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Universidade de Brasília Instituto de Letras Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas Apostila de Leitura e Produção de Textos Professora Michelle Machado de O. Vilarinho

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Universidade de Brasília

Instituto de Letras

Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas

Apostila de Leitura e Produção de Textos

Professora Michelle Machado de O. Vilarinho

2/2012

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Sumário

Texto e textualidade 3Ter de ou ter que? 3Formas de tornar o texto impessoal 4Pronomes Pessoais 6Verbos de regências distintas com o mesmo complemento 8Colocação pronominal 10Coesão 11Coerência 13Paralelismo 14Sublinha e esquema 16concordância nominal e verbal 18Pontuação 22propriedade vocabular, redundância e ambigüidade 25O uso do dicionário 27normas da ABNT 28transformação entre período simples e composto 32Crase 33Parágrafo 37Sujeito preposicionado 39Dissertação 40Revisão textual 43Resumo 44Resenha 45Semântica das preposições 48Pronome relativo 50Referências Biliográficas 52

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Texto e textualidade Segundo Oliveira (2009, p. 193), texto é uma “unidade linguística de

sentido e de forma, falada ou escrita, de extensão variável[...]”. "O texto é uma unidade lingüística concreta, que é tomada pelos

usuários da língua, em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão " (KOCH & TRAVAGLIA, 1989, p. 35).

Segundo MIRA MATEUS et al (1983, p. 101), textualidade é o "conjunto de propriedades que uma manifestação da linguagem humana deve possuir para ser um texto" e consideram esse conjunto formado das seguintes propriedades: conectividade; intencionalidade; aceitabilidade; situacionalidade; intertextualidade; e informatividade.

Propriedades da textualidade Conectividade: interdependência semântica de ocorrências textuais

(coesão e coerência). Coesão: “conjunto de estratégias de sequencialização responsável pelas

ligações linguísticas relevantes entre os constituintes articulados no texto no nível sintático (ordenação das palavras) e semântico (sentido).” (OLIVEIRA, 2009, p. 200). Ex.: Ontem foi o momento onde te deixei.

Coerência: “construção do sentido textual” (OLIVEIRA, 2009, p. 200). Ex.: O Chile é um país muito alto e magro.

Intencionalidade: “diversos modos como os sujeitos usam o texto para realizar suas intenções comunicativas...” (KOCH, 2004, p. 42). Ex.: Discurso político.

Aceitabilidade: “refere-se à atitude dos interlocutores de aceitarem a manifestação linguística...” (KOCH, 2004, p. 43).

Situacionalidade: “os fatores que fazem com que um texto seja relevante para um contexto” (DIDIO, 2003, p. 74). Ex.: variedade linguística.

Intertextualidade: “designa a relação entre um determinado texto e outros textos relevantes, que fazem parte da experiência anterior do produtor e/ou receptor do texto” (DIDIO, 2003, p. 74).

Informatividade: “diz respeito à distribuição da informação no texto e, por outro lado, ao grau de previsibilidade e redundância com que a informação nele é contida. (KOCH, 2004, p. 41)”

Tópico gramatical: ter de ou ter que? A gramática tradicional exigia unicamente a forma ter de nas locuções

verbais, uma vez que de é uma preposição, e esta é a classe gramatical adequada para se estabelecer ligação entre dois termos (no caso, entre dois verbos). Entretanto o uso consagrou a forma ter que, em que o vocábulo “que”, originariamente conjunção, passa a ser classificado como preposição acidental. Portanto, é facultativo o uso de ambas as expressões.

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Formas de tornar o texto impessoal1) A generalização do sujeito → concordância com a 1ª pessoa do plural:

Ex.: “Ainda não conseguimos ensinar nossas crianças a ler e a escrever, o que outros países já fazem há mais de 100 anos.”

2) Expressões neutras → sujeito oracional: Ex.: É preciso que, é necessário que, é imprescindível que, convém

observar que, não se pode esquecer que.3) O uso do sujeito indeterminado :

VTI ( 3ª pessoa do singular) + IIS → “Trata-se de problemas históricos.” VI ( 3ª pessoa do singular) + IIS → “No Brasil, vive-se esperando

reformas.” Verbo na 3ª pessoa do plural → “Proibiram a entrada.”

4) O uso da voz passiva sintética (VTD – VTDI):

voz ativa voz passiva

sujeito agente

agente da passiva

verbo locução verbal(geralmente ser + particípio)

objeto direto sujeito paciente

Voz ativa: Os alunos fizeram todas as tarefas. Voz passiva analítica: Todas as tarefas foram feitas pelos alunos. Voz passiva sintética: Fizeram-se todas as tarefas.

Transformação da voz passiva analítica para a voz passiva sintética: Os corretores vendem as casas. Casas são vendidas pelos corretores. Vendem-se casas. (VTD+SE pronome apassivador) O professor pediu silêncio a todos. Pediu-se silêncio a todos. (VTDI + SE pronome apassivador)

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Pronomes PessoaisIndicam as pessoas (elementos) do DISCURSO (qualquer ato de fala).1ª pessoa → EMISSOR (quem emite a mensagem).2ª pessoa → INTELECTOR (quem recebe a mensagem e a processa).3ª pessoa → REFERENTE (assunto).▪ PRONOMES DO CASO RETO (subjetivos): funcionam como sujeito ou predicativo.▪ PRONOMES DO CASO OBLÍQUO ( objetivos): funcionam geralmente como

complementos (objeto ou complemento nominal).

NÚMERO PESSOA CASO RETOOBLÍQUOS ÁTONOS(sem preposição)

OBLÍQUOS TÔNICOS(com preposição)

SINGULAR

1ª Eu Me Mim, comigo

2ª Tu Te Ti, contigo

3ª Ele, ela Se, o, a, lhe Si, consigo

PLURAL

1ª Nós Nos Conosco

2ª Vós Vos Convosco

3ª Eles, elas Se, os, as, lhes Si, consigo

Exemplos:1) “(...) os satélites nos ouvem e nos seguem pelas câmeras de televisão...” ↓ ↓ pronome pessoal pronome pessoal oblíquo átono oblíquo átono 2) “(...) acredita-se que são as pessoas mais pobres que cometem os crimes;

elas são os suspeitos em potencial”. ↓

pronome pessoal do caso reto3) “A boa fé do aposentado O. D. F. levou-o a sofrer um prejuízo de R$ 1.300,00 ↓

pronome pessoal do caso oblíquo

OBS → Os pronomes pessoais funcionam como elementos coesivos, ou seja, elementos que estabelecem ligação entre as partes de uma frase, de um parágrafo ou de um texto.

PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COMO COMPLEMENTOS VERBAIS:

objeto direto

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lhe, lhes

o, os,

a, as

a, as

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objeto indireto

objeto direto ou indireto

Os pronomes o, os, a, as → só podem ser OD. Os pronomes lhe, lhes → só podem ser OI. Os pronomes vos, se, nos, te, me → podem ser tanto OD quanto OI

(depende do contexto, da transitividade). O pronome “lhe” pode significar: a ele / para ele;

a ela / para ela;a você / para você.

Vejam-se algumas análises:a) Os satélites nos seguem...

↓ ↓ OD VTD

Verbo “seguir” = VTD (quem segue, segue algo ou alguém).

b) Os satélites nos indicaram o local exato do ouro. ↓ ↓ ↓ OI VTDI OD

Verbo “indicar” = VTDI (quem indica, indica algo a alguém).

c) Nós lhe enviaremos o material. ↓ ↓ ↓ OI VTDI OD

Verbo “enviar” = VTDI (quem envia, envia algo a alguém).

d) Ligue para o cliente e o informe do novo prazo. ↓ ↓ ↓ artigo pronome / OD OI

e) Ligue para o cliente e lhe informe o novo prazo.

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vos, se

nos, te, me

nos, te, me

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↓ ↓ ↓ OI VTI OD

O verbo informar, em ambas as frases, será classificado como VTDI.

Os pronomes Oblíquos – o, os, a, as – como complemento verbal – sempre

funcionam como objeto direto. Após verbos terminados em r,s, z, tais

pronomes se transformam em lo, los, la, las. Após verbos terminados em som

nasal, transformam-se em no,nos, na,nas.

“Dois monges estavam atravessando um rio quando encontraram uma mulher muito bonita, que também desejava atravessá-lo..”

“Chamem os suspeitos e interroguem-nos.

Verbos de regências distintas com o mesmo complementoO rigor gramatical exige que não se dê complemento comum a termos de regência de natureza diferente. Portanto não podemos dizer, por exemplo:INCORRETO CORRETO

Entrei e saí da sala. → Entrei na sala e saí dela

Li e gostei do livro. → Li o livro e gostei dele

Gosto e confio em você. → Gosto de você e confio em você.

Vejam-se as preposições adequadas para cada verbo citado acima:Entrar → preposição emSair → preposição deLer → sem preposição Gostar → preposição deConfiar → preposição em

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Colocação PronominalPRÓCLISE

Fatores de atração:1) Palavras negativas.2) Advérbios.3) Pronomes indefinidos.4) Pronomes relativos.5) Pronomes demonstrativos.6) Conjunções subordinativas.7) Orações exclamativas.8) Orações interrogativas.9) Orações optativas (orações que exprimem desejo, vontade).10) Em + gerúndio. Ex: Em se tratando de política, tudo é possível!

MESÓCLISE1) Verbos no futuro do presente. Ex: Buscar-me-eis e me encontrareis, quando me buscardes de todo coração.2) Verbo no futuro do pretérito. Ex: Realizar-se-ia a reunião às 22h.

ÊNCLISE1) Verbos em início de oração.2) Verbo no imperativo.3) Após vírgula ou ponto-e-vírgula.

AprofundandoSe houve fator de atração, prevalece a próclise.

Ex: Amanhã te devolverei seus livros.

Caso ocorra infinitivo impessoal (não flexionado), a ênclise é obrigatória. Se for precedido de preposição, a próclise também será possível.

Ex: Era necessário ajudar-te.Ex: Estou apto a te ajudar.Ex: Estou apto a ajudar-te.

Colocação nas locuções verbais1) Verbo principal no particípio: nunca poderá haver ênclise ao verbo

principal. Ex: As pessoas não nos haviam ajudado.Ex: As pessoas nos haviam ajudado.Ex: As pessoas haviam nos ajudado.

2) Verbo principal no infinitivo ou no gerúndio. Com fator de atração:

Ex: O governo não nos quer enganar.Ex: O governo não quer enganar-nos.

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C o e s ã o

Coesão: “fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos linguísticos presentes na superfície textual se encontram interligados entre si, por meio de recursos também linguísticos, formando sequências veiculadoras de sentidos.” (KOCH, 2005, p. 45).

