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As Ferramentas do Astrônomo

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Com Certeza, o mais famoso e importante instrumento de apoio ao astrônomo é o telesCópio, a estrela entre os

aparelhos de ver estrelas.

O primeiro telescópio foi produzido na Holanda, em 1608, quando o óptico Hans Lippershey (1570–1619) utilizou duas lentes convergentes acopladas nas extremidades de um tubo para ampliar o efeito da lupa, que utiliza apenas uma lente. Com essa simples combinação, estava inventado o telescópio refrator. Quando o teles cópio refrator é pequeno e não tem suporte, ele é chamado de luneta.

Na Itália, o astrônomo Galileu Galilei (1564–1642) tomou conhecimento da invenção do telescó-pio e o aperfeiçoou. Usando um telescópio capaz de aumentar as imagens aproximadamente 30 vezes, ele viu crateras e montanhas na Lua, além dos satélites em Júpiter.

Galileu Galilei

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UNIVERSAE

Algum tempo depois de Galileu, em 1671, o célebre físico, mate-mático e astrônomo inglês sir Isaac Newton (1642–1727) construiu um telescópio que usava um espelho no lugar da lente objetiva. A partir daí, distinguem-se dois tipos de teles-cópio: refrator – que usa uma lente como objetiva; e refletor – que usa um espelho como objetiva.

Objetiva é a lente maior do teles-cópio, aquela que fica na entrada de luz; a menor é a ocular, aquela que fica próxima ao olho. Os telescópios são construídos de maneira que podemos trocar a ocular, obtendo assim diferentes aumentos.

Uma das vantagens do telescó-pio refletor é o fato de o tamanho do aparelho ser reduzido por causa

Sir iSaac NewtoN,

o teleScópio de Galileu

o teleScópio refrator de YerkeS NoS eStadoS uNidoS

das reflexões internas da luz e ter menos problemas de ótica como a refração. Há dois tipos principais de telescópios refletores: os refletores newtonianos e os refletores casse-grain.

Basicamente, a diferença entre eles é a maneira como a luz é refle-tida pelo segundo espelho (chamado de espelho secundário). Nos refle-tores newtonianos é colocado um espelho a 45 graus desviando a luz para a lateral do tubo do telescópio, onde é colocada a lente ocular. Nos refletores cassegrain, um espelho secundário reflete a luz novamente para o espelho primário, no qual existe um furo no centro, onde está a ocular.

Wiki

pédia

um lorde em aStroNomia

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Imensos telescópios foram construídos já no século XIX. Todos exigiram um grande esforço de engenharia, pois não bastava que os elementos ópticos do equipamento fossem bons, era preciso desenvol-ver uma mecânica capaz de ofere-cer mobilidade para apontar para

Na moNtagem aLtaZImUtaL, Um dos eIxos permIte mover o teLescópIo paraLeLameNte à sUperfícIe, chamado de eIxo aZImUtaL, e o oUtro permIte movê-Lo perpeNdIcULarmeNte à sUperfícIe, chamado de eIxo da aLtItUde.

Já a moNtagem eQUatorIaL tem Um dos doIs eIxos paraLeLo ao eIxo de rotação da terra, oU seJa, apoNta para o póLo ceLeste, e oUtro perpeNdI-cULar a este. são chamados de eIxo da decLINação e do âNgULo horárIo.

qualquer estrela, mas que evitasse trepidações, além de ser capaz de compensar o movimento de rotação da Terra, ou seja, movimentar-se suavemente acompanhando as estrelas no seu trajeto no céu, ao longo da noite.

No que tange à mobilidade, os telescópios subdividem-se em dois grandes grupos: os de montagem altazimutal e os de montagem equa-torial. Os dois têm dois eixos para que se possa apontar o telescópio para qualquer ponto no céu.

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Refração é o fenômeno de desvio da luz ao passar de um meio para outro. Acontece refração quando a luz passa do ar para a

água, por exemplo.

Astrônomos amadores e os clubes de Astronomia costu-mam utilizar telescópios em montagem dobsoniana. Ela é uma variação da montagem altazimutal, mas é bem mais portátil pois não precisa de tripé e é fácil de construir.

