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A importância do programa de necessidade (briefing) antes do desenvolvimento do projeto
arquitetônico
Julho/2019
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 10, Edição nº 17 Vol. 01 Julho/2019
A importância do programa de necessidade (briefing) antes do
desenvolvimento do projeto arquitetônico
Nayara Pereira Damasceno – [email protected]
MBA Gerenciamento de Obras, Qualidade & Desempenho da Construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Santarém, PA, 30 de julho de 2018.
Resumo
O presente artigo vem refletir a prática cotidiana que antecede um projeto arquitetônico,
demonstrando o percurso projetivo e a elaboração metodológica do projeto. O Programa
de Necessidades (Briefing) é um processo muito importante, no percurso de produção do
projeto arquitetônico. O trabalho foi conduzido por meio de revisão bibliográfica e tenta
mostrar as vantagens da utilização do programa, indicando os benefícios de seu uso. No
decorrer desta revisão alguns autores acabam fazendo referência a um dos benefícios que
o programa acaba induzindo que é o encontro de possíveis deficiências, principalmente
quando não há a comunicação entre as partes – arquitetos e clientes. Esclarece assim, que
a concepção arquitetônica, não se inicia no chamado estudo preliminar, mas sim muito
antes.
Palavras chaves: Programa de necessidades; Programa arquitetônico; PN, Programa de
necessidades de arquitetura (PN-ARQ); Levantamento; Desenvolvimento; Projeto
arquitetônico.
1. Introdução
“O homem é um prisioneiro das necessidades e do medo. As forças do meio
que o envolvem se lhe apresentam, primeiro, como forças misteriosas que o
maneiam – ignorando suas verdadeiras origens, o homem as teme, é seu
prisioneiro submisso. O conhecimento destrói o mistério e acorda a
consciência das necessidades – o homem constrói instrumentos e domina as
forças naturais e sociais: avança no sentido da libertação do medo e das
necessidades” (GRAEFF,2006).
A necessidade surgiu desde os primórdios, onde o homem se apresenta, sempre disposto
a buscar melhorias e o seu bem estar. E através da busca de novas técnicas, arquitetos e
engenheiros na década de 50 procuraram apresentar novas formas de executar um projeto
arquitetônico visando assim solucionar os erros que eram cometidos. E essa procura por
inovação foi muito importante, para facilitar o processo de desenvolvimento do projeto,
e também para atender as necessidades dos clientes.
A partir dessa busca os profissionais passaram a se atentar não só ao panorama científico,
como na procura de apresentar novas técnicas no desenvolvimento do projeto, visando
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assim a melhoria e a qualidade do processo e dos seus produtos. Várias conferências
foram então realizadas para melhorar os métodos de execução do projeto, uma reunião de
experiências e teorias onde cada um dos participantes envolvidos discutiram novas
hipóteses e assim desenvolveram etapas.
O artigo vem apresentar questões voltadas ao programa de necessidades, que vai desde
seu contexto histórico dando inferência a tabela de evolução dos métodos de projetos,
passando a demonstrar o que seria o programa de necessidades, por exemplo os aspectos
nele envolvido, bem como e não menos importante a demonstração das normas técnicas
envolvidas no desenvolvimento desse programa, finalizando com os estudos iniciais para
realização do projeto.
2. O Percurso Histórico do Programa de Necessidade
No decorrer dos anos foram introduzidas várias técnicas para melhor aplicação de
processos. Reunir experiências entre os profissionais da área, foi uma das primeiras
tentativas em relação as melhorias e métodos para amenizar problemas no decorrer da
criação de projetos.
De acordo com Slann (1963), no ano de 1962 foi realizado a primeira conferência sobre
métodos de projeto (Conference on Design Methods) com a finalidade de buscar e definir
métodos sistemáticos de resolução de problemas. Vários grupos foram criados ao redor
do mundo, contribuindo com novas pesquisas e estudos.
