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Anestesia Local ou regionalDefinição: é a perda da sensibilidade em uma
área circunscrita do corpo, devido à depressão da excitabilidade das terminações nervosas ou à inibição do processo de condução nos tecidos nervosos, sem perda da consciência.
Meios produtores de anestesia local: trauma mecânico, baixa temperatura , anóxia e uma variedade de agentes químicos
Na prática clínica: substâncias que levam a um estado de insensibilidade transitória e completamente reversível.
Anestesia Local ou RegionalAnestésicos locais:São medicamentos que bloqueiam a
condução nervosa quando aplicados localmente, em tecido nervoso, na concentração apropriada. Podem causar tanto paralisia motora como sensitiva da área inervada e apresentam ação totalmente reversível, isto é, há recuperação completa da função motora após o emprego , sem que se evidencie qualquer dano estrutural às células ou às fibras nervosas.
Anestesia LocalRazões de se utilizar:1) Simplicidade;2) A maioria dos efeitos colaterais indesejáveis
da anestesia geral são evitados;3) Os métodos são ideais para os pacientes de
ambulatórios, para as cirurgias superficiais e de curta duração, e em situações de ingestão recente de alimentos, com risco de regurgitação e aspiração durante a anestesia geral.
Anestesia LocalRazões da não utilização1) A não aceitação do paciente; o paciente prefere
não estar consciente durante a cirurgia;2) A impraticabilidade de anestesiar certas áreas
do corpo. Ex.: o número de injeção, a quantidade de anestésicos e o tempo necessário ao estabelecimento de uma anestesia numa mastectomia radical são proibitivos ;
3) Insuficiência do tempo de anestesia;4) A absorção rápida do anestésico local pela
corrente sanguínea, causando reações colaterais indesejáveis.
Constituição dos anestésicos locais1.Radical aromático. Porção lipofílica da molécula, responsável por sua penetração no nervo. Importância clínica na capacidade de provocar reações alérgicas.2. Cadeia intermediária. Elemento estrutural, relacionada com a potência e toxicidade do anestésico local.3. Grupo amina. Porção ionizável, hidrofílica da molécula, determina a velocidade de ação do anestésico local. Pode ser secundária ou terciária.
Anestésico Local
Categorias químicas dos anestésicos de acordo com a utilidade clínica:(a)Agentes com uma ligação éster:
(b) Agentes com uma ligação amida:
Anestesia LocalDrogas de Utilidade Clínica(a) Agentes com
uma ligação éster entre o terminal aromático da molécula e a cadeia intermediária(cocaína, procaína, tetracaína e cloroprocaína);
Anestesia LocalDroga de Utilidade Clínica
Configuração química
(b) Agentes com uma ligação amida entre o terminal aromático e a cadeia intermediária (lidocaína, etidocaína, bupivacaína, prilocaína, mepivacaína, ropivacaína).
Anestesia LocalMecanismo de açãoBloqueio à condução feito por meio de
interferência no processo de origem do potencial de ação, havendo um aumento transitório da permeabilidade por íons sódio.
Bloqueio parece ser conseqüência de uma competição do anestésico com o cálcio no mesmo receptor que controla a permeabilidade da membrana, sendo a solução anestésica absorvida pela camada lipídica do nervo, impedindo a despolarização das fibras.
Anestésico Local
Absorção depende: Local de injeção (quanto maior a
vascularização local, maior o nível plasmático obtido);
Tipo da droga utilizada;Da associação ou não com vasoconstrictor;Propriedades
farmacológicas(lipossolubilidade e ação vasodilatadora).
Anestesia Local
Distribuição do medicamentoAtravés de ligação com proteínas
plasmáticas:Alfa-globulinasAlbuminas
Anestésico LocalMetabolismo dos anestésicos
Anestésicos locais do grupo amino-amida sofrem metabolismo hepático, têm meia-vida maior. Menos de 5% são excretados na urina de forma inalterada.
Anestésicos locais do tipo amino-ésteres têm meia-vida mais curta porque são depurados no plasma pelas colinesterases. Menos de 2% são eliminados na urina de forma inalterada.