IESDE

IESDE

um teleScópio refletor caSeGraiN

um teleScópio NewtoNiaNo

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Também aumentou seu refinamento, o que exigiu uma estrutura de suporte que os protegesse da chuva e do vento. Além disso, era necessário todo um equipamento de suporte para as pesquisas realizadas. Assim, sur-giram os observatórios, edifícios equipados para observações astronômicas ou meteorológicas.

Um fator crucial na montagem de um observatório é a decisão de onde ele será ins-talado. Os melhores locais são aqueles em que na maior parte do ano há noites sem chuva e sem nuvens. Outro fator importante é a altitude. Para observar através de um telescópio, a luz que é emitida pelos astros precisa atravessar a massa de ar e chegar às lentes do telescópio. Assim, quanto mais alto estiver o telescópio, me-nos ar precisará ser atravessado pela luz proveniente das estrelas. Turbulências atrapalham a qualidade das imagens.

observatórios são como imensas guaritas de onde o astrônomo vigia o universo.

telescópios Gemini e telescópios Keck, assim como ou-tros grandes e modernos telescópios, usam uma técni-ca chamada de óptica adaptativa. por meio de um laser verificam-se as condições da atmosfera e usando pinos sob o espelho, corrige-se a sua superfície para que as turbulências atmosféricas sejam anuladas. Isso permite que as imagens sejam muito mais nítidas.

NASA

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B. A

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UNIVERSAE

A umidade relativa do ar também é considerada; quanto mais seco o ar, melhor a qualidade das imagens. O Deserto de Ata-cama, no Chile, é o lugar mais seco do mundo e algumas

montanhas nesse deserto estão entre os melhores lugares do mundo para a construção de observatórios. O

Mauna Kea, no Havaí, é outro lugar interes-sante para a instalação de observatórios,

por suas baixas latitudes (perto do Equador) e elevadas altitudes.

Com a evolução dos trabalhos astronômicos, foi preciso

fabricar espelhos cada vez maiores, o que não é fácil. Mas avanços tecnológicos permitiram aumentar a eficiência dos aparelhos utilizando mais de um te-lescópio ao mesmo tem-

po. Apontando-os para o mesmo objeto, suas forças são so-madas. Esse é o caso do VLT (do inglês very large telescope, “telescópio muito grande”), formado por quatro teles cópios de oito metros de diâmetro cada um. Juntos, eles equivalem a um telescópio de 16 metros de diâmetro, o que seria muito difícil de construir.

Também no Havaí se encontram os telescópios Keck I e II, cujos espelhos têm 10 metros de diâmetro. Na verdade, são um mosaico de 36 espelhos sextavados, unidos de tal forma a corresponder a um espelho só. Além dessa montagem incomum, os telescópios combi-nam a luz por uma técnica chamada de interferometria. Com isso, eles aumentam a resolução, ou seja, por meio deles é possível observar mais detalhes do objeto.

Outro grande projeto são os telescópios Gemini. Dois teles-cópios idênticos de 8 metros de diâmetro, um localizado no Havaí e outro no Chile. O Brasil é um dos parceiros nesse pro-jeto, o que permite aos astrônomos profissionais brasileiros realizar observações com esses telescópios.

Procure o observatório ou planetário mais próximo da sua ci-dade. Eles sempre têm dias de visitação pública. Vale a pena conhecer esses observatórios, mesmo que não sejam tão gran-des como aqueles de que falamos aqui. É uma experiência ines-quecível.

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RA I TELE C P OSD O S Ó I

Os corpos luminosos emitem grande quantidade de radiaçõeseletromagnéticas que diferem entre si por suas freqüências. Os seres humanos só são capazes de observar uma pequenafaixa desse espectro, a chamada faixa visível,do vermelho ao violeta.

para he a o har nã pode ir

c gar onde ol o

raIos INfravermeLhos têm freQüêNcIa (hZ) meNor QUe a faIxa vIsíveL; raIos ULtravIoLeta têm freQüêNcIas maIores QUe a faIxa vIsíveL.

comprImeNto de oNda

verry Large array é Uma coNfIgUração QUe UtILIZa várIos radIoteLescópIos para ter dados maIs precIsos.

