Aulas Penal Emerj III

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  • 8/12/2019 Aulas Penal Emerj III

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    Rio de Janeiro, 23/08/2011

    TEMA 01

    I. Teorias da Pena

    1. Conceito

    Pena uma sano imposta pelo Estado-Juiz em sentena condenat ria pro!eridaem de"ido processo penal ao autor de uma in!rao penal consistente na restrio de um #em $ur%dico cu$a !inalidade retri#uir um mal com um mal & !uno retri#uti"a & ee"itar no"os delitos & !uno pre"enti"a' (art' )* do +P '

    li"ro de .E++ R dos elitos e das Penas um marco do direito penal'Ele !ala pela primeira "ez em princ%pio da intranscend4ncia, etc'

    2. Finalidades

    2'1 Retri#uita"a (5eoria #soluta

    6 75 e E9E: (; ue diri@e a todos, para >ue a sociedade no "en?a a praticar o crime'

    a Positi"a

    !uno positi"a tra#al?a a >uesto da conscientizao & se crime al@oe tremamente @ra"e e noci"o e no de"e ser !eito'

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    (i) Fundamentadora & para J 6 .F e GE:;E: apenas rea!irmar a norma, para J 6 .F, toda "ez >ue acontece o crime ocorre uma >ue#ra de e pectati"a,a pena rea!irma essa e pectati"a' Esses autores pre@am pela inter"eno emmuitos casos, pois seriam tutelados os "alores ticos, assim, o !urto de #a@atelaseria >ue#ra de norma tica e, portanto, de"erA ser punido'

    (ii) Limitadora & R H 7 a#re mo da !uno retri#uti"a, mas tam#m entende >ue importante re!orar a con!iana no Estado, entretanto, como a !uno dodireito penal tutelar #ens-$ur%dicos, s as lesIes rele"antes seriam tratadas pelodireito penal (no ?a"eria punio

    # 7e@ati"a

    pena seria uma ameaa, um poder de intimidao' ou punir um para >ue osoutros no cometam crimes'

    2.2.2 Especial

    a Positi"a

    ; ue o !im da e ecuoK re-socializao, re-?a#ilitao,etc' =as ?A >uem criti>ue esse entendimento por>ue o estado no pode >uerer umamoral, uma educao >ue s interessa ao Estado'

    r@umenta-se, por outro lado, >ue o Estado apenas o!erta a re-socializao, noimpIe'

    # 7e@ati"a

    7eutralizao do a@ente criminoso' E se !or al@um >ue no comete no"oscrimesL % se aplica a !uno de retri#uio'

    II. Fixa o de Pena

    doutrina diz >ue, no .rasil, o sistema de !i ao de pena o sistema relati"adeterminaoK a pena imposta pelo Juiz nos limites colocados pelo Estado' penaseria uma conta rac?ada entre a :ei e o Estado' essa !orma, no pode ?a"er umalimitao total da :ei, tendo em "ista >ue isso "iolaria o princ%pio da indi"idualizaoda pena

    1. Limita!es Le"islati#a

    rele"Mncia do #em-$ur%dico e a @ra"idade do ata>ue'

    2. $udici%rio

    D necessArio tra#al?ar com o sistema tri!Asico' >ue permite aindi"idualizaoL s circunstMncias !azem o tipo le@al aumentar ou diminuir'

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    2'1 +ircunstMnciasK

    s circunstMncias tam#m entram no sistema da relati"a determinao'

    2.1.1 Judiciais

    D o art' )* do + di@o PenalK

    Art. 59 - O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos oti!os, scircunst"ncias e conse#$%ncias do cri e, be co o aoco porta ento da !&ti a, estabelecer', con(or e sejanecess'rio e su(iciente para repro!a)*o e pre!en)*o do cri e+

    eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34

    ei a-se espao para >ue o Juiz possa a"aliar caso a caso' F posso usar circunstMncia $udicial >ue no !i ei como le@al'

    (i) Cul&a'ilidade & no elemento do crime a>ui, mas medida da leso (tapano rosto no rou#o ' Feria 1/8 de pena'

    (ii) Antecedentes & critica-se >ue um res>u%cio de direito penal de autor, pois

    a!ere-se a pena no pelo >ue !ez, mas pelo >ue o a@ente' Em nome do princ%pio da presuno de inoc4ncia, somente >uando ?ou"er condenao penal transitada em $ul@ado' A prazo de cinco anos, ap s o cumprimento da pena, para >ue ?a$a a incid4ncia do mau-antecedente'

    (iii) Conduta ocial & @rande res>u%cio do direito penal do autor'Feria o caso de le"ar em considerao coisas >ue nada tem a "er com odireito penal'

    (i#) Personalidade & a>ui mais um @rande res>u%cio do direito penal

    de autor' Juiz no psic lo@o, alm disso, no ?A apoio tcnico'

    + R+NF5O7+ F

    JN + F

    :E9 F

    9E7DR + F

    EFPE+ F

    9R 75E

    5E7N 75E

    N : < + R

    + PQs

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    (#)Moti#os & os moti"os'

    (#i) Circunst ncias do Crime *

    (#ii) Conse+u,ncias do Crime *

    (#iii) Com&ortamento da - tima & se a "%tima insti@a pode ?a"er reduo da repro"a#ilidade'

    2.1.2 egais

    a 9enricas

    7o podem "iolar os limites a#stratos impostos pela pena (FCmula 231 do F5J & art' )*, , do +P' Entretanto, outros entendem >ue pode ir a>um do m%nimo, posto>ue #ene!icia o ru'

    (i) A"ra#antes

    7o podem ir alm do limite mA imo'

    (ii) Atenuantes

    7o pode !icar a>um do limite m%nimo'

    (iii) Causas de Aumento e /iminui o da Pena

    s @enricas se identi!icam por serem !raIes, podem "iolar o limite'

    # Especiais

    (i) Causas de Aumento e /iminui o da Pena

    s @enricas se identi!icam por serem !raIes, podem "iolar o limite'

    (i) uali icadoras

    =uitos entendem >ue a >uali!icadora seria uma elementar do tipo & se !oremelementares do crime, como no caso da >uali!icadora, se comunicariam ascircunstMncias' F5J, no + 8'ST3, entende >ue a >uali!icadora como elementar, masno Resp TS '810 entende >ue no se comunica'

    . Execu o

    tender a !orma de cumprimento de pena de cada ru, mesmo >ue ten?am asmesmas penas (e emploK encamin?ar para pres%dio de m%nima, mdia e/ou mA imase@urana ' Prazo do li"ramento condicional'

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    Rio de Janeiro, 2T/08/2011

    TEMA 02 e 0

    I. /osimetria

    1. Princ &ios 3erais

    D a !ase $udicial de indi"idualizao da pena' Pode se dar tanto na !ase decon?ecimento, >uanto na !ase de e ecuo da pena'Fe estamos !alando da !ase $udicial,

    temos >ue "eri!icar se estamos !alando do processo de con?ecimento ou de e ecuo'o !i ar a pena, o Juiz de"e o#ser"ar o critrio o#ser"ado pelo + di@oK o critrio

    tri!Asico' p s uma lon@a di"er@4ncia doutrinAria entre 7E:F 7 N79R eR .ER5 :UR , o + di@o adotou o primeiro posicionamento & o critrio tri!Asico, eno #i!Asico'

    O #ue signi(ica o crit rio tri('sico6 e acordo com esse critrio, ?A tr4smomentos na dosimetria da pena' 7a(i) &rimeira ase o Juiz o#ser"a as circunstMncias $udiciais, >ue esto no art' )* do +P' JA na(ii) se"unda ase , o Juiz o#ser"a as

    circunstMncias a@ra"antes e atenuantes, pre"istas nos arts' S1, S2 e ss do +P' Por !im, na(iii) terceira ase , temos as causas de aumento e diminuio'

    uando se !ala em circunstMncias $udiciais, estamos !alando da primeira !ase' scircunstMncias le@ais so da se@unda !ase (a@ra"antes & art' S1 e S2 e atenuantes & art'S) e SS ' Por !im, as causas especiais e @erais de aumento e diminuio'

    7uais as se el8an)as6 7a primeira e se@unda !ase, no ?A >uantum de!inido nalei, tanto para a@ra"antes, >uanto para atenuantes' A necessidade, ento, de esta#elecer critrios' JA na terceira !ase, tanto para aumentar, >uanto para de!inir, a :ei de!ine o#uantu , tanto em percentual !i o, >uanto em percentual "ariA"el'

    utra semel?ana entre a primeira e a se@unda !ase >ue o Juiz no podesuplantar os limites le@ais, tanto para diminuir >uanto para aumentar' sso por>ue de"eser respeitado o princ%pio da le@alidade, pois os limites de"em estar !i ados em :ei' 7o>ue diz respeito V diminuio a>um do limite m%nimo, ?A !orte corrente doutrinArianesse sentido, a!irmando >ue se os limites da pena so uma @arantia da +onstituio em!a"or do indi"%duo, no pode essa @arantia ser"ir para a@ra"ar a situao do ru, mas a $urisprud4ncia contrAria - essa "edao consa@rada pela Fumula 231 do F5J'

    7a terceira !ase, pode o Juiz suplantar tanto o m%nimo >uanto o mA imo & isso por>ue as causas de aumento e diminuio so espec%!icas para cada tipo'

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    D importante >ue o Juiz identi!i>ue as circunstMncias pr prias de cada uma dastr4s !ases, ou se$a, o Juiz no pode considerar a circunstMncia pr pria de uma !ase emoutra !ase' lm disso, a mesmas circunstMncias no pode ser considerada em mais deuma !ase, so# pena de "iolar o princ%pio da "edao aobis in ide ' A nulidade se acircunstMncia !or considerada duas "ezes & prepondera sempre a !ase posterior & isso por causa do princ%pio da especialidade, pois cada !ase posterior possui critrios maisespec%!icos'

    Juiz no pode considerar em nen?uma das tr4s !ases uma elementar ou uma>uali!icadora' s (i) circunst ncias so a>uelas pre"istas nas tr4s !ases, a(ii)elementar compIe o pr prio tipo, no podendo ser considerado como circunstMncias e a(iii) +uali icadora ser"e $A para alterar a pr pria escala penal & latroc%nio, etc' Fe a :eiesta#elecer >ue em razo de determinada circunstMncia altera a pr pria escala penal,estamos diante de uma >uali!icadora' Ae ce)*o>uando ?A mais de uma >uali!icadora

    & as >uali!icadoras em e cesso de"em ser"ir como circunstMncia le@al ou $udicial (le@alse !or pre"ista e $udicial '

    2. Erros Comuns

    7os crimes !uncionais, por e emplo, o Juiz considera a >ualidade de !uncionArio pC#lico como uma circunstMncia $udicial, em#ora se$a elementar do crime, inte@rando o pr prio' D di!erente no caso do estelionato pre"idenciArio, $A >ue no se trata de crime pr prio de !uncionArio pC#lico, a condio de !uncionArio pC#lico pode sim ser "alorada'

    utro erro comum a prAtica de !raude no crime de estelionato & al@uns $u%zesconsideram circunstMncia a@ra"ante'

    A tam#m o erro de considerar o lucro !Acil nos crimes patrimoniais em @eralcomo circunstMncia em al@uma das tr4s !ases'

    +onsiderar o a#alo da !-pC#lica no crime de moeda !alsa outro erro muitocomum'

    lm disso ?A a de!ici4ncia de !undamentao' E #ue consiste a necessidade

    de (unda enta)*o #uando o Juiz (i a a pena6 izer >uais circunstMncias $udiciaisconsidera !a"orA"eis na !i ao da pena #ase' F necessArio !undamentar ascircunstMncias des!a"orA"eis ao ru, esse o entendimento do F5< no + S*'*S0,entretanto, na dC"ida so#re uma determinada circunstMncia !a"orA"el ou des!a"orA"el, #om !undamentar, ainda >ue no se$a considerada des!a"orA"el'

    7o e istem circunstMncias $udiciais neutras, ou !a"orA"el ou des!a"orA"el,assim a circunstMncia !a"orA"el no compensa uma des!a"orA"el & apenas ades!a"orA"el pode ele"ar a pena, mas a !a"orA"el no !az nada'

    . Crit4rios

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    3'1 Primeira ui o Juiz !i a a pena #ase, como resultado da operao matemAtica >ue percorre a primeira !ase'

    D !orte a orientao doutrinAria de >ue o primeiro critrio a ser esta#elecido oda pena mdia' pena mdia o resultado da di"iso por dois do somat rio entre a pena m%nima e a pena mA ima' Esse critrio um plus no sentido de >ue no podesuperar a pena mdia na primeira !ase & isso para >ue ten?a al@uma utilidade a se@unda!ase

