A Fisioterapia Na Guillan Barré

8/19/2019 A Fisioterapia Na Guillan Barré

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A Fisioterapia na S�ndrome de Guillain-Barr �

1. Hist�rico

Foi em 1916 que o quadro cl�nico de polineurite benigna com dissocia��o

albumino - citol�gica do l�quor foi descrito por Guillain, Barre e Strohl (m�dicos

franceses) !urante a "rimeira Guerra #undial (191$ � 191%), Guillain, Barre e &ndr �

Strohl ser'iram no entro de eurologia da 6*� Guarda Francesa +les obser'aram dois

soldados paralisados e realiaram alguns testes com o l�quor s resultados foram

inespec�ficos e diferentes dos demais pacientes que os doutores ti'eram &p�s o final da

"rimeira Guerra, Barre se tornou professor de neurologia em Strasbourg, assim como

Guillain em "aris Strohl tamb�m se tornou professor, mas n�o de neurologia (.++S,/**0)

2. Defini��o

& S�ndrome de Guillain-Barr � (SGB), tamb�m chamada de polineurite aguda

ascendente,� uma polirradiculoneuropatia aguda ou subaguda, autoimune que condu a

desmielinia��o eou degenera��o a2onal dos ner'os perif �ricos aracteria-se por

paralisia fl�cida e arrefl�2ica ascendente (FS+& 3 &.!S, /**$)

!ependendo das caracter �sticas cl�nicas, eletrofisiol�gicas patol�gicas, o SGB

di'ide-se em subtipos ou 'ariantes4 "olirradiculoneuropatia desmieliniante 5nflamat�ria

&guda ("!5&), europatia &2onal Sensiti'o - #otora &guda (&S#&), europatia &2onal

#otora &guda (&#&) e S�ndrome de #iller-Ficher (S#F) .ecentemente surgiu uma sub-

classifica��o & e'olu��o � geralmente fa'or �'el, dependendo da naturea do

processo patol�gico (a2onal desmieliniante), 'erificando-se o in�cio da recupera��o

entre a /� e a $� semanas, com resolu��o gradual da paralisia em semanas

3. Etiologia

�o e2iste uma causa espec�fica +m torno de %* dos pacientes, os sintomas

come�am entre cinco dias at� tr �s semanas ap�s um caso de infec��o ('�rus,

bact�ria) de 'ia a�rea superior ou gastrointestinal, p�s-'acina��o ou p�s-cirurgia

(FS+& 3 &.!S, /**$)



4. Epidemiologia

& SGB atinge predominantemente o se2o masculino, podendo ocorrer em todas as

idades, com um primeiro pico no final da adolesc�ncia e in�cio da idade adulta, que

coincide com um aumento do risco de infec��o pelo 7�rus itomeg�lico (7#)

e Campylobacter jejuni , e um segundo pico na terceira idade, que pode e2plicar-se pela

fal�ncia dos mecanismos imunossupressores & s�ndrome� rara, afetando um em cada

1** *** habitantes &dultos s�o mais afetados que crian�as "ensa-se que o aumento da

incid�ncia 'erificado nos�ltimos anos tradu uma melhoria na acuidade diagnostica mais

do que um real aumento do n�mero de casos (FS+& 3 &.!S, /**$)

. Fisiopatologia

sistema auto-imune ataca a bainha de mielina que circunda os a2�nios dos

ner'os perif �ricos, impedindo a condu��o do est�mulo ner'oso, atra'�s dessa

destrui��o da bainha de mielina eou at� mesmo dos a2�nios "roduindo uma piora

rapidamente da fraquea muscular, podendo le'ar a plegia (8.5758&S, /**0)

+ssa destrui��o da bainha de mielina resulta em diminui��o da 'elocidade de

condu��o ner'osa bser'a-se prolongamento das lat�ncias distais, tanto motoras como

sensiti'as �o e2iste correla��o direta entre a gra'idade do quadro neurol�gico e o grau

de redu��o da 'elocidade de condu��o ner'osa (8�+., /**:)