Contudo a evolução do movimento se caracterizou no percurso de estudos de vários
autores que chegaram a distinção de diferentes fases. Em 1970, foi proposto por essa
geração de estudiosos, a sistematização de um processo composto por três fases – a
análise, a síntese e a avaliação – e eram baseadas, principalmente, nas técnicas de pesquisa
operacional, também conhecidos como “métodos sistemáticos de projeto”.
Bayazit (2004), refere que tempos depois essas fases passaram a ser consideradas nas
decisões de projeto, principalmente se procurou considerar a primazia do envolvimento
do usuário e os seus objetivos.
A evolução dos métodos de projeto ajustam-se com o passar das décadas, alguns autores
a dividem no período representado pela tabela 1:
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Figura 1 – Histórico dos métodos de projeto.
Fonte: Van der Voordt & Van Wegen, 2005.
Os arquitetos e engenheiros durante longas décadas procuraram novas técnicas e o
aprimoramento delas para o melhor desenvolvimento de um projeto, foi então através
desse movimento metodológico que surgiu o Programa de Necessidade.
Este artigo dispõe mostrar as vantagens da utilização do programa, ressaltando a
importância, como etapa preliminar do desenvolvimento do projeto para a concepção
arquitetônica.
3. O Programa de Necessidade
No percurso de elaboração de um projeto arquitetônico os profissionais perduram por
uma fase de indecisão chegando a vivenciar angústias diante dos primeiros esboços. No
início da criação, a dificuldade enfrentada é a presença de uma relação clara com os
objetivos a serem atingidos, assim como a apresentação dos riscos que possam surgir.
Como se o esboço do projeto fosse fornecer respostas e conduzir o que se espera de um
projeto arquitetônico. Schön (2007:127) faz uma reflexão acerca dessa dificuldade:
“Não é de surpreender que confusão e mistério reinem nas fases iniciais de um
ateliê de projetos. Ainda assim frequentemente, em questão de poucos anos ou
mesmo meses, alguns estudantes começam a produzir [...] um design
competente [...]”.
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O ato de se programar é um processo evolutivo que visa entender as necessidades e os
recursos de uma organização e compatibilizá-los com os seus objetivos e a sua missão.
Um processo de formulação e de solução de problemas, portanto uma administração de
mudança. Através desse ato brota o resumo informativo, sendo este o resultado de um
processo, de revisão das opções e das articulações das necessidades. Deste modo se
programar faz com que as ideias evoluam, sejam analisadas, testadas e, aos poucos,
refinadas em necessidades específicas.
Um documento que serve de comunicação entre o cliente e os futuros usuários da
edificação é o programa de necessidades, durante o processo de criação de um projeto
arquitetônico. Um documento que articula arquitetos e os especialistas envolvidos,
através dos pressupostos básicos e das condições a serem satisfeitas, a se aproximarem
das necessidades, exigências, desejos e expectativas do cliente e dos futuros usuários. Um
conjunto de entendimento das atividades almejadas durante a elaboração de um projeto.
Projetando assim, de forma completa e sem imprecisão, através da coleta, e do
processamento de dados o que se espera no esboço. Todo esse percurso gera avaliações e
pôr fim a transmissão de informações, em fases da mais global à mais detalhada.
O programa de necessidade tem vários sinônimos que o representa, sendo eles: PN,
Briefing, Programa Arquitetônico, Programa de Necessidades de Arquitetura (PN-ARQ),
Desenvolvimento, Projeto Arquitetônico.
As técnicas de programa de necessidades são tão variadas como são as estruturas que
expõem um contexto. As propriedades do programa arquitetônico consistem em um
sistema onde os dados sobre o contexto são organizados para atender ao processo de
projeto. O programa acaba permitindo a compreensão das relações funcionais entre este
contexto e um espaço físico, seja ele edificado ou planejado.
