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boletim informativo INDÚSTRIAS DE MADEIRA Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal Edição Bimensal Março | Abril 2009 Empresas portuguesas invadiram Milão AIMMP em movimento Combate ao Nemátodo Informação económica Estatísticas actualizadas Programas & Eventos Candidaturas ao QREN

Boletim Mar - Abr - 2009

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Page 1: Boletim Mar - Abr   - 2009

boletim informativoINDÚSTRIAS DE MADEIRA

Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de PortugalEdição Bimensal Março | Abril 2009

Empresas portuguesas invadiram Milão

AIMMP em movimentoCombate ao Nemátodo

Informação económicaEstatísticas actualizadas

Programas & EventosCandidaturas ao QREN

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Vontade de sair da crise

Encontramo-nos num período de luta pela sobrevivência dada a actual crise. Mas, porque acreditamos no valor das Indústrias de Madeira e Mobiliário, a aimmp nunca baixa os braços. Por isso, mesmo em tempos difíceis, lançámos, no início do ano, uma nova marca com vista a acrescentar valor aos produtos das nossas empresas e levá-las aos melhores mercados internacionais: a Associative Design.

Em Birmingham, a Associative Design deu o seu primeiro passo. Uma aposta ganha: as empresas que a nós se junta-ram deixaram lá todo o produto exposto e somaram enco-mendas! A Comunicação Social confirmou o sucesso!

O segundo passo foi dado na Maison & Object, onde apre-sentámos o nosso projecto à Direcção da feira de Milão. E daqui seguimos para um lugar há muito ambicionado pelos empresários portugueses: o Salão do Móvel, em Milão. E não nos ficámos por aqui: firmámos uma parceria com a Portugal Brands, fomos para a Zona Tortona.

Portugal invadiu Milão; a qualidade e o design do produto português foram reconhecidos; e merecemos a visita de um governante português. Em suma, e citando Castro Guerra, em Milão viu-se vontade de sair da crise.

Como tudo isto é possível? Apostando na diferença; acred-itando que é possível; gostando do que se faz; trabalhando intensamente e em equipa; sendo-se determinado, até tei-moso, e arrojado; tendo-se orgulho em ser português.

E, se é possível tudo isto com a união dos empresários, só falta mesmo as associações do sector também se unirem para se obter resultados de maior alcance em prol de toda a Indústria, concretização do PASIMM (Plano de Apoio ao Sec-tor), por exemplo, e outras iniciativas.

Percorra connosco as próximas páginas e deixe-se contagiar por este espírito. Porque nele está o sucesso das nossas iniciativas/dos seus negócios/do nosso sector.

Sumário

DESTAQUE

Associative Design em Milão ................................................. 3

AIMMP EM MOVIMENTO

Export Home 2009 .............................................................. 7Nemátodo | Industriais tomam posição colectiva ................... 8 Estudo das Serrações | Primeiras Conclusões ..................... 10Assembleia-Geral da AIMMP ............................................... 11Vantagens para associados ............................................... 11

NOTÍCIAS DO SECTOR

Embalagens de plástico mais higiénicas do que as de madeira? ..................................................................... 12

INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Estatísticas da Fileira de Madeira e Mobiliário ..................... 14 Análise da conjuntura económica por Emídio Lima ................ 16

INFORMAÇÃO JURÍDICA

Regime da maternidade e paternidade com novas alterações ................................................................ 17

EMPRESA DO MÊS

Damadeira aposta no serviço ao cliente ............................. 18

PROGRAMAS & EVENTOS

Competir, exportar e superar a crise com a AIMMP .............. 19Plano anual de candidaturas QREN 2009 ............................ 19

ficha técnica

IndústrIas de MadeIraPropriedade AIMMP Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal | Presidente Fernando Rolin | secretária-Geral Maria Fernanda Carmo

Coordenação editorial Liliana Magalhães ([email protected]) | redacção Liliana Magalhães e Ana Santos Silva | Colaboradores Emídio Lima, Filipa Pereira,

Joana Sousa, Rui Barreira, Vasco Teixeira Pedro | Projecto Gráfico Pedro Teixeira | Paginação Loja das Ideias | Fotografia Arquivo Fotográfico AIMMP

Impressão Tecniforma Print, S.A. | tiragem 1.500 exemplares | distribuição Gratuita.

Contactos Rua Álvares Cabral, 281 4050-041 PORTO · Tel. +351 223 394 200 · Fax 223 394 210 · Email [email protected] · Web www.aimmp.pt

Maria Fernanda CarmoSecretária-Geral da aimmp

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editorial

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Depois do sucesso e reconhecimento alcançados na feira inglesa Interiors Birmingham, onde os produtos

portuguesas da Fileira Casa foram comparados aos melhores do mundo, a marca Associative Design,

criada pela aimmp, seguiu para o principal evento mundial de moda do sector: o Salão Internacional

do Móvel, em Milão. Simultaneamente, e em parceria com a Portugal Brands, a marca expos na

Zona Tortona Design

Associative Design em Milão

Salão Internacional do Móvel recebeu a maior participação

portuguesa de sempre

Foram 25 as marcas nacionais que estiveram presentes no Salão Internacional do Móvel, em Milão, fazendo desta parti-

cipação portuguesa a maior de todos os tempos.

Destas marcas, 10 foram levadas pela aimmp: a Colonial Concept, que expos num stand individual, apoiada

pelo projecto Interwood; a Ambitat, In-duflex, Antarte, World Hotel, Anaric, Je-tclass, Jomasil, Opostos e Jasmin Glass Studio, que se juntaram num espaço de 400 metros quadrados, sob a assi-natura Associative Design – The Best of Portugal.

Lançada no início do ano na Interiors Birmingham, a Associative Design visa

reposicionar a Fileira Casa no mercado internacional, promovendo a qualidade e o design dos produtos portugueses ao mais alto nível e associando-os a um conceito de decoração integrada. Tem, ainda, como missão fomentar a coopera-ção empresarial – daí que a marca tenha nascido no âmbito de um projecto da aimmp denomidado Cooperwood.

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destaque

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Para esse fim, a Associative Design procura estar presente nas melhores fei-ras internacionais, criando espaços con-juntos onde diferentes sectores – mobi-liário, materiais de construção, estofos, têxteis, iluminação e design de interiores – se unem na composição do ambiente de uma casa.

PortugAl CoMPetiu Ao lADo DoS MelhoreS

Foi, então, a uma só voz, e recriando interiores personalizados, cosmopolitas, com reflexos de glamour e de contempo-raneidade, que as empresas participantes no espaço da Associative Design mostra-ram, em Itália, entre 22 e 27 de Abril, que Portugal compete ao lado dos melhores.

