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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Educação Ambiental na Lona Cultural
Ana Cristina Oliveira Lemos
Orientador
Francisco Carrera
Rio de Janeiro
2012
ii
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A LONA CULTURAL
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau do
curso de Pós-Graduação em GESTÃO AMBIENTAL
Por: Ana Cristina Oliveira Lemos
Rio de Janeiro-RJ
2012
iii
Universidade Cândido Mendes
Ana Cristina Oliveira Lemos
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A LONA CULTURAL
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau do
curso de Pós-Graduação em GESTÃO AMBIENTAL
Por: Ana Cristina Oliveira Lemos
Rio de Janeiro-RJ
2012
iv
AGRADECIMENTOS
Soltaram-me num grande jardim. Colhi uma braçada de Flores um pouco ao acaso da hora. O essencial é que o meu ramo evoque o jardim nas suas cores e nos
seus aromas. E falta muita flor no meu ramo. Cumpre dizer que as omissões não
significam desdém. Manuel Bandeira
Agradeço primeiramente a Deus pela benção de minha vida e por sempre nortear meu
caminho com a certeza que os momentos árduos das etapas de minhas experiências
foram e serão sempre passageiros.
Agradeço a garça Karina Valério Cançado, que surgiu em meu caminho para mostrar
que temos que seguir o lema: “Para o alto e avante, sempre!”.
Agradeço a uma flor em forma de gente que emanou o perfume da generosidade porque sem ela não conseguiria realizar este trabalho, professora Ângela Maria Bittencourt Fernandes da Silva. Com muita gratidão!
Enfim, agradeço a todos os que me acompanharam nessa fase de especialização, seja
com participação direta ou indireta, e de maneira muito especial aos meus pais.
v
DEDICATÓRIA
“A educação deve contribuir para a autoafirmação da pessoa
(...) e ensinar como se tornar cidadão. Um cidadão é definido,
em uma democracia, por sua solidariedade e responsabilidade
em relação à sua pátria. O que supõe nele o enraizamento de
sua identidade nacional.”
Edgar Morin
vi
RESUMO
Este trabalho pretende demonstrar a necessidade da Educação Ambiental como um
todo. Para desenvolvermos um trabalho em conjunto hoje para o futuro do ser humano e
do planeta. Não no sentido de haver uma cadeira específica para tal, mas entrelaçada em
todas as demais disciplinas.
A principal tarefa da Educação Ambiental é o desenvolvimento do Senso Crítico, pois
assim estará sendo dada a chance das pequenas comunidades afastadas dos grandes
centros e da população em geral a dizerem “não” aos especuladores que só querem
lucrar, sem se preocuparem com o ambiente, com as demais culturas e com futuros
problemas sociais decorrentes da falta de sustentabilidade. Alguns outros objetivos são
sensibilizar as pessoas sobre o drama dos problemas ambientais que clamam por
soluções imediatas e prover conhecimento abrangente às pequenas populações, para que
estas possam discutir sobre projetos ambientais dentro de suas terras e mudar o
comportamento, ou seja, transformar pessoas e comunidades passivas em agentes ativos
e lutadores por seus direitos.
O desenvolvimento urbano deve ser feito com um extensivo trabalho de planejamento,
pois o crescimento demográfico nos países em desenvolvimento é acentuado. Os
problemas provenientes da falta do planejamento urbano estão mais próximos do que
parece. Enfrenta-se hoje mundialmente o problema da falta de água potável. Este
problema é decorrente do assoreamento de rios e lagoas, principais fontes de água doce.
É preciso desenvolver o Senso Crítico tanto nas comunidades desprovidas de
informação, as quais, geralmente são alvo dos que visam manipula-las, quanto nas que
se dizem “estudadas”, mas que votam nos mesmos corruptos de um passado recente.
Porém, não se pode ter uma visão pequena, devemos desenvolvê-lo nas crianças, pois
assim estaremos evitando este problema no futuro.
PALAVRAS-CHAVE: educação ambiental, meio ambiente, conscientização, lona
cultural e senso crítico.
vii
ABSTRACT
This paper argues the need for environmental education as a whole. To develop a joint
work today for the future of mankind and the planet. Not in the sense of having a
special chair for this, but woven into all other disciplines.
The main task of environmental education is the development of critical sense, so that's
being given the chance of small communities away from big cities and the general
population to say "no" to speculators who only want to profit, without worrying about
the environment with other cultures and future social problems arising from lack of
sustainability. Some other goals are to raise awareness about the plight of the
environmental problems that call for immediate solutions and provide comprehensive
knowledge to small populations, so they can discuss environmental projects on their
lands and to change behavior, or transform people and communities passive and active
agents in fighting for their rights.
Urban development should be done with an extensive planning work, as the population
growth in developing countries is enhanced. The problems stemming from lack of urban
planning are closer than they appear. World faces today is the shortage of drinking
water. This problem is due to siltation of rivers and lakes, major sources of freshwater.
We must develop the critical sense in both communities deprived of information, which
are usually target those who seek to manipulate them, and those that claim to be
"studied", but who vote the same corrupt in the recent past. Yet we can have a little
vision, we must develop it in children, because that way we avoid this problem in the
future.
KEYWORDS: ambient education; environment; awareness; cultural canvas and
critical sense.
SUMÁRIO AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iv
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... v
RESUMO ........................................................................................................................ vi ABSTRACT ................................................................................................................... vii METODOLOGIA ............................................................................................................. 2
Educação Ambiental ..................................................................................................... 6
Breve Histórico da educação ambiental .................................................................. 8
Educação Ambiental Formal .................................................................................. 11
Educação Ambiental Não-Formal .......................................................................... 12
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CULTURA .................................................................. 14
Meio ambiente e cultura ............................................................................................. 14
Educação ambiental: atores, práticas e alternativas.................................................... 16
Projetos Cultura e meio ambiente ............................................................................... 20
1. Instituto Guatambu de Cultura Educação, Cultura e Meio Ambiente ............... 21
2. Cultura Ambiental nas Escolas .......................................................................... 21
3. Projeto cultural-ambiental “acorde para o meio ambiente”..............................211
4. Ong acema - organização não governamental arte cultura e meio ambiente, .. 22
5. Educação Ambiental e Inclusão Social .............................................................. 22
Lona Cultural .............................................................................................................. 22
Bangu .......................................................................................................................... 24
Lona Cultural Municipal Hermeto Pascoal – Bangu ............................................. 25 PROPOSTA DE PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA LONA CULTURAL MUNICIPAL HERMETO PASCOAL.....................................................27 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................37
ANEXOS ........................................................................................................................ 39 ANEXO 1 - Instituto Guatambu de Cultura Educação, Cultura e Meio Ambiente ...39
ANEXO 2 - Cultura Ambiental em Escolas: Ferramentas para aplicação de conceitos de Educação Ambiental...............................................................................................45 ANEXO 3 -Projeto Cultural-ambiental “acorde para o meio ambiente” comemora um ano de realização com apresentação no Jardim Botânico em São Paulo....................47 ANEXO 4 - ONG Acema - Organização Não Governamental Arte Cultura e Meio Ambiente ...................................................................................................................49
ANEXO 5- Educação Ambiental e Inclusão Social...................................................51
2
METODOLOGIA
O termo “pesquisa de campo” é normalmente empregado na Psicologia Social para
descrever um tipo de pesquisa feito nos lugares da vida cotidiana e fora do laboratório
ou da sala de entrevista. Nesta ótica, o pesquisador ou pesquisadora vai ao campo para
coletar dados que serão depois analisados utilizando uma variedade de métodos tanto
para a coleta quanto para a análise (SPINK, 2003).
É esta potencialidade de movimento do pesquisador como parte do campo, que mostra
não somente as possibilidades, mas também as restrições de acesso aos espaços chaves
de argumentação e debate. Campo, entendido como campo-tema, não é um universo
“distante”, “separado”, “não relacionado”, “um universo empírico” ou um “lugar para
fazer observações”.
Todas estas expressões não somente naturalizam, mas também escondem o campo;
distanciando os pesquisadores das questões do dia a dia. Pode-se negociar acesso às
partes mais densas do campo e em consequência ter um senso de estar mais presente na
sua processualidade. Mas isso não quer dizer que não se esta no campo em outros
momentos; uma posição periférica pode ser periférica, mas continua sendo uma posição.
O campo-tema, como complexo de redes de sentidos que se interconectam, é um espaço
criado - usando a noção de Henri Lefebvre (1991) - herdado ou incorporado pelo
pesquisador ou pesquisadora e negociado na medida em que este busca se inserir nas
suas teias de ação.
Campo, portanto é o argumento no qual estamos inseridos; argumento este que têm
múltiplas faces e materialidades, que acontecem em muitos lugares diferentes. Os
lugares – por exemplo, uma aldeia de pesca – fazem parte do campo tanto quanto as
conversas (RIBEIRO, 2003).
A partir destes conceitos, este trabalho será elaborado por meio da pesquisa de campo
na Lona Cultural Hermeto Pascoal, que desenvolve atividades culturais na zona oeste do
Município do Rio de Janeiro.
3
Essa pesquisa se justifica porque é dever constitucional, como parte da coletividade,
defender e preservar o meio ambiente para presente e futuras gerações (art. 225-
CRFB/88) por meio da educação ambiental não - forma1 com o fulcro da lei 9.795/99;
enfatizando que a educação ambiental não tem restrições quanto o espaço a ser
desenvolvida, mormente deve – se aproveitar os espaços criados para a promoção da
cidadania.
Vale destacar que o binômio: Educação-Cultura, como fatores eminentes para
elaboração de processos que sensibilizem e leve à conscientização ambiental,
aproveitando o contexto local, que além de promover a cidadania (ambiental),
difundindo informações de forma acessível de assuntos pertinentes a planos estratégicos
da cidade, destaca-se a importância de envolver cidadãos na participação de audiências
públicas contribuindo para uma reflexão e ação com avaliação crítica para a promoção
da melhoria da qualidade de vida .
Esta pesquisa tem por objetivo geral exortar a comunidade local para acolher a
educação ambiental como tema transversal na cultura, por meio da formação de valores,
participação de decisões no meio natural, social, cultural; resgatando sua autoestima,
com perspectiva do uso do senso crítico para que a mesma não seja encarada como um
adestramento ambiental. E como objetivos específicos: valorização dos aspectos sócio
históricos local, através da cultura (arte, música, dança, etc.) destacando o prisma
ambiental; implementação de trabalhos sociais com materiais considerados “lixos
(garrafas pets, latas de alumínio, etc.); implementação de Coleta Seletiva na Lona
Cultural; comunicação ambiental para sensibilização do público da Lona Cultural,
comércio e comunidades circundantes; formação de atores (multiplicadores) pela
comunidade e pelo meio artísticos (musical, teatral, etc.); disseminação de informações
para democratização dos planos estratégicos da Cidade do Plano Plurianual , Plano
Diretor e Agenda 21.
Depois de delimitados os objetivos se fará um levantamento bibliográfico visando
conceituar educação ambiental, meio ambiente, cultura, lona cultura e por fim no
terceiro capítulo será realizado a Proposta de Projeto de Educação ambiental para Lona
Cultural Municipal Hermeto Pascoal.
4
Para o projeto, se fará pesquisa de campo visando conhecer o espaço e verificar se o
mesmo suporta e tem interesse em desenvolver esta proposta. A partir daí iniciar-se-á a
implantação do projeto, independente da conclusão deste curso.
5
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O conceito de Educação Ambiental varia de interpretações, de acordo com cada
contexto, conforme a influência e vivência de cada um. Para muitos, a Educação
Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à natureza: lixo, preservação,
paisagens naturais, animais, etc. Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assume
um caráter basicamente naturalista.
Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista, embasado na busca
de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vista à construção de um futuro
pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso (pensamento positivista).
Neste contexto, a Educação Ambiental é ferramenta de educação para o
desenvolvimento sustentável (apesar de polêmico o conceito de desenvolvimento
sustentável, tendo em vista ser o próprio "desenvolvimento" o causador de tantos danos
sócio-ambientais).
Ampliando a maneira de perceber a Educação Ambiental podemos dizer que se trata de
uma prática de educação para a sustentabilidade. Para muitos especialistas, uma
Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável é severamente criticada pela
dicotomia existente entre "desenvolvimento e sustentabilidade".
Na tentativa de fazer uma análise sobre os conceitos desta prática, colocamos à
disposição diferentes definições para a Educação Ambiental, a fim de perceber este
conceito de forma mais abrangente e contextual. Para perceber a abrangência e o
significado da Educação Ambiental é preciso uma forma de pensar mais complexa – da
teoria moriniana. Só assim será possível a evolução deste conceito ao seu amplo
significado. A Educação Ambiental tem como um de seus objetivos sensibilizar os
cidadãos e as cidadãs sobre a problemática ecológica que enfrentamos hoje em dia.
