa
• Esfíncter esofagiano inferior e piloro
• Quatro regiões anatômicas e funcionais – Cardia
• Entrada da ingesta e impedimento do refluxo
– Fundo • Dilatação
– Corpo • Armazena a ingesta e secreta ácido clorídrico e pepsina
– Antro e piloro • Moer a ingesta e limitar o tamanho das partículas que irão passar para o
duodeno
Estômago Anatomia e Fisiologia
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• Parede – Camada mucosa
– Camada submucosa
– Camada muscular
– Camada serosa
• Motilidade
Estômago Anatomia e Fisiologia
. Células do epitélio da mucosa
- Prostaglandinas, muco e bicarbonato
. Glândulas do cárdia
- Muco e pepsinogênio
. Glândulas do fundo e do corpo
- HCl e pepsinogênio
. Glândulas do antro
- Pepsinogênio, muco e gastrina
• Secreção de muco
• Secreção de bicarbonato
• Barreira contra difusão retrógrada de íons de hidrogênio para a mucosa
• Microcirculação
• Renovação rápida das células epiteliais
• Prostaglandinas protetoras
• Sistema imune da mucosa
Barreira da Mucosa Gástrica Vômito
Salivação
Náusea
Vômito improdutivo
Vômito
Doença no estômago ou intestino proximal
Doença
metabólica
Gastrite aguda
• Inflamação e lesão da mucosa gástrica em resposta a uma agressão
• Causa mais comum de vômitos em cães e gatos
• Afecção autolimitante e leve
– Vômito agudo
– Sem causa aparente
– Resolução 24-48h
Gastrite aguda
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Etiologia
Alteração dietética
Ingestão de corpos estranhos
Material vegetal ingerido
Substâncias químicas irritantes ou
toxinas
Drogas
Infecções virais
Distúrbios sistêmicos
Fisiopatologia
Falha na barreira da mucosa gástrica
Inflamação
Ativação da microcirculação da mucosa
Renovação epitelial rápida
Ativação do sistema imune da mucosa
Produção de Secreções epiteliais
Grau de Lesão Causa x Proteção
Mucosa gástrica ETIOLOGIA
Sinais clínicos
• Evolução
• Início agudo de náusea e vômito
• Salivação excessiva
• Anorexia aguda
• Depressão e letargia
• Dor abdominal
Gastrite aguda
Cura Diarreia
Desidratação Doenças
Metabólicas
• Anamnese
• Exame físico
• Exames complementares
• Resposta a terapia
Diagnóstico
Gastrite aguda
• Hemograma
• Bioquímico: Fç hepática
• Fç Renal
• Parasitismos TGI
• RX
• Endoscopia
Tratamento • Restrição dietética
• Manutenção da hidratação – Via oral
• Água ou solução fisiológica gelada
– Via endovenosa • Solução isotônica • Suplementação
– Potássio (2mEq/l de líquido)
– Glicose (1ml de sol. de glicose a 50%/kg)
• Terapia médica
– Antieméticos • Metoclopramida-
– 0,2-0,4mg/kg
– VO, IM, SC, IV 8/8h
– Antiácidos • Omeprazol
– 0,5-2,0mg/kg
– VO 24/24h
Gastrite aguda
Se o vômito não for resolvido em 1 a 2 dias Realizar avaliação diagnóstica detalhada!!!!!!!
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Gastrite crônica
Gastrite crônica
• Cães e gatos
• Vômito crônico e episódico
• Patogenia – Danos contínuos na mucosa gástrica
– Retrodifusão de ácido gástrico
– Lesão adicional da mucosa
– Inflamação da mucosa
Classificação
- Idiopática crônica + comum
- Atrófica – helicobacter spp.