Em entrevista à SIC, Fernando Rolin, presidente da aimmp, afirmou mesmo estar-se “a desfazer a ideia errada que os estrangeiros têm do produto português”. “Fomos constantemente confundidos com italianos.”, explica, “Até a organiza-

ção da feira mostrou-se surpreendida com a nossa oferta, dando-nos já a garantia de um espaço privilegiado para a próxima edição.” E completa: “Acreditamos, pois, que, daqui a três anos, seremos procura-dos só porque vêem a palavra ‘Portugal’.”

Ainda no espaço que contou com o pa-trocínio da Delta Cafés, Luz e Som, Desig-nerspad e Sogrape/Viniportugal, também os empresários portugueses confirmaram o sucesso da sua participação. O balanço não podia ser mais positivo: desenvolve-ram uma bolsa de contactos de todo o mundo, angariaram novos clientes, fize-ram encomendas.

Mas a satisfação não se deve apenas às expectativas superadas. A visita que mereceram do secretário de Estado da In-dústria renovou-lhes a força de vencer [ver caixa].

CoM A PortugAl BrAnDS nA ZonA tortonA DeSign

Em Milão, a Associative Design mar-

cou, também, presença na Zona Tortona. Fundado em 2001, o evento aproveita a afluência de visitantes ao Salão do Móvel para oferecer uma mostra alter-nativa, afirmando-se como local privile-giado para a troca de ideias no universo do design.

Nesta mostra, a Associative Design associou-se à Portugal Brands para levar mais longe o nome do país. Maria Fer-nanda Carmo, secretária-geral da aimmp, justifica: “Acreditamos no projecto da Portugal Brands, e que juntos teremos mais força. Por isso firmámos esta par-ceria como forma de ampliar a nossa mis-são e torná-la mais eficaz.”

Boca do Lobo, Colonial Concept, Cor-que, Delightfull, Designerspad, Glamm, Jetclass, Mambo, Mood, Mytto, Munna, Pedroso&Osório, TemaHome, TM Col-lection e Viriato foram as empresas que, sob a parceria Associative Design – Portugal Brands, expuseram na Zona Tortona.

World hotel Anaric Ambitat

opostos Jomasil Antarte

Associative Design no Salão Internacional do Móvel4

destaque

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Jasmin

Jeclassinduflex

Associative Design e Portugal Brands na Zona Tortona Design

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destaque

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Milão é uma vitrina para o mundo inteiro. Viemos cá com a perspectiva de angariar clientes de todo o mundo e conseguimo-lo.

Agostinho Moreira, administrador da Jetclass

Já há muito tempo que pretendíamos vir para Milão por ser considerado um centro de atenção.

Serafim Almeida, administrador da Anaric

Esta feira superou as nossas expectativas. Conseguimos fazer muitos bons contactos e até mesmo negócios por todo o mundo.

Paulo Costa, administrador da opostos

A aceitação do nosso produto foi muito boa. Comparativamente às expectativas que trazíamos, o balanço é excelente.

rui Cunha, administrador da induflex

Não estamos aquém do que se passa internacionalmente; estamos até à frente de muitos. […] E, expormos em conjunto, é uma forma de mostrarmos ao mundo a proposta de Portugal.

oswaldo Martins,

designer da Colonial Concept e World hotel

Faz sentido estarmos nesta feira porque a decoração é cada vez mais vista como um todo. […] E juntos conseguimos criar

o nome de Portugal e levar as empresas mais longe.

Sara Paiva, designer da Jasmin glass Studio

É a primeira vez que o Governo olha para nós.Pedro Barros, administrador da Ambitat

É bom o Governo ter ganho a percepção do esforço que as empresas fazem ao participarem numa feira.

edmundo hussen, comercial da Antarte

A disponibilidade de um governante ter estado connosco um dia inteiro foi muito importante: sentimo-nos apoiados.

João Silva, administrador da Jomasil

Pela primeira vez, e durante 12 horas consecutivas, um governante portu-guês deslocou-se a uma feira inter-nacional para visitar os expositores portugueses, procurando conhecer, pessoalmente, a realidade dos seus projectos empresariais.Foi no dia 25 de Abril que Castro Guerra, secretário de Estado Adjunto, da Indústria e da Inovação, deslocou-se a Milão para acompanhar a parti-cipação portuguesa no Salão Inter-nacional do Móvel e na Zona Tortona Design, ao lado de Fernando Rolin e Maria Fernanda Carmo (aimmp), Ro-berto de Martin Topranin (Federlegno), Fernando d’Oliveira Neves (embaixa-dor português em Itália) e represen-tantes da AICEP em Milão.A visita teve início no espaço da As-sociative Design, onde o governante

justificou: “esta é a maior participa-ção portuguesa de sempre em Milão, o que é o culminar de toda uma trajectória pelos mercados interna-cionais. não podia deixar de assistir a este ‘campeonato’.”Já ao fim do dia, num jantar que reu-niu cerca de 60 empresários, o secre-tário de Estado, num discurso emotivo e contagiante, disse: “Em Milão, vi vontade de sair da crise. Porque estar aqui é ter uma nova forma de estar no mundo; é estar entre os melho-res, o que significa ter confiança; e confiança é o que precisamos para ultrapassar a actual crise.”Castro Guerra partilhou ainda o seu “grande contentamento e alegria” por ter passado o dia com os empresários, de quem se despediu era já meia-noite debaixo de um grande aplauso.

Balanço das empresas

CAStro guerrA ViSitou exPoSitoreS PortugueSeS eM Milão

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destaque

Page 7: Boletim Mar - Abr   - 2009

Aliar a tradicional qualidade do mobiliário português à criação de novas ideias, à inovação nas técnicas e à valorização do de-

sign são alguns dos principais objectivos da feira, que acontece anualmente em Ma-tosinhos. A realização, pelo segundo ano consecutivo, da Passarela Inovação - que pretende promover peças de mobiliário alternativas -, e da 9.ª edição do Evento de Design dão provas do desafio feito à criatividade e inovação dos designers e empresários portugueses.

Este ano, a Passarela Inovação deu espaço ao trabalho de quatro designers e três arquitectos e contou com o apoio do Centro Português de Design, Ordem dos Arquitectos, Universidade do Minho e, ainda, da empresa Outros Mercadus.

O Evento de Design, por sua vez, con-tou com uma novidade: a participação, na organização, de todas as associações ligadas à Fileira Casa, entre as quais a aimmp. Uma iniciativa que veio dar uma outra dimensão ao evento ao intensificar a cooperação entre os profissionais de de-sign e a indústria portuguesa.

CoMPrADoreS internACionAiSO sucesso da 21.ª edição da Export

Home ficou a dever-se, igualmente, ao novo serviço denominado Exponor Interna-tional Buyers que surgiu com o propósito de melhorar o processo de selecção, con-vite e acolhimento a grandes compradores internacionais.