Politizar a questão ambiental significa, em primeiro lugar, compreender e tratar os recursos naturais como bens coletivos indispensáveis à vida e sua reprodutibilidade, e o acesso a esses recursos como um direito público e universal. Significa reconhecer o meio ambiente como a base de sustentação para as sociedades humanas e não-humanas. LIMA (2002: p. 130)
6
Educação Ambiental
Reigota (1994) refere que “O conteúdo mais indicado deve ser originado do
levantamento da problemática ambiental vivida cotidianamente pela comunidade a ser
trabalhada e que se queira resolver”. Neste sentido, podem-se usar conteúdos bem
diversos na Educação Ambiental, tais como saneamento básico, degradação da fauna e
flora, poluição em geral, efeito estufa, biodiversidade, reciclagem do lixo doméstico e
industrial, energia nuclear, produção armamentista, esgoto clandestino, contaminação
dos mananciais, assoreamento do solo, degradação da vegetação litorânea, aterro de
mangues, entre outros.
A Educação Ambiental não deve priorizar a transmissão de conceitos específicos da
biologia e/ou geografia. No entanto, alguns conceitos básicos, tais como ecossistema,
habitat, nicho ecológico, fotossíntese, cadeia alimentar, cadeia de energia etc.; devem
ser compreendidos e não decorados. Reigota (1994), ao desenvolver estes conceitos teve
como objetivo fazer a ligação entre a ciência e os problemas ambientais cotidianos,
dessa maneira que, cada disciplina tem contribuição a dar nas atividades de Educação
Ambiental. Assim sendo, o conteúdo deve possibilitar as pessoas (neste caso alunos) a
fazerem ligações entre a ciência e as questões imediatas e mais gerais.
Reigota (1994) reforça este pensamento ao dizer que:
“Precisamos ter claro que o problema ambiental não está na quantidade de pessoas existente no planeta e que necessita consumir cada vez mais os recursos naturais para se alimentar, vestir, morar, etc.... É importante entender que o problema está no consumo excessivo desses recursos por uma pequena quantidade da população mundial e no desperdício e produção de artigos inúteis e de mau agouro à qualidade de vida. Não se trata de garantir a preservação de determinadas espécies animais e vegetais e dos recursos naturais, não esquecendo a importância destas questões. O que deve ser prioridade são as relações econômicas e culturais entre homem natureza e homem humanidade” (REIGOTA, 1994).
Dessa forma, o componente filosófico da Educação Ambiental relata que ela é tão
importante quanto o comportamento e deve ser entendida como Educação Política, no
sentido de que ela reivindica e prepara os cidadãos para exigir justiça social e
autogestão, ou ao menos gestão (realmente) participativa.
A Educação Ambiental como Educação Política enfatiza a questão “por que fazer”,
antes de “como fazer”. Considerando que a Educação Ambiental surge num momento
7
histórico de grandes mudanças no mundo, ela tende a questionar as opções políticas
atuais e o próprio conceito de educação existente, exigindo-a, criativa, inovadora e,
principalmente, crítica. Um papel de extrema importância na Educação Ambiental é a
ética.
O homem contemporâneo vive profundas dicotomias, dificilmente se considera como
um elemento da natureza, mas sim como um ser à parte, um observador, explorador e
dominador da mesma. Esse distanciamento fundamenta suas ações tidas como racionais,
mas cujas consequências graves exigem deles, nesse final de século, respostas
filosóficas e práticas para acabar com o antropocentrismo e o etnocentrismo. A
Educação Ambiental Crítica está, dessa forma, impregnada da utopia de mudar
radicalmente as relações que conhece hoje, sejam elas entre a humanidade, sejam entre
a natureza.
Desde seu início deste estudo, ficou claro que é absolutamente vital que os cidadãos do
mundo insistam para que se tomem medidas de apoio a um tipo de desenvolvimento
econômico que não tenha repercussões nocivas sobre a população. É de suma
importância a participação dos cidadãos na definição de um projeto econômico, portanto
político. A educação ambiental deve orientar-se para a comunidade. Deve proporcionar
um incentivo para os indivíduos participarem ativamente da resolução de problemas no
seu contexto de realidade específica. “Os cidadãos do mundo atuando em suas
comunidades” (REIGOTA, 1994), é a proposta traduzida na frase muito usada nos
meios ambientalistas: “Pensamento global e ação local”. A Educação Ambiental não
resolverá os complexos problemas ambientais planetários. No entanto ela pode influir
decisivamente para isso, quando forma cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres.
Os problemas ambientais foram criados por homens e mulheres e deles virão suas
soluções. Estas obras não virão de gênios, pensadores ou políticos, mas sim de mim, de
você, todos nós.
Os depoimentos a seguir foram extraídos de “O que é Educação Ambiental?” de
Reigota (1994).
Há muitos métodos possíveis para se transmitir Educação Ambiental. O mais adequado
é que cada professor(a) estabeleça o seu e que este vá de encontro às características de
8
seus alunos. Na metodologia utilizada residem os aspectos que caracterizam a
criatividade do professor diante dos desafios que encontra cotidianamente.
As aulas expositivas não são muito recomendadas na aplicação da Educação Ambiental,
mas elas podem ser muito importantes quando bem preparadas e quando deixam espaço
para questionamentos de seus alunos. Uma aula expositiva bem dada, mesmo
considerada tradicional, ainda é muito melhor do que as aulas modernas, em que o
professor se fantasia tentando conquistar a sua simpatia, impedindo assim que o aluno
entre em contato com as ideias, conhecimentos, experiência e comportamento de uma
geração que não é sua.
A Educação Ambiental que visa a participação do cidadão na solução dos problemas
ambientais deve pregar metodologias que permitam ao aluno questionar dados e ideias
sobre um determinado tema, propor soluções e apresentá-las. Esse é o método Ativo,
ampliado em relação à definição dada acima. Com o método Ativo, o aluno participa
das atividades, desenvolve progressivamente o seu conhecimento e comportamento em
relação ao tema, de acordo com sua idade e capacidade. O método Ativo pressupõe que
o processo pedagógico seja aberto, democrático e que haja diálogo entre os alunos, entre
eles e os professores e a administração da escola, com a comunidade em que vive e com
a sociedade civil em geral.
Breve Histórico da educação ambiental
Relata-se aqui um breve histórico da preocupação humana com as questões ambientais a
fim de situar o leitor na linha do tempo do ambientalismo do final da década de 60 até
os dias atuais.
Em 1968 foi realizada, em Roma, uma reunião de cientistas dos países desenvolvidos
para discutir o consumo, as reservas de recursos naturais não renováveis e o crescimento
da população mundial até meados do Século XXI.
As conclusões do “Clube de Roma” deixam clara a necessidade urgente de se buscar
meios para a conservação dos recursos naturais e controlar o crescimento da população,
9
além de se investir numa mudança radical na mentalidade de consumo e procriação.
Seus participantes observaram que: “o homem deve examinar a si próprio, seus
objetivos e valores. O ponto essencial da questão não é somente a sobrevivência da
espécie humana, porém, ainda mais, a sua possibilidade de sobreviver sem cair em um
estado inútil de existência”. Dessa reunião foi publicado o livro “Limites do
Crescimento” que foi durante muitos anos uma referência internacional às políticas e
projetos a longo termo e foi também alvo de muitas críticas, principalmente, de
intelectuais latino-americanos que liam nas entrelinhas a indicação de que para se
conservar o padrão de consumo dos países industrializados era necessário controlar o
crescimento da população nos países pobres. Um dos méritos dos debates e das
conclusões do “Clube de Roma” foi colocar o problema ambiental em nível planetário, e
como consequência disso, a Organizações das Nações Unidas – ONU – realizou em
1972, em Estocolmo, na Suécia, a primeira Conferência Mundial de Meio Ambiente
Humano.
O grande tema em discussão na conferência de Estocolmo foi a poluição ocasionada
principalmente pelas indústrias. O Brasil e a Índia, que viviam na época “milagres
econômicos”, defenderam a ideia de que “a poluição é o preço que se paga pelo
progresso”. Com essa “poluição oficial”, esses países abriram as portas para instalação
de multinacionais poluidoras, impedidas ou com dificuldades de continuarem operando
nas mesmas condições em seus respectivos países. Essa atitude não será sem
consequências graves e os resultados se farão sentir nos anos que virão.
No Brasil, o exemplo clássico é a cidade de Cubatão (SP), onde, devido à grande
emissão de gases na atmosfera e de efluentes tóxicos nos rios e manguezais da região,
crianças nasceram acéfalas; na Índia, o acidente de Bophal, ocorrido numa indústria
química multinacional que operava sem as medidas de segurança exigidas em seus
países de origem provocou a morte de milhares de pessoas. Este acidente junto ao da
usina nuclear de Tchernobyl são considerados os maiores acidentes ecológicos de nosso
tempo.
Uma resolução importante da conferência de Estocolmo foi a de que se deve educar o
cidadão para a solução dos problemas ambientais. Podemos então considerar que aí
surge o que se convencionou de Educação Ambiental. A United Nations Educational,
10
Scientific and Cultural Organization (UNESCO) – organismo da ONU – responsável
pela divulgação e realização dessa nova perspectiva educativa, realiza seminários
regionais em todos os continentes, procurando estabelecer os seus fundamentos
filosóficos e pedagógicos. A partir desses seminários, um grande número de textos,
artigos e livros que foram publicados pela UNESCO em diversas línguas. Os principais
seminários realizados por essa instituição estão inseridos na história de Educação
Ambiental e precisam ser destacados.
Em 1975 foi realizada em Belgrado, na então Iugoslávia, uma reunião de especialistas
em educação, biologia, geografia, entre outros, quando se definiram os objetivos da
Educação Ambiental, publicados no que se convencionou chamar “A Carta de
Belgrado”. Em Tibilisi, na Geórgia (EX-URSS), em 1977, realizou-se o primeiro
Congresso Mundial de Educação Ambiental.
Nessa época, a então URSS vivia o início da Perestroika e da Glasnost, e temas como o
desarmamento, acordos de paz entre URSS e os EUA, democracia e liberdade de
opinião permeavam as discussões presentes. Muitos especialistas consideravam inútil
falar em Educação Ambiental e formação de cidadãos enquanto vários países
continuavam a produzir armas nucleares, impedindo a participação dos cidadãos nas
decisões políticas.
Nesse mesmo período, a primeira ministra norueguesa, Gro-Brundtland, patrocina
reuniões em várias cidades do mundo, inclusive São Paulo, SP, para se discutir os
problemas ambientais e as soluções encontradas após a conferência de Estocolmo. As
conclusões foram publicadas em várias línguas. O livro “Nosso Futuro Comum” (Our
Common Future), também conhecido por relatório Brundtland, fornece os subsídios
temáticos para a ECO-92. É a partir desse livro que o conceito de Desenvolvimento
Sustentável se torna mais conhecido. Aí também se enfatiza a importância da Educação
Ambiental para a solução de problemas sociais, ambientais, econômicos e políticos.
Nos vinte anos que separam as conferências mundiais de Estocolmo e do Rio de Janeiro
houve uma considerável mudança na concepção de meio ambiente. Na primeira se
pensava basicamente na relação homem e natureza; e na segunda o enfoque é pautado
pela ideia de desenvolvimento econômico. Essa mudança se fará sentir nos discursos,
11
projetos e práticas que se autodefinem como sendo Educação Ambiental, mostrando a
sua criatividade e importância, por outro lado temos práticas muito simplistas que
refletem ingenuidade, oportunismo e confusão teórica, conceitual e política.
A Lei Federal nº 9.795 define a Educação Ambiental como “o processo por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”
(art.1º, Lei Federal nº 9.795, de 27/4/99)
Para a UNESCO (1987) “A educação ambiental é um processo permanente no qual os
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem
conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam
capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas
ambientais, presentes e futuros”.
Educação Ambiental Formal
Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Seção II
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9.o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no
âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas eprivadas, englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
12
Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
§ 1.o A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no
currículo de ensino.
§ 2.o Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto
metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada acriação
de disciplina específica.
§ 3.o Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis,
deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais
a serem desenvolvidas.
Art. 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores,
em todos os níveis e em todas as disciplinas.
Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação complementar
em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento
dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
Art. 12. A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de ensino e de
seus cursos, nas redes pública e privada, observarão o cumprimento do disposto nos
arts. 10 e 11 desta Lei.
Educação Ambiental Não-Formal
Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Seção III
Da Educação Ambiental Não-Formal
13
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:
I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres,
de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados
ao meio ambiente;
II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-
governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à
educação ambiental não-formal;
III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas
de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade eas organizações não-
governamentais;
IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;
V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de
conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
14
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CULTURA
Meio ambiente e cultura
A ideia que a expressão meio ambiente encerra é complexa, pois expressa uma série de
realidades, tanto físicas como sociais e culturais que permitem diferentes definições.
Apesar das infindáveis divergências, há tempos vem estabelecendo a definição de meio
ambiente e, por isto, encontra-se diversas definições que pretendem explicar a
conjunção dos termos meio e ambiente.
Desta maneira, o meio ambiente é uma daquelas expressões que, embora bastante
conhecidas, não costumam ser definidas com clareza. Neste caso a clareza não é mero
preciosismo. (...) Um erro bastante comum é confundir meio ambiente com fauna e
flora, como se fossem sinônimos. É grave também a constatação de que a maioria dos
brasileiros não se percebe como parte do meio ambiente, normalmente entendido como
algo de fora, que não os inclui (TRIGUEIRO, 2003, p. 13).
