44
atividades CADERNO de CULTURA do rio de janeiro

Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

  • Upload
    frm

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

atividadesCADERNO de CULTURAdo rio de janeiro

Page 2: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

2

Page 3: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

3

Professor, professora,“Cultura” vem de cultivar e essa palavra nos leva a pensar em pro-cesso: plantar, regar, brotar, colher. A proposta do CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO vem reafirmar esse conceito, mos-trando-nos que fazemos parte de um processo histórico, propondo um reencontro, um reconhecimento das nossas tradições e par-ticularidades por meio da arte, arquitetura, culinária e das festas de nosso povo, fazendo com que, assim, possamos compreender melhor a nossa identidade cultural como habitantes deste bairro, cidade, estado, país.

Neste caderno de ATIVIDADES, vamos apresentar oficinas para se-rem propostas em conjunto com a leitura do CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, a fim de instigar os estudantes a terem maior consciência sobre o espaço em que vivem e que relações podem ser criadas a partir de suas vivências pessoais. Aqui você encontra suges-tões de atividades para serem trabalhadas em cinco oficinas:

Oficina 1 Quem eu sou? Identidade, modos de viver e trabalhar

Oficina 2Onde vivo? Arte e arquitetura

Oficina 3Comidas e guloseimasReceitas e hábitos alimentares

Oficina 4Era uma vez... Histórias, lendas e mitos

Oficina 5Hoje é dia de festa? Festas e folguedos

5

13

23

29

35

Page 4: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

4

As oficinas estão estruturadas da seguinte forma:

PRIMEIRAS PALAVRAS, como o nome já diz, é uma conversa inicial a respeito de cada tema. Não é uma atividade para ser ministrada com os estudantes, e sim uma instigação para você, professor. Su-gerimos que este texto seja lido antes da preparação da sua aula. Pense nestas informações como uma ferramenta que vai auxiliá-lo na construção de um cenário. Estabelecido assim o foco da oficina, você poderá organizar o trabalho passo a passo.

PROBLEMATIZAÇÃO é uma primeira atividade para aguçar a curiosi-dade e motivar os estudantes. Pode ser realizada por meio de um jogo de palavras, uma música, uma adivinha, uma atividade em roda. Em cada oficina, é proposta uma atividade diferente.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES são atividades de experimen-tação, individuais ou em grupo. Com ações criativas, vamos levar os estudantes a conhecerem melhor o seu estado, seu bairro, sua rua e as pessoas que o cercam. Além de conter informações gerais sobre cultura para o professor partilhar com a turma. Sugerimos também atividades diversas para que os estudantes vivenciem as novas informações.

Dentro das atividades complementares, temos NAVEGANDO NA INTERNET - sugestões que incentivam à pesquisa por meio da uti-lização das ricas ferramentas oferecidas na rede. A grande maioria dos estudantes está conectada e sabe acessar as opções de buscas digitais, como o Google. Mas será que nossos estudantes utilizam formas interessantes que ajudem a filtrar as informações e cons-truir novos saberes a partir da navegação? O computador oferece um acesso mais democrático ao conhecimento e estaremos reali-zando um ótimo trabalho se auxiliarmos o nosso grupo a navegar nesse espaço de forma criativa e crítica.

Page 5: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

5

Oficina 1

QUEM EU SOU? Identidade, modos de viver e trabalhar

Page 6: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

6

Primeiras palavras Nesta primeira oficina, a sugestão é trabalhar a questão da iden-tidade.

Mas o que é isso?

Falar de identidade, nos dias atuais, em que as culturas estão se aproximando, por meio das grandes mudanças ocorridas no mundo globalizado, é um desafio. São muitas as visões acerca das identi-dades forjadas nessa aldeia global. Mas podemos iniciar uma boa reflexão sobre esse conceito pensando em identidade como cons-ciência de si próprio, de por qual razão eu estou no mundo e das coisas que nos cercam. A cor da minha pele, o jeito do meu cabelo, os meus hábitos e costumes, as pessoas que me cercam, enfim, to-das as coisas que me definem como sou.

Identidade pode ser vista como a igualdade completa. Pensando nesse aspecto, podemos falar de uma identidade cultural que dá o sentido de saber se reconhecer.

Como vemos no nosso CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JA-NEIRO, podemos definir cultura como (página 8):

“Os antropólogos definem cultura por um conjunto sistemático de representações, símbolos, ideias e valores, crenças, saberes e ex-pressão de criatividade. Para eles, cultura é, ainda, o conjunto de normas, regras, padrões de conduta, modos de adaptação à nature-za e de instituições que regulam como as pessoas devem se relacio-nar e se organizar para conviver, produzir e garantir sobrevivência.”

A identidade cultural acaba sendo influenciada por questões como: lugar, gênero, história, nacionalidade, orientação sexual e crença religiosa.

O meio em que vivemos e as pessoas que nos cercam são fatores importantes para a definição dessa identidade, como podemos ver no CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (página 10):

“O sentido de cultura que desejamos ressaltar neste Caderno é o da cultura como herança social: vivências, conhecimentos e práticas sociais que são transmitidos de geração em geração.”

Page 7: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

7

Problematização Para começarmos a trabalhar com essas questões de identidade, é interessante falarmos sobre o documento oficial – a carteira de identidade.

Para que serve?

Onde obtemos o documento?

O que é necessário para obter o documento?

Você pode procurar os órgãos competentes para obter as informações.

Depois que entendemos a “identidade oficial”, podemos partir para a “identidade cultural”. Podemos fazer as mesmas perguntas e ter-minar com as questões:

A identidade cultural precisa de um documento?

Qual seria o documento que atesta a nossa identidade cultural?

Page 8: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

8

ATI

VID

AD

E I

Atividades complementares

Documento de identidade cultural

Vamos fazer um documento que ateste a nossa identidade cultural?

Vamos sugerir que os estudantes criem esse documento.

Modo de fazer

Você pode usar fichas grandes (ou recortar as fichas em cartolina ou outro papel mais grosso). Marque um lugar para colocar a foto e linhas, onde serão colocados os dados.

FotoOs estudantes podem fazer um desenho ou tirar uma foto de um momento que eles considerem importante (uma atividade que eles gostem de fazer ou um lugar que eles frequentam). Hoje a maioria das pessoas tem ou conhece alguém que possui um celular que tira fotos. Essa foto pode ser reduzida e impressa para ser colocada no local marcado.