Anestésico Local
Fatores que alteram a duraçãoDose da droga;Adição de substâncias vasoconstrictoras:Podem controlar o sangramento em uma
ferida;Podem aumentar a freqüência de bloqueios
nervosos bem-sucedidos e prolongar o tempo de ação dos agentes anestésicos. Adrenalina, concentração de 1:200.000.
Anestésico LocalAção dos anestésicos na seguinte ordem:Bloqueio da sensação dolorosa;Bloqueio da sensação térmica;Bloqueio da sensibilidade tátil;Bloqueio da pressão profunda.
Anestésico LocalEfeitos tóxicos: local e sistêmico
Efeitos locais adversos:Manifestações neuro-musculares, anestesia
prolongada e parestesias(às vezes, irreversível).
Efeitos de toxicidade sistêmica: SNC, cardiovascular e imunológico.
Anestésico LocalEfeito tóxico no SNCSensação de “vazio”;Tonteiras,alterações visuais e auditivas;Desorientação, excitação seguida de
depressão do SNC;Contratura muscular, convulsões, perda da
consciência e coma.
Anestésico LocalEfeito Cardiovascular e ImunológicoDepressão direta do miocárdio, vasodilatação
e bradicardia, podendo chegar a colapso cardiovascular;
Sintomas: Dispnéia, dor torácica,palpitações;Diaforese, síncope. Efeito no sistema imunológico:Reações alérgicas
Tratamento de reações de toxicidade aos anestésicos locais Prevenção de hipóxia cerebral com
oxigenioterapia;Combate à convulsão com dose de
barbitúrico de ação rápida ou diazepínico(Tiopental 25mg ou Diazepan 10mg EV);
Complicações neurológicas: evitar o uso de fenitoína para não potenciar a toxicidade do anestésico local.
Tratamento de toxicidade aos anestésicos locaisControle da hipotensão e da bradicardia:
administração de líquidos e aminas vasopressoras.
Reações alérgicas leves: tratar com anti-histamínicos
Reações alérgicas mais sérias: uso de adrenalina 1:1.000, na quantidade de 0,3ml por via subcutânea em adultos.
Reações tóxicas aos anestésicos locais potenciadas nos casos:Pacientes com comprometimento renal ou
hepático;Gravidez, pacientes idosos ou crianças
pequenas;Quadros de hipóxia, acidose respiratória e
doenças cardíacas preexistentes(notadamente bloqueios no sistema de condução intracardíaco).
Contra-indicação de vasoconstrictor à solução anestésica local:(a) Presença de hipertensão ou doença
cardíaca;(b)Pacientes excessivamente nervosos;(c)Em cirurgias realizadas em locais onde
existem arteríolas terminais, dedos das mãos e dos pés (particularmente na doença vascular periférica), ponta do nariz e no pênis;
(d) Em obstetrícia;(e) Em combinação com anestesia geral.
Tipos de anestesia localDependendo da intervenção proposta e do
local:A.Anestesia tópicaB.Anestesia por infiltraçãoC.Bloqueio de campoD.Anestesia de condução ou regionalE.Anestesia regional endovenosa
Anestesia Local Extensão da área anestesiada depende:Do local onde se aplica a solução anestésica;Do volume administrado;Da concentração da solução anestésica;Da difusibilidade do agente.
Anestesia LocalAnestesia TópicaÉ aquela com a qual se obtém a eliminação
da dor por contato direto do agente anestésico sobre a pele, as mucosas ou cavidades, com a utilização de gotejamento, nebulização, deposição ou instilação da droga. Ex. Emulsão óleo/água de lidocaína e prilocaína na proporção de 1:1 (EMLA®), proporciona anestesia da pele integra.
Anestesia Local por infiltraçãoÉ o método de anestesia mais comumente
utilizado. O tecido a ser operado é infiltrado com líquido anestésico, que atua diretamente sobre as terminações nervosas.
Anestesia Local por infiltraçãoManeiras de obter a redução da dor
associadas à infiltração do anestésico local: adicionar bicarbonato de sódio à solução anestésica; usar soluções aquecidas do anestésico; uso de agulhas menores e mais finas; infiltração em velocidade mais lenta; injetar o agente anestésico nas bordas da ferida, quando esta não apresenta contaminação; tratar a ferida com anestesia tópica antes da infiltração.