O ambiente humano natural é o meio onde todos vivem. É um sistema complexo e
dinâmico de relações e interferências recíprocas, que só pode ser analisado sob uma
ótica totalizante, que considera os aspectos naturais, sociais, econômicos, culturais,
éticos, políticos e jurídicos. (AGUIAR, 1998 p. 51)
O meio ambiente, por sua vez, deve possuir um conceito totalizador, porém estas
definições são suscetíveis de ser classificadas em dois grupos.
As definições contidas no primeiro grupo se referem ao meio ambiente como o conjunto
de elementos naturais (água, solo, ar e recursos biológicos) que são objeto de proteção
jurídica. Desde esta perspectiva estrita, o conceito de meio ambiente inclui: “aqueles
elementos naturais de titularidade comum e de características dinâmicas: a água, o ar,
veículos básicos de transmissão e suporte e fatores essenciais para a existência do
homem na terra”(MATÍN , 1991, p.86).
No segundo grupo, a definição incorpora, além dos aspectos naturais, os culturais e os
artificiais ou construídos e, desta forma, amplia o objeto em questão: “a interação do
15
conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento
equilibrado da vida em todas as suas formas” (SILVA, 1997, p. 3).
A definição de fonte legal no Direito brasileiro foi inexistente até o nascimento da Lei
da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), que o definiu como: “o conjunto
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas suas formas” (art. 3º, I).
Embora se possa falar em meio ambiente marinho, terrestre, urbano etc., essas facetas
são partes de um todo sistematicamente organizado onde as partes, reciprocamente,
dependem uma das outras e onde o todo é sempre comprometido cada vez que uma
parte é agredida. Desse modo, a poluição do ar desarticula a biosfera; o uso de
agrotóxicos na agricultura atinge as cidades; a exploração desordenada das madeiras
amazônicas atinge dimensões climáticas, econômicas, demográficas, de fauna e flora.
Como se pode observar, o referido conceito apenas se refere aos aspectos naturais,
depreciando os culturais e artificiais. Neste sentido, os referidos conceitos são
suscetíveis de serem observados desde o ponto de vista dos agentes poluidores ou
degradantes do meio ambiente, enquanto que modificantes do estado natural dos
recursos naturais, culturais e artificiais.
A degradação do meio, causada pelo homem, ainda que ecoe estranhamente, é parte
integrante das propriedades que designará este conceito. As lesões e cicatrizes são um
elemento onipresente em todos os aspectos do meio ambiente e, por tanto, já não mais
se pode conceber um conceito sem este matiz.
A partir disso, o conceito de meio ambiente deve ser traçado articulando o meio
ambiente natural, o artificial e o cultural, bem como a noção de que a intervenção das
atividades humanas que são passíveis de causar modificações; meio ambiente e homem
são elementos interdependentes e dialógicos.
Apesar de se poder falar em meio ambiente cultural, artificial e natural (SILVA, 2000),
na prática sempre há uma convergência entre eles:
16
A qualidade do meio ambiente urbano constitui mesmo um ponto de convergência da qualidade do meio ambiente natural (água, ar e outros recursos naturais) e da qualidade do meio ambiente artificial (histórico-cultural), pois a qualidade da vida das pessoas que se reúnem nas comunidades urbanas está claramente influenciada por quanto suceda nos meio, natural e obra do homem, que se acham diretamente relacionados. (SILVA, 2000, p. 150).
Em virtude da pluralidade de aspectos que a expressão meio ambiente engloba, há
autores que entendem inexistir um sentido unitário de ambiente (ANTUNES, 1994;
MACHADO, 1992). No entanto, defendem outros a necessidade de uma unidade
(LEUZINGER, 2002, p. 33).
Frise-se que o sentido dado à expressão meio ambiente aqui foi amplo, compreendendo
tanto o meio chamado cultural quanto o natural:
O conceito de meio ambiente há de ser, pois, globalizante, abrangente de toda natureza original e artificial, bem como os bens culturais correlatos, compreendendo, portanto, o solo, a água, o ar, a flora, as belezas naturais, o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e arqueológico. ...O meio ambiente é, assim, a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. A integração busca assumir uma concepção unitária do meio ambiente, compreensiva dos recursos naturais e culturais. (SILVA, 2000, p. 20).
Assim, além daqueles espaços para proteção da natureza em si, também aqueles criados
e que visam proteger a cultura, ou o meio ambiente cultural, devem ser considerados
espaços territoriais especialmente protegidos. Por outro lado, seria impossível imaginar
o ser humano que conseguisse viver sem os objetos que sua cultura lhe tem propiciado.
Educação ambiental: atores, práticas e alternativas. Nestes tempos em que a informação assume um papel cada vez mais relevante,
ciberespaço, multimídia, internet, a educação para a cidadania representam a
possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas formas
de participação na defesa da qualidade de vida. Nesse sentido cabe destacar que a
educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a co-
responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um
novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável.
Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar
um quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o
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que, no dizer de Tamaio (2000), se converte em “mais uma ferramenta de mediação
necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais
para a construção das transformações desejadas”. O educador tem a função de mediador
na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o
desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza.
A problemática da sustentabilidade assume neste novo século um papel central na
reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e das alternativas que se configuram.
O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o
impacto dos humanos sobre o meio ambiente tem tido consequências cada vez mais
complexas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.
Assim sendo, o avanço para uma sociedade sustentável é permeado de obstáculos, na
medida em que existe uma restrita consciência na sociedade a respeito das implicações
do modelo de desenvolvimento em curso. Pode-se afirmar que as causas básicas que
provocam atividades ecologicamente predatórias são atribuídas às instituições sociais,
aos sistemas de informação e comunicação e aos valores adotados pela sociedade. Isso
implica principalmente a necessidade de estimular uma participação mais ativa da
sociedade no debate dos seus destinos, como uma forma de estabelecer um conjunto
socialmente identificado de problemas, objetivos e soluções.
Para tanto é preciso que se criem todas as condições para facilitar o processo, suprindo
dados, desenvolvendo e disseminando indicadores e tornando transparentes os
procedimentos por meio de práticas centradas na educação ambiental que garantam os
meios de criar novos estilos de vida e promova consciência ética que questione o atual
modelo de desenvolvimento, marcado pelo caráter predatório e pelo reforço das
desigualdades socioambientais.
Nesse contexto, segundo Reigota (1998), a educação ambiental aponta para propostas
pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento,
desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos
educandos. Para Pádua e Tabanez (1998), a educação ambiental propicia o aumento de
conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições
18
básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio
ambiente.
A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez
mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos
sociais que se complexificam e riscos ambientais que se intensificam. As políticas
ambientais e os programas educativos relacionados à conscientização da crise ambiental
demandam cada vez mais novos enfoques integradores de uma realidade contraditória e
geradora de desigualdades, que transcendem a mera aplicação dos conhecimentos
científicos e tecnológicos disponíveis.
O desafio é, pois, o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora,
em dois níveis: formal e não formal. Assim a educação ambiental deve ser acima de
tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar
uma perspectiva holística de ação, que relaciona o homem, a natureza e o universo,
tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela
sua degradação é o homem. Para Sorrentino (1998), os grandes desafios para os
educadores ambientais são, de um lado, o resgate e o desenvolvimento de valores e
comportamentos (confiança, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso,
solidariedade e iniciativa) e de outro, o estímulo a uma visão global e crítica das
questões ambientais e a promoção de um enfoque interdisciplinar que resgate e construa
saberes.
Quando se fala de educação ambiental, ela se situa em contexto mais amplo, o da
educação para a cidadania, configurando-a como elemento determinante para a
consolidação de sujeitos cidadãos, cujo desafio é o fortalecimento da cidadania para a
população como um todo, onde se busca concretizar a possibilidade de cada pessoa ser
portadora de direitos e deveres, e de se converter, portanto, em ator corresponsável na
defesa da qualidade de vida. Sua principal atuação é buscar, acima de tudo, a
solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença através de formas democráticas de
atuação baseadas em práticas interativas e dialógicas. Desenvolvendo o objetivo de criar
novas atitudes e comportamentos diante do consumo da sociedade e de estimular a
mudança de valores individuais e coletivos (JACOBI, 1997).
19
Assim sendo, a educação ambiental é atravessada por vários campos de conhecimento, o
que a situa como uma abordagem multirreferencial, e a complexidade ambiental (LEFF,
2001) reflete um tecido conceitual heterogêneo, “onde os campos de conhecimento, as
noções e os conceitos podem ser originários de várias áreas do saber” (Tristão, 2002).
A educação ambiental deve ser vista como um processo de permanente aprendizagem
que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos com consciência
local e planetária. Os temas predominantes são lixo, proteção do verde, uso e
degradação dos mananciais, ações para conscientizar a população em relação à poluição
do ar. A educação ambiental que tem sido desenvolvida no país é muito diversa, e a
presença dos órgãos governamentais como articuladores, coordenadores e promotores
de ações é ainda muito restrita.
O grande salto de qualidade tem sido feito pelas ONGs e organizações comunitárias,
que tem desenvolvido ações não formais centradas principalmente na população infantil
e juvenil. A lista de ações é interminável e essas referências são indicativas de práticas
inovadoras preocupadas em incrementar a corresponsabilidade das pessoas em todas as
faixas etárias e grupos sociais quanto à importância de formar cidadãos cada vez mais
comprometidos com a defesa da vida.
A educação para a cidadania representa a possibilidade de motivar e sensibilizar as
pessoas para transformar as diversas formas de participação em potenciais caminhos de
dinamização da sociedade e de concretização de uma proposta de sociabilidade baseada
na educação para a participação. Atualmente o desafio de fortalecer uma educação
ambiental convergente e multirreferencial é prioritário para viabilizar uma prática
educativa que articule de forma incisiva a necessidade de se enfrentar
concomitantemente a degradação ambiental e os problemas sociais. Assim, o
entendimento sobre os problemas ambientais se dá por uma visão do meio ambiente
como um campo de conhecimento e significados socialmente construído, que é
perpassado pela diversidade cultural e ideológica e pelos conflitos de interesse.
Nesse universo de complexidades precisa ser situado o aluno, cujos repertórios
pedagógicos devem ser amplos e interdependentes, visto que a questão ambiental é um
problema híbrido, associado a diversas dimensões humanas. A ênfase deve ser a
20
capacitação para perceber as relações entre as áreas e como um todo, enfatizando uma
formação local/global, buscando marcar a necessidade de enfrentar a lógica da exclusão
e das desigualdades. Nesse contexto, a administração dos riscos socioambientais coloca
cada vez mais a necessidade de ampliar o envolvimento público por meio de iniciativas
que possibilitem aumento do nível de consciência ambiental dos moradores, garantindo
a informação e a consolidação institucional de canais abertos para a participação numa
perspectiva pluralista.
À medida que se observa cada vez mais dificuldade de manter-se a qualidade de vida
nas cidades e regiões, é preciso fortalecer a importância de garantir padrões ambientais
adequados e estimular uma crescente consciência ambiental, centrada no exercício da
cidadania e na reformulação de valores éticos, culturais e morais, individuais e
coletivos, numa perspectiva orientada para o desenvolvimento sustentável, centrada na
relação ser humano/natureza, e a sua dimensão cotidiana leva a pensá-la como
somatório de práticas e entendê-la na dimensão de sua potencialidade de generalização
para o conjunto da sociedade.
Projetos Cultura e meio ambiente
Talvez uma das características mais importantes do movimento ambientalista seja a sua
diversidade. Esse amplo espectro de práticas e atores confere-lhe um caráter
multissetorial que congrega inúmeras tendências e propostas orientadoras de suas ações,
considerando valores como equidade, justiça, cidadania, democracia e conservação
ambiental. Nesse amplo universo de ONGs, universidades e atores sociais, fazem
trabalho de base, umas voltadas para a militância, outras para valores políticos e outras
implementam projetos demonstrativos.
Neste sentido, o salto de qualidade do ambientalismo ocorre na medida em que se cria
identidade crescente entre o significado e dimensões das práticas, com forte ênfase na
relação entre degradação ambiental e desigualdade social, reforçando a necessidade de
alianças e interlocuções coletivas. Assim sendo, se percebe o desafio que surge no
ambientalismo do século XXI, que por um lado surge a participação cada vez mais ativa
na governabilidade dos problemas socioambientais e na busca de respostas articuladas e
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sustentadas em arranjos institucionais inovadores, que possibilitem uma
“ambientalização dos processos sociais”, dando sentido à formulação e implementação
de uma Agenda 21 no nível nacional e subnacional. De outro, a necessidade de ampliar
o escopo de sua atuação, mediante redes, consórcios institucionais e parcerias
estratégicas que ampliem seu reconhecimento na sociedade e estimulem o envolvimento
de novos atores.
Diversas experiências mostram que, havendo vontade política, é possível viabilizar
ações governamentais pautadas pela adoção dos princípios de sustentabilidade
ambiental conjugada a resultados na esfera do desenvolvimento econômico e social.