A nova valência angariou, assim, 350 novos contactos, e aos tradicionais merca-dos (como são exemplo Alemanha, Cabo Verde, Espanha, França, Holanda ou Reino

Export Home 2009

Design e inovação em destaque na 21.ª edição do certame

Foi de 3 a 7 de Março que a exponor recebeu mais uma edição da Export Home, feira de mobiliário,

iluminação e artigos de casa para exportação. este ano, a par da Passarela Inovação e do Evento de

Design, a decorrerem em paralelo com a Export Home, o certame contou com uma novidade: a Exponor

International Buyers, pensada para proporcionar um maior e melhor número de contactos de negócio

Unido) juntaram-se os compradores do Norte de África (Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia).

AiMMP nA exPort hoMePresente com um stand individual

numa área reservada às associações do sector, a aimmp marcou, mais uma vez, presença no certame. No decorrer da feira, a Associação teve oportunidade de visitar os empresários expositores e de prestar informações de acordo com as necessida-des do tecido empresarial.

Segundo Maria Fernanda Carmo, se-cretária-geral da aimmp, esta edição “foi um sucesso”. “A participação na export home é, para a nossa Associação, mais uma oportunidade de estarmos próxi-mos das empresas do sector e dar-lhes apoio”, explica.

Maria Fernanda Carmo acrescenta, ainda, que “considerando que o mercado

interno está em retracção, o futuro per-tence, indubitavelmente, aos exportado-res, pelo que a presença neste género de eventos é essencial”.

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aimmp em movimento

Page 8: Boletim Mar - Abr   - 2009

Indignados com a decisão da Comis-são Europeia (CE) – a Portaria 1339- -A/2008 de 28 de Novembro de 2008 - que obrigava ao tratamento térmico

das embalagens de madeira após a sua montagem, independentemente da sua espessura e ainda que tenham utilizado madeira tratada, para eliminação do NMP, industriais do sector uniram-se à aimmp para levar a Lisboa proposta de soluções ao problema.

Na Capital, foram recebidos pela Au-toridade Florestal Nacional, pela Direc-

ção-Geral da Agricultura e Desenvolvi-mento Rural (DGADR) e nos Ministérios do Trabalho e da Agricultura – o da Eco-nomia não os recebeu. Junto destes, os empresários procuraram sensibilizar para os graves e irreversíveis efeitos da Porta-ria em questão na exportação de bens de equipamento, mármores, vinhos, entre outros.

Fernando Rolin, presidente da aimmp, explicou: “trata-se de uma Portaria que elimina emprego! em causa está a para-lisação de cerca de 120 empresas por-

tuguesas de pregagem e montagem de embalagens a que correspondem mais de 1000 postos de trabalho. isto equivale a uma Qimonda!”

Nas reuniões não faltaram toros de pinho descascados e legalmente explora-dos com uma placa a dizer “em vias de extinção” e caixas de Vinho do Porto da-nificadas por terem sido submetidas a tra-tamento térmico após montagem. Ofertas simbólicas para mostrar aos governantes que a Decisão Europeia é impraticável [ver caixa].

Nemátodo

Industriais da Madeira unidos à AIMMP tomam posição colectiva

empresários do sector da madeira vindos de todo o país, em conjunto com a Direcção da aimmp,

deslocaram-se a lisboa, no passado dia 19 de Março, para entregar ao governo propostas de soluções

para o problema do nemátodo da Madeira do Pinheiro (nMP). De forma simbólica, junto entregaram um

toro de pinho descascado e uma caixa de Vinho do Porto danificada por ter sido submetida a

tratamento térmico após montagem

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aimmp em movimento

Page 9: Boletim Mar - Abr   - 2009

reSolução DA Ce reVelA ignorânCiA

A 20 de Novembro de 2008, a Portaria 1339-A/2008 estabeleceu os termos de aplicação, a todo o território continental português, das medidas aprovadas pela Norma Inter-nacional para as Medidas Fitossani-tárias n.º15, que exige o tratamento fitossanitário de toda a madeira para embalagens.A Decisão 2008/954/CE, emitida pela CE a 15 de Dezembro de 2008, introduz uma nova metodologia de produção, que obriga ao tratamento térmico das caixas de madeira após pregagem e montagem.Para a aimmp, “isto não é possível técnica e tecnologicamente”. e explica: “A resolução da Ce é desne-cessária, visto que os fabricantes já utilizam madeira previamente tratada e certificada, e a sujeição das caixas a tratamento térmico após mon-tagem, tendo em conta a sua fina espessura (7-9mm), provoca empeno e despregagem, o que leva à total inutilização das mesmas.”A Decisão Europeia veio inviabilizar, sobretudo, a produção de embalagens especiais e de caixas para Vinho do Porto. “As empresas do Vinho do Porto poderão estar impossibilitadas de exportar!”, alertou Fernando Rolin, em Lisboa.

exPortAçõeS AMeAçADASA referida Decisão Europeia veio,

igualmente, impor graves condicionalis-mos ao sector das paletes de madeira: seguindo orientações da CE, a 15 de Dezembro, a DGADR decretou um novo número de registo que certifica o Choque Térmico a que as paletes passam a estar sujeitas, o que obriga à remarcação de todas aquelas que, anteriormente a esta decisão, já tinham sido tratadas e certi-ficadas.

Consequentemente, muitas paletes passaram a circular ilegalmente e outras tantas foram queimadas e inutilizadas.

Daqui resultam prejuízos avultados que as empresas não podem suportar, ficando em causa o transporte de bens para todo o mundo.

Por isso mesmo, e por considerar que, deste modo, o sector estaria a caminhar “para um abismo sem retorno”, é que a aimmp resolveu tomar “medidas mais energéticas”, exigindo uma intervenção integrada dos Ministérios da Economia, do Trabalho e da Agricultura junto da CE.

Foi ainda neste contexto que a Asso-ciação resolveu apelar directamente a Bru-xelas para accionar o Fundo de Solidarie-dade Europeu [ver página 10].

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aimmp em movimento

Page 10: Boletim Mar - Abr   - 2009

Reestruturação do sector

Primeiras conclusões do Estudo das Serrações já são conhecidas

A aimmp quer que Bruxelas accione o Fundo de Solidariedade europeu para apoiar as empresas a

suportar os custos com o nemátodo da Madeira do Pinheiro (nMP). o anúncio foi feito aos cerca de 75

empresários da indústria de Primeira transformação que marcaram presença na Mealhada, no passado

dia 17 de Abril, numa sessão que deu a conhecer as primeiras conclusões do estudo das Serrações

Criado no âmbito da crise pro-vocada pelo NMP e contando com um apoio de 120 mil euros do Fundo Florestal Per-

manente, o Estudo das Serrações tem como principal objectivo a preparação de um plano de reestruturação e moderniza-ção da indústria de 1.ª transformação de madeira em Portugal que permita, entre outras coisas, efectuar um diagnóstico detalhado deste sector e fazer um levan-tamento dos consumos previsionais de madeira a longo prazo (20 anos).

