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Quais são as drogas disponíveis para tratamento farmacológico da SDRA? Patricia Rieken Macedo Rocco Professora Associada Chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro. Definição. - PowerPoint PPT Presentation
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Quais são as drogas disponíveis para
tratamento farmacológico da SDRA?Patricia Rieken Macedo Rocco
Professora AssociadaChefe do Laboratório de Investigação Pulmonar
Instituto de Biofísica Carlos Chagas FilhoUniversidade Federal do Rio de Janeiro
Quais são as drogas disponíveis para
tratamento farmacológico da SDRA?Patricia Rieken Macedo Rocco
Professora AssociadaChefe do Laboratório de Investigação Pulmonar
Instituto de Biofísica Carlos Chagas FilhoUniversidade Federal do Rio de Janeiro
DefiniçãoDefinição• Síndrome do Desconforto Respiratório
Agudo foi inicialmente descrita em 1967 por Ashbaugh e colaboradores em 12 pacientes com:
• falência respiratória aguda,
• cianose refratária a terapia com oxigênio,
• redução da complacência pulmonar e
• infiltrado pulmonar difuso visto ao RX de tórax.
Bernard et al. Am J Respir Crit Care Med 1994;818-824.
SDRA – EtiologiaSDRA – Etiologia
Coagulação intravascular disseminadaEdema por reperfusão pulmonar
Lesão por inalação (fumaça. oxigênio)
Quasi-afogamento
Embolia gordurosa
Trauma torácico graveCausas menos comuns
Aspiração de conteúdo gástrico
Pneumonia
Causas mais comuns
Lesão pulmonar direta
Pancreatite aguda
Overdose de drogas
Hipertransfusão em ressuscitação de emergência
Bypass CardiopulmonarCausas menos comuns
Trauma não torácico grave com choque e múltiplas tranfusões
Sepse
Causas mais comuns
Lesão pulmonar indireta
Bernard et al. Am J Respir Crit Care Med 1994;818-824.
Ware & Matthay. N Engl J Med 2000;342:1334-1349
• Lesão primária no epitélio pulmonar.
LESÃO DIRETA
• Ativação de macrófagos e de intensa cascata inflamatória.• Edema alveolar.
• Redução na remoção do edema do espaço alveolar (perda da integridade epitelial e lesão de PII).
• Diminuição na produção e turnover do surfactante (lesão PII).
Patogênese da SDRAPatogênese da SDRA
LESÃO INDIRETA• Mediadores liberados de um
foco extrapulmonar entram na corrente sangüínea.
• Lesão primária no endotélio pulmonar.
Ware & Matthay. N Engl J Med 2000;342:1334-1349
• Ativação da cascada inflamatória
resulta em aumento da
permeabilidade da barreira
alvéolo-capilar e recrutamento de
plaquetas, neutrófilos, monócitos
e outras células.
Patogênese da SDRAPatogênese da SDRA
• Terapia Anti-inflamatória: Corticosteróides e Prostaglandina E1, Lisofilina
• Cetoconazol,• N-acetilcisteína • Vasodilatadores: Óxido nítrico e Prostaciclina • Surfactante
• Terapia Anti-inflamatória: Corticosteróides e Prostaglandina E1, Lisofilina
• Cetoconazol,• N-acetilcisteína • Vasodilatadores: Óxido nítrico e Prostaciclina • Surfactante
Calfee and Matthay Chest 2007;131:913-920
Terapia Farmacológica na SDRATerapia Farmacológica na SDRA
Nenhum agente farmacológico reduziu a mortalidade!Nenhum agente farmacológico reduziu a mortalidade!
