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Introdução à Estereoqiuímica Aula 8 QO-427 Prof. José Augusto

Aula 8 Estereoquímica

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Estereoquímica

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  • Introduo Estereoqiumica

    Aula 8

    QO-427 Prof. Jos Augusto

  • Isomerismo: ismeros constitucionais e estereoismeros

    Ismeros so compostos diferentes que tm a mesma frmula molecular.

    Ismeros constitucionais so ismeros que diferem porque seus tomos esto conectados em uma ordem diferente. Exemplos,

    1.bin
  • Estereoismeros no so ismeros constitucionais eles tm seus tomos constituintes conectados na mesma seqncia. Estereoismeros diferem apenas no rearranjo de seus tomos no espao.

    p.e. 60 oC p.e. 48 oC

    p.f. -80 oC p.f. -50 oC

    Densidade 1,284 g mL-1 dens. 1,446 g mL-1

    2.bin
  • Diferena entre conformao e configurao. Uma analogia, conformao: um indivduo com os braos e pernas abertos em diferentes posies; configurao: um indivduo com os braos posicionados no lugar das pernas e vice-versa, ou a cabea no lugar do joelho, e a perna no lugar da cabea.

    3.unknown
  • 7.1 Quiralidade e Enantimeros

    Quiralidade: propriedades semelhantes s das mos. Um objeto que no se sobrepe com sua imagem especular quiral. Caso um objeto e sua imagem no espelho possa coincidir no espao, ento eles so ditos aquirais.

    Objetos quirais: um par de luvas, as lminas de uma tesoura, um escada em espiral, uma pessoa, um abridor de rolhas de cortia, hlices, etc.

    Objetos aquirais: um lpis, um ovo, um cubo, monitor de TV, etc.

    Fig. 7.1 Dois objetos imagem especular e objeto no se sobrepem.

  • Enantimeros: compostos ismeros que possuem uma relao de objeto e imagem so chamados de enantimeros e so ditos terem um relacionamento enantiomrico entre si.

    Uma inspeo cuidadosa da estrutura do 2-iodobutano revela que uma molcula quiral. Existem duas estruturas isomricas que no se sobrepem.

    Para converter um dos enantimeros no outro, preciso quebrar e reformar ou distorcer a molcula atravs de uma geometria plana. Este processo requer uma enorme energia para interconverter uma estrutura na outra, uma barreira de energia em geral no disponvel em uma reao qumica. Este tipo de isomeria chamada de estereoisomerismo.

    Estereoismeros so compostos que possuem a mesma seqncia de ligaes covalentes e diferem na disposio relativa de seus tomos no espao.

    4.unknown
  • Fig. 7.2 O relacionamento imagem-objeto dos dos 2-iodobutano.

  • Fig. 7.3 A quiralidade do 1,1-dicloroetano

    Fig. 7.4 O relacionamento entre as duas conformaes gauches do butano.

    Os dois ismeros conformacionais possuem tambm um relacionamento enantiomrico entre si. Contudo, neste caso, os dois enantimeros podem se interconverter simplesmente pela rotao da ligao central carbono-carbono.

    Observe que 1,1-dicloroetano, que possui trs grupos diferentes no C-1, aquiral. Quando a molcula possui um estereocentro, suas molculas sero sempre quirais. Contudo, um estereocentro no uma condio necessria para quiralidade, como veremos logo a seguir.

  • Desde que as barreiras rotacionais sejam pequenas, tais enantimeros como os acima rapidamente se interconvertem a temperatura ambiente. Os enantimeros poderiam ser obtidos no estado puro apenas a temperaturas bem baixas, da ordem de 230 oC. Nenhum dos butanos gauches enantiomricos possuem estereocentros. Estas molculas so quirais devido a disposio assimtrica dos grupos em torno da ligao C-C central.

