211
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Professora: Carolina Araújo de Azevedo [email protected] Aula 1 Denominação Dominio Fontes

Aulas DIPRI Carolina Azevedo P1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

dipri

Citation preview

  • DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

    Professora: Carolina Arajo de Azevedo

    [email protected]

    Aula 1

    Denominao

    Dominio

    Fontes

  • BIBLIOGRAFIA BSICA

    DOLINGER, Jacob. Direito Internacional Privado parte geral. Rio de Janeiro: Renovar

    DOLINGER, Jacob. TIBRCIO, Carmen. Vade-Mecum de Direito Internacional Privado. Rio de Janeiro: Renovar

    ARAUJO, Nadia de. Direito Internacional Privado Teoria e Prtica. Rio de Janeiro: Renovar

    RECHSTEINER, Beat W. Direito Internacional Privado Teoria e Prtica. Rio de Janeiro: Saraiva

    2

  • CONTEXTO CONTEMPORNEO

    Descolonizao criou grande nmero de Estados e de

    ordenamentos jurdicos

    Diversidade cultural e tolerncia de outros sistemas

    jurdicos

    Direito Internacional no reduto exclusivo dos juristas

    3

  • CONTEXTO CONTEMPORNEO

    Personalidade Jurdica Internacional Democratizao

    Segurana econmica coletiva

    Diviso Internacional de Trabalho, competio

    econmica

    4

  • CONTEXTO CONTEMPORNEO

    Soberania Histria

    Igualdade formal dos Estados

    Globalizao/mundializao

    Vida privada

    Limites territoriais de aplicao da lei

    Relaes jurdicas multiconectadas

    5

  • CONTEXTO CONTEMPORNEO

    Erik Jaime Ps-modernidade

    Pluralidade

    Comunicao

    Velocidade

    Fluidez

    Internacionalidade

    Tolerncia

    6

  • PRINCPIOS

    Nadia de Araujo

    DIPRI e os Direitos Humanos

    Analisar consequncias das aplicaes das normas

    7

  • DENOMINAO DO DIPRI

    A denominao DIPRI foi criada pela primeira vez

    por Joseph Story no EUA em 1834.

    Existem crticas a essa nomeclatura?

    Termo internacional

    Termo privado

  • CONCEPES DO DIPRI

    Restritiva - Common Law

    Luiz Ivani Arajo

    Edgar Carlos de Amorim

    Ampla Jacob Dolinger, Carmen Tiburcio, Marilda Rosado, Nadia de Araujo

    9

  • OBJETO - (CLUDIA LIMA MARQUES)

    DIPRI o ramo do direito interno que regula, direta

    ou indiretamente, as relaes privadas internacionais.

    Desafio do DIPRI dar respaldo eficiente e justo para

    a crescente internacionalidade das relaes jurdicas

    privadas.

    10

  • OBJETO DE ESTUDO

    Nacionalidade

    Direito Comparado

    Conflito de Leis

    Condio Jurdica do Estrangeiro

    Direitos Adquiridos

    Aplicao Prova e Interpretao do Direito

    Estrangeiro

    Conflito de Jurisdio

    11

  • TEMAS

    (a) Extradio

    (b) Dupla Nacionalidade

    (c) Crime internacional

    (d) Visto de entrada

    (e) Ru estrangeiro em processo penal

    (f) Apatridia

  • NACIONALIDADE

    vnculo jurdico da pessoa com determinado Estado

    Art. 12. So brasileiros:

    I - natos:

    a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda

    que de pais estrangeiros, desde que estes no estejam

    a servio de seu pas;

    b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me

    brasileira, desde que qualquer deles esteja a servio da

    Repblica Federativa do Brasil;

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de

    me brasileira, desde que sejam registrados em

    repartio brasileira competente ou venham a residir na

    Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer

    tempo, depois de atingida a maioridade, pela

    nacionalidade brasileira;

  • CONDIO JURDICA DO ESTRANGEIRO

    Entrada

    Permanncia

    Sada

    Direitos e Obrigaes

  • CONFLITO DE JURISDIO

    CPC

    CAPTULO II DA COMPETNCIA INTERNACIONAL

    Art. 88. competente a autoridade judiciria brasileira quando:

    I - o ru, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;

    II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao;

    III - a ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.

    Pargrafo nico. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurdica estrangeira que aqui tiver agncia, filial ou sucursal.

  • Art. 89. Compete autoridade judiciria brasileira, com

    excluso de qualquer outra:

    I - conhecer de aes relativas a imveis situados no

    Brasil;

    II - proceder a inventrio e partilha de bens, situados no

    Brasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro e

    tenha residido fora do territrio nacional.

    Art. 90. A ao intentada perante tribunal estrangeiro no

    induz litispendncia, nem obsta a que a autoridade

    judiciria brasileira conhea da mesma causa e das

    que Ihe so conexas.

  • DIREITO ADQUIRIDO

    proteger e reconhecer os direitos

    validamente adquiridos no estrangeiro

  • SITUAES MULTICONECTADAS

    necessitam regras jurdicas prprias

    mtodo conflitual o juiz se refere a uma norma de conflito para determinar o direito aplicvel ao litgio.

    Tanto faz usar o direito do foro ou o estrangeiro.

    Multilaterismo (Savigny) x Unilateralismo.

    que lei se aplica? x qual o alcance da minha lei

    Ex: art 7 da LINDB / Regra 188 do Restatement x FCPA

    18

  • CONFLITOS INTERESPACIAIS

    Antigamente: cidades do norte da Itlia

    conflitos entre colnias

    Hoje:

    Mxico cada provncia tem seu cdigo civil

    EUA cada estado federativo tem autonomia para editar leis processuais, penais, civeis e at mesmo de DIPRI

    Caso Miliken x Pratt EUA

    Fazem parte do estudo do DIPRI?

    Oscar Tenorio e Pontes de Miranda No

    Haroldo Vallado - Sim

  • CONFLITOS INTERPESSOAIS

    No tem aspecto espacial

    Mais de uma legislao

    Motivao subjetiva decorrentes de qualificaes pessoais

    Ex: na Europa Oriental at a 2 Guerra Mundial os casamentos eram celebrados de acordo com a religio de cada um.

    Fazem parte do estudo do DIPRI?

    Sim (Arminjon e Jacob Dolinger)

  • O Direito Internacional Privado por excelncia constitudo de regras de sobredireito colisionais que

    visam solucionar conflitos entre normas atemporais,

    interpespaciais, internacionais. Contudo, as demais

    normas colisionais atemporais, tanto as interespaciais

    internas como as interpessoais tambm devem ser

    consideradas integrantes da cincia dos conflitos,

    objeto principal do DIPRI.

    Jacob Dolinger

  • NORMAS DE DIPRI

    SOBREDIREITO

    Normas indiretas ou conflituais - regras de

    conexo: apenas indicam a lei aplicvel, mas no

    resolvem a questo jurdica

    Normas diretas - resolvem a questo sem apontar

    a utilizao de outra norma

    Normas qualificadoras - conceituam os institutos

    jurdicos.

    22

  • NORMAS APLICVEIS AO INDIVDUO

    Estatuto pessoal:

    critrios existentes : Domiclio e Nacionalidade

    No Direito Brasileiro:

    at 1942 - nacionalidade - antiga introduo ao Cdigo Civil

    a partir de 1942 - domiclio - Lei de Introduo ao Cdigo Civil - art.

    7o.

    23

  • APLICAO DA LEI ESTRANGEIRA

    Limites aplicao da Lei Estrangeira Ordem Pblica

    Bons Costumes

    Soberania Nacional

    Tambm no se aplica o direito estrangeiro que

    pretenda fraudar a lei e aquele que atinja direitos

    adquiridos.

    24

  • ORDEM PBLICA

    Impede:

    a aplicao de leis estrangeiras pelo juiz nacional

    o reconhecimento de atos praticados no exterior ou sentenas proferidas por outro pas.

    Caractersticas:

    sensibilidade mdia de determinada sociedade em determinada

    poca. Apurada no caso concreto.

    mutvel, relativa, contempornea, cabendo ao juiz determin-la.

    Ordem Pblica o conjunto de princpios tidos como fundamentais e integrantes do sistema jurdico, sendo inderrogveis.

    25

  • UNIFORMIZAO

    modos

    Uniformizar - todo direito igual

    harmonizar - coordenao dos resultados, caminhando na mesma direo. Harmonizao atravs da uniformizao das regras de Dipr. Haia. Cidips.

    regras materiais Uncitral/Unidroit - uniformizao de um instituto jurdico, como p.e., a C & V Int, propriedade intelectual, . Direito

    material uniforme

    regras conflituais Haia/Oea (Cidips) direito uniforme dirigido. Dipr uniforme.

    26

  • DIREITO UNIFORME

    quando direitos autnomos no divergem. Naturalmente ou porque sofreram um processo de harmonizao. Direito uniforme dirigido, um direito de leis, e no como o Dipri sobre leis. Direito Uniforme anttese do Dipri.

    Mas a aplicao do direito uniforme ainda convive com o problema da interpretao divergente dos tribunais de cada pas. S a existncia de um tribunal nico garante a uniformizao.

    Complicador moderno processos de integrao trazem novos problemas, pois temos agora um ordenamento jurdico comunitrio.