Dados (podem ser de dois tipos):Dados pessoais objetivos

- Nome completo;- Filiação;- Data de nascimento;- Local de moradia.

Dados pessoais subjetivos

Elabore com seus estudantes perguntas que os identifiquem, por exemplo:

- O que você mais gosta de fazer?- Qual a comida que você mais gosta?- Quais são os seus melhores amigos?- Quais livros você gostou mais de ler?- Quais os melhores filmes que você já assistiu?

Invente quantas perguntas você e seus estudantes acharem neces-sárias para atestar a identidade cultural de cada um.

Page 9: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

9

Exposição da identidade

Seus estudantes podem fazer, individualmente, o registro de um dia específico nas suas vidas (pode ser um dia na escola ou no fim de semana).

Esse registro pode ser feito com fotos de celular, com desenhos ou com colagens. Depois, os estudantes devem fazer uma sele-ção das melhores criações e fazer cartazes. Esses cartazes po-dem ser expostos criando uma “exposição coletiva”. É impor-tante que as criações tenham legendas para que todos possam acompanhar o dia do seu criador.

ATI

VID

AD

E II

Sarau musical

As músicas são um espelho de um lugar, de uma pessoa, de uma situa-ção ou sentimento. Personalidades, cidades, países são retratados por músicas. Um exemplo são as músicas que retratam a cidade do Rio de Janeiro ou seus bairros famosos, como Copacabana, Estácio e Madu-reira. No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, encontramos alguns exemplos, como o Samba do avião (Antônio Carlos Jobim – pá-gina 6) e um trecho de A voz do morro (Zé Kéti – página 15).

Peça aos estudantes que:

- pesquisem músicas do seu bairro, da sua rua ou cidade.- escolham uma música que os represente. A partir dessa seleção você pode fazer um sarau musical.

ATI

VID

AD

E II

I

Page 10: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

10

Conhecendo sua identidade

Como já foi dito antes, o meio em que vivemos e as pessoas que nos cercam são fatores importantes para a definição dessa identi-dade. Podemos realizar atividades para conhecer essas pessoas e suas atividades:

Identidade cultural

Os estudantes podem pesquisar as atividades culturais que aconte-cem nos bairros que residem. Você pode dividir a turma em grupos (faça a divisão pela proximidade de residência). Cada grupo deve pesquisar as atividades culturais que acontecem em seus bairros (ro-das de samba, teatro, cinema, rodas de capoeira, feiras de artesana-to), escolher uma e fazer um relato/reportagem sobre essa atividade.

Identidade profissional

Cada estudante escolhe um profissional que trabalha na sua rua ou bairro (jornaleiro, advogado, lixeiro, costureira, médico, professor, etc.) e faz uma entrevista com ele. Os estudantes podem criar o “do-cumento de identidade cultural” dos profissionais entrevistados.

ATI

VID

AD

E IV

ATI

VID

AD

E V

Identificando personagens

Divida a turma em grupos. Cada grupo deve escolher um persona-gem de sua rua, bairro ou cidade. Os grupos devem criar bonecos desses personagens.

Como fazer os bonecos?

Você vai precisar de:

- 2 folhas duplas de papel pardo;- lápis preto;- tesoura;- tinta, lápis de cor ou canetas hidrográficas;- cola quente ou grampeador;- jornais velhos;- sucata (retalhos de tecido e de papel colorido, pedaços de lã e de linha e o que mais você conseguir).

Page 11: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

11

Modo de fazer

Coloque as duas folhas de papel pardo no chão (uma sobre a outra). Um dos estudantes deve deitar nas folhas com os braços ao longo do corpo e as pernas esticadas. Com o lápis preto, outro estudante deve fazer o contorno do corpo do estudante deitado. Depois, deve recortar o contorno com a tesoura (cortando as duas folhas juntas). As duas silhuetas devem ser unidas com cola quente ou grampea-dor, deixando uma parte aberta, por onde entrará o recheio. O re-cheio deve ser feito com bolas de jornal. Quando o boneco estiver cheio o suficiente, é só fechar a abertura (com cola ou grampeador). Em seguida, o grupo deve decorar o boneco com as características do personagem retratado. Use a sucata, tinta, caneta hidrográfica e o que mais a imaginação mandar.

Uma exposição pode ser feita com os bonecos.

Page 12: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

12

Navegando na internet

O Brasil é formado por várias culturas. Recebemos influências de europeus, africanos, orientais e de povos indígenas. Essa mistura das diferentes origens étnicas produziu saberes e sabores que aju-daram a formar a nossa identidade, como vemos no nosso CADER-NO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (página 18):

“A cultura brasileira se configura a partir das contribuições dos indí-genas, europeus e africanos que se conjugaram neste território, crian-do uma cultura distinta e plural.”

Miscigenação

Uma boa ideia é pedir aos estudantes que pesquisem na internet filmes, músicas e clipes que retratam essa miscigenação. Depois, você pode abrir um debate sobre as questões levantadas nos mate-riais encontrados.

Glossário cultural

Registre as novas palavras e termos que surgiram nas pesquisas e organize um interessante glossário cultural para sua turma.

ATI

VID

AD

E V

I

Page 13: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

13

Oficina 2

ONDE EU MORO? Arte e arquitetura

Page 14: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

14

Primeiras palavrasDepois que conversamos sobre identidade, podemos passar a in-vestigar o lugar onde moramos e falar sobre arte e arquitetura.

Mas aí vem o questionamento que sempre fazemos para nos ins-tigar o pensamento reflexivo: o que é isso?

Arte é um conceito muito amplo. Tudo o que é feito pelo homem pode ser considerado arte?

Sim e não.

Nem tudo o que o homem produz pode ser considerado arte. Um conceito interessante de arte é a atividade humana feita a par-tir de emoções e ideias que estimulem a percepção de um ou mais espectadores. É algo mais ligado à dimensão estética e cada obra de arte possui um significado único. O conceito de arte depende muito do olhar do espectador, da sua sensibilidade e do conheci-mento que ele tem sobre aquilo que está sendo apresentado.

E arquitetura?