Para divulgar as primeiras conclusões retiradas do estudo [ver caixa], sentaram-se à mesma mesa e sob o olhar atento de uma plateia de 75 empresários, António Rego da Autoridade Florestal Nacional; Flá-via Alfarroba da Direcção Geral do Desen-volvimento Rural; António Cruz, director da Divisão de Corte, Abate, Serração e Emba-lagem de Madeira da aimmp; Luís Mira Amaral, Augusto Medina e André Alvarim da Sociedade Portuguesa da Inovação; e Fernando Rolin, presidente da aimmp.

Numa altura em que entidades e em-presários estão preocupados com a so-

brevivência da serração portuguesa, Fer-nando Rolin deixou o alerta: “É preciso inovar nos produtos, nas tecnologias e no marketing. o investimento é essencial para que, com a ajuda do governo, nos possamos concentrar no futuro.”

FunDo De SoliDArieDADeNeste encontro, a aimmp aproveitou,

também, para dar conhecimento da solicita-ção feita ao Governo para accionar o Fundo de Solidariedade Europeu. “tal como há al-gum tempo a Comunidade europeia pagou o abate devido à gripe das aves, deve agora apoiar a indústria portuguesa afectada pelo nemátodo”, defende Fernando Rolin.

A braços com uma crise internacional sem precedentes, a indústria da serração vê as suas dificuldades amplamente agra-vadas pelo NMP. Os números falam por si: são 200 as serrações nacionais que ne-cessitam de adaptação sendo que o inves-timento por empresa ronda os 400.000 euros. Ainda que com 50% de compartici-pação do QREN, as serrações necessitam de um financiamento de 40 milhões de euros nos próximos dois anos.

iMPACto DA PrAgA nA inDúStriA

81% das serrações estão a sentir os efeitos do NMP;

52% sofreu dificuldades acrescidas na exportação;

16% foi o decréscimo registado nas exportações;

67% sentiu necessidade de investir em novos equipamentos;

61% utiliza Tratamento por Choque Térmico;

36% não usa qualquer tratamento de combate ao NMP;

59% das empresas da amostra já estão registadas como agente económico.

10

aimmp em movimento

Page 11: Boletim Mar - Abr   - 2009

Vantagens para associados

Assembleia-Geral

Parceria com Cosmos oferece descontos em viagens

Balanço da actividade da AIMMP em 2008 “amplamente positivo”

Passado em revista, 2008 foi, segundo Maria Fernanda Carmo, secretária geral da aimmp, “um ano gratificante”.

A organização de 19 eventos – desde con-gressos, participações colectivas em fei-ras a missões empresariais; a aposta na colaboração com os media, que resultou num total de 191 notícias; e o reforço da comunicação institucional e das relações com a administração pública dão provas do dinamismo da Associação.

O ano que passou foi ainda marcado por resultados líquidos positivos - na or-dem dos 40.000 euros -, facto que dá continuidade à tendência de recuperação financeira registada desde 2005.

A entrada de 37 novos associados e o aumento de 21% na prestação de serviços são, igualmente, motivos de orgulho.

A CriSeNuma altura em que a comunidade

internacional se viu a braços com uma grave crise económica e financeira e em que o Nemátodo da Madeira do Pinheiro foi considerado uma calamidade nacional, a aimmp considerou fundamental elabo-rar um pacote de medidas anti-crise: o PASIMM - Plano de Apoio ao Sector das Indústrias de Madeira e Mobiliário.

“este Plano não constitui um fim em si. É apenas um meio para que, depois, possamos ajudar as nossas empresas”, avisou Fernando Rolin, presidente da aimmp, sobre o pacote preparado em 2008 e já aprovado pelo Governo em Abril passado.

CASA De Sonho AngolAnADurante a Assembleia-Geral, a aimmp

apresentou, também, a Casa de Sonho Angolana, que está a preparar para a feira Constrói Angola, a realizar-se em Outu-bro – mais uma iniciativa da Associative Design com o objectivo de promover uma rede de cooperação entre empresas da Fi-leira Casa e dar um novo posicionamento aos produtos portugueses.

Apartir de agora, pode viajar com descontos de 5%. Esta é a grande vantagem que a parceria estabelecida com a

agência Cosmos – Viagens e Turismo, S.A. reserva para os associados da aimmp – que irá divulgar regularmente as promoções e ofertas em vigor.

Presente no mercado desde 1986, a Cosmos assume, actualmente, um papel de destaque na área do Corpo-

rate and Business Travel. BP, Samsung, Vodafone, Federação Portuguesa de Fu-tebol e Galp Energia são algumas das empresas que viajam com a agência, cuja missão é trabalhar continuamente de modo a satisfazer as necessidades profissionais e pessoais dos clientes.

Trata-se de uma verdadeira casa cujo ambiente interior será de alta decoração. Adaptada ao mercado angolano, esta construção fará uso dos melhores produ-

tos portugueses: mobiliário, iluminação, design de interiores, estofos, vidros, por-celanas, cerâmicas decorativas, cutela-rias e têxteis lar.

11

aimmp em movimento

Page 12: Boletim Mar - Abr   - 2009

Tecnologia

Embalagens de plástico mais higiénicas do que as de madeira?

não existem diferenças significativas de contaminação por micróbios entre embalagens de madeira e

as de plástico usadas no acondicionamento de produtos hortofrutícolas, e a falta de limpeza das caixas

é a principal causa das contaminações. estas são as principais conclusões de um estudo realizado pelo

grupo de Disciplinas ecologia da hidroesfera da Faculdade de Ciências e tecnologia da universidade

nova de lisboa (gDeh/FCt/unl)

Por Ana luísa Fernando, Ana isabel Abrantes, Benilde Mendes

da GDEH/FCT/UNL*

Aembalagem, nas suas diversas formas, encontra-se sempre presente no manuseamento e acondicionamento de produtos

alimentares. O seu sucesso depende da forma como cumpre os requisitos de pro-tecção e acondicionamento do produto ao longo de toda a cadeia logística. Já a escolha do tipo de embalagem leva em conta as condições ambientais, as carac-terísticas da cadeia logística, os métodos de manuseamento e transpor te, o custo e a disponibilidade dos materiais.

Nas embalagens para produtos horto-frutícolas, em particular, tradicionalmente, a madeira era o material mais utilizado. De acordo com os produtores deste ma-terial, a madeira comporta uma série de propriedades favoráveis, nas quais se in-clui o facto de ser de origem natural, o que permite a manutenção das qualidades do produto e realça a sua beleza.

