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Rio de Janeiro, 09/08/2012 [email protected]  / www.monicagusmao.com.br  / 9515!!! TEMAS 01 e 02 I. Teoria Geral das Falências 1. Visão Comparativa entre o ecreto !".##1$%&' e At(al )ei de Falências " #ecreto .$$1/%5 &ue regula'a os institutos da (al)ncia e concordata permitia a recupera*+o do de'edor antigo comerciante- ainda &ue (alido, por meio da (igura da concordata suspensi'a. ssa possibilidade consagra'a o princpio da preser'a*+o da empresa. atual ei de al)ncias 11.101/05-, por outro lado, n+o permite &ue o de'edor (alido se3a recuperado art. %8, 4 da ei atual- “Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de !dois" anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente#  $ % não ser &alido e, se o &oi, estejam declaradas extintas, por  sentença transitada em julgado, as responsa'ilidad es da( decorrentes)* ssa 6 a principal di(eren*a entre as leis. 7om isso, o principal ob3eti'o da (al)ncia deia de ser a preser'a*+o da empresa, mas sim sol'er os cr6ditos &uanto mais credores satis(eitos, mel:or para a massa (alida. 7onsagra, portanto, o princpio da maimi;a*+o do ati'o. 2. Caracteri*a+ ão <+o as :ip=teses em &ue o Jui; pode decretar a (al)ncia art. 9%, 4, da ei de al)ncias- “Art. +4. erá decretada a &al-ncia do devedor que#  $ % sem relevante raão de direito, não paga, no vencimento, o'rigação l(quida materialiada em t(tulo ou t(tulos executivos  protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 4/ !quarenta"  salários0m(nimos na data do pedido de &al-ncia)*

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Rio de Janeiro, 09/08/2012

[email protected]  / www.monicagusmao.com.br  / 9515!!!

TEMAS 01 e 02

I. Teoria Geral das Falências

1. Visão Comparativa entre o ecreto !".##1$%&' e At(al )ei de Falências

" #ecreto .$$1/%5 &ue regula'a os institutos da (al)ncia e concordata permitiaa recupera*+o do de'edor antigo comerciante- ainda &ue (alido, por meio da (igura da

concordata suspensi'a. ssa possibilidade consagra'a o princpio da preser'a*+o daempresa.

atual ei de al)ncias 11.101/05-, por outro lado, n+o permite &ue o de'edor (alido se3a recuperado art. %8, 4 da ei atual-

“Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que,no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades hámais de !dois" anos e que atenda aos seguintes requisitos,cumulativamente#

 $ % não ser &alido e, se o &oi, estejam declaradas extintas, por  sentença transitada em julgado, as responsa'ilidades da( decorrentes)*

ssa 6 a principal di(eren*a entre as leis. 7om isso, o principal ob3eti'o da(al)ncia deia de ser a preser'a*+o da empresa, mas sim sol'er os cr6ditos &uantomais credores satis(eitos, mel:or para a massa (alida. 7onsagra, portanto, o princpio damaimi;a*+o do ati'o.

2. Caracteri*a+ão

<+o as :ip=teses em &ue o Jui; pode decretar a (al)ncia art. 9%, 4, da ei deal)ncias-

“Art. +4. erá decretada a &al-ncia do devedor que#

 $ % sem relevante raão de direito, não paga, no vencimento,o'rigação l(quida materialiada em t(tulo ou t(tulos executivos

 protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 4/ !quarenta" salários0m(nimos na data do pedido de &al-ncia)*

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 $$ % executado por qualquer quantia l(quida, não paga, nãodeposita e não nomeia 1 penhora 'ens su&icientes dentro do

 prao legal)

 $$$ % pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se &ier parte

de plano de recuperação judicial#

a" procede 1 liquidação precipitada de seus ativos ou lança mãode meio ruinoso ou &raudulento para realiar pagamentos)

'" realia ou, por atos inequ(vocos, tenta realiar, com oo'jetivo de retardar pagamentos ou &raudar credores, neg2cio

 simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo aterceiro, credor ou não)

c" trans&ere esta'elecimento a terceiro, credor ou não, sem oconsentimento de todos os credores e sem &icar com 'ens su&icientes para solver seu passivo)

d" simula a trans&er-ncia de seu principal esta'elecimento como o'jetivo de 'urlar a legislação ou a &iscaliação ou para

 prejudicar credor)

e" dá ou re&orça garantia a credor por d(vida contra(daanteriormente sem &icar com 'ens livres e desem'araçados

 su&icientes para saldar seu passivo) &" ausenta0se sem deixar representante ha'ilitado e comrecursos su&icientes para pagar os credores, a'andonaesta'elecimento ou tenta ocultar0se de seu domic(lio, do local de sua sede ou de seu principal esta'elecimento)

 g" deixa de cumprir, no prao esta'elecido, o'rigação assumidano plano de recuperação judicial.

 3 o 5redores podem reunir0se em litiscons2rcio a &im de

 per&aer o limite m(nimo para o pedido de &al-ncia com 'ase noinciso $ do caput deste artigo.

 3 o Ainda que l(quidos, não legitimam o pedido de &al-ncia oscr6ditos que nela não se possam reclamar.

 3 7o a hip2tese do inciso $ do caput deste artigo, o pedido de &al-ncia será instru(do com os t(tulos executivos na &orma do parágra&o 9nico do art. +o desta :ei, acompanhados, emqualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para

 &im &alimentar nos termos da legislação espec(&ica.

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 3 4o a hip2tese do inciso $$ do caput deste artigo, o pedido de &al-ncia será instru(do com certidão expedida pelo ju(o em que se processa a execução.

 3 ;o a hip2tese do inciso $$$ do caput deste artigo, o pedido de

 &al-ncia descreverá os &atos que a caracteriam, juntando0se as provas que houver e especi&icando0se as que serão produidas.*

2.1 4mpontualidade inc. 4-

impontualidade 6 o n+o pagamento no 'encimento de determinada obriga*+o. >nica (orma &ue o de'edor tem para compro'ar a impontualidade 6 o protesto. <eassim o 6, o protesto passa a ser uma condi*+o especial da a*+o de (al)ncia 6necess?rio eibir a certid+o de protesto.

" par?gra(o ! do art. 9% da di; &ue o protesto precisa ser espec(ico para (insde (al)ncia. doutrina discute se isso 6 necess?rio no caso de ttulo de cr6dito, ou se3a,e(etuado o protesto cambial de uma nota promiss=ria, seria poss'el a3ui;ar uma a*+o de(al)ncia sem protesto com (ins espec(icosA " <BJ consolidou entendimento de &ue o

 protesto cambial supre o protesto para (ins (alimentar, tendo em 'ista os princpios daceleridade, e(eti'idade, ra;oabilidade e menor onerosidade.

'identemente, se (or um contrato comum, ou se3a, n+o sendo ttulo de cr6dito,a sim 6 necess?rio o protesto para (im (alimentar.

ssa obriga*+o vencida tem &ue ser líquida e materializada em título executivo. C+o basta :a'er o quantum de'eatur , para :a'er li&uide;, 6 necess?rio &ue de'edor ecredor concordem em rela*+o D&uela obriga*+o, ou se3a, &uando n+o :ou'er a imposi*+ode uma das partes D outra. " contrato de abertura de cr6dito c:e&ue especial-, por eemplo, tem por resultado a imposi*+o unilateral de uma obriga*+o, n+o podendo, por tanto, ser'ir de base para a3ui;ar uma (al)ncia <>mula 2% do <BJ-. Bamb6m a nota

 promiss=ria emitida com base na rela*+o imposta n+o pode ser'ir de base para a3ui;ar uma a*+o de (al)ncia <>mula 258 do <BJ-. " banco s= pode, no m?imo, :abilitar oseu cr6dito em (al)ncia 3? em curso baseado em tal contrato.

" ttulo s= pode dar ense3o D (al)ncia &uando ser'ir tamb6m para eecu*+o.Eual&uer ttulo eecuti'o, portanto, autori;a o pedido de (al)ncia, desde &ue 'encida ecompro'ada pelo protesto

Euando :? senten*a de proced)ncia em a*+o monit=ria, por eemplo, o de'edor tem 15 dias para o cumprimento espontFneo, ultrapassado esse pra;o, ou se3a, no 1$dia, le'a ao cart=rio etra3udicial e protesta a senten*a para (ins de (al)ncia, 6 estran:o,mas, como determina a pr=pria lei, a certid+o do cart=rio 3udicial n+o ser'e.

l6m disso, se o pedido ti'er por base a impontualidade, a obriga*+o de'e ter 

'alor superior a %0 sal?rios mnimos, para e'itar &ue a a*+o de (al)ncia 'irasse a*+o de

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cobran*a. ssa disposi*+o redu;iu em 85G o n>mero de (al)ncias decretadas. ssa 6, portanto, outra condi*+o especial da a*+o.

4mportante combinar o art. 9%, 4 com o art. 9%, H!, da .

2.2 ecu*+o rustrada inc. 44-" eecutado por &ual&uer &uantia l&uida &ue n+o pagar, n+o depositar ou se (or 

o dep=sito insu(iciente- e nem nomear a pen:ora bens su(icientes para a garantia dad'ida. I para os casos de ina*+o total ou parcial do eecutado, pode o ee&uentesuspender a eecu*+o e re&uerer a (al)ncia. C+o :? necessidade de protesto, determina o

 par?gra(o % do art. 9% &ue basta uma certid+o do cart=rio 3udicial compro'ando aeecu*+o (rustrada.

:ip=tese de eecu*+o (rustrada n+o 6 condicionada a um 'alor mnimo, assim,

&ual&uer 'alor em &ue se3a eecutado o de'edor pode dar ense3o D (al)ncia.2.! tos de al)ncia inc. 444-

" legislador elencou no inciso 444 '?rias alienas aK a gK- atos &ue praticados pelo de'edor autori;am o credor a pedir (al)ncia

“Art.+4, $$$ % pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se &ier parte de plano de recuperação judicial#

a" procede 1 liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão

de meio ruinoso ou &raudulento para realiar pagamentos)

'" realia ou, por atos inequ(vocos, tenta realiar, com oo'jetivo de retardar pagamentos ou &raudar credores, neg2cio

 simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo aterceiro, credor ou não)

c" trans&ere esta'elecimento a terceiro, credor ou não, sem oconsentimento de todos os credores e sem &icar com 'ens

 su&icientes para solver seu passivo)

d" simula a trans&er-ncia de seu principal esta'elecimento como o'jetivo de 'urlar a legislação ou a &iscaliação ou para

 prejudicar credor)

e" dá ou re&orça garantia a credor por d(vida contra(daanteriormente sem &icar com 'ens livres e desem'araçados

 su&icientes para saldar seu passivo)

 &" ausenta0se sem deixar representante ha'ilitado e comrecursos su&icientes para pagar os credores, a'andona

esta'elecimento ou tenta ocultar0se de seu domic(lio, do local de sua sede ou de seu principal esta'elecimento)

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 g" deixa de cumprir, no prao esta'elecido, o'rigação assumidano plano de recuperação judicial.*

Banto na impontualidade como na eecu*+o (rustrada o credor acaba utili;ando aa*+o de (al)ncia para adimplir seu cr6dito, assim admiteLse o dep=sito elisi'o. Mor outro

lado, &uando s+o praticados atos de (al)ncia (raudulentos-, n+o se admite o dep=sitoelisi'o art. 98, p. u., da -

“Art. +8. 5itado, o devedor poderá apresentar contestação no prao de / !de" dias.

 Parágra&o 9nico. os pedidos 'aseados nos incisos $ e $$ docaput do art. +4 desta :ei, o devedor poderá, no prao dacontestação, depositar o valor correspondente ao total docr6dito, acrescido de correção monetária, juros e honorários

advocat(cios, hip2tese em que a &al-ncia não será decretada e,caso julgado procedente o pedido de &al-ncia, o jui ordenará olevantamento do valor pelo autor.*

,. -rincpios

!.1 Naimi;a*+o do ti'o

Euanto maior (or o ati'o, mel:or para os credores &ue receber+o um percentualmaior de seus cr6ditos. " princpio da maimi;a*+o tem como mel:or eemplo o art. 5

da “Art. <;. A &al-ncia, ao promover o a&astamento do devedor de

 suas atividades, visa a preservar e otimiar a utiliação produtiva dos 'ens, ativos e recursos produtivos, inclusive osintang(veis, da empresa.

!.2 Oni'ersalidade da al)ncia

I a abrang)ncia dos direitos e de'eres do (alido. " 3u;o da (al)ncia abrangetodos os direitos e de'eres do (alido. Per art. 12$

“Art. =. as relaç>es patrimoniais não reguladasexpressamente nesta :ei, o jui decidirá o caso atendendo 1unidade, 1 universalidade do concurso e 1 igualdade detratamento dos credores, o'servado o disposto no art. <; desta

 :ei.*

!.! 4ndi'isibilidade

" 3u;o da (al)ncia 6 indi'is'el e competente para todas as a*Qes, bens e

interesses do (alido, ressal'adas as :ip=teses de &uestQes trabal:istas, (iscais e a&uelasn+o reguladas pela ei. Bem por escopo e'itar decisQes contradit=rias

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“Art. <4. ? ju(o da &al-ncia 6 indivis(vel e competente paraconhecer todas as aç>es so're 'ens, interesses e neg2cios do

 &alido, ressalvadas as causas tra'alhistas, &iscais e aquelas nãoreguladas nesta :ei em que o &alido &igurar como autor oulitisconsorte ativo.

 Parágra&o 9nico. @odas as aç>es, inclusive as excetuadas nocaput deste artigo, terão prosseguimento com o administrador 

 judicial, que deverá ser intimado para representar a massa &alida, so' pena de nulidade do processo.*

regra 6, portanto, a 'is atrati'a pre'ista no art. $

“Art. =o A decretação da &al-ncia ou o de&erimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as aç>es e execuç>es em &ace do devedor,inclusive aquelas dos credores particulares do s2cio solidário.

 3 o @erá prosseguimento no ju(o no qual estiver se processando a ação que demandar quantia il(quida.

 3 o permitido pleitear, perante o administrador judicial,ha'ilitação, exclusão ou modi&icação de cr6ditos derivados da

relação de tra'alho, mas as aç>es de naturea tra'alhista,inclusive as impugnaç>es a que se re&ere o art. 8o desta :ei, serão processadas perante a justiça especialiada at6 aapuração do respectivo cr6dito, que será inscrito no quadro0

 geral de credores pelo valor determinado em sentença.

 3 7o ? jui competente para as aç>es re&eridas nos 33 o e odeste artigo poderá determinar a reserva da importBncia queestimar devida na recuperação judicial ou na &al-ncia, e, umave reconhecido l(quido o direito, será o cr6dito inclu(do na

classe pr2pria.

 3 4o a recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hip2tese nenhuma excederá o praoimprorrogável de 8/ !cento e oitenta" dias contado dode&erimento do processamento da recuperação, resta'elecendo0

 se, ap2s o decurso do prao, o direito dos credores de iniciar oucontinuar suas aç>es e execuç>es, independentemente de

 pronunciamento judicial.

 3 ;o Aplica0se o disposto no 3 o deste artigo 1 recuperação judicial durante o per(odo de suspensão de que trata o 3 4o

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deste artigo, mas, ap2s o &im da suspensão, as execuç>estra'alhistas poderão ser normalmente conclu(das, ainda que ocr6dito já esteja inscrito no quadro0geral de credores.

 3 =o $ndependentemente da veri&icação peri2dica perante os

cart2rios de distri'uição, as aç>es que venham a ser propostascontra o devedor deverão ser comunicadas ao ju(o da &al-nciaou da recuperação judicial#

 $ % pelo jui competente, quando do rece'imento da petiçãoinicial)

 $$ % pelo devedor, imediatamente ap2s a citação.

 3 <o As execuç>es de naturea &iscal não são suspensas pelo

de&erimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do 52digo @ri'utário acional e dalegislação ordinária espec(&ica.

 3 8o A distri'uição do pedido de &al-ncia ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido derecuperação judicial ou de &al-ncia, relativo ao mesmodevedor.*

uni'ersalidade signi(ica &ue abrange todos os cr6ditos e d6bitos e a

indi'isibilidade, como dito, tem rela*+o com a vis atrati'a.!.% Mars 7onditio 7reditorum

I a igualdade e a paridade entre credores. 7laro, a igualdade s= pode ser alegada pelos credores da mesma classe. st? tamb6m no art. 12$ da .

!.5 7eleridade e conomia Mrocessual

st+o pre'istos no art. 5, par?gra(o >nico, da

“Parágra&o 9nico. ? processo de &al-ncia atenderá aos

 princ(pios da celeridade e da economia processual.*

li?s, ainda &ue n+o :ou'esse pre'is+o, seriam princpios de obser'Fnciaobrigat=ria.

%. ireito Intertemporal

Per o art. 192 da

“Art. +. Csta :ei não se aplica aos processos de &al-ncia oude concordata ajuiados anteriormente ao in(cio de sua

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vig-ncia, que serão conclu(dos nos termos do Decreto0:ei no<.==, de de junho de +4;.

 3 o Eica vedada a concessão de concordata suspensiva nos processos de &al-ncia em curso, podendo ser promovida a

alienação dos 'ens da massa &alida assim que conclu(da suaarrecadação, independentemente da &ormação do quadro0geral de credores e da conclusão do inqu6rito judicial.

 3 o A exist-ncia de pedido de concordata anterior 1 vig-nciadesta :ei não o'sta o pedido de recuperação judicial pelodevedor que não houver descumprido o'rigação no Bm'ito daconcordata, vedado, contudo, o pedido 'aseado no planoespecial de recuperação judicial para microempresas eempresas de pequeno porte a que se re&ere a eção F do5ap(tulo $$$ desta :ei.

 3 7o o caso do 3 o deste artigo, se de&erido o processamentoda recuperação judicial, o processo de concordata será extintoe os cr6ditos su'metidos 1 concordata serão inscritos por seuvalor original na recuperação judicial, deduidas as parcelas

 pagas pelo concordatário.

 3 4o Csta :ei aplica0se 1s &al-ncias decretadas em sua vig-nciaresultantes de convolação de concordatas ou de pedidos de

 &al-ncia anteriores, 1s quais se aplica, at6 a decretação, o Decreto0:ei no <.==, de de junho de +4;, o'servado, nadecisão que decretar a &al-ncia, o disposto no art. ++ desta :ei.

 3 ;o ? jui poderá autoriar a locação ou arrendamento de'ens im2veis ou m2veis a &im de evitar a sua deterioração, cujosresultados reverterão em &avor da massa. !inclu(do pela :ei nG .<, de //;"*

<+o tr)s situa*+o basicamente, &ue ser+o epostas abaio.

%.1 Medido e #ecis+o sob a Igide do #ecreto .$$1/%5

'identemente, ser? aplicada apenas a ei .$$1/%5.

%.2 Medido e #ecis+o sob a Igide da ei tual

Bodo o processo seguir? com base na atual lei de (al)ncias.

%.! Medido na Pig)ncia do #ecreto e #ecis+o na Pig)ncia da ei tual

 Euando a 3urisdi*+o (oi pro'ocada 'igia o #ecreto, mas &uando a decis+o (oi pro'ocada 3? esta'a 'igente a no'a ei. t6 o momento do recon:ecimento da (al)ncia

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para decidir sobre a (al)ncia- aplicamLse as normas do #ecreto. Euando da decis+o, por outro lado, entra em 'igor a atual ei, assim, de'e ser aplicado o art. 99 da assim,nomeiaLse um administrador 3udicial, e n+o um sndico.

&. /(*o da Falência

" art. ! da dispQe o seguinte

“Art. 7o competente para homologar o plano de recuperaçãoextrajudicial, de&erir a recuperação judicial ou decretar a

 &al-ncia o ju(o do local do principal esta'elecimento dodevedor ou da &ilial de empresa que tenha sede &ora do Hrasil.*

I muito comum con(undirLse principal estabelecimento com sede. sede 6 odomiclio do de'edor. (al)ncia n+o 6 a3ui;ada na sede, mas no local do principal

estabelecimento podem ser os mesmos lugares, mas n+o precisa ser." principal estabelecimento 6 o local de decis+o, de comando da ati'idade. I do

 principal estabelecimento de onde saem todas as ordens, diretri;es e comandos daempresa. I a matri; da sociedade.

? v(cio de compet-ncia seria a'solutoI  compet)ncia 6 (uncional, portanto,absoluta, de acordo com o &ue di; o <BJ.

#. )eitimidade

$.1 ti'a

" art. 9 da tra; o legitimado passi'o

“Art. +<. Podem requerer a &al-ncia do devedor#

 $ % o pr2prio devedor, na &orma do disposto nos arts. /; a /< desta :ei)

 $$ % o cJnjuge so'revivente, qualquer herdeiro do devedor ou oinventariante)

 $$$ % o cotista ou o acionista do devedor na &orma da lei ou doato constitutivo da sociedade)

 $F % qualquer credor.

 3 o ? credor empresário apresentará certidão do Kegistro P9'lico de Cmpresas que comprove a regularidade de suasatividades.

 3 o ? credor que não tiver domic(lio no Hrasil deverá prestar 

caução relativa 1s custas e ao pagamento da indeniação deque trata o art. / desta :ei.*

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=.. ? Pr2prio Devedor 

" art. 1 da di; &ue a (al)ncia se aplica aos empres?rios indi'iduais inclusi'e,assim, uma pessoa (sica pode (alir desde &ue eercendo tal ati'idade. responsabilidade da pessoa (sica 6 ilimitada. 7ombinar o art. 1 da com o art. 980L77.

" art. 980L instituiu a mpresa 4ndi'idual de Responsabilidade imitada4R4-. C+o 6 uma sociedade, a nature;a, de acordo com o art. %%, P4, do 77 6

 pessoa 3urdica de direito pri'ado n+o 6 empres?rio indi'idual tamb6m. C+o 6, portanto, uma sociedade unipessoal n+o tem contrato social-. 4R4 tem de comum

com as sociedades 6 a nature;a pessoa 3urdica. 4R4 tem capital mnimo 100'e;es o menor sal?rio mnimo 'igente-. C#R <<OCST" entende &ue anature;a 6 de sociedade unipessoal, entretanto, :? portaria do #CR7 e enunciado do7J em sentido contr?rio.

ssim, tem legitimidade o pr=prio de'edor/empres?rio empres?rio indi'idual,sociedade e a 4R4-.

(orma 6 a disposta nos artigos 105 a 10 da

“Art. /;. ? devedor em crise econJmico0&inanceira que julgue

não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao ju(o sua &al-ncia, expondo asra>es da impossi'ilidade de prosseguimento da atividadeempresarial, acompanhadas dos seguintes documentos#

 $ % demonstraç>es contá'eis re&erentes aos 7 !tr-s" 9ltimosexerc(cios sociais e as levantadas especialmente para instruir o

 pedido, con&eccionadas com estrita o'servBncia da legislação societária aplicável e compostas o'rigatoriamente de#

a" 'alanço patrimonial)

'" demonstração de resultados acumulados)

c" demonstração do resultado desde o 9ltimo exerc(cio social)

d" relat2rio do &luxo de caixa)

 $$ % relação nominal dos credores, indicando endereço,importBncia, naturea e classi&icação dos respectivos cr6ditos)

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 $$$ % relação dos 'ens e direitos que comp>em o ativo, com arespectiva estimativa de valor e documentos compro'at2rios de

 propriedade)

 $F % prova da condição de empresário, contrato social ou

estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os s2cios, seus endereços e a relação de seus 'ens pessoais)

F % os livros o'rigat2rios e documentos contá'eis que lhe &oremexigidos por lei)

F$ % relação de seus administradores nos 9ltimos ; !cinco"anos, com os respectivos endereços, suas &unç>es e participação

 societária.

 Art. /=. ão estando o pedido regularmente instru(do, o juideterminará que seja emendado.

 Art. /<. A sentença que decretar a &al-ncia do devedor o'servará a &orma do art. ++ desta :ei.

 Parágra&o 9nico. Decretada a &al-ncia, aplicam0seintegralmente os dispositivos relativos 1 &al-ncia requerida

 pelas pessoas re&eridas nos incisos $$ a $F do caput do art.+< desta :ei.*

=.. 5Jnjuge o'revivente, Lerdeiro ou $nventariante

I pressuposto o (alecimento, logo, s= pode ser um empres?rio indi'idual paraser abarcado por essa :ip=tese. " pra;o est? no art. 9$, H1, da

9$, H 1o C+o ser? decretada a (al)ncia de sociedade anUnima ap=s li&uidado e partil:ado seu ati'o nem do esp=lio ap=s 1 um- ano da morte do de'edor.K

=..7 5otista ou Acionista do Devedor 

 C+o :? maiores discussQes nesse inciso.

=..4 Mualquer 5redor 

 Pode a Eaenda P9'lica pedir &al-nciaI " <BJ entende n+o, por&ue 3? :? meio pr=prio para a cobran*a, &ual se3a, a eecu*+o (iscal.

" par?gra(o 1 do art. 9 di; &ue o credor empres?rio de'e apresentar certid+odo Registro M>blico de mpresas compro'ando a sua regularidade. <= :? legitimidade,

 portanto, se o empres?rio (or regular. 7redor empres?rio irregular n+o pode.

? que ocorre no caso de sociedade simples que não levou seu registro ao K5PN,tam'6m não teria legitimidadeI  !i' Mela literalidade da lei, n+o, tendo em 'ista &ue

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normas ecepcionais de'em ser interpretadas de (orma restriti'a. !ii' rgumentamoutros &ue pela isonomia de'eria ser aplicado o mesmo regime Ds sociedades simples,al6m disso, estarLseLia (omentando a irregularidade dessas sociedades. tend)nciadominante 6 a da segunda corrente.

" art. 9, 444, bK do #ecreto .$$1/%5 a(irma'a &ue se o credor (osse titular degarantia real n+o :a'eria interesse em re&uerer a (al)ncia, sal'o se pro'ado &ue agarantia era insu(iciente ou se :ou'esse ren>ncia D garantia o <BJ entendia &ue seadmitia ren>ncia t?cita, ou se3a, se o credor de garantia real a3ui;asse (al)ncia presumiaLse a ren>ncia-. Bal dispositi'o (oi suprimido na lei atual, logo, 6 poss'el &ue o titular degarantia real a3u;e (al)ncia sem renunciar a garantiaA !i' o entendimento literal, pr=Lcredor, 6 no sentido de &ue a re'oga*+o do dispositi'o re'ogou a obrigatoriedadeV !ii' oentendimento dominante, no entanto, 6 de &ue (altaria ao credor real interesse de agir 

 para a3ui;ar a (al)ncia, por inade&ua*+o da 'ia eleita al6m disso, pelo princpio da

menor onerosidade, 6 mel:or para o de'edor n+o passar pela (al)ncia :? concreti;a*+otamb6m do princpio da preser'a*+o da empresa.

$.2 egitimidade Massi'a

st? pre'ista no art. 1 da

“Art. o Csta :ei disciplina a recuperação judicial, arecuperação extrajudicial e a &al-ncia do empresário e da

 sociedade empresária, doravante re&eridos simplesmente comodevedor.*

" su3eito passi'o tem &ue ser empres?rio indi'idual, a sociedade empres?riaainda &ue irregular- e o 4R4.

<ociedade <imples &ue adota (orma de < pode (alir, tendo em 'ista &ue temnature;a obrigatoriamente empres?ria, como dispQe o art. 982, H >nico, do 77.

s cooperati'as &ue tem atos registrados no R7MJ e &ue, compro'adamente,eercem ati'idade empres?ria n+o podem (alir, por&ue, por (or*a de lei, s+o sociedadessimples art. 982, H >nico, do 77-.

sociedade em conta de participa*+o art. 981 do 77-, ainda &ue ten:a atosregistrados na 3unta comercial, s= pode (alir em rela*+o ao s=cio ostensi'o.

4R4 pode (alir, mas s= a pessoa 3urdica, 3amais o titular, &ue n+o 6empres?rio.

" s=cio com responsabilidade ilimitada tamb6m pode (alir, como pre') o art. 81da

“Art. 8. A decisão que decreta a &al-ncia da sociedade com

 s2cios ilimitadamente responsáveis tam'6m acarreta a &al-nciadestes, que &icam sujeitos aos mesmos e&eitos jur(dicos

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 produidos em relação 1 sociedade &alida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.

 3 o ? disposto no caput deste artigo aplica0se ao s2cio quetenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido exclu(do da

 sociedade, há menos de !dois" anos, quanto 1s d(vidasexistentes na data do arquivamento da alteração do contrato,no caso de não terem sido solvidas at6 a data da decretação da

 &al-ncia.

 3 o As sociedades &alidas serão representadas na &al-ncia por  seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmosdireitos e, so' as mesmas penas, &icarão sujeitos 1s o'rigaç>esque ca'em ao &alido.*

ssim, podem (alir os s=cios da sociedade em nome coleti'o art. 1.0!9 do 77-,a sociedade em comum art. 98$ do 77-, os s=cios comanditados da comandita simplesart. 1.0%5 do 77- e os administradores da sociedade em comandita por a*Qes. art.1.090 do 77-.

" art. 2 da tra; os ecludos do regime da (al)ncia

“Art. o Csta :ei não se aplica a#

 $ % empresa p9'lica e sociedade de economia mista)*

!i' Marte da doutrina entende &ue a sociedade de economia mista n+o pode (alir  pela literalidade da lei, por outro lado, !ii' :? &uem entenda &ue cabe a (al)ncia &uandoa ati'idade econUmica (or empresarial, ou se3a, &ue a <N n+o se3a prestadora deser'i*o p>blico art. 1! da 7RW interpreta*+o con(orme-. Mor (im, uma !iii' terceiracorrente entende &ue 6 inconstitucional o dispositi'o por (erir o art. 1% da 7RW &ue

 prega a igualdade de condi*Qes entre a <N.

" entendimento dominante na doutrina 6 o da segunda corrente.

 $$ % instituição &inanceira p9'lica ou privada, cooperativa de

cr6dito, cons2rcio, entidade de previd-ncia complementar, sociedade operadora de plano de assist-ncia 1 sa9de, sociedade seguradora, sociedade de capitaliação e outras entidadeslegalmente equiparadas 1s anteriores.*

Mor (or*a desse artigo as institui*Qes (inanceiras n+o podem ter a (al)nciadecretada, mas essa eclus+o 6 parcial. I parcial por&ue a ei $.02%, &ue disciplina ali&uida*+o e inter'en*+o de institui*Qes (inanceiras, admitem a possibilidadeecepcional de (al)ncia. " autor do pedido seria o Wanco 7entral.

rt. 2, inciso 44 Instit(i+ão Financeira e Cooperativa de Crdito  ei$.02%/% artigos 12, cK e 21, bKV Entidade de -revidência Complementar ei

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$.%!5/, artigos $! e $%-V peradora de Assistência 3 Sa4de ei 9.$5$/09-VSociedade Se(radora #ecreto ei !/$$-V Sociedade de Capitali*a+ão #ecreto2$1/$-. pre'is+o de (al)ncia para essas institui*Qes 6 ecepcional.

I e&uiparada a institui*+o (inanceira a sociedade de arrendamento mercantil

leasing - Resolu*+o 2.!09/0$.

sociedade de 5omento mercantil  &actoring -, por outro lado, n+o 6 e&uiparada para e(eitos de (al)ncia 6 registrada na Junta, tem nature;a de sociedade empres?ria,su3eitandoLse D ei 11.101/05.

". esconsidera+ão da -ersonalidade /(rdica

X?, em primeiro lugar, o pedido, em seguida a senten*a de (al)ncia e, por (im, asenten*a de encerramento da (al)ncia, &ue declara n+o :a'er bens e &ue a (al)ncia est?encerrada art. 15$ da -

“Art. ;=. Apresentado o relat2rio &inal, o jui encerrará a &al-ncia por sentença.

 Parágra&o 9nico. A sentença de encerramento será pu'licada por edital e dela ca'erá apelação.*

partir da senten*a de encerramento, :a'endo o decurso do pra;o de cinco anosse etinguir+o as obriga*Qes do (alido.

Bendo responsabilidade ilimitada, o s=cio &uebra 3unto com a sociedade.

#ecretada a (al)ncia de uma sociedade limitada, por outro lado, 'ia de regra n+o :?responsabilidade dos s=cios. " credor &ue &uiser responsabili;ar administrador ou s=ciotem &ue a3ui;ar a*+o pr=pria no 3u;o da (al)ncia a prescri*+o 6 de dois anos contadodo trFnsito em 3ulgado da senten*a de encerramento art. 82, H1, da -

“art. 8, 3 o Prescreverá em !dois" anos, contados dotrBnsito em julgado da sentença de encerramento da &al-ncia, aação de responsa'iliação prevista no caput deste artigo.*

I poss'el pedir a aplica*+o da teoria da desconsidera*+o por simples peti*+oA "<BJ entende &ue sim, ou se3a, n+o precisa de a*+o pr=pria, basta uma simples peti*+o  tanto a maior como a menor e a in'ersa.

Medido <enten*aal)nciaart. 99-

<enten*ancerramento

art. 15$-

<enten*atin*+oart. 158e 159-

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ssim, pode o Jui; desconsiderar a personalidade at6 dois anos ap=s a senten*a&ue decretou o encerramento da (al)ncia e por simples peti*+o. a*+o autUnoma,

 pre'ista no art. 82, H1, da s= ser? necess?ria &uando a causa de pedir (or distinta dadesconsidera*+o.