    27

  • Exemplos:

    Influncia observada pelo Brasil do direito portugus, francs, alemo e italiano na confeco de sua legislao interna.

    Mercosul, Unio Europia, Normas internacionais contbeis (IFRS)

    No Direito Uniforme h regras de aplicao direta enquanto que no DIPRI a aplicao indireta.

  • UNIDROIT (Unification Droit)

    Fundao: 1928

    Objetivo: trabalhar no sentido de unificar o

    Direito Privado.

    Continua em funcionamento

  • DIREITO COMPARADO

    Mtodo que auxilia o Dipri e a Justia.

    Estudo sistemtico de outros sistemas jurdicos.

    30

  • FONTES

    Internas :

    Lei, doutrina, jurisprudncia

    Internacionais

    tratados e convenes

    O Direito diverge de acordo com as condies climticas, tnicas, fsicas, geogrficas, econmicas, sociais, religiosas e polticas. 31

  • Tratados de Montevideu

    Cdigo de Bustamante

    Convenes da Haia

    Restatement of the law of Conflicts of Law

    Liga das Naes / ONU UNCITRAL

    (comrcio internacional)

    Academia de Direito Internacional de Haia

  • CASO PARA DISCUSSO

    Capacidade

    Um rapaz frances aparentando ser novo pretende

    comprar seu apartamento.

    Para que o negcio jurco seja vlido o que voc

    deve perguntar ao rapaz?

  • CASO PARA DISCUSSO

    Cidado brasileiro, domiciliado no Rio de Janeiro, vai

    a Casino em Las Vegas

    Recebe crdito de US$ 500.000,00 para jogar no

    cassino do hotel, quantia que deveria ser paga ao

    final de sua estada.

    Perdeu toda a quantia volta ao Brasil sem pag-la

    Revel em processo perante a Justia americana perde a ao

    Homologao de sentena estrangeira no STJ busca de bens para serem executados ?

    34

  • OBRIGADA!

    35

  • DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

    Aula 2

    Domnio

    Definio de Dipri

    Otca do Dipri

    Direito Intertemporal e Dipri

  • DEFINIO DE DIPRI - (HAROLDO VALLADO)

    o ramo da cincia jurdica que resolve

    os conflitos de leis no espao,

    disciplinando os fatos em conexo no

    espao com leis divergentes e

    autnomas

    37

  • O Direito Internacional Privado por excelncia constitudo de regras de sobredireito colisionais que

    visam solucionar conflitos entre normas atemporais,

    interpespaciais, internacionais. Contudo, as demais

    normas colisionais atemporais, tanto as interespaciais

    internas como as interpessoais tambm devem ser

    consideradas integrantes da cincia dos conflitos,

    objeto principal do DIPRI.

    Jacob Dolinger

  • Temporais (Direito Intertemporal) Civil

    Internacionais Comercial

    Interespaciais Fiscal, etc

    Internas Interestaduais

    Interprovinciais

    Atemporais Inter-regionais

    (DIPRI) Intercantonais

    Interpessoais Interreligiosas

    Intertribais

    Intercastais

    Intertnicas

    s

    o

    b

    r

    e

    d

    i

    r

    e

    i

    t

    o

    Regras

    Colisionais

  • SITUAES MULTICONECTADAS

    necessitam regras jurdicas prprias

    mtodo conflitual o juiz se refere a uma norma de conflito para determinar o direito

    aplicvel ao litgio. Tanto faz usar o direito

    do foro ou o estrangeiro.

    40

  • DOMNIO DO DIPRI

    ESCOLA FRANCESA

    Nacionalidade;

    Condio Jurdica do Estrangeiro;

    Conflito de Leis;

    Conflito de Jurisdies;

    Direitos Adquiridos na sua dimenso internacional -

    Antoine Pillet

  • DOMNIO DO DIPRI

    ESCOLA ANGLO-SAX / CONFLICT OF LAWS

    Conflito de Leis;

    Conflito de Jurisdies;

    ESCOLA ALEM

    Conflito de Leis;

  • CONCEPES DO DIPRI

    Restritiva - Common Law

    Luiz Ivani Arajo

    Edgar Carlos de Amorim

    Ampla Jacob Dolinger, Carmen Tiburcio, Marilda Rosado, Nadia de Araujo

    43

  • NO H EFETIVAMENTE UM CONFLITO

    H UM CONCURSO DE LEIS

    PARA RESOLUO DESSA QUESTO SE APLICA O

    DIPRI

    Lei do

    Pas A

    Lei do

    Pas B

  • CONFLITOS INTERESPACIAIS

    Caso Miliken x Pratt EUA

    Fazem parte do estudo do DIPRI?

    Oscar Tenorio e Pontes de Miranda No

    Haroldo Vallado - Sim

  • CONFLITOS INTERPESSOAIS

    No tem aspecto espacial

    Mais de uma legislao

    Motivao subjetiva decorrentes de qualificaes pessoais

    Ex: na Europa Oriental at a 2 Guerra Mundial os casamentos eram celebrados de acordo com a religio de cada um.

    Fazem parte do estudo do DIPRI?

    Sim (Arminjon e Jacob Dolinger)

  • VISO DO DIPRI / TICA DO DIPRI

    Multilaterismo (Savigny) x Unilateralismo.

    que lei se aplica? x qual o alcance da minha lei?

    Classifica relaes x enfoque da relao

    Jurdicas e atribui a uma jurdica e sua conexo

    Ordem jurdica territorial ou nacional

    Ex: art 7 da LINDB x FCPA

  • DIPRI

    Anlise

    Relao jurdica sua qualificao

    Localizar a conexo ao sistema jurdico

    mais adequado, visando a sua aplicao

  • EXEMPLO: CONDIO JURDICA DO

    ESTRANGEIRO E CONFLITO DE LEIS

    Um estrangeiro = 17 anos = domiciliado em seu pas

    De passagem pelo Brasil

    Deseja fazer um testamento

    Condio jurdica do estrangeiro = Pode um estrangeiro

    efetuar ato de testamento no Brasil?

    Conflito de leis: qual lei civil ser aplicada ao

    testamento, no que tange capacidade e s normas

    testamentrias?

  • O DIPRI BRASILEIRO RESPONDE:

    Condio jurdica do estrangeiro = Pode um

    estrangeiro efetuar ato de testamento no Brasil?

    Sim, o estrangeiro tem condio jurdica para testar

    no Brasil.

    Conflito de leis: qual lei civil ser aplicada ao

    testamento, no que tange capacidade e s

    normas testamentrias?

    Os aspectos formais sero regidos pelo local da

    feitura do ato e os aspectos de substncia e

    capacidade pela lei do pas onde o estrangeiro

    domiciliado.

  • EXEMPLO NACIONALIDADE, CONDIO JURDICA

    DO ESTRANGEIRO, CONFLITO DE JURISDIO

    Um homem nascido em Paris, de pais brasileiros,

    casado com uma francesa, firmou em Paris

    contrato, juntamento com sua esposa, com quem

    casado no regime de separao de bens, contrato

    de compra de controle acionrio de uma sociedade

    brasileira, proprietria de um rgo jornalstico e

    que descumpre as obrigaes assumidas com o

    vendedor no que tange ao pagamento parcelado

    do preo da aquisio.

  • O homem brasileiro? (art. 12 CF)

    Pode a esposa ser titular dessas aes? (art. 15,

    CC frances)

    Qual tribunal competente para julgar a ao do

    vendedor contra o casal? (art. 88, II, CPC)

    Se for competente Tribunal brasileiro, como deve

    ser cumprida a obrigao?

    Qual a lei aplicvel a validade formal do contrato?

  • Qual a lei aplicvel para substncia do contrato?

    (interpretao de suas clusulas, o entendimento dos

    direitos e obrigaes das partes e as consequencias

    de um eventual inadimplemento)

    H possibilidade de se confirmar e executar a setena

    prolatada no Brasil na Frana?

  • 23/0

    8/1

    0

    54

    DIREITO INTERTEMPORAL E DIPRI

    Lei Antiga

    Sobredireito fator tempo Direito

    Lei Nova Intertemporal

    (conflito Intertemporal)

    Lei do Foro

    fator espao DIPRI

    Lei Estranha

    (conflito interespacial)

    (conflito interpessoal)

  • PODE OCORRER

    Conflito temporal de normas de DIPRI

    Conflito espacial de normas temporais

  • CONFLITO TEMPORAL DE NORMAS DE DIPRI

    alterao na legislao interna de conflitos

    de leis interespaciais ou interpessoais.

    Exemplo Brasileiro

  • 23/0

    8/1

    0

    57

    CONFLITO TEMPORAL DE NORMAS DE DIPRI

    Casamento

    Lei de Introduo ao CC1916

    Art. 8. A lei nacional da pessoa

    determina a capacidade civil, os direitos

    de famlia, as relaes pessoais dos

    cnjuges e o regimen dos bens no

    casamento, sendo lcito quanto a este a

    opo pela lei brasileira.

  • 23/0

    8/1

    0

    58

    CONFLITO TEMPORAL DE NORMAS DE DIPRI

    LINDB - 1942

    Art. 6 A Lei em vigor ter efeito imediato e geral,

    respeitados o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a

    coisa julgada.