MADeirA VerSuS PláStiCoUma vez que as embalagens de plás-

tico têm sido consideradas mais higiéni-cas do que as de madeira, o presente tra-balho pretende contribuir para o estudo da utilização da madeira versus plástico na embalagem de produtos hortofrutícolas, sob o ponto de vista do factor higiene.

Neste sentido, as caixas de madeira utilizadas no acondicionamento e trans-porte de produtos hortofrutícolas foram

testadas e comparadas com caixas de plástico, utilizadas para o mesmo fim, em termos da sua contaminação microbiana.

Para tal, foram efectuadas diversas amostragens no MARL, local escolhido por apresentar um elevado número de trocas comerciais e também de variedade de pro-dutos e materiais de embalagem.

Tentou-se, para o mesmo tipo de pro-duto (por exemplo, laranjas), recolher amostras em caixas de madeira e de plás-tico, para efeitos de comparação. Para controlar a higiene dessas embalagens, quantificou-se a flora microbiana existente na sua superfície. Escolheram-se os mi-

crorganismos que são habitualmente iden-tificados com mais frequência em produtos hortofrutícolas, bem como os que podem resultar do manuseamento das embala-gens pelos operadores e pelas suas con-dições de utilização e de armazenamento.

MAior ContAMinAção nAS CAixAS CoM hortíColAS

Nas amostras recolhidas, verificou-se que não existiam diferenças significativas entre a contaminação microbiana das cai-xas de madeira e as de plástico para a maioria dos microrganismos pesquisados [figura 1].

12

notícias do sector

Page 13: Boletim Mar - Abr   - 2009

Contudo, verificaram-se diferenças sig-nificativas entre o tipo de alimento contido nessas caixas, fruto ou hortícola, em ter-mos da contagem de alguns microrganis-mos [bolores e leveduras, figura 2; e coli-formes, figura 3], tendo-se observado uma maior contaminação nas caixas contendo produtos hortícolas.

Observou-se ainda que a contagem de microrganismos totais viáveis a 22ºC apre-sentou valores significativamente superio-res à contagem de microrganismos totais viáveis a 36ºC [figura 1] e que a contagem de bolores e leveduras a 25ºC apresentou valores significativamente superiores à contagem de bolores e leveduras a 37ºC [figura 2].

Este resultado está em conformidade com o que seria esperado, uma vez que a maioria dos microrganismos existentes nos produtos hortofrutícolas e que podem contaminar as embalagens são microrga-nismos mesofilos, ou então psicrófilos.

liMPeZA eVitA ContAMinAçõeSNo que respeita ao conjunto de micror-

ganismos pesquisados e enumerados, observou-se que as embalagens se encon-tram predominantemente contaminadas com bolores e leveduras. Relativamente à contaminação bacteriana, registou-se que a maior se deve a coliformes e a B. cereus.

Verificou-se ainda que as embalagens que apresentaram valores mais elevados de contaminação microbiológica eram também aquelas que apresentavam uma maior falta de higiene e de limpeza.

Assim, os resultados obtidos neste es-tudo apontam para a possibilidade de con-taminação e desenvolvimento microbiano nos materiais usados nas embalagens de produtos hortofrutícolas sobretudo devido à ausência de boas práticas de higiene.

É, portanto, fundamental que se realize a higienização, a limpeza e a desinfecção das caixas destinadas a acondicionar pro-dutos hortofrutícolas para evitar a prolife-

ração de microrganismos, principalmente nas embalagens que serão reutilizadas, previamente à sua utilização. A localização e as condições de armazenamento contri-buem, também, significativamente, para o controlo da qualidade microbiológica deste tipo de embalagens.

Estes requisitos são válidos para os dois tipos de material estudados, ou seja, madeira e plástico.

*estudo realizado a pedido da eMBAr – Asso-

ciação nacional de recuperação e reciclagem

de embalagens de Madeira

Figura 1: Contagem de microrganismos totais viáveis a 22ºC e a 36ºC

(log ufc/cm2), nas amostras recolhidas nas diversas colheitas

realizadas no MARL.

Figura 2: Contagem de bolores e leveduras a 25ºC e a 37ºC (log

ufc/cm2), nas amostras recolhidas nas diversas colheitas

realizadas no MARL.

Figura 3: Contagem de bactérias coliformes (log NMP/cm2), nas

amostras recolhidas nas diversas colheitas realizadas no

MARL.

Figura 4: Contagem de enterococos, C. perfringens, Pseudomonas (log

NMP/cm2) e B. cereus (log ufc/cm2), nas amostras recolhidas

nas diversas colheitas realizadas no MARL.

Germes (22ºC)

log

ufc/

cm2

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00Germes (36ºC)

Madeira Plástico Madeira Plástico

Hortícolas

Bolores e Leveduras (25ºC) Bolores e Leveduras (37ºC)

HortícolasFrutos Frutos

log

ufc/

cm2

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00

Madeira Plástico

Hortícolas

log

nM

P/

cm2

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00

-1,00

-2,00Frutos

Madeira Plástico

Coliformes Totais Enterococosfecais Clostridium perfringns

Pseudomonas B. cereus

log

Mn

P o

u uf

c/cm

2

1,5

2

2,5

3

1

0,5

0

-0,5

-1

-1,5

13

notícias do sector

Page 14: Boletim Mar - Abr   - 2009

1. nA euroPAA Fileira de Madeira representa, na

União Europeia (UE), cerca de 340.000 empresas e emprega aproximadamente 2,9 milhões de trabalhadores, afigurando-se, assim, como um dos mais importantes sectores da socioeconomia europeia.

Nos dados estatísticos que remontam a 2006, registou-se, nestas indústrias, uma produção de 236 mil milhões de eu-ros, dos quais 118 mil milhões se devem ao subsector do mobiliário.

2. eM PortugAlNo país, as indústrias da Fileira Flores-

tal são responsáveis por cerca de 5,3% do VAB total da economia, 14% do PIB in-dustrial e 9% do emprego industrial. Isto traduz-se em cerca de 5.000 empresas, que empregam aproximadamente 54.500 trabalhadores, distribuídos predominante-mente pelas unidades de pequena dimen-são (de 10 a 49 trabalhadores).

Em particular, a Fileira de Madeira e Mobiliário é responsável por 12% do total das exportações nacionais, sendo um dos sectores que mantém a balança do co-mércio internacional equilibrada, com um saldo comercial positivo de 400 milhões de euros.

As exportações ascendem a 1.328 milhões de euros, sendo o mobiliário (56,8%), os painéis de madeira (18,5%) e as madeiras de pinho e de eucalipto, em rolaria e serradas, os principais responsá-veis por estes valores.

3. CArACteriZAção DoS SuBSeCtoreS DA FileirA

Uma análise mais detalhada dos dife-rentes subsectores da Fileira de Madeira e Mobiliário permite verificar como os mes-mos evoluíram ao longo dos últimos anos. Exportações, importações, principais mer-cados ou taxas de consumo são os facto-res em análise.