- Hipertrófica (+ em cães idosos e machos)
Classificação histológica ◦ Linfocitária-plasmocitária ◦ Granulomatosa ◦ Eosinofílica
Gastrite crônica Etiologia ◦ Complicação da gastrite aguda ◦ Ulcerações gastroduodenais ◦ Refluxo enterogástrico ◦ Helicobacter sp ◦ Alérgica ◦ Associada a drogas ◦ Parasitária ◦ Tóxica ◦ Urêmica
Gastrite crônica
• Secreção de muco
• Secreção de bicarbonato
• Barreira contra difusão retrógrada de íons de hidrogênio para a mucosa
• Microcirculação
• Renovação rápida das células epiteliais
• Prostaglandinas protetoras
• Sistema imune da mucosa
Barreira da Mucosa Gástrica
Lesão contínua na mucosa gástrica
Falha na barreira de proteção da mucosa gástrica
Retrodifusão do ácido hidroclorídrico
Resposta inflamatória
FISIOPATOLOGIA
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• Vômito intermitente – Semanas a meses – Não associado a ingestão de alimentos – Erosões e úlceras - hematoemese e melena
• Gastrite por refluxo
– Náuseas, vômito de fluído corado por bile ou espuma no início da manhã – estômago vazio
– Dor abdominal
• Pouco frequente
– Anorexia – Perda de peso – Dor abdominal
Sinais Clínicos Gastrite crônica
• Anamnese
• Exame físico
• Avaliação laboratorial
• Radiografia
• Endoscopia
– Biopsia- Confirmação do diagnóstico
• Laparotomia
Diagnóstico Gastrite crônica
Anemia regenerativa ou não, hipoproteinemia,
leucocitose por neutrofilia e eosinofilia.
Anemia associada a problemas GI, e na
ausência de outras causas de perda sanguínea
sugere ULCERAÇÃO
• Anamnese
• Exame físico
• Avaliação laboratorial
• Radiografia
• Endoscopia
– Biopsia- Confirmação do diagnóstico
• Laparotomia
Diagnóstico Gastrite crônica
Espessamento
Irregularidade da mucosa
Hemorragia
Ulceração
Nódulos difusos
Gastrite crônica
Alterações da mucosa
Tratamento
• Eliminar as causas de gastrite
• Dieta
– Facilmente digerível, ou de eliminação (alergia alimentar - eosinofílica)
– Rica em carbohidratos
– Restrita em gorduras
– Refeições pequenas e várias vezes ao dia
Gastrite crônica
Tratamento • Controle da acidez
• Distúrbio de motilidade secundário
Gastrite crônica
• Protetor de mucosa
• Antibiótico (Helicobacteriose)
• Corticosteroides – biópsia com infiltrado inflamatório grave, gastrite linfocitária/plasmocitária ou eosinofílica.
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Tratamento • Controle da acidez
• Omeprazol 0,5-2mg/kg 12/12h
• Cimetidina 5-10mg/kg VO 6/6h
• Ranitidina 2mg/kg VO 3 a 4 x ao dia
• Distúrbio de motilidade secundário
• Metoclopramida- 0,2-0,4mg/kg VO, IM, SC, IV 8/8h
Gastrite crônica
• Protetor de mucosa
. Sucralfato – 0,5 a 1 g antes das
refeições
• Antibiótico (Helicobacteriose)
• Corticosteroides – biópsia com infiltrado inflamatório grave, gastrite linfocitária/plasmocitária ou eosinofílica.
Tratamento • Controle da acidez
• Omeprazol 0,5-2mg/kg 12/12h
• Cimetidina 5-10mg/kg VO 6/6h
• Ranitidina 2mg/kg VO 3 a 4 x ao dia
• Distúrbio de motilidade secundário
• Metoclopramida- 0,2-0,4mg/kg VO, IM, SC, IV 8/8h
Gastrite crônica
• Sucralfato
• Antibiótico (Helicobacteriose)
• Prednisolona
. 1 a 2 mg/Kg VO BID – 1 a 2 semanas, depois reduzir a dose por 2 a 3
meses.