Casos Concretos I e II

6(al o princpio 7(e norteia8 a' o art. "# da )ei n9 11.101$200&: ;' o art. "" domesmo diploma: c' o art. 10, do mesmo diploma: d' o art. 11& do mesmodiploma:

<espostas 5(ndamentadas.

a- I o princpio da indi'isibilidade art. % da -.

 b- Bemos tamb6m a pars conditio creditorum, pre'isto no art. 12$ e da pre'is+o

legal e :ip=tese em &ue se aplica*+o-

c- Per art. 10! da desde a decreta*+o da (al)ncia ou do se&Yestro o de'edor perde odireito de administrar os seus bens ou deles dispor 6 regida pelo princpio dauni'ersalidade, por abranger todo o ati'o massa ob3eti'a-.

d- " art. 115 (ala de todos os credores, todo o passi'o do (alido massa sub3eti'a-, 6tamb6m uma aplica*+o do princpio da uni'ersalidade.

=anco do =rasil S$A. re7(ere( a 5alência de =rasima> Metal4rica S$A. Citada? a

devedora inresso( nos a(tos com (m acordo para o paamento da dvida? o 7(eprovoco( (m pedido con@(nto de s(spensão do processo por ,0 dias? tendo em vistaa possi;ilidade de 7(ita+ão amivel do d;ito. ecorrido o pra*o de s(spensãore7(erido? o a(tor post(lo( o prosse(imento do 5eito e a decreta+ão da 5alência.Considere 7(e B provas do inadimplemento notas promissDrias no montante de<2,&.000?00 !d(*entos e trinta e cinco mil reais'? todas s(;metidas ao protestoespecial. ecida a 7(estão.

" <BJ entende &ue se :ou'er pedido de suspens+o para &uita*+o da obriga*+o 6 poss'el suspender a a*+o, entretanto, :a'endo acordo etra3udicial parcelado n+o se

admite a suspens+o, tendo em 'ista &ue (altar? condi*+o especial da a*+o, &ual se3a, aimpontualidade.

CIA SCS SAVEIS teve a s(a 5alência re7(erida em 22 de 5evereiro de 200&por inadimplemento de o;ria+ão contrada. processo 5oi e>tinto sem

 @(lamento do mrito por inpcia da peti+ão inicial. credor recorre( contra adecisão? so; o 5(ndamento de error in procedendo? com pedido de an(la+ão dasenten+a. rec(rso 5oi provido com a detemina+ão de ;ai>a ao @(*o de oriem?em de*em;ro de 200&? para prola+ão de nova decisão. Se decretada a 5alência dodevedor? 7(e diploma !s' leal !is' deve !m' ser !m' aplicado !s': <esposta

 @(sti5icada.

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3urisdi*+o (oi pro'ocada na 'ig)ncia do #ecreto, mas a (al)ncia (oi decretadadepois da publica*+o da ei atual, assim, aplicaLse a regra do art. 192 da , pela &ualde'e ser aplicada a no'a lei a partir da senten*a.

A re7(ere( a 5alência de =. Citado? o devedor o5erece( de5esa? aleando? em

preliminar? 7(e se( principal esta;elecimento se locali*a em <osana$S-? pois olocal de s(a sede? pelo 7(e os a(tos devem ser remetidos para o @(*o competentepara conBecer da matria 5alimentar. Ho mrito aleo( 7(e o tt(lo e>ec(tivo não e>ivel? eis 7(e con5orme doc(mento acostado ao processo? Bo(ve dila+ão do pra*ode paamento? o 7(e descaracteri*o( a mora. ecida a 7(estão preliminar e a demrito apresentada pelo re7(erido.

 C+o se pode con(undir sede com principal estabelecimento, assim, o (ato de asede ser em Rosana/<M n+o a(asta a compet)ncia do lugar do principal estabelecimento&ue n+o necessariamente ser? o da sede-.

CIA. T<IT<E teve a s(a 5alência re7(erida por aente 5id(cirio dede;ent(ristas com arantia real. Em contesta+ão? a devedora alea a ileitimidadeativa da a(tora e pede a e>tin+ão do processo sem resol(+ão do mrito?5(ndamentando se( ar(mento no 5ato de terem as de;ênt(res arantia real.Analise a 7(estão so; todos os aspectos.

#eb)ntures s+o esp6cies de 'alores mobili?rios, na (orma do art. 58 da <.Euando a < emite deb)ntures 6 para se capitali;ar, o debenturista paga pelasdeb)ntures e a sociedade restitui o 'alor pago com acr6scimo. deb)nture com garantia

real n+o corre maiores riscos, por&ue se a sociedade n+o cumprir a obriga*+o elaeecuta a garantia real.

" art. $8, H!, cK da < tra; a disposi*+o epressa no sentido de &ue o agente(iduci?rio representa a comun:+o de debenturista, bem como pode usar de &ual&uer a*+o para assegurar os direitos dos debenturistas, bem como de re&uerer a (al)ncia sen+o eistirem garantias reais. ssa regra esta'a em :armonia com o #ecreto .$$1/%5.ntretanto, embora ten:a :a'ido a re'oga*+o do dispositi'o an?logo no #ecreto, o da< continua 'igente, n+o se 3usti(icando a legitimidade do agente (iduci?rio nesse

caso.

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Rio de Janeiro, 10/08/2012

TEMAS 0, e 0%

I. -rocedimento da Falência

1. -edido

Bemos as disposi*Qes do art. 9%, 4, 44 e 444 da a impontualidade, compro'adamediante protesto espec(icoV eecu*+o (rustrada compro'ada por certid+o do cart=rio eVatos de (al)ncia.

" pedido de'e determinar a cita*+o do de'edor, mas n+o para e(etuar o pagamento, se (or pedido de'eLse determinar a emenda da inicial, tendo em 'ista suain6pcia. " pedido correto est? consubstanciado no art. 98 da a cita*+o 6 paracontestar, no pra;o de de; dias.

“Art. +8. 5itado, o devedor poderá apresentar contestação no prao de / !de" dias.*

I tolerado, no entanto, &ue se (a*a o pedido de contesta*+o cumulado com de pagamento alternati'amente-.

2. e5esa

2.1 7ontesta*+o 4solada

pQeLse o moti'o pelos &uais n+o pagou, (rustrou a eecu*+o ou cometeu osatos de (al)ncia. I uma de(esa perigosa, tendo em 'ista &ue n+o :a'endo dep=sito, se oJui; n+o acol:er as alega*Qes decretar? a (al)ncia. s mat6rias de de(esa est+o no art.9$, mas o rol n+o 6 taati'o

“Art. +=. A &al-ncia requerida com 'ase no art. +4, inciso $ do

caput, desta :ei, não será decretada se o requerido provar# $ % &alsidade de t(tulo)

 $$ % prescrição)

 $$$ % nulidade de o'rigação ou de t(tulo)

 $F % pagamento da d(vida)

F % qualquer outro &ato que extinga ou suspenda o'rigação ounão legitime a co'rança de t(tulo)

F$ % v(cio em protesto ou em seu instrumento)

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F$$ % apresentação de pedido de recuperação judicial no praoda contestação, o'servados os requisitos do art. ; desta :ei)

F$$$ % cessação das atividades empresariais mais de !dois"anos antes do pedido de &al-ncia, comprovada por documento

há'il do Kegistro P9'lico de Cmpresas, o qual não prevalecerácontra prova de exerc(cio posterior ao ato registrado.

 3 o ão será decretada a &al-ncia de sociedade anJnima ap2sliquidado e partilhado seu ativo nem do esp2lio ap2s !um"ano da morte do devedor.

 3 o As de&esas previstas nos incisos $ a F$ do caput desteartigo não o'stam a decretação de &al-ncia se, ao &inal,restarem o'rigaç>es não atingidas pelas de&esas em montante

que supere o limite previsto naquele dispositivo.*

2.2 #ep=sito lisi'o

 C+o :? contesta*+o, apenas o dep=sito. I poss'el (a;er o dep=sito ainda &ue oautor n+o ten:a pedido, 6 um direito de &ual&uer credor. " pra;o 6 o da contesta*+o,de'e ser depositado o 'alor correspondente ao total do cr6dito acrescido de 3uros,corre*+o e :onor?rios

“Art. +8. 5itado, o devedor poderá apresentar contestação no

 prao de / !de" dias. Parágra&o 9nico. os pedidos 'aseados nos incisos $ e $$ docaput do art. +4 desta :ei, o devedor poderá, no prao dacontestação, depositar o valor correspondente ao total docr6dito, acrescido de correção monetária, juros e honoráriosadvocat(cios, hip2tese em que a &al-ncia não será decretada e,caso julgado procedente o pedido de &al-ncia, o jui ordenará olevantamento do valor pelo autor.*

" de'edor utili;a essa m6todo para li'rarLse da (al)ncia. <omente 6 admiss'elna impontualidade e na eecu*+o (rustrada o legislador n+o admitiu na :ip=tese de atode (al)ncia.

Oma &uest+o interessante 6 a do dep=sito etemporFneo, ou se3a, (ora do pra;oda contesta*+o o &ue aconteceriaA !i' Marte da doutrina entende, pela literalidade dalei, &ue n+o se admitiriaV !ii' o <BJ, por outro lado, entende &ue 6 poss'el aceitar, tendoem 'ista os princpios da preser'a*+o da empresa, (un*+o social e ra;oabilidade  admitindo o dep=sito elisi'o at6 a decreta*+o da (al)ncia. Bem (undamento tamb6m noart. % da

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“Art. 4<. A recuperação judicial tem por o'jetivo via'iliar a superação da situação de crise econJmico0&inanceira dodevedor, a &im de permitir a manutenção da &onte produtora, doemprego dos tra'alhadores e dos interesses dos credores,

 promovendo, assim, a preservação da empresa, sua &unção social e o est(mulo 1 atividade econJmica.*

 Ca mesma lin:a, sendo o dep=sito a menor, de'e o Jui; determinar acomplementa*+o do dep=sito.

2.! 7ontesta*+o Z #ep=sito lisi'o

 Cesse caso n+o :? recon:ecimento da proced)ncia do pedido imediatamente,analisaLse primeira a contesta*+o, 'ira uma a*+o de cobran*a. <e, por eemplo, o autor alegar &ue tem direito a R[ 100.000,00 e o de'edor a(irmar &ue a d'ida 6 de apenas R[

%0.000,00. Cesse caso o credor pode le'antar os R[ %0.000,00 incontro'ersos e a a*+osegue em rela*+o aos R[ $0.000,00.

Mor 'irar a*+o de cobran*aK, a proced)nciaK a &ue se re(ere o art. 98, par?gra(o>nico, da 6 dessa a*+o de cobran*a, e n+o do pedido de (al)ncia.

2.% Medido 4ncidental de Recupera*+o

" de'edor, en&uanto a (al)ncia n+o (or decretada, pode (a;er pedido incidentalde recupera*+o art. 95 da -

“Art. +;. Dentro do prao de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial.*

 Cessa :ip=tese (icar? suspenso o pedido de (al)ncia, tendo em 'ista &ue arecupera*+o 6 pre3udicial em rela*+o D (al)ncia. I di(erente do pedido de recupera*+ooriginal.

"ptando pelo pedido de recupera*+o, se o Jui; entende &ue alguma re&uisito da peti*+o inicial da recupera*+o n+o est? em termos, de'er? decretar a (al)ncia.

Euando :? abuso do direito de pedir recupera*+o inicial e n+o incidental- ecompro'ada a m?L(6 a pro(essora N"C47 \O<NT" entende &ue 6 poss'el :a'er con'ola*+o em (al)ncia, entretanto, o <BJ decidiu &ue n+o, tendo em 'ista &ue as:ip=teses de con'ola*+o est+o taati'amente pre'istas em lei art. ! da -.

2.5 Recupera*+o 4ncidental Z 7ontesta*+o

I poss'el tamb6m apresentar o pedido incidental de recupera*+o e acontesta*+o, assim, inde(erida a recupera*+o, de'er? o Jui; analisar a contesta*+o dode'edor.

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II. Senten+a de Falência

1. Introd(+ão

" art. 100 da di; &ue da decis+o &ue decreta a (al)ncia cabe a agra'o,

en&uanto da senten*a &ue 3ulga improcedente cabe apela*+o

“Art. //. Da decisão que decreta a &al-ncia ca'e agravo, e da sentença que julga a improced-ncia do pedido ca'e apelação.*

" art. 99 da (ala em senten*a &ue decreta a (al)nciaK

“Art. ++. A sentença que decretar a &al-ncia do devedor, dentreoutras determinaç>es#*

doutrina se re(ere D decis+o &ue 'eri(ica a eist)ncia de impontualidade,

eecu*+o (rustrada e ato de (al)ncia, n+o :? ampla discuss+o de m6rito 6 decis+oatacada por agra'o.

senten*a &ue 3ulga improcedente 6 propriamente uma senten*a, o art. 101 da (ala das poss'eis conse&u)ncias da senten*a de improced)ncia

“Art. /. Muem por dolo requerer a &al-ncia de outrem serácondenado, na sentença que julgar improcedente o pedido, aindeniar o devedor, apurando0se as perdas e danos emliquidação de sentença.

 3 o Lavendo mais de !um" autor do pedido de &al-ncia, serão solidariamente responsáveis aqueles que se conduiram na &orma prevista no caput deste artigo.

 3 o Por ação pr2pria, o terceiro prejudicado tam'6m podereclamar indeniação dos responsáveis.*

 C+o :? se&uer a necessidade de pedido epresso para condena*+o do autor dem?L(6 em perdas e danos, 6 determina*+o legal.

2. Hat(re*a /(rdica

Marte da doutrina entende &ue a senten*a de (al)ncia 6 !i' declaratDria e outra parte entende &ue 6 !ii' constit(tiva. Oma terceira corrente (ala em senten*a 3aneiraK,epress+o &ue tem inspira*+o no deus Janus

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" deus Janus, como 'isto, tin:a dupla (ace. senten*a de (al)ncia, portanto,teria dupla (ace, uma declarat=ria e uma constituti'a e nature;a !iii' mista. (acedeclarat=ria di; respeito aos atos &ue o (alido ti'er praticado dentro do termo legal e

elencados dentro dos arts. 129 e 1!0 da e(ic?cia ex tunc-“Art. +. ão ine&icaes em relação 1 massa &alida, tenha ounão o contratante conhecimento do estado de crise econJmico0

 &inanceira do devedor, seja ou não intenção deste &raudar credores#

 $ % o pagamento de d(vidas não vencidas realiado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito decr6dito, ainda que pelo desconto do pr2prio t(tulo)

 $$ % o pagamento de d(vidas vencidas e exig(veis realiadodentro do termo legal, por qualquer &orma que não seja a

 prevista pelo contrato)

 $$$ % a constituição de direito real de garantia, inclusive aretenção, dentro do termo legal, tratando0se de d(vida contra(daanteriormente) se os 'ens dados em hipoteca &orem o'jeto deoutras posteriores, a massa &alida rece'erá a parte que deviaca'er ao credor da hipoteca revogada)

 $F % a prática de atos a t(tulo gratuito, desde !dois" anos antesda decretação da &al-ncia)

F % a ren9ncia 1 herança ou a legado, at6 !dois" anos antesda decretação da &al-ncia)

F$ % a venda ou trans&er-ncia de esta'elecimento &eita sem oconsentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, aesse tempo existentes, não tendo restado ao devedor 'ens

 su&icientes para solver o seu passivo, salvo se, no prao de 7/

!trinta" dias, não houver oposição dos credores, ap2s serem

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devidamente noti&icados, judicialmente ou pelo o&icial doregistro de t(tulos e documentos)

F$$ % os registros de direitos reais e de trans&er-ncia de propriedade entre vivos, por t(tulo oneroso ou gratuito, ou a

aver'ação relativa a im2veis realiados ap2s a decretação da &al-ncia, salvo se tiver havido prenotação anterior.

 Parágra&o 9nico. A ine&icácia poderá ser declarada de o&(cio pelo jui, alegada em de&esa ou pleiteada mediante ação pr2pria ou incidentalmente no curso do processo.

 Art. 7/. ão revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando0se o conluio &raudulento entre odevedor e o terceiro que com ele contratar e o e&etivo preju(o

 so&rido pela massa &alida.*

I constituti'a e(eitos ex nunc- do estado de direito como (alido ou se3a, deiade ser t+o somente um estado de (ato. partir da o administrador est? autori;ado,legitimado, a arrecadar os bens do de'edor &ue perde a administra*+o dos seus

 pr=prios bens.

,. Conte4do

" art. 99 da epressa o seguinte

“Art. ++. A sentença que decretar a &al-ncia do devedor, dentreoutras determinaç>es#

 $ % conterá a s(ntese do pedido, a identi&icação do &alido e osnomes dos que &orem a esse tempo seus administradores)

 $$ % &ixará o termo legal da &al-ncia, sem poder retrotra(0lo por mais de +/ !noventa" dias contados do pedido de &al-ncia, do

 pedido de recuperação judicial ou do o !primeiro" protesto por  &alta de pagamento, excluindo0se, para esta &inalidade, os

 protestos que tenham sido cancelados)

 $$$ % ordenará ao &alido que apresente, no prao máximo de ;!cinco" dias, relação nominal dos credores, indicando endereço,importBncia, naturea e classi&icação dos respectivos cr6ditos,

 se esta já não se encontrar nos autos, so' pena dedeso'edi-ncia)

 $F % explicitará o prao para as ha'ilitaç>es de cr6dito,o'servado o disposto no 3 o do art. <o desta :ei)

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F % ordenará a suspensão de todas as aç>es ou execuç>escontra o &alido, ressalvadas as hip2teses previstas nos 33 o eo do art. =o desta :ei)

F$ % proi'irá a prática de qualquer ato de disposição ou

oneração de 'ens do &alido, su'metendo0os preliminarmente 1autoriação judicial e do 5omit-, se houver, ressalvados os 'enscuja venda &aça parte das atividades normais do devedor seautoriada a continuação provis2ria nos termos do inciso O$ docaput deste artigo)

F$$ % determinará as dilig-ncias necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão

 preventiva do &alido ou de seus administradores quandorequerida com &undamento em provas da prática de crimede&inido nesta :ei)

F$$$ % ordenará ao Kegistro P9'lico de Cmpresas que proceda 1anotação da &al-ncia no registro do devedor, para que conste aexpressão Ealido, a data da decretação da &al-ncia e aina'ilitação de que trata o art. / desta :ei)

 $O % nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas &unç>es na &orma do inciso $$$ do caput do art. desta :ei sem preju(o do disposto na al(nea a do inciso $$ do caput do art. 7;

desta :ei)

 O % determinará a expedição de o&(cios aos 2rgãos e repartiç>es p9'licas e outras entidades para que in&ormem a exist-ncia de'ens e direitos do &alido)

 O$ % pronunciar0se0á a respeito da continuação provis2ria dasatividades do &alido com o administrador judicial ou dalacração dos esta'elecimentos, o'servado o disposto no art./+ desta :ei)

 O$$ % determinará, quando entender conveniente, a convocaçãoda assem'l6ia0geral de credores para a constituição de 5omit-de 5redores, podendo ainda autoriar a manutenção do 5omit-eventualmente em &uncionamento na recuperação judicial quando da decretação da &al-ncia)

 O$$$ % ordenará a intimação do Qinist6rio P9'lico e acomunicação por carta 1s Eaendas P9'licas Eederal e detodos os Cstados e Qunic(pios em que o devedor tiver 

esta'elecimento, para que tomem conhecimento da &al-ncia.

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 Parágra&o 9nico. ? jui ordenará a pu'licação de edital contendo a (ntegra da decisão que decreta a &al-ncia e arelação de credores.*

Bodos os incisos do art. 99 t]m &ue ser de'idamente preenc:idos &uando da

elabora*+o da senten*a, sob pena de embargos.

" par?gra(o >nico trata do primeiro edital da (al)ncia, &ue tra; o rol de credoreso(erecido pelo (alido con(orme determina*+o do inciso 444 do artigo-.

Mublicado o primeiro edital e a partir do rol de credores, o credor &ue n+o esti'er incluso solicitar? a habilitação. Mor outro lado, o credor &ue (or includo no rol comocredor de classe distinta a &ue realmente pertence por eemplo, o de'edor disse &ue 6&uirogra(?rio, mas o credor a(irma ser credor com garantia real-. Cesse caso, o credor 'ai apresentar divergência. n&uanto n+o publicado o edital n+o corre o pra;o para

:abilita*+o e/ou di'erg)ncia

“Art. <G, 3 o Pu'licado o edital previsto no art. ;, 3 o, ou no parágra&o 9nico do art. ++ desta :ei, os credores terão o praode ; !quine" dias para apresentar ao administrador judicial 

 suas ha'ilitaç>es ou suas diverg-ncias quanto aos cr6ditosrelacionados.*

Casos Concretos III e IV

<e7(erida a 5alência de sociedade empresria em ra*ão da impont(alidade deo;ria+ão contrada? citada? a devedora? no pra*o de de5esa? deposito( a 7(antiacorrespondente ao crdito reclamado? e contesto( o pedido so; a alea+ão de 7(e ott(lo 7(e ense@o( o re7(erimento de 7(e;ra? d(plicata de compra e venda? erasim(lado. -er(ntase8 Em 5ace do depDsito elisivo? pode ainda ter l(ar adisc(ssão so;re a nat(re*a do tt(lo apresentado pelo re7(erente da 5alência:

<esposta 5(ndamentada.

<im, o Jui; pode analisar a origem do cr6dito. " dep=sito elisi'o tem o cond+ode impedir a (al)ncia.

Cia. Casa e /ardim teve s(a 5alência re7(erida por inadimplemento da o;ria+ãocontrada. Citada? contesto( o pedido no terceiro dia e pedi( rec(pera+ão nodcimo. <e@eitadas as ra*Jes da contesta+ão e acolBida a precl(são cons(mativa dopedido de rec(pera+ão? decreto(se a s(a 5alência. Correta a decisão: <esposta5(ndamentada.

lei n+o eige a apresenta*+o simultFnea da contesta*+o e do pedido derecupera*+o, :? apenas o pra;o de 10 dias. " (undamento 6 tamb6m o art. % da (un*+o social, preser'a*+o da empresa e ra;oabilidade.

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Com apoio no art. 19? da )ei de Falências !ecreto)ei n9 ".##1$%&'? certo credorre7(ere( a 5alência de sociedade? com ;ase em tt(lo vincendo. primeiro protestopor 5alta de paamento ocorre( em 2"$01$1KK0? advindo? em 1"$0&$200&? senten+ade procedência da 7(e;ra. a(tor opLs em;aros de declara+ão? pleiteando a5i>a+ão do termo leal da 5alência. @(i* não acolBe( o pedido? so; o 5(ndamentode ainda não ter elementos necessrios para c(mprimento do art. 1%? parra5o4nico? III do citado diploma leal. Correta a decisão: <esposta 5(ndamentada.

" pedido (oi (eito com base no #ecreto .$$1/%5 e a senten*a tamb6m. " art. 1%, par?gra(o >nico, inciso 444 do #ecreto a(irma &ue o Jui; (iar?, se poss'el, o termolegal da (al)ncia na senten*a. ssim, se n+o :ou'esse con'encimento do Jui; na&uelemomento, poderia ser posteriormente. Mor outro lado, o art. 99, inc. 44, da atual determina &ue o Jui; de'e (iar o termo legal da (al)ncia n+o podendo (iar em ummomento posterior.

Boda 'e; &ue a (al)ncia ti'er como causa de pedir a impontualidade, tanto no#ecreto anterior, &uanto na ei atual, o Jui; ter? &ue (iar o termo legal da (al)ncia o

 primeiro protesto por (alta de pagamento. 7omo saber &uando (oi e(etuado o primeiro protesto, &ue n+o necessariamente 6 a&uele &ue instruiu a a*+oA 7omo :?obrigatoriedade :o3e em dia, o Jui; determina &ue (ia o termo legal da (al)ncia nadata do 1 protesto, a ser compro'ado por certid+o epedida pelo cart=rioK.

ntretanto, como 'isto, a senten*a (oi prolatada ainda na 'ig)ncia do #ecreto.$$1/%5, moti'o pelo &ual o procedimento ser? regido por ele. C+o :? necessidade,

 portanto, de (ia*+o na senten*a.TBeopBastro A;re( move( a+ão ordinria em 5ace de Eles;ão -rod(tos paraFarmcias )tda.? pedindo indeni*a+ão por danos morais? com ;ase no art. 101? da)ei n9 11.101$0&? em ra*ão do pedido de 5alência de sociedade !-ães e ocesCai+ara do <io do Vento )tda.' da 7(al 3 poca não mais participava. A 5alêncianão 5oi decretada em ra*ão do depDsito elisivo 5eito pelo devedor. A /(*a deireito reconBece( a ileitimidade passiva do r( na a+ão indeni*atDria e e>tin(i(o processo sem resol(+ão do mrito. a(tor recorre(? ar(mentando 7(e a leia(tori*a a a+ão por perdas e danos contra o re7(erente da 5alência 7(ando Ba@a

denea+ão da 7(e;ra? e 5oi isso 7(e ocorre(. eve ser provido o rec(rso:F(ndamente.

senten*a denegat=ria, por si s=, n+o gera direito D indeni;a*+o, s= :a'er? perdas e danos se :ou'er dolo do autor, ou se3a, m?L(6. C+o :a'endo esse dolo, n+o:a'er? indeni;a*+o, caso contr?rio, tratarLseLia de enri&uecimento ilcito.

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Rio de Janeiro, 1!/08/2012

TEMAS 0& e 0#

I. E5eitos da Falência

1. Em rela+ão aos Credores

Euando a (al)ncia 6 decretada, :? '?rios e(eitos em rela*+o aos credoressuspens+o das a*Qes, da prescri*+o, 'encimento antecipado das d'idas, suspens+o da

 prescri*+o, (orma*+o da uni'ersalidade sub3eti'a, suspens+o do direito de reten*+o, n+oeig)ncia de 3uros ap=s a data da &uebra-.

1.1 <uspens+o da Mrescri*+o art. $ da -

Per art. $

“Art. =o A decretação da &al-ncia ou o de&erimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as aç>es e execuç>es em &ace do devedor,inclusive aquelas dos credores particulares do s2cio solidário.*

" incio da suspens+o da prescri*+o 6 a &uebra, assim, a senten*a de (al)ncia

determina imediatamente tal suspens+o. C+o :? prescri*+o durante o processo(alimentar. I suspens+o, e n+o interrup*+o importante lembrar.

Xa'endo uma a*+o &ue en'ol'a responsabilidade ci'il, transcorrido 1 ano do pra;o prescricional e :a'endo a &uebra, durante o processo (alimentar n+o corre a prescri*+o, &ue s= 'olta com o trFnsito em 3ulgado da senten*a &ue decreta oencerramento da (al)ncia. Per art. 15

“Art. ;<. ? prao prescricional relativo 1s o'rigaç>es do &alido recomeça a correr a partir do dia em que transitar em

 julgado a sentença do encerramento da &al-ncia.*

parte (inal do art. $ a(irma &ue a decreta*+o da (al)ncia suspende o curso da prescri*+o inclusi'e dos credores particulares do s=cio solid?rio. <=cio solid?rio 6, na percep*+o de parte da doutrina, o s=cio com responsabilidade ilimitada, por (or*a do art.81 da

“Art. 8. A decisão que decreta a &al-ncia da sociedade com s2cios ilimitadamente responsáveis tam'6m acarreta a &al-nciadestes, que &icam sujeitos aos mesmos e&eitos jur(dicos

 produidos em relação 1 sociedade &alida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.*

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"s credores do s=cio ter+o suas a*Qes suspensas e ter+o &ue se :abilitar noconcurso dos bens dos s=cios com responsabilidade ilimitada. ssim, 6 necess?rio &ue os=cio por responsabilidade ilimitada sempre se3a citado para responder a a*+o de(al)ncia, para &ue possa eercer o contradit=rio antes de uma decis+o &ue agra'e suasitua*+o.

4mportante di;er se ti'ermos uma sociedade em nome coleti'o com dois s=cios,teremos tr)s (alidos e tr)s massas (alidas a massa (alida da sociedade e a de cada s=cio.

X? decisQes no sentido de &ue s=cios solid?rio seria a&uele a'alista de algumttulo do de'edor &ue deu a;o D (al)ncia mas o pro(essor discorda dessa posi*+o, poisseria contr?rio D l=gica do sistema conceder a suspens+o da prescri*+o para a&uele &uese&uer 6 empres?rio.

1.2 <uspens+o das *Qes e ecu*Qes

I importante ter cuidado com a*Qes e eecu*Qes &ue ser+o suspensas com a(al)ncia.

penas :a'er? suspens+o das a*Qes eecu*Qes a3ui;adas contra o (alido, mas :?tr)s ece*Qes

!i' o art. $, H1, (ala de a*Qes &ue demandem 7(antias il7(idas, nesse caso n+o:a'er? suspens+o, essa 6 uma ece*+o ao princpio da indi'isibilidade, transitadaem 3ulgado a senten*a, o cumprimento n+o ser? (eito nos mesmos autos, :a'er?

:abilita*+o do cr6dito no 3u;o da (al)ncia. 7uidado com a a*+o monit=ria^ <e:ou'er embargos o ttulo 6 il&uido, se n+o :ou'er embargos ou se (orem 3ulgadosimprocedentes o ttulo ser? l&uido.

!ii' a reclama+ão tra;alBista  tamb6m n+o se suspende e ir? tramitar na Para doBrabal:o. " &ue se suspende 6 a eecu*+o trabal:ista. " cr6dito trabal:ista tem&ue ser :abilitado.

!iii' 4mportante 'er o in(ormati'o %1$, indica &ue n+o 6 suspensa a e>ec(+ão 5iscal,&ue de'e seguir no 3u;o (a;end?rio. ntretanto o credor (a;end?rio n+o poder?receber seu cr6dito na Para de a;enda M>blica. " Jui; a;end?rio de'e remeter os autos para a Para mpresarial, &ue incluir? o credor (a;end?rio no &uadrogeral de credores. lguns entendem &ue a pr=pria a*+o ser? suspensa, mas o art.18 do 7BC di; &ue prossegue.

 Ca :ip=tese em &ue 3? :ou'e a eecu*+o e (alta'a apenas a entrega do 'alor,sobre'indo a &uebra, o 'alor ser? entregue ao ee&uente, o 'alor n+o re'erte para omonte.

suspens+o das a*Qes e eecu*Qes n+o alcan*a a'alistas ou coobrigados, sal'ose (or ele (alido. " <BJ 3? decidiu nesse sentido no g. 812.5!!/<M, Rsp 1.095.!52 e

Rsp 88!.859.

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1.! Oni'ersalidade <ub3eti'a

Bodos os credores de'er+o concorrer na (orma do art. 115 da

“Art. ;. A decretação da &al-ncia sujeita todos os credores,

que somente poderão exercer os seus direitos so're os 'ens do &alido e do s2cio ilimitadamente responsável na &orma que esta :ei prescrever.*

ece*+o ao art. 115 da est? no art. 5 da pr=pria ei

“Art. ;o ão são exig(veis do devedor, na recuperação judicial ou na &al-ncia#

 $ % as o'rigaç>es a t(tulo gratuito)

 $$ % as despesas que os credores &ierem para tomar parte narecuperação judicial ou na &al-ncia, salvo as custas judiciaisdecorrentes de lit(gio com o devedor.*

sses credores est+o (ora da (al)ncia. 4mportante a(irmar &ue o artigocorrespondente a este na ei anterior #ecreto .$$1/%5- art. 2!, H >nico inclua amulta penal, tribut?ria e administrati'a nesse rol, :o3e esses cr6ditos est+o no &uadrogeral art. 8!, P44-.

R47R#" C\RT" sustenta &ue n+o 6 &ual&uer tipo de obriga*+o gratuita &ue

se eclui da (al)ncia, de'eria o credor :abilitar na (al)ncia a doa*+o com encargo e adoa*+o remunerat=ria, pois n+o teriam a obriga*+o a ttulo gratuito.

obriga*+o alimentar n+o est? includa no art. 5, mas a lei antiga (a;ia epressamen*+o a ela, a lei atual n+o (ala nada, &ual a situa*+o ent+oA !i' OX" 7"X"entende &ue n+o pode ser cobrada na (al)ncia, por&ue 6 obriga*+o personalssimaV !ii'MO" # << B"#" entende &ue a obriga*+o alimentar 6 cr6ditoetraconcursal.

1.% <uspens+o da lu)ncia de Juros

" art. 12% da di; o seguinte

“Art. 4. 5ontra a massa &alida não são exig(veis jurosvencidos ap2s a decretação da &al-ncia, previstos em lei ou emcontrato, se o ativo apurado não 'astar para o pagamento doscredores su'ordinados.

 Parágra&o 9nico. Cxcetuam0se desta disposição os juros dasde'-ntures e dos cr6ditos com garantia real, mas por elesresponde, exclusivamente, o produto dos 'ens que constituem a

 garantia.*

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 C+o se cobram 3uros ap=s a &uebra, a n+o ser &ue se paguem todos os credores edepois 'oltar desde o incio para come*ar a pagar os 3uros. 7ombinar esse artigo com oartigo 9, 44, da

“Art. +o A ha'ilitação de cr6dito realiada pelo credor nos

termos do art. <o, 3 o, desta :ei deverá conter#

!..."

 $$ % o valor do cr6dito, atualiado at6 a data da decretação da &al-ncia ou do pedido de recuperação judicial, sua origem eclassi&icação)*

"s 3uros 3? 'encidos podem ser :abilitados, entretanto, se :ou'er 'encimentoantecipado, :? abatimento proporcional dos 3uros de'idos

“Art. <<. A decretação da &al-ncia determina o vencimentoantecipado das d(vidas do devedor e dos s2cios ilimitada e

 solidariamente responsáveis, com o a'atimento proporcional dos juros, e converte todos os cr6ditos em moeda estrangeira

 para a moeda do Pa(s, pelo cBm'io do dia da decisão judicial, para todos os e&eitos desta :ei.*

2. Em <ela+ão aos Contratos

2.1 Wilaterais e Onilaterais

" art. 11 tra; regras sobre os contratos bilaterais, o art. 118 em rela*+o aosunilaterais e o art. 119 sobre os demais contratos.