!. "uadro #l�nico

onforme osta (19;*), a S�ndrome de Guillain-Barr � se instala muitas 'ees

dentro de dias ou semanas ap�s um quadro de infec��o ('�rus e bact�rias), 'acinas e

cirurgias s primeiros sintomas neurol�gicos consistem em paresias sim�tricas dos

membros, freq�entemente acompanhadas de parestesias & hiporrefle2ia ou arrefle2ia

nunca falta, mas os refle2os tendinosos podem estar presentes na fase inicial da doen�a

grau de comprometimento da sensibilidade 'aria4 em certos pacientes, todas as

modalidades da sensibilidade permanecem normais, ao contr �rio de outros que

apresentam acentuada diminui��o das sensibilidades postural, 'ibrat�ria, dolorosa e

t�rmica &presentam tamb�m disfun��o do sistema ner'oso aut�nomo (como



hipotens�o ortost�tica, hipertens�o transit�ria ou arritmias card�acas)

s sintomas come�am pela fraquea e ou sensa��o anormal dos bra�os e

pernas "ode afetar tamb�m os m�sculos do t�ra2, face e olhos

$. Diagn�stico

&s caracter �sticas para o diagn�stico s�o uma fraquea muscular progressi'a de

um ou mais membros e arrefle2ia "ara confirmar o diagn�stico, se fa necess�rio a

an�lise de pun��o lombar para a'aliar a concentra��o de prote�na (acima de 1**-

$** mgdl confirma a SGB), e a eletroneuromiografia (#+<=>&+., 199;)

%. &ratamento

%1 =ratamento #�dico

& maior parte dos pacientes com SGB s�o hospitaliados para e'itar que qualquer

complica��o possa afetar fun��es 'itais +mbora a imunomodula��o constitua aterap�utica principal, as medidas de suporte m�dico s�o importantes no tratamento e

pre'en��o das complica��es &s primeiras incluem a facilidade de admiss�o em

?nidades de uidados 5ntermedi�rios 5ntensi'os, para a 'igil�ncia, pre'en��o e

tratamento de complica��es respirat�rias e tromboemb�licas, suporte nutricional,

fisioterapia e reposicionamento freq�ente no leito

#uitos pacientes com SGB morrem de complica��es e'it�'eis como sepse, sara,

tromboembolismo pulmonar (=+"), trombose 'enosa profunda (=7"), e disautonomias ?m

tratamento adequado fa com que a mortalidade caia para : (#+<=>&+., 199;)

& imunomodula��o consiste na administra��o de imunoglobulina endo'enosa,

na dose de *,$ g@gdia durante cinco dias consecuti'os +sta tem uma efic�cia igual� da

plasmaf �rese, mas tem a 'antagem de maior facilidade de aplica��o, e de menor

in'asi'idade &s opini�es di'ergem quanto ao uso de cortic�ides no SGB

%/ =ratamento Fisioterap�utico



�o e2iste nenhum estudo sistem�tico sobre a efic�cia da fisioterapia em

pacientes com Guillain-Barr � que acontece � uma adapta��o das abordagens

fisioterap�uticas usadas em outras patologias neuromusculares & fisioterapia pode ser

di'idida em duas atua��es4 fisioterapia respirat�ria e motoraA baseadas nas poss�'eis

complica��es ad'indas do Guillain Barre (#+<=>&+., 199;)

& fisioterapia respirat�ria baseia-se em dois aspectos4 na fase inicial, constitu�da

basicamente de manobras de higiene br �nquica (para promo'er a clearence mucociliar,

e'itando consolida��es e atelectasias), ree2pans�o pulmonar, aspira��o da 'ia a�rea

(se necess�rio), drenagem postural para mobiliar secre��esA e numa fase mais tardia

da doen�a treinamento muscular e desmame da 'entila��o mec�nica (S#5=> 3

B&,/**$)

s pacientes com SGB apresentam muita dor, descrita como parestesia, disestesia,

dor a2ial e radicular, mialgia, dor articular e desconforto 'isceral & fisioterapia motora

constitui-se de e2erc�cios passi'os, ati'o-assistido e ati'o dos membros, dependendo da

melhora da fraquea muscularA sempre tendo como limite a dor do paciente =em sido

obser'ado que o superuso de uma unidade motora afetada pode impedir a sua

recupera��o Sem esquecer do posicionamento, mudan�as de dec�bito, alongamentos,

e e2erc�cios metab�licosA fundamentais para e'itar �lceras de dec�bito, trombose

'enosa profunda, tromboembolismo pulmonar, encurtamento de tend�o, contraturas

articulares e paralisia de ner'os, sendo que os mais afetados s�o o ner'o ulnar, peroneal e

lateral femoral (#+<=>&+., 199;)

Fontes'

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