    Exerccio 7.3 Construa modelos moleculares das duas formas enantiomricas do butano gauche. Confirme que os dois enantimeros no se sobrepem e que a rotao em torno do ligao C-2C-3 provoca a interconverso.

    butano

  • Enantimeros

    Molculas de imagem especular que no se sobrepem

  • *

    A importncia Biolgica da QuiralidadeA interao especfica de um stio receptor quiral para com uma molcula quiral acontece usualmente de modo favorvel apenas de uma maneira

    Encaixe perfeito

    No tem encaixe

  • Substncias Quirais:

    Todos os carboidratos so quirais;

    Tos os aminocidos proteinognicos so quirais, com exceo do mais simples, a glicina;

    Tm propriedades semelhantes as das mos (ou seja, so quirais): as protenas, as enzimas, o RNA, o DNA, um nmero significativo dos princpios ativos de frmacos, de substncias naturais, etc.

  • 7.2 Propriedades Fsicas dos Enantimeros: Atividade tica

    Semelhanas entre enantimeros quando puros e separados: ponto de ebulio, solubilidade em solventes comuns, densidades, ndices de refrao e espectros.

    Diferenas entre enantimeros:

    conglomerados

    Co-cristais = mistura fsica 1:1 de L e D

    p.f. XoC

    Formas de cristalizao das molculas:

    Co-cristais 85 % das molculas

    Conglomerados < 15% da molculas

    5.unknown6.unknown7.unknown8.unknown
  • Propriedades de alguns enantimeros.

    Alice no Pas do Espelho, Lewis Carrol (pseudnimo de Charles L. Dogson,1832-1898): L&PM Pocket, Porto Alegre, 2009, pag. 24. Voc gostaria de morar na Casa do Espelho, gatinho? Fico pensando se o pessoal de l vai dar leite a voc... Pode ser que o leite do Espelho no seja bom de beber.

    9.unknown
  • Diferenas entre enantimeros: entre outras, diferem na interao com luz polarizada.

    A luz pode ser tratada como um movimento ondulatrio cambiante entre os campos eltrico e magntico que esto em ngulo reto entre si. Quando um eltron interage com a luz, ele oscila na freqncia da luz na direo do campo eltrico e em fase com ela. Na luz normal, os vetores campo eltrico das ondas de luz esto orientadas em todos os possveis planos. A luz plano-polarizada a luz na qual os vetores campos eltricos de todas as ondas de luz esto no mesmo plano, o plano de polarizao.

  • A origem da atividade tica

    (c)

    (d)

    (c) Dois raios polarizados circularmente com rotaes opostas tendo a mesma velocidade, com seu vetor soma. O resultado liquido como em (a).

    (d) Dois raios polarizados circularmente com rotaes opostas tendo velocidades difetrentes, com seu vetor soa. O resultado liqudo como em (b)

  • A Origem da Atividade tica

    A Atividade tica medida pelo grau de rotao da luz plano polarizada passando atravs de um meio quiral. O raio da luz polarizada no plano (Figura a) pode ser descrito em termos de luz polarizada circularmente. Um raio de luz polarizada circularmente girando em uma direo mostrado em b. O vetor soma de dois raios em fase polarizados circularmente tendo rotaes opostas um raio de luz plano polarizada (Fig. c). A atividade tica de molculas quirais resulta do fato de que dois raios opostos polarizados circularmente trafegarem com velocidades diferentes atravs do meio quiral. Essa diferena dos dois raios polarizados circularmente se propaga atravs da amostra enquanto seu vetor soma descreve um plano que progressivamente vai se girando (Fig. d). O que medido quando a luz emerge da amostra rotao resultante da luz plano polarizada causada pela diferena de velocidades dos componentes dos raios da luz polarizada circularmente.

    A origem da diferena de velocidades decorrente das interaes entre eltrons da molcula quiral com a luz. As molculas que no so quirais no causam diferena de velocidades entre os dois raios polarizados circularmente, e como consequncia no h rotao do plano da luz polarizada descrita pelo vetor soma., e no h atividade tica.

    Vide Figura no slide anterior.