Corticosteróide: mecanismo de açãoCorticosteróide: mecanismo de ação• Inibe produção/liberação de citocinas
• Inibe produção de PLA-2, COX-2, NOS-2
• Reduz a expressão de moléculas de adesão
• Inibe a ativação neutrofílica
• Inibe a proliferação de fibroblasto e
deposição de colágeno
• Inibe a proliferação de células T e aumenta
apoptose de célula T/eosinófilo/monócito
CorticosteróideCorticosteróide• A terapia com corticosteróide na SDRA tem sido estudada em três diferentes A terapia com corticosteróide na SDRA tem sido estudada em três diferentes
situações: situações:
• a) prevenção em pacientes com risco de evoluir com SDRA, a) prevenção em pacientes com risco de evoluir com SDRA,
• b) tratamento precoce com altas doses, eb) tratamento precoce com altas doses, e
• c) tratamento prolongado em pacientes que não respondem a terapêutica c) tratamento prolongado em pacientes que não respondem a terapêutica
convencional. convencional.
• Porém, os estudos onde se utilizam altas doses de corticosteróide na fase precoce
(por exemplo, metilprednisolona 30 mg/kg a cada 6 h por 24 horas) não
evidenciaram redução da mortalidade.
Fernandes AB, Zin WA, Rocco PR Braz J Med Biol Res 2005; 38: 147-159
Corticosteróide na fase precoce da SDRACorticosteróide na fase precoce da SDRA
Autor Número Diagnóstico Grupo controle Randomizado Prospectivo Duplo-
cegoDose de
MMP Evolução
Weigelt et al
(1985)81 SDRA Sim Sim Sim Sim
30 mg/kg 6 h48 h
Nenhum benefício mortalida
de, aumento infecção
Bernard et al
(1987)
99 SDRA Sim Sim Sim Sim 30 mg/kg 6 h24 h
Nenhum benefício mortalida
de
Pelosi P, Rocco PR. Yearbook of Intensive Care and Emengency Medicine, 2008
CorticosteróideCorticosteróide
• Apesar da experiência desfavorável do uso do esteróide na fase precoce
da SDRA, nos últimos anos surgiu um grande entusiasmo para seu uso na
fase tardia da lesão (7-14 dias a partir do diagnóstico – fase
fibroproliferativa).
• Vários investigadores têm sugerido que o corticosteróide melhoraria a
função e sobrevida quando usado na fase tardia da SDRA.
Pelosi P, Rocco PR. Yearbook of Intensive Care and Emengency Medicine, 2008
AutorNúmero Diagnóstico Grupo
controle Randomizado Prospectivo Duplo cego Dose MMP Duração Evolução
Meduri et al (1991) 8 SDRA tardia Não Não Não Não 2 mg/kg bolus, 2–3
mg/kg 6 hAté
extubaçãoRedução de
LIS
Meduri et al (1994) 25 SDRA tardia Não Não Sim Não 200 mg bolus, 2–3
mg/kg/diaAté
extubação
Redução de LIS, melhora PaO2 /FiO2
Biffl et al (1995) 6
SDRA tardia Falência
terapêutica convencional
Não Não Sim Não 1–2 mg/kg 6 h
83% sobrevida;
melhora da LIS e
PaO2/FiO2
Meduri et al (1995) 9 SDRA tardia Não Não Sim Não 200 mg bolus, 2–3
mg/kg/dia
Até extubação (média 6 semanas)
Redução de citocinas no
BAL e plasma
Hooper et al (1996) 26
SDRA estabilizada >3
dias Não Não Sim Não
125–250 mg 6 h por 3–4 dias
redução de 50% a cada 2–3 dias
Meduri et al (1998) 24 SDRA tardia Sim Sim Sim Sim
2 mg/kg – 0.5 mg/kg 6 h
reduzindo semanalmente
para 1 mg/kg/dia, 0.5 mg/kg/dia
então 0.15 mg/kg /dia
32 dias
Redução da LIS, MODS, mortalidade
81% sobrevida
Corticosteróide na fase tardia da SDRACorticosteróide na fase tardia da SDRA
Fernandes AB, Zin WA, Rocco PR Braz J Med Biol Res 2005; 38: 147-159
CorticosteróideCorticosteróide
• National Institutes of Health/ National Heart Lung, and National Institutes of Health/ National Heart Lung, and
Blood Institutes ARDS Network conduziram um estudo Blood Institutes ARDS Network conduziram um estudo
multicêntrico analisando o uso do corticosteróide na fase multicêntrico analisando o uso do corticosteróide na fase
tardia da SDRA.tardia da SDRA.
