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2010
MANUAL DA
REDE DE FRIO(VACINAS)
Elaborado por S. FarmacuticosReviso: Equipa Regional Vacinao
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
A vacinao tem contribudo ao longo dasltimas dcadas para reduzir a morbilidade e amortalidade por algumas doenas infecciosas,constituindo um dos meios mais eficazes eseguros de proteco contra essas doenas. portanto inestimvel o valor do seu impacto naSade Pblica.
Desde a sua criao, o Programa Nacional deVacinao (PNV) tem acompanhado astransformaes demogrficas eepidemiolgicas que se verificaram, integrandoactualmente as vacinas consideradas maisimportantes para defender a sade dapopulao.
O desenvolvimento do PNV orientado pornormas tcnicas estabelecidas a nvel nacional,no s no que concerne aos aspectosrelacionados com a sua programao e
avaliao, mas tambm nos que se referem conservao, manipulao, transporte eadministrao das vacinas.
Um dos factores necessrios estabilidade epoder imunolgico das vacinas o sistema daRede de Frio processo de armazenamento,conservao, manuseamento, distribuio etransporte das vacinas do PNV, o qual deve teras condies adequadas de refrigerao, desde
o laboratrio onde so produzidas, at aopreciso momento em que a vacina administrada.
Portanto, o objectivo ltimo da Rede de Frio assegurar que todas as vacinas administradasmantenham as suas caractersticas iniciais, a fimde conferir a imunidade pretendida.
A razo da sua importncia assenta no facto de
se tratar de produtos termolbeis, isto , de sedeteriorarem temperatura ambiente aps umtempo determinado, designadamente quandoexpostos a variaes de temperaturasinadequadas sua conservao.
Sendo a inactivao dos seus componentesacelerada pelo efeito do calor ou do frioextremo, torna-se necessrio mant-las temperatura ideal manuseamentosinadequados, equipamentos defeituosos, ou afalta de energia elctrica, podem interromper oprocesso de refrigerao, comprometendoassim a eficcia das vacinas.
Atenta a estes aspectos fundamentais daimplementao do PNV na Regio de Sade deLisboa e Vale do Tejo, a Equipa Regional deVacinao props a elaborao do documentoque aqui se apresenta.
O Departamento de Sade Pblica daAdministrao Regional de Sade de Lisboa eVale do Tejo reconhece este documento comoum instrumento essencial, quer como suporte saces de formao que vierem a serem
efectuadas neste mbito, quer como base deinformao para todos os profissionais quedesenvolvem actividades no mbito do PNV eda Vacinao Internacional, no sentido deincentivar as boas prticas e contribuir para agarantia da qualidade dos servios de sade.
ARSLVT, Fevereiro de 2010
Antnio Tavares
Delegado de Sade Regional
da Regio de Lisboa e Vale do Tejo
Director do Departamento
de Sade Pblica da ARSLVT
Prefcio
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
ndice
IntroduoConsideraes gerais
1. Pessoal2. Equipamento
2.1. Geradores2.2. Frigorficos2.3. Arcas congeladoras2.4. Caixas e malas trmicas
2.4.1. Caixas trmicas2.4.2. Malas trmicas
2.5. Acumuladores trmicos2.6. Monitores de temperatura
2.6.1. Termmetros2.6.2. Registadores grficos de temperatura2.6.3. Tiras indicadoras de temperatura2.6.4. Sistema Microlog
3. Procedimentos3.1. Pedidos de vacinas3.2. Recepo de vacinas3.3. Armazenamento de vacinas3.4. Inutilizao de vacinas
3.5. Transporte de vacinas3.6. Quebras na rede de frio
Bibliografia
Anexos
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Introduo
Uma vacina uma substncia que possui apropriedade de imunizar o organismo contrauma doena infecciosa. Pode ser preparada apartir de microorganismos inactivados (mortos),vivos atenuados, toxides ou subunidadesmoleculares purificadas. Esta substncia, ao serreconhecida pelo sistema imunitrio doindivduo vacinado, suscitar uma resposta queo ir proteger de uma doena associada aoagente. A vacina, portanto, induz o sistemaimunitrio a reagir como se tivesse sidorealmente infectado pelo agente.