"s artigos 11 e 118 tra;em a mesma regra, &ual se3a, os contratos bilaterais e/ouunilaterais n+o se resol'em com a (al)ncia

“Art. <. ?s contratos 'ilaterais não se resolvem pela &al-nciae podem ser cumpridos pelo administrador judicial se ocumprimento reduir ou evitar o aumento do passivo da massa

 &alida ou &or necessário 1 manutenção e preservação de seusativos, mediante autoriação do 5omit-.

 3 o ? contratante pode interpelar o administrador judicial, no prao de at6 +/ !noventa" dias, contado da assinatura do termode sua nomeação, para que, dentro de / !de" dias, declare secumpre ou não o contrato.

 3 o A declaração negativa ou o sil-ncio do administrador  judicial con&ere ao contraente o direito 1 indeniação, cujo

valor, apurado em processo ordinário, constituirá cr6ditoquirogra&ário.

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 Art. 8. ? administrador judicial, mediante autoriação do5omit-, poderá dar cumprimento a contrato unilateral se esse

 &ato reduir ou evitar o aumento do passivo da massa &alida ou &or necessário 1 manutenção e preservação de seus ativos,realiando o pagamento da prestação pela qual está o'rigada.*

ssim, pode ser cumprido o contrato se esse (ato redu;ir ou e'itar o aumento do passi'o da massa (alida.

" &ue acontece &uando :ou'er cl?usula resolut=ria epressa pre'ista para o casode (al)nciaA REO4T" e 7RPX" # NC#"CS entendem &ue se :ou'essetal cl?usula de'eria ser cumprida era regulado pelo art. %! do #ecreto .$$1/%5-. Xo3e,entretanto, :? entendimento no sentido de &ue a cl?usula resolut=ria epressa n+o

 pre'alece R47R#" BM#4C" , tendo em 'ista o princpio da maimi;a*+o dosati'os, o &ue 6 &uestionado por <R\4" 7NM4CX" e W4" OX".

" <BJ, por outro lado, entende &ue se at6 a data da &uebra Rsp 12.!$-

“5?QCK5$A:. EA:R5$A. 5?@KA@? SAKA@$D? P?K A:$CATU? E$DV5$WK$A. e, at6 a data da que'ra, asrespectivas o'rigaç>es estavam sendo rigorosamentecumpridas, a massa &alida pode optar pelo cumprimento docontrato !D: <.==X4;, art. 47") antes da interpelação do

 s(ndico para que declare se cumpre ou não o contrato, o pedidode restituição do 'em alienado &iduciariamente 6 prematuro.

 Kecurso especial não conhecido.*

cl?usula contratual ipso &acto resolut=ria epressa- n+o pre'alece no direitonorteLamericano, tendo em 'ista ser antiLeconUmica.

Euando :? um contrato de aliena*+o (iduci?ria e a (al)ncia do de'edor (iducianteo credor (iduci?rio normalmente pede a resolu*+o do contrato, para isso, tem &uenoti(icar o de'edor. <e o de'edor n+o &uer cumprir o contrato e n+o 6 caso deadimplemento substancial, o credor tem direito ao pedido de restitui*+o do art. 85 da. ntretanto, para :a'er restitui*+o a coisa tem &ue ter sido arrecada n+o :a'endo

arrecada*+o, n+o :? direito D restitui*+o e :abilitaLse o cr6dito como &uirogra(?rio. <e o bem (or arrecadado, por outro lado, mas n+o (or encontrado, caber? a restitui*+o emdin:eiro art. 8$, 4-. Mor outro lado, sendo encontrado, de'ol'eLse o bem mas o credor tem &ue 'end)Llo, se :ou'er saldo 'ai para o concurso de credores.

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2.2 Regras speciais

Per art. 119 da

“Art. +. as relaç>es contratuais a seguir mencionadas prevalecerão as seguintes regras#

 $ % o vendedor não pode o'star a entrega das coisas expedidasao devedor e ainda em trBnsito, se o comprador, antes dorequerimento da &al-ncia, as tiver revendido, sem &raude, 1 vistadas &aturas e conhecimentos de transporte, entregues ouremetidos pelo vendedor)

 $$ % se o devedor vendeu coisas compostas e o administrador 

 judicial resolver não continuar a execução do contrato, poderáo comprador pJr 1 disposição da massa &alida as coisas járece'idas, pedindo perdas e danos)

 $$$ % não tendo o devedor entregue coisa m2vel ou prestado serviço que vendera ou contratara a prestaç>es, e resolvendo oadministrador judicial não executar o contrato, o cr6ditorelativo ao valor pago será ha'ilitado na classe pr2pria)

 $F % o administrador judicial, ouvido o 5omit-, restituirá a

coisa m2vel comprada pelo devedor com reserva de dom(nio dovendedor se resolver não continuar a execução do contrato,

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exigindo a devolução, nos termos do contrato, dos valores pagos)

F % tratando0se de coisas vendidas a termo, que tenham cotaçãoem 'olsa ou mercado, e não se executando o contrato pela

e&etiva entrega daquelas e pagamento do preço, prestar0se0á adi&erença entre a cotação do dia do contrato e a da 6poca daliquidação em 'olsa ou mercado)

F$ % na promessa de compra e venda de im2veis, aplicar0se0á alegislação respectiva)

F$$ % a &al-ncia do locador não resolve o contrato de locação e,na &al-ncia do locatário, o administrador judicial pode, aqualquer tempo, denunciar o contrato)

F$$$ % caso haja acordo para compensação e liquidação deo'rigaç>es no Bm'ito do sistema &inanceiro nacional, nostermos da legislação vigente, a parte não &alida poderáconsiderar o contrato vencido antecipadamente, hip2tese emque será liquidado na &orma esta'elecida em regulamento,admitindo0se a compensação de eventual cr6dito que venha a

 ser apurado em &avor do &alido com cr6ditos detidos pelocontratante)

 $O % os patrimJnios de a&etação, constitu(dos para cumprimentode destinação espec(&ica, o'edecerão ao disposto na legislaçãorespectiva, permanecendo seus 'ens, direitos e o'rigaç>es

 separados dos do &alido at6 o advento do respectivo termo ouat6 o cumprimento de sua &inalidade, ocasião em que oadministrador judicial arrecadará o saldo a &avor da massa

 &alida ou inscreverá na classe pr2pria o cr6dito que contra elaremanescer.*

.. Qandato

" contrato de mandato tem algumas regras especiais no caso da (al)ncia

Nandato

Nandante

Nandat?rio

7elebrar Ceg=cio etinto

Rep. Judical 'er. epressa

ti'. mpresarial etinto

ti'. 7i'il pode cumprir 

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.. 5ontrato de @ra'alho

 C+o se resol'em com a &uebra, especialmente se ati'idade empresarialcontinuar.

..7 Q9tuoPer o art. determina o 'encimento antecipado da d'ida, nesse caso de'emL

se abater proporcionalmente os 3uros. 4mportante destacar &ue se o m>tuo (or decorrentede obriga*+o a ttulo gratuito, n+o poder? ser eigida na (al)ncia, entretanto, se (or (eneratcio, incide a re(erida rega do art. .

..4 5ontrato de ociedade

<e o (alido (or parte de uma sociedade. <e a sociedade 6 do 77, ecluiLse de pleno direito o empres?rio, 10$ c/c 1.0!0, p. u, do 77-. Mor outro lado, se (or <, o

titular da a*+o deia de ser o (alido e passa a ser a massa (alida.

..; 5ontrato de 5oncessão

alindo a concession?ria ser? etinta a concess+o art. !5, inc. P4, da ei8.98/95-

..= 5ontrato de :ocação

Mode ser locador ou locat?rio, mas n+o se resol'e com a (al)ncia, na (orma doart. 119, P44, da pre'alece sobre o art. 11, H2. <e o (alido 6 locador o in&uilino

 pagas as presta*Qes para a massa (alida, mas a &ual&uer momento o contrato pode ser denunciado.

Casos Concretos V e VI

@(i* da 5alência? a pedido do administrador @(dicial? intimo( o Sr. -elDpidas-ont(al a entrear 3 massa 5alida os valores retidos em se( poder por conta deinadimplemento no paamento de comissJes devidas pelo 5alidocomitente. 5alido? sociedade empresria? mantinBa contrato de comissão com o Sr. -elDpidaspor vrios anos? cessando tal contrato em ra*ão da mani5esta+ão neativa doadministrador @(dicial. -roc(rando s(a advoada? o comissrio rece;e ain5orma+ão de 7(e não deve acatar a intima+ão por estar amparado pelo art. "0?do CDdio Civil.

-er(ntase8 correta a cons(lta dada: -or 7(ê: F(ndamente e indi7(e como serclassi5icado o crdito na 5alência.

4mportante entender &ue de acordo com o art. 11$, 4, , a decreta*+o da (al)nciasuspende o direito de reten*+o

“Art. =. A decretação da &al-ncia suspende#

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 $ % o exerc(cio do direito de retenção so're os 'ens sujeitos 1arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador 

 judicial)*

" comiss?rio 'ende as mercadorias em nome pr=prio e &uando (a; isso tem

direito a uma comiss+o. <e o comitente n+o paga, di; o art. 08 do 77 &ue o comiss?rioter? direito de reten*+o. sse direito pode ser oposto contra a massa (alidaA C+o,con(orme disposi*+o do art. 11$, 4, da . ssim, o comiss?rio tem &ue entregar os'alores decorrentes do contrato de comiss+o mercantil.

X? contro'6rsia &uanto D classi(ica*+o do cr6dito. " art. 0 do 77 di; &ue ocr6dito ter? pri'il6gio geral, entretanto, o art. 8!, 4P, cK, di; &ue a&ueles &ue temdireito de garantia teriam pri'il6gio especial. "corre &ue o pri'il6gio especial 6 emrela*+o a bens dados em garantia, al6m disso, o art. 0 do 77 6 norma especial.

 C+o pre'alece tamb6m o #ecreto 1.102 de 190! lei de arma;6m geral-, tendoem 'ista &ue a 6 lei posterior.

NN promove? em Vara Cvel da Comarca da Capital do <io de /aneiro? a+ão dee>ec(+ão em 5ace de NEN? sacado de letra de cOm;io? NFN e NGN? se(s avalistas. Hoc(rso da e>ec(+ão e antes 7(e se e5et(e 7(al7(er penBora? in5ormado ao @(*ocvel por NGN a decreta+ão das 5alências dos dois primeiros e>ec(tados !E e F' noEstado de São -a(lo. Ha mesma peti+ão NGN p(na pela s(spensão do 5eito? emvista das 5alências decretadas em o(tro Estado da Federa+ão. P procedente opedido de NGN: F(ndamente e dê o amparo leal.

<e o sacado ti'er dado o aceite, 6 poss'el :a'er a suspens+o em rela*+o a K eK, &ue s+o (alidos, mas n+o suspende para o a'alista \K. K teria &ue :abilitar seucr6dito nas massas (alidas de K e K, in(ormando ao 3u;o (alido distinto da&uele em&ue receber art. 12 e 128 da -.

Mor outro lado, se o sacado n+o aceita ele n+o tem obriga*+o cambi?ria :? a'alantecipado REO4T" entende &ue o a'al antecipado gera responsabilidade, en&uantoRC NRB4C< entende &ue n+o :? responsabilidade, sal'o se sobre'en:a o aceite.<e 6 poss'el responsabili;ar o a'alista antecipado, seria poss'el continuar a eecu*+o

em (ace de

Com o novo sistema de insolvência empresarial? no ;o@o da decisão de 7(e;ra? o/(*o deve se mani5estar acerca do lacre do esta;elecimento do 5alido o( de5erir acontin(a+ão provisDria das atividades do empresrio. So; a ide do .). ".##1$%&?a contin(a+ão das atividades era diriida ao 5alido 7(e? apDs a 5ase inicial da5alência? poderia impetrar concordata s(spensiva? impedindo a aliena+ão do ativo ereass(mindo a atividade. Qo@e? não B mais a possi;ilidade de rec(pera+ão daempresa ao lono do processo de 5alência para 7(e o empresrio 5alido reass(ma aatividade.

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Ante o e>posto e 3 l(* dos press(postos 7(e reem a nova )ei de Falências e de<ec(pera+ão de Empresas? indi7(e se pertinente a man(ten+ão da contin(a+ãoda atividade do empresrio 5alido e? em caso positivo? em 7(e BipDteses concretasser 4til o se( de5erimento.

Esclare+a 7(al o tratamento @(rdico a ser dado pelo administrador @(dicial acontratos de m4t(o em 7(e o 5alido devedor e na7(ele em 7(e ele credor.

<esposta 5(ndamentada.

" art. 99, 4, da di; o seguinte

“Art. ++. A sentença que decretar a &al-ncia do devedor, dentreoutras determinaç>es#

!..."

 O$ % pronunciar0se0á a respeito da continuação provis2ria dasatividades do &alido com o administrador judicial ou dalacração dos esta'elecimentos, o'servado o disposto no art./+ desta :ei)*

" Jui;, pelo princpio da maimi;a*+o dos ati'os, pode optar pela continua*+o pro'is=ria do neg=cio. I uma :ip=tese muito di(cil, normalmente :? o lacre doestabelecimento. <+o dois os crit6rios para determinar o lacre do estabelecimento, na(orma do art. 109

“Art. /+. ? esta'elecimento será lacrado sempre que houver risco para a execução da etapa de arrecadação ou para a

 preservação dos 'ens da massa &alida ou dos interesses doscredores.*

"u eiste um risco para a eecu*+o da etapa de arrecada*+o ou a preser'a*+odos bens da massa (alida ou tendo em 'ista a maimi;a*+o dos ati'os.

ecretada a 5alência da CIA. =<AE<? o administrador arrecado( todos os ;ens

da 5alida? incl(sive ;em o;@eto de contrato de aliena+ão 5id(ciria em arantia. credor 5id(cirio a@(i*o( pedido de restit(i+ão para reaver o ;em de s(atit(laridade? Bavendo? cont(do? oposi+ão do administrador @(dicial por optar peloc(mprimento do contrato? em ra*ão do interesse da massa 5alida? alm do 7(e? @Bo(vera o adimplemento de setenta por cento do valor contratado. @(i* inde5eri(pedido de restit(i+ão.

Correta a decisão: <esposta 5(ndamentada.

<e at6 a data da &uebra as obriga*Qes esta'am sendo rigorosamente cumpridas,

 pode optar o administrador pelo cumprimento do contrato.

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A sociedade empresria Hova Glia Materiais de Constr(+ão )tda. E-- trans5eri(o se( esta;elecimento da cidade de Ita(a para o <io de /aneiro? oc(pando por7(arenta meses (m imDvel al(ado no ;airro de <ealeno. Sem ter condi+Jes demanter o paamento pont(al de s(as dvidas? revelandose in5r(t5era arec(pera+ão pelo plano especial em ra*ão de s(as limita+Jes e? sem o apoio dosmaiores credores para event(al pedido de rec(pera+ão @(dicial? a sociedade vi(seo;riada a re7(erer s(a 5alência !art. 10&'.

@(i* na senten+a pron(ncio(se pela contin(a+ão provisDria das atividades dasociedade com o administrador @(dicial. locador pedi( a retomada do imDvellocado invocando a validade do pacto de resol(+ão do contrato em caso de 5alência?alm da a(sência do direito potestativo do locatrio 3 renova+ão comp(lsDria e odireito 7(e lBe assiste o art. &"? da )ei n9 .2%&$K1. administrador @(dicialinvoco( o art. 11K? VII da )ei n9 11.101$0&? 7(e lBe asse(ra o direito de? a

7(al7(er tempo? den(nciar o contrato e não poder ser o;riado a dei>ar o imDvelse 5or do interesse da massa a permanência da sociedade na7(ele local. Ademais?se(ndo o cap(t do art. 11K? NprevalecerãoN as reras especiais.

-er(ntase8 a cl(s(la resol(tiva deve ser o;servada em pre@(*o da contin(idadedo neDcio? prevalecendo o contrato e não dispondo o disposto na lei de 5alências:eve ser @(lado procedente o pedido do locador: F(ndamente.

" pro(essor entende &ue o art. 119, P44, da se aplica com mais ra;+o a&ui do&ue em &ual&uer outro lugar, ou se3a, 6 poss'el a(astar o pacto resolut=rio epresso.

Rio de Janeiro, 1%/08/2012

TEMAS 0" e 0

I. Atos Ine5ica*es

1. Introd(+ão

\enericamente, re'ocar 6 tra;er algo de 'olta. " assunto 6 de etremaimportFncia pois tanto o NM &uanto o Nagistrado t)m grande importFncia no processo(alimentar.

 Cingu6m &uebra da noite para o dia, e por isso, o de'edor &uer correr o &uantoantes para ter o mnimo de pre3u;o poss'el. ssim, muitas 'e;es parte do patrimUniodo de'edor someK, mas de'e 'oltar para a massa (alida ap=s a (al)ncia. I a dilapida*+o

do patrimUnio.

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RP"7R 6 g)nero cu3as esp6cies s+o 4C47_74 e RP"\ST".7ampin:o (a; uma boa di(erencia*+o nesse ponto. Marte da doutrina c:amaRP"\ST" de ine(ic?cia sub3eti'a, mas de'emos tomar cuidado pois o termoine(ic?cia pura e simples- tem &uali(ica*+o ob3eti'a, sendo causa de nulidade, podendoser declarada incidentalmente e mesmo de o(cio.

2. Termo da Falência

" art. 99, 44, da tra; o termo da (al)ncia, &ue 6 a (ia*+o pelo 3ui; doperodo suspeitoK. lei n+o permite &ue se retrotraia o termo da (al)ncia mais de 90dias antes do primeiro protesto ou do pedido de (al)ncia.

 Co curso de decad)ncia da ati'idade empresarial malLsucedida, algunsacontecimentos apontam para a (ragilidade do de'edor em gerir sua ati'idade. <+oeemplos protestos cambiais gen6ricos, especiais para (ins de (al)ncia, pedido de

(al)ncia, pedido de recupera*+o.

" termo de (al)ncia, (iado em senten*a, de'e ter retroa*+o m?ima de 90 diasdo a- pedido de (al)nciaV b- pedido de recupera*+o in(rut(eroV c- protestos 'alidos eainda e(ica;es ou se3a, sem 'cios e n+o prescritos-. <e :? '?rios, de'e o 3ui; considerar o mais antigo deles.

Pe3a &ue a lei (ala at6 90 dias para tra;K. Pe3a o eemplo

 Cesse caso, decretada a (al)ncia, o 3ui; de'er? (iar o termo de (al)ncia para at6

90 dias do acontecimento mais remoto. 7omo est? prescrito, n+o pode ser dele. ogo,o mais remoto 6 o W. assim o 3ui; pode (iar at6 90 dias dele para tr?s.

4C" %5$. Euando o 3ui; (ia o termo de (al)ncia, e erra, de'e ser atacado por agra'o de instrumento. <e n+o 6 atacado, preclui. ogo, n+o pode o (alido, ou credor outerceiro, na a*+o re'ocat=ria, de(enderLse alegando &ue o termo de (al)ncia 6 nulo. lembreLse &ue a (al)ncia 6 publicada por edital, tendo e(eito erga omnes.

tualmente n+o se permite (ia*+o posterior a senten*a de (al)ncia, ou mesmosua modi(ica*+o pelo 3u;o no # podia-.

Mrotesto Mrescrito

Mrotesto Wspecial

Mrotesto 77omum

Medido deal)ncia

<enten*aal)ncia

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,. Sistema de Ine5iccias

" sistema de ine(ic?cia pode ser objetiva em &ue n+o se 'eri(ica dolo e m?L(6, bastando a ocorr)ncia do (ato para 'eri(icar a ine(ic?cia- ou subjetiva &uando se eigeo concilium &raudis e o dano D massa (alida-.

!.1 4ne(ic?cia "b3eti'a

&ui s+o atos ocorridos no perodo suspeito, se3a 3udicial art. 99, 44 e art. 129-se3a legal art. 129, 4P-. " rol 6 taati'o, ou se3a, de'e estar pre'isto em lei. Nas n+osigni(ica &ue o magistrado n+o possa, com base nessas pre'isQes, 'eri(icar outros atos.

I importante lembrar &ue a ine(ic?cia ob3eti'a 6 &uest+o de ordem p>blica, demodo &ue, taati'amente pre'ista em lei, pode o 3ui; declarar de o(cio e incidental.

“Art. +. ão ine&icaes em relação 1 massa &alida, tenha ou

não o contratante conhecimento do estado de crise econJmico0 &inanceira do devedor, seja ou não intenção deste &raudar credores#

 $ % o pagamento de d(vidas não vencidas realiado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito decr6dito, ainda que pelo desconto do pr2prio t(tulo)

 $$ % o pagamento de d(vidas vencidas e exig(veis realiadodentro do termo legal, por qualquer &orma que não seja a

 prevista pelo contrato)

 $$$ % a constituição de direito real de garantia, inclusive aretenção, dentro do termo legal, tratando0se de d(vida contra(daanteriormente) se os 'ens dados em hipoteca &orem o'jeto deoutras posteriores, a massa &alida rece'erá a parte que deviaca'er ao credor da hipoteca revogada)

 $F % a prática de atos a t(tulo gratuito, desde !dois" anos antesda decretação da &al-ncia)

F % a ren9ncia 1 herança ou a legado, at6 !dois" anos antesda decretação da &al-ncia)

F$ % a venda ou trans&er-ncia de esta'elecimento &eita sem oconsentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, aesse tempo existentes, não tendo restado ao devedor 'ens

 su&icientes para solver o seu passivo, salvo se, no prao de 7/!trinta" dias, não houver oposição dos credores, ap2s seremdevidamente noti&icados, judicialmente ou pelo o&icial do

registro de t(tulos e documentos)

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F$$ % os registros de direitos reais e de trans&er-ncia de propriedade entre vivos, por t(tulo oneroso ou gratuito, ou aaver'ação relativa a im2veis realiados ap2s a decretação da

 &al-ncia, salvo se tiver havido prenotação anterior.*

a- Magamento de d'idas n+o 'encidas se o de'edor 3? est? em situa*+o de crise, n+o 'ai pagando d'idas ainda n+o 'encidas. 7ontudo, 6 poss'el &ue o credor, 'endo a situa*+ode potencial insol')ncia do de'edor, comece a eigir pagamentos a 'ista, dos atrasados,etc.

 b- Magamento (eito de (orma di'ersa do &ue (oi pactuado. da*+o em pagamento.

c- #ar ou re(or*ar garantia real por d'ida anterior. Nais uma 'e; ')Lse ou o de'edor &uerendo (a'orecer alguns credores, ou algum credor se apro'eitando da (ragilidade dode'edor para modi(icarLl:e a situa*+o no &uadro de credores.

d- to a ttulo gracioso at6 dois anos antes da (al)ncia 'e3a &ue a&ui, n+o importa o pra;o do termo legal de (al)ncia (iado pelo 3ui;. I um perodo de suspeita legal, e n+o 3udicial como 6 o termo de (al)ncia. Pe3a &ue o a'al entra a&ui se n+o (or oneroso.

e- Ren>ncia a :eran*a ou legado at6 dois anos antes da (al)ncia. Nais uma 'e; 6 um perodo suspeito legal, e n+o 3udicial.

(- Brespasse sem obser'Fncia dos re&uisitos legais. " art. 11%% e 11%5 do 77 eplicamos re&uisitos para o trespasse. Pe3a &ue ataca a e(ic?cia e n+o a 'alidade. Banto 6 assim

&ue o 7J tem enunciado n. !9!- di;endo &ue o trespasse independe de (orma parasua 'alidade. st? correto pois, na 'erdade, o trespasse ser? '?lido, embora ine(ica;.Pe3a &ue a&ui, o trespasse sem os re&uisitos do 77 n+o precisa ocorrer no perodosuspeito. I &ue, desde sempre n+o importa &uando ocorreu-, o trespasse sem re&uisitossempre (oi ine(ica;. Mor outro lado, a teor do art. 9%, 444, c da 6 tamb6m 6considerado ato de (al)ncia. M< a 'enda regular de esto&ue n+o 6 trespasse 4C" %%-

g- Registro de direitos reais ou trans(er)ncia imobili?ria, ou a'erba*Qes, (eitas ap=s adecreta*+o da (al)ncia. Pe3a &ue a&ui n+o 6 perodo suspeito, mas ap=s a &uebra. leiressal'a o credor &ue reali;ou a prenota*+o. Pe3a &ue n+o 6 o contrato &ue ser? ine(ica;,

mas sim o registro ou a'erba*+o.

!.2 4ne(ic?cia special na ei $.%0%/% <-

doutrina (ala na Re'ocat=ria special do art. %5, H 8 da ei $.%0%/% <-.Melo art. 8!, P444 da , o s=cio 6 o >ltimo a receber na (al)ncia. Mor isso o s=cio tentasair antes de apertar.

<= &ue o direito de retirada art. 5, da 7RW-, na </, somente se permitenas :ip=teses legais pois n+o 6 intuito personae. " art. !5 da < tra; essas :ip=teses." art. 109, P da < 'incula a retirada Ds :ip=teses legais, pois 6 intuito capital.

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" art. 1! da < ensina os casos pre'istos em lei para o s=cio retirarLse.cionista dissidente do art. 1!$, 4 a P4 e 4 da <. a;endo isso, tem direito aoreembolso art. !5 da <-.

<e o acionista ') &ue a </ est? ruindo, 'ai apro'eitar a 'ota*+o dos assuntos do

art. 1!$, 4LP4 e 4 da < para dissentir e, ent+o, eercer direito de retirada art. 109, Pda <- e pegar o reembolso art. !5 da <-.

 Cesse caso, o art. %5, H 8 da < tra; a re'ocat=ria especial se o reembolso (or (eito D conta do capital social ou se3a, redu;indo o capital social. 4sso eclui casos em &o pagamento ten:a sido (eito de outra (orma como reser'a de lucro, reser'a de capital,etc...-, e se o eLs=cio n+o (oi substitudo ou se3a, se redu;ir pelo reembolso, mas umno'o acionista entrar tra;endo de 'olta o capital social, n+o cabe essa re'ocat=ria-, eainda se a massa n+o bastar para pagamento dos cr6ditos mais antigos ou se3a, a massaatual n+o der pra pagar credores de antes da retirada-.

ssim, temLse &ue

a- #e'e :a'er e(eti'a redu*+o do capital social com o pagamento do reembolso para os=cio &ue eerce direito de retiradaV

 b- Redu;ido o capital, esse n+o ten:a sido recomposto por no'o s=cioV

c- 7umulati'amente, &ue a massa (alida n+o (or su(iciente

II. Atos <evoveis

1. Introd(+ão

Pe3a &ue atos re'og?'eis s+o esp6cies das RP"7B"R4<. " art. 1!0 tra;agora atos re'og?'eis, sendo causa de anulabilidade.

Mor isso a&ui eigeLse dolo, conluio, concilio. I por isso &ue a lei n+o enumeraob3eti'amente.

4M7 o art. 1!2 (ala em pra;o decadencial para a a*+o re'ocat=ria g)nero- de&ue trata o art. 1!0 esp6cie, &ue no caso, 6 de B"< RP"\_P4<-. 4sso eclui o art.129 esp6cie, &ue no caso 6 a ine(ic?cia-. ogo, mais uma 'e; ')Lse &ue o art. 129 6causa de nulidade, &ue n+o con'alida com o tempo do art. 1!0. Pe3a ainda &ue are'ocat=ria especial do art. %5, H 8 da < tamb6m 6 ob3eti'a, e, por isso, ine(ic?cia&ue tradu; nulidade e n+o mera anulabilidade. Mor isso, para ela tamb6m n+o con'alidacom a prescri*+o.

“Art. 7/. ão revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando0se o conluio &raudulento entre odevedor e o terceiro que com ele contratar e o e&etivo preju(o

 so&rido pela massa &alida.

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 Art. 7. enhum dos atos re&eridos nos incisos $ a $$$ e F$ doart. + desta :ei que tenham sido previstos e realiados na

 &orma de&inida no plano de recuperação judicial será declaradoine&ica ou revogado.

2. A+ão <evocatDria

2.1 7abimento

" art. 1!% di; &ue a a*+o re'ocat=ria g)nero- correr? perante o 3u;o da (al)nciae ter? o rito comum ordin?rio

 Art. 74. A ação revocat2ria correrá perante o ju(o da &al-nciae o'edecerá ao procedimento ordinário previsto na :ei no;.8=+, de de janeiro de +<7 0 52digo de Processo 5ivil.*

Nas isso de'e ser interpretado com o art. 129, p> a ine(ic?cia, &ue 6 ob3eti'a, pode ser de o(cio e incidental-. ogo, o art. 1!% deia claro &ue o g)nero a*+ore'ocat=ria pode ser a3ui;ado por rito comum ordin?rio, &ue 6 >nico meio parare'oga*+o sub3eti'o- e um dos meios da ine(ic?cia ob3eti'o-.

2.2 egitimidade ti'a

Per art. 1!2 da

 Art. 7. A ação revocat2ria, de que trata o art. 7/ desta :ei,deverá ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Qinist6rio P9'lico no prao de 7 !tr-s" anoscontado da decretação da &al-ncia.*

dministrador Judicial, &ual&uer credor ou o NM art. 1!2 -. Nas 'e3a &ue oart. 1!2 (ala da re'ocat=ria de &ue trata o art. 1!0 re'oga*+o-.  C se a revocat2ria &or 

 por ine&icáciaI Eual&uer interessado^

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2.! egitimidade Massi'a

" art. 1!! di; &uem s+o eles.

“Art. 77. A ação revocat2ria pode ser promovida#

 $ % contra todos os que &iguraram no ato ou que por e&eito dele &oram pagos, garantidos ou 'ene&iciados)

 $$ % contra os terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento,ao se criar o direito, da intenção do devedor de prejudicar oscredores)

 $$$ % contra os herdeiros ou legatários das pessoas indicadasnos incisos $ e $$ do caput deste artigo.

2.% Mrocedimento

Mara a 4ne(ic?cia pode ser incidental art. 129, p>- ou por a*+o pr=pria art. 1!2,como esp6cie da re'ocat=ria-. I &ue 6 ob3eti'a, imprescrit'el, causa de nulidade

J? a Re'oga*+o somente por rito comum ordin?rio art. 1!2, como esp6cie dere'ocat=ria-. I &ue 6 sub3eti'a, prescrit'el, causa de anulabilidade.

2.5 (eitos

" art. 129 caput di; &ue s+o ine(ica;es em rela*+o a N<<. Co entanto, o art.

1!$ di; &ue, recon:ecida a ine(ic?cia ob3eti'a ou sub3eti'a da re'oga*+o-, estendeLseaos en'ol'idos.

" art. 1!8 deia claro &ue o (ato de o ato declarado ine(ica; o ser? ainda &ue oato ten:a por base uma decis+o 3udicial. sse artigo tem nature;a processual rescis=ria

“Art. 78. ? ato pode ser declarado ine&ica ou revogado,ainda que praticado com 'ase em decisão judicial, o'servado odisposto no art. 7 desta :ei.

 Parágra&o 9nico. Kevogado o ato ou declarada sua ine&icácia, &icará rescindida a sentença que o motivou.*

Nas 'e3a &ue a&ui se permite, em tese, &ue um 3ui; (alimentar singular-rescinda decis+o do <B, por eemplo.

<e (or um caso de re'oga*+o, :? o limite de anulabilidade do art. 1!2 da .7ontudo, sendo causa de ine(ic?cia, poderia ser a &ual&uer tempo, n+o so(rendo em teseos limites da coisa soberanamente 3ulgada art. %85 do 7M7- ou da prescri*+o absolutade 10 anos do art. 205 do 77. Nas 6 plenamente discut'el.

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III. E5eitos da Falência

1. Em <ela+ão ao Falido

1.1 #ireitos do alido

" (alido n+o 'ira massa (alida. massa 6 um bem coleti'o art. 91 do 77-, umauni'ersalidade de direito pois a lei impQe sua eist)ncia-, com capacidade processuallegitimidade- e capacidade contratual. C+o tem personalidade 3urdica entedespersoni(icado-. " (alido 6 o de'edor com a &uali(ica*+o legal atribuda pela ,so(rendo algumas restri*Qes.

" primeiro direito do (alido 6 (iscali;ar a administra*+o da (al)ncia, conser'ar seus direitos e bens, inter'ir no processo, inclusi'e para re&uerer o &ue (or de direito einterpor recursos art.10!-.

Pe3a &ue o art. 81, H 2 di; &ue a sociedade (alida 6 representada na (al)ncia por seus administradores ou li&uidantes. J? a massa 6 pelo dministrador Judicial art. 22,444, n-

“8, 3 o As sociedades &alidas serão representadas na &al-ncia por seus administradores ou liquidantes, os quais terão osmesmos direitos e, so' as mesmas penas, &icarão sujeitos 1so'rigaç>es que ca'em ao &alido.*

" art. 120, H1, tra; os e(eitos da (al)ncia sobre os mandatos. "s poderesoutorgados pelo (alido s+o etintos, sal'o para (ins de representa*+o 3udicial

“Art. /. ? mandato con&erido pelo devedor, antes da &al-ncia, para a realiação de neg2cios, cessará seus e&eitos com adecretação da &al-ncia, ca'endo ao mandatário prestar contasde sua gestão.

 3 o ? mandato con&erido para representação judicial dodevedor continua em vigor at6 que seja expressamente revogado

 pelo administrador judicial.