Estratégias de coesão Coesão referencial

• Segundo Garcez (2001, p. 113), coesão referencial é “citação de outros elementos dentro do próprio texto.”

Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos; advérbios (aqui, ali, acima, abaixo, anteriormente).

• Anáfora: a referência para trás. O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria. Isso é realmente

verdade. A disciplina e a perseverança são fundamentais. Esta não nos

permite desistir e aquela nos ajuda a criar hábitos essenciais para atingir objetivos.

• Catáfora: a remissão para frente. Por meio de nossas atitudes, estamos sujeitos a colher tudo:

prosperidade, amor, fidelidade. Com relação aos sentimentos ruins, não se deve guardar nada:

angústia, mágoa, ressentimento.

Coesão lexical• Reutilização intencional de palavras pelo uso de sinônimos, hiperônimo,

nomes genéricos, nominalizações para substituir elementos já conhecidos pelo leitor. O avião ia levantar vôo. A aeronave fazia um ruído ensurdecedor. Camila ficou contente por ter recebido uma rosa. A flor foi a

causadora da união dos do casal. O doutor Mendes falou como conseguiu escrever. O cientista afirmou

que insistiu para superar suas limitações. Após ter conseguido, esse estudioso compartilha o que aprendeu. A aprendizagem dele pode ser aproveitada por todos que se interessarem.

Uso de termos pertencentes a um mesmo campo semântico. Houve um acidente. Dezenas de ambulância

transportaram feridos para os hospitais da cidade. Coesão por elipse

• Omissão de elementos facilmente identificáveis ou que já foram citados anteriormente. Os convidados chegaram atrasados. Ø Tinham errado o caminho e

custaram a encontrar alguém que os orientasse. A pontualidade significa comprometimento e o respeito,

consideração. Coesão por substituição Substantivos, verbos, períodos podem ser substituídos por conectivos ou expressões que resumem ou retomam o que já foi dito.

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Exemplos: diante do que foi exposto; a partir dessas considerações; em vista disso; tudo o que foi mencionado; assim; também.

o Coesão por justaposição: sequenciação

É a coesão que se estabelece com base na sequência dos enunciados.

Sequenciadores temporais: dois meses depois, uma semana antes, um pouco mais tarde, primeiramente, em seguida, a seguir, finalmente.

Sequenciadores espaciais: indicadores de posição relativa. Ex.: à esquerda, à direita, junto de.

Sequenciadores de comparação: tanto...quanto, tão...como, mais...(do) que, menos...(do) que.

o Coesão por conexão: sequenciaçãoARTICULADORES

realce/inclusão/adição

Além disso, ainda, demais, ademais, também, vale lembrar, pois, outrossim, agora, de modo geral, por iguais razões, em rápidas pinceladas, inclusive, até, é certo, é porque, é inegável, em outras palavras, além desse fator

negação/oposição Embora, não obstante isso, de outra face, entretanto, no entanto, ao contrário disso, por outro lado, por outro enfoque, diferente disso, de outro lado, de outra parte, contudo, diversamente disso

afeto/ afirmação/igualdade

Felizmente, infelizmente, ainda bem, obviamente, em verdade, realmente, em realidade, de igual forma, do mesmo modo que, da mesma sorte, de igual forma, no mesmo sentido, semelhantemente, bom é, interessante se faz

Exclusão só, somente, sequer, exceto, senão, apenas, tão-somenteenumeração/distribuição/continuação

em primeiro plano/lugar/momento, a princípio, em seguida, depois (depois de), finalmente, em linhas gerais, neste passo, no geral, aqui, neste momento, desde logo, de resto, em análise última, por sua vez, a par disso, outrossim, nesta esteira, nessa vereda, por seu turno, no caso presente, antes de tudo

retificação/exemplificação

isto é, por exemplo, a saber, de fato, em verdade, aliás, ou antes, ou melhor, melhor ainda, como se nota, como se viu, como se observa, com efeito, como vimos, a nosso ver, de feito portanto, (é óbvio, pois)

fecho/conclusão Destarte, em suma, em remate, por conseguinte, em análise última, concluindo, em derradeiro, por fim, por conseguinte, finalmente, por tais razões, do exposto, pelo exposto, por tudo isso, em razão disso, em síntese, enfim, posto isso, assim, consequentemente

Expressões de transição

é de verificar-se que..., não se pode olvidar..., não há olvidar-se..., como se há de verificar..., como se pode notar..., é de ser relevado..., é bem verdade que..., não há falar-se..., vale ratificar (cumpre)..., indubitável é..., não se pode perder de vista..., convém ressaltar..., (posta assim a questão, é de se dizer...), (registre-se, ainda...), bom é dizer que..., cumpre-nos assinalar que..., oportuno se torna dizer..., mister se faz ressaltar..., neste sentido deve-se dizer que..., tenha-se presente que...,

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(inadequado seria esquecer, também...), (assinale, ainda, que...), é preciso insistir no fato de que..., (não é mansa e pacífica a questão, conforme se verá...), é de opinião unívoca..., (cumpre observar, preliminarmente, que...), como se depreende..., em virtude dessas considerações..., (não quer isto dizer, entretanto, que...), é sobremodo importante assinalar que..., à guisa de exemplos podemos citar..., no dizer sempre expressivo de..., em consonância com o acatado, (cumpre obtemperar, todavia...), (convém ponderar, ao demais que...)

CONJUNÇÕES COORDENATIVASAditivas e, nem, não só... mas também..., tanto...quanto..., tampoucoAdversativas mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstanteAlternativas ou, ou..., quer...quer, seja...seja..., ora... ora....Conclusivas logo, portanto, por conseguinte, pois (deslocado)Explicativas pois, porque, porquanto, que

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ADVERBIAISCausais já que, visto que, uma vez que, pois, porque, como, porquanto, haja vista,

na medida em que, dado que, por isso queConsecutivas de maneira que, de modo que, que precedido de tal, tanto ou tanto queCondicionais se, caso, desde que, contanto que, a menos que, quandoConcessivas Embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, malgrado, posto que, se

bem que, conquanto, não obstante, a despeito de, nada obstante, não obstante, quando

Conformativas como, conforme, consoante, segundo, enquantoComparativas como, que, do que, tal qualFinais para que, a fim de queTemporais quando, enquanto, logo que, depois que, assim que, quando, desde queProporcionais à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos, enquanto,

quando

Coerência “A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um

sentido para o texto, ou seja, [...] faz com que o texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida como um princípio de interpretabilidade do texto numa situação de comunicação e à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido do texto.”(KOCH, TRAVAGLIA, 2009, p. 21).

Um texto coerente contém lógica na exposição sequencial dos fatos. Apresenta uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.

Seleção lexical. Ambiguidade referencial. Encadeamento por justaposição. Exemplos de incoerência:1) Maria tinha lavado a roupa quando chegamos, mas ainda estava lavando a

roupa.2) João não foi à aula, entretanto estava doente. 3) A galinha estava grávida.

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TIPOS DE COERÊNCIA:a) Coerência semântica: “se refere à relação entre significados dos

elementos das frases em sequência em um texto ou entre os elementos do texto como um todo”. (KOCH, TRAVAGLIA, 2009, p. 42).

Problema de coerência: Roberto tem um belo veículo. É um cavalo árabe puro sangue. b) Coerência sintática: “se refere aos meios sintáticos para expressar a

coerência semântica, como, por exemplo, os conectivos, o uso de pronomes” (KOCH, TRAVAGLIA, 2009, p. 43).

- É um aspecto da coesão que pode auxiliar no estabelecimento da coerência.Problema de coerência: João foi à festa, todavia ela não fora convidado.c) Coerência estilística: “pela qual um usuário deveria usar em seu texto

elementos linguísticos pertencentes ou constitutivos do mesmo estilo ou registro linguístico. (KOCH, TRAVAGLIA, 2009, p. 44).

Problema de coerência: Prezado Antônio, neste momento quero expressar meus profundos sentimentos por sua mãe ter batido as botas. Segundo Koch (2004, p. 46), “a coerência se constrói por meio de processos

cognitivos operantes na mente dos usuários, desencadeados pelo texto e contexto, razão pela qual a ausência de elementos coesivos não é, necessariamente, um obstáculo para essa construção”.

Paralelismo “O enunciado constrói-se com a utilização das mesmas estruturas

sintáticas, preenchidas com itens lexicais diferentes” (KOCH, 2004, p. 81).

Ex.: Os objetivos da pesquisa são: identificar os elementos relevantes; comparar as obras; descrever os resultados; elaborar material didático.

Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.

Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segurança, inteligência e ambição.

Certo: No discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro, ter inteligência e ambição.

Errado: Ou Vossa Senhoria apresenta o projeto, ou uma alternativa. Certo: Vossa Senhoria ou apresenta o projeto, ou propõe uma

alternativa. Procurávamos um lugar que satisfizesse economicamente e o paladar

de todos. Procurávamos um lugar que satisfizesse todos, econômica e

gastronomicamente. Procurávamos um lugar que satisfizesse o bolso e o paladar de todos. Hoje o conhecimento de uma língua estrangeira permite viajar sem

problemas, aprofundar uma cultura estrangeira e é requisitada em setores de trabalho que têm relações com o exterior.Segundo Garcia (1986, p. 28):

O paralelismo não constitui uma norma rígida; nem sempre é, pode ou deve ser levada à risca, pois a índole e as tradições da língua impõem ou justificam outros padrões. Trata-se, portanto, de uma diretriz, mas diretriz extremamente eficaz, evitando construções incorretas.

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A falta de paralelismo nas correlações passa despercebida, principalmente quando a distância entre os dois membros correlatos é longa.

Senti-me deprimido pela angústia, não tanto por causa do perigo que corria meu velho amigo, mas também devido à relação que meu espírito artificialmente estabelecia entre a sua saúde e o meu amor.Cruzamento ou contaminação sintática de duas formas ou estruturas equivalentes ou similares.

Ex.: não só...mas também. Não tanto... quanto. Não tanto... mas também.É necessário o paralelismo quando se coordenam dois ou mais

sujeitos do mesmo verbo. É necessário chegares a tempo e que tragas ainda a

encomenda. É necessário que chegues a tempo e (que) tragas.... É necessário chegares a tempo e trazeres...

Coordenação sem paralelismo gramatical: objeto constituído por oração reduzida e outro, por oração desenvolvida.

O Governador negou estar a polícia de sobreaviso e que a visita da oficialidade da PM tivesse qualquer sentido político.

O Governador negou que a polícia estivesse de sobreaviso e que a visita da oficialidade da PM tivesse qualquer sentido político.