A vacinao constitui um mtodo eficaz decombate doena: directamente, porqueprevine a infeco na pessoa vacinada;indirectamente, uma vez que reduz adisseminao do agente infeccioso. O impactoda vacinao na Sade Pblica um factorinestimvel. Exceptuando-se a distribuio de
gua potvel, nenhuma outra interveno teveao longo dos anos um efeito to importantepara a reduo das doenas e da mortalidadeprecoce. Em Portugal, as vacinas vem sendoadministradas desde o incio do sculo XIX,designadamente a anti-varilica, mas foi apenasa partir de 1965, com a criao do ProgramaNacional de Vacinao (PNV) que se verificou
uma notvel reduo da morbilidade e damortalidade pelas doenas infecciosas alvo devacinao, com consequentes ganhos emsade.
O xito de um Programa Nacional de Vacinaodepende dos vrios factores necessrios estabilidade e poder imunolgico das vacinas,nomeadamente as condies dearmazenamento e transporte e o cumprimentodas metodologias de administrao (via, dose,local e materiais de uso clnico).
Designa-se por Rede de frioo sistema formadopelo equipamento, pessoas e procedimentos, oqual contribui para manter as vacinas emcondies adequadas manuteno da suaeficcia ao longo das diferentes etapas: fabrico,armazenamento, distribuio e administrao. Afim de assegurar uma adequada manuteno
da rede de frio das vacinas, devem-se respeitaras condies definidas pelo produtor por seremaquelas que garantem a sua qualidade,segurana e eficcia. As vacinas devem sermantidas a uma temperatura adequada (2-8C), desde o fabrico at administrao, paraque seja garantido o seu poder imunolgico.
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1.
2.
3.
4.
5.
As vacinas devem ser armazenadas(refrigeradas) entre 2-8 C.
Apesar dos solventes poderem ser mantidos temperatura ambiente, de toda aconvenincia que fiquem junto da respectivavacina, no frigorfico, por questes desegurana, uma vez que o solvente especfico da respectiva vacina, no sendointercambivel.
Mesmo com um armazenamento adequado,todas as vacinas tm uma data de validade, aqual determinada pelo fabricante.
Qualquer perda de potncia das vacinas irreversvel.
Todas as vacinas perdem a sua potnciamais rapidamente quando expostas atemperaturas inferiores a 2 C ou superiores a8 C, especialmente durante o transporte earmazenamento.
Consideraes gerais
6.
7.
8.
9.
A destruio causada por sucessivasexposies ao calor cumulativa.
As vacinas: VHB, DTPa, DTPaHib,DTPaHibVIP, DTPaVIP, Td eMenCsodestrudas pela congelao. A congelaopode ainda causar pequenas fissuras nofrasco/ampola/seringa pr-cheia, compotencial contaminao do contedo.
As vacinas: BCG(contra a tuberculose),VASPR(trivalente, contra o sarampo, aparotidite epidrmica e a rubola), MenCe daFebre amarelaso destrudas por exposio luz intensa.
As vacinas devem ser protegidas da luz. Aexposio radiao ultra-violeta tambm
causar perda de potncia.
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1. Pessoal
Cada ACES dever nomear um profissional desade (coordenador) e respectivo substitutopara as vacinas. O coordenador serresponsvel por:
a) Fazer os pedidos das vacinas ARSLVT.
b) Coordenar o transporte das vacinas daARSLVT at ao ACES e respectivas extenses.
c) Coordenar a recepo das vacinasencomendadas e verificar a conformidade daentrega (Nota: verificar os prazos de validadede todos os lotes recepcionados).
d) Coordenar o preenchimento e verificao doregisto de entrada de vacinas no ACES: datade recepo, procedncia, temperatura derecepo, tipo de vacina, Laboratrio, Lote,prazo de validade e nmero de doses.
e) Coordenar o preenchimento e verificao doregisto de sada de vacinas na distribuio sextenses: data de sada, destino (Extenso),tipo de vacina, Laboratrio, Lote, prazo devalidade, nmero de doses e temperatura desada.
f) Comprovar que o armazenamento dasvacinas se realiza de maneira adequada (Ver
Protocolo de Armazenamento das vacinas -pg. 27).
g) Possuir registos, actualizados, damanuteno dos equipamentos da rede defrio (Ver Anexo I).
h) Ter registos, actualizados, da calibrao dostermmetros da rede de frio
(Ver Anexo I).
i) Controlar os stocks a fim de evitar rupturas devacinas ou excessos no armazenamento.
j) Controlar os prazos de validade de cada lotede vacinas, inutilizando aqueles que perdem avalidade.