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RA I TELE C P OSD O S Ó I

Os corpos luminosos emitem grande quantidade de radiaçõeseletromagnéticas que diferem entre si por suas freqüências. Os seres humanos só são capazes de observar uma pequenafaixa desse espectro, a chamada faixa visível,do vermelho ao violeta.

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UNIVERSAE

A observação em rádio pode ser dividida em várias

categorias, dependendo da faixa de comprimento

de onda.

Clássica, com comprimento de onda variando de

3 a 300 metros, abrangem os sinais de TV, rádio

FM e AM. Nessa faixa, foram feitas as primeiras

observações. Microondas, de 1 a 30m; o hidrogê-

nio atômico emite ondas de 21cm, importantes no

estudo da região de formação estelar. Ondas mili-

métricas, de 1 a 10mm, usadas para detecção de

moléculas. Submilimétricas, ondas de aproximada-

mente 0,4mm, que se aproximam do infravermelho

afastado.

Assista ao filme “Contato”, dirigido por Robert Ze-

meckis com Jodie Foster e Matthew McConaughey.

O grande astrônomo Carl Sagan é co-produtor deste

filme, que é baseado numa história escrita por ele e

Ann Druyan. O filme trata de uma astrônoma que

participa do projeto SETI e descobre sinais inteli-

gentes vindos do espaço.

o formato básIco de Um radIoteLescópIo se assemeLha mUIto a Uma aNteNa parabóLIca, dessas UtILIZadas para recepção de sINaL de teLevIsões. as maIores dIfereNças estão No tamaNho (o maIor radIoteLescópIo tem 305 metros de dIâmetro) e certameNte Nos receptores.

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o radIoteLescópIo de arecIbo, em porto rIco.

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Os telescópios começaram a ficar cada vez maiores, com tecnologia cada vez mais avançada, com espelhos cada vez melhores e capazes de fornecer grande luminosidade, mas... a melhoria da qualidade das imagens começou a esbarrar nas interferências da atmosfera terrestre. O ar, sempre em movimento, distorce as imagens, reduzindo muito a qualidade delas tão necessária ao trabalho dos cientistas.

Mas não são somente as turbulências que atrapalham os astrônomos. Por atuar como camada protetora, a atmosfera não deixa chegar à superfície da Terra muitas radiações perigosas ao ser humano, mas que os pesquisadores querem investigar.

Para libertar as imagens telescópicas das distorções causadas pela atmosfera, e também para poder conhecer aquelas radiações filtradas, os cientistas começaram a pensar em como seria bom se pudessem colocar os telescópios em órbita ao redor da Terra.

Apesar de alguns complicadores como a dificuldade da manutenção, a eficiência dos telescópios espaciais é bastante superior à de um telescópio de mesmo tamanho instalado na Terra.

O telescópio espacial mais famoso é o Hubble, mas há vários outros em órbita, como o Iras (observa na faixa do infravermelho) ou o Rosat (observa na faixa dos raios x).

O telescópio Soho se encontra em órbita numa região entre a Terra e o Sol, que lhe permite monitorar constantemente a nossa estrela.

Geralmente, os telescópios espaciais ficam orbitando a Terra a uma altitude de cerca de 400 quilômetros.

IStoc

k Pho

to

NASA

NASA

NASA

ESO

o teLescópIo hUbbLe orbItaNdo a terra.

a NebULosa do caraNgUeJo vIsta peLo teLescópIo espacIaL hUbbLe

a prodUção do espeLho do teLescópIo espacIaL hUbbLe exIgIU Um faNtástIco esforço de eNgeNharIa. a Nasa QUerIa Um espeLho pratIcameNte perfeIto, LIvre da INterferêNcIa da atmosfera.

o Iras é Um satéLIte QUe observa as radIações Na faIxa do INfravermeLho.

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Os telescópios começaram a ficar cada vez maiores, com tecnologia cada vez mais avançada, com espelhos cada vez melhores e capazes de fornecer grande luminosidade, mas... a melhoria da qualidade das imagens começou a esbarrar nas interferências da atmosfera terrestre. O ar, sempre em movimento, distorce as imagens, reduzindo muito a qualidade delas tão necessária ao trabalho dos cientistas.

Mas não são somente as turbulências que atrapalham os astrônomos. Por atuar como camada protetora, a atmosfera não deixa chegar à superfície da Terra muitas radiações perigosas ao ser humano, mas que os pesquisadores querem investigar.