Dentre elas pode-se conhecer:
1. Instituto Guatambu de Cultura Educação, Cultura e Meio Ambiente Projetos de Intervenção Social nas Áreas de Cultura, Educação e Meio Ambiente
Situados em Região de Mata Atlântica na Serra da Cantareira, área de Mananciais e de
Reserva da Biosfera, este projeto inclui, estudos de educação ambiental independente de
seus objetivos ou peculiaridades, como forma de ação no sentido de reduzir cada vez
mais o impacto ambiental causado pela ocupação humana em regiões naturais e pelo
mau uso dessas reservas. (anexo 1)
2. Cultura Ambiental nas Escolas O projeto Cultura Ambiental nas Escolas iniciou-se com a estruturação de um kit como
ferramenta para o professor trabalhar o tema ambiental em sala de aula e interagir com
os alunos. Os materiais concebidos, então, foram um caderno voltado para o professor,
uma publicação para o aluno, um pôster de apoio com as mesmas ilustrações utilizadas
no material do aluno e uma fita de vídeo. Todos os materiais foram desenvolvidos
exclusivamente para o kit e em uma linguagem adequada para o público escolhido -
estudantes do segundo ciclo do Ensino Fundamental (anexo 2)
3. Projeto cultural-ambiental “acorde para o meio ambiente”
ACORDE PARA O MEIO AMBIENTE: o projeto cultural e ambiental “Acorde para o
Meio Ambiente” iniciou no Dia 5 de junho de 2003 – Dia do Meio Ambiente, cujos
22
objetivos era de aproximar a população dos parques públicos, integrando-as ao meio e
oferecendo música de boa qualidade. (anexo 3)
4. Ong acema - organização não governamental arte cultura e meio ambiente,
Fundada em 12 de julho de 1998, com sede na Rua Pedro Brandão, 349, Bairro
Camoxinga, Santana do Ipanema, Alagoas, é uma entidade civil, de direito privado, de
caráter sócio ambientalista de assistência social, culturais, democrática e sem fins
lucrativos. (anexo 4)
5. Educação Ambiental e Inclusão Social
Tem por objeto desenvolver programas na área de educação ambiental, incluindo a
participação de pessoas portadoras de deficiência mental, por meio de práticas educação
ambiental e favorecer seu crescimento social. (anexo 5)
Lona Cultural
Lona Cultural é o nome comum de uma série de teatros de arena cobertos,
administrados pela Secretaria Municipal de Cultura onde ocorrem atividades de cunho
cultural como shows, peças teatrais, oficinas, feiras de arte e artesanato, cursos, etc.
Em sua história, as primeiras Lonas Culturais no Rio de Janeiro, são fruto do trabalho
comunitário de amantes das atividades culturais sendo algumas criadas por trabalho
voluntário e associado; onde estes grupos culturais e artísticos observando a não
utilização das coberturas dos centros de debates de ONG's e grupos ativistas durante a
RIO ECO'92 solicitaram à administração pública a sua utilização para criação de
espaços de arte e cultura no subúrbio carioca, dessa forma trabalhando cultura e meio-
ambiente conjuntamente (em que aproveitariam material que provavelmente seria
descartado). Mais tarde, recebeu auxílio da Secretaria Municipal de Cultura da cidade
do Rio de Janeiro; por meio de um mecanismo específico da época, a instituição
RIOARTE (atualmente extinto). Hoje em dia a coadministração se dá diretamente junto
à Secretaria Municipal de Cultura, sob uma subsecretaria; a de Gestão das Lonas
Culturais.
23
As Lonas Culturais Municipais do Rio de Janeiro têm em comum um espaço aberto -
arena semicircular coberta por lona sintética (daí o nome característico destes espaços)
em sulcos nos padrões de cor verde e branco, provida de arquibancada em formato
ferradura e pequena área de arena ao centro; com palco rural (adaptado pela maioria das
administrações para palco tipo italiano )com iluminação e sonorização (figura 1) voltada
quase que especificamente para shows musicais. À exceção da maioria, duas Lonas; a
de Vista Alegre (João Bosco) e Magalhães Bastos (Gilberto Gil) tem sua arquitetura
mais parecida com a de palco elizabetano, com a arquibancada da plateia encostando-se
às laterais do palco, estreitando-o; sonorização e iluminação adequada como as demais.
Em geral, as Lonas Culturais estão dentro de espaços abertos/praças onde podem ser
desenvolvidas atividades que necessitam áreas externas, como espetáculos pirotécnicos.
Figura 1 - Lona Cultural
Com um dos conceitos para criar um mundo mais sustentável, as Lonas Culturais
surgiram de um encontro que tinha o escopo na preocupação da Ecologia Planetária e
utilizou um dos “R” a reutilização para democratizar a cultura; fazer uma transformação
através da inclusão para uma melhoria da qualidade de vida. Escrito
As Lonas Culturais são um exemplo de política pública comprometida com a inclusão, a
transformação e o desenvolvimento, revitalizando espaços públicos, estimulando a
convivência comunitária e despertando sentimento de cidadania e pertencimento à
cidade do Rio de Janeiro.
Nesse sentido, as lonas culturais simbolizam a política adotada pela Secretaria
Municipal de Cultura, que prioriza a multiplicação do acesso à cultura e a
descentralização da produção cultural, estimulando a formação de novas plateias e
artistas. As dez lonas culturais têm cumprido o compromisso de oferecer espetáculos de
24
música, teatro, dança e poesia, além de cursos, oficinas e palestras gratuitas e a preços
populares para crianças, jovens, adultos e idosos.
Bangu
Considerando o quadro nacional, poder-se-ia a princípio afirmar que o Rio de Janeiro é
uma cidade privilegiada por apresentar um espectro muito maior de opções de
equipamentos culturais. Encontra-se dentre os 0,4% dos municípios brasileiros que
possuem mais de cinco museus, dispõe de mais de 40 cinemas (com cerca de 147 salas)
e mais de 100 teatros. A cidade do Rio de Janeiro possui 159 bairros, divididos em 30
Regiões Administrativas (RA): Portuária, Centro, Rio Comprido, Botafogo,
Copacabana, Lagoa, São Cristóvão, Tijuca, Vila Isabel, Ramos, Penha, Inhaúma, Méier,
Irajá, Madureira, Jacarepaguá, Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Ilha do Governador,
Paquetá, Anchieta, Santa Teresa, Barra da Tijuca, Pavuna, Guaratiba, Rocinha,
Jacarezinho, Complexo do Alemão e Maré. Por sua vez, tais regiões estão distribuídas
em 5 Áreas de Planejamento (AP).
Bangu é um bairro da cidade do Rio de janeiro, RJ de classe média e média-baixa. Na
zona oeste da cidade, sendo um dos bairros mais populosos, com 244.518 habitantes
(IBGE, 2000) distribuídas numa área de 4.570,69 ha. Localizado no centro geográfico
da cidade, tem vizinhança os bairros Campo Grande, Senador Camará, Santíssimo,
Padre Miguel e Realengo. O bairro é muito conhecido pelas altas temperaturas que, no
verão, ultrapassam os 40 C (Georio).
A origem do nome do bairro é creditada possivelmente a uma corruptela de “u bang ú”,
que significa “o anteparo escuro” ou “barreira negra”, na linguagem indígena, ou ainda
“bang ú”, que significa “cercado por morros”. O termo ficou consagrado ainda, como
denominação de uma espécie de padiola feita de tiras de couro ou fibras trançadas,
usadas geralmente por dois homens para conduzir feixes de cana-de-açúcar cortada e
outros materiais, numa forma improvisada de transporte que deu origem à expressão
“fazer à Bangu”, cujo significado é fazer sem cuidado, de improviso.
Um importante ícone do bairro é a Fábrica Bangu, que hoje abriga as instalações do
novo Bangu Shopping, inaugurado no dia 30 de outubro de 2007. No esporte seu maior
25
representante é o Bangu Atlético Clube, duas vezes Campeão Carioca (1933 e 1966),
Vice-Campeão Brasileiro de 1985, Campeão Mundial de 1960 e Campeão Carioca
(Série B) em 1911 e 1914. Além do Bangu, podemos citar o Céres Futebol Clube,
Campeão Carioca (Série C) em 1990, e o Esperança Football Club Campeão Carioca
(Série C) em 1918.
Lona Cultural Municipal Hermeto Pascoal – Bangu
A Lona Cultural Hermeto Pascoal, que nasceu de uma reivindicação da comunidade de
Bangu e adjacências, quando então se mobilizaram militantes culturais, artistas,
intelectuais, voluntários em ações socioeducativas e líderes comunitários, tem por
natureza ser um espaço democrático para fomento e empreendimento de eventos
culturais, artísticos, e sociais acessíveis à população dessa região, carente de aparelhos e
de iniciativas com essas características. Tal proposta reza no Estatuto da Associação de
Amigos da Lona Cultural Hermeto Pascoal (AALCHP), a qual conta com um Conselho
para determinar, orientar e fiscalizar as ações nela desenvolvidas.
A Lona Cultural Hermeto Pascoal é, com certeza, o gene que deu origem ao Projeto,
embora não tenha sido a primeira a ser instalada, e, provavelmente, seja a única a contar
com a participação oficial de um grupo constituído por artistas e militantes culturais da
comunidade em que se insere o que lhe confere maior representatividade e condições
morais para debater e analisar a forma de atuação dos órgãos públicos e dos gestores do
espaço.
Devido ao vazio cultural do bairro de Bangu, houve uma mobilização em prol de uma
democratização dos costumes, modos, hábitos, etc., da comunidade. Aproveitando que
os espaços públicos são importantes fontes de disseminação e multiplicação da
pluralidade cultural, sendo assim não podendo os mesmos ficar à margem destas
oportunidades.
Deduz-se, assim, que a Lona Cultural Hermeto Pascoal tem o perfil de um aparelho
público que procura atender à população no que concerne às suas necessidades de lazer
associado à cultura e ao “consumo” de artes, ora tornando possível o acesso da
26
comunidade a produções artísticas e culturais de outras regiões, ora viabilizando a
presença de um ídolo ou de um grande espetáculo no seu palco ou na sua arena, ora
promovendo a produção artístico-cultural da própria localidade, tornando sujeito agente
(artistas e produtores) o povo, procurando concretizar a máxima em que se diz “O povo
sabe do que precisa, mas também precisa do que não sabe”. E o princípio que está
sedimentado na alma da LCHP é este: “Toda deferência deve ser dispensada no
atendimento e tratamento do público e do artista, independentemente do grau de
prestígio ou sucesso de que eles gozem, assim como do segmento artístico que
representam”.
A Lona Cultural Municipal Hermeto Pascoal, criada em 1997, oferece aos moradores da
zona oeste da cidade, shows, espetáculos de teatro e cinema, além de cursos, palestras e
oficinas de teatro infantil, violão, capoeira e yoga, se localiza na Praça 1º de maio s/n –
Bangu, para contato tem-se o telefone (21) 3332-4909, ou o e-mail é
lonacultural.bangu@ig.com.br, funcionando todos os dias, das 9h às 21h.
Figura 2 - Lona Cultural Hermeto Pascoal
As ações da LCHP são orientadas pela máxima e pelo princípio acima citados, com o
permanente cuidado para que ela não se desvirtue, tornando-se uma mera casa de
espetáculos que vise essencialmente ao ganho na bilheteria, ao gosto do frequentador
mais elitizado ou de maior poder aquisitivo, ou àquele que exerça maior pressão, ou, por
fim, à visibilidade, agendando exclusivamente eventos que contem com personalidades
que frequentam a mídia.
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PROPOSTA DE PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA LONA
CULTURAL MUNICIPAL HERMETO PASCOAL
Reduzir, Reutilizar e Reciclar - Proposta de Educação Ambiental para Lona
Cultural Hermeto Pascoal. (RRRHP)
Área Temática: Meio Ambiente
3.1.1. Resumo
Conscientes da necessidade de preservar o meio ambiente, tendo em vista o desperdício
de material reciclável no entorno da Lona cultural Hermeto Pascoal, sabendo que cada
tonelada de papel reciclado economiza até 20 árvores, desenvolvemos um trabalho com
o princípio dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), que visa o reaproveitamento do
papel que está sendo desperdiçado, associando teoria e prática. Realizaremos encontros,
palestras, treinamentos, oficinas de reciclagem e reutilização de papel e educação
ambiental, tendo como alvo toda a comunidade de Bangu. Espera-se que todos que
participarem; tornam-se capazes de reciclar papel, utilizando técnicas artesanais. Vimos
que reciclando, evitamos que maior quantidade de papel se transformasse em lixo, e que
prolongamos sua vida útil. Os envolvidos ganharão consciência ambiental. Concluiu-se,
que a reciclagem de papel irá trazer alegria de saber que, com ela, pode-se ajudar a
solucionar o problema do acúmulo de lixo no mundo, e que evitará que maior número
de árvores seja derrubado.