Ateno:logo que uma vacina perde avalidade, esta dever ser imediatamenteretirada da rede de frio para evitar a suaadministrao.
k) Monitorizar, diariamente, no princpio, a meioe no final do dia, as temperaturas dotermmetro no interior dos frigorficos dasvacinas. Registar esses valores no diriomensal das temperaturas.
l) Arquivar os registos grficos das temperaturasdos frigorficos das vacinas.
m) Dar formao aos novos elementos quevenham a integrar a equipa de vacinao.
n) Funcionar como elo de ligao entre aARSLVT e o ACES, em caso de quebra darede de frio (Ver Anexos II e III).
Em cada local de armazenamento/administrao de vacinas dever sernomeado um responsvel pela rede defrio, cujas responsabilidades incluem:Receber e armazenar as vacinas e
solventesArmazenar os acumuladores trmicosVerificar e registar a temperatura dos
frigorficos, 3 vezes por diaZelar pela manuteno do equipamento
da rede de frio
Todos os profissionais dos servios devacinao devero saber monitorizar a rede
de frio e como proceder, caso se verifiqueuma temperatura demasiadamente alta oudemasiadamente baixa.
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Fig. 2|Exemplo de um frigorfico especfico para vacinas.
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2. Equipamento
Todo e qualquer local destinado aoarmazenamento e/ou administrao de vacinasdeve estar climatizado para uma temperaturaambiente entre 21 a 23 C, no devendo assalas de vacinao estarem expostas aos raiossolares.
A nvel dos ACES e respectivas Extenses sonecessrios geradores, frigorficos, arcascongeladoras, malas trmicas, acumuladorestrmicos e monitores de temperatura.
2.1. Geradores
Os ACES devero dispor de um gerador comofonte de electricidade alternativa para osfrigorficos das vacinas, de modo a evitarem-sequebras na rede de frio.
2.2. Frigorficos
Fig. 1|Exemplo de gerador.
So o elemento da rede de frio mais eficaz paraarmazenar as vacinas, quando no se pretende
conservar grandes quantidades, tal como severifica nos ACES e respectivos locais devacinao.
Devero ser apropriados ao armazenamentode vacinas, devendo possuir registo grfico dovalor da temperatura(termgrafo).
A temperatura no frigorfico no poder variarpara alm dos 2-8 C.
Registo grficodo valor
da temperatura
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a) a sua capacidade: dever ser possvel
armazenar vacinas e solventes para um msde utilizao, acrescido de 25 a 50% dofornecimento mensal, no esquecendo aprogramao das campanhas de vacinao.
b) o tipo de refrigerao:por ventilaoforada, a gs
c) a temperatura de trabalho: [0 a 10 C]
d) a humidade: 60%
e) o tipo de descongelao:por evaporao dagua de condensao, mediante dispositivoautomtico, com bacia de recolha
f) o equipamento de srie:lmpada de aviso de funcionamentotermstato electrnico digitalalarme acstico e visual de temperaturas
mxima e mnimaregisto grfico da temperatura: diria esemanalportas com chave
g) a fiabilidade
h) a assistncia tcnica
Critrios para a aquisiode um frigorfico de vacinas
Instalar o frigorfico em local arejado, sem
incidncia de luz solar directa e em ambienteclimatizado.
Colocar o frigorfico afastado de fontes decalor, o que poderia afectar o seufuncionamento.
Verificar se o frigorfico ficou bem nivelado eafastado, pelo menos, 20 cm da parede e 30cm dos outros frigorficos (objectivo:permitir
a disperso do ar quente).
Ligar o frigorfico a uma tomada exclusiva(objectivo: assegurar que este no acidentalmente desligado) e, se houverquebras de energia frequentes, a umgerador.
Caso haja alarme sonoro, verificar se omesmo est activado para variaes de
temperatura fora do intervalo permitido (2-8C).
Ligar o alarme portaria do edifcio, casohaja segurana permanente, para que otcnico responsvel pela vacinao e/ou aequipa de manuteno do equipamentopossam ser imediatamente avisados.
Cuidados a ter durante a instalaode um frigorfico de vacinas
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2.3. Arcas congeladoras
Fig. 3|Exemplo de uma arca congeladora,com acumuladores trmicos no seu interior.