Para libertar as imagens telescópicas das distorções causadas pela atmosfera, e também para poder conhecer aquelas radiações filtradas, os cientistas começaram a pensar em como seria bom se pudessem colocar os telescópios em órbita ao redor da Terra.

Apesar de alguns complicadores como a dificuldade da manutenção, a eficiência dos telescópios espaciais é bastante superior à de um telescópio de mesmo tamanho instalado na Terra.

O telescópio espacial mais famoso é o Hubble, mas há vários outros em órbita, como o Iras (observa na faixa do infravermelho) ou o Rosat (observa na faixa dos raios x).

O telescópio Soho se encontra em órbita numa região entre a Terra e o Sol, que lhe permite monitorar constantemente a nossa estrela.

Geralmente, os telescópios espaciais ficam orbitando a Terra a uma altitude de cerca de 400 quilômetros.

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O telescópiO Hubble OrbitandO a terra.

a nebulOsa dO caranguejO vista pelO telescópiO espacial Hubble

a prOduçãO dO espelHO dO telescópiO espacial Hubble exigiu um fantásticO esfOrçO de engenHaria. a nasa queria um espelHO praticamente perfeitO, livre da interferência da atmOsfera.

O iras é um satélite que Observa as radiações na faixa dO infravermelHO.

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Page 20: As Ferramentas do Astrônomo

Na época do Império, a Astronomia ganhou grande impulso no Brasil, porque Dom Pedro II era um

aficionado dessa ciência. Ele seguiu investindo no Imperial Observatório, que Dom Pedro I, seu pai,

havia mandado construir no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Com a proclamação

da República (1889), o Imperial Observatório passou a se chamar Observatório Nacional.

O maior telescópio brasileiro está em Brazópolis, Minas Gerais, no Observatório do Pico dos Dias e é mantido pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), cuja sede administrativa se localiza em Itajubá, também em Minas.

Como o clima e o relevo do Brasil não favorecem a instalação de observatórios, nosso país hoje participa de consórcios internacionais para fazer uso da informação obtida por telescópios situados em outros países. As informações vêm todas pela internet e os pesquisadores nem precisam sair do Brasil para operar os aparelhos.

Um exemplo disso é a participação do Brasil no projeto Gemini, que congrega esforços de seis países (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos e Inglaterra). Há dois telescópios Gemini, cada um com um espelho de oito metros de diâmetro. O Gemini Norte fica no Havaí, enquanto o Gemini Sul está no Chile.

O telescópio Soar também é uma parceria do Brasil com duas universidades americanas. O telescópio de 4 metros de diâmetro pode ser

totalmente controlado da cidade de São Paulo pelo Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG)

da Universidade de São Paulo (USP).

Para que um país se desenvolva cientificamente não basta equipamento de

alta tecnologia: são necessários recursos humanos. Assim, as

universidades brasileiras estão se esforçando para manter cursos de

alto nível, esperando estudantes ávidos por conhecimento que

serão os futuros astrônomos do Brasil.

21

UNIVERSAE

MCT

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MCT

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Gemi

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ator

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Na época do Império, a Astronomia ganhou grande impulso no Brasil, porque Dom Pedro II era um

aficionado dessa ciência. Ele seguiu investindo no Imperial Observatório, que Dom Pedro I, seu pai,

havia mandado construir no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Com a proclamação

da República (1889), o Imperial Observatório passou a se chamar Observatório Nacional.

O maior telescópio brasileiro está em Brazópolis, Minas Gerais, no Observatório do Pico dos Dias e é mantido pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), cuja sede administrativa se localiza em Itajubá, também em Minas.

Como o clima e o relevo do Brasil não favorecem a instalação de observatórios, nosso país hoje participa de consórcios internacionais para fazer uso da informação obtida por telescópios situados em outros países. As informações vêm todas pela internet e os pesquisadores nem precisam sair do Brasil para operar os aparelhos.

Um exemplo disso é a participação do Brasil no projeto Gemini, que congrega esforços de seis países (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos e Inglaterra). Há dois telescópios Gemini, cada um com um espelho de oito metros de diâmetro. O Gemini Norte fica no Havaí, enquanto o Gemini Sul está no Chile.