  • A luz plano-polarizada pode ser produzida passando a luz normal atravs de um polarizador, tal como uma folha de Polaroid ou de um instrumento conhecido como prisma de Nicol.

    Na molcula, um eltron no livre para oscilar igualmente em todas as direes. Isto , sua polarizabilidade anisotrpica, o que significa diferente em diferentes direes. Quando os eltrons nas molculas oscilam em resposta a uma luz plano-polarizada, eles geralmente tendem, devido a sua polarizabilidade anisotrpica, a oscilar fora do plano de polarizao. Devido a sua interao com os eltrons oscilantes, a luz tem seus campos eltrico e magntico alterados. Assim, quando a luz plano-polarizada interage com uma molcula, o plano de polarizao gira levemente. Contudo, em uma grande coleo de molculas aquirais, para qualquer orientao de uma molcula que tem alterado o plano de polarizao da luz, existe uma outra molcula com uma orientao imagem especular tendo um efeito oposto. Conseqentemente, quando um raio de luz plano-polarizada passado atravs de tal composto, o raio emerge com o plano de polarizao inalterado.

  • Contudo, para molculas quirais tal como um dos enantimricos 2-iodobutanos, o estereoismero com orientaes imagem especular esto ausentes, e o plano de polarizao da luz usualmente medido alterado em sua passagem pela amostra. Tais compostos so ditos serem oticamente ativos. Se um composto provocar a alterao de polarizao girar na direo dos ponteiros do relgio (positivo) a direo medida pelo detector na frente do raio, dito ser dextrorotatrio. Se provocar girar o plano no sentido contrrio aos ponteiros do relgio (negativo), chamado levorotatrio. A quantidade pela qual o plano girado expressado como ngulo de rotao e pelo sinal apropriado, o qual mostra se a rotao dextro (+) ou levo (-).

    raio de luz inalterado

  • As rotaes so medidas com um equipamento chamado de polarmetro. Uma vez que a rotao depende do comprimento de onda da luz usada, h necessidade de luz monocromtica (luz tendo um nico comprimento de onda). Os polarmetros comuns usam a linha D do sdio (5890 ). A luz monocromtica passa primeiro pelo polarizador (usualmente um prisma de Nicol), do qual ela emerge polarizada em um plano. A luz plano-polarizada e ento passada atravs de um tubo que contm a amostra, tanto na forma lquida ou dissolvida em alguma solvente aquiral. Ela emerge da amostra com o plano de polarizao girado na direo mais ou menos. O raio de luz passa por um segundo prisma de Nicol, que montado em um mostrador circular (o analisador). Este girado por um valor suficiente para permitir o raio de luz ultrapass-lo na intensidade mxima. As leituras so comparadas com uma amostra tendo no tubo somente o solvente puro, para obter o valor da rotao.

    Fig. 7.5 Esquema de um polarmetro.

  • *

    O Polarmetro
  • Os polarmetros de preciso usam a linha amarela do sdio (linha D) ou a linha verde do mercrio e geralmente possuem uma preciso em torno de 0,01. Espectropolarmetros usam fotoclulas no lugar do olho humano e podem dar uma maior preciso.

    O ngulo de rotao proporcional ao nmero de molculas oticamente ativas presentes no caminho do raio de luz. Contudo, proporcional ao comprimento do tubo da amostra e da concentrao da soluo. A rotao especfica [] obtida dividindo pela concentrao c (expressada em g mL-1 da soluo) e comprimento da clula, l (expressado em decmetros).

    10.unknown
  • Os enantimeros diferem um do outro de maneira pela qual eles interagem com a luz plano-polarizada.

    Para os dois enantimeros do 2-iodobutano:

    Esta informao no nos diz qual enantimero qual. No existe uma relao simples entre o sinal de e a estereo-estrutura absoluta de uma molcula. Por exemplo, (+)-cido ltico, (+)-CH3CH(OH)COOH convertido ao seu sal sdico, (-)-lactato de sdio, (-)-CH3CH(OH)COO- Na+, pela reao com NaOH, e recuperado pela adio de HCl.