    Nm se@undo critrio para aumento por cada circunstMncia o de 1/8 para cada & da "ariao entre a pena m%nima e a pena mdia' 7o ?A re@ra de preponderMnciaentre as circunstMncias $udiciais' art' S s !ala das circunstMncias le@ais, da se@unda!ase'

    E emploK pena m%nima de 1 ano e mA ima de T anos, a pena mdia de 2 anos eS meses & cada circunstMncia "ale 2 meses e dias' ssim ?a"endo duas circunstMncias,a pena #ase serA de 1 ano, T meses e 1T dias'

    Em#ora os critrios se$am interessantes, no caso concreto podem ?a"er circunstMncias >ue se$am mais rele"antes ou menos rele"antes, entretanto, sem se a!astar muito dos parMmetros do critrio'

    As circunst ncias 5udiciais6

    :.1.1 ;ulpabilidade

    7o ?A como se analisar a imputa#ilidade dentro da circunstMncia $udicial, isso por>ue no ?A @radao entre imputA"eis ou inimputA"eis & no ?A mensurao'

    Por outro lado, a potencial consci4ncia da ilicitude e a ine i@i#ilidade de condutadi"ersa podem ser o#$eto de ponderao' Nm e -policial tem maior potencialconsci4ncia da ilicitude'

    situao !inanceira de uma empresa nos crimes tri#utArios pode ser "alorada

    no #uantu da culpa#ilidade no >uesito ine i@i#ilidade de conduta di"ersa & a #oasituao da empresa seria des!a"orA"el'

    :.1.2 Antecedentes

    Fo os anteriores en"ol"imentos $udiciais do autor' Para estudar os antecedentes necessArio analisar o conceito de reincid4ncia, por>ue, da !orma como "em sendoadotados, um conceito por e cluso da reincid4ncia' e$amosK

    eri(ica-se a reincid%ncia #uando o agente co eteno!o cri e, depois de transitar e julgado a senten)a #ue, no ?a&s ou no estrangeiro, o ten8a condenado por cri e anterior.

    eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34

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    Art. =3 - ?ara e(eito de reincid%ncia+ eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34

    @ - n*o pre!alece a condena)*o anterior, se entre a data docu pri ento ou e tin)*o da pena e a in(ra)*o posterior ti!er decorrido per&odo de te po superior a 5 cinco4 anos,co putado o per&odo de pro!a da suspens*o ou do li!ra entocondicional, se n*o ocorrer re!oga)*o eda)*o dada pela ein/ 0.2 9, de 11.0.19 34

    @@ - n*o se considera os cri es ilitares prBprios e pol&ticos.eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34C

    7o s necessArio >ue ?a$a trMnsito em $ul@ado, mas >ue o trMnsito se$a anterior ao !ato no"o $ul@ado'

    ssim, podem ser considerados maus antecedentes >uando ?ou"er mais de umcrime ou >uando o no"o crime !or cometido antes do trMnsito em $ul@ado do anterior'5am#m ?a"endo um crime e uma contra"eno, ?A (''' '( + 1S 'S02

    Prescrio da reincid4ncia & contam do cumprimento da pena anterior, contandoo per%odo do sursis ou li"ramento condicional' p s os cinco anos, no pode ?a"er reincid4ncia, mas e para os antecedentesL F5< estA para $ul@ar o caso' 7o R +

    10S'81T !oram considerados maus antecedentes mesmo a condenao passada de cincoanos, $A no + 8S'STS, o contrArio'

    Para ser antecedente tem >ue ser anterior ao !ato, de >ual>uer !orma'

    o Penal em curso (mesmo com condenao e n>urito no podem ser considerados maus antecedentes' FCmula TTT do F5J & princ%pio da presuno de no-culpa#ilidade'

    =edida s cio-educati"a no pode ser considerada para o critrio de mausantecedentes' ou"e condenao anterior, mas e tinta a puni#ilidade (prescrioretroati"a & apa@a os e!eitos da condenao, no podendo @erar maus antecedentes'

    i!erente do >ue ocorre >uando ?A prescrio da pretenso e ecut ria'

    +onduta social e personalidade no tem nada a "er com antecedentes & no $o@ar pra lA o >ue no pode ser considerado a>ui'

    ;o o se d' a pro!a6 $urisprud4ncia entende >ue a !ol?a de antecedentes da pol%cia !ederal, desde >ue conste a data do trMnsito, ser"e para pro"ar & mas no a !ol?ado

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    +omportamento do ru na comunidade, na "ida !amiliar e no tra#al?o' E emploKo ru >ue no pa@a alimento aos !il?os' 7o caso de ser"idor pC#lico, a "ida !uncional pre@ressa'

    :.1.3 ?ersonalidade

    Fem laudo psicol @ico, di!%cil poder considerar a personalidade desa$ustada ' lei@o di!icilmente tem >ual>uer in!ormao para a"eri@uar a personalidade'

    ui'

    + )0'331 do F5J' (insensi#ilidade acentuada, maldade, am#io,desonestidade, per"ersidade '

    :.1.5 oti!os

    uando !or elementar do tipo, >uali!icadora ou circunstMncia le@al, no pode ser "alorado'

    7o pode ser considerado moti"o des!a"orA"el o enri>uecimento sem causa nocrime de descamin?o, por e emplo'

    :.1.= ;ircunst"ncias

    iz respeito ao modo, ao lu@ar e ao tempo de e ecuo do crime' Pode ser considerada a @rande >uantidade de mercadoria no contra#ando, por e emplo'

    utro erro comum a omisso de recol?imentos pre"idenciArio sentidas pela pre"id4ncia (L '

    :.1.0 ;onse#u%ncias

    7o ser"e a morte da pessoa no ?omic%dio' Fo as conse>W4ncias laterais docrime' reparao "oluntArio tam#m'

    :.1. ;o porta ento da >&ti a

    a@ente pC#lico mal treinado, em des"io de !uno & o 7FF contri#uiu pra prAtica do c rime' a@ente dei a o carro a#erto, por e emplo'

    3'2 Fe@unda ui a pena pro"is ria' 5emos as circunstMncias atenuantes e a@ra"antes' 7o posso ele"ar acima do mA imo nem reduzir a#ai o do m%nimo le@al nessa !ase'

    A uma di!iculdade nessa !ase >ue no e iste na anterior' 7o ?A como aumentar e diminuir da !orma >ue acontece na primeira, posto >ue al@umas preponderam so#re

    outras'

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    E iste uma circunstMncia >ue prepondera so#re todas as demais, a menoridade(a#ai o de 21 anos ' sso por>ue as circunstMncias do art' S do +P so su#$eti"as, sendoa idade a circunstMncia su#$eti"a por e cel4ncia & o @rau de maturidade !undamental( + 10 '8ST - F5J K

    ual se$a, 1/S'

    E emplosK17) partindo da pena #ase de S anos e incidindo a reincid4ncia no!ator 1/S, teremos uma pena pro"is ria de anosZ28) em outra ?ip tese, ?A reincid4nciae menoridade & menoridade prepondera, assim, diminui-se o mA imo 1/S e aumenta-seem !rao in!erior 1/8 & !i ando a pena em ) anos e * mesesZ8) reincid4ncia con!isso, se !or pelo entendimento da SX 5, S anos, se !or )X 5, S anos e 3 mesesZ98)menoridade reincid4ncia moti"o >ue piora [ - 1/SZ \ 1/ Z \1/8 [ S anos, meses eal@uns dias'

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    E:T;A ( ireito Penal, Parte 9eral & Juarez +irino dos Fantos

    I. A entena Criminal

    1. A entena Criminal A'solutue o risco criado no ense$aria o resultadoZ ou por>ue no Mm#ito do(ii) ti&osu'5eti#o & 1' no e iste dolo por de!eito deconsci%ncia (erro de tipo , ou aus4ncia de!ontade, ou 2' no e istem elementos su#$eti"os especiais (tend4ncias, intenIes, etc '

    b) Ao tpica, mas no antijurdica 6 casos de le@%tima de!esa, estado de necessidade,estrito cumprimento do de"er le@al, e erc%cio re@ular de direito e consentimento dotitular do #em $ur%dico'

    c) Ao tpica, antijurdica, mas no culpvel 6 a@enteini put'!el , ou a@ente emsituao deerro de proibi)*o ine!it'!el , oun*o e ig&!el co porta ento di!erso'

    1'2 uisitos sonecess'rios mas no su(icientes para a condenao & dado >ue necessArio respeitar @arantias constitucionaise le@ais do acusado tam#m'

    natureza su#sidiAria, deulti a ratio, do ordenamento $ur%dico, !az com >ue oireito Penal se aplica apenas com e cluso de todas as ?ip teses de(i) a'sol#i o e/ou

    (ii) in#alida o do processo penal'

    7a !ormao da sentena criminal no aparece um $u%zo >uantitati"o derepro"ao, mas apenas da dimenso do(i) ti&o de in5usto e da (ii) re&ro#a o do ato

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    & esse Cltimo apenas como#ualidade do !ato' #uantidade de!inida no processotri!Asico de aplicao da pena, com #ase nascircunstncias judiciais , nascircunstncias legais e nascausas de aumento e diminuio da pena '

    II. > M4todo Le"al de A&lica o da Pena

    +ompreende a (i) escol?a da pena aplicA"el, a(ii) +uanti ica o da penaescol?ida e a deciso so#re o(iii) re"ime inicial de e ecuo, ou sua(i#) su'stitui oda pri"ati"a de li#erdade pela restriti"a de direitos' A ainda a possi#ilidade de(#)sus&ens o condicional da execu o da &ena aplica'

    1. Introdu o

    1'1 +ulpa#ilidade ualitati"a e uantitati"a

    aplicao da pena tem por o#$eto esta#elecer a penanecess'ria e su(iciente para repro!a)*o e pre!en)*o do crime, con!orme o se@uinte mtodo (art' S8, +P K(i)de ini o da &ena*'ase com !undamento nas circunstMncias $udiciais (art' )*, +P Z(ii)a"ra#a o ou atenua o da &ena*'ase , !undada nas circunstMncias le@ais (arts' S1, S2e S), +P Z(iii) ixa o da &ena de initi#a , !undada nas causas especiais de aumento ediminuio da pena, da parte gerale da parte especialdo +P'

    1'2 #$eti"os de Repro"ao e Pre"eno do +rime

    :ei Penal #rasileira assume e plicitamente asteorias unificadas da penacriminal, por>ue o o#$eti"o de(i) re&ro#a o medido pela retri#uio e>ui"alente, por um lado, e o o#$eti"o de(ii) &re#en o a#ran@e a pre"enoespecial (nasdimensIes de corre)*o e de neutraliza)*o do condenado e a pre"eno geral (inti ida)*oe rea(ir a)*o da ordem $ur%dica por outro lado'

    1'3 Pena 7ecessAria e Fu!iciente

    (i) necessidade da pena re!ere-se V natureza da pena aplicadaK pena pri"ati"ade li#erdade, restriti"a de direitos ou multaZ a(ii) su ici,ncia da pena re!ere-se Ve tenso da pena consideradanecess'ria pararepro!ar e pre!enir o crimeK a durao da pena e o "alor da multa'

    primeira #aliza le@al para identi!icao da penanecess'ria e su(iciente & o >ue+ R 7 F 75 F c?ama demoldura penal & o tipo le@al, >ue !i a penasm%nimas e mA imas' epois, de"e-se "alorar as circunstMncias $udiciais, le@ais e ascausas de aumento e diminuio da pena'

    1'T s Processos ntelectuais e Emocionais do Jul@ador

    7o e istem ! rmulas matemAticas e atas para determinar a pena criminal'Fomente os processos intelectuais e emocionais do Juiz criminal podem empre@ar o

    mtodo le@al para de!inir ocontedo criminal da moldura penal, determinando a penanecess'ria e su(iciente pararepro!ar e pre!eniro crime'

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    + R 7 F F 75 F critica o !ato de >ue ?A uma contradio entre osobjeti!os reais e osobjeti!os declaradosdo sistema penal' sso por>ue a&re#en o dacriminalidade re!utada pela e peri4ncia ?ist rica da priso (no !unciona e a penacriminal se reduz V !uno deretri'ui o e+ui#alente medida pelo tempo de supressoda li#erdade pessoal'

    2. Fases de A&lica o da Pena

    2'1 Primeira ue o princ%pio da culpa#ilidade impede >ue se$a aplicada pena maior >ue a

    m%nima sem !undamento emp%rico concreto'

