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Curso On-Line: Técnico em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres da ANTT Professor: Fernando Graeff Aula 10 Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução ............................................................................................ 01 Resoluções da ANTT (parte 1 de 3) .......................................................... 02 Questões comentadas ............................................................................. 38 Lista de questões ................................................................................... 46 Bibliografia ............................................................................................ 43 Introdução Prezado Aluno, Chegamos à reta final de nosso curso. Seguindo o cronograma proposto, começaremos a falar sobre as resoluções da ANTT (Parte 1 de 3). Hoje trataremos das Resoluções ANTT nº 3.658, de 19 de abril de 2011, nº 1.474, de 31 de maio de 2006, nº 2.885, de 09 de setembro de 2008, e nº 3.056, de 12 de março de 2009, que tratam do assunto transporte rodoviário de cargas. Dito isto, mãos à obra...

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Introdução ............................................................................................ 01 Resoluções da ANTT (parte 1 de 3) .......................................................... 02 Questões comentadas ............................................................................. 38 Lista de questões ................................................................................... 46 Bibliografia ............................................................................................ 43

Introdução

Prezado Aluno,

Chegamos à reta final de nosso curso.

Seguindo o cronograma proposto, começaremos a falar sobre as resoluções da ANTT (Parte 1 de 3). Hoje trataremos das Resoluções ANTT nº 3.658, de 19 de abril de 2011, nº 1.474, de 31 de maio de 2006, nº 2.885, de 09 de setembro de 2008, e nº 3.056, de 12 de março de 2009, que tratam do assunto transporte rodoviário de cargas. Dito isto, mãos à obra...

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Resolução ANTT 3.056/2009.

Vamos começar nossa aula falando sobre a Resolução ANTT nº 3.056/2009 que dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC).

A atividade econômica, de natureza comercial, de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração independe de autorização, permissão ou concessão, contudo para que seja exercida é necessária prévia inscrição junto à ANTT no RNTRC.

Assim, os seguintes transportadores devem solicitar a inscrição no RNTRC:

• as Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC); • as Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC); e • os Transportadores Autônomos de Cargas (TAC).

Por outro lado, o Transportador de Carga Própria (TCP) não pode inscrever-se no RNTRC. Entende-se como transporte de carga própria quando a Nota Fiscal dos produtos tem como emitente ou como destinatário a empresa, a entidade ou o indivíduo proprietário, o coproprietário ou o arrendatário do veículo.

Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTRC o transportador deve atender aos seguintes requisitos, de acordo com as categorias:

Transportador Requisitos

Transportador Autônomo de Cargas (TAC)

possuir Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ativo possuir documento oficial de identidade ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de experiência na atividade estar em dia com sua contribuição sindical ser proprietário, coproprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo ou uma combinação de veículos de tração e de cargas com Capacidade de Carga Útil - CCU, igual ou superior a quinhentos quilos, registrados em seu nome no órgão de trânsito como de categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN

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Transportador Requisitos

Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) e Cooperativas de Transporte

Rodoviário de Cargas (CTC)

possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ ativo estar constituída como Pessoa Jurídica por qualquer forma prevista em Lei, tendo no transporte rodoviário de cargas a sua atividade principal ter sócios, diretores e responsáveis legais idôneos e com CPF ativo ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, três anos na atividade, ou aprovado em curso específico estar em dia com sua contribuição sindical ser proprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo ou uma combinação de veículos de tração e de cargas com Capacidade de Carga Útil - CCU, igual ou superior a quinhentos quilos, registrados em seu nome no órgão de trânsito como de categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN, no caso das CTC a propriedade ou o arrendamento de veículos pode ser em seu nome ou no de seus cooperados

A idoneidade da ETC, dos sócios, dos diretores, dos responsáveis legais e dos Responsáveis Técnicos será aferida na primeira inscrição no RNTRC.

A idoneidade dos sócios, dos diretores ou dos responsáveis legais da ETC será preferencialmente demonstrada mediante declaração em formulário eletrônico, por sua vez, a idoneidade do Responsável Técnico será inicialmente demonstrada mediante declaração da ETC requerente, sobre a capacidade do indicado para o exercício da atividade.

O Responsável Técnico e os sócios da ETC perderão a condição de idôneo, por vinte e quatro meses, quando:

• reincidirem nas seguintes infrações: efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante remuneração em veículo não cadastrado na sua frota ou com o registro suspenso ou vencido, ou

• cometerem outras infrações, punidas por decisão definitiva, em número superior a doze, nos doze meses anteriores à última infração.

Considera-se ainda, para fins comprobatórios de posse veicular, aquele que esteja no exercício, pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes à propriedade do veículo, estabelecidos em contrato de comodato, aluguel,

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arrendamento e afins. As filiais da ETC serão vinculadas ao RNTRC da Matriz e utilizarão o mesmo número de registro.

Arrendamento é o contrato de cessão de uso do veículo de cargas mediante remuneração.

Veículos

É vedada a inclusão ou manutenção do cadastro no RNTRC dos seguintes veículos, de acordo com a regulamentação do CONTRAN:

• de categoria “particular”; • da espécie “passageiros”; • de categoria “aluguel”, da espécie “carga”, com Capacidade de Carga Útil

- CCU, inferior a quinhentos quilos; e • de categoria “aluguel”, da espécie “tração”, dos tipos “trator de rodas”,

“trator de esteiras” ou “trator misto”.

Por outro lado, veículos de categoria aluguel, com capacidade de carga igual ou superior a quinhentos quilogramas, utilizados no transporte rodoviário remunerado de cargas, devem ser incluídos no cadastro de frota do RNTRC.

É obrigatória a identificação de todos os veículos inscritos no RNTRC, mediante marcação do código do registro nas laterais externas da cabine de cada veículo automotor e de cada reboque ou semirreboque, em ambos os lados, e em locais visíveis.

O código de identificação do transportador é único e será composto por: categoria, nas siglas TAC, ETC ou CTC; e número do registro individual. A marcação em cada veículo, em ambos os lados, em local visível, deverá ser feita conforme as cores, dimensões e formatos estabelecidos pela ANTT.

Procedimento de inscrição e manutenção do cadastro

A solicitação de inscrição e manutenção do cadastro no RNTRC será efetuada por meio de formulário eletrônico a ser preenchido por agente da ANTT ou de entidade que atue em cooperação à Agência, na presença do transportador ou de seu representante formalmente constituído. A entidade responsável pelo preenchimento poderá exigir cópia reprográfica da documentação que julgar necessária para comprovação dos requisitos.

A ANTT poderá requerer que o transportador ou a entidade comprove as informações prestadas a qualquer tempo.

Para efeito de publicidade, será disponibilizada na página da ANTT na internet a relação das empresas, cooperativas e autônomos registrados no RNTRC, bem como o detalhamento dos procedimentos para preenchimento do formulário.

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No formulário eletrônico o transportador declarará, sob as penas da Lei, a veracidade das informações, o conhecimento e a concordância de todos os termos e condições estabelecidas. A inclusão de informações incorretas ou falsas ensejará o indeferimento da solicitação de inscrição ou da alteração dos dados.

O Certificado da inscrição será emitido imediatamente após a verificação dos requisitos, com prazo de validade de cinco anos, e será entregue pela entidade ao transportador.

É dever do transportador atualizar seu cadastro, no prazo de trinta dias, sempre que ocorrerem alterações nas informações prestadas. Independente dessa informação, a ANTT poderá requerer a atualização dos dados a qualquer tempo.

Comprovação da experiência

Será considerado para a comprovação da experiência na atividade de transporte rodoviário de cargas:

TAC

ter desenvolvido atividades equivalentes às previstas para os códigos: 3423 – Técnico em Transporte Rodoviário; 3421 – Logística em Transporte Multimodal; 1416 – Gerente de Operações; 1226 – Diretor de Operações; e 7825 – Motorista Profissional de Veículo Rodoviário de Cargas; da Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego; ter a quitação das contribuições à Previdência Social como Contribuinte Individual na qualidade de motorista profissional; ter atuado como Responsável Técnico de ETC ou CTC; ter inscrição no RNTRC.

Responsável Técnico

ter exercido a atividade de TAC; ter atuado no desenvolvimento de atividades equivalentes às previstas para os códigos 3423 – Técnico em Transporte Rodoviário; 3421 – Logística em Transporte Multimodal; 1416 – Gerente de Operações; 1226 – Diretor de Operações; da Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego; ou ser ou ter sido sócio ou diretor de ETC ou CTC.

Para fins de cumprimento do requisito de tempo de atividade profissional, poderá ser utilizada qualquer combinação dos requisitos acima, desde que, somados os tempos relativos a cada um, perfaçam no mínimo três anos.

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Responsável Técnico

A ETC deverá possuir 1 Responsável Técnico, o qual responderá pelo cumprimento das normas que disciplinam a atividade de transporte perante os seus clientes, terceiros e órgãos públicos. Ele responde solidariamente com a empresa pela adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem como pela qualificação e treinamento profissional de seus funcionários de operação e prestadores de serviço. No caso de substituição do Responsável Técnico, a ETC fica obrigada a informar a ANTT.

Curso específico

A norma prevê a realização de curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico, que deverá ser ministrado por instituição de ensino credenciada junto às Secretarias Estaduais de Educação ou em cursos ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem em Transporte, Sistema “S”.

A Resolução define estrutura curricular mínima e determina que o aluno somente será aprovado se obtiver aproveitamento superior a setenta por cento da nota máxima em prova de conhecimento e não tenha deixado de cursar mais do que quinze por cento das aulas.

As instituições de ensino devem informar à ANTT o cadastro atualizado dos alunos quando da aprovação nos respectivos cursos, para registro, conforme orientação disponibilizada no endereço eletrônico da Agência.

O candidato à obtenção de certificado de conclusão do curso específico, poderá optar, em substituição ao curso específico, pela realização de exame constituído de prova convencional ou eletrônica, a ser aplicada por entidade pública ou privada devidamente credenciada pela ANTT, sobre o conteúdo programático determinado, devendo obter, no mínimo, 70% (setenta por cento) de aproveitamento na prova.