So equipamentos a utilizar para congelao earmazenamento de acumuladores trmicos.
Os ACES que se encontrem equipados comfrigorficos prprios para o armazenamento devacinas devero usar arcas congeladoras, depequena capacidade, para congelar e guardaros acumuladores trmicos.
2.4. Caixas e malas trmicas
So contentores fabricados em material isolante(ex: poliestireno, poliuretano), cujo interiordever ser revestido por acumuladorestrmicos.
So utilizadas para manter as vacinas e ossolventes temperatura adequada durante otransporte, em veculo fechado.
Podero tambm servir para armazenamento,por curtos perodos, substituindo a cmarafrigorfica ou o frigorfico, em alturas de limpezaou avaria.
2.4.1. Caixas trmicas
Dependendo do modelo, a sua vida de frio (semser aberta) poder ir de 2 a 7 dias, a umatemperatura ambiente no superior a 10 C.
Fig. 4|Exemplo de uma caixa trmica.
Tal como as caixas trmicas, so contentoresfabricados em material isolante que, quandorevestidos interiormente por acumuladorestrmicos, mantm as vacinas e os diluentes
temperatura adequada.
Mais pequenas que as caixas trmicas, soutilizadas para o transporte, em veculo fechadoou em mo, de pequenas quantidades devacinas.
Podero tambm servir para substituir ofrigorfico em alturas de limpeza ou avaria, ouainda para armazenamento temporrio, durante
as sesses de vacinao.
Dependendo do modelo, a sua vida de frio (semser aberta) poder atingir as 48 horas, temperatura ambiente.
2.4.2. Malas trmicas
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Fig. 5|Exemplo de uma mala trmica, com respectivos acumuladores trmicos.
Existem vrios modelos de caixas e malas
trmicas, com diferentes capacidades dearmazenamento.
Os ACES/Extenses, Hospitais e outros locaiscom Servios de vacinao necessitaro,geralmente, de uma ou mais caixas ou malastrmicas com capacidade para:vacinas e solventes necessrios ao
abastecimento de 1 ms;vacinas e solventes para uma reserva de 1-
2 semanas
Para alm da capacidade, a seleco dascaixas/malas trmicas dever ter emconsiderao a sua vida de frio.
Critrios para a seleco das caixas/
malas trmicas
Quantidade: tipo de vacinas e solventesa transportar e/ou armazenartemporariamente
Vida de frio necessria: determinadapelo tempo mximo que as vacinas esolventes precisam ficar armazenadas namala trmica
Compatibilidade entre a mala trmica eos acumuladores trmicos
Meio de transporte a utilizar
2.5. Acumuladores Trmicos
So contentores de plstico, estanques, cheioscom uma soluo de gua e substncia
congelante, podendo apresentar tamanhosdiferentes.
Depois de previamente congelados, soutilizados como nica fonte de frio, para aconservao das vacinas colocadas em caixasou malas trmicas, quer no transporte, quercomo recurso cmara frigorfica/frigorfico, ouainda como armazenamento temporrio,durante as sesses de vacinao.
Fig. 6|Exemplos de acumuladores trmicos.
Todos os ACES/Extenses, Hospitais
e outros locais com Servios deVacinao devero ter pelo menos 2conjuntos de acumuladores trmicospara cada caixa/mala trmica:
um conjunto em processo decongelao
outro em uso na caixa/mala trmica
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2.6. Monitores de temperatura
O registo da temperatura a que as vacinas e ossolventes so submetidos durante o transporte
e armazenamento s possvel utilizandoequipamentos prprios para a monitorizao darede de frio.
Para medir a temperatura das vacinas poderoutilizar-se termmetros e registadores grficosda temperatura no interior dos frigorficos.
Durante o transporte e armazenamento dasvacinas podero tambm utilizar-se tiras
indicadoras da temperatura ou sistemasMicrolog.
2.6.1. Termmetros
Qualquer equipamento da rede de frio (detransporte ou armazenamento) dever possuirsempre, pelo menos, um termmetro simples,para verificao visual da temperaturainstantnea, e um termmetro de mximas emnimas, para verificao da amplitude mximada temperatura ocorrida num determinadoperodo.