Anestesia LocalTécnica de Anestesia Local por Infiltração
Limpeza da pele;Antissepsia;Isolamento da região por campos;Identificação dos campos de reparo;Demarcação da incisão;Punção;Infiltração
Anestesia Local Técnica de Anestesia Local por InfiltraçãoPunção:Punção inicial com seringa carregada de
anestésico tendo uma agulha de fino calibre (n. 5 ou 6), descartável, tornando menos dolorosa a picada inicial;
A agulha penetra na pele em direção perpendicular até o hipoderma, onde se faz infiltração local, um pequeno nódulo.
Anestesia LocalTécnica de Anestesia Local tipo Infiltração
Anestesia localTécnica de anestesia local por Infiltração
Primeira infiltração deve ser feita para o lado por onde penetram os nervos na região operatória;
A injeção do anestésico pode ser feita durante a introdução ou a retirada gradativa da agulha
Anestesia Local
Técnica da anestesia local por infiltração
Anestesia LocalTécnica de anestesia Local por InfiltraçãoEm região operatória extensa infiltrações são
necessárias por diversas formas:Lineares – imbricadas – em leque – radiadas –
cônicas – angulares.Quando existe solução de continuidade na
pele, a penetração da agulha é feita diretamente no hipoderma ou em planos mais profundos
Anestesia LocalTécnica de Anestesia Local por Infiltração
Anestesia LocalTécnica de Anestesia Local por Infiltração
Anestesia local tipo bloqueio de campoA injeção do anestésico é aplicada ao redor
do tecido a ser operado. É empregado para exérese de tumores da pele e do tecido subcutâneo, drenagem de coleções liquidas, remoção de corpos estranhos, tratamento de feridas traumáticas, desbridamento de feridas infectadas etc.
Anestesia de condução ou regionalÉ obtida pela injeção do agente anestésico
junto aos troncos nervosos, a distância do local a ser operado, acometendo ou não a capacidade motora. Pode ser:
1.Troncular: bloqueia troncos nervosos2.Peridural e caudal: bloqueia as raízes
nervosas no espaço extradural;3.Raquianestesia: bloqueia no espaço subdural.
Anestesia regional endovenosa-BierA anestesia é introduzida em uma veia do membro
escapular ou pélvico na dose de 2-3mg/kg de peso, enquanto a circulação deste é interrompida por meio de manguito. Efetua-se a injeção intravenosa numa veia do antebraço. Deve-se aplicar o torniquete acima do cotovelo. Duração média de analgesia é de 90 min. Permite as reparações cirúrgicas de mãos e punho, quando o ato cirúrgico durar aproximadamente uma hora. Esta técnica não é apropriada a pacientes com enfermidades cardiocirculatórias, especialmente aqueles com apreciáveis lesões anatômicas.
Anestesia regional endovenosa - Bier
Técnicas anestésicas especiaisBloqueio auricularPara intervenção no pavilhão auricular, faz-se
a anti-sepsia de toda a região retroauricular próximo ao sulco auricular posterior. Uma agulha hipodérmica (tipo insulina), fazem-se botões anestésicos com 0,5-1,0ml de lidocaína a 1% em toda a extensão do sulco, com intervalos de 1,5-2,0 cm entre os botões anestésicos. Cerca de 3min., após infiltração, estará anestesiado por cerca de 1hora.
Técnicas anestésicas especiaisBloqueio auricular
Anestesia em lesões de couro cabeludoClassificação de lesões de couro cabeludo:(a)Lesões cujo tratamento cirúrgico consiste na
sutura;(b)Lesões cujo tratamento cirúrgico consiste
em incisão e drenagem;(c)Lesões cujo tratamento cirúrgico exige o
desbridamento como início do procedimento ou escalpes muito extensos.