    1 Reputa-se ato jurdico perfeito o j consumado

    segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

    Art. 7o A lei do pas em que domiciliada a pessoa

    determina as regras sobre o comeo e o fim da

    personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de

    famlia.

  • 23/0

    8/1

    0

    59

    CONFLITO TEMPORAL DE NORMAS DE DIPRI

    CONSEQUNCIA:

    Casamentos entre estrangeiros,

    domiciliados no Brasil, celebrados antes

    de 1942 obedecem at hoje o princpio da

    nacionalidade

  • CONFLITO TEMPORAL DE NORMAS DE DIPRI

    Esse conflito resolvido pelo Direito Intertemporal

    internacional

    Direito Intertemporal Internacional = Direito que rege os

    conflitos temporais das regras do DIPRI

    As regras de DIPRI seguem as mesmas regras que regem

    os conflitos temporais das normas jurdicas em geral.

    Dto Intertemporal Internacional = Dto Intertemporal Comum

  • CONFLITO TEMPORAL DE NORMAS DE DIPRI

    O efeito do tempo da modificao de uma regras de DIPRI determinado pelo sistema ao qual referida

    regra pertence

    Clunet

  • CONFLITO ESPACIAL DE NORMAS TEMPORAIS

    DIPRI do foro Dto estrangeiro

    Alterao

    temporal no Dto Interno

  • 23/0

    8/1

    0

    63

    CONFLITO ESPACIAL DE NORMAS TEMPORAIS

    Casal de alemes casou-se em 1943 na

    Alemanha separao de bens

    Lei alem de 1957 comunho de aquestos retroatividade da lei

  • CONFLITO ESPACIAL DE NORMAS TEMPORAIS

    Como proceder?

    Brasil ou Alemanha?

    Aceitar o Dto estrangeiro como um todo, inclusive a

    regra retroativa?

    Aplicar o Dto estrangeiro material anterior, em

    respeito a regra de Dto intertemporal do foro que

    determina a aplicao da norma vigente poca

    da ocorrncia do fato?

  • CONFLITO ESPACIAL DE NORMAS TEMPORAIS

    Respeitar a regra de Dto Intertemporal do sistema

    jurdico declarado competente

    Dto Intertemporal interno do Estado Estrangeiro

    Opo do DIPRI tem efeitos amplos e inclu o Dto

    Intertemporal do sistema jurdico indicado

    Exceo art. 17 LINDB

  • 23/0

    8/1

    0

    66

    CONFLITO ESPACIAL DE NORMAS TEMPORAIS

    Aplicao integral da lei alem

  • DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

    Aula 3

    Direito Uniforme

    Direito Uniformizado

    Direito Comparado

    Fontes

    Conflito de Fontes

  • UNIFORMIZAO

    modos

    Uniformizar - todo direito igual

    harmonizar - coordenao dos resultados, caminhando na mesma direo. Harmonizao atravs da uniformizao das regras de Dipr. Haia. Cidips.

    regras materiais Uncitral/Unidroit - uniformizao de um instituto jurdico, como p.e., a C & V Int, propriedade intelectual, . Direito

    material uniforme

    regras conflituais Haia/Oea (Cidips) direito uniforme dirigido. Dipr uniforme.

    68

  • DIREITO UNIFORME

    quando direitos autnomos no divergem. Naturalmente ou porque sofreram um processo de harmonizao. Direito uniforme dirigido, um direito de leis, e no como o Dipri sobre leis. Direito Uniforme anttese do Dipri.

    Mas a aplicao do direito uniforme ainda convive com o problema da interpretao divergente dos tribunais de cada pas. S a existncia de um tribunal nico garante a uniformizao.

    Complicador moderno processos de integrao trazem novos problemas, pois temos agora um ordenamento jurdico comunitrio.

    69

  • DIREITO COMPARADO

    Mtodo que auxilia o Dipri e a Justia.

    Estudo sistemtico de outros sistemas jurdicos.

    Comparao

    Macro

    Micro

    70

  • REN DAVID E OS SISTEMAS DE DIREITO

    Direitos Ocidentais

    Subgrupo Romano-Germnico

    Subgrupo Anglo-Saxo

    Direito Sovitico

    Direito Islmico (Sharia)

    Direito Hind

    Direito Chins

  • ASPECTOS ATUAIS

    Polinizao cruzada

    Transplantes legais

    Voluntrios

    Impostos

    Aproximao dos sistemas de Common Law e de

    Direito Romano-Germnico

  • LINDB/CPC

    LICC Art. 14. No conhecendo a lei

    estrangeira, poder o juiz exigir de quem a

    invoca prova do texto e da vigncia.

    CPC Art. 337. A parte, que alegar direito

    municipal, estadual, estrangeiro ou

    consuetudinrio, provar-lhe- o teor e a

    vigncia, se assim o determinar o juiz.

  • Common Law

    Desenvolvimento de caso a caso

    Decises no so formuladas at elas serem necessrias

    Particular - Geral

    F em Precedentes

    Cticos de Generalizaes

    Civil Law Lei codificao

    Decises feitas anteriormente

    Geral - Particular

    F em silogismos lgicos

    Interesse em sistematizaes

  • DIREITO COMPARADO

    (02) Comparar termos jurdicos em distintas

    legislaes.

    Compensao: Segundo o Cdigo Civil Brasileiro:

    Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigaes

    extinguem-se, at onde se compensarem.

    No Common Law, o mesmo instituto chamado set-

    off que, segundo Blacks Law Dictionary, significa: A debtors right to reduce the amount of a debt by any sum the creditor owes the debtor. The

    counterbalancing sum owed by the creditor

  • DIREITO UNIFORME Espontneo

    Constituio Espanhola de 1978

    Artculo 15.

    Todos tienen derecho a la vida y a la integridad fsica y

    moral, sin que, en ningn caso, puedan ser

    sometidos a tortura ni a penas o tratos

    inhumanos o degradantes. Queda abolida la pena de

    muerte, salvo lo que puedan disponer las leyes

    penales militares para tiempos de guerra.

  • DIREITO UNIFORME

    Espontneo

    Art 5 CF88

    III - ningum ser submetido a tortura nem a

    tratamento desumano ou degradante;

    XLVII - no haver penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,

    nos termos do art. 84, XIX;

  • DIREITO UNIFORME

    Provocado ou Uniformizado

    Convenes para adoo de uma lei uniforme em

    matria de letras de cmbio e notas promissrias

    Decreto 57663 - 1966

  • Dipri na mdia

    Convenes de Genebra completam 60 anos

    sendo menos respeitadas

  • DIREITO UNIFORMIZADO

    DECRETO N. 18.871 DE 13 DE AGOSTO DE 1929 Conveno de Direito Internacional Privado de Havana

    CUBA: Antonio S. de Bustamante

    Art. 1 As Republicas, contractantes acceitam e

    pem em vigor o Codigo de Direito Internacional

    Privado, annexo presente conveno.

  • DIFICULDADES

    Abrangncia

    Uniformidade de Aplicao

    Verificar ratificao por outros Estados

    Clusulas gerais, conceitos abertos

  • DIPRI X DIREITO UNIFORME

    DIPRI usado quando no h Direito Uniforme diversidade normativa (Asser anttese)

    Jitta Direito Uniforme uma das manifestaes do DIPRI

    UNIFORMIZAO DO DIPRI:

  • CIDIP CONFERNCIA ESPECIALIZADA INTERAMERICANA SOBRE DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO (CIDIP-VII)

    Conveno Interamericana sobre a Restituio

    Internacional de Menores

    Promulgada pelo Decreto n 1.212, de 3 de agosto de

    1994

    Conveno Interamericana sobre Obrigao

    Alimentar

    Promulgada pelo Decreto n 2.428, de 17 de dezembro

    de 1997

  • Conveno Interamericana sobre Conflito de Leis em

    Matria de Adoo de Menores

    Promulgada pelo Decreto n 2.429, de 17 de dezembro

    de 1997

    Conveno Interamericana sobre Normas Gerais de

    Direito Internacional Privado

    Promulgada pelo Decreto n 1.979, de 9 de agosto de

    1996

  • Conveno Interamericana sobre Eficcia

    Extraterritorial das Sentenas e Laudos Arbitrais

    Estrangeiros

    Promulgada pelo Decreto n 2.411, de 2 de dezembro

    de 1997

    Conveno Interamericana sobre Cartas Rogatrias

    Promulgada pelo Decreto n 1.899, de 9 de maio de

    1996

  • SUCESSO

    Direito Martimo

    Direito das Telecomunicaes

    Direito Aeronutico

    Direito da Propriedade Intelectual

    Direito da Unio Europeia

    Cdigo Aduaneiro do Mercosul evitar dupla cobrana da Tarifa de Exportao Comum

  • UNIDROIT

    International Institute for the Unification of Private

    Law

    1926 rgo auxiliar da Liga das Naes

    1940 Estados Membro 61

    Estatuto independente, tentativa de imparcialidade

    entre sistemas jurdicos

    Convenes + Soft Law

    Arbitragem

  • UNCITRAL

    United Nations Commission on International Trade

    Law 1966

    Convenes

    United Nations Convention on the Carriage of

    Goods by Sea

    Leis Modelo

    UNCITRAL Model Law on International Commercial

    Arbitration (inspirao da lei brasileira)

  • SOFT LAW

    Direito no-estatal

    Incoterms - ICC

    international commerce terms

    FOB Free on board (named loading port)

    CIF Cost, Insurance and Freight (named destination port)

  • FONTES

    Internas :

    Lei, doutrina, jurisprudncia

    Internacionais

    tratados e convenes

    doutrina, jurisprudncia e costume

    O Direito diverge de acordo com as condies climticas, tnicas, fsicas, geogrficas, econmicas, sociais, religiosas e polticas. 91

  • NORMAS INTERNACIONAIS ESTATUTO CIJ

    Artigo 38

    1. A Corte, cuja funo seja decidir conforme o direito internacional as controvrsias que sejam submetidas, dever aplicar;

    2. as convenes internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

    3. o costume internacional como prova de uma prtica geralmente aceita como direito;

  • 4. os princpios gerais do direito reconhecidos pelas naes civilizadas;

    5. as decises judiciais e as doutrinas dos publicitrios de maior competncia das diversas naes, como meio auxiliar para a determinao das regras de direito, sem prejuzo do disposto no Artigo 59.