3.1 SerrAçãoEste subsector é fornecedor de todos os

outros que se encontram a jusante e que de-pendem das matérias-primas que aqui são transformadas. Comparativamente ao ano de 2000, nestas indústrias tem-se vindo a verificar um crescimento notável das expor-tações, que rondaram os 171%.

Em termos de importações, constatou-se um crescimento das mesmas de 2006 para 2007, indiciando um consumo cres-cente. Os principais fornecedores são, so-bretudo, a Espanha (com 69,3% para as

Estatísticas

Fileira de Madeira e Mobiliário reafirma o seu peso na socioeconomia portuguesa

São cinco as grandes divisões que compõem a Fileira de Madeira e

Mobiliário: corte, abate, serração e embalagem de madeira; painéis

e apainelados; carpintaria e afins; mobiliário e afins; exportação,

importação e distribuição de madeiras e derivados. Apesar de

caracterizadas por realidades muito diferentes, no conjunto,

representam uma das fileiras que mantém uma balança comercial

internacional equilibrada

embalagens e 18,5% de madeira em toro) e o Brasil (25,7% de madeira serrada).

3.2 PAinÉiS De DeriVADoS De MADeirAEste subsector tem vindo a impor-se

ao longo dos anos na Fileira de Madeira, fornecendo cada vez mais as indústrias a montante, nomeadamente as de mobili-ário e as de produtos para a construção (portas, pavimentos, divisórias).

Em 2007, os principais clientes deste subsector foram a Espanha (61% do va-lor total das exportações), o Reino Unido (7,1%) e Israel (5,7%).

O fluxo comercial com Espanha é balan-çado com uma importação também elevada (58,2% do valor total de importação). Da Alemanha chegam-nos 7,9% dos painéis importados e da França cerca de 6,4%.

Numa retrospectiva desde 2001, cons-tatou-se um crescimento de 79%, verifi-cando-se também um aumento em termos de importações desde 2006, o que indicia uma taxa de consumo crescente.

3.3 CArPintAriA e outroS ProDutoS De MADeirAO subsector de carpintaria e outros

produtos de madeira tem demonstrado, desde 2002, uma tendência de cresci-mento constante: acima da média nacio-nal de cerca de 7% por ano.

As exportações dos produtos de carpin-taria subiram 273%, quando comparadas com o ano 2000, sobretudo devido aos pro-dutos de produção mais “industrializada” como as portas e parquetes. A importação tem sido variável ao longo do tempo, indi-ciando um consumo estabilizado.

Os produtos de carpintaria dirigem-se, essencialmente, para os mercados de Es-panha (46%), Reino Unido (27,8%) e An-gola (9%), este último impondo-se cada vez mais como mercado de destino. Em termos de importação, Espanha repre-senta 36,9%, seguida da China e Áustria, com 9% e 7,6% respectivamente.

3.4 MoBiliário Nos últimos anos, tem-se verificado

uma tendência de crescimento de cerca de 4% por ano na produção de mobiliário.

Desde 2001 que os valores de impor-tação indicam um consumo estabilizado.

14

informação económica

Page 15: Boletim Mar - Abr   - 2009

gráfico i - Perspectiva geral da situação dos subsectores da Fileira da Madeira e Mobiliário

em 2007

gráfico ii - Principais Produtos de Serração em 2007 gráfico iii - Principais Produtos de Carpintaria e Outros Produtos de

Madeira para a Construção em 2007

gráfico iV - Principais Produtos de Painéis Derivados em 2007 gráfico V - Principais Produtos de Mobiliário em 2007

embalagem 22% Madeira Serrada Coníferas 33%

Madeira Serrada Folhosas 18%

MadeiraPerfilada 4%

Janelas 4%Construções pré-fabricads 3%

Portas 52%

Contraplacado 2%

Mobiliário de Quarto 15%

Colchão 8%

Componentesde Mobiliário 8%

Assentos (Cadeiras, bancos, estofados, etc...) 12%

Mobiliário de Sala 17%

Mobiliário de Cozinha 13%

Mobiliário de escritório e lojas 18%

Mobiliário de Madeira (outro) 6%

Mobiliário Metálico (outro) 2%

Mobiliário Plástico e de outros materiais (outro) 1%

MDF 17%

Aglomerado de fibras (outro) 24%

Aglomerado departículas 48%

Folha de Madeira 9%

Pavimentos 12%

Cofragens 1%

outros produtos de madeira para a

construção 28%

estilha Subprodutos

13%

Madeiraimpregnada 10%

Em termos de exportações, verificou-se um crescimento notável das mesmas (44%). Efectivamente, as empresas nacio-nais têm vindo cada vez mais a apostar em mercados externos, confirmando, as-sim, a sua posição no estrangeiro.

Os principais destinatários de todo o mobiliário fabricado em Portugal são: Es-panha (40,9%), França (30,8%) e Angola (7,9%), rondando o valor total de expor-tações de mobiliário os 825 milhões de euros. As exportações de mobiliário de madeira contabilizam 211.1 milhões de euros, sendo os principais destinatários a França (33,8%), Espanha (27,7%) e Angola (15,3%).

Em termos de importações, Portugal recorre sobretudo aos mercados espanhol (36,5%), francês (26,1%) e alemão (7,6%).

[Fontes: ine, “ProdCom 2007” (euroStAt), Cei-Bois, AiMMP]

importação exportação Produção

100095090085075070065060055050045040035030025020015010050

0Serração Embalagens Painéis Carpintaria Mobiliário

milh

ões

174

122

293

10 25

85

182

269

438

75112

315

545

825

951

15

informação económica

Page 16: Boletim Mar - Abr   - 2009

OBoletim Económico da Prima-vera, editado pelo Banco de Portugal, veio confirmar que o PIB de 2008 teve cresci-

mento nulo devido à forte desaceleração da economia e da produtividade do traba-lho verificada no 4.º trimestre do ano. Este comportamento derivou, essencialmente, de uma queda abrupta das exportações nesse período, na ordem dos -8,9%, em volume, e dos -8,6%, em investimento.

Por sectores de actividade, a Indústria, com uma variação do VAB de -2,4%, e a Construção, com -5,1%, foram os que ti-veram pior desempenho no ano passado. Por sua vez, o VAB da Agricultura, Silvicul-tura e Pescas cresceu 4,3%, o do sector da Electricidade, Gás e Água 0,7% e o dos Serviços 1,2%.

Já de acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE, de 20 de Abril deste ano, em Janeiro e Fevereiro de 2009, as importações e exportações registaram taxas de variação homóloga nominal de -30,4% e de -30%, respectivamente, o que significa que a tendência do ultimo trimes-tre de 2008 continuou e se agravou.