    Portanto, aa) re"ra a !i ao da pena #ase no m%nimoZ a') exce o a pena- #ase acima do m%nimo, em casos de des"alor adicional do !ato' s circunstMncias $udiciais >ue podem !i ar uma pena maior do >ue a m%nima do tipo podem ser do(i)a"ente & culpa#ilidade, antecedentes, conduta social, personalidade e moti"oZ do(ii)

    ato & circunstMncias e conse>u4ncias do crimeZ e da(iii) # tima & comportamento

    desta'2.1.1 Ele entos do Agente

    a) Cul&a'ilidade

    culpa#ilidade constitui circunstMncia $udicial introduzida pela re!orma de 1*8Tem su#stituio V intensidade do dolo ou @rau da culpa , incompat%"el com o sistema!inalista' cr%tica de + R 7 F F 75 F >ue a culpa#ilidade no pode ser considerada mero elementoin(or adordo $u%zo de repro"ao, a culpa#ilidade sim o pr prio ju&zo de repro!a)*o pela realizao dotipo de injusto (o >ue repro"ado , cu$os!undamentos so a imputa#ilidade, a potencial consci4ncia da ilicitude e a e i@i#ilidadede comportamento di"erso (por>ue o autor repro"ado ' ssim, a incluso daculpa#ilidade como circunstMncia $udicial constituiria impropriedade metodol @ica' sso por>ue a intensidade do ju&zo de repro!a)*o $A se #aseia $ustamente na anAlise doselementos normati"os da culpa#ilidade & o o#$eto da censura aatitude do agente'

    7o o#stante & ou apesar disso & a trans!ormao da culpa#ilidade, aindae istente como#ualidade do !ato pun%"el, isto , comore&ro#a o do autor pelarealizao dotipo de injusto, em culpa#ilidade como#uantidade de repro!a)*o, isto ,

    comomedida da pena criminal, pressupIe as determinaIes ps%>uicas e emocionais docre#ro do $uiz, con!orme os se@uintes parMmetrosK

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    1' o n #el de consci,ncia do in5usto no psi>uismo do autor "aria numa escala@raduA"el entre os e tremos do pleno con8eci entoe do erro de proibi)*oine!it'!el , passando por todos os n%"eis intermediArios das @radaIes dee!itabilidadedo erro de proibi)*o, mensuradas narepro!abilidade do autor '

    2' o "rau de exi"i'ilidade de com&ortamento di#erso do autor consciente do tipode in$usto "aria numa escala entre o e tremo de plena nor alidade dascircunstMncias, como mA imo poder pessoal de no !azer o >ue !az, e o e tremode plena anormalidade das circunstMncias (aus4ncia de diri@i#ilidade normati"a '5am#m mensurado narepro!abilidade'

    + R 7 F F 75 F ad"erte >ue aculpabilidade, $unto com otipo deinjusto, inte@ra o pr prio conceito de (ato pun&!el , no podendo ser reduzido a simplescircunstMncia $udicial, e>ui"alente a outros elementos in!ormadores da pena-#ase, tendoassim "alor superior aos demais'

    ') Antecedentes

    Fo acontecimentos anteriores ao !ato, rele"antes como indicadores positi!osounegati!os da "ida do autor e capazes de in!luenciar a aplicao da pena-#ase & come ceo da reincid4ncia, de!inida como circunstMnciaagra!ante'

    E istem duas posiIes so#re o temaK(i) &osi o tradicional & considera mausantecedentes a instaurao de in>uritos, processos criminais em curso, a#sol"io por insu!ici4ncia de pro"as, e tino do processo por prescrio e condenao sem trMnsito

    em $ul@adoZ(ii) &osi o cr tica @ considerada maus antecedentes so entecondenaIescriminais de!initi"as anteriores >ue no con!i@urem reincid4ncia' + R 7 FF 75 F entende >ue apenas a Cltima teoria seria compat%"el com o princ%pioconstitucional da presuno de inoc4ncia'

    + R 7 F F 75 F indica tam#m >ue a aus4ncia de condenaIescriminais de!initi"as anteriores e>ui"aleria a #ons antecedentes, com e!eito redutor da pena' doutrina moderna aplica analo@icamente o prazo da reincid4ncia () anos , para>ue determinada condenao se$a considerada mau antecedente '

    c) Conduta ocial

    conceito deconduta social , como con$unto de comportamentos rele"antese/ou si@ni!icati"os da "ida do autor, parece em con!lito com o conceito tradicional deantecedentes. $urisprud4ncia, para resol"er o pro#lema, a!irmou >ue aconduta social se re"elaria no comportamento do autor nos papis de pai/me, marido/esposa, !il?o,aluno, mem#ro da comunidade, pro!issional, cidado, etc' + R 7 F F 75 Fentende ainda assim criticA"el o conceito, por ser contradit rio com o direito penal do!ato, reintroduzindo o proscrito direito penal do autor'

    d) Personalidade

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    + R 7 F F 75 F alerta >ue o conceito o#$eto de enorme contro"rsiamesmo nas disciplinas de Psicolo@ia e Psi>uiatria modernas, por seus limites imprecisosou di!usos (seria delimitado peloego, como percepti"o-consciente da "ida diAriaL

    #ran@eria o superego como instMncia de censura pessoalL ncluiria as pulsIesinstintuais doid L '

    Fe de di!%cil de!inio na disciplina espec%!ica, >ue dirA para o ma@istrado, >uedi!icilmente tem !ormao em Psicolo@ia ou Psi>uiatriaL Por essa razo, a $urisprud4ncia tem atri#u%do um si@ni!icadoleigo ao conceito, como con$unto de senti entos e o)Hes pessoais distri#u%dos entre os p los dee oti!idade estabilidade,ou de atitudes rea)Hesindi"iduais na escala sociabilidade agressi!idade, >ue poucoindicam so#re a personalidadedo condenado' le@islao e $urisprud4ncia alemdestacam aatitude concretado autor na realizao do !ato pun%"el, indicadora derudeza ou de brutalidade, de '-( ou de per(&dia, de in(" ia ou de abje)*o, de

    desconsidera)*oou decrueldade'lerta o autor, por !im, >ue a personalidadecomo natureza concreta de su$eitos

    reais um produto ?ist rico em processo de constante !ormao, trans!ormao ede!ormao, de modo >ue e"entuais traos de carAter constituem meroscortessimpli!icados, imprecisos e transit rios da natureza ?umana, como produto #iopsi>uicossocial do con$unto das relaIes ?ist ricas concretas do indi"%duo'

    e) Moti#os

    7o sentido de Bbil do crime, desi@naria oaspecto din" ico de pulsIesinstintuais doid , atualizadas emest& ulos internos deter inadode e@o%smo, c lera, prepot4ncia, lu Cria, @anMncia, a"idez, co#ia, "in@ana, etc', >ue con!erem >ualidadesne"ati#as V conduta' Por outro lado, a @ratido, sentimento de ?onra, re"olta contrain$ustias, etc, indicam >ualidades&ositi#as '

    s moti"os tam#m pode circunstMncias a@ra"antes ou atenuantes, ou ainda>uali!icadores ou pri"ile@iadores do tipo #Asico do crimeK nessas ?ip teses, so re@idos pela proi#io dadupla !alora)*o & moti"os pre"istos nos tipos ou como circunstMnciasle@ais no podem ser considerados para !i ao da pena-#ase'

    2.1.2 Ele entos do Iato

    7ormalmente so pre"istos como circunstMncias a@ra"antes e atenuantes@enricas, mas >uando no so, podem ser a>ui "alorados'

    a) Circunst ncias

    Fo circunstMncias di"ersas das @enricas a@ra"antes e atenuantes (arts' S1 e S)do +P , como, por e emplo, o lu@ar do !ato, o modo de e ecuo do !ato, as relaIes doautor com a "%tima, etc'

    ') Conse+u,ncias

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    esi@nam outros resultados de natureza pessoal, a!eti"a, moral, social,econ]mica ou pol%tica produzidos pelo crime, dotados de si@ni!icao para o $u%zo derepro"ao & incon!und%"eis com o resultado t%pico do crime'

    lerta + R 7 F F 75 F >ue o princ%pio da culpa#ilidade e i@e pre!is*oou, pelo menos, pre!isibilidadedo autor, para considerar as conse>u4ncias e trat%picasdo !ato na medida da pena & em outras pala"ras, a atri#uio dei prud%nciaconstituicondio m%nima de incluso de conse>u4ncias e trat%picas na medida da pena'

    2.1.: ;ontribui)*o da >&ti a

    "%tima necessariamente contri#ui para o crimeK sem ela no e istiria'Entretanto, o elemento de orientao re!erido trata das contri#uiIes e!eti"as da "%tima(conscientes ou inconscientes , reduzindo ou e cluindo o tipo de in$usto ou arepro"ao do autor mediante pro"ocao, est%mulo, ne@li@4ncia, !acilitao, etc'

    contri#uio pode serK(i) nen?uma & caso de "%timas inocentesZ(ii) &arcial & caso de "%timas in@4nuas (em crimes se uais ou descuidados (crimes contra o patrim]nio Z ou mesmo(iii) a'soluta & caso de situa)*o justi(icante da le@%tima de!esa, por e emplo'

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    Rio de Janeiro, 2)/08/2011

    TEMA 09 e 0

    3'2 Fe@unda uando e ceder oslimites ou >uando !or elementar ou >uali!icadora'

    uando um mesmo !ato pode dar azo a uma circunstMncia le@al ou $udicial, de"eser tomado como le@al'

    ue ?a$atrMnsito em $ul@ado da ao anterior e >ue o cometimento do crime se$a posterior aotrMnsito'

    A ainda a prescrio da reincid4ncia & o cometimento do no"o !ato tem >ue ser antes da prescrio de cinco anos' Esse prazo no comea a contar do trMnsito em $ul@ado' 5em >ue ?a"er o trMnsito, mas comea do cumprimento da pena, da concessodo sursis ou do li"ramento condicional'

    Fo e clu%dos e pressamente ( rt' ST, , do +P os crimes militares pr prios e

    pol%ticos para a reincid4ncia' (i) crime militar &ruele pre"isto no c di@o penal militar em >ue o su$eito ati"o necessariamente militar e >ue no temcorrespondente no +P (motim, insu#ordinao, pederastia & o impr prio o cometido,"ia de re@ra, em ser"io, >ue admite participao de ci"il e >ue tem tam#m pre"iso no+P' s (ii) crimes &ol ticos so os pre"istos, "ia de re@ra, na :ei de Fe@urana 7acional'

    A pena demulta i pede a reincid%ncia6 (i) art' do +P ressal"a a pena demulta, com maior razo tam#m ressal"aria a reincid4ncia, ou se$a, a pena de multa no poderia ser considerada como reincid4ncia & alm disso, seria d%"ida de "alor, no sendo

    cumprida, @era e ecuo !iscal'(ii) Entretanto, a maioria entende >ue pouco importa ser a pena anterior de multa ( + 11*'1** - F5J '

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    E tino da puni#ilidade da pretenso puniti"a no conta para reincid4ncia, mas>uando !or prescrio da pretenso e ecut rio ou indulto no impede a reincid4ncia( + 18S'3 ) '

    =ais de uma anotao na !ol?a de antecedentes pode @erar reincid4ncia e mausantecedentes, ma$oritariamente ( + )'8 T & F5J '

    - ter o a@ente cometido o crimeK (Redao dada pela :ei nY'20*, de 11' '1*8T

    a por moti"o !Ctil ou torpeZ

    moti"o (i) Btil o desproporcional (pisar no p e leso corporal ' moti"o(ii) tor&e & moti"o repu@nante (matar para ter ?erana ' in@ana e ciCme nonecessariamente constituem moti"os !Cteis ou torpes' aus4ncia de moti"o no

    con!i@ura moti"o !Ctil & ou se$a, a no desco#erta do moti"o no si@ni!ica >ue o moti"o !Ctil'

    ual(iii) resulta &eri"o comum a>uele >ue cria peri@o'

    uee istiam antes'

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    !iol%ncia contra a ul8er na (or a da lei espec&(ica eda)*odada pela ei n/ 11.:3 , de 2 =4C

    a#uso de autoridade da>ui diz respeito a relaIes pri"adasK tutor, patro, pro!essor'

    s relaIes domsticas podem re!erir-se a empre@ador e empre@ado domstico'>ui entra tam#m a unio estA"el, #em como o separado $udicial >ue "oltou a coa#itar'

    RelaIes de ?ospitalidade curta (o primo >ue "isita '

    ui se re!ere aos a@entes pC#licos'(i) Minist4rio ati"idadereli@iosa'(ii) > cio ati"idade preponderantemente manual e(iii) &ro iss o aati"idade preponderantemente intelectual'

