Apresentação do Projeto outros, - · PDF filerio espiritual/Quinto...

Preview:

Citation preview

construçãoe

reação de

outros, do eu edos seus

Expressões

de o

utro

smundos.

épicamensagemnuma

Apresentação do Projeto

Expressões Português • 12.º ano

Oo

• Manual

• GuiadoProfessornas margens laterais

• CadernodeApoioaoExameOferta

• CadernodeAtividades

• LivrodoProfessor

• CDÁudio

RecursosDigitaisdoProfessor• Registosvídeo,áudioeradiofónicos• PowerPoint®Didáticoseoutrosmateriaiseditáveis• Textosinformativoscomplementares• e-ManualPremium CD-ROM

Contamos consigo. Conte connosco.

EDUCAÇÃO 2012

Rec

urso

s do

Pro

fess

or

* Com remissões ao longo do manuale exercícios no Caderno de Atividades;os PowerPoint® Didáticos permitemuma abordagem dinâmica dos conteúdos.

EX

P12E

PI ©

Por

to E

dito

ra

431 Outro(s) eu

GUIA DO PROFESSOR

(“Bom servo das leis fatais”, v. 5), por agir apenas por “instintos gerais” (v. 7), ou seja, comandado apenas pelos senti-dos (“sentes só o que sentes”, v. 8), assim conseguindo ser “feliz” (v. 9).

3. “Todo o nada” que o gato é, porque não pensa no que é, lhe pertence, já que depende exclusivamente dos seus senti-dos/sentimentos. No fundo, os versos apresentam a tensão sentir/pensar, con-ferindo primazia ao primeiro polo, no caso do gato.

4. Os dois últimos versos do poema remetem, conforme a primeira pessoa gramatical evidencia, para a situação particular do sujeito poético. Neles, o “eu” que refletiu sobre a natureza do gato constata que dele se diferencia por não se dominar completamente, uma vez que, como explicou em “Autopsico-grafia”, transforma permanentemente as suas emoções em pensamentos. Por isso, sente-se estranho face a si mesmo.

Textos Informativos Complementares

Texto informativo sobre o poema “Gato que brincas na rua” disponível no CD de Recursos.

EsCRITA

1. Resposta pessoal. Tópicos a consi-derar no texto:a. Características idênticas dos gatos: mansidão: “Bom servo das leis fatais”

(v. 5) e “gato manso das velhotas” (v. 1); inconsciência: “a sorte que é tua / Por-

que nem sorte se chama” (vv. 3-4) e “nunca leste o pessoa” (v. 4), “nem quer’s saber das gaivotas” (v. 7); vivência pelo intimismo: “tens instin-

tos gerais / E sentes só o que sentes.” (vv. 7-8) e “só vês as rotas pela espinha ou quando ecoa” (vv. 9-10); liberdade e completude: “Gato que

brincas na rua / Como se fosse na cama” (vv. 1-2), “Todo o nada que és é teu” (v. 10) e “és livre e nisso te esgotas / sem remorso que te doa” (vv. 13-14).

b. Aspetos formais que comprovam a influência do texto de Fernando Pessoa no poema “um gato de lisboa”: abertura do poema com uma apóstrofe

ao “gato”; organização estrófica em quadras; versos em redondilha maior (heptassí-

labos); esquema rimático: rima cruzada entre

o primeiro e terceiro e o segundo e quarto versos de cada estrofe; referência explícita a Fernando Pessoa

no verso 4 do poema de Vasco Graça Moura.

EscrITA

1. Redige um texto, de cem a cento e vinte palavras, no qual compares o poema “Gato que brincas na rua” com o texto abaixo, de Vasco Graça Moura.

Estabelece a aproximação entre os dois poemas atendendo aos níveis:

a. semântico, referindo as características idênticas e/ou distintas dos gatos apresenta-dos nos poemas;

b. técnico-compositivos, destacando os aspetos formais que comprovam a influência do texto de Fernando Pessoa no poema “um gato de lisboa”.