O conceito de arquitetura também é bastante amplo. De um modo geral, arquitetura significa construção. É a arte de conceber, projetar e construir ambientes, considerando aspectos estéticos e práticos ao mesmo tempo. Engloba o desenho (design) de um projeto. Vai desde o desenho de um móvel ao desenho de um jardim (paisagismo).

Pensando em arte e arquitetura, com certeza nos deparamos com a obra de Oscar Niemeyer, como vemos no nosso CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (página 12):

“Pensar em ARQUITETURA é nos remeter aos traços de Oscar Nie-meyer, que soube unir a arte à arquitetura nos seus projetos com linhas sinuosas e surpreendentes, proporcionando leveza ao concreto armado. As obras de Niemeyer podem ser encontradas em todos os continentes.”

Page 15: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

15

ProblematizaçãoPodemos começar com trabalhos de arte fazendo a pergunta:

Existe arte nas ruas?

Existe e é chamada de arte pública. No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, vemos uma explicação a esse respeito (página 60):

“A arte pública engloba edifícios, grupos escultóricos, monumentos e intervenções artísticas (como o grafite) presentes nos espaços públi-cos das cidades rurais e urbanas.”

O grafite é uma arte contemporânea que ocorre no mundo in-teiro, especialmente no mundo ocidental, e que se expressa com muita força nas ruas.

Algumas pessoas confundem grafite com pichação. Mas qual é a diferença?

A palavra grafite é de origem italiana e significa “escrita feita com carvão”. Essas inscrições em grafite são feitas desde o Império Romano, quando a população utilizava carvão para escrever pala-vras de protesto nas paredes. No entanto, ainda não eram conside-radas expressões artísticas.

Mas estamos falando do grafite contemporâneo, que é uma arte feita nas ruas com spray colorido usando como base as pare-des e os muros.

Já a pichação é escrever ou rabiscar muros, fachadas e paredes.

Ué... Não é a mesma coisa?

Não. A pichação é uma forma de protesto, brincadeira ou até de marcação de território e é vista como vandalismo, diferente do grafite, que é considerado arte hoje em dia. Em muitas cidades, po-demos ver muros, paredes ou painéis onde essa arte é preservada.

DICA: Você e seus estudantes podem fazer uma pesquisa nas ruas da sua cidade para verificar a diferença entre grafite e pichação.

Page 16: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

16

Mas só grafite é considerado arte de rua?

Não. Como vemos no nosso CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, a arte se faz presente por todos os lados (página 58):

“A arte fluminense se espalha por todas as regiões do Estado e é realizada pelas mãos de muitos artistas. Ela compõe um patrimônio expressivo da tecnologia e do imaginário coletivo do povo do Rio de Janeiro, que tem sido levado para o mundo.”

Um conceito que está sendo muito usado é o de reciclagem com arte.

E aí vai a nossa pergunta: o que é reciclagem?

Reciclagem é a transformação de materiais descartados em no-vos materiais, que são beneficiados e utilizados na criação de um novo produto. Podemos reciclar principalmente metal, plástico, pa-pel e vidro. E podemos fazer arte com materiais reutilizáveis, assim como reciclagem com arte.

O conceito de reciclagem não deve ser confundido com reutili-zação de materiais.

Reciclar denota decompor o material para recompô-lo nova-mente com outro tratamento, como papel machê, plástico recicla-do, madeira reciclada, entre outros. Com a reciclagem, o que se faz é uma nova “matéria” para diversas utilizações.

Reutilizar é o aproveitamento de objetos que tinham determina-do fim e utilizá-los novamente, sem, necessariamente, decompor sua “matéria” de origem. Como, por exemplo, bonecos feitos de garrafas e bonecos de retalho.

ATI

VID

AD

E I

Vamos fazer um grafite diferente

Como já foi dito, o grafite é feito com tinta spray. Mas isso pode ficar complicado na sala de aula. Podemos fazer um grafite de papel. Se você reparar, em muitos grafites são utilizadas figuras geométricas para dar forma aos bonecos e representações. Algumas das formas são arredondadas e não têm muita preocupação com a proporção (encontramos bonecos com grandes cabeças e corpos pequenos).

Para fazer o grafite de papel, você vai precisar de: pedaços de papel colorido, tesoura, cola e papel branco (que será a base do trabalho).

Atividades complementares

Page 17: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

17

Você e seus estudantes vão recortar várias formas geométricas no papel colorido. Formas e tamanhos variados. Com esse material, criem sobre o papel branco personagens e/ou imagens. É impor-tante criar primeiro a imagem e depois colar.

ATI

VID

AD

E IIArte com sucata – Construção de boneco

Você vai precisar de:- garrafa PET limpa e sem o rótulo (uma para cada estudante);- arame fino;- tesoura;- jornal;- fita crepe, barbante ou fita adesiva;- cola;- retalhos de tecido ou de papel;- sucatas (caixas, pedaços de lã e linha, botões, etc.).

Modo de fazer

Pegue a garrafa e faça dois furos com a tesoura (cuidado para não se machucar). Os furos serão nas laterais da garrafa (que servirão para os braços). Para esses furos, você deve medir mais ou menos quatro dedos a partir da tampa da garrafa.

Passe um arame pelos dois furos, deixando do lado de fora os peda-ços que formarão os braços.

Encha a garrafa com o jornal (isso vai ajudar a dar peso ao nosso bo-neco) e tampe a garrafa. Faça uma bola de jornal e prenda no alto da garrafa com a ajuda da fita crepe ou fita adesiva. Faça também rolinhos de jornal, envolva os arames e prenda com a fita adesi-va ou barbante. O tamanho do arame depende de você. O boneco pode ter o tamanho da garrafa (tronco e pernas são a garrafa). Ou a garrafa pode ser o tronco e você utiliza outro material para fazer as pernas (tiras de tecido, um fio mais grosso, tiras de garrafa PET, arame com jornal como nos braços, etc.). Solte a sua imaginação.

Pronto. A base do boneco está pronta.

Agora você vai usar os retalhos de tecido ou papel para forrar todo o boneco. Depois, é só enfeitar o boneco usando as sucatas, a cola e muita imaginação.

DICA: Se você forrar o boneco com tecido, ele vai durar mais tempo.