Ulceração gastroduodenal
Ulceração gastroduodenal
Camadas: mucosa submucosa
muscular
Suco gástrico
EROSÃO
• Etiologia - Dano direto da mucosa
- Aumento de secreção de ác. Graxos (estresse)
- Retardo na renovação epitelial gástrica
- Redução do fluxo sanguíneo da mucosa
- Utilização de Drogas antiinflamatórias não esteróides (AINEs)
- Altas doses de Glicocorticoides
- Hepatopatia
- Insuficiência renal
- Gastrite
- Neoplasias
Ulceração gastroduodenal
• Defeitos da mucosa associados com sangramento • Petéquias
• Erosões
• Úlceras
Ulceração gastroduodenal
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Sinais clínicos
Perfuração do estômago
• Anorexia (erosões e úlceras)
• Vômito
• Hematoemese e melena
• Dor abdominal
• Perda de peso
• Fraqueza • Dor abdominal intensa • Febre • Pulso fraco • Mucosas pálidas • Distensão abdominal • Morte
Ulceração gastroduodenal
• Anamnese
• Exame físico
• Avaliação laboratorial
• Radiografia
• Endoscopia
• Laparatomia
Diagnóstico
Ulceração gastroduodenal
Endoscopia
Ulceração gastroduodenal
• Remover a causa
• Manter a perfusão da mucosa
• Reduzir a acidez gástrica
• Proteger a úlcera
• Antimicrobianos somente quando houver evidência de etiologia microbiana
• Fluidoterapia e correção da anemia – VG < 15%
Tratamento
Ulceração gastroduodenal
Controlar a secreção de ácido gástrico
◦ Cimetidina 5-10mg/kg VO 6/6h
◦ Ranitidina 1-2mg/kg VO 3 a 4 x ao dia
◦ Omeprazol - 0,5-2mg/kg VO 12/12h -24/24h
Promover proteção da mucosa
◦ Sucralfato- 0,5-1g VO 8/8 ou 12/12
Antibióticoterapia
◦ Metronidazol 10-20mg/kg VO 12/12 ou 8/8h – 5 dias
Perfuração gástrica
◦ Cirurgia
Tratamento Ulceração gastroduodenal
Controlar a secreção de ácido gástrico
◦ Cimetidina 5-10mg/kg VO 6/6h
◦ Ranitidina 1-2mg/kg VO 3 a 4 x ao dia
◦ Omeprazol - 0,5-2mg/kg VO 12/12h -24/24h
Promover proteção da mucosa
◦ Sucralfato- 0,5-1g VO 8/8 ou 12/12
Antibióticoterapia
◦ Metronidazol 10-20mg/kg VO 12/12 ou 8/8h – 5 dias
Perfuração gástrica
◦ Cirurgia
Tratamento Ulceração gastroduodenal
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Obstrução do escoamento gástrico
• Incapacidade do trânsito adequado do conteúdo gástrico
• Causas
– Objetos estranhos ou massas intraluminais
– Doença proliferativa e/ou infiltrativa mucosa ou muscular
– Compressão do trato do fluxo de saída por massas e/ou órgãos fora do estômago
– Posicionamento inadequado do estômago
Obstrução do escoamento gástrico
• Vômito – Vômito em jato
– Vômito abundante e intenso
– Vômito persistente
– Alimento não-digerido há mais de 8h de ingestão
– Ausente a coloração da bile
– Hematoemese
– Vômito improdutivo
• Distensão abdominal
Queixa
Obstrução do escoamento gástrico
Exame físico
• Sem maiores alterações
• Distensão abdominal grave
• Dor abdominal intensa
Obstrução do escoamento gástrico
• Avaliação laboratorial
• Radiografia
– Radiografia simples
• Retardamento do esvaziamento gástrico
– Radiografia contrastada
• Normal – Bário líquido começa a
entrar no duodeno 15 min após a administração
– Esvaziamento gástrico do contraste em até 4h
• Retardamento do esvaziamento gástrico – Grande quantidade de
contraste retido após 4h da ingestão
– Contraste presente no estômago por mais de 12h da ingestão
Diagnóstico
Obstrução do escoamento gástrico
• Ultrassonografia
– Corpo estranho
– Espessamento da parede
– Compressão extrínseca
• Endoscopia
– Identificar e remover corpos estranhos
– Avaliar as regiões antral e pilórica quanto a obstruções
– Biopsia
Obstrução do escoamento gástrico
Diagnóstico
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-Síndrome da dilatação vólvulo gástrico
-Estenose pilórica* -Neoplasias
-Corpos estranhos
Síndromes específicas de retardo no esvaziamento gástrico
* Afecção observada quase que exclusivamente em gatos siameses
jovens (- de 1 ano).
Corpos estranhos
Corpos estranhos
• Corpo estranho simples
• Corpo estranho linear
• Tratamento – Retirar o corpo estranho
– Evitar recidivas
– Dieta
• Anamnese
• Sinais clínicos – Vômito agudo
– Dor abdominal
– Dilatação gástrica
• Exame auxiliares – Radiologia
– Avaliação laboratorial
– Endoscopia
Bolas de pelos em gatos
. O vômito de bolas de pelos é comum nos gatos – comportamento
(higiêne).
. Os gatos não possuem motilidade interdigestiva significativa e, por isso,
seus pelos não prosseguem pelo estômago.
. As concreções de bolas de pelos (tricobenzoares), que obstruem o
escoamento pilórico, tornam-se clinicamente importantes.
Gato com Corpo Estranho no Estômago (Passarinho?) e apresentando
sintoma compatível com desconforto respiratório (a principal queixa ).