Começa por planificar o teu texto, procedendo ao confronto, através de um esquema ou de um quadro comparativo, por exemplo, das duas composições.

Depois da textualização, revê atentamente a tua produção, aperfeiçoando-a nos aspe-tos menos conseguidos.

um gato de lisboagato manso das velhotasde alfama e da madragoadormitas sem cambalhotase nunca leste o pessoa.

quando ronronas não notastanto espreitar da patroanem quer’s saber das gaivotasvoando no céu à toa.

dos peixes só vês as rotaspela espinha ou quando ecoao pregão com cheiro às lotasonde os despeja a canoa.

és livre e nisso te esgotassem remorso que te doa,e ao peitoril não desbotase esta luz não te magoa,

nem vês corvos nem gaivotasempoleirados na proa,mas de corvos e gaivotasfaz-se o brasão de lisboa.

MOURA, Vasco Graça, 2006. Poesia 2001-2005. Lisboa: Círculo de Leitores

LEITUrA comprEEnsão

1. Refere o valor expressivo da oração relativa que integra a apóstrofe da primeira quadra.

2. Tendo em conta todo o poema, identifica duas das razões que justificam o sentimento de inveja do sujeito poético face ao gato (v. 3).

2.1. Mostra como o verso 8 (“E sentes só o que sentes”) funciona como explicação sinté-tica dessa admiração.

3. Apresenta uma interpretação possível para os versos “És feliz porque és assim. / Todo o nada que és é teu.” (vv. 9-10).

4. Relaciona os últimos dois versos do poema com as reflexões apresentadas nas estrofes anteriores.

5 15

2010

Ver suplemento informativo p. 327

EXP12EPI_F03_20112120_3P_CImg_AO4.indd 43 12/03/13 15:25

Manual + Guia do Professornas margens laterais

1 Caderno de Apoio ao Exame2

1 Manual

Estruturadomanual

SEA 0 Oqueseieu?Diagnose, ficha de leitura, portefólio e sugestões de leitura

SEA 1 Outro(s)euFernando Pessoa ortónimo e heterónimos

SEA 2 Eu,emgénioearteOs Lusíadas, de CamõesMensagem, de Fernando Pessoa

SEA 3 Euem(re)açãoFelizmente Há Luar!,de Luís de Sttau Monteiro

SEA 4 (M)eusonho,minha(s)vontade(s)Memorial do Convento,de José Saramago

Suplementoinformativo*Organiza-se em três blocos distintos:

• Oralidade e escrita

• Funcionamento da língua

• Recursos estilísticos

São ainda apresentados ao longo das sequências:• Textos informativos• Imagens contextualizadas• Remissões para: • Suplemento Informativo

no final do manual • Caderno de Apoio ao Exame • Caderno de Atividades• Sugestões para o Contrato de

Leitura• Fichas Formativas

no final de cada sequência

GuiadoProfessornas margens laterais do manual

• Cenários de resposta dos questionários• Sugestões de outras atividades• Informações relevantes• Sites e ligações úteis• Remissões para Livro do Professor,

Caderno de Atividades, CD de Recursos e Caderno de Apoio ao Exame.

216

EX

P12EPI ©

Porto Editora

GUIA DO PROFESSOR

PRÉ-LEITURA ORALIDADE

1. O cartoon apresenta o Infante D. Hen-rique a atirar caravelas ao mar, concreti-zando o valor literal do nome “lançador”. Contudo, esse nome deve ser entendido no sentido figurado, significando ‘aquele que estimula o lançamento’, não física, mas mentalmente, enquanto inspirador e preparador da ação.

CD áudio Faixa 31.

2. O Infante D. Henrique foi o impulsio-nador das descobertas marítimas portu-guesas. A ele cabe o papel de protago-nista primeiro da “Possessio Maris” (Posse do Mar). Segundo António Qua-dros, o Infante foi o“descobridor da ideia de descoberta”.