Transporte rodoviário remunerado de cargas

Na realização do transporte rodoviário de cargas é obrigatória a emissão de Conhecimento ou Contrato de Transporte que caracterize os serviços, as obrigações e as responsabilidades das partes e a natureza fiscal da operação, respeitado o art. 744 do Código Civil.

Art. 744. Ao receber a coisa, o transportador emitirá conhecimento com a menção dos dados que a identifiquem, obedecido o disposto em lei especial.

Parágrafo único. O transportador poderá exigir que o remetente lhe entregue, devidamente assinada, a relação discriminada das coisas a serem transportadas, em duas vias, uma das quais, por ele devidamente autenticada, ficará fazendo parte integrante do conhecimento.

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As condições comerciais gerais, pactuadas entre o contratante e o transportador, cuja previsão no Conhecimento de Transporte não seja obrigatória, poderão estar estipuladas em contrato. Na ocorrência de situação não prevista no Contrato ou no Conhecimento de Transporte, aplicar-se-á, no que couber, o disposto na Lei nº 11.442, de 2007, e nas demais normas aplicáveis.

A relação decorrente do Contrato ou do Conhecimento de Transporte entre as partes é sempre de natureza comercial, competindo à Justiça Comum o julgamento de eventuais conflitos.

O Contrato ou o Conhecimento de Transporte é o documento que caracteriza a operação de transporte e deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

• o nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o endereço do transportador emitente e dos subcontratados, se houver;

• o nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e o endereço do embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver;

• o endereço do local onde o transportador receberá e entregará a carga; • a descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças

e o seu peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o número da Nota Fiscal, ou das Notas Fiscais no caso de carga fracionada;

• o valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento; • o valor do Pedágio desde a origem até o destino; • o valor do Vale-Pedágio obrigatório desde a origem até o destino, se for

o caso; • a identificação da seguradora e o número da apólice do seguro e de sua

averbação, quando for o caso; • as condições especiais de transporte, se existirem; • o local e a data da emissão; e • o Código Identificador da Operação de Transporte.

A norma classifica o TAC em duas categorias, denominadas:

• TAC-agregado: aquele que coloca veículo de sua propriedade ou de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto seu, a serviço do contratante, com exclusividade, mediante remuneração certa; e

• TAC-independente: aquele que presta os serviços de transporte de cargas em caráter eventual e sem exclusividade, mediante frete ajustado a cada viagem.

Com a emissão do Conhecimento de Transporte, o transportador assume perante o contratante a responsabilidade:

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• pela execução dos serviços de transporte de cargas, por conta própria ou de terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino; e

• pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo pactuado.

Não obstante as excludentes de responsabilidade (caso fortuito, força maior, etc.), o transportador será responsável pelo agravamento dos danos ou avarias a que der causa. O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados para execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou omissões fossem próprias, sem prejuízo do direito de ação regressiva contra os terceiros, contratados ou subcontratados, para se ressarcir do valor da indenização que houver pago. Sua responsabilidade cessa quando do recebimento da carga pelo destinatário sem protesto ou ressalva.

A responsabilidade do transportador por perdas e danos causados à carga é limitada pelo valor consignado no Contrato ou Conhecimento de Transporte, acrescido dos valores do frete e do seguro, correspondentes. Não havendo valor declarado da mercadoria, a responsabilidade será limitada a dois Direitos Especiais de Saque – DES – por quilograma de peso bruto transportado.

O transportador e seus subcontratados serão liberados de sua responsabilidade em razão de:

• ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga; • inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor da carga; • vício próprio ou oculto da carga; • manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente pelo

expedidor, destinatário ou consignatário da carga ou, ainda, pelos seus agentes ou prepostos;

• força maior ou caso fortuito; ou • contratação de seguro pelo contratante do serviço de transporte.

Com a emissão do Conhecimento de Transporte, o contratante, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, indenizará o transportador pelas perdas, danos ou avarias resultantes de:

• inveracidade na declaração de carga ou de inadequação dos elementos que lhe compete fornecer para a emissão do Conhecimento de Transporte, sem que tal dever de indenizar exima ou atenue a responsabilidade do transportador, nos termos previstos na Lei nº 11.442, de 2007;

• ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga; • inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor; ou

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• manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente pelo expedidor, destinatário ou consignatário da carga ou, ainda pelos seus agentes e prepostos.

No caso de dano ou avaria, será assegurado às partes interessadas o direito de vistoria, de acordo com a legislação aplicável, sem prejuízo da observância das cláusulas do contrato de seguro, quando houver. Prescreve no prazo de um ano a pretensão para a reparação pelos danos, iniciando-se a contagem a partir do conhecimento do dano pela parte interessada.

A Resolução prevê, ainda, que é facultado às partes dirimir seus conflitos recorrendo à arbitragem.

Perdimento e abandono

Ocorrendo atraso na entrega superior a trinta dias corridos da data estipulada no Conhecimento ou Contrato de Transporte, o consignatário ou outra pessoa com direito de reclamar a carga poderá considerá-la perdida.

Quando não pactuado no Contrato ou Conhecimento de Transporte o transportador informará ao expedidor:

• o prazo previsto para entrega da carga; e • a data da chegada da carga ao destino.

A carga ficará à disposição do interessado pelo prazo de trinta dias, findo o qual será considerada abandonada. Esse prazo poderá ser reduzido de acordo com a natureza da carga, cabendo ao transportador informá-lo ao destinatário e ao expedidor.

Atrasos

O prazo máximo para carga e descarga do veículo de Transporte Rodoviário de Cargas será de cinco horas, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino; após este período será devido ao TAC ou à ETC o valor de R$ 1,00 por tonelada/hora ou fração. Isso não se aplica aos Contratos ou Conhecimentos de Transporte em que houver cláusula ou ajuste dispondo sobre o tempo de carga ou descarga.

A responsabilidade por prejuízos resultantes de atraso na entrega é limitada ao valor do frete, consignado no Conhecimento de Transporte. Sem prejuízo do seguro de responsabilidade civil contra danos a terceiros previsto em Lei, toda a operação de transporte contará com seguro contra perdas ou danos causados à carga, de acordo com o que seja estabelecido no Contrato ou Conhecimento de Transporte, podendo o seguro ser contratado:

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• pelo contratante do transporte, eximindo o transportador da responsabilidade; ou

• pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante do transporte.

Infrações e penalidades

As infrações serão punidas com multa, suspensão e cancelamento da inscrição do transportador no RNTRC. O cometimento de duas ou mais infrações ensejará a aplicação das respectivas penalidades, cumulativamente. A aplicação das penalidades estabelecidas não exclui outras previstas em legislação específica, nem exonera o infrator das cominações civis e penais cabíveis.

Constituem infrações:

• efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante remuneração:

� sem portar os documentos obrigatórios: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

� sem a identificação do código do RNTRC no veículo ou com a identificação em desacordo com o regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

� em veículo não cadastrado na sua frota: multa de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais);

� com o registro suspenso ou vencido: multa de R$ 1.000,00 (mil reais);

� sem estar inscrito no RNTRC: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

� com o registro cancelado: multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);

� para fins de consecução de atividade tipificada como crime: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de dois anos;

• deixar de atualizar as informações cadastrais: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e suspensão do registro até a regularização;

• apresentar informação falsa para inscrição no RNTRC: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) e impedimento do transportador para obter um novo registro pelo prazo de dois anos;

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• apresentar identificação do veículo ou CRNTRC falso ou adulterado: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de dois anos;

• contratar o transporte rodoviário remunerado de cargas de transportador sem inscrição no RNTRC ou com inscrição vencida, suspensa ou cancelada: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

• evadir, obstruir ou de qualquer forma, dificultar a fiscalização: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de dois anos;

• emitir os documentos obrigatórios, para fins de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiro e mediante remuneração, em desacordo ao regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais).

Cancelamento e suspensão do RNTRC

O RNTRC será cancelado a pedido do próprio transportador ou em virtude de decisão definitiva em Processo Administrativo. O transportador que tiver seu registro no RNTRC cancelado em virtude de decisão em Processo Administrativo ficará impedido de requerer nova inscrição durante dois anos do cancelamento.

No caso de descumprimento de requisitos regulamentares, o RNTRC será suspenso até a regularização.

Reincidência

Ocorre reincidência quando o agente comete nova infração depois de ter sido punido anteriormente por força de decisão definitiva, salvo se decorridos três anos, pelo menos, do cumprimento da respectiva penalidade.

A reincidência, genérica (quando as infrações cometidas são de natureza diversa) ou específica (quando as infrações são da mesma natureza), acarretará a aplicação da penalidade pela nova infração acrescida de cinquenta por cento do valor da última penalidade aplicada em definitivo, até o limite legal.

O fiscal poderá reter, mediante Termo de Retenção, os documentos necessários à comprovação da infração.

Sem prejuízo dos documentos requeridos por normas específicas, é obrigatória a apresentação à fiscalização, pelo transportador ou condutor:

• do CRNTRC em tamanho natural ou reduzido, desde que legível, admitida a impressão em preto e branco, ou do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV contendo o número do RNTRC; e

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• do Contrato ou do Conhecimento de Transporte, que poderá ser substituído por outro documento fiscal, desde que possua as informações necessárias.

O documento a ser apresentado à fiscalização, deve ser emitido por viagem e é de porte obrigatório na prestação do serviço de transporte rodoviário remunerado de cargas durante toda a viagem.

A fiscalização poderá ocorrer nas dependências do transportador. Nesse caso serão verificados, além dos Conhecimentos de Transporte emitidos, outros documentos que se façam necessários para a efetiva averiguação da regularidade do RNTRC. Na eventualidade de denúncia, serão assegurados ao denunciante e ao denunciado o efetivo sigilo, até conclusão do respectivo processo.

Para a implementação do RNTRC, a ANTT poderá firmar convênios, termos de cooperação, contratos e ajustes, com entidades públicas ou privadas.

