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INFORMA Ano 2 - nº 16 Dezembro 2015 Socicana ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE GUARIBA - 15-02-51 Com o objevo de promover a sus- tentabilidade dos negócios do produtor, a Socicana vem organizando uma série de ações, que vão desde palestras gerenciais e técnicas, ao incremento dos serviços, passando pela assessoria na gestão dos custos de produção. Um dos exemplos relevantes é a ini - ciava +Cana, lançada em março deste ano, em parceira com Coplana e IAC (Ins- tuto Agronômico) e que deve se tornar um divisor de águas no modelo de produ- ção. A proposta é a mudança do plano para o sistema de mudas pré-brotadas, a parr da pesquisa desenvolvida pelo IAC- Centro de Cana de Ribeirão Preto. No dia 12 de novembro, oito meses depois de iniciado o projeto, as endades promoveram o 1º Dia de Campo +Cana, em Luiz Antônio - SP, na Fazenda Santa Maria, propriedade de Rogério Consoni, um dos produtores pioneiros no uso da nova tecnologia. O público, composto por produtores e técnicos, pôde conhe- cer todas as etapas da produção das mu- das, desde o desenvolvimento dos vivei - ros até o transplano mecanizado. O sistema de MPBs pode ser implan- tado até mesmo em pequenas proprie- dades, e o agricultor terá autonomia para produzir sua própria muda de cana com qualidade e sanidade, avidade da qual abriu mão há algumas décadas. Esta já está sendo considerada a gran- de mudança de paradigma do setor, visto que o modelo de plano convencional se- gue o mesmo conceito há mais de cinco séculos. Atualmente, são ulizadas entre 18 e 20 toneladas de cana em cada hec- tare. No caso das MPBs, são necessárias 2 toneladas por hectare, ou seja, de 16 a 18 toneladas que iriam para o plano, se transformam em matéria-prima na usina. FECHAMENTO AUTORIZADO PELA ECT Socicana se une a parceiros para mudar sistema de plantio de cana Iniciativa entre Socicana, Coplana e IAC pode tornar-se divisor de águas para a região e o país A parr das MPBs, os viveiros primá- rios ou matrizeiros, que são mudas livres de pragas e doenças, são estabelecidos na propriedade do agricultor e dão ori - gem a mudas sadias. Em termos de logís- ca (transporte das mudas até o campo) e aproveitamento do material produzido, a diferença é significava. Outra grande contribuição da tecno- logia é a redução do tempo para o agri - cultor adotar as novas variedades, o que demoraria anos no sistema convencional. Com as MPBs, ele recebe material gené- co de variedades adaptadas à região, de Produtor conhece as várias etapas da produção das MPBs e pode reconquistar autonomia no plano 9912323744/2013-DR/SPI Socicana Foto: RiCarvalho

Ano 2 - nº 16 Dezembro Socicana 2015...partir da pesquisa desenvolvida pelo IAC - Centro de Cana de Ribeirão Preto. No dia 12 de novembro, oito meses depois de iniciado o projeto,

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INFORMAAno 2 - nº 16

Dezembro2015

Socicana

ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE GUARIBA - 15-02-51

Com o objetivo de promover a sus-tentabilidade dos negócios do produtor, a Socicana vem organizando uma série de ações, que vão desde palestras gerenciais e técnicas, ao incremento dos serviços, passando pela assessoria na gestão dos custos de produção.

Um dos exemplos relevantes é a ini-ciativa +Cana, lançada em março deste ano, em parceira com Coplana e IAC (Ins-tituto Agronômico) e que deve se tornar um divisor de águas no modelo de produ-ção. A proposta é a mudança do plantio para o sistema de mudas pré-brotadas, a partir da pesquisa desenvolvida pelo IAC - Centro de Cana de Ribeirão Preto.

No dia 12 de novembro, oito meses depois de iniciado o projeto, as entidades promoveram o 1º Dia de Campo +Cana, em Luiz Antônio - SP, na Fazenda Santa Maria, propriedade de Rogério Consoni, um dos produtores pioneiros no uso da nova tecnologia. O público, composto por produtores e técnicos, pôde conhe-cer todas as etapas da produção das mu-das, desde o desenvolvimento dos vivei-ros até o transplantio mecanizado.