    11.unknown
  • A esteroestrutura absoluta pode ser determinada por difrao de raio-X. As estereoestrutras absolutas para alguns compostos oticamente ativos foram determinados por esta tcnica. Uma vez determinada as estereoestruturas absolutas para alguns poucos compostos oticamente ativos, outras configuraes moleculares podem ser determinadas por correlao qumica com compostos de estrutura conhecida. Por estes mtodos, as estruturas para (+)- e (-)-2-iodobutano foram estabelecidas serem

    Exerccio 7.4 A rotao especfica da sucrose + 66. Considerando que 5 colheres pesam 60 g e que um pequeno copo de 5 cm de dimetro tem capacidade para 300 mL de soluo, calcule qual ser a rotao a ser observada.

    12.unknown
  • Substncias quirais so opticamente ativas; elas giram

    o plano de polarizao.

    Substncias aquirais em geral no giram o plano de polarizao.

    Elas so opticamente inativas.

    Sentido horrio (+)

    Sentido anti-horrio (-)

    Diferena de configurao R,S

  • 7.3 Nomenclatura de Enantimeros: A Conveno R,S

    Como atribuir uma estrutura a um determinado enantimero? Qual a estrutura do (+)-2-iodobutano? Qual a do (-)-2-iodobutano? Um sistema de nomenclatura foi concebido por R. S. Cahan, Sir Christopher Ingold e por Vlado Prelog e foi adotado pela IUPAC. Esta conveno chamada de sistema Cahan-Ingold-Prelog e tambm chamada de conveno R,S, ou ainda regra da seqncia.

    A aplicao de regra da seqncia para nomear enantimeros envolve os seguintes passos.

    Identifique os quatro substituintes ligados ao estereocentro. Atribua a cada um dos quatro substituintes um prioridade 1,2,3 ou 4 usando a regra da seqncia de modo que 1 > 2 > 3 > 4.Oriente a molcula no espao de modo que visualizar a ligao do estereocentro posicionando-se do lado oposto da ligao de menor prioridade, 4.
  • Olhando nesta posio voc ver o estereocentro com trs substituintes 1, 2, e 3. Trace um caminho de 1 para 2 e para 3. Se o caminho descreve um movimento no sentido do movimento dos ponteiros de um relgio, ento o estereocentro chamado R (do latim, rectus, direita). Se o caminho for no sentido inverso aos dos ponteiros do relgio o estereocentro chamado S (do latim, sinister, esquerda).

  • Oriente o grupo (tomo) de menor prioridade (4) para

    longe de voc

    Sentido horrio = configurao R

    Sentido anti-horrio = configurao S

  • Representaes espaciais para estruturas R e S so mostradas a seguir.

    S

    R

    Fig. 7.6 Diagramas espaciais para um estereocentro, ilustrando o arranjo 1,2,3 e 4 de grupos prioritrios para atribuio das configuraes (a) S e (b) R.

  • Temos que considerar 4 aspectos na aplicao da regra da seqncia.

    1. Quando os quatros substituintes ligados ao estereocentro so diferentes, o de maior nmero atmico tem preferncia sobre o menor.

    Apenas os tomos diretamente ligados ao estereocentro so considerados. Portanto, no exemplo acima: Br > Cl > C > H.

    Exerccio 7.5 Escreva a estrutura tridimensional para (S)-1-cloro-1-fluoropropano.

    13.bin
  • 2. Nos casos onde dois dos tomos ligados so istopos entre si, o de massa atmica maior tem prioridade sobre o menor.

    F > C > D > H

    3. Quando dois dos tomos ligados diretamente ao estereocentro forem o mesmo, a prioridade atribuda no primeiro ponto de diferena entre esses mesmos substituintes.