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    @ - pro o!e, ou organiza a coopera)*o no cri e ou dirige aati!idade dos de ais agentes eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9,de 11.0.19 34C

    D o a@ente diri@ente, autor intelectual do !ato' Fer"e tanto no concursonecessArio >uanto no concurso e"entual'

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    a4 co etido o cri e por oti!o de rele!ante !alor social ouoral C

    pai >ue espanca o estuprador da !il?a e a pro!essora >ue espanca os tra!icantesda porta da escola' primeiro "alor moral (interesse indi"idual e o se@undo "alor social (interesse coleti"o '

    ue no se$a necessAria a con!isso, impIe-se orecon?ecimento praticamente o#$eti"o da atenuante'

    5anto a con!isso em sede policial >uanto em sede administrati"a e $udicial,ainda >ue o#$eto de retratao & nesse caso, se le"ada em considerao para acondenao do a@ente' + R 7 F F 75 F entende >ue a con!isso perante o =Ptam#m ser"e para atenuar'

    @ncide a atenuante na con(iss*o parcial6 penas em relao aos crimescon!essados'

    @ncide a atenuante na con(iss*o #uali(icada6 (con!essa a autoria mais in"ocae cludente de ilicitude ou culpa#ilidade Para a maioria sim, se con!essou a autoria, pouco importa se in"oca e cludente'

    uer recon?ecidas'

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    Art. == - A pena poder' ser ainda atenuada e raz*o decircunst"ncia rele!ante, anterior ou posterior ao cri e, e boran*o pre!ista e pressa ente e lei. eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34C

    Pode ser anterior ou posterior a circunstMncia e mesmo a no pre"ista' Foc?amas circunstMncias atenuantes inominadas' E emploK(i) estado terminal do a@enteZ(ii) con"erso do ru'

    D um soldado de reser"a, >uando no se puder aplicar nem mesmo umacircunstMncia $udicial'

    3'3 5erceira uantum "ai depender da pro imidade para a consumao'

    rt' S8 - pena-#ase serA !i ada atendendo-se ao critrio doart' )* deste + di@oZ em se@uida sero consideradas as

    circunstMncias atenuantes e a@ra"antesZ por Cltimo, as causas dediminuio e de aumento' (Redao dada pela :ei nY '20*, de11' '1*8T

    ParA@ra!o Cnico - 7o concurso de causas de aumento ou dediminuio pre"istas na parte especial, pode o $uiz limitar-se aum s aumento ou a uma s diminuio, pre"alecendo, toda"ia,a causa >ue mais aumente ou diminua'(Redao dada pela :ei nY

    '20*, de 11' '1*8T

    penas ?ou"er concurso de causas de aumento ou concurso de causas dediminuio da parte especial' Fe !or aumento da parte especial com aumento da parte@eral & ou diminuio nesses casos & #em como se ?ou"er concurso entre causas deaumento e diminuio, no se aplica o art' S8, p' u', do +P' plicando-se o arti@o,utilizaremos a causa >ue mais aumente ou a >ue mais diminua' >ue no se aplica no pode ser utilizada para outra "alorao'

    essa !orma, s ?A um aumento pre"isto no art' 1) , parA@ra!o 2Y, do +P, >ue pode ter por causa os incisos ("er FCmula TT3 do F5J '

    # =ais uma causa de umento ou mais de uma causa de iminuio

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    Pena pro"is ria de S anos, causa de aumento;o o incide 6 (i) entende >ue o percentual de"eria incidir so#re a pena pro"is riaZ(ii) !orma cumulati"a & umaincidindo so#re o resultado das outras & essa a >ue pre"alece'(iii) isolada paraaumento ( (a!or rei e cumulati"a para diminuio (para e"itar a pena 0 '

    A tantas operaIes matemAticas >uantas !orem as causas, em cascata, como>uer a doutrina dominante'

    5em >ue respeitar a ordem do art' S8 (primeiro as atenuantes do +PL Em re@rano necessArio, mas no caso do concurso de crimes eles se aplicam por Cltimo' sso por conta da prescrio, $A >ue o art' 11* do +P a!irma >ue a prescrio se aplica emrelao a cada crime, isoladamente considerado, desprezando o aumento em razo doconcurso de crimes'

    9. A Multa

    (Pena aplicada & Pena m%nima a#strata / (Pena mA ima em a#strato & Penam%nima a#strato [ (H & 10 / (3S0 & 10 '

    E:T;A ( ireito Penal, Parte 9eral & Juarez +irino dos Fantos

    II. > M4todo de A&lica o da Pena (continua o)

    2'2 Fe@unda uali!icam ou pri"ile@iam o tipo de in$usto' Essas circunstMnciascaracterizamo as especi!icidades concretas do !ato como acontecimento ?ist rico,

    ampliando ou reduzindo conteCdo do in$usto'2. -alor das circunst ncias & so >uantidades de a@ra"ao ou atenuao da

    pena-#ase $A de!inida pelas circunstMncias $udiciais, determinada e clusi"amente peloar#%trio do $uiz, mas dependem de !undao concreta, como toda deciso $udicial (art'*3, H, da +R

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    1' +onceito @ a prAtica de no"o crime depois do trMnsito em $ul@ado desentena criminal condenat ria anterior (art' S3 do +P ' PressupIe, portanto,a4condena)*o por cri e anterior Le clu%da a contra"enoZb4 tr"nsito e julgado dacondena)*o anterior Limuta#ilidade da decisoZc4 pr'tica de no!o cri e apBs otr"nsito e julgado L conduta posterior ao trMnsito'

    2' Reincid4ncia !icta e reincid4ncia real @ + R 7 F F 75 F alerta >ue oconceito penal para reincid4ncia irrele"ante, pois a teoria da presun)*o de periculosidadecarece de !undo cient%!ico, alm de escamotear a e peri4ncia concretarele"ante de >ue areincid%ncia real, ou pode ser, produto da ao de!ormadora da priso'

    3' +r%tica @ o autor continua criticando o conceito dereincid%ncia, dado >ue sua

    !uno !icta (identi!icar uma inde!in%"el presuno de culpa#ilidade no podeso#repu$ar o real !ator determinante da reincid4nciaK a !al?a do pro$eto tcnico-correti"oda priso, >ue ao contrArio de recuperar, piora'

    + R 7 F F 75 F a!irma >ue se a o no"o crime cometido ap s a passa@em do a@ente pelo siste a (or alde controle social, come(eti!o cu pri entoda pena, o processo de de!ormao e em#rutecimento pessoal do sistema penitenciAriode!eria induzir o le@islador a inclui areincid%ncia realentre as circunstMnciasatenuantes, como produto espec%!ico da atuaode(icientee predatBriado Estado so#reos su$eitos criminalizados' lm disso, # a reincid4ncia !icta no capaz de re"elar >ual>uer presun)*o de periculosidade tendente a !undamentarcircunst"ncia agra!ante.+onclui o autor >ue a(i) reincid,ncia real (o processo de encarceramento de"eria ser considerada circunstMncia atenunante e a(ii) icta seria um indi!erente penal'

    crescenta o autor >ue areincid,ncia (real ou !icta si@ni!ica dupla "aloraode um mesmo crime e >ue em#ora a literatura dominante recon?ea a maioria dos pro#lemas, aca#a por adotar a reincid4ncia como circunstMncia a@ra"ante, considerandoal@uns pressupostos para determinar seu#uantu K e ecuo da pena anteriorZ o espaode tempo entre as condenaIes (respeitada a prescrio eZ a relao de @ra"idade entre

    os crimes'T' ^rea de n!lu4ncia & + R 7 F F 75 F a!irma >ue a reincid4ncia, de

    modo inconstitucional ou ile@al, a!eta muitos direitos indi"iduaisK(i) re"ime &risionalec?ado para e ecuo da pena nos casos em >ue seria poss%"el re@ime semia#erto(art'

    33, p' 2Y, #, do +P Z(ii) re"ime inicial semia'erto nos casos em >ue seria poss%"ela#erto (art' 33, p' 2, c, do +P Z(iii) exclui a sus&ens o condicional da &ena nos crimesdolosos (art' , Z(i#) im&ede a su'istitui o da &ena (art' TT, , e S2, p' 2Y Z(#) 4circunst ncia &re&onderante na concorr4ncia com as demais (art' S Z(#i) am&lia&raDo &ara li#ramento condicional (art' 83 e da&rescri o da &retens o execut

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    &erd o 5udicial na receptao culposa (art' 180, p' 3Y Z(xi) cancela o direito de a&elarem li'erdade ()*T, +PP Z(xii) exclui a iana em crimes dolosos (art' 323, , +PP Z(xiii) exclui a transa o &enal e a sus&ens o condicional do &rocesso da :ei*'0**/*)'

    ') Moti#o FBtil ou Tor&e

    =oti"os so est& ulos internos >ue realizam o aspecto dinMmico das pulsIes doid , destacam-se pelo le@islador entre os e tremos dairrele!"ncia absoluta e darepro!a)*o ' i a K(i) Btil o m #il insi@ni!icante do crime, de naturezairrele!anteou desproporcional Le>uiparA"el V ine ist4ncia de moti"o (?omic%dio por pe>uenao!ensa Z(ii) tor&e o m #il caracterizado como repu@nante, repulsi"o para o crime(?omic%dio mercenArio ou para satis!ao de taras pessoais ' 7o podem ser "aloradostam#m nas circunstMncias $udiciais'

    c) Facilitar ou Asse"urar a Execu o= oculta o= im&unidade ou -anta"em de outroCrime '

    >uele cometido para (acilitar ou assegurar (i) execu o de outro crime & ameaa ou constran@imento de terceiros em crimes se uaisZ(ii) oculta o de outrocrime & ameaa contra testemun?aZ(iii) im&unidade de outro crime & !alsi!icar oudestruir pro"as, ou coa@ir testemun?aZ(i#) #anta"em de outro crime & ameaa contratestemun?a'

    d) Trai o= Em'oscada= /issimula o ou >utro ;ecurso +ue /i iculte ou

    Im&ossi'ilite a /e esa da - tima

    >ui esto enumerados odos de e ecu)*ode !atos pun%"eis >ue e cluem oureduzem as possi#ilidades de de!esa da "%tima, como e prime a re!er4ncia aoutrorecurso #ue di(iculte ou i possibilite a de(esa da !&ti aK(i) trai o toda !orma de!iola)*o da con(ian)a, como a deslealdade, a per!%dia, a alei"osia, etc'Z(ii) em'oscadasi@ni!ica a ao de ocultao do autor em determinados locais para surpreender a"%timaZ(iii) dissimula o consiste no dis!arce ou enco#rimento das intenIes reais'

    e) Em&re"o de -eneno= Fo"o= Ex&losi#o= Tortura ou >utro meio Insidioso ou

    Cruel= ou de +ue Possa ;esultar Peri"o Comum

    circunst"ncia agra!antedestaca determinados eios de a)*o escol?idos peloautor para realizao do !ato pun%"elK(i) insidioso @ a ao impercept%"el ouine"itA"el, de >ue e emplo o!enenoZ(ii) cruel & produo de so!rimento intenso,e cessi"o ou desnecessArio V "%tima, tal como o !o@o, e plosi"os e torturaZ(iii)&roduDam &eri"o comum & possi#ilidade de pro"ocar dano @eneralizado a #ens $ur%dicos coleti"os ou sociais indeterminados'

    ) -itimiDa o de Ascendente= /escendente= Irm o ou C n5u"e

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    5em por o#$eto relaIes !amiliaresK(i) &arentesco natural & ascendentes,descendentes e irmos, com !undamento na consan@Winidade, e cluindo outras !ormasde parentesco ci"il, como a adoo, por e emplo (isso por>ue "edada a analo@iain

    ala parte Z(ii) # nculo a eti#o & c]n$u@e, >ue #aseia-se no casamento ci"il,e cluindo o compan?eiro, tam#m pela "edao V analo@iain ala parte '

    ") A'uso de Autoridade ou Pre#alecimento de ;ela!es /om4sticas= de Coa'ita oou de os&italidade= ou com -iol,ncia contra a Mul?er= na Forma da LeiEs&ec ica

    conceito de autoridade a>ui pertence ao ireito +i"il & relaIes de natureza pri"ada re@idas pelo ireito de ue, apesar da norma, odano patrimonial clandestino ou !raudulento, produzidos sem constran@imento pessoal,no pode inte@rar esse conceito'