O termmetro de mximas e mnimas umtermmetro duplo que indica, em cada escala,as temperaturas mxima e mnima,respectivamente, ocorridas no interior dofrigorfico ao longo de determinado perodo.
um instrumento simples, mas essencial emqualquer equipamento de frio.
Actualmente, recorre-se a termmetros demximas e mnimas digitais.
Fig. 7|Exemplos de termmetros de mximas e mnimas para vacinas.
2.6.2. Registadores grficos de temperatura
So dispositivos que monitorizam e registam atemperatura de uma forma contnua, permitindovisualizar as oscilaes da temperatura, nointerior do frigorfico, ao longo do tempo.
No so mais do que grficos, geralmente emforma de disco, onde a temperatura traada,com uma caneta, medida que o disco vaigirando de forma contnua, 24 horas por dia.
Os discos devero ser substitudos quando oseu traado ficar completo: geralmente ao fimde uma semana.
Fig. 8|Exemplo de um registador grfico de temperatura.
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2.6.3. Tiras indicadoras de temperatura
Utilizam-se durante o transporte earmazenamento das vacinas.
Possuem um corante, sendo construdas sob aforma de janelas.
Se todas as janelas da tira indicadoraapresentarem-se com cor branca, isso significaque no houve quebras na rede de frio duranteo transporte e/ou armazenamento em relao temperatura definida na tira indicadora.
Se a temperatura se elevar para alm do valorpr-estabelecido (por exemplo: 8 C), o corantegradualmente se mover atravs de cada umadas janelas com o decorrer do tempo, ficandoestas coradas, por exemplo, de vermelho.
Se a temperatura voltar aos 8 C, o corantedeixar de fluir para a janela seguinte. Destemodo, possvel ter uma estimativa do tempoque o produto esteve exposto acima da
temperatura limite.
A principal vantagem deste sistema prende-secom o facto de ser possvel monitorizar otransporte e/ou armazenamento das vacinas deuma forma rpida e simples.
8 C 8 C
Antes Depois
Fig. 9|Exemplo de uma tira indicadora de temperatura e seu modo de funcionamento.
2.6.4. Sistema Microlog
Principais caractersticas:
captao e visualizao dos valores datemperatura e humidade em tempo real.
seleco do intervalo de leitura datemperatura e humidade pelo utilizador,tendo como limite inferior 10s e como limitesuperior 1 ou 2 horas.
possibilidade de transferncia dos dadoscolectados para um computador pessoal,onde sero visualizados num ficheiro emExcel.
alarme visual e/ou sonoro, sendo possvelo envio de um e-mail sempre que atemperatura ou a humidade ultrapassemos limites pr-estabelecidos.
um dispositivo que permite medir, registar eguardar, durante vrios meses, os valores datemperatura e humidade a que esto sujeitas asvacinas durante o seu armazenamento e/outransporte.
Fig. 10|Exemplo de um sistema Microlog
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3. Procedimentos
Devero existir normas orientadoras referentesao pedido, recepo, armazenamento,inutilizao e transporte das vacinas. Tambmdevero existir procedimentos para as quebrasna rede de frio.
Todos estes procedimentos escritos devero serde cumprimento obrigatrio.
Os procedimentos devero ser regularmenteavaliados, para verificao do seucumprimento.
3.1. Pedido de vacinas
Devero ser feitos segundo a calendarizaoestabelecida pelos Servios Farmacuticos daARSLVT no referente aos seus armazns deLisboa, Setbal e Santarm.
As requisies dos ACES devero ser enviadasaos Servios Farmacuticos na semana anteriorao calendrio do seu fornecimento.
As vacinas devero ser requisitadas emimpresso prprio, existindo um especfico paraas do Programa Nacional de Vacinao (PNV -Anexo IV) e outro para as da VacinaoInternacional (Anexo V).
Pedidos urgentes:devero ser feitos por fax ouemail, sendo aviados 24 a 48 horas aps a suaentrada na ARSLVT, a menos que hajamrupturas de stocks.
3.2. Recepo de vacinas
Procurar a requisio das vacinas a recepcionar.
Verificar a conformidade da requisio com aguia de remessa correspondente: designao equantidade (n de doses de vacinassolicitadas).
Conferir os nmeros de lote e prazos devalidade na guia de remessa que acompanhaas vacinas.
Verificar a temperatura das vacinas arecepcionar.