ContrAriAr tenDênCiASFace a este cenário, as empresas

portuguesas, incluindo as do Sector de Madeira e Mobiliário, devem continuar o esforço de investimento nos mercados ex-ternos para, no mínimo, travar a progres-siva perda da quota de mercado, a qual será reconquistada dificilmente quando a recuperação se iniciar. E esta vai aconte-cer mais mês, menos mês.

Os apoios públicos à internacionali-zação das empresas assume-se, assim, como uma necessidade estratégica e vital para a manutenção dos mercados exter-nos portugueses e para a promoção sus-tentada do crescimento do PIB a níveis compatíveis com o crescimento dos nos-sos mercados naturais.

Análise da conjuntura económica

Queda no investimento compromete evolução da economia

emídio lima, economista

Para esse mesmo fim, também a aimmp assumiu como estratégia fun-damental do seu programa para 2009 e 2010 reforçar a competitividade das em-presas do sector, reforçando especial-

mente as iniciativas ligadas ao processo de internacionalização e de promoção inte-grada dos produtos da Fileira de Madeira e Mobiliário – o Interwood e a Associative Design são exemplos disso.

QuotA De MerCADo DAS exPortAçõeS eM DeClínio

Em 2008, a queda das exportações portuguesas foi superior à queda da procura externa dos países clientes, verificando-se, como consequência, uma perda da nossa quota de mercado sobretudo no último trimestre. Já em 2004 e 2005 se tinham verificado perdas significativas neste campo, que foram apenas parcialmente recuperadas em 2006 e 2007, como mostra o gráfico pu-blicado que aponta para uma perda líquida de mercado nos últimos cinco anos.

Adaptado do Boletim da Primavera de 2009, do BdP

taxa

de

variaç

ão r

eal (

em %

)

-12

-8

8

12

4

0

-4

20

03

t1

20

03

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20

04

t1

20

04

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20

05

t1

20

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06

t1

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20

07

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20

08

t1

20

08

t3

Variação da quota de mercado

Procura externa

exportações portuguesas

16

informação económica

Page 17: Boletim Mar - Abr   - 2009

PrinCiPAiS AlterAçõeS

• Estabelecimento de 4 modalidades da licença parental: Licença parental ini-cial, Licença parental inicial exclusiva da mãe, Licença parental inicial a gozar pelo pai por impossibilidade da mãe e Licença parental exclusiva do pai;

• Aumento do período de licença paren-tal inicial no caso de partilha da licença por ambos os progenitores. Com efeito, a licença parental inicial durará 120 ou 150 dias consecutivos por nascimento do filho, cujo gozo pode ser partilhado após o parto. No entanto, esse prazo pode ser alargado em 30 dias quando pelo menos um dos meses for gozado de forma exclusiva por um dos proge-nitores;

• Reforço dos direitos do pai por nasci-mento do filho, quer no que se refere aos direitos de gozo obrigatório quer no que se refere aos direitos de gozo facultativo. A licença parental exclu-siva do pai é, assim, composta por: 10 dias úteis de gozo obrigatório nos 30

dias posteriores ao nascimento do fi-lho, 5 dos quais são gozados de forma consecutiva e imediatamente a seguir ao parto; ou 10 dias úteis de gozo fa-cultativo, seguidos ou interpolados, desde que gozados, após o período de gozo obrigatório e em simultâneo com a licença parental inicial por parte da mãe;

• No âmbito do regime de faltas e licen-ças destaca-se a atribuição de dispensa para consultas pré-natais: ao pai são concedidas 3 dispensas do trabalho para acompanhar a mãe às consultas; a trabalhadora grávida tem direito à dis-pensa ao trabalho, pelo tempo e número de vezes necessárias;

• Concessão de faltas para assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a filho menor de 12 anos (10 anos no Código anterior), até 30 dias por ano ou até 15 dias, no caso de menor com mais de 12 anos;

• Reforço dos direitos dos avós que, em caso de substituição dos progenitores,

têm as faltas para assistência aos ne-tos menores doentes, com deficiência ou doença crónica, subsidiadas;

• Além da situação acima referida, são ainda concedidos aos avós 30 dias con-secutivos a seguir ao nascimento do neto que viva em comunhão de mesa e habitação e seja filho de menor de 16 anos;

• Equivalência da Licença de adopção de menor de 15 anos à licença parental ini-cial, quando no anterior Código se previa apenas uma licença de 100 dias conse-cutivos;

• Alargamento do esquema de protecção social na parentalidade aos trabalha-dores independentes, que passam a beneficiar do subsídio parental exclu-sivo do pai e do subsídio para assis-tência a filho com deficiência ou do-ença crónica.

[Para informações adicionais, contacte com o Departamento Jurídico da aimmp. E-mail: [email protected]]

Código do Trabalho

Regime da maternidade e paternidade

com novas alterações

o primeiro trimestre do ano de 2009 ficou marcado, ao nível do

Direito laboral, pela publicação do “novo” Código do trabalho,

aprovado pela lei 07/2009, de 12 de Fevereiro.

na presente edição, abordamos o tema da Protecção da

Parentalidade dada a recente publicação do Decreto-lei

n.º 91/2009, de 09 de Abril, Diploma que regula o regime de

protecção social da parentalidade, e do qual o Código do trabalho

fazia depender a entrada em vigor dos seus artigos 34.º a 62.º

relativos a esta matéria.

17

informação jurídica

Page 18: Boletim Mar - Abr   - 2009

Distribuidora das principais marcas de referência europeias, a Damadeira tem sofrido uma crescente

evolução ao longo dos anos, tendo registado, em 2008, um volume de negócios de 22 milhões de euros.

esta empresa, uma das mais recentes associadas da aimmp, aposta de forma determinada na sua

proximidade com o cliente propondo sempre novas soluções, mais produtos e melhor serviço

Damadeira – Madeiras e Derivados, Lda

Serviço ao cliente é a grande aposta da empresa

Especialista na distribuição de madeira e derivados para os sectores do mobiliário, carpin-taria, construção civil, arquitec-

tura e decoração, a Damadeira surgiu em 1994 no seio da Madeicávado. Foi em 2008 que se estabeleceu um protocolo de entendimento com a empresa ICO, dando origem ao Grupo Madeicávado – Ico, que se dedica à distribuição de madeiras e de-rivados através da Damadeira, bem como ao aconselhamento, projecto e aplicação de soluções técnicas em madeiras e deri-vados pela empresa Tecniwood.

Sediada em Braga, esta associada da aimmp está também presente na Póvoa de Varzim, em Pombal, em Alenquer e, desde Janeiro deste ano, no Seixal.

Distribuidora das principais marcas de referência europeias, oriundas de pa-íses como Espanha, França, Rússia, Itá-lia e Alemanha, a Damadeira apresenta um alargado leque de produtos, incluindo marcas de representação exclusiva como a Arpa, Marotte, Mazzonetto, Silverwood, Timberacoustic e Moso/Unibamboo.