O Governador negou estar a polícia de sobreaviso e ter a visita da oficialidade da PM tivesse qualquer sentido político.

Coordenação sem paralelismo gramatical: construção de uma oração que pode ser objeto de um verbo e outra que não pode.

Peço-lhes que me escreva a fim de informar-me a respeito das atividades do nosso Grêmio e se a data das provas já estão marcadas.

Que me escrevas – OD peço-lhes

se a data das provas já estão marcadas não é OD de peço-lhes

*Peço-lhes se a data das provas[...]

Peço-lhes que se a data das provas[...]

Partículas explicativas “isto é, ou seja, quer dizer” e suas equivalentes – exigem paralelismo gramatical nos termos por elas ligados. Isso não ocorre no seguinte exemplo:

*A psicologia tende, normalmente, a se constituir como ciência independente, isto é, tendo objeto e sentidos próprios.

A psicologia tende, normalmente, a se constituir como ciência independente, isto é, com objeto e sentidos próprios.

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As partículas explicativas não podem se igualar a estruturas gramaticais diversas.

Não vinham os colonizadores com espírito pioneiro, isto é, a fim de se estabelecerem no Novo Mundo.

Não vinham os colonizadores com espírito pioneiro, isto é, com intenção de se estabelecerem no Novo Mundo.

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Sublinha “O ato de sublinhar, destacando apenas as ideias principais, revela-se

consistente e eficaz quando é realizado com parcimônia, distinguindo-se o essencial do acessório.” (MEDEIROS, 2009, p. 13)

Para uma boa sublinha, deve-se:1) fazer mais de uma leitura, pelo menos duas;2) destacar as ideias principais, excluindo as ideias secundárias, terciárias e pormenores;3) colocar, na margem do trecho assinalado, uma palavra que o sintetiza.

Medeiros (2004, p. 25) recomenda aos iniciantes, na técnica da sublinha, os seguintes procedimentos:

1)  sublinhar palavras-chaves apenas depois de feitas várias leituras; 2) sublinhar as idéias principais, as palavras-chave. Atenção com os instrumentos de coesão que criam idéia de oposição (mas, embora e outros), pois devem ser destacados; 3) reconstruir o parágrafo a partir das palavras e expressões sublinhadas. Outra não seria a finalidade de sublinhar que possibilitar visualização imediata das ideias principais; 4) colocar um traço vertical à margem do texto para indicar passagens mais significativas; 5) colocar à margem do texto um ponto de interrogação, se houver passagens obscuras, falhas na exposição dos argumentos, dúvidas, discordâncias; 6)  usar dupla sublinha, para chamar a atenção para uma expressão tópica de todo o texto.

“Pressupõe a compreensão das relações entre as partes do texto.” (ANDRADE, 2005, p. 22)

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Etapas para elaboração de esquema: Fazer uma leitura exploratória do texto a esquematizar, para se

apreender a ideia geral; Fazer uma segunda leitura, analítica, isto é, uma leitura em que se

procura analisar cada parte do texto, identificando as ideias principais de cada parágrafo;

Sublinhar as ideias principais de cada parágrafo; Tomar notas à margem dos parágrafos, usando palavras-síntese; Fazer o esquema propriamente dito, apresentando as ideias centrais do

texto e articulando-as (para isso, use setas, figuras, chaves etc). O que deve oferecer um bom esquema? As ideias centrais do texto. A estrutura ou a sequência lógica do texto, com subordinação das ideias

secundárias às ideias principais, mostrando claramente que se compreendem as relações entre as partes do texto.

As divisões e subdivisões do texto, tornando clara a hierarquia das próprias partes.

Uma apresentação gráfica cuidadosa, para facilitar a legibilidade. O esquema deve ser conciso, usando ‘linguagem telegráfica’. É

necessário manter o paralelismo sintático entre as partes do esquema. Por exemplo, manter verbos no infinitivo ou optar pelas nominalizações).

Link para instalação de programas computacionais de elaboração de esquema:

http://cmap.ihmc.us/download/ http://www.mapasmentais.com.br/recursos/software.asp

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Concordância nominalRegra geral: O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral, pronome) concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.Ex.: Seus medos repentinos diminuem o potencial que há em você.

CASOS ESPECIAIS1. Um só substantivo e mais de um adjetivo:a) Substantivo fica no singular e repete-se o artigo antes de cada adjetivo.Ex.: A reportagem fazia referência ao pesquisador alemão, ao holandês, ao sueco e ao italiano.b) O substantivo vai para o plural e os adjetivos ficam no singular, sem artigo.Ex.: A reportagem fazia referência aos pesquisadores alemão, holandês, sueco e italiano.Ex.: Os pesquisadores inglês e holandês relacionam aumentos na incidência de infarto a partidas de futebol.Ex.: No Brasil, há uma mistura de culturas africana, europeia, indígena, americana.2. Expressões (é bom, é necessário, é proibido, é permitido, é vedado)

a) Se o sujeito não vem precedido de artigo, ou pronome com idéias definida, a expressão fica invariável.

b) Se o sujeito vem precedido de artigo, ou pronome com ideias definida, a expressão concorda com o sujeito.Ex.: Esta bala é boa para relaxar.Ex.: Bala é bom para relaxar. Ex.: É necessário fé para não desanimar.Ex.: É necessária a fé para não desanimar.3. Bastante:

a) Pronome indefinido – variável = muito(a)sEx.: Façam bastantes exercícios.

b) Adjetivo – variável = suficientesEx.: Já temos os livros bastantes.

c) AdvérbioEx.: Todos pareciam bastante felizes.Ex.: Temos estudado bastante.4. Anexo/ obrigado/ quite – concordam com a palavra a que se referem.Ex.: Estamos quites. 5. Só-sós- a sós

a) Só = advérbio = somente - invariávelEx.: Ela só vai se eu for.

b) Só = adjetivo = sozinho – variávelEx.: Mesmo na multidão, as pessoas vivem como se tivessem sós, porque falta Deus na alma delas.

c) A sós = locução adverbial – invariávelEx.: quero uma conversa a sós contigo. 6. Meio:

a) Numeral = metade – variávelb) Substantivo = modo – variávelc) Advérbio = um pouco – invariável

Ex.: É meio-dia e meia.Ex.: Há vários meios para chegarmos lá.Ex.: As pessoas estão meio confusas.

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7. Menos = invariávela) Pronome indefinido

Ex.: No mundo, há menos mulheres que homens.b) Advérbio

Hoje trabalhamos menos que ontem.

8. Um e outro, nem um nem outro, um ou outro, seguidas de substantivo e/ou adjetivo:

a) Substantivo no singular e adjetivo no pluralEx.: Um e outro jovem estudiosos passaram.Ex.: Nem um nem outro político inocentes votaram.

Concordância verbalREGRA GERAL: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito.Ex.: A gente está sempre por perto para ajudar.

CASOS ESPECIAIS1. SUJEITO COMPOSTO: verbo pode ir ao plural ou concordar com o núcleo mais próximo.

POSPOSTO: Ex.: Em cada manhã, surge (surgem) esperança, renovo e ânimo.

ANTEPOSTO:a) Quando os núcleos do sujeito são sinônimos ou quase sinônimos.Ex.: Medo e pavor faz (fazem) a pessoa ver fantasmas.b) Quando os núcleos do sujeito estão dispostos em sequência gradativa.Ex.: Uma paixão, um amor, um carinho torna (tornam) a mulher a melhor das criaturas.*Exceção*:Ex.: Amar e sonhar faz parte da vida de todos. (infinitivo – singular)Ex.: Amar e odiar fazem parte da vida de todos. (infinitivo: ideias opostas – plural)Ex.: O falar e o escrever bem revelam cultura. ( infinitivo – artigo – plural)

2. SUJEITO COLETIVO: verbo na 3ª pessoa do singular.Ex.: A multidão ocupou as ruas.Exceção: Quando o coletivo vem especificado por um adjunto adnominal no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex.: Um grupo de alunos (foi) foram aprovados.

3. PRONOMES DE TRATAMENTO: verbo na 3ª pessoaEx.: Vossa Senhoria conhece seus direitos.

4. PRONOME RELATIVO QUEM: verbo na terceira pessoa do singular ou concorda como termo antecedente.Ex.: Sou eu quem pago (paga).

5. UM DOS QUE/ UMA DAS QUE: verbo no singular ou no plural.Ex.: Ela foi uma das que conseguiu (conseguiram).

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6. GRANDE PARTE DE/ GRANDE NÚMERO DE/ A MAIOR PARTE DE/ A MAIORIA DE: verbo concorda com o núcleo dessas expressões ou com o termo preposicionado que as sucede.Ex.: A maioria das pessoas desvalorizam (desvaloriza) as oportunidades.

7. PORCENTAGEM/FRAÇÃO: verbo concorda com o numeral ou com o adj. adn.Ex.: 100% do grupo leu (leram) o texto.Ex.: Um terço dos homens não cumpre (cumprem) o seu papel na sociedade.

8. HAVER: no sentido de existir, acontecer ou indicando tempo, verbo fica na 3ª pessoa do singular, porque a oração é sem sujeito. Se funcionar como auxiliar, deverá concordar com o sujeito. Se estiver antecedido por verbos auxiliares, esses também ficam impessoais.Ex.: Havia os perigos do fanatismo religioso.Ex.: Deve haver cuidados comas crianças. Ex.: As coisas entre nós haviam mudado.

9. FAZER: impessoal quando indica tempo decorrido ou fenômeno natural.Ex.: Faz sete anos que estou na UnB.Ex.: Fez invernos rigorosos nos últimos dias.Ex.: Pode fazer dias quentes em agosto.

10. UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO, UM OU OUTRO: um e outro → plural (preferência); nem um nem outro e um ou outro → singular (preferência).Ex.: Nem um nem outro tiveram coragem de pular.

11. MAIS DE/ MENOS DE/ CERCA DE: verbo concorda com o numeral.Ex.: Mais de mil pessoas reivindicaram seus direitos.*Exceção*:Ex.: Mais de um judeu, mais de um mulçumano discutiram. (expressão repetida)Ex.: Mais de um país agrediram-se durante a reunião. (reciprocidade)

12. VERBO SERa) Sujeito é um dos pronomes quem ou que → verbo concorda com o predicativo.Ex.: Quem seriam os vândalos que picharam as paredes?b) Na indicação de datas, horas, distâncias → verbo concorda com o numeral mais próximo que atua como predicativo.Ex.: Hoje são quinze de junho.Ex.: Hoje é (dia) quatorze. c) Quando o sujeito é um pronome indefinido ou demonstrativo → verbo concorda com predicativo ou com o sujeito.Ex.: Tudo (é) são flores.d) Expressões é muito, é bastante, é suficiente, é demais, quando indicam peso, medida ou quantidade são invariáveis.Ex.: Duzentos reais é suficiente para lanchar.e) Quando o sujeito e o predicativo são formados um no plural e outro no singular → verbo concorda preferencialmente com o que estiver no plural.