Anestesia em lesões de couro cabeludoA anestesia de escolha será a infiltração ou o
bloqueio de campo (dependendo do tipo e da extensão da lesão);
Agulha deve ser de calibre 25x7 e estar posicionada sobre a gálea, no tecido celular subcutâneo, local onde se encontram a inervação e a irrigação do couro cabeludo e onde o anestésico pode ser injetado com menor resistência. Recomenda-se a 1,0%.
Anestesias em lesões de couro cabeludo
Bloqueio dos nervos intercostaisPalpa-se a borda inferior da costela e, após a
realização de um botão anestésico, introduz-se uma agulha até que ocorra o contato com a mesma. Neste ponto injeta-se solução anestésica de bupivacaína a 0,5% com vasoconstrictor (2 a 5ml de solução). Infiltram-se tantos espaços intercostais quantos forem necessários para bloquear a área a ser tratada.
Bloqueio do plexo braquialDuas vias:supraclavicular e a axilarVia supraclavicular é utilizada em cirurgias
em todo o membro superior, como drenagens de coleções purulentas ao longo do membro, reduções de fraturas e reparação de lesões extensas ao longo do braço. Injetar cerca de 10ml de bupivacaína a 0,5% ou 1,0%, com vasoconstrictor, na região supraclavicular, onde a artéria e veia subclávia, juntamente com o plexo braquial cruzam a primeira costela sob a clavícula.
Bloqueio do Plexo Braquial-Técnica Supraclavicular
Paciente em decúbito dorsal com hiperextensão cervical e rotação do pescoço para o lado oposto;
Punção com agulha de 5cm, após realização de um botão anestésico acima da metade da clavícula;
Introdução da agulha em ângulo de 80° com a pele, de fora para dentro e de cima para baixo, até atingir a primeira costela,desliza-se ao longo do eixo até o paciente acusar parestesia, sintoma fundamental do método.
Bloqueio do Plexo Braquial-Técnica SupraclavicularDose recomendada:10 a 20ml de lidocaína (xilocaína) a 2% ou;10 a 20ml bupivacaína (marcaína) a 0,5%
podendo ser associada a epinefrina.Duração aproximada de duas horas para a
xilocaína e de três horas para a marcaína.Complicações: lesão da a.subclávia com
formação de hematoma; lesão direta do nervo com risco reduzido; e pneumotórax.
Bloqueio do Plexo Braquial-Técnica Supraclavicular
Bloqueio do Plexo Braquial-Técnica Supraclavicular
Bloqueio do Plexo Braquial- Técnica Axilar Não produz anestesia total do membro, mas não é
susceptível de pneumotórax. Decúbito dorsal com o braço estendido
lateralmente, formando ângulo de 90° com o eixo do corpo;
Introduz-se agulha curta (4-5cm) dirigida pouco acima da a. axilar, previamente palpada;
Após prévia aspiração e calculo da dose de anestésico, injeta-se a droga;
Aplica-se manguito de pressão logo abaixo da axila para evitar que anestésico se difunda distalmente.
Anestesia LocalBloqueio do Plexo Braquial- Técnica AxilarDoses empregadas:Adultos com mais de 80kg: 25 a 30ml de
lidocaína a 2,0% com adrenalina 1:200.000 ou 20ml de bupivacaína a 0,5%;
Mulheres e adolescentes com 50 a 70kg: 20 a 25ml de lidocaína a 2% com adrenalina 1:200.000 ou bupivacaína a 0,5% 15ml; com 40 a 60kg: 15 a 20ml de lidocaína a 2,0% com adrenalina ou bupivacaína a 0,5% 10 a 15ml.
Bloqueio do Plexo Braquial-Técnica Axilar
Bloqueio dos nervos periféricos do membro superiorClassificação didática das lesões dos MM. Superiores
Lesões da mão (digitais, palmares e dorsais);Lesões do antebraço;Lesões do braço.
Bloqueio dos nervos periféricos do membro superior
Lesões digitaisRecebem tratamento cirúrgico em nível
ambulatorial devem ser anestesiadas a distância, bloqueio troncular na base da falange proximal, permite suturas, drenagens, desbridamento e exéreses ungueais.