    14.bin15.bin
  • O grupo etila tem prioridade sobre o metila, porque o CH3-CH2 tem um carbono no lugar do hidrognio do H-CH2.

    Exerccio 7.6 Escreva a estrutura do (S)-3-cloro-2,6-dimetil-heptano.

    Observe que a configurao R ou S atribuda baseando-se apenas no primeiro ponto de diferena da cadeia do substituinte, mesmo que possa existir outra diferena em outro ponto posterior na mesma cadeia desses mesmos substituintes.

    Exerccio 7.7 Atribua as configuraes R e S para os compostos seguintes.

    16.bin17.bin
  • 4. Ligaes duplas e triplas so tratadas considerando que cada uma das ligaes ao tomo sejam duplicadas ou triplicadas.

    Exerccio 7.8 Qual configurao absoluta do aldedo seguinte?

    Na regra de prioridade, o C sempre considerado como tetrassubstitudo.

    18.bin19.bin20.bin21.bin
  • Exerccio 7.9 Quais so as configuraes absolutas dos seguintes compostos?

    a)

    b)

    importante lembrar que os prefixos R e S discutidos so apenas regras convencionais de nomenclatura. Os termos (+) e (-) referem-se propriedade de atividade tica determinada experimentalmente. No h nenhum relacionamento entre a designao R ou S e o sinal da rotao do plano da luz polarizada.

    22.bin
  • Se necessrio, gire a molcula para que o grupo (ou tomo) de menor prioridade esteja ligado com uma cunha tracejada

    Pode-se desenhar a seta do grupo 1 para o grupo 2, passando pelo grupo de menor prioridade (4), mas nunca passando pelo grupo de menor prioridade .

    Observe que as duas molculas no so iguais.

  • As estruturas A e B representam enantimeros ou duas molculas de um mesmo composto em diferentes orientaes?

    Estratgia: considere uma estrutura em sua mente, e segure-a por um grupo. Ento, gire os outros grupos at que pelo menos um grupo esteja no mesmo lugar como est na outra estrutura (com modelos mais fcil). Atravs de uma srie de rotaes como esta voc ser capaz de converter a estrutura que est manipulando em uma que idntica tanto com uma delas ou com a imagem especular da outra. Por exemplo, tome A, segure-a pelo tomo de Cl e ento gire os outros grupos entorno da ligao C*-Cl at que o hidrognio ocupe a mesma posio como em B. Ento, segure-o pelo tomo de H e gire os outros grupos entorno da ligao C*-H. Isto far B idntico com A.

    24.unknown25.unknown
  • Um maneira de comprovar a manipulao que realizou com as estruturas, efetuar a designao (R,S). Caso os nomes sejam iguais ento as estruturas so as mesmas. No exemplo em considerao ambas as estruturas so (R)-1-bromo-1-cloroetano.

    Outro mtodo para atribuir as configuraes (R) e (S) pode ser visualizado usando um das mos como modelo. Os grupos nos centros de quiralidade so correlacionados a partir do menor para o de maior prioridade com seu pulso, polegar, primeiro indicador e segundo indicador, respectivamente. O centro quiral ser (R) se a concordncia for com a mo direita, e (S) se a concordncia for com a esquerda. Este mtodo de atribuio est descrito no artigo de J. E. Huheey no Journal of the Chemical Education 1986, 63, 598-600.

    No exemplo em considerao ( no slide anterior) as duas molculas correspondem ao mesmo composto.

  • Mo direita

    Mo esquerda

    Usando a mo esquerda

  • Usando a mo direita

  • 7.4 Racematos

    Quando quantidades iguais de molculas enantiomricas esto juntas, dita racmica. A mistura chamada de um racemato. Uma vez que um racemato contm quantidades iguais de molculas levorotatrias e dextrorotatrias, o resultado uma rotao tica zero. Racemato simbolizado pelo smbolo (). Assim ()-2-iodobutano, um racemato.

    As propriedades fsicas de um racemato no so necessariamente as mesmas daquelas de um enantimero puro.