O sistema de MPBs pode ser implan-tado até mesmo em pequenas proprie-

dades, e o agricultor terá autonomia para produzir sua própria muda de cana com qualidade e sanidade, atividade da qual abriu mão há algumas décadas.

Esta já está sendo considerada a gran-de mudança de paradigma do setor, visto que o modelo de plantio convencional se-gue o mesmo conceito há mais de cinco séculos. Atualmente, são utilizadas entre 18 e 20 toneladas de cana em cada hec-tare. No caso das MPBs, são necessárias 2 toneladas por hectare, ou seja, de 16 a 18 toneladas que iriam para o plantio, se transformam em matéria-prima na usina.

FECHAMENTO AUTORIZADO PELA ECT

Socicana se une a parceiros para mudar sistema de plantio de cana Iniciativa entre Socicana, Coplana e IAC pode tornar-se divisor de águas para a região e o país

A partir das MPBs, os viveiros primá-rios ou matrizeiros, que são mudas livres de pragas e doenças, são estabelecidos na propriedade do agricultor e dão ori-gem a mudas sadias. Em termos de logís-tica (transporte das mudas até o campo) e aproveitamento do material produzido, a diferença é significativa.

Outra grande contribuição da tecno-logia é a redução do tempo para o agri-cultor adotar as novas variedades, o que demoraria anos no sistema convencional. Com as MPBs, ele recebe material gené-tico de variedades adaptadas à região, de

Produtor conhece as várias etapas da produção das MPBs e pode reconquistar autonomia no plantio

9912323744/2013-DR/SPI

Socicana

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INFORMA

2 Socicana

ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE GUARIBA - 15-02-51

EXPEDIENTESOCICANA - ASSOCIAÇÃO DOSFORNECEDORES DE CANA DE GUARIBAR. José Mazzi, 1450, Caixa Postal 6414840-000, Guariba - SP

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente Bruno Rangel Geraldo MartinsVice-Presidente Francisco A. de Laurentiis Filho1º Secretário Fernando Escaroupa Panobianco2º Secretário Luís Fernando Casari1º Tesoureiro José Antonio de Souza Rossato Junior2º Tesoureiro Paulo de Araújo Rodrigues1º Vogal Delson Luiz Palazzo2º Vogal Ismael Perina Junior3º Vogal Roberto Cestari4º Vogal Murilo Gerbasi Morelli5º Vogal José de Laurentiz Sobrinho

CONSELHO FISCALEfetivos Sérgio Donizete Pavani Manoel da Silva Carneiro Márcio Almir BassoSuplentes Aldo Bellodi Neto Luis Gustavo Lemos Nicolau Baldan Filho

Superintendente José Guilherme A. NogueiraGerente Técnico César Luiz Gonzalez

SOCICANA INFORMAContato: (16) 3251-9270

CONSELHO EDITORIALComitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzalez, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Helton Bueno, José Guilherme Nogueira, Regiane Chianezi.

PRODUÇÃONeomarc Comunicação – Produção/edição de textos e projeto gráfico. Jornalista Responsável Regiane Alves (MTb 20.084) Layout – Karlinhus Mozzambani Produção - Daiana Scaldelai e Ewerton Alves.

Atendimento Departamento Jurídico Associado (a), sempre que precisar, procure os serviços de nosso Departamento Jurídico. Segunda à sexta-feira, das 14h às 17h.Telefone: (16) 3251-9250.

acordo com o seu ambiente de pro-dução. Já no plantio convencional, ele fica restrito às variedades disponíveis na usina, com mudas, inclusive, que apresentam idade de corte avançada.

Atualmente, com a produtividade do canavial em torno de 70 toneladas por hectare (média de acordo com a safra e região), a receita não cobre cus-tos. Desta forma, muitos produtores se viram obrigados a sair da atividade e outros continuam perdendo patrimô-nio. A partir do sistema de MPBs, a es-timativa é chegar à “cana de 3 dígitos”, acima de 100 toneladas por hectare, em cinco cortes.