O telescópio Soar também é uma parceria do Brasil com duas universidades americanas. O telescópio de 4 metros de diâmetro pode ser

totalmente controlado da cidade de São Paulo pelo Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG)

da Universidade de São Paulo (USP).

Para que um país se desenvolva cientificamente não basta equipamento de

alta tecnologia: são necessários recursos humanos. Assim, as

universidades brasileiras estão se esforçando para manter cursos de

alto nível, esperando estudantes ávidos por conhecimento que

serão os futuros astrônomos do Brasil.

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NASA

a imagem aO ladO mOstra cOmO é a

paisagem em vênus

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Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e fica a uma distância média de

108 milhões de km do astro rei.

TRANSLAÇÃOROTAÇÃO

MASSAVOLUME

DISTÂNCIA DO SOLTEMPERATURA MÁX.TEMPERATURA MÍN.

ATMOSFERADIAMETRO

LUAS

224 DIAS243 DIAS

24 4,869.105% MENOR QUE A TERRA108 MILHÕES DE KM450º C400º CDIÓXIDO DE CARBONO E NITROGÊNIO 12.102 KMNENHUMA

23

UNIVERSAE

só passamos a coNhecer meLhor a sUperfícIe de vêNUs

mUIto receNtemeNte, QUaNdo

soNdas espacIaIs coNsegUIram Ir até

Lá e tIveram a capa-cIdade de agüeNtar

a pressão e a temperatUra excessIvas.

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para se ter Uma IdéIa do QUe é Uma pressão 100 veZes maIor do QUe a da terra, ImagINe-se mergULhaNdo No oceaNo até mIL metros de profUNdIdade. obvIameNte você serIa esmagado (Lembre-se de QUe até sUbmarI-Nos feItos de aço dIfIcILmeNte agüeNtam taL profUNdIdade).

UsaNdo Um radar, descobrImos QUe vêNUs dá Uma voLta em torNo de seU eIxo em 243 dIas, Uma rotação mUIto LeNta. vêNUs demora maIs tempo para dar Uma voLta em torNo de seU eIxo do QUe para dar Uma voLta em torNo do soL (Nesse caso são 224 dIas). Isso faZ com QUe Um dIa em vêNUs seJa maIs LoN-go do QUe o aNo de vêNUs! e tem maIs, vêNUs Não rotacIoNa como os oUtros pLaNetas, mas em seNtIdo coNtrárIo. oU seJa, se fosse possíveL ver o soL em vêNUs (Não é possíveL por caUsa das NU-veNs), eLe NascerIa No oeste e se porIa No Leste. de amaNhecer a amaNhecer passarIam 117 dIas terrestres.

comparação eNtre os tamaNhos da terra e de vêNUs. a terra é

LIgeIrameNte maIor.

maIs Uma INóspIta paIsagem veNUsIaNa.

Lunar and Planetary Institute

NASA

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Page 25: As Ferramentas do Astrônomo

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UNIVERSAE

vêNUs pode ser vIsto a oLho NU e é o astro maIs brILhaNte

do céU depoIs do soL e da LUa.

Como Vênus é um planeta com órbita interna à órbita da Terra, ele apresenta fases, como a Lua. Para perceber isso, temos que usar o telescópio. Ele é conhecido como Estrela D’alva, pois em certas épocas do ano, o planeta é visto durante o alvorecer.

A temperatura na superfície de Vênus chega a 450°C, o que faz com que o planeta, mesmo estando mais afastado do Sol do que Mercúrio, seja o mais quente do Sistema Solar. A atmosfera de Vênus também faz com que não haja muita diferença de temperatura do dia para a noite. É muito quente nos dois casos.

Os montes Maxwell em Vênus são mais altos que o Everest, o que somente pôde ser confirmado com a chegada das sondas russas Venera 9 e 10, em 1975. Pousadas em solo venusiano, elas nos enviaram algu-mas imagens, porém não agüentaram por muito tempo a pressão e a tem-peratura. A sonda americana Pioneer também esteve no planeta.

NASA

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aliSSaNdro aNtoNio coletti

coNstróI teLescópIos há deZ aNos. aos 14,

sUa cUrIosIdade o LevoU a pesQUIsar como coNstrUIr

esses apareLhos e determINoU o QUe eLe

QUerIa faZer.