Page 18: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

18

ATI

VID

AD

E II

I

Arte com sucata - construção de maquete

Falamos sobre arte e esquecemos a arquitetura?

Nada disso.

Arquitetura: Como foi dito, arquitetura significa construção. É a arte de conceber, projetar e construir ambientes.

Como uma forma de apresentar esses ambientes, antes da cons-trução propriamente dita, os arquitetos constroem maquetes.

E o que é uma maquete?

É uma representação em menor escala de uma construção ou conjunto de construções. Serve para dar uma ideia de como ficará o projeto depois de construído.

E que tal fazer uma maquete da sua rua, do seu bairro ou da sua cidade?

Você deve escolher junto com os estudantes o que irão representar (se uma rua específica de sua cidade, se um bairro ou a cidade toda).

Para fazer a maquete, você vai precisar de:

- placa de isopor, MDF ou madeira (que será a base da sua maquete);- tintas de várias cores;- pincéis variados;- cola;- sucatas diversas (principalmente caixas e potes).

Modo de fazerFaça o desenho do que vai ser retratado na base da maquete (ruas, avenidas e praças). Pinte a base da cor desejada e depois arrume os prédios e casas (que serão feitos com as caixas e potes).

Solte a sua imaginação para pintar sua maquete e fazer ruas, pra-ças, árvores e o que mais desejar.

DICA: Marque alguns pontos importantes do local que vocês estão retratando (a escola, o principal ponto de comércio, a igreja, etc.).

Page 19: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

19

ATI

VID

AD

E IVTexturas arquitetônicas

Mas o que pode ser isso?Vamos por partes: primeiro, o que é textura?

É o aspecto de uma superfície. Quando tocamos ou olhamos uma superfície, podemos perceber se ela é lisa, rugosa, áspera, macia, etc.

As casas e construções têm suas texturas e isso pode demonstrar os hábitos dos que vivem no lugar.

A textura indica a ideia de trama, tessitura, a possibilidade de con-jugar diferentes elementos, organizadamente. Lembrando que ela se constitui em uma “impressão” tátil ou visual.

Capturando texturas

Uma atividade interessante é a de imprimir texturas. Você e seus es-tudantes podem escolher um primeiro local (a sala de aula, por exem-plo). Você vai precisar de uma folha de papel e um lápis cera. Coloque o papel em cima da área que você quer “capturar” a textura. Passe o lápis cera deitado sobre o papel branco e veja o que acontece.

E o que podemos fazer com isso?

Mosaico de texturas

Os estudantes podem recolher vários tipos de texturas. Depois, re-cortar os papéis texturizados nas formas desejadas e colar em um papel maior, criando um mosaico.

DICA: Se quiser, pode usar um lápis cera branco. Basta que o papel que será texturizado seja colorido.

Desenhos a partir de texturas

Os estudantes escolhem um dos papéis texturizados. Recortam um pedaço do papel que eles acharem mais interessante e colocam num papel maior. Depois, podem continuar o desenho da textura usando o mesmo lápis cera ou outro lápis e, principalmente, muita imaginação.

DICA: Comece com esse trabalho na sala de aula e depois os estu-dantes podem pegar texturas na escola, em casa, nas ruas. Você pode criar um grande painel de texturas do seu bairro ou da sua cidade.

Page 20: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

20

Passeio pela história, arquitetura e arte

Na página 62 do CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, encontramos o texto:

“Em cada um dos municípios do Estado do Rio de Janeiro pode-se observar a presença de inúmeros monumentos históricos. Esses monu-mentos estão relacionados à construção tanto da história quanto da memória local e representam um precioso patrimônio cultural. Essas obras fazem parte da vida cotidiana das cidades e podem se relacionar com as histórias afetivas que os habitantes têm das suas cidades.”

A arquitetura das cidades (monumentos, prédios, jardins, escul-turas) conta histórias. Histórias da cidade e da sua organização. E também conta histórias de cada um dos habitantes: os encontros, desencontros, descobertas e toda narrativa de suas vidas.

Mapeamento dos monumentos da cidade

Você e seus estudantes podem pesquisar os monumentos e escul-turas da sua cidade ou bairro, fazendo um mapeamento de cada obra:

- Quem é o autor/escultor.- Quem ou o quê é homenageado naquela obra e por quê.

Mapeamento afetivo

Os estudantes podem pesquisar as histórias afetivas dos monu-mentos da cidade ou bairro. Eles devem fazer uma pesquisa en-tre amigos e parentes para saber se os entrevistados têm algum monumento/escultura preferido e se têm alguma história afetiva relacionada ao monumento escolhido.

ATI

VID

AD

E V

Page 21: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

21

ATI

VID

AD

E V

I

Navegando na internetGrafite e pixação

Como já dissemos, hoje em dia o grafite é considerado arte.

Os estudantes podem fazer uma pesquisa na internet sobre a dife-rença entre grafite e pichação. Depois, você pode abrir um debate sobre as questões pesquisadas.

Reciclagem e reutilização

A reciclagem e a reutilização de materiais são assuntos que es-tão sendo muito debatidos atualmente, principalmente devido às questões de preservação ambiental. Os estudantes podem pesqui-sar formas de reciclagem/reutilização para serem usadas na sala de aula ou em casa.

Arquitetura e Arte

Muitos prédios e construções são considerados obras de arte. Exem-plo disso é o Palácio Gustavo Capanema na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e a Casa da Flor em São Pedro da Aldeia (RJ). Os estudantes po-dem pesquisar sobre essas construções e descobrir outras que tam-bém sejam consideradas obras de arte. Depois, você pode abrir um debate sobre as diferenças das construções encontradas.

Page 22: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

22

Tombamento

Ainda sobre a questão de arquitetura e arte, vocês podem pesqui-sar se existem construções consideradas obras de arte na sua cida-de ou bairro.

Alguns prédios são importantes porque, de certa forma, contam a história dos locais onde estão. Alguns até são tombados para sua preservação.

Estranho, não é? Como são tombados para a preservação?

A palavra, nesse caso, tem origem portuguesa. Em Portugal, os documentos importantes eram guardados na Torre do Tombo, ou seja, eram tombados.