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Ex.: Nossas dificuldades presentes não são (é) o resultado do muito que conseguimos nos tornar.13. SUJEITO ORACIONAL: quando o sujeito de uma oração é outra oração (sujeito oracional), o verbo fica na 3ª pessoa do singular.Ex.: Cabe aos cientistas reformular suas teorias.

14. INFINITIVO IMPESSOAL: quando o sujeito de um verbo no infinitivo pessoal estiver numa oração principal e no plural, o infinitivo pode deve ficar no singular ou no plural.Ex.: Os brasileiros precisam de muita capacitação, para ser (serem) reconhecidos no exterior.

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Pontuação Sistema de sinais gráficos destinados a organizar as informações no texto.

VÍRGULA A vírgula deve ser usada para separar:1) Vários sujeitos, vários predicados, vários objetos, vários adjuntos.

Caráter, integridade e ética são competências cada vez mais valorizadas.Paulo pegou a chave, ligou o carro e desapareceu.Ela colocou o batom, a escova, a carteira na bolsa.O jogo acabou ontem, às 18 horas.

2) Orações coordenadas. As pessoas trabalham 14 horas por dia, mas produzem pouco. Para elas, no entanto, isso não importa. O que vale é criar uma imagem positiva. O currículo é um instrumento de marketing. Portanto, faça uma boa propaganda.

3) Afirmação e negação nas respostas.Você saiu ontem à noite? Não, eu fique em casa dormindo.

4) Nomes de localidades em datas.Brasília, 30 de junho de 2010.

5) Número de documentos da data de expedição.Lei nº 8112, de 11 de dezembro de 1990.

6) Conjunção e Orações com valor adversativo (obrigatória)

Estudou, e foi reprovado. Orações com sujeitos diferentes (facultativa)As pessoas não compram livros, e o preço só aumenta nas editoras. Ênfase a um elemento ou a uma oração de uma série (facultativa)O entrevistador fez aquela cara dramática, e explicou: “Em física, tudo é possível”.Orações coordenadas sindéticas e assindéticas (facultativa)Você escreve, e reescreve, e reescreve de novo, e a cada nova versão seu texto está mais refinado.

7) Orações restritivas de certa extensão, principalmente quando os verbos de duas orações diferentes se juntam.

No meio da confusão que produzira por toda a parte este acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteiramente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros.

A vírgula deve ser usada para isolar:1) Aposto:

Joaquim Roriz, político corrupto, terá sua candidatura cassada. 2) Conjunções (mas, porém, logo, pois etc) intercaladas no meio da oração que

introduzem:Ele disse que não vira o amigo naquela sala, a verdade, porém, veio à tona.

A vírgula deve ser usada para separar e isolar:1) Vocativo.

Você, caro amigo, precisa de minha ajuda.Caro amigo, você precisa de minha ajuda.

2) Partículas de explicação ou retificação, continuação, conclusão, concessão, tais como: aliás, enfim, isto é.

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O resultado sairá amanhã, aliás, enganei, sairá depois de amanhã.O chefe é cordial, ou seja, sempre trata bem as pessoas.

3) Orações adverbiais, orações reduzidas, adjuntos adverbiais → intercalados ou deslocados.Meu amigo Ademar, no mês passado, fez uma entrevista de emprego.Às vezes, a derrota é um ensinamento.Quando as pessoas desejam alcançar determinado objetivo, precisam renunciar momento de lazer. O essencial, como destacou o partido político, é a criação de leis mais rigorosas.O juiz, analisando o caso, concluiu que houve crimes.Concluída a investigação, instaurou-se o processo.

4) Adjuntos adverbiais deslocados ou intercalados.Se forem de pequena extensão (até duas palavras), o uso da vírgula é opcional.Às vezes, é possível melhorar nosso desempenho.É possível, às vezes, melhorar nosso desempenho.

PONTO-E- VÍRGULA O ponto-e-vírgula é usado com as seguintes finalidades:1) Para separar orações coordenadas, principalmente as de grande extensão ou

que já possuam vírgulas em seu interior.A escola progrediu ao transformar o que era obrigação numa atividade criativa; a interação do aluno com o texto é fundamental, bem como a participação em eventos literários.

2) Para auxiliar a conjunção de uma oração seguinte.A aula já terminou; vocês, porém, não devem sair.Separa orações adversativas e conclusivas com conjunção intercalada.

3) Para separar itens de enunciados enumerativos.A gramática trata dos seguintes assuntos: 1) fonética; 2) morfologia; 3) sintaxe.

4) Para auxiliar o uso da elipse numa oração seguinte.Apresentei um caderno cheio de anotações ao colega; outro, encaminhei à professora.

TRAVESSÃO Substituir vírgulas ou parênteses para isolar ou separar expressão e indica

mudança de interlocutor.Todos os filhos – principalmente os mais novos – apoiaram a decisão.Quando os cientistas conseguirem identificar o problema – e para isso o mapeamento do genoma humano é útil –, o impacto será enorme para encontrar a cura.

DOIS-PONTOS Servem para introduzir explicações, enumerações, citações e diálogos.

Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.Se me perguntasse, eu lhe responderia: a vida é assim mesmo.

ASPAS: São usas com as seguintes finalidades:

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1) Para indicar citações (discurso direto)“Mais importante do que ter um Q.I. elevado, é saber controlar as suas próprias emoções, e deixando assim de lado a tese de que a capacidade intelectual é um fator fundamental para o sucesso” (GOLEMAN, 2004, p. 30)

2) Para dar um sentido diferente do usual a uma palavra ou expressa ironia ou ênfase.Eles se comportaram “super” bem, quebraram tudo.

3) Para indicar palavras estrangeiras ou neologismos.Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.

Na “desktop”, salvo só o que é útil.

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Propriedade vocabular, redundância e ambiguidade

• “[...] é necessário conhecer o valor semântico que cada palavra possui.” (FAULSTICH, 2010, p. 41).

• “O estudo do léxico é do vocabulário das línguas em todos os aspectos: as palavras e seus significados, como as palavras se relacionam com as outras, como elas podem se combinar com as outras e o relações entre vocabulário e outras áreas de descrição das línguas, a fonologia, a morfologia e a sintaxe.”(MALMKJAER, 1991, p. 298).

• “Competência lexical entende-se o conhecimento que o falante tem do léxico da sua língua” (ROCHA, 2008, p. 35)

• De acordo com Basílio (2004, p. 10),“o estudo do léxico tem como objetivo o maior conhecimento das características e propriedades de cada palavra. O léxico apresenta um alto teor de regularidade e é um componente fundamental da organização lingüística, pois possui uma espécie de banco de dados previamente classificados, um depósito de elementos de designação, o qual fornece unidades básicas para a construção dos enunciados.”

• “Um dos índices de um bom desempenho comunicativo [...] é um repertório vocabular amplo e diversificado.” (IRANDÉ, 2010, p. 177)

• “A disponibilidade de variar o vocabulário marca nossa atuação linguística como representativa de um grupo social letrado e culto.” (IRANDÉ, 2010, p. 177)

• A seleção lexical de um texto concorre para o estabelecimento de sua coerência, para a definição de sua unidade semântica. (IRANDÉ, 2010, p. 178)

• O léxico tem uma função significativa na estruturação do texto, na construção de seus sentidos, na definição de sua adequação às condições sociais de seus contextos e usos. (IRANDÉ, 2010, p. 178)

• “A escolha cuidadosa de palavras, para que os termos adquiram propriedade, torna a frase mais logicamente construída e, consequentemente, o texto compõe-se de maneira concatenada, objetiva e clara.” (FAULSTICH, 2010, p. 56 )

• Propriedade vocabular – característica que permite empregar adequadamente as palavras exatas para expressar um pensamento em determinado contexto.

• O que causa a prolixidade? Confusão de ideias, falta de empenho na construção das frases e de revisão, fuga da simplicidade. (BARRAS, 1986 p. 82)

• Simplicidade = clareza de pensamento (BARRAS, 1986, p. 83).• “A regra deve ser esta: usar o número justo de palavras para que o

pensamento seja transmitido com precisão.” (BARRAS, 1986, p. 84).• Redundância: significa a utilização repetitiva de palavras numa frase.

Ex.: surpresa inesperada; elo de ligação, há anos atrás, deu-me a mim, entre outros.

• Ambiguidade: “ocorrência de sentenças que têm dois ou mais significados” (CANÇADO, 2005, p. 22).

• Ambiguidade lexical:a) João pulou de cima do banco.João pulou de cima do banco no qual ele sentava.

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João pulou de cima do prédio onde havia o banco.• Ambiguidade sintática:b) O guarda bateu na velha com a bengala. O guarda bateu na velha que tinha a bengala.O guarda bateu com a bengala na velha.

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O uso de dicionário- “É livro que dispõe as palavras de uma língua em verbetes, preferencialmente, em ordem alfabética com o significado disposto em acepções e pode apresentar equivalentes em outras línguas. É também conhecido como acervo mental – dicionário mental – que todos os seres humanos possuem- mas que não segue a ordem de um dicionário de papel. (FAULSTICH, 2010, p. 171)- “Fornece, além das definições, informações sobre a gramática da língua descrita, bem como sinônimos, antônimos, grafia, pronúncia, etimologia ou, pelo menos, alguns desses recursos linguísticos.” (FAULSTICH, 2010, p. 172)

Fonte: Aurélio (2009)

Funcionalidade o dicionário: ortografia; informação gramatical (regência verbal, classe gramatical, gênero, conjugação verbal, entre outros); significados de palavras desconhecidas (definições, acepções); relação semântica (coesão lexical); informação etimológica; equivalente; contextos mais típicos de uso do vocábulo (níveis de linguagem, estilo); pronúncia; marcas de uso; subentradas (palavras compostas, fraseologia, provérbios); transição semântica (sentido figurado); abonação (obras literárias); exemplo (lexicógrafo ou textos de diversos tipos); remissão (recuperação de informações).Homonímia: “duas ou mais palavras, cada uma com a sua significação”. (HENRIQUES, 2011, p. 86)Polissemia: “uma única palavra com dois ou mais significados” (HENRIQUES, 2011, p. 86)

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Normas da ABNTNBR 14724:2005: Trabalhos acadêmicos

Referências bibliográficas: NBR 6023: 2002 NBR 6023: 2002 – fixa a ordem dos elementos das referências

bibliográficas e convenciona como devem ser apresentados. É obrigatória para as atividades técnicas, científica e acadêmicas, internacional.