NIH-National Heart, Lung and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome Clinical Trials Network, NEJM 2006, 354: 1671-1684
ARDS NETWORK: LATE STEROID RESCUE STUDY (LaSRS)
• Estudo multicêntrico comparando esteróide com placebo na fase
tardia da SDRA (> 7 – 24 days).
• Pacientes com infiltrado pulmonar persistente bilateral e em
ventilação mecânica.
• Metilprednisolona 2 mg/kg/dia bolus, seguido de 2 mg/kg/day em
4 doses por 14 dias, e depois 1 mg/kg/dia em duas doses por mais
7 dias. A partir de então a dose era progressivamente reduzida até
21 dias.
NIH-National Heart, Lung and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome Clinical Trials Network, NEJM 2006, 354: 1671-1684
ARDS NETWORK: LATE STEROID RESCUE STUDY (LaSRS)
• Pro: Pacientes tratados com esteróide eram retirados da
prótese mais precocemente (14 dias) em comparação com o
placebo (23 dias) e apresentavam melhora da oxigenação e
da complacência estática.
NIH-National Heart, Lung and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome Clinical Trials Network, NEJM 2006, 354: 1671-1684
ARDS NETWORK: LATE STEROID RESCUE STUDY (LaSRS)
• Con: Uma vez retirado do ventilador os pacientes tratados
com esteróide retornavam para a prótese mais
freqüentemente do que aqueles do grupo placebo (20
pacientes vs 6), provavelmente devido a fraqueza muscular e
neuropatia associadas ao uso de esteróide.
• A mortalidade mensurada em 60 dias foi similar nos dois
grupos. NIH-National Heart, Lung and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome Clinical Trials Network, NEJM 2006, 354: 1671-1684
ARDS NETWORK: LATE STEROID RESCUE STUDY (LaSRS)
ARDSNet NÃO RECOMENDA O USO DE
METILPREDNISOLONA NA SDRA
PERSISTENTE
NIH-National Heart, Lung and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome Clinical Trials Network, NEJM 2006, 354: 1671-1684
Rocco et al Am J Respir Crit Care Med 2003; 168: 677-84
• O uso de metilprednisolona na fase precoce da LPA impediu as modificações morfofuncionais pulmonares na lesão leve e minimizou na lesão grave.
Lee et al Ann Thorac Surg 2005; 79: 405-410
• Testar a eficácia de baixas doses de metilprednisolona
imediatamente após o diagnóstico de SDRA.
Lee et al Ann Thorac Surg 2005; 79: 405-410
Low-dose steroid therapy at an early phase of
postoperative acute respiratory distress syndrome
Conventional Therapy (n = 8)
Early-low dose steroid therapy group (n = 12)
p
In-hospital mortality 7 1 0.001
ICU 8 6 0.042
Mechanical Ventilation 8 5 0.015
ICU stay days 19.5 (15–30) …
Hospital stay days 24.5 (14–85) …
Metilprednisolona 2 mg/kg/dia a cada 6 horas.
Reduzir esteróide até não haver dispnéia ou infiltrado radiológico.
Lee et al Ann Thorac Surg 2005; 79: 405-410
Low-dose steroid therapy at an early phase of
postoperative acute respiratory distress syndrome
CONCLUSÕES
• A administração de baixas doses de esteróide na fase precoce da lesão acarreta efeitos benéficos
na mortalidade.
• Futuros estudos multicêntricos e randomizados devem ser realizados para confirmar esses dados.
Meduri et al Chest 2007; 131: 954-963
• Determinar os efeitos da administração de baixas doses
de metilprednisolona na fase precoce da SDRA.