Anestesia Local
Lesões palmaresAnestesia por infiltração local;Bloqueio de campo (menos indicado);Bloqueio a distância, isto é, no nível do
punho;Nos casos de abscesso, drenagens e
desbridamentos, evitar bloqueio de campo, utilizar anestesia por infiltração local e bloqueio no nível do punho.
Anestesia Local
Lesões do dorso da mãoEscassez de tecido subcutâneo, infiltração
local presta-se muito bem ao tratamento cirúrgico.
Em abscessos, drenagens e desbridamentos utiliza-se anestesia por infiltração ou bloqueio a distância, no nível do punho.
As lesões, mesmo quando pequenas, podem acometer estruturas nobres – tendões, p.ex- e requerem exploração cirúrgica.
Anestesia Local
Lesões da mãoLidocaína a 1% sem adrenalina
(vasoconstrictor) para infiltrações locais;Possibilidade de uso de vasoconstrictor para
bloqueio no nível do punho
Anestesia Local
Técnica de bloqueio troncular dos dedosAplicar 2-4ml de lidocaína a 1% sem
vasoconstrictor, com agulha calibre 23 de qualquer dos lados da cabeça do metacarpo e/ou lateral e medialmente à base da sua falange proximal, até sentir-se a maior resistência do tecido conectivo palmar;
Mão em posição dorsopalmar, evitar a infiltração através da face palmar;
Injeta-se 0,5 – 1,0ml do anestésico, para bloqueio, primeiro do r. nervoso palmar do dedo e depois o r. nervoso palmar dorsal.
Anestesia Local
Técnica de bloqueio troncular dos dedos
Anestesia Local
Técnica do bloqueio troncular dos dedos
Anestesia Local
Técnica de bloqueio no nível do punhoConsegue-se
anestesia parcial ou total da mão, bloqueando-se, individual ou conjuntamente, os nervos radial, mediano e ulnar.
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do radial Inicialmente palpa-se a artéria radial no ponto mais próximo ao punho. Infiltra-se lateralmente a artéria com 1 ou 2ml de anstésico local. É necessário complementar este bloqueio através da infiltração de 1 ou 2ml de anestésico no subcutâneo da região dorsorradial do punho , a fim de anestesiar os ramos superficiais do nervo radial.
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do nervo radial
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do nervo radial
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do medianoIntroduz-se a agulha entre os tendões do
flexor radial do carpo e palmar longo, logo atrás das pregas articulares do punho, na borda medial do flexor do carpo. O nervo mediano acha-se no plano do tendão do flexor superficial comum dos dedos e tendão flexor próprio do polegar. Com agulha nesta posição, procura-se encontrar parestesia e injetam-se 3- 5ml do anestésico.
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do nervo mediano
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do nervo mediano
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do nervo ulnarPalpa-se a artéria ulnar e o tendão dos
flexores ulnares do carpoPunciona-se entre estas duas estruturas, com
agulha de bisel curto, aprofundando até o processo estilóide da ulna
Injetam-se 2 a 4ml de anestésico local. Complementar com bloqueio dos ramos ulnares através da infiltração de anestésico no subcutâneo.
Anestesia LocalTécnica de bloqueio do nervo ulnar
Anestesia Local
Técnica de bloqueio do nervo ulnar
Anestesia Local
Bloqueio dos nervos radial, mediano e ulnar no punho e digital
Anestesia Local
Técnica de bloqueio no nível do cotoveloTipo de anestesia
empregado para tratamento de lesões localizadas na mão ou no antebraço, através do bloqueio seletivo ou em conjunto dos nervos mediano, radial e ulnar.
Anestesia LocalBloqueio do nervo mediano no nível do cotoveloPalpa-se a artéria braquial na face flexora do
cotovelo, introduz-se a agulha, medialmente a ela, em seu mesmo plano anatômico;
Produz-se parestesia, introduzindo-se a agulha no conjunto (feixe) neurovascular, injetam-se 5ml de lidocaína;
É freqüentemente necessária a realização de várias punções para que seja conseguido o bloqueio.