 3 o Para o &alido, cessa o mandato ou comissão que houver rece'ido antes da &al-ncia, salvo os que versem so're mat6riaestranha 1 atividade empresarial.*

" art. 8 permite ao (alido impugnar a rela*+o de credores. 4C" %%. C+o secon(unde o (alido com a massa. " (alido n+o 6 mero epectador.

1.2 #e'eres do alido

st+o no art. 10% da

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“/4. A decretação da &al-ncia imp>e ao &alido os seguintesdeveres#

 $ % assinar nos autos, desde que intimado da decisão, termo decomparecimento, com a indicação do nome, nacionalidade,

estado civil, endereço completo do domic(lio, devendo aindadeclarar, para constar do dito termo#

a" as causas determinantes da sua &al-ncia, quando requerida pelos credores)

'" tratando0se de sociedade, os nomes e endereços de todos os s2cios, acionistas controladores, diretores ou administradores,apresentando o contrato ou estatuto social e a prova dorespectivo registro, 'em como suas alteraç>es)

c" o nome do contador encarregado da escrituração dos livroso'rigat2rios)

d" os mandatos que porventura tenha outorgado, indicando seuo'jeto, nome e endereço do mandatário)

e" seus 'ens im2veis e os m2veis que não se encontram noesta'elecimento)

 &" se &a parte de outras sociedades, exi'indo respectivo

contrato)

 g" suas contas 'ancárias, aplicaç>es, t(tulos em co'rança e processos em andamento em que &or autor ou r6u)

 $$ % depositar em cart2rio, no ato de assinatura do termo decomparecimento, os seus livros o'rigat2rios, a &im de serementregues ao administrador judicial, depois de encerrados por termos assinados pelo jui)

 $$$ % não se ausentar do lugar onde se processa a &al-ncia semmotivo justo e comunicação expressa ao jui, e sem deixar  procurador 'astante, so' as penas cominadas na lei)

 $F % comparecer a todos os atos da &al-ncia, podendo ser representado por procurador, quando não &or indispensável sua

 presença)

F % entregar, sem demora, todos os 'ens, livros, pap6is edocumentos ao administrador judicial, indicando0lhe, para

 serem arrecadados, os 'ens que porventura tenha em poder deterceiros)

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F$ % prestar as in&ormaç>es reclamadas pelo jui,administrador judicial, credor ou Qinist6rio P9'lico so'recircunstBncias e &atos que interessem 1 &al-ncia)

F$$ % auxiliar o administrador judicial com elo e prestea)

F$$$ % examinar as ha'ilitaç>es de cr6dito apresentadas)

 $O % assistir ao levantamento, 1 veri&icação do 'alanço e aoexame dos livros)

 O % mani&estar0se sempre que &or determinado pelo jui)

 O$ % apresentar, no prao &ixado pelo jui, a relação de seuscredores)

 O$$ % examinar e dar parecer so're as contas do administrador  judicial.

 Parágra&o 9nico. Ealtando ao cumprimento de quaisquer dosdeveres que esta :ei lhe imp>e, ap2s intimado pelo jui a &a-0lo, responderá o &alido por crime de deso'edi-ncia.*

1.! Mris+o do alido

" art. ! do # $$1/%5 pre'ia pris+o administrati'a para o (alido em algumas:ip=teses. <o &ue a 7RW aboliu a possibilidade, cabendo a pris+o administrati'aapenas em guerra declarada.

'eio em 2005 tra;endo a pris+o apenas &uando (igurar crime dedesobedi)ncia, respeitando a 7RW. " art, 99, P44 tra; a&ui ao 3ui; (alimentar a

 possibilidade de determinar a pris+o pre'enti'a para crimes de (al)ncia. Nas 'e3a &ue ocrime (alimentar 6 de 3u;o criminal.

" art. 10%, p> e o art. 99, 444 tra;em ainda a pris+o por crime de desobedi)ncia.

1.% "utros (eitos

senten*a de (al)ncia dissol'e a MJ, mas n+o etingue sua personalidade. Pe3a oart. 108, 1051 4, 10%% do 77 e art. 20$, 44, c da <. " e(eito 6 de dissolu*+o.<omente ap=s a li&uida*+o 6 &ue etingue a personalidade 3urdica. demais, o (alido(ica inabilitado art. 102 -.

senten*a dissol'e a MJ. 4nicia a li&uida*+o arrecada bens, a'alia, paga-.Magando a todos, ou n+o :a'endo mais ati'o, senten*a encerrando a (al)ncia ainda n+oetingue as obriga*Qes, pois tem &ue esperar o pra;o de 5 se n+o :ou'e crime(alimentar, ou 10 anos se :ou'e crime (alimentar-.

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" pra;o liberat=rio conta do trFnsito em 3ulgado da senten*a etinti'a daal)ncia. p=s 5 anos ou 10 anos sem ou com crime, respecti'amente- da etin*+o da(al)ncia, pede a reabilita*+o e o 3ui; d? por senten*a a reabilita*+o. " <BJ di; &uesomente ent+o pode perder a personalidade 3urdica, ou se3a, da senten*a de reabilita*+o.

embrar &ue o pra;o liberat=rio pode ser deiado de lado se o de'edor pro'ar &ue pagando todos conseguiu &uitar pelo menos 50G dos credores &uirogra(?rios.

 Co caso da M, a senten*a de (al)ncia acarreta a inabilita*+o para a ati'idade art.102 da -.

reabilita*+o somente se d? com a etin*+o das obriga*Qes do (alido e n+o daetin*+o da (al)ncia-.

2. E5eitos em rela+ão aos SDcios

<e 6 s=cio de responsabilidade ilimitada, a (al)ncia da MJ implica na (al)ncia dos=cio art. 81 e 190 da -.

M< n+o :? s=cio de responsabilidade ilimitada &ue se3a MJ. <e admitir MJ comos=cio, ele ter? responsabilidade limitada.

<e o s=cio 6 de responsabilidade limitada, n+o so(rem e(eitos da (al)ncia comoregra. Mor6m o art. 82 permite a3ui;amento de a*+o para apurar responsabilidade ci'il(alimentar de s=cio limitado at6 dois anos ap=s o encerramento da (al)ncia. C+o 6desconsidera*+o alguma, mas mera responsabili;a*+o.

M< a desconsidera*+o epansi'a 6 m6todo em &ue o 3ui; (alimentar, analisando(al)ncia de uma MJ &ue tem con(us+o patrimonial com outras &uando a multiplicidadede personalidades (ormais esconde uma unicidade material-, desconsidera todas as

 personalidades para decretar a (al)ncia de todas. &ui todas '+o (alir 4C" %80-.

,. Arrecada+ão

#ecretada a (al)ncia, arrecada tudo in d>bio, pro massa- art. 108. arrecada*+o6 constri*+o 3udicial concursal, &ue e&ui'ale na eecu*+o indi'idual D pen:ora. Ca

(al)ncia n+o :? pen:ora.ica na guarda do dmJud 108, H 1-, lacrando o estabelecimento 109-. "

de'edor perde a adm de seus bens 99P4 e 10!-

<er+o arrecadados e con'ertidos para a massa bens ob3eto de &ual&uer constri*+o 3udicial indi'idual 108, H !-. <>mula %% do BR di;ia &ue se na eecu*+o (iscal 3?:ou'e pen:ora sobre um bem do de'edor, e este (aliu depois, a (a;enda pre(ere o

 produto da pen:ora. Nas o <BJ R<M 101!252 O- entendeu &ue a s>mula 6inaplic?'el, de'endo o 3u;o (a;end?rio entregar ao (alimentar o [, mesmo &ue a

 pen:ora se3a anterior.

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"s bens impen:or?'eis n+o podem ser arrecadados 3? &ue n+o podem ser  pen:orados art. 108, H % da e art. da ei 8009-.

Casos Concretos VII e VIII

Carlos? acionista da Cia Alimenta+ão Sa(dvel? e>erce( direito de retirada emra*ão de deli;era+ão da 5(são da sociedade? con5orme o disposto no art. 2,0? da )ein9 #.%0%$"#. reem;olso do e>acionista 5oi e5et(ado 3 conta do capital social? emra*ão da sociedade não ter reservas s(5icientes para o paamento devido. administrador da massa 5alida a@(i*o( a+ão revocatDria para a restit(i+ão doreem;olso pao com red(+ão do capital social. Carlos? em contesta+ão? aleo( 7(eo art. 12K da )ei de Falências ta>ativo? ra*ão pela 7(al o pedido deve ser @(ladoimprocedente.

Analise a 7(estão so; todos os aspectos.

o direito de retirada art. 5, da 7RW-, na </, somente se permite nas :ip=teseslegais pois n+o 6 intuito personae. " art. !5 da < tra; essas :ip=teses. " art. 109, Pda < 'incula a retirada Ds :ip=teses legais, pois 6 intuito capital.

" art. 1! da < ensina os casos pre'istos em lei para o s=cio retirarLse.cionista dissidente do art. 1!$, 4 a P4 e 4 da <. a;endo isso, tem direito aoreembolso art. !5 da <-.

<e o acionista ') &ue a </ est? ruindo, 'ai apro'eitar a 'ota*+o dos assuntos do

art. 1!$, 4LP4 e 4 da < para dissentir e, ent+o, eercer direito de retirada art. 109, Pda <- e pegar o reembolso art. !5 da <-.

 Cesse caso, o art. %5, H 8 da < tra; a re'ocat=ria especial se o reembolso (or (eito D conta do capital social ou se3a, redu;indo o capital social. 4sso eclui casos em &o pagamento ten:a sido (eito de outra (orma como reser'a de lucro, reser'a de capital,etc...-, e se o eLs=cio n+o (oi substitudo ou se3a, se redu;ir pelo reembolso, mas umno'o acionista entrar tra;endo de 'olta o capital social, n+o cabe essa re'ocat=ria-, eainda se a massa n+o bastar para pagamento dos cr6ditos mais antigos ou se3a, a massaatual n+o der pra pagar credores de antes da retirada-.

ssim, temLse &ue

a- #e'e :a'er e(eti'a redu*+o do capital social com o pagamento do reembolso para os=cio &ue eerce direito de retiradaV

 b- Redu;ido o capital, esse n+o ten:a sido recomposto por no'o s=cioV

c- 7umulati'amente, &ue a massa (alida n+o (or su(iciente

CIA. E CHST<R CETA)E cele;ro( contrato de trespasse de

esta;elecimento com a SCIEAE MATE<IAIS E CHST<RCHC<ETA )tda. A alienante teve a s(a 5alência decretada pela venda do

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esta;elecimento sem a prvia noti5ica+ão dos credores !art. K%? III? NcN? da )ei deFalências e art. 1.1%&? CC$02'. A ine5iccia do ato 5oi decretada de o5cio pelo @(i*. ad7(irente recorre da decisão? di*endose terceiro de ;oa5? alm do 7(e adecreta+ão de ine5iccia depende da proposit(ra de a+ão revocatDria. Correta adecisão:

<esposta 5(ndamentada.

rt. 129, P4 e p> da . Mode ser declarado de o(cio. #e'eria ter obser'ado osre&uisitos do art. 11%% e 11%5 do 77.

NAN re7(ere( a 5alência de N=N. Ho pra*o para de5esa? este re7(ere( e e5et(o( odepDsito elisivo? 7(e 5oi levantado pelo re7(erente? apDs o @(i* ter veri5icado aimprocedência das alea+Jes da re7(erida. -osteriormente? o(tro credor re7(ere(a 5alência de N=N? vindo ela a ser decretada. Ho pra*o do art. 1,2 da )ei de

Falências? o administrador propLs a+ão revocatDria o;@etivando a an(la+ão dolevantamento ocorrido na a+ão anterior? ao 5(ndamento de conl(io entre ore7(erente e o 5alido? 7(e concertaram o pedido de 5alência? com o o;@etivo de5ra(dar os direitos dos demais credores? sendo certo 7(e? 37(ela alt(ra? @ eraine7(voco o estado de insolvência do devedor? 7(e? incl(sive? tinBa tt(loprotestado. Você @(laria procedente o pedido: F(ndamente.

" art. 1!8 deia claro &ue o (ato de o ato declarado ine(ica; o ser? ainda &ue oato ten:a por base uma decis+o 3udicial. sse artigo tem nature;a processual rescis=ria

“Art. 78. ? ato pode ser declarado ine&ica ou revogado,ainda que praticado com 'ase em decisão judicial, o'servado odisposto no art. 7 desta :ei.

 Parágra&o 9nico. Kevogado o ato ou declarada sua ine&icácia, &icará rescindida a sentença que o motivou.*

Nas 'e3a &ue a&ui se permite, em tese, &ue um 3ui; (alimentar singular-rescinda decis+o do <B, por eemplo.

Em 1KK? no <ec(rso em Qa;eas Corp(s n "#."%1$MG? a -rimeira T(rma do STFpron(ncio(se pela revoa+ão do art. ,& do ecreto)ei n ".##1$%& pelos incisos)I e )VII da Constit(i+ão? 7(e não admitem a prisão prevista no dispositivo dalei 5alimentar !S4m(la 20? ST/'.

6(al a posi+ão da nova lei de 5alências a respeito: Q? em princpio? o5ensa 3normas constit(cionais:

" art. ! do # $$1/%5 pre'ia pris+o administrati'a para o (alido em algumas:ip=teses. <o &ue a 7RW aboliu a possibilidade, cabendo a pris+o administrati'aapenas em guerra declarada.

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'eio em 2005 tra;endo a pris+o apenas &uando (igurar crime dedesobedi)ncia, respeitando a 7RW. " art, 99, P44 tra; a&ui ao 3ui; (alimentar a

 possibilidade de determinar a pris+o pre'enti'a para crimes de (al)ncia. Nas 'e3a &ue ocrime (alimentar 6 de 3u;o criminal.

" art. 10%, p> e o art. 99, 444 tra;em ainda a pris+o por crime de desobedi)ncia.

ecretada a 5alência de (ma sociedade em nome coletivo? o @(i* tam;m decreto( a5alência de se(s sDcios? pro5issionais li;erais? so; os 5(ndamentos da solidariedadee responsa;ilidade ilimitada. Correta a decisão: Analise a 7(estão so; todos osaspectos..

" art. 81 e 190 da permitem. OX" 6 literal. 7NM4CX", so se o s=cio 6empres?rio.

eclarada a 5alência de (ma sociedade limitada? promove( o administrador aarrecada+ão do nome empresarial da 5alida e de s(a marca. A 5alida ins(resecontra o ato do administrador? pedindo ao @(i* 7(e e>cl(a tais ;ens da 5alência.pine a respeito.

 Come 6 direito de personalidade, aplic?'el no &ue couber D MJ art. 52 do 77-. Iindispon'el, inalien?'el, impen:or?'el e, portanto, n+o suscet'el de arrecada*+o. art.11 do 77-.

J? a marca 6 bem imaterial e incorp=reo, mas pode ser pen:orado e por isso

arrecadado.

Rio de Janeiro, 15/08/2012

TEMAS 0K e 10

I. -edido de <estit(i+ão

1. E5eitos em <ela+ão aos =ens do Falido

(al)ncia di'ideLse em duas (ases pr6 (alimentar e a (al)ncia como concursoeecuti'o. Ca (ase eecuti'a, arrecadaLse tudo e depois di'ide entre os credores.

 Co entanto, na transi*+o entre a senten*a &ue decreta a (al)ncia e a satis(a*+odos credores de'eLse arrecadar os bens. arrecada*+o (a;Lse pelo dmJud nomeado

 pelo 3ui;.

" art. 108 da o dmJud arrecada bens e documentos, e (a; a a'alia*+o.#e'e o dmJud buscar os bens onde se encontrem. lei n+o distingue bens de

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 propriedade da&ueles &ue est+o na posse ou na deten*+o. #i; &ue arrecada todos os bens.

7om a decreta*+o da (al)ncia, o (alido perde a disponibilidade e n+o a propriedade- dos bens. #e'em ser arrecadados onde se encontrem, constituindo o ati'o

a satis(a;er os credores.

"s bens arrecadados s+o B"#"< de propriedade, posse ou mera deten*+o pelo(alido-. " art. 108 legitima isso. ogo, n+o 6 ilcito ao dmJud arrecadar os bens deterceiros. Mor isso o terceiro propriet?rio n+o pode usar de des(or*o pessoal. #e'er?re&uerer a restitui*+o do bem inde'idamente arrecadado n+o ilicitamente arrecadado-.

Restitui*+o somente pode ser (eita por a*+o pr=pria Medido de Restitui*+oMR-. doutrina classi(ica como a*+o incidental. C+o 6 poss'el &ual&uer medidaetra3udicial.

" art. 85 tra; o conceito do pedido de restitui*+o. #e'eLse demonstrar a propriedade. ssim, para a3ui;ar o MR somente compro'ando a &ualidade de propriet?rio, sem o &ual, n+o se preenc:e condi*+o espec(ica para eerccio do direitode a*+o.

<egundo re&uisito 6 &ue o bem ten:a sido arrecadados, ou ainda, &ue ap=s adecreta*+o da (al)ncia, o bem ainda no poder do (alido.

2. Espcies de -edido de <estit(i+ão

2.1 Restitui*+o de Wem

 pre'ista no caput do art. 85 da . Nas 6 poss'el &ue o bem de terceiro n+omais eista no momento do Medido de Restitui*+o. Cesse caso, o art. 8$, 4, permite &uese proceda D restitui*+o em din:eiro. Nas somente se o autor assim re&uerer

“8;. ? proprietário de 'em arrecadado no processo de &al-nciaou que se encontre em poder do devedor na data da decretaçãoda &al-ncia poderá pedir sua restituição.

 Parágra&o 9nico. @am'6m pode ser pedida a restituição decoisa vendida a cr6dito e entregue ao devedor nos ; !quine"dias anteriores ao requerimento de sua &al-ncia, se ainda nãoalienada.

 Art. 8=. Proceder0se0á 1 restituição em dinheiro#

 $ % se a coisa não mais existir ao tempo do pedido derestituição, hip2tese em que o requerente rece'erá o valor daavaliação do 'em, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o

respectivo preço, em am'os os casos no valor atualiado)

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 $$ % da importBncia entregue ao devedor, em moeda correntenacional, decorrente de adiantamento a contrato de cBm'io

 para exportação, na &orma do art. <;, 33 7o e 4o, da :ei no4.<8, de 4 de julho de +=;, desde que o prao total daoperação, inclusive eventuais prorrogaç>es, não exceda o

 previsto nas normas espec(&icas da autoridade competente)

 $$$ % dos valores entregues ao devedor pelo contratante de 'oa0 &6 na hip2tese de revogação ou ine&icácia do contrato, con&ormedisposto no art. 7= desta :ei.

 Parágra&o 9nico. As restituiç>es de que trata este artigo somente serão e&etuadas ap2s o pagamento previsto no art. ;desta :ei.*

2.2 Restitui*+o de Wem lienado iduciariamente

Mor meio do contrato de aliena*+o (iduci?ria transmite uma propriedaderesol>'el, e n+o propriedade plena. I cab'el, para rea'er a coisa do de'edor (iduciante,a busca e apreens+o, com (undamento no #ecreto 911/$9.

"correndo a (al)ncia do de'edor, de acordo com a pre'is+o do #ecreto 911/$9,etingueLse o contrato. Cesse caso, n+o caber? busca e apreens+o, e sim, em tese,

 pedido de restitui*+o, combinando a disposi*+o do #ecreto 911/$9 com o art. 85 da .

" bem tem &ue estar na posse do (alido, n+o estando, n+o :? o &ue restituir.Restitui*+o n+o signi(ica ser credor, n+o :? necessariamente rela*+o de cr6dito. " credor (iduci?rio tem duas rela*Qes uma di; respeito ao cr6dito, outra di; respeito ao bem.penas o bem 6 ob3eto de pedido de restitui*+o, o cr6dito de'e ser :abilitado  lembrando sempre &ue se o bem esti'er na posse de terceiros, n+o :a'er? pedido derestitui*+o.

2.! Restitui*+o de 4C<<

<abeLse &ue as pessoas 3urdicas tem 'erba de 4C<< pr=pria, al6m de seremintermedi?rias das pessoas (sicas, seus empregados, como respons?'el tribut?rio. <e aempresa ti'er a (al)ncia decretada e possuir algum desses 'alores, ainda n+o repassado,

 pode o 4C<< (a;er o pedido de restitui*+o. I assim por&ue essas &uantias descontadas en+o repassadas n+o s+o de propriedade da empresa, nem do empregado, mas sim do4C<<.

<>mula %1 do <B tamb6m ser'e para embasar a restitui*+o do 4C<<, al6m,6 claro, do art. 85 da .

restitui*+o de 4mposto de Renda retido na (onte segue a mesma sistem?tica.

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"W<. 2 &uando se compra um im='el na planta n+o se tem uma escritura de(initi'a,mas sim uma promessa de compra e 'enda, assim, :a'endo a (al)ncia da incorporadoran+o :? direito de restitui*+o, o comprador da unidade autUnoma 6 credor &uirogra(?rio.I poss'el a(astar esse e(eito se a incorpora*+o esti'er inscrita como patrimUnio dea(eta*+o.

,. -rocedimento

" pedido 6 uma a*+o, &ue 6 distribuda por depend)ncia ao 3u;o da (al)ncia. a*+o 'em descrita a partir do art. 8 da

“Art. 8<. ? pedido de restituição deverá ser &undamentado edescreverá a coisa reclamada.

 3 o ? jui mandará autuar em separado o requerimento com

os documentos que o instru(rem e determinará a intimação do &alido, do 5omit-, dos credores e do administrador judicial  para que, no prao sucessivo de ; !cinco" dias, se mani&estem,valendo como contestação a mani&estação contrária 1restituição.

 3 o 5ontestado o pedido e de&eridas as provas porventurarequeridas, o jui designará audi-ncia de instrução e

 julgamento, se necessária.

 3 7o ão havendo provas a realiar, os autos serão conclusos para sentença.*

Eual&uer mani(esta*+o contr?ria ao pedido de restitui*+o ser? tida comocontesta*+o. 7ontestado o pedido e de(erida as pro'as, o Jui; designar? 4J, senecess?rio n+o ocorre na pr?tica-. senten*a est? pre'ista no art. 88

“Art. 88. A sentença que reconhecer o direito do requerentedeterminará a entrega da coisa no prao de 48 !quarenta e oito"horas.

 Parágra&o 9nico. 5aso não haja contestação, a massa não serácondenada ao pagamento de honorários advocat(cios.*

Xa'endo contesta*+o, :? condena*+o em :onor?rios. lguns entendem &ue os:onor?rios s+o cr6ditos etraconcursais, na :ip=tese do art. 8%, 4P entretanto,&uestionaLse esse entendimento pois a lei (ala apenas em custasK. X? &uem entendatamb6m &ue o cr6dito 6 especial, na (orma do &ue dispQe o statuto da "W ei8.90$/9%-. Mor (im, :? &uem entenda &ue o cr6dito 6 subordinado.

" art. 89 da 6 medida de celeridade

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“Art. 8+. A sentença que negar a restituição, quando &or o caso,incluirá o requerente no quadro0geral de credores, naclassi&icação que lhe cou'er, na &orma desta :ei.*

7uidado^ I Cecess?rio interpretar o art. 88 com o art. 90, H >nico, da

“Art. +/. Da sentença que julgar o pedido de restituição ca'eráapelação sem e&eito suspensivo.

 Parágra&o 9nico. ? autor do pedido de restituição que pretender rece'er o 'em ou a quantia reclamada antes dotrBnsito em julgado da sentença prestará caução.*

ntes do trFnsito em 3ulgado do pedido de restitui*+o para receber o bem 6necess?rio prestar cau*+o.

%. Em;aros de Terceiro

ei de al)ncias, em seu art. 9!, dispQe &ue para a&ueles &ue n+o tem direito a pedido de restitui*+o, 6 cab'el embargos de terceiro

“Art. +7. os casos em que não cou'er pedido de restituição, &ica resguardado o direito dos credores de propor em'argos deterceiros, o'servada a legislação processual civil.*

4mportante destacar &ue os embargos t)m nature;a subsidi?ria, ou se3a, s= ser+o

cab'eis se n+o (or poss'el a a*+o de restitui*+o.

II. Administra+ão na Falência

1. /(i*

a;Lse necess?rio, cada 'e; mais, a cria*+o de uma especiali;a*+o na carreira damagistratura para a atua*+o na (al)ncia, coisa &ue at6 3? se ') nas Paras dempresariais, mas nem tanto em rela*+o Ds 7Fmaras.

 C+o eistindo Paras mpresariais, a compet)ncia 6 da Para 7'el. " lugar da

(al)ncia 6 o do principal estabelecimento.

" Jui; de'e se comportar de maneira imparcial, preocupandoLse com ae(eti'idade do processo. ssa 6 uma das grandes preocupa*Qes da ei, inclusi'e. Per art.5

“Art. <;. A &al-ncia, ao promover o a&astamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimiar a utiliação produtiva dos 'ens, ativos e recursos produtivos, inclusive osintang(veis, da empresa.

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“Art. . ? administrador judicial será pro&issional idJneo, pre&erencialmente advogado, economista, administrador deempresas ou contador, ou pessoa jur(dica especialiada.

 Parágra&o 9nico. e o administrador judicial nomeado &or 

 pessoa jur(dica, declarar0se0á, no termo de que trata o art. 77desta :ei, o nome de pro&issional responsável pela condução do

 processo de &al-ncia ou de recuperação judicial, que não poderá ser su'stitu(do sem autoriação do jui.*

" Jui; nomeia o administrador por&ue 6 imparcial e o administrador, em tese,tamb6m de'e o ser. " administrador n+o age em nome dos credores, nem do (alido. "

 problema 6 &ue o Jui; 6 da es(era p>blica e, em tese, n+o con:ece a ?rea pri'ada.

" substituto 6 nomeado pelo Jui;, mas a lei, em dispositi'o 'etado, pre'ia &ue

era a assembl6ia de credores &uem nomea'a o 'eto te'e por escopo e'itar aincompatibilidade.

!.2 "briga*Qes

" art. 22 tra; um rol eempli(icati'o das obriga*Qes do administrador 3udicial

“Art. . Ao administrador judicial compete, so' a &iscaliaçãodo jui e do 5omit-, al6m de outros deveres que esta :ei lheimp>e#

 $ % na recuperação judicial e na &al-ncia#

a" enviar correspond-ncia aos credores constantes na relaçãode que trata o inciso $$$ do caput do art. ;, o inciso $$$ docaput do art. ++ ou o inciso $$ do caput do art. /; desta :ei,comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou dadecretação da &al-ncia, a naturea, o valor e a classi&icaçãodada ao cr6dito)

'" &ornecer, com prestea, todas as in&ormaç>es pedidas pelos

credores interessados)

c" dar extratos dos livros do devedor, que merecerão &6 deo&(cio, a &im de servirem de &undamento nas ha'ilitaç>es eimpugnaç>es de cr6ditos)

d" exigir dos credores, do devedor ou seus administradoresquaisquer in&ormaç>es)

e" ela'orar a relação de credores de que trata o 3 o do art. <o

desta :ei)

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 &" consolidar o quadro0geral de credores nos termos do art. 8desta :ei)

 g" requerer ao jui convocação da assem'l6ia0geral de credoresnos casos previstos nesta :ei ou quando entender necessária

 sua ouvida para a tomada de decis>es)

h" contratar, mediante autoriação judicial, pro&issionais ouempresas especialiadas para, quando necessário, auxiliá0lo noexerc(cio de suas &unç>es)

i" mani&estar0se nos casos previstos nesta :ei)

 $$ % na recuperação judicial#

a" &iscaliar as atividades do devedor e o cumprimento do plano

de recuperação judicial)

'" requerer a &al-ncia no caso de descumprimento de o'rigaçãoassumida no plano de recuperação)

c" apresentar ao jui, para juntada aos autos, relat2rio mensal das atividades do devedor)

d" apresentar o relat2rio so're a execução do plano derecuperação, de que trata o inciso $$$ do caput do art. =7 desta

 :ei)

 $$$ % na &al-ncia#

a" avisar, pelo 2rgão o&icial, o lugar e hora em que,diariamente, os credores terão 1 sua disposição os livros edocumentos do &alido)

'" examinar a escrituração do devedor)

c" relacionar os processos e assumir a representação judicial da

massa &alida)

d" rece'er e a'rir a correspond-ncia dirigida ao devedor,entregando a ele o que não &or assunto de interesse da massa)

e" apresentar, no prao de 4/ !quarenta" dias, contado daassinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual 

 per(odo, relat2rio so're as causas e circunstBncias queconduiram 1 situação de &al-ncia, no qual apontará aresponsa'ilidade civil e penal dos envolvidos, o'servado o

disposto no art. 8= desta :ei)

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 &" arrecadar os 'ens e documentos do devedor e ela'orar o autode arrecadação, nos termos dos arts. /8 e / desta :ei)

 g" avaliar os 'ens arrecadados)

h" contratar avaliadores, de pre&er-ncia o&iciais, medianteautoriação judicial, para a avaliação dos 'ens caso entendanão ter condiç>es t6cnicas para a tare&a)

i" praticar os atos necessários 1 realiação do ativo e ao pagamento dos credores)

 j" requerer ao jui a venda antecipada de 'ens perec(veis,deterioráveis ou sujeitos a considerável desvaloriação ou deconservação arriscada ou dispendiosa, nos termos do art. 7

desta :ei)l" praticar todos os atos conservat2rios de direitos e aç>es,diligenciar a co'rança de d(vidas e dar a respectiva quitação)

m" remir, em 'ene&(cio da massa e mediante autoriação judicial, 'ens apenhados, penhorados ou legalmente retidos)

n" representar a massa &alida em ju(o, contratando, senecessário, advogado, cujos honorários serão previamenteajustados e aprovados pelo 5omit- de 5redores)

o" requerer todas as medidas e dilig-ncias que &oremnecessárias para o cumprimento desta :ei, a proteção da massaou a e&ici-ncia da administração)

 p" apresentar ao jui para juntada aos autos, at6 o /o !d6cimo"dia do m-s seguinte ao vencido, conta demonstrativa daadministração, que especi&ique com clarea a receita e adespesa)

q" entregar ao seu su'stituto todos os 'ens e documentos damassa em seu poder, so' pena de responsa'ilidade)

r" prestar contas ao &inal do processo, quando &or su'stitu(do,destitu(do ou renunciar ao cargo.

 3 o As remuneraç>es dos auxiliares do administrador judicial  serão &ixadas pelo jui, que considerará a complexidade dostra'alhos a serem executados e os valores praticados nomercado para o desempenho de atividades semelhantes.

 3 o a hip2tese da al(nea d do inciso $ do caput deste artigo, se houver recusa, o jui, a requerimento do administrador 

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 judicial, intimará aquelas pessoas para que compareçam 1 sededo ju(o, so' pena de deso'edi-ncia, oportunidade em que asinterrogará na presença do administrador judicial, tomando

 seus depoimentos por escrito.

 3 7o a &al-ncia, o administrador judicial não poderá, semautoriação judicial, ap2s ouvidos o 5omit- e o devedor no

 prao comum de !dois" dias, transigir so're o'rigaç>es edireitos da massa &alida e conceder a'atimento de d(vidas,ainda que sejam consideradas de di&(cil rece'imento.

 3 4o e o relat2rio de que trata a al(nea e do inciso $$$ do caput deste artigo apontar responsa'ilidade penal de qualquer dosenvolvidos, o Qinist6rio P9'lico será intimado para tomar conhecimento de seu teor.*

remunera*+o do administrador tem rela*+o com o taman:o da (al)ncia, tendoem 'ista &ue o limite 6 de 5G do total recebido pelos credores

“Art. 4. ? jui &ixará o valor e a &orma de pagamento daremuneração do administrador judicial, o'servados acapacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidadedo tra'alho e os valores praticados no mercado para odesempenho de atividades semelhantes.

 3 o Cm qualquer hip2tese, o total pago ao administrador  judicial não excederá ;Y !cinco por cento" do valor devido aoscredores su'metidos 1 recuperação judicial ou do valor devenda dos 'ens na &al-ncia.

 3 o erá reservado 4/Y !quarenta por cento" do montantedevido ao administrador judicial para pagamento ap2satendimento do previsto nos arts. ;4 e ;; desta :ei.

 3 7o ? administrador judicial su'stitu(do será remunerado

 proporcionalmente ao tra'alho realiado, salvo se renunciar  sem relevante raão ou &or destitu(do de suas &unç>es por des(dia, culpa, dolo ou descumprimento das o'rigaç>es &ixadasnesta :ei, hip2teses em que não terá direito 1 remuneração.

 3 4o @am'6m não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas desaprovadas.*

%0G do 'alor de'ido ao administrador ser? pago ap=s a presta*+o de contas, a pre'is+o dos artigos 15% e 155 da .

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" administrador destitudo ser? remunerado proporcionalmente, sal'o serenunciar sem moti'a*+o, destitudo por desdia, dolo, culpa ou descumprimento dasobriga*Qes (iadas.

%. Assem;leia e Comitê de Credores

%.1 7omit) de 7redores

pala'ra comit) 'em de (iscali;a*+o, o comit) ser'e para (iscali;ar oadministrador 3udicial 6, e'identemente, (ormado pro credores. ei 11.101/05 tra; acomposi*+o do comit)

“Art. =. ? 5omit- de 5redores será constitu(do por deli'eração de qualquer das classes de credores na assem'l6ia0

 geral e terá a seguinte composição#

 $ % !um" representante indicado pela classe de credorestra'alhistas, com !dois" suplentes)

 $$ % !um" representante indicado pela classe de credores comdireitos reais de garantia ou privil6gios especiais, com !dois"

 suplentes)

 $$$ % !um" representante indicado pela classe de credoresquirogra&ários e com privil6gios gerais, com !dois" suplentes.

 3 o A &alta de indicação de representante por quaisquer dasclasses não prejudicará a constituição do 5omit-, que poderá

 &uncionar com n9mero in&erior ao previsto no caput desteartigo.