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Page 27: As Ferramentas do Astrônomo

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UNIVERSAE

De origem humilde, Alissandro nunca pôde sair do Brasil para aprender esse ofício, nem ao menos comprar um telescópio pronto. Sua primeira construção foi um telescópio caseiro e desde então vem aperfeiçoando sua técnica. Hoje, ele trabalha somente com telescópios. Alissandro ou Sandro, como gosta de ser chamado, mora em Curitiba e tem uma oficina em sua própria casa.

Como e quAnDo voCê Come-çou A Se intereSSAr por teleS-CópioS?

em 1984, ainda criança. eu estava na casa da minha avó materna em Santa Catarina e, ao abrir o Almanaque Abril Cultural, li uma notinha informando que em 1986 o Cometa Halley ia pas-sar bem próximo à terra. Fiquei muito curioso e comecei a procurar infor-

mações sobre instrumentos de observação. naquela épo-

ca o preço de um telescópio

(ocular). tendo essas informações básicas, deve-se ir atrás de matéria-prima: um vidro de espessura grossa (iniciantes podem começar com um de 10 centímetros de diâmetro), um pouco de abrasivo (que pode ser con-seguido numa ótica). também são necessários um tubo de pvC e alguns componentes mecânicos para suporte dos componentes ópticos que chamamos de montagem. Com as informações técnicas corretas e esses materiais, qualquer pessoa pode fabricar o que chamo de “alma do telescópio”. Hoje todas essas infor-mações estão disponíveis na internet, diferentemente da época em que comecei, quando tive que aprender a ler em italiano, inglês e francês, pois só os livros de origem estrangeira é que tinham as informações técnicas de que eu precisava.

quAnDo voCê Começou A uSAr Seu primeiro teleS-

Cópio e o que mAiS voCê goStAvA De

oBServAr?

era um absurdo e eu queria forçar mi-nha mãe a comprar um... para minha sorte, ela não tinha condições e eu fui obrigado a pesquisar numa biblio-teca pública sobre como montar um telescópio. Só consegui montar meu primeiro telescópio quando o cometa já tinha passado, em 1988.

o CuSto Foi muito Alto?

não, foi irrisório.

Como umA peSSoA poDe ConS-truir um teleSCópio em CASA?

qualquer um pode construir um telescópio, desde que estude os prin-cípios elementares de ótica e conheça os princípios de funcionamento e a composição desse objeto. É preciso saber observar a imagem fornecida pelo espelho côncavo (principal elemento do telescó-pio) e saber que é preciso de uma lente próxi-ma do olho

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Page 28: As Ferramentas do Astrônomo

intuitivamente, meu primeiro alvo foi a lua... o segundo foi Saturno, por causa dos anéis. Demorei muito para concluir meu primeiro telescópio e nesse meio tempo estudei Astrono-mia. então descobri outros astros que pode riam ser observados. os objetos que observei depois foram os “de espa-ço profundo” nebulosas, aglomerados, galáxias que não podem ser vistos a olho nu e parecem uns “borrõezi-nhos”, mesmo quando observados por meio de telescópios. Até hoje é o que mais me fascina são os aglomera-dos de estrelas.

AtÉ onDe o Homem ConSegue ver por meio De um teleSCó-pio?

Com os maiores e melhores teles-cópios do mundo (o Hubble, por exemplo) se consegue ver a luz de objetos a distâncias muito grandes, um pouco além do início do universo,

do Big bang, algo entre 8 e 10 bilhões de anos-luz. mas há galáxias ainda mais distantes, situadas a mais de 20 bilhões de anos-luz da terra. telescó-pios amadores não têm essa função e alcançam apenas objetos mais próxi-mos do planeta.

o que erA poSSível oBServAr Com oS primeiroS teleSCópioS, AqueleS montADoS no SÉCulo Xvii?