A este respeito:
“o programa é o primeiro passo do processo de projeto – porque trata das
condições que deverão ser observadas no decorrer do projeto – e como tal deve
se ater à descrição do contexto ou dos aspectos gerais da forma e evitar sugerir
ou impor soluções de projeto para o edifício. O usuário do edifício é elemento
ativo do contexto, e é nele que as atenções devem estar focadas para se
estabelecer as necessidades que a forma projetada deverá cumprir. Deve- e
identificar as características físicas, psicológicas e culturais do usuário, bem
como suas atividades, desempenhadas no espaço a ser projetado, e seus
valores. Por esse motivo as Técnicas de programação arquitetônica dão
especial atenção ao tratamento dispensado junto aos clientes e usuários do
projeto e incluem levantamentos de informações através de entrevistas,
questionários, dinâmicas de grupo, etc.”. MOREIRA, D; KOWALTOWSKI,
D (2008)
O problem seeking vai tratar de cinco passos relacionados a dados de qualidade e
quantidade; vemos a seguir:
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Figura 2 – Estrutura da informação em projeto, segundo o Problem Seeking.
Fonte: (Peña; Parshall, 2001)
Através de estudos iniciais os projetistas então podem desenvolver o esboço desejado,
diante do projeto que precisa ser elaborado. O processo de elaboração de um projeto parte
de um princípio, inicialmente as necessidades do cliente serão analisadas e estruturadas,
o profissional realiza um levantamento das características, exigências do cliente e faz o
reconhecimento do contexto que o projeto será aplicado. Vale ressaltar que antes que se
dê início, o profissional precisa conhecer através da escuta do cliente os resultados
esperados.
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A qualidade do projeto depende da forma como cada profissional colhe essas
informações. Muitos profissionais acreditam que um programa de necessidade é feito
somente com a coleta simples de informações contento: tamanho do terreno e uma lista
de ambientes.
O levantamento, é nada mais que a organização das informações disponíveis para o
planejamento de um projeto arquitetônico. Para isso é necessário a compreensão das
exigências e desejos dos cliente e usuários futuros dessa edificação. Uma etapa inicial
que pode levar há uma melhor visualização da necessidade do cliente, através da coleta
de informações, que irá descrever onde o projeto será executado. É preciso que o projeto
seja precedido através da compreensão do ponto de vista, das metas e dos desejos de
clientes. Espera-se que o programa de necessidades incorpore as necessidades e os desejos
mais importantes do cliente em relação à qualidade esperada para o usuário.
As tarefas envolvidas na definição do programa são: levantar informações, descobrir os
padrões dos problemas e procurar obter as contribuições do cliente. Neste sentido, faz
parte do programa determinar os principais tópicos do projeto, conforme os valores
identificados pelo cliente, e apresentá-los de modo claro e preciso. A descrição das
necessidades as quais o projeto deve responder implica em identificar os valores do
usuário em relação ao espaço construído. Os valores são nada mas, que as qualidades
mais importantes em um edifício, segundo a percepção de seu futuro ocupante.
De acordo com Sanoff (1992) o programa é considerado um sistema de processamento
de informações que estabelece rumos para o projeto e que conciliará as necessidades do
usuário, do cliente, do projetista ou do incorporador. Cabe ressaltar que nos tempos atuais
tornasse difícil conseguir com clareza o que é desejado pelo cliente, já que é necessário
ir além de vários outros fatores, relacionados a topografia, clima, exigências e
expectativas culturais, estéticas, econômicas e jurídicas há também leis e normas que
limitam os desejos dos clientes, diminuindo assim o programa de necessidades. Fazendo
com que o cliente tenha que escolher as verdadeiras necessidades, dando prioridade ao
que realmente querem.
O profissional precisa avaliar cada exigência feita pelo cliente, buscando dentro das
possibilidades satisfazer os anseios, evitando futuramente o aparecimento de futuros
desapontamentos, para isso deve este buscar alternativas, examinando se o que estar
sendo desejado é compatível com que possa ser possível.
Define-se então, esse registro de necessidades, desejos e condicionantes limitantes, como
o início do processo de criação mas conhecido como Programa de Necessidades. As
necessidades podem ser expressas de modo qualitativo ou quantitativo, acenando a
aspectos como localização e construção, que precisam ser satisfeitas pela solução de uma
necessidade de abrigo específica.