 3 o ? jui determinará, mediante requerimento su'scrito por credores que representem a maioria dos cr6ditos de uma classe,independentemente da realiação de assem'l6ia#

 $ % a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva

classe ainda não representada no 5omit-) ou $$ % a su'stituição do representante ou dos suplentes darespectiva classe.

 3 7o 5a'erá aos pr2prios mem'ros do 5omit- indicar, entreeles, quem irá presidi0lo.*

7omo esse comit) s= interessa aos credores, se eles n+o &uiserem (orm?Llo, n+o:a'er? &ual&uer problema. ssim, a constitui*+o deste 6 (acultati'a. istindo, comodito, a (un*+o precpua 6 (iscali;ar os atos do administrador 3udicial.

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%.2 ssembl6ia de 7redores

" processo de (al)ncia 6 um processo de insol')ncia empresarial, assim,independe o n>mero de credores. m tese, 6 poss'el :a'er (al)ncia com apenas umcredor, :? &uem sustente &ue 6 poss'el mesmo sem credores R47R#" C\RT"-.

ssembl6ia \eral de credores tamb6m n+o 6 um =rg+o obrigat=rio, tendo em'ista a possibilidade de consenso entre os credores, ou &ue :a3a apenas um credor.

istindo, :? disposi*Qes na &ue tratam da mat6ria. Pe3amos o art. %5

“Art. 4. A assem'l6ia0geral será composta pelas seguintesclasses de credores#

 $ % titulares de cr6ditos derivados da legislação do tra'alho oudecorrentes de acidentes de tra'alho)

 $$ % titulares de cr6ditos com garantia real)

 $$$ % titulares de cr6ditos quirogra&ários, com privil6gioespecial, com privil6gio geral ou su'ordinados.

 3 o ?s titulares de cr6ditos derivados da legislação dotra'alho votam com a classe prevista no inciso $ do caput desteartigo com o total de seu cr6dito, independentemente do valor.

 3 o ?s titulares de cr6ditos com garantia real votam com aclasse prevista no inciso $$ do caput deste artigo at6 o limite dovalor do 'em gravado e com a classe prevista no inciso $$$ docaput deste artigo pelo restante do valor de seu cr6dito.*

 Ca (al)ncia, o &u=rum para apro'a*+o de proposta 6 do art. %2 da , ou se3a, pela maioria dos cr6ditos

 Art. 4. 5onsiderar0se0á aprovada a proposta que o'tiver votos &avoráveis de credores que representem mais da metade dovalor total dos cr6ditos presentes 1 assem'l6ia0geral, exceto nas

deli'eraç>es so're o plano de recuperação judicial nos termosda al(nea a do inciso $ do caput do art. 7; desta :ei, acomposição do 5omit- de 5redores ou &orma alternativa derealiação do ativo nos termos do art. 4; desta :ei.

" s=cio, &ue 6 tamb6m credor da sociedade, pode 'otar na assembl6iaA

“Art. 47. ?s s2cios do devedor, 'em como as sociedadescoligadas, controladoras, controladas ou as que tenham s2cioou acionista com participação superior a /Y !de por cento"

do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus s2cios detenham participação superior a /Y !de por 

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cento" do capital social, poderão participar da assem'l6ia0 geral de credores, sem ter direito a voto e não serãoconsiderados para &ins de veri&icação do quorum de instalaçãoe de deli'eração.*

 Parágra&o 9nico. ? disposto neste artigo tam'6m se aplica aocJnjuge ou parente, consangZ(neo ou a&im, colateral at6 o o!segundo" grau, ascendente ou descendente do devedor, deadministrador, do s2cio controlador, de mem'ro dos conselhosconsultivo, &iscal ou semelhantes da sociedade devedora e 1

 sociedade em que quaisquer dessas pessoas exerçam essas &unç>es.*

Casos Concretos I e

=anco Moi S$A.? credora 5id(ciria? a@(i*o( pedido de restit(i+ão de dinBeiro ems(;stit(i+ão ao ;em o;@eto de contrato de aliena+ão 5id(ciria? so; o 5(ndamentode 7(e o ;em não 5ora arrecadado pelo administrador por não ter sido encontrado. pedido 5oi inde5erido? em ra*ão da arantia do credor esotarse no prDprio;em. credor 5oi incl(do no rol dos credores 7(irora5rios. Correta a decisão.<esposta 5(ndamentada.

" Wanco n+o poderia ter a3ui;ado a*+o de restitui*+o, ou se3a, a a*+o de'e ser  3ulgada improcedente e o credor de'e ser :abilitado, mas n+o como credor &uirogra(?rio, e sim real. Rsp 5.250-

Instit(to Hacional do Se(ro Social a@(i*o( a+ão de restit(i+ão em 5ace daMassa Falida de Contralto MDveis e Artios para o )ar )tda.? pleiteando adevol(+ão das 7(antias re5erentes 3s contri;(i+Jes previdencirias descontadasdos empreados pelo devedor e não repassadas ao IHSS.

A a+ão 5oi @(lada procedente e a decisão monocrtica condeno( a massa 5alida 3restit(i+ão da 7(antia pleiteada pelo a(tor com at(ali*a+ão monetria. Em rela+ão3 ver;a de s(c(m;ência 5i>ada na decisão condenatDria de restit(i+ão? a @(*aentende( 7(e ela não o*a de pre5erência? devendo ser Ba;ilitada no processo

5alimentar? para 7(e? oport(namente? se@a dada a classi5ica+ão 7(e? por direito? lBeco(;er.

a(tor opLs em;aros de declara+ão? ad(*indo a omissão do @(lado no 7(erespeita 3 aplica;ilidade do art. ,%? da )ei n9 .212$K1 e do art. 2%? U19? da )ei n9.K0#$K%? ar(mentando 7(e o montante relativo aos @(ros de mora e 3 ver;aBonorria decorrem do processo de restit(i+ão das contri;(i+Jes? de modo 7(edevem ser paas @(ntamente com essas.

-er(ntase8

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a' as contri;(i+Jes previdencirias descontadas dos empreados s(@eitamse aoconc(rso 5alimentar: paamento est vinc(lado 3 satis5a+ão prvia dos crditostra;alBistas:

;' procede o incon5ormismo do a(tor em rela+ão ao não paamento imediato das

ver;as s(c(m;enciais: F(ndamente.

a- C+o, podem ser inclusi'e ob3eto de restitui*+o pelo 4C<<. " art. 8$, H >nico, da di; &ue as restitui*Qes de &ue trata esse artigo somente ser+o e(etuadas ap=s o

 pagamento pre'isto no art. 151 s+o credores trabal:istas, mas apenas a&ueleestritamente salarial, 'encidos at6 ! meses anteriores a decreta*+o da &uebra e, nom?imo, 5 sal?rios mnimos. ssim, n+o :? necessidade de satis(a*+o dos cr6ditos,apenas dessa 'erba. <>mula !0 do <BJ (ala da restitui*+o do 77 antes de &ual&uer 'erba, mas ela 6 anterior D ei 11.101/05 doutrina e 3urisprud)ncia di'ergem sobre ae(ic?cia da <>mula ap=s a sua 'ig)ncia.

 b- lguns entendem &ue os :onor?rios s+o cr6ditos etraconcursais, na :ip=tese do art.8%, 4P entretanto, &uestionaLse esse entendimento pois a lei (ala apenas em custasK.X? &uem entenda tamb6m &ue o cr6dito 6 especial, na (orma do &ue dispQe o statutoda "W ei 8.90$/9%-. Mor (im, :? &uem entenda &ue o cr6dito 6 subordinado.

Tem o Ministrio -4;ico leitimidade para proposit(ra de re7(erimento de5alência: <esposta 5(ndamentada.

7NM4CX" e N`C47 \O<NT" elaboraram a tese em &ue a empresa e o

NM celebraram B7, com imposi*+o de multa cominat=ria, e :? descumprimento.Moderia o NM, nesse caso espec(ico, a3ui;ar a*+o de eecu*+o. rustrada a eecu*+o, oNM etrairia certid+o e a3ui;aria (al)ncia.

@(i* da 5alência destit(i( do encaro de administrador @(dicial o r. <o;erto**ellamB? so; o se(inte 5(ndamento8 N1. -rimeiramente? veri5ico 7(e see7(ivoco( o administrador @(dicial ao datar a peti+ão de 5ls. 1.02,$1.02#? eis 7(e?em;ora se re5ira a 5atos ocorridos em 11.02.200%? apLs? ao 5inal da peti+ão? a datade 11.02.200,. 2. 5ato s(pra? porm? constit(i mero e7(voco? sem maior relevo?sD e>plicitando o mesmo para evitar di5ic(ldade de interpreta+ão 7(anto 3s datas

dos 5atos. ,. 7(e e5etivamente apresenta maior relevo o 5ato de 7(e a peti+ão de5ls. 1.02,$1.02# evidencia 7(e tem ra*ão a 5alida ao apontar lac(nas e 5alta dediliência? por parte do Sr. Administrador /(dicial? s(erindo a possi;ilidade deneliência no c(mprimento do respectivo encaro? c(@o diliente desempenBo essencial e decisivo para o ;om andamento do processo 5alimentar. %. Face 3scirc(nstOncias acima e>postas? destit(o o Sr. Sndico <o;erto **ellamB dessacondi+ão? nomeando? em s(;stit(i+ão? o r. Sr. Srio -entelo(*o? o 7(al deverser intimado para prestar compromissoN. administrador @(dicial interpLsaravo? o;tendo e5eito s(spensivo da decisão. Em s(as ra*Jes alea o aravante

7(e a motiva+ão para a s(a destit(i+ão 5oi a 7(e;ra de con5ian+a? e 7(e não lBe 5oiasse(rado o direito de de5esa. A 7(e;ra de con5ian+a a(tori*a o @(i* a s(;stit(ir o

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administrador se a 5alta imp(tada a este 5or rave a ponto de @(sti5icar adestit(i+ão do encaro? a penalidade sD pode ser aplicada depois de asse(rado odireito de de5esa. s 5atos invocados pelo @(i* não se revestem de e>tremaravidade? capa* de ense@ar a destit(i+ão? com 5(ndamento no art. ,1? da )ei deFalências. Ademais? a destit(i+ão importa nas conse7(ências previstas no art. ,0?da citada lei !proi;i+ão de ser nomeado administrador @(dicial o( interar Comitêde Credores em o(tra 5alência'. eve ser provido o rec(rso: F(ndamente.

" <BJ entende &ue em casos de destitui*+o de'e ser dado o direito de de(esa aoadministrador, o &ue n+o impede, concedida a de(esa, &ue o Jui; destitua Rsp9!.90!-.

=anco espertar S$A.? maior credor da sociedade anLnima Cia. de )aticnios)eitelac re7(ere( s(a 5alência apDs in4meras tentativas 5r(stradas de rece;ercrditos no montante de <K.000.000?00 !noventa e oito milBJes de reais'. r(o5erece( contesta+ão e não e5et(o( o depDsito da 7(antia reclamada. representante do Ministrio -4;lico re7(ere( vista dos a(tos para promo+ão.

 @(i* neo( o pedido por entender inca;vel s(a at(a+ão nessa 5ase process(al.Correta a decisão: <esposta 5(ndamentada.

X? di'erg)ncia na doutrina. Co RJ o NMRJ (ormulou uma circular, 01/2005,a(irmando &ue de'eria atuar em todas as (ases do procedimento, o &ue tem sido acatado

 pela 3urisprud)ncia. Mor outro lado, :? &uem sustente &ue como o artigo da &ue pre'ia a participa*+o em todos atos do processo (oi 'etado, n+o :a'eria essa

necessidade, somente &uando :ou'er pre'is+o epressa.

Rio de Janeiro, 1/08/2012

TEMAS 11 e 12

I. Qa;ilita+ão

1. Fase Administrativa

7om a decreta*+o da (al)ncia, o 3ui; determina ao de'edor &ue apresente em 5dias rela*+o de credores art. 99, 444- sob pena de #<"W#4]C74, com nomes,'alores, cr6ditos e classi(ica*+o art. 8!-. presentada a lista, n+o :? desobedi)nciaalguma. Nas essa rela*+o 6 de imputa*+o pelo (alido, por isso, o 3ui; manda publicar edital com a rela*+o.

 Ca senten*a, de'e conter o pra;o para as :abilita*Qes art. 99, 4P c/c art. , H1-, a saber 15 dias. Co edital tamb6m de'e conter esse pra;o de 15 dias.

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Melo art. , H 1, publicado o edital, os credores ter+o 15 dias para :abilitaremLseou apresentar di'erg)ncias. habilitação 6 para cr6ditos/credores n+o relacionados noedital. J? a divergência  6 para modi(icar as in(orma*Qes dadas pelo (alido 'alor,classi(ica*+o, etc-.

p=s, o dm.Jud ter? %5 dias para analisar os documentos, di'erg)ncias e:abilita*Qes, e em seguida, publicar no'o edital com lista.

4M7 a (ase de :abilita*+o e di'erg)ncia 6 uma (ase administrati'a, &ue de'eriaser (eita perante o dministrador Judicial, e n+o perante o 3u;o. <= &ue na pr?tica,acabou sendo (eito perante o 3u;o (alimentar.

<e n+o :? :abilita*Qes ou di'erg)ncias, a lista apresentada pelo (alido consolidano Euadro \eral de 7redores E\7-.

<e :? di'erg)ncia, o dmJud ir? 3ulgar. o (alido indica cr6dito de :onor?riosad'ocatcios como pri'il6gio geralK por (or*a do art. 2% do statuto da "W. Nas ocredor apresenta di'erg)ncia (ase administrati'a- di;endo &ue 6 e&uiparado atrabal:istaK. <e o J n+o acata, 'ai publicar o E\7 do 3eito &ue esta'a, ou se3a, como

 pri'ilegio geral.

2. Fase /(dicial

" art. 8 ent+o estabelece o pra;o de 10 dias para impugna*+o ao E\7,iniciando sim a (ase 3udicial art. 1!-.

legitimidade para a impugna*+o ao E\7 6 dada ao (alido, comit), s=cios,7omit) de 7redores ou NM.

7uidado^ 7ompet)ncia para con:ecer das impugna*Qes 6 do Ju;o alimentar.Nas cuidado com o credor trabal:ista, pois pela 7RW as demandas trabal:istas s+o daJ. do trabal:o. Mor isso, o art. $, H2, deia claro &ue pode ser pleitada inclus+o,modi(ica*+o ou eclus+o de cr6dito trabal:ista perante o dmnistrador (aseadministrati'a-. Nas as a*Qes e impugna*Qes (ase 3udicial- de'em ir D 3usti*a dotrabal:o. Mor isso, o NM n+o pode impugnar cr6dito trabal:ista pois NM n+o o(icia naJBrab, e o NMB 6 de tutela coleti'a. ssim, as impugna*Qes de cr6ditos trabal:istas n+o

 podem ser (eitas pelo NM.

"s credores de cr6ditos impugnados ter+o 5 dias para se de(ender art. 11-. p=s,o (alido e o 7omit) ter+o 5 dias comuns- para se mani(estar. m seguida, o #N ter? 5dias para emitir parecer p>-, com laudo pericial.

Mor (im, o 3ui; decide art. 15, 44-, cabendo agra'o da decis+o art. 1-.

M< NREO< entende &ue o pra;o para pedir eclus+o, reclassi(ica*+o oureti(ica*+o n+o seria preclusi'o por causa do art. 19. Co entanto, a literalidade do art. 19

deia claro &ue, na&uelas :ip=teses, de'eLse entrar com demanda por rito comumordin?rio.

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,. 6(estJes espec5icas

a- Mara :abilitar com Btulo de 7r6dito de'eLse compro'ar a origem do cr6dito, por (or*a do art. 9, 44 da lei de (al)ncia. &ui eigeLse &ue se compro'e a origem, mesmo

 para B7 apesar da abstra*+o, autonomia, cartularidade, circularidade dos B7s-. Ca

(al)ncia, pode :a'er muitas (raudes. Mor isso, para e'itar manobras &ue iriam sangrar oati'o do (alido.

 b- Xabilita*+o de #uplicata sem aceite e sem pro'a da entrega da mercadoria nessecaso, 'e3a &ue a apresenta*+o para :abilitar 6 poss'el, mas di(icilmente ser? apro'ada,

 pois n+o :? pro'a da origem 7 2005.001.%81% do BJRJ-. 4mportante &ue na 72002.001.25$%5 do BJRJ entendeuLse &ue o recon:ecimento t?cito ou epresso do(alido supriria a (alta do aceite, protesto e pro'a de entrega, mas isso d? a;o D (raude.

c- ia*+o de :onor?rios nas impugna*Qes o <BJ 6 (irme no sentido de &ue tem &ue

(iar :onor?rios ad'ocatcios no 3ulgamento das impugna*Qes. embre &ue, at6 a publica*+o do &uadro geral de credores E\7- a (ase 6 administrati'a. Nas com aimpugna*+o, tornaLse litigioso art. 1!- L 'er 4n(o %5% do <BJ R<M 10980$9-.

d- 4mpugna*+o de cr6dito trabal:ista art. $, H 2 de'e ser na Justi*a Brabal:ista, sematua*+o de NM ou NMB

e- 7lassi(ica*+o dos Xonor?rios d'ocatcios no 4n(o %52 o <B e <BJ consideram de(orma pac(ica &ue os :onor?rios ad'ocatcios contratuais e sucumbenciais- temnature;a alimentar e por isso de'e ser e&uiparado a credito trabal:ista ! Burma  

 Canc-. Nas as 2 e % Burmas di'ergem. Nin. <alom+o concorda &ue ten:a nature;aalimentar, mas n+o se pode derrogar o art. 2! do statuto da "W, &ue especialmente

 para (ins (alimentares determina como pri'il6gio geral.

%. Qa;ilita+ão <etardatria

" art. 10 da di; &ue, ao terminar o pra;o de 15 dias para :abilita*Qes edi'erg)ncias art. , H 1-, &ual&uer cr6dito apresentado ser? retardat?rio. <= &ue a:abilita*+o retardat?ria tem certos e(eitos

“Art. /. ão o'servado o prao estipulado no art. <o, 3 o,desta :ei, as ha'ilitaç>es de cr6dito serão rece'idas comoretardatárias.

 3 o a recuperação judicial, os titulares de cr6ditosretardatários, excetuados os titulares de cr6ditos derivados darelação de tra'alho, não terão direito a voto nas deli'eraç>esda assem'l6ia0geral de credores.

 3 o Aplica0se o disposto no 3 o deste artigo ao processo de &al-ncia, salvo se, na data da realiação da assem'l6ia0geral, já

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houver sido homologado o quadro0geral de credores contendo ocr6dito retardatário.

 3 7o a &al-ncia, os cr6ditos retardatários perderão o direito arateios eventualmente realiados e &icarão sujeitos ao

 pagamento de custas, não se computando os acess2rioscompreendidos entre o t6rmino do prao e a data do pedido deha'ilitação.

 3 4o a hip2tese prevista no 3 7o deste artigo, o credor poderárequerer a reserva de valor para satis&ação de seu cr6dito.

 3 ;o As ha'ilitaç>es de cr6dito retardatárias, se apresentadasantes da homologação do quadro0geral de credores, serãorece'idas como impugnação e processadas na &orma dos arts.

7 a ; desta :ei.

 3 =o Ap2s a homologação do quadro0geral de credores, aquelesque não ha'ilitaram seu cr6dito poderão, o'servado, no quecou'er, o procedimento ordinário previsto no 52digo de

 Processo 5ivil, requerer ao ju(o da &al-ncia ou da recuperação judicial a reti&icação do quadro0geral para inclusão dorespectivo cr6dito.*

U 19 na Recupera*+o 3udicial, os retardat?rios perdem direito de 'oto na ssembl6ia

geral de credores \-, sal'o se (or cr6dito trabal:ista.

U 29 aplicaLse D (al)ncia, sal'o se na data da \ 3? ten:a :omologado o &uadro geral decredores com o cr6dito retardat?rio. "u se3a, retardat?rio sal'o trabal:ista- n+o 'ota,sal'o, se 3? ti'er :omologado o &uadro com seu cr6dito at6 a reali;a*+o da \.

U ,9 na (al)ncia, o retardat?rio perde os rateios 3? reali;ados at6 ali. <e ele 6 de umaclasse &ue 3? (oi paga, e c:ega como retardat?rio, de'e esperar pagar os pr=imos.

Mara e'itar essa perda, 6 bom pedir ao 3u;o reser'a para (ins de rateio art. 10, H% e $, H !-. compet)ncia para e(eti'ar a reser'a de cr6dito trabal:ista 6 do 3ui; dotrabal:o^ 77 95$2 do <BJ

embrar &ue o pedido de reser'a n+o comporta acess=rios 3uros, etc...-.

U &9 CB< da :omologa*+o do E\7, a :abilita*+o de cr6dito retardat?rio somenteser? recebido como impugna*+o pois 3? terminou a (ase administrati'a-. ogo, dadecis+o 3udicial a&ui caber? agra'o^

U #9 M< :omologa*+o do E\7, somente pode o retardat?rio :abilitarLse por meio de*+o de Reti(ica*+o do E\7 rito comum ordin?rio-, por (or*a do art. 19. ogo, da

decis+o, cabe apela*+o^

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&. A+ão de <eti5ica+ão de Crdito

<e a :abilita*+o 6 retardat?ria, e ap=s a :omologa*+o do E\7, ser? por *+oRito 7omum art. 10, H $ e 19-. ogo, 6 rito ordin?rio do 7M7.

compet)ncia 6 do 3u;o (alimentar. Nas lembreLse &ue os cr6ditos retardat?riosa serem :abilitados podem ser trabal:istas, o &ue remete D Justi*a Brabal:ista, masestritamente D 'ara trabal:ista &ue recon:eceu o cr6dito. art. $, H 2 c/c art. 19, H 1-.

7O4##"^ " art. $, H 1 di; &ue as &uantias &ue demandem &uantia il&uidaantes da decreta*+o da (al)ncia permanecem no 3u;o e somente depois '+o para(al)ncia. "ra, pela leitura do art. 19, H 1, o 3u;o (alimentar n+o pode ser competente

 para a a*+o de reti(ica*+o do retardat?rio a&uela a*+o cab'el &uando o retardat?rio'em ap=s a :omologa*+o do E\7-. ssa a*+o de'e ir para a 'ara onde originalmente serecon:eceu o cr6dito art. 19, H 1, c/c art. $, H 1-.

#. Qa;ilita+ão de Crdito Fa*endrio

m regra, a cobran*a (a;end?ria 'ai ser (eita com obser'Fncia do rito da eecu*+o (iscal-. ntigamente, :a'ia um dogma de &ue a a;enda 3amais poderia:abilitar cr6dito na (al)ncia de'eria (a;er a 7OST" (iscal e, ap=s trFnsito em

 3ulgado, o 3ui; (a;end?rio a'isa'a por o(cio ao 3u;o (alimentar &ue n+o poderia analisar a origem do cr6dito.

partir do 4n(o !89 do <BJ acol:euLse a tese da M\C. "s arts 18 e 29 da ei

$8!9/80 n+o s+o =bices D :abilita*+o de cr6dito na (al)ncia. I &ue cr6ditos pe&uenosn+o s+o eecutados por &uestQes de economia. 7ontra (alido ent+o (icaria menos l=gico.Mor isso, a M\C de(endeu a tese de &ue, como n+o poderiam eecutar pela ,

 poderiam :abilitarLse na (al)ncia submetendoLse ao cri'o do dmJud e 3u;o (alimentar.

dmitiuLse as duas 'ias como alternati'as posteriormente para &ual&uer cr6dito,desde &ue de maneira eclusi'a indo por uma 'ia, abre m+o da outra-. " in(o %8ampliou essa possibilidade para cr6ditos para(iscais <C4-. R<M 8%0$5

". Qa;ilita+ão prescinde de TC

 Co R<M 9928%$ do <BJ deiou claro &ue n+o 6 necess?rio &ue se3a B7 para:abilitarLse na (al)ncia. " contrato de abertura de cr6dito, a despeito de n+o ser B7s>mula 2!! do <BJ- 6 doc :?bil a embasar re&uerimento de :abilita*+o de cr6dito em

 processo (alimentar. " &ue se &uer 6 &ue a d'ida se3a l&uida e &ue ten:a a pro'a daorigem.

. 6(adro Geral de Credores

 Co #, a (a;enda p>blica 'in:a em ! ugar e os Reais em $.

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tualmente, temLse

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a- o trabal:ista at6 150 sm anteriores D (al)ncia o credito trabal:ista posterior D &uebra6 etra concursal. " 4n(o 5%8 do <B disse &ue essa limita*+o 6 constitucional-.cidente de trabal:o n+o tem limita*+o de 150 sm. <e o cr6dito (or cedido a terceiro,ser? &uirogra(?rio art. 8!, H %-.

 b- \arantia real no limite da garantia-. " &ue passar, 6 &uirogra(?rio.

c- a;enda cr6dito tribut?rio anterior a &uebra. C+o inclui a multa tribut?ria, penal eadministrati'a. embrar &ue :? concurso entre as a;endas Oni+o stados e #Nunicpio 18/7BC e 29/-

d- Mri'il6gio special art. 9$%/77V os de(inidos em outras leis como pri'il6gioespeciais duplicata e nota promiss=ria ROR4<, art. %5 e 5! do #ec 1$/$-. ainda&uem tem direito de reten*+o go;a de pri'il6gio especial n+o es&uecer &ue o credor comiss?rio do contrato de comiss+o mercantil tem direito de reten*+o das mercadorias

do comitente pelo atraso do pagamento, mas o art. 0 di; &ue 6 pri'il6gio \R, pois o 77 6 especial para ctt de comiss+oV ademais, o art. 8!, 4P, c (ala de coisa dada emgarantia, mas no ctt de comiss+o a mercadoria n+o 6 dada em garantia-

e- Mri'il6gio \eral art. 9$5/77V art. $ da V art. 58, H 1 da <.

(- Euirogra(?rios

g- <ubordinadas deb)ntures subordinada art. 58 da <-

K. rdem de -aamento

1- 7redito trabal:ista de at6 5sm 'encidos nos >ltimos meses antes da (al)ncia art.151-.

2- 7redores do 150 administra*+o da (al)ncia, incluindo para continua*+o pro'is=ria-.

!- <>mula %1 do <B s+o os 'alores retidos na (onte e n+o repassados D a;enda p>blica.

%- Restitui*+o em din:eiro art. 8$, p>-.

5- 7r6dito etraconcursal art. 8% da -

$- rt. 8! da .

10. In5o %K do ST/

oi o primeiro in(o de 2012. Bra; direito intertemporal Resp 109$$%-. al)nciadecretada na 'ig)ncia da (al)ncia antiga. Pe3a, antes, o real (ica'a depois da (a;enda, eagora (ica antes. " <BJ deiou claro &ue o marco 6 o art. 192, caput da , de modo&ue, se a senten*a (oi dada sob 6gide do #, aplicaLse o E\7 do #. <e decretada a&uebra na 6gide da , aplicaLse o E\7 da . nature;a da altera*+o do pri'il6giotribut?rio e do real tem nature;a NBR4 e n+o MR"7<<O.

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II. )i7(ida+ão

1. <eras Gerais

li&uida*+o e reali;a*+o do ati'o esta no art. 1!9 da . I a 'enda dos bens e

direitos para depois &uitar as d'idas.

lei permite a reali;a*+o imediata do ati'o com a decreta*+o da (al)ncia art. da-. Ca # n+o se permitia a reali;a*+o do ati'o era terceira (ase pr6L(alimentarV:abilita*+o e an?lise de crime at6 E\7V reali;a*+o do ati'o-. guarda'aLse aconsolida*+o do E\7 para come*ar a reali;ar o ati'o.

tualmente o art. 1!9 di; &ue, logo ap=s arrecada*+o, inicia a reali;a*+o doati'o. rrecada e a'alia para reali;ar o ati'o. C+o precisa mais aguardar a consolida*+odo E\7. Mor eemplo, os bens do art. 11! perec'eis-.

2. Formas

" art. 1%0 tra; uma ordem de pre(er)ncia para reali;a*+o de ati'o. (orma de'eser seguida na ordem a- 'enda em bloco da empresaV b- 'enda das unidades (iliais emseparadoV c- blocos de bensV d- bens indi'iduais. id6ia 6 preser'ar a empresa para&uem 'ai a&uirir 

" art. 1%1 di; &ue n+o :a'er? sucess+o, nem mesmo trab/trib. Melo # antigo:a'ia a sucess+o. mas agora n+o :? mais, sal'o nas ece*Qes.

,. Modalidades de Aliena+ão

rt. 1%2 tra; tr)s, mas n+o 6 (ec:ado a- leil+oV b- propostas (ec:adasV c- preg+o.

a- eilao mel:ores propostas orais

 b- Mropostas (ec:adas o 3ui; marca data para &ue cada licitante apresente cartaslacradas e designa data para abertura.

c- Mreg+o :? duas (ases. Mrimeiro, propostas (ec:adas, a serem abertas em dataespec(ica. p=s, c:ama os 'encedores para leil+o de propostas orais entre todos os

 proponentes cu3as propostas n+o se3am in(eriores a 90G da mel:or.

" art. 1%% permite &ue o 3ui; autori;e a re&uerimento modalidade di'ersa

“Art. 44. Lavendo motivos justi&icados, o jui poderáautoriar, mediante requerimento &undamentado doadministrador judicial ou do 5omit-, modalidades de alienação

 judicial diversas das previstas no art. 4 desta :ei.*

" art. 1%5 permite ao 3ui; &ue :omologue &ual&uer outra modalidade apro'ada

 pela ssembleia \eral de 7redores

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“Art. 4;. ? jui homologará qualquer outra modalidade derealiação do ativo, desde que aprovada pela assem'l6ia0geral de credores, inclusive com a constituição de sociedade decredores ou dos empregados do pr2prio devedor, com a

 participação, se necessária, dos atuais s2cios ou de terceiros.

 3 o Aplica0se 1 sociedade mencionada neste artigo o dispostono art. 4 desta :ei.

 3 o o caso de constituição de sociedade &ormada por empregados do pr2prio devedor, estes poderão utiliar cr6ditosderivados da legislação do tra'alho para a aquisição ouarrendamento da empresa.

 3 7o ão sendo aprovada pela assem'l6ia0geral a proposta

alternativa para a realiação do ativo, ca'erá ao jui decidir a &orma que será adotada, levando em conta a mani&estação doadministrador judicial e do 5omit-.*

" rt. 1%! tra; pra;o para credores, de'edor, ou NM, em %8: da impugna*+o,impugnarem. arremata*+o 6 concluda com a assinatura do 3ui;, arrematante eleiloeiro art. $9% do 7M7-

“Art. 47. Cm qualquer das modalidades de alienação re&eridasno art. 4 desta :ei, poderão ser apresentadas impugnaç>es

 por quaisquer credores, pelo devedor ou pelo Qinist6rio P9'lico, no prao de 48 !quarenta e oito" horas daarrematação, hip2tese em que os autos serão conclusos ao jui,que, no prao de ; !cinco" dias, decidirá so're as impugnaç>ese, julgando0as improcedentes, ordenará a entrega dos 'ens aoarrematante, respeitadas as condiç>es esta'elecidas no edital.*

M< 7abe mandado de seguran*a do ato 3udicial anulat=rio da arremata*+o em pra*a de (al)nciaA " art. 1%! permite &ue algu6m impugne a arremata*+o. <e o 3ui;anula, o arrematante sai pre3udicado e n+o :? recurso. RN< 2%0%8/<M o recurso cab'el

seria gra'o de 4nstrumento^ art. 189 c/c 7M7-. Mor isso, se o 4 pode ter e(eitosuspensi'o, cabe N<.

M<2 em regra n+o cabe N< de decis+o 3udicial do &ual caiba recurso com4B" <O<MC<4P".

%. Encerramento da Fa)encia

Per art. 15%

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“;4. 5onclu(da a realiação de todo o ativo, e distri'u(do o produto entre os credores, o administrador judicial apresentará suas contas ao jui no prao de 7/ !trinta" dias.

 3 o As contas, acompanhadas dos documentos

compro'at2rios, serão prestadas em autos apartados que, ao &inal, serão apensados aos autos da &al-ncia.

 3 o ? jui ordenará a pu'licação de aviso de que as contas &oram entregues e se encontram 1 disposição dos interessados,que poderão impugná0las no prao de / !de" dias.

 3 7o Decorrido o prao do aviso e realiadas as dilig-nciasnecessárias 1 apuração dos &atos, o jui intimará o Qinist6rio

 P9'lico para mani&estar0se no prao de ; !cinco" dias, &indo o

qual o administrador judicial será ouvido se houver impugnação ou parecer contrário do Qinist6rio P9'lico.

 3 4o 5umpridas as provid-ncias previstas nos 33 o e 7o desteartigo, o jui julgará as contas por sentença.

 3 ;o A sentença que rejeitar as contas do administrador judicial  &ixará suas responsa'ilidades, poderá determinar aindisponi'ilidade ou o seqZestro de 'ens e servirá como t(tuloexecutivo para indeniação da massa.*

 3 =o Da sentença ca'e apelação.*

rt. 15% n+o tem mais bens nem (orma de pagar os credores. " J apresentasuas contas no pra;o de !0 dias. " encerramento da (al)ncia inicia com a apresenta*+odas contas do J

" magistrado publica a'iso aos credores para &ue em 10 dias impugnem ascontas do J.

Recebidas as impugna*Qes, corrido o pra;o, ao NM por 5 dias. p=s ao J em 5

dias. p=s, senten*a.

<e a senten*a repro'a as contas, destitui o #N, pode blo&uear bens. #asenten*a caber? apela*+o.