    2' Om#ito &(i) dom4stico o local de con"%"io permanente de pessoas com ousem "%nculo !amiliar, incluindo a@re@adosZ(ii) amiliar & am#iente !ormado por comunidades de indi"%duos aparentados (ou assim considerados por laos naturais, dea!inidade ou de "ontade e pressaZ(iii) rela!es ntimas de a eto & con"%"io atual ouanterior, independente de coa#itao (art' )Y, - '

    3'

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    ?) A'uso de Poder ou -iola o de /e#er inerente a Car"o= > cio= Minist4rio ouPro iss o

    conceito de poder e de de!er depende da natureza $ur%dica da ati"idadedescritaK(i) car"o ou o cio & ati"idades ou !unIes pC#licas e ercidas medianteconcurso pC#lico re@ido pelo ireito dministrati"o e/ou +onstitucional(al@unsentendem >ue o!%cio o tra#al?o manual, nada tem a "er com !uno pC#lica, portantoZ(ii) minist4rio & desi@na ati"idade reli@iosa pro!issional, com poderes e de!eres denatureza m%stica atri#u%das a padres, pastores, @uias espirituais em @eralZ(iii) &ro iss o & so ati"idades le@almente recon?ecidas cu$o e erc%cio dependa de ?a#ilitaoespecial, ou de licena ou de autorizaoK ad"o@ados, mdicos, en@en?eiros,en!ermeiros, etc'

    i) -itimiDa o de Criana= de Maior de G0 anos= de En ermo ou de Mul?er 3r%#ida

    uicascr nicas ou agudas, temporArias ou permanentesZ(i#) mul?er "r%#ida desi@na o estado de pren8ez, iniciando-se com anidi(ica)*oou !i ao do o"o ou zi@oto no Ctero materno e encerrada com a ruptura da #olsaa niBtica, >ue marca o in%cio do parto'

    5) - tima so' Imediata Prote o da Autoridade

    D a "iolao de @arantias le@ais, e pl%citas ou impl%citas, do poder pC#lico, a pessoas so# i ediata prote)*o da autoridade pC#lica, mediante guarda (presotemporArio ou de!initi"o , oucustBdia(doente mental internado , ou outras !ormas >ueaumentem a con!iana da "%tima em sua in"iola#ilidade'

    l) >casi o de Calamidade PB'lica (Inc,ndio= au r%"io= Inunda o ou /es"raaParticular da - tima

    FituaIes >ue representam condiIes concretas ad"ersas >ue reduzem ou

    e cluem a capacidade de proteo pessoal ou patrimonial da "%tima (e 'K acidente detrMnsito '

    m) Em'ria"ueD Preordenada

    D a ?ip tese dee briaguez proposital ou intencional para realiza crime dolosodeterminado & a ?ip tese principal daactio libera in causa &, por>ue ini#e a censura pessoal do superego, li#erando impulsos a@ressi"os ou destruidores doid '

    istin@ue-se da em#ria@ueza4 !olunt'ria ou culposaconsistente na pro@ressi"ainto icao por >ual>uer su#stMncia sem prop sitos a@ressi"os ou destruidores & noe clui a culpaZb4 e briaguez (ortuitaou acidental assim com a pro"eniente de (or)a

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    aior pode isentar de pena o autor (art' 28, p'1Y, +P ou reduzir a pena (art' 28, p' 2Y,+P , con!orme e clua ou diminua a capacidade de entender o carAter il%cito do !ato edeterminar-se con!orme esse entendimento'

    2.2.2 ;ircunst"ncias Agra!antes do ;oncurso de ?essoas

    Relaciona-se Vs ?ip teses decoautoria, participa)*o e deautoria ediata (art'S2 do +P , isso por>ue as participaIes indi"iduais em !atos pun%"eis coleti"os sodi!erenciadas, alterando a culpa#ilidade do a@ente'

    a) Promo#er= >r"aniDar ou /iri"ir a Ati#idade Criminosa Coleti#a

    Re!ere-se ao papel de lideranaK(i) &romo#er causar, @erar, !omentar ouimpulsionar o !ato pun%"elZ(ii) or"aniDar si@ni!ica constituir ou inte@rar as !unIes dosindi"%duos na ati"idadeZ(iii) diri"ir si@ni!ica @o"ernar, comandar ou coordenar a

    ati"idade coleti"a'') Coa"ir ou InduDir H Execu o Material de Crime

    (i) coa o a ao de constran@er al@um V realizao material de um crimeKsendo a coaoa4 resist&!elindica distri#uio di!erenciada da responsa#ilidade penal,maior para o coatoZ sendob4 irresist&!el con!i@ura situao de e culpao le@al do art'22 do +P, punido somente o autor mediato' (ii) indu o a ao de insti@ar, incitar ou persuadir al@um V realizao material de um crime & tam#m @erando distri#uiodi!erenciada da responsa#ilidade penal'

    c) Insti"ar ou /eterminar ao Crime Pessoa /e&endente ou Im&un #el &orCondi o ou ualidade Pessoal

    (i) Insti"ar si@ni!ica induzir, estimular ou induzir, en>uanto(ii) determinarsi@ni!ica causar ou ordenar a realizao de !ato pun%"el por pessoa su#metida Vautoridade de >ueminstigaou deter ina(!atos pun%"eis realizados por !il?os menores amando do pai , ou por pessoa impun%"el por condio ou >ualidade pessoal (insti@ar oudeterminar a realizao de !atos pun%"eis contra ascendente, descendente ou c]n$u@e '

    d) Executar ou Partici&ar de Crime Mediante Pa"amento ou Promessa de

    ;ecom&ensa

    autoria, por instiga)*o de part%cipe mediante paga ento ou pro essa dereco pensa, caracteriza atorpezado moti"o mercenArio & disposio ociosa, em !acedo dispositi"o no art' S1, , a do +PZ por outro lado, a participa)*o no !ato pun%"el, por instiga)*o ou cu plicidade, caracteriza a pusilanimidade de >uem se aco#erta na aode outrem'

    2.2.: ;ircunst"ncias Atenuantes

    Podem sere pressas (art' S), +P oun*o e pressas (art' SS, +P ' s(i)ex&ressas soK

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    a) A"ente Menor de 21 (data do ato) ou Maior de 0 anos (data da sentena)

    !undamento a insu!ici4ncia de desen"ol"imento psicossocial do a@entemenor de 21 anos ou a de@enerao ps%>uica do a@ente maior de 0 anos'

    + R 7 F F 75 F entende >ue a de!inio le@al da capacidade ci"il aos 18anos no e clui acircunst"ncia atenuante para a@ente menor de 21 anosK a atenuaotem por #ase idade in!erior a 21 anos, e no a incapacidade ci"il' rrele"ante tam#m aemancipao'

    autor tam#m entende >ue a idade de 0 anos de"a ser reduzida para S0 anos,como de!inido no art' 1Y da :ei 10' T1/03 (Estatuto do doso , isso por>ue tal Estatutoreduziu a idade da "%tima para !ins de con!i@urao de circunstMncias a@ra"ante e, commaior razo, permitiria considerar tal idade para caracterizar atenuante & isso por>ue aanalo@iain bona parte inteiramente compat%"el com o princ%pio da le@alidade

    penal'') /escon?ecimento da Lei

    + R 7 F F 75 F entende >ue essa atenuante um remanescenteesclerosado do siste a causaldo + di@o Penal de 1*T0, ainda !undado na dicotomiaerro de (ato erro de direitoe re@ido pelo princ%pio daignorantia legis ne ine e cusat Kse o erro de direito irrele!ante, ento o descon8eci ento da leiseria atenuante'

    contece >ue a re!orma de 1*8T introduziu a dicotomiaerro de tipo erro de proibi)*o,re@ida pelo princ%pio da culpa#ilidade e !undado narele!"ncia do erro de proi#io

    direto (e ist4ncia, "alidade e si@ni!icado da lei penal ,indireto (e ist4ncia de $usti!icao ine istente e limites $ur%dicos de $usti!icaIes e istentes e detipo per issi!o, em >ue o erro e"itA"el e clui a !ormadolosa e permite a punio por i prud%ncia, se pre"isto em lei & se@undo a teoria da culpa#ilidade limitada'

    Fe@undo o autor, o princ&pio da culpabilidade determina a se@uinte disciplina doerro de proi#io direto, na modalidade descon?ecimento da leiK(i) ine#it%#el & isentade pena, apesar do incon"incente discurso so#re a e!icAcia da lei penalZ(ii) e#it%#el & reduz a pena, s seria atenuante nessa ?ip tese, mas razIes metodol @icas e i@em sua"alorao comocausa especial de diminuio da penal' !inal, no o princ%pio daculpa#ilidade >ue de"e se adaptar V norma, mas esse res%duo esclerosado do siste acausal >ue de"e se adaptar ao princ%pio' doutrina tradicional, entretanto, continuain"ocando oignorantia legis ne ine e cusat '

    c) Moti#o de ;ele#ante -alor ocial ou Moral

    eterminaIes primArias da conduta !undadas em interesses de si@ni!icaoo#$eti"a para a "ida da comunidade ou do Estado' Por e emplo, dani!icar e perimentorural de produo de tran@4nicos capazes de pro"ocar peri@o indiscriminado V ecolo@iae V saCde ?umana, con!i@ura moti"o de rele"ante "alor social, se no constituir ao $usti!icada pelo estado de necessidade' utras aIes !undadas em sentimentos deno#reza, altru%smo ou de indi@nao pessoal (se>Westrar estuprador da !il?a '

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    d) A o Es&ont nea= Imediata e E iciente= &ara E#ita ou ;eduDir as Conse+u,nciasdo Crime= ou re&ara o do dano antes do $ul"amento

    ao de (i) natureDa es&ont nea do autor do !ato (!undada em moti"oaut no o, de iniciati"a pr pria e no !orada do a@ente ,imediata (realizada lo@o ap so crime eeficiente (>ue tem e!icAcia de proteo da "%tima, realizada com o o#$eto dee"itar ou reduzir os e!eitos docri e consu ado'

    (ii) re&ara o do dano , pelo pa@amento ou >ual>uer !orma de indenizao,antes da sentena & e ceto nos crimes de menor potencial o!ensi"o da :ei *'0**/*) em>ue a reparao ci"il pode e tin@uir a pr pria puni#ilidade'

    e) Coa o ;esist #el= Cum&rimento de >rdem de Autoridade u&erior ou -iolentaEmo o Pro#ocada &or Ato In5usto da - tima

    s ?ip teses so de(i) coa o resist #el & n%"el in!erior V coao irresist%"el(situao de e culpao le@al Z(ii) cum&rimento de ordem de autoridade su&erior & n%"el in!erior em relao V o#edi4ncia ?ierAr>uica e culpante, pois, ao contrArio do >ueocorre lA, a>ui trata-se dos casos em >ue poss%"el identi!icar a mani!esta ile@alidade daordemZ(iii) emo o #iolenta &i pulso agressi!o pro"ocado porato injusto da !&ti a,a@resso essa >ue no c?e@a a ser a da le@%tima de!esa'

    ) Con iss o Es&ont nea de Autoria de Crime Perante Autoridade

    lei e i@e apenas duas condiIesK(i) es&ontaneidade , ou se$a, !undada em

    deciso aut no a do autor, independente da natureza da moti"ao (e@o%smo,altru%smo, no#reza, etc , e cluindo determinaIes8eter no as(presso, em !ace de pro"as irre!utA"eis, mas admite-se em caso de priso em !la@ranteZ >ue se$a !eita perante(ii) autoridade , em sentido amplo, incluindo, alm da autoridade policial e da $udicial,tam#m o =P'

    ") In lu,ncia de Multid o em Tumulto o Pro#ocado

    s est%mulos da presso da massa e do anonimato pessoal reduzem o poder decontrole do comportamento' Fo, portanto, consideradas circunstMncias atenuantes,desde >ue o tumulto no ten?a sido pro"ocado pelo pr prio a@ente'

    2.2.3 ;ircunst"ncias Atenuantes @no inadas

    Fo as no e pressas, admitidas pelo art' SS do +P' Fo outras caracter%sticasanteriores ou posteriores ao !ato no pre"istas no art' S) do +P'

    + R 7 F F 75 F indica >ue a ?ip tese a#arca, por e emplo, crimesrealizados no conte to decondi)Hes sociais ad!ersas, por su$eitos mar@inalizados domercado de tra#al?o e do processo de consumo, insu!icientes para con!i@urar ocon(litode de!eres com situao de e culpao'

    2.2.5 ;oncurso de ;ircunst"ncias egais

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    uas ?ip tesesK(i) se as circunstMncias em concurso so i@ualmente o#$eti"as oui@ualmente su#$eti"as, so estas compensadasZ(ii) se as circunstMncias le@ais emconcurso so de natureza desi@ual, prepondera as circunstMncias subjeti!as (moti"os, personalidade e reincid4ncia so#re asobjeti!as'