LEITURA COMPREENSÃO

PowerPoint® Didáticos

A correção das questões 1. e 1.1. pode ser realizada a partir do PowerPoint® “A conceção messiânica da História em Mensagem” disponível no CD de Recursos.

2. O complexo verbal apresenta a ação como uma continuidade, como algo que se concretizou de modo progressivo.

2.1. A atuação do Infante D. Henrique é descrita através da gradação: é cres-cente e universal: começou por desven-dar “ilhas(s)” e “continente(s)”, chegan-do ao “fim do mundo” e dando assim a conhecer “a terra inteira”.

3. Nos dois últimos versos, em tom dis-fórico, o sujeito poético apela ao “Senhor” para que contribua para a ver-dadeira realização de Portugal – o impé-rio espiritual/Quinto Império.

4. Com o uso da segunda pessoa, o sujeito poético dirige-se diretamente ao Infante, seu interlocutor, estabelecendo com ele uma relação de proximidade e cumplicidade, que pode ser entendida como mais um sinal da sua ideia de autopredestinação.

Textos Informativos Complementares

Texto informativo sobre o poema “O In-fante” disponível no CD de Recursos.

Outros (Inter)Textos

Os poemas com o título “O Infante”, de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Miguel Torga, disponíveis no CD de Recursos, propiciam atividades de intertextualidade com o texto de Mensa-gem.

mensagem – sEgunDa PartE: mar Português

1.Interpretaocartoonqueacompanhaopoema,partindodapolissemiaexploradanoseutítulo.

2.EscutaatentamentealeituradopoemaejustificaofactodeoprimeirotextodasegundapartedeMensagemserdedicadoaoInfanteD.Henrique.

pré-leitura oralidade

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.Deus quis que a terra fosse toda uma,Que o mar unisse, já não separasse.Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,Clareou, correndo, até ao fim do mundo,E viu-se a terra inteira, de repente,Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.Do mar e nós em ti nos deu sinal.Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.Senhor, falta cumprir-se Portugal!

PESSOA, Fernando. Op. cit.

5

10

1. MostracomooprimeiroversodopoemasintetizaoentendimentodaaçãodosheróisdeMensagemcomoumateofania,ouseja,umarevelaçãodivina.

1.1.Relaciona-ocomoconteúdodaprimeiraestrofe.

2.Refereoefeitodesentidoproduzidocomautilizaçãodocomplexoverbal“foste desven-dando”(v. 4).

2.1.Mencionaoutrorecursoque,nasegundaestrofe,contribuiparaomesmoefeito.

3.Explicitaosentidodosúltimosdoisversosdacomposição.

4.Comentaovalorexpressivodautilizaçãodasegundapessoaaolongodopoema.

leitura compreensão

ANTÓNIO,Henrique, o lançador de caravelas,2000

o infante

EXP12EPI_F14_20112120_3P_CImg_AO4.indd 216 12/03/14 16:07

Caderno de Atividades23

Estruturadassequências

Todas as sequências se organizam de acordo com um conjunto de secções que se sucedem, conjugam ou complementam. São elas:

Pré-leitura

Leitura/Compreensão(incluindo atividades de funcionamentodalíngua)

Pós-leitura

Oralidade

Escrita

Oficinadeescrita

42

EX

P12EPI ©

Porto Editora

GUIA DO PROFESSOR

PRÉ-LEITURA

1.1. a. A sua capacidade de sonhar e a ausência de preocupações, como procu-rar alimento.b. Os gatos conseguem ser felizes por-que têm a capacidade de sonhar, dor-mindo, sem a consciência de que o fazem. Os homens, pelo contrário, racio-nalizam os seus sonhos, “fazendo per-guntas e procurando respostas”, o que, subentende-se, lhes limita o acesso à felicidade. Também a liberdade propor-cionada pela ausência de preocupações confere aos gatos a capacidade de serem felizes. No fundo, a diferença entre os animais e os humanos reside na limitação que estes últimos fazem das aptidões racionais.

1.2. No poema de Pessoa, o ser humano que se expressa manifesta grande admi-ração e até inveja do gato, dada a sua natureza meramente física.