O usuário é o elemento ativo do contexto, e é nele que as atenções devem estar focadas
para se estabelecer as necessidades que o projeto deverá cumprir. As necessidades
funcionais são expressas através dos requisitos de conforto ambiental, nos seus aspectos
térmicos, acústicos, visuais e de funcionalidade, uma vez que constitui um dos elementos
da arquitetura que mais influencia o bem-estar do homem (KOWALTOWSKI et al.,
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2006). Deve-se identificar as características físicas, psicológicas e culturais do usuário,
bem como suas atividades atuais ou futuras, que possam ser desempenhadas no espaço a
ser projetado, e seus valores. Por esse motivo o programa de necessidade dão especial
atenção ao tratamento empregado junto aos clientes e usuários do projeto e incluem
levantamentos de informações.
O projetista deverá considerar uma descrição minuciosa de espaços, áreas, atividades e
até mesmo mobiliários que o edifício vai abrigar. Onde todas as estruturas operam, seus
requisitos funcionais, deliberados a partir do levantamento de uma grande quantidade de
informações que, conforme são refinadas durante o processo, dão origem às diretrizes que
o projeto deverá seguir. Cabe, então, ao projetista arquiteto apresentar soluções para os
problemas definidos pelo programa.
Hershberger (apud MOREIRA, 2007:86) cita que a busca pela descrição das necessidades
as quais o projeto deve responder implica em identificar os valores do usuário em relação
ao espaço construído, acaba detalhando cada um dos valores de acordo com a figura.
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Figura 3 – Tabela de Valores Contemporâneos
Fonte: Hershberger apud (Moreira, 2007:86).
De acordo com o modelo proposto por LAWSON (2011) o processo de desenvolvimento
de um projeto arquitetônico segue uma sequência de decisões projetuais, com um modelo
de metodologia a ser seguido, o autor cita etapas que podem solucionar e detalhar, até
mesmo proporcionar a decisão do produto final. Descreve então três etapas: análise,
síntese e avaliação. Cabe ressaltar que mesmo diante da variedade de processos, essas
etapas são sequências essenciais, visto que estão presentes em todas as fases de produção.
Sobre as etapas descreve:
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Figura 4 – Modelo proposto por Lawson (2011) que expõe o ciclo de sequencias de decisões durante o
decorrer do processo de projeto
Fonte: (Lawson, 2011:45.)
A primeira etapa, análise, se inicia através das definições dos requisitos do projeto, a
identificação dos principais elementos que compõem o problema do projeto, nela são
definidos metas e objetivos que se deve alcançar. Consiste na estruturação hierárquica
dos requisitos, partindo de um problema e de um conceito a ele associado, restrições,
possíveis impactos e localidade.
“A análise, como um processo racional, está relacionada à obtenção e ao
gerenciamento de informações e dados advindo de: pesquisas de
comportamentos e entrevistas aos clientes; casos precedentes; códigos de
edificações; condicionantes culturais, econômicos e ambientais etc. Essas
informações não são o principal objetivo da fase de análise em si, mas sim a
maneira como são organizadas, de modo que possam ser úteis para as etapas
subsequentes dos estágios de decisão. Para isso, a utilização de métodos e
procedimentos precisos é importante nesta fase do projeto.”
(KOWALTOWSKI, 2011:89).
Já a etapa, síntese corresponde à fase criativa do processo - estágios de decisão, nessa fase
os arquitetos concebem a ideia e possíveis soluções, atendendo os objetivos e satisfazendo
as restrições, observadas na etapa análise, buscando assim resolver o problema colocado.
Nesta o projeto dar forma e passa a ser concebido.