Anestesia Local
Bloqueio do nervo mediano no nível do cotovelo
Anestesia Local
Bloqueio do nervo radial no cotoveloAgulha deve ser introduzida até fazer contato
ósseo no epicôndilo lateral do úmero, na altura da articulação do cotovelo, entre o supinador longo e o tendão do bíceps;
Injetam-se 5ml de lidocaína, que são mantidos infiltrando-se retrogradamente até o subcutâneo;
São freqüentemente necessárias várias punções, todas com contato ósseo, para que se consiga bloqueio.
Anestesia Local
Bloqueio do nervo radial no cotovelo
Anestesia Local
Bloqueio do nervo ulnar no cotoveloCotovelo ligeiramente fletido. O nervo ulnar
repousa no sulco formado pelo olecrano e pelo côndilo medial do úmero, a menos de 1 cm abaixo do plano da pele.
Técnica: infiltração do sulco com 3 a 4ml de anestésico local utilizando agulha de bisel curto. Deve-se evitar o uso de grande volume de anestésico local.
Anestesia Local
Bloqueio do nervo ulnar no nivel do cotovelo
Anestesia LocalDisposição dos nervos ulnar e mediano no membro escapular e suas regiões para bloqueio.
Anestesia LocalBloqueio do pênis
Infiltração dorsal “em botão” junto à sínfise púbica, na linha mediana, e infiltração circular, no mesmo nível, até a junção do pênis com o escroto, utilizando-se 5-8ml de lidocaína sem vasoconstrictor;
Infiltração do tecido subcutâneo da junção escrotal com 15ml de anestésico;
Bloqueio com 0,5-1,0ml da droga no nível do freio balanoprepucial.
Anestesia LocalBloqueio perinealNervo pudendo é responsável pela inervação
desta região;Paciente em decúbito dorsal, na posição
ginecológica;Antissepsia de todo o períneo, da região
perianal e da raiz da coxa;Palpação da tuberosidade isquiática, botão
anestésico cutâneo, introdução de uma agulha longa (10cm), medialmente à tuberosidade isquiática e perpendicular à pele;
Anestesia LocalBloqueio perinealInjetam-se, 10ml de lidocaína à 1%, ao redor do
lado anterior e por debaixo da tuberosidade, guiando-se, em seguida, para o lado interno, infiltra-se mais 10ml da droga;
Completa-se o bloqueio da região perineal infiltrando-se a área a 1,0 cm por fora e paralelamente aos grandes lábios, desde a parte média até o monte pubiano;
Nesta última manobra, anestesiam-se os nervos íleo-hipogástrico, íleo-inguinal e genitocrural, inervam a pele sobre o monte pubiano e os lábios vaginais.
Anestesia LocalBloqueio perineal
Anestesia LocalBloqueio dos nervos periféricos do membro inferiorLesões dos pés apresentam maior tendência
para complicações infecciosas;Abordagem cirúrgica adequada depende de
uma anestesia que proporcione conforto ao paciente;
Evitar, quando possível, anestesia por infiltração local no pé, principalmente na região plantar por ser extremamente dolorosa;
Lesões digitais pequenas podem receber uma anestesia por bloqueio troncular.
Anestesia LocalBloqueio no nível do tornozeloBloqueio completo, devem atingir os
seguintes nervos:(a)Anteriormente (região dorsal):nervo fibular
superficial, nervo tibial anterior e nervo safeno interno;
(b)Posteriormente(região plantar): nervo tibial posterior e nervo safeno externo
Anestesia LocalBloqueio no nível do tornozelo
Zonas de anestesia dos pés por bloqueio dos nervos no nível do tornozelo
Anestesia LocalPrática de bloqueio no tornozeloDeve ser usada agulha 25x7 e lidocaína a 1%
com vasoconstrictor;Bloqueio dos nervos anteriores é feito com o
paciente em decúbito dorsal e com leve extensão do pé;
Bloqueio dos nervos posteriores é feito com o paciente em decúbito ventral e com o pé em flexão de 90°.
Anestesia LocalBloqueio do nervo safeno internoInfiltração de 5 – 10ml
de anestésico no tecido subcutâneo, próximo à veia safena magna, superiormente, ao maléolo interno.Não é necessário parestesia para que se possa proceder à infiltração.