LEITURA ComPREEnsão (pág. 43)

1. A oração subordinada adjetiva rela-tiva restritiva “que brincas na rua / Como se fosse na cama” caracteriza o gato a quem se dirige o sujeito poético como um ser que age “na rua”, ou seja, no exterior e no contacto com os outros, com a mesma naturalidade com que pro-cederia “na cama”, na sua intimidade. Deste modo, contribui para realçar a ausência de convenções na atuação do gato, que vive apenas segundo a sua vontade e os instintos próprios de ani-mal irracional.

2. e 2.1. O sujeito poético inveja o gato pela ausência de preocupações em que vive, e que será o resultado da sua irra-cionalidade (“Invejo a sorte que é tua / Porque nem sorte se chama.”, vv. 3-4), pela sua calma aceitação do destino

fernandO pessOa OrtónimO

pré-LEITUrA

1. Lê o excerto de uma crónica de Manuel António Pina.

1.1. Aponta as razões avançadas pelo autor para:

a. a felicidade dos gatos.

b. a diferenciação entre os felinos e os homens.

1.2. Lê o poema seguinte e verifica de que modo a relação gato/ser humano é tratada.

Onde se fala de gatos e de homens

Os meus gatos dormem durante a maior parte do dia (e, obviamente, durante a noite toda). Suspeito que os gatos têm um segredo, que conhecem uma porta para um mundo coincidente e feliz, por onde só se passa sonhando. Um mundo criado como Deus terá criado o nosso humano mundo, à sua desmesurada ima-gem. Porque os que sonham são deuses criadores. Os gatos sonham dormindo, os homens sonham fazendo perguntas e procurando respostas.

Mas os meus gatos dormem e sonham porque não têm fome. Teriam, se preci-sassem de procurar comida, tempo para sonhar? Acontece talvez assim com os homens.

PINA, Manuel António, 2010. Por outras palavras & mais crónicas de jornal. Porto: Modo de Ler, Editores Livreiros

Tomás de Melo, Escadas do Bairro, sem data

Gato que brincas na ruaComo se fosse na cama,Invejo a sorte que é tuaPorque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fataisQue regem pedras e gentes,Que tens instintos geraisE sentes só o que sentes,

És feliz porque és assim,Todo o nada que és é teu.Eu vejo-me e estou sem mim,Conheço-me e não sou eu.

PESSOA, Fernando. Op. cit.

5

10

EXP12EPI_F03_20112120_3P_CImg_AO4.indd 42 12/03/13 15:25

Rec

urso

s do

Pro

fess

or

Rec

urso

s do

Pro

fess

or

Livro do Professor4 CD Áudio5

2 em 1

Recursos Digitais do Profesor6

6 RecursosDigitaisdoProfessor

CD de Recursos• Registos vídeo

(animação, documentário e excerto de série televisiva)

• Registos áudio (músicas)

• Registos radiofónicos (rubricas de carácter histórico e crítico)

• PowerPoint® Didáticos (apoio ao estudo dos autores e obras do Programa e de conteúdos de funcionamento da língua)

• Outros (Inter)Textos por sequência

• Textos Informativos Complementares por sequência

• Transcrição de registos áudio e radiofónicos

• Materiais de apoio editáveis • planificações • grelhas de avaliação • soluções e cotações das Fichas

Formativas do manual • Fichas de Trabalho do Livro

do Professor e soluções

e-Manual Premiumcomrecursosdigitaisemcontexto

Desenvolvido em estreita relação com o manual, consiste na sua versão digital, a partir da qual é possível aceder aos diversos recursos do projeto.