Preencher/Verificar o registo de entrada devacinas no ACES: data e hora de recepo,procedncia, temperatura de recepo, tipo devacina, Laboratrio, Lote, prazo de validade enmero de doses (quantidade).
3.3. Armazenamento de vacinas
Reversempre as instruesdos produtoresacerca da conservao das vacinas, antes deas arrumar.
Verificaras datas de validadede cada lote(nem sempre as vacinas fornecidas por ltimopossuem o prazo de validade mais longo).
Arrumar as vacinas cumprindo a regra FEFO(first expired-first out): as vacinas com prazosde validade mais curtos devero ser arrumadasna primeira fila, ficando imediatamentedisponveis ao abrir da porta.
Arrumar cada vacina no seu local pr-destinado.
Arrumar sempre os solventesjuntamente comas vacinas respectivas, de acordo com a marca
e o lote, no esquecendo de verificar,previamente, o seu prazo de validade (Nota:vacinas e solventes nem sempre tm o mesmoprazo de validade).
Acondicionar as vacinas, sem as encostar sparedes do frigorfico, deixando algum espaolivre entre as embalagens dos vrios lotes, paraa circulao de ar.
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Manter as vacinas (frascos, ampolas, seringaspr-cheias) nas suas embalagens de origem,as quais nunca devero ser removidas.
a remoo da embalagem poder implicarperda de informao (ex: n de lote, datade validade);
a embalagem protege as vacinasfotossensveis da luz.
Arrumar as vacinas, e respectivos solventes,num frigorfico apropriadopara produtosfarmacuticos e de
uso exclusivo.
Noguardar alimentosno frigorfico dasvacinas.
Noarmazenar vacinas com prazo de validadeexpirado; inutiliz-las conforme o procedimentodescrito no ponto 3.4.
Arrumar, separadamente, as embalagens de
vacinas que j estiveram fora do frigorfico(ex:vacinas conservadas numa mala trmicadurante uma sesso de vacinao). Estasdevero ser devidamente identificadase asprimeiras a serem utilizadasna sesso devacinao seguinte.
No abrir frequentemente a porta do frigorfico.Este procedimento levar a um aumento datemperatura no interior do aparelho.
Verificar sempre se a porta do frigorfico ficoubem fechada.
Identificar o contedo dos frigorficos, caso asportas no sejam de vidro (objectivo:minimizartempo de abertura).
Monitorizar, diariamente, no princpio, a meio eno final do expediente, as temperaturas do
termmetro interno do frigorfico. Registar essesvalores no dirio mensal das temperaturas.
Arquivar os registos grficos da temperatura dosfrigorficos das vacinas.
Arquivar os registos de manuteno dosfrigorficos.
3.4. Inutilizao de vacinas
Contactar a empresa responsvel pelotratamento dos resduos nos Servios de Sade.
Proceder em conformidade com as instruesfornecidas pela empresa contratada.
3.5. Transporte de vacinas
Efectuar todo o processo de forma rpida. Asvacinas devero estar expostas temperaturaambiente o mnimo de tempo possvel. Sempreque possvel, as caixas/malas trmicas deveroser previamente arrefecidas.
Sempre em mala trmica, caixa de esferovite ou
de outro material isolante.
Utilizar um nmero suficiente de acumuladorestrmicos, devidamente congelados (pelo menosdurante 24 horas) e proteg-los, envolvendo-osem papel. Arrum-los na caixa/mala trmica, demodo a revestirem os quatro lados e o fundo.
Retirar do frigorfico as vacinas e respectivossolventes pela seguinte ordem:
embalagens intactas que j estiveram forado frigorfico
embalagens com o prazo de validade maiscurto ou armazenadas h mais tempo
Arrumar as vacinas e os solventes na caixatrmica. Colocar a BCG e a VASPR, na zonamais fria, junto aos acumuladores; devendo asDTPa, DTPaHib, DTPaHibVIP, DTPaVIP, Hib,MenC, Td, VHB e VIP serem colocadas no meio.
Colocar as vacinas sem ser em contacto directocom os acumuladores trmicos.
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Fig. 11|Modo de acondicionamento das vacinas
1. Colocar acumuladores trmicos no fundo da caixa trmica.
3. Colocar as vacinas no centro da caixa trmica.
2. Colocar acumuladores trmicos nas paredes da caixa trmica.
4. Cobrir as vacinas com acumuladores trmicos.
Colocar um monitor de temperatura nacaixa/mala trmica.