Autor
Ana Cristina Oliveira Lemos (autor)
Palavras-chave: reciclagem; preservação; meio ambiente
3.1.2 Identificação
Identificação: Educação Ambiental
Nome do programa: Educação Ambiental na Lona Cultura Municipal Hermeto Pascoal
– Bangu
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Denominação do projeto: Reduzir, Reutilizar e Reciclar - Proposta de Educação
Ambiental para Lona Cultural Hermeto Pascoal.
Data de início: 05/06/2012
Data de término: 05/11/2012
3.1.3. Justificativa
Sendo parte da coletividade, existe um dever constitucional da mesma de defender e
preservar o meio ambiente para presente e futuras gerações (art.225 da Constituição
Federal); através da educação ambiental não formal com o fulcro da lei 9.795 99;
enfatizando que a educação ambiental não tem restrições quanto o espaço a ser
desenvolvida, mormente devem-se aproveitar os espaços criados para promoção da
cidadania.
Destacar o binômio: Educação-Cultura, como fatores eminentes para a elaboração de
processo que sensibilizem e leve à conscientização ambiental, aproveitando o contexto
local. Promover a cidadania (ambiental), difundindo informações de forma acessível de
assuntos pertinentes a planos estratégicos da cidade, destacando a importância dos
cidadãos na participação de audiências públicas (v.g. Plano Diretor), contribuindo para
uma reflexão e ação crítica para promoção da melhoria da qualidade de vida. E
democratizar a Agenda 21, pelo motivo da grande falta de conhecimento por parte da
sociedade.
Por estarmos conscientes da necessidade de preservar o meio ambiente, por
conhecermos a acelerada destruição dos recursos naturais do nosso planeta e
entendermos que Reduzir, no sentido de diminuir a quantidade de lixo produzido,
desperdiçando menos e consumindo só o necessário, sem exageros; Reutilizar, dando
nova utilidade a materiais que na maioria das vezes consideramos inúteis e jogamos no
lixo, e Reciclar, no sentido de dá “nova vida” a materiais a partir da reutilização de sua
matéria-prima para fabricar novos produtos, nos propomos a desenvolver um projeto de
Educação Ambiental para as escolas públicas e outras entidades do brejo paraibano, a
partir da reciclagem e reutilização de papel, uma vez que entendemos que estes
mecanismos são saídas ecologicamente corretas de preservação ambiental, pois assim
29
estaremos combatendo o desperdício e criando mecanismos que possam assegurar um
mundo habitável para as gerações futuras. Esta ideia de reciclagem e reutilização de
papel surgiu a partir do momento em que observamos o desperdício de papel e outros
materiais recicláveis no âmbito do entorno da Lona Cultural Hermeto Pascoal, bem
como da nossa preocupação com a questão ambiental. Estamos vivendo momentos
cruciais, os noticiários denunciam a possível falta de água potável, crise energética,
desmatamento desordenado, poluição do ar, dos rios, além de doenças degenerativas,
causadas pela falta do conhecimento de causa. Conscientes, visto que segundo
pesquisas, estima-se que cerca da metade das florestas do planeta já foram devastadas e
que nos últimos trinta anos, o lixo do mundo multiplicou-se por três. A reciclagem e a
reutilização de papel, além de ajudar a solucionar o problema do acúmulo de lixo,
também diminui a devastação florestal.
Dados nos revelam que “cada tonelada de papel reciclado economiza de 17 a 20 árvores
(eucaliptos com sete anos de idade) ou uma área plantada de 100 a 350 m², diminui
aproximadamente 400 kilowats/hora em relação ao papel virgem, reduz a poluição do ar
e o consumo de água”. Diante dessas informações e ciente que o papel reciclado pode
ter inúmeras utilidades, que se podem constatar as várias maneiras de reutilização do
papel. Com esta experiência propomos a realizar um trabalho com o objetivo de
reaproveitar o material que está sendo desperdiçado no nosso ambiente de trabalho, bem
como nas escolas públicas e em outras instituições circunvizinhas a Lona Cultural.
Pretende-se desenvolver oficinas de reciclagem e reutilização de papel e de confecção
de material de apoio didático-pedagógico e artesanato, aproveitando o papel, caixas,
jornais, etc. coletado na própria Lona Cultural, contando com a ajuda de toda a
comunidade universitária, principalmente os alunos, pois como educadores sabemos que
o aprendizado ocorre de forma mais significativa quando vivenciado e quando o
educando sente-se parte daquilo que está estudando. Com esta atitude estaremos
desenvolvendo em nossa comunidade uma consciência ecológica, adotando medidas de
economia e preservação ambiental.
Como uma das principais características do projeto, a reciclagem e reutilização do papel
fazem do mesmo um assunto bastante atraente pela a variedade de utilização do material
reciclado, dependendo apenas da aplicação de técnica e da criatividade de cada um, é
30
até provável que a ideia da reciclagem e reutilização do papel tenha aceitação nos vários
segmentos da sociedade e venha a se expandir gerando economia, emprego, além de
servir como terapia ocupacional e, consequentemente, minimizar os problemas nos
aterros sanitários, da poluição dos rios, do ar, as derrubadas de nossas florestas e os
gastos com água e energia.
Como estamos inseridos numa das regiões mais pobres do país, vivendo o desperdício
de papel que ocorrem em vários setores de uma instituição de ensino, certo da
necessidade de desenvolver desde cedo no educando uma consciência futurista, voltada
para o meio ambiente, o qual se localiza no seio de comunidades carentes, sem
perspectivas de trabalho que venha a apontar um caminho para sua realização, achamos
de maior relevância a proposta de trabalharmos uma educação ambiental com um
enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, além do
potencial de criatividade dos nossos alunos principalmente, de modo que possamos
adquirir uma perspectiva global e equilibrada, associando teoria e prática, além de levar
nossos professores e alunos a uma reflexão mais profunda sobre a questão ambiental,
que hoje é tema de grandes discussões em todo o mundo.
A reciclagem é, indiscutivelmente, uma das melhores soluções para o problema que
representa a maior parte dos nossos resíduos domésticos. E, contudo, não é uma
"panaceia para todos os males". Também absorve energia e gera resíduo, exceto no
caso da compostagem. Inevitavelmente, deixa de fora uma série de materiais não
recicláveis cujo único destino possível é o aterro sanitário ou a incineração. Por isso
deve ser acompanhada de outras medidas como a Reutilização e uma perspectiva crítica
face ao modelo de consumo.
Cerca de 1,5 km de floresta tropical é destruída a cada 6 minutos. Uma área do tamanho
da Áustria é desmatada a cada ano. Uma árvore é plantada para cada 10 que são
derrubadas. Nesse ritmo, toda a floresta tropical restante estará destruída até ao ano de
2035” Reciclar é preciso, e é de fundamental importância para a vida do ser humano e
do meio ambiente. Ano após ano a reciclagem vem crescendo no mundo inteiro, isto
porque, a consciência da população a respeito da reciclagem está cada vez maior.
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“O Brasil produz aproximadamente cem mil toneladas de lixo por dia. Imagine uma fila
de caminhões de lixo, de cinco toneladas de capacidade ocupando uma distância
equivalente a dez pontes Rio-Niterói”. “Pense no que acontece com o lixo que
produzimos em casa. Normalmente ele é colocado em sacos de plásticos e fechado para
ser coletado. Cerca de 35% dos materiais de lixo caseiro poderiam ser reciclados ou
reutilizados, e outros 35% transformados em adubo orgânico. Do que é coletado, apenas
uma pequena parte é destinada adequadamente em aterros e sanitários; o resto é
depositado sem tratamento, em lixões.” “Todo material descartado e que se transforma
no lixo das cidades, em grande parte, deve ser retirado da “corrente” para ser
recuperado como matéria-prima, podendo assim ser reutilizado na fabricação de um
novo produto.”
3.1.4. Objetivos
3.1.4.1. Geral
Exortar a comunidade local para acolher a educação ambiental como um tema
transversal na cultura, através de valores, participação de decisões no meio natural,
social, cultural; resgatando sua autoestima, com perspectiva de uso do senso crítico para
que a mesma não seja encarada com um adestramento ambiental. Sensibilizando a
população local desenvolvendo a partir dos princípios dos 3Rs-Reduzir, Reutilizar e
Reciclar, uma educação ambiental baseada na compreensão da importância do ato de
reciclar para a melhoria das condições do meio ambiente, quanto ao uso indiscriminado
dos recursos naturais e a produção do lixo urbano, levando o educando a vivenciar a
transformação de materiais, como também a de conceitos e pré-conceitos, reciclando
suas vidas, adquirindo uma consciência ecológica, visto que, “Reciclar é uma forma
criativa de transformar o velho, novo”
3.1.4.2. Específicos
ü Formar grupos e contatar a associação de moradores do bairro, para que os
mesmos façam representações em audiências públicas nos assuntos concernentes
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ao plano diretor, agenda 21 e plano plurianual; com movimentações para que
venha proporcionar melhorias locais e quiçá em bairros adjacentes;
ü Sensibilizar os artistas que apresentará seus shows na lona cultural de Bangu,
propondo aos mesmos a participar como atores (multiplicadores) junto ao
público da localidade, de outras lonas e no meio artístico;
ü Implementação de coleta seletiva na lona cultural para um trabalho de inclusão
social;
ü Criar oficinas de reciclagem;
ü Informar para capacitar para fazer a agenda 21 local, os funcionários da lona
cultural, o público das oficinas, palestras, artistas etc.
ü Proferir palestras dentro da Lona Cultural sobre a necessidade de preservação
ambiental,
ü Incentivar a redução do gasto de papel do entorno da Lona Cultural
ü Criar uma metodologia aplicada à reciclagem de papel;
ü Fazer a coleta seletiva do papel usado,
ü Ministrar oficinas de reciclagem e reutilização de papel, no sentido de formar
agentes multiplicadores capazes de desenvolver essas técnicas;
ü Ministrar oficinas de artesanato, a partir do papel reciclado e reutilizado;
ü Estabelecer parcerias com escolas públicas e outras entidades circunvizinhas a
Lona Cultural, no sentido de implantar oficinas de reciclagem e reutilização do
papel;
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ü Proferir palestras para professores, alunos e outros membros da comunidade,
onde está sendo implantada oficina, no sentido de conscientizá-los sobre a
necessidade de preservação ambiental e o combate ao desperdício;
ü Utilizar as técnicas de reciclagem e reutilização de papel para produzir
artisticamente artigos úteis e vendáveis;
ü Preservar o meio ambiente, tendo como meta a reciclagem e o reaproveitamento
de papel;
ü Realizar feiras com os artigos artísticos e artesanais produzidos no próprio
projeto com intuito de arrecadar fundos para a manutenção do projeto;
3.1.5. Metodologia
Nossa sociedade está altamente apoiada em atividades industrializadas. Atividades estas
que nos dão empregos, lucros e produtos que nos proporcionam muitas vezes, uma vida
de certa forma confortável. Muito embora se sabe que à medida que avançamos em
termos de desenvolvimento tecnológico e científico, poluímos mais o ar, usamos mais
energia, jogamos fora mais lixo e exploramos indiscriminadamente os recursos não
renováveis.
Campanhas têm sido feitas pelos mais variados segmentos da sociedade, no sentido de
conscientizar o ser humano da necessidade de preservação do meio ambiente e nós,
como partes de uma comunidade integrada, não se pode admitir o uso indiscriminado e
o desperdício exagerado de nossos recursos naturais. Os 3Rs, para controle do lixo, já
vem sendo empregado em vários projetos de educação ambiental, obtendo resultados
satisfatórios. Partindo desta ideia estamos desenvolvendo o projeto no âmbito da Lona
Cultural e nas áreas circunvizinhas, fornecendo subsídios teóricos e práticos para
fortalecer as atividades relacionadas às questões ambientais nas escolas e outras
entidades do cultural
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3.1.6. Cronograma das atividades: Junho Julho Agosto Setembro Divulgação do projeto e discussão dos interesses
X X X X
Treinamento dos envolvidos X X Oficina de reciclagem e confecção de mostruário
X X X
Oficinas de reciclagem nas áreas circunvizinhas
X X
Tabela1: cronograma de atividades
Atividade Local Carga horária
Forma de acompanhamento
Reunião com toda a equipe do projeto
Lona 02 horas/semana
Traçar metas para a execução das atividades
Coleta de material para execução dos trabalhos
Entorno da lona
02 horas/semana
Coordenando as tarefas Execução de tarefas junto à comunidade interessada
Lona 02 horas/semana
Orientação com avaliação periódica
Oficinas de trabalho com apresentação dos grupos envolvidos no projeto para as comunidades e eventos extras
Onde estiverem sendo executadas as tarefas
02 a 03 horas semanais
Avaliação contínua
Sensibilizar o público da lona cultural
Lona e seu entorno
02 horas/semana
Os artistas que se apresentarem no período do projeto comentará sobre o meio ambiente ao findar de cada show.