Na aplicação do disposto nesta Resolução, ficam ressalvadas as disposições previstas em acordos ou convênios internacionais.

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Resolução ANTT 3.658/2011.

A Lei 11.442/2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, no seu art. 5-A determina que o pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas (TAC) deverá ser efetuado por meio de crédito em conta de depósitos mantida em instituição bancária ou por outro meio de pagamento regulamentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT.

Nesse sentido, a ANTT, considerando a necessidade de garantir a movimentação de bens em cumprimento a padrões de eficiência e modicidade nos fretes e os problemas causados ao mercado de transporte rodoviário de cargas pela adoção de sistemáticas ineficientes de pagamento do frete, editou a Resolução nº 3.658/2011.

O transporte rodoviário de cargas, em regra, deve ser efetuado sob contrato ou conhecimento de transporte, que deve conter informações para a completa identificação das partes, dos serviços e de natureza fiscal. Na ausência de disposição no contrato ou no conhecimento de transportes sobre o prazo e as condições para liquidação do frete, ficará o contratante obrigado a creditar o valor do saldo do frete assim que notificado da chegada da carga ao destino.

Em suma, a Resolução nº 3.658/2011 disciplina a forma como o contrato de transporte deve ser pago (liquidado). O Contrato de Transporte é composto pelas disposições firmadas, por escrito, entre o contratante e o contratado para estabelecer as condições para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração.

Assim, de um lado temos o contratado, que é o TAC ou seu equiparado, que efetuar o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, indicado no cadastramento da Operação de Transporte (viagem decorrente da prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração):

Transportador Autônomo de Cargas (TAC),

Pessoa física que tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional, ou seja, é o popular “caminhoneiro”.

Equiparados ao TAC

A Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC que possuir, em sua frota, até três veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores de Cargas (RNTRC), na data de cadastramento da Operação de Transporte ou, na sua ausência, na data de início da viagem. Cooperativas de Transportes de Cargas (CTC).

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De outro lado temos o:

Contratante

É a pessoa jurídica responsável pelo pagamento do frete ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC ou a seus equiparados, para prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas, indicado no cadastramento da Operação de Transporte.

Subcontratante

É o transportador que contratar outro transportador para realização do transporte de cargas para o qual fora anteriormente contratado, indicado no cadastramento da Operação de Transporte.

Consignatário É aquele que receberá as mercadorias transportadas em consignação, indicado no cadastramento da Operação de Transporte ou nos respectivos documentos fiscais.

Proprietário da carga É o remetente ou o destinatário da carga transportada, conforme informações dos respectivos documentos fiscais.

O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário da carga, resguardado o direito de regresso destes contra os primeiros, são solidariamente responsáveis pela obrigação do pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao TAC ou ao seu equiparado.

Na inexistência de contrato ou de conhecimento de transportes, o responsável pelo pagamento será aquele indicado no cadastro da Operação de Transporte ou no documento fiscal que acompanhe a carga.

O pagamento do frete deverá ser efetuado obrigatoriamente por (inclusive por CTC aos seus cooperados):

• crédito em conta de depósitos mantida em instituição bancária; ou • outros meios de pagamento eletrônico habilitados pela ANTT.

Caberá ao contratante escolher o meio de pagamento do valor do frete desde que não haja ônus para o contratado.

A pessoa física que contratar o TAC ou o seu equiparado para o transporte de cargas de sua propriedade e sem destinação comercial poderá efetuar o pagamento do frete:

• em espécie ou em cheque nominal e cruzado, mediante recibo de pagamento a autônomo, nessa hipótese a pessoa física contratante ficará dispensada das demais obrigações; ou

• mediante os meios de pagamento de frete previstos pela ANTT.

O contratante do transporte deverá cadastrar a Operação de Transporte por meio de uma administradora de meios de pagamento eletrônico de frete e receber o respectivo Código Identificador da Operação de Transporte.

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A administradora de meios de pagamento eletrônico de frete: a pessoa jurídica habilitada pela ANTT, responsável, por sua conta e risco, por meio de pagamento eletrônico de frete aprovado pela ANTT.

Código Identificador da Operação de Transporte: o código numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de Transporte nos sistemas específicos.

O cadastramento da Operação de Transporte será gratuito e deverá ser feito pela internet ou por meio de central telefônica disponibilizada pela administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, que gerará e informará o Código Identificador da Operação de Transporte. Cabe ao emissor do Contrato ou do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) fazer constar, no respectivo documento, esse código.

Para a geração do Código Identificador da Operação de Transporte, será necessário informar:

• o número do RNTRC do contratado; • o nome, a razão ou denominação social, o CPF ou CNPJ, e o endereço do

contratante e do destinatário da carga; • o nome, a razão ou denominação social, o CPF ou CNPJ, e o endereço do

subcontratante e do consignatário da carga, se existirem; • os municípios de origem e de destino da carga, conforme a Tabela de

Códigos de Municípios, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;

• a natureza, constituída pelos quatro primeiros dígitos do código do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, divulgado pela Receita Federal do Brasil, e a quantidade da carga, em unidade de peso;

• o valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento; • valor do combustível, se for o caso, destacado apenas contabilmente; • o valor do Vale-Pedágio obrigatório desde a origem até o destino, se for

o caso; • o valor dos impostos, taxas e contribuições previdenciárias incidentes; e • a placa do veículo e a data de início e término da operação de transporte.

Além das informações acima, no caso da utilização de conta de depósito para o pagamento do frete, o emissor do CTRC ou de seu documento substituto ou do contrato de transporte deverá fazer constar no documento:

• nome e o número da instituição bancária; • número da agência; e

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• número da conta de depósito onde foi ou será creditado o pagamento do frete.

A conta de depósitos utilizada para o pagamento do frete deve respeitar as regras estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e deve ser de titularidade do contratado, registrado no RNTRC. O pagamento do frete por meio dessa conta sem o cadastramento da respectiva Operação de Transporte está sujeito às penalidades cabíveis.

Caso o pagamento do frete não seja feito em parcela única, na origem ou no destino, deverá ser informado o valor previsto das parcelas de adiantamento e saldo, bem como as datas previstas para os respectivos pagamentos. Além disso, o Contrato ou o CTRC deverá prever as causas de extinção antecipada do contrato e as penalidades aplicáveis em caso de descumprimento contratual.

Documentos para transporte

Cabe ao contratante a entrega do Contrato ou do CTRC ao contratado para a realização do transporte. Esses documentos poderão ser substituídos:

• pelo CRNTRC em tamanho natural ou reduzido, desde que legível, admitida a impressão em preto e branco;

• pelo Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV contendo o número do RNTRC;

• por outro documento fiscal, desde que possua as seguintes informações:

o o nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o endereço do transportador emitente e dos subcontratados, se houver;

o o nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e o endereço do embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver;

o o endereço do local onde o transportador receberá e entregará a carga;

o a descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças e o seu peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o número da Nota Fiscal, ou das Notas Fiscais no caso de carga fracionada;

o a identificação da seguradora e o número da apólice do seguro e de sua averbação, quando for o caso;

o as condições especiais de transporte, se existirem; o o local e a data da emissão; e

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o o Código Identificador da Operação de Transporte.

Nesses casos cabe ao emissor do documento substituto fazer constar nele o Código Identificador da Operação de Transporte.

Habilitação e aprovação

A ANTT habilitará as empresas como administradoras de meios de pagamento eletrônico de frete e aprovará os respectivos meios de pagamento eletrônico sempre que cumpridos os requisitos exigidos pela Agência, sem prejuízo da realização de diligências para comprovação do cumprimento desses requisitos.

É vedado à administradora de meios de pagamento eletrônico de frete restringir ou vincular a utilização do meio de pagamento eletrônico de frete pelo transportador contratado à aquisição ou utilização de outros serviços ou à utilização de determinada instituição bancária.

Habilitação das Administradoras de Meios de Pagamento Eletrônico de Frete

As pessoas jurídicas interessadas em atuar como administradoras de meios de pagamento eletrônico de frete deverão apresentar à ANTT pedido de habilitação, protocolado por meio do formulário de habilitação, acompanhado dos seguintes documentos:

• cópia autenticada do contrato social da empresa, consolidado ou acompanhado de todas as alterações, no caso de sociedade comercial, ou do Estatuto e da ata de eleição da administração em exercício, no caso de sociedade anônima ou cooperativa, em que conste a administração de meios de pagamento dentre suas atividades sociais;

• certidão negativa de falência ou recuperação judicial expedida pelo distribuidor judicial da comarca do município onde a pessoa jurídica está sediada;

• certidões de regularidade para com as Fazendas Estadual e Municipal

relativas à sua sede;

• demonstrações contábeis do último exercício social, não consolidadas, já exigíveis e apresentadas na forma da lei, devidamente auditadas por empresa de Auditoria registrada na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios; e

• procuração outorgada ao signatário do pedido, caso este não seja seu representante legal

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• outros documentos complementares que a ANTT entender necessários à

análise do pedido, nesse caso, será dado prazo para cumprimento não inferior a dez dias.

A análise do pedido de habilitação ficará condicionada à verificação e à comprovação, por parte da ANTT, da inexistência de inscrição na Dívida Ativa da ANTT e da regularidade:

• da inscrição no CNPJ, • fiscal junto à Receita Federal do Brasil; • junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; • junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; e • junto à Seguridade Social.