Inervação da parte medial do tornozelo e pé.
Anestesia LocalBloqueio do nervo tibial anteriorAnestésico (5-10ml)
infiltrado entre o tendão do músculo tibial anterior e do extensor do hálux, na porção inferior da face anterior da perna. A agulha deve fazer contato com a superfície óssea da tíbia, injeção feita retrogradamente até o tecido subcutâneo.
Anestesia LocalBloqueio do nervo fibular superficialInfiltração de 5-10ml,
“em leque”, no tecido subcutâneo, até 2 a 4cm do maléolo lateral, a partir da borda lateral do tendão extensor longo dos dedos até o tendão do músculo fibular longo.Inerva a face dorsal do pé, exceto o 5º dedo.
Anestesia LocalBloqueio do nervo tibial posteriorInfiltração de de 10-
12ml de anestésico, retrogradamente, a partir da superfície óssea posterior da tíbia, lateralmente à artéria tibial posterior e medialmente ao tendão de Aquiles. Responsável pela área sensitiva da planta do pé.
Anestesia LocalBloqueio do nervo safeno externoInjetam-se 5-10ml de
anestésico no tecido subcutâneo, a partir da borda lateral do tendão de Aquiles, até o maléolo lateral, tomando-se cuidado para não puncionar a veia safena parva, que acompanha o nervo desde o terço médio da perna.
Anestesia LocalBloqueio no nível do joelhoO único bloqueio que surte resultado neste
nível é o do nervo safeno interno, que se torna subcutâneo na face interna do joelho e acompanha a veia safena interna até o tornozelo. Para bloqueá-lo, faz-se infiltração subcutânea em torno da veia, logo abaixo da face interna do joelho.
RaquianestesiaInjeção de pequenos volumes de solução
anestésica local no espaço subaracnóide, em nível da coluna lombar.
Anatomia e aplicação:
- Técnica estéril- Infiltração local da pele e tecidos subcutâneos- Introduz agulha espinhal pequena (calibre 18 a
27), entre dois processos espinhosos adjacentes.
RaquianestesiaA agulha atravessa as seguintes estruturas:- Ligamento supra-espinhoso- Ligamento amarelo- Dura-máter- Aracnóide- O LCR é aspirado e é injetado solução
anestésica local
RaquianestesiaDeterminantes do nível de analgesia:Dose total injetada(uma dose maior leva a
disseminação a um nível mais alto)O volume(maior volume leva a disseminação
a um nível mais alto)Baricidade(densidade da solução em
comparação ao LCR)A posição do paciente imediatamente após a
injeção
RaquianestesiaO início e a duraçãoDependem basicamente do anestésico local
específico usado;Da dose injetadaPode-se adicionar epinefrina à solução para
aumentar a duração da analgesiaVaria de 30 minutos(lidocaína) até seis
horas(tetracaína com epinefrina).
RaquianestesiaComplicações(1)Hipotensão devido a vasodilatação e
bradicardia simpaticoliticamente induzidas(2)Bloqueio espinhal alto podem ocasionar
hipotensão, dispnéia(perda da propriocepção torácica ou da função dos músculos intercostais) ou apnéia(diminuição da perfusão medular espinhal secundariamente a hipotensão)
(3)Cefaléias(4)Infecção do SNC(meningites, abscessos
epidurais ou aracnoidites)
RaquianestesiaContra-indicações:Contra-indicações absolutas: infecção no
local planejado de punção, aumento da pressão intracraniana, septicemia generalizada, coagulopatias e falta do consentimento do paciente.
Contra-indicações relativas: hipovolemia, doenças preexistentes do SNC, dores crônicas na região lombar inferior, disfunções plaquetárias e estenose aórtica
Anestesia epiduralA introdução de uma agulha epidural é
semelhante àquela de uma agulha espinhal, exceto pelo fato que a agulha epidural não atravessa a dura-máter. Não há saída de LCR. A ponta da agulha epidural fica situada no espaço epidural, entre o ligamento amarelo, posteriormente, e dura-máter, anteriormente. Pode-se aplicar o método de aplicação individual ou técnica de cateter contínuo.