Trabalho social Lona e seu entorno
02 horas/semana
Criar um grupo de no mínimo de para colher o que é considerado “lixo”- reciclar, vender sucatas,
Coleta seletiva Lona e seu entorno
02 horas/semana
Formar grupo de 5 pessoas para pleitear junto ao poder público a coleta seletiva no bairro e adjacências
Comunicação ambiental Lona e seu entorno
02 horas/semana
Contactar profissões da área de meio ambiente, ecologia,biologia, geografia etc, para ministrar palestra
Informar e capacitar para a Agenda 21
Lona e seu entorno
02 horas/semana
Elaboração da agenda 21 na lona cultural
Tabela 2: Algumas das atividades feitas, local, carga horária e formas de acompanhamento.
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3.1.7. Estratégias de execução
ü Encontro com grupos e a comunidade interessada em participar do projeto para um treinamento prévio sobre o processo de reciclagem e reutilização de papel, bem como a realização de estudos sobre a questão ambiental, com o sentido de formar agentes multiplicadores para atuarem em outras instituições;
o Instalações do projeto em um ambiente propício, nas dependências da Lona;
o Coleta seletiva do papel usado, que iria para o lixo, nos vários setores da Lona;
o Oficinas de reciclagem de papel na comunidade. o Nas nossas oficinas, usamos os seguintes materiais: Liquidificador; varal;
pregadores; bacias: rasas e fundas; esponja; peneira côncava (com barriga); pano de prato; uma pilha de jornais; moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta; moldura de madeira vazada (sem tela); prensa (utilizamos duas tábuas de madeira); mesa (utilizamos três mesas).
ü Realizamos as oficinas da seguinte forma:
o Rasgamos o papel a ser reciclado em pedaços de aproximadamente 3x3cm. Deixando os de molho de um dia para o outro. Daí, batemos no liquidificador o papel que ficou de molho. (observe a quantidade de papel para o funcionamento do motor do liquidificador).
o Medimos a massa de papel e colocamo-la na bacia com o dobro de água. Em seguida mergulhamos na peneira. Chacoalhamos a peneira devagar, espalhando a massa por igual.
o Deixe o excesso der água escorrer da peneira em cima da bacia. Nesse momento, podemos acrescentar folhas, pétalas ou pedaços de papel colorido. Invertemos a peneira com a massa de papel em cima do pano de prato, que por sua vez está em cima de uma pilha de jornais.
o Prensamos com cuidado a esponja sobre a massa de papel, absorvendo toda a água possível.
o Em seguida, levantamos a peneira pelas bordas. A massa de papel ficou aderida ao pano.
o Dobramos o pano sobre a massa, embrulhando bem, e o penduramos num varal. O tempo de secagem variou de acordo com a umidade do dia. Retiramos do varal o papel embrulhado no pano de prato. Estendemos sobre a mesa e descole com cuidado o papel seco do pano de prato. Pronto!
o Depois de pronto e seco, o papel pode ser cortado, decorado ou utilizado para fazer cadernos, blocos e cartões, convites, panfletos, dentre outros.
o Tipos de papéis que podem ou não ser reciclados: recicláveis (jornais e revistas, formulários de computador, folhas de caderno, provas, apostilas, envelopes rascunhos, aparas de papel, caixas em geral, papel de fax, cartazes, folhetos) e não recicláveis (fita crepe, papéis metalizados, papel carbono, papéis parafinados ou também papéis plastificados, papéis sanitários, como também papéis sujos, etiquetas adesivas, fotografias, tocos de cigarro, papéis de bala, embalagens de biscoito).
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ü Confecção de artigos artesanais e artísticos para apoio pedagógico, feito de papel reciclado e reutilizável, como: porta-lápis, agendas, blocos, caixas decorativas, cestos etc., que servirão como mostruários para as demais oficinas e eventos;
3.1.8. Acompanhamento, controle e avaliação.
ü Entrega do material teórico para leitura e interação do projeto, ü Conscientização por meio de palestras, enfatizando a importância da reciclagem
de papel; ü Criação de “slogan”, representando o projeto; ü Avaliar a coleta de caixas que foram usadas como depósito de materiais
recicláveis ü (papel), distribuídas na lona; ü Estabelecimento de parceria com escolas, academias e postos de saúde; ü Curso de reciclagem de papel ministrado por professores, ü Oficina de reciclagem de papel com alunos e professores, ü Participação e apresentação de trabalhos em seminários e eventos de Meio
Ambiente Treinamento e confecção de artesanato com material reciclado (papel) com toda a equipe do projeto;
ü Exposição e venda de produtos artesanais confeccionados com o material reciclado,
ü Elaboração de um relatório parcial da atuação do projeto; ü Reunião discursiva com toda a equipe do projeto; ü Elaboração de canudinhos feitos de jornal que serão usados na confecção de
peças artesanais, com a participação da equipe do projeto; ü Aprimoramento das técnicas de produção artesanal com jornais, com a
participação de toda a equipe do projeto; ü Elaboração do relatório final, com a participação da equipe colaboradora,
coordenadora.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AGUIAR, R. A. R. Direito do meio ambiente e participação popular. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1998. 160 p ANTUNES, P. B. Curso de direito ambiental: doutrina, legislação e jurisprudência. Rio de Janeiro: Lumens Júris, 1994. 429 p BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2000. Disponível em www.ibge.gov.br. Acesso em 10 de janeiro de 2012. BRASIL. SENADO. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm . Acesso em 12 de março de 2012 CAPRA, F. Alfabetização Ecológica: O Desafio para a Educação do Século 21. In:TRIGUEIRO, A. (coord.) Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998. LEFEBVRE, H. The production of space. Oxford:Blackwell, 1991 LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001. LEUZINGER, M. D. Meio Ambiente: propriedade e repartição constitucional de competências. Rio de Janeiro: Esplanada, 2002. 152 p. LIMA, G. F. da C. (2002). Crise Ambiental, Educação e Cidadania: os desafios da sustentabilidade emancipatória In: LOUREIRO, C. F. B. et al. Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 2. ed. São Paulo: Cortês, (5), pp. 109-141.LIMA (2002: p. 130) LONA CULTURAL. Disponível em http://wikimapia.org/1681348/Lona-Cultural-Hermeto-Pascoal. Acesso em 12 de março de 2012 MACHADO, P. A. L. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1992. MATÍN, R.M. Tratado de Derecho ambiental. Madrid: Triviun, v. 1, 1991. NALINI, R. Justiça: Aliada Eficaz da Natureza. In: TRIGUEIRO, A. (coord.) Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998. PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Urbanismo/ Instituto Pereira Passos. Novas tendências demográficas na cidade do Rio de Janeiro: resultados
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preliminares do censo 2000. Disponível em http://www.rio.rj.gov.br/. Acesso em 12 de março de 2012 REIGOTA, M. Desafios à educação ambiental escolar. In: JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998. p.43-50. RIBEIRO, M. A. T. A perspectiva dialógica na compreensão de problemas sociais: o caso da pesca de curral em Ipioca, Maceió, Alagoas. Tese de Doutorado em Psicologia Social, PUC-SP, 2003 RIO DE JANEIRO. Secretaria do meio ambiente, Geo. Rio. Armazém de Dados. Disponível em http://portalgeo.rio.rj.gov.br/portalgeo/index.asp. Acesso em 12 de maço de 2012 SILVA, J. A. Aplicabilidade das normas constitucionais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 982. 259 p. SILVA, J. A. Direito ambiental constitucional. São Paulo: Malheiros, 1997. SORRENTINO, M. De Tbilisi a Tessaloniki, a educação ambiental no Brasil. In: JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA.1998. p.27-32. SPINK, M. J. Psicologia Social e Saúde: práticas, saberes e sentidos. Petrópolis: Vozes, 2003 TAMAIO, I. A Mediação do professor na construção do conceito de natureza. Campinas, 2000. TRIGUEIRO, A. (Org.). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. TRISTÃO, M. As Dimensões e os desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento. In: RUSHEINSKY, A. (org.). Educação ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002. p.169-173.
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ANEXOS
ANEXO 1 - Instituto Guatambu de Cultura Educação, Cultura e Meio Ambiente Email:guatambu@guatambu.org
1. Missão O Instituto Guatambu de Cultura, instituição sem fins lucrativos, tem por finalidade promover a defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos; propor e desenvolver projetos de pesquisa e intervenção social que visem a defesa, preservação e restauração do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável, bem como propor e desenvolver projetos de pesquisa e intervenção social nas áreas educacional, social, cultural, artística, promocional e psico-sócio-profilática, dirigidos à comunidade, em especial aos segmentos de baixa renda; assessorar organizações voltadas para finalidades congêneres e/ou coordenar atividades de rede composta por essas organizações (network); divulgar informações oriundas dessas iniciativas; estimular a parceria, o diálogo local, e a solidariedade entre entidades que visam interesses comuns. A consecução desses objetivos se dá através de estudos, pesquisas, cursos, seminários, projetos sociais e outros eventos nas áreas supramencionadas; criação e elaboração de material de divulgação - cultural, didático e paradidático - sob diversas formas; intercâmbio de experiências, conhecimentos, recursos humanos, metodológicos e materiais entre pessoas e entre grupos. 3. Histórico e Perspectivas = 1999 1. Censo demográfico do Jardim Samambaia - Mairiporã para identificação de beneficiários potenciais da região e de suas necessidades. 2. Projeto Samambaia - Educação Ambiental e Restauração de Madeira Financiamento - Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária - AAPCS Parceiros - Sociedade de Moradores e Proprietários do Jardim Samambaia; O Velhão, Escola Estadual Francisco Voccio, Centro Pastoral São Marcos e Clínica Psicológica UNIP-Cantareira. Resultado - 26 jovens capacitados profissionalmente na área de marcenaria, com ênfase em restauração em madeira. Destes jovens, 17 foram empregados em marcenaria da região. Particularidades da formação educacional - Os jovens receberam educação complementar com ênfase no condicionamento físico e na educação de valores e virtudes e formação para o exercício da cidadania, através de aulas de ética e oficinas com finalidade profilática, abordando os temas drogas, prevenção de AIDS e DST(s), planejamento familiar, auto gestão, empreendimento, entre outros. Também receberam reforço escolar em língua portuguesa (literatura e gramática), cálculo matemático. O programa incluiu, ainda, dinâmicas de grupo e educação ambiental, visando a reforçar a
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autoestima dos jovens e ampliar suas consciências no que diz respeito à preservação dos recursos naturais e o incentivo ao desenvolvimento sustentável. 3. Participação em Eventos Nacionais e Internacionais IV Semana de Psicologia da Universidade Castelo Branco. Participação na Mesa Redonda O Psicólogo Itinerante e a Clínica do Social. Apresentação do Trabalho "Ação Psicológica em Equipe de Intervenção Socioambiental", São Paulo, 12 de outubro, 1999. Workshop A importância do turismo para a sociedade receptora: diagnóstico sócio-econômico dos municípios de entorno da duplicação da Fernão Dias. Secretaria de Meio Ambiente de Mairiporã. Setembro de 1999. 2000 1. Fundação do Núcleo Jardim Samambaia da Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo – AAESP 2. Representação no Comitê das Bacias Cantareira Cabuçu, que visa a contribuir para expansão dos programas de educação ambiental, através da atividade em rede e da implantação de projetos de intervenção socioambiental. 3. Projeto Guatambu - Serviços Gastronômicos Resultado - 29 jovens capacitados profissionalmente na área de gastronomia, com ênfase nas tarefas de garçons, barman e auxiliares de cozinha. Destes jovens, 87% foram empregados pelas Organizações parceiras. Particularidades da formação educacional - equivalentes às descritas no Projeto Samambaia 4. Projeto Caminhos da Serra - Monitoramento Ambiental e Ecoturismo Resultado - 26 jovens capacitados nas áreas de Monitoramento Ambiental e Ecoturismo Particularidades da formação educacional - equivalentes às descritas no Projeto Samambaia 5. O IGC-CA fomentou a criação de uma rede pelas Associações de Moradores dos Jardins Samambaia e Irara Branca, dois bairros de Mairiporã, com vistas ao fortalecimento das possibilidades de melhorar a qualidade de vida dos moradores. 6. Participação em Eventos Nacionais e Internacionais I Mostra Nacional de Práticas em Psicologia. Anhembi, Apresentação dos Painéis: (1) Psicologia e Solidariedade. Ação transdisciplinar e formação em Psicologia para atuar no Terceiro Setor; (2) O psicólogo no Programa Capacitação Solidária: clínico e educador social. São Paulo, 05 a 07 de outubro, 2000. VIII Encontro Regional da ABRAPSO-SP. O Século XXI: dilemas e perspectivas para a Psicologia Social, 2000. Coordenação da Mesa Redonda Psicologia e Solidariedade.