As viaturas que transportam as vacinas deveroseguir os trajectos com a mais curta duraopossvel. Devem evitar-se estacionamentos com
exposio ao sol.
As vacinas no podem ficar nas viaturas,devendo ser armazenadas no frigorfico, logoaps a chegada ao seu destino. Registar ashoras de sada e de chegada, e respectivastemperaturas.
3.6. Quebras na rede de frio
alternativo, em quarentena.
Saber durante quanto tempo ocorreu a falha decorrente, a temperatura mxima de exposiodas vacinas e perodo de tempo fora dointervalo 2-8 C. Efectuar o registo no Impresso
para Notificao de Acidentes com a Rede deFrio em utilizao na ARSLVT (Ver Anexo II).
Preencher a tabela (Ver Anexo III), no verso doImpresso para Notificao de Acidentes com aRede de Frio, mencionando os lotes, validadese quantidades que foram afectadas no acidenteem questo. Enviar, por fax, para os ServiosFarmacuticos da ARSLVT.
Enviar, como anexo, cpia dos registos datemperatura dos frigorficos atingidos.
Enquanto no houver uma resposta da ARSLVT,as vacinas devero ser mantidas na Rede deFrio, em quarentena, devidamente sinalizadas.
Verificar a temperatura dentro do frigorfico eregistar.
Todos os produtos vacinais devero serimediatamente colocados num frigorfico
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Bibliografia
1. Manuila, L., Manuila, A., Lewalle, P. andNicoulin, M. (2000). Dicionrio Mdico, 1 ed.,Climepsi Ed. Lisboa.
2.Infarmed - Autoridade Nacional doMedicamento e Produtos de Sade, I.P.(2007). Pronturio Teraputico, 7 ed.,Infarmed, Lisboa.
3. Direco-Geral de Sade. Diviso deDoenas Transmissveis (2005). ProgramaNacional de Vacinao 2006, DGS, Lisboa.
4.Direco Geral de Sade (2004). NotaInformativa Programa Nacional de Vacinao
2005. Alteraes ao Plano Actualmente em
vigor.
5.NHS (2006). Immunization against infectiousdisease - The Green Book.
http://www.dh.gov.uk/en/Publichealth/Healthprotection/Immunisation/Greenbook/DH_4097254?CONTENT_ID=4097254&chk=isTfGX.Part 1 Principles, practices and procedures.Chapter 3: Storage, distribution and disposalof vaccines. Acedido em 06/08/2008.
6.http://webpages.fc.ul.pt/~mcgomes/vacinacao/vacinas/index.html. Acedido em05/05/2008.
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Anexos
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
Anexo 1.
Identificaoe Localizaodo Aparelho/Termmetro
DataManuteno/Calibrao
TcnicoManuteno/CalibraoAssinatura
Centro de Sade
Assinatura
Observaes
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
Anexo 2.
Servios FarmacuticosAv. EUA, n 75 - Piso 0; 1749 - 096 LisboaTelefone: 218425255 - Fax: 218465639e-mail: [email protected]
Impresso para a Notificao de Acidentes na Rede de Frio
ACES:
Extenso de Sade:
Data do acidente: / /
Descreva de modo sucinto a situao que conduziu quebra da rede de frio, no esquecendo de referir: adurao da falha de corrente, a temperatura mxima a que as vacinas ficaram sujeitas e durante quantotempo. Refira tambm o perodo, aps o acidente, ao fim do qual as vacinas voltaram a estar armazenadas temperatura de 2-8 C.
Preencha a tabela, no verso, indicando os lotes, validades e quantidades das vacinas que foram afectadasneste acidente. Envie cpia dos registos da temperatura do(s) frigorfico(s) atingidos.