O pedido de aprovação do meio de pagamento eletrônico de frete será apresentado juntamente com o pedido de habilitação da administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, quando se tratar de entidade ainda não habilitada, e deverá ser apresentado:

• Certificado de Conformidade das ferramentas tecnológicas que suportarão as regras de negócio e os modelos operacionais de gerenciamento de seus meios de pagamento eletrônico de frete, expedido por entidade acreditada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

• demonstrativo ou relatório descritivo próprio com o detalhamento das regras de negócio, dos modelos operacionais, da infraestrutura e das ferramentas tecnológicas que garantirão a viabilidade técnica de seus meios de pagamento eletrônico de frete e as rotinas que garantirão o cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução;

• indicação geográfica da rede de estabelecimentos nos quais será possível

utilizar os meios de pagamento eletrônico de frete para saque ou débito;

• indicação geográfica dos postos de atendimento presencial e sistemática de atendimento não presencial aos usuários;

• minuta do instrumento de credenciamento dos estabelecimentos nos quais será possível a utilização dos meios de pagamento eletrônico de frete, quando se tratar de rede credenciada própria;

• indicação de dois endereços eletrônicos, certificados digitalmente, para

envio, pela ANTT, de notificações e comunicados;

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• indicação, em sua regra de negócios, da rotina de apuração de denúncias feitas por usuários, motivadas pelo descumprimento das obrigações previstas nesta Resolução, inclusive as referentes à rede credenciada, cujos prazos para resposta não deverão ultrapassar trinta dias; e

• indicação, em sua regra de negócios, quanto à sua participação na

liquidação do pagamento de frete.

As mensagens, comunicações e notificações enviadas para os endereços eletrônicos indicados no pedido de habilitação serão consideradas recebidas, para todos os fins.

O Certificado de Conformidade das ferramentas tecnológicas deverá estar em consonância com as normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT que tratam:

• dos procedimentos mínimos de teste e requisitos de qualidade de software; e

• dos procedimentos que visam estabelecer, implementar, operar, monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar um Sistema de Gestão de Segurança da Informação associados às tecnologias utilizadas nas ferramentas tecnológicas que suportam as regras de negócio e os modelos operacionais apresentados.

A administradora de meios de pagamento eletrônico de frete que participar da liquidação do pagamento do frete deverá facultar aos seus clientes a contratação de seguro que garanta a quitação do pagamento do frete junto ao contratado.

Atendidos os requisitos previstos pela ANTT, o pedido será submetido à deliberação da Diretoria Colegiada da Agência. A documentação apresentada juntamente com o pedido de habilitação e aprovação será devolvida caso não atenda aos requisitos exigidos.

A habilitação e a aprovação não poderão ser objeto de qualquer tipo de transferência ou cessão e serão válidas enquanto forem obedecidos, pela administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, os requisitos exigidos pela ANTT. Qualquer alteração nas condições de habilitação e aprovação deve ser comunicada pela administradora à ANTT, no prazo máximo de trinta dias de sua ocorrência.

O ato de habilitação da administradora de meios de pagamento eletrônico de frete deverá indicar expressamente seu respectivo número de registro.

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Dos Meios de Pagamento Eletrônico de Frete

Os meios de pagamento eletrônico de frete consistirão em recurso tecnológico por meio do qual será possível efetuar créditos para pagamento dos fretes aos contratados e deverão possuir tecnologia que permita a:

• utilização para operações de saque e débito;

• individualização do contratado, pelo número do CPF e do RNTRC; e

• utilização de senha ou outro meio que impeça o seu uso não autorizado.

Os meios de pagamento eletrônico poderão:

• ser habilitados como modelos de pagamento de Vale-Pedágio obrigatório quando, atendida a legislação regente, for solicitada habilitação para tal fim; e

• receber créditos nas seguintes rubricas: frete; Vale-Pedágio obrigatório; combustível; e despesas. Esses creditos serão de livre utilização e movimentação e não poderão sofrer qualquer vinculação, exceto o referente ao Vale-Pedágio obrigatório.

É vedado o crédito de valores sem o respectivo Código Identificador da Operação de Transporte ou que não seja decorrente da prestação de serviço de transporte rodoviário de cargas.

Valores dos Serviços

Não poderão ser cobrados do contratado valores referentes:

• à habilitação, à emissão ou ao fornecimento relativos à primeira via do meio de pagamento;

• à consulta de saldo ou extrato, por qualquer meio, sem impressão;

• ao fornecimento de um extrato impresso de cada mês, da respectiva

movimentação, quando solicitado;

• ao envio de um extrato anual, consolidado mês a mês, dos créditos efetuados no meio de pagamento;

• ao crédito dos valores devidos pela prestação do serviço de transporte;

• ao uso na função débito;

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• à emissão da primeira via de um adicional do meio de pagamento, para pessoa física dependente do TAC, quando solicitado; e

• a uma transferência para conta de depósito de titularidade do

contratado, em qualquer instituição bancária,a cada quinze dias.

Os valores dos serviços prestados aos contratados, relacionados ao uso de meios de pagamento eletrônico de frete, não poderão ser estabelecidos em razão do valor da movimentação e deverão ser informados à ANTT, para divulgação em seu endereço eletrônico.

Os valores das tarifas de serviços cobradas dos contratantes, pelas administradoras de meios de pagamento eletrônico de frete, serão estabelecidos por livre negociação.

Obrigações

Constituem obrigações da Agência Nacional de Transportes Terrestres:

• disponibilizar às administradoras de meios de pagamento eletrônico de frete sistema para consulta ao RNTRC e para o recebimento dos dados relativos aos Códigos Identificadores das Operações de Transporte;

• utilizar os meios disponíveis para fiscalizar o pagamento dos valores de frete no transporte rodoviário de cargas;

• zelar pela confidencialidade das regras de negócio e dos meios

tecnológicos informados nos pedidos de habilitação e aprovação de meios de pagamento eletrônico de frete, bem como pelos dados das operações de transporte cadastradas em seus sistemas; e

• manifestar-se, em até noventa dias, contados da data de protocolo,

sobre o pedido de habilitação como administradora e de aprovação dos meios de pagamento eletrônico de frete, desde que a documentação apresentada atenda às exigências desta Resolução e estejam esclarecidas quaisquer divergências levantadas durante o processo de análise e diligências.

Do Contratante e do Subcontratante

Constituem obrigações do contratante e do subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas:

• efetuar o pagamento do valor do frete;

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• comunicar à ANTT qualquer tentativa de uso irregular ou fraude nos meios de pagamento de frete;

• não efetuar qualquer deságio ou desconto de valores sobre o montante

devido pela prestação do serviço de transporte, exceto aqueles decorrentes de tributação da atividade;

• efetuar o cadastramento da Operação de Transporte;

• informar ao proprietário ou consignatário da mercadoria transportada o

meio de pagamento utilizado e o Código Identificador da Operação de Transporte; e

• disponibilizar ao contratado relatórios mensais consolidados, contendo

todas as informações constantes das operações de transporte, que tenham sido cadastradas sob o seu RNTRC.

No caso do contratante utilizar de meio de pagamento eletrônico de frete, o cadastramento da Operação de Transporte e o envio dos relatórios, assim como a elaboração do contrato de transporte, caberá à respectiva administradora, quando assim for estabelecido entre as partes.

Constituem obrigações da administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, quando contratada:

• disponibilizar à ANTT todos os dados relativos a cada Código Identificador da Operação de Transporte;

• disponibilizar ao contratante e ao contratado relatórios mensais relativos aos seus respectivos Códigos Identificadores das Operações de Transporte;

• disponibilizar aos contratantes e contratados os meios necessários ao

cumprimento das obrigações;

• disponibilizar aos contratantes, pela internet e por atendimento telefônico, o cadastramento da Operação de Transporte;

• disponibilizar serviço de atendimento, nos termos do Decreto nº 6.523,

de 31 de julho de 2008;

• enviar ao contratado o comprovante de renda anual, consolidado mês a mês, dos créditos de frete;

• fomentar a aceitação dos meios de pagamento de frete em

estabelecimentos comerciais;

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• fornecer ao proprietário ou consignatário da mercadoria transportada as

informações relativas aos seus respectivos embarques, mediante informação do Código Identificador da Operação de Transporte;

• garantir a confiabilidade e a confidencialidade de todas as informações

constantes dos sistemas relacionados aos meios de pagamento eletrônico de frete;

• observar o disposto na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998;

• permitir consulta de saldo ou extrato, por qualquer meio, sem

impressão;

• permitir emissão de meio de pagamento adicional, vinculado ao principal;

• possuir sistema de contingência que suporte a operação dos meios de

pagamento eletrônico de forma ininterrupta, salvo caso fortuito ou força maior;

• possibilitar a transferência dos valores devidos pela prestação do serviço

de transporte para uma conta de depósitos, de titularidade do contratado, em qualquer instituição bancária;

• repassar o crédito dos valores devidos ao contratado imediatamente

após liberação pelo contratante;

• suspender o uso do meio de pagamento sempre que identificar indícios de uso irregular ou fraude e informar à ANTT da ocorrência;

• não atuar com exclusividade para qualquer grupo econômico de fato ou

de direito, o qual se apresente como contratante de TAC e seus equiparados;

• não possuir qualquer vinculação societária, direta e/ou indireta, com as

partes do CTRC ou documento substituto, objeto do contrato de transporte em que esteja atuando como administradora; e

• não possuir qualquer vinculação societária, direta e/ou indireta, com

distribuidora de combustíveis para efeito de transação com os meios de pagamento de frete, especialmente as relacionadas à comercialização de combustíveis e outros insumos.

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Infrações e medidas preventivas

O descumprimento das exigências previstas pela ANTT sujeitará o infrator a multas administrativas de R$ 550,00 a R$ 10.500,00, sem prejuízo do cancelamento da inscrição no RNTR-C, quando for o caso, cuja aplicação obedecerá às seguintes disposições:

Infrator Infração Multa

Contratante ou

subcontratante

Desviar, por qualquer meio, o pagamento do frete em proveito próprio ou de terceiro diverso do contratado.

100% do valor do frete, limitada ao mínimo de R$ 550,00 e ao máximo de R$ 10.500,00

Deixar de cadastrar a Operação de Transporte. R$1.100,00 Deixar de disponibilizar o relatório mensal consolidado ao contratado.