<e a senten*a :omologar as contas, 10 dias para apresentar o relat=rio (inal da(al)ncia por senten*a, cabendo apela*+o.

Pe3a &ue o (alido ainda n+o estar :abilitado. " encerramento da (al)ncia apenas(inda o processo (alimentar. Mode ser &ue o 3ui; reabilite 3unto, mas n+o 6 regra.

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<e ao encerrar, 'eri(ica &ue todos os credores (oram pagos, encerra a (al)ncia ereabilita ao mesmo tempo senten*a de le'antamento da (al)ncia encerra a (al)ncia ereabilita- art. 159, H !.

4NM"RBCB o &ue reabilita o (alido, em regra, 6 o processo de reabilita*+o

art. 159 -. ntretanto, ecepcionalmente, a senten*a de encerramento de (al)ncia pode tamb6m reabilitar o (alido. 7omo no caso em &ue (or 'eri(icado &ue todos oscredores (oram pagosV nesse caso, n+o :? por&ue n+o reabilit?Llo nesse caso, asenten*a ser? c:amada de senten*a de le'antamento de (al)ncia art. 159, H! -.

prescri*+o das a*Qes e eecu*Qes 'olta a correr ap=s o trFnsito em 3ulgado dasenten*a de encerramento de (al)ncia art. 15

ncerramento anUmalo da (al)ncia 6 a&uele pela aus)ncia de bens arrecadadosou aus)ncia de credores :abilitados. I a (al)ncia (rustrada.

<e :? apenas 1 credor, :? duas correntes a- encerra a (al)ncia, pois 6 eecu*+ocoleti'aV b- prossegue pois :? interesse de agir. 200.001.1%505

" interesse de agir se 3usti(ica pela indisponibilidade dos bens do (alido, pois, seencerrar a (al)ncia, some a arrecada*+o.

&. E>tin+ão das ; do 5alido

" art. 158 estabelece as modalidades

“Art. ;8. Cxtingue as o'rigaç>es do &alido#

 $ % o pagamento de todos os cr6ditos)

 $$ % o pagamento, depois de realiado todo o ativo, de mais de;/Y !cinqZenta por cento" dos cr6ditos quirogra&ários, sendo

 &acultado ao &alido o dep2sito da quantia necessária paraatingir essa porcentagem se para tanto não 'astou a integral liquidação do ativo)

 $$$ % o decurso do prao de ; !cinco" anos, contado do

encerramento da &al-ncia, se o &alido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta :ei)

 $F % o decurso do prao de / !de" anos, contado doencerramento da &al-ncia, se o &alido tiver sido condenado por 

 prática de crime previsto nesta :ei.*

ssa 6 a c:amada reabilita*+o ci'il^

<e o 3ui; da 'ara criminal &ue condenou o (alido por crime (alimentar, e colocar 

a inabilita*+o como e(eito da senten*a penal, epressamenteV al6m da reabilita*+o ci'il,

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ele ir? precisar da reabilita*+o penal, &ue se dar? no 3u;o em &ue se deu a condena*+oart. 9% 7M-.

"rienta*+o &ue pre'alece para &ue :a3a a reabilita*+o, tem &ue pagar o credor tribut?rio, de acordo com a 3urisprud)ncia isso, independente do lapso temporal

decorrido.

Per art. 18$ 7BC

“Art. 8=. ? cr6dito tri'utário pre&ere a qualquer outro, sejaqual &or sua naturea ou o tempo de sua constituição,ressalvados os cr6ditos decorrentes da legislação do tra'alhoou do acidente de tra'alho. !Kedação dada pela :cp nG 8, de//;"

 Parágra&o 9nico. a &al-ncia# !$nclu(do pela :cp nG 8, de//;"

 $ % o cr6dito tri'utário não pre&ere aos cr6ditos extraconcursaisou 1s importBncias pass(veis de restituição, nos termos da lei

 &alimentar, nem aos cr6ditos com garantia real, no limite dovalor do 'em gravado) !$nclu(do pela :cp nG 8, de //;"

 $$ % a lei poderá esta'elecer limites e condiç>es para a pre&er-ncia dos cr6ditos decorrentes da legislação do tra'alho)

e !$nclu(do pela :cp nG 8, de //;" $$$ % a multa tri'utária pre&ere apenas aos cr6ditos su'ordinados. !$nclu(do pela :cp nG 8, de //;"*

<= n+o precisa pagar o cr6dito tribut?rio, se 3? ti'er ocorrido a prescri*+o, ou&uando o cr6dito tribut?rio n+o puder ser eecutado por algum moti'o.

senten*a &ue decreta a (al)ncia acarreta a etin*+o da personalidade 3urdicada sociedade empres?ria (alidaA Mode ela 'oltar a eercer ati'idade empresarialA

7ampin:o uma 'e; encerrada a (al)ncia, o 3ui; de'e comunicar D Junta7omercial para &ue se3a dada a baia perda da personalidade 3urdica n+o pode ser reabilitada.

Ol:Ua e pro( e <BJ e BJ<M o mero encerramento da (al)ncia n+o acarreta aetin*+o da personalidade 3urdica L a pr=pria sociedade empres?ria pode postular a suareabilita*+o com base no artigo 158 e 'oltar a eercer ati'idade empresarial.

Rsp 88!802 <BJ

Muem possui legitimidade para postular a rea'ilitaçãoI mpres?rio indi'idual

e s=cio de responsabilidade ilimitada, e contro'ertidamente a pr=pria sociedadeempres?ria.

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7 5550%8.%/$L00 BJ<M

Casos Concretos I e II

SCIEAE CM-<E FCI) )tda. teve a s(a 5alência decretada porimpont(alidade. AntLnio? no pra*o leal? Ba;ilito( se( crdito? @(ntando o tt(lo!cBe7(e' no oriinal? tendo? porm? inde5erida s(a Ba;ilita+ão so; a alea+ão denão ter comprovado a oriem de se( crdito? re7(isito essencial do pedido deBa;ilita+ão. Correta a decisão: Analise a 7(estão so; todos os aspectos.

#e (ato, os B7 go;am de autonomia, literalidade, circularidade. Co entanto, oR<M 5%!/2002 e 2218!5/#, 18995/<M o <BJ, interpretando a &uest+o, di; &ue de'esim demonstrar a origem. demais, o art. 9, 44 da eige a demonstra*+o da origem

do cr6dito. X? muita (raude en'ol'endo (al)ncia, ent+o, a lei eige isso.P admissvel a Ba;ilita+ão de crdito? na 5alência? representado por d(plicatasprotestadas sem aceite e sem o comprovante da entrea das mercadorias:

Mara :abilitar na (al)ncia, basta &ue o ttulo se3a l&uido, ainda &ue n+o se3a eecuti'o. Co caso, 6 necess?rio lembrar &ue a :abilita*+o 6 um procedimento constante de tr)s(ases apresenta*+o, 'eri(ica*+o e 3ulgamento. #essa (orma, :abilitar seria em tese

 poss'el, mas pro'a'elmente seria 3ulgado improcedente pois a aus)ncia dedemonstra*+o da origem art. 9 44 da -. <omente se :? aceite ou, n+o :a'endo, &ue

:a3a protesto e pro'a da entrega da mercadoria.ecretada a 5alência de sociedade limitada? o @(i* a(tori*o( a contin(a+ãoprovisDria da atividade do 5alido. Ao Bomoloar o 7(adro eral de credores?admiti( a incl(são do crdito de Carlos? empreado da sociedade 5alida? mantidoapDs a 7(e;ra? no valor de tre*entos salrios mnimos. representante doMinistrio -4;ico pleiteo( a nova classi5ica+ão do crdito tra;alBista? so; o5(ndamento de 7(e a limita+ão imposta pelo art. ,?I da )ei de Falências? admitecomo 7(irora5rio o crdito tra;alBista 7(e e>ceder ao limite de cento ecin7(enta salrios mnimos. pedido 5oi inde5erido pelo @(i*. acolBimento do

crdito no valor apontado tem 5(ndamento leal:

<esposta @(sti5icada.

" dispositi'o se re(ere ao cr6dito trabal:ista anterior D &uebra. " caso em tela trata decr6dito trabal:ista posterior. 7orreta a decis+o do magistrado.

iscorra o candidato so;re os modos de e>tin+ão das o;ria+Jes do 5alido.

rtigo 158 modalidades de etin*+o das obriga*Qes do (alido !i'  pagamentointegral dos credores pede a reabilita*+o, &ue ser? dada por senten*aV !ii' pagamento

 parcial dos credores paga at6 mais da metade dos &uirogra(?riosV !iii' 5 anos ap=s o

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Rio de Janeiro, 20/08/2012

TEMAS 1, e 1%

I. Sistema Financeiro Hacional

1. QistDrico e Conceito do SFH

<empre &ue se (ala em <C pensaLse em banco. Nas n+o 6 so isso. " <C 6 umcon3unto, e n+o somente =rg+os isolados. I mais &ue bancos.

7"C74B" " <C 6 con3unto de =rg+os &ue atuam estabelecendo polticas

monet?rias utili;a*+o da moeda- e (ormas de concess+o de cr6dito tanto para a(e;eres p>blicos &uanto pri'ados-. X? compet)ncias entre esses =rg+os.

 Cem sempre o Wrasil te'e esse <C. " Wrasil 7olUnia tin:a economiarudimentar, e por isso n+o :a'ia <C nacional, mas sim o de Mortugal, como metr=pole.penas com a corte portuguesa 'indo para o Wrasil 'eio 6 &ue surgiu o <C brasileiro. corte (ugiu de Capole+o e precisa'a de lugar para guardar ri&ue;as no Wrasil. <urgeassim o primeiro Wanco do Wrasil.

sse Wanco do Wrasil tin:a ra;+o de ser na guarda e (iel dep=sito das ri&ue;as da

metr=pole no Wrasil. ra mero deposit?rio da coroa portuguesa. Euando a corte retornoua Mortugal, o Wanco do Wrasil (ec:ou por perder sua (un*+o.

7om a independ)ncia do Wrasil, inaugurouLse um no'o Wanco do Wrasil,reali;ando n+o s= dep=sitos, mas tamb6m concess+o de empr6stimos aos nati'os

 brasileiros. Nas ainda tin:a estrutura rudimentar 18%5-. Bin:a apenas uma ag)ncia.Nas era muito importante pela dupla (un*+o &ue desempen:a'a. #a surge anecessidade de regulamentar esse =rg+o, &ue era guardi+o da moeda do stado e &uetamb6m poderia conceder empr6stimos para os :abitantes.

 Co s6culo 4 come*am a surgir '?rios bancos locais e regionais, &ue poderiamconceder empr6stimos para demandas espec(icas. 7ome*a a multiplicar o n>mero deagencias. lguns estados come*am a ter seus bancos.

m 19$%, criaLse a lei %.595/$% &ue inaugura no'a (ase, a do <C, uma das primeiras regulamenta*Qes da mat6ria no Wrasil. 7om ela 'em a poltica monet?ria eempr6stimos. lei 'ige at6 os dias de :o3e.

7riticaLse a lei pois a doutrina entende ser uma lei arcaica, mas tem atendido otema.

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2. Caractersticas

2.1 Regulamenta*+o

" <C n+o (oi (ormado por tradi*+o, mas sim por maneira normati'a e

 positi'ada. lei 'em di;endo o &ue esse <istema 6 e o &ue de'e (a;er. " <C n+o 6esparso e tratado em '?rias leis. X?, na 'erdade, um sistema na lei %.595/$%. ssa lei (oirecepcionada pela 7RW como 7. " art. 192 da 7RW estabelece &ue aregulamenta*+o do <C de'e ser por ei 7omplementar. " problema 6 &ue em 19$% 3?:a'ia norma tratando o assunto. Mor isso, entendeLse &ue o sil)ncio legislati'o importouna recep*+o da ei %.595/$% como 7.

2.2 7osmopolitismo

I uma caracterstica comum com o direito empresarial. s normas tendem a ser 

uni(ormes em &ual&uer lugar do mundo, para (ins de (acilita*+o do com6rciointernacional. <+o inspiradas em normas de direito internacional. direito empresarialitalianoV direito (alimentar portugu)s e americano. pesar de a lei do <C ser de 19$%,ela tende a copiar as normas &ue 3? se tem no eterior. 4sso cria uma seguran*ainternacional, (acilitando as transa*Qes banc?rias e de cFmbio. <eria muito pre3udicial oWrasil ter normas locais &ue (ossem dspares do direito eterno.

2.! #irigismo

" banco n+o pode atender apenas a interesses pri'ados. (un*+o &ue os =rg+os

do <C de'em atender Ds demandas da coleti'idade. como o stado 6 &uem ;ela pelos interesses coleti'os, tamb6m adota uma postura dirigista para e'itar &ue os =rg+osintegrantes do <C des'iemLse dessa premissa constitucional. #a o stado in(luenciar nas polticas (inanceiras e monet?rias, Ds &uais os =rg+os do <C de'em acatar. Mor isso&ue, &uando um banco &uebra todo o stado 6 abalado. Co topo do <C est? o stado."s agentes (inanceiros s+o bra*os operadores do stado. <e um &uebra, na ponta, 6

 parte do stado (al:ando na operacionali;a*+o do <C.

2.% <igilo Wanc?rio

&uele &ue det6m os dados de uma pessoa n+o pode acessar o saldo banc?rio. I&ue as opera*Qes do <C incluindo as opera*Qes banc?rias- s+o sigilosas, (icandoadstrita ao correntista e a institui*+o (inanceira. C+o 6 sistema p>blico, mas pri'ado. srela*Qes s+o entre as institui*Qes e os correntistas. " sigilo banc?rio est? na 7 105/01&ue 6 a regra. Co entanto, :? ece*Qes ao sigilo con:ecidas como :ip=teses de &uebrade sigilo banc?rio-

i. re&uerimento (eito pelo NM, desde &ue o NM pro'e &ue esse re&uerimento (a; parte deinstru*+o &ue l:e caiba a*+o penal, in&uerito policial, etc.-

ii. ordem 3udicial pode inclusi'e ser de o(cio pelo magistrado.

iii. 7omiss+o Marlamentar de 4n&u6rito 7M4-V

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i'. Mrocesso administrati'o tribut?rio o isco 6 credor pri'ilegiado na lei.

,. Estr(t(ra

!.1 C'eis do <istema inanceiro Cacional

istem tr)s n'eis 1, 2 e !-. s entidades do n'el 1 s+o as &ue tem mais poder dentro da estrutura do <C. "s integrantes do <C est+o enumerados no art. 1 da ei%.595/$%

“Art. G ? sistema Einanceiro acional, estruturado e regulado pela presente :ei, será constitu(do#

 $ 0 do 5onselho Qonetário acional)

 $$ 0 do Hanco 5entral do Hrasil) !Kedação dada pelo Del nG 

<8, de 8X/X=<"

 $$$ 0 do Hanco do Hrasil . A.)

 $F 0 do Hanco acional do Desenvolvimento CconJmico)

F 0 das demais instituiç>es &inanceiras p9'licas e privadas.*

Pe3amos &uadro es&uem?tico sobre o tema

7.. Primeiro (vel 

" primeiro n'el est? no topo da escala :ier?r&uica e tem poder para normati;ar,estabelecendo polticas e diretri;es, o modo &ue os &ue t+o abaio de'e operar.

" =rg+o &ue est? no topo da :ier?r&uica 6 o 7NC 7onsel:o Nonet?rio Cacional-. ei %.595/$% tra; em seu art. 2 a pre'is+o

“Art. G Eica extinto o 5onselho da atual uperintend-ncia da

 Qoeda e do 5r6dito, e criado em su'stituição, o 5onselho Qonetário acional, com a &inalidade de &ormular a pol(tica da

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moeda e do cr6dito como previsto nesta lei, o'jetivando o progresso econJmico e social do Pa(s.*

" art. ! da ei %.595 tra; os ob3eti'os do 7NC. ssa disposi*+o 6 muito maisinstitucional do &ue pr?tica, ou se3a, ser'e mais para di;er o &ue 6 o 7NC como

institui*+o do &ue para regular casos concretos. #e(ine a emiss+o de moeda e aconcess+o de empr6stimos

“Art. 7G A pol(tica do 5onselho Qonetário acional o'jetivará#

 $ 0 Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reaisnecessidades da economia nacional e seu processo dedesenvolvimento)

 $$ 0 Kegular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou

corrigindo os surtos in&lacionários ou de&lacionários de origeminterna ou externa, as depress>es econJmicas e outrosdesequil('rios oriundos de &enJmenos conjunturais)

 $$$ 0 Kegular o valor externo da moeda e o equil('rio no'alanço de pagamento do Pa(s, tendo em vista a melhor utiliação dos recursos em moeda estrangeira)

 $F 0 ?rientar a aplicação dos recursos das instituiç>es &inanceiras, quer p9'licas, quer privadas) tendo em vista

 propiciar, nas di&erentes regi>es do Pa(s, condiç>es &avoráveisao desenvolvimento harmJnico da economia nacional)

F 0 Propiciar o aper&eiçoamento das instituiç>es e dosinstrumentos &inanceiros, com vistas 1 maior e&ici-ncia do

 sistema de pagamentos e de mo'iliação de recursos)

F$ 0 [elar pela liquide e solv-ncia das instituiç>es &inanceiras)

F$$ 0 5oordenar as pol(ticas monetária, credit(cia,orçamentária, &iscal e da d(vida p9'lica, interna e externa.*

l6m do 7NC, :? =rg+os em mesma posi*+o :ier?r&uica, mas com (un*Qesdistintas, de(inindo polticas, diretri;es. I o caso do 7C<M 7onsel:o Cacional de<eguros Mri'ados-, &ue ser'e para de(inir as lin:as de concess+o de seguros pri'ados.

X? tamb6m o 7\M7 7onsel:o de \est+o de Mre'id)ncia 7omplementar- e,e'identemente, tem compet)ncia normati'a para utili;a*+o da pre'id)nciacomplementar.

"utro =rg+o 6 o 7"M"N 7onsel:o de Moltica Nonet?ria-. oi criado em 199$

 para ser um =rg+o auiliar ao 7NC. <ua importFncia cresceu de taman:o e passou a ser 

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um =rg+o independente. " 7"M"N de(ine a taa de 3uros da moeda, 6 o principalcentro ner'oso da in(la*+o no pas.

7.. egundo (vel 

#e'em obedi)ncia ao n'el 1, assim, n+o podem ser =rg+os normati;antes. "s=rg+os do n'el 2 s+o super'isores, tem patrimUnio pr=prio, alguns s+o autar&uias<O<M, 7PN e W7C-. " W7C tem como (un*+o super'isionar institui*Qes(inanceiras 6 uma autar&uia e tem patrimUnio pr=prio-.

“? Hanco 5entral 'usca executar as normas do 5Q e estacompete a aquele a &unção de supervisionar a &iscaliação de

 suas normas. Cstá prevista na :ei 4.;+;X=4 a partir do art. +G#

 Art. +G 5ompete ao Hanco 5entral da Kep9'lica do Hrasil 

cumprir e &aer cumprir as disposiç>es que lhe são atri'u(das pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo 5onselho Qonetário acional.*

" art. 12 da ei tamb6m (ala do W7C. sse artigo a(irma &ue o W7Coperar? eclusi'amente com institui*Qes p>blicas ou pri'adas, 'edadas opera*Qes

 banc?rias com outras pessoas de direito p>blico e/ou pri'ado. ssim, n+o t)m acesso aele as entidades pri'adas &ue n+o se3am institui*Qes (inanceiras. " W7C, portanto,n+o tem responsabilidade ob3eti'a para com terceiros &ue com ele n+o podem serelacionar. responsabilidade ser?, portanto, sub3eti'a

“Art. . ? Hanco 5entral da Kep9'lica do Hrasil operaráexclusivamente com instituiç>es &inanceiras p9'licas e

 privadas, vedadas operaç>es 'ancárias de qualquer natureacom outras pessoas de direito p9'lico ou privado, salvo asexpressamente autoriadas por lei.*

7PN 7omiss+o de Palores Nobili?rios- integra o sistema (inanceiro nacionale tamb6m tem (un*+o de (iscali;a*+o. mbora tamb6m ten:a compet)ncia normati'a,n+o est? no n'el 1, tendo em 'ista &ue est? subordinada ao 7NC. ei $.!85/% tra;

todas as compet)ncias da 7PN.

<O<M <uperintend)ncia dos <eguros Mri'ados-, &ue 6 subordinada ao 7C<M,(iscali;a as sociedades seguradoras. s seguradoras podem so(rer inter'en*+o muito

 parecida com a das institui*Qes (inanceiras, a di(eren*a 6 &ue nestas inter')m oW7C, na&uelas inter')m a <O<M.

Bemos tamb6m a <ecretaria de Mre'id)ncia 7omplementar <M7-, subordinada D7\M7, &ue tem por ob3eto (iscali;ar a Mre'id)ncia 7omplementar.

7..7 @erceiro (vel 

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Bemos a&ui os =rg+os eecutores, &ue obedecem Ds diretri;es &ue est+o no n'el1 e s+o (iscali;ados pelas entidades do n'el 2.

Mensando, por eemplo, na 7PN, a (iscali;a*+o recai sobre o seu =rg+oeecutor, &ue 6 a Wolsa de Palores, Nercadorias e uturos W"P<M-. eecu*+o 6

no sentido de poder estabelecer um mercado de 'alores mobili?rios.

"utro bra*o do sistema (inanceiro no n'el ! s+o as sociedades seguradoras, &ues+o constitudas por (orma tpica de < e de'em obedi)ncia D <O<M e segue as asdiretri;es do 7C<M.

s entidades de pre'id)ncia complementar tamb6m est+o no n'el !. "s bancoscomerciai, :o3e em dia, tamb6m o(erecem pre'id)ncia complementar, moti'o pelo &uals+o (iscali;ados, nesse Fmbito, pela <M7 e seguem diretri;es do 7\M7.

s institui*Qes (inanceiras est+o no n'el ! e subordinadas ao Wanco 7entral e7NC. Pe3amos o conceitos de institui*+o (inanceira art. 1 da ei %.595/$%-

“Art. <. 5onsideram0se instituiç>es &inanceiras, para os e&eitosda legislação em vigor, as pessoas jur(dicas p9'licas ou

 privadas, que tenham como atividade principal ou acess2ria acoleta, intermediação ou aplicação de recursos &inanceiros

 pr2prios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e acust2dia de valor de propriedade de terceiros.

 Parágra&o 9nico. Para os e&eitos desta lei e da legislação emvigor, equiparam0se 1s instituiç>es &inanceiras as pessoas &(sicas que exerçam qualquer das atividades re&eridas nesteartigo, de &orma permanente ou eventual.*

Mara &ue as institui*Qes (inanceiras (uncionem :? necessidade de autori;a*+o doW7C, como bem pontua o art. 18 da ei %.595/$%. I assim 3ustamente por&ue oW7C 6 respons?'el por (iscali;?Llas. "s re&uisitos para o (uncionamento s+o (eitos

 pela 7NC

“Art. 8. As instituiç>es &inanceiras somente poderão &uncionar no Pa(s mediante pr6via autoriação do Hanco5entral da Kep9'lica do Hrasil ou decreto do Poder 

 Cxecutivo, quando &orem estrangeiras.*

7abe ao 7#, concorrentemente com o W7C, (iscali;ar a incorpora*+o deinstitui*Qes (inanceiras. " 7#, entretanto, n+o (a; parte do <C. lguns a(irmam&ue essa seria uma atribui*+o eclusi'a do W7C.

s institui*Qes (inanceiras se di'idem em p>blicas e pri'adas.

s institui*Qes (inanceiras !i' p4;licas est+o pre'istas no art. 22 da ei %.595. lei a(irma &ue s+o =rg+os auiliares na eecu*+o da poltica monet?ria nacional. 7aia

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conUmica ederal tem (un*+o de conceder di'ersas lin:as especiais de cr6dito,distintas do &ue concedem os bancos pri'ados. Bemos tamb6m o WC#< Wanco

 Cacional do #esen'ol'imento <ocial-. Co WC#< n+o eiste conta corrente, ele temapenas lin:as de cr6dito, ser'e apenas para conceder empr6stimos por &uestQes

 polticas acaba atraindo mais empres?rios

“Art. . As instituiç>es &inanceiras p9'licas são 2rgãosauxiliares da execução da pol(tica de cr6dito do Soverno

 Eederal.

 3 G ? 5onselho Qonetário acional regulará as atividades,capacidade e modalidade operacionais das instituiç>es

 &inanceiras p9'licas &ederais, que deverão su'meter 1aprovação daquele 2rgão, com a prioridade por ele prescrita,

 seus programas de recursos e aplicaç>es, de &orma que seajustem 1 pol(tica de cr6dito do Soverno Eederal.

 3 G A escolha dos Diretores ou Administradores dasinstituiç>es &inanceiras p9'licas &ederais e a nomeação dosrespectivos Presidentes e designação dos su'stitutos o'servarãoo disposto no art. , parágra&os G e G, desta lei.

 3 7G A atuação das instituiç>es &inanceiras p9'licas serácoordenada nos termos do art. 4G desta lei.*

s institui*Qes (inanceiras !ii' privadas  s+o disciplinadas pelo art. 25 da ei%.595/$%. lei c:ega a a(irmar &ue as a*Qes com direito a 'oto t)m &ue ser nominati'as,mas :o3e isso n+o 6 pri'il6gio das institui*Qes (inanceiras, todas as a*Qes de &ual&uer compan:ia de'em ser nominati'as. " art. 2$ a(irma &ue o capital inicial das institui*Qes(inanceiras p>blicas e pri'adas ser? (eita com moeda corrente, nunca com bens. J? o art.2 determina &ue pelo menos 50G do capital t)m &ue estar integrali;ado no ato daconstitui*+o

“Art. ;. As instituiç>es &inanceiras privadas, exceto ascooperativas de cr6dito, constituir0se0ão unicamente so' a

 &orma de sociedade anJnima, devendo a totalidade de seucapital com direito a voto ser representada por aç>esnominativas. !Kedação dada pela :ei nG ;.</, de /<X/X<"

 3 G ?'servadas as normas &ixadas pelo 5onselho Qonetário acional as instituiç>es a que se re&ere este artigo poderãoemitir at6 o limite de ;/Y de seu capital social em aç>es

 pre&erenciais, nas &ormas nominativas, e ao portador, semdireito a voto, 1s quais não se aplicará o disposto no parágra&o9nico do art. 8 do Decreto0lei nG .=<, de = de setem'ro de+4/. !$nclu(do pela :ei nG ;.</, de /<X/X<"

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nas condiç>es que &orem esta'elecidas, em caráter geral, pelo5onselho Qonetário acional.*

" art. !1 di; &ue as institui*Qes (inanceiras de'em apresentar contas nos dias !0de 3un:o e !1 de de;embro de cada ano, na (orma do estipulado pelo 7NC

“Art. 7. As instituiç>es &inanceiras levantarão 'alanços geraisa 7/ de junho e 7 de deem'ro de cada ano, o'rigatoriamente,com o'servBncia das regras contá'eis esta'elecidas pelo5onselho Qonetário acional.*

" art. !2 di; &ue as institui*Qes (inanceiras p>blicas de'er+o in(ormar a elei*+ode diretores em 15 dias essa norma tamb6m 6 obser'ada nas institui*Qes (inanceiras

 pri'adas, tendo em 'ista regula*+o da 7NC

“Art. 7. As instituiç>es &inanceiras p9'licas deverãocomunicar ao Hanco 5entral da Kep9'lica do Hrasil anomeação ou a eleição de diretores e mem'ros de 2rgãosconsultivos, &iscais e semelhantes, no prao de ; dias da datade sua ocorr-ncia.*

"W<. " Wanco do Wrasil 6 mais do &ue uma institui*+o (inanceira p>blica, 6tamb6m uma sociedade de economia mista com a*Qes circulando no mercado. " art. 19,44, da ei %.595 (ala das compet)ncias do Wanco do Wrasil, &ue al6m de ser umainstitui*+o (inanceira como outra &ual&uer, tem compet)ncia eclusi'a para

determinados dep=sitos (eitos em din:eiro de interesse do go'erno (ederal

“Art. +. Ao Hanco do Hrasil . A. competirá precipuamente, so' a supervisão do 5onselho Qonetário acional e comoinstrumento de execução da pol(tica credit(cia e &inanceira doSoverno Eederal#

!..."

 $$ 0 como principal executor dos serviços 'ancários de interessedo Soverno Eederal, inclusive suas autarquias, rece'er emdep2sito, com exclusividade, as disponi'ilidades de quaisquer entidades &ederais, compreendendo as repartiç>es de todos osminist6rios civis e militares, instituiç>es de previd-ncia e outrasautarquias, comiss>es, departamentos, entidades em regimeespecial de administração e quaisquer pessoas &(sicas ou

 jur(dicas responsáveis por adiantamentos, ressalvados odisposto no 3 ;G deste artigo, as exceç>es previstas em lei oucasos especiais, expressamente autoriados pelo 5onselho

 Qonetário acional, por proposta do Hanco 5entral da

 Kep9'lica do Hrasil)*

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5ooperativa de cr6dito 6 instituição &inanceiraI <im, 3ustamente por causa doart. ! da ei %.595.

II. <AET e Interven+ão

1. Art. 29 da )ei 11.101$0&

Pe3amos o teor do art. 2 da ei 11.101/05

“Art. o Csta :ei não se aplica a#

 $ % empresa p9'lica e sociedade de economia mista)

 $$ % instituição &inanceira p9'lica ou privada, cooperativa decr6dito, cons2rcio, entidade de previd-ncia complementar,

 sociedade operadora de plano de assist-ncia 1 sa9de, sociedade

 seguradora, sociedade de capitaliação e outras entidadeslegalmente equiparadas 1s anteriores.*

:ip=tese do inciso 6 de inaplicabilidade absoluta, ou se3a, em nen:uma:ip=tese as sociedades de economia mista e a empresa p>blica poder+o (alir ou re&uerer (al)ncia.

" inciso 44 parece ecluir a 7ooperati'a de 7r6dito e as 4nstitui*Qes inanceirasdo regime de (al)ncia. ntretanto, o art. 19 tra; as seguintes disposi*+o

“Art. +<. Cnquanto não &orem aprovadas as respectivas leisespec(&icas, esta :ei aplica0se su'sidiariamente, no que cou'er,aos regimes previstos no Decreto0:ei no <7, de de novem'rode +==, na :ei no =./4, de 7 de março de +<4, no Decreto0

 :ei no .7, de ; de &evereiro de +8<, e na :ei no +.;4, de/ de novem'ro de ++<.*

ei $.02%/% 6 a &ue trata das institui*Qes (inanceiras e cooperati'as decr6dito. ssim, a :ip=tese n+o 6 de inaplicabilidade absoluta, mas sim deinaplicabilidade relati'a a ei de al)ncias 6 aplica subsidiariamente, portanto. "

Wanco <antos, por eemplo, (aliu.

2. Sistema Especial

nalisando o art. 2 da 'imos &ue, primeiramente, as institui*Qes (inanceirasest+o ecludas da (al)ncia, entretanto, eaminando o art. 19 'imos &ue :? re(er)ncia Daplica*+o subsidi?ria. I importante analisar agora a ei $.02%/%.

ei $.02%/% n+o tem sido atuali;ada, o &ue cria algumas di(iculdadesinterpretati'as. #isciplina os sistemas legais aplic?'eis para as institui*Qes (inanceirasem crise. institui*+o em crise pode so(rer inter'en*+o ou li&uida*+o etra3udicial.

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li&uida*+o etra3udicial n+o 6 a mesma coisa &ue (al)ncia, 3ustamente por&ue a (al)ncia6 ato 3udicial.

m 198, por meio de um decreto, o legislati'o apontou outro sistema &ue ainstitui*+o (inanceira poderia so(rer, o RB. " Regime de dministra*+o special

Bempor?ria (oi regulamentado pelo #ecreto 2.!21/8. sse regime re'ogou os regimesanterioresA ntendeLse &ue n+o, 3ustamente por&ue o pr=prio RB (a; re(er)ncia aosdispositi'os legais da inter'en*+o e li&uida*+o etra3udicial.

Xo3e, portanto, temos tr)s sistemas para institui*Qes (inanceiras em crise RB,inter'en*+o ou li&uida*+o etra3udicial.

<e 6 necess?rio ade&uarLse a um dos sistemas acima enumerados, n+o pode oWanco ir a 3u;o pedir (al)ncia diretamente, tamb6m n+o pode o correntista credor. "W7C, por outro lado, 6 competente para decidir por um dos tr)s sistemas.

 ,. <AET

!.1 7onceito

" RB 6 a (orma mais branda de inter'en*+o na administra*+o banc?ria.Justamente por isso o nome 6 de regime de administra*+o especial tempor?riaK, dandoa conota*+o de &ue a crise n+o 6 t+o gra'e.

Om doutrinador sustenta &ue o RB teria substitudo a inter'en*+o C<"CWRT"-, posi*+o minorit?ria, a posi*+o dominante 6 no sentido de &ue s+o tr)ssistemas.

!.2 7abimento

st? no #ecreto 2.!21/8, art. 1

“Art. \ ? Hanco 5entral do Hrasil poderá decretar regime deadministração especial temporária, na &orma regulada por estedecreto0lei, nas instituiç>es &inanceiras privadas e p9'licas não

 &ederais, autoriadas a &uncionar nos termos da :ei n\ 4.;+;, de7 de deem'ro de +=4, quando nelas veri&icar#

a" prática reiterada de operaç>es contrárias 1s diretries de pol(tica econJmica ou &inanceira traçadas em lei &ederal)

'" exist-ncia de passivo a desco'erto)

c" descumprimento das normas re&erentes 1 conta de Keservas Hancárias mantida no Hanco 5entral do Hrasil)

d" gestão temerária ou &raudulenta de seus administradores)

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e" ocorr-ncia de qualquer das situaç>es descritas no artigo G da :ei n\ =./4, de 7 de março de +<4.