    Um racemato cristaliza em vrias formas, conglomerados e co-cristais. Em alguns casos, podem resultar cristais (+) e (-) de formas diferentes. Neste caso, o racemato cristalino uma mistura mecnica de dois compostos cristalinos diferentes e chamado de mistura racmica (co-cristais) (Fig. 7.7). Um composto racmico atua como se fosse um composto separado: seu ponto de fuso um pico num diagrama de fase. Contudo, o composto racmico pode fundir acima ou abaixo do enantimero puro. A adio de pequena quantidade de um enantimero puro provoca a diminuio do ponto de fuso (Fig. 7.8). Conglomerados quando os cristais do racemato cristalizam separadamente (ex. sal de Pasteur).

  • Em razo destas interaes intermoleculares diferentes, racematos freqentemente diferem de enantimeros puros em outras propriedades fsicas. Tem sido observada diferena na densidade, ndice de refrao, solubilidade e em vrios espectros.

    Racemizao o processo pelo qual um enantimero puro convertido numa mistura racmica. A racemizao pode ser resultado de uma transformao qumica.

    Uma mistura racmica ou racemato formada pela mistura fsica de igual quantidades de dois enantimeros (1:1) (co-cristais) ou por processos fsicos que provoquem um equilbrio dos dois.

    Num conglomerado os enantimeros esto cristalizados separadamente mas como esto numa proporo de 1:1 so ditos formarem um racemato. Portanto, fisicamente eles j esto separados. Exemplo: o sal de Pasteur.

  • 7.5 Compostos Contendo mais do que um Estereocentro: Diasteremeros

    Se uma molcula possuir mais do que um estereocentro, o nmero de possveis estereoismeros correspondentemente grande. Considere o 2-cloro-3-iodobutano como um exemplo. Existem quatro ismeros que esto representados na Fig. 7.9. Como para outros pares de enantimeros, os compostos 2R,3R e 2S,3S possuem idnticos pontos de ebulio, pontos de fuso, densidades, e espectros. Mas, giram o plano da luz polarizada em direes opostas, um dextrorotatrio, e o outro levorotatrio. Uma correspondncia semelhante nas propriedades fsicas observada para os compostos 2R,3S e 2S,3R.

    Diasteremeros: so estereoismeros entre si, mas no so enantimeros.

  • Fig. 7.9 Estereoismeros do 2-cloro-3-iodobutano.

    26.bin
  • Diastereoismeros so estereoismeros que no so enantimeros. Compostos 1 e 2, e 3 e 4 so enantimeros entre si. Os demais relacionamentos so diastereoismeros: 1 e 3; 1 e 4; 2 e 3; 2,4.

  • Em geral, o nmero mximo possvel de estereoismeros para um composto tendo n estereocentros dado por 2n. Assim, para um composto com um estereocentro, existem 21 = 2 estereoismeros. Para um composto com dois estereocentros, podem existir 22 = 4 estereoismeros.

    Fig. 7.10 Relacionamento estereoisomrico para um composto tendo dois estereocentros diferentes.

    27.bin
  • Em alguns casos, existem menos do que o nmero mximo possvel de estereoismeros. Como um exemplo, considere o 2,3-diclorobutano. Os compostos 2R,3R e 2S,3S so enantimeros entre si.

    Contudo, uma inspeo cuidadosa revela que os compostos 2R,3S e 2S,3R so o mesmo composto (mentalmente realize uma rotao de 180o da molcula inteira sobre o eixo da ligao C-2C-3.

    28.bin
  • Uma vez que este ismero aquiral, no oticamente ativo. Tal composto, que possui estereocentros e ainda aquiral, chamado de composto meso. importante no confundir compostos meso com racematos, que so misturas equimolares de dois enantimeros. Ambos mostram nenhuma atividade tica, mas um composto meso uma nica substncia aquiral, enquanto que o racemato uma mistura de 50% molar de duas substncias substncias quirais.