R$550,00

Efetuar o pagamento do frete, no todo ou em parte, de forma diversa da permitida

50% do valor total de cada frete irregularmente pago, limitada ao mínimo de R$ 550,00 ao máximo de R$ 10.500,00

Efetuar qualquer deságio no frete ou cobrança de valor para efetivar os devidos créditos nos meios de pagamento

100% do valor do frete, limitada ao mínimo de R$ 550,00 e ao máximo de R$ 10.500,00

Contratado

Permitir, por ação ou omissão, o uso dos meios de pagamento de frete de sua titularidade de forma irregular ou fraudulenta:

R$ 550,00 e cancelamento do RNTRC

Receber, no todo ou em parte, o pagamento do frete de forma diversa da permitida

R$ 550,00

Administradora

de meios de

pagamento

eletrônico de frete

Cobrar dos contratados qualquer valor, a qualquer título, pela utilização dos serviços gratuitos

R$ 550,00

Deixar de repassar o crédito do frete após a liberação pelo contratante

50% do valor total do frete, limitada ao mínimo de R$ 550,00 e ao máximo de R$ 5.500,00

Deixar de repassar à ANTT todas as informações relativas aos meios de pagamento de frete e às Operações de Transporte

R$ 1.100,00

Deixar de disponibilizar o serviço de atendimento aos usuários dos meios de pagamento de frete nos termos do Decreto nº 6.523, de 2008

R$ 550,00

Deixar de disponibilizar aos contratados um extrato impresso mensal gratuito dos valores pagos como frete

R$ 550,00

Deixar de disponibilizar aos contratantes e contratados, pela internet e por atendimento telefônico, o cadastramento da Operação de Transporte

R$ 5.000,00 e cancelamento da habilitação

Paralisar a operação dos meios necessários ao cumprimento das obrigações

R$10.500,00

Permitir, por ação ou omissão, ou sem o consentimento da ANTT, o acesso de terceiros não relacionados à Operação de Transporte ou a

R$5.000,00

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informações constantes dos sistemas e meios de pagamento de frete Deixar de comunicar, no prazo máximo de trinta dias, qualquer alteração nas condições de habilitação e aprovação

R$ 1.100,00

Restringir a utilização do meio de pagamento eletrônico de frete por contratado, em virtude de situação cadastral junto aos órgãos de proteção ao crédito

R$ 1.100,00

Cumpre notar que a aplicação da penalidade não exime o responsável de cumprir com a obrigação.

Como já vimos, o contratante, o subcontratante do serviço de transporte, o consignatário e o proprietário da carga, são responsáveis solidários, assim, não sendo identificado o contratante ou o subcontratante do serviço de transporte, o consignatário e o proprietário da carga responderão pelas respectivas infrações, resguardado o direito de indicar, comprovadamente, o contratante ou o subcontratante do transporte.

No caso de reincidência, genérica (infrações de natureza diversa) ou específica (infrações de mesma natureza, que tem idêntica tipificação legal, regulamentar ou contratual), a penalidade pela nova infração será acrescida de 50% do valor da última penalidade aplicada em definitivo, até o limite legal. Essa reincidência é caracterizada quando o agente cometer uma nova infração depois de ter sido punido anteriormente por força de decisão definitiva, salvo se decorridos mais de três anos do cumprimento da respectiva penalidade.

Caso a administradora de meios de pagamento eletrônico de frete deixe de atender às respectivas condições de habilitação ou de aprovação, será instada a pronunciar-se por escrito no prazo de trinta dias, contados da ciência da respectiva intimação, sob pena de ter cancelada a habilitação ou a aprovação.

A ANTT reprimirá fatos ou ações que configurem ou possam configurar competição imperfeita ou infrações à ordem econômica.

Reincidência

Punido anteriormente por força

de decisão definitiva

Não ter decorrido mais de 3

anos do cumprimento da

penalidade anterior.

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Por fim, fica vedada a utilização de “Carta-Frete”, bem como de qualquer outro meio de pagamento não previsto nesta Resolução para fins de remuneração do TAC ou de seus equiparados, decorrente da prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração.

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Resolução ANTT 2.885/2008.

O Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, constitui-se como a forma do embarcador (ou equiparado) antecipar ao transportador, em modelo próprio, as despesas com o pedágio, no deslocamento de cargas por meio de transporte rodoviário, nas rodovias brasileiras concedidas à iniciativa privada.

Independentemente do valor do frete, o embarcador (ou equiparado) deve antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador, em modelo próprio, fazendo o registro no Documento de Embarque, com a indicação do seu valor e do código da transação efetuada.

A Resolução ANTT 2.885/2008 disciplina as normas para o Vale-Pedágio obrigatório criado pela Lei nº 10.209/2001.

O Vale-Pedágio obrigatório somente poderá ser comercializado para utilização no exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros e mediante remuneração, por transportador inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC. O transportador rodoviário que transitar sem carga por disposição contratual terá direito à antecipação do Vale-Pedágio obrigatório em todo o percurso contratado.

Na realização de transporte com mais de um embarcador, não há obrigatoriedade de antecipação do Vale-Pedágio, devendo o valor ser calculado mediante rateio por despacho, destacando-se o valor do Vale-Pedágio obrigatório e o do frete no documento comprobatório de embarque para quitação juntamente com o valor do frete.

Não se aplicam as disposições do Vale-Pedágio obrigatório ao transporte rodoviário internacional de cargas realizado por empresas habilitadas ao transporte internacional e cuja viagem seja feita em veículo de sua frota autorizada.

Embarcador

Embarcador é o proprietário originário da carga contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas. Equipara-se, ainda, ao embarcador o contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas, que não seja o proprietário originário da carga ou a empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte rodoviário de carga.

Contratante do transporte rodoviário de cargas é o responsável pelo pagamento do frete, seja na origem ou no destino do percurso contratado.

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Compete ao embarcador:

• adquirir e repassar ao transportador rodoviário de carga, no ato do embarque, o Vale-Pedágio obrigatório, independentemente do frete, correspondente ao tipo de veículo, no valor necessário à livre circulação entre a sua origem e o destino; e

• registrar, no documento comprobatório de embarque, o valor do Vale-Pedágio obrigatório e o número de ordem do seu comprovante de compra ou anexar o comprovante da compra disponibilizado pela operadora de rodovia sob pedágio ou pela empresa fornecedora do Vale-Pedágio.

O Vale-Pedágio obrigatório antecipado pelo embarcador ao transportador rodoviário de carga deve corresponder ao valor cobrado em todas as praças de pedágio existentes na rota de viagem contratada, por veículo. A suspensão dos eixos não influirá no cálculo do valor do pedágio.

Operadoras de rodovias sob pedágio

As operadoras de rodovias sob pedágio deverão aceitar todos os modelos e sistemas operacionais aprovados pela ANTT, das empresas fornecedoras do Vale- Pedágio obrigatório habilitadas em âmbito nacional.

As operadoras de rodovias sob pedágio poderão utilizar modelos operacionais de Vale-Pedágio obrigatório de âmbito estadual, registrados na ANTT. Compete às operadoras de rodovias sob pedágio:

• disponibilizar estatística dos Vales-Pedágio obrigatórios recebidos, na forma e prazo a ser definido pela ANTT;

• informar aos usuários os modelos de Vale-Pedágio obrigatório aceitos; • comunicar à ANTT qualquer irregularidade que venha a ocorrer quando

do uso do Vale-Pedágio obrigatório; e • registrar, informando à ANTT, os modelos operacionais de fornecimento

de Vale-Pedágio obrigatório que estejam à disposição dos usuários e eventuais restrições de uso.

Empresas habilitadas ao fornecimento do vale-pedágio obrigatório em âmbito nacional

Para a empresa habilitar-se ou manter-se habilitada ao fornecimento de Vale-Pedágio obrigatório em âmbito nacional deverá:

• disponibilizar, divulgar e comercializar, em âmbito nacional, o Vale-Pedágio obrigatório;

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• fornecer o número de ordem do comprovante de aquisição do Vale-Pedágio obrigatório, a ser registrado no documento comprobatório de embarque;

• manter, por cinco anos, o registro do número de ordem e data da operação de venda do Vale-Pedágio obrigatório;

• manter registro das praças de pedágio e respectivos valores de tarifas de pedágio, ao longo do itinerário percorrido pelo transportador;

• emitir relatório das operações de fornecimento dos Vales-Pedágio obrigatórios, na forma a ser definida pela ANTT; e

• disponibilizar aos embarcadores o comprovante de compra do Vale-Pedágio obrigatório.

O comprovante de compra, conterá, no mínimo, as seguintes indicações para cada veículo, por viagem:

• número de ordem do comprovante de aquisição do Vale-Pedágio obrigatório;

• identificação do documento comprobatório de embarque utilizado na viagem;

• data de aquisição do Vale-Pedágio obrigatório; • indicação dos valores das tarifas relacionadas a cada praça de pedágio na

rota da viagem e o valor total de pedágio; e • identificação da categoria quantidade de eixos do veículo que realizará a

viagem.

Na implantação do sistema de arrecadação do Vale-Pedágio obrigatório nas praças de pedágio, deverá ser observado o seguinte:

• será de exclusiva responsabilidade da empresa fornecedora do Vale-Pedágio obrigatório disponibilizar e instalar os softwares e equipamentos necessários à implantação do sistema, não implicando custos adicionais para a operadora de rodovia sob pedágio, salvo acordo em contrário, não podendo acarretar reflexo na tarifa de pedágio;

• será de responsabilidade da empresa fornecedora do Vale-Pedágio obrigatório em âmbito nacional o intercâmbio de informações entre os sistemas, devendo ser garantida a sua confidencialidade e segurança, utilizando protocolos de troca de informações que atendam as normas aplicáveis, cessando esta responsabilidade no momento em que se complete a recepção dos dados pela operadora de rodovia, a qual passa a se responsabilizar pela confidencialidade e segurança das informações durante o processamento em seus próprios sistemas; e

• as garantias de continuidade de funcionamento adequado dos softwares, equipamentos e serviços acessórios ao sistema de informática, bem como a especificação da política de segurança a ser adotada serão definidas em entendimento direto entre as partes.