    6. A presente disposio no restringe a faculdade da Corte para decidir um litgio ex aequo et bono, se convier s partes.

  • TRATADO CONVENO DE VIENA

    SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS DECRETO N 7.030, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2009 Artigo 2

    Expresses Empregadas

    1. Para os fins da presente Conveno:

    a) "tratado" significa um acordo internacional

    concludo por escrito entre Estados e regido pelo

    Direito Internacional, quer conste de um instrumento

    nico, quer de dois ou mais instrumentos conexos,

    qualquer que seja sua denominao especfica;

  • DIPR: ELABORAO E INTERNALIZAO DOS TRATADOS

    Fases: 1. Negociao;

    2. Assinatura;

    Poder para celebrar tratados = Presidente da Repblica (CF art 84,VIII) que

    delega ao Ministrio das Relaes Exteriores (Decreto 2.246/97).

    Competncia originria: Presidente.

    Competncia derivada: Ministro das Relaes Exteriores.

    3. Executivo envia ao CN - exposio de motivos + mensagem presidencial

    4. Resoluo pelo Congresso Nacional Crivo do Poder Legislativo CF: Artigo 49, I.

    Competncia Ad referendum

    Pode apresentar reservas

    Decreto Legislativo do Presidente do Senado Federal

  • 5. Ratificao Presidente da Repblica validade externa

    Troca de notas diplomticas (bilateral).

    Depsito: alcance do n mnimo de ratificaes (multilateral).

    2 momento de manifestao de vontade do Executivo

    Comunicao formal de que o Estado se obriga

    Internacionalmente

    6. Promulgao Presidente da Repblica validade interna.

    Mediante Decreto

    7. Registro e Publicao. ato externo no orgo

    responsvel para depsito

  • EXERCCIOS OAB 1 - Qual das assertivas abaixo demonstra de maneira

    correta os trmites necessrios para que um Tratado

    ou Acordo Internacional, do qual o Brasil signatrio,

    tenha plena vigncia no direito ptrio:

    a. No existem trmites legais internos posteriores a

    assinatura dos Tratados ou Acordos Internacionais.

    Uma vez que, firmados pela autoridade competente,

    tm vigncia imediata;

  • EXERCCIOS OAB

    B - A integrao da norma internacional no direito

    positivo se d no momento em que ratificada pelo

    Poder Executivo, atravs de Decreto Presidencial;

    c. A adeso efetiva ao diploma internacional dar-se-

    somente aps ter sido aprovado pelo Congresso Na-

    cional, mediante Decreto Legislativo, e

    posteriormente ratificado pelo Poder Executivo;

    d. Os trmites legais internos resumem-se na

    aprovao, por maioria simples, pelo Senado Federal.

  • EXERCCIOS OAB

    2 - As declaraes de vontade, atos e leis de outro

    pas s tero eficcia no Brasil se:

    a. Forem homologadas pelo Supremo Tribunal

    Federal;

    b. No ofenderem a soberania nacional, a ordem

    pblica e aos bons costumes;

    c. Forem ratificados pelo Congresso Nacional;

    d. Estiverem fundamentados em protocolos

    elaborados pelo Ministrio das Relaes Exteriores.

  • DIPR: CONFLITO DE FONTES

    Teorias:

    Monista (Kelsen)

    Sustentava no ser possvel admitir a existncia de dois sistemas

    jurdicos distintos, vlidos e independentes um do outro.

    As relaes de direito interno e internacional convergem-se

    superpe e formam uma nica ordem jurdica.

    Norma internacional no topo da pirmide - hierarquia das normas -

    primazia do direito internacional sobre o direito interno.

    A norma internacional ratificada pelo Estado passa a integrar seu

    ordenamento jurdico, regendo as relaes internas.

  • 3 correntes:

    Primazia do Direito Interno

    Primazia do Direito Internacional

    Moderado

    A concepo monista da primazia do Direito

    Internacional a que atualmente prevalece em vrios

    pases, dentre os quais Argentina e Paraguai, no

    mbito do MERCOSUL, e Portugal na Europa.

  • CTN - LEI N 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

    Art. 98. Os tratados e as convenes

    internacionais revogam ou modificam a

    legislao tributria interna, e sero

    observados pela que lhes sobrevenha.

  • DIPR: CONFLITO DE FONTES

    Teorias:

    Dualista (Trieppel)

    Face s suas caractersticas, o direito interno e o direito internacional

    constituem sistemas jurdicos distintos; so dois crculos que no se

    sobrepem, apenas se tangenciam. Da no haver possibilidade de

    conflito. O direito interno rege relaes de direito intra-estatais e o

    direito internacional, relaes interestatais.

    Necessidade de fazer editar, no plano interno, norma idntica

    internacional, para que incida sobre as relaes internas.

  • DUALISMO

    ANZILOTTI que as ordens jurdicas internas e

    externas so diversas porque tem

    destinatrios diferentes, enquanto a

    internacional regulamenta as relaes entre os

    Estados, a interna regulamenta a dos

    indivduos, emanando de fontes diversas

    tendo, portanto, destinatrios diferentes.

    Duas correntes:

    Dualismo Radical

    Dualismo Moderado

  • DIREITO INTERNACIONAL

    E DIREITO INTERNO

    Monismo

    Unidade de todo o

    sistema

    Jurdico

    Primazia do direito

    natural

    Primazia dos direitos

    humanos

    Primazia do pacta sunt servanda

    Recepo automtica

    plena

    Dualismo

    Autonomia da ordem

    Estadual

    Primazia da soberania

    Preservao da primazia

    democrtico-parlamentar

    Transformao dos

    tratados em leis

  • DIPR: CONFLITO DE FONTES

    Critrios de Soluo de Conflitos

    (O direito no suporta antinomias)

    Hierrquico (primazia para a Constituo ou para o Direito

    Internacionalista, e no plano interno, pirmide das leis).

    Especializao (lex specialis derogat generali).

    Temporal (later in time - US Supreme Court).

    Exceo: direito comunitrio - primazia (UE), com fundamento no direito

    constitucional interno.

  • Carmen Tiburcio enfatiza que o Dualismo no mais subsiste, tendo em vista que normas oriundas de convenes sobre direitos humanos tm aplicao imediata esfera dos particulares, bem como no caso de normas protetivas dos trabalhadores advindas das Convenes da OIT que, igualmente, so aplicadas diretamente na relao empregador-empregado.

    Art. 5, 3, CF/88. Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    Carmen Tiburcio ressalta que os conflitos entre lei e tratados-contrato no se resolvem com a equiparao dos mesmos e uso do critrio temporal, pois estes tm por natureza criar normas especiais, que afastam, no caso, a regra geral consubstanciada na lei interna. Para que no mais sejam aplicados faz-se necessria sua denncia formal.

    H quem defenda (Gustavo Binenbojm, Ndia de Arajo) que o sistema adotado no mbito do direito brasileiro seja o dualismo moderado, em razo da exigncia de promulgao do decreto presidencial que marca o incio da vigncia do tratado no plano interno.

  • CF X TRATADO

    Carmen Tibrcio

    Hoje a doutrina e a jurisprudncia brasileiras so quase unnimes

    quanto soluo desse tipo de

    conflito: tem-se entendido que

    prevalece a Constituio, sem

    atentar para qualquer critrio

    cronolgico

  • CF 1988

    Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer

    natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes

    no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade,

    segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    [...]

    2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no

    excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela

    adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica

    Federativa do Brasil seja parte.

    3 - Os tratados e convenes internacionais sobre direitos

    humanos que foram aprovados, em cada Casa do Congresso

    Nacional, em dois turnos, por trs quinto dos votos dos respectivos

    membros, sero equivalentes s emendas constitucionais.

  • CF 1988 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a

    guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em

    nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida:

    [...]

    b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

    [...]

    Art. 178. A lei dispor sobre a ordenao dos transportes areo,

    aqutico e terrestre, devendo, quanto ordenao do transporte

    internacional, observar os acordos firmados pela Unio, atendido

    o princpio da reciprocidade.