 Parágra&o 9nico. A duração da administração especial &ixadano ato que a decretar, podendo ser prorrogada, se

a'solutamente necessário, por per(odo não superior ao primeiro.*

"corre &uando o Wanco 'em praticando reiteradamente atos contr?rios contr?riasDs normas legais e in(ralegais. Bamb6m &uando :? passi'o a descoberto semdestina*+o, sem eplica*+o. #escumprimento das contas de reser'a banc?ria todas asinstitui*Qes (inanceiras tem &ue ter reser'a, n+o ter 6 inadmiss'el da mesma (orma &ueas <-.

gest+o temer?ria ou (raudulenta tamb6m ense3a o RB  gestão fraudulenta

6 a&uela praticada por (raude e a temerária 6 a&uela arriscada. I o W7C, em tese,&ue 3ulgaK o &ue 6 gest+o temer?ria ou (raudulenta. I poss'el &uestionar essa

 possibilidade, mas, na pr?tica, 6 assim &ue se opera.

l6m dessas causas, elencaLse as causas do art. 2 da ei $.02%/% esse 6inclusi'e um argumento para se a(irmar &ue n+o (oram re'ogados os regimes da ei

“Art. G Ear0se0á a intervenção quando se veri&icarem as seguintes anormalidades nos neg2cios sociais da instituição#

 $ 0 a entidade so&rer preju(o, decorrente da má administração,que sujeite a riscos os seus credores)

 $$ 0 &orem veri&icadas reiteradas in&raç>es a dispositivos dalegislação 'ancária não regulariadas ap2s as determinaç>esdo Hanco 5entral do Hrasil, no uso das suas atri'uiç>es de

 &iscaliação)

 $$$ 0 na hip2tese de ocorrer qualquer dos &atos mencionados nosartigos G e G, do Decreto0lei nG <.==, de de junho de +4;!lei de &al-ncias", houver possi'ilidade de evitar0se, aliquidação extrajudicial.*

" inciso 444 (a; re(er)ncia ao antigo dispositi'o normati'o &ue trata'a das(al)ncias. Xo3e o dispositi'o normati'o 6 a ei 11.101/05. " inciso 444 (a; re(er)ncia aosatos de (al)ncia.

!.! #ura*+o

" pra;o de dura*+o est? no par?gra(o >nico no art. 1 do #ecreto 2.!21/8 6determinado pelo W7C no ato &ue determina o Regime de dministra*+o special

Bempor?ria pode ser &ual&uer tempo-, mas s= pode ser prorrogado por perodo igual ouin(erior.

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!.% (eitos

" art. 2 do #ecreto 2.!21/8 a(irma &ue a decreta*+o do RB n+o a(eta ocurso regular e o normal (uncionamento um dos e(eitos 6 3ustamente n+o suspender asobriga*Qes do banco, 6 poss'el tamb6m depositar e retirar din:eiro da sua conta-

“Art. \ A decretação da administração especial temporárianão a&etará o curso regular dos neg2cios da entidade nem seunormal &uncionamento e produirá, de imediato, a perda domandato dos administradores e mem'ros do 5onselho Eiscal dainstituição.*

segunda parte do art. 2 do #ecreto 2.!21/8 a(irma &ue ser+o destitudos docargo os administradores e diretores n+o 6 :ip=tese de substitui*+o, mas sim de perdados cargos.

<ubstituem os administradores um consel:o diretor =rg+o colegiado- nomeado pelo W7C, com plenos poderes de gest+o, constitudo por tantos membros &uanto 3ulgar necess?rio art. ! do #ecreto 2.!21/8-. C+o :? um m?imo, apenas um mnimo,de dois diretores, tendo em 'ista &ue o =rg+o 6 colegiado

“Art. 7\ A administração especial temporária será executada por um conselho diretor, nomeado pelo Hanco 5entral do Hrasil, com plenos poderes de gestão, constitu(do de tantosmem'ros quantos julgados necessários para a condução dos

neg2cios sociais.

\ Ao conselho diretor competirá, com exclusividade, aconvocação da assem'l6ia geral.

G ?s mem'ros do conselho diretor poderão ser destitu(dos aqualquer tempo pelo Hanco 5entral do Hrasil.

7G Dependerão de pr6via e expressa autoriação do Hanco5entral do Hrasil os atos que, não caracteriados como de

 gestão ordinária, impliquem disposição ou oneração do patrimJnio da sociedade.*

" consel:o diretor 6 tempor?rio, precisa apresentar um relat=rio ao W7Cdi;endo o &ue le'antou, o &ue apurou, e as medidas &ue ac:a cab'el para &ue o banco

 prossiga em suas ati'idades. " art. 5 do #ecreto 2.!21/8 di; as medidas &ue de'emser adotadas, remetendo aos artigos 9, 10 e 11 da ei $.02%/%

“Art. ;G Ao assumir suas &unç>es, incum'irá ao conselhodiretor#

a" eleger, dentre seus mem'ros, o Presidente)

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'" esta'elecer as atri'uiç>es e poderes de cada um de seusmem'ros, 'em como as mat6rias que serão o'jeto dedeli'eração colegiada) e

c" adotar as provid-ncias constantes dos artigos +\, / e da

 :ei n\ =./4, de 7 de março de +<4. “

" consel:o diretor de'e arrecadar todos os li'ros comerciais e bens da entidade."s eLadministradores de'er+o entregar ao consel:o diretor, dentro de cinco diascontados da posse, declara*+o assinada em con3unto por todos onde indicar+o nomenacionalidade, estado ci'il e endere*o dos membros do consel:o (iscal &ue esti'erameerccio nos >ltimos do;e meses.

4mportante comunicar os mandados &ue (oram outorgados inclusi'e escrit=riode ad'ocacia- epedidos durante a administra*+o.

4n'ent?rio dos bens m='eis e im='eis e a participa*+o &ue os administradoresten:am em outras entidades.

!.5 Nedidas

" art. 11 trata do relat=rio &ue de'e ser apresentado pelo consel:o diretor &uede'e indicar os bens, atos (raudulentos, atos danosos e a proposta 3usti(icada da ado*+ode medidas &ue l:e pare*am con'enientes para continuar o neg=cio da institui*+o(inanceira

“Art. . ] vista de relat2rio ou de proposta do conselho diretor,o Hanco 5entral do Hrasil poderá#

a" autoriar a trans&ormação, a incorporação, a &usão, a cisãoou a trans&er-ncia do controle acionário da instituição, em &acedas condiç>es de garantia apresentadas pelos interessados)

'" propor a desapropriação, por necessidade ou utilidade p9'lica ou por interesse social, das aç>es do capital social da $nstituição.

c" decretar a liquidação extrajudicial da instituição. !$nclu(da pelo Decreto :ei nG .7<, de +8<"*

" &ue se pode ser indicado pelo consel:o diretorA " art. 11 do #ecreto 2.!21/8a(irma &ue o W7C pode autori;ar a cis+o do banco, a (us+o e/ou incorpora*+o etrans(orma*+o. trans(orma*+o s= 6 poss'el entre < e 7ooperati'a de 7r6dito,

 3ustamente por&ue s+o as >nicas (ormas admitidas pela lei.

I poss'el propor a desapropria*+o por necessidade p>blica e/ou interesse social

das a*Qes.

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" W7C pode decretar a li&uida*+o etra3udicial, essa 6 a determina*+oepressa da lei. Pode ser decretada a &al-ncia de instituição &inanceira em KAC@I C+o,o art. 11 s= permite a li&uida*+o etra3udicial.

" RB n+o 6 muito utili;ado, pois &uando ocorre uma crise econUmica em

institui*+o (inanceira normalmente :? (raude.

%. Interven+ão

%.1 7abimento

I um sistema mais gra'oso &ue o RB. s :ip=teses de cabimento est+o no art.2 da ei $.02%/%

“Art. G Ear0se0á a intervenção quando se veri&icarem as seguintes anormalidades nos neg2cios sociais da instituição#

 $ 0 a entidade so&rer preju(o, decorrente da má administração,que sujeite a riscos os seus credores)

 $$ 0 &orem veri&icadas reiteradas in&raç>es a dispositivos dalegislação 'ancária não regulariadas ap2s as determinaç>esdo Hanco 5entral do Hrasil, no uso das suas atri'uiç>es de

 &iscaliação)

 $$$ 0 na hip2tese de ocorrer qualquer dos &atos mencionados nos

artigos G e G, do Decreto0lei nG <.==, de de junho de +4;!lei de &al-ncias", houver possi'ilidade de evitar0se, aliquidação extrajudicial.*

" rol do art. 2 6 muito parecido com o rol do art. 1 do RB na pr?tica,&uem distingue se 6 :ip=tese de RB ou inter'en*+o 6 o W7C.

%.2 #ura*+o

" pra;o de dura*+o 6 de $ meses, podendo ser prorrogado uma 'e; por igual perodo, assim, o pra;o m?imo 6 de 12 meses.

%.! 4nter'entor 

" W7C nomeia um inter'entor de sua m?ima con(ian*a n+o 6 =rg+ocolegiado como no RB.

%.% (eitos

"s e(eitos est+o listados no art. $ da ei $.02%/% a- suspens+o da eigibilidadedas obriga*Qes 'encidas assim, n+o 6 poss'el a3ui;ar demanda contra o &ue so(reinter'en*+oV b- suspens+o dos pra;os das obriga*Qes 'incendas s= :a'er? (lu)ncia do

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 pra;o no'amente &uando acabar a inter'en*+oV c- ineigibilidade dos dep=sitoseistentes na data de sua decreta*+o o din:eiro n+o pode ser sacado

“Art . =G A intervenção produirá, desde sua decretação, os seguintes e&eitos#

a" suspensão da exigi'ilidade das o'rigaç>es vencidas)

'" suspensão da &lu-ncia do prao das o'rigaç>es vincendasanteriormente contra(das)

c" inexigi'ilidade dos dep2sitos já existentes 1 data de suadecretação.*

" consel:o diretor de'e arrecadar todos os li'ros comerciais e bens da entidade."s eLadministradores de'er+o entregar ao consel:o diretor, dentro de cinco dias

contados da posse, declara*+o assinada em con3unto por todos onde indicar+o nomenacionalidade, estado ci'il e endere*o dos membros d consel:o (iscal &ue esti'erameerccio nos >ltimos do;e meses.

4mportante comunicar os mandados &ue (oram outorgados inclusi'e escrit=riode ad'ocacia- epedidos durante a administra*+o.

4n'ent?rio dos bens m='eis e im='eis e a participa*+o &ue os administradoresten:am em outras entidades.

%.5 Nedidas

'ista do relat=rio, poder? o W7C a- determinar o (im da inter'en*+o  nesse caso ir+o prosseguir os neg=cios do bancoV b- manter o banco sobre inter'en*+oVc- decretar a li&uida*+o etra3udicial da entidadeV d- autori;ar o inter'entor a re&uerer a(al)ncia da entidade &uando o ati'o n+o (or su(iciente para cobrir se&uer metade do'alor dos cr6ditos &uirogra(?rios.

&. i5eren+as entre <AET e Interven+ão

5.1 Banto o RB &uanto a inter'en*+o 'isam sanar de(ici)ncias econUmicas em

institui*+o (inanceira.

5.2 Co RB os administradores perdem os mandatos, en&uanto na inter'en*+o :?apenas suspens+o.

5.! " RB n+o gera e(eitos sobre as obriga*Qes do banco, en&uanto na inter'en*+o :?suspens+o das obriga*Qes 'encidas e 'incendas, bem como (icam blo&ueadas as contasdos correntistas.

5.% inter'en*+o 6 promo'ida pelo inter'entor, nomeado pelo W7C, 3? no RB :?

nomea*+o de colegiado, consel:o diretor.

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5.5 " RB permite a inter'en*+o estatal na institui*+o (inanceira, a inter'en*+o n+o, pois a lei $.02%/% n+o enumera essa possibilidade.

5.$ inter'en*+o tem pra;o legal determinado, 3? o RB tem pra;o estabelecido peloW7C, por meio de seu consel:o diretor.

5. #o RB n+o se pode ir D (al)ncia, mas da inter'en*+o sim.

Casos Concretos III e IV

As sociedades de 5omento mercantil têm nat(re*a de instit(i+ão 5inanceira: E asopera+Jes de desconto ;ancrio:

<espostas 5(ndamentadas.

s <ociedades de omento Nercantil (actoring- n+o se en&uandram no conceito do art.

1 da ei %.595/$% pois n+o captam, aplicam e custodiam 'alores, nem precisam deautori;a*+o do W7C. J? os descontos banc?rios est+o no conceito do art. 1.

Ministrio -4;lico Federal a@(i*o( a+ão civil p4;lica em 5ace do =anco Centraldo =rasil e de Alvarena Administradora de ConsDrcios )tda. com o 5im de8 a'determinar ao primeiro 7(e e5etive 5iscali*a+ão em todos os administradores deconsDrcios de vec(los 7(e operam no Estado de Santa Catarina e ;' condenar ase(nda e? s(;sidiariamente? o =anco Central do =rasil 3 m(lta de 10W so;re ovalor dos ;ens com entrea em atraso e a tomar providências no sentido daimediata satis5a+ão dos direitos dos contemplados.

Em contesta+ão? o =anco Central do =rasil invoco( a s(a ileitimidade passivapara responder por aleada ins(5iciência na 5iscali*a+ão relativamente ao perodoem 7(e a a(tar7(ia não tinBa tal poder? eis 7(e os artios "9 e 9 da )ei n9 &."#$"1atri;(am ao Ministrio da Fa*enda o poder de 5iscali*ar as administradoras deconsDrcios. Tal competência 5oi trans5erida ao =anco Central do =rasil apenas apartir de 19 de maio de 1KK1? pelo artio ,,? da )ei n9 .1""$K1.

A a+ão 5oi @(lada procedente e o =anco Central do =rasil apelo(. Tri;(nal de/(sti+a manteve a decisão monocrtica? acolBendo e incorporando ao acDrdão as

ra*Jes contidas no parecer do Ministrio -4;lico Federal como 5onte doconvencimento. Em sede de em;aros de declara+ão? o =anco Central aleaviola+ão ao art. &,& do C-C por não ter o Tri;(nal apreciado a alea+ão de 7(e aa(tar7(ia somente seria responsvel pela 5iscali*a+ão a partir de 19 de maio de1KK1? devido 3 competência 7(e lBe 5oi trans5erida pela )ei n9 .1""$1KK1.

evem ser providos os em;aros: Analise o caso em todos os aspectos..

responsabilidade e legitimidade do W7C 6 sempre como responsabilidadesub3eti'a por (or*a do art. 12 da lei %595/$%. #epende de pro'a de dolo ou culpa. Resp

552.2$2.

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MA<)EHE a@(i*o( a+ão de co;ran+a em 5ace do =AHC CEHT<A) =<ASI) e =AHC A-)I6E CE<T S$A. para pleitear o paamento re5erenteao e>p(ro in5lacionrio de s(a conta po(pan+a no mês de mar+o de 1KK0. primeiro r(? em contesta+ão? aleo( s(a ileitimidade passiva por não terdisponi;ilidade so;re os valores ;lo7(eados no perodo indicado pela a(tora nainicial. Tal alea+ão não 5oi conBecida pelo @(*o a 7(o. r( !=ACEH' aravo(da decisão. Tri;(nal manteve a decisão recorrida? so;re a 7(al 5oi interpostorec(rso especial. rec(rso especial teve o se( provimento neado por decisãomonocrtica do relator. Foi interposto aravo reimental para necessriamani5esta+ão do Coleiado so;re o tema. ecida a 7(estão 5(ndamentadamente?analisandoa so; todos os se(s aspectos relevantes.

" W7C n+o tem legitimidade art.12-.

ecorrido o pra*o do <eime de Administra+ão Especial Temporria pelaconsec(+ão de se( o;@etivo? têm os e>administradores da instit(i+ão 5inanceira odireito de post(lar a contin(a+ão de se(s mandatos:

<esposta @(sti5icada.

"s administradores s+o destitudos no RB art. 2 do #ecreto 2.!21/8-.

Rio de Janeiro, 22/08/2012

TEMAS 1& e 1#

I. )i7(ida+ão E>tra@(dicial de Instit(i+Jes Financeiras

1. Instit(i+Jes Financeiras

s institui*Qes (inanceiras s+o sociedades empres?rias anUnimas inseridos no

<istema inanceiro Cacional. <ua importFncia decorre da necessidade da estrutura*+oeconUmica do pas e do controle e (iscali;a*+o. regula*+o (eita pelo sistema (inanceirotem esse papel.

ati'idade econUmica 6 eminentemente pri'ada, aberta, em tese a todos. (iscali;a*+o eercida pelo sistema (inanceiro 6 sempre ecepcional, como todainter'en*+o na ati'idade pri'ada. " controle tem &ue (icar adstrito ao &ue pre') a lei,n+o :? muita margem de discricionariedade do <C 7NC e W7C-.

" RB, a inter'en*+o e a li&uida*+o etra3udicial est+o pre'istas na ei %.595,

a lei regulamenta esses procedimentos.

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" W7C tem atribui*Qes centrais no Fmbito do sistema (inanceiro.

BomaLse como parFmetro o art. 1 da ei %.595/$% para de(inir as institui*Qes(inanceiras

“Art. <. 5onsideram0se instituiç>es &inanceiras, para os e&eitosda legislação em vigor, as pessoas jur(dicas p9'licas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acess2ria acoleta, intermediação ou aplicação de recursos &inanceiros

 pr2prios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e acust2dia de valor de propriedade de terceiros.*

Nuito se discute sobre &uais s+o as caractersticas principais das institui*Qes(inanceiras. !i' 7<R P4PCB e 7RPX" # NC#"CS entendem &ue asinstitui*Qes (inanceiras tem como ati'idade primordial a intermedia*+o do cr6dito. !ii'

doutrina mais moderna RC NRB4C< e C<"C WRT" a ati'idade n+o 6 s= deintermedia*+o, mas tamb6m de mobili;a*+o e negocia*+o do cr6dito. " produto, oser'i*o &ue prestam, 6 o cr6dito.

ei .%92/8$ ei dos 7rimes de 7olarin:o Wranco- pre') em seu art. 1 umconceito de institui*+o (inanceira

“Art. G 5onsidera0se instituição &inanceira, para e&eito destalei, a pessoa jur(dica de direito p9'lico ou privado, que tenhacomo atividade principal ou acess2ria, cumulativamente ou

não, a captação, intermediação ou aplicação de recursos &inanceiros !Fetado" de terceiros, em moeda nacional ouestrangeira, ou a cust2dia, emissão, distri'uição, negociação,intermediação ou administração de valores mo'iliários.

 Parágra&o 9nico. Cquipara0se 1 instituição &inanceira#

 $ 0 a pessoa jur(dica que capte ou administre seguros, cBm'io,cons2rcio, capitaliação ou qualquer tipo de poupança, ourecursos de terceiros)

 $$ 0 a pessoa natural que exerça quaisquer das atividadesre&eridas neste artigo, ainda que de &orma eventual.*

I um conceito mais moderno &ue o da ei %.595/$%, mas tem uma sutile;a. "art. 1 (ala em capta*+o e intermedia*+o de recursos de terceiros, n+o (ala em recursos

 pr=prios di(erente do &ue ocorre na ei %.595/$%. Mara (ins penais, e'entual conduta praticada por institui*+o (inanceira &ue utili;e recursos pr=prios n+o poder? ser tipi(icada pela ei .%92/8$.

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"utra &uest+o rele'ante &ue costuma pro'ocar muitos erros 6 ac:ar &ue banco 6sinUnimo de institui*+o (inanceira, banco 6 esp6cie de institui*+o (inanceira. 7aiaseconUmicas e cooperati'as de cr6dito tamb6m s+o institui*Qes (inanceiras.

X? ainda uma outra lei &ue tra; um rol de pessoas &uali(icadas como institui*Qes

(inanceiras al6m da ei %.595/$%, a ei 7omplementar 105 lei do sigilo banc?rio-.4mportante obser'ar &ue algumas das (iguras ali elencadas n+o s+o institui*Qes(inanceiras na acep*+o empresarial, como as (aturi;adoras s+o institui*Qes (inanceirasapenas para os (ins da 7.

2. Aplica;ilidade

I poss'el aplicar o procedimento de li&uida*+o Ds sociedades empres?riascomunsA cepcionalmente 6 poss'el aplicarLse Ds sociedades empres?rias ditascomuns e Ds (unda*Qes, a li&uida*+o por integra*+o de ati'idade ou 'nculo de interesse

  :? etens+o da li&uida*+o das institui*Qes (inanceiras por esse moti'os, na (orma doart. 51 da ei $.02%/%

“Art . ;. 5om o o'jetivo de preservar os interesses da poupança popular e a integridade do acervo das entidades su'metidas a intervenção ou a liquidação extrajudicial o Hanco5entral do Hrasil poderá esta'elecer id-ntico regime para as

 pessoas jur(dicas que com elas tenham integração de atividadeou vinculo de interesse, &icando os seus administradores sujeitosaos preceitos desta :ei.

 Parágra&o 9nico. Feri&ica0se integração de atividade ou vinculode interesse, quando as pessoas jur(dicas re&eridas neste artigo,

 &orem devedoras da sociedade so' intervenção ou su'metidaliquidação extrajudicial, ou quando seus s2cios ou acionistas

 participarem do capital desta importBncia superior a /Y !de por cento" ou seja cJnjuges, ou parentes at6 o segundo grau,consangZ(neos ou a&ins, de seus diretores ou mem'ros dosconselhos, consultivo, administrativo, &iscal ou semelhantes.*

pr=pria lei busca de(inir o &ue 6 integra*+o de ati'idade ou 'nculo deinteresses, mas trata tudo como se (osse uma coisa s=.

!i' li7(ida+ão por vnc(lo de interesse 6 a&uele &ue ocorre &uando asociedade (or de'edora da sociedade (inanceira sobre inter'en*+o e/ou li&uida*+o, ou&uando no seu &uadro de s=cios :a3a cUn3uges ou 'nculo de parentesco de diretores dainstitui*+o (inanceira at6 o segundo grau. l6m disso, 6 necess?rio &ue :a3a umentrela*amento de neg=cios entre as pessoas 3urdicas a ponto de 'iolar a independ)ncia

 patrimonial.

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!ii' li7(ida+ão por intera+ão de atividade ocorre &uando :ou'er  participa*+o no capital social da institui*+o (inanceira superior a 10G L n+o precisa ser 'otante.

ssas situa*Qes n+o s+o incomuns. 4sso ocorreu com o Wanco Wamerindus, por 

eemplo duas sociedades empres?rias e uma (unda*+o (oram submetidas D li&uida*+oetra3udicial.

etens+o da li&uida*+o n+o 6 obrigat=ria, o W7C 6 &ue 'ai eaminar se :?risco para a poupan*a popular ou se :? risco D integridade do acer'o patrimonial dasentidades en'ol'idas.

"utras pessoas se submetem tamb6m ao regime de li&uida*+o da ei $.02%/%,como os planos de sa>de.

Wanco do Wrasil e 7aia conUmica ederal est+o ecludos do procedimento deinter'en*+o e li&uida*+o das institui*Qes (inanceiras art. 1 da ei $.02%/%-, 3ustamente por causa do interesse social

“Art . G As instituiç>es &inanceiras privadas e as p9'licas não &ederais, assim como as cooperativas de cr6dito, estão sujeitas,nos termos desta :ei, 1 intervenção ou 1 liquidaçãoextrajudicial, em am'os os casos e&etuada e decretada pelo

 Hanco 5entral do Hrasil, sem preju(o do disposto nos artigos7< e 78 do Decreto0lei nG .=<, de = de setem'ro de +4/,

ou 1 &al-ncia,, nos termos da legislação vigente.*

l6m disso, &uem decreta a inter'en*+o e a li&uida*+o 6 o W7C. WW e 7tamb6m s+o controlados pela Oni+o. ssim, se (osse permitida a inter'en*+o nesse casoa Oni+o estaria inter'indo na Oni+o. Xa'endo crise nas institui*Qes o &ue acontece 6,normalmente, o aporte de din:eiro p>blico para sal'?Llas.

,. Falência

#i;Lse &ue o princpio da conser'a*+o da empresa 6 aplic?'el somente Dsempresas 'i?'eis. Banto o regime de li&uida*+o etra3udicial como a (al)ncia ser'em

 para tirar da competi*+o as empresas in'i?'eis.

plicaLse o regime de (al)ncia Ds institui*Qes (inanceirasA ei 11.101/05a(irma &ue se aplica Ds sociedades empres?rias. Mor outro lado, as institui*Qes(inanceiras s+o obrigatoriamente sociedades anUnimas. Mor (im, o 77 a(irma &ue toda< 6 empres?ria.

Marece, portanto, &ue elas de'eria se submeter D (al)ncia. "corre &ue o art. 2a(asta o regime de (al)ncia as institui*Qes (inanceiras.

<+o tr)s correntes sobre o tema. !i' MO" B"#" e outros doutrinadoresa(irmam &ue, como regra, as institui*Qes (inanceiras n+o se submetem D (al)ncia, apenas

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D inter'en*+o, ao RB e a li&uida*+o etra3udicial, no entanto, n+o :? proibi*+o desubmiss+o D (al)ncia. I poss'el, por (or*a da pr=pria ei $.02%/% &ue as institui*Qes'en:am a (alir nas :ip=teses l? pre'istas art. 12, dK e 21, bK- de (orma subsidi?ria.

“Art . . ] vista do relat2rio ou da proposta do interventor, o

 Hanco 5entral do Hrasil poderá#

!..."

d" autoriar o interventor a requerer a &al-ncia da entidade,quando o seu ativo não &or su&iciente para co'rir sequer metadedo valor dos cr6ditos quirogra&ários, ou quando julgadainconveniente a liquidação extrajudicial, ou quando acomplexidade dos neg2cios da instituição ou, a gravidade dos

 &atos apurados aconselharem a medida.*

“Art . . A vista do relat2rio ou da proposta previstos no artigo, apresentados pelo liquidante na con&ormidade do artigoanterior o Hanco 5entral do Hrasil poderá autoriá0lo a#

!..."

'" requerer a &al-ncia da entidade, quando o seu ativo não &or  su&iciente para co'rir pelo menos a metade do valor doscr6ditos quirogra&ários, ou quando houver &undados ind(cios de

crimes &alimentares.*!ii' XR"#" NX4R"< PR<"< sustenta tamb6m &ue as institui*Qes

(inanceiras, em regra, n+o se submetem D (al)ncia, mas, em :ip=teses ecepcionais e de(orma subsidi?ria poder+o. #i; o autor &ue a eclus+o (eita pela lei de (al)ncias se de'eD rele'Fncia social da institui*+o (inanceira, &ue 6 respons?'el pela guarda, pelacust=dia, da poupan*a popular. (al)ncia 6 uma medida dr?sticas, &ue tra; s6riasconse&u)ncias sociais, moti'o pelo &ual :ou'e a eclus+o. ressal'a (eita a esseraciocnio 6 &ue as institui*Qes (inanceiras de pe&ueno porte, cu3a &uebra n+o geregrandes conse&u)ncias, poderiam (alir diretamente.

Mor (im, !iii' W4" OX" 7"X" entende &ue durante a 'ida normal deuma institui*+o (inanceira 6 poss'el &ual&uer credor re&uerer a decreta*+o da &uebra,s= n+o ser? poss'el se o W7C ti'er instaurado um procedimento de li&uida*+o ouinter'en*+o.

ei %.595/$%, em seu art. %5, eclui as institui*Qes (inanceira do regime daconcordata

“Art. 4;. As instituiç>es &inanceiras p9'licas não &ederais e as privadas estão sujeitas, nos termos da legislação vigente, 1

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intervenção e&etuada pelo Hanco 5entral da Kep9'lica do Hrasil ou 1 liquidação extrajudicial.

 Parágra&o 9nico. A partir da vig-ncia desta lei, as instituiç>esde que trata este artigo não poderão impetrar concordata*

ntretanto, concordata n+o 6 a mesma coisa &ue recupera*+o 3udicial, paraconcluir pela eclus+o das institui*Qes desse tipo do regime de recupera*+o 6 necess?riocombin?Llo com o art. 198 da ei 11.101/05

“+8. ?s devedores proi'idos de requerer concordata nostermos da legislação espec(&ica em vigor na data da pu'licaçãodesta :ei &icam proi'idos de requerer recuperação judicial ou

extrajudicial nos termos desta :ei.*%. -rocedimento

%.1 7onceito

li&uida*+o 6 uma medida administrati'a saneadora &ue 'isa encerrar asati'idades da institui*+o (inanceira e retir?Llas do plano empresarial.

%.2 egitimidade

" W7C 6 legitimado para decretar a li&uida*+o e poder? (a;)Lla de o(cio oua re&uerimento dos administradores da institui*+o. "s administradores s= (ar+o essere&uerimento se ti'erem poderes espec(icos pre'istos no estatuto da institui*+o.

%.! 7ausas

 C+o basta &ue este3a presente uma causa, 6 necess?rio &ue o W7C 'eri(i&uese a situa*+o 6 realmente indicadora da li&uida*+o etra3udicial. <e (or poss'el sal'ar o

 banco, sal'aLse, a li&uida*+o 6 medida ecepcional 'er. art. 15, H1, da ei $.02%/%-.

s causas para li&uida*+o est+o no art. 15 da ei $.02%/%

“Art . ;. Decretar0se0á a liquidação extrajudicial dainstituição &inanceira#

 $ 0 ex o&&icio #

a" em raão de ocorr-ncias que comprometam sua situaçãoeconJmica ou &inanceira especialmente quando deixar de

 satis&aer, com pontualidade, seus compromissos ou quando secaracteriar qualquer dos motivos que autoriem a declararãode &al-ncia)

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'" quando a administração violar gravemente as normas legaise estatutárias que disciplinam a atividade da instituição 'emcomo as determinaç>es do 5onselho Qonetário acional ou do

 Hanco 5entral do Hrasil, no uso de suas atri'uiç>es legais)

c" quando a instituição so&rer preju(o que sujeite a riscoanormal seus credores quirogra&ários)

d" quando, cassada a autoriação para &uncionar, a instituiçãonão iniciar, nos +/ !noventa" dias seguintes, sua liquidaçãoordinária, ou quando, iniciada esta, veri&icar o Hanco 5entral do Hrasil que a morosidade de sua administração podeacarretar preju(os para os credores)

 $$ 0 a requerimento dos administradores da instituição 0 se o

respectivo estatuto social lhes con&erir esta compet-ncia 0 ou por proposta do interventor, expostos circunstanciadamente osmotivos justi&icadores da medida.

 3 G ? Hanco 5entral do Hrasil decidirá so're a gravidade dos &atos determinantes da liquidação extrajudicial, considerandoas repercuss>es deste so're os interesses dos mercados

 &inanceiro e de capitais, e, poderá, em lugar da liquidação,e&etuar a intervenção, se julgar esta medida su&iciente para anormaliação dos neg2cios da instituição e preservação

daqueles interesses.

 3 G ? ato do Hanco 5entral do Hrasil, que decretar aliquidação extrajudicial, indicará a data em que se tenhacaracteriado o estado que a determinou, &ixando o termo legal da liquidação que não poderá ser superior a =/ !sessenta" diascontados do primeiro protesto por &alta de pagamento ou, na

 &alta deste do ato que haja decretado a intervenção ou aliquidação.*

4.7. De ?&(cio

s causas de decrata*+o ex o&&icio   &ue podem ser de(lagradas durante asati'idades normais do W7C de (iscali;a*+o s+o as seguintes

a) Insolvência da Instituição Financeira

7aracteri;aLse pela impontualidade, o n+o pagamento das obriga*Qes no pra;o.

b) erificação de !i"#teses de Falência $art% &' da (F)

ssim, 'eri(icada :ip=tese de (al)ncia tamb6m pode ser decretada a li&uida*+oetra3udicial.

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c) iolação rave de *ormas (egais ou +statutárias

Modem ser normas legais do sistema (inanceiro ou de seu pr=prio estatuto. li&uida*+o 6 puniti'a, n+o 6 insol')ncia, mas 6 punida pela pr?tica desses atos, tal &ualocorre com a (al)ncia nos atos de (al)ncia.

d) ,ubmeter -redores .uirografários a /isco de 0rejuízo

<e a ati'idade submeter os credores &uirogra(?rios o W7C tamb6m podedecretar a li&uida*+o.

e) -assada a 1utorização não for Iniciada em &2 dias a (iquidação 3rdinária ou

 4orosidade da 4esma

<endo cassada a autori;a*+o para (uncionar e n+o iniciada em 90 dias ali&uida*+o ordin?ria. <e o procedimento esti'er moroso e :ou'er risco de pre3u;o a

terceiros o W7C tamb6m est? autori;ado a decretar a li&uida*+o.

4.7. A Pedido

decreta*+o a pedido de'e ser (undamentada com causas distintas das re(eridasanteriormente. <e (osse alguma das causas do art. 15 n+o :a'eria necessidade de(undamenta*+o. #essa (orma, o rol do art. 15 n+o seria numerus clausus.

%.% Bermo egal da i&uida*+o

st? pre'isto no art. 15, H2, da ei $.02%/%. I o pra;o de at6 $0 dias ao primeiro protesto por (alta de pagamento ou do ato de decreta*+o da inter'en*+o ouli&uida*+o etra3udicial. Bem como e(eito a ine(ic?cia de atos praticados nesse perodo ea possibilidade de a3ui;amento de a*+o re'ocat=ria.

X? di'erg)ncia na doutrina &uanto ao pra;o. !i' C<"C WRT" entende &ueo pra;o de'e ser de 90 dias, e n+o de $0. (irma o autor &ue a li&uida*+o tem osmesmos ob3eti'os da (al)ncia, assim, a , &ue 6 posterior D $.02%/%, teria re'ogado oart. 15, H2.