O tombamento é um ato realizado pelo poder público com o objetivo de preservar bens de valor histórico, cultural ou arquitetônico, impedindo dessa forma que venham a ser destruídos ou modificados. A intenção é preservar registros importantes de algum lugar para as futuras gerações.

Existe também o tombamento de bens imateriais, mas vamos falar sobre isso nos próximos encontros.

Você e seus estudantes podem pesquisar sobre tombamento:

- O que é necessário para que o tombamento de uma construção aconteça?

- Como é feito esse processo?- O que acontece com o entorno de um imóvel tombado?- Existe algum imóvel tombado na sua cidade?

Curiosidade

A Torre do Tombo é de uma das instituições

mais antigas de Portugal. Instalada numa das torres do castelo de

Lisboa, prestou serviço como arquivo do rei,

dos seus vassalos e da administração do reino por cerca de 400 anos,

até 1755.

Page 23: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

23

Oficina 3

COMIDAS eGULOSEIMASReceitas e hábitos alimentares

Page 24: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

24

Primeiras palavrasDepois que conversamos sobre identidade, arte e arquitetura, po-demos passar para um assunto delicioso: as comidas.

Mas como podemos juntar identidade, arte e arquitetura com comida?

Segundo o nosso CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, isso é possível (página 66):

“As diferentes maneiras de preparar e consumir alimentos são hábitos culinários, transmitidos de geração a geração, e fazem parte da cultura de um povo, que cria e recria pratos peculiares, a partir do que a natu-reza do lugar oferece. O alimento é um fator importante de identidade cultural, associa e identifica as pessoas com as outras e com os lugares.”

Pensando dessa forma, vemos que a culinária é um fator muito importante para identificarmos o Patrimônio Cultural de uma região.

Mas podemos considerar alimento como um Patrimônio Cultural?

Sim. O Patrimônio Cultural se divide em Patrimônio Material e Imaterial. No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, ve-mos a diferença entre essas duas terminologias (página 12 e 14):

“O Patrimônio Cultural Material é um conjunto de bens concretamen-te percebido em seu aspecto exterior, corpóreo, palpável, visível: a arquite-tura, a paisagem, os lugares, as obras de arte, as relíquias históricas.”

“Patrimônio Cultural Imaterial compreende expressões de vida, prá-ticas sociais, conhecimentos, técnicas e tradições, desenvolvidas por co-munidades ou grupos de indivíduos.”

ProblematizaçãoA primeira etapa desse trabalho é identificar quais são as comidas co-muns entre os estudantes para definir os hábitos alimentares da turma.

Você pode pedir que cada estudante faça uma consulta sobre as re-ceitas que são mais usadas em sua casa e registre algumas escolhidas por ele. Com esse material, vocês podem criar um painel do “Patrimônio Cultural Gastronômico” da turma.

Gastronomia é a arte de cozinhar. E podemos aliar arte e comida?

Page 25: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

25

ATI

VID

AD

E I

Atividades complementares

Livro de receitas

No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, vemos que a cozinha é um lugar especial (página 66):

“A cozinha é um espaço de afeto, troca e interação das diferentes prá-ticas de elaboração e de consumo dos alimentos.”

Podemos criar um Livro de Receitas e Afetos.

Os estudantes podem criar desenhos, colagens e textos baseados nas receitas que foram recolhidas em suas casas. Esse material pode ser organizado como um livro: colocados em uma pasta ou encadernados com espirais.

ATI

VID

AD

E II

Vamos fazer arte culinária?

Você vai precisar de argila, palitos de dente, tinta e pincéis.

Faça cartões com os nomes das receitas pesquisadas pela turma e entregue um para cada estudante. Os estudantes devem fazer uma representação das receitas na argila. Depois de secas, as argilas po-dem ser pintadas.

DICA: Sugira aos estudantes que não façam representações fiéis das comidas. O interessante é que eles façam representações simbóli-cas. Eles podem fazer um personagem que vai comer (ou já comeu) o prato representado, criar personagens/sentimentos que repre-sentem o prato. Enfim, proponha aos estudantes que eles soltem a imaginação, pensando na refeição como um ritual ou festa de de-gustação desses sabores.

Page 26: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

26

Visita da merendeira

Você pode convidar a merendeira da escola para conversar com seus estudantes sobre sua atividade. A turma pode criar perguntas para fazer à merendeira, como:

- Qual comida você mais gosta de fazer?- Qual a que você mais gosta de comer?- Qual a comida mais complicada de fazer e por quê?

Com a mão na massa

Você e sua turma podem escolher uma das receitas pesquisadas pelos estudantes para fazerem juntos na cozinha da escola e depois degustarem.

DICA: O ideal é escolher a receita mais fácil e de material mais simples.ATI

VID

AD

E IV

ATI

VID

AD

E II

I

Page 27: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

27

ATI

VID

AD

E V

Navegando na internet

Tabus, crenças e saberes

Existem muitas crendices sobre comidas. No CADERNO DE CUL-TURA DO RIO DE JANEIRO, vemos algumas delas (página 66):

“Derramar pó de café no chão dá briga.Doce em calda não pode ser mexido por mais de uma pessoa.Manga com leite faz mal.Deixar cair sal no chão dá azar.Derramar açúcar no chão é sinal de fortuna.”

Mas será que essas crenças são reais?

Seus estudantes podem fazer uma pesquisa na internet sobre a ve-racidade dessas crenças e até encontrar outras crenças.

Page 28: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

28

Comidas típicas

Os estudantes podem pesquisar as comidas típicas de seu estado e município. Depois podem criar um novo Livro de Receitas e Afetos.

Todo mundo na cozinha

A culinária está na moda hoje em dia. Mulheres e homens estão cada vez mais envolvidos com essa arte.

Você pode sugerir aos estudantes que procurem na internet sites e blogs que tragam esse tipo de material. Nas receitas pesquisadas, vocês podem escolher uma e fazer na cozinha da escola (como na atividade “com a mão na massa”).

Page 29: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

29

Oficina 4

ERA UMA VEZHistórias, lendas e mitos

Page 30: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

30

Primeiras palavrasDepois de passarmos por tantas questões, vamos nos deter num assunto que fundamenta uma cultura: a história.