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Na avaliação, última etapa, a solução proposta é confrontada com as diretrizes que o
projeto deve atender, a ideia inicial - detectadas na fase de análise. Procurando descobrir
possíveis deficiências no projeto antes da execução da obra, caso encontradas falhas,
pode-se revisar a síntese, fazer melhorias, ajustes e mudanças nas soluções, resultando
em redefinições de metas, restrições e requisitos de projeto na análise. Desse modo, as
etapas de síntese e avaliação estão fortemente relacionadas com a etapa de análise
Portanto a primeira atividade do processo de criação do projeto a ser realizado é o
levantamento do Programa de Necessidade, ressalta-se ainda que em seu percurso não
estabelece diretrizes definitivas, tudo pode ser mudado, sendo um processo com ciclos de
revisão em que por meio da avaliação pode-se concluir sobre a necessidade de
modificações na análise e consequentemente na síntese. A qualidade do produto final
depende do rigor e da exigência observados em cada uma das fases.
Figura 5 – Etapa do método sistemático do projeto.
Fonte: (Jones, 1963:57-60).
Os arquitetos Richard Neutra e Louis Kahn se tornaram conhecidos como precursores em
utilizar o programa de necessidades como parte do processo de elaboração de um projeto.
Para eles os aspectos de um contexto de criação, precisa ser mensurável, necessitando ser
medido e compreendido por meio do programa de necessidades, um pré-requisito para o
desenvolvimento da atividade projetiva. Reconhecem a importância do programa para
que o projetista entenda o problema a ser resolvido e proponha soluções, deixam claro
que seu uso não reduz a atividade do projetista ao simples cumprimento do programa de
necessidades, pois ela deve ir além. Segundo Louis Kahn: O programa [de necessidades]
não é arquitetura – são meramente instruções, assim como é uma receita médica.
A fase de elaboração do programa e a fase de projeto não deve ser entendida de forma
demasiado literal, é necessário o conhecimento de normas. Abaixo segue as principais
normas a serem seguidas na construção de um programa de necessidades.
4. Normas Técnicas a respeito do Programa de Necessidade
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Programa é um documento contratual importante, uma vez que descreve as características
que o cliente espera que o projeto alcance. Contudo se faz necessário que o projetista se
oriente no processo de criação, de normas especificas. A seguir iremos descrever algumas
dessas normas.
A ISO (International Organization for Standardization) organização de normas
internacionais edita sobre o programa arquitetônico uma série de procedimentos para a
construção civil, tece considerações básicas sobre o processo de captura das necessidades
do clientes sem determinar tipologias de edificação específicas. Trata-se da norma ISO
9699, Performance standards in building – Checklist for briefing – Contents of brief for
building design, cujo síntese é:
“Pode ser usado a partir do momento que um cliente faz as primeiras
considerações sobre as necessidades relativas ao projeto de um edifício. É
aplicado a todos os tipos e tamanhos de projetos. Também pode ser aplicado
em qualquer que seja o propósito, como, por exemplo, instruir, promover
discussões, registrar e servir como base para selecionar resultados em uma
avaliação ou em uma competição formal”. (ISO, 2004).
Segundo Gelder (1999) com normas e sistemas de especificações para a construção civil
a ISO 9699 descreve os seguintes procedimentos de programa:
1. Identificação do projeto: identidade do projeto; propósito do projeto; escopo
do projeto; identidade dos participantes; identidade dos grupos relacionados
2. Contexto, metas e recursos: gerenciamento do projeto; leis, normas e
códigos; situação e influências históricas; influências do local e das
proximidades; empreendimento futuro do cliente; detalhes da ocupação
pretendida; efeitos do projeto pretendidos;
3. Projeto e desempenho: local e proximidades; o edifício como um todo;
grupos de espaços; espaços em detalhes; desempenho da construção do
edifício; plantas, equipamentos e mobiliários.
Baseadas nas normas internacionais descritas acima, no Brasil, as normas são publicadas
pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A versão digital do catálogo de
normas ABNT apresenta uma relação com mais de 1.000 normas ISO que foram usadas
como base para a formulação da Norma Brasileira ou do Mercosul (ABNT Digital, 2005).