Meduri et al Chest 2007; 131: 954-963
Methylprednisolone Infusion in Early Severe ARDS
91 pacientes91 pacientes 66% sepse66% sepse
PlaceboPlacebo Metilprednisolona (1 mg/kg/dia)Metilprednisolona (1 mg/kg/dia)
Redução de 1 ponto no LISRedução de 1 ponto no LIS
Extubação com sucesso no sétimo diaExtubação com sucesso no sétimo dia
Meduri et al Chest 2007; 131: 954-963
Methylprednisolone Infusion in Early Severe ARDS
Bone et al Chest 1989; 96: 114-119
Prostaglandina E1
• Ação da prostaglandia E1 na terapia da SDRA em função de sua ação anti-inflamatória e vasodilatadora.
Bone et al Chest 1989; 96: 114-119
Prostaglandina E1
A administração de PGE1 acarretou hipotensão arterial sistêmica
Abraham et al Crit Care Med 1996; 24: 10-15; Abraham et al. Crit Care Med 1999; 27: 1478-85
Prostaglandina E1• O uso de PGE1 lipossomal acarretou melhora da oxigenação e aumento da complacência. • Não houve redução dos dias em ventilação mecânica e melhora da sobrevida.
• Lisofilina é uma xantina que reduz a liberação de ácidos graxos
livres, bem como de TNF-α, IL-1 e IL-6 .
• ARDS Network – estudo multicêntrico randomizado
comparando lisofilina (3 mg/kg iv a cada 6 h por 20 dias) com
placebo em 235 pacientes com SDRA.
• Não houve redução na mortalidade aos 28 dias (32% vs 25%
(placebo).
Inibidor de fosfodiesterase
Cetoconazol• Antifúngico imidazólico sintético
que inibe a síntese de tromboxano e leucotrieno através da inibição da 5-lipoxigenase.
• Os tromboxanos aumentam a agregação plaquetária, tonus vascular e permeabilidade alveolar, enquanto que os leucotrienos causam broncoconstrição e atuam como potente quimiotático de neutrófilos.
CetoconazolAutor, ano Número de
PtsEvolução
Slotmann, 1988 71 pacientes cirúrgicos com alto risco de SDRA
• Reduz a incidência de SDRA, tempo de internação na UTI e custo• Não melhora a sobrevida
Yu & Tomasa, 1993 54 pacientes com sepse
• Reduz a incidência de SDRA• Reduz significativamente a mortalidade
NIH ARDS Network, 1997 Trial
234 pacientes com LPA/SDRA
• Não há redução na mortalidade• Sem melhora na função pulmonar e dias de ventilação mecânica. • Os níveis urinários de tromboxane B2 não reduziram no grupo tratado com ketoconazole sugerindo que a dose usada foi insuficiente.
Anti-oxidantes• Espécies reativas de oxigênio como: anion
superóxido, peróxido de hidrogênio, ácido hidrocloroso, radical hidroxila, são derivados de neutrófilos, macrófagos e células endoteliais
• Antioxidantes endógenos:
Glutationa, superóxido dismutase e catalase (defesa contra espécies reativas de oxigênio)
• Pacientes com SDRA: glutationa reduzida• N-acetilcisteína e procisteína aumenta os
níveis de glutationa no pulmão.
N-AcetilcisteínaAutor, ano Número de
Pacientes Terapia Evolução
Jepsen, 1992 66 Placebo, NAC Nenhum efeito – Pao2/Fio2 LIS. Sem diferença na mortalidade
Suter, 1994 61 Placebo, NAC Melhorou Pao2/Fio2 e LIS Sem diferença na mortalidade
Bernard, 1997 48 Placebo, NAC OTZ
Melhorou DC, falência orgânica múltiplaSem diferença na mortalidade
Domenighetti, 1997 42 Placebo, NAC Melhorou LIS, sem alteração na Pao2/Fio2
Sem diferença na mortalidade
Jain and DalNogare. Mayo Clin Proc 2006; 81: 205-212
Óxido Nítrico - Fisiologia
• Óxido nítrico é um gás produzido
no pulmão pela óxido nítrico sintase
a partir da L-arginina.
• A NO sintase é regulada por
endotoxina, que induz produção de
NO que bloqueia a vasoconstrição
hipóxica piorando o shunt (Ullrich et
al., 1999).