No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, podemos ve-rificar a importância da história para construção de uma cultura plural (página 30):

“A cultura fluminense encontra-se em suas cidades, vilas, povoados, distritos, bairros, morros e no meio dos caminhos, pelos espaços de con-vergência, entroncamentos, passagens e de muitos saberes e fazeres. É nesse espaço social que se encontram a diversidade, a pluralidade e, tam-bém, a integração. A espiral marca a história e a cultura do Estado.”

A história oficial passa por vários caminhos para a construção de uma cultura local (página 30):

“A história do Rio de Janeiro foi construída por caminhos singulares: os caminhos do ouro que ligaram o Estado Fluminense a Minas Gerais; os caminhos do café no Vale do Paraíba; os caminhos do açúcar no Norte Fluminense; os caminhos do sal, entre outros caminhos.”

E temos também histórias do imaginário coletivo que ajudam na construção do patrimônio cultural. Narrativas populares, lendas, mitos e seres fantásticos que vão sendo perpetuados por gerações.

ProblematizaçãoA história é uma teia que vai sendo construída pacientemente. Esse “tecido” é que forma a cultura de um lugar (página 34):

“E assim, vai se tecendo a cultura fluminense, ao trazer suas marcas de simultaneidade e pluralidade nesses encontros, ao buscar a história e a cultura do seu próprio país.”

Ou seja, a história é uma sucessão de fatos e consequências.

Page 31: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

31

ATI

VID

AD

E I

Atividades complementares

Teia da história

Para demonstrar aos estudantes essa teia da construção da cultura, você vai precisar de um rolo de barbante e placas de papel.

Crie uma teia com o barbante na sala. Aproveite pontos fixos para tecer sua teia por cima da cabeça dos estudantes (você deve criar a teia antes da entrada dos estudantes em sala – o impacto visual já vai instigar a curiosidade).

Escolha um período da história do seu Estado ou cidade. Uma su-gestão é aproveitar o texto da página 32 do CADERNO DE CUL-TURA DO RIO DE JANEIRO, que vai da criação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1565) até a fusão entre os Estados da Guanabara e Rio de Janeiro (1975).

Nas placas de papel você vai escrever os tópicos que são os fatos históricos. Conte a história para os estudantes à medida que vai fixando na teia cada placa. É importante que as placas tenham fios de ligação para demonstrar os fatos e suas consequências.

Depois, os estudantes podem criar o percurso graficamente atra-vés de desenho ou colagem.

Guia cultural

Ainda utilizando a teia, você pode dividir a turma em grupos. Cada grupo deve criar uma cena: um passeio onde um guia leva turistas para conhecer a “teia histórica”. Durante o passeio, os visitantes podem se transformar em personagens dos fatos históricos que ajudarão a contar a narrativa.

DICA: Mais uma vez, é importante que o (a) professor (a) permita que os estudantes soltem a imaginação.

ATI

VID

AD

E II

Page 32: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

32

Lendas, mitos e narrativas populares

As histórias que permeiam o imaginário popular surgiram a partir do caldeirão cultural criado pelos povos que ajudaram na formação da nossa identidade. Vemos essa contribuição no capítulo A MATRIZ, do nosso CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (páginas 20 a 26).

As narrativas mais excitantes, para crianças e jovens, são as de as-sombração.

Mas o que é isso?

Narrativas de assombração são caracterizadas pelo uso do so-brenatural e do fantástico. Na cultura popular brasileira, esses con-tos são encontrados em todas as regiões do país com pequenas modificações que caracterizam os locais onde são contados. Pode-mos citar alguns exemplos: o saci, o lobisomem, o curupira (na área rural), o velho do saco e a loura do banheiro (na área urbana).

ATI

VID

AD

E II

I

Page 33: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

33

ATI

VID

AD

E IVTeatro de assombrações

Converse com os estudantes sobre esses seres fantásticos. Pergun-te quais eles conhecem e as histórias que são contadas.

Divida a turma em grupos. Cada grupo vai escolher um dos perso-nagens de assombração e criar uma história sobre ele. Depois, as histórias podem ser representadas num teatro de varas.

Mas o que é isso?

O teatro de varas é feito com bonecos presos em ripas ou sarrafos de madeira que se apresentam numa empanada (que é o palco dos bonecos). Esse palco pode ser feito de madeira ou pano.

Você vai precisar de:- folhas de papel;- lápis colorido, lápis cera e hidrocor;- tesouras;- palitos de churrasco;- fita adesiva;- barbante ou corda;- pano.

Modo de fazer

Com a história combinada, os estudantes desenham os persona-gens no papel. Depois, recortam os bonecos e prendem no palito de churrasco com o auxílio de uma fita adesiva.

A empanada é feita com o barbante ou corda esticada e o pano (que pode ser uma toalha ou lençol) pendurado. A empanada deve ser mais alta que os estudantes. A representação é feita com os estudan-tes por trás do pano e os bonecos aparecendo em cima da empanada.

Page 34: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

34

ATI

VID

AD

E V Navegando na internet

História do meu bairro

O seu bairro e a sua rua também têm histórias para contar. Você e seus estudantes podem pesquisar na internet o nome da sua rua e/ou do seu bairro. Descobrir qual a importância do personagem/data/acontecimento que nomeia o local.

Acontecimentos históricos

No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, encontramos na página 34:

“Os acontecimentos históricos, movimentos sociais e culturais que ocorriam no Rio de Janeiro, de fato, tinham repercussão nacional. No século XX, podemos citar alguns exemplos, como o Cinema Novo, a Bossa Nova e o Teatro de Resistência.”

Que tal pesquisar sobre esses acontecimentos na internet, reco-lhendo músicas (Bossa Nova), trechos de filmes (Cinema Novo) e textos teatrais (Teatro de Resistência)? Depois, você pode abrir um debate sobre a importância e a influência dessas manifestações nos dias de hoje.

Lendas, mitos e monstros

Vocês podem pesquisar sobre os seres fantásticos, as lendas, histó-rias e mitos da sua região. Depois, podem fazer um sarau para que as histórias sejam contadas.

Page 35: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

35

Oficina 5

HOJE é DIADE FESTAFestas e folguedos

Page 36: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

36

Primeiras palavras

As festas são manifestações populares que traduzem a cultura de um lugar. Como podemos ver no CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (página 78):

“As festas são tradições comemorativas que se manifestam no cole-tivo e representam sonhos, crenças, superstições e críticas sociais.”