    29.bin
  • Substncias Meso

    Possuem dois ou mais carbonos assimtricos e um plano de simetria.

    Elas so molculas aquirais.

  • enantimeros enantimeros

    Mas no temos nenhum meso, portanto teremos 4 ismeros ticos.

    Treonina, um aminocido

    2R,3S

    2S,3R

    2R,3R

    2S,3S

  • Temos um total de 3 ismeros espaciais.

    30.bin31.bin
  • Compostos meso podem ser reconhecidos olhando para um plano ou ponto de simetria dentro da molcula que possua estereocentros. Quando tal elemento de simetria existe, o nmero mximo de estereoismeros possveis menor do que 2n. Em uma conformao eclipsada do meso-2,3-diclorobutano o plano de simetria claramente bvio.

    Um ponto (ou centro) de simetria pode ser visto em uma das conformaes estreladas.

    32.bin33.unknown
  • Um objeto possui um ponto de simetria quando um ambiente idntico encontrado a uma mesma distncia em ambas direes ao longo de qualquer linha que passe pelo ponto.

    Ao escrever estruturas mais complexas freqentemente conveniente empregar estruturas linha, e a estereoqumica pode ficar mais evidente. Para simplificar, os hidrognios so omitidos.

    Exerccio 7.11 Escreva estruturas linha para (R)-2-cloro-5-metilexano e (2R,4S)-2,4-dicloropentano. O ltimo composto meso. Identifique um elemento de simetria interno na sua estrutura.

    Qual a diferena entre um meso e um racemato?

    Meso: oticamente inativo (aquiral).

    Racemato: mistura 1 : 1 de enantimeros (so quirais, mas no desviam o plano da luz polarizada).

    34.unknown
  • O cido tartrico tem dois centros quirais e duas formasUma forma quiral e a outra aquiral, mas ambos possuem dois centros quirais Um composto aquiral com centros de quiralidade chamado de composto meso ele possui um plano de simetria As duas estruturas na direita da figura abaixo so idnticas e portanto o composto (2R, 3S) aquiral
  • Resoluo de uma Mistura Racmica

    (R)-cido (S)-cido

    enantimeros

    (S)-base

    (R,S)-sal(S,S)-sal

    diastereoismeros

    (R,S)-sal

    (S,S)-sal

    HCl

    HCl

    (S)-baseH+

    +

    (R)-cido

    (S)-baseH+

    +

    (S)-cido

    Resoluo de uma mistura racmica a separao dos enantimeros.

  • Memria

    Enantimeros so estereoismeros cujas molculas so imagens especulares uma da outra, que no se sobrepem.

    Diastereoismeros so estereoismeros cujas molculas no so imagens especulares uma das outras.

    Racematos: mistura de dois enantimeros na proporo de 1 : 1 oticamente inativos.

    Ismeros meso: estereoismeros que possuam plano ou centro de simetria no possuem atividade tica

    Objeto Quiral: objeto que no se sobrepe com sua imagem

    Quando um objeto e sua imagem especular coincidirem no espao, eles so ditos aquirais.

    C

    4

    H

    1

    0

    C

    H

    3

    C

    H

    2

    C

    H

    2

    C

    H

    3

    C

    H

    3

    C

    H

    C

    H

    3

    C

    H

    3

    b

    u

    t

    a

    n

    o

    i

    s

    o

    b

    u

    t

    a

    n

    o

    C

    3

    H

    7

    C

    l

    C

    H

    3

    C

    H

    2

    C

    H

    2

    C

    l

    C

    H

    3

    C

    H

    C

    H

    3

    C

    l

    1

    -

    c

    l

    o

    r

    o

    p

    r

    o

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    2

    -

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    C

    2

    H

    6

    O

    C

    H

    3

    C

    H

    2

    O

    H

    C

    H

    3

    O

    C

    H

    3

    e

    t

    a

    n

    o

    l

    t

    e

    r

    d

    i

    m

    e

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    i

    c

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