Jain and DalNogare. Mayo Clin Proc 2006; 81: 205-212
Óxido Nítrico - Fisiologia• O NO inalado:
• potente vasodilatador seletivo, • corrige os distúrbios da relação ventilação perfusão, • reduz o shunt intrapulmonar, • melhora a oxigenação, • não apresenta efeitos hemodinâmicos sistêmicos,• inibe a agregação de leucócitos e plaquetas.
Lunn et al Mayo Clin Proc 1995; 70: 247-255
Lundin et al. Intensive Care Med. 1999;25:911-919, Michael et al. Am J Respir Crit Care Med. 1998;157:1372-1380, Troncy et al. Am J Respir Crit
Care Med. 1998;157:1483-1488, Gerlach et al. Am J Respir Crit Care Med. 2003;167:1008-1015, Dellinger et al., Crit Care Med. 1998;26:15-23
Óxido Nítrico Inalado
Óxido Nítrico Inalado
Angus et al. Crit Care Med 2006; 34:2883–2890
• Dose
Efeito Dose
Aumento da PaO2 1-2 ppm a <10 ppm
Redução da PAP 10-40 ppm • Efeitos colaterais
– Metaheglobulinemia– Produção de produtos tóxicos: dioxido de nitrogênio e ion
peroxinitrato– Aumento do edema pulmonar– Rebote da hipertensão pulmonar
Óxido Nítrico Inalado
Prostaciclina Inalada
• Prostaciclina inalada acarreta vasodilatação seletiva de áreas
bem perfundidas e inibe a agregação plaquetária e adesão
neutrofílica.
• Dose = 17-50 ng/kg/min.
• Prostaciclina tem efeitos benéficos sobre o óxido nítrico já que
é mais fácil de administrar e tem menos efeitos colaterais,
porém apresenta alto custo e não mostrou nenhum efeito na
sobrevida nos estudos clínicos multicêntricos. Zwissler et al. Am J Respir Crit Care Med 1996; 154:1671-7
SurfactanteNa SDRA há deficiência e função anormal do surfactante por:
1) Produção anormal do surfactante (lesão de PII)
2) Composição anormal (diminuição de fosfatidilcolina, fosfatidilglicerol, SPA e SPB)
3) Inibidores da função do surfactante (TNF-alpha, espécies reativas de oxigênio, elastase neutrofílica)
4) Conversão de grandes em pequenos agregados
5) Alteração/Destruição do surfactante causado por substâncias no espaço alveolar (plasma, fibrinogênio, fibrina, albumina, hemoglobina).
6) Disfunção do surfactante acarreta: a) atelectasia e b) aumento formação de edema.
Surfactante Exógeno
• Exosurf ARDS Sepsis Study. Anzueto et al. NEJM 1996; 334:1417-21
• Estudo multicêntrico randomizado de 725 pacientes com SDRA induzida por sepse.
• Não houve diferença significativa na oxigenação, duração da ventilação mecânica, tempo de hospitalização e sobrevida.
Surfactante Exógeno
• Spragg et al. NEJM 2004; 351: 1417-21
• Estudo multicêntrico randomizado de
448 pacientes com SDRA, proteína C
associada ao surfactante.
• Melhora a oxigenação, sem alterar a
mortalidade avaliada em 28 dias.
Surfactante Exógeno
• Willson et al. JAMA 2005; 293: 470-6.
• Estudo multicêntrico em crianças e adolescentes com SDRA utilizaram calfactant, um surfactante natural com altos níveis de proteína B.
• Houve redução da mortalidade.
• Somente 153 pacientes.
Surfactante Exógeno
• Sucesso em recém natos com SDRA
• Limitação do uso do surfactante:
• Método para instilação do surfactante – somente 4,5 % do surfactante atinge as unidades alveolares ventiladas, menos graves.
• Preparações de surfactante sem proteína
• Atualmente, vêm sendo estudado novos métodos para administração do surfactante.