No Brasil, as festas acontecem em quase todo o ano e em todas as regiões. Podemos citar festas oficiais, como o dia do padroei-ro (de cada cidade e/ou estado), o Natal, o Carnaval e os feriados religiosos. E ainda existem as comemorações não oficiais, como a Folia de Reis, as Festas Juninas e a Festa do Divino. O brasileiro é um povo festeiro por natureza e seu cotidiano é marcado por essas manifestações (página 78):

“A organização da vida cotidiana na escola e/ou no trabalho de uma sociedade está ligada ao tempo cíclico do calendário das comemora-ções oficiais.”

Problematização

Para começar, pergunte aos estudantes se na sua comunidade há alguma festa tradicional que eles conheçam ou da qual já tenham participado. Pode ser uma festa do calendário oficial, uma festa de quintal/laje ou mesmo um baile funk. Trabalhe o resgate das me-mórias sobre essas festas que eles apontaram a fim de construir um imaginário iconográfico sobre esses eventos.

Page 37: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

37

ATI

VID

AD

E I

ATI

VID

AD

E II

Atividades complementares

Criação de estandartes

Uma das manifestações mais conhecidas é o Carnaval (página 80):

“No Carnaval, por exemplo, onde reinam a caricatura, o deboche e o bom humor, temos blocos ou bandas, escolas de samba e Boi Pintadinho.”

No Carnaval, é muito utilizado o estandarte que representa um bloco carnavalesco ou escola de samba. Também encontramos es-tandartes nas Festas Juninas, nas Folias de Reis e Festas do Divino.

Mas o que é um estandarte?

É um tipo de bandeira muito enfeitada. Geralmente não são hasteadas, mas levadas por uma tropa ou grupo como símbolo de reconhecimento.

Você pode mostrar exemplos de estandartes para a turma (de esco-la de samba, do estandarte da bandeira do Divino, etc.) e fazer uma leitura das formas e cores apresentadas em cada uma.

Depois, os estudantes podem ser divididos em grupos e criar estandar-tes utilizando papel, recortes de revistas, fios, linhas e objetos de sucata.

Uma exposição pode ser feita com os estandartes criados.

Confeccionando máscaras

A máscara está presente em quase todas as festas. No Carnaval, elas aparecem com mais força, mas podemos encontrá-las em fes-tas, como as Cavalhadas e as Folias de Reis.

As máscaras podem ser feitas de diversos materiais. As mais co-muns são feitas de papel reciclado (ou papel machê).

A sugestão é que você crie máscaras com os estudantes, utilizando diversos materiais. Use uma máscara simples como molde e crie com os estudantes outras máscaras.

DICA: Um material bem interessante para fazer máscaras é a gar-rafa PET. Utilize o meio da garrafa (retire o fundo, o gargalo e abra o cilindro que resta). Com uma caneta hidrográfica ou marcador permanente, faça o desenho da máscara e recorte. Depois, você pode pintar e enfeitar da maneira que quiser.

Page 38: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

38

No ritmo do samba

Não existe uma boa festa sem dança. Como vemos no CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (página 84):

“A ciranda, o caxambu, o jongo, o calango e o mineiro-pau são algu-mas das danças que estão presentes nas festas locais do padroeiro e nas comemorações familiares de casamentos, aniversários e batizados.”

O samba e as coreografias das escolas de samba são expressões da ginga e da habilidade do povo brasileiro.

Peça, previamente, que cada estudante traga de casa um lençol, toalha ou pedaço de plástico e tecido colorido.

Pergunte aos estudantes se eles torcem por alguma escola de samba. Apresente alguns vídeos que mostrem evoluções coreográficas de al-gumas escolas de samba. Peça que os estudantes tomem os tecidos que trouxeram nas mãos e caminhem na sala de maneira aleatória sem esbarrar uns nos outros. Marque a velocidade através de palmas ora mais lentas, ora mais rápidas. Instigue para que no momento da caminhada os estudantes experimentem as possibilidades do tecido na relação com o corpo e com o espaço. Quando eles estiverem fami-liarizados com o tecido e o espaço, coloque algumas músicas e peça que eles evoluam com os tecidos, tal como as comissões de frente das escolas de samba, criando uma coreografia improvisada a partir da música e dos tecidos. Você pode registrar a ação com uma câmera fotográfica e pedir que, ao final da experiência, cada estudante fale um pouco sobre como foi esse exercício de improvisação.

ATI

VID

AD

E II

I

Ritmo dos nomes

Faça uma roda com os estudantes e sugira que eles criem uma core-ografia com o seu nome. Eles devem movimentar o corpo ao mesmo tempo em que dizem o nome de uma forma ritmada. Depois, os com-panheiros da roda fazem juntos o movimento criado pelo estudante.

DICA I: Você deve iniciar essa atividade dizendo seu nome de uma forma ritmada e dando uma entonação diferente. Ao mesmo tem-po, usando palmas e movimentos corporais que acompanharão o ritmo que você criou para o seu nome.

DICAII: Depois de fazer o ritmo do nome, vocês podem fazer o rit-mo do nome da rua onde moram, do bairro, do nome da escola, etc.

ATI

VID

AD

E IV

Page 39: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

39

ATI

VID

AD

E V

ATI

VID

AD

E V

I

Quadrilha diferente

As quadrilhas são danças ritmadas que acontecem principalmente nas Festas Juninas. Um marcador dá as ordens que são atendidas pelos dançarinos.

Você pode dividir a turma em grupos. Cada grupo deve criar uma quadrilha com passos diferentes dos habituais.

Exemplo: “Olha o carro” (os dançarinos fazem como se estivessem guiando). “Passeio na piscina” (os dançarinos fazem como se esti-vessem nadando).

Depois de criados e ensaiados os passos, as quadrilhas podem se apresentar.

Produzindo canções

As músicas são fundamentais nas festas. O samba, o jongo, as toadas são cantadas e tocadas para alegria dos que estão festejando.

Comece a atividade com uma apresentação de músicas festivas (sam-bas, xotes, cirandas). A partir disso, inicie uma conversa com a turma sobre como essas músicas representam as relativas manifestações.