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Apresentação do Trabalho Psicologia Social e Desenvolvimento do Terceiro Setor: Participação da Universidade. Participação na Mesa Redonda Psicologia e Solidariedade, apresentando o trabalho Capacitação Solidária em Mairiporã: ação psicológica em equipe educacional. UMEP Piracicaba, 11 a 14 de outubro, 2000. 2001 1. Projeto Nova Consciência - Planejamento Participativo e Auto Gestão Comunitária Parceiros - Comunidade Eclesial de Base São José Operário e São Francisco de Assis Resultado - 40 jovens preparados para organizar e conduzir grupos de tarefas comunitárias Particularidades da formação educacional - Servindo-se exclusivamente de recursos humanos e materiais já presentes no local, foram constituídos grupos de diversas tarefas, entre as quais capoeira, coral, violão, futebol misto, voleibol misto, biblioteca itinerante, reprodução de mudas nativas da mata atlântica. Concluído o processo de intervenção do Guatambu-Canto das Águas os grupos haviam conquistado autonomia e continuaram ativos. 2. Participação do IGC-Canto das Águas na disciplina Formação de psicólogos para a intervenção socioambiental, do Curso de Psicologia da UNIP, Campus Cantareira 3. Participação em Eventos Nacionais e Internacionais Evento Africanidades Brasileiras no IPUSP. Por uma Psicologia e Educação comprometidas com a temática racial. Organização do evento e apresentação do tema Resgatando a importância das ancestralidades africanas no Brasil. IPUSP, 28 de fevereiro a 02 de março, 2001. II Congresso Norte-Nordeste de Psicologia - Psicologia e Realidade Brasileira: Produção Contemporânea e Políticas para o Desenvolvimento. Coordenação da Mesa Redonda Estratégias e Políticas de Desenvolvimento Comunitário e Ambiental: Parceria entre Universidade e Terceiro Setor. Apresentação de comunicação (1) Psicologia Social e desenvolvimento do Terceiro Setor: Participação da universidade; (2) Ação psicológica em equipe de educação comunitária. Salvador, 23 a 26 de maio, 2001. Conferência Gestão e Desenvolvimento Sustentável do Ecoturismo. Coordenado pela Organização Mundial de Turismo. Cuiabá, MT, 12de agosto, 2001. Participação no Corpo Jurado da XXXII Feira de Ciências do Instituto Mairiporã Thomaz Cruz. Mairiporã, 10 de novembro, 2001. XI Encontro Nacional de Psicologia Social da ABRAPSO. Psicologia social e transformação da realidade brasileira: Desafios e perspectivas para a ABRAPSO 21 anos depois. Atividades desenvolvidas: (1) Coordenação da Sessão Coordenada Arcaico e Contemporâneo do Feminino no Brasil e da Sessão de Comunicação Oral Gênero,
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Representações e Narrativas; Apresentação oral dos trabalhos (1) Restituir para restaurar a força. Representações do poder feminino entre os iorubás da Nigéria - na Sessão Coordenada Arcaico e Contemporâneo do Feminino no Brasil e (2) Ambigüidades de Exu Elegbara, o Poderoso. Alguns elementos (po)éticos e psicológicos do imaginário africano que perpassam a ação social e as relações de poder no Brasil - na Mesa Redonda Caminhos da Ética e da Etnicidade no Imaginário Brasileiro; Apresentação do painel Revendo a questão da identidade profissional do psicólogo no contexto dos alarmantes desafios socioambientais. Florianópolis, 14 a 17 de novembro, 2001. 2002 1. Curso de Monitoramento Ambiental - Módulo Básico Resultado - 40 jovens e adultos qualificados profissionalmente 2. Representação no Conselho Consultivo do Parque Estadual da Cantareira, cuja finalidade é preservar os recursos naturais da unidade, através da ação articulada de agentes locais. 3. Assessoria e apoio à criação do Centro Comunitário da Infância e Juventude - Thomaz Gouveia Neto que, atendeu inicialmente 25 crianças/ano. Atualmente, solidificado enquanto organização ampliou instalações e capacidade de atendimento, acolhendo agora cerca de 100 crianças/ano. 4. Projeto Paisagem - Paisagismo e Jardinagem Resultado - 29 jovens capacitados profissionalmente na área de gastronomia, com ênfase nas tarefas de garçons e auxiliares de cozinha. 5. Projeto Caminhos da Serra - Monitoramento Ambiental e Ecoturismo Resultado - 33 jovens capacitados nas áreas de Paisagismo e Jardinagem 6. Projeto Ver de Novo - Monitoria Ambiental e Ecoturismo Resultado - 33 jovens capacitados como monitores ambientais 7. Participação em Eventos Nacionais e Internacionais IX Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio Científico. ANPEPP. Atividade desenvolvida: Participação do GT 20 - Psicologia e Religião, apresentando o tema Representação das Religiões de Matriz Africana e Identidade Étnico-Religiosa no Brasil. Águas de Lindóia, SP, 29 de agosto a 01 de setembro, 2002. I Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão. Atividade desenvolvida: Coordenação do Painel Formando psicólogos para a Intervenção Socioambiental e para o Terceiro Setor: ação da Universidade Paulista. São Paulo, 05 a 08 de setembro, 2002.
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XIII Semana Afro-brasileira da Escola Estadual Profa. Marly Diva Bonfanti. Atividade desenvolvida: Palestra sobre o tema Iorubás e a formação de identidades no Brasil. São Paulo, 09 a 14 de setembro, 2002. IV Seminário de Psicologia e Senso Religioso - Processos Psicológicos na Representação Religiosa. Atividade desenvolvida: Participação de Sessão Coordenada, com o tema Representação das Religiões de Matriz Africana e Identidade Étnico-Religiosa no Brasil. São Paulo, 13 a 15 de setembro, 2002. I Seminário Internacional de Avaliação, Sistematização e Disseminação de Projetos Sociais. São Paulo, 17 a 19 de setembro, 2002. IV Jornada de Psicologia da UNIP - Campus Santana. Conferência: Religiões Brasileiras de Matriz Africana e Preconceito. São Paulo, 22 de outubro, 2002. 2003 1. Desenvolvimento da Pesquisa Role-Playing Game e Inclusão Social A investigação teve por objetivo avaliar como o Jogo de Representações (RPG), por seu caráter cooperativo e dinâmico, pode contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que ampliem, em seus participantes, a capacidade para o protagonismo e a disposição para a adoção de atitudes cooperativas e solidárias, tendo em vista o fim último de promover inclusão social. 2. Participação em Eventos Nacionais e Internacionais III Congresso Norte Nordeste de Psicologia. Mesa Redonda Conceitos de cabeça: exploração preliminar de usos e significados técnicos e coloquiais da cabeça sob o prisma do que contribuem para a Psicologia. Tema abordado: A cabeça como Divindade desafia a Prática em Psicologia Educacional. Piauí, setembro, 2003. 2004 1. Projeto Caminhos da Mata - Recepção Turística e Educação Ambiental 2. Participação em Eventos Nacionais e Internacionais Co-Coordenação da II Jornada de Pós-Graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano. Instituto de Psicologia da USP. São Paulo, Cidade Universitária, outubro, 2004. 2005 1. Projeto Cuca - Educação ambiental de comunidades de entorno do PEC e Monitoria Ambiental Resultados Até o final de 2006 - atendimento a cerca de 24.000 estudantes e professores de redes públicas e particulares de ensino, com participação na recepção de visitantes da Unidade de Conservação em finais de semana, abrangendo cerca de 235.000 visitantes
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Desenvolvimento de atividades de educação ambiental, ação participativa junto a comunidades e organizações de entorno do Parque Estadual da Cantareira - Núcleo Pedra Grande, como medida preventiva e de proteção 2. Projetos de Pesquisa de Monitoramento da Fauna e da Vegetação - desenvolvido no Parque Estadual da Cantareira Assessoria para a realização de Assembléia Geral Ordinária; para adoção de procedimentos legais para a solução de problemas de saneamento básico, particularmente o relativo a dois lotes de terreno abandonados, que vêm causando sérios danos à população; apoio à mobilização popular na região de entorno da sede da AERA para constituição de um Espaço de Convivência Comunitária; elaboração e encaminhamento à Prefeitura do Município de São Paulo de documentação para conquista de dois terrenos. Entre outros
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ANEXO 2- Cultura Ambiental em Escolas: Ferramentas para aplicação de conceitos de Educação Ambiental http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/institucional/site/educacao-ambiental
A educação ambiental pode ser entendida com toda ação educativa que contribui para a formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente e apto a tomar decisões coletivas sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Dessa forma, sua aplicação não se restringe ao universo escolar, mas deve permear este para facilitar o entendimento dessas questões e suas aplicações no dia a dia. Uma das alternativas para a inclusão da temática ambiental no meio escolar é "a aprendizagem em forma de projetos". Segundo Capra (2003), essa é uma proposta alinhada com o novo entendimento do processo de aprendizagem que sugere a necessidade de estratégias de ensino mais adequadas e torna evidente a importância de um currículo integrado que valorize o conhecimento contextual, no qual as várias disciplinas sejam vistas como recursos a serviço de um objeto central. Esse objeto central também pode ser entendido como um tema transversal que permeia as outras disciplinas já constituídas e consegue trazer para a realidade escolar o estudo de problemas do dia a dia. Além disso, as atividades de educação ambiental precisam extrapolar o âmbito escolar e promover o aprendizado e, até, a transformação de todos nós. Segundo Nalini (2003), proteger a natureza precisa ser tarefa permanente de qualquer ser pensante e aprender a conhecê-la e respeitá-la pode levar uma vida inteira. Não há limite cronológico, em termos de educação ambiental, para que todos estejam em processo de aprendizado constante. Entretanto, como a maioria dos temas transversais, educação ambiental é um muito abrangente e a maioria dos projetos que se propõem a trabalhar o assunto procuram concentrar-se em focos mais específicos dentro deste grande assunto. Neste contexto, a Tetra Pak, empresa mundial de soluções integradas de processamento e envase de alimentos, desenvolveu o projeto Cultura Ambiental nas escolas com o objetivo de fornecer ferramentas para a aplicação da educação ambiental em sala de aula com maior enfoque para a problemática dos resíduos sólidos e as interações desse tema com os outros abordados pela educação ambiental. O projeto Cultura Ambiental nas Escolas iniciou-se com a estruturação de um kit como ferramenta para o professor trabalhar o tema ambiental em sala de aula e interagir com os alunos. Os materiais concebidos, então, foram um caderno voltado para o professor, uma publicação para o aluno, um pôster de apoio com as mesmas ilustrações utilizadas no material do aluno e uma fita de vídeo. Todos os materiais foram desenvolvidos exclusivamente para o kit, apresentado na figura 1, e em uma linguagem adequada para o público escolhido - estudantes do segundo ciclo do Ensino Fundamental. O caderno do professor trabalha com três frentes para facilitar o entendimento sobre a temática ambiental, sobre o trabalho com temas transversais e também com sugestões
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de projetos para serem aplicados no âmbito escolar. O seu objetivo principal é ser fonte de referência para o desenvolvimento do tema ambiental como um tema transversal, fornecendo subsídios para o professor tanto sobre os termos técnicos e a situação relacionada ao lixo urbano e materiais recicláveis quanto sobre uso da transversalidade e a importância do registro do trabalho pedagógico desenvolvido em forma de projetos, como os sugeridos na terceira parte do caderno. O caderno do aluno, por sua vez, busca trazer apenas a problemática dos materiais recicláveis e a sua interação com o meio ambiente em uma linguagem simples e com desenhos fáceis de serem compreendidos pelo público escolhido. O vídeo "Quixote Reciclado", ferramenta rica de informações e com muito a ser explorado, contextualiza o clássico de Miguel de Cervantes na problemática dos resíduos sólidos. Os dragões e ameaças criados por Quixote são aqui transformados no lixo criado por nós e um verdadeiro monstro agora. A trama apresenta as alternativas para o cuidado com o lixo como a aplicação da coleta seletiva e os processos de reciclagem para cada um dos diferentes tipos de materiais. Recentemente, foi lançado o filme "Carbono e Metano". O roteiro busca introduzir a temática de aquecimento global para as crianças, apresentando um dos "vilões" do efeito estufa de forma divertida e educativa. Assim, o filme trata de assuntos como impactos ambientais do gás metano, suas principais fontes de emissão e formas de reduzir seus efeitos. A concepção do material em forma de um kit educativo e com todas as ferramentas necessárias para a sua aplicação em sala de aula após uma prévia preparação do professor com o próprio material, permitiu a grande distribuição dos kits para diversas escolas de ensino fundamental principalmente da rede pública. Agora em sua nova fase, todo o conteúdo foi adaptado para a internet de modo a preservar todos os conceitos do projeto, mas ganhando todos os benefícios de escala, abrangência e interatividade que a internet pode proporcionar. O projeto Cultura Ambiental nas Escolas foi desenvolvido com o intuito ser uma forma de levar conhecimento e mostrar ferramentas para trabalhar a educação ambiental em sala de aula. O conceito do projeto não procura mostrar um caminho fechado, que deve ser aplicado sem modificações ou adaptações; mas, sim, possibilidades de estudo, sugestões de projetos e formas diferentes de aplicação dos conceitos envolvidos na temática ambiental, quando abordada de forma transversal.