Instilação Lavagem Aerosolização
• Rápida • Grandes volumes podem ser instilados• Distribuição homogênea• Eficaz nos estudos multicêntricos• Técnicas não padronizadas• Piora provisória da ventilação
• Pode remover substâncias tóxicas• Grandes volumes podem ser administrados• Distribuição homogênea• Eficaz em estudos experimentais• Pequeno volume recuperado• Piora provisória da ventilação
• Baixo volume• Distribuição não uniforme• Eficaz em estudos experimentais
Técnicas de administração do surfactante
Novas Perspectivas TerapêuticasNovas Perspectivas Terapêuticas
• Ativação dos canais de sódio para promover retirada do fluido alveolar;
• Fatores de crescimento para induzir reparo do epitélio alveolar;
• Drogas que inibam a deposição de fibrina;
• Substâncias que induzam bloqueio dos fatores pró-inflamatórios;
• Substâncias que atuam na vasoconstrição pulmonar (antagonista do receptor de endotelina);
• Uso de anticorpos contra citocinas pró-inflamatórias.
Moduladores do fluido alveolarModuladores do fluido alveolar• O transporte de sal e água se faz através de canais de Na+ na membrana apical do PII e da bomba Na+-K+ ATPase na superfície baso-lateral. Esses canais são regulados por catecolaminas.
• Os canais de água (aquaporinas) também estão presentes na membrana basolateral do PII.
Ativação dos canais de sódioAtivação dos canais de sódio• Estratégias para aumentar o clearance alveolar: dobutamina, agonista do receptor β-adrenérgico: salmeterol, terbutalina e isoproterenol (ativa canais de Na+ e bomba Na+-K+ ATPase). • Perkins et al. AJRCCM 2006; 73:281–7. Estudo randomizado - salbutamol (iv) reduz a quantidade de água extravascular pulmonar, porém aumenta incidência de arritmia. • O ARDS Network iniciou estudo multicêntrico, randomizado avaliando a eficácia da terapia com agonista β-adrenérgico na SDRA.
Fatores de crescimento para induzir Fatores de crescimento para induzir reparo do epitélio alveolarreparo do epitélio alveolar
• Fator de crescimento de queratinócito (KGF) é um potente estimulador do PII, promovendo reparo do alvéolo e remoção do fluido alveolar. • KGF (intrabrônquico) em modelo de LPA acarretou aumento de células cuboidais que expressavam proteína C do surfactante (marcador de PII). Não houve redução da mortalidade (Yano et al. AJRCMB 1996;15:433-42).• KGF em modelo de LPA induzido por hiperóxia acarretou aumento de PII (5 x) e redução da mortalidade (Panos et al. J Clin Invest. 1995;96:2026-33). • Outros fatores de crescimento como TGF- β também vêm sendo estudados na SDRA.
Tomashefski. Clin Chest Med 2000;21:435-466
Drogas que inibem a deposição de fibrinaDrogas que inibem a deposição de fibrina
• Na SDRA há deposição de fibrina nos alvéolos, interstício e intravascular, que aumenta a resposta inflamatória via IL-1 e IL-6, aumentando a permeabilidade vascular e ativação de neutrófilo.
• Dois anticoagulantes: proteína C ativada (APC) e
inibidor da via do fator tecidual (TFPI) vêm sendo
estudados.
Drogas que inibem a deposição de fibrinaDrogas que inibem a deposição de fibrina
• APC inibe os fatores Va e VIIIa e apresenta
efeitos anti-inflamatórios diminuindo a produção
de TNF-, IL-1, e IL-6.
• Estudo multicêntrico randomizado (1690
pacientes com sepse) evidenciou redução da
mortalidade, porém aumentou a incidência de
sangramento (Bernard et al. NEJM 2001;344:699-
709).
Drogas que inibem a deposição de fibrinaDrogas que inibem a deposição de fibrina• Inibidor da via do fator tecidual (TFPI) é uma
molécula que faz um complexo com o fator
tecidual, fator Xa e fator VIIa bloqueando a
coagulação através da via extrínseca.