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Habilitação das empresas fornecedoras de vale-pedágio obrigatório em âmbito nacional e aprovação dos modelos e sistemas operacionais

Caberá à ANTT habilitar as empresas fornecedoras de Vale-Pedágio obrigatório em âmbito nacional e aprovar os respectivos modelos e sistemas operacionais.

Modelo operacional é a forma como se materializa o meio de pagamento antecipado do valor correspondente ao pedágio.

Para capacitar-se ao fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório em âmbito nacional, a empresa deverá apresentar à ANTT Pedido de Habilitação, acompanhado dos seguintes documentos:

• cópia autenticada do contrato ou estatuto social da empresa, com as eventuais alterações, no caso de sociedade comercial e, no caso de sociedade anônima, da ata de eleição da administração em exercício;

• procuração outorgada ao requerente, caso não seja este representante legal da empresa;

• certidões de regularidade para com as Fazendas Estadual e Municipal, relativas à sede da empresa;

• IV - demonstrativo ou relatório descritivo próprio onde seja detalhada a infraestrutura física e de logística da empresa requerente e respectivo modelo operacional de fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório, em âmbito nacional, comprovando capacidade de atendimento a quaisquer embarcadores e operadoras de rodovias sob pedágio; e

• cronograma de implantação em todas as praças de pedágio existentes no território nacional.

Apresentados os documentos referidos no caput deste artigo, a análise do pedido de habilitação fica condicionada à verificação e comprovação, por parte da ANTT, mediante juntada ao processo dos comprovantes de pesquisas, com identificação e assinatura do funcionário responsável da Agência, da regularidade cadastral no CNPJ, da regularidade fiscal da interessada junto à Receita Federal do Brasil, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PGFN, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, e à Seguridade Social INSS, bem como da inexistência de inscrição na Dívida Ativa da ANTT.

O demonstrativo referente à capacidade de atendimento às operadoras de rodovias sob pedágio, deverá comprovar, também, as alternativas operacionais para atendimento às praças de pedágio em que, por força de comprovada baixa circulação de veículos ou de carência de infraestrutura física ou operacional, seja inviável a implantação do modelo em seu formato principal.

Para fins de aprovação do modelo operacional de fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório em âmbito nacional, a empresa deverá apresentar Certificação de Conformidade, expedida por entidade acreditada pelo Ministério

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de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO.

A certificação das ferramentas tecnológicas deve estar em consonância com as normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT que tratam:

a) dos procedimentos mínimos de teste e requisitos de qualidade para pacote de software; e

b) dos procedimentos que visam estabelecer, implementar, operar, monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar um Sistema de Gestão de Segurança da Informação associado às tecnologias utilizadas nas ferramentas tecnológicas que suportam o modelo apresentado.

A documentação apresentada juntamente com o pedido de habilitação e aprovação será devolvida caso não atenda ao requisitos exigidos.

A habilitação e aprovação não poderão ser objeto de qualquer tipo de transferência ou cessão. Qualquer alteração nas condições de habilitação e aprovação deverá ser comunicada pela empresa fornecedora à ANTT, no prazo de trinta dias de sua ocorrência. A transferência ou cessão e a falta de comunicação das alterações implica no cancelamento da habilitação da empresa fornecedora e da aprovação do modelo operacional do Vale-Pedágio obrigatório.

Sistemática de comercialização

O fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório se dará sob as seguintes condições:

I - os custos incidentes no fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório serão fixados de comum acordo entre o embarcador e a empresa fornecedora; e

II - as condições de repasse do valor das tarifas de pedágio serão estabelecidas de comum acordo entre as operadoras das rodovias pedagiadas e as empresas fornecedoras.

Infrações e das sanções

O embarcador, a operadora de rodovia sob pedágio e quem comercializar e/ou utilizar o Vale-Pedágio obrigatório sem observar as determinações contidas nos normativos da ANTT estão sujeitos a multa, de acordo com o disposto no art. 5º da Lei nº 10.209, de 2001.

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Fiscalização e do procedimento para aplicação das penalidades

A fiscalização poderá ocorrer nas dependências do embarcador ou nas rodovias sob pedágio. Nos casos de fiscalização nas dependências do embarcador, serão verificados os documentos de embarque emitidos, os registros de transação de aquisição do Vale-Pedágio obrigatório ou comprovante de aquisição do Vale-Pedágio obrigatório, e outros que se façam necessários para a efetiva averiguação do fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório.

Na eventualidade de denúncia, serão assegurados ao denunciante e ao denunciado o efetivo sigilo, nos termos da lei.

Eventuais divergências entre empresas fornecedoras do Vale-Pedágio obrigatório em âmbito nacional e operadoras de rodovias sob pedágio serão arbitradas pela ANTT, na forma da lei.

Caso a empresa fornecedora do Vale-Pedágio obrigatório ou o modelo operacional deixe de atender às respectivas condições de habilitação ou de aprovação será instada a pronunciar-se por escrito, no prazo máximo de trinta dias, contados da ciência da respectiva intimação, sob pena de, não o fazendo, ter cancelada sua habilitação.

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Resolução ANTT 1.474/2006.

A Resolução ANTT 1.474/2006 dispõe sobre a emissão de licenças para o transporte de cargas internacional.

Segundo a Lei 10.233/2001 a prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas depende de prévia habilitação junto à ANTT (a Lei não fala em autorização). Contudo, a Resolução ANTT 1.474/2006 determina que essa habilitação se dará mediante outorga a ser concedida na modalidade autorização.

Assim, a referida resolução trata dos atos relativos à expedição:

DE PARA Licença Originária

Empresas nacionais Autorização de Caráter Ocasional Licença Complementar Empresas estrangeiras

Licença originária

A Licença Originária é a autorização para realizar transporte rodoviário internacional de cargas, outorgada pelo país de origem da empresa interessada, que preencha os requisitos estipulados nos acordos internacionais de transporte rodoviário de cargas, na legislação brasileira e na regulamentação da ANTT.

A empresa que pretender habilitar-se ao transporte rodoviário internacional de cargas deverá atender aos seguintes requisitos:

• ser constituída nos termos da legislação brasileira; • ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte

dinâmica total mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta por equipamentos do tipo trator com semi reboque, caminhões com reboque ou veículos do tipo caminhão simples, esses veículos devem estar em conformidade com a Resolução MERCOSUL/GMC/RES. N° 26/11;

• possuir infraestrutura composta de escritório e adequados meios de comunicação; e

• atender as especificações exigidas pela Resolução MERCOSUL/GMC/RES. N° 25/11, quanto aos veículos da frota a ser habilitada.

Os veículos habilitados para realizar transporte rodoviário internacional de carga deverão portar o respectivo Certificado de Inspeção Técnica Veicular

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Periódica (CITV), conforme condições estabelecidas na Resolução Mercosul/ GMC Nº 75, de 13 de dezembro de 1997.

Comprovado a frota mínima exigida, poderão ainda ser habilitados veículos que sejam objeto de contrato de locação entre os respectivos proprietários e a empresa requerente, devidamente comprovado à ANTT, mediante apresentação de cópia autenticada. Esses contratos deverão conter, obrigatoriamente, a cláusula que obriga a Locatária à contratação de Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil e a Relação de Veículos.

As empresas que tenham veículos locados em sua frota deverão comunicar à ANTT a extinção do(s) contrato(s) de locação de veículo(s) autorizado(s) a operar no transporte rodoviário internacional de cargas.

A habilitação poderá ser suspensa pela ANTT, a qualquer tempo em que se verifique alteração nos requisitos exigidos, até comprovação de sua efetiva regularização.

Para habilitar-se, a empresa deverá apresentar à ANTT os seguintes documentos, em cópia autenticada, em uma só via por processo, independentemente do número de países destinatários:

• requerimento da empresa ou procurador, este último mediante apresentação do respectivo instrumento de mandato;

• contrato ou estatuto social da empresa, com as eventuais alterações e, no caso de sociedade anônima, cópia da ata da eleição da administração em exercício;

• número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ; • relação da frota a ser habilitada, por país de destino, com os respectivos

Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); e • número de inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários

de Carga – RNTRC.

O pedido de habilitação só será analisado depois de recebidos todos os documentos e o comprovante de recolhimento dos emolumentos. Além disso, A análise do pedido de habilitação fica condicionada à verificação e comprovação, mediante juntada ao processo dos comprovantes de pesquisas, com identificação e assinatura do funcionário responsável, da regularidade cadastral no CNPJ, da regularidade fiscal da interessada junto à Secretaria da Receita Federal - SRF, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e à Seguridade Social – INSS.

A Licença Originária será outorgada pela Diretoria da ANTT, pelo prazo de vigência de 10 anos, contados da data de sua expedição, nos termos previstos nos acordos internacionais vigentes, mediante Resolução publicada no

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Diário Oficial da União e emissão do respectivo Certificado. Essa Licença não pode ser objeto de transferência ou cessão, a qualquer título, sob pena de cancelamento.

O Certificado será entregue a procurador devidamente habilitado, com poderes específicos para retirada de documentos, ou remetido por via postal, com Aviso de Recebimento – AR, ao endereço da empresa requerente.

As empresas detentoras de Licença Originária ficam obrigadas à atualização de seus dados cadastrais, que poderá ser solicitada pela ANTT a qualquer tempo, e sua inobservância acarretará suspensão da respectiva Licença Originária. Eventuais alterações da frota habilitada ou dos dados cadastrais da empresa, inclusive alteração de endereço e substituição de procurador, deverão ser comunicadas por escrito à ANTT, no prazo de 30 (trinta) dias do fato.

A Licença Originária não autoriza a empresa a operar antes da obtenção da correspondente Licença Complementar no país de destino ou de trânsito. Ou seja, para o interessado efetuar o transporte de cargas entre dois países, ela necessidade da Licença Originária do país de origem e da Licença Complementar do país de destino.