Com aqueles telescópios, os ob-servadores mal conseguiam ver os anéis de Saturno, dificilmente viam uma manchinha em Júpiter, mas conseguiam enxergar estrelas duplas e aglome rados esféricos e abertos. Apesar disso, aqueles instrumentos já foram suficientes para mudar todo um conceito existente sobre o univer-so e a terra. que o diga galileu, que com apenas uma espiada em Júpiter convenceu-se de que a teoria de que tudo no uni verso girava em torno da terra era falsa.

que CompArAção poDe-Se FAzer entre um teleSCópio Feito em CASA e um teleSCópio inDuStriAlizADo?

um telescópio feito em casa normal-mente fica melhor do que qualquer telescópio feito em fábrica, porque é acabado a mão, o que permite menor índice de erro na montagem do espelho. máquinas industriais têm movimen-tos viciosos e repetidos; as mãos de um artesão variam em força e ampli-tude, tornando a ação dos polidores algo mais randômico, o que é um benefício grande para evitar defei-tos graves nas calotas côncavas dos espelhos. É absolutamente difícil de convencer as pessoas de que a mão do homem é capaz de elaborar as mais precisas superfícies ópticas, superan-do e muito os melhores equipamen-tos destinados para tal tarefa. um exemplo grosseiro disso é o fato de

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uma ótica que fabrica lentes para ócu-los poderia tentar fazer um espelho em suas máquinas, porém os defeitos residuais na superfície do vidro não são menores que 20 vezes a preci-são necessária para um espelho de telescópio. o maior defeito admi tido na calota parabólica de um espelho para telescópio, quando comparada a uma calota parabólica teórica, deve ser menor que ¼ do comprimento de onda da luz amarela, que mede 0,53 mícron, ou seja 0,53/4 (= 0,13 mícron)... um fio de cabelo humano tem em média 0,04mm ou 40 mícrons, um diâmetro 300 vezes maior que o maior erro admitido num espelho. incrível não acha?

voCê FABriCA toDAS AS peçAS DoS teleSCópioS?

para alguns modelos de telescópios, eu confecciono todas as peças, com exceção das oculares (as pequenas lentes perto das quais colocamos o olho). prefiro importar essas lentes porque sua produção exige equipamentos muito caros. o telescópio que eu faço é inteiramente confeccionado por mim. eu só não fabrico o tubo de

pvC e materiais secundários,

como parafusos. os componentes focalizadores e as peças para suporte dos espelhos chamados de aranha e célula são feitos na minha oficina.

e Como voCê pArtiu Do AmA-DoriSmo pArA Se tornAr um proFiSSionAl?

Foram tantos erros e acertos... Já fiz muito telescópio ruim. eu dava de presente, eles voltavam, eu corrigia... na verdade, eu queria aprender e chegar à perfeição. minha intenção no começo era fornecer elementos ópticos para as pessoas testarem.

Como voCê Começou A Co-merCiAlizAr SeuS teleSCópioS?

Foi justamente quando as pessoas co-meçaram a saber que eu estava cons-truindo espelhos para telescópios, além dos telescópios, e aí começaram a encomendar. mas o boom mes-mo foi com o advento da internet, quando eu passei a entrar em grupos de discussão, conhecer mais gente da área, discutir assuntos em comum e ajudando quem precisava. Hoje, te-nho contato com pessoas do mundo todo. A conseqüência foi de aumento nas encomendas.

pArA quem voCê venDe oS te-leSCópioS HoJe?

minha preferência é vender para interessados em Astronomia que já tenham alguma experiência de obser-vação do céu, seja a olho nu, seja por meio de um binóculo. o telescópio não é tão fácil de usar, não é intuitivo. por menor que seja o aparelho, para conseguir ver alguma coisa é preci-so saber para que parte da abóbada celeste apontar. Se você apontar intuitivamente, pode até ver alguma coisa, mas não vai saber exatamente o que está observando. eu me atrevo a dizer que nunca ficarei rico venden-do telescópios, porque quando as pessoas me procuram para comprar um, eu digo: “Antes de comprar um telescópio, compre um binóculo... e antes até de comprar um binóculo, compre um livro ou consulte a inter-net, se informe mais sobre o assunto, principalmente sobre Astronomia a olho nu, para conhecer as constela-ções, as estrelas, conhecer a história delas. esses são estágios pelos quais as pessoas têm que passar. o primeiro instrumento a ser ad-quirido é o binóculo. Depois que a pessoa fica mais experiente é o momento de comprar um telescópio.

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