  • o poder de interpretar o ordenamento normativo do

    Estado, ainda que disseminado por todo o corpo social,

    traduz prerrogativa essencial daqueles que o aplicam,

    incumbindo, ao Judicirio, notadamente ao Supremo

    Tribunal Federal - que detm, em matria

    constitucional, "o monoplio da ltima palavra" -, o

    exerccio dessa relevantssima atribuio de ordem

    jurdica. (STF, acrdo proferido na ADIN N 1.675-1 DF)

  • CONVENO DE VARSVIA X CDC E CF

    STF RE 172720-9 (ver)

    Indenizao e dano moral

  • Constituio Federal x Conveno da OIT que trata da

    reintegrao compulsria do trabalhador demitido sem

    justa causa:

    Dispunha o art. 492 da CLT que, completados dez anos junto

    ao mesmo empregador, o trabalhador passaria a gozar de

    estabilidade, no podendo ser despedido seno pela prtica

    de falta grave. Com o advento da Lei n 5.107/66, que cria o

    FGTS, faculta-se ao trabalhador optar por uma indenizao

    em caso de despedida.

  • A Constituio Federal de 1988 consagra, em seu

    art. 7, I e III, o FGTS (indenizao) como direito de

    todos os trabalhadores, deixando de existir a

    estabilidade decenal. Entretanto, em 1996, o Brasil

    ratifica a Conveno n 158 da OIT, por meio do

    Decreto n 1.855/96, que prev a reintegrao

    compulsria do trabalhador dispensado sem justa

    causa, em retomada ao instituto da estabilidade.

    ADIN = viola o art. 7, I, da CF/88, ao adotar,

    contrariamente, o critrio da estabilidade; a

    Conveno incorporada rbita interna

    com status de lei ordinria, inconstitucional =

    deveria ser apenas por lei complementar.

  • Restou assentado na ementa da ADIN que, no

    sistema jurdico brasileiro, os tratados ou

    convenes internacionais esto

    hierarquicamente subordinados autoridade

    normativa da Constituio e, em conseqncia,

    no podem versar matria posta sob reserva

    constitucional de lei complementar.

  • Entretanto, a Corte entendeu que a Conveno da

    OIT dotada de contedo programtico, cuja

    aplicabilidade depende da ao normativa do

    legislador interno de cada pas. A este

    possibilitada a adequao das diretrizes constantes da Conveno n 158/OIT s exigncias

    formais e materiais do estatuto constitucional

    brasileiro, adotando, em conseqncia, a frmula da reintegrao no emprego e/ou da indenizao

    compensatria, que se revelar mais consentnea

    com a legislao e a prtica nacionais.

    Em junho de 2001, a ADIN julgada extinta pela

    perda superveniente de seu objeto, j que o

    Presidente da Repblica denunciou a referida

    Conveno.

  • Conflito entre a Constituio Federal e o Pacto de San Jos da Costa Rica, que no admite priso civil por dvida:

    A Constituio Federal de 1988, em seu art. 5, LXVII, prev a priso civil do responsvel pelo inadimplemento voluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel.

    A Lei Ordinria n 4.728/65, em seu art. 66, equipara o devedor fiduciante ao depositrio, pois em ambos os casos o domnio e a posse indireta continuam a pertencer ao credor, pela natureza do contrato.

    Discute-se, primeiramente, se lei ordinria pode acrescentar outras hipteses de cabimento de priso civil por dvida s j previstas na norma constitucional (devedor fiduciante).

  • O Brasil ratificou o Pacto de So Jos da Costa Rica,

    que s admite priso civil por inadimplemento de

    prestao alimentar, enquanto a Constituio brasileira

    contempla tambm a priso do depositrio infiel. Surge,

    da, outra discusso com respeito norma que

    prevalece.

    A doutrina e a jurisprudncia ptrias, majoritariamente,

    consolidaram-se no sentido de admitir a priso civil do

    depositrio infiel, adotando a tese da primazia da

    Constituio sobre os tratados.

    Parte da doutrina, no entanto, defendia que tratados de

    direitos humanos como o o Pacto de So Jos seriam incorporados ao direito interno com status de

    norma constitucional, de modo que s restaria possvel a

    priso civil de devedor de alimentos.

  • Anteriormente vigncia da Emenda

    Constitucional n 45, de 30/12/2004 ficou consagrado o entendimento da supralegalidade do

    pacto e dos tratados de direitos humanos. E caso

    respeitem o quorum de internalizao, ps emenda

    45 seriam considerados como emenda

    constitucional

  • HOLANDA CONSTITUIO 1983

    Art 94 As disposies legais em vigor no Reino deixaro de se aplicar quando colidirem

    com disposies de tratados obrigatrias para

    todas as pessoas ou com decises de

    organizaes internacionais.

  • FRANA CONSTITUIO 1958

    Art. 55 Os tratados ou acordos

    regularmente ratificados ou aprovados

    tm, a partir de sua publicao, uma

    autoridade superior das leis, desde que

    respeitados pela outra parte signatria

  • Cdigo de Bustamante - Brasil - STF

    SE 933, RT vol. 136, p. 824. Competncia - Direito Internacional Privado - Ao contra residente no Brasil perante a justia de pas

    diverso - Inexistncia de atentado soberania nacional - Aplicao dos

    artigos 318 a 322 do Cdigo de Bustamante e no corpo do acrdo se l: Observou-se, algures, aplicar-se no Brasil o Cdigo de Bustamante exclusivamente aos sditos dos pases que o adotaram. No parece

    apoiado em boa razo e acerto: os tratados, sim, apenas obrigam as

    partes contratantes, mas um Cdigo, seja qual for a sua origem, lei do

    pas que o promulgou, rege o direito por ele regulado, qualquer que

    seja a nacionalidade das pessoas que naquele territrio o invoquem. O

    professor Clovis Bevilaqua, ao comentar o Cdigo Civil, ensinou

    aplicar-se a lei pessoal do marido para determinar o regime dos bens

    entre os cnjuges. Sobrevindo o Cdigo de Bustamante, entendeu o

    mestre estar eliminada a exegese por ele proferida, no artigo 8o da

    Introduo ao Cdigo, em virtude da regra geral do art. 187 do

    repositrio de normas civis adotado em Havana... este, hoje, o direito

    internacional vigente no Brasil. No ops exceo alguma; no o

    restringiu aos sditos de pases que participavam da Conferncia de

    Havana.

  • DECRETO N 7.030, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2009. CONVENO DE VIENA SOBRE O DIREITO

    DOS TRATADOS

    Artigo 27

    Direito Interno e Observncia de

    Tratados

    Uma parte no pode invocar as

    disposies de seu direito interno para

    justificar o inadimplemento de um

    tratado. Esta regra no prejudica o

    artigo 46.

  • OBRIGADA!

    [email protected]

    124

  • DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

    Aula 4

    Normas

    Classificao das Normas de DIPRI

    Regras de Conexo

  • JACOB DOLINGER:

    No entanto, h que se diferenciar entre as convenes que elaboram direito uniforme, por

    coordenao internacional, como as convenes

    de Genebra sobre ttulos de crdito, que no

    distinguem entre as relaes jurdicas internas das

    internacionais, que criam direito civil ou comercial

    uniformizado, de um lado, e, de outro lado, as

    convenes que estabelecem normas uniformes

    em assuntos de estrita aplicao na atividade

    internacional, como a compra e venda internacional

    e o transporte martimo e areo internacional. A

    temos normas de Direito Internacional

    Uniformizado

  • As normas de DIPRI podem ser classificadas

    quanto

    fonte,

    natureza e

    estrutura

  • NORMAS DE DIPRI

    Quanto a Fonte

    Interna

    Internacional

  • Normas de DIPri

    Classificao:

    Quanto a Natureza:

    Normas Indiretas;

    Normas Diretas;

    Normas Qualificadoras

    Pa

    ge

    12

    9

  • QUANTO A NATUREZA

    Indireta apontam a regra material Art. 7 caput LINDB

    Direta Solucionam a questio juridico Art. 12 CF

    Qualificadora qualificam um instituto jurdico

  • Norma Qualificadora

    Conveno Interamericana sobre o Domiclio de

    Pessoas Fsicas no DIP, aprovada na 2

    Conferncia Interamericana de Direito Internacional

    Privado, Montevidu, 1979, assim define o

    domiclio em seu artigo 2:

    O domiclio da pessoa fsica ser determinado pelas circunstncias discriminadas na seguinte

    ordem:

    O local de sua residncia habitual;

    O local de seu principal lugar de negcios;

    Na ausncia dos dois fatores acima, o lugar de sua

    residncia;

    Na ausncia de sua residncia, o lugar onde a

    pessoa se encontrar.

  • NORMAS DE DIPRI

    Classificao quanto estrutura

    Unilaterais ou incompletas

    Bilaterais ou completas

  • QUANTO A ESTRUTURA: NORMA UNILATERAL

    Consiste em uma norma imperfeita, que se

    restringe ao mbito dos nacionais de apenas um

    Estado. dizer, a preocupao do legislador

    unilateralista a aplicao da lex fori, razo pela

    qual, em meio a um conflito, estar sempre

    inclinado a aplicar sua prpria lei.

    Quando se aplica minha lei?

  • NORMA UNILATERAL

    V. art. 3, alnea 3, Cdigo de Napoleo de 1804:

    As leis concernentes ao estado e capacidade das pessoas regem os franceses, mesmo residente

    em pas estrangeiro.