Mor outro lado !ii' O4< Bf4ROC4 entende &ue continua se aplicando o pra;o

de $0 dias, pois o procedimento de li&uida*+o 6 especial ao da lei (al)ncias.

%.5 #ecreta*+o da i&uida*+o

7omo regra, 6 medida irre'ers'el. " art. 50 da ei $.02%/% a(irma &uemandato dos administradores e dos membros do consel:o (iscal 6 etinto

“Art . ;/. A intervenção determina a suspensão, e, a liquidaçãoextrajudicial, a perda do mandato respectivamente, dosadministradores e mem'ros do 5onselho Eiscal e de quaisquer 

outros 2rgãos criados pelo estatuto, competindo,

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exclusivamente, ao interventor e ao liquidante a convocação daassem'l6ia geral nos casos em que julgarem conveniente.*

" art. !$ da re(erida ei pre') ainda a indisponibilidade dos bens destes

“Art . 7=. ?s administradores das instituiç>es &inanceiras emintervenção, em liquidação extrajudicial ou em &al-ncia, &icarãocom todos os seus 'ens indispon(veis não podendo, por qualquer &orma, direta ou indireta, aliená0los ou onerá0los, at6apuração e liquidação &inal de suas responsa'ilidades.

 3 G A indisponi'ilidade prevista neste artigo decorre do ato quedecretar a intervenção, a extrajudicial ou a &al-ncia, atinge atodos aqueles que tenham estado no exerc(cio das &unç>es nosdoe meses anteriores ao mesmo ato.

 3 G Por proposta do Hanco 5entral do Hrasil, aprovada pelo5onselho Qonetário acional, a indisponi'ilidade previstaneste artigo poderá ser estendida#

a" aos 'ens de gerentes, conselheiros &iscais e aos de todosaqueles que, at6 o limite da responsa'i$idade estimada de cadaum, tenham concorrido, nos 9ltimos doe meses, para adecretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial,

'" aos 'ens de pessoas que, nos 9ltimos doe meses, os tenhama qualquer t(tulo, adquirido de administradores da instituição,ou das pessoas re&eridas na al(nea anterior desde que haja

 seguros elementos de convicção de que se trata de simuladatrans&er-ncia com o &im de evitar os e&eitos desta :ei.

 3 7G ão se incluem nas disposiç>es deste artigo os 'ensconsiderados inalienáveis ou impenhoráve(s pela legislação emvigor.

 3 4G ão são igualmente atingidos pela indisponi'ilidade os'ens o'jeto de contrato de alienação, de promessa de compra evenda, de cessão de direito, desde que os respectivosinstrumentos tenham sido levados ao competente registro

 p9'lico, anteriormente 1 data da decretação da intervenção, daliquidação extrajudicial ou da &al-ncia.*

%.$ (eitos

st+o pre'istos no art. 18 da ei $.02%/%

“Art . 8. A decretação da liquidação extrajudicial produirá,de imediato, os seguintes e&eitos#

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a" suspensão das aç>es e execuç>es iniciadas so're direitos einteresses relativos ao acervo da entidade liquidanda, não

 podendo ser intentadas quaisquer outras, enquanto durar aliquidação)

'" vencimento antecipado das o'rigaç>es da liquidanda)

c" não atendimento das cláusulas penais dos contratosunilaterais vencidos em virtude da decretação da liquidaçãoextrajudicial)

d" não &lu-ncia de juros, mesmo que estipulados, contra amassa, enquanto não integralmente pago o passivo)

e" interrupção da prescrição relativa a o'rigaç>es de

responsa'ilidade da instituição) &" não reclamação de correção monetária de quaisquer divisas passivas, nem de penas pecuniárias por in&ração de leis penaisou administrativas.*

4.=. uspensão das Aç>es

X? suspens+o das a*Qes e eecu*Qes iniciadas e n+o pode ser intentada &ual&uer outra durante a li&uida*+o art. 18, a-. C<"C WRT" sustenta ainconstitucionalidade desse dispositi'o por 'iola*+o ao art. 5, P, da 7RW.

(irma o autor &ue a li&uida*+o etra3udicial 6 uma medida administrati'a e n+o de'eimpedir o eerccio do direito de a*+o. Jurisprud)ncia e doutrina n+o comentam o tema,mas algumas decisQes mitigam a disposi*+o legal o <BJ di; &ue a*Qes &ue n+oen'ol'am bens, redu*+o patrimonial, da institui*+o li&uidanda podem ser intentadasRsp $98.951-. " <BJ tamb6m entende &ue a*Qes de nature;a (iscal podem ser a3ui;adas e n+o se suspendem, por e(eito de disposi*+o epressa da Rsp9.980-. "utra a*+o &ue pode ser a3ui;ada 6 a de (al)ncia ece*+o da pr=pria lei. sa*Qes do art. 2 da ei $.02%/% tamb6m podem ser a3ui;adas

“Art . <. ?s credores que se julgarem prejudicados pelo não provimento do recurso interposto, ou pela decisão pro&erida naimpugnação poderão prosseguir nas aç>es que tenham sido

 suspensas por &orça do artigo 8, ou propor as que cou'erem,dando ci-ncia do &ato ao liquidante para que este reserve

 &undos su&icientes 1 eventual satis&ação dos respectivos pedidos.

 Parágra&o 9nico. Decairão do direito assegurado neste artigoos interessados que não o exercitarem dentro do prao de trintadias, contados da data em que &or considerado de&initivo o

quadro geral dos credores, com a pu'licação a que alude o 3 4G do artigo anterior.*

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4.=. Antecipação do Fencimento das ?'rigaç>es

m (un*+o do  pars conditio creditorum, 'encem antecipadamente todas asobriga*Qes.

4.=.7 ão $ncid-ncia de 5láusula Penal de 5ontrato CncerradoMor conta da li&uida*+o :? encerramento de '?rios contratos bilaterais, n+o

incidir?, nessa :ip=tese, cl?usula penal.

4.=.4 ão Elu-ncia de Nuros

p=s a decreta*+o da li&uida*+o n+o (luem 3uros. " <BJ tem precedentes emconsonFncia com a ei, ou se3a, de &ue n+o (luem 3uros Rsp 8%8.950-. J? no gRg nog 98.%2! o <BJ entendeu &ue (luem 3uros.

4.=.; $nterrupção da Prescrição

prescri*+o da pretens+o de eigir cr6dito contra a institui*+o (inanceira 6interrompida, come*a a contar no'amente.

4.=.= ão Elui 5orreção Qonetária

doutrina di; &ue essa alnea (K do art. 18 da ei $.02%/% (oi re'ogada pelo# 2.28, &ue trata especi(icamente sobre corre*+o monet?ria nas obriga*Qes deinstitui*+o (inanceira submetida ao regime da ei $.02%/%, moti'o pelo &ual (luiria acorre*+o monet?ria.

4.=.< Hloqueio de Falores Depositados

"s li&uidantes, &uando :? decreta*+o do regime de li&uida*+o, blo&ueiam os'alores depositados no banco. sse blo&ueio 6 poss'el ou n+oA doutrina 'em&uestionar e eamina a &uest+o sobre o con(lito de dois princpios/direitosconstitucionais !i' o direito de propriedade do correntista, tendo em 'ista tratarLse decontrato de dep=sito do din:eiro deleV !ii' princpio da isonomia, ou se3a, os credoresde'em receber de (orma igual. I necess?rio, nesse caso, (a;er a pondera*+o deinteresses como preconi;am #h"R4C\ e .

<B di; &ue n+o :? inconstitucionalidade no blo&ueio de 'alores. #i; a 7orte<uprema &ue o contrato de dep=sito 6 peculiar, pois na :ora em &ue se e(etua ocorrentista perde a propriedade dos 'alores, (icando ele com um cr6dito no 'alor e&ui'alente ao dep=sito &ue (e; cai por terra, portanto, o direito de propriedade.Xa'endo o desblo&ueio, :? 'iola*+o do direito de propriedade da massa li&uidanda R198.59!-.

%. #isposi*Qes inais

li&uida*+o tem por ob3eto identi(icar os credores, reali;ar o ati'o e pagar o passi'o. " art. 20 da ei $.02%/% (a; remiss+o aos artigos 8, 9, 10 e 11.

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" W7C decreta a li&uida*+o 'eri(icada uma das causas do art. 15. #ecretadaa li&uida*+o 6 imediatamente nomeado o li&uidante. " li&uidante eecuta a li&uida*+o.

" li&uidante tem $0 dias para apresentar um relat=rio a contar de sua nomea*+o." relat=rio indica a situa*+o econUmicoL(inanceira da institui*+o, identi(ica atos

comissi'os e/ou omissi'os lesi'os a terceiros, &ue ten:am causado pre3u;o, al6m deapresentar uma proposta para solu*+o das &uestQes.

Recebido o relat=rio, o W7C tem duas possibilidades !i'  permitir oli&uidante prossiga com a li&uida*+o ouV !ii'  permitir &ue o li&uidante re&uereira a(al)ncia re&uerimento subsidi?rio-.

(al)ncia pode ser decretada &uando :ou'er  "assivo a descoberto  ati'oinsu(iciente a pagar pelo menos 50G do passi'o. Mode tamb6m ser decretada &uando:ou'er crime falimentar . ssas s+o as duas :ip=teses pre'istas no art. 21 da ei

$.02%/%.

<e :ou'er prosseguimento da li&uida*+o, 6 necess?rio publicar a'iso no #"O eem 3ornal de grande circula*+o para &ue credores 'en:am declarar seu cr6dito.

#uas esp6cies de credores n+o precisam declarar seu cr6dito !i' depositante de'alores na institui*+o (inanceiraV !ii' credores de letra de cFmbio com aceite.

" li&uidante d? pra;o de 20 a %0 dias para &ue os credores (a*am sua declara*+ode cr6dito. <e os credores &ue n+o precisam declarar 'eri(icarem &ue os 'alores est+o

incorretos de'er? (a;er reclamação ao li&uidante. C+o constando seu cr6dito, de'er?solicitar a inclus+o.

7ada declara*+o de cr6dito gera para o li&uidante o de'er de eaminar os li'ros e prestar in(orma*Qes sobre o &ue o credor 'eri(icou. #essa in(orma*+o prestada peloli&uidante, o credor &ue n+o concordou tem 10 dias para interpor recurso ao W7C.

Julgados os recursos e apresentadas todas as declara*Qes, o li&uidante de'er? publicar no #"O o &uadro geral de credores tamb6m em 3ornal de grande circula*+o-.#essa publica*+o, os interessados tem 10 dias para apresentar im"ugnação. "s &ueti'erem seus cr6ditos impugnados tem 5 dias para apresentar de(esa.

Julgadas as impugna*Qes, o W7C in(ormar? ao li&uidante as modi(ica*Qes&ue de'em ser (eitas. " li&uidante publica mais uma 'e; e o &uadro geral se tornade(initi'o.

 C<"C WRT" sustenta a possibilidade de declara*Qes retardat?rias, tal &ualacontece com a :abilita*+o da (al)ncia. dmite com (undamento no art. !% da ei$.02%/% c/c 19 da ei 11.101/05.

" procedimento de li&uida*+o, como 'isto, 6, em regra, irre'ers'el. ntretanto,

se interessados, prestando cau*+o idUnea, podem continuar a ati'idade econUmica.

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%.8 7essa*+o

I poss'el trans(ormar a li&uida*+o etra3udicial em li&uida*+o ordin?ria do 77.Mode :a'er tamb6m o encerramento normal da li&uida*+o apro'a*+o das contas doli&uidante e baia no registro p>blico-. Mor (im, se (or decretada a (al)ncia tamb6m

etingueLse o procediento.

II. )i7(ida+ão de Sociedade Corretora de Valores Mo;ilirios

Budo &ue (oi estudado para a li&uida*+o etra3udicial de institui*+o (inanceira seaplica a&ui. di(eren*a 6 &ue al6m do W7C, pode a Wolsa de Palores re&uerer ali&uida*+o etra3udicial. "utra di(eren*a 6 &ue a Wolsa de Palores pode atuar com todosos poderes do W7C por delega*+o. Per art. 52 da ei $.02%/%

“Art . ;. Aplicam0se as disposiç>es da presente :ei as

 sociedades ou empresas que integram o sistema de distri'uiçãode t(tulos ou valores monetários no mercado de capitais !artigo;G, da :ei nG 4.<8, de 4 de julho de +=;", assim como as

 sociedades ou empresas corretoras de cBm'io.

 3 G A intervenção nessa sociedades ou empresas, ou sualiquidação extrajudicial, poderá ser decretada pelo Hanco5entral do Hrasil por iniciativa pr2prio ou por solicitação das

 Holsas de Falores quanto as corretoras e elas associadas,mediante representação &undamentada.

 3 G Por delegação de compet-ncia do Hanco 5entral do Hrasil e sem preju(o de suas atri'uiç>es a intervenção ou aliquidação extrajudicial, das sociedades corretoras, mem'rosdas Holsas de Falores, poderá ser processada por estas, sendocompetente no caso, aquela área em que a sociedade tiver 

 sede.*

III. <esponsa;ilidade dos Administradores

1. Conceitodministradores, para (ins de responsabili;a*+o, s+o a&ueles &ue integram os

=rg+os direti'os, dirigentes, das institui*Qes (inanceiras e a&ueles &ue e(eti'amenteesta'am no eerccio da (un*+o at6 os 12 meses anteriores D decreta*+o da &uebra.

" perodo de 12 meses 6 uma presun*+o legal, presumeLse &ue dentro desses 12meses :ou'e a pr?tica dos atos &ue le'aram a institui*+o (inanceira D crise. R47R#"

 C\RT" a(irma &ue a lei decretou um crit6rio de praticidade. 4sso por&ue no momentoem &ue (or decretada a li&uida*+o ainda n+o se sabe ao certo de &uem 6 a

responsabilidade.2. Hat(re*a da <esponsa;ilidade

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<+o &uatro as correntes sobre a nature;a da responsabilidade dosadministradores.

Oma primeira corrente, composta por R47R#" C\RT" e O4<Bf4ROC4, entende &ue a responsabilidade 6 !i' o;@etiva, ou se3a, independe da

compro'a*+o de culpa. Wasta, portanto, neo causal entre conduta e dano para &ue :a3aresponsabili;a*+o. 7ausas de eclus+o s+o a&uelas de rompimento do neo.

ntendem os re(eridos autores &ue o empres?rio assume os riscos da ati'idade,entretanto, no caso das institui*Qes (inanceiras a maioria do capital 6 de terceiros, da

 popula*+o. ssim, &uando essa popula*+o con(ia na institui*+o n+o assume o risco doneg=cio de &ue a institui*+o 'en:a a (alir. idar com o din:eiro de terceiros eige umde'er de cautela muito maior e isso, na 'is+o desses autores, gera responsabilidadeob3eti'a.

Oma segunda corrente, capitaneada pelo pro(essor XR"#" NX4R"<PR<"<, entende &ue :? duas responsabilidades !ii' s(;@etiva e o;@etiva. responsabilidade objetiva  est? reser'ada aos administradores cu3as obriga*Qes dainstitui*+o n+o ten:am sido cumpridas durante a sua administra*+o e se encontra'amnesse estado de inadimplemento no momento da decreta*+o. responsabilidadesubjetiva estar? reser'ada aos demais administradores caso do administrador &uecontraiu e pagou todas as obriga*Qes.

Mara uma terceira corrente, a responsabilidade se d? por !iii' c(lpa pres(mida, posi*+o dos pro(essores RC"#" h# e WO\R4. responsabilidade por 

culpa presumida comporta a discuss+o de culpa, entretanto, &uem tem &ue pro'ar &uen+o agiu com culpa 6 o administrador, :? uma in'ers+o do Unus probat=rio, portanto.

Mor (im, :? ainda os &ue sustentam &ue a responsabilidade seria !iv' s(;@etiva,sustentada por N"74R "WB" e ROWC< REO4T". ssim, a&uele &ue a3ui;ar aa*+o de responsabilidade contra o administrador ter? &ue pro'ar a culpa. #i;em osautores &ue pelo ordenamento brasileiro a responsabili;a*+o de s=cios 6 sempresub3eti'a art. 1.01$ do 77 e 158 da <-.

"s doutrinadores (a;em ainda uma obser'a*+o no sentido de &ue se (a*a uma

interpreta*+o sistem?tica da ei $.02%/% para &ue se compro'e a responsabilidade 6sub3eti'a. leitura do art. !9 (a; presumir &ue a responsabilidade seria ob3eti'a:a'endo ato, omiss+o, &ue cause pre3u;o, eles responderiam-

“Art. 7+. ?s administradores e mem'ros do 5onselho Eiscal deinstituiç>es &inanceiras responderão, a qualquer tempo, salvo

 prescrição extintiva, pelos que tiverem praticado ou omiss>esem que houverem incorrido.*

ntretanto, se esse artigo (or lido em con3unto com o art. !$, &ue determina a

necessidade de apura*+o de suas responsabilidades, o &ue, segundo eles, (a; com &uese3a necess?rio apurar a culpa

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“Art . 7=. ?s administradores das instituiç>es &inanceiras emintervenção, em liquidação extrajudicial ou em &al-ncia, &icarãocom todos os seus 'ens indispon(veis não podendo, por qualquer &orma, direta ou indireta, aliená0los ou onerá0los, at6apuração e liquidação &inal de suas responsa'ilidades.*

Bodos os autores apontam &ue, apurada a responsabilidade, ela ser? solid?ria.

,. Indisponi;ilidade dos =ens dos Administradores

st? regulada nos artigos !$ e par?gra(os da ei $.02%/%. Oma 'e; decretada ali&uida*+o, os bens dos administradores (icam indispon'eis. BrataLse de um e(eito exlege, autom?tico da decreta*+o da li&uida*+o etra3udicial n+o se a(ere culpa nessemomento.

"s administradores n+o poder+o alienar ou onerar seus bens. "utra conse&u)ncia6 &ue a&ueles &ue ti'erem seus bens indisponibili;ados n+o poder+o se ausentar do 3u;ocompetente para decretar a li&uida*+o.

X? bens &ue n+o s+o atingidos pela indisponibilidade, tais como os bensinalien?'eis e impen:or?'eis bem de (amlia-. " H% do art. !$ trata de outros bens &uen+o s+o alcan*ados promessa de compra e 'enda registrada, cess+o ou promessa decess+o ou aliena*+o-

istem tr)s esp6cies de indisponibilidade ordin?riaV estendida ou

super'enienteV e a por integra*+o de ati'idade ou 'nculo de interesse. indisponibilidade !i' ordinria  6 a&uela autom?tica, ex lege, 3? 'ista

anteriormente. !ii' s(perveniente o( estendida 6 a determinada pelo W7C,apro'ada pelo 7NC, pre'ista nas alneas do H2 do art. !$ bens de gerentes,consel:eiros (iscais e todos a&ueles &ue, at6 o limite da responsabilidade de cada um,ten:am concorrido para decreta*+o da inter'en*+o ou li&uida*+o e, por >ltimo D&uelas&ue, nos >ltimos 12 meses, ten:am comprado bens de administradores-

Bemos tamb6m a por !iii' intera+ão de atividade o( vnc(lo de interesse .tinge as pessoas &ue ti'eram sua li&uida*+o decretada por integra*+o de ati'idade ou'nculo de interesse.

indisponibilidade somente pode ser cessada por autori;a*+o do W7C. <e:ou'er sido decretada a (al)ncia, ou no caso de in&u6rito administrati'o encerrado een'iado ao 3u;o competente, s= cessar? pode decis+o do Jui;.

%. In7(rito

#ecretada a li&uida*+o etra3udicial, o W7C tem obriga*+o legal de instaurar in&u6rito das causas da crise da institui*+o (inanceira, bem como 'eri(icar a

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responsabilidade dos administradores, na (orma do &ue estabelece o art. %1 da ei$.02%/%

“Art. 4. Decretada a intervenção, da liquidação extrajudicial ou a &al-ncia de instituição &inanceira, o Hanco 5entral do

 Hrasil procederá a inqu6rito, a &im de apurar as causas quelevaram a sociedade 1quela situação e a responsa'ilidade de

 seu administradores e mem'ros do 5onselho Eiscal.

 3 G Para os e&eitos deste artigo, decretada a &al-ncia, oescrivão do &eito a comunicará, dentro em vinte e quatro horas,ao Hanco 5entral do Hrasil.

 3 G ? inqu6rito será a'erto imediatamente 1 decretação daintervenção ou da liquidação extrajudicial, ou ao rece'imento

da comunicação da &al-ncia, e conclu(do dentro em cento evinte dias, prorrogáveis, se a'solutamente necessário, por igual 

 prao.

 3 7G o inqu6rito, o Hanco 5entral do Hrasil poderá#

a" examinar, quando e quantas vees julgar necessário, aconta'ilidade, os arquivos, os documentos, os valores e maiselementos das instituiç>es)

'" tomar depoimentos solicitando para isso, se necessário, oaux(lio da pol(cia)

c" solicitar in&ormaç>es a qualquer autoridade ou repartição p9'lica, ao jui da &al-ncia, ao 2rgão do Qinist6rio P9'lico, ao s(ndico, ao liquidante ou ao interventor)

d" examinar, por pessoa que designar, os autos da &al-ncia eo'ter, mediante solicitação escrita, c2pias ou certid>es de peçasdesses autos)

e" examinar a conta'ilidade e os arquivos de terceiros com osquais a instituição &inanceira tiver negociado e no que entender com esses negocios, 'em como a conta'ilidade e os arquivosdos ex0administradores, se comerciantes ou industriais so'

 &irma individual, e as respectivas contas junto a outrasinstituiç>es &inanceiras.

 3 4G os ex0administradores poderão acompanhar o inqu6rito,o&erecer documentos e indicar dilig-ncias.*

Mor conta desse in&u6rito 6 &ue ROWC< REO4T" e "WB" entendem &uea responsabilidade 6 sub3eti'a.

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" in&u6rito de'e ser concludo pelo W7C em 120 dias, prorrog?'eis por mais120 dias, como determinado pelo art. %1, H2, da ei $.02%/%.

lei con(ere ao W7C in>meros poderes direti'os e (iscali;at=rios paracondu;ir o in&u6rito. " art. %1, H!, da ei $.02%/% arrola os poderes do W7C para

(a;er isso.

" W7C tem li're acesso aos documentos da institui*+o (inanceira, de tomar depoimentos, solicitando, se necess?rio, o aulio da (or*a policial. Mode tamb6msolicitar in(orma*Qes a &ual&uer autoridade p>blica, ao li&uidante, ao inter'entor, aoNM, ao Jui; da (al)ncia, etc. Mode ainda re&uisitar c=pia do processo de (al)ncia eeaminar a contabilidade de terceiros com &uais ti'er mantido neg=cio a institui*+o(inanceira, bem como dos administradores.

" in&u6rito n+o 6 sigiloso, pode ser acompan:ado pelos eLadministradores,

apresentar documentos, indicar dilig)ncias &ue entenderem necess?rias e tudo mais &ueten:a por escopo esclarecer os moti'os da crise.

7oncludo o in&u6rito, os eLadministradores ser+o con'idados, por carta, aapresentar suas alega*Qes no pra;o de cinco dias. Oltrapassado esse pra;o, com ou semalega*Qes, toda a documenta*+o retorna ao W7C para &ue se3a elaborado umrelat=rio. " art. %! indica tudo &ue de'e conter no relat=rio

“Art . 47. @ranscorrido o prao do artigo anterior, com ou sema de&esa, será o inqu6rito encerrado com um relat2rio, do qual 

constarão, em s(ntese, a situação da entidade examinada, ascausas de queda, o nome, a quanti&icação e a relação dos 'ens

 particulares dos que, nos 9ltirnos cinco anos, geriram a sociedade, 'em como o montante ou a estimativa dos preju(osapurados em cada gestão.*

#uas s+o as possibilidade ap=s o apresenta*+o do relat=rio !i' 'eri(icaLse &uen+o :ou'e pre3u;o a ningu6m, :ip=tese em &ue ser? ar&ui'ado o in&u6rito, :a'endo(al)ncia, tal in&u6rito somente poder? ser ar&ui'ado pelo Jui;, n+o mais pelo W7CV!ii' apurados pre3u;os, por outro lado, o W7C de'e remeter o in&u6rito ao 3u;o

competente para decretar a (al)ncia da institui*+o (inanceira, n+o pode mais ar&ui'ar.

Recebido o in&u6rito pelo Jui;, de'er? ele remet)Llo ao Ninist6rio M>blico. "NM tem um pra;o de oito dias para re&uerer o arresto dos bens, sob pena deresponsabilidade. " arresto ser? re&uerido dos bens necess?rios D satis(a*+o doscredores dispon'eis ou indispon'eis-.

I importante di(erenciar arresto e indisponibilidade e saber se 6 caso de arrestoou se&Yestro. indisponibilidade, como 'isto, 6 uma medida administrati'a cautelar eautom?tica, independe de &ual&uer mani(esta*+o e/ou re&uerimento, 3? o arresto 6

medida 3udicial, depende de pro'oca*+o do 3u;o e 6 mais ampla &ue aindisponibilidade. R47R#" C\RT" a(irma &ue o arresto n+o se limita aos bens

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dispon'eis, atingindo todo o patrimUnio do administrador. REO4T" sustenta,entretanto, &ue o arresto n+o poderia atingir os bens inalien?'eis e impen:or?'eis. "<BJ tem di'ersos precedentes no sentido de &ue todo patrimUnio tem &ue ser arrecadadoRsp 185.9$ e Rsp 20%.$$8-.

lei utili;a indistintamente as epressQes se&YestroK e arrestoK. " &ue 6 ocertoA " se&Yestro 6 reser'ado &uando :? discuss+o de direitos sobre determinado bem,tamb6m 6 utili;ado &uando pairam d>'idas sobre a legitimidade ou licitude da a&uisi*+ode um bem bem ad&uirido de (orma ilcita 6 ob3eto de se&Yestro. " arresto, por outrolado, 6 medida mais ampla, 'inculado a uma a*+o de responsabilidade ci'il, paraassegurar direito de credores, garantindo tantos bens &uantos necess?rios para asatis(a*+o de um direito de cr6dito. I poss'el perceber, portanto, &ue o correto 6arresto, pois o ob3eti'o da lei 6 3ustamente assegurar os bens necess?rios para &ue se3a

 poss'el e(eti'ar a responsabili;a*+o do administrador.

7aso o NM n+o propon:a a a*+o de arresto no pra;o de 8 dias, sem pre3u;o desua responsabili;a*+o, os autos (icar+o em cart=rio, no pra;o de 15 dias, para &ue&ual&uer credor interessado a3u;e a a*+o de arresto. C+o :a'endo interesse, o Jui;determinar? o le'antamento da indisponibilidade.

4mportante obser'ar &ue o NM n+o est? 'inculado Ds conclusQes do in&u6rito doW7C, pode tomar medidas contr?rias ao &ue indicar o relat=rio poder? promo'er dilig)ncias ou entender pelo ar&ui'amento.

&. A+ão de <esponsa;ilidade

" legitimado 6 o NM &ue tem !0 dias a partir da decis+o &ue determina o arrestodos bens para a3ui;ar a a*+o de responsabilidade. a*+o de'e ser proposta perante oJui; da (al)ncia ou &ue seria competente para promo')Lla. Cessa a*+o ser+o apuradas asresponsabilidades dos administradores.

plicaLse a&ui a mesma obser'a*+o da a*+o de arresto, ou se3a, n+o proposta aa*+o os autos (icar+o em cart=rio por 15 dias para &ue &ual&uer credor a3u;e a a*+o.

 C+o :a'endo re&uerimento, o Jui; determinar? o le'antamento do arresto e daindisponibilidade.

doutrina ma3orit?ria a(irma &ue se :ou'er decreta*+o da (al)ncia o legitimado para a a*+o de responsabilidade seria o administrador. Co entanto, R47R#" C\RT" a(irma &ue, mesmo nos casos de (al)ncia, o NM teria legitimidadeconcorrente. Mara C\RT", ainda &ue cesse a inter'en*+o, RB e/ou li&uida*+o,tamb6m teria o NM essa legitimidade. Budo isso com base na ei art. , 44, da ei9.%%.

“Art. <G A implementação das medidas previstas no artigoanterior e o encerramento, por qualquer &orma, dos regimes de

intervenção, liquidação extrajudicial ou administração especial temporária não prejudicarão#

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!..."

 $$ 0 a legitimidade do Qinist6rio P9'lico para prosseguir ou propor as aç>es previstas nos arts. 4; e 4= da :ei nG =./4, de+<4.*

Casos Concretos V e VI

-)AHXCIES AMIHIST<A<A E CHSY<CIS )tda.? s(;metida aprocesso de li7(ida+ão e>tra@(dicial? teve s(a 5alência re7(erida por Andr? sDcioda sociedade em 7(estão. pedido 5oi @(lado procedente. =AHC CEHT<A) =<ASI) aravo( da decisão aleando ileitimidade ativa do re7(erente.ecida a 7(estão? analisandoa so; todos os aspectos.

" >nico &ue tem permiss+o para pedir (al)ncia 6 li&uidante, desde &ue autori;ado pelo

W7C. Rsp %0.12-ecretada a li7(ida+ão e>tra@(dicial de determinada instit(i+ão 5inanceira? Bo;riatoriedade da s(spensão de a+ão de e>ec(+ão para co;ran+a de crdito5(ndada em tt(lo e>tra@(dicial: Como dever proceder o e>e7(ente: Analise a7(estão so; todos os aspectos.

Om dos e(eitos da decreta*+o da li&uida*+o 6 a suspens+o das a*Qes e a impossibilidadede a3ui;amento de no'as, assim, n+o 6 poss'el prosseguir com a eecu*+o da cobran*a,o credor tem &ue :abilitar seu cr6dito na li&uida*+o Rsp 1.5!5-.

li7(idante nomeado pelo =anco Central do =rasil da sociedade -oti(ar S$A.Corretora de COm;io? em li7(ida+ão e>tra@(dicial? re7(ere( s(a 5alência? porentender 7(e o se( ativo não ser s(5iciente para co;rir? se7(er? metade de se(passivo !art. 21? N;N? da )ei n9 #02%$"%'. pedido 5oi @(lado procedente.

/oel TBepa*? acionista e e>administrador da companBia? interpLs aravo deinstr(mento para ver an(lada a senten+a de 5alência? so; o 5(ndamento de 7(e não5oi citado para interar a lide? contrariando a @(ladora o art. 1? cap(t? da )ei n911.101$0&? sendo imprescindvel a cita+ão de todos os acionistas.

eve ser provido o aravo: li7(idante? a(tori*ado pelo =anco Central? precisade a(tori*a+ão da Assem;leia Geral para re7(erer a 5alência: P o;riatDria acita+ão dos sDcios por 5or+a do dispositivo citado:

" agra'o n+o de'e ser pro'ido. C+o :? necessidade de autori;a*+o dassembl6ia \eral, apenas do W7C, con(orme dispQe o art. $.02%/%. " art. 81 da ei11.101/05 (ala da necessidade de cita*+o dos s=cios de responsabilidade ilimitada,

 3ustamente por&ue eles tamb6m '+o (alir, o &ue n+o cabe no caso da li&uida*+oetra3udicial.

Ministrio -4;lico do Estado de <ondLnia a@(i*o( a+ão de repara+ão de danosem des5avor de 1# !de*esseis' r(s? e>dirientes do =anco do Estado de <ondLnia

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S$A.? na 7(al se re7(er indeni*a+ão ao ar(mento de 7(e a estão ine5iciente dosr(s ca(so( pre@(*os 3 mencionada instit(i+ão 5inanceira.

Contestado o 5eito? o /(i* e>tin(i( a a+ão ao 5(ndamento de 7(e não tem oMinistrio -4;lico leitimidade ativa ad ca(sam por7(e a instit(i+ão não est mais

so; o reime de administra+ão especial temporria? sendo 7(e Bavia 7(itado se(sd;itos e o =anco Central do =rasil a;sorvido o passivo para com o p4;lico? nãoBavendo notcias de 7(e Bavia credores insatis5eitos. Ine>istia? então? interessep4;lico a ser de5endido pelo "arquet .

Correta a decisão: Analise o caso em todos os aspectos.

opini+o dominante 6 no sentido de &ue n+o :? essa legitimidade, pois seriaeclusi'a do administrador 3udicial. ntretanto, R47R#" C\RT" sustenta &ue alegitimidade seria concorrente com o NM. Rsp %%%.9%8-

-roposta pelo Ministrio -4;lico a+ão ca(telar de arresto dos ;ens partic(lares dee>administradores de instit(i+ão 5inanceira em reime de li7(ida+ão e>tra@(dicial?por atos irre(lares de estão ap(rados em in7(rito pelo =anco Central do =rasil?(m dos r(s alea? em contesta+ão? a 5alta de interesse process(al do  "arquet ? ve*7(e incidentes os e5eitos da indisponi;ilidade de ;ens prevista no art. ,# da )ei n9#.02%$"%.

Analise a 7(estão so; todos os aspectos.

indisponibilidade 6 medida autom?tica, decorrendo da decreta*+o deli&uida*+o, englobando apenas os bens pre'istos na ei $.02%/%. Mor outro lado, oarresto 6 medida mais ampla &ue abarca tanto os bens dispon'eis &uanto osindispon'eis, moti'o pelo &ual n+o (alta interesse Rsp %5.0%%-.

ecretado o reime de administra+ão especial temporria? 5oi a@(i*ada a+ão civilp4;lica pelo Ministrio -4;lico para ap(ra+ão da responsa;ilidade dos e>administradores @(i* de5eri( o arresto dos ;ens dos r(s 7(e não tinBam sido