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ANEXO 3 - Projeto Cultural-ambiental “acorde para o meio ambiente” comemora um ano de realização com apresentação no Jardim Botânico em São Paulo. http://www.arteculturanews.com/agenda194.htm
Acontece no próximo dia 6 de junho, a partir das 10h30, no Jardim Botânico de São Paulo, a edição comemorativa de um ano de realização do projeto cultural e de conscientização ambiental “Acorde para o Meio Ambiente”. Idealizado pela Pró Cultura Marketing Cultural e Eventos, em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “Acorde para o Meio Ambiente” visa aproximar a população de parques em áreas urbanas, oferecendo simultaneamente concerto de música erudita com peças conhecidas e atividades paralelas de integração com a natureza e de educação ambiental. O concerto de música erudita ficará a cargo da Orquestra do Maestro Diogo Pacheco conduzida por seu maestro titular, o regente Diogo Pacheco, que apresentará entre outras peças: Prelúdio de Carmen, de Bizet; Cavalleria Rusticana (Intermezzo), de Mascagni; Congada, de Mignoni, e a abertura da ópera Norma, de Bellini. A Orquestra do Maestro Diogo Pacheco será precedida pela apresentação da Orquestra e do Coral da Oficina de Música Unibes – Wal-Mart formados por oitenta crianças e adolescentes que interpretarão músicas populares sob a regência do Maestro Antônio Baker. “Nosso objetivo não é tornar o parque um palco de apresentações de música erudita. Queremos utilizar esta atração para fazer com que as pessoas se integrem ao espaço. Por este motivo reunimos várias ações paralelas em um mesmo momento”, explica Jussara Gontow, diretora da Pró Cultura Marketing Cultural e Eventos. Uma destas ações paralelas é o Espaço Ver De Criança. “Reservamos uma área para o entretenimento infantil acompanhado de uma equipe especializada de monitores. Enquanto os pais apreciam o concerto, as crianças participam de atividades lúdicas, que incluem oficinas de ecologia com material reciclado e jogos voltados à questão ambiental. Desta forma estamos conscientizando as crianças e integrando-as ao meio”, explica Jussara. Outra ação paralela é a presença de Organizações Não Governamentais (ONGs) que apresentam seus projetos. Buscando dividir esta ação de responsabilidade social com o público que vai ao Jardim Botânico será solicitada como ingresso a doação de um quilo de alimento não perecível a ser encaminhado para o Projeto Fome Zero. “Esta doação não é obrigatória. Mas já sabemos, por edições anteriores, que as pessoas que vêm ao “Acorde para o Meio Ambiente” sentem satisfação em participar também desta forma: doando alimentos para o Fome Zero. Além disso, neste dia o Jardim Botânico não estará cobrando ingresso para o público que irá assistir ao ”Acorde para o Meio Ambiente”, conclui Jussara. Esta edição de “Acorde para o Meio Ambiente” conta com o patrocínio da Wall Mart, Comgas, Petroquímica União, Unipar, Carbocloro, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e Rádio Eldorado. E apoio Bunge.
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“ACORDE PARA O MEIO AMBIENTE”: o projeto cultural e ambiental “Acorde para o Meio Ambiente” chega à sua nona edição. Ele teve início durante o Dia do Meio Ambiente em 2003. A data é comemorada em 5 de junho. Durante este período houve edições em São Paulo, Campos do Jordão, Campinas, Ilha Bela e Cubatão. Contando com o apoio da Lei Rouanet de Incentivo Cultural, o projeto foi desenvolvido pela Pró Cultural Marketing Cultural e Eventos com os objetivos de aproximar a população dos parques públicos, integrando-as ao meio e oferecendo música de boa qualidade. ORQUESTRA MAESTRO DIOGO PACHECO: iniciou suas atividades nos anos 80, contando com músicos integrantes das melhores orquestras de São Paulo. É formada por sessenta instrumentistas, sendo 32 cordas – violinos, violas, cellos e baixos; 24 instrumentistas e metais e quatro integrantes na parte rítmica. Entre suas apresentações de maior destaque está a realizada em 2000 na Catedral de Brasília, local onde nunca havia acontecido um evento deste tipo. OFICINA DE MÚSICA UNIBES – WAL-MART: uma orquestra e um coral formados por oitenta crianças e adolescentes que participam deste programa de desenvolvimento e educação, recebendo aulas de musicalização, coral e orquestra. Sob a regência do maestro Antônio Baker, estas crianças apresentam no palco o resultado de uma parceria entre a Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social) a Wal-Mart que utiliza a música como instrumento para o desenvolvimento pessoal, aumentando a autoestima e a autovalorização, proporcionando a inclusão social através da autonomia e da cidadania.
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ANEXO 4 - ONG Acema - Organização Não Governamental Arte Cultura e Meio Ambiente, http://www.ongacema.org.br/cute/example/index.php/category/Educacao_Ambiental
Ações desenvolvidas pela ACEMA: Rádio Cidade FM da ONG ACEMA comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente com programação especial Data: 5 Jun 2011 / Categoria: Educação Ambiental O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Por meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente. O Sertão vai virar mar. Um mar de pedras e areia, sem vida, deserto. Não é profecia, é fato em consumação, previsto por estudos científicos, alertado pela Organização das Nações Unidas (ONU).Mais de 27% do Estado já começou a virar deserto; áreas críticas, quase todas na caatinga.... Flagrante da ONG ACEMA: Meninas ganham R$ 2,00 por semana no lixão em Santana do Ipanema Data: 19 Out 2009 / Categoria: Educação Ambiental -Todas os dias o ritual de várias crianças, é o mesmo: catar lata e papelão no lixão de Santana do Ipanema, no sertão de Alagoas. Elas são obrigadas, devido a falta de opções, a acompanharem as mães que trabalham como catadoras. Produtos Orgânicos, O Olho do Consumidor Data: 4 Ago 2009 / Categoria: Educação Ambiental - Quem escolhe comprar produtos orgânicos faz isso para manter sua saúde, para preservar o meio ambiente e para ajudar outras pessoas, principalmente pequenos produtores rurais, a terem melhor qualidade de vida.... "PINTINHOS COLORIDOS” na feira ou na Rua CHAME A POLÍCIA. Maus tratos é crime ambiental Data: 24 Jun 2009 / Categoria: Educação Ambiental - Centenas de pintinhos coloridos foram vendidos na feira livre de Santana do Ipanema. A população precisa denunciar os maus-tratos aos pintinhos coloridos comercializados na região. Os animais são tingidos com anilina de várias cores e são vendidos é mais uma face da crueldade... ONG ACEMA defende uso de plásticos oxi-biodegradável Data: 11 Maio 2009 / Categoria: Educação Ambiental - Por esta razão, optamos pela tecnologia oxi-biodegradável, que sempre se degrada, em qualquer condição, pois primeiro se oxida e após este processo, é consumida pelos microrganismos... Uso racional da água foi tema de Campanha da ONG ACEMA na Escola Senhora Santana Data: 9 Abr 2009 / Categoria: Educação Ambiental - A palestra foi ministrada
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pelo ambientalista Fernando Valões, presidente da ONG ACEMA- Arte Cultura e Meio Ambiente, fundada em 1998. Em sua exposição, Fernando Valões fez uma abordagem sobre o consumo da água no mundo, o papel desta no desenvolvimento socioeconômico regional.... ONG ACEMA realiza atividades no mês da água em escolas publicas de Santana do Ipanema Data: 1 Abr 2009 / Categoria: Educação Ambiental - Durante o mês da Água, que foi comemorado no dia 22 de março, a ONG Arte Cultura e Meio Ambiente montou uma agenda integrada de atividades, que teve o objetivo de sensibilizar a população para, em mutirão, recuperar a vegetação das margens dos rios e melhorar a qualidade e a quantidade da água em Santana do Ipanema.... IV Semana da Água em Santana do Ipanema Data: 23 Mar 2009 / Categoria: Educação Ambiental - Água: AL ainda desperdiça e prova assoreamento Data: 22 Mar 2009 / Categoria: Educação Ambiental. Não é a toa que Alagoas é conhecido internacionalmente como o paraíso das águas. Dona de uma beleza natural sem igual, seus rios, mares e lagoas. Nesta data 22, em que se comemora o Dia Nacional da Água, dados negativos da Secretaria de Estado do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos dão conta de que a população desperdiça 40% da água potável... Muito além do H2O Data: 4 Jan 2009 / Categoria: Educação Ambiental - Até um tempo atrás, água era inodora, incolor, insípida e ponto final. Bons tempos. Como se não bastasse tanta oferta, cada marca ainda pode oferecer diversas versões. No mínimo duas: com gás e sem gás. Então, seriam cerca de 500 opções para decidir qual água - o líquido mais elementar da face da Terra - tomar. Empresa contratada para fazer chover Data: 21 Dez 2008 / Categoria: Educação Ambiental - A técnica de nucleação é conhecida em inglês como "clouds seeding", ou "semear nuvens". Ela pode tanto aumentar a quantidade de chuva como antecipar a precipitação, impedindo que uma nuvem carregada venha a chover fora... ONG ACEMA quer estudos sobre a mina de água doce na Serra do Poço Data: 6 Dez 2008 / Categoria: Educação Ambiental - Os pequenos agricultores plantavam de tudo, principalmente frutas, manga, jaca, banana, laranja, caju, todos viviam em abundancia, abastecendo as feiras livre da região. Sem conhecimento ambiental vieram as queimadas e as matas nos barrancos da Serra desapareceram... A ONG Arte Cultura e Meio Ambiente luta desde o ano de 2004 pela criação da Unidade Conservação do Curral do Meio em Santana do Ipanema. Data: 6 Dez 2008 / Categoria: Educação Ambiental - Os principais problemas enfrentados hoje na reserva é com a retirada de arvores para estacas e mourões, prejudicando dentro da área com erosão e a perda da fertilidade do solo.
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ANEXO 5 - Educação Ambiental e Inclusão Social Por Jorge Amaro de Souza Borges
É voltado ao desenvolvimento de atividades ocupacionais à Pessoas Portadoras de Deficiência Mental - PPDM na idade adulta (dos 18 aos 54 anos). As atividades desenvolvidas contribuem para o desenvolvimento emocional ético e cognitivo das PPDM ao longo do seu processo de socialização e construção de sua identidade social. Cerca de 131 aprendizes participam de diversas oficinas e atividades complementares como oficina de produção (terceirização às empresas), arte e artesanato, artes domésticas, recreação e lazer, técnicas agrícolas e educação ambiental, apoio pedagógico, educação física e terapia ocupacional. Essas atividades dão chance das PPDM adquirirem novos conhecimentos, aprimorando os já existentes, interagindo e confrontando a realidade, buscando constantemente a construção de sua cidadania. A Oficina de Técnicas Agrícolas e Educação Ambiental - em seu plano de ação visa trabalhar a preservação ambiental e a inclusão de portadores de deficiência, tendo como polo irradiador à percepção ambiental, o contato direto com a natureza, as vivências do dia a dia, os reflexos da relação antrópica local permitindo a sensibilização e as mudanças comportamentais necessárias para busca constante de crescimento como seres humanos, membros de um planeta vivo. Neste contexto, são desenvolvidas atividades de percepção e contato direto com a natureza, provocando reações diversas. Como isso afetará estas pessoas? Diferentes estudos têm mostrado que o contato com a natureza influência na saúde física e mental das pessoas (Fundação Gaia, 1995), a capacidade de fantasiar é maior (Grahn, 1996) desenvolvendo uma maior coordenação motora e melhor capacidade de concentração e diminuição do estresse causado pelo fluxo intenso das grandes cidades. Os trabalhos são direcionados a turmas, constando no máximo 15 (quinze) aprendizes. Procura-se abordar as potencialidades individuais de cada um, buscando seu aprimoramento e crescimento coletivo. Dentre as temáticas trabalhadas, dois foram os eixos estruturadores: manejo de resíduos sólidos e agroecologia. Objetivos Gerais Implementar um conjunto de propostas e metodologias de trabalho visando um processo de Alfabetização Ecológica, utilizando como eixos estruturadores a Agroecologia e o Manejo de Resíduos Sólidos de forma transversal e continuada. Sensibilizar os aprendizes e a comunidade na qual está inserido o CAZON no sentido de tornar o ambiente propício à realização de atividades práticas de utilização e preservação da natureza.
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Estimular, nos aprendizes, através de uma atividade organizada e contínua, o respeito e a responsabilidade com o meio ambiente. Promover a orientação técnica de atividades práticas específicas visando preparação para trabalhos de geração de renda de acordo com as potencialidades individuais da cada um. Objetivos Específicos Oportunizar, através do desenvolvimento do projeto, a realização de atividades básicas que visam a sondagem de aptidões e interesses, bem como valorizar o trabalho agrícola em primeira instância. Proporcionar condições para o real aproveitamento da oficina no sentido de obter, como produto final, a dinamização e a objetividade do processo ensino-aprendizagem, possibilitando a integração de todas as áreas de estudos. Aplicar, em situações reais, os conhecimentos teóricos e práticos relacionados à oficina. Reorganizar a paisagem do CAZON, desenvolvendo o sentimento de racionalização e de preservação dos recursos naturais. Aperfeiçoar a habilidade de manejar instrumentos básicos. Potencializar a relação aprendiz-CAZON-família como forma de instrumentalizar ações no sentido de realizar trabalhos de forma integrada, ampla e abrangente. Criar uma atitude de aceitação e valorização do trabalho, como atividade indispensável ao homem.
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