    OTICA/METODO UNILATERALISTA: cuida da

    extenso geogrfica da sua prpria lei,

  • Invariavelmente unilaterais so as regras sobre

    nacionalidade,

    condio jurdica dos estrangeiros

    normas processuais

    (Exemplos: art. 7, 1, art. 9, 1 e art. 10, 1 todos

    da LINDB).

  • CORRENTES UNILATERALISTAS

    bilateralizao da norma unilateral:

    quando a mesma se defrontar com uma situao

    que no pode ser resolvida pela lei unilateral do

    foro.

    se o DIPRI francs determina a aplicao da lei

    francesa para os franceses em matria de estado e

    capacidade, resulta que os tribunais franceses

    devem aplicar a lei alem para o cidado de

    nacionalidade alem, e a lei inglesa para o estado

    e a capacidade do cidado ingls. Esta tem sido a

    orientao da jurisprudncia francesa.

  • CORRENTES UNILATERALISTAS

    no aceita esta bilateralizao

    a lei estrangeira s pode ser aplicada se ela mesma

    assim desejar, isto , se ela se declarar competente.

    na Frana, o alemo ser regido pela lei alem, de sua

    nacionalidade, porque o DIPRI alemo estabelece esta

    regra para o estado e a capacidade do alemo.

    J o ingls, cuja legislao no adota a regra da

    nacionalidade, mas a do domiclio, no poder ter

    aplicada sua pessoa na Frana a lei de sua

    nacionalidade, pois ela no admite a sua competncia

    nesta hiptese. Os tribunais franceses no poderiam

    aplicar a lei inglesa contra a vontade desta.

  • CORRENTE QUE NO ACEITA A BILATERALIZAO

    Esta corrente fortemente criticada, pois dela resultam duas situaes sem soluo: a lacuna e o

    acmulo.

    A lacuna se verifica quando nenhuma outra lei se

    considera competente na espcie, como, por

    exemplo, no caso do ingls domiciliado na Frana.

    E o acmulo se verificar quando mais de uma lei

    estrangeira se considerar competente

  • NORMA BILATERAL

    uma norma tida como perfeita e universal, na

    medida em que se ocupa de todo mundo, e no

    objetiva a aplicao exclusiva de sua prpria lei.

    Est mais voltada para o exame de suas

    particularidades e nuances, o que induz procura

    da lei mais apropriada para a soluo do conflito

    (maior capacidade de universalizar).

  • Que lei se aplica?

    V. art. 20 da lei italiana de 1995:

    A capacidade jurdica da pessoa fsica regida por sua lei nacional.

    OTICA /METODO MULTILATERALISTA: cuida dos

    institutos do estado e da capacidade das pessoas,

    dispondo que os mesmos se submetem lei da

    nacionalidade das pessoas

  • A escola que defende o bilateralismo repudia o

    argumento da competncia exclusiva do legislador

    estrangeiro de limitar a aplicao de sua lei,

    argumentando que aplicar a lei de determinado

    Estado no implica em atribuir-lhe competncia, eis

    que a existncia das duas regras um fato no

    mundo jurdico.

  • A tendncia do Direito Internacional Privado

    brasileiro a de formular normas bilaterais, haja

    vista a maioria das regras contidas na Lei de

    Introduo ao Cdigo Civil, estruturadas de forma

    bilateral.

  • DEFINIO - DOLINGER

    As regras de conexo so os normas

    estatudas pelo DIP que indicam o direito

    aplicvel s diversas situaes jurdicas

    conectadas a mais de um sistema legal

  • MOMENTOS DO DIPRI

    Classificar a situao ou

    relao jurdica

    Localizar a sede jurdica

    Determinar a aplicao do

    direito vigente

  • CLASSIFICAO DOS ELEMENTOS DA

    CONEXO:

    a) Pessoais (nacionalidade,domiclio e

    residncia);

    b) Reais (local onde est situado o bem

    mvel ou imvel); e

    c) Conducistas (autonomia das partes,

    celebrao do contrato, execuo do

    contrato e local onde foi cometido ato

    ilcito).

    Pa

    ge

    14

    5

  • a) como saber qual direito deve ser aplicado?

    b) de que modo deve ser estabelecida a

    vinculao entre dois ou mais direitos, para

    que seja decidida a aplicao de direito

    estrangeiro ou nacional?

    Teoria das Qualificaes: Qualificao tcnica de classificao de questo jurdica, segundo as

    regras do DIPRI, de modo a enquadr-la no sistema

    legal de determinado Estado.

    Pa

    ge

    14

    6

  • METODO

    a) Caracterizao da situao jurdica,

    classificando-a (a questo relativa ao estado

    da pessoa, sua capacidade, situao de

    um bem, a um ato jurdico?);

    b) Localizao da sede jurdica da questo (o estado da pessoa tem localizao no pas

    de sua nacionalidade ou de seu domiclio?),

    que leva ao elemento de conexo;

    c) Aplicao da regra de conexo, que permite indicar a norma aplicvel.

    Pa

    ge

    14

    7

  • CARACTERIZAO

    Estado ou capacidade da pessoa LINDB

    Art. 7o A lei do pas em que domiciliada a

    pessoa determina as regras sobre o

    comeo e o fim da personalidade, o

    nome, a capacidade e os direitos de

    famlia.

  • Lei do estatuto pessoal

    O estatuto pessoal o conjunto de atributos constitutivos da

    individualidade jurdica de uma pessoa humana. Estado da pessoa e

    sua capacidade: nascimento, aquisio de personalidade, questes

    atinentes filiao, nome, ptrio poder (poder familiar), casamento,

    separao etc.

    - Artigo 7 da LINDB

    - Principais critrios existentes:

    o Nacionalidade (Europa) e Domiclio (Amrica Latina)

    Prof. Fernando Borges Vieira 149

  • CARACTERIZAO

    Situao de um bem - LINDB

    Art. 8o Para qualificar os bens e regular

    as relaes a eles concernentes,

    aplicar-se- a lei do pas em que

    estiverem situados.

  • LOCALIZAO DA SEDE JURDICA

    Categorias tm sua sede jurdica

    Quando encontrada, encontra-se o

    elemento de conexo

    Conexo a ligao, o contato entre a

    situao da vida e a norma que vai reg-

    la

  • CLASSIFICAO 3 ELEMENTOS

    Sujeito

    Objeto

    Ato jurdico

  • DIREITO COMPARADO

    Europa centro de gravidade

    EUA most significant relationship

    Maior liberdade ao aplicador

  • Classicamente regras apontavam para uma s conexo

    Sua, Itlia e Japo regras de mltiplas conexes - dpeage

  • 03) Regras de conexo

    - Regras de conexo so normas indiretas que indi-

    cam o direito aplicvel s diversas situaes ju-

    rdicas, quando ligadas a mais de um sistema

    legal.

    Classificar a situao jurdica

    estado e capacidade bem ato jurdico

    da pessoa

    pas de sua naciona- pas em local de constitu-

    lidade ou domiclio que o ou que deva

    estiver ser cumprido

    situada

    Prof. Fernando Borges Vieira 155

  • Nacionalidade

    o a lei nacional mais adequada porque reflete

    os costumes nacionais;

    o critrio mais estvel do que o domiclio; e

    o maior facilidade na determinao da

    nacionalidade do que o domiclio.

    Prof. Fernando Borges Vieira 156

  • Domiclio

    o corresponde aos interesses do imigrante, conhece

    melhor a legislao do pas onde vive e trabalha;

    o interesses de terceiros so mais bem protegidos apli-

    cando-se-lhes a lei local;

    o aplicao da lei do Estado facilita a assimilao dos

    estrangeiros e abrange o direito de famlia; e

    o competncia jurisdicional quase sempre domiclio.

    Prof. Fernando Borges Vieira 157

  • INTRODUO AO CC1916

    Art. 8. A lei nacional da pessoa

    determina a capacidade civil, os

    direitos de famlia, as relaes

    pessoais dos cnjuges e o regimen dos

    bens no casamento, sendo licito quanto

    a este a opo pela lei brasileira.

  • LINDB

    Art. 7o A lei do pas em que domiciliada a

    pessoa determina as regras sobre o comeo

    e o fim da personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de famlia.

    Relao exemplificativa: direitos da

    personalidade, vida, imagem, honra lex fori

  • Pa

    ge

    16

    0

  • Pa

    ge

    16

    1

  • Pa

    ge

    16

    2

  • Pa

    ge

    16

    3

  • OBRIGADA!

    [email protected]

    164

  • AULA 5

    Professora Carolina Azevedo DIPRI I

    Exerccios Regras de Conexo

    Reenvio

    Exerccios de Reenvio

    Questo Prvia

    Aplicao e Prova do Direito Estrangeiro

  • LINDB - LEX DOMICILLI

    Art. 7o A lei do pas em que

    domiciliada a pessoa determina

    as regras sobre o comeo e o

    fim da personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de

    famlia.