Actualmente, possui uma carteira de mais de 5.000 clientes e um portefólio de mais de 8.000 referências de artigos. A empresa dispõe, ainda, de 20 mil metros quadrados de área de vendas, 25 mil me-tros quadrados de armazém, uma frota de distribuição própria e as tecnologias mais avançadas em termos de logística e comu-nicação.

AtenDiMento PerSonAliZADo e exPeDito

Desde o início do ano que os serviços da unidade industrial estão concentrados num só espaço, em Braga, onde os clien-tes podem recorrer aos serviços de corte, orlagem, fresagem e furação de madeiras na hora, ao balcão. A empresa disponibi-liza, também, serviços de maquinação, secagem e serragem de madeiras, neste caso, em 48 horas.

A grande aposta da Damadeira con-siste no serviço ao cliente, tendo, por isso, implementado algumas melhorias a esse nível. O alargamento do horário de atendimento - das 08h00 às 18h00 -, e

as entregas em 24 horas foram algumas das medidas implementadas pela em-presa. Já no sentido de tornar a comunica-ção com o profissional mais eficiente, foi criada uma linha directa de telefone e fax, assim como emails directos para pedidos de orçamentos e encomendas.

Associado nr. 2406

Lugar do Agrelo, Sequeira, Braga

telf. 253 605 280www.damadeira.pt

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empresa do mês

Page 19: Boletim Mar - Abr   - 2009

Plano anual de candidaturas QREN 2009

Competir, exportar e superar a crise com a AIMMP

ProJeCtoS e iniCiAtiVAS PrinCiPAiS ACçõeS reAliZADAS PrÓxiMoS PASSoS

PASiMM - Plano de Apoio ao Sector das indústrias de Madeira e Mobiliário

Reuniões com o Governo para a aprovação do PASIMM; Divulgação do PASIMM junto do sector e dos media nacionais em sessão pública.

Organização de sessões de esclarecimento sobre o PASIMM dirigidas às empresas do sector.

estudo das Serrações / Plano estratégico para a reestruturação e Modernização da indústria de 1.º transformação de Madeira em Portugal

Visitas de campo a serrações portuguesas em parce-ria com a SPI; Organização de sessão para apresentação das primeiras conclusões do Estudo das Serrações ao sector.

Continuação das visitas a empresas da 1.ª transfor-mação; Concepção da versão final do estudo com visitas à Feira de Hannover, LIGNA, para analisar as últimas inovações tecnológicas ao nível dos equipamentos; Apresentação final do estudo.

interWooD (internacionalização)

Divulgação da aprovação do projecto Interwood pelo AICEP no valor de 3 milhões de euros; Organização da participação de empresas portu-guesas no Salão Internacional do Móvel, em Milão; Organização da participação portuguesa na ICFF, em Nova Iorque.

Organização da Casa de Sonho na FACIM, em Moçambique; Preparação de Estudos de Mercado.

CooPerWooD (cooperação)

Organização da presença da marca Associative Design no Salão Internacional do Móvel em Milão e também na Zona Tortona em parceria com a Portugal Brands; Organização da presença da Associative Design na ICFF, em Nova Iorque.

Organização de showrooms com a Associative Design em Marrocos e Angola; Preparação de Guias de Boas Práticas em diversa áreas do sector; Implementação do Observatório da Competitividade da Fileira de Madeira.

ConSultWooD (consultadoria)Angariação de empresas para a participação nos diversos projectos.

Continuação da angariação de participantes nos diversos projectos e acompanhamento dos que estiveram em execução.

ForMWooD (formação)

Angariação de empresas para a participação do pro-jecto de "Formação Acção Individualizada" nas áreas: Planemanento Estratégico, Gestão da Inovação, In-ternacionalização, Marketing e Comunicação, Design, Gestão Financeira e Gestão da Produção.

Arranque oficial do projecto em Seminário de Inser-ção promovido pelo IAPMEI

ProJeCto AngolA

Apresentação e análise dos Estudos de Viabilidade Técnica-Económica para a instalação de Indústrias de Madeira, Mobiliário e Afins em Angola por parte do Governo local.

Definição dos parceiros portugueses e angolanos para a execução do projecto.

1º Semstre 2º Semestre

recepção de candidatua recepção de candidatua

início Fim início Fim

Si i&Dt – investigação e Desenvolvimento tecnológico

Individuais de I&DT 13-Abr-09 14-Mai-09 23-Set-09 21-Out-09

Co-promoção I&DT 15-Jun-09 15-Set-09 2-Nov-09 16-Jan-10

Núcleos de I&DT 14-Abr-09 18-Mai-09 23-Set-09 21-Out-09

Centros de I&DT 14-Abr-09 18-Mai-09 23-Set-09 21-Out-09

Vale I&DT 13-Abr-09 13-Mai-09 15-Set-09 13-Out-09

I&DT Colectiva 14-Abr-09 18-Mai-09 14-Set-09 12-Out-09

Projectos Mobilizadores - - - -

Projectos Demonstradores - - 1-Set-09 28-Set-09

Si inovação

Projecto de Inovação 15-Abr-09 21-Mai-09 13-Out-09 9-Nov-09

Projecto de Empreendedorismo 15 Ab 09 21 Mai 09 13-Out-09 9-Nov-09

Si Qualificação PMe

Vale Inovação 7-Abr-09 11-Mai-09 15-Set-09 13-Out-09

Projectos Individuais 7-Abr-09 11-Mai-09 15-Set-09 13-Out-09

Projectos Conjuntos (Internacionalização) 20-Abr-09 30-Jun-09 - -

Projectos Conjuntos (Outras tipologias) 7-Abr-09 15-Mai-09 31-Ago-09 225-Set-09

Projectos em Cooperação 7-Abr-09 11-Mai-09 15-Set-09 13-Out-09

Porque o futuro do sector exige uma aposta na i&D, na inovação e na qualifi-cação, não pode perder as oportunidades que o Qren lhe oferece. nesse sentido, a aimmp está inteiramente disponível para apoiá-lo na elaboração da sua candida-tura. Consulte já o plano anual Po Fac-tores de Competitividade para o primeiro semestre de 2009 e contacte-nos.

Determinada e dedicada a optimizar os factores críticos de sucesso dos negócios das empresas que representa, a aimmp tem vindo a desenvolver um conjunto de projectos de inquestionável mais-valia para o desenvolvimento sustentado da Fileira de Madeira e Mobiliário. nesta rubrica, a aimmp dá-lhe a conhecer as principais acções que estão em curso para que a sua empresa possa competir, exportar e superar a crise.

19

programas e eventos

Page 20: Boletim Mar - Abr   - 2009

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