Onde deve estar? Final do texto, nota de rodapé, início resumo e resenha.

Trabalhos acadêmicos consultadas: Livro, capítulo de livro, monografia, dissertação de mestrado, tese de

Doutorado, revista, arquivos eletrônicos.

Referência de livro: SOBRENOME (do autor) [vírgula], Nome [ponto]. Título da obra

[destaque, ponto] subtítulo (quando houver) [dois-pontos, sem destaque]. Número da edição (a partir da segunda; a palavra edição é abreviada ed.) [ponto]. Nome do tradutor (se houver, caso tenha mais de um, será separador por ponto-e-vírgula) [ponto]. Local: [dois-pontos], Editora [vírgula] (não se usam palavras como Editora, S.A. Ltda, usa-se apenas o nome da editora), ano de publicação [ponto]. número de volumes, [vírgula] volume consultado [vírgula], número total de página [vírgula], e número da página [ponto].

Ex: FAULSTICH, Enilde L. de J. Como ler, entender e redigir um texto. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

Obra publicada sob coordenação, organização, direção: Abreviaturas: Coord., Org., Dir. Coord., Dir. não admite o plural com base na NBR. O nome do coordenador aparece na ordem indireta, proceder da mesma

forma em caso de diretor, organizador.

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BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 6. ed. São Paulo: Cultrix, 1989.

Dois ou mais autores: nomes separados pelo ponto-e-vírgula. ARANHA, M. L. de A; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. São

Paulo: Moderna, 1994.

Três autores: NETO, H.; SOUZA, L.; ROSSI, M. C. Abertura do capital de empresas

no Brasil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Mais de três autores: após o primeiro é acrescentada a expressão latina et al (sem destaque).

MAGALHÃES, A. de D. et al. Perícia contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Livro em 1ª edição ASSUNÇÃO, L. X. Princípios de direito na jurisprudência tributária. São

Paulo: Atlas, 2000.

Livro em 2ª edição: ASSUNÇÃO, L. X. Princípios de direito na jurisprudência tributária. 2. ed.

São Paulo: Atlas, 2004.

Livro com título e subtítulo: CASSONE, V. Processo tributário: teoria e prática. 3. ed. São Paulo:

Atlas, 2004.

Livro com mais de um volume TELES, N. M. Direito penal. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 2 v.

Livro específico numa obra em vários volumes. VENOSA, S. de S. Direito civil: direitos reais. 2. ed. São Paulo: Atlas,

2004. v. 5.

Com elementos complementares (coordenação, organização ou direção, tradução, volume, número de páginas, dimensões físicas do volume):

CHANLAT, J. F. (Coord.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 2. ed. Tradução de Arakcy Martins Rodrigues; Luciano dos Santos Gagno. São Paulo: Atlas, 1993. 2 v., v.1, 206 p.

Monografia de final de cursos (TCC) SOBRENOME, [vírgula]N. [ponto]. Título da monografia [em destaque]

ano de apresentação [ponto]. número de folhas (a palavras folhas é abreviada no lugar de página). Indicação dos dizeres [parênteses] [traço]. Nome da faculdade, [vírgula]. Nome da faculdade [vírgula], local [ponto].

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MEDEIROS, J. B. Alucinação e magia na arte. 1993. 86 f. Monografia (apresentada ao final do curso de pós-graduação stricto sensu em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Univerisdade de São Paulo, São Paulo.

Dissertação de mestrado e teses de doutorado: SOBRENOME, [vírgula]N. [ponto] Título da tese ou dissertação [em

destaque] ano de publicação [ponto]. número de folhas (a palavras folhas é abreviada no lugar de página). Indicação de que se trata de dissertação ou tese e área [parênteses] [traço]. Nome da faculdade, [vírgula]. Nome da faculdade [vírgula], local [ponto].

OLIVEIRA, M. M. de. Confluência entre dicionário analógico e tesauro documentário como modelo de dicionário analógico. 2010. 240 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Universidade de Brasília, Brasília.

Capítulo de livro: SOBRENOME (do autor do capítulo) [ponto]. N. [ponto]. Título do

capítulo [ponto]. In: [sem destaque, dois-pontos] SOBRENOME (do autor da obra), N. [ponto]. Título da obra [em destaque, ponto-final]. edição [ponto]. local [dois-ponto] editora [vírgula], ano de publicação [ponto].

MARCONI, M. DE A. Cultura e sociedade. In: LAKATOS, E. Sociologia geral. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

Artigo de revista: ABRANCHES, S. Bravo Brasil. Veja, edição 1771, ano 35, nº 39, p. 114,

2 set. 2002.

Artigo ou matéria de jornal: Autor, título, subtítulo (se houver), título do jornal, local de publicação,

data de publicação, cadeno ou parte do jornal, paginação correspondente.

ALMEIDA, M. A democracia sobreviveu. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 set. 2002, p. 12.

Legislação: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Organização

de Alexandre de Moraes. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2000. BRASIL. Decreto nº 71.790, de 31 de janeiro de 1993. Regulamenta o

ensino.

Citação: NBR 10520: 2002 “é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte”.

(NBR 10520:2002) “Citação é a menção em uma obra de informação colhida de outra fonte

para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto.” (MEDEIROS, 2009, p. 172)

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Tipos de citações: diretas - transcrição literal do texto original; indiretas - paráfrase de um texto original.

As citações diretas com até 3 linhas devem vir com aspas duplas. Ex.: De acordo com Orlandi (1999, p. 42), “as palavras mudam o sentido segundo as posições daqueles que as empregam”.

As citações diretas com mais de 3 linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado, sem aspas, com espaçamento simples.

Ex.: Boulanger (2001, p. 18) afirmou que:A Lexicografia privilegia uma conduta de análise que se apóia sobre a semasiologia. Esta é o estudo do signo com o objetivo de determinar qual conceito corresponde a ele. A Terminologia privilegia uma conduta de análise que se apóia sobre a onomasiologia. Esta é o estudo do conceito com o objetivo de determinar qual signo corresponde a ele.

As supressões devem ser indicadas por reticências entre colchetes: [...]. Ex.: Com base em Koch (2005, p. 121), "a progressão textual diz

respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos quais se estabelecem [...] diversos tipos de relações semânticas."

(grifo nosso), (grifo do autor). Citação de diferentes autores com a mesma ideia: é necessário manter

a ordem do mais antigo para o mais atual. Ex.: (SANTOS, 2003, p. 15; ABREU, 2006, p. 120; MENDES, 2009, p. 200)

Apud: citação de citação - transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original.

Conforme Saussure (1915, p. 25 apud OLIVEIRA, 2006, p. 34). Citação de várias obras de um mesmo autor: a ordem das obras citadas

deve ser da mais antiga para a mais atual. Ex.: Koch (1996, p. 34, 2005, p. 107) afirma que...

Citação de diferentes obras publicadas em um mesmo ano pelo mesmo autor: afirma Mirabete (2003a, p. 199), afirma Mirabete (2003b, p. 12)

Citação de fonte de até 3 autores: (BITTAR; ALMEIDA, 2004, p. 23), como afirmam Bittar & Almeida (2004, p. 23).

Citação de fonte de mais de 3 autores: (CUNHA et al., 1980, p. 55), informam Cunha et al (1980, p. 55) que...

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Transformação do período simples para período composto e eliminação de excesso de quês:

Quando chegaram, pediram-me que devolvesse o livro que me fora emprestado por ocasião dos exames que se realizaram no fim do ano que passou.Ao chegarem, pediram-me a devolução do livro emprestado por ocasião dos exames realizados no fim do ano passado.

• Substitua a oração adjetiva por substantivo: O jornalista que redigiu a reportagem sobre as eleições presidenciais foi bastante tendencioso. O jornalista, autor da reportagem sobre as eleições presidenciais, foi bastante atencioso. Platão, que foi um filósofo grego, escreveu a “República”.Platão, filósofo grego, escreveu a “República”.• Substitua a oração adjetiva por adjetivo: Trata-se de um político que não é honesto . Trata-se de um político desonesto. • Substitua a oração adjetiva desenvolvida por uma oração adjetiva reduzida de gerúndio: Publicou-se um relatório que denuncia a corrupção no governo.Publicou-se um relatório denunciando a corrupção no governo. • Substitua a oração adjetiva desenvolvida por uma oração adjetiva reduzida de particípio: Soube-se da corrupção no governo por meio de uma reportagem que foi publicada pelo jornal. Soube-se da corrupção no governo por meio de uma reportagem publicada pelo jornal.

Substitua a oração subordinada adverbial pelo advérbio:Quando anoitece, evito sair sozinho.À noite, evito sair sozinho.

Substitua a oração subordinada adverbial desenvolvida pela oração adverbial reduzida de gerúndio, infinitivo ou particípio:Quando analisou o caso, o juiz concluiu que houve crime.Analisando o caso, o juiz concluiu que houve crime.Ao analisar o caso, o juiz concluiu que houve crime.Analisado o caso, o juiz concluiu que houve crime.

Substitua a oração subordinada substantiva por substantivo:Nós pedimos que fizessem silêncio.Nós pedimos silêncio. Cremos em que você seja honesto. Cremos em sua honestidade.É fundamental o seu comparecimento à reunião. É fundamental que você compareça à reunião.

Substitua a oração subordinada substantiva desenvolvida pela oração reduzida:

É fundamental você comparecer à reunião.O guia afirmou que conhecia bem a região. O guia afirmou conhecer bem a região.

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Crase1) Usa-se crase quando há necessidade de contração da preposição a com o artigo a ou as.Ex: Ir à escola.

2)  No pronome demonstrativo a(s) ou na vogal que inicia os demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo. Ex: O feixe de prótons terá energia equivalente à de um trem.

3) Nas locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e prepositivas femininas:LOCUÇÕES ADVERBIAIS FEMININAS

• Viajou à força• Morreu à míngua.• Foi ferida à bala.• Foi morto à espada.• À tarde, faltavam vários alunos.• Ele se sentar à mesa para jantar.• No sábado, às 10 horas em ponto, estarei na praia.• Tiveram um encontro às escondidas.

Dúvida: Ensino a distância tem crase? Seria o caso de locução adverbial, mas só se usa crase quando a noção de distância estiver expressa.

• Ensino a distância.

• Fique a distância.

• Fiquem à distância de cem metros do local do acidente.

LOCUÇÕES ADJETIVAS• Inflação à brasileira é fenômeno que começa com o derretimento das

notas.

LOCUÇÕES CONJUNTIVAS• À medida que assimila criticamente os conteúdos, o aluno se torna

mais reflexivo.• À proporção que os carros iam sendo alugados, o lucro aumentava.