• Apesar do estudo fase II com TFPI na sepse ter
apresentado redução da mortalidade, o estudo
fase 3 não mostrou alteração na sobrevida
(Abraham et al. JAMA 2003;290:238-47).
• Tanto o APC como o TFPI precisam ser
estudados em diferentes subgrupos de SDRA.
Substâncias que inibam o fator de Substâncias que inibam o fator de transcrição nuclear K-transcrição nuclear K-
• O NF-κB é o fator de transcrição que acarreta liberação de mediadores inflamatórios.
• A ativação do NF-κB in vivo depende da geração de espécies reativas de oxigênio. Logo, a N-acetilcisteína, inibe a NF-κB.
• Estudo com tratamento com N-acetilcisteína na LPA induzida por endotoxina acarretou redução de citocinas e recrutamento neutrofílico.
• Mais estudos multicêntricos devem ser realizados.
Substâncias que atuam na vasoconstrição pulmonar Substâncias que atuam na vasoconstrição pulmonar (antagonista do receptor da endotelina)(antagonista do receptor da endotelina)
• Aumento dos níveis plasmáticos de endotelina 1, vasoconstritor derivado do endotélio, tem sido visto em pacientes com SDRA. Esses níveis reduzem a medida que o paciente se recupera, sugerindo o papel da endotelina na patogênese da SDRA (Langleben et al. Am Rev Respir Dis. 1993;148:1646-1650).
• Entretanto, Kuklin et al. (Crit Care Med. 2004;32:766-773) constataram que o tezosentan (antagonista do receptor de endotelina) em modelo de LPA (endotoxina) acarretou redução da hipertensão pulmonar, porém edema e hipoxemia.
Anticorpos contra citocinas pró-inflamatóriasAnticorpos contra citocinas pró-inflamatórias
• Níveis de citocinas no BAL estão relacionados ao prognóstico do paciente com SDRA.
• O tratamento com anti-IL-8 antes da indução da LPA acarretou redução da infiltração neutrofílica e do gradiente alvéolo-arterial de oxigênio (Folkesson et al. J Clin Invest. 1995;96:107-116).
• Entretanto, o uso de anticorpos anti-IL-8 pode aumentar o risco de infecção.
LimitaçõesLimitações
Malloy Am J Respir Crit Care Med 1997;156:617-23; Rosenthal et al. Crit Care Med 1998; 26: 912-6. .
LimitaçõesLimitações• Nenhuma terapia farmacológica reduziu a mortalidade.• Estudos experimentais versus estudos clínicos:
–a) população da SDRA é heterogênea com lesão direta e/ou indireta ao parênquima pulmonar, –b) modelo experimental de ALI - usualmente instilação de ácido ou endotoxina, que não mimetiza as características da SDRA humana, –c) uso da terapia farmacológica antes da indução da lesão, isto é, antes do início da fase inflamatória e fibroproliferativa, –d) limitação técnica (surfactante não consegue atingir os alvéolos, logo, novas fórmulas, métodos de instilação e momento de administração do surfactante devem ser estudados).
LimitaçõesLimitações• A SDRA apresenta uma fase exudativa e fibroproliferativa que
ocorrem em paralelo. A droga ideal deve atuar nas duas fases para reduzir a mortalidade.
• A SDRA deve ser melhor estudada no que tange as vias de sinalização, expressão genética, e resposta funcional as diferentes terapias.
• A principal causa mortis da SDRA é falência orgânica múltipla, somente 5% morre de hipoxemia refratária. O objetivo da terapia farmacológica da SDRA deve ser prevenir a inflamação sistêmica e a falência de múltiplos órgãos e não recuperar somente a função pulmonar.
ConclusõesConclusões
• O completo entendimento do desenvolvimento e reparo da SDRA é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma terapia eficaz.
• Faz-se necessário o entendimento da genética na incidência e prognóstico da SDRA.
• Apesar de ainda não testado, o uso precoce das estratégias farmacológicas combinadas ou não pode vir a melhorar a sobrevida da SDRA.
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