    =P R5 75EK 7o concurso de "Arias#uali(icadorasapenas uma >uali!ica otipo, as outras podem ser consideradas circunstMncias le@ais a@ra"antes @enricas'

    2.2.= i ites de Agra!a)*o e Atenua)*o da ?ena

    + R 7 F F 75 F a!irma >ue a $urisprud4ncia dominante so#re o temaa!irma >ue as circunstMncias atenuantes e a@ra"antes no podem !azer a pena ultrapassar os patamares le@ais (m%nimo e mA imo & FCmula 231 do F5J, entretanto, !az al@umasressal"asK(i) o limite &ara a"ra#a o incontro"erso, dado >ue o princ%pio dale@alidade pro%#e-oZ(ii) o limite de atenua o , por outro lado, contro"erso'

    posio no sentido da possi#ilidade de >ue a pena !i>ue a>um do m%nimole@al tem os se@uintes ar@umentosK1. :ei no "eda, posto >ue o princ%pio dale@alidade @arantia do indi"%duo, no do EstadoZ2. entendimento contrArio poderiaa!rontar o princ%pio da isonomia, posto >ue al@um menos culpA"el seria o#ri@ado a ter a mesma pena >ue al@um mais culpA"elZ:. entendimento >ue de!ende a proi#io dea pena ser !i ada a#ai o do m%nimo le@al analo@iain ala parte posto >ue a"edao apenas para a@ra"amento'

    2'2 5erceira

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    ual>uer aumento ou diminuio, o#"iamente, tem >ue ser !undamentado (art'*3, H, da +R

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    > - interdi)*o te por'ria de direitos @nclu&do pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 3 , renu erado co altera)*o pela ei n/ 9.013, de 25.11.199 4

    >@ - li ita)*o de (i de se ana. @nclu&do pela ei n/ 0.2 9, de11.0.19 3 , renu erado co altera)*o pela ei n/ 9.013, de25.11.199 4C

    2'1 Prestao PecuniAria

    +onsiste no pa@amento em din?eiro V "%tima, entidade pC#lica ou pri"ada comdestinao social, !i ada entre 1 e 3S0 salArios m%nimos' rt' T), parA@ra!o 1Y, do +PK

    ue esse "alor em

    din?eiro se$a con"ertido em prestao de outra natureza (cestas #Asicas, tratamento,materiais para construo '

    ?ode parcelar6 Fim'

    2'2 Perda de .ens e alores

    5em natureza de con!isco' rt' T), parA@ra!o 3Y, do +PK

    :o A perda de bens e !alores pertencentes aos condenadosdar-se-', ressal!ada a legisla)*o especial, e (a!or do Iundo

    ?enitenci'rio Facional, e seu !alor ter' co o teto - o #ue (or aior - o ontante do preju&zo causado ou do pro!ento obtido pelo agente ou por terceiro, e conse#$%ncia da pr'tica docri e. @nclu&do pela ei n/ 9.013, de 199 4

    7ual o teto da perda6 >ue !or maiorK o montante do pre$u%zo ou o pro"entoo#tido pelo autor do !ato'

    D di!erente do art' *1 do +P (e!eito @enrico da condenao >ue no inciso determina a perda automAtica com a sentena condenat ria dos o#$etos >ue ser"iram de

    meio para prAtica de crime e o pro"eito direto, pois esse e!eito automAtico' perda de #ens e "alores da>ui pena'

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    (i) . 55E7+ NR5 critica o princ%pio da intranscend4ncia da pena por>uemascarou uma pena de con!isco >ue no estaria limitada V pessoa do condenado (a de perdas de #ens e "alores Z(ii) entretanto, ?A >uem di@a >ue a disposio re!eriu-se aoart' *1, , do +P & ou se$a, seria e!eito da condenao'

    2'3 Prestao de Fer"ios V +omunidade ou Empresa PC#lica

    +onsiste em atri#uio de tare!as @ratuitas em entidades assistenciais' razo decumprimento de pena de 1 ?ora por dia de pena & cada dia de pena corresponde a 1?ora de ser"ios' prestao de 8 ?oras semanais e no pode pre$udicar a ati"idadela#oral comum'

    apenado pode acelerar o cumprimento da pena desde >ue no cumpra pena emmenos da metade do tempo aplicado e a pena inicial !or superior a 1 ano'

    rt' TS' prestao de ser"ios V comunidade ou a entidades pC#licas aplicA"el Vs condenaIes superiores a seis meses de pri"ao da li#erdade' (Redao dada pela :ei nY *' 1T, de1**8

    ` 1o prestao de ser"ios V comunidade ou a entidades pC#licas consiste na atri#uio de tare!as @ratuitas aocondenado' ( nclu%do pela :ei nY *' 1T, de 1**8

    ` 2o prestao de ser"io V comunidade dar-se-A em entidades

    assistenciais, ?ospitais, escolas, or!anatos e outrosesta#elecimentos con@4neres, em pro@ramas comunitArios ouestatais' ( nclu%do pela :ei nY *' 1T, de 1**8

    ` 3o s tare!as a >ue se re!ere o ` 1o sero atri#u%das con!ormeas aptidIes do condenado, de"endo ser cumpridas V razo deuma ?ora de tare!a por dia de condenao, !i adas de modo ano pre$udicar a $ornada normal de tra#al?o' ( nclu%do pela :einY *' 1T, de 1**8

    ` To Fe a pena su#stitu%da !or superior a um ano, !acultado aocondenado cumprir a pena su#stituti"a em menor tempo (art')) , nunca in!erior V metade da pena pri"ati"a de li#erdade!i ada' ( nclu%do pela :ei nY *' 1T, de 1**8

    2'T nterdio 5emporAria de ireitos

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    @@ - proibi)*o do e erc&cio de pro(iss*o, ati!idade ou o(&cio #uedependa de 8abilita)*o especial, de licen)a ou autoriza)*o do poder pKblico eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34

    @@@ - suspens*o de autoriza)*o ou de 8abilita)*o para dirigir !e&culo. eda)*o dada pela ei n/ 0.2 9, de 11.0.19 34P

    @> - proibi)*o de (re#$entar deter inados lugares. @nclu&do pela ei n/ 9.013, de 199 4C

    tempo de interdio dura o tempo da pena su#stitu%da' interdio temporAria pode ser pena (>ue tem lapso temporArio , mas tam#m pode ter tempo indeterminado,>uando !or e!eito espec%!ico da !uno (art' *2, , do +P ' Para esse Cltimo caso e iste area#ilitao (art' *3, parA@ra!o Cnico, do +P & a rea#ilitao apenas para o !uturo nas?ip teses de perda de car@o pC#lico e poder !amiliar

    caso do inciso do art' T di!erente do art' *2, , am#os do +P, pois esteCltimo !ala dos crimes dolosos em >ue se utilizou do "e%culo'

    2') :imitao de

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    injusti(icado da restri)*o i posta. Fo c'lculo da pena pri!ati!ade liberdade a e ecutar ser' deduzido o te po cu prido da pena restriti!a de direitos, respeitado o saldo &ni o de trintadias de deten)*o ou reclus*o. @nclu&do pela ei n/ 9.013, de199 4C

    Para >ue ?a$a a con"erso por conta do descumprimento da medida necessArioasse@urar-se o contradit rio e da ampla de!esa, ou se$a, o Juiz, o#ri@atoriamente, de"eou"ir o condenado, asse@urando-l?e a oportunidade de $usti!icar a razo dodescumprimento' D necessAria a intimao do condenado para >ue esse se mani!este no processo'

    Entretanto, se as razIes no !orem su!icientes, con"erte-se em pri"ati"a deli#erdade' Para >ue isso ocorra, a>uilo >ue !oi cumprido na pena restriti"a de direitosde"e ser descontado na pena pri"ati"a de li#erdade, ressal"ado o saldo m%nimo de 30dias de pri"ao da li#erdadeK

    ?ode ao in! s de con!erter e pri!ati!a de liberdade con!erter e outrarestriti!a de direitos6 Fim, no ?A >ual>uer impedimento, especialmente nas penas pecuniArias >uando o ru no tem condiIes de pa@ar'

    9. In cio do Cum&rimento

    A partir de #ue o ento posso iniciar o cu pri ento da pena restriti!a dedireitos6 rt' 1T da :EP & a partir apenas do trMnsito em $ul@ado'

    E ecuo pro"is ria na es!era criminal s admiss%"el em !a"or do ru & pro@resso de re@ime, li"ramento condicional, remisso de pena pelo tra#al?o ouestudo' =as no ?A "anta@em em e ecuo pro"is ria da pena restriti"a de direitos' $urisprud4ncia dos 5ri#unais superiores esta, mas ?A e ceoK(i) >uando es@otadostodos os recursos >ue ten?am e!eito suspensi"o (RE ou REsp Z(ii) >uando claramentee"idenciado o intuito protelat rio da de!esa'

    rt' 1T8 da :EP & em >ual>uer !ase da e ecuo poderA o Juiz, moti"adamente,modi!icar o cumprimento das penas de limitao de !im de semana e de prestao de

    ser"ios V comunidade'. ;e+uisitos Le"ais &ara a u'stitui o da Pri#ati#a de Li'erdade &ela ;estriti#a.

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    @@ - o r u n*o (or reincidente e cri e doloso eda)*o dada pela ei n/ 9.013, de 199 4

    @@@ - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, be co o os oti!os e ascircunst"ncias indicare #ue essa substitui)*o seja su(iciente.

    eda)*o dada pela ei n/ 9.013, de 199 4C

    )'1 Primeiro +ritrio

    D um critrio o#$eti"o' +rimes dolosos cometidos sem "iol4ncia ou @ra"eameaa V pessoa com pena cominada i@ual ou in!erior a >uatro anos' sso por>ue ocritrio internacional para de!inir o >ue in!rao penal @ra"e ser a pena superior a>uatro anos'

    )'2 Fe@undo +ritrioD um critrio su#$eti"o & o a@ente no pode ser reincidente em crime doloso ("er

    art' ST do +P ' er tam#m o parA@ra!o 3Y do art' TTK

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    Fe a pena pri"ati"a de li#erdade !or i@ual ou in!erior a um ano, pode ser aplicadauma restriti"a de direitos ou multa'

    Entretanto, o art art' S0, parA@ra!o 2Y, do +P, diz >ue s >uando a pena aplicada!or i@ual ou in!erior a seis meses >ue se aplica a pena de multaK

    ue o art' TT, parA@ra!o 2Y, do +P tem redao

    posterior e, alm disso, mais #en!ica, de"endo ser aplicada'(ii) Entretanto, ?A >uemdi@a >ue a re@ra do art' S0, parA@ra!o 2Y, normal especial em relao ao TT & pois trataapenas da pena de multa'(iii) Nma terceira corrente entende >ue at seis meses asu#stituio o#ri@atoriamente por multa, dando "i@4ncia ao S0, p' 2Y, do +P, en>uantoat um ano optar-se-ia entre multa e restriti"a de direitos'

    S'2 uas Restriti"as ou Restriti"a e =ulta

    Fe a pena pri"ati"a aplicada !or superior a um ano aplicam-se duas restriti"as ourestriti"a e multaK

    < 2o Fa condena)*o igual ou in(erior a u ano, a substitui)*o pode ser (eita por ulta ou por u a pena restriti!a de direitos se superior a u ano, a pena pri!ati!a de liberdade pode ser substitu&da por u a pena restriti!a de direitos e ulta ou por duas restriti!as de direitos. @nclu&do pela ei n/ 9.013, de199 4C

    =P R5 75EK rt' 33, p' TY, e art' TT da :ei 11'3T3/200S (:ei de ro@as & essa :ei "eda a su#stituio da pena pri"ati"a de li#erdade por restriti"a de direitos emcaso de trA!ico' A, entretanto, o trA!ico pri"ile@iado (primArio, #ons antecedentes, nose dedica a ati"idades criminosas e no !az parte de or@anizao criminosa ' 7oin!ormati"o )*8 do F5

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    II. Extin o da Puni'ilidade

    1. Conceito

    D a conse>u4ncia natural da prAtica do crime, a possi#ilidade de punir al@um

    pela prAtica de uma in!rao penal >ue pertence ao Estado' Esse interesse se desdo#raem duas pretensIesK a puniti"a e a e ecut ria'

    (i) &retens o &uniti#a a>uela direcionada V !ormao de um t%tulocondenat rio & o interesse estatal em o#ter um pro"imento $urisdicional recon?ecendo a proced4ncia dessa pretenso e condenando o acusado ao cumprimento de uma sano penal'