LOCUÇÕES PREPOSITIVAS:• Os investidores continuaram a ganhar dinheiro à taxa de 2,25% ao ano.• A falta de bom senso está à vista de todo mundo.• Resolvi fazer uma bioplastia à base de uma substância nova. • Nos Estados Unidos, a polícia estar à procura de terroristas.

CASOS PROIBITIVOS DE CRASE1)    Diante de palavras masculinas

• Ele tem horror a exageros.

• Subentendidas “à moda de”

• O jogador dribla à Pele.

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2) Diante de artigos indefinidos• O país se submeteu a uma intervenção estrangeira.

• A Constituição ainda é negada a uma parte importante da população.

3) Diante de pronomes indefinidos• Resolução permite a qualquer pessoa parar em vagas especiais?• A ninguém convém ter vizinho barulhento.• A desobediência civil significa atitude pública de repúdio, tomada por

cidadãos frente a alguma lei injusta. • O Rio não resistiria a nenhum caso de grandes proporções.• Ninguém vai a um cardiologista e pede duas pontes de safena.

4) Diante de pronomes relativos quem e cuja• Se acha que ninguém o ama ou que não é amado o suficiente, isso

ocorra porque você não tem sido leal com as pessoas a quem ama. • A empresa a cuja diretora me referi é da área da lingüística.

5) Diante do pronome relativo que• Quando o antecedente for apenas uma preposição exigida pelas

relações de regência do período.• Quando as relações de regência exigirem o uso de preposição, haverá

crase.• Ocorre, na sociedade, banalização a que estamos nos submetendo.• Meta dos presos do país espera decisão semelhantes à que Daniel

Dantas recebeu.

6) Diante de verbos• Eles começaram a caminhar.

7) Diante de pronome pessoal e expressões de tratamento • Exceto dona, senhora, senhorita e madames → caso facultativo.• Digo a ela que você me viu.• Graças a você, consegui um bom emprego.• Encaminhamos a Vossa Senhoria solicitação de abertura de concurso. • Ele pertence à senhora somente.

8) Nas expressões formadas com a repetição de termos (ainda que sejam femininos por se tratar de apenas preposição).

• Face a face com a bomba: mais de 100 testes nucleares sacudiram o deserto.

• Os jornalistas enfrentaram cara a cara a pobreza.

9) Diante da palavra casa, quando desacompanhada de especificação.•  Ele será candidato à Casa Branca por um partido grande.

10) Diante da palavra terra, quando oposta a bordo• Os astronautas chegaram à terra.

• Os marinheiros chegaram a terra. (oposto de bordo)

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• Regressaram à terra natal.

11) Nas expressões de duração, distância e sequência do tipo tanto a tanto.• As sessões deliberativas acontecem de segunda a quinta-feira.• De 1990 a 2001, estive fora do país.• De 12 a 16 de julho, estarei de férias.• Se as expressões começam com a preposição mais artigo, emprega-se crase no 2º termo.• O curso é das 14h às 18h. • Apenas da quarta à sexta semana de vida é que o bebê começar a ficar o olhar nas pessoas.

12) Antes de palavras femininas em sentido genérico ou indeterminado, isto é, não precedidas de artigo.

• Vou a festas sem ser convidados.

• Não dediquei minhas poesias a mulher alguma.

CASOS FACULTATIVOS DE CRASE

1) Antes de pronome possessivo feminino no singular.• Não assisti à sua apresentação.

• Ele se referiu à minha filha.

2) Antes de nomes de mulheres• As alusões eram feitas à Joana.

• As alusões eram feitas a Joana.

3) Após a preposição até. • Irei até a escola.

• Irei até à escola.

4) Antes de pronomes de tratamento exclusivamente femininos.• Os documentos relativos à senhora Júlia não estão disponíveis.

• Os documentos relativos a senhora Júlia não estão disponíveis.

DICA: • Fui à agitada Goiânia (Estou na...) → com crase.

Bem-vindos a Brasília (Estou em) → sem crase

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PARÁGRAFO

Segundo Carneiro (1993), o parágrafo é uma unidade de informação construída com base em uma ideia principal, chamada de tópico frasal, que deve ser clara e adequadamente desenvolvida.

A divisão do texto em parágrafos serve para facilitar a compreensão. Os parágrafos devem estar bem relacionados entre si, e cada um deve conter uma ideia principal e deve conter ideias secundárias que expliquem e/ou explicitem essa ideia.

Construir parágrafos é organizar e desenvolver ideias, umas ligadas às outras. Qualidades de um parágrafo: unidade, informatividade, coesão textual,

coerência textual e consistência.

TIPOS DE PARÁGRAFOS

Um texto sempre deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. Então vejamos alguns modos de organização de parágrafos para introduzir, desenvolver e concluir textos. O PARÁGRAFO DE INTRODUÇÃO, para Serafini (1989), deve orientar o

leitor para aquilo que será desenvolvido, auxiliando na leitura. Segundo o autor, há dois tipos de introdução:

a) Introdução enquadre: aquela que enfoca o problema, declarando sua importância e sua atualidade. Pode apresentar-se também sob formato de síntese. São desse tipo, segundo Carneiro (1993):

Declaração inicial: explicita ou justifica o que se declara. Corresponde a uma frase que emite um juízo sobre um acontecimento.Ex: A violência urbana é um dos problemas que mais preocupam o carioca. Dez de dez entrevistados na pesquisa Datafolha se mostraram preocupados com o aumento desse tipo de violência. Divisão: supõe a presença de dois ou mais elementos. Seu desenvolvimento se realiza: pela análise dos elementos em conjunto, ou por sua análise separada, ou pela análise progressiva e comparativa dos elementos.Ex.: A violência tem três causas principais: a desigualdade social, o aumento do desemprego e a expansão do crime organizado. Todas têm grande peso na análise dessa importante questão social.

Alusão histórica: representa um fato passado que se relaciona a um fato presente, servindo de ponto de reflexão pelas semelhanças ou pelas diferenças entre eles.Ex.: Em 18 de setembro de 1950, dia em que a televisão brasileira foi ao ar pela primeira vez, iniciou-se um novo período da cultura no país. Aos poucos, a esse meio de comunicação consolidou-se como elementos de divulgação das artes e da produção de conhecimento. Proposição: explicita os objetivos do autor no texto.Ex: São objetivos da pesquisa: i) identificar a estrutura e a funcionalidade do dicionário de língua comum e ii) comparar o dicionário de língua comum com um dicionário terminológico. Interrogação: supõe um desconhecimento real (e o desenvolvimento pode apresentar uma resposta direta ou mais de uma resposta) ou um desconhecimento retórico (e o texto se desenvolve pela análise do motivo da pergunta).

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Ex: Haverá saída para controlar as mudanças climáticas no mundo?b) Introdução para captar atenção:

Referência: apresenta a opinião de alguém de destaque em relação ao tema debatido. Pode corresponder a uma intenção valorativa (pela importância da pessoa citada) ou a uma intenção ilustrativa (apenas como ponto inicial de análise do tema). Convite: propõe que o leitor participe de algo apresentado no texto, procurando seduzi-lo. É muito utilizada em textos publicitários. Suspense: supõe alguma informação negada que aumenta a curiosidade do leitor diante do que vai ser colocado.

O PARÁGRAFO DE DESENVOLVIMENTO: há vários recursos para se desenvolver um texto. Exemplificação ou ilustração: tipo de parágrafo utilizado para confirmar alguma tese, ilustrar regra ou princípio, comprovar uma afirmativa pessoal. Conforme Figueiredo (1999), a ideia-núcleo é desenvolvida por meio de exemplos. Expressões mais utilizadas: por exemplo, a saber, ou seja, como, tal como etc. Enumeração de detalhes: lista atributos de um ‘objeto’, expondo suas características ou ações. Ex: As características principais de Deus são o poder e a bondade. Sua função é amar as pessoas como elas são e livrar a todos do mal, para que não haja sofrimento. Ele guia os homens para que sigam o melhor caminho, de acordo com seu pensamento, que conhece todas as coisas. Comparação ou contraste: desenvolve-se por semelhanças ou por diferenças entre dois temas ou objetos (a analogia, por exemplo, é um tipo de comparação entre dois assuntos diferentes, dos quais um é familiar ao leitor e outro não).Ex: O Sol é muito maior do que a Terra e está ainda tão quente que é como uma enorme bola incandescente, que imunda o espaço em torno com luz e calor. Definição: explica o significado do termo em questão, limitando o termo definido.Ex: Contentamento é o sentimento de satisfação independente de qualquer circunstância. Causa e efeito/ consequência: enfoca as ligações entre um ou vários resultados (efeitos/ consequências) e suas causas. Nesse tipo de parágrafo, pode vir primeiro tanto a causa quanto o efeito (FIGUEIREDO, 1999). Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas. Assim sendo, tornam-se dependentes dos psicóticos e, na maioria das vezes, transformam-se em pessoas inúteis para si mesmas e para a comunidade. Narração: está relacionada a eventos (verdadeiros ou fictícios) que ocorrem no tempo. O parágrafo começa com a ideia-núcleo, que anuncia os fatos. A cronologia deve ser levada em consideração. Dados estatísticos: enriquece o texto com números, a fim de conferir maior credibilidade ao que o/a autor/a escreve. Apresentação de razões (explicação): é o processo da argumentação, de acordo com Garcia (1995), cujo objetivo não é apenas definir, explicar

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ou interpretar, mas também convencer. A ideia é indicada explicitamente, orientando a leitura. Os conectivos mais usados nesse tipo de parágrafo são: porque, pois, em razão de, em função de etc.Ex: Tanto do ponto de vista individual quanto social, o trabalho é uma necessidade, não só porque provê o indispensável, mas também por aperfeiçoar o caráter do homem, uma vez que o faz ser disciplinado e compromissado, desviando-o do vício e do crime.

O PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO é o desfecho do assunto tratado no texto. Há dois tipos de parágrafos de conclusão: Conclusão-resumo: sintetiza os pontos principais discutidos no texto. Conclusão-propósito: indica argumentos ou descreve propósitos em relação ao tema.

Para Figueiredo (1999), no último parágrafo deve-se evitar encerrar o texto com frases do tipo “Assim vimos que...”, “Em resumo...”. A conclusão deve ser tão bem trabalhada quanto a introdução e o desenvolvimento, evitando-se simplesmente repetir os tópicos frasais dos parágrafos anteriores.