Assim, para operar no transporte rodoviário internacional de cargas, a empresa detentora de Licença Originária deverá providenciar a Licença Complementar junto ao organismo competente no país de destino ou de trânsito, no prazo máximo de 120 dias e comprovado junto à ANTT no prazo de 180 dias, a contar da data de expedição da Licença Originária, sob pena de seu cancelamento.

Autorização de caráter ocasional

A Autorização de viagem de Caráter Ocasional é a licença concedida para a realização de viagem não caracterizada como prestação de serviço regular e permanente, ou aquela que vier a ser definida em acordos bilaterais ou multilaterais. Essa Autorização não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias.

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A ANTT, quando solicitada, emitirá Autorização de Caráter Ocasional, nas condições especificadas nos acordos internacionais vigentes e nos termos de sua regulamentação.

A empresa que solicitar Autorização de Caráter Ocasional deverá apresentar as seguintes informações:

• nome ou razão social da empresa responsável pela viagem ocasional; • origem e destino da viagem; • pontos de fronteira a serem utilizados durante o percurso; • tipo de carga a ser transportada, tanto na ida quanto no regresso; • relação dos veículos a serem utilizados e cópia autenticada dos

respectivos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e da Apólice de Seguros de Responsabilidade Civil por lesões ou danos a terceiros;

• cópia autenticada do Certificado de Inspeção Técnica Veicular Periódica (CITV);

• vigência pretendida para a autorização; e • número de inscrição do transportador no RNTRC.

Os veículos autorizados a realizar viagem de caráter ocasional deverão portar os respectivos Certificados de Inspeção Técnica Veicular Periódica (CITV) e Apólice de Seguros de Responsabilidade Civil por lesões ou danos a terceiros.

O requerente fica dispensado de apresentar o número de inscrição do transportador no RNTRC no caso de transporte de carga própria, que é aquele realizado por empresas cuja atividade comercial principal não seja o transporte de carga remunerado, efetuado com veículos de sua propriedade, e que se aplique exclusivamente a cargas para consumo próprio ou distribuição dos seus produtos.

A comprovação de atendimento da condição de transporte de carga própria dá-se mediante a verificação do transportador e do importador ou exportador da mercadoria.

Licença complementar

Licença Complementar é o ato expedido no Brasil, pelo qual a ANTT, atendidos os acordos internacionais vigentes, autoriza empresas com sede em outro país à prestação e operação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas, além da entrada, saída e trânsito de seus veículos em território brasileiro, através de pontos de fiscalização aduaneira.

A Licença Complementar será expedida, obedecidos os princípios da reciprocidade consagrados nos acordos bilaterais e multilaterais, à empresa estrangeira que seja detentora de Licença Originária, outorgada pelo

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Organismo Nacional Competente do país de origem e terá prazo de validade igual ao previsto na Licença Originária correspondente ou nos acordos bilaterais ou multilaterais vigentes.

O pedido de Licença Complementar será dirigido à ANTT, mediante requerimento de representante legal da empresa no Brasil, ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:

• Licença Originária e seus anexos, concedida há, no máximo, 120 (cento e vinte) dias pelo organismo nacional competente e legalizada na representação diplomática do Brasil no país de origem; e

• procuração por instrumento público, outorgada a representante legal, único, perante a ANTT, residente e domiciliado em território brasileiro e com poderes para representar a empresa e responder por ela em todos os atos administrativos e judiciais, facultado o substabelecimento com reserva de poderes. Deve constar nessa procuração a identificação completa do representante legal, o respectivo domicílio, com endereço e telefone, assim como a inscrição no CNPJ, CPF ou equivalente.

Os documentos deverão ser apresentados em cópia autenticada ou cópia simples a ser autenticada no ato do protocolo, mediante exibição do original.

Todos os documentos em língua estrangeira deverão ser acompanhados da correspondente tradução para o português, por tradutor público juramentado, após obtenção do visto consular perante a representação diplomática do Brasil no país de origem.

Eventual substituição do representante legal ou alteração dos respectivos dados cadastrais, deverá ser comunicada à ANTT no prazo de 30 (trinta) dias do fato, sob pena de imediata suspensão da Licença Complementar, até efetiva regularização da pendência. A Licença Complementar será outorgada pela Diretoria da ANTT, nos termos previstos nos acordos internacionais vigentes, mediante Resolução publicada no Diário Oficial da União e emissão do respectivo Certificado.

O Certificado será entregue ao representante legal ou procurador devidamente habilitado e cadastrado, com poderes específicos para retirada de documentos, ou remetido por via postal, com Aviso de Recebimento – AR, ao representante legal único constituído. É de exclusiva responsabilidade da empresa manter atualizados seus dados cadastrais, assim como os do respectivo representante legal.

As empresas detentoras de Licença Complementar ficam obrigadas à comunicação, no prazo de 30 dias, de eventual alteração dos respectivos dados cadastrais ou substituição do representante legal, neste caso apresentando procuração em vigor. A atualização poderá ser solicitada pela

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ANTT a qualquer tempo, e sua inobservância caracteriza perda dos requisitos exigidos para concessão da Licença Complementar, implicando seu cancelamento.

Emolumentos

Os custos relativos à expedição das Licenças serão de responsabilidade das empresas requerentes e deverão ser recolhidos mediante pagamento, no Banco do Brasil, de Guia de Recolhimento da União – GRU Simples, a ser emitida no endereço eletrônico da ANTT na internet, o respectivo comprovante de pagamento deverá ser anexado ao requerimento da interessada

Os emolumentos serão devidos em razão de ato requerido à ANTT, por país de destino, conforme tabela abaixo:

DOCUMENTO VALOR

Licença Originária (empresas nacionais) R$ 180,00, com adicional de R$ 5,00 por unidade.

Autorização de Viagem Ocasional (empresas nacionais)

R$ 10,00, com adicional de R$ 5,00 por unidade.

Modificação de frota (empresas nacionais) R$ 10,00, com adicional de R$ 5,00 por unidade.

Segunda via de Licença Originária (empresas nacionais)

R$ 180,00

Licença Complementar (empresas estrangeiras)

R$ 180,00

Segunda via de Licença Complementar (empresas estrangeiras)

R$ 180,00

Relatório de frota existente / Modelo "A" (empresas nacionais e estrangeiras) R$ 50,00

As empresas detentoras de Licenças Originária ou Complementar ficam sujeitas, conforme o caso, à aplicação de multas, suspensão ou cancelamento da respectiva Licença, sempre que infringirem as disposições contidas nos acordos internacionais vigentes e nas normas e regulamentos próprios, assegurado amplo direito de defesa.

A prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas para a consecução de atividade ilícita sujeita o infrator, mediante prévio processo

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administrativo, às penalidades de suspensão ou cancelamento da respectiva Licença, na forma da lei.

Aos veículos com bloqueios judiciais somente será concedida a habilitação após a apresentação de permissão expressa do Juízo.

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Questões Comentadas

01. (Cespe/MPOG/Analista de Infraestrutura – Área VII/2012) A Agência Nacional de Transportes Terrestres é responsável pela organização e manutenção do registro nacional de transportadores rodoviários de cargas e, ainda, pelas autorizações relacionadas ao transporte internacional de cargas. Resolução: De fato, a Agência Nacional de Transportes Terrestres é responsável pela organização e manutenção do registro nacional de transportadores rodoviários de cargas. Segundo a Lei 10.233/2001 a prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas depende de prévia habilitação junto à ANTT (a Lei não fala em autorização). Contudo, a Resolução ANTT 1.474/2006 determina que essa habilitação se dará mediante outorga a ser concedida na modalidade autorização. Assim, a não ser que o enunciado cite expressamente a Resolução ANTT 1.474/2006, devemos considerar que a prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas depende apenas de prévia habilitação. Gabarito: E

02. (Elaboração própria) Compete à ANTT manter o Registro Nacional de Transportadores de Cargas (RNTRC). Podem inscrever-se no RNTRC as Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC), as Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC), os Transportadores Autônomos de Cargas (TAC), que trabalhem com o transporte de carga própria. Resolução: É obrigatória a inscrição das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC), das Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC) e dos Transportadores Autônomos de Cargas (TAC), contudo, eles não trabalham com o transporte de carga própria e sim com o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros mediante remuneração. Gabarito: E

03. (Elaboração própria) Para efeitos do Registro Nacional de Transportadores de Cargas (RNTRC) considera-se Transportador Autônomo de Cargas (TAC) a pessoa física que tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional, por sua vez, são considerados equiparados a Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas que possuir, em sua frota, até três veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores de Cargas

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(RNTRC), na data de cadastramento da Operação de Transporte ou, na sua ausência, na data de início da viagem, e a Cooperativas de Transportes de Cargas. Resolução: Essa é a definição do Transportador Autônomo de Cargas e dos equiparados. Gabarito: C

04. (Elaboração própria) O contratante, o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas e o consignatário são solidariamente responsáveis pela obrigação do pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao proprietário da carga ou a seu equiparado.

Resolução: Na realidade, o contratante, o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas, o consignatário e o proprietário da carga são solidariamente responsáveis pela obrigação do pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas ou a seu equiparado. Gabarito: E

05. (Elaboração própria) A Pessoa Física que contratar o TAC ou o seu equiparado para o transporte de cargas de propriedade de terceiros e sem destinação comercial poderá efetuar o pagamento do frete em espécie ou em cheque nominal e cruzado, mediante recibo de pagamento a autônomo. Resolução: O erro da questão está em afirmar que a Pessoa Física realiza o transporte de cargas de propriedade de terceiros, na realidade, deve ser carga própria. Gabarito: E

06. (Elaboração própria) A conta de depósitos utilizada para o pagamento do frete deve respeitar as regras estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e deve ser de titularidade do contratado, registrado no RNTRC. Para o pagamento do frete por meio de conta de depósito a respectiva Operação de Transporte deverá estar cadastrada. Resolução:

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O pagamento do frete por meio da conta de depósito só poderá ser efetuado caso a respectiva Operação de transporte esteja cadastrada. Gabarito: C

07. (Elaboração própria) Responda o item seguinte com base na Resolução ANTT nº 3.658/2011: O pedido de aprovação do meio de pagamento eletrônico de frete não poderá ser apresentado juntamente com o pedido de habilitação da administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, quando se tratar de entidade ainda não habilitada. Resolução:

Quando se tratar de entidade ainda não habilitada, o pedido de aprovação do meio de pagamento eletrônico de frete deverá ser apresentado juntamente com o pedido de habilitação da administradora de meios de pagamento eletrônico de frete.