Secretário Arnaldo Jardim lança linha de crédito

Arnaldo Jardim, Secretário de Agri-cultura e Abastecimento do Estado, participou do Dia de Campo para falar dos recursos. “Nós aqui temos um re-volucionário sistema de plantio. Isso é decisivo. O produtor recupera seu lado agrícola e passa de novo a ser planta-dor de cana. Estou vibrando e estou determinando à Secretaria [Agricultu-

ra] a abertura de uma linha de crédito. Combinei com o governador Geraldo Alckmin, e ele autorizou uma linha de crédito para financiar a implantação destes viveiros. Isso significa mais cana, mais produtividade, mais trabalho, mais renda para o nosso produtor”, concluiu. O produtor pode ser atendi-do pela linha de crédito de até R$ 200 mil, do Fundo de Expansão do Agrone-gócio Paulista (Feap), com prazo de pa-gamento de até seis anos e carência de até dois. A taxa de juros é de 3% ao ano e há o bônus de adimplência de 2,25%.

Ação conjunta na busca por alternativas

Para Bruno Rangel Geraldo Mar-tins, presidente da Socicana, a mu-dança de paradigma precisa acontecer de imediato. “Este é um programa de difusão tecnológica, que pretende au-mentar a produtividade e melhorar re-sultados para o produtor. Se não forem feitos investimentos em tecnologia, gestão e melhoria da administração, provavelmente muitos produtores vão sair do negócio. Para continuarmos na cana, precisamos desta revolução tec-nológica e administrativa em nossas propriedades”, enfatiza.

Manoel Ortolan, presidente da Or-plana - Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil, e presidente da Canaoeste - Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, destaca o papel das entidades nos avanços para o pro-dutor. “A diretoria da Coplana e Sociana é muito atuante e não tenho problema em dizer: ‘O que é bom se copia’. Bus-camos o interesse dos produtores. E, nessas associações, eles dão exemplo. São juntos, ativos e, por isso, ocorrem avanços”, afirma.

Jardim: “Aqui, temos um revolucionário sistema de plantio”

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Polos Regionais - Pioneiros já começaram a produzir

No Dia de Campo também estavam presentes os oito produtores polos, ou seja, aqueles que aceitaram o desafio do pioneirismo. “Nós estamos na fase bem inicial. Começamos a implantação do viveiro de mudas e, em um hectare, já temos 18 variedades de cana. Isso traz uma chance para o produtor, indepen-dente de seu tamanho: grande, médio, pequeno ou micro produtor, de utilizar variedades novas, recém-lançadas pelo órgãos de pesquisa - IAC, CTC, Ridesa. Ele consegue, num curto período, ter a quantidade de mudas necessárias, claro, mudas sadias e de qualidade. Ele traz a genética melhorada para dentro de sua propriedade. É uma independência que o produtor vai ter”, destacou Ricardo Bellodi Bueno, Produtor Polo de Jaboti-cabal - SP.

Para Sérgio Pavani, do Polo de José Bonifácio - SP, a iniciativa vai permitir melhorar a relação com os mercados. “A gente vem sofrendo, há bastante tempo, com a baixa produtividade no Estado. E hoje estamos vendo a possibilidade de uma tecnologia nova, do aumento de produtividade. Devemos promover uma mudança, e a MPB faz com que pos- samos buscar uma cana de mais quali-dade para produzir mais açúcar, etanol e atender aos mercados interno e exter-no”, afirma.

Rogério Consoni é do Polo de Pradó-polis. Para ele, não há mais como man-ter o sistema convencional. “O produtor está sempre pensando em produzir mais e melhor. Eu já penso muito em não au-mentar a área. Eu penso em tirar o má-ximo da minha área. Vai haver o antes e o depois da MPB. Trata-se de um marco divisório. Não há como voltar atrás, seja implantando a MPB por meiosi, cantosi ou em 100% da área. O sistema é metó-dico, mas é simples. Se a pessoa se dedi-car, vai ter resultado, sim”, conclui.