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http://www.youtube.com/watch?feature=fvwp&v=TPoHHzv6VsM&NR=1 http://www.youtube.com/watch?feature=fvwp&v=TPoHHzv6VsM&NR=1
http://www.youtube.com/watch?feature=fvwp&v=TPoHHzv6VsM&NR=1
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
• Dilatação gástrica
– Distensão gástrica
– Ingestão de ar
• Vólvulo
– Torção gástrica
• Distúrbio agudo
• Risco de vida
• Emergência médica e cirúrgica
• Cães de raças grandes
• Retardamento do esvaziamento gástrico
• Fatores predisponentes – Ingestão excessiva de alimentos
– Aerofagia
– Exercícios pós-prandiais
– Dietas secas
– Ingestão de grande quantidade de água
Etiologia
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
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Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Patogenia
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Fatores predisponentes Dilatação e torção gástrica
Obstrução do escoamento gástrico
Distensão gástrica maciça
Alteração do retorno venoso
Choque hipovolêmico Choque endotóxico
Necrose da parede gástrica
Congestão passiva das vísceras abdominais
Coagulopatia intravascular disseminada
CID
Morte!!! 33- 80%
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
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Sinais clínicos • Inicio agudo de distensão abdominal
• Timpanismo
• Esforço de vômito improdutivo
• Salivação e inquietação
• Desconforto respiratório
• Mucosas pálidas ou cianóticas
• Taquicardia
• Pulso fraco
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Diagnóstico
Avaliação laboratorial ◦ Hemograma ◦ Perfis bioquímicos
Lactato (>6,0mmol/l) ◦ Avaliação dos
eletrólitos e gases sanguíneos hipocalemia
Radiografia ◦ Abdominais LD e VD
• Anamnese
• Sinais predisponentes
• Exame físico
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Estabilização inicial
Radiologia
Distensão acentuada do estômago com gás
Deslocamento ◦ Piloro -dorsal e para
esquerda ◦ Fundo gástrico -
caudalmente a direita
Pneumoperitônio
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
• Sedação do paciente (diazepan 0,25mg/kg IV)
• Descompressão
– Passagem de sonda orogástrica • Remoção do ar
• Lavagem do estômago com solução salina morna
ou
– Trocater gástrico • Agulhas de calibre 18
Estabilização do paciente
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
• Colocação de cateter venoso
• Administração de soluções isotônicas (lactato de Ringer)
– velocidade rápida 90ml/kg na primeira hora
• Correção da hipocalemia
– 20mEq de cloreto de potássio/litro de fluído
– Não exceder a 0,5mEq/kg/h
• Sondagem vesical para monitorar a produção de urina
Administração de fluídos
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
• Corticosteróides
– Prednisolona – 10-20mg/kg IV
• Antibiótico de largo espectro
– Ceftriaxona – 25-50mg/kg IV, SC 12/12h
– Enrofloxacina- 2,5-5mg/kg IV, IM 12/12h
Controle da infecção e endotoxemia
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
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• Lidocaína
– 1-2mg/kg IV
• Monitorar com eletrocardiograma
• Resposta em 3-5 minutos ou repetir o procedimento
Controle e tratamento das arritimias cardíacas
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
• Reposicionamento do estômago e do baço
• Ressecção dos tecidos gástricos e esplênicos desvitalizados
• Fixação permanente do estômago na parede abdominal
• Cuidados pós-operatórios – Fluidoterapia
– Antiemético
– Diminuição da acidez gástrica
Tratamento cirúrgico
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Vídeo de cirurgia
http://www.youtube.com/watch?v=fgV7I1pTfv0
• Recidivas em 70-75% dos casos
• Refeições pequenas e mais frequentes
• Limitar o consumo hídrico
• Não permitir o acesso a água até 1h após as refeições
• Restringir o exercício após ingestão de alimentos
• Observar sinais precoces de DVG
Prevenção
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Complicações
Peritonite Sepse CID Choque Anemia ◦ Hematócrito < 32%
Hipoproteinemia ◦ Proteína total <5,2g/dl
Hipocalemia ◦ < 3,0 mEq/l
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
O nível de gravidade desta síndrome obriga o clínico a intervir
de modo emergencial, impedindo a morte iminente através da
ESTABILIZÃÇÃO DO PACIENTE SEGUIDO DE
DESCOMPRESSÃO GÁSTRICA IMEDIATA ATRAVÉS DA
PUNÇÃO OU PASSAGEM DE SONDA, para garantir a função
respiratória.