Divida a turma em grupos. Cada grupo deve criar uma música que o represente. As músicas podem ser paródias de canções já existen-tes. Ao final, proponha uma audição coletiva. Você pode gravar os resultados com um gravador se houver este recurso.

Page 40: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

40

ATI

VID

AD

E V

I

NAVEGANDO NA INTERNET

As festas do meu bairro

Pesquise com os estudantes as festas e folguedos que acontecem em seu bairro, cidade ou região. Vocês podem recolher fotos, músi-cas e danças e tentar recriá-las no ambiente escolar.

Festas populares

No CADERNO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO, encontramos alusões a festas, como a Festa do Divino e Cavalhadas. Se você e seus estudantes não conhecem esses festejos, podem pesquisar na internet a origem, as datas, as danças e canções, as vestimentas e onde são realizadas.

Personagens típicos

As festas possuem seus personagens característicos. No Carnaval, temos o Pierrô, a Colombina e o Clóvis (página 80). Nas Festas Juni-nas, o caipira. Vocês podem pesquisar sobre personagens caracte-rísticos de outras festas, descobrir suas funções e como surgiram.

Page 41: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia
Page 42: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

Página 2Porta em ParatiFoto: Luiz Baltar / Stock.xchng

Página 5Carnaval de rua na cidade do Rio de Janeiro – bloco Os Mascarados.Foto: © Luciana Whitaker / Pulsar Imagens

Página 6Homem negro de costasFoto: ©Angela Meurer

Página 9Carnaval no Rio de JaneiroFoto: ©J. L. Bulcão / Pulsar Imagens

Página 11Bonecas de palha de bananeira e de milho, feitas pela comunidade do Quilombo São José da Serra, em Valença.Foto: ©Angela Meurer

Página 12 (detalhe)Morro da Mangueira. Óleo sobre tela. Artista: Heitor dos PrazeresFoto: Cristiana Isidoro / Coleção Roberto Marinho

Página 13Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia.Artista: Gabriel Joaquim dos SantosFoto: Lena Trindade

Página 14Museu de Arte Contempoânea em Niterói.Foto: Marcelo Terraza / Stock.xchng

Página 15 Grafite na LapaFoto: ©Agência O Globo

Página 16GrafiteFoto: Jonathan Pereira / Stock.xchng

Página 18 JanelasFoto: Edval Batista Domingues/ Stock.xchng

Página 19 (detalhe) Foto: Graham Briggs / Stock.xchng

Página 20Parte do monumento aos mortos da Segun-da Guerra Mundial, mais conhecido como Monumento aos Pracinhas, no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro. Escultura em granito.Artista: Alfredo CeschiattiFoto: Toinho Castro

Página 21Detalhe do painel de azulejos do Palácio Gustavo Capanema, um dos primeiros exemplares da arquitetura moderna no Bra-sil, no Centro do Rio de Janeiro. Artista: Candido PortinariFoto: ©Mario Grisoli

Página 22Capela de Santa Rita - ParatiFoto: Adrian Kluthe / Stock.xchng

Página 23FeijoadaFoto: ©LiciaR / Istockphoto

Página 24CozidoFoto: ©Agência O Globo

Página 25PãozinhoFoto: ©Claudia Dewald / Istockphoto

Página 27Doces em compota, frutas cristalizadas e goiabada cascão.Foto: ©Vivian Ribeiro

Página 28ChurrascoFoto: © Dorival Moreira / Getty Images /Sambaphoto Página 29©Fotosearch

Página 30Fazenda no Vale do CaféFoto: ©Fabio Seixo Página 31Marco na estrada do Caminho do OuroFoto: Toinho Castro

Página 32Carnaval de rua na cidade do Rio de Janeiro – bloco de Clóvis.Foto: © Luciana Whitaker / Pulsar Imagens Página 33 Festa Folia de ReisFoto: © Sérgio Vasconcellos

Página 34 (detalhe)Vendedor de pães, típico dos subúrbioscariocas.Foto: ©Ricardo Beliel

Página 35 Réveillon na Praia de Copacabana.Foto: © Luoman / Istockphoto

Página 36Apresentação do Afoxé Filhos de Gandhi – RJ na Rio 92.Foto: ©José Caldas

Página 39Jongueiros do Jongo da Serrinha, emMadureira, Rio de Janeiro.Foto: ©Anne Rocha

Página 40Festa JuninaFoto: Marcelo dos Santos

Capa BarcoFoto: ©Fotosearch Museu da Maré, na Maré, no Rio de Janeiro.Foto: Naldinho Lourenço / Museu da Maré. Detalhe da entrada do Clube de Regatas Vasco da Gama.Foto: ©José Caldas Homem negro de costasFoto: ©Angela Meurer

Lagoa Rodrigo de FreitasFoto: ©Fotosearch

Guias de pai de santo. Festa de Iemanjá - Ano Novo, Rio de Janeiro.Foto: ©Rogério Reis / Pulsar Imagens Pai de santo junto aos atabaques, na Festa de Iemanjá – Ano Novo.Foto: ©Rogério Reis / Pulsar Imagens.

Rio MaracatuFoto: Marcos Oliveira / Stock.xchng

PlataformaFoto: Luiz Baltar / Stock.xchng

Casario em ParatiFoto: Leonardo Barbosa / Stock.xchng

NeblinaFoto: Jose Assenco / Stock.xchng

Carnaval – bloco de rua Suvaco do Cristo Foto: ©Ricardo Azoury / Pulsar Imagens

Créditos das fotos

Page 43: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

atividadesCADERNO de CULTURAdo rio de janeiro

Page 44: Caderno de cultura do Rio de Janeiro - Autonomia

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO Atividades - Caderno de Cultura do Rio de Janeiro

SUPERVISÃO GERAL Vilma Guimarães

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Célia FariasMaria de Fátima GabrielTereza Farias

EQUIPE DE CONTEÚDO Sandra Portugal (Coord.) José Henrique Fonseca

EQUIPE DE MATERIAIS Helena Jacobina (Coord.) Anne Rocha Jacqueline Barbosa Paula Reis

REDAÇÃO Augusto Pessôa

Carlos Lima (colaboração)

EDIÇÃO Sapoti Projetos Culturais

REVISÃO Tatiane Rezende

PROJETO GRÁFICO Magô design