4 LivrodoProfessorMateriais editáveis disponíveis no CD de Recursos

• Estrutura e organização do manual

• Planificação por sequência de ensino-aprendizagem

• Grelhas de avaliação e de correção• Fichas de trabalho por sequência• Fichas de trabalho sobre

textos informativos do manual – tipologia do grupo II do Exame Nacional

• Sugestões de resolução• Bibliografia passiva

5 CDÁudio40 faixas:

• Textos informativos• Poemas de Fernando Pessoa

ortónimo e heterónimos• Excertos de Os Lusíadas• Poemas de Mensagem• Excertos de Felizmente Há Luar!• Excertos de Memorial do Convento• Textos poéticos

2 CadernodeApoioaoExame• Quadros-síntese e esquemas

sobre autores e obras do Programa

• Glossários – texto narrativo, poético e dramático

• Preparação para o Exame Nacional – exemplo de resolução

3 CadernodeAtividades• Fichas de trabalho

de funcionamento da língua (por conteúdo; tipologia do grupo II do Exame Nacional)

• Exercícios de expressão escrita

• Fichas de preparaçãopara o Exame Nacional

• Sugestões de resolução

14 CADERNODEAPOIOAOEXAME · ExprEssõEs,12.°ANO

EX

P12CA

E ©

Porto Editora

QuadrocomparativoentreOs LusíadaseMensagem

Os Lusíadas Mensagem

Con

text

ualiz

ação

epo

cal

SéculoXVI–Fasedeexpansãoemanuten-ção do Império português, já com sinais dedeclínio.

SéculoXX–ÉpocadeextinçãodoImpérioportuguês.

“AobraMensagemsurgecomorespostaàquiloqueLuísdeCamõesjáreferiranasuaobraOs Lusíadas:oiníciodadissoluçãodoImpérioPortuguês,contraaqualtentoulutaratravésdapala-vraqueserviuadenúncia,dascríticasedosapelosàaçãodosportugueses[…].FernandoPessoapossuíaaperspetivasubsequenteaodesmoronamentodaalmanacionale[…]propõejustamenteasubstânciadonossopassadoeomitosebásticocomoformadepromoveraregeneraçãodePortugalede reconquistaruma identidadeperdida,nãoatravésdaconstruçãodeum impériomaterial,situadonumespaçogeográficodelimitadoporfronteiras,masprofetizandoaconstru-çãodeumimpérioespiritual[…].”1

Vis

ãod

oIm

péri

o “[…]Camõescantouoimpérioreal,oexpan-sionismo material para oriente, a cruzada reli-giosa contra os infiéis, a ultrapassagem dosobstáculosfísicosqueseerguiamaosportugue-sesporterraepormar.”2

“OPortugalque[…]antevênofuturositua--se além do material. […] Portugal não seráassim grande em domínio territorial, mas emvaloresespirituaisemorais.[…]Oobjetivodopoeta é portanto espiritualista, desligado doespaçoedotemporeais”(QuintoImpério).2

Gén

ero

Epopeia clássica: “Composição [narrativa]intencionalmente estruturada e articulada emquatropartesdistintas(proposição,invocação,dedicatória e narração) que centraliza a suaação em movimentos coletivos para a vitória,em temas guerreiros inseridos na ficção e nomaravilhoso, em confrontações com elemen-tosatmosféricoseproezassobre-humanas.”3

“LuísdeCamões/Poetaéonarradorprinci-pal, tendocomonarratário,porexcelência,detodaanarrativaEl-ReiD.Sebastião[…].Outrosnarradores, auto, homo ou heterodiegéticos,repartementresiasváriassituaçõesnarrativas[…].”4

Poema(s)denaturezaépico-lírica.“Na obra Mensagem, os factos históricos,

exaltadosdeumaformaquefazemecoaraepo-peia,sãosentidosporum“eu”que impregnaospoemasdeumasubjetividademescladadeumasimbologiaquenãopermitiráuma inter-pretaçãoingénuadosmesmos.”1

“Maisqueumanarração,Mensageméumareflexão dorida, mas sonhadora e positiva-mente esperançosa. […] São breves poemassobre figuras reais, com uma aura mítica, oumomentosdanossaHistóriaatéaodeclíniodeumImpérioquenãosoubeaproveitaramensa-gemdosseusvalores.[…]NãosepodefalardeumnarradoremPessoa,massimplesmentedeumpoeta,que,expandindoasuaalma,refletesobreumPortugalcaído,egoísta,débileesque-cidodassuasorigensevalores,indobuscaraopassado heroico as personagens-valor, que otornarãoadmiraçãodoMundo.”4