Sujeito preposicionado:- sujeito com verbo no infinitivo e contração de preposição + artigo ou + pronome A gramática tradicional não admite a contração de preposição + artigo

ou + pronome no sujeito que tem verbo no infinitivo. 1. O medo de o desemprego crescer é o pior. 1.1O pior é o medo de o desemprego crescer.1.2 *O pior é o medo do desemprego crescer.2. É tempo de ele se decidir.2.1 *É tempo dele se decidir.3. O fato de esses artigos terem sidos regovados [...]3. 1. *O fato desses artigos terem sidos regovados [...]

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Dissertação

1 Conceito- Segundo Faulstich (1987, p. 51, 53), “a dissertação tem como

propósito expor ou explanar, explicar ou interpretar ideias. Na dissertação, expressamos o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto.”

- Dissertar é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos. (MEDEIROS, 2009, p. 312)

2 Estruturaa) Introdução

“Onde o autor expõe a tese ou ponto de vista que quer defender. Deve-se evitar que a introdução antecipe o desenvolvimento e a conclusa do texto, sendo, por isso, pouco recomendável que nele se incluam exemplos.” (FAULSTICH, 1987, p. 55-56)

É o ponto de partida do texto, que indica a tese que será desenvolvida no texto e o objetivo; é uma espécie de roteiro do que se lerá.

- Finalidade: despertar interesse do leitor; indicar ou sugerir o tema que será desenvolvido; conduzir o leitor ao desenvolvimento do tema.

b) Desenvolvimento “Comporta as ideias que fundamentarão o ponto de vista do

autor. A ideia-núcleo, apresentada na introdução, normalmente, é demonstrada no desenvolvimento, por meio de ideias que comprovem ou exemplifiquem o dito.” (FAULSTICH, 1987, p. 56)

- É a parte do texto em que ideias, conceitos, informações, argumentos de que você dispõe serão desenvolvidos, de forma organizada e criteriosa.- Mostra os pró e contras, já que pois há defesa de ideias e conhecimento das que são contrárias.

c) Conclusão “Apresenta uma síntese da Introdução e Desenvolvimento. É o

fecho do trabalho dissertativo e deve ser objetiva e clara.” (FAULSTICH, 1987, p. 58)

Para concluir um texto, você pode:retomar a ideia central, apresentado-a de maneira significativa em outras palavras; sumariar os pontos essenciais desenvolvidos nos parágrafos da segunda parte; enfatizar o significado de alguns pontos de vista do texto; fechar o texto com uma história, uma citação que enfatize seus propósitos. (FAULSTICH, 1987, p. 68)

- Retoma o que foi dito e expõe uma avaliação do que foi discutido. Demonstradas as provas, cumpre ao redator retomar o tópico frasal para mostrar ter sido ele exposto, com eficácia, no desenvolvimento.

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- Confirma-se a hipótese ou tese posta e defendida e sintetiza-se o desenvolvimento.- Referência ao título, reafirmação do assunto, retomada da introdução com outras palavras, síntese dos argumentos ou das ideias-núcleos do desenvolvimento, confirmação da tese, advertência, sugestão. - Não convém introduzir ideia nova na conclusão.

3 Argumentação Argumento é tudo aquilo que faz brilhar, cintilar uma idéia. A defesa

de uma opinião pressupõe argumentos e provas. “Argumentar é convencer, ou tentar convencer mediante a

apresentação de razões, em face da evidência das provas à luz de um raciocínio coerente e consistente” (GARCIA, 1988, p. 370).

O termo argumentação significa dar razões a favor ou contra uma convicção.

A argumentação baseia-se na consistência do raciocínio e os fatos precisam ser comprovados.

3.1 Vantagens da argumentação:√ É um método através do qual o indivíduo pode avaliar os problemas que lhe dizem respeito, à sua família, seus negócios e à sociedade em que vive.√ É um meio de criar hipóteses e experimentar conclusões.√ É uma técnica de emitir argumentos e opiniões, com o objetivo de defender uma determinada posição.√ É um processo de análise e crítica de todos os meios de intercâmbio de opiniões.√ É um instrumento poderoso com aplicações proveitosas na vida individual e em sociedade.

3.2 Elementos à argumentação:3.2.1 Evidência: certeza manifesta.a) Fatos, exemplos, estatísticas, testemunhas.3.2.2 Lógica: coerência e raciocínio.

Raciocinar é fazer uso da razão para conhecer e julgar a relação das coisas; é o processo de extrair inferências de fatos, exemplos, estatísticas e testemunhos.

3.2.2.1 Indução: “É o tipo de raciocínio que caminha do registro de fatos particulares

para chegar à conclusão ampliada, que estabelece uma proposição geral.” (MEDEIROS, 2009, p. 314).

Ex: Cobre, ouro, ferro conduz energia. Ex: Todo mental conduz energia. 3.2.2.2 Dedução:

“Parte-se de uma verdade estabelecida (geral) para provar a validade de um fato particular. O raciocínio dedutivo é composto de três proposições. (MEDEIROS, 2009, p. 314).

Ex: Todo homem é mortal. → premissaEx: Roberto é um homem. → premissa

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Ex: Logo, Roberto é mortal. → conclusão

3.3 Normas ou sugestões para refutar argumentos1º) Refute o argumento que lhe parece mais fraco. Comece por ele.2º) Ataque os pontos fracos da argumentação contrária.3º) Escolha uma autoridade que tenha dito exatamente o contrário do que afirma seu opositor.4º) Aceite os fatos, demonstre que eram mal interpretados.5º) Ataque a fonte na qual se basearam os argumentos do seu opositor.6º) Cite outros exemplos semelhantes, que provem exatamente o contrário dos argumentos que lhe são apresentados pelo opositor.7º) Analise cuidadosamente os argumentos contrários, dissecando-os para revelar as falsidades que contém.

4 Planejamento do texto dissertativo1. Escolha do assunto (tema)2. Delimitação do assunto (da totalidade do assunto, qual o aspecto

abordado)3. Fixação do objetivo

analisar, apontar, apresentar, avaliar, caracterizar, comparar, confrontar, contrastar, criticar, demonstrar, denunciar, descrever, desenvolver, diferenciar, dissertar, elogiar, explicar, estabelecer, formular, identificar, interpretar, mostrar, questionar, reelaborar, relatar, revelar, sintetizar, sistematizar, sustentar, tecer.

4. Nova delimitação do assunto: para adequá-lo ao objetivo traçado. 5. Redação do título6. Levantamento das ideias7. Delimitação e seleção das ideias8. Ordenação das ideias9. Distribuição das ideias: introdução, desenvolvimento e conclusão.10. Revisão

5 Recursos para elaboração do texto dissertativo

Declaração Definição alusão históricaInterrogação apresentação de

razões (explicação)

divisão

comparação ou contraste

Analogia dados estatísticos

exemplificação ou ilustração

Narração comparação ou contraste

enumeração de detalhes (descrição)

testemunho

causa e efeito/ conseqüência6 Evite no texto dissertativo1) evite o lugar-comum no seu texto; 2) nunca use gírias; 3) jamais se

deixe envolver por emoções exageradas, redija um texto com sobriedade; 4) evite repetições de palavras; e 4) evite muitos adjetivos.

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Revisão textual

1) Revisão do conteúdo:a) A tese deve emergir com clareza e facilidade.b) Cada parágrafo deve apresentar uma ideia principal.c) Os pressupostos fundamentais dos raciocínios devem ser explícitos.d) Deve ser apresentado um número suficiente de exemplos.e) Sínteses e ligações entre os raciocínios devem guiar o leitor.

2) Revisão da forma: mais mecânicaa) frases curtas e sintaticamente pouco complexas.b) Palavras, expressões e pronomes supérfluos devem ser eliminados. Adequação vocabular: qualidade que nos ensina a empregar as palavras exatas para

manifestar adequadamente um pensamento.

Com o objetivo de corrigir um texto

Para corrigir um texto

Uma solução para o problema do entrosamento das crianças deficientes.

Para entrosar as crianças deficientes.

O esperanto poderia ter a função de fazer com que possamos nos conhecer e compreender melhor

O esperanto poderia servir para nos conhecermos e compreendermos melhor.

As férias são boas só quando através delas é possível relaxar e divertir

As férias são boas só quando permitem relaxar e divertir

c) Frases feitas devem ser eliminadas.Clichê: expressão estereotipada ou lugar-comum, que representa um empobrecimento vocabular.d) Duplas negações e passivas devem ser eliminadas.Mesmo que não se use o carro, com a nova lei não é possível não renovar a licença.

Mesmo que não se use o carro, com a nova lei não é preciso renovar a licença.

e) Paralelismo.f) Erros de sintaxe.

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R e s u m o

Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo. Isto significa reduzir a termos breves e precisos a parte essencial de um tema. Saber fazer um bom resumo é fundamental no percurso acadêmico de um estudante em especial por lhe permitir recuperar rapidamente idéias, conceitos e informações com as quais ele terá de lidar ao longo de seu curso.

Em geral um bom resumo deve ser: Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de

lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele

é o resultado da sua leitura de um texto Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases

soltas. Ele deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.

O resumo tem várias utilizações. Isto significa também que existem vários tipos de resumo. Você irá encontrar resumos como parte de uma monografia, antes de um artigo, em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. Por isso, antes de fazer um resumo você deve saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito. Em linhas gerais, costuma-se dizer que há 3 tipos usuais de resumo: o resumo indicativo, o resumo informativo e o resumo crítico (ou resenha).

Resumo indicativoTambém conhecido como abstract (resumo, em inglês), este tipo de

resumo apenas indica os pontos principais de um texto, sem detalhar aspectos como exemplos, dados qualitativos ou quantitativos, etc. Um bom exemplo deste tipo de resumo são as sinopses de filmes publicadas nos jornais. Ali você tem apenas uma idéia do enredo de que trata o filme.

Resumo InformativoTambém conhecido, em inglês, como summary, este tipo de resumo

informa o leitor sobre outras características do texto. Se o texto é o relatório de uma pesquisa, por exemplo, um resumo informativo não diz apenas do que trata a pesquisa (como seria o resumo indicativo), mas informa as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os resultados atingidos. Um bom exemplo disto são os resumos de trabalhos científicos publicados nos anais de congressos, como os da SBPC. A principal utilidade dos resumos informativos no campo científico é auxiliar o pesquisador em suas pesquisas bibliográficas. Imagine-se procurando textos sobre seu tema de pesquisa. Quais pesquisas você deve realmente ler? Para saber isso, procure um resumo informativo de cada texto.

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R e s e n h a

Afinal, o que é uma resenha?Antes de qualquer coisa, é fundamental diferenciar resenha descritiva de resenha crítica, pois, embora o objetivo aqui seja reforçar as características da resenha crítica, não se pode deixar de fazer referência àquela. Vejamos, para começar, o que caracteriza uma resenha descritiva:

Resenha descritiva

• É uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos.• Um relato minucioso das propriedades de um objeto, ou de suas partes constitutivas.• O tom descritivo/narrativo do texto predomina em relação ao aspecto crítico.• Nome do autor/es; título da obra; se tradução, nome do tradutor; editora; lugar e data da publicação; N. de páginas; descrição sumária de partes da obra; resumo da obra; tom do texto; ponto de vista que o autor defende.