Anestesia epiduralDeterminantes do nível de analgesia
Difunde-se através da dura-máter e até as raizes nervosas espinhais ocasionando uma distribuição dermatômica bilateral da analgesia. A disseminação do bloqueio das raízes nervosas é determinada principalmente pelo volume da injeção e, em menor grau, pela posição do paciente, sua idade e área de introdução.
Anestesia epiduralInício:- É mais lento, a solução anestésica local
tem de difundir-se por uma distância maior
- Rapidez de início do bloqueio simpático e da hipotensão também é menor
- Intervalo de aplicação depende do agente usado
Anestesia epiduralComplicações-Perfuração inadvertida da dura-máter
pode ocasionar cefaléias espinhais- Hematomas epidurais são raros e
ocorrem em casos de coexistência de uma coagulopatia.
Anestesia LocalAnestesia locorregional em criançasAnestesia local ou tópicaAnestesia local ou tópica associada à sedação
da criança (ou mesmo anestesia geral pura).Índice de complicações com a sedação para
tratamento de pequenas lesões é de 2,3%:Diminuição de oxigenação, reações paradoxais;Vômitos, apnéia necessitando ventilação por
máscara;Laringoespasmo, bradicardia e estridor laríngeo
Anestesia LocalAnestesia locorregional em criançasCrianças submetidas à sedação:As crianças têm um grau menor de sofrimento
durante o procedimento (tanto em termos de dor como emocional);
Trabalho de sutura pode ser feito mais rapidamente e muitas vezes com um cuidado maior;
As técnicas de anestesia envolvendo sedação devem ser sempre consideradas e explicadas aos pais e/ou responsáveis pelas crianças, procurando-se obter o consentimento informado para o procedimento.
Anestesia LocalPrincipais anestésicos locaisCocaína ( Erytroxylon coca – 4 a 10% ) –
derivado do Alcalóide natural, duração média de ação, 45 min., usada para anestesia em operações de cavidade nasal.
Procaína ( derivado do ácido paraminobenzóico – 0,5 a 5% ), duração média de ação, 30 a 60min., não é muito eficaz para anestesia de superficie.
Anestesia LocalPrincipais anestésicos locais:Tetracaína ( Ácido paraminobenzóico – 0,1 a
2% ), maior potência que a procaína, útil em todas as técnicas de anestesia local e regional. Início de ação lento com tempo prolongado de ação, duração 45 min. a 3 horas.
Anestesia LocalPrincipais anestésicos locais:Bupivacaína ( Amidas - 0,2 a 0,5% ): tem
longo período de latência e atua por longo tempo (até 8 h.) dependendo da técnica.
Etidocaína ( Amidas – 0,2 a 1% ): tem início de ação mais rápido que a bupivacaína e com potência e duração dos efeitos semelhantes (4 a 8h ).
Anestesia LocalPrincipais anestésicos locais:Lidocaína ( Amidas - 0,5 a 0,5% ): usada para
todas as técnicas de anestesia local e regional e também para tratamento de arritmia cardíaca. Duração: 15 min. a 2 h. Curto tempo de latência, grande poder de difusibilidade, baixa toxicidade e intensa ação tópica.
Anestesia Local
Principais anestésicos locais:Mepivacaína ( Amidas – 0,5 a 2% ): duração
30 minutos a 2 h 30 minutos, semelhante à anterior com início de ação mais rápido e duração um pouco maior.
Anestesia LocalMUITO OBRIGADO!
Anestesia LocalBibliografiaDripps RD, Eckenhoff JE, Vandam DL.
Anestesiologia. 5.ed.-Rio de Janeiro, RJ: Ed. Interamericana, 1980.
Pires MTB, Starling SV. ERAZO Manual de urgências em pronto-socorro.- 8.ed.- Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2006
Silva AL. – Cirurgia de Urgência.- Rio de Janeiro, RJ: MEDSI, 1985.
Doherty GM, Baumann DS, Cresswell LL, Goss JC, Lairmore TC.- Washington Manual de Cirurgia.- Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan S.A. 1999