    Por outro lado, a(ii) &retens o executuele t%tulo $udicial o#tido transitado em $ul@ado, impondo, e!eti"amente, a sano

    penal' primeira e iste antes do trMnsito em $ul@ado, a se@unda, ap s'

    2. Causas de Extin o da Puni'ilidade

    pr pria :ei pre"4 al@umas situaIes em >ue esse interesse estatal cessa, por razo de pol%tica criminal, >ue "o en"ol"er o decurso do tempo ou >uestIes meramenteutilitArias (delao premiada '

    s causas de extin o da &uni'ilidade impedem a aplicao ou a e ecuo da

    sano penal' 7o se podem con!undi-las com ascondi!es o'5eti#as de &uni'ilidade 'E emploK art' 122 do +P & a pena condicionada ao acontecimento dos e"entos lAdescritos, assim ?A condiIes o#$eti"as de puni#ilidadeZ nos crimes materiais contra aordem tri#utAria, antes da edio da FCmula inculante 2T do F5

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    @ - pela orte do agente

    Pelo princ%pio da intranscend4ncia da pena (art' )Y, inc' H: , da +Rue praticaram determinado crime,indistintamente' parcial #ene!icia somente al@uns autores (somente os

    primArios, por e emplo 'c IrrestritaJlimitada & a irrestrita atin@e todos os !atos delituosos relacionados

    com um !ato criminoso principal' limitada, por outro lado, somente e cluial@uns crimes'

    Crimes ?ediondos e e+ui&arados no admitem anistia e @raa' Fo os crimesdo art' )Y, inc' H: , da +R

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    natureza de am#os causa de e tino de puni#ilidade, e tin@uindo a pena & pretenso e ecut ria'

    D materializada por ecreto presidencial, >ue pode dele@ar para =inistro daJustia ou 9N, mas a compet4ncia ori@inAria do Presidente da RepC#lica'

    +omo o indulto coleti"o, a iniciati"a do pr prio estado, a @raa pode ser procedida por pedido indi"idual'

    (i#) comuta o um indulto parcial, no e tin@ue a pena toda, apenasdiminui-se a pena & tam#m se processa por ecreto'

    +R

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    presente, ou dei ar de (or ular o pedido de condena)*o nasalega)Hes (inais

    penas >uando sua presena imprescind%"el (e 'K no ser"e aus4ncia naaudi4ncia de oiti"a das testemun?as de de!esa '

    - #uando, sendo o #uerelante pessoa jur&dica, esta see tinguir se dei ar sucessor.C

    Pessoa $ur%dica sem sucessor'

    3') Retratao do @ente

    @ - pela retrata)*o do agente, nos casos e #ue a leia ad ite C

    D desdizer al@o >ue !oi dito' 5em >ue ser inte@ral, no "ale retratao parcial'i&ue a pena retri#uio, a relati"aa!irma >ue ela tem utilidade & nem por casti@o ou pre"eno de no"os crimes a pena se re"ela necessAria' $u%zo de proced4ncia, mas no ?A dosimetria,declara-se e tinta a puni#ilidade'

    atureDa $ur dica6 (i) FCmula 18 do F5J & declarat ria de e tino da puni#ilidade, no su#sistindo >ual>uer e!eito condenat rio, no podendo ser computada para e!eitos de reincid4ncia, com#inar com o art' 120 do +PZ(ii) a se@unda diz >ue condenat ria, mas no se perdoa um inocente, inocente se a#sol"e & ou se$a, condenat ria, mas no produz e!eitos de sentena condenat ria'

    (ii) ;abe perd*o judicial nos cri es de tr"nsitoL(1) no, pois no ?A pre"iso le@al,tendo sido inclusi"e "etada no +5., no ca#endo analo@ia dado >ue o art' 2*1,caput, a!irma >ue a analo@ia s da parte @eralZ(2) ca#e, pois o "eto do art' 300do +5. !oi #aseado na e ist4ncia do perdo $udicial $A no +P'

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    E:T;A ( ireito Penal, Parte 9eral & Juarez +irino dos Fantos

    I. Penas Alternati#as

    1. Penas ;estriti#as de /ireitos

    1'1 7atureza

    5em tr%plice carAterK(i) aut nomas @ e istem de modo independente, emcon$unto com as penas pri"ati"as de li#erdade e a de multa, e sua e ecuo e tin@ue a pena pri"ati"a de li#erdade aplicadaZ(ii) su'stituti#as @ ocupam o lu@ar da pena pro"ati"a de li#erdade aplicada (e ceo a restrio de direitos nos crimes de "iolaode de"eres de pro!isso, ati"idade, o!%cio, car@o ou !uno, em >ue a restriti"a de

    direitos acess ria Z(iii) re#ers #eis @ admitem, em determinadas ?ip teses,reaplicao da pena su#stitu%da, para @arantir a e!icAcia da pena'

    1'2 Pressupostos de plicao das Penas Restriti"as de ireitos

    Fo determinantes a(i) natureDa do crime e a (ii) dura o da &ena aplicadaK

    1.2.1 Fatureza do ;ri e

    (i) crimes dolosos cometidos sem #iol,ncia ou @ra"e ameaa a pessoa, com pena pri"ati"a de li#erdadeigualou in(eriora T (>uatro anos (art' TT, , +P

    (ii) crimes im&rudentes , independente da durao da pena pri"ati"a de li#erdadeaplicada (art' TT, , +P

    (iii) crimes dolosos com #iol,ncia ou @ra"e ameaa V pessoa, com pena pri"ati"ade li#erdadein(eriora 1 (um ano (art' )T, +P '

    1.2.2 Nura)*o da ?ena

    (i) &ena &ri#ati#a de li'erdade i"ual ou in erior a 1 ano @ possi#ilidade desu#stituio por multa ou uma pena restriti"a de direitos (art' TT, p' 2Y, +P '

    (ii) &ena &ri#ati#a de li'erdade su&erior a 1 ano & possi#ilidade de su#stituio por restriti"a de direitos e multa ou duas restriti"as de direitos (art' TT, p' 2Y,+P '

    1.2.: ;ondi)Hes i itadoras e E cludentes

    (i) reincid,ncia em crime doloso @ impede a aplicao da restriti"a de direitos (art'TT, , +P, e ceto em ?ip tese de reincid%ncia gen rica e de substitui)*o social ente reco end'!el(art' TT, p' 3Y, +P '

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    (ii) Indicadores 5udiciais de su ici,ncia @ culpa#ilidade, antecedentes, condutasocial, personalidade, moti"os do a@ente e circunstMncias de !ato (art' TT, ,+P , no se consideram as conse>u4ncias e o comportamento da "%tima'

    (iii) Tr% ico de dro"as e crimes assemel?ados @ e cluem penas restriti"as dedireito (art' 33,caput e p' 1Y, e 3T a 3 , da :ei 11'3T3 , mas o F5< declarou ainconstitucionalidade dessa e cluso'

    1'3 Espcies de Penas Restriti"as de ireitos

    Fo cinco as espciesK

    1.:.1 ?resta)*o ?euni'ria

    +onsiste no pa@amento de din?eiro V "%tima ou descendentes ou a entidade pC#lica ou pri"ada com destinao social, de um "alor !i ado pelo Juiz, entre o m%nimode 1 e o mA imo de 3S0 salArios m%nimos, como reparao do dano resultantes do crime(art' T), pp' 1Y e 2Y '

    :ei pre"4 a possi#ilidade de pa@amento de outra !orma & como, por e emplo,a da)*o in paga ento(art' 3)S, ++ & se o #ene!iciArio consentir, claro' + R 7

    F F 75 F a!irma >ue a e presso prestao de outra natureza no !ere o princ%pio da le@alidade penalK&rimeiro por>ue su#stituem a pena pri"ati"a de li#erdadeaplicada & re@ida pelo princ%pionulla poena sine legeZse"undo por>ue #ene!iciam ocondenado e o princ%pio da le@alidade e iste $ustamente em seu !a"or, no podendo ser

    utilizado contra ele'1.:.2 ?erda de Rens e >alores

    5em por o#$eto o patrim]nio do condenado, tem por limite o "alor maiorK(i)&re5u Do causado ou (ii) &ro#eito o'tido ' estina-se ao ue no possui naturezaindenizat ria ou de ressarcimentoZ mas a(ii) com 'ase no &ro#eito o'tido nocaracterizacon(isco, por>ue #ens e "alores o#tidos mediante pr'tica de cri e nointe@ram o patrim]nio do condenado'

    1.:.: ?resta)*o de Der!i)os ;o unidade

    plicA"el em casos de penas pri"ati"as de li#erdades superiores a S meses (art'TS, +P e consiste em tare!as gratuitasatri#u%das con!orme as aptidIes do condenado edistri#u%das V razo de 1 ?ora de tra#al?o por dia de condenao, sem pre$u%zo da $ornada normal de tra#al?o, em entidades assistenciais, ?ospitais, escolas, or!anatos e

    instituiIes con@4neres, em pro@ramas comunitArios estatais (art' TS, pp' 1Y a 3Y, +P ' Fea condenao !or superior a 1 ano, a pena su#stituti"a pode ser cumprida em tempo

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    menor do >ue a pena su#stitu%da, respeitada a metade da pena pri"ati"a de li#erdadeaplicada (art' TS, p' TY, +P '

    D o Juiz >uem desi@na a instituio de tra#al?o @ratuito do condenado (art' 1T* e parA@ra!os, :EP ' s entidades #ene!iciArias de"em apresentar relat rios mensais dasati"idades e comunicaro aus4ncias ou !altas disciplinares ao $u%zo da e ecuo (art'1)3, :EP '

    1.:.3 @nterdi)*o Me por'ria de Nireitos

    +onsiste nas se@uintes proi#iIesK(i) e erc%cio de car@o, !uno ou ati"idade pC#lica, #em como mandato eleti"o & art' T , , +P Z(ii) proi#io do e erc%cio de pro!isso, ati"idade ou o!%cio >ue dependam de ?a#ilitao especial, de licena ouautorizao do poder pC#lico (art' T , , +P Z(iii) suspenso de autorizao ou de?a#ilitao para diri@ir "e%culo (art' T , , +P Z(i#) proi#io de !re>Wentar

    determinados lu@ares (art' T , , +P ' 7a a) primeira ?ip tese (art' T , , +P , a autoridade $udicial comunicarA a pena

    aplicada V autoridade competente, >ue #ai arA ato iniciando a e ecuo & art' 1)3, p' 1Y,:EP' 7as ?ip teses ') dos incisos e do art' T a autoridade $udicial $udicialdetermina a apreenso dos documentos relati"os ao e erc%cio do direito interditado & art' 1)T, p' 2Y, :EP' s autoridades administrati"as de"ero e >ual>uer um poderAcomunicar o descumprimento da pena (art' 1)) da :EP '

    1.:.5 i ita)*o de Iins de De ana

    ssemel?a-se aoregi e aberto' +onsiste na o#ri@ao de perman4ncia, aossA#ados e domin@os, durante ) ?oras diArias, emcasa de albergado & no ?a"endo, ocondenado de"erA recol?er-se V sua pr pria resid4ncia, se@undo a $urisprud4ncia & com possi#ilidade de participao em cursos, palestras ou outras ati"idades educati"as (art'T8, +P ' esta#elecimento desi@nado & se !or o caso & de"erA apresentar relat riosmensais e comunicarA aus4ncias ou !altas disciplinares ao $u%zo da e ecuo (art' 1)3,+P '

    2. Pena de Multa

    2'1 ntroduo

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    penitenciArio & sem pre$u%zo da e!icAcia retri#uti"a e pre"enti"a da pena' +omo(ii)des#anta"em temos a reduo da capacidade de indenizar a "%tima e a incerteza so#re aidentidade do real pa@ador'

    2'2 +ominao

    pena de multa cominada de modoindeter inadonos tipos le@ais de crime,aplicada con!orme critrios de!inidos na parte @eral do + di@o Penal, de !ormaalternati"a ou cumulati"a com penas pri"ati"as de li#erdade e se destina ao uantidade pelo "alor, atualizA"el pelos %ndices de correo monetAria na poca da e ecuo' 5udoisso estA no art' T* do +P'

    (i A +uantidade de dias*multa @ "aria entre o m%nimo de 10 e o mA imo de 3S0,con!orme o tipo de injusto e a culpabilidade do autor, medidas pelas

    circunst"ncias judiciais(art' )*, +P ,legais(arts' S1, S2 e S), +P e causas deaumento e diminuio'