Resenha crítica• A resenha crítica não deixa de conter as características da resenha descritiva, entretanto vai um pouco além, pois: - É um tipo de trabalho que exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área. Necessita de maturidade intelectual para que se possam fazer avaliações acerca de um assunto e também para que se possam emitir juízos de valor.- É um tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente: permite comentários e opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com outras obras do mesmo gênero etc.OBSERVAÇÃO: Segundo a NBR 6028/2003 da ABNT, a resenha é o mesmo que resumo crítico ou recensão.

Por que resenhar? Importância da resenha√ Informa o leitor sobre o assunto tratado num livro/filme, apresentando uma síntese das idéias fundamentais da obra.√ Facilita o trabalho dos leitores eventuais de um livro ao trazer um breve comentário sobre a obra e uma avaliação dessa. A informação dada ajuda na decisão da leitura ou não de um livro.√ Instrumento de pesquisa bibliográfica.√ Desenvolve a capacidade de síntese, interpretação e crítica do aluno.√ Contribui para desenvolver a mentalidade científica e levar o aluno à pesquisa e à elaboração de trabalhos monográficos.√ A leitura e a redação de resenhas constituem exercícios que melhoram a qualidade da leitura e do texto.

Características▪ A resenha aponta falhas e erros de informação encontrados, sem entrar em muitos pormenores, e, ao mesmo tempo, tece elogios aos méritos da obra (se houver).▪ Não se deve perceber a presença do emissor nem do receptor. Daí a linguagem em 3a pessoa.

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▪ Pode referir-se a elementos reais (filmes, peças teatrais, uma receita nova, por exemplo) ou a referentes textuais (livros etc).▪ É uma leitura analítica.▪ O resenhista deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida. Deste modo, a importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta.ATENÇÃO: uma resenha não são meros informes, comunicados, boletins de ocorrência etc., devido ao teor crítico que trazem no seu bojo.

Requisitos básicos do bom resenhista◦ Conhecimento completo da obra.◦ Capacidade de juízo e valor.◦ Independência de juízo.

Estrutura :Referência bibliográfica ٭- Autor/es, título/subtítulo, elementos da imprenta (local da edição, editora,

data), número de páginas (se um livro), duração (se for um filme). :Credenciais do autor ٭- Informações gerais sobre o autor; autoridade na área; referências gerais. :resumo da obra ٭- Resumo detalhado das idéias principais (de que fala a obra? Qual sua

característica principal. Algo especial que mereça nota? Como foi abordado o assunto? Exige conhecimentos prévios para entendê-lo?).

- Descrição do conteúdo dos capítulos ou partes da obra;- Não se exige que o texto do resumo da obra possua apenas um parágrafo.:Análise interpretativa da obra/apreciação crítica do resenhista ٭- Julgamento da obra em relação às circunstâncias culturais, sociais,

econômicas, históricas etc.- Como o assunto foi tratado? Que método foi utilizado pelo autor? Alguma

linha científica explícita? Matiz ideológico...- Como o autor desenvolve a obra – acepção ampla - A obra tem algum mérito? (idéias originais, conhecimentos novos,

abordagem diferente de um assunto, etc.).- Estilo (conciso, objetivo, simples, claro, preciso, coerente etc.).- Estabelecimento de relação da obra lida com outras obras do gênero:

intertextualidade. :A quem se dirige a obra ٭- Informar a que público se destina a obra ou a quem ela pode ser útil, como, por exemplo, alunos de determinados cursos, professores, pesquisadores, especialistas, etc.

FIQUE ATENTO!√ A resenha crítica não é um resumo. Este é apenas um elemento da estrutura da resenha.√ Resenha não é apenas paráfrase de um texto original, tampouco mera transcrição de trechos (se um livro).√ Evite elogios sem fundamento e as críticas descabidas. (!)

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√ Não torne um detalhe insignificante o alvo de sua crítica, pois isso pode enfraquecer o seu texto.√ Tanto o elogio quanto a crítica devem ficar restritos à obra e jamais atingir o autor.√ Os juízos avaliativos devem ser claros, para que o leitor possa concluir sobre a validade da aquisição ou leitura da obra.√ Afirmações muito genéricas pouco acrescentam ou simplesmente podem revelar desinteresse em aprofundamento da análise, o que enfraquece o teor argumentativo do texto. √ Se a resenha é apresentada de uma forma meramente impressionista (gosto/não gosto), deixa de ter interesse para o leitor.Onde encontrar boas resenhas?Folha de S. Paulo (aos sábados, Caderno Ilustrada); Jornal de resenhas (Folha de S. Paulo – mensal); Jornal da Tarde; Revista Cult

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Semânticas das Preposições• palavras invariáveis que relacionam dois termos de uma oração, de tal modo que o sentido do primeiro (antecedente) é explicado ou complementado pelo segundo (CUNHA & CINTRA, 2008, p. 569).

Tipos de preposições:• Essenciais (sempre têm essa função): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.• Acidentais (circunstanciais, pois podem pertencer a outras classes gramaticais): afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, tirante, salvo, segundo. Ao ligarem os termos, as preposições podem estabelecer relações de:• Assunto: O ministro falou sobre Educação.

• Causa: Ele vibrava de entusiasmo.

• Companhia: Estava com o secretário particular.

• Direção/sentido: Depois seguiu para o Sul.

• Especialidade: Ele é especialista em Sociologia.

• Falta: Contudo, estava sem verbas naquele momento.

• Finalidade: Disse aquilo para tranqüilizar o professor.

• Instrumento: Atrapalhou-se com o microfone.

• Lugar: Ele mora em Brasília.

• Matéria: Aqui comprou uma bota de couro.

• Meio: Certamente voltará de avião.

• Oposição: Mostrou-se contra a estatização do ensino.

• Origem: Na verdade, é natural de Maceió.

• Posse: Em Brasília, hospeda-se na casa de Erundina.

• Gradação: Pouco a pouco, estou me esquecendo dos problemas.

• Modo: Recebemos as visitas com imensa alegria.

• Oposição: Somos contra as ideias daquele professor.

Uma mesma preposição pode atribuir idéias distintas a um texto. Portanto, desista de decliná-las, apenas atente para os possíveis significado que podem trazer ao contexto. Exemplos:• Ficar de pé (modo); morrer de fome (causa); pulseira de ouro (material); maço de cigarros (conteúdo); casa de Luís (posse); falar de futebol (assunto); descendente de alemães (origem); viajar de avião (meio); atitude de imbecil (semelhança) etc. Outros exemplos: • Todos saíram de casa (movimento tendo como referência espaço)

• Trabalha de 8h as 18h. (situação tendo como referência o tempo)

• Entre X dentre.• Entre = valor semântico de posição no interior de dois limites indicados, interioridade, que podem ser observados no espaço. Entre o passado e o futuro, existe o presente.

• Dentre = De (movimento no sentido do afastamento de um ponto, de um limite, de procedência, de origem) + entre = dentre = valor semântico de

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coleção de onde se distingue ou salienta um ou mais indivíduos. Exemplo: Paulo está dentre os meus alunos mais dedicados. (SENA 2011, p.223)

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Pronomes relativos

Palavra que substitui um termo da oração anterior, projetando-o numa oração posterior. Evita

repetições, exerce a função sintática que o termo substituído exerceria se ali estivesse e

introduz uma oração subordinada adjetiva.

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

o qual, a qual, os quais, as quais

que, quem, ondecujo, cuja, cujos, cujas

quanto, quanta, quantos, quantas

Exemplos:

Usa-se o qual (e flexões) em lugar de que, principalmente quando o relativo se acha afastado do seu antecedente e o uso possa dar margem a mais de uma interpretação.

O guia da turma, que nos veio visitar hoje, prometeu-nos voltar depois. (não adequado se o pronome relativo era para se referir ao guia)

O guia da turma, o qual nos veio visitar hoje, prometeu-nos voltar depois.

Onde → no qual, na qual, nos quais, nas quais. A cidade onde ele nasceu fica em Pernambuco. Abri o dicionário, onde encontrei a palavra que eu procurava. *Estive no estádio, onde é bonito. O onde jamais deve estar no lugar do “que”; somente do “em que”

(lugar). Deve estar junto ao seu antecedente para evitar ambiguidade. Curitiba, onde haverá eleições para prefeito, é a capital do Paraná. *Curitiba é a capital do Paraná, onde haverá eleições para prefeito. Entraram no quarto, de onde não conseguiram tirá-lo. (tirar de) Asfaltaram a estrada por onde se chega à capital. (chegar por). Onde → advérbio = significa basicamente “em que lugar”. Ninguém sabe onde ele se escondeu.

DIMPP → “Aonde” só pode ser usado com verbos que indiquem locomoção e que exijam a preposição “a”.

M andar

E nviar esses são os verbos mais comuns

C hegar

L evar

I r

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C omparecer

Aonde você mandou o motoboy? Não sei aonde ele foi. Não me lembro da pessoa a quem você se referiu. Os pronomes quem e onde podem aparecer com emprego sem

referência a antecedentes. Quem tudo quer tudo perde. Moro onde mais me agrada. Quanto = tem por antecedente um pronome indefinido ( tudo, todo,

todos, todas, tanto). Esqueça-se de tudo quanto lhe disse. “Erin interessou-se pelo caso de uma empresa de eletricidade cujos

dejetos estavam contaminando a água de uma pequena cidade”.DIMPP → Informações sobre o pronome relativo “cujo”:

a) Deve indicar posse e ter dois referentes substantivos distintos; um será o possuidor e o outro será a coisa possuída.

b) Não substitui um único substantivo.

c) Não admite anteposição ou posposição de artigo.

d) Pode vir preposicionado, dependendo da regência verbal ou nominal.

Para saber se há preposição antes do pronome relativo, basta observar a regência do verbo ou do nome posterior mais próximo. Exemplos:

a) A empresa a cuja diretora me referi é do ramo de energia elétrica.

b) Os filhos com cujos pais me reuni melhoraram o comportamento.

c) A empresa de cujos relatórios me apropriei será investigada pela PF.

d) O político em cuja promessa confiei não foi eleito.

e) As escolas para cujos diretores foram enviados os ofícios estavam irregulares.

f) Os autores com cujos livros tenho afinidade eram do século passado.

g) O candidato a cujas propostas demonstramos aversão não permaneceu na reunião.

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