Preenchido por:
Fax: Telefone:
em: / /
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
Anexo 3
Servios FarmacuticosAv. EUA, n 75 - Piso 0; 1749 - 096 LisboaTelefone: 218425255 - Fax: 218465639e-mail: [email protected]
NomeComercial
Fornecedor/Laboratrio
Cdigo Vacina Lotes Validade Quantid. Parecer*
111904071
111801021
111801161
111801072
111801071
111801091
111801101
111801142
111801122
111801131
111801151
111801111
111801082
111801401
Provada Tuberculina
BCG
VASPR
VHB infantil
VHB adulto
VIP
Vacina dupla(Td)
Vacina trplice(DTP acelular)
Vacina Tetra(DTP acelular e Hib)
Vacina Tetra
(DTP acelular e VIP)
Vacina Penta(DTP acelular, Hibe VIP)
Hib
MenC
HPV
---
Vacina BCG
MMR II
Engerix B 10
Engerix B 20
Imovax Polio
Ditanrix
Infanrix
Infanrix Hib
Tetravac
Infanrix IPV+ Hib
Hiberix
Neisvasc
Menjugate
Meningitec
Gardasil
J.M. Farmacutica
J.M. Farmacutica
Sanofi Pasteur
Glaxo Smithkline
Glaxo Smithkline
Sanofi Pasteur
Glaxo Smithkline
Glaxo Smithkline
Glaxo Smithkline
Sanofi Pasteur
Sanofi Pasteur
Glaxo Smithkline
Glaxo Smithkline
Baxter
Esteve Farma
Wyeth L.
Sanofi Pasteur
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
Servios FarmacuticosAv. EUA, n 75 - Piso 0; 1749 - 096 LisboaTelefone: 218425255 - Fax: 218465639e-mail: [email protected]
NomeComercial Fornecedor/LaboratrioCdigo Vacina Lotes Validade Quantid. Parecer*
111801041
111801051
111801061
111801081
111801091
111801101
111801161
EncefaliteJaponesa
Febre Amarela
Febre Tifide
MeningiteACWY
VIP
Vacina dupla(Td)
VASPR
JapaneseEncephalitis
Stamaril
Typhin Vi
ACW vax
Imovax Polio
Ditanrix
MMR II
Green Cross
Sanofi Pasteur
Sanofi Pasteur
Glaxo Smithkline
Sanofi Pasteur
Glaxo Smithkline
Sanofi Pasteur
A preencher pelos Servios Farmacuticos da ARSLVT.
Vacinao Internacional
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
Anexo 4
Cdigo do artigo Designao Unidadede movimento
Quantidade
111904071
111801021
111801161
111801072
111801071
111801091
111801101
111801142
111801122
111801131
111801151
111801111
111801082
111801401
Vacinas
Requisio de material n /
Servio requisitante Centro de custo n
Tuberculina 2U PPD - Sol. inj.
Vacina B.C.G. - Sol. inj. (Liofilizada)
V.A.S.P.R. - Sol. inj. - monodose
Vacina Anti-Hepatite B, infantil - Sol. inj. - monodose
Vacina Anti-Hepatite B, adulto - Sol. inj. - monodose
Vacina Anti-Plio inactivada- Sol. inj. - monodose
Vacina Dupla (Td - dose reduz.) - Sol. inj. - monodose
Vacina Trplice (DTP acelular) - Sol. inj. - monodose
Vacina Tetra (DTP acelular e Hib) - Sol. inj. - monodose
Vacina Tetra (DTP acelular e VIP) - Sol. inj. - monodose
Vacina Penta (DTP acelular, Hib e VIP) - Sol. inj. - monodose
Vacina Hib. Haemoph. Infl. B - Sol. inj. - monodose
Vacina contra o Meningococos C - Sol. inj. - monodose
Vacina Papilomavrus Humano - monodose
Frasco 1,5 mL
Ampola 1 mL
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
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Manual da Rede de Frio (Vacinas)
Anexo 5
Cdigo do artigo Designao Unidadede movimento
Quantidade
111801041
111801051
111801061
111801081
111801091
111801101
Vacinas Internacionais
Requisio de material n /
Servio requisitante Centro de custo n
Vacina contra a Encefalite japonesa
Vacina contra a Febre Amarela
Vacina contra a Febre Tifide
Vacina contra Meningococos ACW135 Y
Vacina contra Polio Inactivada
Vacina Dupla (Td) inj
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
Ampola
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CoordenaoDepartamento de Sade Pblica
Assessoria de Comunicao
DesignMK3C
FormatoCapa - formato aberto 750mm x 170mmMiolo - monofolhas no formato 171 x 241mm
Tipo de letra
Swiss 721 BT
PapelCapa - Cartolina Trucard 350grsMiolo - Papel Couch Mate 250grs
ImpressoMK3C
Tiragem
3.000 exemplares
Depsito LegalA preencher
Ficha Tcnica
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