  • QUESTO OAB MG 2005

    Jorge, cidado de nacionalidade sria, domiciliado na ndia, morre em um acidente areo no Brasil, quando viajava em uma aeronave da companhia americana Bill Air, vindo a ser enterrado na Blgica, onde residem seus herdeiros. Segundo a lei brasileira, o fim da personalidade jurdica de Jorge ser determinado pelas regras de direito:

    A - Srio

    B - Brasileiro

    C - Indiano

    D - Belga

  • OAB Com relao ao Direito Internacional Privado, CORRETO

    afirmar:

    a) Constitui o conjunto de normas vlidas para todos os

    pases do mundo;

    b) Constitui o conjunto de normas vlidas para todos os

    pases que sejam signatrios de tratados internacionais,

    especificamente nas matrias tratadas;

    c) Constitui o conjunto de normas internas de cada pas

    que tem por finalidade determinar qual direito material

    deve ser aplicado, naquele pas, aos fatos e atos

    internacionais;

    d) Constitui o conjunto de normas internas de cada pas

    que tm por finalidade o tratamento das relaes jurdicas

    entre pessoas de nacionalidades diversas.

  • CORRETO afirmar que os Incoterms so:

    a) clusula padro de uso obrigatrio pelos pases membros da Cmara de Comrcio Internacional, sediada

    em Paris (CCI/Paris).

    b) clusula padro editadas pela Cmara de Comrcio

    Internacional, sediada em Paris (CCI/Paris), e largamente

    utilizadas nos contratos de importao e exportao.

    c) Termos internacionais de comrcio definidos em tratado

    internacional firmado no mbito da Cmara de Comrcio

    Internacional, sediada em Paris (CCI/Paris).

    d) termos internacionais de comrcio definidos em tratado

    internacional, que determina a aplicao da chamada Lex

    Mercatoria pelos pases signatrios.

  • LINDB

    Art. 9o Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-

    se- a lei do pas em que se constiturem.

    1o Destinando-se a obrigao a ser executada no

    Brasil e dependendo de forma essencial, ser esta

    observada, admitidas as peculiaridades da lei

    estrangeira quanto aos requisitos extrnsecos do ato.

  • Foi celebrado, no Canad, entre um brasileiro e um

    americano, um contrato internacional de compra e venda

    de imvel situado no Brasil. Posteriormente, dada a

    inadimplncia do americano, o brasileiro pretendeu ajuizar

    ao judicial. Quanto lei material aplicvel, CORRETO

    afirmar que ser utilizada

    a) somente a lei brasileira.

    b) somente a lei americana.

    c) somente a lei canadense.

    d) a lei canadense e, quanto forma essencial do ato, a lei

    brasileira.

  • LINDB

    Art. 9o Para qualificar e reger as

    obrigaes, aplicar-se- a lei do pas em

    que se constiturem.

    ...

    2o A obrigao resultante do contrato

    reputa-se constituda no lugar em que residir

    o proponente.

  • Empresa brasileira formula proposta escrita dirigida a

    empresa na Itlia para o fornecimento de

    equipamentos a serem entregues no Brasil. Visto que

    as partes no elegeram expressamente a lei de

    regncia de sua relao, correto afirmar que:

    a) A lei de ambos os pases ser aplicvel, no que

    couber.

    b) A lei italiana reger as obrigaes decorrentes do

    contrato.

    c) A lei brasileira ser a aplicvel para regncia do

    contrato.

    d) Eventuais conflitos devero ser submetidos a uma

    corte arbitral internacional.

  • LINDB

    Art. 18. Tratando-se de brasileiros, so

    competentes as autoridades consulares

    brasileiras para lhes celebrar o casamento e

    os mais atos de Registro Civil e de

    tabelionato, inclusive o registro de

    nascimento e de bito dos filhos de

    brasileiro ou brasileira nascido no pas da

    sede do Consulado.

  • LINDB

    Art 7

    2o O casamento de estrangeiros poder celebrar-

    se perante autoridades diplomticas ou consulares

    do pas de ambos os nubentes.

  • Um casal formado por um brasileiro, domiciliado no Brasil, e

    uma indiana, domiciliada na ndia, resolve se casar na

    Frana. Ao chegar ao Consulado brasileiro, o cnsul se

    recusa a celebrar o matrimnio. correto afirmar que o

    cnsul

    a) agiu equivocadamente, tendo em vista que o casamento de

    brasileiro no exterior, perante consulado do Brasil,

    permitido;

    b) agiu acertadamente, tendo em vista que ambos os

    nubentes deveriam ter o mesmo domiclio para que seu

    casamento fosse realizado perante o Consulado brasileiro;

    c) agiu acertadamente, porque ambos os nubentes deveriam

    ter a mesma nacionalidade para que seu casamento fosse

    realizado perante o Consulado brasileiro;

    d) agiu acertadamente, uma vez que o casamento de

    brasileiro, no exterior, somente pode ser celebrado perante

    autoridade local.

  • LINDB

    Art. 7o A lei do pas em que domiciliada a

    pessoa determina as regras sobre o comeo

    e o fim da personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de famlia.

    1o Realizando-se o casamento no Brasil,

    ser aplicada a lei brasileira quanto aos

    impedimentos dirimentes e s formalidades

    da celebrao.

  • CDIGO CIVIL CAPTULO III

    Dos Impedimentos

    Art. 1521. No podem casar:

    I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

    II - os afins em linha reta;

    III - o adotante com quem foi cnjuge do adotado e o adotado com quem o foi do

    adotante;

    IV - os irmos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, at o terceiro grau

    inclusive;

    V - o adotado com o filho do adotante;

    VI - as pessoas casadas;

    VII - o cnjuge sobrevivente com o condenado por homicdio ou tentativa de

    homicdio contra o seu consorte.

  • IMPEDIMENTOS DIRIMENTES

    No podem casar impedimento absoluto.

  • CC CAPTULO IV

    Das causas suspensivas

    Art. 1523. No devem casar:

    I - o vivo ou a viva que tiver filho do cnjuge falecido, enquanto no fizer inventrio

    dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;

    II - a viva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado,

    at dez meses depois do comeo da viuvez, ou da dissoluo da sociedade conjugal;

    III - o divorciado, enquanto no houver sido homologada ou decidida a partilha dos

    bens do casal;

    IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmos, cunhados ou

    sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto no cessar a tutela ou

    curatela, e no estiverem saldadas as respectivas contas.

    Pargrafo nico. permitido aos nubentes solicitar ao juiz que no lhes sejam

    aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo,

    provando-se a inexistncia de prejuzo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-

    cnjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente

    dever provar nascimento de filho, ou inexistncia de gravidez, na fluncia do prazo.

  • CAUSAS SUSPENSIVAS

    no devem casar. Esta expresso uma recomendao apenas. Se houver o casamento,

    ele ser vlido, mas exige como consequncia o

    regime de separao de bens.

  • Uma viva francesa, domiciliada na Itlia, veio para o Brasil para

    se casar com um brasileiro aqui domiciliado, sob o regime da

    comunho parcial de bens. Entretanto, haviam se passado

    apenas oito meses de sua viuvez, o que considerado CAUSA

    SUSPENSIVA no Brasil, mas no na Frana e na Itlia.

    correto afirmar que a francesa

    a) poderia se casar sob o regime que pretendesse, j que as

    causas suspensivas so reguladas pela lei do domiclio;

    b) no poderia se casar sob o regime da comunho parcial,

    tendo em vista que a lei brasileira, local do casamento,

    considera causa suspensiva o fato de terem se passado apenas

    oito meses a viuvez;

    c) poderia se casar sob o regime da comunho parcial, uma vez

    que as causas suspensivas so reguladas pela lei da

    nacionalidade;

    d) no poderia se casar pelo regime da comunho parcial, tendo

    em vista que estrangeiros apenas podem se casar no Brasil pelo

    regime da separao de bens.

  • LINDB

    Art. 9o Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-

    se- a lei do pas em que se constiturem.

    1o Destinando-se a obrigao a ser executada no

    Brasil e dependendo de forma essencial, ser esta

    observada, admitidas as peculiaridades da lei

    estrangeira quanto aos requisitos extrnsecos do ato.

  • Foi celebrado, no Paraguai, entre um paraguaio e um

    brasileiro, um contrato de compra e venda de automvel,

    de acordo com a lei paraguaia, sem que o veculo fosse

    entregue ao brasileiro. Pretendendo este ltimo registrar,

    no Brasil, o veculo em seu nome, o rgo prprio se

    negou a faz-lo. Sobre tal deciso, correto afirmar que

    ela foi

    a) equivocada, uma vez que o contrato de compra e venda

    foi celebrado de acordo com a lei do local de sua

    constituio;

    b) equivocada, uma vez que, tendo havido a correta

    celebrao do contrato, no interessa a entrega do

    veculo;

    c) acertada, tendo em vista que o contrato deveria ter sido

    regido apenas pela lei brasileira, local da execuo;

    d) acertada, tendo em vista que tambm deve ser aplicada

    a lei brasileira, por ser a tradio forma essencial nela

    prevista.

  • LINDB

    Art. 9o Para qualificar e

    reger as obrigaes, aplicar-

    se- a lei do pas em que se

    constiturem.

  • Para qualificar e reger as obrigaes, entre presentes, no mbito do Direito Internacional Privado brasileiro, CORRETO afirmar, segundo a Lei de Introduo ao Cdigo Civil (Lei n 4.657/42), que dever ser aplicada a lei

    a) da residncia do proponente.

    b) do domiclio do proponente.

    c) do local do cumprimento da obrigao.

    d) do pas em que se constiturem.