EXP12EPI_CAE_F01_20112120_2P_AO4.indd 14 12/02/27 10:18

71  Outro(s) eu 

EX

P12C

AE

© P

orto

Edi

tora

Diálogos em família: motivos poéticos comuns na obra de Pessoa ortónimo e heterónimos

Predomínio da razão sobre os sentimentos

Dor de pensar

Atitude introspetiva

Tom intimista

Tédio existencial

Angústia e solidão

Dificuldade de socialização

Estranheza da realidade e dos outros

Desajustamento face ao presente

Nostalgia da infância

Pessoa ortónimo

Ricardo Reis Alberto Caeiro

Álvaro de Campos

Pred

omín

io d

a ra

zão

sobr

e os

sen

timen

tos

Sensacionismo

Recusa

Aceitação

Pensamento

Metafísica

Ricardo Reis

Pessoa ortónimo

Alberto Caeiro

Questionamento

Álvaro de Campos

Negação

Paganismo

EXP12EPI_CAE_F01_20112120_AO4.indd 7 12/02/29 13:51

fotocopiável

55Fichas de trabalho por sequência de ensino-aprendizagem

EXP1

2LP

© P

orto

Edi

tora

fotocopiável

FICHA DE TRABALHO 5 SEQUÊNCIA 2 • Eu, Em génio E artE

GrupoI

A

Lê atentamente o poema de Mensagem, de Fernando Pessoa.

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.Tanta foi a tormenta e a vontade!Restam-nos hoje, no silêncio hostil,O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,Se ainda há vida ainda não é finda.O frio morto em cinzas a ocultou:A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,Com que a chama do esforço se remoça,E outra vez conquistemos a Distância –Do mar ou outra, mas que seja nossa!

PESSOA, Fernando, 2008. Poesia do Eu. Lisboa: Assírio & Alvim (2.ª ed.)

5

10

Apresenta, de forma clara e estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Estabelece a ligação entre o título e o assunto do poema.

2.Caracteriza os dois momentos temporais aludidos no poema: o passado e o presente.

3. Refere os sentimentos expressos na última estrofe, identificando a sua origem.

4. Ao longo do poema, o sujeito poético fala em nome de um “nós” (v. 5).

4.1. Identifica o grupo em que se integra e a que dá voz no poema.

B

“O assunto da Mensagem não são os portugueses e os seus feitos gloriosos ou os aconteci-mentos históricos mais significativos, mas a essência de Portugal e a sua missão a cumprir.”

VERÍSSIMO, Artur, 2000. Dicionário da Mensagem. Porto: Areal

Partindo da tua experiência de leitura de Mensagem, de Fernando Pessoa, sintetiza, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, o assunto da obra.

EXP12LP_F04_20113842_2P_AO4.indd 55 12/03/08 11:22

ACESSOGRATUITO

AO PLANOPROFESSOR

Ao adotar este manual escolar poderá aceder gratuitamente ao Plano Professor da Escola Virtual e às enormes vantagens que este serviço lhe oferece:

BANCO DE QUESTÕESPermite-lhe criar �chas e testes de forma instantânea, para imprimir ou realizar de forma interativa, sempre enquadrados com a matéria pretendida, sempre diferentes e com a correção imediatamente disponível;

BRIPOs milhares de recursos existentes na Escola Virtual podem ser utilizados de acordo com as suas necessidades: animações, sequências de aprendizagem para projeção, vídeos, exercícios interativos, entre muitos outros;

FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL

Avaliações, registos, relatórios, planos semanais e outros recursos;

DICIONÁRIOSAcesso a 21 dicionários e ao Conversor do Acordo Ortográ�co, uma ferramenta que lhe permite converter textos ou documentos Word® completos.

Rec

urso

s do

Pro

fess

or