Uma delas é a norma NBR 13531, que trata da elaboração de projetos e edificações,
apresentando uma definição para o programa de necessidades: “[...] etapa destinada à
determinação das exigências de caráter ou de desempenho (necessidades e expectativas
dos usuários) a serem satisfeitas pela edificação a ser concebida [...]” (ABNT, 1995a,
p.4).
A NBR 13531 (ABNT, 1995a) estabelece as fases de levantamento, programa de
necessidades e estudo de viabilidade como as primeiras etapas de projeto, imediatamente
anteriores ao estudo preliminar. No estudo de viabilidade se dá início a fase do projeto
sendo ela posterior ao programa, nessa fase as prescrições são avaliadas e surgem, diante
de análises e avaliações, dando clareza as recomendações de alternativas para a concepção
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da edificação. Essa fase depende das informações reunidas nas etapas anteriores e servirá
como base para o estudo preliminar.
A NBR-13532, descreve os documentos técnicos a apresentar: (NBR 13532/1995).
a) desenhos: organograma funcional e esquemas básicos (escalas convenientes);
b) texto: memorial (de recomendações gerais);
c) planilha: relação ambientes/usuários/atividades/equipamentos/mobiliário, incluindo
características, exigências, dimensões e quantidades.
NBR-13532 também orienta sobre as etapas de execução da atividade técnica do projeto
de arquitetura, (incluídas as siglas) são elas: (autor)
a) levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ);
b) programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ);
c) estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ);
d) estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ);
e) anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ);
f) projeto legal de arquitetura (PL-ARQ);
g) projeto básico de arquitetura (PB-ARQ) (opcional);
h) projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ).
Acerca das informações técnicas a produzir a NBR-13532, descreve ser necessário: (NBR
13532/1995).
a) à concepção arquitetônica da edificação (ambiente construído ou artificial) e aos
serviços de obra, como nome, número e dimensões (gabaritos, áreas úteis e construídas)
dos ambientes, com distinção entre os ambientes a construir, a ampliar, a reduzir e a
recuperar, características, exigências, número, idade e permanência dos usuários, em cada
ambiente;
b) características funcionais ou das atividades em cada ambiente (ocupação, capacidade,
movimentos, fluxos e períodos);
c) características, dimensões e serviços dos equipamentos e mobiliário; exigências
ambientais, níveis de desempenho; instalações especiais (elétricas, mecânicas, hidráulicas
e sanitárias).
Já a NBR-6492 vem através de uma documentação preliminar do projeto caracterizar o
empreendimento ou o projeto objeto de estudo, através de um levantamento das
informações necessárias. Nessa norma se inclui a relação dos setores que o compõem,
suas ligações, necessidades de área, características gerais e requisitos especiais, posturas
municipais, códigos e normas pertinentes
De forma geral, as estruturas apresentadas orientam a realização do programa, partindo
de uma análise do contexto – especialmente quais as condições onde o edifício será
construído – e concluindo com um conjunto de diretrizes que o projeto deverá analisar.
O resultado do programa será diferente em cada um dos procedimentos e para cada
programador - projetista. E através da inclusão de Princípios o projetista deverá
considerar a descrição minuciosa de espaços, áreas, atividades e até mesmo mobiliários
que o edifício vai abrigar. Se torna difícil conseguir obter tudo o que se quer com o tempo
e o dinheiro disponíveis. As leis e as normas atualmente em vigor também limitam o
número de possibilidades. Tudo isso torna necessário estabelecer prioridades e escolher
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opções. E todo esse registro de necessidades, desejos e condições limitantes como parte
do processo de construção é conhecido como programa de necessidades.
5. Do Programa ao Projeto.
O processo de construção do edifício é composto por três fases distintas: o programa, o
projeto e a execução. E a qualidade do produto final depende do rigor e da exigência
observada em cada uma dessas fases.