  • LINDB

    Art. 7o A lei do pas em que domiciliada a

    pessoa determina as regras sobre o comeo

    e o fim da personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de famlia.

    1o Realizando-se o casamento no Brasil,

    ser aplicada a lei brasileira quanto aos

    impedimentos dirimentes e s formalidades

    da celebrao.

  • Jean, empresrio francs, era residente e domiciliado

    em Paris, quando, de frias no Rio de Janeiro,

    conheceu Maria, estudante brasileira, residente e

    domiciliada em Braslia. Os dois casaram-se em

    Braslia e l passaram a residir. Transcorridos alguns

    anos, verificou-se que Jean j era casado na Frana.

    Com base na legislao brasileira, qual o elemento de

    conexo a ser adotado para invalidar o matrimnio?

    a) O local de celebrao do casamento

    b) O primeiro domiclio conjugal

    c) A legislao francesa

    d) A autonomia da vontade das partes

  • LINDB

    Art. 9o Para qualificar e reger as

    obrigaes, aplicar-se- a lei do pas em

    que se constiturem.

    1o Destinando-se a obrigao a ser

    executada no Brasil e dependendo de forma

    essencial, ser esta observada, admitidas

    as peculiaridades da lei estrangeira quanto

    aos requisitos extrnsecos do ato.

  • Uma empresa brasileira e uma empresa norte-americana

    assinam um contrato de prestao de servios de engenharia,

    por meio do qual a empresa norte-americana, com sede em

    Houston, Texas (Estados Unidos), prestar servios para

    atualizar tecnologicamente uma fbrica da empresa brasileira

    no interior de So Paulo. O contrato previu Houston como foro

    do contrato. No tocante lei aplicvel ao contrato, este ser

    regido pela(os)

    (A) lei norte-americana, foro do contrato.

    (B) lei norte-americana, sede da empresa contratada.

    (C) lei brasileira se o contrato tiver sido assinado no Brasil.

    (D) lei brasileira, local do cumprimento da obrigao principal.

    (E) tratados internacionais, que prevalecem sobre lei interna.

  • Art. 9o Para qualificar e reger as obrigaes,

    aplicar-se- a lei do pas em que se constiturem.

    1o Destinando-se a obrigao a ser executada

    no Brasil e dependendo de forma essencial, ser

    esta observada, admitidas as peculiaridades da lei

    estrangeira quanto aos requisitos extrnsecos do

    ato.

  • Qual o elemento de conexo previsto, como regra

    geral, pela LINDB para determinar a legislao

    aplicvel, no Brasil, s obrigaes contradas no

    estrangeiro?

    a) Local da celebrao da obrigao

    b) Local da execuo da obrigao

    c) Domiclio do contratante

    d) Domiclio do Contratado.

  • REENVIO

    Sistematizao leva a dois ordenamentos

    jurdicos chegarem a solues diferentes para o

    mesmo caso

    Conflito de 2 Grau conflitos entre sistemas de soluo de conflitos de lei

    Conflito positivo x Conflito negativo

  • DIPRI Pas A Dto Pas B

    DIPRI Pas B Dto Pas B

    No h reenvio = Inexistem problemas

    Aplicvel Dto material do Pas B

  • DIPRI Pas A Dto Pas B

    DIPRI Pas B Dto Pas A

    No h reenvio = Inexistem problemas

    Aplicvel Dto material do Pas A

  • REENVIO DE 1 GRAU

    DIPRI Pas A DIPRI Pas B

    DIPRI Pas B DIPRI Pas A

    H reenvio = Como resolver o problema?

    Regra: Pas A aceita o reenvio do Pas B e

    aplicvel Dto material do Pas A (lex fori)

  • REENVIO DE 2 GRAU

    DIPRI Pas A Dto Pas B

    DIPRI Pas B DIPRI Pas C

    DIPRI Pas C Dto Pas C

    Aplicvel Dto Pas C

  • Page 198

    REENVIO Divergncias sobre a abrangncia do direito estrangeiro aplicvel: esse ordenamento jurdico compreenderia apenas as normas materiais ou tambm

    suas normas indicativas de DIPRI?

    Sistemas variados:

    a favor do reenvio: Alemanha e ustria;

    contra o reenvio: EUA e Inglaterra;

    Sistema brasileiro no admite o reenvio (LINDB, art. 16):

    as normas brasileiras de DIPRI designam como direito

    aplicvel estrangeiro somente as normas substantivas,

    excluindo as normas indiretas que integram aquele

    ordenamento jurdico.

  • Pag

    e 199

    Art. 16. Quando, nos termos dos

    artigos precedentes, se houver de

    aplicar a lei estrangeira, ter-se- em

    vista a disposio desta, sem

    considerar-se qualquer remisso por

    ela feita a outra lei.

  • CESPE - 2012 - AGU

    No que se refere histria dos conflitos de leis,

    a elementos de conexo e a reenvio, julgue os

    itens seguintes.

    O reenvio proibido pela Lei de Introduo s

    Normas do Direito Brasileiro.

    Certo Errado

  • CESPE - 2014 - CMARA DOS DEPUTADOS -

    ANALISTA LEGISLATIVO - CONSULTOR LEGISLATIVO

    REA II

    Considerando o instituto do reenvio no direito internacional privado, julgue os seguintes itens Haver reenvio se o direito internacional privado do pas A indicar o direito do pas B como aplicvel ao caso, sendo que o direito internacional privado do pas B indica, na mesma hiptese, a aplicao do direito material nacional do pas A

    Certo ou errado?

  • Considerando o instituto do reenvio no direito

    internacional privado, julgue os seguintes itens

    Haver reenvio se o direito internacional privado do pas

    A indicar o direito do pas B como aplicvel ao caso,

    sendo que o direito internacional privado do pas B

    indica, na mesma hiptese, a aplicao de seu prprio

    direito material nacional.

    Certo ou errado?

  • QUESTO PRVIA

    O juiz no pode apreciar a questo principal sem

    antes se pronunciar sobre uma questo que a

    antecede.

  • O de cujus teve um filho duvidoso no Brasil local de

    seu ultimo domicilio.

    O filho duvido capaz de sucede-lo? = questo

    prvia

    Sucesso do de cujus = questo principal

  • QUAL DTO APLICVEL A QUESTO PRVIA?

    Duas correntes:

    Mesmo Dto da questo principal

    Dto da questo prvia independe da questo

    principal

  • CONVENO INTERAMERICANA SOBRE NORMAS

    GERAIS DE DIPRI

    Art 8 - As questes prvias, preliminares ou

    incidentes que surjam em decorrncia de uma

    questo principal no devem necessariamente ser

    resolvidas de acordo com a lei que regula esta

    ultima.

    * No existem regras mais precisas para a

    determinao da lei aplicvel questo prvia

  • APLICAO DA LEI ESTRANGEIRA

    PROVA DO DIREITO ESTRANGEIRO

    Se entendido como fato, este deve ser alegado e pela parte.

    Se entendido como lei, deve ser aplicado de ofcio pelo juiz sem necessidade de

    prova.

  • Aplicao do Direito Estrangeiro

    Tratando-se de lei, sua ignorncia no admitida

    Dever ser aplicada de ofcio pelo juiz

    Pode ser invocada a qualquer tempo no processo

    Legislao

    LINDB, art. 14.

    CPC, art. 337.

    Cdigo Bustamante, art. 408.

  • PROVA DO DIREITO ESTRANGEIRO

    Cdigo Bustamante (arts. 409 a 411): Certido,

    devidamente legalizada, de dois advogados em

    exerccio no pas de cuja legislao se trate ou

    relatrio requerido de oficio pela via diplomtica

    Affidavits: Declaraes escritas de profissionais

    sobre o teor da lei de seu pas (comum em pases

    anglo-saxes)

  • CESPE - 2011 - TRF - 1 REGIO - JUIZ

    FEDERAL

    No que diz respeito s fontes do direito internacional privado, ao conflito de leis, ao reenvio e interpretao do direito estrangeiro, assinale a opo correta.

    a) A prova dos fatos ocorridos em pas estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao nus e aos meios de produzir- se, no admitindo, porm, os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconhea.

    b) As partes tm liberdade para escolher a lei de regncia em contratos internacionais em razo da regra geral da autonomia da vontade, em matria contratual. Nesse sentido, as leis, atos e sentenas de outro pas, bem como quaisquer declaraes de vontade, tero plena eficcia no Brasil, independentemente de qualquer condio ou ressalva.

  • c) Entre as fontes do direito internacional privado incluem-se as convenes internacionais, o costume internacional e os princpios gerais do direito, mas no as decises judiciais e a doutrina dos juristas, estas, somente obrigatrias para as partes litigantes e a respeito dos casos em questo.

    d) Embora entenda o STF que haja paridade entre o tratado e a lei nacional, esse tribunal firmou a tese de que, no conflito entre tratado de qualquer natureza e lei posterior, esta h sempre de prevalecer, pois a CF no garante privilgio hierrquico do tratado sobre a lei, sendo inevitvel que se garanta a autoridade da norma mais recente.

    e) Para resolver os conflitos de lei no espao, o Brasil adota a prtica do reenvio, mediante a qual se substitui a lei nacional pela estrangeira, desprezando-se o elemento de conexo apontado pela ordenao nacional, para dar preferncia indicada pelo ordenamento jurdico aliengena.