Polos ProdutoresFrancisco Antonio de Laurentiis Filho - Polo de Guariba • Luis Lahr e Condomínio - Pindorama • Manoel Carneiro - Dumont • Renato Trevisoli - Taquaritinga • Ricardo Bellodi Bueno - Jaboticabal • Roberto Cestari - Palestina • Rogério Consoni - Pradópolis • Sergio Pavani - José Bonifácio.

Transplantio: indústria adapta máquinas à nova tecnologia

Socicana, Coplana e IAC levam a pesquisa para a cadeia produtiva

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alho

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EVOLUÇÃO DO ATR QUINZENAL EM USINAS DA REGIÃO – SAFRAS 14/15 E 15/16

QUINZENAS DA SAFRA

165

160

155

150

145

140

135

130

125

120

115

110

105

100

95

ATR

SÃO MARTINHO 15/16

BONFIM 15/16

STA. ADÉLIA 15/16

1ª Q MAI

112,73119,09120,15

2ª Q MAI

115,26126,36119,98

1ª Q JUN

118,84129,81127,14

2ª Q JUN

124,73132,78131,19

1ª Q JUL

128,79136,18127,72

2ª Q JUL

133,22135,71134,86

1ª Q AGO

138,72139,37141,61

2ª Q AGO

141,90140,06146,34

1ª Q SET

142,09143,05145,95

2ª Q SET

139,01139,21141,14

1ª Q OUT

134,96137,63139,40

2ª Q OUT

131,39137,09136,21

1ª Q NOV

118,75126,44127,73

2ª Q NOV

111,70115,21112,86

1ª Q ABR

96,49108,76103,82

108,76

96,49

103,82

115,90

102,96

113,39

120,15 119,98

127,14131,19

119,09

126,36129,81

132,78

2ª Q ABR

102,96115,90113,39

ATR

114,77118,43

117,43120,66

SÃO MARTINHO 14/15

BONFIM 14/15

STA. ADÉLIA 14/15

120,74127,77133,79

127,6131,84133,79

135,71136,69139,29

142,08138,75139,57

144,39142,35

141

144,21144,11142,46

147,01144,84147,97

151,06149,38155,3

150,86150,64159,74

150,46147,56150,96

146,52148,01151,25

143,53145,35149,13

132,44135,17135,45

126,06129,42130,53

112,73115,26

118,84

124,73

128,79136,18

135,71

127,72

134,86

141,61

146,34

133,22

138,72

141,90139,37

140,06140,09

139,01139,21

141,14143,05145,95

SAFRA 14/15SAFRA 15/16

ABR0,48020,4909

0,50500,50000,49500,49000,48500,48000,47500,47000,46500,46000,45500,45000,4450

R$/K

G

MESES DA SAFRA

MAI0,46970,4820

JUN0,46660,4765

JUL0,46620,4734

AGO0,46540,4741

SET0,46370,4793

OUT0,46150,4902

NOV0,46290,5044

DEZ0,4650

JAN0,4680

FEV0,4717

MAR0,4763

SAFRA 14/15SAFRA 15/16

ABR35,8542,89

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

-

R$/S

C

MESES DA SAFRA

MAI37,5940,30

JUN38,2339,65

JUL38,6739,95

AGO38,8442,27

SET37,8344,85

OUT39,2042,68

NOV41,0543,57

DEZ41,97

JAN41,44

FEV43,26

MAR47,90

SAFRA 14/15SAFRA 15/16

ABR1,341,26

1,801,601,401,201,000,800,600,400,20

-

R$/L

ITRO

MESES DA SAFRA

MAI1,201,23

JUN1,211,22

JUL1,231,20

AGO1,211,18

SET1,201,27

OUT1,141,53

NOV1,221,71

DEZ1,27

JAN1,33

FEV1,38

MAR1,26

Variação do Etanol

Hidratado CEPEA

Circular Consecana

Variação do Açúcar

VHP CEPEA Circular

Consecana

Variação do ATR

Acumulado Circular

Consecana

mer

os

do

Set

or