O programa arquitetônico é a fase que antecede o projeto. O seu propósito é descrever as
condições onde o projeto vai operar. Ao cumprir seu objetivo, o programa estabelece o
problema ao qual a edificação projetada deverá responder. O desenvolvimento do
programa é uma atividade analítica, um procedimento que busca os elementos essenciais
da situação que envolve o edifício. Se divide em partes, procurando os elementos
principais, esta divisão analítica pode ser chamada de estrutura do problema de projeto.
No processo de criação do projeto é importante levantar em primeiro lugar as
necessidades do cliente e formular a partir destes os pré-requisitos funcionais do produto.
Na arquitetura, o processo de projeto também inicia-se com o levantamento das
características e exigências do cliente e do contexto, sugerindo levantar, compreender e
organizar as informações necessárias para o desenvolvimento do projeto.
O dicionário Houaiss define o projeto como um plano geral para a construção de qualquer
obra, como plantas, cálculos descrições, orçamento etc. Já o dicionário Van Dale de
holandês define como algo a imaginar e incorporar através de um esboço, desenho. A
descrição das principais características de alguma coisa. Um plano, algo imaginado em
vez de executado.
Projetar é imaginar e representar geometria, materiais e técnicas de manufatura para um
produto novo. Sendo muito mais que um desenho. É um processo mental guiado a
objetivos em que os problemas são analisados, metas são estabelecidas e restabelecidas,
soluções são desenvolvidas e propostas e propriedades das soluções, avaliadas.
Segundo MOREIRA, D; KOWALTOWSKI, D (2008) o rigor no processo de execução
do projeto se faz necessário para uma melhor qualidade no espaço construído. Neste
sentido, o programa arquitetônico vem contribuir para que o projetista considere a
complexidade envolvida na construção de espaços urbanos e de edifícios.
Os profissionais se dedicam através do uso do programa na preparação de um material,
criam um corpo de conhecimento apropriado para direcionar e alimentar um projeto,
nesse processo surgem avaliações (SANOFF, 1992). Contudo, o ciclo do processo de
construção pressupõe que sejam analisadas e estruturadas as necessidades do cliente antes
que a etapa de projeto tenha início.
A execução da edificação precisa ser adequada às atividades para as quais foi prevista.
Os usuários precisam ser capazes de agir com eficiência, conforto, salubridade e
segurança. Devem conseguir chegar à edificação e entrar com facilidade e mover-se
dentro dela com conforto. Garantindo também suas necessidades psicológicas, como
privacidade, contato social, liberdade de escolha e autonomia. Por fim, a edificação
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também tem de permitir ajustes para adequar-se a mudanças das circunstâncias, novas
atividades e usuários (VOORDT, W, 2004). Tendo isso como base, o conceito de
qualidade funcional pode ser dividido em alguns aspectos:
a) Facilidade de acesso viário e estacionamento
b) Acessibilidade
c) Eficiência
d) Flexibilidade
e) Segurança
f) Orientação espacial
g) Privacidade, territorialidade e contato social
h) Saúde e bem-estar físico
i) Sustentabilidade
De acordo com VAN DER VOORDT; VAN WEGEN (2005) cabe ao projetista organizar
o conhecimento pertinente ao problema a ser resolvido, o programa arquitetônico depende
da participação do cliente e do usuário para conduzir o processo. Através da diversidade
de opiniões e percepções explanados pelos clientes e futuros usuários amplia-se a base de
conhecimento disposta no programa. Esse processo exige do projetista uma
documentação profunda e uma comunicação clara buscando assim um entendimento dos
diversos atores do processo. Os questionários, as entrevistas individuais e em grupo, as
observações in loco, a documentação relativa a estudos e pesquisas pertinentes ao projeto,
os workshops, as jornadas de pesquisa e as ferramentas de realidade virtual, são métodos
participativos anteriores ao desenvolvimento do projeto citados.