Gabarito: E

08. (Elaboração própria) No caso das infrações, a reincidência é considerada genérica, quando se tratar de infrações de natureza diversa, e específica, no caso de infrações de mesma natureza. No caso de reincidência a penalidade pela nova infração será acrescida de cinquenta por cento do valor da última penalidade aplicada em definitivo. A reincidência é caracterizada quando o agente cometer uma nova infração depois de ter sido punido anteriormente por força de decisão pendente de recurso, salvo se decorridos mais de três anos do julgamento da respectiva penalidade.

Resolução:

Para que seja considerada reincidência o agente deve ter cometido uma nova infração depois de ter sido punido anteriormente por força de decisão definitiva, ou seja, que não caiba mais recurso.

Gabarito: E

09. (Elaboração própria) A licença originária e a licença complementar são emitidas para a prestação de serviço regular de transporte internacional de cargas.

Resolução:

O enunciado está correto, as licenças originária e complementar são emitidas para o transporte regular, a autorização de viagem de caráter ocasional é emitida para o não regular.

Gabarito: C

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10. (Elaboração própria) Para efeitos do transporte internacional de cargas a Autorização de viagem de Caráter Ocasional é concedida para a realização de viagem caracterizada como prestação de serviço regular, porém sem caráter de permanência, ou aquela que vier a ser definida em acordos bilaterais ou multilaterais.

Resolução:

O erro está em afirmar que a Autorização de viagem de Caráter Ocasional é concedida para a realização de viagem caracterizada como prestação de serviço regular, na realidade é para o serviço não regular, sem caráter de permanência.

Gabarito: E

11. (Elaboração própria) Para efeitos do transporte internacional de cargas a Licença Originária é a autorização outorgada pelo país de origem da empresa interessada, que preencha os requisitos estipulados nos acordos internacionais de transporte rodoviário de cargas, na legislação brasileira e na regulamentação da ANTT. A Licença complementar, por sua vez, é o ato expedido no Brasil, pelo qual a ANTT, atendidos os acordos internacionais vigentes, autoriza empresas com sede em outro país à prestação e operação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas, além da entrada, saída e trânsito de seus veículos em território brasileiro, através de pontos de fiscalização aduaneira.

Resolução:

O enunciado traz corretamente os conceitos de licença originária e licença complementar.

Gabarito: C

12. (Elaboração própria) O Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, constitui-se como a forma do transportador (ou equiparado) antecipar ao embarcador, em modelo próprio, as despesas com o pedágio, no deslocamento de cargas por meio de transporte rodoviário, nas rodovias brasileiras concedidas à iniciativa privada.

Resolução:

O Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, constitui-se como a forma do embarcador (ou equiparado) antecipar ao transportador, as despesas com o pedágio, e não o contrário.

Gabarito: E

13. (Elaboração própria) Para efeito do Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº

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10.209, de 2001, embarcador é o proprietário originário da carga contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas. Equipara-se, ainda, ao embarcador o contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas, que não seja o proprietário originário da carga ou a empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte rodoviário de carga.

Resolução: O enunciado nos dá as definições corretas de embarcador e seu equiparado. Gabarito: C

14. (Elaboração própria) O transporte rodoviário de cargas, em regra, deve ser efetuado sob contrato ou conhecimento de transporte, que deve conter informações para a completa identificação das partes, dos serviços e de natureza fiscal. Na ausência de disposição no contrato ou no conhecimento de transportes sobre o prazo e as condições para liquidação do frete, ficará o contratante obrigado a creditar o valor do frete antecipadamente. Resolução: Na ausência de disposição no contrato ou no conhecimento de transportes sobre o prazo e as condições para liquidação do frete o contratante é obrigado a creditar o valor do saldo do frete assim que notificado da chegada da carga ao destino e não antecipadamente. Gabarito: E

15. (Elaboração própria) A Resolução nº 3.658/2011 disciplina a forma como o contrato de transporte deve ser pago (liquidado). O Contrato de Transporte é composto pelas disposições firmadas, por escrito, entre o contratante e o contratado para estabelecer as condições para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração. Resolução: Perfeito, o Contrato de Transporte é instrumento utilizado para disciplinar os direitos e obrigações entre o contratante e o contratado para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração. Gabarito: C

Finalizo, aqui, a nossa aula de hoje. Abs. Fernando.

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Lista de Questões

01. (Cespe/MPOG/Analista de Infraestrutura – Área VII/2012) A Agência Nacional de Transportes Terrestres é responsável pela organização e manutenção do registro nacional de transportadores rodoviários de cargas e, ainda, pelas autorizações relacionadas ao transporte internacional de cargas.

02. (Elaboração própria) Compete à ANTT manter o Registro Nacional de Transportadores de Cargas (RNTRC). Podem inscrever-se no RNTRC as Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC), as Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC), os Transportadores Autônomos de Cargas (TAC), que trabalhem com o transporte de carga própria.

03. (Elaboração própria) Para efeitos do Registro Nacional de Transportadores de Cargas (RNTRC) considera-se Transportador Autônomo de Cargas (TAC) a pessoa física que tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional, por sua vez, são considerados equiparados a Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas que possuir, em sua frota, até três veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores de Cargas (RNTRC), na data de cadastramento da Operação de Transporte ou, na sua ausência, na data de início da viagem, e a Cooperativas de Transportes de Cargas.

04. (Elaboração própria) O contratante, o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas e o consignatário são solidariamente responsáveis pela obrigação do pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao proprietário da carga ou a seu equiparado.

05. (Elaboração própria) A Pessoa Física que contratar o TAC ou o seu equiparado para o transporte de cargas de propriedade de terceiros e sem destinação comercial poderá efetuar o pagamento do frete em espécie ou em cheque nominal e cruzado, mediante recibo de pagamento a autônomo.

06. (Elaboração própria) A conta de depósitos utilizada para o pagamento do frete deve respeitar as regras estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e deve ser de titularidade do contratado, registrado no RNTRC. Para o pagamento do frete por meio de conta de depósito a respectiva Operação de Transporte deverá estar cadastrada.

07. (Elaboração própria) Responda o item seguinte com base na Resolução ANTT nº 3.658/2011: O pedido de aprovação do meio de pagamento eletrônico de frete não poderá ser apresentado juntamente com o pedido de habilitação da administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, quando se tratar de entidade ainda não habilitada.

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08. (Elaboração própria) No caso das infrações, a reincidência é considerada genérica, quando se tratar de infrações de natureza diversa, e específica, no caso de infrações de mesma natureza. No caso de reincidência a penalidade pela nova infração será acrescida de cinquenta por cento do valor da última penalidade aplicada em definitivo. A reincidência é caracterizada quando o agente cometer uma nova infração depois de ter sido punido anteriormente por força de decisão pendente de recurso, salvo se decorridos mais de três anos do julgamento da respectiva penalidade.

09. (Elaboração própria) A licença originária e a licença complementar são emitidas para a prestação de serviço regular de transporte internacional de cargas.

10. (Elaboração própria) Para efeitos do transporte internacional de cargas a Autorização de viagem de Caráter Ocasional é concedida para a realização de viagem caracterizada como prestação de serviço regular, porém sem caráter de permanência, ou aquela que vier a ser definida em acordos bilaterais ou multilaterais.

11. (Elaboração própria) Para efeitos do transporte internacional de cargas a Licença Originária é a autorização outorgada pelo país de origem da empresa interessada, que preencha os requisitos estipulados nos acordos internacionais de transporte rodoviário de cargas, na legislação brasileira e na regulamentação da ANTT. A Licença complementar, por sua vez, é o ato expedido no Brasil, pelo qual a ANTT, atendidos os acordos internacionais vigentes, autoriza empresas com sede em outro país à prestação e operação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas, além da entrada, saída e trânsito de seus veículos em território brasileiro, através de pontos de fiscalização aduaneira.

12. (Elaboração própria) O Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, constitui-se como a forma do transportador (ou equiparado) antecipar ao embarcador, em modelo próprio, as despesas com o pedágio, no deslocamento de cargas por meio de transporte rodoviário, nas rodovias brasileiras concedidas à iniciativa privada.

13. (Elaboração própria) Para efeito do Vale-Pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, embarcador é o proprietário originário da carga contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas. Equipara-se, ainda, ao embarcador o contratante do serviço de transporte rodoviário de cargas, que não seja o proprietário originário da carga ou a empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte rodoviário de carga.

14. (Elaboração própria) O transporte rodoviário de cargas, em regra, deve ser efetuado sob contrato ou conhecimento de transporte, que deve conter informações para a completa identificação das partes, dos serviços e de natureza fiscal. Na ausência de disposição no contrato ou no conhecimento de transportes sobre o prazo e as condições para liquidação do frete, ficará o

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contratante obrigado a creditar o valor do frete antecipadamente.

15. (Elaboração própria) A Resolução nº 3.658/2011 disciplina a forma como o contrato de transporte deve ser pago (liquidado). O Contrato de Transporte é composto pelas disposições firmadas, por escrito, entre o contratante e o contratado para estabelecer as condições para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração.

GABARITOS:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

Errado Errado Certo Errado Errado Certo Errado Errado Certo Errado

11 12 13 14 15

Certo Errado Certo Errado Certo

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Bibliografia

Brasil. Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007. Brasil. Resolução ANTT nº 3.658, de 19 de abril de 2011. Brasil. Resolução ANTT nº 1.474, de 31 de maio de 2006. Brasil. Resolução ANTT nº 2.885, de 09 de setembro de 2008. Brasil. Resolução ANTT nº 3.056, de 12 de março de 2009.