    (ii > #alor do dia*multa @ calculado com #ase no salArio-m%nimo na poca do !atodentre os se@uintes limitesK&ni ode 1/30 e ' i o de ) "ezes do salArio-m%nimo' situa)*o econ icado ru (art' S0, +P autoriza ampliar a pena demulta at otriploda cominao mA ima, se a aplicao do mA imo da pena demulta parecer ine!icaz'

    2'T E ecuo

    pena de multa e ecutada pelo pa@amento, no prazo de 10 dias do trMnsito em $ul@ado da sentena condenat ria (art' )0, +P & ou em >ual>uer tempo depois desse prazo' pa@amento pode ser parcelado, se re>uerido pelo condenado e ascircunstMncias indicarem sua con"eni4ncia' dmite-se desconto nos "encimentos ousalArios do condenado, se a pena de multa aplicada isoladamente ou cumulati"amentecom restriti"a de direitos ou pri"ati"a de li#erdade suspensa condicionalmente (art' )0, p' 1Y, al%neas, +P K o desconto limitado, pela necessidade de preser"ar os recursosindispensA"eis ao sustento do condenado e de sua !am%lia (art' )0, p' 1Y Z no caso deaplicao cumulati"a com pri"ati"a de li#erdade o desconto pode ser proporcional aosalArio do condenado (art' 1 0, :EP '

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    p s o trMnsito em $ul@ado da sentena condenat ria, a pena de multatrans!orma-se emd&!ida de !alor , aplicadas as normas so#re d%"ida ati"a da acrescenta >ue se a certido de #ito !or !alsa e isso !or desco#erto ap s o trMnsito em $ul@ado da sentena >ue e tin@ue a puni#ilidade seriaimposs%"el rea#rir o processo, posto >ue no e istiria re"iso criminalin pejus no

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    .rasil' s 5ri#unais Fuperiores re$eitam esse entendimento' (;urso de Nireito ?enal Rrasileiro, "ol ' SX ed' Fo PauloK R5, 200S'

    2. Anistia= 3raa e Indulto

    Esses institutos so estudados so# o conceito dodireito de gra)a & compreensi"ode atos do Poder :e@islati"o (anistia ou E ecuti"o (@raa ou indulto , dotados dee!icAcia e tinti"a da puni#ilidade (art' 10 , , +P '

    LKI ;E3I P;A/> assim di!erencia os institutosK

    a) anistia tem naturezaobjeti!a & diri@e-se aos !atos -, en>uanto"raa em sentidoestrito e indulto destinam-se a determinados indi"%duos, particular oucoleti"amente considerados' "raa eminentemente subjeti!a, en>uanto oindulto tem natureza ista & a"alia o#uantu e a espcie da pena, mas tam#m

    o comportamento carcerArio'') Anistia diri@e-se preponderantemente aos delitos pol%ticos,"raa e indulto ,

    a#arcam os rimes comuns'

    c) Anistia e tin@ue os e!eitos penais da condenao, o >ue no ocorre com"raa eindulto '

    d) Anistia pode ser concedida a >ual>uer tempo,"raa e indulto pressupIem otrMnsito em $ul@ado'

    e) autor entende >ue os crimes ?ediondos, a prAtica de tortura, o trA!ico il%cito deentorpecentes e o terrorismo so insuscet%"eis de"raa , anistia e indulto ,con!orme art' )Y, H: , da +R

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    LKI ;E3I P;A/> a!irma >ue >uando concedida a anistia antes do trMnsitoem $ul@ado e tin@uem-se os e!eitos penais' uanto anterior V condenao c?ama-se prBpria, >uando posterior,i prBpria( @bid '

    2'2 9raa

    D ato de compet4ncia do Presidente da RepC#lica' 5em porobjeto cri esco uns com sentena condenat ria transitada em $ul@ado, e porobjetivo #ene!iciar pessoa determinada mediante ae tin)*oou a co uta)*o da pena aplicada, corri@indoin$ustias ou o ri@or e cessi"o na aplicao da lei'

    5am#m a>ui no ?A "iolao do princ%pio da le@alidade, posto >ue ?A permissi"o constitucional no art' 8T, H & ser"e tam#m par ao indulto'

    2'3 ndulto

    5am#m de compet4ncia do Presidente da RepC#lica. objeto so cri esco uns e o objetivo #ene!iciar uma coleti"idade de condenados, selecionados pelanatureza do crime realizado ou pela >uantidade de pena aplicada, com e i@4nciascomplementares !acultati"as, @eralmente relacionadas ao cumprimento parcial da pena'5em porefeito e tin@uir ou comutar a pena aplicada & e ceto no indulto so# condio,>ue pode ser recusado pelo indultado'

    indulto pode, e cepcionalmente, ser indi"idual, mas depende de petio docondenado (ou do =P e/ou autoridade administrati"a da e ecuo penal , encamin?ada

    ao =inistrio da Justia para despac?o do Presidente da RepC#lica (arts' 188-1*2, :EP 'LKI ;E3I P;A/> , por outro lado, a!irma >ue o indulto espontMneo,

    en>uanto a @raa seria solicitada' crescenta ainda >ue inadmite recusa do #ene!iciArio,sal"o em se tratando de comutao da pena (para restriti"a de direitos, por e emplo oude indulto condicionado

    . /escriminaliDa o do Fato

    E tin@ue a puni#ilidade independente da !ase do processo ou do trMnsito em $ul@ado' D assim tam#m no caso de ad"ento de :ei penal mais #en!ica, se@undocritrio concreto de aplicao da pena & aplica-se retroati"amente aos !atos anteriores,mesmo com deciso transitada em $ul@ado'

    9. ;enBncia

    renKncia do direito de >uei a si@ni!icadesist%nciado o!endido ourepresentante le@al de e ercer a pretenso puniti"a contra o autor de crimes de ao penal pri"ada' Pode serK(i) ex&ressa & consistente em declarao !ormalZ(ii) t%cita & prAtica de ato incompat%"el com a "ontade de e ercer o direito, tal como manuteno darelao de amizade, con"%"io ou coa#itao consentida entre autor e "%tima'

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    LKI ;E3I P;A/> a!irma >ue arenncia ocorreantes da propositura daa)*o penal e acrescenta >ue ca#%"el o direito de renCncia V ao penal pri"adasu#sidiAria da pC#lica, sem >ue isso acarrete e tino do direito do =P de a$uizar a ao penal pC#lica ca#%"el' D ato unilateral da "%tima (ibid '

    . Perd o

    D ato de ma@nanimidade pessoal do o!endido, de e culpao do autor de crimesde ao penal pri"ada' perdo, entretanto, depende da aceitao do o!ensor '5am#m pode ser(i) ex&resso & declarao !ormalZ(ii) t%cito & prAtica de atoincompat%"el'

    perdo admiss%"el at o trMnsito em $ul@ado da sentena penal condenat ria(art' 10S, p' 2Y, +P , >uando o Estado reincorpora a titularidade do poder repressi"o'

    LKI ;E3I P;A/> a!irma >ue o perdo no se con!unde com a renCncia,isso por>ue o perdo s pode operar na (ase processual ' 7o ato unilateral, depende daaceitao do >uerelado'

    estaca o autor >ue se o perdo !or concedido a um dos >uerelados, a todosapro"eita, mas se dado por um dos o!endidos no pre$udica os demais (ibid '

    G. ;etrata o do A"ente

    utor de declarao incriminadadesdizo >ue disse por escrito pr prio ou termonos autos, com o o#$eti"o de des!azer lesIes t%picas de #ens $ur%dicos' !ormalizao processual da retratao at a pu#licao da sentena condenat ria e tin@ue a puni#ilidade do !ato'

    s crimes contra a8onra so casos espec%!icos de admissi#ilidade de retrataoKnos crimes decalKniae di(a a)*o isso ca#%"el por>ue tem a capacidade de des!azer odano V ima@em pC#lica ou ao conceito social do o!endido, mas no admitido nainjKria, por>ue a o!ensa ao sentimento da pr pria di@nidade ou decoro da "%tima irretratA"el (art' 1T3, +P '

    +rimes comuns cometidos por intermdio da pala"ra !alada ou escrita, como (also teste un8oou (alsa per&cia tam#m admitem retratao at a pu#licao dasentena condenat ria (art' 3T2, p' 3Y, +P '

    . Perd o $udicial

    5em porobjeto ?ip teses le@ais dee clus*o judicialda pena, determinada por circunstMncias, condiIes, resultados ou conse>u4ncias especiais do !ato' (e emploK@ra"idade das conse>u4ncias para o autor de ?omic%dio ou leso corporal imprudente & art' 121, p' )Y, e 12*, p' SYZ a pro"ocao repro"A"el da in$Cria e a in$Cria como retorsoimediata de outra in$Cria & art' 1T0, p' 1Y, +PZ primariedade do a@ente na receptao

    presumida & art' 180, pp' 3Y e )Y, +P '

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    sentena concessi"a de perdo no produz nen?um dos e!eitos da sentenacondenat ria, como a reincid4ncia e a certeza da o#ri@ao de indenizar (art' 120, +P '

    LKI ;E3I P;A/> indica >ue a natureza $ur%dica da sentena >ue declara o perdo $udicial contro"ertida, mas estA consa@rado na FCmula 18 do F5J e noentendimento dominante da doutrina >ue a sentena declaratBria de e tin)*o de punibilidade'

    A pre"iso importante no art' 13 da :ei *'80 /** (:ei de Proteo M5estemun?a esta#elecendo re>uisitos para o#teno do perdo $udicial para o acusado>ue cola#ora "oluntariamente com a in"esti@ao policial ou processo criminal' Dsu!iciente o cumprimento de um dos tr4s re>uisitosK(i) identi!icao dos demais co-autores e part%cipeZ(ii) localizao da "%tima com inte@ridade !%sica perser"adaZ(iii)recuperao total ou parcial do produto do crime' Entendimento di"erso, e plica o autor,tornarA >uase imposs%"el a aplicao do instituto'

    perdo $udicial circunstMncia pessoal, incomunicA"el com os demais autoresdo !ato'

    . Ti&os Com&lexos= /e&endentes de >utros Ti&os= +ue Pressu&!em >utros Ti&os=uali icados &elo ;esultado e Conexos

    7os tipos (i) com&lexos , como tipos compostos de outros tipos & !urto econstran@imento ile@al no caso do rou#o & nos(ii) de&endentes de outros ti&os ou >ue(iii) &ressu&!em outros ti&os & receptao em relao ao !urto e ao rou#o & e nos tipos

    (i#) +uali icados &or outros ti&os & !urto >uali!icado pelo dano, a e tino de puni#ilidade dotipo ele entar , do tipo pressuposto ou do#uali(icador no e tin@ue a puni#ilidade dotipo co ple o, do >ue pressupHe outro tipo e do >ue#uali(icado (art'108 do +P '

    JA nos tipos(#) conexos , a>ueles relacionados por certas relaIes de !ins(?omic%dio da testemun?a para ocultar outro crime , a e tino da puni#ilidade de umdeles no impede a a@ra"ao dos demais tipos relacionados por cone o'

    . A Extin o da Puni'ilidade no Concurso de Crimes

    e tino incide so#re cada !atoisolado da relao de pluralidade !ormal,material ou continuada (art' 11* do +P '

    Rio de Janeiro, 2*/08/2011

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    TEMA 0 e 0

    I. Extin o da Puni'ilidade

    1. Prescri o= /ecad,ncia e Perem& o

    (i) &rescri o uma causa de e tino de puni#ilidade se@undo o >ual oEstado perde o direito de punir' D, pois, uma punio ao Estado, pela sua des%dia, pelasua inrcia' prescrio impede a anAlise do mrito'

    (ii) &erem& o , apesar de ser tam#m uma causa de e tino de puni#ilidade, restrita de ao penal de iniciati"a pri"ada' D mencionada no art' 10 , , mas estAde!inida no art' S0 do +PP' primeira di!erena, portanto, >ue a perempo restritaaos crimes de ao penal pri"ada' utra di!erena, >ue s se pode !alar em perempodepois de de!la@rada a ao penal pri"ada, a prescrio pode ocorrer a >ual>uer momento' s ?ip teses de perempo estA ta ati"amente descritas no art' S0 do +PP'

    (iii) decad,ncia , por !im, s e iste nas aIes penais pri"adas ou de iniciati"a pC#lica condicionada V representao' sso por>ue a decad4ncia a perda do direito de>uei a, ou representao, pelo no e erc%cio no prazo de seis meses' decad4ncia tratada no art' 38 do +PP e no art' 103 do +P & os dispositi"os tem id4ntica redao'

    uem perde o direito de punir o Estado'

    2. Prescri o Ci#il x Prescri o Penal

    prescrio ci"il pode ser e tinti"a ou a&