MOREIRA, D e KOWALTOWSKI, D (2008) citam também a importância na
organização de visitas a edifícios, para a documentação de opiniões e satisfações, tendo
as avaliações pós ocupação (APO) um papel fundamental nesse processo. Portanto, as
avaliações pós-ocupação de edificações contribuem com as metodologias de
levantamento de dados no programa arquitetônico, uma vez que colaboram com as fases
de análise e correção das falhas de edificações existentes, gerando fontes de informação
para determinar as condicionantes de novos projetos. KERNAHAN ET AL, (1992)
comenta que “no mundo da arquitetura, a avaliação refere-se principalmente à
determinação do valor do ambiente construído ou de parte dele (avaliação do produto),
ou do processo de projeto, construção e gerenciamento (avaliação do processo).”
A avaliação pelo próprio usuário de uma edificação é considerada importante no
levantamento da complexidade do uso e da satisfação do ambiente construído. O
desempenho nas construções e a satisfação do cliente/usuário é também visualizado pelo
programa de necessidades em seu decorrer, no processo de execução da obra, ou mesmo
entrega do projeto arquitetônico, através do serviço de atendimento ao cliente (SAC). A
avaliação permite aprender lições que podem levar ao aprimoramento do projeto
executado, melhorando assim a qualidade do programa de necessidades, do projeto, da
construção e do gerenciamento do ambiente construído.
A importância do programa de necessidade (briefing) antes do desenvolvimento do projeto
arquitetônico
Julho/2019
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 10, Edição nº 17 Vol. 01 Julho/2019
O processo de execução, entrega e uso da obra, dar início ao processo da APO, que tem
por objetivo, além do atendimento ao cliente, o retorno das informações para projetos
futuros. Momento da incorporação destes dados posteriormente acaba suscitando a
análise de problemas, causas, desejos e expectativas não respondidas. Considerar que
ambientes construídos sejam submetidos não só às avaliações comportamentais, mas
também a avaliações físicas. As razões do uso da APO podem ser:
“(...) ideológicas e econômicas, como, por exemplo, promoção da saúde e do
bem-estar ou a redução do volume de imóveis vagos num mercado em
expansão. Além dessas metas práticas, também pode haver metas científicas,
como contribuir para a formação de novas teorias ou desenvolver novas
ferramentas, e metas secundárias derivadas dessas metas principais”.
(VOORDT, W, 2004).
A partir da análise dos dados coletados, as pesquisas de APO podem gerar preceitos para
a melhoria do ambiente já edificado, parâmetros essenciais para o desenvolvimento do
programa arquitetônico e, consequentemente, do projeto. É percebida a existência de
problemas que podem ser evitados, diagnosticados nas APO e antecipados para os novos
projetos através do programa.
6. Conclusão
O artigo tratou do programa de necessidades documento importante que tem como
objetivo atender as exigências e necessidades dos clientes, futuros usuários da obra. Em
suma, esclarece por exemplo: função, dimensionamento, padrões de qualidade e outros.
Há necessidade da elaboração desse programa para proceder o início do projeto, porem
podendo, ser complementado ao longo de seu desenvolvimento.
Para o profissional da área, o projetista, desenvolver o programa se torna referência
durante todo o projeto; assim pode-se ser completado ou redefinido durante todo o
processo, se baseando e sem ignorar as normas. Ainda que o arquiteto veja as
necessidades do programa de forma diferenciada, a conclusão do mesmo só se torna
verídica porque se teve condições previamente analisadas.
O interesse nesse estudo parte da necessidade de colaboração com o cliente uma vez que
o objetivo do programa é o atendimento do mesmo. O programa ajuda a direcionar o
raciocínio do projetista que vai desenvolve-lo de acordo com problemas que podem surgir
mediante a execução. É importante, portanto, que as problemáticas (vista no programa de
necessidade) estejam óbvias e sejam coerentes para melhor resolução.
Ao finalizar a atividade, fica evidente que o programa de necessidade é de suma
importância para projeções arquitetônicas, porém, não pode-se encarar como algo
imutável uma vez que imprevistos e/ou necessidades podem surgir e como consequência
acarretará na manipulação do programa arquitetônica.
Referências
A importância do programa de necessidade (briefing) antes do desenvolvimento do projeto
arquitetônico
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